ESCENAS DE LAREVOLUCIÓN FRANCESA EN UN...

16
TESTIMONIO ESCENAS DE LAREVOLUCIÓN FRANCESA EN UN BORDADO ¡Qué bien borda! ¡Con qué gracia! Sobre la tela pajiza. . . Federico García horca EL COLEGIO DE MÉXICO posee un bien muy singular. Es un borda- do cuadrangular que en el campo de la tela muestra nueve escenas de la Revolución francesa. 1 Su composición tiene la forma de una estrella de ocho puntas, con la primera escena al centro por lo cual a partir de ésta es congruente su lectura siguiendo una línea espiral; continúa en la que se halla en un ángulo inferior y tiene la leyenda "Sacan al Rei para el cadalso"; prosigue circulando hacia la derecha del espectador y termina en la que aparece "La enperatris". 2 1 Don Silvio Zavala adquirió este bordado para El Colegio de Méxi- co, siendo presidente del mismo, por medio de don Gonzalo Obregón. Véanse las ilustraciones y la viñeta de la portada. Actualmente se encuen- tra en el Centro de Estudios Lingüísticos y Literarios del mismo Colegio. Agradezco a las doctoras Pilar Gonzalbo y Virginia González sus observa- ciones. Véase la bibliografía al final de este artículo. Popularmente se llamaba "carpetas" a estos trabajos, y se usaban para cubrir y adornar mesas, baúles, etc.; sin excluir que se confecciona- ran sólo por el interés del tema y de la obra en sí. 2 Esta disposición determina que la presentación normal del bordado en cuestión sea horizontal, tendido sobre una superficie plana o semipla- na, alrededor de la cual pueda el espectador observar la secuencia de las imágenes. Nos convence que ésta es la dirección de su sentido el hecho de abarcar así, de un solo golpe de vista, cómodamente, de la primera a la sexta escena; de permitir apreciar, arriba, en postura de equilibrio en HMex., xxxvin: 1, 1988 111

Transcript of ESCENAS DE LAREVOLUCIÓN FRANCESA EN UN...

TESTIMONIO

ESCENAS DE LAREVOLUCIÓN FRANCESA EN UN BORDADO

¡Qué b ien borda! ¡Con qué gracia!

Sobre l a tela pajiza. . .

Federico García horca

E L C O L E G I O DE M É X I C O posee un bien muy singular. Es un borda­

do cuadrangular que en el campo de la tela muestra nueve escenas

de la Revolución francesa. 1 Su composición tiene la forma de

una estrella de ocho puntas, con la pr imera escena al centro por

lo cual a partir de ésta es congruente su lectura siguiendo una línea

espiral; continúa en la que se halla en un ángulo inferior y tiene

la leyenda "Sacan al R e i para el cadalso"; prosigue circulando

hacia l a derecha del espectador y termina en l a que aparece " L a

enpera t r i s" . 2

1 D o n Si lv io Zava l a adquirió este bordado para E l Co leg io de Méxi­co, siendo presidente del mismo, por medio de don G o n z a l o Obregón. Véanse las ilustraciones y l a viñeta de l a portada. Actualmente se encuen­t ra en el Cen t ro de Estudios Lingüísticos y Li te rar ios del mismo Coleg io . Agradezco a las doctoras P i l a r G o n z a l b o y V i r g i n i a González sus observa­ciones. Véase l a bibliografía al final de este artículo.

Popula rmente se l l amaba "carpe tas" a estos trabajos, y se usaban para c u b r i r y adornar mesas, baúles, etc.; sin exc lu i r que se confecciona­ran sólo por el interés del tema y de l a obra en sí.

2 Es ta disposición determina que la presentación normal del bordado en cuestión sea hor izonta l , tendido sobre una superficie plana o semipla-na , alrededor de la cual pueda el espectador observar l a secuencia de las imágenes. N o s convence que ésta es l a dirección de su sentido el hecho de abarcar así, de u n solo golpe de vis ta , cómodamente, de l a p r imera a la sexta escena; de permi t i r apreciar, a r r iba , en postura de equi l ibr io en

HMex., x x x v i n : 1, 1988 111

112 TESTIMONIO

mentó de Publicaciones de E l Coleg io de México .

U n fleco t e j i d o c o n agu ja de g a n c h o c i r c u n d a e l b o r d a d o f i g u ­

r a n d o c o n c h a s o p e q u e ñ o s a b a n i c o s s e m i e m p a l m a d o s . U n a cenefa

c a l a d a e n f o r m a de c a d e n e t a une e l fleco a l a t e l a básica c o n m e ­

d i o s p u n t o s , c u y o s g r u p o s d e n t e l l a d o s a l t e r n a n co lo re s . E l c o n j u n ­

to m i d e 1 m e t r o c o n 10 cent ímetros p o r c a d a l a d o , a p r o x i m a d a ­

m e n t e . O sea q u e los p r i n c i p a l e s h e c h o s de l a R e v o l u c i ó n f r ancesa

están c o n t e n i d o s e n t a n p e q u e ñ o e s p a c i o , e n u n p r i n c i p i o l l e n o

de co lo res v i v o s c o n p u n t a d a s de h i l o s de seda . E s u n a o b r a h e c h a

a m a n o y p r o b a b l e m e n t e sobre c a l c o .

l a composición la figura tendida de l a reina en el cadalso y l a del rey abajo

sin desdoro de su carácter real. Téngase en cuenta el sentido de l a marcha

de las manecil las de u n reloj.

TESTIMONIO 113

Descripción

L a p r i m e r a e scena r e p r e s e n t a u n g r u p o de 13 m i l i t a r e s , m á s u n

o b s e r v a d o r s i t u a d o a l a d e r e c h a d e l e spec t ador , q u e d e ñ e n d e n a

f u e g o u n a fo r t a l eza desde l o a l t o . A b a j o h a y dos b a n d o s , todos de

c a s a c a a z u l , q u e n o p a r e c e n en te ra rse de t a l defensa y p e l e a n en t r e

s í , a p i e y a c a b a l l o . Y o t ros de ca saca c l a r a a p a r e c e n , e n u n ) l a n o

m á s i n f e r i o r , j u n t o a t i endas de c a m p a ñ a . A p a r t e d e l fuego de los

c a ñ o n e s , l a v i o l e n c i a se c i f r a h a c i a e l c e n t r o de l a e scena e n u n d ú o

q u e a t a c a a u n m i l i t a r q u e está a p u n t o de c a e r . 3

E s n o t a b l e l a c o m p o s i c i ó n e x t e r n a de es ta escena e n f o r m a de

r o m b o e i n t e r n a e n tres n i v e l e s sobrepues tos .

L a s e g u n d a e scena m u e s t r a u n a g u a r d i a de 22 m i l i t a r e s , 17

a r r i b a y 5 e n m e d i o , q u e c o n d u c e n ba jo g u a r d i a a l r ey L u i s X V I

a l c a d a l s o , c o n t o q u e de c o r n e t a y t a m b o r c o n v o c a n d o l a a t enc ión .

E l r e y m á s pa rece l l e v a r u n a m a n o d e n t r o de l a c a s a c a q u e a t adas

l a s m a n o s . Se d i s t i n g u e p o r su t raje b l a n c o . A b a j o se lee " S a c a n

a l R e i p a r a e l c a d a l s o " .

E s t a e scena , c o m o l a p r i m e r a , l a c u a r t a , l a sex ta y l a o c t a v a ,

c o n s t a de tres n i v e l e s : s u p e r i o r , m e d i o e i n f e r i o r . E x c e p t o l a p r i ­

m e r a , l as c u a t r o c o r r e s p o n d e n a los ángulos d e l b o r d a d o y t i e n e n

a l p i e su l e y e n d a r e s p e c t i v a .

L a t e r c e r a , m a n i f i e s t a a l e m p e r a d o r de A l e m a n i a sen tado e n su

t r o n o , a c o m p a ñ a d o p o r dos pare jas de co r t e sanos , d i spon i éndose

a l p a r e c e r a d i c t a r u n a o r d e n , s i n o es q u e e l c a b a l l e r o q u e a v a n z a

a l a d e r e c h a de l a e scena v a y a a c u m p l i r l a . A b a j o d i c e : " A l e ­

m a n i a " .

L a c u a r t a , e x h i b e e n e l p l a n o s u p e r i o r l a p r e s e n c i a de 15 m i l i t a ­

res q u e o b s e r v a n l a d e g o l l a c i ó n d e l r e y , e j ecu t ada e n el p l a n o m e ­

d i o ante o t ros tres m i l i t a r e s p o r e l v e r d u g o y su a y u d a n t e , i z a n d o

aqué l l a r e g i a c a b e z a m i e n t r a s e l c o r n e t i s t a y e l t a m b o r i l e r o t o c a n

sus i n s t r u m e n t o s . T o d o s t i e n e n l a c a b e z a c u b i e r t a . L a l e y e n d a

d i c e " L a d e g o y a c i o n d e l r r e i de F r a n c i a " .

L a q u i n t a , e x p o n e a l r e y de España C a r l o s I V de p i e , q u i e n re­

c i b e a u n m e n s a j e r o q u e h a d e s c a b a l g a d o u n c a b a l l o q u e a p a r e c e

a l a i z q u i e r d a . D o s a l b a r d e r o s c u s t o d i a n el t r o n o d e l m o n a r c a es­

p a ñ o l . A b a j o d i c e : " E s p a ñ a " .

L a sex ta , ofrece a r r i b a l a i m a g e n y l a inscr ipc ión de " L a t o r e

3 Véase el cuadro que muestra l a disposición ideal del bordado y l a

secuencia de las escenas. N o obstante, pueden considerarse sólo capitales

las escenas 1, 2, 4, 6, 8 y complementarias l a 3, 5, 7 y 9.

114 TESTIMONIO

Escena 5, que muestra al rey de España. Fotografía del Departamento de

Publ icac iones de E l Coleg io de México .

d o n d e los p r e z a r o n ' ' a los r eyes , y a l c e n t r o l a p r e s e n c i a de l a r e i n a

M a r í a A n t o n i e t a de F r a n c i a , c o n d u c i d a a l c a d a l s o e n u n a c a r r e t a .

E l l a v a s e m i s e n t a d a , c o n las m a n o s a t adas , y los p ies r e c o g i d o s .

D o s c i u d a d a n o s tocados c o n g o r r a s t i r a n l a c a r r e t a c o n paso m u y

ágil y m a r c a d o , c o m o c o r r i e n d o y j u g u e t e a n d o , m i e n t r a s dos m i l i ­

t a res v a n a l a z a g a y a l f o n d o t res canes c o r r e n a l e n c u e n t r o de l a

c a r r e t a . E n e l ángulo i n f e r i o r d i c e : " E l paceo de l a r e i n a p a r a e l

c a d a l s o " .

L a sép t ima p r e s e n t a a l r e y de I n g l a t e r r a sen tado e n su t r o n o y

15 c a b a l l e r o s a r m a d o s q u e l o c u s t o d i a n , m i e n t r a s dos m i l i t a r e s a

l a i z q u i e r d a y c i n c o a l a d e r e c h a se a l e j a n de l a e scena . A b a j o d i c e :

" I n g l a t e r r a " .

L a o c t a v a ofrece a r r i b a , de m a n e r a e m i n e n t e , l a i m a g e n trágica

d e l a r e i n a M a r í a A n t o n i e t a t e n d i d a b o c a a r r i b a e n e l c a d a l s o , e n

c o n c o r d a n c i a c o n l a figura d e l r e y L u i s X V I , q u e apa rece e n l a

e s c e n a o p u e s t a d e l b o r d a d o . E n t r e t a n t o q u e e n e l p l a n o m e d i o e l

TESTIMONIO 115

Escena 6, que corresponde a " E l paceo de la reina para el cadalso" . Foto­grafía del Depar tamento de Publicaciones de E l Co leg io de México .

c o m a n d a n t e o r d e n a e l t o q u e de c o r n e t a , tres m i l i t a r e s están sobre l a s a r m a s y el v e r d u g o y su a y u d a n t e se a p r e s t a n a c o r t a r l a c a b e z a d e l a r e i n a de F r a n c i a . T o d o s t i e n e n l a c a b e z a c u b i e r t a . L a l e y e n ­d a d i c e : " E l c a d a l s o i dego l l ac ión de l a r e i n a " .

Y l a n o v e n a , o s t en t a a l a e m p e r a t r i z M a r í a T e r e s a de A u s t r i a e n u n m a r c o de m a g n i f i c e n c i a e n p o s t u r a sedente . D o s g u a r d i a s f l a n q u e a n l a e scena , q u e es l a ú l t ima c o n f o r m e a l a s e c u e n c i a q u e h e m o s o b s e r v a d o . A b a j o d i c e : " L a e n p e r a t r i s " .

E n t a n p o c o e s p a c i o y escenas se c u e n t a n m á s de 110 persona jes en t r e e m p e r a d o r e s , r eyes , co r t e sanos , m i l i t a r e s , g u a r d i a s , c i u d a ­d a n o s , v e r d u g o s y a y u d a n t e s . L a e scena c o n m a y o r c o n c u r r e n c i a es l a q u e e n c a b e z a e l r ey c a m i n o d e l c a d a l s o c o n 23 pe r sona jes , i n c l u i d o él . Y l a q u e m e n o s t i ene es l a úl t ima, pues a l a e m p e r a t r i z l a c u s t o d i a n sólo dos g u a r d i a s .

L o s trajes d a n p r e s t a n c i a a las pe r sonas y u n m a y o r t o q u e de v a r i e d a d y c o l o r a l c o n j u n t o . P u e d e n verse s o m b r e r o s b i c o r n i o s ,

116 TESTIMONIO

Escena 9, en que aparece la emperatr iz de Aus t r i a . Fotografía del Depar ­tamento de Publicaciones de E l Co leg io de México .

casacas, camisas, chalecos, botones, calzones, calzas, botines, ves­tidos, zapatillas, plumas y gorras. Todos lucen roleos o pelucas. E n cuestión de atuendo sobresale la figura imperial de María Te ­resa de Aus t r i a con u n gran tocado que lleva plumas, peinado al­to, esclavina de armiño, vestido de altos vuelos con estampado de franjas horizontales y u n pañuelo que combina con el tocado y la esclavina. U n gran número de emblemas, insignias, símbolos, d i ­visas e inscripciones surge aquí y allá. H a y pendones y escudos re­ales, flores de l is , leones rampantes, banderas, doseles, tronos, águilas imperiales, cetros, coronas, leyendas, un soporte en forma de león echado al pie del trono de España y, en las columnas que lo flanquean, puede deducirse que está inscrito el lema Plus ultra. Son varias decenas de estos elementos.

También hay muebles, casi una veintena entre doseles, tronos, mesas, escabeles, alfombras, una carreta, u n portón tachonado, una escalera, cadalsos, guillotinas y u n gran jarrón.

E l cuadro de animación se extiende a la presencia de animales. Pueden contarse hasta tres perros y 10 caballos, algunos de los cuales l levan monturas y gualdrapas.

TESTIMONIO 117

E n razón de que la mayoría de los personajes, casi una centena, son militares, debe tenerse en cuenta el enorme número de piezas de este carácter. H a y fusiles, culatas, cañones, espadas, balas de cañón, tambores, cornetas, banderas, lanzas, astas, alabardas y tiendas de campaña.

Suavizan l a tensión trágica de los dos regicidios la marcial idad de los militares, las escenas palaciegas adustas, y una constante lí­nea vegetal que da continuidad a las escenas, al grado que es pre­cisamente el césped el que enlaza una con otra. Arboles , arbustos, palmil las y decoraciones florales se alzan sobre de l a arquitectura y los personajes, y el césped se tiende bajo las escenas.

L o s cuatro soberanos de Aleman ia , España, Inglaterra y A u s ­t r i a , aparecen a la manera auténtica de los antiguos bordados, es decir encasillados, inscritos, en este caso enmarcados en otras tan­tas ciudades o reinos compactos m u y fortificados; verdaderos con­juntos arquitectónicos que más bien parecen pregonar a los cuatro puntos cardinales, si no es que a estos mismos representan, el esta­l l ido de l a Revolución francesa, l a tragedia de los regicidios y el en igma de sus consecuencias. Dichos conjuntos acusan una nota­ble concepción barroca, escenográfica, con teatralidad que no prescinde de torres, cúpulas, chapiteles y perspectivas. Algunos de sus muros ostentan tabiques delineados con hilos de reflejo metáli­co. Son pues cinco magníficos conjuntos arquitectónicos, suman­do l a fortaleza defendida en l a pr imera escena, a la que se agrega l a sencilla, graciosa y discreta torre que fue l a prisión de los reyes de Franc ia , según se aprecia en l a sexta escena.

E l fuego de los fusiles y los cañones, cuyas bocas asoman por las troneras en la parte alta de la pr imera escena, y la sangre del rey L u i s X V I tuvieron quizás los colores más encendidos y signifi­cativos de todo este admirable conjunto. Son , sin embargo, los más desvahídos. Queda el relámpago azul , negro y blanco de los militares; perdura l a guarnición verde y amari l la de la vegetación, el esplendor almidonado de las cortes envuelto en colores regios y l a huel la rosada de los rostros que han perdido, casi todos, sus fac­ciones.

E l abanico de colores va del blanco ai negro. E l blanco fue ei de l a tela fundamental del bordado, ahora añejado, pajizo; del vestido de l a reina, de los conjuntos arquitectónicos, de la torre, de las tiendas de campaña, de los calzones, de las calzas, y de las medias; m u y especialmente de las plumas del sombrero de l a em­peratriz y alternado con el gris en el mismo sombrero, la esclavina y el vestido de l a soberana, en este último en franjas. Y combinado en el fleco con el amari l lo , rosa, verde, azul y gris.

118 TESTIMONIO

E l amari l lo colorea la vegetación junto con el verde, y dora los calzones de los dos ciudadanos que tiran la carreta de la reina y l a línea de los tabiques de la torre. E l café es el color, en diversos tonos, de los cadalsos, los pendones del rey de España, que acaso fueron gualdas, su trono quizás dorado, la carreta y el portón de la torre.

E l rojo, en tonalidades oscuras, u oscurecidas, es el del gran b iombo escenográfico con dibujos geométricos que domina el esce­nario de la corte del emperador de A l e m a n i a y el dosel del trono de España.

Los pendones que flamean en lo alto de la fortaleza de la prime­ra escena aparecen rosáceos; también las camisas de los ciudada­nos de l a escena sexta y sus gorras, las casacas de la guardia del rey de Inglaterra y el pendón, el dosel y las banderas de la corte de la emperatriz. A b u n d a el azul en las casacas de los militares, y se singulariza combinado en tono fuerte y cielo en la alfombra a franjas en que descansa el trono del rey de Inglaterra. U n a car­peta que cubre la mesa en que reposan el cetro y la corona de la emperatriz es también azul cielo.

E l tono macabro corre a cargo del gris oscuro en los fusiles, ca­ñones, trofeos de guerra, armas, calzones del verdugo, de su ayu­dante, y l a guil lot ina. Al te rna en tono menor con el blanco en el sombrero, esclavina y vestido de la emperatriz, en éste con franjas horizontales. Y se suaviza en gris perla en las tiendas de campaña de esta última escena.

E l negro domina en los sombreros bicornios, los botones, las botas, los botines y las zapatillas; un poco menos en los trofeos de guerra y en las manchas de los perros.

Además de que la obra en conjunto es preciosista —en su or i ­gen sería más— pueden señalarse algunas particularidades que la enriquecen. O sea que, aun cuando haya sido bordada sobre cal­co, los o las artistas le infundieron v ida y emoción. U n factor es el movimiento que parece animar a la inf inidad de personajes, como el paso del rey, la rigidez de la reina —esto es que hay pasos y pausas— la marcha, la guardia, la acción y el descanso marcial de los militares, el acartonamiento de los cortesanos, el paso de los ciudadanos que conducen la carreta en que va l a reina, el toque de las cornetas, y l a acción macabra de los verdugos y sus ayudan­tes. A favor de esta misma impresión de movimiento , incluso de desplazamiento y comunicación de una escena a otra, están el paso y descanso de las cabalgaduras, la carrera de los perros en sentido inverso de la escena, y aun los elementos inanimados como los fusiles, las tiendas de campaña, los pendones y especialmente

TESTIMONIO 119

l a v e g e t a c i ó n . T a l pa rece q u e h a y u n a c o r r i e n t e e n e l c u r s o de l a

l e c t u r a d e l c o n j u n t o , y e n d o de u n a e s c e n a a o t r a , q u e c o n t r a p o n e

s u h o r i z o n t a l i d a d v i t a l , c o r t a d a e n los cada l sos , a l a v e r t i c a l i d a d

r í g ida de los c o n j u n t o s a rqu i tec tón icos .

M e r e c e n e s p e c i a l a tenc ión e n l a p r i m e r a escena e l pe lo tón de

13 s o l d a d o s d e f e n d i e n d o l a p l a z a , tres so ldados l i a d o s e n l u c h a e n

e l c a m p o y , e n g e n e r a l , es ta p r i m e r a e s c e n a p o r q u e , s i e n d o e l eje

d e l c o n j u n t o , t i ene m o v i m i e n t o g i r a t o r i o c a s i e n f o r m a de r e m o l i ­

n o .

L a o b r a q u e nos o c u p a t i ene despe r fec tos . 4 E l paso d e l t i e m p o

h a ra ído los h i l o s y l a t e la está m u y d e b i l i t a d a . L o s ros t ros c o n s e r ­

v a n e l r e l i eve , p e r o h a n p e r d i d o sus f a c c i o n e s . 5 E s t e r ea l ce , p o r

e x c e p c i o n a l , a y u d a a d e f i n i r su carácter p lan imét r ico .

B i e n p u e d e ser t e n i d a es ta o b r a c o m o u n f r a g m e n t o de l a S a l a

d e las B a t a l l a s d e l r e a l m o n a s t e r i o de S a n L o r e n z o d e l E l E s c o r i a l ,

s ó l o q u e c o n e l a g r e g a d o de su c o m p o s i c i ó n e n e s p i r a l . 6 P o r e l

h e c h o de ser u n a autént ica p i n t u r a a l a a g u j a , y p o r ser, e n c u a n t o

a s u f o r m a , u n a o r d e n a d a confus ión , u n a c o m p o s i c i ó n a s p a d a , u n

l a b e r i n t o , u n a e n r e d a d e r a , u n " S a l s i p u e d e s " , u n a r o n d a de l a

m u e r t e . P u d i e r a ser t amb ién e l t e m a a d e s a r r o l l a r e n u n g r a n p l a ­

f ó n , e n c u y a s e s q u i n a s queda r í an las c u a t r o escenas cap i t a l e s .

4 L a escena p r imera tiene manchas oscuras, al parecer de grasa, a l a

derecha, y varias raídas pequeñas en l a zona del campo de batalla; l a se­

g u n d a está sensiblemente raída en los cuerpos de los soldados y sus fusiles;

l a tercera tiene m u y horadados los vanos de las torres, part icularmente l a

central ; la quinta presenta manchas oscuras de grasa a l a derecha; l a sexta

está raída en los lomos de dos perros, en l a inscripción de l a torre y en

ésta mi sma , cerca de los capiteles; l a séptima escena aparece m u y raída

en u n grupo de soldados, a l a derecha, y u n poco en las cúpulas y cupu l i -

nes de su conjunto arquitectónico; l a octava escena tiene raídas en los cuer­

pos de los soldados y en el cadalso; y l a novena y última está raída en l a

sílaba " t r i s " de l a leyenda. Es ésta l a escena menos dañada, y l a segunda

y tercera están más. 5 Indiscutiblemente, l a obra requiere rehabilitación. Para su mejor

conservación es necesario que la proteja u n cristal que evite l a filtración

excesiva de luz , los reflejos y l a reproducción en él de todo cuanto robe

la atención, i n d u i d o el espectador. También conviene que el conjunto se

c u b r a con una tela espesa, terciopelo por ejemplo, y se le descubra sólo

cuando se exhiba y que se procure su respiración. Pr inc ipalmente , debe

buscarse que la obra permanezca de manera tal que repose y no desafíe

l a gravedad, evitando así fijarla con cuerpos extraños. 6 B i e n parece u n juego de "serpientes y escaleras' ' , que en este caso

sería de " revoluc ionar ios y cadalsos" .

120 TESTIMONIO

Lectura

L a p r i m e r a e scena p u e d e en tende r se c o m o l a t o m a de l a B a s t i l l a ,

14 de j u l i o de 1789, a u n q u e ofrece e l r e p a r o de q u e l a g r a n m a s a

p o p u l a r y r e v o l u c i o n a r i a está ausen t e . L o s m i l i t a r e s leales a l r e y

se d i s t i n g u e n c o n u n a flor de l i s e n los s o m b r e r o s b i c o r n i o s , e n

p a r t i c u l a r los defensores de l a f o r t a l e z a , y los r e v o l u c i o n a r i o s p o r

l a e s c a r a p e l a t r i c o l o r y las p l u m a s . E l pe r sona j e s o l i t a r i o de l a de ­

r e c h a d e l e spec t ado r p u e d e ser e l g o b e r n a d o r de L a u n e y . 7

L a s e g u n d a escena r e s u m e su s e n t i d o e n l a inscr ipc ión . E n l a

é p o c a d e l " p r i m e r t e r r o r " l l e v a n a l r e y a e j ecu ta r a l a p l a z a de l a

revoluc ión , h o y de l a C o n c o r d i a . E n l a tercera se hace presente l a fi­

g u r a r e p r e s e n t a t i v a de los e m p e r a d o r e s de A l e m a n i a , Jo sé I I , L e o ­

p o l d o I I y F r a n c i s c o I , i m p e r a n t e s s u c e s i v a m e n t e e n el p e r i o d o ál­

g i d o d e 1789 a 1793 y h e r m a n o s de l a r e i n a M a r í a A n t o n i e t a , an te

q u i e n e s se protestó y p id ió a y u d a e n f a v o r de l a m o n a r q u í a f rance­

s a . 8

T a m b i é n , l a l e y e n d a r e s u m e e l c o n t e n i d o de l a c u a r t a e scena .

E n e l l a es m á s sens ib le q u e los pe r sona je s , e s p e c i a l m e n t e e l v e r d u ­

go y s u a y u d a n t e c o n g o r r a s , estén c u b i e r t o s e n p r e s e n c i a d e l r e y ,

p u e s los q u e a c o m p a ñ a n a los m o n a r c a s r e inan t e s sí están d e s c u ­

b i e r t o s e n señal de a c a t a m i e n t o . E l 21 de e n e r o de 1793 , a c u s a d o

d e h a b e r a p e l a d o a l e x t r a n j e r o , fue e j ecu tado L u i s X V I , p r o v o ­

c a n d o " l a i n d i g n a c i ó n " de E u r o p a p o r este r e g i c i d i o .

V i e n e l u e g o l a q u i n t a . P u e d e ve r se ahí a l r e y de España, C a r ­

los I V de p i e , sol íci to, r e c i b i e n d o m e n s a j e s e g u r a m e n t e de su e m ­

b a j a d o r e n París , J o s é de O c á r i z , q u i e n " d i r i g i ó a l G o b i e r n o

francés u n a c o m u n i c a c i ó n c o n m o v e d o r a p i d i e n d o l a l i b e r t a d de

L u i s X V I " , trató de c o m p r a r l a y salió de F r a n c i a a l d e c l a r a r l a

C o n v e n c i ó n l a g u e r r a a España .

L a s e x t a e s c e n a es p a r t i c u l a r m e n t e d ramát ica . A r r i b a se ve l a

p r i s ión d e l T e m p l e , e n l a c u a l fue r e c l u i d a l a f a m i l i a r e a l e l 13 de

a g o s t o de 1 7 9 2 , d o n d e había s ido p r e s o s ig los atrás J a c o b o de M o -

l a y , ú l t i m o g r a n m a e s t r e de los t e m p l a r i o s . A l m e d i o de l a escena

7 L a s escenas, personajes y noticias fundamentales de l a Revolución

francesa pueden verificarse, especialmente, en LEFEBVRE, 1960, pp. 54-

109. 8 E l escudo con flores de lis que aparece en esta escena, aparentemen­

te, no concuerda con l a inscripción " A l e m a n i a " . H a y que resaltar l a

impresión final que dan los tres soberanos de poca decisión y acción en

defensa de los reyes de F ranc ia .

TESTIMONIO 121

l levan a la reina al cadalso semisentada, con los pies recogidos,

única manera menos humillante de sortear el bamboleo producido

por el trote casi jubiloso de los ciudadanos que la conducen, sin

tener ella en qué sentarse, reclinarse, apoyarse y mucho menos

arrodillarse decorosamente.

L a séptima escena presenta al rey Jorge III de Inglaterra, quien

indignadísimo expulsó al embajador francés por la muerte de

L u i s X V I . L a Convención le declaró la guerra, en que se mantuvo

el rey británico hasta 1797.

L a octava, ofrece un cadalso con escalera sin pasamano, para

igualar también a l a reina, y el escalofrío del inminente regicidio

en la persona de María Antonieta . E l comandante grita l a orden,

el corneta está por tocar su instrumento y la guillotina por caer.

E r a la época del " t e r r o r " . 9

A l fin, la novena escena muestra la figura un tanto anacrónica

de la emperatriz María Teresa de Aus t r ia , madre de l a reina M a ­

ría Antonieta , muerta en 1780 intuyendo el trágico paradero de

su hija. Se identifica por tener a su lado el águila imperia l de los

austrias.

El oficio

E s lógico que, con las salvedades del caso, a la llegada de los espa­

ñoles a México ya existía l a costumbre de " labrar , o formar con

l a aguja las figuras dibujadas en el campo de la tela, de sedas, pla­

ta, oro de uno o más co lores" . 1 0 Pero de ahí en adelante cobró

u n auge paralelo a la bonanza, o bien al afán de ostentarla, así

como para el servicio y esplendor del culto. Puede decirse que el

bordado fue uno de los medios más eficaces de mostrar e identifi­

car la sensibilidad y también el lujo.

M a n u e l Toussaint nos da noticia de que Hernán Cortés esta­

bleció el cultivo de l a seda, material indispensable para el borda­

do, y que él mismo la aprovechó generosamente. 1 1 Pero en el pla­

no institucional es de notar que las ordenanzas que regularon el

9 Es de notar que l a gui l lo t ina que aparece en esta escena es y a más

elaborada que la de " l a degollación del r e y " . L a re ina l leva vestido b lan­

co porque le prohib ieron el traje negro de v iuda , pues "podría excitar al

p u e b l o " . 1 0 Diccionario, 1964, voz : bordar . 1 1 TOUSSAINT, 1974, p . 35.

122 TESTIMONIO

e j e r c i c i o d e l b o r d a d o o c u p a r o n los p r i m e r o s l uga re s e n ser e x p e d i ­

da s c o n respecto de todas las d e m á s . M u y t e m p r a n a m e n t e , e l a ñ o

d e 1546 , se e x p i d i e r o n las m á s a n t i g u a s . 1 2

L a ins t i tucional ización p r o p i c i ó q u e i n d i o s , españoles y m e s t i ­

z o s 1 3 t r a b a j a r a n d e n t r o de c i e r t o o r d e n e n e l g r e m i o de b o r d a d o ­

res , c o s a q u e n o suced ió e n o t ros o f ic ios d u r a n t e e l v i r r e i n a t o . E l

m i s m o T o u s s a i n t señala su d e s a r r o l l o y e s p l e n d o r h a s t a q u e d e c l i ­

n ó e n l a é p o c a de t ransición d e l b a r r o c o a l neoc lás ico c o n l a f u n d a ­

c i ó n de l a A c a d e m i a de S a n C a r l o s . 1 4

A s í pues , las o r d e n a n z a s y los g r e m i o s f u e r o n l a base de es ta

a c t i v i d a d , de l a c u a l h a y q u e r e sa l t a r q u e e n e l los l a p r a c t i c a r o n

s o l a m e n t e h o m b r e s 1 5 y q u e se desarrol ló p r i n c i p a l m e n t e e n dos

c lases , e l b o r d a d o c o n d e s t i n o a l c u l t o y e l h e c h o p a r a e l uso q u e

p o d e m o s l l a m a r s e c u l a r o d o m é s t i c o , p e r s o n a l , c i v i l y m i l i t a r . 1 6

Y a m u y a v a n z a d o e l s i g lo x v m , e n 1767, fue l a fundac ión d e l

r e a l c o l e g i o de S a n I g n a c i o de M é x i c o . E n él , c o m o e n los c o n v e n ­

tos , co l eg io s , beater íos , r e c o g i m i e n t o s y cárceles f e m e n i n o s de

N u e v a España , había u n a " s a l a de l a b o r " . A h í , las co leg ia l a s h i ­

l a b a n , f a b r i c a b a n ga lones y b l o n d a s , hacían c o s t u r a , f lores y c u ­

r i o s i d a d e s de c h a q u i r a y seda .

Apar t e de ello, los bordados que también hacían las niñas adquir ieron

merecida fama por su manufactura exquisi ta. M u c h o s personajes de

l a nobleza hacían confeccionar allí su ropa, y en varias ocasiones se en­

v i a ron como presentes a los reyes de España bordados hechos por las

colegialas. Los ejemplos de estos trabajos que quedan just if ican su re­

putación. 1 7

Consideración final

D e l o e x p u e s t o se d e s p r e n d e q u e e l b o r d a d o q u e nos o c u p a t i ene

a s u f a v o r , p a r a c o n s i d e r a r l o m e x i c a n o , los s igu ien tes p u n t o s c o n -

1 2 C A R R E R A STAMPA, 1954, pp . 2 6 0 , 3 0 2 , 1 3 TOUSSAINT, 1974 , pp . 3 5 , 145; BARRIO LORENZOT, 1931 , p . 138. 1 4 Conv iene aclarar que el tema y los problemas del bordado y los

bordadores han sido poco estudiados. 1 5 E n M a d r i d , perdura el nombre de l a calle de Bordadores. 1 6 P a r a este trabajo también he aprovechado el l ibro de T U R M O , 1955 . 1 7 OBREGÓN, 1949 , pp . 186, 79 , 80 -87 . Nótese que l a palabra niñas no

se refiere exclusivamente a menores sino a las colegialas de cualquier

edad.

T E S T I M O N I O 123

c a t e n a d o s : 1. H a b í a e n M é x i c o a fines d e l s ig lo XVIII y p r i n c i p i o s

d e l XIX, p e r i o d o e n q u e s u p o n e m o s fue e l a b o r a d o , u n a l a r g a y

r i c a h e r e n c i a e n e l ar te d e l b o r d a d o de l a q u e fue p r o d u c t o ; 2 . E l

h e c h o de q u e se e n c u e n t r e e n M é x i c o y n o p a r e z c a ex t raño e n l o

m á s m í n i m o ; 3 . Q u e sus i n sc r ipc iones estén e n cas te l l ano ; 4. Q u e

l a t o r r e d e l T e m p l e t e n g a c i e r to pa ren te sco de i m a g e n c o n l a fuen­

te d e l S a l t o d e l A g u a de l a c i u d a d de M é x i c o ; 5. Q u e e l to r reón

f rente a l q u e apa rece l a e m p e r a t r i z sea semejan te a l r o l l o de T e p e -

a c a ; 6. Q u e las c o m p o s i c i o n e s arqui tectónicas sean d e l gus to b a ­

r r o c o , t a n c a r o a l a N u e v a España, y 7. Q u e es l ícito p r e s u m i r ,

m i e n t r a s n o se d e m u e s t r e l o c o n t r a r i o , q u e es ta o b r a salió de u n a

ins t i tución c o m o el r e a l c o l e g i o de S a n I g n a c i o de M é x i c o , p o p u ­

l a r m e n t e l l a m a d o de las V i z c a í n a s . 1 8 A v a l a es ta supos ic ión e l

carác ter e m i n e n t e m e n t e s e c u l a r i z a d o t a n t o de l a f o r m a c o m o d e l

c o n t e n i d o d e l b o r d a d o , h e c h o q u e l o a l e j a , n o n e c e s a r i a m e n t e , de

u n a s a l a de l a b o r c o n v e n t u a l , l o a c e r c a a u n a c o m o l a d e l c o l e g i o

s e c u l a r , l a i c o — n o l a i c i s t a n i l a i c i z a n t e — de las V i z c a í n a s , o l o l l e ­

v a a u n b a s t i d o r m o n t a d o e n l a i n t i m i d a d domés t i ca , a n ó n i m a .

P o r fin, en t re los d o c u m e n t o s r e l a t i v o s a l a R e v o l u c i ó n f rance­

sa , a l a g u e r r a de España c o n F r a n c i a y a l c o n t r o l de h e c h u r a s c o n

t e m a s d e l a m i s m a r evo luc ión , q u e e x i s t e n e n a r c h i v o s m e x i c a n o s ,

e s p e c i a l m e n t e en e l G e n e r a l de l a N a c i ó n , h a y u n a " R e a l O r d e n

p a r a q u e se cele e i m p i d a l a i n t roducc ión de t o d a a lha j a , r o p a s o

e s t a m p a s q u e t e n g a n p i n t u r a s é i n s c r i p c i o n e s a l u s i v a s a l a l i b e r t a d

de F r a n c i a " . 1 9 F u e e x p e d i d a e n M a d r i d a 20 de j u l i o de 1793 y ,

c o n c i e r t a r a p i d e z , r e c i b i d a e n M é x i c o y t u r n a d a , a pe t ic ión d e l

fiscal de l o c i v i l p a r a su m e j o r o b s e r v a n c i a y ap l i cac ión , a l a m a y o ­

ría de l a s p r i n c i p a l e s a u t o r i d a d e s de N u e v a España , e n p a r t i c u l a r

a las de los p u e r t o s de V e r a c r u z , de Y u c a t á n , de l a I s l a d e l C a r ­

m e n , de T a b a s c o , de l a c o l o n i a de N u e v o S a n t a n d e r , de C a l i f o r ­

n i a , d e l c a s t i l l o de A c a p u l c o y a l c o m a n d a n t e de m a r i n a d e l p u e r t o

de S a n B l a s . D e s d e l a l e j a n a c i u d a d de S a n L u i s Potos í , c o n res­

p e c t o a l a co r t e de España , e l i n t e n d e n t e , d o c t o r B r u n o D í a z de

S a l c e d o , con tes tó de e n t e r a d o e l 9 de d i c i e m b r e d e l m i s m o a ñ o de

1 7 9 3 . E s t o es, q u e sí se d i fundió e l c o n o c i m i e n t o de l a p r o h i b i c i ó n .

E n l a s u s o d i c h a r e a l o r d e n se i n f o r m a b a q u e e l r ey C a r l o s I V

1 8 Ac tua lmente tiene el nombre oficial de Co leg io de la Paz . 1 9 A r c h i v o Genera l de l a Nación, R a m o Historia, v o l . 45, exp. 11, ff.

291-304; R a m o Reales cédulas, vo l . 155, exp. 200. E n todo caso no puede excluirse l a posibi l idad de que haya sido elaborado con base en u n a es­tampa v e n i d a de fuera, pero con adaptaciones.

124 T E S T I M O N I O

había tenido noticia de que en la indiana ciudad de Guayaqu i l ' ' se

ha introducido, y recojido u n Re lox con una inscripción y p in tura

alusiva a la depravada libertad de la F r a n c i a " , y se mandaba que

se escrupulizara en evitar l a introducción de semejantes objetos.

Por esto, de l a part icularidad del reloj se extendió el celo a las

demás cosas —en que pueden incluirse los bordados—; y de G u a ­

yaqui l a todos los puertos y ciudades de las Indias Españolas. O

sea que, de haber venido de fuera, este bordado tendría señas aje­

nas a México y hubiera sido objeto prohibido, que por otra parte

lo haría apreciable. Pero, considerándolo mexicano, no necesitó

cruzar mares, trasponer aduanas, andar caminos, cruzar garitas

y garitones, con peligro de ser decomisado, y sí, en cambio, ser

formado en l a discreción de una sala de labor y conservado para

el futuro en in t imidad casi doméstica, pero no para exaltar la "de­

pravada l ibertad de la F ranc i a ' ' sino para exhibir el dramatismo

sangriento de dos regicidios, y para conservar una singular mues­

tra del arte del bordado en México, que declinó definitivamente

con la extinción de los gremios 2 0 y la mecanización.

Alfonso M A R T Í N E Z R O S A L E S El Colegio de México

B I B L I O G R A F Í A

BARRIO LORENZOT, Francisco DEL

1931 Ordenanza de gremios de Nueva España. . ., Méx ico , D i ­rección de Tal leres Gráficos.

CARRERA STAMPA, M a n u e l

1954 Los gremios mexicanos. La organización gremial en Nueva Es­paña, 1521-1861. Prólogo de Rafae l A l t a m i r a , Méx ico , E D I A P S A ( C o l e c c i ó n de E s t u d i o s His tór icos-Económicos Mex icanos de l a Canac in t ra ) .

2 0 TANCK DE ESTRADA, 1979. P o r carecer de inscripción alus iva , se pre­sume que este bordado es de autor anónimo —más aun porque no fue po­sible ver su reverso—, además de ser notorio que en su hechura intervi­n ie ron diferentes manos .

T E S T I M O N I O 125

C R U Z , Francisco Santiago

1960 Las artes y los gremios en la Nueva España, México, Ed i to ­rial Ju s , S . A .

Diccionario

1964 Diccionario de autoridades, ed. facsimilar, M a d r i d , R e a l Academia Española, E d i t o r i a l Gredos .

LEFEBVRE, Georges

1960 La revolución francesa y el imperio, 1787-1815, México ,

Fondo de C u l t u r a Económica.

OBREGÓN, G o n z a l o

1949 El Real Colegio de San Ignacio de México (Las Vizcaínas), México , E l Coleg io de México .

TANCK DE ESTRADA, Doro thy

1979 " L a abolición de los g remios" , El trabajo y los trabajado­res en la historia de México, México , E l Co leg io de México , U n i v e r s i d a d de A r i z o n a , pp . 311-331.

TOUSSAINT, M a n u e l

1974 Arte colonial en México, México , U N A M , Instituto de

Investigaciones Estéticas.

TURMO, Isabel

1955 Bordados y bordadores sevillanos (siglos x v i a xvín), Sevi­l l a , U n i v e r s i d a d de Sevi l la .

VERDEJO, C a r m i n a

1968 María Antonieta, Barce lona , E d . Ramón Sopeña, S . A .

(Bibl io teca Sopeña 91-1).

126 T E S T I M O N I O

C O M P O S I C I Ó N D E LAS " E S C E N A S D E L A R E V O L U C I Ó N F R A N C E S A E N U N

B O R D A D O ' '

1 T o m a d e la Bast i l la . 2 S a c a n al rey p a r a el cada lso . 3 El e m p e r a d o r de A l e m a n i a . 4 D e g o l l a c i ó n de Luis XVI de Franc ia . 5 El rey d e E s p a ñ a . 6 S a c a n a la re ina p a r a el c a d a l s o . 7 El rey d e Ing la te r ra . 8 D e g o l l a c i ó n de M a r í a A n t o n i e t a de F r a n c i a . 9 L a e m p e r a t r i z d e A u s t r i a .