Geografia 2

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CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 27 *MÓDULO 1* Geologia Planeta Terra Movimento e choque Os terremotos são consequência direta de um dos fenômenos mais antigos da Terra: a lenta movimentação das placas tectônicas. Essas imensas camadas sólidas, que sustentam o território de países, continentes e oceanos, deslizam sobre o magma, o material em estado líquido pastoso que compõe o interior do planeta. Como uma casca de ovo rachada, as placas formam a Iitosfera, parte dura e externa da Terra. Há milhões de anos, as placas tectônicas se movem alguns milímetros por ano: vão uma contra a outra, distanciam-se ou movem-se lado a lado. Esse movimento é a origem de diversos fenômenos geológicos, como os terremotos, os vulcões, a formação de cadeias de montanhas, como os Andes, e até mesmo os tsunamis, as enormes ondas que arrasam populações litorâneas. O movimento tectônico faz com que os limites das placas se engatem, como botões de uma camisa, o que provoca acúmulo de energia. Com o passar de décadas e séculos, pedaços das placas não sustentam tanta energia acumulada e racham de repente, causando os abalos sísmicos. O foco dos tremores ocorre entre 10 e 800 quilômetros de profundidade, nas rochas superiores do manto terrestre. Os mais rasos costumam causar maior impacto na superfície, derrubando edifícios, pontes e provocando pânico. As regiões mais vulneráveis a terremotos são justamente as que ficam no limite das placas, como toda a costa oeste da América e leste da Ásia. Grandes tragédias da história foram causadas por terremotos no Chile, Equador, Colômbia, na Califórnia (EUA), no Japão e na Nova Zelândia. A placa do Pacífico, mais pesada, é forçada a mergulhar sob a placa Sul-Americana, que se enruga, criando cordilheiras como os Andes. A placa que fica por baixo acaba se fundindo ao magma, que pode subir à superfície em forma de vulcões. É por isso que as áreas ao redor da placa do Pacífico formam o Cinturão de Fogo, região que concentra não só terremotos como a maioria dos vulcões do planeta, como os do Chile, Peru, México, Japão e Filipinas. O mesmo fenômeno que forma os Andes na América do Sul cria a fossa das Marianas no leste da Ásia. A placa do Pacífico se afunda sobre outra placa oceânica, a das Filipinas, formando uma região em que o mar ultrapassa 11 quilômetros de profundidade. ________________________________________________ Anotações* EDITORA ABRIL *1* PLACA DA AMÉRICA DO NORTE E DO CARIBE Com 70 milhões de quilômetros quadrados, seu deslocamento horizontal em relação à placa do Pacífico cria uma fronteira turbulenta. Em um dos limites, na Califórnia, está a falha de San Andreas, famosa pelos terremotos arrasadores. *2* PLACA EURO-ASIÁTICA OCIDENTAL Com 60 milhões de quilômetros quadrados, sustenta a Europa, parte da Ásia, do Atlântico Norte e do mar Mediterrâneo. *3* PLACA EURO-ASIÁTICA ORIENTAL Em seu movimento para o leste, esse bloco de 40 milhões de quilômetros quadrados se choca contra a placa das Filipinas e com a do Pacífico. *4* PLACA DAS FILIPINAS Essa placa de apenas7 milhões de quilômetros quadrados concentra em seus limites quase a metade dos vulcões ativos do planeta. *5* PLACA INDO-AUSTRALIANA O bloco de 45 milhões de quilômetros quadrados que sustenta a Índia, a Austrália e a Nova Zelândia ruma velozmente para o norte. *6* PLACA DA ANTÁRTIDA É o bloco que dá suporte à Antártida e a uma parte do Atlântico Sul, em um total de 25 milhões de quilômetros quadrados. *7* PLACA DA ÁFRICA No meio do Atlântico, uma falha submersa abre caminho para o magma do manto inferior, fazendo com que esse bloco se afaste progressivamente da placa Sul-Americana e cresça de tamanho. Atualmente, tem 65 milhões de quilômetros quadrados. *8* PLACA SUL-AMERICANA Como o Brasil está bem no meio desse bloco de 32 milhões de quilômetros quadrados, sente pouco os efeitos de terremotos e vulcões. No centro do continente, a placa mede 200 quilômetros de espessura. *9* PLACA DE NAZCA A cada ano, essa placa de 10 milhões de quilômetros quadrados no leste do oceano Pacífico fica 10 centímetros menor pelas trombadas com a placa Sul- Americana. Esta desliza por cima da placa de Nazca, colocando vulcões em atividade e elevando mais as montanhas dos Andes. *10* PLACA DO PAFICO Com cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados, está em constante renovação na região do Havaí, onde o magma sobe e cria ilhas vulcânicas.

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 27

*MÓDULO 1*

Geologia – Planeta Terra

Movimento e choque

Os terremotos são consequência direta de um dos

fenômenos mais antigos da Terra: a lenta movimentação

das placas tectônicas. Essas imensas camadas sólidas,

que sustentam o território de países, continentes e

oceanos, deslizam sobre o magma, o material em estado

líquido pastoso que compõe o interior do planeta. Como

uma casca de ovo rachada, as placas formam a Iitosfera,

parte dura e externa da Terra. Há milhões de anos, as

placas tectônicas se movem alguns milímetros por ano:

vão uma contra a outra, distanciam-se ou movem-se lado

a lado. Esse movimento é a origem de diversos

fenômenos geológicos, como os terremotos, os vulcões,

a formação de cadeias de montanhas, como os Andes, e

até mesmo os tsunamis, as enormes ondas que arrasam

populações litorâneas.

O movimento tectônico faz com que os limites das

placas se engatem, como botões de uma camisa, o que

provoca acúmulo de energia. Com o passar de décadas

e séculos, pedaços das placas não sustentam tanta

energia acumulada e racham de repente, causando os

abalos sísmicos. O foco dos tremores ocorre entre 10 e

800 quilômetros de profundidade, já nas rochas

superiores do manto terrestre. Os mais rasos costumam

causar maior impacto na superfície, derrubando edifícios,

pontes e provocando pânico. As regiões mais vulneráveis

a terremotos são justamente as que ficam no limite das

placas, como toda a costa oeste da América e leste da

Ásia. Grandes tragédias da história foram causadas por

terremotos no Chile, Equador, Colômbia, na Califórnia

(EUA), no Japão e na Nova Zelândia.

A placa do Pacífico, mais pesada, é forçada a

mergulhar sob a placa Sul-Americana, que se enruga,

criando cordilheiras como os Andes. A placa que fica por

baixo acaba se fundindo ao magma, que pode subir à

superfície em forma de vulcões. É por isso que as áreas

ao redor da placa do Pacífico formam o Cinturão de

Fogo, região que concentra não só terremotos como a

maioria dos vulcões do planeta, como os do Chile, Peru,

México, Japão e Filipinas. O mesmo fenômeno que forma

os Andes na América do Sul cria a fossa das Marianas

no leste da Ásia. A placa do Pacífico se afunda sobre

outra placa oceânica, a das Filipinas, formando uma

região em que o mar ultrapassa 11 quilômetros de

profundidade.

________________________________________________ *Anotações*

EDITORA ABRIL

*1* PLACA DA AMÉRICA DO NORTE E DO CARIBE

Com 70 milhões de quilômetros quadrados, seu

deslocamento horizontal em relação à placa do Pacífico

cria uma fronteira turbulenta. Em um dos limites, na

Califórnia, está a falha de San Andreas, famosa pelos

terremotos arrasadores.

*2* PLACA EURO-ASIÁTICA OCIDENTAL

Com 60 milhões de quilômetros quadrados, sustenta a

Europa, parte da Ásia, do Atlântico Norte e do mar

Mediterrâneo.

*3* PLACA EURO-ASIÁTICA ORIENTAL

Em seu movimento para o leste, esse bloco de 40

milhões de quilômetros quadrados se choca contra a

placa das Filipinas e com a do Pacífico.

*4* PLACA DAS FILIPINAS

Essa placa de “apenas” 7 milhões de quilômetros

quadrados concentra em seus limites quase a metade

dos vulcões ativos do planeta.

*5* PLACA INDO-AUSTRALIANA

O bloco de 45 milhões de quilômetros quadrados que

sustenta a Índia, a Austrália e a Nova Zelândia ruma

velozmente para o norte.

*6* PLACA DA ANTÁRTIDA

É o bloco que dá suporte à Antártida e a uma parte do

Atlântico Sul, em um total de 25 milhões de quilômetros

quadrados.

*7* PLACA DA ÁFRICA

No meio do Atlântico, uma falha submersa abre

caminho para o magma do manto inferior, fazendo com

que esse bloco se afaste progressivamente da placa

Sul-Americana e cresça de tamanho. Atualmente, tem

65 milhões de quilômetros quadrados.

*8* PLACA SUL-AMERICANA

Como o Brasil está bem no meio desse bloco de 32

milhões de quilômetros quadrados, sente pouco os

efeitos de terremotos e vulcões. No centro do

continente, a placa mede 200 quilômetros de

espessura.

*9* PLACA DE NAZCA

A cada ano, essa placa de 10 milhões de quilômetros

quadrados no leste do oceano Pacífico fica 10

centímetros menor pelas trombadas com a placa Sul-

Americana. Esta desliza por cima da placa de Nazca,

colocando vulcões em atividade e elevando mais as

montanhas dos Andes.

*10* PLACA DO PACÍFICO

Com cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados,

está em constante renovação na região do Havaí, onde

o magma sobe e cria ilhas vulcânicas.

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Os terremotos são consequência direta de um dos

fenômenos mais antigos da Terra: a lenta

movimentação das placas tectônicas. Há centenas

de milhões de anos, as placas se aproximam,

distanciam-se uma da outra ou deslizam lado a lado,

fazendo com que suas bordas se engatem. Com o

passar do tempo, pedaços das placas não sustentam

a energia acumulada e racham de repente,

provocando os abalos sísmicos. Por isso, as regiões

mais vulneráveis a terremotos são as que ficam no

limite das placas, como toda a costa oeste da

América e leste da Ásia.

O movimento das placas também cria a maior parte

dos vulcões. Quando uma placa continental encontra

uma placa oceânica, como ocorre com a placa Sul-

-Americana e a do Pacífico, a oceânica é forçada a

mergulhar sob a primeira. Acaba se fundindo ao

magma, que pode subir à superfície na forma de

vulcões. Por isso, as áreas ao redor da placa do

Pacífico formam o Cinturão de Fogo, região que

concentra não só terremotos como também a maioria

dos vulcões do planeta.

A superfície da Terra, chamada de crosta terrestre

ou litosfera, é apenas uma fina camada do planeta,

com cerca de 100 quilômetros. Abaixo dela, há o

manto terrestre, com quase 3.000 quilômetros de

espessura, formado por rochas pastosas a uma

temperatura que vai de 100 ºC a 3.500 ºC. O núcleo

tem mais 3.000 quilômetros de materiais densos,

como ferro e níquel, a mais de 4.000 ºC de

temperatura.

Até 200 milhões de anos atrás, as placas tectônicas

formavam um único continente, a Pangeia. Esse

continente foi se dividindo – ao ritmo de poucos

centímetros por ano. No decorrer de milhões de

anos, formou-se o relevo que conhecemos hoje. As

maiores cordilheiras da Terra, como a dos Andes e a

do Himalaia, foram formadas pelo choque das placas

tectônicas.

Com o passar dos milhões de anos, a ação do Sol,

da chuva e da água do mar fragmenta e decompõe

as rochas. Esse processo, chamado de

intemperismo, dá origem ao solo e à água.

A erosão faz o material decomposto das rochas

preencher depressões, que se transformam nas

bacias sedimentares. O solo dessas bacias se

formou com o lento e contínuo acúmulo de

sedimentos de rochas mais antigas e materiais

orgânicos.

________________________________________________ *Anotações*

********** ATIVIDADES 1 **********

Texto para as questões de 1 a 3.

Tragédia anunciada

Geólogos sabiam que a terra ia tremer no Haiti. E é provável que, nos próximos anos, mais terremotos sacudam o país, como já ocorreu sucessivas vezes no século XVIII

Durante 30

segundos do dia

12 de janeiro de

2010, a terra

tremeu no Haiti e

destruiu 70% dos

prédios de Porto

Príncipe, a

capital. O

terremoto, de

magnitude 7 na

escala Richter,

agravou ainda

mais a miséria

do Haiti, o país

mais pobre da

América. Foram semanas de caos, saques e falta de

água. Ao fim de um mês, mais de 150.000 pessoas

tinham morrido. O pior é que um tremor desses já havia

acontecido antes – e os geólogos sabiam que ele estava

prestes a se repetir.

O Haiti ocupa o terço ocidental da ilha de HispanioIa,

que repousa sobre a fronteira de duas placas tectônicas

– a placa do Caribe e a Norte-Americana. As duas se

distanciam entre si cerca de 2 centímetros por ano. A

placa Norte-Americana se desloca para o oeste e a do

Caribe, para o leste. Nesse movimento, alguns pontos

ficam presos uns aos outros, como botões esticados

numa camisa, acumulando energia. Quando as placas

cedem, a energia é liberada, provocando um imenso

tremor. Isso já ocorreu diversas vezes no Haiti. O país

viveu grandes terremotos em 1751, 1761 e 1770, e

depois disso entrou num período relativamente calmo.

Pelo que se viu em janeiro, essa calmaria das placas

tectônicas acabou.

A tragédia no Haiti teve duas agravantes. A primeira é

que o epicentro foi a apenas 15 quilômetros da zona

central de Porto Príncipe, que tem quase 3 milhões de

habitantes. A segunda é que contribuiu para elevar o

número de vítimas: as construções da cidade não

estavam preparadas para terremotos e o país não tinha

planos de emergência. Dois meses depois do terremoto

do Haiti, um sismo mais forte, de 8,5 graus, sacudiu o

Chile. Apesar da destruição de casas, pontes e viadutos,

o número de mortos foi bem menor que o do Haiti – cerca

de 500 pessoas. Prova de que o Chile está mais bem

preparado para as surpresas da natureza.

Superinteressante, São Paulo, fev. 2010.

FRED DUFOUR / AFP

Terremoto no Haiti em janeiro de 2010: o abalo destruiu 70% dos prédios da

capital e deixou mais de 150.000 mortos

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INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO

O epicentro foi a 10 km de profundidade, e foi liberada energia equivalente a 32 milhões de TNT ou 25 bombas nucleares

.1. (AED-SP)

Por que os geólogos previam que haveria um terremoto

no Haiti?

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.2. (AED-SP)

Que movimento de placas tectônicas iniciou o terremoto?

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.3. (AED-SP)

Quais fatores aumentaram a tragédia iniciada com o

tremor?

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.4. (ENEM-MEC)

A tragédia do Haiti não é apenas produto de uma

natureza insondável. É o resultado da incúria humana; da

corrupção; da miséria material; e da tirania. Eis a tese

apresentada em ensaio fundamental para entender a

contabilidade macabra dos desastres naturais. Foi

publicado em 2005 por Matthew Kahn em revista do

prestigiado MIT. Observando e comparando 73 países

(pobres, médios e ricos), a conclusão de Kahn é

arrepiante: os grandes desastres naturais distribuem-se

equitativamente pelo globo. O que não se distribui

equitativamente pelo globo é o número de mortos: países

com um PIB per capita de US$ 2.000 apresentam uma

média de 944 mortos por ano. Países com um PIB per

capita de US$ 14.000, uma média de 180 mortes. Entre

1980 e 2000, a Índia teve 14 grandes terremotos.

Morreram 32.117 pessoas. No mesmo período, os

Estados Unidos tiveram 18 grandes terremotos.

Morreram 143 pessoas. A disparidade dos mortos

também é imensa entre países democráticos e não

democráticos. O número de mortos em países

democráticos é, mostra Kahn, incomparavelmente inferior

aos mortos anônimos dos regimes ditatoriais/autoritários.

Adaptado de João Pereira Coutinho, O terremoto

da pobreza, Folha de S. Paulo, 19/1/2010.

Conforme o texto, qual afirmação está correta?

(A) O número de mortos por terremoto na Índia entre

1980 e 2000 é até 300% maior que nos Estados

Unidos no mesmo período.

(B) Nos países pobres, onde se constrói sem

planejamento e segurança, os terremotos são mais

comuns.

(C) Países ricos e democráticos são os que, segundo

Matthew Kahn, apresentaram menos terremotos

entre 1980 e 2000.

(D) Existe uma relação diretamente proporcional entre

PIB per capita e mortes decorrentes de terremotos.

(E) Seguindo os cálculos de Khan, a cada 1.000 dólares

de aumento do PIB per capita, há 63 menos mortes

decorrentes de terremotos por ano.

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.5. (INEP-MEC)

Com base na tabela abaixo, analise as afirmações a

seguir.

Era Anos

(aprox.)

Evolução

geológica

Evolução

biológica

4 bilhões

Surgem as

rochas mais

antigas

3,5 bilhões

Primeiros

vestígios de

vida

Pré-

Cambriana

1,8 bilhão Oxigênio

na atmosfera

400 milhões

Primeiras

árvores

gimnospermas

300 milhões

Florestas são

soterradas e

começam a virar

carvão mineral

Répteis

aparecem

220 milhões

A Pangeia

começa

a se dividir

Surgem

dinossauros

e aves

Mesozoica

145 milhões

Formação de

diversas bacias

sedimentares

65 milhões Extinção dos

dinossauros

60 milhões

O Himalaia

e os Alpes

ganham forma

Primeiros

primatas

Cenozoica

4 milhões Surgimento dos

hominídeos

1,8 milhão

Primeiros

utensílios

de pedra

20 mil anos

Término

da última

Idade do Gelo

Extinção

da megafauna

I. Existem bacias sedimentares originadas há

menos tempo que espécies de répteis, aves e

dinossauros.

II. O surgimento dos Alpes favoreceu a extinção

dos grandes mamíferos.

III. Os primeiros humanos chegaram ao território

brasileiro há cerca de 1,8 milhão de anos.

IV. Não havia vertebrados quando a Pangeia

começou a se dividir.

V. Durante o período de existência dos

dinossauros, o monte Everest não existia.

Quais dessas afirmações são verdadeiras?

(A) I, ll e lV.

(B) I e ll.

(C) l e V.

(D) lll e IV.

(E) Nenhuma está correta.

********** ATIVIDADES 2 **********

C2 Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.

.6. (ENEM-MEC)

O desenho do artista uruguaio Joaquín Torres-García

trabalha com uma representação diferente da usual da

América Latina. Em artigo publicado em 1941, em que

apresenta a imagem e trata do assunto, Joaquín afirma:

“Quem e com que interesse dita o que é o norte e o sul?

Defendo a chamada Escola do Sul porque, na realidade,

nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, senão em

oposição ao nosso sul. Por isso colocamos o mapa ao

revés, desde já, e então teremos a justa ideia de nossa

posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta

da América assinala insistentemente o Sul, nosso norte.”

TORRES-GARCÍA, J. Universalismo constructivo.

Buenos Aires: Poseidón, 1941 (com adaptações).

O referido autor, no texto e imagem acima,

(A) privilegiou a visão dos colonizadores da América.

(B) questionou as noções eurocêntricas sobre o mundo.

(C) resgatou a imagem da América como centro do

mundo.

(D) defendeu a Doutrina Monroe expressa no lema

“América para os americanos”.

(E) propôs que o sul fosse chamado de norte e vice-

-versa.

________________________________________________

*Anotações*

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H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.

.7. (ENEM-MEC)

Observe os quadrinhos.

QUINO. Toda Mafalda. 5.ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 221.

Os quadrinhos relacionam-se a um momento histórico

que marcou o século XX. Considerando o contexto

geopolítico, é correto afirmar que o momento em

destaque refere-se

(A) ao avanço da ideologia socialista nos países

ocidentais, que sobrepôs a cultura consumista do

capitalismo.

(B) à decadência dos grandes grupos econômicos nos

países ricos após a crise da bolsa de Nova York em

1929.

(C) à equiparação de poder existente entre o líder do

bloco capitalista (Estados Unidos) e o líder socialista

(União Soviética) durante a Guerra Fria.

(D) à ascensão do capitalismo nos países periféricos

após o fim do socialismo e o equilíbrio criado entre

Estados Unidos e os países da América Latina.

(E) ao declínio da influência soviética, após a queda do

Muro da Vergonha, em Berlim.

H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.

.8. (ENEM-MEC)

O texto refere-se a uma propaganda veiculada pelo

governo de um estado brasileiro.

Terra virgem. Terra que precisa ser possuída. Agora.

Urgente. Terra que dá arroz, algodão, soja, feijão, milho e

tudo mais. Terra que é veio sem fim de amianto, níquel,

ouro, diamante, cristal de rocha, manganês, mica –

minérios que todo mundo está de olho neles. Terra que

engorda gado bom o ano inteiro. Terra para você

trabalhar toda a vida e ganhar sempre. Trabalhar, ganhar

e viver no conforto. Quem busca lucro e paz o negócio é

Goiás. Matéria-prima farta, mão de obra barata. Energia

elétrica à vontade. Estradas asfaltadas. Crédito fácil e a

longo prazo. (...)

Revista Realidade/Amazônia, Editora Abril.

A propaganda refere-se

(A) ao processo de colonização desencadeado por

ingleses e portugueses no continente americano

durante os séculos XVIII e XIX.

(B) à expansão das fronteiras agrícolas incentivadas

pelo governo nos anos de 1970.

(C) à ocupação do planalto central durante a colonização

portuguesa no Brasil.

(D) à política de criação e desenvolvimento da Amazônia

Legal no Brasil.

(E) ao incentivo de ocupação do Nordeste, no século

XX.

.9. (ENEM-MEC)

Quando acontece uma seca, no Nordeste toda a

estrutura sofre, mas o peso maior é suportado pelos que

estão embaixo. A seca, na verdade, é o colapso da

produção agrícola e esse colapso se traduz em fome [...]

quando ocorre, se lança mão de uma ajuda de

emergência [...] mas é preciso estar preparado [...]. É

preciso que esses projetos não fiquem sendo

manipulados pelos grupos locais.

Celso Furtado. In: OLlVA, Jaime; GIANSANTI, Roberto. Temas

da geografia do Brasil. São Paulo: Atual, 1999, p. 196.

Levando em consideração o texto, sobre o problema da

seca no Nordeste brasileiro, é correto afirmar que

(A) os projetos para evitar as secas têm sido

implantados corretamente pelos políticos locais.

(B) o pequeno agricultor foi beneficiado pela ajuda dos

vários níveis de governo e das elites locais.

(C) a manipulação do dinheiro público pela elite local

provoca a chamada indústria da seca.

(D) a dinâmica climática leva as secas ao Nordeste, mas

permite o desenvolvimento agrícola.

(E) existem projetos permanentes de ajuda aos

agricultores, mantidos pelos grupos locais, uma vez

que as secas são previsíveis.

________________________________________________ *Anotações*

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 32

*MÓDULO 2*

Natureza brasileira – Biodiversidade

Beleza sob risco

A serra do Mar é uma cadeia de montanhas antigas

que se estende por cerca de 1.000 quilômetros do

Espírito Santo a Santa Catarina. Ela corre mais ou

menos paralelamente à costa brasileira. Em algumas

regiões, suas montanhas são mais próximas ao mar,

como em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, ou Ubatuba,

litoral norte de São Paulo. Em outras, como no sul de

São Paulo, a serra fica mais distante, dando espaço para

uma planície com dezenas de quilômetros entre o mar e

as montanhas. A altura dos morros varia de 1.200 a

2.000 metros, tornando as áreas capazes de abrigar

diversos tipos da mata Atlântica. O conjunto de morros

recebe nomes diferentes em cada região, como serra do

Tabuleiro, em Santa Catarina, serra da Graciosa, no

Paraná, serra da Bocaina ou dos Órgãos, no Rio de

Janeiro.

Uma das regiões mais belas do Brasil, a serra do Mar

é também um local perigoso. O solo das encostas é uma

camada fina, de 1 a 2 metros de terra e fragmentos de

rocha que se desprenderam do maciço rochoso. Quando

chove, a água se infiltra nas frestas das rochas que estão

expostas, tornando a base escorregadia. A água da

chuva também fica retida nos arbustos e árvores, que

muitas vezes passam de 5 metros de altura. Como a

maioria deles tem raízes curtas, a vegetação acaba

fazendo peso sobre as rochas, potencializando o

deslizamento. Quanto maior o declive das montanhas,

mais raso é o solo, pois o material decomposto por

intemperismo das rochas é rapidamente levado, pela

ação da chuva ou mesmo do vento, para as regiões mais

baixas. Por isso, no pico das montanhas a rocha costuma

ficar exposta, como o Dedo de Deus, no Rio de Janeiro,

e o Marumbi, no Paraná. O relevo íngreme faz da serra

do Mar a região com o maior risco de erosão em todo o

Brasil (veja o mapa abaixo). Esse fenômeno natural, que

ocorre há milhões de anos, é potencializado pelo corte

das árvores e pela construção de casas nas encostas.

Sem a cobertura vegetal para absorver e reter a água,

a erosão (ou seja, o transporte de terra morro abaixo) se

multiplica, alterando o relevo e causando mais

deslizamentos. A lama erodida acaba em rios – que

deixam de ter água cristalina e ganham tons de lama. Por

isso, quando o crescimento das grandes cidades chega à

serra, o resultado nem sempre é harmônico. No verão,

época de mais chuvas no Sul e no Sudeste, a água leva

o solo, as árvores e muitas casas.

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 33

A serra do Mar é a região brasileira mais propensa à

erosão. O solo das montanhas é uma camada fina,

de 1 a 2 metros de terra, sobre uma rocha maciça e

lisa. Os deslizamentos acontecem nas épocas de

chuva porque a água torna as rochas mais lisas e faz

a vegetação e as construções pesar sobre a rocha.

Os rios que cortam a Amazônia formam a bacia

hidrográfica do Amazonas, a maior do mundo, onde

circula cerca de 60% da água doce do Brasil. Esses

rios são formados pela água que desce da

cordilheira dos Andes, do planalto das Guianas e do

planalto central. O principal deles, o rio Amazonas,

percorre, dos Andes até o oceano Atlântico, 7.000

quilômetros.

A Amazônia é a região mais poluidora do Brasil. Dos

mais de 2 bilhões de gases do efeito estufa que o

Brasil emite a cada ano, cerca de 60% vêm de lá.

Isso ocorre por causa do desmatamento, que libera

na atmosfera o carbono que constitui as plantas.

Outro motivo é a geração de energia por meio de

termelétricas movidas, sobretudo, a óleo diesel. Esse

tipo de fonte energética é muito mais poluidor que as

hidrelétricas.

O desmatamento da Amazônia diminuiu nos últimos

anos. Em 2004, 27.000 quilômetros quadrados da

floresta foram derrubados. Entre agosto de 2007 e

julho de 2008, a taxa havia caído para menos da

metade: 12.000 quilômetros quadrados. Mesmo

assim, a situação ainda preocupa. Estima-se que

17% da vegetação amazônica já tenha sido

desmatada. As áreas mais propensas à exploração

humana são as bordas da floresta: Rondônia, o norte

de Mato Grosso, o sul do Pará e o norte do

Maranhão, que formam o que os ambientalistas

chamam de Arco do Desmatamento. Quase 80% das

áreas que sofreram desmatamento se situam a até 5

quilômetros das estradas.

A transposição do rio São Francisco consiste em

desviar parte da água do maior rio do Nordeste por

meio de dutos e canais. Essa água alimentaria rios

menores e açudes que secam durante a estiagem na

região do semiárido. O empreendimento pode dar

mais um empurrão à agricultura nordestina, que vem

crescendo com a exportação de frutas. Mas a obra

de transposição é alvo de críticas. Opositores dizem

que o projeto trará grandes impactos ambientais à

região.

________________________________________________ *Anotações*

********** ATIVIDADES 1 **********

Texto para as questões 1 e 2.

Filme antigo

A cada verão, a falta de planejamento no Brasil causa desastres que poderiam ser evitados

Enchente em São Paulo: entre o fim de 2009 e o início de 2010, a cidade registrou o maior índice de chuvas em dez anos

MAURÍCIO LIMA / AFP

Todos os anos, chuvas de verão derrubam pontes,

fecham estradas, deixam milhares de brasileiros

desabrigados, matam. Em seguida, autoridades partem

em romaria para os locais afetados, fazem discursos

compadecidos e prometem verbas ou obras

emergenciais, como se tivessem sido colhidas de

surpresa pela catástrofe. Na virada de 2010, 126

pessoas morreram no Rio de Janeiro, em São Paulo e no

Rio Grande do Sul, os estados mais atingidos pela

chuva. Entre eles, a cidade de Angra dos Reis, no Rio de

Janeiro, é o caso mais dramático e, também, o retrato

mais preciso do conjunto de fatores que desencadeia

esse tipo de tragédia. Ali, morreram 52 pessoas na virada

do ano, vítimas de deslizamentos de encostas. Tudo era

previsível. Na bela região em torno da baía de Angra,

com suas 365 ilhas e mais de 2.000 praias, chove quase

o dobro da média do Rio de Janeiro, e a instabilidade das

encostas é conhecida. Em 2002, 39 pessoas morreram

em Angra num deslizamento com características

semelhantes às de agora. Apesar disso, nunca foi feito

um mapa geológico para verificar quais terrenos são

impróprios para construção.

É verdade que, do começo de dezembro até a

primeira semana de janeiro, caiu o dobro de água do que

se esperava. Foi o maior índice em dez anos. Mas não é

essa a principal explicação para o que aconteceu na

cidade, que experimentou um vertiginoso crescimento

populacional a partir dos anos 1970. A construção da

Rodovia Rio-Santos aumentou o fluxo de turistas, e

grandes obras, como a usina nuclear de Angra 1,

levaram multidões de trabalhadores à região. A

população do município teve um crescimento de quase

três vezes a média brasileira no período. E num local

onde o problema de espaço é crônico. Espremida entre a

serra e o mar, a cidade não tem para onde crescer.

Casas e casebres foram se aglomerando no pé dos

morros e, quando não havia espaço, em cima deles.

Hoje, 60% dos moradores vivem em áreas de encosta,

uma área que, há muito tempo se sabe, tem alto risco de

deslizamento.

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 34

Em Ilha Grande, morreram 31 pessoas soterradas.

Elas estavam na pousada Sankay e em cinco outras

residências engolidas por uma avalanche na madrugada

do dia 1.º de janeiro. A pousada tinha licença de

funcionamento da prefeitura, mas não a licença

ambiental do estado. Mesmo se tivesse, o risco de

deslizamento da encosta não teria sido analisado. As

casas atingidas no morro da Carioca, no centro de Angra,

onde morreram 21 pessoas, tampouco tinham licença.

Antes da tragédia, porém, a prefeitura dispunha de um

programa para levar saneamento e iluminação pública

para aquela área, como se não houvesse um grave

problema de segurança. Como se não bastasse, existe

um impressionante histórico de corrupção nos órgãos

responsáveis pela fiscalização da ocupação do solo em

Angra dos Reis. Entre 2006 e 2007, 44 funcionários da

prefeitura, do governo estadual e do Ibama foram presos

por vender pareceres técnicos favoráveis às construções.

Veja, 13/1/2010 (adaptado).

.1. (AED-SP)

Os deslizamentos nas encostas de Angra dos Reis eram

previsíveis? Por quê?

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

.2. (AED-SP)

De acordo com o texto, o que aconteceu com a

população de Angra dos Reis nos últimos anos?

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

.3. (INEP-MEC)

Com base na figura abaixo, analise as afirmações a

seguir.

INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO

I. A figura mostra três formas comuns de relevo

brasileiro: várzea (vale), montanha e planície.

II. Nas cidades brasileiras, é comum as populações

mais pobres ocuparem a várzea, área menos

valorizada e sujeita a enchentes.

III. As áreas mais baixas, na várzea do rio,

abrigaram diversas cidades antigas e medievais

na Europa e na Ásia.

Quais afirmações estão corretas?

(A) I e II, apenas.

(B) I e III, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) Nenhuma está correta.

(E) Todas estão corretas.

.4. (ENEM-MEC)

Ministério do Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação.

Analisando-se os dados do gráfico acima, que remetem a

critérios e objetivos no estabelecimento de unidades de

conservação no Brasil, constata-se que

(A) o equilíbrio entre unidades de conservação de

proteção integral e de uso sustentável já atingido

garante a preservação presente e futura da

Amazônia.

(B) as condições de aridez e a pequena diversidade

biológica observadas na Caatinga explicam por que

a área destinada à proteção integral desse bioma é

menor que a dos demais biomas brasileiros.

(C) o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pampa, biomas mais

intensamente modificados pela ação humana,

apresentam proporção maior de unidades de

proteção integral que de unidades de uso

sustentável.

(D) o estabelecimento de unidades de conservação deve

ser incentivado para a preservação dos recursos

hídricos e a manutenção da biodiversidade.

(E) a sustentabilidade do Pantanal é inatingível, razão

pela qual não foram criadas unidades de uso

sustentável nesse bioma.

.5. (FUVEST-SP)

Numa casa localizada em uma encosta, o terreno

onde é construída a moradia fica completamente

encharcado em épocas de chuvas, em razão das águas

que descem do telhado e do talude adjacente. A encosta

assim exposta, sujeita à alta taxa de infiltração, põe a

casa em risco, pelo risco de deslizamentos em períodos

de chuva. É possível atenuar os deslizamentos nos

morros por meio de microdrenagem, um sistema de

canaletas e tubulações. Calhas são instaladas no telhado

da casa para recolher a água da chuva, e o excedente de

água é conduzido para uma canaleta ao pé do talude.

Manual de Ocupação de Morros na Região

Metropolitana de Recife (adaptado).

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 35

Sobre o sistema de microdrenagem, é incorreto afirmar

que:

(A) A maioria dos deslizamentos acontece na época das

chuvas porque a água pesa sobre a terra, que não

consegue se sustentar sobre as rochas e desliza.

(B) A água que cai dos telhados das casas aumenta a

possibilidade de deslizamentos.

(C) A drenagem contém a água da chuva nos morros,

como faz a vegetação em encostas ainda não

ocupadas pelo homem.

(D) Os sistemas de microdrenagem podem vir

acompanhados de outras obras de pavimentação,

como calçadas e escadarias nos morros.

(E) Cada casa precisa ter canaletas de drenagem

conectadas ao sistema principal.

.6. (INEP-MEC)

Em janeiro de 2008, o Ministério do Meio Ambiente

divulgou uma relação contendo os 36 municípios

apontados como os campeões no desmatamento da

Amazônia. Na lista, estão 19 municípios de Mato Grosso,

12 do Pará, quatro de Rondônia e um do Amazonas. As

informações sobre o desmatamento na Amazônia

demonstram, em uma primeira análise, que sua

ocorrência é predominante, sobretudo, nas regiões:

(A) de expansão da fronteira agrícola e da atividade

pecuária.

(B) de forte expansão urbana e industrial.

(C) com elevados índices de crescimento da indústria da

construção civil.

(D) com maior potencial de consumo local da madeira.

(E) nas áreas de fronteira com o Peru e a Colômbia.

.7. (ENEM-MEC)

O gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amazônia,

em km2, a cada ano, no período de 1988 a 2008.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

As informações do gráfico indicam que

(A) o maior desmatamento ocorreu em 2004.

(B) a área desmatada foi menor em 1997 que em 2007.

(C) a área desmatada a cada ano manteve-se constante

entre 1998 e 2001.

(D) a área desmatada por ano foi maior entre 1994 e

1995 que entre 1997 e 1998.

(E) o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é

maior que 60.000 km2.

********** ATIVIDADES 2 **********

H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

.8. (ENEM-MEC)

Uma característica do mundo atual é a formação de

blocos com o objetivo de integração. Por exemplo, a UE

(União Europeia), o Nafta (integrando Estados Unidos,

Canadá e México) e o Mercosul (envolvendo Brasil,

Argentina, Uruguai e Paraguai).

A principal característica da formação dos blocos citados

no texto é de natureza

(A) religiosa.

(B) política.

(C) econômica.

(D) geográfica.

(E) social.

H10 Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

.9. (ENEM-MEC)

No Brasil [...] os escravos foram os ombros, as costas

e as pernas que fizeram andar a Colônia e, mais tarde, o

Império. Foram o ventre que gerou uma imensa

população mestiça e o seio que amamentou os filhos dos

senhores. Deixaram uma herança profunda: em 500 anos

de história, o Brasil teve três séculos e meio de regime

escravocrata contra apenas um de trabalho livre.

Eduardo Bueno. Brasil: uma história. 2.ª ed.

São Paulo: Ática, 2003, p. 118-119.

Analisando o fragmento, é correto afirmar que

(A) o Brasil é fruto de um processo de exploração e

miscigenação relacionado com a escravização de

africanos.

(B) a cultura africana enraizou-se na Colônia brasileira e

tornou-se padrão dominante a partir do século XVI.

(C) em 150 anos de trabalho livre, o negro ascendeu

socialmente, anulando as consequências da

escravidão.

(D) por meio do sacrifício dos africanos e indígenas

escravizados, o Brasil adquiriu status de nação

desenvolvida.

(E) a escravidão de africanos foi a única forma de

trabalho compulsório existente na época colonial.

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 36

*MÓDULO 3*

Recursos naturais – Água

A globalização da água

Você já ouviu falar de água virtual? Não se trata de

nenhum líquido que corre entre os sites da internet, mas

aquela água que consumimos sem saber quando

compramos roupas, alimentos e qualquer outro produto

industrializado. A água virtual, somada à água consumida

diretamente por um indivíduo ou uma população, recebe

o nome de pegada hídrica. A pegada hídrica leva em

conta não apenas a água agregada aos produtos, mas

também o volume poluído na cadeia produtiva.

Nem todos os países deixam uma pegada hídrica

equivalente à disponibilidade de água em seu território. A

razão desse descompasso nas contas é a importação de

bens: as nações pobres em água compram do

estrangeiro alimentos e produtos industriais e, com eles,

importam – na forma de água virtual – o recurso coletado

de bacias hidrográficas de outras regiões do globo.

A Jordânia, por exemplo, retira a cada ano apenas 1

bilhão de metros cúbicos de água de seus rios e

aquíferos. Mas consome até sete vezes mais água (na

forma virtual) contida nos produtos que importa. É por

esse mecanismo que os chineses afetam as bacias

hidrográficas brasileiras quando compram nosso frango

e, no sentido inverso, os brasileiros consomem parte da

água das bacias chinesas em cada eletroeletrônico made

in China. A globalização, que tornou interdependentes os

mercados espalhados pelo planeta, reforçou, também, o

comércio internacional de água virtual.

Entre 1997 e 2001, o comércio internacional transferiu

de um país a outro algo em torno de 1 trilhão de metros

cúbicos de água virtual por ano, apenas em produtos

agropecuários. Se incluirmos aí os produtos industriais, o

fluxo anual de água virtual superou o 1,6 trilhão de

metros cúbicos.

Desse total, 61% do volume viaja invisivelmente em

grãos, e outros produtos vegetais, animais e derivados

representam 17%. Os produtos industriais utilizam 22% –

ou seja, 88% da água virtual transferida entre nações diz

respeito diretamente à alimentação da humanidade.

O Brasil está entre os maiores exportadores de água

virtual do mundo, ao lado dos Estados Unidos, do

Canadá e da França. Mas, como todas as demais

nações, também importamos água virtual. No saldo final

– a diferença entre exportação e importação –, algumas

ganham mais do que transferem. Os EUA, por exemplo,

perderam entre 1997 e 2001 mais de 53 bilhões de

metros cúbicos por ano. Já a Alemanha ganhou 35

bilhões. No mesmo período, o Brasil exportou a cada ano

67,8 bilhões de metros cúbicos – 97% na forma de

produtos agropecuários – e teve um saldo negativo de

quase 45 bilhões de metros cúbicos.

O comércio de água virtual tem um lado bom e outro

nem tanto. O aspecto positivo é que essa transferência

de água entre as nações alivia a escassez hídrica nos

países mais carentes de mananciais. A exportação,

nesse caso, funciona como uma espécie de instrumento

de democratização do bem natural. Por outro lado, a

produção de mais alimentos para vender a outras nações

exerce pressão sobre os mananciais dos países

exportadores.

INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 37

A água utilizada pelas residências, para as pessoas

matarem a sede ou tomarem banho, significa apenas

10% do consumo mundial. Os restantes 90% são

utilizados em processos industriais e no campo.

Cerca de 70% do que é extraído dos rios e aquíferos

se destina à produção agropecuária.

Chama-se água virtual a quantidade hídrica

consumida em produtos industrializados e alimentos.

Desse modo, a água virtual pode ser exportada na

forma de produtos. A soma da água virtual, da água

de consumo residencial e daquela que foi poluída

durante o consumo ganha o nome de pegada

hídrica.

As chuvas acima da média na região Sudeste do

Brasil, no início de 2010, relacionam-se ao fenômeno

climático EI Niño. Trata-se do aquecimento anormal

(3 ºC a 7 ºC acima da média) nas águas da

superfície do oceano Pacífico próximas à costa da

América do Sul, combinado com o enfraquecimento

dos ventos alísios. Em vez da velocidade habitual de

15 metros por segundo (m/s) de leste para oeste, os

ventos sopram a 2 m/s. Isso faz com que a água

aquecida na região equatorial não seja levada em

direção à Indonésia, como normalmente ocorre. As

massas de ar quentes e úmidas acabaram chegando

ao Sudeste brasileiro.

Os mananciais são rios, lagos, represas e lençóis

freáticos que asseguram a água para o

abastecimento público. Merecem um cuidado

especial, já que, quando malconservados, exigem

gastos muito maiores no tratamento de água. Em

grandes metrópoles, a explosão da população

provocou a construção de casas até mesmo em

áreas de mananciais protegidas por leis ambientais.

O vaso sanitário é o campeão do consumo

doméstico. Mais da metade do consumo residencial

se dá com o chuveiro, a descarga e com simples

vazamentos. Somente em São Paulo, a água que

escorre por canos antigos ou malconservados

poderia abastecer mais de 2 milhões de pessoas.

********** ATIVIDADES 1 **********

Texto para as questões de 1 a 3.

Líquido de comer

O consumo doméstico representa apenas 10% do total. A maior parte dos gastos de água ocorre na produção de alimentos

Bastam 50 litros de água por dia para que uma

pessoa mantenha a higiene, mate a sede e prepare as

refeições. Mas, quando se inclui no cálculo a água

necessária para produzir os alimentos básicos que

chegam à nossa mesa, cada cidadão precisa de muito

mais – algo em torno de 3.600 litros por dia. Isso significa

que, no decorrer de um ano, uma pessoa precisa de mais

de 1 milhão de litros, cerca de dois quintos do volume de

uma piscina olímpica. Mas a água que se usa em casa,

aquela que sai de torneiras e chuveiros, representa uma

pequena parcela de tudo o que cada cidadão consome –

no total, apenas 10% do consumo mundial. Para o

consumidor doméstico, os restantes 90% vêm na forma

de água invisível, dissolvida nos mais diferentes produtos

e atividades. A agricultura e a pecuária são, de longe, as

atividades responsáveis pela maior parte do consumo de

água. Cerca de 70% do que é extraído dos rios e

aquíferos se destina à produção agropecuária. Para

garantir safras de arroz, trigo e leite, o homem reduziu a

vazão de grandes rios.

Considere o seguinte café da manhã reforçado: uma

xícara de café, um copo de leite, uma fatia de pão, outra

de queijo, um ovo quente e um copo de suco de laranja.

Quem ingerir essa refeição consumirá indiretamente mais

de 600 litros de água – o volume utilizado para irrigar as

plantações de café, de laranja e de trigo e para matar a

sede do gado que deu o leite e alimentar com ração a

ave que botou o ovo. Se nosso convidado para o café da

manhã estiver usando uma camiseta de algodão e um

tênis de couro, a dívida para com as fontes hídricas

mundiais subirá mais 10.000 litros. Isso sem contar a

água empregada na fabricação da mesa e das cadeiras

da sala, a eletricidade consumida pela geladeira na qual

os alimentos foram conservados, o combustível utilizado

no transporte dos alimentos do campo para as prateleiras

do supermercado etc. Enfim, tudo o que a sociedade

moderna consome, de alimentos e ligas metálicas a

eletricidade e petróleo, só existe porque a água foi

utilizada, como matéria-prima ou como insumo, na

produção do bem ou do serviço.

Superinteressante, São Paulo, dez. 2009.

.1. (AED-SP)

Em que atividade é gasta a maior parte da água doce do

mundo?

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

.2. (AED-SP)

Ao todo, quanto de água um cidadão necessita por dia,

em média?

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

.3. (AED-SP)

É correto afirmar que a água é uma matéria-prima?

Justifique sua resposta.

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 38

.4. (FUVEST-SP)

Observe os dados contidos na tabela a seguir:

UFSCar 2004 – Adaptado de Pearson apud Sene & Moreira, 2002 e World Bank Atlas, 2000.

Considere as afirmações:

I. Geleiras e neve são a segunda fonte de água

potável mais utilizada pelo homem.

II. Duas regiões chamam atenção pela pouca

disponibilidade de água e presença de climas

áridos: o Oriente Médio e o norte da África.

III. As chamadas águas de superfície representam

uma fração mínima da água doce disponível no

mundo.

São corretas as afirmações:

(A) I e ll, apenas. (D) I, II e III.

(B) l e lll, apenas. (E) n. d. a.

(C) ll e lll, apenas.

.5. (ENEM-MEC)

A situação atual das bacias hidrográficas de São

Paulo tem sido alvo de preocupações ambientais: a

demanda hídrica é maior que a oferta de água e ocorre

excesso de poluição industrial e residencial. Um dos

casos mais graves de poluição da água é o da bacia do

alto Tietê, onde se localiza a região metropolitana de São

Paulo. Os rios Tietê e Pinheiros estão muito poluídos, o

que compromete o uso da água pela população.

Avalie se as ações apresentadas abaixo são adequadas

para se reduzir a poluição desses rios.

I. Investir em mecanismos de reciclagem da água

utilizada nos processos industriais.

II. Investir em obras que viabilizem a transposição

de águas de mananciais adjacentes para os rios

poluídos.

III. Implementar obras de saneamento básico e

construir estações de tratamento de esgotos.

É adequado o que se propõe

(A) apenas em I. (D) apenas em II e III.

(B) apenas em II. (E) em I, II e III.

(C) apenas em I e III.

.6. (INEP-MEC)

Consumo mundial de água por setor, segundo a renda dos países (em%)

O consumo de água é maior:

(A) Na agricultura mundial, devido à produção de

biocombustíveis.

(B) Nos domicílios que na agricultura, nos países de

industrialização tardia.

(C) No setor domiciliar, em países de renda média com

altos índices de urbanização.

(D) Na indústria que na agricultura, em países da

primeira revolução industrial.

(E) Na agricultura, em países com uso intensivo do solo

e de renda elevada.

.7. (INEP-MEC)

INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO

Fonte: Veja, 10/2/2010.

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SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 39

O verão 2009/2010 bateu recordes de índices

pluviométricos no Sudeste brasileiro, com sérias

consequências para a população da região. No

infográfico apresentado, podemos observar as principais

causas desse excesso de chuva. De acordo com os

mecanismos descritos, não podemos afirmar que:

(A) O fenômeno do EI Niño tem relação com a oscilação

de temperatura do oceano Pacífico.

(B) A média de temperatura de São Paulo em 2010

excedeu em 1,4 grau a média considerada normal

para o estado.

(C) A grande evaporação das águas do Atlântico

contribui para a alta pluviosidade.

(D) A umidade que chegou a São Paulo foi gerada em

diversas regiões, exceto na Amazônia, que se situa

muito distante da região Sudeste.

(E) As chuvas que caíram no inverno também

contribuíram, indiretamente, para o aumento da

pluviosidade no verão.

.8. (ENEM-MEC)

Os ingredientes que compõem uma gotícula de

nuvem são o vapor de água e um núcleo de

condensação de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo,

que consiste em uma minúscula partícula em suspensão

no ar, o vapor de água se condensa, formando uma

gotícula microscópica, que, devido a uma série de

processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva.

Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de

NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas,

na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à

superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram

gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas

por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas

de quilômetros de seu local de origem, exportando as

partículas contidas no interior das gotas de chuva. Na

Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais

altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação

natural é altamente eficiente.

Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos

à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos

ciclos naturais está sendo alterada. As emissões de

poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da

seca, modificam as características físicas e químicas da

atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento,

com modificação do perfil natural da variação da

temperatura com a altura, o que torna mais difícil a

formação de nuvens.

Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer

chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11,

abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).

Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende

fundamentalmente

(A) da produção de CO2 oriundo da respiração das

árvores.

(B) da evaporação, da transpiração e da liberação de

aerossóis que atuam como NCNs.

(C) das queimadas, que produzem gotículas

microscópicas de água, as quais crescem até se

precipitarem como chuva.

(D) das nuvens de maior altitude, que trazem para a

floresta NCNs produzidos a centenas de quilômetros

de seu local de origem.

(E) da intervenção humana, mediante ações que

modificam as características físicas e químicas da

atmosfera da região.

.9. (ENEM-MEC)

O aquífero Guarani,

megarreservatório

hídrico subterrâneo da

América do Sul, com

1,2 milhão de km2, não

é o “mar de água doce”

que se pensava existir.

Enquanto em algumas

áreas a água é

excelente, em outras, é

inacessível, escassa ou

não potável. O aquífero

pode ser dividido em

quatro grandes compartimentos. No compartimento

Oeste, há boas condições estruturais que proporcionam

recarga rápida a partir das chuvas e as águas são, em

geral, de boa qualidade e potáveis. Já no compartimento

Norte-Alto Uruguai, o sistema encontra-se coberto por

rochas vulcânicas, a profundidades que variam de 350 m

a 1.200 m. Suas águas são muito antigas, datando da

Era Mesozoica, e não são potáveis em grande parte da

área, com elevada salinidade, sendo que os altos teores

de fluoretos e de sódio podem causar alcalinização do

solo.

Scientific American Brasil, n.º 47, abr./2006 (com adaptações).

Em relação ao aquífero Guarani, é correto afirmar que

(A) seus depósitos não participam do ciclo da água.

(B) águas provenientes de qualquer um de seus

compartimentos solidificam-se a 0 ºC.

(C) é necessário, para utilização de seu potencial como

reservatório de água potável, conhecer

detalhadamente o aquífero.

(D) a água é adequada ao consumo humano direto em

grande parte da área do compartimento Norte-Alto

Uruguai.

(E) o uso das águas do compartimento Norte-Alto

Uruguai para irrigação deixaria ácido o solo.

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********** ATIVIDADES 2 **********

C4 Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.

.10. (ENEM-MEC)

Depois de lutar contra a exploração capitalista, os

trabalhadores têm agora que lutar contra a falta dela. Do

sistema de exploração passiva para uma situação de

exclusão porque os grandes centros capitalistas

precisam cada vez menos do trabalho...

Adaptado de KURZ, R. O Colapso da Modernização.

São Paulo: Paz e Terra, 1992.

Ao mencionar, no texto, a situação de exclusão dos

trabalhadores, o autor refere-se

(A) ao crescimento dos governos socialistas que,

tomando para o Estado as empresas privadas,

despedem os trabalhadores para empregar

funcionários públicos.

(B) ao crescimento de forças sindicais muito mais

representativas dos interesses das empresas do que

dos direitos dos trabalhadores.

(C) à redução da participação da mão de obra nas

indústrias como resultado da utilização de

tecnologias modernas de produção.

(D) ao contrato de aumento salarial para uma parte dos

trabalhadores em troca da demissão dos operários

mais qualificados.

(E) aos baixos salários pagos aos trabalhadores,

impossibilitados de competir com as máquinas.

H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.

.11. (ENEM-MEC)

O texto trata de um exemplo da atual distribuição

espacial das indústrias.

(...) Um carro esporte Mazda é desenhado na

Califórnia, financiado por Tóquio; o protótipo é criado em

Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos Estados

Unidos e no México, usando componentes eletrônicos

inventados em Nova Jersey e fabricados no Japão (...)

ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. In O trabalho

na Economia Global. CARMO, Paulo Sérgio do,

Coleção Polêmica. Editora Moderna, 1998.

A principal característica das indústrias, abordada no

texto, é

(A) a centralização de todos os setores da indústria em

áreas de grande disponibilidade de matérias-primas.

(B) a dispersão dos setores da indústria para países da

América do Sul com grande mercado consumidor.

(C) a concentração dos setores da indústria em países

ricos, de alta tecnologia e mão de obra barata.

(D) a descentralização dos setores da indústria como

resultado da ampliação dos meios de transporte e

comunicação, barateando os custos.

(E) a independência dos setores industriais, dificultando

a globalização.

.12. (ENEM-MEC)

(...) O cidadão norte-americano desperta num leito

construído segundo padrão originário do Oriente

Próximo, mas modificado na Europa setentrional, antes

de ser transmitido à América. Sai de baixo de cobertas

feitas de algodão, cuja planta se tornou doméstica na

Índia; ou de linho ou de lã de carneiro, um e outro

domesticados no Oriente Próximo; ou de seda cujo

emprego foi descoberto na China. Todos esses materiais

foram fiados e tecidos por processos inventados no

Oriente Próximo. Ao levantar da cama faz uso dos

mocassins que foram inventados pelos índios das

florestas do leste dos EUA e entra no quarto de banho

cujos aparelhos são uma mistura de invenções europeias

e norte-americanas, uma e outras recentes (...)

LlNTON, Ralph. O Homem: Uma Introdução à Antropologia.

8.ª ed. São Paulo: Martins, 1971.

Pode-se afirmar que os diversos produtos destacados no

texto foram

(A) incorporados e consumidos apenas nos países ricos.

(B) incorporados sucessivamente por diversos povos ao

longo do tempo.

(C) criados por muitos povos e industrializados apenas

nos Estados Unidos.

(D) incorporados apenas pelo cidadão norte-americano.

(E) a superioridade dos EUA com relação ao conforto

dos cidadãos.

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*Anotações*

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*MÓDULO 4*

Meio ambiente – Aquecimento global

Fenômeno útil

Muita gente até se arrepia quando ouve falar em

efeito estufa. E não é de frio – até porque o efeito estufa

está relacionado a calor –, mas de susto mesmo. Afinal,

sempre se diz que ele é o grande vilão do aquecimento

global. Mas uma coisa precisa ficar clara: é graças a ele

que existe vida em nosso planeta. O efeito estufa é um

fenômeno natural que faz com que a temperatura média

do globo se conserve nos limites necessários para a

manutenção da vida, em torno de 14,5 ºC. Ele ocorre

graças a gases como o carbono, que existem

naturalmente na atmosfera e impedem a dissipação para

o espaço de parte da radiação vinda do Sol que é

absorvida e refletida pela Terra (veja o infográfico

abaixo). O problema é que, devido à ação do homem –

sobretudo por meio da emissão de gases poluentes e da

queima de florestas –, esse benéfico cobertor atmosférico

está se transformando num forno.

Há tempos o uso maciço de combustíveis fósseis

(carvão e petróleo) e a utilização predatória da terra

(desmatamentos, queimadas, depósitos de lixo) vêm

liberando na atmosfera uma imensa quantidade de gases

que retêm calor. Acredita-se que, por isso, a temperatura

do planeta tem aumentado progressivamente.

Essa foi a principal conclusão do 4.º Painel

lntergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC),

divulgado pela ONU em 2007. A principal evidência que

sustentou o relatório foi a relação direta entre o aumento

da temperatura global e o aumento da concentração de

CO2 na atmosfera. Rebatendo o relatório do IPCC, outros

cientistas afirmam que a Terra já teria passado por

diversas mudanças climáticas no decorrer dos séculos,

independentemente da ação do homem. Mesmo assim,

fenômenos explícitos, como o derretimento de geleiras e

a morte de ursos-polares em blocos de gelo

despedaçados, contribuíram, em 2007, para um alarme

generalizado sobre o aquecimento global.

Soluções para estancar o problema consistem em

utilizar aparelhos e equipamentos que consumam menos

energia, cortar a emissão de carbono das queimadas de

florestas e o uso de combustíveis fósseis. Nesse sentido,

um exemplo bem-sucedido foi a redução da emissão

mundial de gases clorofluorclorados (CFC), que

atacavam a camada de ozônio. Estudos recentes já

apontam uma redução significativa no tamanho do

buraco.

Fonte: Guia do Estudante – Geografia, Vestibular + ENEM 2009.

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O efeito estufa é um fenômeno natural que faz com

que a temperatura média do globo se conserve nos

limites necessários para a manutenção da vida, em

torno de 14,5 ºC. Ele ocorre graças a gases como o

carbono, que existem naturalmente na atmosfera e

impedem a dissipação para o espaço de parte da

radiação vinda do Sol que é absorvida e refletida

pela Terra. O problema é que, devido à ação do

homem – sobretudo por meio da emissão de gases

poluentes e da queima de florestas –, esse benéfico

cobertor atmosférico está se transformando num

forno.

Os clamores sobre o aquecimento global ganharam

eco em 2007, quando o derretimento de geleiras e as

imagens de ursos-polares em blocos de gelo

despedaçados deram sinais evidentes de que o

planeta estava esquentando. O 4.º Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC),

daquele ano, vinculou o aumento da temperatura

global ao aumento da concentração de CO2 na

atmosfera.

Entre o fim de 2009 e o começo de 2010, o IPCC

sofreu um revés quanto à validade de suas

informações. A liberação de uma série de e-mails

trocados por cientistas da Unidade de Pesquisa

Climática de East Anglia, na Grã-Bretanha, mostrou

que eles exageravam nos números sobre o aumento

da temperatura.

Os cientistas que negam o aquecimento global ou

seus riscos afirmam que não há base científica para

prever, com antecedência de décadas, como será o

clima da Terra. Defendem também a ideia de que

não se pode confiar nos dados climáticos que

mostram o aquecimento global: eles foram

influenciados pela opinião pessoal dos cientistas.

Também acreditam ser muito difícil provar a

responsabilidade do homem: o clima seria muito

mais influenciado pelas glaciações, pelo vulcanismo,

pela quantidade de nuvens e por fenômenos

astronômicos, como as manchas solares.

A maior parte do carbono da atmosfera é captada

não pelas florestas, mas pelos oceanos. Quando se

combina com a água do mar, o dióxido de carbono

se transforma em ácido carbônico, dissolve-se no

mar e forma carbonatos. Esses materiais constituem

animais marinhos e também se depositam

lentamente no fundo do mar, formando, com a

passagem do tempo, as rochas calcárias.

________________________________________________ *Anotações*

********** ATIVIDADES 1 **********

Texto para as questões 1 e 2.

O desafio de crescer sem poluir

As nações emergentes assumem o posto de vilãs do aquecimento global

Quando se fala em aquecimento global, logo vem ao

debate a importância de diminuir a poluição dos gases de

efeito estufa. Dióxido de carbono, óxido nitroso e metano,

os principais gases que prendem o calor na atmosfera,

são liberados tanto por plantas e animais quanto pela

indústria, pelos sistemas de transporte e por grande parte

das usinas de energia elétrica. O esforço em cortar as

emissões é mais polêmico para nações emergentes e

populosas que estão se desenvolvendo, como a Índia e,

principalmente, a China. Esses dois países se esforçam

para crescer e acabar com a miséria. Segundo a Unicef,

a China tem pelo menos 100 milhões de miseráveis e a

Índia, cerca de 250 milhões – uma população maior que

a do Brasil. Tirar esse enorme contingente da miséria é

um desafio dos governos que, à primeira vista, vai contra

a luta pelo corte das emissões de carbono na atmosfera.

Quanto mais a economia crescer, mais a população vai

consumir – e consumir implica emitir carbono na

atmosfera.

Desde os anos 1990, quando começaram as pressões

pela redução da poluição, as emissões na China

aumentaram 40%. Analistas preveem que só em 2050

poderá ser possível falar de uma redução concreta dos

gases de efeito estufa. Com 1,3 bilhão de habitantes, a

China ganhou recentemente o posto de o país mais

poluidor do mundo, ocupando a posição que por décadas

foi dos Estados Unidos. Apesar disso, cada chinês, em

média, polui muito menos que um europeu ou um

americano. São 6 toneladas anuais de CO2, ante 25

toneladas de cada pessoa que mora nos Estados Unidos.

Atualmente, a China tem mais de 70% de sua

produção de energia baseada na queima de carvão

mineral – uma das formas mais poluidoras. Mas, aos

poucos, o país está migrando para fontes limpas e

renováveis. Até 2020, os chineses pretendem ter pelo

menos 15% da energia produzida com fontes renováveis.

Seus esforços para produzir energia eólica e solar a

preços baixos estão impressionando o mundo. O objetivo

de gerar 5.000 megawatts de energia eólica não só foi

batido como ultrapassado: hoje já passou de 12

gigawatts. Em 2010, a capacidade eólica da China deve

ultrapassar a da hidrelétrica de Itaipu, que é de 14

gigawatts.

Tomando esse caminho, a China se tornará uma das

“economias de baixo carbono”. Trata-se dos países que,

mesmo atingindo níveis altos de riqueza e consumo,

liberam pouco carbono na atmosfera. A economia de

baixo carbono é uma tendência antiga, que começou na

década de 1970. Com a crise do petróleo de 1973, os

países perceberam que era perigoso depender apenas

desse combustível, e quem conseguisse criar outras

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formas de energia estaria em vantagem. O melhor

exemplo de economia de baixo carbono é a Dinamarca.

O país reduziu drasticamente sua dependência em

relação ao petróleo importado ao investir em eficiência

energética e em fontes renováveis, como energia eólica,

solar e de biomassa. Hoje, a Dinamarca não depende

mais do petróleo árabe para movimentar carros, fábricas

e iluminar residências.

Folha de S. Paulo, 27/3/2010.

.1. (AED-SP)

Quais os planos da China com relação à energia

sustentável?

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.2. (AED-SP)

O que são as economias de baixo carbono?

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.3. (INEP-MEC)

“O governo das Maldivas quer comprar terrenos no

exterior para transferir a população das ilhas ameaçadas

pela elevação do nível do mar. As Maldivas, paraíso

tropical de ilhas e atóis de coral localizado no oceano

Índico, a 600 quilômetros da costa da Índia, estão com

seus dias contados: segundo as previsões da ONU, o

nível do mar deverá subir 59 centímetros até 2100.”

Com relação aos fenômenos climáticos que preocupam a

população das Ilhas Maldivas, considere as seguintes

afirmações:

I. A preocupação do governo das Maldivas

cresceu diante dos alertas emitidos pelos

cientistas que defendem a tese do aquecimento

global e sua intensificação pelas ações

humanas.

II. Considerando uma escala de tempo geológico, a

elevação do nível dos oceanos é um fenômeno

cíclico na história da Terra, nos últimos 35.000

anos.

III. Algumas regiões do mundo podem ser

beneficiadas pelo mesmo mecanismo climático

que prejudicaria as Maldivas. É o caso das áreas

de altas latitudes da Sibéria russa, do Canadá e

do Alasca.

São corretas:

(A) I, II e III.

(B) I e II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) Il e III, apenas.

(E) II, apenas.

.4. (ENEM-MEC)

A atmosfera terrestre é composta pelos gases

nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam cerca de

99%, e por gases traços, entre eles o gás carbônico

(CO2), vapor de água (H2O), metano (CH4), ozônio (O3) e

o óxido nitroso (N2O), que compõem o restante 1% do ar

que respiramos. Os gases traços, por serem constituídos

por pelo menos três átomos, conseguem absorver o calor

irradiado pela Terra, aquecendo o planeta. Esse

fenômeno, que acontece há bilhões de anos, é chamado

de efeito estufa. A partir da Revolução Industrial (século

XIX), a concentração de gases traços na atmosfera, em

particular o CO2, tem aumentado significativamente, o

que resultou no aumento da temperatura em escala

global. Mais recentemente, outro fator tornou-se

diretamente envolvido no aumento da concentração de

CO2 na atmosfera: o desmatamento.

BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima,

carbono, florestas e comunidades. A. G. Moreira & S. Schwartzman.

As mudanças climáticas globais e os ecossistemas brasileiros.

Brasília: Instituto de Pesquisa Ambiental

da Amazônia, 2000 (adaptado).

Considerando o texto, uma alternativa viável para

combater o efeito estufa é

(A) reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a

substituição da produção primária pela

industrialização refrigerada.

(B) promover a queima da biomassa vegetal,

responsável pelo aumento do efeito estufa devido à

produção de CH4.

(C) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o

potencial da vegetação em absorver o CO2 da

atmosfera.

(D) aumentar a concentração atmosférica de H2O,

molécula capaz de absorver grande quantidade de

calor.

(E) remover moléculas orgânicas polares da atmosfera,

diminuindo a capacidade delas de reter calor.

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.5. (INEP-MEC)

Observe a ilustração abaixo:

Fonte: Scientific American Brasil, edição 68, jan./2008, p. 55.

Os mercados de carbono surgiram de negociações na

Conferência de Kyoto, em 1997. Sobre eles é correto

afirmar que:

(A) As empresas poluidoras serão obrigadas a pagar

pesadas multas estabelecidas pela ONU.

(B) Empresas de países desenvolvidos que estejam

poluindo acima dos limites estabelecidos poderão

compensar essas emissões financiando projetos de

redução de emissões de CO2 em empresas de

países menos desenvolvidos – como mostram as

figuras da parte inferior da ilustração.

(C) Empresas muito poluidoras terão suas produções

cortadas pelo governo – como mostram as figuras da

parte superior.

(D) Os créditos bancários fornecidos às empresas de

todos os países signatários da Conferência de Kyoto

serão inversamente proporcionais às emissões de

CO2 geradas.

(E) Os créditos concedidos a quem cortar emissões de

CO2 só ocorrem entre empresas de um mesmo país.

.6. (INEP-MEC)

Leia o gráfico a seguir que apresenta a relação entre

população e emissões de CO2 per capita.

Fonte: Scientific American Brasil. Como deter o aquecimento global. São Paulo: Ediouro, Segmento-Duetto, 2007. Edição Especial.

De acordo com o gráfico e o Painel lntergovernamental

sobre as Alterações Climáticas (IPCC), é correto afirmar

que:

(A) a Ásia, com 6 bilhões de habitantes, é a região de

maior emissão de CO2 per capita do mundo

moderno.

(B) as elevadas emissões de dióxido de carbono são

provenientes da queima de combustíveis fósseis.

(C) há uma relação diretamente proporcional entre

população total e a emissão de dióxido de carbono.

(D) os países da Oceania emitem pequena quantidade

de CO2 porque preservam suas florestas.

(E) os países menos desenvolvidos emitem CO2 devido

ao baixo padrão tecnológico de suas indústrias.

********** ATIVIDADES 2 **********

H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.

.7. (ENEM-MEC)

A crise de 1929 e dos anos subsequentes teve sua

origem no grande aumento da produção industrial e

agrícola, nos EUA, ocorrido durante a Primeira Guerra

Mundial, quando o mercado consumidor, principalmente

o externo, conheceu ampliação significativa. O rápido

crescimento da produção e das empresas valorizou as

ações e estimulou a especulação, responsável pela

“pequena crise” de 1920-21. Em outubro de 1929, a

venda cresceu nas Bolsas de Valores, criando uma

tendência de baixa no preço das ações, o que fez com

que muitos investidores ou especuladores vendessem

seus papéis. De 24 a 29 de outubro, a Bolsa de Nova

York teve um prejuízo de US$ 40 bilhões. A redução da

receita tributária que atingiu o Estado fez com que os

empréstimos ao exterior fossem suspensos e as dívidas,

cobradas; e que se criassem também altas tarifas sobre

produtos importados, tornando a crise internacional.

RECCO, C. História: a crise de 29 e a depressão do capitalismo.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br (com adaptações).

Os fatos apresentados permitem inferir que

(A) as despesas e prejuízos decorrentes da Primeira

Guerra Mundial levaram à crise de 1929, devido à

falta de capital para investimentos.

(B) o significativo incremento da produção industrial e

agrícola norte-americana durante a Primeira Guerra

Mundial consistiu num dos fatores originários da

crise de 1929.

(C) a queda dos índices nas Bolsas de Valores pode ser

apontada como causa do aumento dos preços de

ações nos EUA em outubro de 1929.

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(D) a crise de 1929 eclodiu nos EUA a partir da

interrupção de empréstimos ao exterior e da criação

de altas tarifas sobre produtos de origem importada.

(E) a crise de 1929 gerou uma ampliação do mercado

consumidor externo e, consequentemente, um

crescimento industrial e agrícola nos EUA.

H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.

.8. (ENEM-MEC)

O fim do século XX foi marcado pelo surgimento de

novas tecnologias, diferentes fontes de energia e um

avanço sem precedentes nas telecomunicações.

Com relação às transformações causadas por esse

avanço tecnológico, julgue as afirmações:

I. A grande maioria da população mundial se

beneficia de novas tecnologias como a

informática e as telecomunicações.

II. Os avanços tecnológicos evidenciam o poder

dos países ricos, que continuam se beneficiando

da expansão econômica de suas empresas nos

países mais pobres.

III. A população dos países subdesenvolvidos se

beneficia das novas tecnologias, na medida em

que geram melhor distribuição de renda.

IV. A incorporação de novas tecnologias como o

computador, a robótica e as telecomunicações

aumenta a produtividade das indústrias.

Podem ser consideradas corretas as afirmações

(A) I e II, somente.

(B) II e III, somente.

(C) II e IV, somente.

(D) III e IV, somente.

(E) I e III, somente.

H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

.9. (ENEM-MEC)

A robótica, como tecnologia moderna nas indústrias,

pode libertar o homem de tarefas insalubres e perigosas

que afetam a saúde. Ainda que os robôs tenham trazido

uma importante contribuição para o desenvolvimento

industrial, também ocasionaram um crescente aumento

do desemprego mundial. Um dos setores industriais que

mais utiliza robôs é o

(A) automobilístico.

(B) pesqueiro.

(C) de mineração.

(D) de construção civil.

(E) da indústria química.

.10. (ENEM-MEC)

Um operário desenrola o arame, outro o endireita, um

terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia

nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para

fazer uma cabeça de alfinete, requerem-se 18 operações

distintas (...) Pode-se considerar que cada operário

produzia 4.800 alfinetes diariamente. Se, porém,

tivessem trabalhado independentemente um do outro (...)

certamente cada um deles não teria conseguido fabricar

20 alfinetes por dia, e talvez nenhum (...)

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações.

O texto descreve uma nova forma de trabalho que surgia

no final do século XVIII, caracterizado como

(A) industrial individual.

(B) artesanal individual.

(C) manufaturado em série.

(D) artesanal em série.

(E) manufaturado individual.

________________________________________________ *Anotações*