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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 4 / N O V I E M B R E 1 9 9 6

I D E A S Y O P I N I O N E S

¿Y LOS OTROS?Daniel IyamuremyeAsesor de desarrolloNairobi (Kenya)

Sumo mi voz a lasotras muchas que reconocen en la persona dela señora Ogata, alto comisionado de las Na-ciones Unidas para los refugiados, a una mi-litante infatigable en la lucha por la búsquedade una solución al problema de los refugia-dos. Una vez más, acaba de demostrarlo altomar la decisión de utilizar el premioHouphouët-Boigny a la búsqueda de la paz,que recibió este año, "para establecer un Fon-do Especial para la Educación, que benefi-ciará a los niños refugiados de África" (Fuen-tes, nº 81).

Quisiera proponer que ese fondo se em-plee también para financiar un estudio sobrela situación, en materia de educación, de losniños cuyos padres, a pesar de ser refugiados,no son reconocidos como tales por la ACNURpor razones de principios, de definición o bienpor motivos de tipo administrativo. Son mu-chos los niños rwandeses, burundeses y se-guramente también somalíes, liberianos, su-daneses, que se encuentran en ese caso. Sonvíctimas inocentes de una situación de la queno son responsables, pero se les niega su de-recho más elemental.

SOL Y VIENTOMarilyn BertheletEstudianteOuessant (Francia)

He leído con interéssu tema central sobre las energías renovables(nº 81), así como la carta que les ha enviadoMaurice Werther sobre nuestros queridos di-funtos aerogeneradores de Ouessant (nº 82).

Afortunadamente no está todo perdido.Porque a falta de viento, tenemos sol, o almenos la luz que utilizamos para garantizarla seguridad de la navegación. En las aguaslitorales, desde 1988 se han instalado en casitodas las boyas luminosas (85 de 240 mar-

2. . . . . .

Fuentes UNESCO

está disponible en

Internet

en las rúbricas:

news o publicaciones

en nuestra dirección:

http://www.unesco.org

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cas) paneles fotovoltaicos, así como muchosfaros y torretas fijas. En toda Francia, de los2.196 faros, 605 son solares y 113 están equi-pados con aerogeneradores; 924 boyas flotan-tes de 1.077 funcionan con energía solar.

LA SOLUCIÓNAntony LodoïskaInformáticoRoche Bois (Mauricio)

Al leer su número deseptiembre (nº 82), me he acordado de algoque me ronda por la cabeza desde mi niñez: laidea de una superbiblioteca mundial, dondetodo el mundo acudiera a leer y a aprendersegún su conveniencia. Allí se podría hablarcon otras personas, todo el mundo aportaríalos conocimientos que tiene y así contribuiríaal ensanche de la biblioteca.

Siempre he sido reticente a los métodosde la educación clásica, pero no me atreveríaa emitir un juicio sin haber tenido una expe-riencia práctica en la enseñanza.

Cuando era niño soñaba con la hermosaenciclopedia que tuve ocasión de ver, sólo enfoto y en un catálogo. ¡La isla Mauricio estámuy lejos del resto del mundo!

¿La solución no podría ser Internet, unmagnífico sistema de comunicación que em-pieza a introducirse en África? Imagínense unweb Internet con todos los profesores del mun-do para todos los alumnos del mundo, con imá-genes, sonido y texto.

MUY CORRIENTE,POR DESGRACIAJulie MerabOficina de la UNESCOde Nairobi (Kenya)

He leído con interés ymucha tristeza, en su nº 82, el artículo titula-do "Isabelle al borde de la depresión" sobrela violencia en la escuela. Los sucesos quedescribe son, por desgracia, muy corrientes en

Kenya, donde no pasa ni un día sin que losepisodios de violencia en la escuela ocupenla portada de los periódicos.

Uno de las más terribles, sin duda, se pro-dujo en un internado mixto: unos chicos sepropasaron una noche y se introdujeron enlos dormitorios de las chicas, violando y ma-tando a 14 de ellas.

Me gustaría, muy modestamente, haceruna sugerencia, aunque la solución resultecara y sólo pueda considerarse a largo plazo:(i) emprender rápidamente estudios sobre lascausas de esas violencias en los países afec-tados (como Kenya); (ii) prever, en los pro-gramas de los centros de formación del pro-fesorado, un apartado de consejos psicope-dagógicos, con el fin de introducir en clasehoras de reflexión y de debate sobre la vio-lencia y la manera de contenerla.

Estoy firmemente convencida de que laUNESCO y las autoridades gubernamentalescompetentes pueden impulsar el proceso yllevarlo a buen puerto.

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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 3 / O C T U B R E 1 9 9 6

P R E M I E R P L A N O

3. . . . .

C u a n d o l o s 5 1 m i e m b r o s d e l C o n s e j o E j e c u t i v o t o c a r o n e l

t e m a d e l a U N E S C O y l a s " a u t o p i s t a s d e l a i n f o r m a c i ó n "

a l c o m i e n z o d e s u ú l t i m a s e s i ó n ( d e l 1 4 a l 3 1 d e o c t u b r e

p a s a d o ) , p a r e c í a n m á s i n c l i n a d o s a p o l a r i z a r s e e n s u s

p e l i g r o s q u e e n s u p o t e n c i a l . ¿ C ó m o i m p e d i r l a d i f u s i ó n d e

m e n s a j e s i n a c e p t a b l e s ( p o r n o g r a f í a o r a c i s m o ) , o p r o t e g e r l o s

d e r e c h o s d e a u t o r ? S o b r e t o d o ¿ c ó m o e v i t a r q u e l a s

a u t o p i s t a s d e l a i n f o r m a c i ó n s e c o n v i e r t a n e n n u e v o s

i n s t r u m e n t o s d e b e n e f i c i o e c o n ó m i c o , q u e a s u v e z a u m e n t e n

l a e x c l u s i ó n , c o m e n z a n d o p o r l a d e l S u r ?

U n a c o s a q u e d ó c l a r a d u r a n t e l o s d e b a t e s , y e s q u e n o

s e t r a t a d e f r e n a r l o s i n t e r e s e s p r i v a d o s , y a s e a p o r p r i n c i -

p i o , p o r r e a l i s m o o p o r a c c i ó n d e l a m e m o r i a : e l r e c u e r d o

d e l N u e v o O r d e n M u n d i a l d e l a I n f o r m a c i ó n y d e l a C o m u n i -

c a c i ó n a ú n e s t á v i v o . A l l a d o d e l o s i n t e r e s e s e c o n ó m i c o s , l a

U N E S C O d e b e , m á s b i e n , a p o y a r a l o s E s t a d o s q u e l o d e s e e n ,

e n e l d e s a r r o l l o d e l a g a m a d e p o s i b i l i d a d e s e x i s t e n t e s . E s t e

b i e n d e l d o m i n i o p ú b l i c o , i n e x p l o t a d o , p u e d e s e r o c u p a d o p o r

t o d a s l a s o b r a s e x e n t a s d e d e r e c h o s d e a u t o r y t o d o s l o s

c o n o c i m i e n t o s p r o d u c i d o s p o r l o s s e r v i c i o s p ú b l i c o s . A s í , e l

b a j o c o s t o y l a f a c i l i d a d d e a c c e s o p u e d e n h a c e r d e é s t o s u n

e x c e l e n t e i n s t r u m e n t o p a r a l o g r a r u n a " I n f o r m a c i ó n p a r a

To d o s " , i n c l u s o e n e l S u r. A l f i n y a l c a b o , u n a l í n e a

t e l e f ó n i c a " i n f o r m a t i z a d a " p u e d e t r a s m i t i r m á s i n f o r m a c i ó n

q u e l a q u e p u e d e n a s i m i l a r m i l e s d e e s t u d i a n t e s , y u n

c o m p u t a d o r c a p a z d e e n v i a r m e n s a j e s e n l a s a u t o p i s t a s d e l a

i n f o r m a c i ó n c u e s t a h o y 5 0 0 d ó l a r e s .

P a r a l a U N E S C O , l a b a t a l l a c o n t r a l a e x c l u s i ó n d e l

c i b e r e s p a c i o s e c e n t r a , m á s q u e e n e l d e s a r r o l l o d e

i n f r a e s t r u c t u r a s f u e r a d e s u a l c a n c e , e n l a a m p l i a c i ó n d e l o s

c o n t e n i d o s q u e é s t a s l l e v a n . D e b e n i n c l u i r s e t a n t o

c o n o c i m i e n t o s c o m o v a l o r e s , t a n f u e r t e e s l a b ú s q u e d a d e

s e n t i d o , e n u n m o m e n t o e n q u e e n t r a m o s a c i e g a s a l a

c i b e r c i v i l i z a c i ó n . E s t e e s p a c i o o f r e c e u n a o p o r t u n i d a d h i s t ó r i c a

a u n a o r g a n i z a c i ó n q u e s e p r e c i a d e s e r u n f o r o i n t e l e c t u a l

e n e l m u n d o y e l v e h í c u l o d e u n a " é t i c a " u n i v e r s a l .

Páginas 6 a 16

PÁGINAS E IMÁGENES . . . . . . 4

HECHOS Y GESTOS . . . . . . . . . . 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Gobernabilidad• CONSOLIDAR LA DEMOCRACIA. . . .18

Reproducción asistida• LIBERTAD Y ÉTICA . . . . . . . . . . . . . . 20

Medio ambiente• LA TIERRA NO ESUN JUGUETE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Educación• PRIMERO EL PROFESORADO. . . . . . 23

PLANETA:

Redacción y difusión: FUENTES UNESCO, 7 place deFontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tel. (1) 45 68 16 73. Fax:(1) 40 65 00 29.Esta revista de carácter informativo no es undocumento oficial de la UNESCO.ISSN 1014 5494

ABRIREL CIBERESPACIO

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artículos pueden ser librementereproduc idos . La redacc ión agradeceráel envío de una copia del artículo elegido.Las fotograf ías s in e l s igno © estarána d i s po s i c i ón de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i ón que l a s r equ i e r an .

René LEFORT

Portada: © HOA-QUI/Lien/Nibauer

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 4 / N O V I E M B R E 1 9 9 6

Más que un recurso naturales un elemento sagrado.

"Querían ser respetadas,ser escuchados para

participar..."

La reproducción asistida:sueño y pesadilla.

AGUAS CLARAS,AGUAS TURBIAS,AGUAS ESCASAS

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T E X T O S E I M Á G E N E S

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 4 / N O V I E M B R E 1 9 9 6

4. . . . . .

DISCOS

NORUEGA, MÚSICAFOLCLÓRICA DEL AGDERA la música para violín y parahardingfele que se toca en laregión del Hardanger, al sur deNoruega, se dedica este disco .Con los elementos básicos delviolín tradicional, el hardingfelese distingue, no obstante, deaquél por su aspecto pintorescoy numerosos detalles técnicos:

abundante decoración, mangocorto, toque plano, esesalargadas y, sobre todo,cuerdas simpáticas, vestigios delos siglos XVII y XVIII quepermiten un acompañamiento"en bordón".La mayor parte de las piezasson aires para bailar grabadospor Vidar Lande quien,consciente de que la música delos violinistas de su país estámuriendo, ha decididotranscribir todo su repertorio.

● Norvège - Musique folkloriquede l’Agder pour violon.Collection Musiques et musiciensdu monde. UNESCO/AUVIDIS.Precio: 145 FF.

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la librería y a travésde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoría de los países. Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembro.Informaciones y pedidosdirectos por correo, fax opor Internet: EdicionesUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352, Paris O7 SP(France), tel.: (+33) 1)45654300; Fax (+33) 1)4568 5741, Internet:http:/w w w. u n e s c o . o rg / p u -blishing.

LIBROS

ANUARIO MUNDIAL 1996"La UNESCO no puede dejar dereaccionar ante el acontecimien-to que constituye la noticia deldía: el asesinato de un periodis-ta, la violación de los derechoshumanos, el conflicto queamenaza la paz o la catástrofenatural que se desencadenasobre un pueblo" expresaba eldirector general de la UNESCO,Federico Mayor, en la presenta-ción de esta obra. En efecto, elAnuario Mundial 1996, enespañol, recoge informacióndetallada de los acontecimien-tos del año relacionados con lostemas de interés de la UNESCO,y presenta una serie de artículossobre acciones emprendidas enpro de la construcción de unmundo mejor, y los obstáculosque se presentan para surealización. Los contenidos sepresentan en cinco bloques,titulados: Noticias del año,Imágenes del mundo (serie defotografía; 50 años de laUNESCO; Los Grandes Temas(La paz mundial, la tolerancia,la igualdad de las mujeres, laconservación del medioambiente,etc.) y, Patrimonio dela humanidad (bienes culturalesy naturales).

● Anuario Mundial 1996.Ediciones UNESCO/ INCAFO/PLANETA-De-AGOSTINI, 1996.Precio:

OBRASREPRESENTATIVAS

LA CIUDAD DE LOS CÉSARES"Cuántos miles de personasserían felices, si se hubieraadoptado universalmente lalegislación de los césares",exclama James Burgh, escritormoralista escocés del siglo XVIII.Cuenta la leyenda que esaciudad -cuyo nombre se debe alcapitán César, un exploradorespañol del siglo XVI- se sitúaen los confines de la Patagoniachilena. A lo largo de los siglosy al no poder ser localizado conseguridad, este otro Eldoradoque fascinaba la imaginacióneuropea de la época seconvirtió en un "modelo ideal"de sociedad. El autor, a su vez,utiliza la leyenda para proponer

a las autoridades británicas,"en un momento en el quepuede presentarse la ocasión deestablecer colonias en ampliasregiones", un modelo utópico,un "estado feliz, basado en losprincipios de la razón, labondad y la igualdad, y guiadopor ellos".Este ensayo en francés sepresenta en forma de nuevecrónicas epistolares queexplican la organización socialy política de la "ciudad ideal",la vida religiosa, el urbanismo,la educación, las normas y lasleyes mediante las cuales "noshemos esforzado por garantizarnuestros derechos y libertades,por mantener un necesarioequilibrio guardando lasdistancias entre una monarquíatiránica y arbitraria, unaaristocracia facciosa y anárqui-ca, y la licencia, los tumultos yel furor de la democracia".

● La cité des Césars - Uneutopie en Patagonie, de JamesBurgh. Prólogo de FernandoAinsa. Traducido del inglés alfrancés, presentado y anotadopor Martine Azoulai. ColecciónUNESCO de obras representati-vas. Ediciones UNESCO/Utz,1996. Precio: 120 FF.

REVISTAS

REVISTA DEL PATRIMONIOMUNDIAL"El patrimonio es lo que ha sidohecho por mí y por los otros yque vive conmigo y dentro demí", afirma Ismail Serageldin,

vicepresidente del departamentopara el medio ambiente y eldesarrollo sostenible del BancoMundial, en una entrevistapublicada en el nº 2 de estarevista. En ella presenta la idea

de cultura y desarrollo quetiene el Banco, su papel enmateria de protección delpatrimonio, así como lacolaboración con la UNESCO,para integrar "el núcleohistórico de las ciudades en eltejido urbano" y preservar "launidad del sitio".El Parque Nacional Manu(Perú), las montañas de todo elmundo que culminan a más de5.000 metros, la medina deMarraquech (Marruecos), eltemplo de Borobudur(Indonesia), así como laprotección del patrimonioindustrial y de los paisajesculturales, figuran asimismo enel sumario de este número.

EL CORREO DE LA UNESCODurante siglos, el mercado, alfavorecer el intercambio, hadesempeñado un papelimportante en la comunicación,

permitiendo a las "comunida-des cerradas la única ocasiónde abrirse al exterior... devislumbrar cierta diversidadhumana", afirman loseditorialistas del número denoviembre del Correo, dedica-do al Mercado a través deltiempo. Hoy "se encuentra en laencrucijada de dos principiosantinómicos -la libertad y ladesigualdad-, entre los cualessólo pueden alcanzarsecompromisos imperfectos".Este número aborda laevolución de la "condición" delmercado, desde el de Tlatelol-co, en el imperio azteca, hastalas reformas económicas de lasociedad rusa, pasando por elRialto, "corazón mercader" dela república de Venecia, o elcomercio sin fronteras de lacuenca del lago Chad.

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H E C H O S Y G E S T O S

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5. . . . . .

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M i madre me trajo al mun-do, Freinet me dio la luz".

Para esa antigua alumna era"Papá Freinet". Para los docen-tes de todo el mundo que se haninspirado en sus métodos de edu-cación, era el iniciador de "otra"manera de concebir la pedagogía.Treinta años después de su muer-te, cuando el centenario de sunacimiento (el 15 de octubre de1896 en Gars, Francia) se ha mar-cado con varias celebraciones,como una conferencia en la sedede la UNESCO del 6 al 8 de oc-tubre, Célestin Freinet tiene másadeptos que nunca.

Ese educador fuera de lo co-mún fue, en el período deentreguerras, el precursor de unaforma de enseñanza revoluciona-ria, en una época en que la rela-ción maestro-alumno era muy rí-gida. Siendo un joven maestro dela escuela del pueblo de Bars-sur-Loup, en el sureste de Francia, acomienzos de los años veinte, sele ocurre la idea de hacer que losniños se cuiden solos, interesán-dose por el mundo que les rodea.Les lleva al campo en "clases-paseos", instalando en la escuelauna imprenta improvisada que les

permite editar un periódico, don-de expresan lo que han observa-do. "Mi hallazgo (pero es tan sen-cillo y tan de sentido común) fue,en ese momento, convencerme deque, dijeran lo que dijeran, elniño era capaz de elaborar asítextos válidos, dignos de influiren nuestra escolástica", escribi-rá más tarde. El resultado es tanalentador que su idea de "impren-ta en la escuela", más tarde com-pletada con la "correspondenciaescolar" y con una "filmotecacooperativa", pronto es imitadaen otras regiones de Francia. Pro-gresivamente va completando sumétodo que, basándose especial-mente en fichas documentales,permite que los niños estudien lasasignaturas que suelen enseñarseen la escuela, pero a su ritmo ycorrigiéndose a sí mismos.

La hostilidad de EducaciónNacional hacia sus procedimien-tos le lleva más tarde a dimitir ya crear, con su mujer Élise, supropia escuela experimental en elsur de Francia, la que ha soñado,basada en la expresión libre, elrespeto del prójimo, elautoaprendizaje y una relacióndocente-alumno muy flexible."Parecía que la escuela Freinetla hubiera construido una hadapara los niños", recuerda un exalumno.

Freinet, iniciador de una am-plia red de cooperación entre pro-fesores, autor de varias obras so-bre pedagogía, contribuyó engran medida a la evolución de losmétodos de enseñanza en Fran-cia. Cuenta con miles de discípu-los en Europa, en África y enLatinoamérica.

Cristophe CHAMPIN

"PAPÁ FREINET"Y SU "ESCUELA MODERNA"

LAS VIDAS DEL "POETA-PRESIDENTE" SENGHOR

"Traigo un mensaje de fe, deesperanza y de compromiso delpueblo beninés y de suGobierno", en los "principiosdemocráticos como objetivosuniversales" enunciados por laUNESCO, declaró el 10 de

octubre el PRESIDENTE DEBENIN, Mathieu Kérékou, queefectuó una visita oficial a lasede de la Organización.Porque "Benin, ayerrevolucionario, es hoy un paísdemocrático, sin marcha atrás".

Tras hacer referencia a lacolaboración entre la UNESCOy Benin, en especial en materiade conservación del patrimonio,el director general, FedericoMayor, se felicitó por la"madurez política" del pueblo

beninés. "La experiencia de supaís, declaró, inspira a todosaquellos que buscan nuevas víasy enfoques innovadores deldesarrollo".

Doy gracias a Dios por haber-me dado una vida tan lar-

ga, pero sobre todo por la posi-bilidad que he tenido de vivir, através de este siglo, varias vidasen una". Léopold Sédar Senghorno estuvo presente en la sede dela UNESCO del 18 al 20 del pa-sado octubre, para celebrar su 90cumpleaños, pero su mensaje fil-mado, proyectado al comienzo dela ceremonia de inauguraciónante un grupo de personalidadesdel mundo entero, marcó el ho-menaje unánime que se le rindió.

Y es que las múltiples facetasde este destino excepcional -poe-ta, militante, primer presidente deSenegal, cantor de la negritud,apóstol del mestizaje cultural y dela francofonía- ocuparon las tresjornadas que conmemoraban sunacimiento, el 9 de octubre de1906. Fue un homenaje de jefesde Estado, de responsables inter-nacionales y de intelectuales aaquél de quien André Malrauxdecía que fue el primero en to-mar "entre sus manos perecede-ras el destino cultural de un con-tinente"; un testimonio del respe-to al "poeta-presidente" que siguesiendo un modelo para muchosafricanos, a "ese hijo del más re-cóndito Sahel, que ha entrado envida en la leyenda, convirtiéndo-se en un inmortal de la Acade-mia Francesa", en palabras deJacques Diouf, director generalde la FAO. Los presidentes Dioufde Senegal y Konaré de Malí, el"colega" de la Academia France-sa, Maurice Druon (secretariopermanente), sin olvidar al ami-go de tantos años, el poeta anti-llano Aimé Césaire, cuyo mensa-je leído desde la tribuna saludó"al hermano fundamental"Senghor, atestiguan un tributo

que rara vez se rinde a un hom-bre en vida.

No obstante, entre los orado-res presentes en el coloquio dedos días posterior a la inaugura-ción oficial de los actos, no sóloestaban los incondicionales. Elescritor y dramaturgo nigerianoWole Soyinka y el poeta haitianoRené Depestre, que en su tiempo

criticaron violentamente lanegritud -ese movimiento de rei-vindicación de los "valores cul-turales del mundo negro" impul-sado por Senghor, Aimé Césairey Léon Damas-, señalaron, cadacual a su manera, que, más alláde las antiguas discrepancias, res-petan profundamente al hombre.Y también al jefe de Estado que,al contrario que muchos padresde independencias africanas, tuvola sabiduría de abandonar el po-der por la edad, en 1980. Al fin yal cabo, ¿no dijo Senghor que erapoeta antes de ser político?

A través de los numerosostestimonios y de los actos cultu-rales organizados en honor delorganizador del primer festival deartes negras, se celebró la filoso-fía y la trayectoria extraordinariade un "hombre entre los hom-bres", como él mismo se define.

C. C.

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”Agua, tú no tienes ni gusto, ni color, ni aroma,no se te puede definir, te prueban sin conocerte.Tú no eres necesaria para la vida: tú eres la vida...”(Antoine de Saint-Exupéry, “Terre des hommes”). (Foto © GAMMA/R. Grosjean)

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T E M A C E N T R A L

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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 4 / N O V I E M B R E 1 9 9 6

7. . . . . . La falta de agua es cruel. Vuelven a la

memoria la mirada de los inmensosojos que parecen devorar la cabeza de esosniños que las grandes sequías del Sahel ha-bían convertido en esqueletos; el yugo dela jarra bajo la cual se doblega la mujer alvolver del pozo; la interminable cola queserpentea hasta la fuente, donde la genteespera largo rato para llenar sus improvi-sados recipientes. En el otro extremo, elagua en abundancia es feroz: las inunda-ciones son el azote más mortífero de la na-turaleza. Pero la imaginería y lo imagina-rio que compartimos oscilan entre lo pocoy lo demasiado. Según eso, el agua sólo esun problema en ciertos sitios -en los paí-ses del desierto- o excepcionalmente, cuan-do las lluvias, por exceso o por defecto,provocan catástrofes. En los demás sitiosy circunstancias, es decir, cuando la natu-raleza mantiene su clemencia habitual, lospozos, las bombas o cualquier medio ade-cuado bastan para que el agua siga manan-do hasta la saciedad. Nos es concedida aperpetuidad, como el aire que respiramos.

La realidad está en las antípodas de estavisión idílica: frente al doble incrementode nuestras necesidades y de nuestros re-siduos, el agua dulce se convierte en unproducto cada vez más escaso y valioso.

A escala planetaria, los mares y océa-nos acaparan el 97,5% de toda el agua. Sientonces restamos el agua de los glaciaresy de las capas subterráneas, el agua dulcemás accesible (ríos, lagos, embalses, es

AGUAS CLARAS, AGUAS TURBIAS,AGUAS ESCASAS¿Se avecina una grave “crisis del agua” para los próximos 50 años (ver más adelante)? El crecimientodemográfico y la mala gestión gravan nuestros recursos de agua dulce, que son por naturalezalimitados (páginas 8 y 12-13). Entonces las naciones, las potencias comerciales o incluso los riberanos,¿se enfrentarán para acceder a una riqueza que se creía inagotable?Lo peor se puede evitar, siempre que se comprenda mejor el ciclo del agua, el impacto de las actividadeshumanas (p. 9) sobre el mismo y la percepción que de él tienen las distintas culturas (p. 10), a lo quecontribuye el Programa Hidrológico Internacional de la UNESCO. Con esos conocimientos hay que avanzarpor nuevas vías para compartirla de forma más equitativa, como el acuerdo entre Jordania e Israel(p. 11), o para gestionarla mejor -social y científicamente-, como en Mauritania (p. 14) y en Sao Paulo(p. 15). También hay que recordar el valor sagrado que todas las civilizaciones han otorgado al agua,tomando nota del papel decisivo que desempeña y desempeñará mientras la humanidad viva (p. 16).

decir, el agua dulce de escorrentía) sólorepresenta el 0,007% del agua total, lo queequivale a la relación entre el contenidode un dedal y de una bañera llena.

Las necesidades aumentan no sólo por-que la población mundial superará los8.000 millones en 2025 en lugar de los2.500 millones de 1950, sino también acausa de la creciente irrigación para la agri-cultura (que actualmente engulle el 87%del agua consumida), del desarrollo de laindustria y de los comportamientos cadavez más "higiénicos". Desde comienzos desiglo, la cantidad de agua extraída ha cre-cido más del doble de rápido que la pobla-ción. La cantidad de agua dulce por habi-tante que puede extraerse con los mediostécnicos disponibles y a un coste acepta-ble se dividirán por tres en 2025 con res-pecto a 1950. Y sin embargo esa cantidadrepresenta ya más de la mitad de toda elagua de escorrentía.

L IM I TAC IONESA ello hay que añadir otras tres limitacio-nes. En primer lugar, los datos reseñadosse basan en medias anuales y nacionales.Pero el agua no está disponible en el mo-mento y en el lugar deseados, ya que lanaturaleza no es uniforme ni en el tiemponi en el espacio. Después, no toda el aguaextraída puede consumirse. Una gran par-te -cerca de la mitad- se "pierde" por eva-poración o a través de las canalizaciones.Un porcentaje creciente -probablemente

una cuarta parte- queda inservible para elconsumo porque la "estropea" la contami-nación. Por último, toda intervención hu-mana en este ámbito modifica necesaria-mente el "ciclo del agua", repercutiendosobre los grandes equilibrios naturales, anivel primero local y en última instanciamundial.

Una "oferta" de agua dulce limitada entérminos absolutos porque la naturaleza asílo quiere, una oferta disminuida en primerlugar porque la capacidad técnica y eco-nómica para extraerla no es indefinida, unaoferta disminuida en segundo lugar por unacontaminación creciente; al mismo tiem-po, una demanda que no deja de crecer:las curvas ascendente de la demanda ydescendente de la oferta podrían cruzarseen torno a 2030, a poco que sigamos comosi no pasara nada. Con un comportamien-to invariable, la "crisis del agua" será ine-vitable y aguda. Pero con unos datos cien-tíficos más fiables, unas inversiones másfuertes, una revolución en nuestra formade gestionar el agua, una cooperación in-ternacional intensa -300 cuencas fluvialesestán a caballo entre fronteras- y un enfo-que interdisciplinario, esta crisis puedesuperarse. Para conseguirlo, la polivalenciade la UNESCO, cuya acción afecta a lasciencias pero también a la educación, lacultura y la comunicación, es una baza va-liosísima. De todos modos no tenemoselección: no hay vida sin agua.

R. L.

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8. . . . . .

E l agua es el producto más consumidodel mundo. Pero la hemos gestionado

muy mal, pensando erróneamente que bas-taba con utilizar las técnicas adecuadaspara que la naturaleza nos la proporciona-ra sin límites. Esa agua la extraemos con-vencidos de que, en caso de escasez, sólopodemos aumentar los sistemas de bom-beo; la contaminamos y a menudo la tira-mos, sin tratarla. Esas "aguas residuales" -e incluso sus efluentes tratados- contami-narán a su vez todas las demás aguas su-perficiales y subterráneas.

Sólo la agricultura se traga, para regar,el 67% del agua obtenida del ciclohidrológico. Pero según un informe recien-te de la Unión Europea, la contaminaciónde las aguas subterráneas con plaguicidases mucho peor de lo previsto: dentro de 50años, cerca de 60.000 km2 de la capafreática, nuestra principal fuente de aguapotable, estarán contaminados. En los paí-ses en desarrollo, las técnicas de irrigación"importadas" de Occidente no siempre hantenido en cuenta las condicionespedológicas y climáticas locales. Desde1988, la productividad del 25% de las tie-rras agrícolas de África ha disminuido porculpa de la erosión, la salinización, lasaturación o la desertización, lo cual haprovocado un uso creciente de los abonos.Y qué decir del crecimiento demográfico,que obligará a producir el triple dentro de40 años.

NADA DESAPARECELa industria absorbe el 23% del agua ex-traída, ocupando el segundo lugar en la listade consumidores de agua. También es unfactor de contaminación importante. En lanaturaleza no desaparece nada, y muchassustancias químicas no degradables acaba-rán, tarde o temprano, infiltrándose ennuestras reservas de agua potable. Ahí estáel caso del cadmio, cuya toxicidad es co-nocida: desde comienzos de siglo se hanproducido cerca de 250.000 toneladas, queacaban penetrando en los ecosistemasacuáticos y terrestres. En los países desa-rrollados, más de un millón de sustanciasquímicas creadas por la humanidad pulu-lan por las capas subterráneas. La situaciónes aún peor en los países en desarrollo. Afines de los años 80, la concentración de

C o n t a m i n a c i ó n

¡QUÉ DESPERDICIO!Para responder a las necesidades, no sólo se explotan cada vez más los recursos de agua,sino que se contaminan cada día más. Una solución es reciclar ese preciado bien.

mercurio del agua del Kelang, en Malasia,era tan elevada que se propuso embotellarlapara emplearla como plaguicida. En esemismo país, así como en Tailandia, se hanregistrado índices de contaminación de losríos entre 30 y 100 veces superiores a losniveles admitidos.

El agua para beber y para cocinar debeser de una calidad excelente, pero sólo esuna parte de la que consumimos. El suecomedio, por ejemplo, utiliza seis litros dia-rios para beber y cocinar, pero 83 para la-varse y llenar la cisterna del inodoro. Todoel suministro de agua es de excelente cali-dad, porque en general hay una sola red dedistribución. Exceptuando las pérdidas pro-vocadas por los escapes, que oscilan entreel 30% y el 70% en la zona urbana, todaesa agua limpia se contaminará con lasaguas residuales de los lavabos.

De todos modos, la mayoría de los ha-bitantes del planeta carece de instalacio-nes sanitarias conectadas a una red de sa-neamiento (si todo el mundo tuviera unacisterna, la cantidad de agua necesaria su-peraría las posibilidades de suministro), nide una alternativa satisfactoria. Y la faltade instalaciones sanitarias provoca unacontaminación considerable de las masasde agua subterráneas o de superficie. Elresultado es que 3.300.000 personas mue-ren cada año de enfermedades diarreicas,3.500 millones tienen parásitos intestina-les, 40 millones contraen infecciones detrematodos. Sólo en el continente africa-no, 80 millones de personas están expues-tas al cólera y cada año se registran 16millones de casos de tifoideo.

En las ciudades, cualquier precipitaciónque cae sobre superficies impermeables seconsidera agua de lluvia. Sabiendo que enun país árido, donde caen 200 mm de llu-via al año, la circulación de esa agua por92 m2 da 50 litros de media diaria, es másde lo que se necesita para el consumo de

un individuo. En las ciudades llamadasmodernas, el agua de lluvia, en lugar deemplearse para los lavabos, se recoge encanalizaciones y se vierte directamente almedio natural, donde los metales y otrassustancias presentes en las calles la conta-minarán.

La solución está, en parte, en elreciclaje. Fijémonos en los astronautas: sino pudieran hacerlo nunca podrían perma-necer varios meses en el espacio. Técnica-mente, pues, es posible.

No es fácil acabar con un apunte opti-mista. Pero es reconfortante comprobarque, por fin, empezamos a darnos cuentade la relación entre todas esas cuestionesque nuestras sociedades compartimentadastenían la costumbre de tratar separadamen-te.

Ahora sabemos que los recursos deagua y su gestión son denominadores co-munes de prácticamente todas las funcio-nes de la sociedad e indicadores de susostenibilidad. Esperemos que esa nuevamentalidad cambie no sólo nuestro modusoperandi, sino también nuestro modusvivendi.

Janusz NIEMCZYNOWICZUniversidad de Lund (Suecia)

R E S I D U O SV E R T I D O SI L E G A L M E N T EA L P O , P O RI N D U S T R I A L E SA N Ó N I M O S( F o t o ©B I O S / E d w a r d s /S t i l l P i c t u r e s ) .

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Océano

Erosión

Ciudad

Polución

Bombeo

RiegoSedimentaciónde embalses

Contaminantestransportadospor el aire

Hundimiento del terreno Infiltración de agua salada

Derivación

Riego

Aguasubterránea

9. . . . . .

La recogida y evaluación de los datossobre los recursos de agua dulce y su

utilización son, en muchas regiones, rudi-mentarias: cuando no faltan institucionescompetentes, están mal equipadas. Ade-más, no existe un sistema mundialoperativo de recogida e intercambio de da-tos. Entonces no cabe duda de que los da-tos disponibles contienen graves errores.

Frente a la eventualidad de una crisisdel agua, se hace imprescindible mejorarnuestros conocimientos. La crisis puedellegar a comienzos del próximo siglo, comopuede no producirse nunca. Pero sin unaevaluación adecuada de los recursos deagua, no puede haber una ordenación ni unagestión integrales de las cuencas fluviales,y el desarrollo sostenible seguirá siendouna quimera.

La Organización Meteorológica Mun-dial (OMM), con la colaboración de laUNESCO y del Banco Mundial, propusoestablecer un "sistema de observación delciclo hidrológico mundial", que para em-pezar agruparía un millar de estaciones si-tuadas en los principales ríos del planeta.

TRANSFORMAC IONESEntretanto, una manera importante de me-jorar esa recogida de datos, y en especialde conocer los efectos de la actividad hu-mana en el ciclo hidrológico, la ofrece elproyecto FRIEND de la UNESCO, lanza-do a mediados de los años ochenta en laEuropa septentrional y occidental, para es-tudiar los "regímenes de desagüe determi-nados a partir de series de datos interna-cionales experimentales y de redes". Eseproyecto ha proporcionado a los hidrólogosun cuadro de la evolución cuantitativa delos recursos de agua, evidenciando profun-das transformaciones provocadas en parti-cular por la actividad humana. La destruc-ción de los bosques y la expansión del hor-migón ligada a la urbanización, por ejem-plo, han ocasionado un aumento del volu-men y de la velocidad del flujo del agua delas cuencas fluviales, así como de los ma-teriales que transporta, que se han traduci-do en crecidas más fuertes y, en época desequía, en un descenso de las aguas. En-tender estos cambios permite predecir conmás exactitud el alcance y la frecuencia delas crecidas y tomar medidas para limitar

los daños y reducir los riesgos, por ejem-plo mediante puentes más altos o sistemasde desagüe para un caudal suficiente.

Siendo las inundaciones las másdevastadoras de todas las catástrofes natu-rales, la utilidad de este programa no hatardado en ser reconocida. Los hidrólogos

de la Europa oriental han manifestado suinterés y se han superado las reticencias acomunicar los datos hidrológicos. Ahoraexiste un programa FRIEND en la regiónmediterránea, en los países del Nilo, en elÁfrica austral y occidental, y varias regio-nes más han adoptado asimismo "el enfo-que FRIEND".

Falta también información fiable sobrela calidad del agua, a causa de la dificultadde medirla o de la falta de datos, especial-mente en los países en desarrollo. El aguade los ríos puede contener entre 200 y 400sustancias químicas principales, sin con-tar los isótopos ni los organismos vivos. Yson pocos los cursos de agua que han sidoestudiados correctamente durante un perío-do prolongado (100 años, por ejemplo). Elprograma mundial de vigilancia continuadel agua, GEMS/Water, puesto en marchaconjuntamente por la OMS, la UNESCO(a través de su Programa Hidrológico In-ternacional), la OMM y el PNUMA, pre-tende llenar ese vacío.

Aunque las actividades humanas son elprincipal factor que influye en la calidaddel agua, hay otros que intervienen y quedeberíamos conocer mejor. Los árboles,por ejemplo, son conocidos por sus bene-ficios para una cuenca fluvial: retardan laarroyada y frenan la erosión del suelo. Pero

pueden tener efectos negativos sobre lacalidad del agua. Interceptan el aerosol(mezcla de aire y de materias en suspen-sión) y retienen las partículas secas, quese acumulan en las hojas, del mismo modoque éstas recogen aquellas materias cuan-do llueve. Éstas son arrastradas al suelo y

los ríos, hasta la capa freática, y especial-mente los compuestos sulfurados provo-can una acidificación del agua.

Otro aspecto de la investigación son lasrepercusiones de los cambios climáticossobre el ciclo hidrológico. Parece ser queafectarán a los recursos de agua, pero ha-brá que recoger muchos más datos antesde sacar conclusiones.

Pero los hidrólogos rara vez logranhacer oir su voz a los responsables, que amenudo olvidan que sus proyectos hidráu-licos dependen del ciclo hidrológico natu-ral. Los daños provocados al mar de Aral,por ejemplo, sin duda habrían podido evi-tarse en gran parte con una mejor comuni-cación entre los hidrólogos y los explota-dores de los ríos que desembocan en él,tanto más cuanto que los hidrólogos de laex Unión Soviética poseían estadísticasmuycompletas. Pero la red hidrográficaestá hoy en regresión y el mar de Aral seseca. ¿Se repetirá esta situación? Lainminencia de una crisis mundial de aguaes una hipótesis muy real. Apoyar a los in-vestigadores para llenar esas lagunas ycomprender mejor cómo luchar contra suescasez es, pues, algo vital.

John C. RODDAPresidente de la Asociación Internacional de

Ciencias Hidrológicas

I n v e s t i g a c i ó n

DATOS INSUFICIENTES Y POCO FIABLESMientras no se conozca en detalle el ciclo del agua, a escala planetaria, no se puede esperargestionarla correctamente.

E L C I C L O D E LA G U A Y L AA C T I V I D A DH U M A N A( I n f o g r a f í a :A . D a r m o n )

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T E M A C E N T R A L

10. . . . . .

La construcción de lo que suele llamar-se las infraestructuras físicas de los re-

cursos de agua, ha sido -y sigue siendo- unelemento clave para comprender cómoconstruimos nuestras civilizaciones. Es untestimonio de nuestro esfuerzo colectivopor sobrevivir, superar las dificultades yafrontar las incertidumbres. Es, también,el signo del genio humano que nos empujaa creer, prosperar y crear. Por eso prácti-camente todas las culturas, incluida la cul-tura científica, que hoy es la nuestra, hancodificado en ritos laicos y liturgias reli-giosas centradas en el agua, acontecimientoscomo el nacimiento, o la creatividad, la pros-peridad, la reconciliación y la cooperación.

Nuestro respeto por el agua arranca dela conciencia que tenemos de su caráctersagrado. Los pueblos antiguos creían en losorígenes misteriosos de las fuentes. Losestudios de Hipócrates sobre las propieda-des medicinales del agua y las ideas deTales según las cuales el agua es una sus-tancia fundamental y una fuente de vida loatestiguan. Tertuliano, uno de los padresde la iglesia cristiana primitiva, escribe enDe baptismo: "..el agua fue la primera sededel espíritu divino, que después la prefirióa todos los demás elementos... Fue al aguaa quien se encomendó primero que produ-jera criaturas vivas... Fue el agua la que,antes de cualquier otra cosa, produjo loque es la vida..."

FUENTE DE V IDALa tradición hindú considera el agua comoun poderoso medio de purificación y comouna fuente de energía. En el Rigveda sereza una plegaria a la divinidad del agua:"Las aguas del cielo, las aguas de los ríosy el agua de los pozos, cuya fuente es elocéano: que todas estas aguas sagradasme protejan".

En la tradición musulmana, la charia,que significa "la fuente del agua", es, enrealidad, la fuente de vida en la sociedad.La tradición ha establecido sus normas paragestionar el agua, con el fin de minimizarlos conflictos. Las tribus beduinas, porejemplo, siguen un orden de prioridad enel uso de los pozos y las familias más nu-merosas tienen prioridad.

Estas ideas y otras del mismo tipo hangenerado, de la misma manera, un sistema

C u l t u r a s

¿MÁS SIMBÓLICA QUE ÚTIL?La gestión y el valor del agua son inseparables del desarrollo -material y espiritual- de todaslas civilizaciones. Hay que recuperar y restablecer este vínculo múltiple y multiforme.

de valores fundado por la práctica roma-na, que consiste en proporcionar gratuita-mente agua corriente a los ciudadanos.Heródoto hace remontar los orígenes de lageometría a la época en la que se intentabapredecir las crecidas del Nilo. Como ya he-mos dicho más arriba, mitos, ritos y sím-bolos se referían a este tipo de situaciones.

Las castas de sacerdotes que las controla-ban eran poderosas y ocupaban un lugardestacado en la sociedad. Entre los mayas,los sacerdotes fijaban cada año las fechasde las siembras, recibiendo como tributouna parte de las cosechas. En el imperiojemer, los templos estaban asociados a de-pósitos de agua.

Del mismo modo, en Occidente, duran-te la Ilustración se formaron todos los ele-mentos de una hidráulica sagrada, que in-cluía la memoria cristianizada del Nilo ydel culto de la fertilidad, de la fuente mís-tica de la creación hecha visible por lamecánica y por la renovación de la tradi-ción romana del agua corriente. En la Ita-lia renacentista, el título de "superintenden-te de aguas y ríos" se concedía a los máscélebres "fontanieri" (diseñadores de fuen-tes). Era más que simplemente ingeniería.

“ Q U E T O D A S E S T A S A G U A S S A G R A D A SM E P R O T E J A N ” .

( F o t o © H O A Q U I / R . d e W i l d e ) .

Era necesario saber "hidromitología" ade-más de hidráulica, física y ciencias. Lospríncipes esperaban que sus "fontanieri"superaran a sus rivales con sus juegos deagua y que su arte revelara también losprincipios profundos y ocultos de la crea-ción.

Esos hombres, que también se encar-gaban de las aguas urbanas, se definían porsu misión: transformar lo estancado en co-rriente, el agua en fuente, la muerte en vida.En el fondo se consideraban como sabiosque tenían que descubrir principios univer-sales. En 1425, el Papa impulsó una refor-ma que hacía de la renovación del aguapura y corriente un deber cívico sagrado.

La gestión de los recursos de agua per-mitió que se desarrollara el espíritu demo-crático y el sentido de comunidad. Así, laconstrucción de redes de riego en España,en los siglos XVI y XVII, en general ladecidían, organizaban y financiaban lascomunidades locales que las realizaban yque las mantenían.

REPARTO EQU I TAT IVOA lo largo de los últimos siglos, el agua seha empleado de forma cada vez másdiversificada y la demanda ha aumentadoconsiderablemente. El desarrollo de nues-tra tecnología ha facilitado la democrati-zación del acceso al agua. Pero este proce-so nos lleva a hacer frente a una necesidadacuciante: hallar el modo de repartir, deestablecer prioridades y de coordinar esosusos, con el fin de seguir unos criteriosaceptables de igualdad social.

El contenido simbólico del agua podríaser un poderoso instrumento de reconci-liación y de cooperación. A uno u otro ni-vel, todas las culturas reconocen el carác-ter sagrado del agua. Elemento purificadory curador, el agua es una de las metáforassupremas de la experiencia humana. Tieneun significado profundo, casi primordial,y el poder simbólico, potencialmente in-menso, de conmover a la gente. Simple-mente ya no podemos permitirnos ignorarel cómo.

Jerome Delli PRISCOLIInstituto de Recursos Hídricos

Cuerpo de Ingenieros Militares del ejércitonorteamericano

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Futura presade la

Unidad

PresaReis Talal

MarMediterráneo

11. . . . . .

S i el petróleo ha sido a menudo la causade las guerras de este siglo, el agua

provocará los conflictos del siglo XXI",predecía en 1995 Ismail Serageldin, vice-presidente del Banco Mundial. Dado que10 países poseen el 60% de las reservas deagua dulce del planeta y que el mundo su-frirá dentro de 40 o 50 años una escasezgeneral de agua, la hipótesis de un conflictoes perfectamente plausible. Y sin embar-go, las mismas razones pueden convertirel agua en fundamento de una nueva uni-dad y garante de la paz.

"Si en 1992 me hubieran preguntadosi era posible la conclusión de un acuerdosobre el agua entre Israel y Jordania, se-paradas por el Jordán y su afluente elYarmuk, le habría respondido que no locreía, señala Uri Shamir, director del Ins-tituto de Investigación sobre el Agua delInstituto Tecnológico del Technion de Is-rael. Y sin embargo, hoy tenemos un docu-mento muy detallado que debería durar".

B L O Q U E O SLas divergencias entre los dos países erantan profundas, que el aprovechamiento delos recursos de agua permaneció bloquea-do durante 30 años. Los jordanos no pu-dieron llevar a cabo su proyecto de cons-trucción de una presa en el Yarmuk, por-que los organismos financieros internacio-nales exigían un acuerdo entre Estadosribereños. Además, explica Munther J.Haddadin, el principal negociador jordano,"los israelíes habían desviado el curso dealgunas fuentes salinas en torno al lagode Tiberíades para llevarlas al Jordán, jun-to con cantidades de aguas residuales par-cialmente tratadas, de modo que la cali-dad del agua se vio gravemente alterada,hasta el punto de hacerla inutilizable des-de 1963".

En 1990, en el marco de las negocia-ciones de paz, ambos países iniciaron ne-gociaciones en cuanto al reparto de los dosríos. Duraron cuatro años y desembocaronen un acuerdo formal a fines de 1994.

"Jordania está plenamente satisfecha,afirma Haddadin, quien no obstante añadeque ha resultado difícil conciliar visionesculturalmente distintas del agua. Nosotroséramos más conscientes del valor del agua,debido al enorme desequilibrio entre sus

Cooperac ión

UN PUENTE SOBRE EL RÍO JORDÁNEl agua es una fuente de conflictos potencial, pero también puede traer la paz, como demuestrael acuerdo israelo-jordano sobre el reparto de las aguas del Jordán.

existencias y la población: un jordano dis-pone de una media de cerca de 170 metroscúbicos de agua anuales, frente a los cer-ca de 400 de un israelí. Además,culturalmente, los jordanos viven desdehace generaciones en un entornosemiárido donde el agua es el recurso na-tural más valioso. Hasta hace poco, laagricultura era el principal sector de pro-ducción y de empleo. El agua, pues, des-empeña un papel primordial en nuestravinculación histórica con la tierra. Encambio, los israelíes están en la regióndesde hace una o dos generaciones y vie-nen de países afortunados donde abundael agua".

Shamir, miembro del Comité Bipartitosobre el Agua, creado para controlar la apli-cación del acuerdo, replica que, "aun es-forzándose por entender cómo perciben losdemás la cuestión del agua, hay que superarel vínculo psicológico y el debate en torno alnúmero de metros cúbicos. Por ejemplo,quizás sería preferible que una de las par-tes cogiera más agua con fines agrícolas,porque tiene más mano de obra y menoscara, y que la otra comprara esa produc-ción porque su población activa se orientamás hacia la electrónica... Hay que am-pliar el abanico de perspectivas".

Aunque no se hayan resuelto todos losproblemas, Shamir piensa que con losjordanos se ha logrado este objetivo. "Es

un acuerdo basado en la colaboración y elinterés mutuo. Israel, por ejemplo, recibedeterminado volumen de agua en verano yen invierno, y el resto es explotado porJordania. Pero Israel también almacenaagua para Jordania durante los meses deinvierno. También vamos a desalar lasfuentes situadas alrededor del lago deTiberíades y a dar una parte del agua dul-ce a Jordania". El acuerdo reconoce quelas reservas de agua "son insuficientes pararesponder a las necesidades de los países",y hace hincapié asimismo en el aprovecha-miento de nuevos recursos, a la vez queprevé controles para evitar la degradaciónde la calidad del agua. Y Jordania cons-truirá su presa sobre el Yarmuk, aunque elproyecto se ha reducido a unas proporcio-nes menos ambiciosas.

RESOLVER LAS D I F ERENC IASHaddadin y Shamir reconocen que la con-dición sine qua non de cualquier negocia-ción es "la firme determinación de las par-tes a resolver sus diferencias". Y Shamirañade: "Cada situación es distinta y esodificulta el establecimiento de criterios. Elproblema nunca se reduce al simple repar-to de un cubo de agua. Fíjese en el casodel Nilo: toda el agua que lo alimenta vie-ne de Sudán, Egipto no añade ni una gota.¿Qué cantidad de agua habría que autori-zarle a tomar y según qué criterios? Lasnecesidades de la población ciertamenteimportan más que la hidrografía o la geo-grafía, y sin embargo las necesidades de lasociedad nunca se toman como criterio".

El agua es un recurso indispensable parala vida. Esta cualidad le confiere una enor-me importancia estratégica y la convierte enuna poderosa arma de guerra potencial a es-cala internacional, nacional o local. A ellose añade el hecho de que cerca de 300 cuen-cas hidrográficas están repartidas al me-nos por dos países. No obstante, Haddadinopina que el problema del agua no puede,por sí solo, provocar un conflicto armado."Estoy convencido de que, en un contextode escasez, el agua favorecerá la coope-ración, siempre que se aporten solucionesadecuadas a las demás fuentes de conflic-to. El agua, por naturaleza, sirve para apa-gar el incendio, no para provocarlo".

S. W.

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12. . . . . .

LOS MECANISMOS DE UNA "CRISIS DEL AGUA"Las previsiones no son optimistas. Globalmente, el "pozo" del que extraemos el agua tiene suslímites y le echamos una cantidad cada vez mayor de desechos que lo contaminan más y más.

FALSA ABUNDANCIACasi toda el agua del planeta es salada. Sóloel 2,5% es dulce, y más de las dos terceraspartes de ésta estan acumuladas en losglaciares y en las nieves perpetuas. La ter-cera parte restante yace en las capasfreáticas, más o menos accesibles. Menosdel 1% forma la humedad de los suelos ydel aire. No queda más que el 0.007% dela totalidad del agua del planeta en los ríosy arroyos, embalses y lagos. Solamente estaínfima parte es más fácil de acceso y surenovación es más rápida: 16 días en pro-medio para un río y 17 años para un lago.

En 1995 el consumo de agua dulce al-canzó los 2.300 km3, mucho menos que lacantidad extraída, es decir, 3.800 km3. Lamayor parte de ésta se fue en la agriculturaque consume actualmente 5 veces más quea comienzos de siglo, frente a 18 veces másque consumen las aglomeraciones (uso do-méstico en zonas rurales y urbanas) y 26,la industria.

¿HABRÁ MÁS DEMANDA QUE OFERTA?

Glaciaresy nieves perpetuas

Agua dulcesubterránea

68,9%

0,9%

29,9%

Aguasalada97,5%

Agua dulce

Otros

Lagos y ríos

Agricultura

AglomeracionesIndustria

Embalses

Consumo de agua

Total de los recursos de agua

Agua dulce(2,5% del total)

0,3%

El aumento de extracción de agua entre1950 y 1990 fue de más del doble del cre-cimiento de la población, pasando de 1.360km3 a alrededor de 3.600 km3 anuales, yse multiplicó por seis desde comienzos desiglo. Correlativamente, el potencial deagua dulce renovable y disponible, por ha-bitante, pasó de 17.000 m3 en 1950 a 7.500m3 en 1995, y debería disminuir a 5.100m3 en el año 2025.

Al mismo tiempo, la proporción deagua disponible pero contaminada no dejade aumentar, especialmente debido a laevolución de los modos de producción in-dustrial y agrícola, así como a la crecienteurbanización.

Por consiguiente, si no se registra cam-bio alguno y las tendencias actuales conti-núan, la demanda de agua superará a laoferta antes de la mitad de la próxima dé-cada. De ahí la predicción de una "crisisdel agua".

DISTRIBUCIÓN Y CONSUMO DE AGUA DULCE EN EL PLANETA. Fuente: programa Comprehensive Assessmentof Freshwater Resources of the World, Comisión de las Naciones Unidas para el Desarrol lo Sostenible.

EVOLUCIÓN PROBABLE DE LA DEMANDA DE AGUA DULCE Y DE LAS PÉRDIDAS CAUSADAS POR LAPOLUCIÓN. Fuentes: Shiklomanov, The World's Water Resources, UNESCO/IHP, 1991

Pérdidas causadas por la polución

1900 Año 205020001950

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45000

40000

35000

30000

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15000

10000

5000

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Kilómetros cúbicos anuales

Estimación de los recursos de agua en el mundo

Estimación de los recursos de agua disponibles

Demanda mundial de agua

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. .13. . . . . .

Por consiguiente, una tercera parte de la población del planeta sufre hoy graves problemas de agua.Esta proporción, que no tiende a modificarse, debería duplicarse de ahora hasta el año 2025.

LA PRESIÓN AUMENTA

Más del 40%

20% - 40%

10% - 20%

Menos del 10%

Con el fin de cifrar la escasez de agua dul-ce de un país, los investigadores tomancomo elemento indicador la proporción en-tre la cantidad de agua dulce consumida yla cantidad disponible, sobre una base anualexpresada en porcentajes. Esto quiere de-cir que cuanto más alto es el porcentaje,menor es la capacidad de maniobra en lagestión de recursos.

Además, se debe tener en cuenta queno toda el agua extraida es consumida, por-que una parte se pierde por evaporación,en las canalizaciones o con la inevitablecontaminación de los "yacimientos" deagua. Los especialistas estiman además queen los países donde la proporción es de me-nos del 10%, no hay problema de gestiónde los recursos; si está entre el 10 y el 20%,los Estados deben hacer un esfuerzo ma-yor; si está entre el 20 y el 40% el esfuerzodebe ser aún mayor, y un compromiso en-tre los usuarios se hace indispensable; y si

va más allá del 40%, el agua es escasa enextremo, y el país afectado se ve obligadoa importarla, utilizar un proceso dedesalinización, o a extraerla de sus recur-sos no renovables.

En el mapa de arriba se presentan lospaíses del mundo, coloreados de acuerdocon los porcentajes en los que se sitúan.No es sorprendente comprobar que el Áfri-ca del Norte, el Oriente Medio hasta lasfronteras con la India y, en una proporciónmenor, la India, el Asia Central, una partede la Europa Oriental, Estados Unidos yMéxico, son víctimas de serias dificulta-des. Prácticamente todos estos países es-tán en desarrollo, lo cual representa unadesventaja adicional: por una parte, el cre-cimiento demográfico y el crecimiento eco-nómico generarán un aumento del consu-mo de agua, y por otra parte, estos paísescuentan con menos medios económicos y decapacitación que los países desarrollados.

Teniendo en cuenta la población mun-dial, y no los países, se confirma que unpoco más de la tercera parte de ésta, estágravemente afectada por las dificultades deabastecimiento de agua dulce, y por consi-guiente, un poco menos de las dos terceraspartes no sufren grandes presiones en estecampo. En el año 2025, según las previ-siones, la situación será completamenteopuesta. Más aún, cerca de la mitad de lapoblación mundial que afrontará estos pro-blemas, vivirá en los países con bajos in-gresos.

EL COLOR DE LOS PAÍSES VA DEL MÁS OSCURO AL MÁS CLARO SEGÚN EL PORCENTAJE DECRECIENTE DE SU CONSUMO ACTUAL DE AGUA DULCEY SU DISPONIBILIDAD. Fuente: La misma que en el primer gráfico de la página 12.

Infografía: Alexandre Darmon.

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Dadnos agua y nosotros haremos el res-to!", repiten los habitantes de Uadane.

Y es que Uadane, una de las cuatro ciuda-des -con Chinguetti, Tichitt y Ualata- queeran etapas fundamentales en los intercam-bios entre los pueblos del mediterráneo ylas poblaciones del límite meridional delSáhara, entre los siglos XI y XIX, Uadane,uno de los faros de la cultura y de la reli-gión islámicas, se está muriendo.

Su declive empezó con la caída del trá-fico comercial a través del gran desierto.Después de la independencia, la crisis eco-nómica y sobre todo la sequía hicieron elresto: el palmar, pilar de la economía localy trama del tejido social, se marchita porfalta de abastecimiento regular de agua yse ahoga bajo el peso de la arena. En diezaños, su superficie se redujo a la mitad has-ta alcanzar las 59 hectáreas. Los hombreshuyen en masa para ir a trabajar a las ex-plotaciones mineras del norte, o emigranhacia aglomeraciones más grandes, comoNuadibú o Nuakchot, la capital. Hoy, ape-nas 3.500 o 4.000 personas, en su mayoríamujeres, viven en Uadane y en el palmar.

La campaña para la defensa de las ciu-dades antiguas de Mauritania, lanzada en1981 por la UNESCO, tenía al principioun eje cultural. Ahora lo prioritario es re-montarse al origen del problema, más queatacar sus consecuencias: primero propor-cionar agua para que vuelvan la produc-ción y el comercio, los cuales, a su vez,traerán consigo la fuerza de vivir que ali-menta la cultura, incluida la defensa de sunotable patrimonio, especialmente de loslibros sagrados. La UNESCO, junto con el

Gobierno mauritano (Fundación Nacionalpara la Salvaguarda de las Ciudades Anti-guas) y el apoyo económico de la coope-ración alemana (BMZ), lanzó un proyectopiloto que servirá de ejemplo paraChinguetti, Tichitt y Ualata, y que preten-de mejorar el volumen y la regularidad delos recursos de agua, la clave de la seguri-dad alimentaria. "Las palmeras se encuen-tran a lo largo de los valles, explica Karim

Sebti, hidrogeólogo responsable del pro-yecto. Cuando caen las lluvias, el agua seacumula en la capa superficial de sedimen-tos, de donde luego se extrae gracias amotobombas o a pozos tradicionales.Cuando escasean las lluvias, esta capa deagua superficial se agota. Pero a pocas de-cenas de metros de profundidad, en las fa-llas de las duras rocas de arenisca, la capafreática sigue ahí. Por desgracia, los ha-bitantes no disponían de medios técnicospara alcanzarla".

Sin embargo, basta con un martilloperforador, una máquina hoy corriente."Con dos pozos de 80 metros de profundi-dad equipados con motobombas, que pro-porcionan de 40 m3 a 50 m3 por hora, po-dremos reducir el déficit de agua de riegodel 65% al 35%". Gracias a un sistema dedepósitos y canalizaciones, todo el palmarpodrá recibir pronto agua. Su costo será untercio del costo del agua obtenida conmotobomba tradicional (cerca de 1,30 FFpor m3), incluida la amortización de la in-versión (150.000 dólares). El agotador tra-bajo de riego tradicional -se requiere unajornada entera para regar una parcela me-diana- se reducirá en la misma proporción.

Completando las instalaciones de captaciónya existentes, este sistema de traída de aguapermitirá relanzar la agricultura: la produc-ción de dátiles, por supuesto, y sobre todoun trigo especial, el "achilal", muy apre-ciado en la región, del que se podrán hacerdos cosechas anuales. "Su circulación noplanteará ningún problema de desagüe ypermitirá que los productores incrementensus ingresos", opina Valérie Bertrand, au-tora de un estudio socioeconómico sobreUadane. La última ventaja es que el aguade las profundidades se libra del grave de-fecto del agua superficial, inevitablemen-te contaminada por las deyecciones huma-nas y animales y por consiguiente porta-dora de gérmenes patológicos.

M U J E R E S E X C E P C I O N A L E SPor último, la gestión de esta instalaciónserá colectiva. Porque aunque, como diceKarim Sebti, "Uadane sea a primera vistauna ciudad fantasma perdida en el desier-to, en realidad rebosa de vida". Y las mu-jeres son su motor. Poseedoras del dere-cho al divorcio con todas sus ventajas ma-teriales -una rarísima excepción en el mun-do islámico-, y a menudo obligadas a arre-glárselas solas, las habitantes de Uadanese han organizado de manera notable. Hancreado más de una decena de cooperativas-muy activas en la agricultura, la artesanía,la educación y, por ejemplo, la gestión delactual sistema de abastecimiento de aguaconsiderada potable-, de las que forma par-te la mitad de la población, sin contar lacooperativa de cooperativas. A ello añadi-rán la gestión de la nueva instalación, elsegundo pilar del proyecto. El tercero po-dría ser el turismo. Ante las perspectivasabiertas por la traída de agua, pronto reci-birán una formación básica en la materia,y van a gestionar un albergue para acogera los turistas que se aparten de los cami-nos transitados.

Gracias al agua, la ciudad del desiertose prepara para alcanzar un nuevo equili-brio, sin duda menos radiante que duranteel auge del comercio transahariano, perosostenible. Esta esperanza recuperada enUadane es, sin duda, la mejor forma quetiene Mauritania de restablecer el vínculocon su historia.

C. C.

Desa r ro l l o i n t eg rado

LA FUENTE DEL PATRIMONIOEl patrimonio de Uadane (Mauritania), uno de los sitios históricos del comercio transahariano,sólo sobrevivirá si sus habitantes pueden vivir ahí. Pero sólo faltaba el agua.

E N U A D A N E , E LA G U A E S

E S C A S A Y M U YD I F Í C I L D E

E X T R A E R ( F o t oF. N . S . V . A . )

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. 15. . . . . .

Aquí hay muchos albañiles y fontanerosque hacen este tipo de empalmes. Si

la SABESP (la compañía de aguas delestado de Sao Paulo, en Brasil) no lleva elagua a la gente, la gente va a buscarla:¡no se puede vivir sin!" A Maria Aparecidados Santos, de 39 años, empleada de hogar,con un marido desempleado y cuatro hijos,que "sobrevive" en una casucha a pocosmetros de uno de los depósitos de agua másgrandes de Sao Paulo, a 20 km del centro,le parece muy normal servirse si no lesirven. Hace algunos días, en un fin desemana, cuando el agua es indispensablepara hacer la limpieza y la colada, seabalanzó, con treinta vecinas armadas conmachetes y martillos, sobre un grupo deobreros cuyas máquinas habían aplastadoel tubo que abastece el barrio.

Los 10 millones de habitantes de lamayor ciudad de Sudamérica, iguales antela ley -al menos en principio-, se repartenen tres grupos muy distintos en cuanto alderecho al agua. Los ciudadanos de primeraclase la reciben todos los días sin restric-ción, consumiendo una media de 300 li-tros diarios; la clase intermedia -3,2 millo-nes de habitantes- tiene los grifos secos doso tres veces por semana, ya que los barriosse abastecen por turnos; en cuanto a las500.000 personas de los tugurios, vivenfuera de los circuitos oficiales y "piratean"una media de 150 litros diarios.

H IPERTROF IASao Paulo dispone actualmente de 60 m3

de agua potable por segundo. De entrada,el déficit es de 9 m3. Además se permite ellujo de desperdiciar el 40% de su agua,debido a las vetustas canalizaciones y losescapes de los ramales, o al desvío a em-palmes clandestinos. El 26% de los habi-tantes no está conectado al alcantarillado;solamente el 27% de las aguas residualesse recoge y depura, vertiéndose el resto alos tres ríos principales de la ciudad.

"La gestión de los recursos hídricos deSao Paulo ha sido durante mucho tiempocentralizadora y muy ineficaz; los costos,enormes, y la estructura de la empresa haestado hipertrofiada, afirma el presidentede la SABESP, Ariovaldo Carmignani.Estamos corriendo contra el reloj para quese resuelvan todos estos problemas antes

B r a s i l

AGUA CORRIENTE PARA TODOSEn Sao Paulo, megalópolis de Sudamérica, el agua sólo cae a chorro en casa de los más ricos.La reforma radical de la compañía de aguas debería poner fin a esta segregación.

de 1998". En 1995 se despidió al 20% delpersonal de la empresa (4.000 empleados).Gracias a esta reducción de personas y auna rigurosa gestión en todos los ámbitos,los beneficios de 1995 fueron de 26millones y las previsiones para 1996 sonde 200 millones, frente al déficit de 214millones de dólares de 1994. El plan deinversiones para los próximos dos años esenormemente ambicioso: 3.000 millonesde dólares. Se destinarán especialmente a

la construcción de un nuevo embalse queduplique la capacidad de producción ac-tual. El embalse hidroeléctrico de Billings,bastante contaminado por las aguasresiduales que van a parar a los ríos que loalimentan, posee no obstante algunas par-tes que pasan por estarlo menos; éstas se-rán conectadas con el depósito de Guara-pirangua, deteriorado por el crecimiento delas "favelas" a sus orillas, pero que alimentade agua potable el sur de la ciudad. Porúltimo, otros dos pequeños depósitos sesumarán a los ocho que funcionan actual-mente en los próximos cinco años.

Pero la principal innovación se refierea las estructuras de la empresa. La reforma

iniciada con la International FinanceCorporation (una de las cinco institucionesque forman el Banco Mundial) hace que cedael depósito que está construyendo a unaempresa privada. Esta privatización seráparcial, ya que los estatutos de la SABESPprohíben un paso total al sector privadocomo se hace en Brasil y en Argentina enlos sectores de la energía, las telecomuni-caciones y la industria petrolera. "Estamosintentando implantar un modelo alternati-vo, afirma Carmignani. Hemos dinamitadola estructura hipertrofiada que actuaba en330 ciudades del estado, para crear unasunidades más pequeñas y más dinámicas,agrupadas en un holding".

INCERT IDUMBRESPero los obstáculos persisten. Primero,políticos, ya que el presidente de laSABESP es designado por el gobernadorque se elige cada cuatro años y su manda-to expira en 1998. Después, y sobre todo,cualitativos. Por ejemplo, el depósito deGuarapirangua, a pesar de hallarse en unazona protegida, tiene un grave problemade proliferación de algas, debido a losresiduos vertidos por los 600.000 vecinos.La parte del embalse de Billings quedebería suministrar agua es considerada dealto riesgo. "Contiene lodos en los que severtieron residuos industriales y domésti-cos de todo tipo durante 50 años, afirmael experto Benedito Braga Junior, de la Es-cuela Politécnica de la Universidad de SaoPaulo. Aunque el agua de la supeficie dala impresión de ser de buena calidad, na-die sabe lo que hay en el fondo". La mis-ma incertidumbre existe sobre el agua quesaldrá de las depuradoras en construcción:los expertos temen que ni tan sólo alcancela calidad requerida para un uso exclusi-vamente industrial.

Por último, las lluvias tropicales pro-vocan cada año inundaciones desastrosas.En este sentido, Benedito Braga Junior, conla colaboración de la UNESCO, dirige unproyecto de investigación no sólo para evi-tar sus efectos mediante un urbanismo yunos sistemas de evacuación apropiados,sino también para sacar partido de esa aguaque cae gratuitamente del cielo.

Daniel Hessel TEICH, Sao Paulo

L O S N I Ñ O S D E L O S “ P I R A T A S ”( F o t o © S a t o r u T a k a e s u ) .

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T E M A C E N T R A L

E l agua puede ser una fuerza unifica-dora, más que una fuente de conflic-

to, como lo ilustra el artículo dedicado alJordán (ver p. 11). Con esa idea, el Pro-grama Hidrológico Internacional de laUNESCO lanza, en el marco de la Déca-da Mundial del Desarrollo Cultural, elproyecto "Agua y civilización", que du-rará cinco años y pretende desarrollar,partiendo de varios enfoques, "unametodología y una tecnología de apoyoa la negociación, para resolver las dife-rencias y los conflictos relativos al aguaen distintos entornos socioeconómicos yculturales". También tendrá como finali-dad sensibilizar a un núcleo de especia-listas de todo el mundo, susceptibles deelaborar un enfoque multidisciplinario deesos conflictos a escala local, nacional ointernacional.

R IVAL IDAD O COPERAC IÓN"Centrar la atención en los conflictos re-ferentes al agua o a su utilización comoarma es algo fácil, señalan Fekri A.Hassan y Jerry Delli Priscoli en su estu-dio "Agua y civilización", que debepublicarse bajo los auspicios del proyec-to. En realidad, el origen de la palabra‘rival’ viene del latín ‘rivalis’, que signi-fica ‘el que utiliza el mismo río’ o ‘rivus’...Pero para nosotros la historia de la ges-tión de los recursos de agua es, sobre

todo, la historia de una cooperación... Lairrigación favoreció la formación de lasprimeras comunidades y, aunque no exis-ten muchas pruebas, también contribuyó areunir esas comunidades para crear orga-nizaciones más grandes. Lejos de eliminarla seguridad, esta red comunitaria contri-buyó en gran medida al desarrollo de la ci-vilización..."

"De hecho, al partir de una importantecomunidad científica de especialistas enhidrología, con un mismo lenguaje y pre-ocupaciones compartidas, a menudo losdebates entre éstos se producen entre par-tes en conflicto, o incluso en guerra..."

"Hoy los hidrólogos de todos los paísesribereños del Nilo se reúnen en el foroTechnoNile. Perpetuando una colaboraciónanterior, el foro se reúne a pesar de las cre-cientes tensiones entre países ribereños apropósito de la renegociación de los trata-dos. Esas reuniones... permiten estudiar, enun clima libre de amenazas, opciones y al-ternativas que aportar en el momento enque se emprendan las negociaciones políti-cas. A los historiadores del siglo XX lescuesta encontrar ejemplos de incidentesgraves donde el agua haya constituido un‘casus belli’".

Sacando provecho de esos vínculos en-tre profesionales, el proyecto organizaráconferencias regionales e internacionalesinterdisciplinarias, sobre los componentes

regionales del agua y de la civilización. Laprimera se celebrará en Oriente Medio en1997 y las siguientes en África, Asia, Amé-rica y Europa. De la última conferenciadebería salir una síntesis global de lo apren-dido. La UNESCO, junto con CambridgeUniversity Press, publicará la totalidad delas actas de esas conferencias en inglés, enla colección de estudios internacionales dehidrología.

D IVULGAC IÓNTambién se han previsto seminarios y ta-lleres para ayudar a los responsables a de-cidirse en campos tan diversos como laparticipación del gran público o las dimen-siones éticas de la toma de decisiones enmateria de recursos hidrológicos. Se ha pre-visto la edición de una obra de divulgacióncientífica, así como una serie televisiva,para destacar el papel del agua en distintasculturas a lo largo de la historia.

"Una buena gestión de los recursos deagua va más allá de una gestión centradaen un rendimiento máximo en términos dedólares, opinan Hassan y Priscoli. Se tratade gestionar la diferencia. Sin una com-prensión profunda de la ideología, de lapráctica, de los métodos de comunicacióny del papel de la iconología en una cultu-ra, difícilmente se consigue una auténticacomunicación".

S. W.

En to rno cu l t u ra l

"GESTIONAR LA DIFERENCIA"Para que el reparto del agua lleve a cooperar, más que a disputarse, los hidrólogos deben negociara partir de datos científicos, pero también de factores culturales.

La mayoría de las obras sobre el tema,aquí señaladas, están disponibles en in-glés y francés.

GLOSARIO INTERNACIONAL DEHIDROLOGÍA. Obra multilingüe (inglés-francés-español-ruso) que recoge 1.800términos relativos a la hidrología de su-perficie y a la hidrogeología (UNESCO,1993).

LE CONTRÔLE DE L’EUTROPHISATIONDES LACS ET DES RÈSERVOIRS, de S. O.Ryding y W. Rast. Establece un balancede las experiencias y datos relativos a laintervención humana en este campo, y

describe los métodos que permiten paliarsus consecuencias (UNESCO, 1993).

LES RESSOURCES EN EAU DES PAYS DEL’OSS- Évaluation, utilisation et gestion.Describe las características de los recursosde agua disponibles en la región cubiertapor el Observatorio del Sáhara y del Sahel,con una estimación de la demanda futura,teniendo en cuenta el crecimiento demográ-fico (UNESCO/OSS, 1995).

En la colección Études et rapportsd’hydrologie, varias obras presentan lasmediciones efectuadas en los caudales delos ríos:

CAUDAL DE ALGUNOS RÍOS DEL MUNDOagrupa, en forma de cuadros, los datos de136 países, a partir de 958 estaciones deaforo (Études et rapports d’hydrologie, nº5, UNESCO, 1993).DÉBIT DE CERTAINS COURS D’EAUD’AFRIQUE presenta los datos disponiblesde 279 ríos de 38 países (Études et rapportsd’hydrologie, nº 52, UNESCO, 1995).

PARAMÈTRES HYDROLOGIQUES POURLES PROJETS HYDRAULIQUES. Recopila-ción, publicada en la misma colección, delos métodos de cálculo de esos parámetros(Études et rapports d’hydrologie, nº 48,UNESCO, 1990).

INFORMACIÓN COMPLEMENTARIA.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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1997 Agenda UNESCOdel Patrimonio Mundial

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Apellido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nombre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Dirección . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ciudad, código postal . . . . . . . . . . . . . . . . País . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Favor enviar . . . . ejemplares de la Agenda UNESCO del Patrimonio Mundial 1997, a 110 FF la unidad (más 30 FF por el gasto de envío).

Adjunto un cheque por la suma equivalente a: Ediciones UNESCO, División de Promoción y Ventas, 7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP.

■ Una contribucióna la salvaguarda denuestro patrimonio.

■ 125 fotos a colorde los nuevos sitiosy monumentos de21 países, inscritosen la Lista delPatrimonioMundial.

■ 18,5x26,5 cm,trilingüe:inglés/francés/español.

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 4 / N O V I E M B R E 1 9 9 6

18. . . . . .

"'Estamos esperando desde hace más de 150años para ser recibidos por el Sr. Presiden-te de nuestro país y, aún seguimos esperan-do', decía la carta precedida de múltiplesfirmas. Yo di órdenes de otorgar la entre-vista en el más rápido plazo, intrigado porel origen de los argumentos y necesidadesde los peticionarios, expresaba Victor HugoCárdenas, vicepresidente de Bolivia refi-riéndose a un grupo de líderes de la etnia delos yungas, representantes de un conjuntode más de 50.000 negros y cholos, de ori-gen africano, que habitan en los valles de laCordillera Oriental de los Andes. "Ellosquerían ser tomados en cuenta por el go-bierno central, como representantes de estepueblo que conforma una parte esencial denuestra nación. Querían ser considerados,ser respetados, ser escuchados, para poderparticipar del futuro general de Bolivia".

Este testimonio se refería a la participa-ción y representatividad ciudadana en Amé-rica Latina, uno de los problemas más im-portantes tratado durante el V Laboratoriode Análisis Social, realizado los días 21 y22 de septiembre pasado, en Santiago deChile, dentro del marco del proyecto deAmérica Latina, "Nueva Cultura para elNuevo Siglo" impulsado por la UNESCO.Éste taller, último de un proceso iniciadoen 1995, debe concluir en la Cumbre Re-gional para el Desarrollo Político y los Prin-cipios Democráticos, en Brasil en 1997.

C I M E N TA R L A S O C I E D A DComo lo señaló Anaisabel Prera Flores,Consejera especial del Director Generalpara América Latina, "la UNESCO ofreceespacios de encuentro y reflexión a un am-plio espectro de actores políticos y socialespara que tengan la oportunidad de expre-sar sus ideas sobre los procesos democrá-ticos con el objeto de, por una parte, pro-mover el diálogo entre gobernantes y go-bernados, y por otra, consolidar una socie-dad civil autónoma, responsable y dotadade la cultura política necesaria para la es-tabilidad democrática".

Cerca de 20 personalidades políticas dela región participaron en este encuentro cu-yos debates se centraron en el tema de la"gobernabilidad democrática" a través deproblemas como el narcotráfico, la pobrezageneralizada, la corrupción política, la difícil

transición de los regímenes militares a dé-biles democracias, o la definición del rolde las fuerzas armadas en la consolidaciónde las democracias.

Algunos participantes inesperados tam-bién pudieron intercambiar sus puntos devista sobre la gobernabilidad democrática."Cuando recibí la invitación de laUNESCO para participar en la reunión,creí que se trataba de un error. Yo, quedurante más de treinta años trabajé y lu-ché por la desestabilización estaba invita-do para exponer en nombre de la UnidadRevolucionaria Nacional Guatemalteca(URNG) nuestra visión y puntos de vistasobre gobernabilidad", señaló RodrigoAsturias, lider de esta organización.

E L E M E N T O S M O D E R A D O R E SPara este guerrillero, antes de tratar aspec-tos de la consolidación de la democracia,es prioritario resolver los problemas delproceso de paz. Guatemala, con 10 millo-nes de habitantes, indígenas en su mayo-ría, es proporcionalmente el país de Amé-rica Latina más afectado por la violación alos derechos humanos. Según Asturias, elpapel de las organizaciones internaciona-les es esencial. "Las Naciones Unidas, consu apoyo internacional a las negociacio-nes, han hecho posible que se conozcan losactores, han aportado factores de mode-ración y han permitido la verificación tantode las conversaciones como del cumpli-miento de los acuerdos".

"Si durante los años 80 el tema fue latransición a la democracia, en los 90 eltema debe ser su consolidación", escribíaPedro Medellín, investigador colombiano,a propósito de la gobernabilidad. Este con-cepto reciente, se refiere, en efecto, a laviabilidad de la democracia como sistemainstitucional y político dentro de socieda-des modernas cada vez más complejas. EnAmérica Latina, la preocupación por lagobernabilidad está a la orden del día de lasagendas políticas, teniendo en cuenta elgran distanciamiento que existe actualmen-te entre las sociedades y sus respectivosEstados: lucha abierta de poderes en los altosniveles del Estado, nuevas formas de subleva-ción social carentes de reivindicaciones políti-cas, falta de autonomía económica y políticade las autoridades regionales, incapacidad del

CONSOLIDAR LA DEMOCRACIAPolíticos y expertos latinoamericanos discuten sobre el conceptode "gobernabilidad" y la complejidad de su aplicación.

Tre i n t a m i l k i l óme t r o s a t r a vé s de 25pa í s e s . d e Pa r í s a U shua i a , a l ex t r emosu r de A rgen t i na , e l j o ven f r an c é sMa th i eu Pou l y i n i c i ó en l a s ede de l aUNESCO e l 30 de s ep t i embre un pe r i p l os o l i t a r i o en b i c i c l e t a . Su ob j e t i v o e sc on s t i t u i r una memor i a e s c r i t a y v i s ua lde l o s s i t i o s c u l t u r a l e s y na t u ra l e si n s c r i t o s e n l a L i s t a d e l P a t r i m o n i oMund i a l d e l a UNESCO y s en s i b i l i z a r al o s med i o s d e c omun i c a c i ón en s ucon se r va c i ón . Con un mo r ra l y ma t e r i a lf o t og rá f i c o , i n i c i a e s t a c a r r e r a que debet e rm ina r en ma r zo de 1998 .

(Fo to UNESCO/Inez Fo rbes )

El TRÁFICO ILEGAL DE ARTE fue objetode una reunión organizada en laUNESCO el 9 de octubre por losdelegados permanentes ante laOrganización. Los especialistasprecisaron las implicaciones de laConvención de 1970, los medios parahacer que se aplique -especialmenteen colaboración con organismos comola INTERPOL-, así como la acción dela UNESCO en este campo.Después de que un delegado sugirieraque no se considere ningún biencultural como "propiedad privada",los expertos explicaron que muchosEstados ya han modificado suslegislaciones sobre la propiedad, conel fin de proteger el patrimoniocultural. Pero la noción de propiedadvaría considerablemente de unanación a otra. Es necesario, pues, irpor partes.

G o b e r n a b i l i d a d

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Estado de responder a las demandas so-ciales o para modernizar la economía...

En su discurso de inauguración,Genaro Arriagada, Ministro Secretario dela Presidencia de Chile, planteó lo que, se-gún él, constituyen los problemas funda-mentales de la gobernabilidad democráti-ca en la región, como son la dificultad para

generar el progreso material, y la persis-tencia de patrones de desigualdad que leasignan el "triste privilegio de ser la me-nos equitativa del mundo", situación queha sido agravada por la aplicación de pro-gramas de ajuste estructural en las dos úl-timas décadas. En su opinión "se imponela búsqueda de un paradigma económicoy social, que además de hacerse cargo delas víctimas de los ajustes estructurales através de programas de compensación so-cial destinados a los más pobres, promue-va como un aspecto medular de las políti-cas públicas la creación de una mayorigualdad de oportunidades".

El vicepresidente de Bolivia, expresópor su parte que "a las dificultades econó-micas debía añadirse el problema de losprejuicios raciales y la segregación étnica"e insistió en que los Estados preocupadospor lograr una gobernabilidad democráti-ca no sólo deben orientar, sino también re-cuperar las diversas formas de organiza-ción política y de resolver los problemasque tienen las comunidades indígenas. "UnEstado que enseñe, dijo, pero sobre todo,un Estado que aprenda". Y se refirió a lasreformas realizadas en el sistema judicialde su país que tienen en cuenta el derechoindígena ancestral.

"Toda reforma del Estado debe pasarpor la abolición del patrimonialismo, esa

enfermedad latinoamericana que hacecreer al gobernante que lo público es obje-to de su capricho...", manifestaba por suparte, Porfirio Muñoz Ledo, ex presidentedel Partido de la Revolución Democráticade México. "Mexico es un caso excepcio-nal en el que ha existido durante más desetenta años un partido único, el PRI", lo

que ha generado desde hace más de treintaaños "no solamente una crisis de legitimi-dad del gobierno sino una crisis generalde la función pública". En este sentido,Anaisabel Prera se refirió a la prioridad quese da a la dimensión electoral sobre las di-námicas sociales y políticas que la susten-tan, lo que ha generado la imposición demodelos y no la libre participación.

Resumiendo estas jornadas, Jorge Nie-to Montesinos, coordinador de la CumbreRegional señaló que la gobernabilidad y lademocracia son conceptos que obedecen ados lógicas distintas: "la gobernabilidad esresultado del balance de los poderes rea-les, mientras que la democracia obedecemás bien a la utopía de la igualdad políti-ca". "Por tanto, dice, "la gobernabilidaddemocrática no es una solución, sino unaaspiración, y en todo caso, un problema aresolver". Cualesquiera que sean las agen-das nacionales de gobernabilidad, "lo querecorre como rasgo común a la política ylas sociedades latinoamericanas es el res-cate del Estado nacional", concluyó Nieto,es decir, "la recuperación del Estado comoámbito público en el cual las sociedadesdiriman sus diferencias en búsqueda de unproyecto común".

Liliana SAMPEDROcon Juan IBAÑEZ ELGUETA en Santiago

V O T O AM A N OA L Z A D A E NU N AC O M U N I D A DC A M P E S I N AP E R U A N A( F o t o ©C h r i s t o p h eK U H N ) .

" L a Fundamen ta c i ón y P r á c t i c a de l aE D U C A C I Ó N E N D E R E C H O S H U M A -N O S d e s d e l a p e r s p e c t i v a l a t i n o a m e r i c a -na " f ue e l t ema de un s em ina r i oo rgan i zado de l 9 a l 11 de o c t ub r e en l aUn i ve r s i dad Na c i ona l Au t ónoma deMéx i c o . L o s pa r t i c i p an t e s d i s c u t i e r onsob r e s u i n s e r c i ón den t r o de l o s p r og ra -mas de edu ca c i ón bá s i c a e l emen ta l - p r ee s c o l a r, p r ima r i a y s e cunda r i a - , y d eedu ca c i ón s upe r i o r- y d e f o rmac i ón demae s t r o s - p r opue s t a s t e ó r i c a s yme todo l óg i c a s - , a s í c omo l a edu ca c i ónpa ra l a d emoc ra c i a en l a p e r s pe c t i v a del a f o rmac i ón de l c i udadano . Con mo t i v ode e s t e en cuen t r o s e i naugu ró unaCá t ed ra UNESCO de l o s d e r e cho s humano sen l a f a cu l t ad de c i en c i a s po l í t i c a s ys o c i a l e s d e e s t a un i v e r s i dad .E s t a s c á t ed ra s , c r eada s pa ra re f o r za r l ac oope ra c i ón en t r e un i v e r s i dade s yamp l i a r e l r epa r t o de l o s c ono c im i en t o s ,ya ex i s t en en 20 pa í s e s en e l mundo .

El compositor húngaro GYORGYLIGETI y la cantante argentinaMERCEDES SOSA recibieron el 4 deoctubre en Aachen (Alemania), elPremio UNESCO/Concejo Internacio-nal de la Música, 1996. La obra deGyörgi Ligeti, personalidad destacadade la música contemporánea, echa susraíces en la tradición sabia y popular,sin dejar de abrirse a culturasdiferentes de las europeas. MercedesSosa fue una figura emblemática de laoposición de su país durante los años70 y 80. Ella canta a la libertad, a laidentidad, a la juventud. Le gustamezclar géneros y une su talento al demúsicos tradicionales o de rock.

( Fo to C IM)

G o b e r n a b i l i d a d

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 4 / N O V I E M B R E 1 9 9 6

Pa ra c e l eb ra r e l D ÍA MUND IAL DE LAT O L E R A N C I A (16 de nov i embre ) , s ed i s t r i bu i r á a t oda s l a s e s c ue l a s d e lmundo un c a r t e l d i s eñado po r e l a r t i s t aa l emán He lmu t L ange r, a t r a vé s de l a sc om i s i one s na c i ona l e s , d e l o s c l ube sUNESCO y de l a s e s c ue l a s a s o c i ada s . L a sc a ra s c on l o s c o l o r e s d e l o s an i l l o so l ímp i c o s y c on f o rmas va r i ada s ,s imbo l i z an l o s c i n c o c on t i n en t e s y l ac oex i s t en c i a a rmón i c a en t r e d i s t i n t o si nd i v i duo s , c u l t u r a s y na c i one s .

20. . . . . .

Las nuevas técnicas de reproducción ofre-cen posibilidades prodigiosas para quieneslo deseen, desde las pruebas genéticas has-ta la fecundación in vitro. También ocupanlas portadas de los periódicos. Hace 18 añosnacía el primer bebé probeta. Le siguieronmuchos más, pero la euforia disminuyó.Recientemente, la británica MandyAllwood vendía a los periódicos la heroicahistoria de la futura madre que se negaba aque los médicos "eliminaran" algunos desus ocho embriones que le habían implan-tado. Acabó perdiéndolos todos.

Estos casos extremos son excepciones,pero hacen preguntarnos si esas tecnologíasno nos llevan demasiado lejos. Para re-flexionar sobre ello, una mesa redonda re-unió a científicos, médicos, juristas y so-ciólogos en torno al tema "la bioética y lasmujeres", con motivo de la cuarta sesióndel Comité Internacional de Bioética (CIB),celebrada en la UNESCO los días 3 y 4 deoctubre.

Según declaró la canadiense BarthaMaria Knoppers, catedrática de Derecho dela Universidad de Montreal y miembro delCIB, tras el debate, "no se pueden definirleyes, principios éticos a partir de casosproblemáticos. Debemos preguntarnos‘cómo aparecen esos casos’. ¿Es un fenó-meno del sistema?, ¿el acceso a esas técni-cas es demasiado fácil?, ¿la profesión mé-dica controla el poder de los medicamen-tos?, ¿la culpa es de la industria que losfabrica?, ¿la sociedad presiona demasia-do a las mujeres para que tengan hijos?"

PA R A T O D A S L A S M U J E R E SEn el caso de la fecundación in vitro, "lainvestigación pretendía que cualquier mu-jer pudiera tener un hijo si lo deseaba. Losproblemas vinieron más tarde, recuerdaLucile Newman, catedrática de Salud Pú-blica de la Universidad de Brown (RhodeIsland, Estados Unidos). Primero, es unatécnica muy cara -15.000 dólares por im-plante-, lo que explica quizás que las mu-jeres tiendan cada vez más a decidir ‘ha-cerlo de una vez por todas’ y tener geme-los. Los médicos, por su parte, se han dadocuenta de que los embriones ‘aguantaban’mejor en caso de implantes múltiples, ‘eli-minándose’ después los que estaban de más.La mayoría de las mujeres lo aceptan. Pero

R e p r o d u c c i ó n a s i s t i d a

LIBERTAD Y ÉTICATener hijos a pesar de todo, -casi- siempre es técnicamente posible.¿Y éticamente?

las que ocupan la "portada" de los perió-dicos son las reticentes a la "eliminación",que más o menos equiparan al aborto. Demodo que observamos un aumento consi-derable del número de nacimientos múlti-ples. En los últimos 10 años, el número de

trillizos se ha multiplicado por 10 en launidad donde yo trabajo. Uno de los be-bés puede estar en perfecta forma, otro enun estado similar y el tercero pasará añosen el hospital. Estas diferencias se debenal medio uterino, ya que no todos los em-briones tienen el mismo acceso al flujo san-guíneo".

Según Lucile Newman, esos casos de-rivan de un "problema de comunicaciónentre los médicos y sus pacientes". Peroalgunos ven en ellos una cuestión más com-pleja. "Ciertamente la autonomía de lasmujeres, el hecho de que puedan contro-lar su propio destino físico, es algo muybueno, observa Wayland Kennet, miembrode la Cámara de los Lores británica. Perocomo todo lo bueno, ¿tiene sus límites?¿Vamos demasiado lejos en la persecuciónde ese ideal?" Él se declara dividido a pro-pósito de la "eliminación" y recuerda elcaso de una parturienta que rechazaba unacesárea, aunque los médicos le habían avi-sado de que su vida y la de su bebé depen-dían de ello. La justicia les autorizó a prac-ticar la intervención.

La antropóloga egipcia Laïla El-Hamamsy, catedrática de la UniversidadAmericana de El Cairo, considera que no

F E C U N D A C I Ó N I N V I T R O( F o t o © G A M M A / C . V i o u j a r d ) .

Las universidades son "unas comuni-dades de eruditos cuya misión espreservar y difundir el saber tradicio-nal y la cultura, expresar librementesu opinión a ese respecto y proseguirsu búsqueda de conocimientos, sinverse obstaculizadas por imperativosdoctrinarios". Éste es uno de losprincipios que establece el proyectode "Recomendación referente a laCONDICIÓN DEL PERSONAL DOCENTEDE LA ENSEÑANZA SUPERIOR".Aprobado en una reunión de expertoscelebrada en la UNESCO los días 8 y9 de octubre, éste describe los dere-chos, deberes y responsabilidades delos centros y del personal docente.

☛ S e r v i c i o d e d o c u m e n t a c i ó nO f i c i na de i n f o rmac i ón a l púb l i c o

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se trataba de autonomía de las mujeres,sino de una práctica médica adecuada. Ellaprefiere abordar las relaciones más "espi-nosas" entre cónyuges o parejas. "Segura-mente muchos rechazan la idea de que elcuerpo de la mujer sea ‘invadido’ contrasu voluntad, pero también debemos re-flexionar en términos de protección de lavida privada de una familia. Y preguntar-nos qué sucede en caso de opiniones di-vergentes dentro de ella".

Para "respetar al mismo tiempo losderechos de las mujeres y los derechos delos hombres", Francia aprobó en 1994 unconjunto de leyes sobre bioética. SegúnElisabeth Hubert, comisionada del presi-dente de la República, "hemos querido quecualquier decisión sobre la aplicación detodas las fases de las nuevas técnicas dereproducción médicamente asistidas, setome sobre la base de un acuerdo de losdos miembros de la pareja".

No cabe duda de que es más fácil apro-bar leyes que aplicarlas. Varios participan-tes citaron el ejemplo de una mujer fran-cesa que reclamaba la implantación deembriones que su marido, recientementefallecido, y ella misma habían mandadocongelar. Los tribunales se lo denegaron,argumentando que el objetivo de esa téc-nica no era crear "huérfanos" en potencia.El pasado año, un francés solicitó una or-den judicial para impedir que su compa-ñera, que le había dejado, abortara. Ella noesperó la decisión.

Más que intentar legislar sobre deci-siones médicas o de competencia privada,

varios participantes propugnaron un plan-teamiento que contemple al mismo tiem-po los códigos deontológicos y el asesora-miento médico para "traducir" las posibi-lidades tecnológicas, con el fin de ayudara las parejas a percibir las consecuenciasde su decisión. Este procedimiento no elu-de la cuestión de la autonomía de las mu-jeres.

No obstante, explica Bartha MariaKnoppers, no sirve de nada "gritar que sees libre de tomar decisiones imposibles".Por eso ella prefiere hablar de "ética desolicitud", un concepto feminista basadoen "el reconocimiento de que las mujeresestán ‘unidas’ a los demás; viven, traba-jan y toman las decisiones basándose noen principios, sino en sus relaciones y con-textos individuales y sociales". Ella pro-pone analizar las implicaciones de esasnuevas tecnologías con el "filtro" de esaética. Así, a escala individual, puede serque "algunas mujeres no quieran prescin-dir de los derechos de los hombres en elproceso de decisión en materia de repro-ducción, porque desean y necesitan su apo-yo para hacer frente a las consecuencias”.La "ética de solicitud" se aplica también alas relaciones entre los individuos y la so-ciedad. "Si el Estado declara ‘queremosbuenas madres y buenos bebés’, entoncesse necesita una infraestructura que se hagacargo del niño nacido, en cualquier cir-cunstancia. De lo contrario, una vez más,la autonomía no sirve absolutamente denada".

Amy OTCHET

E l " banque ro de l o s pob r e s " , MuhammadYunu s , p re s i d en t e de l Ban co G rameen deBang l ade sh , r e c i b i ó e l 16 de o c t ub r e , enl a UNESCO , e l P R E M I O S I M Ó NBOL ÍVAR po r s u c on t r i bu c i ón a l ae l im i na c i ón de l a pob r e za y a l ap r omoc i ón de l a s mu j e r e s d e l med i or u r a l .É l , c o n s i d e r a n d o q u e " l a p o b r e z a e s u n an e g a c i ó n d e t o d o s l o s d e r e c h o s h u m a -no s" , c r eó e l m i c r o c r éd i t o , una f o rma dep r é s t amo que pe rm i t e que mucho smarg i nado s de l s i s t ema t r ad i c i ona l

puedan de sa r r o l l a r una a c t i v i dadi ndepend i en t e y l u c r a t i v a , p r i n c i pa lmen t een e l s e c t o r d e l a a r t e s an í a . C e r c a de l94% de l o s a c r eedo r e s d e l ban co ,imp l an t ado en 36 .000 pueb l o s d eBang l ade sh , s on mu j e r e s .

"El proyecto de declaración sobre el genoma humano y los derechos de la persona que han elaboradoustedes, es el síntoma mismo de la reflexión ética en su vitalidad y en su dimensión mundial", declaróJacques Chirac en la inauguración de la cuarta sesión del CIB. El presidente de la República Francesa semanifestaba por primera vez sobre el tema de la bioética. De este modo quería demostrar su interéspor "el retorno con fuerza de la ética", revelador de un "mundo de incertidumbre", a su vez "generadorade ansiedad". Ambas se deben en gran parte a los "graves riesgos" que comporta la tecnologíamoderna. En conjunto, los expertos tienen vocación de "dar una opinión", pero "la responsabilidad delas decisiones incumbe al político".

En cuanto al proyecto de declaración, se adoptó su esquema general. La Comisión Jurídica delComité de Bioética, que se reunirá los días 16 y 17 de diciembre, lo completará para presentar, segúnla expresión de Noëlle Lenoir, presidenta del CIB, un "documento completo y vivo" al director generalde la UNESCO. Este documento incluirá pues, además del texto de la declaración, puntos de vista ycomentarios que, sin perjuicio de los principios universales comunes, restituirán la diversidad de sen-sibilidades que se expresan sobre un tema tan complejo y de tanta carga cultural. Así se verán enri-quecidas las propuestas transmitidas a los Estados cuando les corresponda asumir la declaración.

"Vosotros, niños y jóvenes de Belfast,de cualquier condición y confesión,sois héroes hoy y cada día, por elmensaje que cantáis y la comunidadque estáis construyendo". Así calificóel director general a los 60 niños dela coral irlandesa "A Ray of Hope", aquienes concedió, el 19 de octubre, eltítulo de "JÓVENES EMBAJADORES dela UNESCO para una cultura depaz". Procedentes de seis escuelas deIrlanda del Norte, esos nuevosembajadores se encargarán defomentar los ideales de la UNESCO,sumándose así a las personalidadesque se han distinguido por su talentoy su compromiso, como MontserratCaballé y Yehudi Menuhin.

DECLARACIÓN SOBRE EL GENOMA HUMANO

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"Agenda 21 te dice a qué se ha comprome-tido tu gobierno. Es una lista de buenas in-tenciones, un sueño. Nosotros podemos ayu-darle a convertirse en realidad". Cuandolos jefes de Estado y los expertos del mun-do entero reunidos en Río, en 1992, adop-taron su célebre plan de acción para el si-glo XXI -una especie de biblia de lo quetienen que hacer los gobiernos para salva-guardar el planeta-, algunos sepreguntaban cómo iban apoder aplicarse esas re-soluciones, en generalno apremiantes. El Go-bierno canadiense ylos iniciadores de laobra Misión Resca-te: Planeta Tierraacaban de demos-trar, sin embargo,que puede hacerse mu-cho con palabras. Elproyecto -inicialmentelanzado por la organiza-ción británica Peace ChildInternational con el apoyo de laUNESCO, el PNUD, el UNICEF y elPNUMA- consistía primero en preparar conlos niños un libro que presentara su visiónde Agenda 21, con el fin de sensibilizarlesen la protección del medio ambiente. "Laoriginalidad de esta creación estriba en quesus iniciadores han presentado el plan deacción para el siglo XXI a niños de todo elmundo, con el fin de que den su propia ver-sión", explica Chuck Hopkins. Este artífi-ce de un amplio programa gubernamentalcanadiense de educación medioambientalno oculta su satisfacción. "En 1994, el Go-bierno, aconsejado por la Comisión Cana-diense de la UNESCO, decidió utilizar estelibro y añadirle información referente anuestro país, para sensibilizar a las jóve-nes generaciones en los problemas del me-dio ambiente. Después de dos años de es-fuerzos, acabamos de distribuir el resulta-do de nuestro trabajo a la mayoría de es-cuelas de Canadá". Más de 17.000 centrosde primaria y de secundaria, así como or-ganizaciones juveniles, han recibido la obra.

Pero esto es sólo la primera fase del pro-yecto. "No es un libro para leer una solavez y después guardarlo en una biblioteca.Servirá de base para un debate dentro de

LA TIERRA NO ES UN JUGUETE

M e d i o a m b i e n t e

Canadá lanza un debate sobre el medio ambiente en torno a un librohecho por y para niños, que divulga el plan Agenda 21 adoptado en Río.

cada clase, con el fin de que los jóvenesreflexionen sobre lo que debe hacerse con-cretamente en su entorno para proteger elmedio ambiente", explica Chuck Hopkins.

Redactado e ilustrado por jóvenes, conuna introducción del secretario general delas Naciones Unidas, Misión Rescate no tie-ne, efectivamente, nada de manual esco-lar. En él se desmenuza Agenda 21. Cada

artículo del plan se explica en tér-minos simples que hacen re-

ferencia a las amenazassobre el medio am-

biente y, sobretodo, a sus solu-ciones. ParaChuck Hopkins,este es un ele-mento esencial,"Cuando uno lo

lee, ve tanto los pro-blemas como la espe-

ranza de resolverlos".Y son los niños quienes

proponen a menudo solucio-nes, a través de dibujos, de poemas

o de testimonios. Por último, los jóvenesautores no se contentan con reescribirAgenda 21, sino que subrayan también suslagunas, como para hacer comprender a losadultos que no aprueban necesariamente sutendencia al compromiso. Por ejemplo, la-mentan que no se haya previsto ningunaestructura administrativa para hacer apli-car el plan de acción, o que no se haya to-mado ninguna resolución firme en materiade ecotasas y de ecofiscalidad.

Por otra parte, para mantener la diná-mica del proyecto, el Gobierno canadiensecreó un servicio en Internet, a través delcual los jóvenes escriben artículos y dialo-gan sobre la evolución del programa.

Y ésto es sólo el principio. La obra dePeace Child International ya se encuentraen una decena de lenguas en varios paísesy la experiencia de Canadá podría servirde ejemplo para las personas, cada vez másnumerosas, que piensan que la conserva-ción del planeta para las generaciones fu-turas pasa, en gran parte, por la formacióny la sensibilización de los niños en la pro-tección del medio ambiente.

C.C.

Lo s g r ande s p r og ramas o c eanog rá f i c o s d eob se r va c i ón de l o s o c éano s , d e v i g i l an c i ao de i n t e r c amb i o de da t o s , a s í c omo l ap r epa ra c i ón de l Año Mund i a l d e l O c éano( 1 9 9 8 ) , c e n t r a r o n l o s d e b a t e s d e lCon se j o E j e c u t i v o de l a COMIS IÓNO C E A N O G R Á F I C A I N T E R G U B E R N A -MENTAL ( CO I ) , r eun i do en l a UNESCOde l 24 de s ep t i embre a l 2 de o c t ub r e .La s a c t i v i dade s que c oo rd i na rá l a CO I ensu s 125 E s t ado s m i embro s pa ra c onme -mora r e s e año - c on f e r en c i a s , expo s i c i o -ne s i t i n e r an t e s , ma t e r i a l d i dá c t i c o , e t c . - ,e s t án de s t i nada s p r i n c i pa lmen t e as en s i b i l i z a r a l púb l i c o s ob r e l o s r e cu r s o sde l med i o ma r i no y s ob r e l o s r i e s go s quer ep r e s en t an l a c on t am ina c i ón , l o sma remo to s y l a s a l ga s no c i va s .

Profesores y estudiantes de 72universidades de cuarenta países sereunieron en Valencia (España) del 2al 6 de octubre, para estudiar lasmodalidades de una "RED UNESCO-UNIVERSIDAD Y PATRIMONIO". Susobjetivos eran aprovechar los recursoshumanos y técnicos de las universida-des y responsabilizar a los jóvenes, enespecial a través de núcleos deestudiantes y de profesores, "con elfin de actuar de concierto con lapoblación para proteger y valorar elpatrimonio". Esta red debería reunirlas distintas disciplinas universitariasafectadas por la protección delpatrimonio, como la arqueología, laarquitectura, el urbanismo y las bellasartes.

(Fot

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ESCO

).

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organización de las Naciones Uni-das para la Educación, la Ciencia y la Cultura (tel:33 1 45681673; fax: 33 1 45685654). Las edi-ciones en inglés y francés se realizan enteramenteen la sede; las ediciones en español y catalán, conel Centro UNESCO de Cataluña, Mallorca 285,08037 Barcelona, España; la edición en chino, conla Agencia XINHUA, 57 Xuanwumen Xidajie,Beijing, China; la edición en portugués, con la Co-misión Nacional para la UNESCO, Avenida InfanteSanto nº 42, 5º, 1300 Lisboa, Portugal.Responsable de la publicación: R. Lefort. Re-dactores: S. Williams, S. Boukhari, C. Champin,A. Otchet. Secretaria de redacción: C. Mouillère.Versión en español: L. Sampedro (París), E.Kouamou (Barcelona). Compaginación: G.Traiano. F. Ryan. Secretaría y difusión: D.Maarek.Fotograbado e impresión en los talleres de laUNESCO. Distribución a través de los serviciosespecializados de la UNESCO.

"Este año, la Conferencia Internacional dela Educación (CIE) ha encontrado una ver-dadera alternativa, opina Juan Tedesco, di-rector de la Oficina Internacional de Edu-cación de la UNESCO, con sede en Gine-bra. En el pasado girábamos en torno a laidea de que la inversión, las estructuras ylos programas eran los elementos clavesdel éxito o fracaso de los sistemas educa-tivos. En realidad, la prioridad es el pro-fesorado. En este sentido, la conferenciaconcluyó que la mejora de los sistemaseducativos pasaba por la colaboración nosólo del profesorado, sino de todos losagentes de la educación: autoridades po-líticas y religiosas, empresas, familias,medios de comunicación, intelectuales,artistas y científicos".

Con 900 delegados, 100 de ellos mi-nistros o viceministros de 136 Estadosmiembros, esta 45ª sesión de la CIE, quefinalizó en Ginebra el 5 de octubre (DíaInternacional del Maestro), reunió al ma-yor número de participantes de su historia.El tema de la conferencia ("fortalecimien-to de la función del personal docente en unmundo cambiante"), se escogió teniendoen cuenta que su situación y sus condicio-nes de empleo se están deteriorando en todoel mundo, y que ello afecta al éxito de losalumnos (ver Fuentes, nº 83).

Mary Hatwood Futrell, presidenta dela Internacional de la Educación, que agru-pa a 23 millones de docentes, recordó losproblemas específicos de los países en de-sarrollo, donde viven las dos terceras par-tes del profesorado. "En África se observauna regresión más que una mejora de los

E d u c a c i ó n

PRIMERO EL MAESTROLa Conferencia de Ginebra llegó a la conclusión de que la mejora dela calidad de la educación pasa por la revaloración del profesorado.

resultados escolares. Las crisis económi-cas y los ajustes estructurales se saldan conuna disminución del número de docentesen África y en América Latina. En algunospaíses industrializados, a menudo se lespide que apliquen unos métodos para losque no se les ha formado adecuadamente".

"No se puede pretender fomentar eldesarrollo a largo plazo de un país con pro-gramas que minan la calidad y la moraldel profesorado, opinó Colin Power,subdirector general de Educación de laUNESCO. Debemos cambiar el entorno dela escuela para hacerla atractiva y no de-salentadora, tanto para los alumnos comopara los padres y las comunidades".

La declaración y las recomendacionesadoptadas por la conferencia ofrecen unas

líneas de orientación en este sentido, aña-dió. Por ejemplo, las recomendaciones in-sisten en la necesidad de acentuar laprofesionalización del profesorado refor-mando su formación inicial y reforzandosu formación continua, definida como underecho y un deber. También proponen es-timular su sentido del compromiso y de laresponsabilidad insistiendo en su autono-mía y en sus cualidades personales.

A pesar de que una declaración y unasrecomendaciones no comprometen a losgobiernos, Tedesco se mantiene optimista:"Es verdad que no garantiza que lo quehemos decidido se traduzca en actos, peropodemos contar con la opinión públicapara mantener la presión para que estocambie, por no hablar de la presión de lapropia profesión docente".

La expo s i c i ón "MEX IQUE ,TRAD I T IONS E T PAYSAGES " , que s ep r e s en t ó en l a UNESCO de l 24 des ep t i embre a l 11 de o c t ub r e , f u e unt e s t imon i o de l a c on t i nu i dad c u l t u r a l queha pe rdu rado a l o l a r go de l o s s i g l o s , ape sa r d e l a s numero sa s r up t u ra s que hacono c i do l a h i s t o r i a d e e s e pa í s . S ep r e s en t a r on ó l eo s y a cua r e l a s d e v e i n t ea r t i s t a s , a s í c omo s e s en t a p i e za s de

o r f eb r e r í a y una mue s t r a de l a r i quezade l a a r t e s an í a mex i c ana de l o s ú l t imo s100 año s : c e r ám i c a s d e ba r r o c o c i do ;e s c u l t u r a s y má s ca ra s d e l a c a s , made rapo l í c r oma , pape l ma ché ; t e j i d o s ; e t c .

"CHARRO A CABALLO" , EN PAPEL MACHÉ ,DE JOSÉ LU IS GARC ÍA .

E N M É X I C O , E LS A L A R I O D E

L O S M A E S T R O SH A C R E C I D O

D O S V E C E SM Á S D E S P A C I O

Q U E E L P N B /H A B I TA N T E

( F o t o U N E S C O /M i c h e l R o g e r ) .

Page 24: IDEAS Y OPINIONES - UNESDOC Database | United ...unesdoc.unesco.org/images/0010/001046/104613s.pdfla señora Ogata, alto comisionado de las Na-ciones Unidas para los refugiados, a

Expertos y coordinadores nacionales del SISTEMA DE LAS ESCUELAS ASOCIADAS

revisarán las estrategias regionales de esta red en Santiago (Chile), del 2 al 6 de diciembre, con objeto de

fortalecerla y ampliarla. "La reorganización de la EDUCACIÓN PARA EL CAMBIO" será

el tema de una reunión prevista en Bangkok (Tailandia) del 8 al 12 de diciembre. Organizada dentro del

marco de las manifestaciones del cincuentenario de la UNESCO, reunirá a expertos para examinar las opciones

innovadoras que siguen un enfoque proactivo del desarrollo. El DÍA INTERNACIONAL DE

LOS DERECHOS HUMANOS será celebrado el 10 de diciembre por el conjunto del sistema

de las Naciones Unidas. Delegados de organizaciones regionales e internacionales que se encargan de

SOLDADOS DESMOVILIZADOS, así como responsables gubernamentales y representantes

de los institutos de los derechos humanos y de la paz se reunirán en Maputo (Mozambique), del 10 al 13 de

diciembre. Organizado en nombre del programa de la UNESCO para una cultura de paz, este congreso examinará

los medios para ayudar a la reintegración social de estos soldados, así como el papel que desempeñan en la

promoción de la paz. Una reunión regional europea se realizará en Barcelona (España), del 12 al 14 de

diciembre, para preparar la próxima Conferencia Internacional sobre la EDUCACIÓN PARA

ADULTOS, prevista en Hamburgo (Alemania) en julio de 1997. El Comité consultivo de la conferencia se

reunirá del 6 al 8 de enero de 1997 en Elseneur (Dinamarca). El PREMIO UNESCO DE

EDUCACIÓN PARA LA PAZ será otorgado el 17 de diciembre a Chiara Lubich (Italia),

fundadora del Movimiento Internacional de los Focolari, que contribuye a la paz en todos los entornos socia-

les. Representantes de organizaciones juveniles se reunirán en Saint Denis (Mauricio), del 17 al 19 de

diciembre, para discutir sobre la ampliación de la red INFOYOUTH a los países del océano Índico.

La primera reunión regional para preparar la Conferencia Mundial sobre la Educación Superior (1998) se

llevará a cabo en La Habana (Cuba) a finales de noviembre. El PRÓXIMO TEMA CENTRAL

tratará la crisis de este nivel de la educación a través de reportajes y de entrevistas a los especialistas.

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U N E S C OFUENTES