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C M A P correiodecorumba.com.br Um Jornal com dignidade e respeito, a serviço do povo ladarense Um Jornal com dignidade e respeito, a serviço do povo ladarense Um Jornal com dignidade e respeito, a serviço do povo ladarense Um Jornal com dignidade e respeito, a serviço do povo ladarense Um Jornal com dignidade e respeito, a serviço do povo ladarense ANO ANO ANO ANO ANO VII 339 339 339 339 339 EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO R$ 1,00 LADÁRIO - MS, 06 a 12 de Novembro de 2016 R Agricultura familiar ladarense produz sem agrotóxico e conquista consumidores Curso de Atendimento ao Público capacita 25 alunos em Ladário; nova capacitação traz Técnicas Básicas de Venda Os detalhes na página 04. Produtos saudáveis, mais renda e emprego. Estes são os ingredientes principais que movimentam o Grupo Bem-Estar, formado por famílias de agricultores do Assentamento 72 de Ladário. Eles cultivam e vendem hortaliças orgânicas. Neste processo não fazem o uso de agrotóxicos, ou seja, o veneno que espanta e mata as pragas da lavoura mas ao mesmo tempo danifica e provoca doenças no organismo humano. Está comprovado cientificamente que os agrotóxicos, ingeridos continuamente na alimentação, provocam câncer. Continuação na pág.03 Foto: Navepress

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Agricultura familiar ladarense produz sem

agrotóxico e conquista consumidores

Curso de Atendimento aoPúblico capacita 25 alunos

em Ladário; novacapacitação traz Técnicas

Básicas de VendaOs detalhes na página 04.

Produtos saudáveis, maisrenda e emprego. Estes são osingredientes principais quemovimentam o Grupo Bem-Estar,formado por famílias de agricultoresdo Assentamento 72 de Ladário.Eles cultivam e vendem hortaliçasorgânicas. Neste processo nãofazem o uso de agrotóxicos, ouseja, o veneno que espanta e mataas pragas da lavoura mas aomesmo tempo danifica e provocadoenças no organismo humano.Está comprovado cientificamenteque os agrotóxicos, ingeridoscontinuamente na alimentação,provocam câncer. Continuação na pág.03

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EXPED IENTE

Fundado em 15.05.2010

Razão Social: Farid Yunes Solominy - CNPJ - 50 724 863/0001 - 80

Redação e Parque Gráfico: Rua 7 de Setembro, 249-1 Centro - Corumbá-MS

Tel: 3232-1835 / CEP 79330-030 / e-mail: [email protected] Responsável: Farid Yunes Solominy DRT -105/MS

Repórter Fotográfico e Diagramação: Alle Yunes DRT - 84/MS

Reportagem: Nelson Urt

Colaboradores: Rosildo Barcellos e Janir Arruda.

Chefe do Parque Gráfico: Cleberson Calonga (Juninho)*** A Redação não se responsabiliza por artigos assinados ou de origem definida.

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* Rosildo Barcellos

A consciência dopertencimento étnico

Nos ditames da conquista deespaço, inclusive no se fazerrespeitar; a violência se opõe àdiplomacia e com isso, o indivíduo queconsegue controlar seus impulsossão cidadãos denominadospacificadores. Entretanto para sechegar a comemoração do DiaNacional da Consciência Negra,houve muita luta. Aliás para se chegara lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003,que estabeleceu que, a partir daqueleano, o dia 20 de novembro passassea ser uma data para celebrar osobredito dia foi uma luta para selembrar da luta. Uma vez quefoi(considerado) neste dia, no ano de1695, que Zumbi, líder do Quilombodos Palmares, depois de buscar adefesa da cultura e da liberdade,morreu em combate, liderando seupovo e sua comunidade. Não há dúvida de que a criaçãodesta data foi muito importante, pois,além de servir como um momento deconscientização sobre a importânciada cultura e do povo africano naformação da cultura nacional servepara a reflexão sobre a colaboraçãodos africanos, durante nossa história,nos aspectos políticos, sociais,gastronômicos e religiosos de nossopaís. É certo que o grande debate atualé sobre as alternativas de umdesenvolvimento sustentável e asuperação dos conflitos étnicos e asdesigualdades alinhavadas pelaresistência de valores dos povos efundamentadas no clamor pelaequidade. Justifica-se ser um momentoperfeito de buscar a pauta peladiscussão de políticas educacionaisvoltadas à qualificação e preparaçãodos indivíduos para a vida emsociedade, não somente de indígenas,caboclos, pardos, negros, mulatos,mamelucos e cafuzos, mas discutir opapel da sociedade perante aformação das crianças, nesteambiente, com vistas ao nosso

próprio futuro. Muitos filósofos,desde Aristóteles já nos atiçavam parauma consciência de como conduzirnossas crianças para que futuramenteestas se tornem homens de bem, maso que estamos fazendo é tudo aocontrário: enquanto a família, base quedevia contribuir com a formaçãoconsciente dos indivíduos, submetea criança e adolescente a um levantede violência psicológica e física, asociedade os provoca a ser o que nãosão. Estigmatizados descobrem nasdrogas e, posteriormente, na violênciauma suposta solução para seusconflitos, rancores e penares,multiplicando os seus ais. José do Patrocínio, Machado deAssis, João Cândido, Zumbi, Tia Evae tantas outras personalidadesbrasileiras mostraram que, a cor não éfator obnubilador para a convivênciaigualitária entre os homens. No MatoGrosso do Sul também grandesnomes atuais, como o Coronel JoséAntônio Pereira dos Santos, odeputado Amarildo Cruz, o casal JoséReginaldo e Maridalva Delfina, EdelfiaBogado, Bartolina Catanante, IrbsSantos, José Mauro Messias, o poetadas Moreninhas; Benedito C.G. Lima,da Academia Corumbaense de Letras,Joaquim André Soares, Vânia LúciaBatista Duarte e também LázaroBonifácio, o primeiro negro a secandidatar a governador no MS,apenas para citar alguns dos exemplosde “não” esmorecimentoIndubitavelmente, a união, a paz erespeito mútuo são o que devemprevalecer, independente da classesocial e da origem racial, ainda maisno nosso país, onde a miscigenaçãoé a marca do nosso povo. No Brasil opreconceito racial também apontapara o preconceito de classes, por istonão podemos deixar este dia se tornaragenda de eventos; e sim, mais umdia de reflexão pois a democraciatambém depende de nós. *Articulista

PRODUTOS ORTOPÉDICOS EM GERAL.

PRATIQUE A PALAVRA DE DEUS “Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal

a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe dá um tapa na face

direita, ofereça também a esquerda!

Se alguém faz um processo para tomar de você a túnica,

deixe também o manto!

Se alguém obriga você a andar um quilômetro, caminhe

dois quilômetros com ele!

Dê a quem lhe pedir, e não vire as costas a quem lhe

pedir emprestado.” (Mateus 5: 39-42)

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Ladário/MS, 06 a 12/11/2016 Pág.03CORREIODECORUMBA.COM.BR

Agricultura familiar ladarense produz sem

agrotóxico e conquista consumidoresNelson Urt

“Os tomates podem até não teralguns furinhos provocados pelaação de algum inseto, mas sãopuros, sem nada de agrotóxico, e bemsaborosos”, afirma a agricultoraStefinny Lima Soares, doAssentamento 72, que divide oserviço na barraca com LeuzaniraSoares e Luzinete Conceição. Em nenhuma etapa de cultivo éusado agrotóxico, muito comum nasgrandes lavouras. Os produtos daagricultura familiar possuem umsabor especial, diferente doshortifruti e frutas produzidos emgrande escala. “No máximo, usamosuma calda de fumo para espantar aspragas da lavoura”, conta oagricultor Raimundo Lima, ao ladoda esposa, Adalgisa. E o melhor disso tudo é queesses produtos orgânicos,produzidos dentro dos padrõesagroecológicos, agora podem serencontrados em postos de venda.As barracas de sete famíliasladarenses cadastradas funcionamna Feira de Ladário (quartas esábados), na Unidade I da UFMSCampus Pantanal, na avenida RioBranco (todas as terças) e tambémna sede da Embrapa Pantanal (naprimeira sexta do mês, mas que podevirar semanal dependendo dademanda). Com uma vantagem para oconsumidor: legumes, verduras efrutas ficam mais baratos porque sãovendidos sem intermediários,diretamente do produtor. “É puxadopra gente, porque nós mesmosplantamos, colhemos e vendemos,mas vale a pena”, constata aagricultura Adalgisa Lima, doAssentamento 72. Na UFMS, a feira funciona nosaguão de acesso à Biblioteca doCampos Pantanal, com entrada peloportão principal da avenida RioBranco, e integra o Projeto deExtensão de ProdutosAgroecológicos coordenado peloprofessor Edgar Aparecido daCosta. Participam sete famíliasladarenses do Assentamento 72 eoutros produtores do AssentamentoTaquaral, de Corumbá. O Grupo Bem-Estar deAgricultura Familiar também contacom o apoio do pesquisador AlbertoFeiden, da Embrapa Pantanal, etécnicos agrícolas das prefeituras deLadário e Corumbá. “Vender nossos

produtos na feira, na UFMS e agorana Embrapa é um incentivo,passamos a vender mais e arrecadarmais, o que nos ajuda a cobrir osinvestimentos na plantação”, dissea agricultora Luana Souza Soares,que trabalha ao lado do maridoOséas Soares e recentementeinvestiu na perfuração de um poçoartesiano no seu lote noAssentamento 72. Água potável,como todos sabem, continua sendoo maior problema nosassentamentos, em pleno Pantanale ao pé da serra do Urucum. Para os assentados, a EmbrapaPantanal, em parceria com o Sebrae,realizou vários cursos de

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Produtores do Assentamento 72 aumentam produção e renda com novo projeto da UFMS

capacitação sobre hortas,agroecologia, associativismo,organização do lote como negócio,fortalecimento do cooperativismo,produção de caldas agroecológicaspara controle de pragas. Na UFMSe na Embrapa, também participam daFeira Agroecológica a Associaçãodos Apicultores da AgriculturaFamiliar de Corumbá, e a Associaçãode Moradores da ComunidadeAntônio Maria Coelho, com ofertade produtos ligados a bocaiúva.O próximo passo será oencaminhamento de projeto daUFMS para capacitação e produçãodo leite caipira (puro), que porenquanto continua impedido de ser

comercializados na UFMS e naEmbrapa, mas que pode serencontrado nas feiras livres deLadário e Corumbá ou sobencomenda diretamente com osprodutores. Serviço: Feira Agroecológica daAgricultura Familiar. Todas asterças-feiras das 9h às 11h nosaguão da Biblioteca do CampusPantanal na UFMS, avenida RioBranco, bairro Universitário. Naprimeira sexta-feira do mês, pelamanhã, na Embrapa Pantanal, na rua21 de Setembro, bairro NossaSenhora de Fátima. Nas feiras livresde Ladário às quartas e sábadospela manhã.

VIII Fecon - Feira do Conhecimento - Colégio Santa Teresa O Ensino Fundamenta II e Médio irão abordar o tema de INTOLERÂNCIA SOCIAL NO SÉCULO XXI: - Respeitar as diferenças só faz bem para nossa vida.Venha visitar os stands. No stand do 8º ano, todos poderão interagir e ajudar na finalização do trabalho. Enquanto isso, a Educação infantil Ensino Fundamental I farão suas respectivas apresentações cujo tema abordadorefere-se a Campanha da Fraternidade 2016 - CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE. PARTICIPEM!

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Ladário/MS, 06 a 12/11/2016 Pág.04CORREIODECORUMBA.COM.BR

O meuamanhã !

Eu tenho um monte de problemaspara resolver e ainda sou umproblema pra todo mundo! Quantosjá não disseram estas palavras eoutros tantos já ouviram. Mas seráque é assim mesmo? Eu entendo quequando chegamos neste ponto éjustamente o momento de seentender o essencial. E assimperceber quem nos traz amanifestação com disposiçãofraterna. E o que ocorre: nosamarramos aos edredons e ao escurosendo acompanhados pelaslágrimas, a tristeza e... a depressão.E a saída está lá fora em arejar oquarto, em ser humilde, em pedirajuda em reconhecer os erros e emativas o perdão e as desculpas. Ouvirmúsica e deixar a poesia fluir. Ligarpra a mãe, pras amigas para onamorado ou pra quem nos interessaou sabemos que se interessa por nóse que por vezes oferecemos o nossosilêncio e insistir em dizer dosmomentos que ganharamconsistência dos bons sonhos. E o mais importante, em cadaligação ressaltar a cada um o quantoé importante tê-los na lembrança, emsua vida e na construção do amordiário. Essa pausa de trabalho nomeio da semana (Finados) nosmostra que é bom viver em estadode gratidão. Assim Deus acontecetodo dia. Que tenhamos mais dias de folgae folguedos para ficarmos com osnossos amores. Que possamos regaras sementes solidárias da

O município, por meio daSecretaria de Assistência Social,encerrou no início desta semana, ocurso de Atendimento ao Público.Ao todo, 25 alunos participaram dasaulas, que foram realizadas no Centrode Referência da Assistência Social- CRAS de Ladário, no período de17 a 31 de outubro das 8h às 10h. O conteúdo programáticocontou com módulos sobre Ética noatendimento ao cliente; Serviço epostura no atendimento; Razõespara bem atender com qualidade;Atendimento ao público sob oenfoque da qualidade, Técnicas paraatendimento; Postura e éticaprofissional; entre outros. O curso foi voltado paraadolescentes e jovens, com o intuitode qualificar pessoaspara atuarem diretamente compúblico, dentro de Ladário. Para o prefeito José AntonioAssad e Faria, que esteve presenteno encerramento do curso, essa éuma oportunidade que todos devemaproveitar. “Fico feliz em ver todos aquirecebendo os certificados. Issosignifica que estão prontos e melhor

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Curso de Atendimento aoPúblico capacita 25 alunos emLadário; nova capacitação traz

Técnicas Básicas de Vendaainda, qualificados para assumiremuma vaga no mercado de trabalho.Desejo boa sorte a todos e jamaisdeixem de aproveitar asoportunidades”, disse o prefeito.

Nova oportunidade De acordo com a coordenadorado CRAS Claudia Leticia Monteiro,quem perdeu a chance de fazer ocurso de Atendimento ao Público,terá uma nova oportunidade, já que,uma nova turma se abrirá. Porém,para esta segunda-feira (08), umnovo curso se inicia: TécnicasBásicas de Venda. “Nós estaremos oferecendo ocurso novamente. Mas para estenovo curso, as inscrições seguematé preenchermos o número devagas”, informou Claudia. As inscrições estão sendorealizadas no CRAS, nos períodosmatutino e vespertino, horáriocomercial. No ato da inscrição, osinteressados deverão comparecermunidos de RG, CPF e Comprovantede Residência. Caso seja menor, deverá estaracompanhado de responsável. Asvagas são limitadas.

* Por Janir Arruda

permanência e oferecer flores paraos que nos cercam de cuidados, nosacolhe, nos surpreende e querem onosso bem. Procurar não deixar quea dúvida se instale no nosso coraçãopermitindo os lampejos da confusão,nem a marcha pelas veredasenganosas. Que ao invés de palavrasrepetidas exaustivamente paranossos mortos e, potes de rosasdeixados sobre túmulos tristespossamos oferecer abraçosapertados para nossos vivos, frasesde ternura, risadas de infância, suconatural e boas risadas. Lembrá-los que ainda éprimavera, que para o amor nossocoração nunca estará desprevenidoe, saudade sem remorso e sem dor, écomo ver arco-íris no céu, por umajanela que canta o amor, pedir pravoltar sem medo e sem receio, seentregar a paixão e ser feliz. No estilomexicano pois lá o “Dia dosMortos” é declarado PatrimônioCultural Imaterial da Humanidadepela Unesco (Organização dasNações Unidas para a Educação, aCiência e a Cultura). Na Guatemala, por exemplo, osmortos são simbolizados com pipasgigantes que, além de decorar o céu,simbolizam a alma de quem morreu.Já no Haiti, duas tradições - católicase vudu - se misturam para celebrar odia dos mortos. Tambores gigantessão tocados durante toda a noitepara que o Deus dos Mortos acorde.A nossa tradição será outra... a daalegria, a da fé no que virá. Ecertamente podemos ser diferentes,sem remédios controlados, semchoros, sem afastamentos. Comeceamanhã, aliás comece agora a serfeliz, é possível, sim: eu sei, acreditoe confio! *Assessora Executiva

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Ladário/MS, 06 a 12/11/2016 Pág.05CORREIODECORUMBA.COM.BR

Aula Pública da UFMS discute efeitos da PEC 241 O Anfiteatro Salomão Baruki, narua Poconé, bairro Universitário,abre suas portas nesta segunda-feira, 7 de novembro, às 18h30 nãosó para os acadêmicos como paratoda a comunidade na Aula Pública“PEC 241 e seus efeitos sobre asociedade brasileira”. O evento da UniversidadeFederal de Mato Grosso do Sul(UFMS), em parceria com oSindicato dos DocentesUniversitários de MS (ADUFMS),será uma oportunidade para ouvir,discutir e entender as razões damobilização das entidades contra asreformas na Constituição queatingem os direitos conquistadospelos brasileiros desde aredemocratização do País. A Aula Pública conta com acoordenação da professora daUFMS, Elisa Pinheiro de Freitas,doutora em Geografia Humana pelaUSP, e terá entre os convidados oprofessor e jornalista Shabib Hany. A PEC (Projeto de EmendaConstitucional) se baseia no slogan“é preciso cortar gastos para corrigiro rombo nas contas públicas,recuperar os empregos, e o Paisvoltar a crescer”. Está na boca de

Nelson Urt muitos e talvez na mente daquelesque seguem o senso comum sem aomenos buscar o entendimento damatéria. Por isso o ADUFMS estádivulgando um vídeo dentro daCampanha Nacional pelo Direito àEducação, que visa esclarecertécnicos, gestores públicos e asociedade para uma mobilização quecomece uma chuva torrencial de e-mails aos deputados e senadorespara que votem contra a PEC 241. Para a ADUFMS, “o remédio queo novo regime fiscal propõe com aPEC 241 pode ser comparado àdecisão dos pais de cortar gastoscom comida, remédio e educaçãodos filhos para levar ao agiota odinheiro poupado com aquelecorte”. Explica-se: a PEC congela oorçamento da saúde, educação eassistência social, mas deixa livre osgastos com a dívida pública, queaumenta ano a ano por causa dosjuros altos. Tão grave quanto penalizar dessaforma a área social, em beneficio datransferência de recursos públicospara o setor financeiro, é o artigo daPEC que diz que essa medida nãopoderá ser alterada no decursodesses 20 anos.

O link da Campanha Nacional pelo Direito àEducação é https://www.youtube.com/

watch?v=qk26TZXVDMY&feature=youtu.be

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OPINIÃOA PEC 241 E O RETORNO À BARBÁRIE

Elisa Pinheiro de Freitas*

Por esses dias, as redes sociais,as mídias e todos os tipos deinstrumentos de comunicação têmveiculado sobre o Projeto deEmenda Constitucional n. 241 (PEC241), que teve seu texto aprovadoem primeiro turno, no dia 10 deoutubro, na Câmara dos Deputados.Em linhas gerais, a PEC 241 objetivaimprimir na Carta de 1988 os limitesde gastos, por 20 anos, em áreasseminais para o bem-estar do povobrasileiro: educação, saúde, ciência,tecnologia, inovação, agricultura,reforma agrária, relações exteriores,etc. Os argumentos utilizados pelaatual junta que comanda o destinodo Brasil são os de que não háalternativa para fazer o País voltar acrescer e que o “descalabro” comas contas públicas é o pior dosúltimos anos. Nada tão farsescoquanto o teor das justificativasusadas para defender ocongelamento dos investimentosestatais em áreas fulcrais comoeducação e saúde. Mesmo porque,o governo que afirma não terdinheiro para manter osinvestimentos em áreas sociais,decidiu manter aqueles que sedestinam ao capital. Caso a PEC 241 seja aprovadano Senado, as próximas gerações debrasileiros(as) não terão asseguradoo pleno direito à educação e à saúdetendo em vista que cai aobrigatoriedade de a União investir18% dos impostos em educação,por exemplo. Estudos apontam quecom a aprovação da PEC 241, R$ 24bilhões deixarão de ser investidos,anualmente, em educação. O(a)leitor(a) pode imaginar que se talcenário se concretizar, o Brasil teráaceitado o retorno à barbárie, atéporque desde a redemocratização doPaís foram envidados esforços paraque o maior número debrasileiros(as) tivesse acesso àeducação, da creche à pós-graduação. De acordo com o reitor daUniversidade Federal do Rio Janeiro(UFRJ), professor Roberto Leher, a

PEC 241 é um prenúncio claro sobreo fim das universidades públicas egratuitas, porque com tal orçamentocontido por 20 anos, torna-seimpraticável o funcionamento dasatividades acadêmico-científicas.Compartilha da mesma preocupação,a biomédica Helena Nader,presidente da Sociedade Brasileirapara o Progresso da Ciência (SBPC).Segundo a biomédica, o Brasil setornou um player significativo naciência mundial. No entanto, a aprovação da PEC241 compromete o desenvolvimentocientífico, tecnológico e coloca todaessa conquista em patamaresinglórios. A Universidade Federal deMato Grosso do Sul (UFMS) quetem cumprido o seu papel de ser umainstituição onde ensino, pesquisa eextensão oferecem a toda sociedadesul- mato-grossense um dinamismoimportante, também não estará foradesse contexto que se avizinha coma implementação da PEC 241. Sendo o quarto maior orçamentodo estado de MS, a UFMS com todaa sua estrutura complexa multicampi,poderá não alcançar os objetivostraçados para seu futuro. Por issonão podemos fugir àsresponsabilidades que hora noscobra um posicionamento diante dasperspectivas futuras. Independentedos matizes político-partidários, opropósito deste artigo é ser, antesde tudo, um convite ao bom sensoaos homens e mulheres que almejamo bem-estar do seu povo e visa umfuturo promissor para as geraçõesvindouras. Convém ressaltar, porém, que aPEC 241 inviabiliza a consolidaçãode um país democrático, justo esoberano, pois não há evidências,inclusive em outros países, de quecortes em educação, saúde, culturatenham concorrido para odesenvolvimento. Fiquemos emalerta sobre os efeitos que ocontrole de gastos causará em todoo tecido social.(*) Doutora em Geografia Humanapela USP, professora epesquisadora da UFMS

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