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Estudos de Aula (Lesson Study) e as
aprendizagens de figuras geométricas
espaciais no 5º ano do Ensino
Fundamental
Grace Zaggia Utimura
ESTUDOS DE AULA (LESSON
STUDY) E AS APRENDIZAGENS DE
FIGURAS GEOMÉTRICAS
ESPACIAIS NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Grace Zaggia Utimura
Edda Curi
ESTUDOS DE AULA (LESSON
STUDY) E AS APRENDIZAGENS DE
FIGURAS GEOMÉTRICAS
ESPACIAIS NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Universidade Cruzeiro Do Sul
2015
© 2015
Universidade Cruzeiro do Sul
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática
Reitor da Universidade Cruzeiro do Sul – Profa. Dra. Sueli Cristina Marquesi
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
Pró-Reitor – Profa. Dra. Tania Cristina Pithon-Curi
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
Coordenação – Profa. Dra. Norma Suely Gomes Allevato
Banca examinadora
Profa. Dra. Edda Curi
Profa. Dra. Norma Suely Gomes Allevato
Profa. Dra. Laurinda Ramalho de Almeida
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
U94e
Utimura, Grace Zaggia.
Estudos de aula (lesson study) e as aprendizagens de figuras
geométricas espaciais no 5º ano do ensino fundamental / Grace Zaggia Utimura. -- São Paulo: Universidade Cruzeiro do Sul, 2015.
28 p. : il. Produto educacional (Mestrado em Ensino de Ciências e
Matemática). 1. Geometria 2. Processo de ensino - aprendizagem 3.
Formação de professores 4. Geometria – Ensino fundamental. I. Título II. Série.
CDU: 514
Sumário
1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................5
2 PARTE TEÓRICA – ESTUDOS DE AULA .........................................................................8
3 PRODUTO: AS APRENDIZAGENS DE FIGURAS GEOMÉTRICAS ESPACIAIS
(PRISMAS, PIRÂMIDES, CORPOS REDONDOS E PLANIFICAÇÕES) ........................10
4 ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR ...................................................................................24
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................25
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................28
Grace Zaggia Utimura
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Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática
1 APRESENTAÇÃO
O presente Produto Educacional é um relato de pesquisa, fruto do
trabalho da dissertação de Mestrado (UTIMURA, 2015) intitulada Docência
Compartilhada na perspectiva de Estudos de Aula (Lesson Study): um trabalho
com as figuras geométricas espaciais no 5º ano, defendido em 2015, cujo
objetivo geral foi analisar as potencialidades do Projeto Docência
Compartilhada no 5º ano de uma Escola Pública Municipal de São Paulo no
que se refere às figuras geométricas espaciais, explorando o material didático
institucional proposto pela Secretaria Municipal da Educação (SMESP).
Assim, diante da minha experiência como pesquisadora e professora de
Matemática da rede pública, gostaria de socializar com os professores que
lecionam Matemática, o que a pesquisa mostrou em relação às aprendizagens
com as figuras geométricas espaciais.
Por muitos anos, trabalhei na Educação Infantil e nos anos iniciais do
Ensino Fundamental. Atualmente trabalho na Rede Municipal de São Paulo,
desde 2006. Ao longo da minha carreira participei de cursos de formação
continuada, tanto na área da Matemática quanto na área da Educação, sempre
pensando em ampliar meus conhecimentos para ensinar e consequentemente
proporcionar aprendizagens aos meus alunos.
Desta maneira acabei “parando” no Programa de Mestrado Profissional
da Universidade Cruzeiro do Sul, campus Liberdade, em 2013, porque foi nesta
instituição que tive a oportunidade de participar, desde 2011, de dois grupos de
pesquisa, discutindo temas matemáticos, envolvendo professores da rede
pública, estudantes de graduação, de pós-graduação e pesquisadores.
Esses Grupos foram liderados pelas professoras doutoras Edda Curi e
Célia Maria Carolino Pires, onde tínhamos a responsabilidade de analisar
materiais didáticos da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
(SMESP), discutir textos teóricos sobre os temas trabalhados durante as
reuniões, desenvolver sequências de ensino, colocá-las em prática nas salas
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de aula, e discutir e refletir no Grupo as facilidades e as dificuldades dos alunos
e dos professores dos anos iniciais.
Em 2014, foi implementado nas escolas da Prefeitura de São Paulo, um
Projeto denominado “Docência Compartilhada” que faz parte do Programa
“Mais Educação São Paulo” (2014), do qual participei junto com duas
professoras de 5º ano, na escola em que trabalhávamos, situada na zona leste.
Aproveitamos este Projeto da Prefeitura e delimitamos o tema da
pesquisa: Docência Compartilhada no trabalho com figuras geométricas
espaciais, uma vez que foi discutido no Grupo de Pesquisa que, no Brasil, os
estudos atuais mostram que os professores dos anos inicias têm pouco
domínio da Geometria.
Um dos objetivos do Projeto Docência Compartilhada é direcionar a
passagem dos alunos dos anos iniciais para os anos finais, por meio do
planejamento de um projeto realizado em conjunto entre os professores
envolvidos, inserindo um professor especialista para os 4º e 5º anos e um
professor dos anos iniciais para os 6º anos, visando intervenções didáticas e
pedagógicas mais adequadas a esses alunos.
Desta maneira, juntos, os professores planejam, abordam as diferentes
atividades de sala de aula, acompanham, avaliam o projeto e a aprendizagem
individual e da turma dentro ou fora do espaço da sala de aula.
Diante deste Projeto eu e as duas professoras de 5º ano nos
comprometemos a planejar, desenvolver e analisar sequências de ensino que
focam nas figuras geométricas espaciais, propostas no material didático
utilizado por essas turmas, os Cadernos de Apoio e Aprendizagem de
Matemática (CAA).
Minha participação no grupo de Pesquisa do Programa Observatório da
Educação (OBEDUC), durante o ano de 2014, permitiu vivenciar uma
estratégia de formação de professores, denominada “Estudos de Aula” (Lesson
Study) (PONTE, 2012). A partir dessa vivência adaptamos a estratégia de
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Estudos de Aula na nossa pesquisa.
Como a pesquisa envolveu professoras de 5º ano e uma professora
especialista em Matemática, este Produto Educacional é destinado a esses
dois tipos de professores que lecionam Matemática. O objetivo do Produto
Educacional é apresentar algumas reflexões sobre as aprendizagens
decorrentes do Projeto Docência Compartilhada no que se refere às figuras
geométricas espaciais.
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2 PARTE TEÓRICA – ESTUDOS DE AULA
Estudos de Aula (Lesson Study) é uma estratégia metodológica que se
originou no Japão e foi difundida para vários países do mundo como: Estados
Unidos, Inglaterra, Portugal, Chile, Brasil, Camboja, Canadá, Egito, El
Salvador, Filipinas, Guiana, Guatemala, Honduras, Indonésia, Quênia,
Nicarágua, República Dominicana, África do Sul e Tailândia.
Em cada país foi traduzida de forma diferente. No Japão, Pesquisa de
Aula, no Chile, Estudio de Clases e em Portugal, Estudos de Aula. Em nossa
pesquisa, optamos pela tradução de Portugal.
Nesses países, Estudo de Aula é considerado como estratégia, recurso
ou metodologia de formação de professores. Está focada em pesquisar a aula,
a aprendizagem dos alunos e a prática docente, passando pelas etapas do
planejamento, ação, avaliação e replanejamento das aulas.
O trabalho é realizado em grupos, que podem se tornar colaborativos.
Diante de um determinado tema escolhido pelos grupos, estudos teóricos são
realizados, os materiais didáticos são compartilhados, além de textos, livros,
recursos e troca de experiência. Segundo Elliot (2012), o compartilhamento dos
conhecimentos profissionais permite o desenvolvimento profissional dos
professores e pesquisadores.
As aulas podem ser filmadas e o pesquisador tem um papel ao longo de
todas as etapas dos Estudos de Aula. Em nossos estudos, observamos que na
maioria dos países destacados, o pesquisador foi um observador das aulas na
educação básica.
Com base nos estudos realizados sobre Estudos de Aula, adaptamos
essa metodologia de formação de professores em quatro etapas, conforme o
Quadro 1:
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Quadro 1 – Etapas dos Estudos de Aula Fonte: Produção do nosso trabalho de pesquisa.
Vale salientar que não encontrei resistência das professoras de 5º ano,
em trabalharmos coletivamente, pois o objetivo era de melhorar as
aprendizagens dos alunos em relação às figuras geométricas espaciais. Aos
poucos as afinidades profissionais foram se estreitando e o trabalho foi se
tornando colaborativo. Isso demonstrou que as professoras estavam “abertas”
e dispostas a novas experiências.
Desta maneira, consideramos que essa metodologia de formação de
professor se adequava ao Projeto Docência Compartilhada.
Primeira Etapa: Planejamento
A etapa do Planejamento foi realizada em duas fases: a primeira refere-se a estudos e planejamentos das aulas entre a professora pesquisadora e sua orientadora, nos horários de orientações da pesquisa, em reuniões com duração de 60 a 90 minutos cada uma. A segunda fase se refere ao mesmo trabalho da fase anterior, porém entre a professora pesquisadora e duas
professoras de 5º ano, uma vez por semana, por cerca de 40 minutos cada encontro.
Segunda Etapa: Execução
Na segunda etapa, as atividades foram desenvolvidas em
duas turmas de 5º ano, pela professora pesquisadora e a professora de cada turma. Além dos registros no diário de bordo da professora pesquisadora, várias aulas foram filmadas e muitas vezes gravadas em áudio para análise posterior.
Terceira Etapa:
Reflexão e Avaliação
Na terceira etapa, foram assistidas e analisadas as gravações em áudio, as filmagens das aulas, as atividades e avaliações dos alunos, as anotações no diário de bordo da professora pesquisadora, além das discussões em relação aos encaminhamentos das aulas, possibilitando a reflexão e a avaliação das mesmas.
Quarta Etapa:
Replanejamento
Nesta etapa, foi possível replanejar e aperfeiçoar algumas aulas, diante das observações e ideias da etapa anterior, compilando um material interessante e rico para ser aplicado em outras turmas de mesmo ano de escolaridade.
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3 PRODUTO: AS APRENDIZAGENS DE FIGURAS GEOMÉTRICAS
ESPACIAIS (PRISMAS, PIRÂMIDES, CORPOS REDONDOS E
PLANIFICAÇÕES)
A seguir apresento detalhadamente as aprendizagens dos alunos e das
professoras de 5º ano, após as análises dos instrumentos de pesquisa
utilizados ao longo da pesquisa de Mestrado, como: pesquisa documental,
estudos teóricos sobre o pensamento geométrico, vídeo filmagem, fotos,
gravações em áudio, o diário de bordo, os protocolos dos alunos, um
questionário, entrevistas e avaliações.
Aprendizagens dos alunos
a) Aprendizagem de conteúdos matemáticos
Tínhamos o intuito de verificar se os alunos estavam identificando a(s)
forma(s) da(s) base(s), a(s) forma(s) da(s) faces laterais, o número de faces,
vértices, arestas e nomeando corretamente os poliedros e corpos redondos.
No início do Projeto, em ambas as turmas os alunos sabiam os nomes
do cubo e do paralelepípedo, mas a maioria não sabia o nome do prisma de
base triangular, do prisma de base pentagonal e do prisma de base hexagonal.
Ao explorarmos prismas de madeira, objetos de sucata e discutirmos as
características de tais formas geométricas, os alunos ampliaram seus
conhecimentos em relação aos prismas.
Quanto às pirâmides, os alunos sentiram mais facilidade devido ao
trabalho que já havia sido realizado com os prismas, mas ainda necessitaram
do material de apoio.
Esse fato corrobora os estudos de Parzysz (2006) sobre o pensamento
geométrico que denomina de nível G1 da Geometria concreta, aquele em que a
validação das observações e das constatações é realizada por meio dos
aspectos perceptíveis, ou seja, palpáveis.
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Na mesma linha de pensamento, Abrantes, Serrazina e Oliveira (1999)
destacam a importância do trabalho baseado na manipulação e
experimentação em Geometria, desenvolvido na escola com objetivo de
resolver problemas.
Com relação aos elementos vértices, faces e arestas, a pesquisa mostra
uma evolução mais lenta, o que corrobora com os estudos de Abrantes,
Serrazina e Oliveira (1999), que afirmam que o pensamento geométrico evolui
lentamente.
Ao final dos trabalhos, porém, a maioria dos alunos conseguiu identificar
a forma das bases e nomear os poliedros de acordo com a forma da base,
identificar a forma das faces laterais e o número de faces, vértices e arestas e
dos corpos redondos.
b) Desenvolvimento da linguagem escrita
Em todas as aulas foi desenvolvido um trabalho oral, em que os alunos
demostraram a evolução do pensamento geométrico. Em alguns momentos
precisavam ser apresentados textos na forma escrita.
Como em Matemática há pouca ênfase no trabalho com textos em sala
de aula, primeiramente propusemos a elaboração de textos coletivos na lousa,
elencando características de prismas e pirâmides e corpos redondos.
A partir da discussão desses textos coletivos propusemos a escrita de
textos individuais. Em seguida, pedimos a alguns alunos a leitura desses textos
e fizemos intervenções nas escritas. Os textos eram relativos aos elementos,
às características e às denominações de prismas e pirâmides, como é possível
observar no protocolo da Figura 1 que descreve as semelhanças e diferenças
entre a pirâmide de base quadrada e um cubo.
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Figura 1 – Linguagem escrita
Fonte: CAA da aluna do 5º ano
Este tipo de trabalho é necessário, pois os alunos precisam saber
expressar-se de diferentes formas, escrever corretamente as palavras e dar
sentido às frases para que o leitor entenda. Precisam, ainda, comunicar-se
matematicamente usando a terminologia da Geometria corretamente.
O trabalho foi ao mesmo tempo individual e coletivo, porque no primeiro
momento as respostas foram individuais e depois socializadas com toda a
turma. No segundo momento, cada aluno precisou desenvolver autonomia para
analisar o que escreveu e melhorar o texto gradativamente. Após as
intervenções, percebemos evolução maior do texto.
c) Aprendizagem envolvendo representações
No início do processo os alunos precisaram de muitas intervenções,
tanto das professoras quanto dos próprios colegas mais habilidosos, pois cerca
de 50% não tinha habilidades para representar corretamente os elementos dos
prismas, das pirâmides e dos corpos redondos. Talvez não identificassem
também corretamente esses elementos.
Mas no decorrer das aulas, tanto os esboços quanto os desenhos foram
melhorando e a participação dos alunos foi intensa em todos os momentos.
A Figura 2 mostra o esboço do desenho do prisma de base triangular. As
professoras pediram que uma aluna se encaminhasse à lousa para ajudar a
colega a melhorar o trabalho que estava sendo realizado. A turma toda ajudou
na correção, percebendo que as linhas tracejadas deveriam expressar as faces
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laterais “escondidas”. Esse relato faz parte de um dos trabalhos desenvolvidos
que ressaltava as bases e as faces laterais das figuras geométricas espaciais.
Figura 2 – Esboço do prisma de base triangular
Fonte: Imagem fotográfica. Arquivo das professoras
A Figura 3 apresenta a planificação de um prisma de base hexagonal de
forma correta, em que o aluno expressa as bases opostas, utiliza régua e
representa o total de faces laterais e das bases. Para que o desenho ficasse
correto, houve intervenções coletivas e individuais das professoras.
Figura 3 – Planificação do prisma de base hexagonal Fonte: Imagem fotográfica. Arquivo das professoras
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Percebemos que ao explorarmos os desenhos das planificações de
alguns prismas, de algumas pirâmides, e os esboços das formas geométricas
correspondentes à planificação, os alunos foram avançando, mas precisaram
das intervenções das professoras e dos colegas.
A maioria conseguiu representar as características desses poliedros,
inclusive percebendo que tanto para os prismas regulares, como as pirâmides
regulares, o lado do polígono da base deve ter a mesma medida de um dos
lados da face lateral do sólido referido.
d) Aprendizagem envolvendo medidas
Para que os alunos percebessem a necessidade do uso de medição e,
consequentemente, avançassem nesse domínio, foi realizado primeiramente o
trabalho com o prisma de base triangular sem o uso de medidas, conforme
mostra a Figura 4.
Figura 4 – Esboço da planificação do prisma de base triangular
Fonte: Arquivo das professoras
Quando os alunos montaram a figura traçada, perceberam que as
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medidas não estavam precisas e que não conseguiam montar o prisma. Para a
planificação ficar correta, sentiram a necessidade dos instrumentos de
desenho.
Para continuar avançando no trabalho com as planificações, em que os
alunos precisavam usar corretamente as réguas e identificar as medidas
solicitadas, as professoras acharam melhor explanar os “combinados” das
medidas das faces laterais e das bases opostas na lousa, do prisma de base
hexagonal e do prisma de base pentagonal, conforme as Figuras 5 e 6, pois
vários alunos perguntavam as mesmas coisas.
Para alguns alunos foi necessário explicar que deveriam iniciar a
medição pelo número 0 da régua e não pelo 1, que cada traço significa um
milímetro e que a cada dez milímetros forma-se um centímetro.
Figura 5 – Esboço na lousa para a construção do desenho da planificação do prisma
de base hexagonal Fonte: Imagem fotográfica. Arquivo das professoras
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Figura 6 - Esboço na lousa para a construção do desenho da planificação do prisma de base pentagonal
Fonte: Imagem fotográfica. Arquivo das professoras
Apesar de o desenho das planificações usando instrumentos de
desenhos e medidas não fazer parte do CAA dos alunos, há uma orientação no
material do professor a esse respeito. Este tipo de trabalho (desenho) propiciou
aos alunos, avanços gradativos a cada construção de uma planificação,
utilizando as réguas.
Consideramos que esse tipo de trabalho não é adequado para essa
faixa etária. bFoi um trabalho que envolveu cerca de 10 aulas e que poderia ter
sido realizado com outra faixa etária, afinal, algumas atividades estavam acima
da Expectativa de Aprendizagem para o 5º ano, porém o trabalho foi muito
produtivo e significativo.
Segundo as professoras, os alunos nunca tinham realizado atividades
com o uso de instrumentos de desenho. As intervenções das professoras, na
lousa e individualmente, bem como as descobertas dos alunos foram muito
importantes para tais avanços.
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e) Evolução do pensamento geométrico
A discussão e a socialização nos pequenos grupos e na sala de aula
proporcionaram a evolução do pensamento geométrico dos alunos. Ao
desenharem o esboço de uma caixa de presente em forma de cubo, por
exemplo, os alunos imaginavam a figura e desenharam-na, focando inclusive
no paralelismo das arestas. Outro avanço foi que vários alunos, ao olharem as
imagens das figuras, percebiam que existiam faces escondidas.
Em algumas atividades foram usadas figuras geométricas em madeira
ou sucata. Os trabalhos exploratórios com as figuras foram muito importantes.
Algumas atividades exigiam observação da imagem das figuras para responder
às questões; outras, ainda, mencionavam as características para os alunos
identificarem as figuras geométricas. Os alunos realizaram com compreensão
essas atividades.
As avaliações confirmam essa evolução, conforme protocolos das
Figuras 7, 8, 9, 10 e 11.
Figura 7 – Característica de um cubo
Fonte: Primeira avaliação. Arquivo das professoras
Figura 8– Característica de uma pirâmide de base quadrangular
Fonte: Primeira avaliação. Arquivo das professoras
Figura 9 – Características de um dado
Fonte: Primeira avaliação. Arquivo das professoras
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Figura 10 – Características de uma forma geométrica tridimensional
Fonte: Primeira avaliação. Arquivo das professoras
Figura 11 – Características de uma pirâmide
Fonte: Primeira avaliação. Arquivo das professoras
Em síntese, a maioria dos alunos atingiu as Expectativas de
Aprendizagens propostas e constatamos que, em ambas as turmas, há alunos
que já estão no nível 2 do Van Hiele e no G2 de Parzysz. A maioria está nos
níveis 1 e G1, pois analisa a representação de figuras sem o uso de materiais
manipulativos, mas ainda utilizam-se das imagens das figuras. Há os que estão
no nível 0 e G0, pois precisam explorar os materiais manipulativos para
responder corretamente às atividades propostas. (VAN HIELE, 1986;
PARZYSZ, b2006).
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Aprendizagens das professoras
a) Conhecimentos matemáticos e didáticos
O Projeto Docência Compartilhada na perspectiva de Estudos de Aula
permitiu avanço das professoras no que se refere, principalmente, aos
conteúdos matemáticos e à didática desses conteúdos.
Um exemplo foi a discussão entre as professoras quando trataram do
processo da manipulação, experimentação, construção das imagens mentais e
planificações das figuras geométricas espaciais.
Outro exemplo foi a minha intervenção no momento do uso da
nomenclatura “lados” ao invés de “faces” na exploração dos prismas. As
professoras perceberam a importância de dominar o assunto e ensinar de
maneira correta para não confundir o conhecimento matemático dos alunos.
A intervenção da professora (P2) no momento da explicação das figuras
tridimensionais ao pegar uma sucata do armário e associar às formas
bidimensionais, juntando todas as faces para formar uma figura tridimensional,
foi construída durante os Estudos de Aula.
Esta constatação corrobora com os estudos de Schulman (2001), que
destaca a importância do conhecimento do conteúdo a ser ensinado e do
conhecimento do material pedagógico desse conteúdo.
b) Participação ao longo do Projeto Docência Compartilhada
A participação ao longo do Projeto levou as professoras a estarem
atentas aos processos de raciocínio de seus alunos. Segundo as professoras,
a parceria com uma professora especialista “com conhecimentos específicos
tornou as aulas mais dinâmicas, inovadoras, criativas, utilizando recursos
didáticos específicos”.
No início do trabalho as professoras participaram com menor frequência
nas Etapas do Planejamento e da Execução. Ao longo do processo, a
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participação foi aumentando, talvez por estarem mais seguras em relação ao
domínio do conteúdo, pelas minhas intervenções junto às professoras de 5º
ano, e pela gestão adequada em torno dos materiais didáticos e dos estudos
dos referenciais teóricos.
Por exemplo, as professoras relatam: “Como titulares, quando houve
necessidade, realizamos observações e intervenções construtivas mediando o
processo de ensino-aprendizagem”.
Isto corrobora com os estudos de Schön (2000) que destaca a
importância da reflexão na ação, atentando-nos aos processos, às estratégias,
às teorias que nos guiam.
Com isso, as aulas relativas às planificações foram muito além do que
planejamos inicialmente, pois permitiu verificar que não é necessário trabalhar
primeiramente as planificações e, sim, a manipulação e a visualização das
figuras.
c) Gestão da sala de aula
As professoras perceberam que são elas as gestoras do seu ambiente
de trabalho - a sala de aula - articulando, assim, tanto o currículo moldado
quanto as relações interpessoais.
Com isso, a gestão da sala de aula fez toda a diferença para o avanço
das aprendizagens dos alunos, pois a organização e o planejamento das aulas,
a adequação do tempo para cada sequência de ensino, o uso dos materiais de
desenho, os manipulativos e a oportunidade de propiciar a socialização dos
raciocínios geométricos, durante as aulas, foram alguns dos itens considerados
relevantes para tais aprendizagens.
Para as atividades realizadas em grupos, em determinados momentos,
as professoras organizaram os alunos não só por proximidade, ou afinidade, e
sim, em grupos de acordo com os níveis de aprendizagem, de modo que cada
aluno pudesse contribuir com o outro. Assim, elas não agruparam os alunos
que estavam em um nível muito avançando com outros que estavam no nível
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básico.
A professora (P2) na atividade com as planificações a serem trabalhadas
e expostas no pátio da escola, ao dividir a turma antes de iniciar o trabalho
propriamente dito, chamou-me para observar tal ação que resolveu tomar no
momento da aula.
Ela percebeu que alguns alunos trouxeram o material solicitado para a
atividade e outros não. Pediu que a turma se organizasse livremente, ou seja,
eles tinham total autonomia para tomar tal ação. O objetivo era observar quais
critérios os alunos iriam utilizar. Por afinidade? Quem trouxe o material com
quem trouxe o material? Dividiriam o material? Sobrariam quais alunos? E os
alunos mais tímidos que se esqueceram de trazer os materiais? Como
reagiriam a tal situação? Pediriam para juntar-se com um outro colega que não
conversava frequentemente para realizar a atividade?
As professoras se surpreenderam com os grupos formados, pois os
alunos se misturaram, a organização foi boa e a solidariedade prevaleceu entre
eles.
Com isso, elas perceberam que a gestão pode ser diversificada e
compartilhada entre as duas professoras de 5º ano. Exige muita dedicação,
mas vale a pena.
d) Reflexão das professoras
Durante as reuniões e o trabalho com as figuras geométricas espaciais,
as professoras perceberam a importância da reflexão sobre suas aulas por
meio, principalmente, das análises das vídeo-filmagens e do diário de bordo da
professora pesquisadora, para identificar os avanços dos alunos após as
intervenções individuais e coletivas.
Isso vem ao encontro dos estudos de Schön (2000), pois nem sempre o
professor está acostumado a refletir sobre a própria ação e essa prática é de
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suma importância.
As professoras também perceberam que os conhecimentos geométricos
construídos em anos anteriores foram importantes para tais resultados ao
longo das atividades, mas o que ainda não estava construído precisava de
explicações complementares e, muitas vezes, do retorno à manipulação dos
sólidos geométricos.
Com isso, a proposta de trabalhar primeiro com as planificações dos
prismas (uma demanda das professoras) foi descontruída, após a retomada
dos estudos sobre o pensamento geométrico e da Expectativa de
Aprendizagem referente a esse assunto, que se encontra na unidade 4 do CAA
e não na unidade 2.
Depois de muita discussão, foi compreendido pelas professoras que as
sequências de ensino foram construídas de tal maneira que as crianças
manuseassem e visualizassem primeiro as figuras geométricas espaciais,
possibilitando consolidar as imagens mentalmente para que, no momento
apropriado, realizassem o trabalho com as figuras geométricas desmontadas.
Outro ponto refletido foi em relação à previsão da professora (P2),
colocada na Primeira Etapa, ou seja, a de que seus alunos não teriam
dificuldade na atividade da nomeação dos prismas; isso não aconteceu
prontamente com a maioria dos alunos da turma dela, pois não sabiam nomear
como pentágono e hexágono, os polígonos de cinco e seis lados.
Observei também que em algumas aulas as professoras usavam lados
ao invés de faces do prisma, confundindo lados de um polígono com faces de
um prisma.
Foi necessária uma discussão junto às professoras, a ponto delas
refletirem e perceberem a importância de usar a terminologia adequada e o
porquê do uso de faces e não de lados num prisma, ou seja, para não
confundir o raciocínio geométrico dos alunos.
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Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática
Em relação às avaliações, as professoras perceberam que a avaliação
escrita não é a única forma de avaliar seus alunos. A forma oral e o
acompanhamento da evolução ao longo do trabalho desenvolvido em sala de
aula e em casa também são formas de avaliações.
A maturidade construída ao longo do trabalho possibilitou refletirmos
que durante o desenvolvimento das aulas com as planificações, os “alunos
monitores” foram fundamentais. Apesar de alguns se prontificarem a ajudar o
colega, o tempo foi reduzido, o suficiente apenas para que as professoras
articulassem as habilidades e as aprendizagens dos alunos.
Outros pontos de confiança no trabalho e que foram motivos de elogio à
professora (P2) aconteceram quando ela refletiu rapidamente durante uma
aula, sobre o trabalho enorme que teríamos pela frente, e sugeriu que, nas
atividades das planificações em papel color set, fizéssemos, primeiramente, as
bases dos prismas regulares com a régua em acrílico, e depois entregássemos
os papéis aos alunos, permitindo que a atividade fluísse melhor, além dela ter a
ideia de comprar as réguas com as figuras geométricas.
A professora (P1) foi enaltecida quando ela compreendeu rapidamente
que no momento de reflexão sobre a primeira avaliação, algumas questões
estavam acima do nível de aprendizagem estabelecido para o 5º ano (serviram
para a pesquisa) e não precisavam ser consideradas para compor uma nota
para o respectivo bimestre, pois os alunos que erraram tais questões não
poderiam ser prejudicados.
As professoras perceberam ao longo das aulas que quando as
atividades são bem estudadas e trabalhadas, tanto as professoras quanto os
alunos se sentem mais seguros para desenvolverem e compreenderem as
figuras geométricas espaciais.
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4 ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR
Este trabalho de pesquisa de Mestrado foi realizado em horários comuns
entre as professoras na escola em que elas trabalhavam. Assim é possível ser
realizado em qualquer escola que tenha professores dos anos iniciais e
especialistas.
A partir da metodologia de formação de professores Estudos de Aula
(Lesson Study), os professores planejam em conjunto as aulas a partir de um
tema, trocam saberes, onde o professor especialista contribui com seus
conhecimentos específicos da disciplina e os professores dos anos iniciais com
os conhecimentos das crianças.
O acompanhamento das aulas também é possível de realizar
independente se a escola tem o Projeto Docência Compartilhada porque, no
geral, há momentos em que o professor especialista pode compartilhar as
aulas com os colegas, além dos conhecimentos matemáticos, não no sentido
de protagonizar as aulas, mas de fazer intervenções quando necessárias.
As reflexões pós-ação são importantes e possíveis de serem realizadas.
Mesmo que todos os professores não possam estar presentes nas aulas, estas
aulas podem ser filmadas, socializadas e refletidas em grupo.
Com isso, optamos em trabalhar com as figuras geométricas espaciais e
com os anos iniciais do Ensino Fundamental, porém os Estudos de Aula podem
ser realizados desde a Educação Infantil até a Universidade, e não
necessariamente o tema precisa estar relacionado à Geometria.
Grace Zaggia Utimura
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considero que o Projeto obteve sucesso. Um dos motivos foi a
revelação das aprendizagens por meio da parceria entre a Universidade e a
Escola Pública. Assim foram respeitadas as diretrizes da SMESP ao aceitar a
implementação do Projeto Docência Compartilhada, mostrando que o Projeto é
possível de ser trabalhado, estabelecendo o diálogo necessário entre o
contexto matemático e as relações interpessoais.
Portanto, é importante socializar as aprendizagens das crianças entre as
próprias crianças durante as aulas, “dando voz” para que gradativamente a
evolução do pensamento geométrico e os conhecimentos matemáticos sejam
construídos.
As aprendizagens das professoras ao longo do trabalho de pesquisa
permitiram o desenvolvimento pessoal e profissional dessas professoras.
Dessa maneira ressalto que a minha participação em todos os
momentos de planejamento, reflexão, avaliação e replanejamento do trabalho
permitiram aprendizagens sobre o tema.
Em primeiro lugar, sobre o estudo do material didático, ou seja, é
necessário saber o que será trabalhado com os alunos, pois os autores do
material pensaram, construíram e organizaram o material em relação aos
níveis do pensamento geométrico, baseados em referenciais teóricos.
Além disso, observei que no livro didático escolhido pelas professoras da
escola não há atividades que contemplem as Expectativas de Aprendizagem
do Caderno de Apoio e Aprendizagem (CAA).
Por isso, por mais que estejamos tratando de um tema dos anos iniciais
do Ensino Fundamental, não basta abrir o CAA, ler as sequências de ensino e
aplicá-las. É preciso dialogar e compreender as orientações ao professor, as
Expectativas de Aprendizagem do CAA, os objetivos do livro didático e de
outros materiais verificando, se estes juntos, estão relacionados, caso contrário
Grace Zaggia Utimura
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os objetivos poderão não ser totalmente atingidos.
Outra aprendizagem foi em relação às discussões entre as professoras,
consideradas fundamentais para o avanço do Projeto. Respeitar as sugestões
é importante, pois muitas podem ser pertinentes. Não é preciso ter vergonha
em se posicionar e esclarecer dúvidas junto aos colegas de trabalho e de
estudo.
Uma experiência fundamental foi a oportunidade de trabalhar novamente
com as crianças dos anos inicias, o que possibilitou rever minha prática em
relação aos alunos desta faixa etária, e compreender melhor o pensamento
geométrico das crianças.
Outro aspecto que chamou minha atenção foi o foco na avaliação,
presente nas práticas das professoras, que davam muita ênfase às avaliações
escritas e não percebiam que poderiam fazer outro tipo de avaliação.
Porém, consegui aprender com a Profa. Edda Curi, orientadora da
pesquisa, a importância de explicar às professoras de 5º ano que, apesar dos
professores serem cobrados em relação aos resultados das avaliações formais,
é possível ao longo de qualquer trabalho, realizar várias formas de avaliações,
inclusive as orais que podem com clareza e firmeza demonstrar se os alunos
estão avançando ou não.
Apesar de ter meus materiais para usar em sala de aula como réguas,
compassos, transferidores, caixas de sólidos geométricos, calculadoras,
esquadros, sucatas, entre outros, foi preciso retomar a organização com as
professoras. Durante as nossas reuniões, elas perceberam a importância do
uso dos materiais, por isso, sugiro aos professores providenciá-los e organizá-
los já na etapa do planejamento das aulas.
Um grande ganho ao final do trabalho foi eu ter aprendido a ensinar as
crianças dessa faixa de escolaridade e formar professoras na área da
Matemática. Isso foi possível porque a Profa. Edda foi ensinando como analisar
os materiais didáticos, pensar, agir, estudar, retratar-se diante de um tema e de
Grace Zaggia Utimura
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seus conteúdos. Foi uma parceria indescritível.
A experiência positiva dos Estudos de Aula possibilitou a expansão
dessa perspectiva que iniciou em 2015, a um grupo de 75 professoras dos
anos iniciais (15 de cada ano de escolaridade), no qual estou atuando como
formadora de um dos cinco grupos.
Desta maneira a minha trajetória, ao participar de cursos, de Grupos de
Pesquisa com as professoras, Edda Curi e Célia Maria Carolino Pires, e a
inserção no Programa de Mestrado Profissional proporcionaram as condições e
a sensibilidade para identificar, analisar as aprendizagens tanto dos alunos
quanto das professoras e para atuar como formadora de professores.
A pesquisa mostrou, ainda, que a Geometria é possível de ser ensinada
pelos professores dos anos iniciais, que é possível de ser aprendida pelas
crianças dos anos iniciais, desde o início do ano letivo.
Sendo assim, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, é preciso que o
professor especialista parta do ponto que as crianças estão, em relação aos
conteúdos da Geometria, considerando tudo que elas já aprenderam
anteriormente.
Grace Zaggia Utimura
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Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática
REFERÊNCIAS
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