demonstrações Reserva Monetária · NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE...

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BANCO CENTRAL DO BRASIL RESERVA MONETÁRIA BALANÇO PATRIMONIAL - EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de Reais A T I V O Notas 2005 2004 P A S S I V O 2005 2004 (Reclassificado) (Reclassificado) ATIVO EM MOEDA LOCAL 2.315.848 2.007.917 PATRIMONIO LÍQUIDO 2.315.848 2.007.917 Resultado Acumulado 2.315.848 2.007.917 Disponibilidades 3 4 Compromissos de Revenda 4 1.919.975 1.580.504 Créditos com o Governo Federal 5 376.986 402.892 Créditos a Receber 6 18.837 24.470 Outros 47 47 TOTAL 2.315.848 2.007.917 TOTAL 2.315.848 2.007.917 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de Reais Em milhares de Reais 2005 2004 Notas 2005 2004 (Reclassificado) Receitas com Juros 366.784 309.334 Saldo Inicial 2.007.917 1.715.687 Despesas com Juros (55.901) (17.965) Resultado do Exercício 307.931 292.230 (=) Resultado Líquido com Juros 7 310.883 291.369 Saldo final 2.315.848 2.007.917 Ganhos/Perdas c/ Operações Referenciadas e/ Moedas Estrangeiras (2.700) (2.307) Provisões Líquidas - 3.475 Outras Receitas 297 - Outras Despesas (549) (307) RESULTADO NO PERÍODO 8 307.931 292.230 (As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras) Resultado Acumulado

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BANCO CENTRAL DO BRASILRESERVA MONETÁRIA BALANÇO PATRIMONIAL - EM 31 DE DEZEMBROEm milhares de Reais

A T I V O Notas 2005 2004 P A S S I V O 2005 2004(Reclassificado) (Reclassificado)

ATIVO EM MOEDA LOCAL 2.315.848 2.007.917 PATRIMONIO LÍQUIDO 2.315.848 2.007.917 Resultado Acumulado 2.315.848 2.007.917

Disponibilidades 3 4 Compromissos de Revenda 4 1.919.975 1.580.504 Créditos com o Governo Federal 5 376.986 402.892 Créditos a Receber 6 18.837 24.470 Outros 47 47

TOTAL 2.315.848 2.007.917 TOTAL 2.315.848 2.007.917

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOEm milhares de Reais Em milhares de Reais

2005 2004Notas 2005 2004

(Reclassificado)Receitas com Juros 366.784 309.334 Saldo Inicial 2.007.917 1.715.687 Despesas com Juros (55.901) (17.965) Resultado do Exercício 307.931 292.230 (=) Resultado Líquido com Juros 7 310.883 291.369 Saldo final 2.315.848 2.007.917

Ganhos/Perdas c/ Operações Referenciadas e/ Moedas Estrangeiras (2.700) (2.307)

Provisões Líquidas - 3.475

Outras Receitas 297 -

Outras Despesas (549) (307)

RESULTADO NO PERÍODO 8 307.931 292.230

(As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras)

Resultado Acumulado

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (EM MILHARES DE REAIS) Nota 1 - A RESERVA MONETÁRIA E SUAS ATRIBUIÇÕES

A Reserva Monetária foi criada pela Lei 5.143/66 e tem por finalidade assegurar a normalidade dos

mercados financeiros e de capitais, conforme dispunha o art. 12, regulamentado pelo Decreto Lei 1.342/74, tendo como fonte de recursos a receita líquida do IOF (art. 12 da Lei 5.143).

Em decorrência da edição do Decreto-Lei 2.471/88, que determinou a transferência da cobrança e

administração do IOF para a Secretaria da Receita Federal, incorporando o tributo ao Tesouro da União, a Reserva Monetária deixou de receber novos ingressos originários da arrecadação daquele imposto. Não obstante isso, o fundo não foi formalmente extinto e continuou a ser suprido com os valores recuperados pelo Banco Central referentes às aplicações feitas anteriormente no saneamento do mercado financeiro.

Na forma do artigo 28 da Lei Complementar 101 (LRF), a Reserva Monetária somente poderá socorrer

as instituições financeiras mediante a edição de lei específica.

Nota 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras devem ser elaboradas de acordo com os mesmos padrões contábeis aplicados ao Bacen. Conforme o Voto CMN 53/2002, o Bacen encontra-se em processo de adaptação às normas do IFRS, tendo esse processo sido iniciado nos procedimentos contábeis da Reserva Monetária no 2º semestre de 2005, com a revisão da apresentação das demonstrações financeiras. Em função disso, as demonstrações financeiras de 2004 estão sendo reclassificadas para fins de comparabilidade.

A divulgação das demonstrações financeiras da Reserva Monetária é efetuada pela internet

(www.bcb.gov.br). Nota 3 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Regime contábil

O regime contábil para apropriação de receitas e despesas é o de competência. b) Avaliação de ativos

Os créditos com o FCVS são avaliados pela média de preços ponderados pelas quantidades negociadas, observados em negociações recentes dos CVS-A, considerado o período de maio de 2004 a junho de 2005.

Os demais ativos financeiros sem adequada liquidez estão avaliados pelo fluxo ajustado a valor presente, sendo os indexados a índices de preços ou à Taxa Referencial - TR descontados pelas taxas praticadas no mercado secundário de títulos de emissão do Tesouro Nacional de características semelhantes, ponderadas pelas quantidades negociadas. c) Provisões para crédito de liquidação duvidosa

Quando o crédito for julgado de difícil recebimento, é constituída provisão pelo valor correspondente à diferença entre o valor contábil e aquele considerado passível de ser recebido. Os créditos com 100% de provisão são baixados da contabilidade. d) Imunidade tributária

De acordo com o previsto na Constituição Federal brasileira, a Reserva Monetária possui imunidade quanto à cobrança de impostos sobre seu patrimônio e sobre as rendas e serviços relacionados às suas atividades. Entretanto, está obrigado a efetuar retenções de impostos referentes aos pagamentos de serviços prestados por terceiros e sujeito ao pagamento de taxas e outras contribuições. e) Resultado

O resultado apurado no período é incorporado ao Patrimônio Líquido.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl.2 (EM MILHARES DE REAIS) Nota 4 – COMPROMISSOS DE REVENDA

As disponibilidades da Reserva Monetária são aplicadas em operações compromissadas registradas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic, em títulos da dívida pública mobiliária federal interna. Nota 5 - CRÉDITOS COM O GOVERNO FEDERAL

O Programa de refinanciamento de créditos cedidos à União refere-se aos créditos decorrentes da Lei 8.727/93, que determina a consolidação das dívidas dos governos estaduais nas diversas entidades do Governo Federal, sendo corrigidos pelo IGPM e juros de 6% ao ano e vencimento em 2014.

31.12.2005 31.12.2004

CustoAjuste a

Valor Presente

Contabilidade CustoAjuste a

Valor Presente

Contabilidade

Programa de Refin. de Créd. Cedidos à União 392.934 (57.930) 335.004 402.298 (34.631) 367.667

Fundo de Comp. de Variações Salariais - FCVS 68.830 (30.449) 38.381 51.931 (20.928) 31.003

Fundo de Habitação de Baixa Renda - FAHBRE 4.302 (701) 3.601 4.895 (673) 4.222

Total 466.066 (89.080) 376.986 459.124 (56.232) 402.892

Nota 6 - CRÉDITOS A RECEBER

31.12.2005 31.12.2004

CustoAjuste a

Valor Presente

Contabilidade CustoAjuste a

Valor Presente

Contabilidade

Créditos e Direitos Recebidos por Cessão 19.893 (1.056) 18.837 26.540 (2.070) 24.470

Total 19.893 (1.056) 18.837 26.540 (2.070) 24.470

Nota 7 - RESULTADO LÍQUIDO COM JUROS

2005 2004

Receitas de Juros 366.784 309.334 Créditos com o Governo Federal 60.564 69.285 Aplicações em Títulos Públicos Federais 291.007 207.464 Outras 15.213 32.585

Despesas de Juros (55.901) (17.965) Créditos com o Governo Federal (8.854) - Outras (47.047) (17.965)

Resultado Líquido com Juros 310.883 291.369

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl.3 (EM MILHARES DE REAIS) Nota 8 - RESULTADO NO PERÍODO

O resultado de 2005 foi positivo em R$307.931 (R$292.230 em 2004) e decorreu, principalmente, das

receitas obtidas com juros e atualização monetária e cambial, bem como dos rendimentos de aplicações em títulos públicos federais.

José Irenaldo Leite de Ataíde Chefe do Departamento de Liquidações Extrajudiciais Jefferson Moreira Chefe do Departamento de Administração Financeira Contador CRC-DF 7.333

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Parecer dos auditores independentes Ao Administrador da Reserva Monetária (Administrada pelo Banco Central do Brasil) Brasília - DF

Examinamos os balanços patrimoniais da Reserva Monetária levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados e das mutações do patrimônio líquido, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Reserva Monetária; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Reserva Monetária, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Reserva Monetária em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, e as mutações do seu patrimônio líquido, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

13 de março de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC SP014428/O-6-F-DF Francesco Luigi Celso Contador CRC SP175348/O-5-S-DF

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BANCO CENTRAL DO BRASILRESERVA PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DO BANCO CENTRAL - REDI-BCBALANÇO PATRIMONIAL - EM 31 DE DEZEMBROEm milhares de Reais

A T I V O Notas 2005 2004 P A S S I V O 2005 2004(Reclassificado) (Reclassificado)

ATIVO EM MOEDA LOCAL 1.415.360 1.298.307 PASSIVO EM MOEDA LOCAL 3 -

Disponibilidades 10 22 Credores Diversos 3 - Compromissos de Revenda 4 861.166 759.371 Títulos Públicos Federais 1.498 1.423 Créditos com o Governo Federal 286 313 Créditos a Receber 5 552.400 537.178

PATRIMONIO LÍQUIDO 1.415.357 1.298.307

Resultado Acumulado 1.415.357 1.298.307

TOTAL 1.415.360 1.298.307 TOTAL 1.415.360 1.298.307

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOEm milhares de Reais Em milhares de Reais

Notas 2005 2004 2005 2004(Reclassificado)

Despesas com Projetos 6 (32.121) (3.013) Saldo Inicial 1.298.307 1.189.695(=) Resultado de Operações (32.121) (3.013) Resultado do Exercício 117.050 108.612

Saldo final 1.415.357 1.298.307Receitas de Juros 149.667 111.918 Despesas de Juros (39) (11) (=) Resultado Líquido com Juros 7 149.628 111.907

Outras Receitas 4 -

Outras Despesas (461) (282)

Resultado Líquido 117.050 108.612

(As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras)

Resultados Acumulados

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (EM MILHARES DE REAIS) Nota 1 – A REDI-BC E SUAS ATRIBUIÇÕES

Ao ser regulamentada pela Resolução CMN 3.074/2003 e pelo Voto BCB 234/2003 a Reserva para o

Desenvolvimento Institucional do Banco Central - Redi-BC tinha como objetivo "a promoção da defesa da estabilidade da moeda nacional, por meio do custeio da execução de projetos de interesse do Banco Central do Brasil que busquem o atendimento dos objetivos estratégicos voltados para o cumprimento de sua missão institucional". Posteriormente, na forma do art. 6º do Regulamento anexo à Portaria nº 31.247, de 1º.6.2005, referido objetivo foi redefinido para:

"Art. 6º - A Redi-BC tem por objetivo o custeio da execução de projetos que visem ao atingimento da missão do Banco e, também, à realização dos seus objetivos estratégicos, definidos pela Diretoria Colegiada no contexto do planejamento institucional."

O Banco Central é o gestor dessa Reserva, realizando todas as operações em seu nome em razão de a

Redi-BC não possuir personalidade jurídica. A Redi-BC está sujeita à Lei 8.666/93 e às demais normas que regulam os atos de administração

pública.

Nota 2 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras devem ser elaboradas de acordo com os mesmos padrões contábeis

aplicados ao Bacen. Conforme o Voto CMN 53/2002, o Bacen encontra-se em processo de adaptação às normas do IFRS, tendo esse processo sido iniciado nos procedimentos contábeis da Redi-BC no 2º semestre de 2005, com a revisão da apresentação das demonstrações financeiras. Em função disso, as demonstrações financeiras de 2004 estão sendo reclassificadas para fins de comparabilidade.

A divulgação das demonstrações financeiras da Redi-BC é efetuada pela internet (www.bcb.gov.br).

Nota 3 – PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Regime contábil

O regime contábil para apropriação de receitas e despesas é o de competência. b) Avaliação de ativos a valor presente

Os ativos financeiros sem adequada liquidez estão avaliados pelo fluxo ajustado a valor presente, sendo os indexados a índices de preços ou à Taxa Referencial - TR descontados pelas taxas praticadas no mercado secundário de títulos de emissão do Tesouro Nacional de características semelhantes, ponderadas pelas quantidades negociadas.

c) Provisão para crédito de liquidação duvidosa

Quando o crédito for julgado de difícil recebimento, é constituída provisão pelo valor correspondente à diferença entre o valor contábil e aquele considerado passível de ser recebido.

Assim, as provisões relativas aos créditos com as instituições em liquidação extrajudicial são constituídas pela diferença entre o valor da operação e o valor dos ativos líquidos totais dessas instituições, avaliados sempre que possível pelo valor de mercado, levando-se ainda em consideração a posição da Redi-BC na ordem de preferência para o recebimento daqueles ativos. d) Imunidade tributária

De acordo com o previsto na Constituição Federal brasileira, a Redi-BC possui imunidade quanto à cobrança de impostos sobre seu patrimônio e sobre as rendas e serviços relacionados às suas atividades. Entretanto, está obrigado a efetuar retenções de impostos referentes aos pagamentos de serviços prestados por terceiros e sujeito ao pagamento de taxas e outras contribuições.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl.2 (EM MILHARES DE REAIS)

e) Resultado

No contexto do objetivo da Redi-BC (nota 1) os desembolsos com projetos são contabilizados como despesas. O resultado apurado no período é incorporado ao Patrimônio Líquido. Nota 4 - COMPROMISSOS DE REVENDA

As disponibilidades da Redi-BC são aplicadas em operações compromissadas registradas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic, em títulos da dívida pública mobiliária federal interna. Nota 5 - CRÉDITOS A RECEBER

31.12.2005 31.12.2004Saldo Saldo

B. Econômico - Em liquidação extrajudicial 521.146 506.786 B. Mercantil - Em liquidação extrajudicial 31.254 30.392

Total 552.400 537.178

Os créditos refletem a dívida na data do balanço, sem prejuízo dos ajustes, correções e mutações

determinadas pelas leis em vigor, inclusive quanto a contingências e fatos supervenientes que, por suas características operacionais, apresentam defasagem nas informações para registro. Referidos créditos são reajustados pelos índices legais e estão sujeitos às regras de provisionamento da Nota 3.c. Nota 6 – DESPESAS COM PROJETOS

Dos projetos aprovados pela Diretoria, 29 realizaram despesas no biênio 2004/2005. O quadro a seguir

mostra o dispêndio previsto e a realização desses projetos:

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl.3 (EM MILHARES DE REAIS)

PROJETOS PREVISTO REALIZADO

Em Execução 75.402 34.708 Programa de Atualização da Tecnologia da Informação 45.000 29.769 Programa de Correição da Área Jurídica 90 64 Sistema de Informações de Liquidações Extrajudiciais 734 37 Aperfeiçoamento do Mercado Doméstico da Dívida Pública e dos Instrumentos de Atuação do Banco Central no Mercado Aberto 365 17 Implementação de Basiléia II - Fase 1: Estruturação 9.392 340 Manual de Organização do Sistema Financeiro 1.422 153 Sistema de Auxílio ao Exame de Processos de Trabalho envolvendo Observações Cadastrais 649 4 Avaliando a Fragilidade Financeira para o Brasil 340 52 Estudos sobre Gestão de Risco de Instituições Financeiras e Adequação ao Acordo da Basiléia 236 37 Estudos sobre o Mecanismo de Transmissão da Política Monetária e Regime de Metas para a Inflação no Brasil 434 126 Projeto de Desenvolvimento de Competências Gerenciais do Banco Central 2.000 874 Implantação da Universidade Corporativa do Banco Central 8.100 2.847 Implantação de Modelo de Gestão de Pessoas com Base em Competências 803 125 Ampliação do Escopo e Aperfeiçoamento do Modelo do Sistema Gerencial das Reservas Internacionais 381 71 Reformulação da Regulamentação e dos Sistemas Informatizados do Mercado de Câmbio, de Capitais Estrangeiros no País e Brasileiros no Exterior 5.271 191 Transparência e Comunicação na Condução da Política Monetária e Financeira 90 1 Reformulação das Páginas do BCJovem no "site" do Banco Central na Internet 95 -

Concluídos 1.133 426 Sistema de Acompanhamento de Auditorias Externas 227 - Programa de Integração de Conhecimentos, entre a Procuradoria-Geral e as Unidades do Banco Central 476 225 Seminário de Divulgação sobre Microfinanças em Salvador 198 76 Estudos sobre o Mercado de Crédito 103 44 BC 40 Anos de História (8 projetos) 129 81

TOTAL 76.535 35.134

O quadro a seguir apresenta os gastos dos projetos classificados de acordo com o tipo de despesa

efetuada:

2005 2004

Diárias e Passagens 2.135 511 Treinamento 1.228 55 Consultoria 1.221 10 Softwares e soluções de informática 6.443 - Bens Móveis - 2.435 Equipamentos de Informática 20.887 - Outras 207 2 Despesas Totais com Projetos 32.121 3.013

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl.4 (EM MILHARES DE REAIS)

Nota 7 – RESULTADO LÍQUIDO COM JUROS

2005 2004

Receitas de Juros 149.667 111.918 Aplicações em Títulos Públicos Federais 134.397 102.260 Créditos com o Governo Federal 48 74 Créditos a Receber 15.222 9.584

Despesas de Juros (39) (11) Créditos com o Governo Federal (39) (11)

Resultado Líquido com Juros 149.628 111.907

Nivaldo Peçanha de Oliveira Gerente-Executivo da Gerência-Executiva de Projetos Jefferson Moreira Chefe do Departamento de Administração Financeira Contador CRC-DF 7.333

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Parecer dos auditores independentes Ao Administrador da Reserva para o Desenvolvimento Institucional do Banco Central - REDI-BC (Administrada pelo Banco Central do Brasil) Brasília - DF 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Reserva para o Desenvolvimento Institucional do

Banco Central - REDI-BC levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, e das mutações do patrimônio líquido, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. As demonstrações financeiras das instituições financeiras em liquidação, com as quais a

REDI-BC detém créditos a receber, no valor de R$ 552.400 mil, em 31 de dezembro de 2005 (R$ 537.178 mil em 31 de dezembro de 2004), foram examinadas por outros auditores independentes. Não foi registrada nenhuma provisão para perdas na realização dos referidos créditos, baseada na avaliação da administração, a respeito da capacidade de pagamento daquelas instituições, que leva em consideração a apuração do ativo líquido após dedução dos passivos preferenciais, obtidos das demonstrações financeiras. Nossa opinião quanto aos referidos créditos a receber está baseada, exclusivamente, nas opiniões daqueles auditores sobre as demonstrações financeiras das instituições financeiras em liquidação. (Nota Explicativa n° 3c e 5).

3. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil

e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da REDI-BC; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações financeiras divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas financeiras mais representativas adotadas pela administração da REDI-BC, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

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4. Em nossa opinião, com base em nossos exames e nos pareceres de outros auditores

independentes, conforme mencionado no parágrafo 2, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1, representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Reserva para o Desenvolvimento Institucional do Banco Central - REDI-BC em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, e as mutações do seu patrimônio líquido, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas financeiras adotadas no Brasil.

13 de março de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC SP014428/O-6-F-DF Francesco Luigi Celso Contador CRC SP175348/O-5-S-DF

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BANCO CENTRAL DO BRASILPROGRAMA DE GARANTIA DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA - PROAGROBALANÇO PATRIMONIAL - EM 31 DE DEZEMBROEm milhares de Reais

A T I V O Notas 2005 2004 P A S S I V O Notas 2005 2004(Reclassificado) (Reclassificado)

ATIVO EM MOEDA LOCAL 289.848 186.802 PASSIVO EM MOEDA LOCAL 65.980 129.718

Disponibilidades 2 52 Coberturas a Pagar 5 18.713 22.348 Compromissos de Revenda 4 288.315 186.629 Taxa de Administração 6 - 66.391 Créditos a Receber 1.531 121 Precatórios a Pagar 2.363 2.616

Provisões 7 44.590 37.659 Outros 314 704

PATRIMONIO LÍQUIDO 223.868 57.084

Resultado Acumulado 223.868 57.084

TOTAL 289.848 186.802 TOTAL 289.848 186.802

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOEm milhares de Reais Em milhares de Reais

2005 2004Notas 2005 2004

(Reclassificado)Receitas de Contribuições 8 123.558 36.563 Saldo Inicial 57.084 36.255 Repasses da União 9 836.100 20.000 Resultado do Exercício 166.784 20.829 Despesas de Benefícios 10 (817.601) (78.727) Saldo final 223.868 57.084 (=) Resultado de Operações 142.057 (22.164)

Receitas de Juros 42.773 26.031 Despesas de Juros (2.917) (84) (=) Resultado Líquido com Juros 11 39.856 25.947

Provisões Líquidas 12 (14.813) 1.893

Outras Receitas 1.885 17.644

Outras Despesas (2.201) (2.491)

Resultado Líquido 166.784 20.829

(As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras)

Resultados Acumulados

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (EM MILHARES DE REAIS) Nota 1 - O PROAGRO E SUAS ATRIBUIÇÕES

Instituído pela Lei 5.969, de 11 de dezembro de 1973, e regulamentado pelo Decreto 175, de 10 de julho

de 1991, o Proagro tem por objetivos: a) exonerar o produtor rural de obrigações financeiras relativas a operações de crédito rural de custeio,

cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam bens, rebanhos e plantações;

b) indenizar recursos próprios utilizados pelo produtor em custeio rural, quando ocorrerem perdas decorrentes dos eventos acima citados.

Por meio do Decreto nº 5.185, de 17.8.2004, foi instituído o Comitê Técnico Interministerial com a

finalidade de realizar, em conjunto com o gestor do Proagro, o seu acompanhamento operacional e financeiro, elaborar propostas com vistas à sua reformulação e implementar procedimentos que promovam o aperfeiçoamento de sua execução.

A partir do semestre findo em 31 de dezembro de 2003, a administração do Proagro iniciou diversas

ações para melhoria de seus processos contábeis e operacionais com o objetivo de melhorar os controles internos e evidência das demonstrações financeiras. As principais ações são:

a) revisão dos processos operacionais; b) regularização dos apontamentos mencionados pela Auditoria Interna; c) revisão dos processos contábeis; d) estudo para contabilização de eventual passivo atuarial; e e) revisão dos sistemas automatizados.

Em 31 de agosto de 2004, o Conselho Monetário Nacional aprovou a Resolução 3.224, consolidada na

forma da Resolução 3.237, de 29 de setembro de 2004, instituindo o "Proagro Mais" (subprograma do Proagro) destinado a atender aos pequenos produtores rurais vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) nas operações de custeio agrícola. O "Proagro Mais" tem como características principais:

a) obrigatoriedade de adesão ao Programa no caso de financiamentos ao amparo do Pronaf,

envolvendo as lavouras contempladas com o zoneamento agrícola, as culturas de banana, caju, mamona, mandioca e uva, bem como as operações de custeio de lavouras consorciadas previamente estabelecidas;

b) amparo e cobertura de recursos próprios dos produtores, a título de contrapartida da parcela financiada. Nota 2 - APRESENTAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras devem ser elaboradas de acordo com os mesmos padrões contábeis

aplicados ao Bacen. Conforme o Voto CMN 53/2002, o Bacen encontra-se em processo de adaptação às normas do IFRS, tendo esse processo sido iniciado nos procedimentos contábeis do Proagro no 2º semestre de 2005, com a revisão da apresentação das demonstrações financeiras. Em função disso, as demonstrações financeiras de 2004 estão sendo reclassificadas para fins de comparabilidade.

A divulgação das demonstrações financeiras do Proagro é efetuada pela internet (www.bcb.gov.br).

Nota 3 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Competência

O regime contábil para apropriação de receitas e despesas é o de competência.

Os demonstrativos financeiros do Proagro não refletem eventuais ocorrências resultantes de ações adotadas fora do âmbito do Banco Central e ainda não informadas, tais como:

a) decisões proferidas pela Comissão Especial de Recursos - CER, cujos valores ainda não tenham sido

incluídos no Sistema Proagro;

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl. 2 (EM MILHARES DE REAIS)

b) decisões tomadas pelas próprias instituições financeiras, como agentes do Programa, cujos valores ainda não tenham sido incluídos no Sistema Proagro.

A legislação aplicável ao Proagro estabelece que suas normas são aprovadas pelo Conselho Monetário

Nacional. A regulamentação determina, inclusive, com vistas à redução de custos, que sua administração seja feita de forma compartilhada com as instituições financeiras agentes do programa, que têm a incumbência de contratar as operações, de julgar em primeira instância os pedidos de indenizações e coberturas e de incluir no sistema Proagro os valores deferidos, quando então são considerados para fins de contabilidade e pagamento. b) Imunidade tributária

De acordo com o previsto na Constituição Federal brasileira, o Proagro possui imunidade quanto à

cobrança de impostos sobre seu patrimônio e sobre as rendas e serviços relacionados às suas atividades. Entretanto, está obrigado a efetuar retenções de impostos referentes aos pagamentos de serviços prestados por terceiros e sujeito ao pagamento de taxas e outras contribuições. c) Resultado

O resultado apurado no período é incorporado ao Patrimônio Líquido. Nota 4 - COMPROMISSOS DE REVENDA

As disponibilidades do Proagro são aplicadas em operações compromissadas registradas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic, de títulos da dívida pública mobiliária federal interna. Nota 5 - COBERTURAS A PAGAR

Referem-se aos valores de cobertura de sinistro, cujos processos foram deferidos pelos agentes do Programa e/ou pela Comissão Especial de Recursos - CER.

Nota 6 - TAXA DE ADMINISTRAÇÃO

Refere-se ao registro da taxa de administração devida pelo Proagro ao Banco Central do Brasil. Em decorrência do esgotamento de recursos do Programa e para não priorizar pagamentos à referida Autarquia em detrimento dos demais credores, sua Diretoria Colegiada determinou a suspensão da cobrança daquela taxa, temporariamente.

Em março de 2005 houve a regularização dessa situação com o pagamento dos valores devidos pelo

Proagro, referentes ao período de março de 1994 a janeiro de 2005, e a retomada da sistemática de pagamento mensal da referida taxa. Nota 7 - PROVISÕES

O Proagro era parte em 530 ações em 31.12.2005, em função de assuntos diversos, entre os quais planos econômicos, reclamações trabalhistas, liquidações de instituições financeiras e privatizações.

O Bacen, por meio de sua área jurídica, avalia todas essas ações judiciais levando em consideração o

valor em discussão, a fase processual e o risco de perda. O risco de perda é calculado com base em decisões ocorridas no processo, na jurisprudência aplicável e em precedentes para casos similares.

São contabilizadas provisões de 100% do valor em risco (incluindo uma estimativa de honorários de

sucumbência) para todas as ações em que o risco de perda seja classificado como provável, ou seja, em que o risco de perda seja avaliado como maior do que 50%. O quadro a seguir apresenta a movimentação da conta de provisões durante o semestre:

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl. 3 (EM MILHARES DE REAIS)

31.12.2005 31.12.2004

Saldo inicial 37.659 39.552 Provisão 37.659 39.552

Movimentação 6.931 (1.893) Constituição 58.178 3.309 Reversão de Provisões (43.365) (5.202) Ajuste ao Valor Presente (7.882) -

Saldo final 44.590 37.659 As ações judiciais em que o risco de perda foi considerado menor que provável e maior que remoto

foram consideradas como passivos contingentes e assim não foram provisionadas. Em 31.12.2005 havia 157 ações nessa situação, totalizando R$4.795.882.

Tendo em vista os prazos médios para a conclusão dos processos judiciais, o valor da provisão foi

ajustado a valor presente, utilizando-se para tanto uma taxa de desconto calculada com base no preço de ativos com prazos e características semelhantes.

O quadro a seguir apresenta o valor das provisões e o respectivo ajuste distribuído em função do prazo

esperado para a conclusão das ações:

Provisão Ajuste a valor presente

Valor ajustado

2006 31.624 (3.341) 28.283 2007 13.587 (2.554) 11.033 2008 3.953 (655) 3.298 2009 445 (140) 305 2010 2.045 (772) 1.273 2011 204 (90) 114 2012 205 (102) 103 2014 205 (109) 96 2015 102 (58) 44 2016 102 (61) 41 Total 52.472 (7.882) 44.590

Nota 8 - RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES

Referem-se à contribuição dos participantes, denominada "adicional do Proagro", correspondente a um percentual do valor nominal do orçamento do empreendimento, sendo que a alíquota varia conforme o tipo de lavoura/cultura. Nota 9 - REPASSES DA UNIÃO

De acordo com o disposto na Medida Provisória 2.162-72, de 23.8.2001, o Poder Executivo está autorizado a pagar a diferença entre os valores recolhidos a título de adicional e as importâncias devidas como indenizações de demais despesas incorridas pelo Proagro a partir da vigência da Lei 8.171/91. Nota 10 - DESPESAS DE BENEFÍCIOS

Referem-se ao pagamento de coberturas e outras despesas. O aumento observado nessas despesas decorreu, principalmente, da elevação substancial das despesas imputáveis ao "Proagro Mais" em razão da estiagem verificada na região sul do País.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Fl. 4 (EM MILHARES DE REAIS) Nota 11 - RESULTADO LÍQUIDO COM JUROS

2005 2004

Receitas de Juros 42.773 26.031 Aplicações em Títulos Públicos Federais 32.098 26.031 Ajuste a Valor Presente de Provisões 10.675 -

Despesas de Juros (2.917) (84) Ajuste a Valor Presente de Provisões (2.793) - Outras (124) (84)

Resultado Líquido com Juros 39.856 25.947

Nota 12 - PROVISÕES LÍQUIDAS

2005 2004

Constituição de Provisões (58.178) (3.309) Reversão de Provisões 43.365 5.202

Provisões Líquidas (14.813) 1.893

Deoclécio Pereira de Souza Gerente-Executivo da Gerência-Executiva do Proagro Jefferson Moreira Chefe do Departamento de Administração Financeira Contador - CRC-DF 7.333

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Parecer dos auditores independentes Ao Administrador do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO) (Administrado pelo Banco Central do Brasil) Brasília - DF 1. Fomos contratados para examinar as demonstrações financeiras do Programa de Garantia da

Atividade Agropecuária (PROAGRO), correspondentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, elaboradas sob a responsabilidade de sua Administração.

2. O PROAGRO adota o procedimento de registrar contabilmente as obrigações decorrentes de

coberturas de sinistros ocorridos, somente após o deferimento dos pedidos de pagamento e em diversos casos somente no efetivo pagamento, pelo regime de caixa. Esse procedimento não está em consonância com as práticas financeiras adotadas no Brasil, que estabelecem que as obrigações devem ser registradas pelo regime de competência. Não foi praticável na circunstância determinar o valor da referida obrigação, não registrada pelo PROAGRO.

3. No decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2003, a auditoria interna do Banco

Central identificou diversas deficiências e incorreções relacionadas às atividades operacionais do PROAGRO, as quais estão em processo de regularização. Não nos foi possível avaliar os eventuais efeitos nas demonstrações financeiras do PROAGRO, originados do referido processo de regularização.

4. Em decorrência dos ajustes que estão sendo realizados, para aprimoramento das atividades e

controles do PROAGRO, conforme mencionado na Nota Explicativa nº 1, não foram fornecidos para nossos exames, informações e controles analíticos correspondentes aos saldos das despesas e receitas registradas nas rubricas “despesas de benefícios” e “receitas de contribuições”, respectivamente. Conseqüentemente, não foi possível avaliar a adequação dos respectivos saldos apresentados nas demonstrações de resultados.

5. No decorrer do exercício de 2005, o Banco Central do Brasil implementou um novo sistema

de gerenciamento de ações judiciais, o qual é utilizado para apuração da provisão para contingências, cujo critério está descrito na Nota Explicativa nº 7. Nosso exame para verificação das bases de dados existentes no referido sistema, bem como para avaliação da aplicação dos critérios de constituição da provisão para contingências, revelaram certas inconsistências que, pelas suas naturezas, denotam a necessidade de uma maior uniformização da aplicação dos conceitos de determinação do valor provável de desembolso e da perspectiva de desfecho das ações. Como conseqüência, não foi praticável avaliar a adequação da provisão para contingência, cujo saldo em 31 de dezembro de 2005 é de R$ 44,5 milhões, tampouco o resultado negativo produzido no exercício, no valor de R$ 14,8 milhões.

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6. Em razão da relevância dos assuntos mencionados nos parágrafos de 2 a 5, a extensão do nosso exame não foi suficiente para nos possibilitar expressar, e por isso não expressamos, opinião sobre as demonstrações financeiras do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO), mencionadas no parágrafo 1.

7. As obrigações do PROAGRO se apresentam em montante superior à arrecadação dos

adicionais e outras receitas do Programa. As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade normal das atividades do PROAGRO e não incluem quaisquer ajustes patrimoniais que poderiam ser requeridos no caso de eventual paralisação das atividades. A continuidade das atividades do Programa e as liquidações dos passivos estão condicionadas ao recebimento de dotações orçamentárias do Governo Federal

13 de março de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC SP014428/O-6-F-DF Francesco Luigi Celso Contador CRC SP175348/O-5-S-DF