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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO NOVEMBRO 2017 55 A virtude ostensiva não é a verdadeira virtude. A virtude oculta, sim, comunica-se com Deus. (…) Praticar ações úteis ao próximo e ao mundo torna-se virtude. Somar virtude signi- fica praticar inúmeras vezes essas ações. A melhor maneira de cultivar a virtude é minis- trar Johrei e conduzir pessoas à Fé Messiâni- ca. Dar esmolas e fazer caridade é temporá- rio, não é duradouro. Por isso, não há forma melhor de somar virtude do que ingressar na fé que salva o próximo para sempre. Aquele que soma virtudes, receberá a gratidão de um grande número de pessoas. A Luz proveniente da gratidão, tornando-se um nutriente que for- talece o espírito. Numa oração Xintoísta se diz: “Mitama no fuyu o sakihae tamae” (Multiplicai a felicidade da alma). “Fuyu” significa multiplicar e fortalecer. Se o espírito se fortalece, sua Luz aumenta e, consequentemente, sobe de nível nas camadas do Mundo Espiritual; ao mesmo tempo, a felicidade e as boas coisas aumen- tam. A virtude oculta é a prática de boas ações sem que outras pessoas o saibam. Geralmen- te, nos templos xintoístas, existem tabuletas onde se coloca o nome do doador e o valor das contribuições. Aquilo que se torna público é virtude ostensiva. Quando o facto é do conhe- cimento das pessoas, o benfeitor já recebera a recompensa merecida, mas quando não o é, Deus é quem concede a recompensa. Assim, tratando-se de virtude, a oculta é bem melhor. No entanto, o Homem gosta de aparecer. Devemos praticar boas ações fazendo o possível para que elas não sejam do conheci- mento das outras pessoas. Se procedermos assim, Deus nos devolverá o bem multiplicado várias vezes. A soma de virtude oculta é algo surpreendente. As pessoas da atualidade não estão cientes disso e, por esse motivo, só pra- ticam virtude ostensiva. 30 de julho de 1949 “A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama Shin Verdade Zen Bem Bi Belo ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALBOLETIM INFORMATIVO

NOVEMBRO 2017 Nº 55

A virtude ostensiva não é a verdadeira virtude. A virtude oculta, sim, comunica-se com Deus.

(…) Praticar ações úteis ao próximo e ao mundo torna-se virtude. Somar virtude signi-fica praticar inúmeras vezes essas ações. A melhor maneira de cultivar a virtude é minis-trar Johrei e conduzir pessoas à Fé Messiâni-ca. Dar esmolas e fazer caridade é temporá-rio, não é duradouro. Por isso, não há forma melhor de somar virtude do que ingressar na fé que salva o próximo para sempre. Aquele que soma virtudes, receberá a gratidão de um grande número de pessoas. A Luz proveniente da gratidão, tornando-se um nutriente que for-talece o espírito. Numa oração Xintoísta se diz: “Mitama no fuyu o sakihae tamae” (Multiplicai a felicidade da alma). “Fuyu” significa multiplicar e fortalecer. Se o espírito se fortalece, sua Luz aumenta e, consequentemente, sobe de nível nas camadas do Mundo Espiritual; ao mesmo tempo, a felicidade e as boas coisas aumen-tam.

A virtude oculta é a prática de boas ações sem que outras pessoas o saibam. Geralmen-te, nos templos xintoístas, existem tabuletas onde se coloca o nome do doador e o valor das contribuições. Aquilo que se torna público é virtude ostensiva. Quando o facto é do conhe-cimento das pessoas, o benfeitor já recebera a recompensa merecida, mas quando não o é, Deus é quem concede a recompensa. Assim, tratando-se de virtude, a oculta é bem melhor. No entanto, o Homem gosta de aparecer.

Devemos praticar boas ações fazendo o possível para que elas não sejam do conheci-mento das outras pessoas. Se procedermos assim, Deus nos devolverá o bem multiplicado várias vezes. A soma de virtude oculta é algo surpreendente. As pessoas da atualidade não estão cientes disso e, por esse motivo, só pra-ticam virtude ostensiva.

30 de julho de 1949

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento”Meishu-Sama

ShinVerdade

ZenBem

BiBelo

ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

O meu nome é Waldemar Rodrigues Pereira e atualmente sou ministro respon-sável pelo Johrei Center São Miguel Paulis-ta, em São Paulo. Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Deus e ao Messias Meishu-Sama a permissão que me foi concedida de partilhar a minha experiência missionária como ministro pioneiro em Portugal. Gosta-ria de dar os parabéns à Igreja Messiânica Mundial de Portugal pelos seus 40 anos de existência e também expressar a minha gra-tidão pelo convite que me fizeram, através do Presidente Rev. Carlos Eduardo Luciow, para estar aqui hoje, o qual me honra e emo-ciona muito.

Nasci e fui criado na cidade de Santos, no litoral do estado de São Paulo. Conheci a Igreja Messiânica, através dos meus pais que tiveram grandes resultados com a prá-tica do Johrei, assim como eu também, aos quinze anos.

Sofria daquilo a que hoje se dá o nome de depressão juvenil. Na época a ciência não diagnosticava esse tipo de problema. Passava o dia trancado no meu quarto e saía apenas para ir à escola, fazer as refei-ções e a higiene pessoal. Não conversava com mais ninguém.

Isso levou seis meses. Até que um dia,

a minha mãe, já messiânica, invade o meu quarto e diz que não suportava mais ver-me dessa forma. Disse que eu tinha duas saí-das: ir ao médico ou ir ao Johrei. Disse-lhe que para o médico eu não iria e fui para o Johrei.

Logo no primeiro Johrei que recebi, fui me libertando desse peso imenso que car-regava.

Por três anos frequentei apenas rece-bendo Johrei, e ingressei na fé aos dezoito anos. Ao receber o Ohikari, tive uma forte sensação de que um dia me tornaria ministro e passei a dedicar diariamente, com o senti-mento de que se fosse realmente a vontade de Deus, isso aconteceria de alguma forma.

Um dia, o Reverendo responsável pela Igreja Santos, perguntou-me se não me que-ria tornar seminarista. Era a resposta que es-perava de Deus. Disse-lhe que sim.

Fui para o Japão em 1974 como inte-grante da segunda turma de seminaristas brasileiros, retornando em 1976, já como ministro.

No início do ano de 1977, recebi um te-lefonema do Revmo. Tetsuo Watanabe per-guntando se eu gostaria de ir para Portugal. Respondi-lhe afirmativamente e disse-lhe que atrás de sua pergunta, havia uma gran-de resposta de Meishu-Sama para mim. Eu tinha o desejo de ir para um lugar onde pu-desse iniciar um trabalho de difusão pionei-ra.

Nessa época, Portugal já contava com 18 membros. O primeiro membro messiâni-co português, foi o senhor Manoel Garcia da Silva que era comandante da marinha mer-cante e por esse motivo viajava constante-mente para Portugal sendo outorgado no Rio de Janeiro por volta de 1970.

Em 1973, a Sra. Mercedes Vieira de Oli-veira, portuguesa residente em Lisboa, foi ao Brasil, onde conheceu a Igreja Messiâ-nica e tornou-se membro, sendo outorgada pelo Revmo. Tetsuo Watanabe, também no Rio de Janeiro. Desta forma foi a segunda membro messiânica de Portugal.

Ela tinha uma amizade muito forte com o casal Sr. José Cordeiro e sua esposa a Sra. Guilhermina de Jesus Soares Cordeiro,

EXPERIÊNCIA DE FÉMin. Waldemar Rodrigues Pereira

O Min. Waldemar Rodrigues Pereira recebe das mãos do Rev. Carlos Eduardo Luciow, uma placa de homenagem por ser o pioneiro da difusão Messiânica em Portugal e uma t-shirt de

comemoração dos 40 anos da difusão Messiânica em Portugal.

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e pediu ao Reverendíssimo, se era possí-vel levar o Ohikari também para essas duas pessoas. Com essa permissão concedida, o casal passou a ser os terceiros e quartos membros portugueses. Eles moravam na Amadora.

Nesse meio tempo, alguns portugueses que trabalhavam no Brasil, reformavam-se e retornavam para Portugal, como membros. Ainda por volta ano de 1973, a Sra. Maria Eugênia Ribeiro de Almeida, vai ao Brasil vi-sitar sua irmã, residente na cidade de Miguel Pereira, no estado do Rio de Janeiro. Essa irmã já era membro da Igreja, e resolve levá-la, para conhecer a fé Messiânica. Sentindo-se maravilhada, com a energia do Johrei, a Sra. Maria Eugênia procura então informa-ções sobre alguém em Portugal, que pudes-se ministrá-la. A informação que recebeu foi a da existência do Sr. Manoel, o comandan-te da marinha. O Sr. Manoel não residia em Portugal na época, e vinha para cá espora-dicamente, assim o único lugar que tinha para ministrar Johrei era no porão do navio em que vinha embarcado. Desta forma, por dois anos consecutivos, a senhora Maria Eugênia, recebeu Johrei nessas condições.

Em 1976, o Rev. Kazuro Hossono, torna-se responsável pela difusão messiânica na Europa, e na sua primeira viagem, realizou no dia 19 de dezembro de 1976 a primeira outorga em Portugal, na casa do Sr. Armin-do, no bairro de Benfica. Desta maneira, e juntamente com os membros que vieram do Brasil, fechámos o ano de 1976, com 18 membros, sendo que 11 residiam na capital e 7 no interior. Há que se destacar a chega-da do Sr. Aníbal e esposa, que foram morar no Estoril, de outro casal que foi morar na cidade de Vale de Cambra, e ainda do Sr. José Luís Homem e esposa, que foram para Coimbra. Este último, posteriormente veio a tornar-se ministro e responsável pela Igreja em Coimbra.

No dia 7 de março de 1977, embarquei para Portugal, um país que desconhecia totalmente, embora fosse um descendente direto de portugueses e que imaginava os costumes serem bem parecidos com os do Brasil. Ao desembarcar em Lisboa, fui pa-

rado na alfandega, pois trazia na minha ba-gagem, caixinhas de Ohikari aveludadas, correntes, distintivos, adesivos e livros de Ensinamentos, tudo na quantidade de cin-quenta cada. O inspetor disse-me que não haveria nenhuma possibilidade de poder passar com aquela bagagem e que a única coisa a ser feita, era embarcar de volta para o Brasil no primeiro avião. Se insistisse em permanecer, seria preso.

Fiquei assustado e não podia mencio-nar o nome da Igreja, porque ela não existia no país. Se fizesse isso, a Igreja Messiânica corria o risco de não poder entrar mais em Portugal. Mas logo pensei: “Não vim aqui para voltar no primeiro avião, muito menos para ser preso!”. E lembrei-me de uma frase de Meishu-Sama que aprendi no seminário: “Todas as vezes que encontrarem dificulda-des em seus trabalhos de difusão, lembrem-se de mim e orem.” Veio-me então, a intui-ção de tirar o Ohikari para fora da camisa. Fiz isso, lembrei-me da Foto de Meishu-Sa-ma da Sede Central do Brasil, e falei para o inspetor: “Eu vim fazer isso aqui”. Nesse momento o inspetor empalideceu. Um ou-tro que atendia outra pessoa, e estava de costas, inexplicavelmente parou o seu aten-dimento, e dirigindo-se ao que me atendia disse: “Deixa o rapaz passar que ele não vai fazer nada”. E assim, peguei rapidamente a minha bagagem e saí antes que ele mudas-se de ideias. Este foi o primeiro grande mila-gre que recebi em Portugal.

Nos primeiros três dias, visitei todos os membros residentes na capital. O motivo destas visitas era o de apresentar-me, minis-trar Johrei, e pedir o apoio para esta missão que estava a começar. O resultado disso foi que, no final desses três dias, já haviam três núcleos de Johrei que passariam a funcionar semanalmente.

Mais tarde aluguei um quarto numa casa grande, que foi o primeiro local onde a Igreja funcionou em Portugal - Rua do Patrocínio nº 128, 1º. esquerdo, bairro Campo D’Ourique. O quarto era muito pequeno e eu não podia usar os armários porque o dono não tinha tirado as roupas dele. Deixei as minhas na única mala que tinha.

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

A Igreja funcionava às segundas, quar-tas e sextas-feiras. Durante o dia não re-cebia ninguém, mas à noite compareciam entre dez a quinze pessoas, nas primeiras semanas.

No dia 19 de abril de 1977, fui informa-do que viria para Portugal, oriundo Japão, o Min. Tashiro Yagyu, que tinha feito difusão na Argentina. A sua chegada ocorreu no dia 21 de abril de 1977 e com ele a Imagem da Luz Divina, a primeira a entrar em Portugal e na Europa.

Fui buscá-lo ao aeroporto e no cami-nho perguntei-lhe quando entronizaríamos a Imagem. Ele disse-me que poderia ser no dia 25, sem saber que o dia 25 de abril é feriado nacional no país.

Assim no dia 25 de abril de 1977, às 15 horas, dia em que se comemora a democra-cia, e consequentemente a liberdade religio-sa, aconteceu a primeira cerimónia messi-ânica de Entronização da Imagem da Luz Divina, realizada em solo português e euro-peu, com a presença de todos os membros e frequentadores, num total aproximado de 50 pessoas.

Na sala do Altar, cabiam apenas um sofá e algumas cadeiras, sendo que as pesso-as em sua maioria, ficaram na sala que tí-nhamos alugado e no outro quarto, que era onde eu dormia. Durante o dia, esse sofá era para atendimento das pessoas, e à noite era a cama do ministro Yagyu. Em baixo do sofá ele guardava as suas roupas.

O movimento crescia e passámos a fun-cionar também aos sábados, com uma fre-quência média de quarenta pessoas. As au-las de iniciação eram dadas por mim.

Logo a seguir à entronização demos entrada na documentação para regularizar a Igreja e pudemos funcionar graças a um protocolo que nos foi fornecido.

Em 7 de maio de 1977, recebemos em Londres a visita, da Terceira Líder Espiritual. Haviam também representantes de França, Itália, Grécia e Inglaterra. Esta reunião repre-sentou o início oficial da Obra Divina na Eu-ropa.

Em junho daquele mesmo ano, pude-mos mudar a unidade para uma casa maior,

graças à autorização recebida da direção do Solo Sagrado do Japão. Era uma casa situ-ada na Rua Viana da Mota 47, no bairro de Alvalade em Lisboa.

Tínhamos uma frequência de 20 a 30 pessoas por dia, sendo que aos sábados à tarde, chegava a 50.

No final do mês de agosto, tive a per-missão de retornar ao Brasil, para aprimora-mento, rever a família, e aí sim embarcar em definitivo para Portugal. Nessa ocasião par-ticipei de uma reunião com membros por-tugueses residentes no Brasil e pedi a cola-boração de todos no sentido de fornecerem os endereços de seus familiares e parentes residentes em Portugal, para que eu os visi-tasse. Recebi em torno de 100 endereços. Ao retornar a Portugal, visitei-os todos. Al-gumas dessas pessoas tornaram-se mem-bros muito ativos; outras, frequentadoras e as restantes, simplesmente receberam-me bem, mas não quiseram ter ligações com a Igreja.

No dia 9 de dezembro de 1977, rece-bemos uma notificação notarial informando que a solicitação de legalização havia sido aprovada. Outra coincidência foi a data da escritura, pois inicialmente estava marcada para o dia 16, mas foi reagendada pelo juiz, devido ao falecimento de um familiar, para o dia 23, na mesma hora. Assim, a Igreja foi registada como Associação Religiosa com o nome de Sekai Kyusei Kyo - Igreja Messiâ-nica Mundial de Portugal, no dia 23 de de-zembro de 1977, dia do primeiro Culto do Natalício que realizaríamos no país.

Na casa da Rua Viana da Mota, recebe-mos a presença de atores famosos no Bra-sil, membros e que brilhavam nas teleno-velas que passavam também em Portugal, como Elisabeth Savalla, Glória Pires e Zélia Martins. A Elizabeth Savalla, que com es-pírito de fazer difusão, fez uma conferência de imprensa dentro da Igreja. Foi fotografa-da cumprimentando o Altar e essa foto saiu em jornais e revistas de todo o país. Nas re-portagens saiu apenas que o local ficava na Rua Viana da Mota, para não dar conotação de propaganda, mas a rua não era grande, e as pessoas logo encontravam a unidade.

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Muita gente conheceu a Igreja através desta reportagem e tornou-se membro.

Em Portugal enfrentávamos situações interessantes e difíceis na época, porque apesar de ser um país onde as pessoas ti-nham uma fé tradicionalmente católica e fre-quentavam a missa todos os domingos pela manhã, à tarde buscavam até mesmo como lazer, outras opções. De maneira que nesse horário, tínhamos uma frequência igual ou até superior à dos sábados à tarde. A Igreja ficava aberta de terça a domingo.

Os cultos mensais eram realiza-dos nos primeiros domingos de cada mês e a participação já era, em média, de seten-ta pessoas. As outorgas eram nos terceiros domingos. Terminámos o ano de 1978 com cerca de 100 membros.

Entrámos no ano de 1980, com o espírito de encaminhamento cada vez mais forte, e sempre orientando os membros a trazerem seus familiares, parentes e amigos. Assim a frequência diária nesta época já era de apro-ximadamente de 50 pessoas e aos sábados de 70.

Em janeiro de 1981, Min. Yoshikatsu Inoue, também conhecido por Min. Eduardo, oriundo do Brasil, estabeleceu-se em Portu-gal juntamente com a família e iniciou sua dedicação junto connosco. Também veio a professora Emiko Taniguti, com a missão de estabelecer a Academia Sanguetsu de Vivi-ficação pela Flor, em Portugal. Ela veio com o objetivo de permanecer por um ano.

A formação de novos membros continu-ava em pleno desenvolvimento e fechámos o ano de 1981 com aproximadamente 250 membros.

Em 1982 recebi a noticia que iria ser transferido de volta para o Brasil e assim, em maio ocorreu a minha festa de despedida o qual recordo sempre com muita emoção e gratidão. Nessa época Portugal já contava com 300 membros.

Agradeço a Deus e ao Messias Meishu-Sama por essa maravilhosa oportunidade que tive de dedicar em Portugal, lançando as bases para o desenvolvimento da Obra Divina juntamente a todos os pioneiros.

Muito obrigado.

O poeta escreveu uns versos, que an-daram de mão em mão, no inicio da nossa difusão no Porto.

 “O meu vizinho do lado Se matou de solidão

Ligou o gás, o coitado O último gás do bujão

Porque ninguém o queria Ninguém lhe dava atenção

Porque ninguém mais lhe abria As portas do coração

Levou com ele seu louro E um gato de estimação

Há tanta gente sozinha

Que a gente mal adivinha Gente sem vez para amar Gente sem mão para dar Gente que basta um olhar

Quase nada Gente com os olhos no chão

Sempre pedindo perdão Gente que a gente não vê

Porque é quase nada

Eu sempre o cumprimentava Porque parecia bom

Um homem por trás dos óculos

EXPERIÊNCIA DE FÉMin. Maria Thereza Pinto da Costa Silva

A Min. Maria Thereza Pinto da Costa Silva recebe das mãos do Rev. Carlos Eduardo Luciow uma placa de homenagem como representante

dos ministros e missionários pioneiros de Portugal e uma t-shirt de comemoração dos 40 anos da difusão Messiânica em Portugal.

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

Como diria Drummond Num velho papel de embrulho

Deixou um bilhete seu Dizendo que se matava

De cansado de viver Em baixo assinado Alfredo, só Alfredo

Mas ninguém sabe de quê.O meu vizinho do lado se matou de

solidão.”

Nós messiânicos escreveríamos outros versos. Porque vemos e sentimos o que o poeta viu e sentiu, mas nós podemos aju-dar mais do que o poeta pôde. Aprende-mos a levantar as nossas mãos, transmitin-do Johrei para tornar o nosso vizinho mais feliz e saudável. O poeta não pôde porque não era messiânico. Como somos felizes! 

A nossa difusão faz 40 anos de vida. Então, como membro pioneiro, venho con-tar como nasceu a difusão na cidade do Porto. Embora vivendo no Porto, tornei-me membro no dia 22 de agosto de 1981, no Brasil, na Igreja da Urca no Rio de Janei-ro. Não conhecia nada da nossa igreja - do Johrei, dos Ensinamentos nem do Messias Meishu-Sama, e naquela época eu dizia “não sei nada a respeito deste Senhor!”. Na entrevista com o ministro responsável da Igreja da Urca, eu disse que não sabia o que faria como membro “não sei se vou colocar a medalha numa gaveta e nunca mais olhar para ela! A responsabilidade é sua, Ministro”. Disse-lhe que gostava mui-to de gente e esta era a única certeza que tinha e tenho até hoje. “Se fosse assim tão fácil ajudar as pessoas, eu então queria receber a tal medalha”. Admirada fiquei quando o Ministro disse “a senhora vai tor-nar-se membro".

Voltei a Portugal sem saber o que fa-zer, pois não acreditava que da minha mão saísse a Luz de Deus. Resolvi então ver se era verdade o que me disseram no Bra-sil. Em casa, todos os que passavam por mim ou iam de visita eu dizia “senta aí!” e levantava a mão. Então as pessoas per-guntavam “O que é isto?”. Eu respondia “não sei, senta aí, se não fizer bem, mal não faz”. As pessoas diziam “coitada da

Teresinha, foi ao Brasil e veio maluquinha”. As pessoas começaram a chegar dizen-do: “tenho insónia; não consigo ir à casa de banho; tenho problemas com o marido, etc.”. Tinham me dito que era só levantar a mão e eu levantava. Nunca perguntava se estavam melhores. Porque, no fundo eu não acreditava. Então, para minha sur-presa, as pessoas começaram a melhorar. “Olha, Teresinha, eu estou a dormir melhor; olha Teresinha, já vou à casa de banho com facilidade, etc.”. Então, eu perguntava-me “será que funciona mesmo? Será que saí mesmo alguma coisa da minha mão?”.

Pouco tempo depois, já recebia 50 pes-soas por dia e assim, começámos a formar novos membros que passaram também a dedicar no Johrei. Novos membros pionei-ros receberam o Ohikari no altar da minha casa. Foram muitos, mas não vou citar no-mes, para não correr o risco de esquecer alguém. Alguns já faleceram, mas nunca foram esquecidos por nós. Durante mais de 3 anos deixei a porta da minha casa aberta o dia inteiro para receber pessoas e ministrar Johrei. Desde manhã cedo até após a hora do jantar. Muito Johrei trans-mitimos sabendo tão pouco. Só o amor fa-lou mais alto. Muita ajuda, muito amor foi espalhado no início da difusão no Norte de Portugal.

Para fazer difusão, não precisamos sa-ber nada, só sentir amor. Porque Meishu-Sama é amor.

Vou contar agora alguns milagres des-sa difusão pioneira.

A D. Rita, com os seus setenta e tal anos, fora desenganada pelos médicos, com várias doenças incluindo cancro no esófago. O Sr. Carlos Alberto, membro pio-neiro que já não se encontra entre nós, no dia a seguir a ter recebido o Ohikari, pediu permissão para transmitir Johrei à D. Rita. Ela já não conseguia engolir, por isso já não comia nem bebia. Ele ia a casa da D. Rita duas vezes por dia, mas sempre na dúvida como todos nós, até que a D. Rita, passa-dos dois dias começou a engolir. Oito dias depois, a D. Rita, começou a vomitar mui-ta, muita toxina e pouco tempo depois es-

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tava curada e viveu muitos e muitos anos.Havia também um bebé de 7 meses,

que tinha um caroço do tamanho de um ovo de uma galinha, debaixo do braço. O médico disse que tinha de operar, e que demoraria 6 meses a recuperar. Assim, eu disse para a mãe: “traz o miúdo” e ela trou-xe. O miúdo de fraldas, reguila, fugia, cho-rava e ria, nunca ministrei um Johrei assim tão atribulado. No final disse para a mãe: “Se ele tiver um pouco de febre e diarreia não se preocupe, pois, o caroço vai sair” e assim foi, o miúdo teve febre e diarreia e o caroço saiu.

Outro caso foi o do Sr. António que tinha um tumor no cérebro, não sei se benigno ou maligno. Recebeu Johrei do Sr. Carlos Alberto durante uma semana e quando foi fazer os exames pré-operação, os médi-cos não entenderam nada, pois o tumor havia desaparecido, e disseram que teriam de repetir todos os exames. Quando volta-ram a repetir os exames, constataram que o tumor realmente já não estava lá.

Mais um caso, foi o do Zézinho, um mi-údo de oito anos, que cada vez que tossia, tínhamos vontade de procurar o pulmão do miúdo, tal era a intensidade da tosse. Ele tinha muitas toxinas no peito e nas costas e já era uma figura conhecidíssima do Hos-pital de Santo António e do S. João. Ele começou a receber Johrei em minha casa, e passada uma semana, a febre começou a aumentar e a ter otites horríveis, saía constantemente um líquido avermelhado, que manchou o sofá inteiro. A cara dele fi-cou inchada, mas se nós não lhe tocásse-mos ele não sentia dor alguma. O líquido saiu, saiu e o rapaz ficou como novo. Hoje em dia é um rapagão saudável! Quando comentava tal situação com os médicos, eles diziam que com tudo aquilo o rapaz deveria ter ficado surdo.

Para finalizar vou contar a história de Timóteo. O seu pai levou o menino a mi-nha casa, muito ofegante, parecia que ia morrer. A mãe como não acreditava nestas coisas, ficou lá em baixo à espera. Quando vi aquilo, pensei “aí se ele morre aqui…” Mas logo pensei “Levanta a mão” e assim

foi. Meia hora depois mandámos chamar a mãe pois o miúdo já estava a brincar nor-malmente. Resumindo, os pais tornaram-se membros e o Timóteo nunca mais foi ao hospital.

Diante de tamanha expansão e mila-ges, recebemos autorização do Solo Sa-grado do Japão para abrir a primeira Igreja Messiânica no Norte que com a presença de muitas pessoas, foi inaugurada no Por-to, na freguesia do Bonfim e fui nomeada como responsável. Eu não sabia nada de Igreja, muito menos do que fazer como res-ponsável. Não sabia nem se deveria abrir a cortina do altar. Tinha ido só duas vezes à Igreja de Lisboa onde encontrei sempre a cortina fechada. Conclusão, no Porto eu deixava a cortina fechada e só a abria para fazer as orações fechando-a logo em seguida. Pelo menos tive o bom senso de abrir a cortina para as orações, os senho-res não acham?

Contei tudo isto para mostrar a impor-tância do amor e de nele nos basearmos. Não há difusão sem amor, gratidão e res-peito. Se não houver lealdade, compromis-so com Deus e o Messias Meishu-Sama, não conseguiremos uma Obra grande e pura. Do Porto partiu a difusão para Vila Real, com a D. Cecília e o Major Abel, que já não estão entre nós. Ainda lembro da primeira vez que a vi à porta da minha casa, tão jovem e bonita. Eles são os pais do Ministro Jorge e avós do Ministro Ricar-do; três gerações dedicando na Obra Divi-na. Creio que de Vila Real partiu a difusão para Amarante.

Como viram, o início da difusão da nossa Igreja no Norte não foi baseada no conhecimento, mas na prática do amor al-truísta e no Johrei. Sabíamos quase nada sobre a Obra Divina do Messias Meishu-Sama, mas sabíamos que com amor e de-dicação incansável tudo é possível. Obri-gada a Deus e ao Messias Meishu-Sama. Agradeço pela oportunidade de estarmos hoje, aqui, recordando com gratidão, o iní-cio da difusão da Obra Divina no Norte de Portugal.

Muito obrigada.

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

O meu nome é Luísa Maria Gomes Guedes Teixeira, sou membro há 31 anos e dedico atu-almente no Johrei Center do Porto. Gostaria de compartilhar com todos a experiência que viven-ciei sobre o quão grandiosa é a Força de Salvação de Deus e Meishu-Sama e como foi o meu desper-tar e o da minha família para a Fé Messiânica.

Por volta dos meus 20 anos comecei a sentir-me muito cansada e desanimada. Sem perceber, passei a não ter vontade de fazer nada, fiquei tris-te e cresceu em mim uma angustia muito grande. Com o passar do tempo, deixei de ter uma vida normal, sentindo-me obrigada a abandonar os es-tudos. Depois de algumas consultas foi-me diag-nosticado depressão e devido à gravidade do meu estado, tomava muitos medicamentos.

Nesse período, a minha família procurou todo o tipo de ajuda, na tentativa de aliviar o meu sofri-mento, mas a verdade é que, apesar de toda esta busca, nada resultava. Recorri a vários médicos, mas nenhum deles sabia o que fazer, tão estranho era o meu caso.

O médico psiquiatra que me acompanhava, sem saber mais o que me prescrever, aconselhou o internamento num hospital psiquiátrico com os tratamentos tradicionais e muito violentos, entre outros, os choques elétricos; cheguei a estar in-ternada um dia, mas apesar de ter sido tão pouco tempo, sofri muito. Sentia-me prisioneira e sabia

que, se ficasse lá mais tempo, não iria aguentar. Apesar de estar sob o efeito de medicamentos muito fortes, não tendo grande noção das coisas, tive força para implorar a uma jovem funcionária do hospital para me deixar ligar para casa; eu sa-bia que o meu pedido não seria aceite perante as normas hospitalares, mas graças a Deus, a senho-ra ajudou-me. Então, a minha mãe e a minha irmã tentaram a muito custo e por todos os meios tirar-me de lá rapidamente, pois aperceberam-se, pela angústia que lhes transmiti, que aquele não era o caminho mais aconselhado para a minha cura.

Durante anos vivi essa situação junto com a minha família que, apesar do apoio que me davam, sofriam muito por não saberem como me ajudar.

Um dia, com a graça de Deus, uma senhora membro da Igreja, ao saber da minha situação, falou com a minha mãe sobre o Johrei. Para nós, seria mais uma tentativa entre outras e decidimos experimentar.

Fui orientada a receber o máximo possível de Johrei. Logo no início sentia que era o local onde me iria salvar.

Muitas pessoas dedicavam diariamente na Igreja e rapidamente fomos envolvidos pelo amor e carinho de todos os membros. Com o recebi-mento diário e intensivo de Johrei, a purificação intensificou-se e passei também a ter crises de choro inexplicáveis, vómitos, dores de ouvidos, de estômago e outros. Por duas vezes cheguei a dei-tar sangue pela boca com pequenos coágulos, a ponto de, e devido à minha fragilidade no início, ter que receber Johrei deitada. Nessas ocasiões a mi-nha mãe sempre pedia orientação à Min. Theresa, que várias vezes foi prestar-me assistência a casa. Ela sempre dizia que a purificação era limpeza, que era bom e por isso deveria ir ao altar e agradecer a Deus. Nessas horas, a minha mãe questionava o porquê de agradecer algo “negativo” mas, mesmo assim, obedientemente, ia ao altar agradecer.

Como é natural, a minha mãe levou-me ao hospital, mas nada foi detetado e todos os exames se revelaram normais.

Graças à minha purificação, a minha mãe foi orientada a tornar-se membro para poder também ministrar-me Johrei. Após 3 meses de recebimen-to diário, comecei a sentir-me física e mentalmente melhor.

Graças a toda essa minha mudança, tive a per-missão de receber o Ohikari a 11 de outubro de

EXPERIÊNCIA DE FÉLuísa Maria Gomes Guedes Teixeira

A D. Luísa Maria Gomes Guedes Teixeira, recebe das mãos do Rev. Carlos Eduardo Luciow, um buquê como representante de todos os membros pioneiros de Portugal, e uma t-shirt de

comemoração dos 40 anos da difusão Messiânica em Portugal.

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1986. Algum tempo depois, o meu pai e a minha irmã tornaram-se membros também. Passados 3 meses de me ter tornado membro, em janeiro de 1987, comecei a trabalhar. Em dezembro do mesmo ano mudei de emprego para uma clínica de medicina japonesa, em que a entidade patro-nal era também messiânica e conheciam o Johrei. Enquanto lá trabalhei tive a oportunidade de falar a várias pessoas sobre o Johrei, contar a experiência que eu própria vivi e despertá-las para a vontade de o experimentar. Algumas dessas pessoas hoje são membros.

Ao longo destes 31 anos, fortaleci a minha fé graças a este trabalho de encaminhamento, que nunca deixei. As purificações por vezes eram tão fortes que chegava a não ter força para vir à igreja e manter as minhas dedicações, mas o milagre da minha vida continuava dentro de mim e, por esse motivo, nunca deixei de falar de Meishu-Sama e do Johrei, sempre que tinha oportunidade.

De há 9 anos para cá, sinto-me mais conscien-te da minha missão como instrumento de salvação de um maior número de pessoas e dos nossos an-tepassados e tenho também mais força e convic-ção nas minhas dedicações.

Nidai-Sama ensina que: “o encaminhamento

de pessoas à igreja é a dedicação que mais agrada a Deus”, mas ao contrário de ser uma tarefa fácil, exige uma grande seriedade e amor por todas as pessoas e por Meishu-Sama.

Atualmente, tenho a permissão de acompanhar uma pessoa e sinto-me feliz por ter a permissão de a conduzir a uma fé convicta e alicerçada em Deus e Meishu-Sama. Pude acima de tudo comprovar que a verdadeira felicidade está em fazermos os outros felizes.

A minha caminhada ainda não acabou e se Deus e Meishu-Sama me derem oportunidade, quero continuar a encaminhar pessoas, para a ver-dadeira felicidade.

Reconheço que Meishu-Sama salvou a minha vida. Por algum tempo, encarei esta purificação como um grande sofrimento, mas à medida que o tempo foi passando, o meu sentimento modificou-se e hoje encaro-a com muita gratidão. Foi impor-tante tê-la vivenciado, para permitir a minha evolu-ção e a salvação dos meus antepassados.

Quero agradecer a Deus e a Meishu-Sama, à minha família, a todos os ministros, orientadores e membros que sempre me apoiaram e me deram a oportunidade de renascer de novo.

Porto, 1 de novembro de 2017

MORADAS E CONTACTOS DA IMMPCategoria Unidade Morada Código Postal Telefone Responsável EmailPresidente

Sede CentralRua António Granjo, nº105/107 - Bonfim

4300-029 Porto 225 092 143 Rev. Carlos Eduardo Luciow [email protected]

Secretaria Min. António Carlos Pessoa [email protected].: 225 092 143 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 18h

Johrei Center Porto Rua António Granjo, nº105/107 - Bonfim

4300-029 Porto 916 124 188 Min. António Carlos Pessoa [email protected]úcleo V.N. de Gaia 935 602 181 Min. Rosa Duarte [email protected]

Telf.: 225 092 143 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 18hNúcleo Vilar do Paraíso R. do Jardim, 265, 4º Esq. - Vilar do Paraíso 4405-827 V.N. Gaia 965683919 Fátima Araújo [email protected]

2ª feira das 14h às 17hJohrei Center Lisboa Rua António Albino Machado, 15A

Quinta dos Barros

(Também reuniões nos respectivos locais)

1600-831 Lisboa

912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected]úcleo Amadora e Sintra 912 545 269 Min. Octávio Fonseca [email protected]

Núcleo Margem Sul 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected] 807 455 Srta. Elisabete FerraresiNúcleo Oeiras e Cascais 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected]

Telf.: 213 156 576 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 19h

Núcleo Ribatejo (Reuniões nas casas dos membros) 912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected] 205 353 Min. João Lima

Johrei Center Coimbra Rua do Brasil, 222 D, R/c Esq. 3030-775 Coimbra 935 310 898 Min. Fernando Chagas Alambert [email protected].: 239 482 637 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 19h

Núcleo Aveiro Rua Cândido dos Reis, 86 - 2º Esq. - T2 3770-209

Oliveira do Bairro935 310 898 Min. Fernando Chagas Alambert [email protected] 136 936 Sra. Mª. de Jesus Afonso

Sábado das 14h às 16h30

Núcleo AmaranteRua de Freitas - Edif. do Salto 3 Bloco 5 - 3º Esq. - São Gonçalo

4600-081 Amarante912 201 419 Min. José Araújo Rego

[email protected] 286 843 Sra. Mª. Leonor Mesquita5ª feira das 16h às 20h

Núcleo Lixa Largo do Terreiro - Edif. Mesquita, 72 4615-688 Lixa 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected] 224 981 Sra. Paula Leite3ª feira das 16h às 20h

Núcleo Braga Rua Albano Belino, 38 - 3 esq. 4710-351 Sao Victor -Braga

912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected] 266 805 Sra. Carmen Szajner4ª feira das 16h às 20h

Núcleo Algarve (Reuniões nas casas dos membros) 918 032 962 Min. Ricardo Azevedo [email protected]

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CULTO ESPECIAL PELOS ANTEPASSADOS E CULTO DE COMEMORAÇÃO DOS QUARENTA ANOS DE DIFUSÃO MESSIÂNICA EM PORTUGAL - NOVEMBRO / 2017

PALESTRA DO PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALREVERENDO CARLOS EDUARDO LUCIOW

Hoje também, estamos a receber mui-tos hóspedes ilustres. Estamos a receber do Brasil o Ministro Waldemar Rodrigues Perei-ra, que nos presenteou com a sua maravilho-sa experiência agora há pouco e o Ministro Erisson Thompson de Lima Júnior. (Palmas) Ele veio da Sede Central do Brasil, com uma autorização especial do nosso querido Rev. Marco Antonio Baptista Resende, Presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil. Apro-veito para transmitir uma mensagem que ele mandou, de parabéns a todos os portugue-ses, que hoje festejamos os quarenta anos e que lá do Brasil está em sintonia connosco, pois foi o nosso anterior Presidente e tem mui-to carinho por todos os senhores. Agradeço-lhe, em nome de todos, pelo apoio constante e pela presença do Ministro Erisson Thomp-son de Lima Júnior que veio fazer um apri-moramento de Ikebana para as professoras de Sanguetsu de Portugal, Espanha, Itália e Reino Unido. Muito obrigado! (Palmas)

Existem outros brasileiros que estão de passagem por Portugal? Bem-vindos tam-bém! (Palmas)

Depois, estamos a receber de África uma

Boa tarde a todos!(Boa Tarde!)

Os senhores estão a passar bem?(Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!)

Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sa-ma!

Hoje é um dia muito especial para todos nós e quero dar os parabéns a todos por este Culto maravilhoso, juntamente com os nos-sos antepassados, por essa graça imensa que temos de estar aqui reunidos a sufragar os nossos antepassados. Aproveito tam-bém para, em nome de Deus e do Messias Meishu-Sama, agradecer a todos os senho-res pela vossa sincera dedicação que nos permite, cada vez mais, expandir a Obra Divi-na aqui em Portugal. Muito obrigado! (Palmas)

Quem está a vir hoje pela primeira vez, pode levantar a mão? Quantas pessoas! Se-jam bem-vindos! (Palmas) Que os senhores e os seus antepassados, que os trouxeram, pois nós somos encaminhados à Igreja pe-los nossos antepassados, sejam todos mui-to bem-vindos e que esta seja a primeira de muitas outras visitas. Sejam sempre bem-vindos à casa de Meishu-Sama.

11|novembro / 2017

Estamos muito felizes de receber a comitiva de África. Quando estivemos lá em peregri-nação ao futuro Solo Sagrado de Cacuaco, prometeram que viriam e honraram a palavra. Muito obrigado! (Palmas)

Depois, da Europa, estamos a receber um grupo de Itália. (Palmas)

Do Reino Unido, estamos a receber

Caravana, dirigida pela Min. Graça Cândida Adelino Mussungo que veio como represen-tante do Rev. Cláudio Cristiano Leal Pinheiro. (Palmas)

Hoje também recebi do Rev. Cláu-dio uma mensagem de parabéns, em nome dele e dos membros, nossos ir-mãos africanos, por essas comemorações.

Ofertório de Gratidão pelos representantes dos participantes: Min. Waldemar Rodrigues Pereira e Min. Maria Thereza Pinto da Costa Silva.

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a Prof. Deise Crivelario da Silva e Souza. (Palmas) Lamentavelmente, o Min. Eduardo de Souza Neto, por motivos de trabalho, não pode estar presente mas mandou também uma mensagem em nome de todos os mem-bros do Reino Unido, a dar os parabéns aos membros de Portugal pelo dia de hoje. (Palmas)

Da Suíça, estamos a receber um casal de membros. (Palmas) São do Johrei Center de Ri-ddes, onde portugueses estão a fazer difusão na Suíça. Muito Obrigado! (Palmas)

E da vizinha Espanha, estamos a receber o Min. Leonardo Borrelli Falco e a Prof. Edna Maria Martins Borrelli com um grupo. (Palmas)

De Portugal, estamos a receber membros das seguintes unidades: Algarve, Margem Sul, Oeiras-Cascais, Amadora e Sintra, Lisboa, Ri-

batejo, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Amarante, Lixa, Braga e, naturalmente, Porto e Vila Nova de Gaia. Sejam todos muito bem-vindos! (Pal-mas)

Acho que não é por acaso que, no dia de hoje, um dia tão importante, recebemos de Meishu-Sama o primeiro livro do Alicerce do Paraíso em português de Portugal. (Palmas) Esse livro era um antigo desejo de todos os ministros, missionários e membros pioneiros de Portugal, que sempre agradeceram as pu-blicações que vinham do Brasil, em português brasileiro, mas almejavam ler na própria língua, não é? (Sim!) Então, hoje estamos a receber de Meishu-Sama este importante Ensinamento - Alicerce do Paraíso, volume I. Tenho certeza de que aqui está materializado o sentimento

o Min. Tiago Agua, do Departamento Interna-cional do Solo Sagrado de Atami, conferiram palavra por palavra com o original de Meishu-Sama, em japonês. (Palmas)

Além deles, também dedicaram profes-soras da língua portuguesa, para corrigir os textos, ver as concordâncias verbais, etc. A língua portuguesa é muito difícil, não é? (Sim) Mas muitas pessoas colaboraram. Peço aos senhores que, ao lerem, se acharem algo que pode ser melhorado na língua portuguesa de Portugal, comuniquem ao Ministro Ricardo, deem as suas sugestões e críticas construti-vas, porque nós desejamos de nova em nova publicação, ir melhorando o texto. Não está acabado, está em desenvolvimento e a cada nova reedição, vai ser sempre melhorado

13|outubro / 2017

de todos os pioneiros e de todos os Ministros. Muitos trabalharam para a realização desta obra, ao longo de muitos anos. Não é feita por nós, nos só estamos a entregar. Muitas pes-soas trabalharam e algumas delas já estão no Mundo Espiritual. Hoje, de lá, eles estão con-tentes, de termos chegado à conclusão des-ta obra, que é só o primeiro. Assumo com os senhores o compromisso de todos os anos entregar um livro novo de Ensinamentos, revi-sado em português de Portugal. (Palmas)

Podem dizer: “Ah, porquê que não fazem mais de um por ano?” Porque dá muito tra-balho! Agradeço a todos aqueles que traba-lharam, pois além de ser feita a correção or-tográfica, tem também a correção conceitual, pois o Min. Ricardo Azevedo, juntamente com

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com a vossa preciosa ajuda. Além desse grande presente, hoje tam-

bém gostaria de, já que falamos de antepas-sados, aprofundar um pouco estas três ex-periências de fé que ouvimos, porque acre-dito piamente que Deus nos fala através de formas ou modelos, que em japonês diz-se “Kata”, e toda a experiencia de fé é um mo-delo a ser aprendido e seguido.

No caso de Ministro Waldemar, com a sua determinação, desejava fazer difusão noutro país, até que foi atendido pelo nosso saudoso e amado Revmo. Watanabe e veio para Portugal, onde enfrentou muitas difi-culdades, hoje aqui por questão de tempo foi muito reduzida a experiência dele, mas deu para os senhores sentirem o quanto foi forte. Ao ler a sua experiência, o que mais me tocou foi a frase que ele disse, que nos momentos mais difíceis ele lembrava do En-sinamento que dizia: “Todas as vezes que encontrarem dificuldades nos trabalhos de difusão, lembrem-se de mim e orem.” Esse é um dos segredos para quem quer fazer difusão. Porque muitas vezes encontramos dificuldades, barreiras, limites, obstáculos e na busca de supera-los, não oramos e não chamamos por Meishu-Sama mas tentamos resolvê-los com a força humana, com força

do raciocínio, com a força do intelecto, com a força física e com o ego. Assim, agrade-ço muito este grande aprendizado, que ele nos lembrou e que ele pragmatizou. Graças a esse esforço inicial dele, hoje, depois de quarenta anos, ele pôde voltar a Portugal e encontrar os frutos daquela sementinha que plantou há quarenta anos atrás. Hoje, se nós sentimos emoção ao ouvi-lo, não podemos nem imaginar a emoção que ele sentiu ao ver o fruto do seu trabalho inicial, não é ver-dade? (Sim)

Agora eu me pregunto: Será que nós também não gostaríamos de sentir a emo-ção que ele sentiu, daqui a alguns anos? Será que não gostaríamos, daqui a alguns anos, de reencontrar as sementes que hoje estamos a semear e ver árvores a dar fru-tos maravilhosos como os senhores? Todas as pessoas desejam receber essa alegria e essa satisfação que ele tem. Só que será que estamos dispostos a enfrentar e superar as dificuldades que ele enfrentou? Para colher as flores e os frutos, precisamos plantar as sementes, não é verdade? (Sim)

Ele foi pioneiro noutro país e não estou a dizer com isto que os senhores têm que pe-gar um avião e ir para um outro país fazer di-fusão! Mas disse o Min. Leonardo que quem

15|novembro / 2017

quiser pode ir a Barcelona, está a precisar! (Risos) Mas se nós tivermos esse sentimento pioneiro de querer fazer uma pessoa feliz, esse é que é o espírito do pioneirismo, nós seremos pioneiros na cidadezinha do lado, onde ainda não existe Igreja. Podemos ser pioneiros no bairro do lado de onde nós mo-ramos, onde não tem nenhum membro; po-demos ser pioneiros no trabalho, onde va-mos todos os dias ganhar o pão e não tem nenhum membro; podemos ser pioneiros no prédio em que moramos, onde somos o único membro daquele prédio. Ser pioneiro não é só ir para longe, desbravar terras dis-tantes, como eu, por exemplo, que vim para Portugal e depois para a Itália. Isso é um tipo de pioneirismo internacional, mas existem outros tipos de pioneirismo, que é o pionei-rismo do dia-a-dia. Ser pioneiro dentro da própria família, quando nós somos o único membro na família, ao conduzir os outros fa-miliares. O espírito é exatamente o mesmo, não tem a mínima diferença. E se tiver esse espírito onde quer que esteja, vai estar re-presentando Deus e Meishu-Sama naquele lugar e Eles vão se manifestar, como se ma-nifestaram através dele.

A nossa querida Min. Thereza, também nos deixou uma outra grandíssima experi-

ência, que foi aquela de fazer difusão sem saber nada da Igreja. Só levantava a mão. Levantava as mãos e a pessoa perguntava: “o que é que é isso?” - “ Não sei, recebe aí. Se não fizer bem, mal não faz.” Olha que explicação! (Risos) Mas justamente dessa forma, não colocou o seu ego, não colocou o seu intelecto, a sua explicação lógica. Ex-plicações essas que existem e não estou a dizer que estão erradas. O que eu estou a tentar dizer é que, se nós tivermos amor como ela tinha, se nós quisermos ajudar as pessoas como ela queria, mesmo sem en-tender muito bem, sem entender a teoria muito profundamente, mesmo sem saber falar muito bonito, vamos conseguir levan-tar a mão e Deus e Meishu-Sama vão atuar e existirão tantos milagres. O segredo da fé não é a teoria, é o amor!

Não é verdade Min. Nazaré? (É verdade!) A Min. Maria de Nazaré Ferreira Augusto é a mãe da Prof. Juli Mary Augusto Pessoa e é pioneira lá no Norte do Brasil, em Manaus, e tem muitas experiências..

Toda a gente que fez pioneirismo sabe disso e estão sempre a lembrar-nos. Mas depois que a Igreja cresce, começa a fazer cursos, começa a fazer aulas, PowerPoint e não sei mais o quê, uma série de ex-

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plicações, etc. Que estão certas, pelo amor de Deus! Não estou a desqualificar o setor de ensino, não é o que eu estou dizendo. O que eu estou a falar é sobre a essência da fé, que é o amor. Tendo esse amor, com o intelecto, com a lógica ou sem ela, Deus e Meishu-Sama vão atuar. Depois, logicamen-te, tendo toda essa tecnologia maravilhosa, se ainda conseguir colocar amor, assim sim é o Paraíso, perfeito! Mas às vezes, na bus-ca de fazer uma coisa tecnicamente perfei-ta, esquecemos do principal, que é o amor, o carinho com que recebemos as pessoas.

Isso lembra o caso da terceira experien-cia, que justamente a nossa querida Luisi-nha, depois de um grande sofrimento, que nem podemos imaginar o que ela passou, chegou ao Johrei, como mais uma tentativa de melhorar e foi recebida com amor e afeto.

Esse Amor é que a fez querer ficar com a mãe e depois, como nem sempre conseguia vir, recebia assistência religiosa em casa; a pessoa pode vir à igreja, receber uma orien-tação tecnicamente perfeita, mas se ela não receber amor, não se sentir envolvida, abra-çada com carinho e com respeito pela sua purificação, ela não fica; ela entende tudo, mas não sente vontade de voltar; receben-do amor, mesmo ela não entendendo nada, mas não sabe porquê, ela quer voltar… En-graçado não é? (Sim)

Isso é espírito, isso é fé, isso é a essên-cia! Hoje ela encaminha muitas pessoas

para a Igreja, muitas mesmo, porque ela tem a certeza que a Luz do Johrei salva, porque ela vivenciou dentro dela. Portanto, ela não resiste a não encaminhar alguém que está a sofrer, porque ela quer que a pessoa encon-tre a felicidade, como ela encontrou a dela. Ela encaminha muita gente e acompanha! Ela não leva até à Igreja e deixa lá para o ministro orientar e cuidar, ela acompanha no dia-a-dia, formando a pessoa, com amor, como ela recebeu. Acho que um fator que determinou o sucesso do resultado, foi que a mãe dela, sofrendo também com o pro-blema da filha, quando a Min. Teresa ia lá em casa e dizia: “Agradeça a purificação” - “Como é que eu posso agradecer uma coi-sa tão negativa, tão dura, tão dolorosa?” - “Agradeça, vá ao altar e agradeça!” e ela, mesmo sem entender, agradecia; isso tam-bém é uma coisa muito importante na fé, a obediência! Porque é tão importante agra-decer? Porque quando nós agradecemos as purificações, nós ligamo-nos a Deus e Meishu-Sama. No momento do sofrimento, quando reclamamos, ligamo-nos a Satanás. Por isso, é fundamental agradecer! Ela prati-cou, mesmo sem entender, e viu os resulta-dos. No final da experiência o que é que ela disse? “Apesar de ter sofrido tanto? Eu hoje entendo e agradeço a minha purificação, porque graças a ela, cresci e sou o que sou hoje.” A mãe agradecia e ensinou-a a agra-decer; se a mãe tivesse reclamado, tinha-a

17|novembro / 2017

ensinado a reclamar. A postura dos pais in-fluencia a postura dos filhos, por isso é uma responsabilidade para nós.

Hoje estamos a falar do Culto dos Ante-passados, é um Culto onde estamos herdan-do a fé dos pioneiros; uma fé muito bonita, muito elevada, muito nobre e muito altruísta. Mas nós, hoje, precisamos como os pionei-ros de um novo ciclo, perguntarmo-nos que nível de fé vamos deixar para as gerações futuras, que exemplo de postura de fé va-mos deixar para os nossos filhos, os nossos netos e para as futuras gerações.

Esta é a nossa responsabilidade hoje; eles fizeram o papel deles, deixando-nos de herança uma fé maravilhosa e será que nós estamos elevando ainda mais essa fé, para a deixar ainda mais elevada? Vamos entre-gar ao mesmo nível ou estamos a baixar o nível de fé e entregar uma fé mais fraca e de nível inferior? Esse é o rigor que temos que ter connosco mesmo.

Hoje é um dia de autoexame, em que cada um precisa de avaliar a sua própria fé e assumir o compromisso com os seus antepassados, de que nos vamos esforçar para entregar às gerações futuras, uma fé ainda mais elevada da que eles nos deixa-ram, para assim haver evolução; e qual é a fé mais elevada? É a fé que é centralizada em Deus e Meishu Sama e é altruísta prag-matica! Essa é que é a fé mais elevada, não existe fé mais elevada do que a fé que faz

o próximo feliz! Qual é a fé menos elevada? É a fé egoísta, que só pensa em si mesmo, que só vem dedicar para resolver os seus próprios problemas; logicamente quando entramos na fé, estamos nesse nível, de só pedir, mas depois precisamos de a elevar, para melhorar esse nível.

Estamos hoje a comemorar os 40 anos da existência da nossa Igreja em Portugal. Eu sou o 8º presidente desta Igreja, outros 7 me precederam, alguns deles já se en-contram no Mundo Espiritual; muitos minis-tros, missionários e membros já se encon-tram no Mundo Espiritual e estão connosco a trabalhar. A nossa Igreja, chegou aos 40 anos, que já é uma idade adulta, não é mais jovem, 40 anos é uma idade madura; para chegar a esse nível de maturidade, a nos-sa Igreja passou por muitas coisas, muitas fases, muitas situações, alegres e tristes, prazerosas e problemáticas, mas todas as situações foram importantes para o nosso crescimento e para o nosso fortalecimento. Ninguém se torna adulto só a divertir-se, só a brincar; na formação de cada um de nós como pessoas, chegamos à idade adulta, passando por diversos problemas, tristezas, perdas, fracassos, alegrias e conquistas. É esse alternar das várias situações que nos forma, que nos torna adultos, e a nossa Igre-ja não é exceção, também teve várias fases, várias situações difíceis, vários problemas, várias alegrias e vários milagres; tudo foi

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importante! A tendência humana é enaltecer as coisas boas e alegres e desprezar e cri-ticar as coisas negativas, esquecendo que ambas são importantes para a nossa evolu-ção, tal como o dia e a noite, o sol e a chuva, são opostos e complementares e Deus utiliza tudo!

Para concluir, gostaria de contar uma história que ouvi há muito tempo e nunca esqueci: Conta-se que, há muitos e muitos anos atrás, um homem estava a viajar pela Europa, por vários países, e um dia chegou a uma cidade onde estavam a fazer uma gran-de construção, muito alta, com centenas de operários que trabalhavam a partir pedras, esculpindo-as, carregando-as, puxando-as naqueles andaimes com cordas, porque an-tigamente não haviam máquinas, não haviam guindastes com motor, o trabalho era todo manual. Ele observou que os trabalhadores eram muito cabisbaixos, desmoralizados, com as costas curvas, eram a própria ima-gem da tristeza; aquilo chamou-lhe a aten-ção, ao ponto de começar a perguntar a cada um deles: “Porque é que está assim tão tris-te?” - “Porque trabalho de manhã até à noi-te a carregar pedras e é muito pesado, tem muita poeira e quando chega à noite e es-tou rebentado, com tanto esforço que faço.” Passou outro e ele perguntou: “Porque você

é tão triste?” - “Porque eu ganho pouco, aqui nesta obra eles pagam muito pouco, mal dá para viver…” Passou outro e “Porque você é tão triste?” - “Porque o meu chefe, por mais que eu me esforce, ele nunca me elogia, mas se eu faço um erro pequeno, ele castiga-me logo e chama-me a atenção!” Passou um ou-tro e ele perguntou “Porque é que você é tão triste? - “Porque eu queria esculpir pedras bonitas para a fachada do prédio, mas o meu chefe mandou-me partir pedra lá no fundo, onde ninguém verá, é um trabalho secundá-rio, escondido.”

Cada um deles tinha uma reclamação de insatisfação. Nisto, passa um a carregar uma pedra muito grande, pesadíssima, com um sorriso nos lábios e aquilo chamou a atenção do homem, porque era o primeiro sorridente que ele via. Foi logo falar com ele “Porque está a sorrir? Qual o motivo da sua alegria?” - “Estou muito feliz por trabalhar aqui, porque estamos a construir uma grande catedral, que será a casa de Deus e eu sinto-me mui-to orgulhoso por ter sido chamado por Deus para ajudar a construir uma obra magnífica, que ficará por séculos, talvez milénios e onde todos os meus descendentes, as gerações futuras, poderão vir rezar e louvar Deus num lugar tão bonito. Estou muito feliz por isso!”

Esta história marcou-me muito, porque

19|novembro / 2017

acho que a Obra Divina também é assim. Ao longo destes 40 anos de história da Igre-ja em Portugal, talvez alguém tenha ficado triste, desmoralizado, cabisbaixo, por estar a “carregar pedra”, pois só via o lado pesa-do, triste e desconfortável. Mas quem nunca perdeu a consciência que estava a trabalhar para Deus e Meishu-Sama, a construir uma fé que ficaria para as gerações futuras e que graças a essa fé, elas iriam elevar-se, traba-

lhou e continua a trabalhar com satisfação e com alegria, mesmo fazendo um trabalho pesado, mesmo às vezes sem ser reconhe-cido, mesmo às vezes sem receber os mé-ritos que gostaria de ter, mesmo às vezes a ser criticado, mas o seu coração está ligado a Deus e a Meishu-Sama por estar a partici-par numa Obra Divina.

Agora que a nossa Igreja está comemo-rando 40 anos, esperamos dedicar mais 40, não é? (Sim) Mas que tipo de mais 40 anos queremos fazer? Queremos fazer mais 40 anos “construindo uma maravilhosa cate-dral” ou queremos fazer mais 40 anos “carre-gando pedra?” Porque se vamos fazer mais 40 anos carregando pedra, provavelmente não aguentaremos! Vamos desanimar, de-sistir e até abandonar a Obra, culpando os outros pelos nossos fracassos. Mas se va-mos trabalhar com satisfação para Deus e Meishu-Sama, com o objetivo de construir uma fé magnífica para deixar para as gera-ções futuras, com certeza iremos trabalhar com muita satisfação, prazer, sorriso nos lá-bios e com o coração cheio de amor pelas pessoas. É esse tipo de fé que precisamos desenvolver para dar continuidade à Obra Divina aqui, no nosso querido Portugal!

Muito obrigado!

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Realizou-se do dia 24 ao 31 de outubro, uma formação para nove professoras de Ike-bana Sanguetsu oriundas de Portugal, Itá-lia, Espanha e Reino Unido, com o Ministro Erisson Thompson de Lima Júnior. Durante esses dias, as professoras puderam aprimo-rar as suas técnicas e forma de dar aulas. Naquela ocasião também receberam do Rev. Carlos Edurado Luciow a orientação religio-sa de como cumprirem as suas missões, em harmonia com as atividades de expansão da Igreja, não se esquecendo que são sacerdo-

APRIMORAMENTO PARA PROFESSORAS DE IKEBANA SANGUETSU

tes da Flor de Meishu-Sama, para o encami-nhamento e a salvação do maior número de pessoas.

21|novembro / 2017 21|

1. Numa panela com cerca de 1l a 1.5l de água coza as batatas, a cebola, alho e as folhas de alface (reserve algumas folhas para o final). Tudo em pedaços pequenos para fa-cilitar a cozedura. Tempere com sal.2. Quando estiver cozido, reduza a puré com a varinha mágica e retifique os temperos. Junte o azeite e as restantes folhas de alface cortadas em juliana. Leve de novo ao lume por uns 5 minutos.3. Decore com natas a gosto.

"(...) A propósito: quantas pessoas conhecem realmente o sabor das verduras? Diríamos que pou-quíssimas. Isso porque não há verduras em que não tenham sido utilizados adubos químicos e esterco. Absorvendo esses elementos, os produtos acabam por perder o sabor atribuído pelos Céus. Se, ao in-vés disso, fizermos com que absorvam os nutrientes da própria terra, eles terão o seu sabor natural e, por-tanto, serão muito mais saborosos. Como aumentou o meu estado de felicidade após conhecer o sabor das verduras cultivadas sem adubos! (...)"

Meishu-Sama, Alicerce do Paraíso, vol.5, 1 de julho de 1949

Olá, no caso da Alface, como será o seu sabor atribuído pelos Céus? Segundo a ciência nutricional, ela é um maravilhoso alimento, como podemos ob-servar pelo artigo que vem a seguir...e o interessante também é que ela pode ser cultivada durante todo o ano. Além disso ela pode contextualizar qualquer dieta, tanto cozida como crua - melhor será sabo-reá-la crua, uma vez que a sua energia vital, neste caso, é muito mais elevada!

Vamos então conhecer, dentro daquilo que nos é possível, um pouquinho desta maravilhosa e que-rida amiga! A Alface tem um nome científico muito bonito, muito elegante: Lactuca sativa...

“(...) é uma hortense anual ou bienal, utilizada na alimentação humana desde cerca de 500 a.C., Ori-ginária do Leste do Mediterrâneo, é mundialmente cultivada para o consumo em saladas, com inúme-ras variedades de folhas, cores, formas, tamanhos e texturas.

(...) Alface originou-se do termo  árabe  al-khass. Lactuca sativa é um termo latino que significa "alface cultivada". O termo "Lactuga", e derivados encontrados em várias línguas europeias, advém da substância branca que se obtém do caule seccio-nado.

(...) O valor energético da alface é baixo, pois seu conteúdo em água representa 95% do seu peso.

A alface contém ferro, mineral com importante papel no transporte de oxigênio no organismo. Con-tém fibras, que auxiliam na digestão e no bom fun-cionamento do intestino, além de apresentar peque-nos teores de minerais como cálcio e fósforo (...)”

CONHEÇA A ALFACE!AGRICULTURA NATURAL

Fonte: http://www.aromaticasvivas.com/pt/culinaria-saudavel/receitas-gourmet-aromaticas/cozinhar-alface.aspx

Fonte: Wikipédia

Fonte: https://pt.petitchef.com/receitas/prato-principal/sopa-de-alface-fid-1546608

1. Lave bem a alface, tire a nervura (os talos) e enrole cada folha em meia fatia de fiambre de peru mais mozarela e acrescente a cenoura. 2. Prenda com um palito. 3. Coloque numa travessa e sirva com molho vinagrete.

Sopa de alface Rolinhos de alface com fiambre de peru

• 12 Folhas de alface (reserve algumas folhas) • 6 Batatas médias • 3 Cebolas pequenas

• 3 Dentes de alho • Sal a gosto • Azeite a gosto • Natas para decorar

• 1 pé de alface lisa  • 150g de fiambre de peru 

• 150g de queijo mozarela fatiada  • 2 cenouras raladas

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

“A arte de compor escritos, em prosa ou em verso(...)”. Neste trecho, o Dicionário de Língua Portuguesa Michaelis define literatura. Escritos em verso são os que denominamos poesia. Es-critos em prosa, são textos literários que podem apresentar-se em vários formatos ou géneros: crónicas, contos e romances, entre outros.Um bom livro, independentemente do género, conduz a um mundo diferente. Seja ele ficção, memória, romance, o facto é que a leitura per-mite ampliar a percepção sobre o mundo, sobre a humanidade e, consequentemente, sobre a postura diante da vida.As obras literárias podem ser também um retra-to do período em que foram escritas, trazendo para o dia de hoje pensamentos e imagens da época e ajudando a compreender a mudança do comportamento humano ao longo do tempo.O russo Liev Tolstói, considerado um dos maio-res escritores de todos os tempos, no seu gran-dioso livro, “Anna Karenina” , onde critica a hi-pocrisia daquela sociedade, transporta-nos ao século XIX.A forma detalhada e extremamente rica com que o autor narra a história faz com que nela adentremos, percorrendo os salões de baile, as paisagens do campo, além de vivenciarmoscom as personagens suas emoções e angús-tias. Sua obra eternizou-se.

A ARTE DAS PALAVRASLITERATURA:

Liev Nikoláievich Tolstói nasceu na Rússia, em 1828, e faleceu em 1910. De origem nobre, ficou órfão ainda criança. Estudou línguas orientais e direito. Em 1847, por herança, tornou-se proprietário de terras em sua cidade natal. Espiritualista, nos seus últimos anos, tornou-se uma pessoa profundamente reli-giosa.

Pacifista, defensor da simplicidade e da não violên-cia, os seus últimos anos fo-ram de engajamento social. Foi um dos maiores mestres da literatura universal.

Meishu-Sama ensina: “(...) existem as obras dos grandes autores como Shakespeare, Tolstói, Victor Hugo, Ibsen, Bernard Shaw e outros, im-pregnadas de críticas perspicazes sobre a civi-lização, pensamento inovador, espírito religioso; de justiça etc. Além disso, essas obras possuem algo que atrai o espírito do leitor.Desde a época em que foram escritas até aos dias de hoje, elas têm cativado o espírito do povo. Se essa força não for a excelsitude da Arte, o que será então?”Compartilhando essa ideia, o escritor João An-zanello Carrascoza, autor, entre outras obras, de “O volume do silêncio” e “Espinhos e alfinetes”, concedeu-nos um comentário sobre a literatura:“A literatura, como toda a arte, transcende o seu tempo, quando se desprende da superfície dos factos e mergulha nas águas do espírito huma-no. Uma história pode iluminar a consciência e, assim, transformar-nos em pessoas íntegras.Um autor que nos encanta é aquele que dá voz não apenas às suas inquietações, mas que faz do seu texto um amplificador capaz de expres-sar a beleza de outras vozes, silenciadas. Uma obra literária de verdade é uma declaração de amor aos homens e à divindade. É como um perfume: traz a essência da nossa natureza no invisível de suas entrelinhas.”Não somente os clássicos, mas também alguns livros atuais, de escritores contemporâneos, tra-zem essas características. Ache, então, o seu li-vro! Ele espera por si: nas bibliotecas, alfarrabis-tas, livrarias ou até mesmo na estante da sala de um conhecido. Escolha com cuidado; perceba se a leitura lhe acrescenta algo de novo, se lhe traz um novo sentido às coisas. Palavras, têm o poder de elevar o espírito. Uma mensagem, um poema, uma frase que seja, podem transformar o seu dia, tal como quando inesperadamente recebemos uma flor. Palavras também brotam e florescem dentro de nós. Palavras também são alimento: alimente-se!

Artigo retirado da revista Izunome do Brasil – Agosto de 2010

23|novembro / 2017

MEISHU-SAMA ERA ASSIM...

Em 1945, ano em que terminou a Segun-da Guerra Mundial, desloquei a bacia e, nessa ocasião, o espírito da minha irmã mais nova manifestou-se e disse que se eu não recebesse Johrei de Meishu-Sa-ma, não melhoraria. Disse-me ainda que, após ser curado por ele, eu deveria ser-vir à Obra divina, sendo esta a razão pela qual não poderia deixar, de jeito algum, de lhe solicitar Johrei.Na época, não acreditava em fenómenos espirituais; mesmo assim, decidi solici-tar por intermédio do ministro, Johrei a Meishu-Sama. Entretanto e logo depois que falei com o meu superior, as minhas pernas perderam completamente as for-ças e eu não conseguia mais ir até Meishu-Sama, nem mesmo carregado. O ministro, então, pensou: “assim como ele está, não acredito que melhore num ou dois dias, mesmo recebendo Johrei. É impossí-vel...”, e acabou por não solicitar Johrei a Meishu-Sama. Nesse meio-tempo, o secretário de Meishu-Sama, o senhor Inoue, preocupado com o meu estado, telefonou-me para saber como é que eu estava. Respondi-lhe: “Desloquei a ba-cia e não me posso mover.” O sr. Inoue pediu-me que aguardasse na linha, di-zendo: “Vou falar com Meishu-Sama.” Ao voltar, comunicou-me que Meishu-Sama havia dito: “Mande-o vir imediatamente!” Porém, era muito difícil arranjar um car-ro naquela época e tive que esperar um dia inteiro. Ligavam-me da residência de Meishu-Sama de manhã e de noite, pe-dindo-me que fosse o mais rápido pos-sível.Finalmente, consegui um carro e fui di-retamente ao seu encontro. Quando lá cheguei, fui logo encaminhado aos seus aposentos. Enquanto me ministrava Johrei, Meishu-Sama me disse: “Você está realmente muito fraco. Se deixasse passar mais uma semana, correria risco

de vida”, o que me assustou profunda-mente.Naquele dia, Meishu-Sama ministrou-me Johrei por tão longo tempo e com tanta atenção, que eu não sabia o que dizer. Meishu-Sama transmitiu ao meu coração o seguinte Ensinamento: “É assim que devemos ministrar Johrei quando alguém purifica.” Meishu-Sama preocupou-se muito comigo naquela ocasião. Ele dis-se-me: “Mesmo que um alto funcionário do governo venha me solicitar Johrei, eu não ministro. Mas se for uma pessoa útil à Obra Divina, faço de tudo para a sal-var.” Ouvindo palavras tão calorosas, não pude conter as lágrimas que insistiam em rolar.Dez dias depois, Meishu-Sama disse-me: “Agora não há mais perigo. Finalmente, posso ficar sossegado! Estive tão pre-ocupado com o seu estado, que até à noite passada não consegui dormir tran-quilamente.” Ao ouvir tais palavras, fiquei tão grato e emocionado que não conse-gui articular nenhuma palavra de agrade-cimento.Meishu-Sama sempre dizia: “Tentar mos-trar-se importante é muito mais trabalho-so do que receber a gratidão do próximo.” Sempre que me lembro dessas palavras, vem-me nitídamente à memória a gentile-za de Meishu-Sama para comigo quando tive a minha vida por ele salva. Naquele dia, pensei: “Mesmo uma pessoa como eu, sem instrução nem formação espe-cial, pode ser utilizada na Obra Divina, se servir de corpo e alma.

Um ministro

N.R.: Título original: Mais do que sermos im-portantes, devemos ser pessoas que rece-bam a gratidão do próximo

Artigo retirado da revista Izunome do Brasil – Dezembro de 2015

É ASSIM QUE DEVEMOS MINISTRAR JOHREI

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

revisto e traduzido para Português de Portugal

COMEMORAÇÃO DOS QUARENTA ANOS DE DIFUSÃO

MESSIÂNICA EM PORTUGAL

JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS OS BRINDES DOS 40 ANOSNÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE!