Curso de HomeopatiaPœblico Alvo: Auxiliar TØcnico em Homeopatia e Manipuladores Ministrante: Deusa...
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Curso de Homeopatia
Curso: �Manipulação Homeopática para Auxiliar Técnico�
Público Alvo: Auxiliar Técnico em Homeopatia e Manipuladores Ministrante: Deusa do Carmo Stippe Sobral Ano: 2009
NENHUMA PARTE OU TOTALIDADE DESTA APOSTILA PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA, POR ESCRITO DA ANFARMAG, POR MEIOS ELETRÔNICOS,
MECÂNICOS, FOTOGRÁFICOS, GRAVAÇÃO OU QUAISQUER OUTROS - LEI Nº. 9.610 de
19/02/1998.
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Curso de Homeopatia
Curso: �Manipulação Homeopática para Auxiliar Técnico�
Público Alvo: Auxiliar Técnico em Homeopatia e Manipuladores Ministrante: Deusa do Carmo Stippe Sobral Ano: 2009
NENHUMA PARTE OU TOTALIDADE DESTA APOSTILA PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA, POR ESCRITO DA ANFARMAG, POR MEIOS ELETRÔNICOS,
MECÂNICOS, FOTOGRÁFICOS, GRAVAÇÃO OU QUAISQUER OUTROS - LEI Nº. 9.610 de
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História da Homeopatia
Definições:
� Saúde: bem estar físico, psíquico e social.�Correntes terapêuticas
fundamentais: Alopatia, Homeopatia
Alopatia
� Princípio dos contrários:
Alopatia: cura pelo �oposto� .Combater as doenças por meio de
substâncias que atuam contrariamente aos
sintomas.Ex:Antitérmico
Antibiótico
Homeopatia
� Princípio da similitude:
Homeopatia: cura pelo �semelhante�Método terapêutico baseado na
�lei natural de cura�.Similia similibus curantur, ou
seja, o semelhante será curado pelo semelhante.
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História da Homeopatia
Pré - História:O �Homem das Cavernas� utilizava-se de diferentes substâncias existentes para a
cura de suas doenças.Desde as substâncias disponíveis na natureza quanto as ligadas ao espírito (magia, superstição, etc.).
Hipócrates (468 � 377 a.C.)
Considerado o Pai da
Medicina.
Responsável pelo estabelecimento da medicina científica,uma atividade médica apoiada no conhecimento experimental, desvinculada da religião, da magia e da
superstição.
Hipócrates
� Há doentes e não doenças.
Segundo a escola de Hipócrates a doença não
era apenas sinais e sintomas de um único órgão doente e portanto não deveriam ser
curados isoladamente.Princípio da escola Hipocrática:
Lei dos semelhantes � Similia similibus
curantur.
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Hipócrates
�A doença é produzida pelos semelhantes e pelos semelhantes o paciente retorna àsaúde�
Afirmou que as próprias substâncias que
causavam a tosse, a diarréia, e provocavam o vômito, curavam doenças que apresentavam sintomas semelhantes, desde que utilizadas em doses menores.
Galeno (130-201 d.C.)
Foi o principal defensor do princípio dos contrários:Alopatia � Cura pelos contráriosContratia contrariis
curantur.
É considerado o Pai da Terapia Convencional
São Tomas de Aquino � 1200 d.C.
� Filósofo e religioso� Criou um sistema filosófico
para explicar a existência do homem.
� Afirmava que alguns dos motivos pelos quais o ser humano adoecia apontando para uma semelhança entre as opções voluntárias do homem afastando-se da divindade e sua moléstias.
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Paracelso (1493-1541)
Médico, historiador, filósofo e químico.
Criou diversos sistemas filosóficos e teve muitos discípulos.
Foi criador da �Teoria das Assinaturas�, onde afirmava que cada medicamento, mineral ou vegetal, apontava suas virtudes medicinais através de suas propriedades físicas, sua �assinatura�.
Hahnemann 1755-1843
� Médico alemão, nasceu em 10 de
abril de 1755, em Meissen.� Quando Hahnemann nasce, seus
pais lhe dão o seguinte nome:
Christian, seguidor de Cristo (judeu convertido ao Cristianismo),
Frederick, protegido do rei e Samuel (Deus me escutou),
em sinal de reconhecimento a Deus.
Samuel Hahnemann
� Era o primeiro da classe.� À noite, para se sustentar, trabalhava como
tradutor. Logo no início, lê os livros de Hipócrates, onde vê pela primeira vez, sem compreender a frase: �Similia similibus curentur�.
�Curam-se as moléstias, na sua maior parte, pelos mesmos agentes que as produzem�.
� Recusava as teorias galênicas
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Samuel Hahnemann
� Hahnemann vai trabalhar em um hospital-escola em Viena.
O hospital está cheio de doenças venéreas (gonorréia e sífilis).Trabalhou intensamente em tarefas diretas com os pacientes.
. Depois de numerosos dias de trabalho intenso, retira-se cansado, desgostoso do fracasso de seus esforços, do valor de seus remédios, de seu próprio saber e das teorias ensinadas.
Samuel Hahnemann
� Hahnemann diz: �Há um Deus que é todo
bondade, todo sabedoria, deve haver, por
Ele criado, um meio certo de curar as
doenças. Porque este meio certo de curar
as enfermidades ainda não foi encontrado,
uma vez que 20 séculos faz que existam
homens que se dizem médicos?..
Samuel Hahnemann
� É porque, com certeza, esse meio tem
estado muito perto de nós e de fácil alcance;
é porque, para encontra-lo, não havia
necessidade de brilhantes sofismas, nem de
sedutoras hipóteses. Eu procurarei perto de
mim este meio certo de curar, meio com que
ninguém ainda sonhara, justamente por ser
muito simples�.
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Samuel Hahnemann
� Ao traduzir a obra de Cullen em 1790 que falava sobre as propriedades da Cinchona
officinalis, ou quina usada pelos nativos do Peru para o tratamento do paludismo, chamou-lhe a atenção que o abuso que se
fazia da quinina acarretava sintomas semelhante aos que se apresentavam espontaneamente na enfermidade natural.
Samuel Hahnemann
� Assim surgiu a primeira revelação de
Hahnemann, a propriedade claramente definida de que a quina, que pode curar a febre intermitente, também a produz.
� Assim se criou a homeopatia: �Para curar
uma enfermidade, é mister administrar um
remédio que produza no indivíduo são a
enfermidade que se quer curar�.
Samuel Hahnemann
� Iniciou-se então a auto-experimentação com outros elementos: mercúrio, ouro, enxofre.
� Ao fazer experimentos com substâncias tóxicas, como o mercúrio e o arsenico, Hahnemann recorreu à sua diluição e àsucussão, descobrindo, assim, a dinamização das substâncias, pois percebeu que, dessa forma, as substâncias perdiam seu efeito tóxico, mas continuavam capazes de suscitar sintomas nos experimentadores.
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Samuel Hahnemann
� Em 1810 publicou o manuscrito da doutrina homeopática:
�O Organon da Arte de Curar�.
� Hahnemann falece em 2 de julho de 1843 , aos 88 anos ,em Paris.
� Hoje a homeopatia é praticada em diversos países, nos vários continentes, mas estáespecialmente muito bem representada na Alemanha, na Argentina, na Bélgica, no Brasil, na França, na Índia e na Inglaterra.
Homeopatia no Brasil
� Em 1840, a homeopatia foi introduzida no Brasil pelo médico francês Dr. Benoit JulesMure;
� As tinturas e as substâncias utilizadas em
Homeopatia vinham da Europa e os próprios médicos manipulavam-nas devido àinexistência de Farmácias especializadas.
Homeopatia no Brasil
� Por volta de 1851, a Escola Homeopática do Brasil, sob forte pressão dos farmacêuticos, resolve aprovar a separação da prática médica da prática farmacêutica.
� 1965 foi aprovada a parte geral da 1ª edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira.
� Em 1980,a Homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina.
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FUNDAMENTOS DA
HOMEOPATIA
Deusa do Carmo Stippe Sobral
FUNDAMENTOS DA HOMEOPATIA
� Princípios Básicos da Homeopatia:
.Lei dos Semelhantes;
.Experimentação no Homem Sadio;
.Doses infinitesimais (mínimas);
.Medicamento único.
LEI DO SEMELHANTE
1. Lei dos semelhantes:
� Conhecida também como princípio da similitude ou da analogia.
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LEI DO SEMELHANTE
Qualquer substância capaz de
provocar em um homem sadio,
porém sensível, determinados
sintomas, é capaz de curar, desde
usadas em doses adequadas, um
homem que apresente um quadro
de sintomas semelhantes.
LEI DO SEMELHANTE
� Como??!!!?????
EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM
SADIO
� Na homeopatia a única forma de conhecer de maneira confiável os efeitos farmacológicos de uma substância é experimentando-a no homem.
� Possibilita verificar os sintomas que irão
refletir a ação das substâncias.
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EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM
SADIO
� Na época de Hahnemann já se faziam experimentações em animais.
� Hahnemann era contra e afirmava que os corpos deles eram muito diferentes, e citava alguns exemplos.
- Nux vomica é inofensiva para suínos, mas pode matar um homem.
EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM
SADIO
Procedimento padronizado:
1. Médico dotado de boa saúde, isento de preconceitos e capaz de analisar suas sensações;
2. Deveriam ser com grande número de indivíduos;
3. De ambos dos sexos, e de todas as constituições;
EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM
SADIO
4. Não deveria ser pago, e as substâncias
deveriam ser puras;5. Durante a experimentação a pessoa deveria
ser moderada, sem mudanças bruscas, não
utilizando substâncias medicinais, não
realizar trabalhos fatigantes para o corpo.6. As drogas devem ser testadas nas doses
tóxicas, hipotóxica e dinamizadas para que possam revelar todos os sintomas.
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EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM
SADIO
� As patogenesias (relação dos
sintomas descritos pelos experimentadores)� �Matérias Médicas Homeopáticas�:
livros que contem compilados os sintomas.
PATOGENESIA
� Patogenesia é o conjunto de sinais e sintomas, objetivos(físicos) e subjetivos ( emocionais e mentais), que um
organismo sadio apresenta ao experimentar determinada substância medicinal
Patogenesia é o conjunto de sinais e sintomas,
objetivos(físicos) e subjetivos (emocionais e mentais), que um organismo sadio apresenta ao
experimentar determinada substância medicinal
EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM
SADIO
� Doze anos de experiências seriam
necessários para que a hipótese de Hahnemann se pudesse traduzir em método confirmado
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FUNDAMENTOS DA HOMEOPATIA
3. Doses infinitesimais (mínimas):
� Hahnemann no início de sua carreira como homepata não utilizava as doses diluídas e potencializadas pela dinamização.
� Ele empregava doses elevadas de medicamentos, sobretudo na forma de tintura.
DOSES MÍNIMAS
� Antes que o organismo doente começasse a reagir, ocorria uma agravação.
� Era muito desagradável para o paciente, levando muitos deles a abandonar a terapêutica homeopática.
DOSES MÍNIMAS
� Começou a empregar doses pequenas, infinitesimais,diluindo os medicamentos em água ou álcool.
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DOSES MÍNIMAS
� Continuou os estudos e além de diluir os medicamentos, passou a imprimir agitações
violentas, chamadas por ele de sucussões.
Sucussão - consiste na agitação
vigorosa e ritmada contra anteparo semi-rígido de fármacos, solúveis
e dissolvidos em insumo inerte adequado.
DOSES MÍNIMAS
� Algumas substâncias que em doses maiores não
tem ação no organismo, quando submetidas ao processo de dinamização são grandes
medicamentos homeopáticos.Exemplo:
Cloreto de sódio (Natrum muriaticum)
Areia (Silicea terra).
DOSES MÍNIMAS
� Hahnemann notou que, além da diminuição da agravação dos sintomas
e dos efeitos tóxicos das altas doses, ocorria um aumento da reação
orgânica.
Dinamização =
Diluição + Sucussão
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FUNDAMENTOS DA HOMEOPATIA
4. Medicamento único:
� Hahnemann diz no Organon que as drogas experimentadas puras são capazes de tratar
o homem de forma controlada.� As patogenesias descrevem somente um
medicamento e não a combinação de 2 ou
mais.
MEDICAMENTO ÚNICO
� Quando utilizamos dois ou mais medicamentos não temos como saber o
que agiu ou ao que o organismo reagiu.� O clínico homeopata procura, sempre
que possível, individualizar o quadro sintomático do paciente para encontrar o seu simillimum.
ESCOLAS MÉDICAS
HOMEOPÁTICAS
� Foram criadas devido:A complexidade da doença observada;A imprecisão dos sintomas;
Desconhecimento dos princípios homeopáticos;Processo de industrialização dos
medicamentos;Inexistência de patogenesias capazes de cobrir
a totalidade dos sintomas;Necessidade do estudo constante.
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ESCOLAS MÉDICAS
HOMEOPÁTICAS
� Unicista ( um único medicamento com base na totalidade dos sintomas do doente);
� Pluralista (dois ou mais medicamentos para serem administrados em horas distintas);
ESCOLAS MÉDICAS
HOMEOPÁTICAS
� Complexicista (dois ou mais medicamentos administrados simultaneamente);
� Organicista (visa os órgãos doentes,
considerando as queixas maiores do paciente).
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
Parte I
Deusa do Carmo Stippe Sobral
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MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
Definições:
� Remédio;� Medicamento;� Medicamento Farmacopeico;� Medicamento Magistral;� Medicamento Homeopático;� Droga;� Insumo ativo;� Bioterápico: Autoisoterápico e
Heteroisoterápico.
REMÉDIO
Segundo Aurélio:
1. Aquilo que combate o mal, a dor, a doença.
2. Recurso, solução.
3. Auxílio, ajuda. 4. Emenda, correção.
MEDICAMENTO
� Produto farmacêutico, tecnicamente
obtido ou elaborado, que contém um ou mais fármacos, juntamente com outras substâncias, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
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MEDICAMENTO FARMACOPEICO
� Produto farmacêutico preparado na
farmácia, conforme inscrito nas Farmacopéias, Compêndios ou
Formulários reconhecidos pelo Ministério da Saúde.
MEDICAMENTO MAGISTRAL
� Produto farmacêutico preparado na
farmácia para ser dispensado atendendo um prescrição médica, que estabelece sua composição, forma
farmacêutica, posologia e forma de uso.
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
� Medicamento Homeopático é toda apresentação farmacêutica destinada a
ser ministrada segundo o princípio da similitude, com finalidade preventiva e terapêutica, obtida pelo método de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas.
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DROGA
� Qualquer produto simples ou complexo (vegetal, animal. mineral ou qualquer outra origem), que apresente propriedades farmacológicas constitui a matéria-prima que dará origem ao insumo ativo.
INSUMO ATIVO
� Produto com atividade farmacológica, originário das drogas e obtido por vários processos. Constitui o ponto de partida para obtenção das denominadas
Preparações Derivadas ou
Dinamizadas.�
BIOTERÁPICOS
� São preparações medicamentosas de uso homeopático obtido a partir de
produtos biológicos, quimicamente
indefinidos:
- secreções
- excreções
- tecidos e órgãos, patológicos ou não
- produtos de origem microbiana
- alérgenos.
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AUTOISOTERÁPICOS
� Produtos cujo insumo ativo é obtido do próprio paciente e só a ele destinados.
HETEROISOTERÁPICOS
� São produtos cujo insumo ativo é
externo ao paciente e, de alguma forma, o sensibiliza.
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
Organon, § 264
�O verdadeiro médico deve ter em
mãos medicamentos os mais legítimos
e mais ativos, de modo a contar com
sua força curativa, deve saber ele
mesmo julgar sua legitimidade.�
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MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
Organon, § 269
�O método homeopático de cura desenvolve, para seu
uso especial, a um grau até agora nunca visto, os
poderes medicinais como que espirituais das
substâncias cruas mediante um processo que lhe é
peculiar, e que até agora jamais foi tentado, pelo que
somente eles todos se tornam imensuravelmente e
penetrantemente eficazes, mesmo os que no estado cru
não dão provas da menor ação medicamentosa sobre o
corpo humano.�
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
� Esta mudança notável nas qualidade dos corpos naturais desenvolve os poderes
dinâmicos latentes, até agora despercebidos, como se estivessem adormecidos, ocultos, que afetam o princípio vital, e alteram o bem-estar da vida animal.
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
� Isto se obtém por ação mecânica sobre suas
menores partículas, esfregando e sacudindo (pelo acréscimo de uma substância
indiferente seca ou líquida - VEÍCULOS). Este processo chama-se dinamização
(desenvolvimento do poder medicinal, diluição mais agitação, Dynamos, do grego=força) e os produtos são dinamizações
ou potências, em graus diversos.
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ORIGEM
Os medicamentos utilizados em homeopatia são muitos e as matérias primas que lhes dão origem são muitas vezes comuns a
outras terapias tais como a fitoterapiadentro da própria alopatia.
O que diferencia então um medicamento
homeopático é a forma de preparo bastante especial e seu uso sempre pelo princípio da semelhança.
ORIGEM
Diluição e dinamização são condições
indispensáveis para que um medicamento seja tido como homeopático.
Os medicamentos homeopáticos provém dos três reinos da Natureza:
.Vegetal (maior fonte)
.Animal;
.Mineral;
ORIGEM - VEGETAL
Cuidados necessários no preparo para garantir a preservação das propriedades farmacológicas:
Identificação do vegetal ( macro e microscopicamente);
Parte a ser utilizada ( raiz, folhas, flores, etc.);Estado da planta ( fresca ou seca );Local de coleta;Época do ano. ( ex.: planta toda � época da
floração; flores � início da floração ).
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ORIGEM - VEGETAL
Exemplos:Planta inteira: Pulsatilla nigricans, Atropa
belladonna;Folhas: Thuya occidentalis;Cascas: China officinalis;Raiz: Ipecacuanha;Frutos: Capsicum annuum;
ORIGEM - VEGETAL
Sementes: Nux vomica;Flores: Calendula officinalis;
Bulbo: Allium sativum.Prod. Fisiológico (sarcódio): Aloe
socotrina (muscilagem)Prod. Patológico (nosódio): Secale
cornutum (fungo do grão do
PLANTA INTEIRA
� Pulsatilla
nigricans
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PLANTA INTEIRA
� Atropa
belladonna
FOLHAS
� Thuya ocidentalis
CASCAS
� China
officinalis
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RAIZ
� Ipecacuanha
SEMENTES
� Nux vomica
FRUTOS
� Capsicum
annuum
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FLORES
� Chamomilla
matricaria
ORIGEM - ANIMAL
A. Cuidados no preparo:
� Individualização do animal;
� Local e época da coleta;� Verificação das partes a serem
utilizadas:Animal inteiro: Apis mell., Blatta or.;
Parte do animal: Calcarea ostrearum
ANIMAL INTEIRO
� Blatta
orientalis
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ANIMAL INTEIRO
� Apis mellifica
ORIGEM - ANIMAL
� Secreção fisiológica: Lachesis
muta (veneno de surucucu)� Estado do animal ( vivo, dessecado, recentementesacrificado );� Idade e fase de vida.
Organoterápicos / Bioterápicos..
ORIGEM - MINERAL
A . Cuidados no preparo:
� Fórmula química;
� Denominação científica;� Natureza da droga;� Estado da droga a utilizar;� Condições de hidratação.
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ORIGEM - MINERAL
B. Classificação:
� Naturais: Ferrum metallicum, Natrum
muriaticum, Aurum metallicum, etc.;� Origem industrial ou sintética: Produtos
químico-farmacêuticos englobam os
medicamentos alopáticos, cosméticos, domissaneantes, praguicidas e outros.
ORIGEM - MINERAL
Ex.: Kalium bichromicum ( dicromato de potássio)
Gardenal, Dipirona, etc.;
ORIGEM - MINERAL
� Exclusivamente Homeopático: Hepar sulphur (Enxofre com casca de ostra)
Causticum (Cal viva calcinada)
Mercurius solubilis (Mercúrio ptado com prata).
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MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
Parte II
Deusa do Carmo Stippe Sobral
NOMENCLATURA� Na nomenclatura devem ser utilizados
nomes científicos.� O gênero escreve-se com a primeira letra
maiúscula e a espécie com letras minúsculas.Ex.: Apis mellifica;
Bryonia alba;
Chelidonium majus;
Conium maculatum.
NOMENCLATURA
Nomes homeopáticos, descritos em Farmacopéias, livros de Matéria Médica e em obras reconhecidas.
Atropa belladonna - Belladonna
Solanum dulcamara - Dulcamara
Strychnos nux vomica - Nux vomica.
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NOMENCLATURA
Medicamentos de origem química, além do nome científico oficial, também poderão
ser utilizar as designações consagradas
pelo uso na homeopatia:Barium - Baryta
Calcium � Calcarea
Kalium � Kali
Natrium � Natrum
NOMENCLATURA
Medicamentos químicos, orgânicos
(ácidos e sais) ou inorgânicos, é
permitida além da denominação
química oficial, a consagrada pela homeopatia:
Acidum aceticum ou Acetic acidumAcidum benzoicum ou Benzoic acidum
NOMENCLATURAOs medicamentos de natureza biológica,
tradicionalmente trazem a terminação
� inum �, adicionada ao nome do agente causa, à classificação nosológica ou ao produto que lhe deu origem:
TuberculinumLuesinumPsorinumStreptococcinum
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ABREVIATURA
� Será permitido desde que não dê lugar a
confusão.
Arsenic. sulf. flav., em vez de Arsenicumsulfuratum flavum
Arsenic. sulf. rub., em vez de Arsenicumsulfuratum rubrum
Kal. chloric., em vez de Kalium chloricum(cloreto)
ABREVIATURA
� Em relação às espécies pouco usadas deve-se citar o nome por completo:
Aconitum ferox, a fim de distinguí-lo de Aconitum napellus
Eupatorium purpureum, a fim de distinguí-lode Eupatorium perfoliatum.
Lobelia inflata, a fim de distinguí-la de Lobelia purpurea.
SINONÍMIA
� O uso de sinônimos obedece às obras científicas consagradas na literatura científica. Sinônimos que não constem das
Farmacopéias ou de Tratados Oficializados, assim como o uso de siglas, código, número, nome arbitrário estáproibido pela Legislação Farmacêutica em
geral.
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ROTULAGEM
� Forma Farmacêutica Básica - TM� Nome científico da droga� Data de fabricação e lote
� Prazo de validade � Estado da droga ( fresca ou seca ) e a
parte usada� Farmacopéia utilizada� Grau alcoólico� Tóxico ou atóxico
ROTULAGEM
� Forma Farmacêutica Derivada:
� Nome do medicamento homeopático;� Dinamização, escala e método;� Insumo inerte e grau alcoólico;� Quantidade;� Data de fabricação;
� Prazo de validade;� Lote.
ROTULAGEM
� Forma Famacêutica de Dispensação:� Nome do paciente;� Número de controle (interno);� Nome do prescritor;� Nome da preparação;
� Dinamização, escala e método;� Forma farmacêutica;
� Quantidade e unidade;
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ROTULAGEM
� Data de manipulação;
� Prazo de validade;� Identificação da farmácia com o cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica � CNPJ - , endereço completo, nome do farmacêutico
responsável-técnico com o respectivo número no Conselho Regional de Farmácia.
ROTULAGEM
� Alguns símbolos usados na Farmacotécnica Homeopática:
� TM ou Tintura - mãe
� CH Escala CentesimalMétodo Hahnemanniano
� D Escala Decimal� FC Método Fluxo Contínuo� LM Cinquenta Milesimal
CATEGORAIS DOS MEDICAMENTOS
� Embora pela definição em um dos
pilares da homeopatia o medicamento homeopático deva ser enquadrado numa única categoria, a do simillimum, devemos destacar algumas definições
importantes de classe de medicamentos, uma vez que nem sempre são prescritos de acordo com a
escola unicista.
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CATEGORAIS DOS MEDICAMENTOS
� Medicamentos Policrestos:
� Os homeopatas referem-se aos policrestospara designar os medicamentos homeopáticos muito utilizados na clínica diária.
Aconitum napellus, Arnica montana, Arsenicum
album,Bryonia, Calcarea carb., Carbo vegetabilis,
Chamomilla, Dulcamara, Hepar sulphur,
Hyosciamus, Ipecacuanha, Sulfur, Pulsatilla,
Lycopodium, etc.
CATEGORAIS DOS MEDICAMENTOS
Semipolicrestos:Aesculus hippocastanum, Apis mellifica,
Argentum nitricum, Colocynthis,
Drosera, Gelsemium, Kalium
bichromicum, Phosphorus,
Staphysagria, Thuya occidentalis, etc.
CATEGORAIS DOS MEDICAMENTOS
� Medicamentos Agudos:
�Medicamentos agudos são aqueles
preparados a partir de drogas que proporcionam quadros agudos violentos durante o experimento patogenético. Esses medicamentos, tais como a Belladonna, o Aconitum e o Cantharis, são
utilizados na prática clínica para aliviar sintomas agudos de determinadas doenças.
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CATEGORAIS DOS MEDICAMENTOS
� Medicamentos de fundo:Phosphorus, a Silicea e a Calcarea
carbonica, dentre outros, são os que
estão relacionados a estado crônicos,
de acordo com a constituição, o
temperamento.
PLACEBOS EM HOMEOPATIA(Preparações inertes)
� Introdução (definições)
� Histórico
� Nomenclatura Oficial
PLACEBOS EM HOMEOPATIA(Preparações inertes)
� Introdução:
� A palavra placebo deriva do verbo latino placere, que significa agradar.
� Substância inerte, "sem finalidade
terapêutica".
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PLACEBOS EM HOMEOPATIA(Preparações inertes)
� Em homeopatia justifica-se o uso de placebo para:
� Interromper dependência medicamentosa
antes do uso do simillimum;
� Para satisfazer os impulsos dos hipocondríacos, que se encontram sob tratamento homeopático;
PLACEBOS EM HOMEOPATIA(Preparações inertes)
� Em homeopatia justifica-se o uso de placebo para:
� Nas provas duplo-cego, durante o experimento patogenético;
� Nas agravações iniciais enquanto se aguarda o desenvolvimento de sintomas secundários.
PLACEBOS EM HOMEOPATIA(Preparações inertes)
ORGANON, § 281
"A fim de se convencer disso, o paciente é
deixado sem qualquer medicamento por
oito, dez ou quinze dias, e, neste ínterim
recebe somente um pouco de pó de açúcar
de leite....."
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PLACEBO
� Aspectos éticos: "enganar" o paciente;� Aspectos legais: descrição quanto ao uso de
sinonímia pela FHB.�O emprego de sinônimos deve restringir-se aos constantes em obras consagradas na literatura científica. Medicamentos apresentados com denominação de sinônimos arbitrários, não
constantes de tais obras, são considerados medicamentos
secretos. O uso de código, sigla, número e nome arbitrário éproibido pela legislação farmacêutica brasileira.�
HISTÓRICO
ORGANON § 125:"Durante este tempo de experiências, a dieta também
deve ser adequada bem moderadamente, o quanto
possível sem temperos, de modo simples, apenas
nutritivo, de maneira que todos os legumes verdes(*) e
raízes (que em sua totalidade contém sempre uma força
medicamentosa, inconveniente, mesmo com todo
preparo) sejam evitados......"
(*) ervilhas tortas (em vagem), vagens, batatas cozidas ao vapor, quando muito, cenouras são permitidas, sendo os menos medicinais dos vegetais.
Padronizado por Dr. Jader
� Lens sculenta (lentilha);� Pirus malus (maçã);
� Cicer arietinum (grão de
bico)
� Stipa tenacissima (bambú)
� Daucus carota (cenoura)
� Triticum sativum (trigo)� Pisum sativum (ervilha)� Glicine max (soja)� Citrus sinensis (laranja)� Beta vulgaris
(beterraba)� Saccharum lactis
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Preparo
� Consistia em bater em liquidificador, filtração, diluição (NÃO sucussão):
� Vantagens : Problemas éticos, análises;
� Desvantagens: Patogenesias, pois alguns dinamizam
Outras nomenclaturas
� Ortho, iso ou P + nome do
medicamento ou depois do nome do
medicamento;� Ex.: Lycopodium C30 orto
� Potências 1700, 1800;
� Ex.: Lycopodium C40.700
� Medicamento com potência + B.� Ex.: Lycopodium CH200B
Nomenclatura oficial
� Segundo o Manual de Normas Técnicas da A.B.F.H., o placebo será identificado através do nome do medicamento segundo a regra de nomenclatura, acrescido do número 0 (zero), de uma / (barra) e do volume ou peso a ser dispensado.Exemplos:
� Nux vomica 30CH 0/20 ml (para líquidos)� Nux vomica 30CH 0/15g (para glóbulos, tabletes e
comprimidos)� Nux vomica 30CH 0/1 papel (para pós)
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Nomenclatura oficial
� Quando a prescrição for de medicamento e placebo, será seguida a seguinte nomenclatura:Exemplos:� Nux vomica 30CH 1/30 papéis ou� Nux vomica 30CH 1,5,10/30 papéis.
� O(s) número(s) antes da barra indicará a(s) preparações que
receberão o insumo ativo;
� O número após a barra indica o número total de papéis
� Os papéis deverão ser rotulados e númerados
INSUMOS INERTES
Deusa do Carmo Stippe Sobral
INSUMOS INERTES
Definição:
Substância complementar, de natureza
definida, desprovida de propriedades farmacológicas ou terapêuticas, nas
concentrações utilizadas, e empregada
como veículo ou excipiente na composição do produto final.
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INSUMOS INERTES
� São veículos e excipientes, são
substâncias utilizadas em Homeopatia
para:� Realizar as diluições;
� Incorporar as dinamizações;
� Extrair os princípios ativos no preparo das tinturas.
INSUMOS INERTES
� São muito importantes;
� Chegam a fazer parte integral do medicamento homeopático;
� São:
�Água purificada;�Álcool etílico;�Glicerina;
INSUMOS INERTES
�Lactose;�Glóbulos;
�Microglóbulos;�Comprimidos;�Tabletes inertes.
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ÁGUA PURIFICADA
Líquido límpido, incolor e inodoro.Produzida a partir da água potável por
destilação, bidestilação, desionização
(troca iônica) com filtração esterilizante ou osmose reversa.
O pH deve estar entre 5 e 7.Deve ser guardada em recipientes bem
fechados. Validade de 24 horas.
ÁLCOOL ETÍLICO� Líquido volátil,� Incolor,� Odor característico,� Sabor ardente,
� Inflamável,� Miscível na água.� Teor de etanol entre 95,1 e 96,9%(v/v).
ÁLCOOL ETÍLICO
� Pode ser proveniente de cana de açúcar ou de cereais.
� Deve ser estocado em recipientes herméticos e afastados de lugares com alta temperatura.
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DILUIÇÕES ETANÓLICAS Álcool 20% - empregado na
solubilização da trituração;
Álcool 30% - dispensação de medicamentos homeopáticos em gotas;
Álcool 70% - preparo da dinamizações;
Álcool 96% - preparo das dinamizações
na escala cinquenta milesimal. (1/50.000)
DILUIÇÕES ETANÓLICAS
Preparação: Através do critério volumétrico (v/v):
volume do álcool por volume da água purificada;
Critério ponderal (p/p): peso do álcool por peso da água;
Ou ainda v/p ou p/v;
DILUIÇÕES ETANÓLICAS
Importante é manter o mesmo critério do inicio ao fim do processo
O método ponderal apresenta a vantagem de maior exatidão e dispensa o uso de vários frascos graduados.
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DILUIÇÕES ETANÓLICAS
Ci X Pi = Cf X Pf onde
Ci = concentração inicial do álcool;Pi = peso inicial do álcool;
Cf = concentração final do álcool;Pf = peso final peso do álcool.
DILUIÇÕES ETANÓLICAS
� Obter 1000g de álcool 70% a partir do álcool etílico a 96%
Ci . F1= Cf. PfCi X 96% = 70% . 1000g
729,13g de álcool 96% + 270,83g de água purificada
GLICERINA
Líquido xaroposo; Claro, incolor; Higroscópico (acondicionada em recipientes bem
fechados);
Odor característico; Sabor doce; Suas soluções são neutras; Solúvel em álcool e água.
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GLICERINA
� É empregada para preparação das
Tintura Homeopáticas a partir de órgãos e glândulas animais.
GLÓBULOSGlóbulos: grãos esféricos, homogêneos e
regulares, brancos, praticamente inodoros e de sabor açucarado, constituídos de sacarose. Facilmente solúveis em água, quase insolúveis em álcool.
Devem pesar 30mg (nº3), 50mg (nº5), 70mg (nº7).
GLÓBULOS
Quando diluídos a 10% em água devem possuir um pH aproximado a 7, esta solução
deve ser límpida e inodora. A sua porosidade deve ser testada com uma
solução de azul de metileno ou violeta
genciana a 1%, devem absorver de maneira rápida e regular.
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MICROGLÓBULOS
São grãos esféricos homogênios e
regulares; Brancos, praticamente inodoros; Sabor açucarado, constituídos por
amido e sacarose; Peso: 100ìglób devem pesar
aproximadamente 0,063g.(63mg cada)
LACTOSEPó cristalino branco, inodoro, com leve
sabor doce. É estável ao ar, mas absorve odores facilmente.
Deve ser conservada em recipientes bem fechados.
Utilizada na preparação
de papéis (d.u - pós).
COMPRIMIDOS
� Pequenos discos obtidos pela compressão de lactose ou mistura de
lactose e sacarose;� Peso entre 100 e 300mg;� Brancos, inodoros e sabor � levemente adocicados;� São impregnados com
� as dinamizações líquidas.
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TABLETES
� Pequenos discos obtidos por moldagem da lactose em tableteiro;
� Não são tão homogeneos e regulares quanto os comprimidos;
� Peso entre 100 e 300 mg;� Brancos, inodoros e de sabor
levemente adocicado.
CONTROLE DE QUALIDADE
� Água purificada:� Descrição;
� pH;� Dióxido de carbono;� Cloreto;� Sulfato;� Cálcio;� Substâncias oxidáveis;� Perda por dessecação;
� Nitrato e nitrito.
CONTROLE DE QUALIDADE
� Álcool etílico:� Descrição;
� Teor;� Solubilidade;� Ponto de ebulição;
� Densidade relativa;� Acidez;� Perda por dessecação;
� Substâncias insolúveis em água� Aldeídos, etc.
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CONTROLE DE QUALIDADE
� Glóbulos e microglóbulos:� Descrição;
� Solubilidade;� Peso médio;� Identificação de sacarose;
� pH;� Porosidade;� etc
CONTROLE DE QUALIDADE
� Lactose:� Descrição;
� Solubilidade;� Identificação;
� pH;� Perda por dessecação;
� Resíduo solúvel em álcool, etc.
CONTROLE DE QUALIDADE
� Diluições hidroetanólicas:
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