(Impress o de fotografia de p gina...

16
BRASIL - PORTUGAL 16 DE JUNI 10 DE 1905 N." 154 do Amazonas t em 5-6-905, no hospital de S. José

Transcript of (Impress o de fotografia de p gina...

Page 1: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL- PORTUGAL

16 DE JUNI 10 DE 1905 N." 154

do Amazonas

t em 5-6-905, no hospital de S. José

Page 2: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL- PORTUGAL

CHRONICA 01 f}O\O! eon10 os \'clt1os \h•r111 dn l!iUll his1ori11, 'iuando o 1>rC·

ie111e lluis não fornece ens,•jo pnra 0111ros fríto:t ou prcoccupat·õf"l1 11uvns. A ·a ch ronica~ 8utctdt• o n1cs1110, e sohretudo na esloçl1o c1u1•

.. ,e eilboçn, apezar de so11ror tuna urnf(c1111le 01110110 e o alui c;l'lcsti• 1110 t'tHltlldo r•elos poe1aE ern '(lr>O, t• pelas toj:ts de modns en1 (11 'i(lndn. tFlar 1ran~formndo tn1 azul n1t1ilo l'tcuro, roçando por 'f'Zi'ti!

Blapo do Amazonas - t.'ta r11p,//a ,rn /f,,~pilal de.':/. J ,,.1

"ª' .ntjt:ruras do prtlo. Fait1no. ton10 o~ po,os, e t0mo os ''lho;=, que Ji '°B?O"· e 'amos rehu~f'lr 01 h1&tor1a, a proposi1odo prt1tntt, ro111o11 anbp:a~.

Maba de morrer ha ni<oa d11t1a dt dou t ha de hai\ar 1 •tpul­turt no dia tm que f:alur '''' nun1cro do ON11il Portt•gal, u1n pr111· ripe allemAo que rcprl'sentou tal'<'' FtR• c1uercr urn 1u1jie.l 11rtponde· rantft na Ju~toria da •:uropa do i-l•rulo )IX e que en1 Por1ug3J e 110 Hrasil íoi muito conhecido, pelos luçoci tle JUlrentest'O, que o <'llB·"· menlo ll1e deu, rom a rnmil111 real dos llrnJ!nnras. O prindpe l,ro­poldo da llnfu~niollern. ra@A á •111nl 11 Pr11ss1f1 dê,1e todu o sua i;trAn· dezn, era hoje i:encral no c•crtito allcmão e foi hn lriulll e sei• nu· nos un1 dos n1u1tos i11d1sri1odt1s llarn rei d~ lleti:panhn . Aur1h11er11 os h1tritoriiulores a es~o cand1da111ra o rom1un1tntod11s hostihdades, cntrr a •·ranr11 t 3 Pru.~sia. <1ut pro,orar1n' a ~uerra du is;o tão íunrs1n i promt1ra e geradora do ~'""''' rn1peno allemão

Bltpo do Ama1ot1.a.J. - A 1airta do /'rtlro t/4' IU>qJilal d~ S. Jo.~

F~rt euc111l!eo1e tue principe 9ue •nnos antes •iero a Li~boa dtapo51r uma pnoCUll portugutu, a oníanla O. Anlonia. 1 unita que 10bre•1Ye dos stis mhos da ramba O. llaria li. Era enllio, em 181ll,

a •enhora D. AnLOnia de rara formosura e bondade. O grand' C.s1i­lho tonvid1do pelo direttor dtt • Rt' i.s.ta C-Ootemporant1• a 1rompa· nh1r o retrato de sua 1htu ron1 uns 'trsos, traçou lhe o ptrfil 11'es1a delicio51 carta:

fnlla11°me por vrrN11 de que te a.rompaobe o relralo de uma prlnctu a Stnllora D. Anlonla.. 8(1Jn fc>IA"arla eu de lançar Oore• qo allsr ~m qllc a uudade dos: ,or111gut1e1 'f'ttl ailoral " em f'f0Jr1t. Ttn1c1. dt1l1;t11clrl, fn;ilt· li; nAo pude. Ou irem q11e lc;8re 1'1111• for1una. Um homem 1>1r& o de11.-mpe·

--------,..,..-.

Bispo do Am11.on1s. - !<to Cf'•it~io d0t Pravrw Xa frt'Dlt', '-• Wrl•t -Arr~·í•;•111• JIJlilnH '1.\'1ueM ti• s,.,. Nlf1Ulfl4ul•

11110 1eriei1 vl\s t•nto A mio, •1110 Ili{• 'IOJI i! de wa, J1e a 1•0llllCA. 111trefla11· elo-lho o 1 at~n10 e o 11aber, o palriolf&mo e a acllt'ldade, 1101°0 nAo lltt•11~0 "lfº'" trreba tado p•ra OJJ conu•thO• d" r.orOa; e :.saim me111no t1lve1 q11e a promptidio d'1que11e rnro tngt•nho vo1 pOJ1a acudir n·e1te Jtr•nde •1ter10. 011ID. I Se a.uim fór. dar fnt' •hel t"U proprlo os p.anbens da mínha ach111I hn· poMibllídade.

P.stal00$ entrados' ttl•('ln tlOll: Ttrsot; f•ÇO·OS quMi 1odos 01 llla1 ; •lu alnd• u deliciu da mlnlaa thl~ A«nni m~•mo ali me t1Hio dtufl1ndo a t•nl•r nlo ttl ~oc pauari11ho •u 011111 rosadas do mf'U Jardim. ln•oc:o •o 10m d'HI• muoca lnn0ttnl,,. a 1u1Ye ltmbrança d"a,uelle anjo de dtustle pnmaYtnL q :e um amor ftlia nos le..-ou p.1n lin onps lttru. e .. nlo ui: nio pouo~ df'tt'Dl'&D.admt-ate •lo posso ~m Tia:to qt.e o mimot0 obledo prapo110 ª°' meua canlo. f: u111 ihtsolro

de IOdOS ag firlud~. Ctrt.tdO dt'! IOÕU U Cr&tU, naturatt fl a"qu1ridat, tl1ttolro que n~.s ~rde0101, com que a Allem1nha se ~nriquttt'!u . qu~ ioda a Euroqa ei loclo o numdo l11Ttj11rta; 0111 é 110 den1u1 a u11a tombr• qu4' o reeabre dtJdo que entre nó1 1pp-.receu ria h!tr• •h' o d•ll de h()Jfl, IC'm 11quell• t...xitlei.cia corrido tio tem e.s1ror1clo 50cegad1 rJor b1lxo de 111a1 topas vtrd(,!A e nririda8. (1110 mal •é lhe c1ercwbr.. ciu t ulda perttll~r. algum m11rrn11rf(), b,t•'I ,~ multe. 1111.rt a tellaldade, •01111 r ara • 1yn11u,1h1a, (lar• o

Bu:po do Am110oa1. - ,\"• ffMJ/crio tJ04 Pra1trr1 '1)Qb H A l.i_._

amor. para a adora(:Au: m•1 nlo mo basta a uum para um poema 1•3ra Ct'• ltllrar ª" fr11r;ranciu lo11g1nqu11 da •loleia emboscada, e preci10 ltr o rou •lnol.

Iria f'U falar do corltjo J11r1umer1vol dt' reb1 e raloh:11. de prl11C1l1•ci1 o prl11et1111 que derramara.m ti1pl(l11dore1 no seu ber~o llotr"do 1 ~lo 110 til•; e quando n'ella pl'n.&01 de11a1,1>arecem-me.

Diria que recebeu ela. Mie 11 yJnudet no uogoe e no1 e1emplo1' do l'•e o 1rfecto. o eolhutl11mo do bello. a C-ODJ:lKraÇlo artlailca t do 1eu al'llo da ruarda a itooceoc•a T do c~o de Portugal a pore2a e 1 formatura T do proprlo coraçto a d'tbllldade, 1 carld1de, o ttpço de t01&1 de Sanr. laa· btl T Quem lia çue o tguore T

A na •id• i 1tim1 e propr•• que era o lado para o nots0 talO. de•Ol'ft­~. repito. OWWra por tntre u marnlfkencias a qqe partce empfftlada : a maior parle ia •u• bfitoria quf'm a aabe do O& pobres e ~ Dtaa q11t 1 regi.Ili para ti~

Page 3: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASlL-PORTUGAL 147

g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que pude apur•r nas mlnl1l\S ln· vestlgac;ões. Se 1l vesse nascido ru\ obscuridade de uma chou1i.ana. se nilo eonbcu.'l~e paes, se g1.1ardasse um rebnnbo fl11odo n'utn• rOCA par.t ~rnbsia· Ur. seria ainda 'ener•d• eomc. Prineeza por <IUllttlOll • eonheeessern. loroo a dizer. meu caro amigo : fslo é muilo para a reHoid•dC, mas para a poesla. como vós a qui1ercis, e ctJ ambieiou1v11. co11.s.igrar-lh'a, elita muilo (ooge de ba11111r.

l.isboa 11 de mnr~:o de 18t.ii.

Un1a COr\'ClO, celebre por nmis de 1101 1ilulo1 a Jlarlholomeu /Jio1, conduziu a seu bordo os noivos, a1nbos então rnl>4:os, e cheios de es­perança. O principe. cm conLrnc10 an1i-nupcinl tonver1ido em lei de· 1>ois de OJJ1>ro,·ndo ent çdrtes, e cio <111al forarn negociadores o n1inis,. Iro düs ueeocios c.straogeiros, Antonio .lo~é d'A \'iln1 <1ue n1orrcu duque. d'Av1la, e o hariio Adalberto de Hosenberg, 1uin1s1ro prussiano e111 Lisboa. asseg11ro\':l 3 Princeza. o dote de noventa contos 1.Hn tl i· nl1eiro, un1 enxoval contpleto, e seis n1il tlu1lers annuaes1 para o c1uc se chan1ova os seus alfinetes. Por suo inorce, e i! o caso de agora, o princcza ficaria conl unta l13bit.1~·4o no prín<'Í(Utdo, e o rendi1nen10

Bispo do Ama.tonas.. - No c(1111'Jeri1>.'d"" l'ra.:.trl E1drarla 1~'ª o j~igo

a111aull de vinte 111il tbalcr·~ aíóra~1~terçt' •.1ue por tes1:.uncnlo lll e pu-de~su deixar o nutrido. ' .

As fc:;tas do seu cas1.u11e11to, a 1 ! de seten1bro d,ú .ISO 1 '· tn•ero1n A 11mior in1pone1u.:ia. Reina''ª então O. Pedro \te \'i~·u.un u1nd.n n du· 'luezo de Ur3b'110Çl't, \•iu,·a dl! D. Pedro l V 1 irnperotr1z d~ Urn~1 I e 111a­t ras1.a do 11nperudor O. Pt'dro ll i n i11ft1~10 Isabel 1~laru1. r~tJO 11~111~ tão hgado andou á bistoriu das Juclns fl\' IS 11ue. ter1~11nan1_1n em 1.8.14, os iuran11·s O. João, D. Auc;uslo e o c111e de1>01s foi el-rei O. Lm•; •

Bispo do Aroaionas. -JVO «N•;tcrfu f/(>11 Pro~uN. lfe~ Liris Af'dÚ•O Pí~11~írtdll,

r.rtpel/40 ftdnll)D do CMO Rtul, t111ffl llü}ltwpi.t<rl de -"· Jc>KI

llehh olt! /t.. l.bua.

seu pae 0 rei o. fcroantlo. Oa l'russia ' 'ier.iun as senhoras 11on1ettdas para damns de sua al1eza e 'l"º logo depois do casamenlo enlrararn de serviço, e 0 J)riucipe Carlos irmão mais oovo do noivo. A ceremo-

nia. do casomeulo realisou-se M cap~lla das Necr.ssidodes. com 0 01a1or 1>~n1pti, bavcndc~ ~rand~s ! l~unnnações e unl b11ile uri legn~·iio dn Pruss1 :• ~ no (1tutl .a;;s11it1u n lo.1!lllla re:il, _dançundt> na qutulrilha de honra A pr1uceza nonn co1n seu 1tr11ão.o rei de Portugal, o noh·o co111

Grupo tirado na legaç.ao da America por oc.casião do almoço offerecido aos bispos brasileiros

de Marlauna e do A ruazonas, em t de junho

I.)" U!lque rdn JHtrtt 1t rlin":itA: -Jfl)Nlfwlior Q.utJrJin O;car Rtdil; tr rtctor da compo1~hit1 dnf .. H'o9011°lif1,• f)fldre O'Sttllioo11, cqro11d Í•cu'; )Jr!J11n, e padre /• ""ciu04o. U

o ~U(llll'W de Snldu11ho, O. Fernando com a n1i11is1ra da Prussia, e 0 nn!uslro con1 a esposa do, nup1stro dos estr-aogeiros, c1ue vh•e ainda hoje, o scnhoro duquczo d Á\'1ln.

Só em 1887, viole e seis annos depois do casamcn10, vollon o ln·

Grupo tirado no Lumiair, ~w!2 de junho, depois do almoço e>ff'erecido pelos Domln1cano1 ao bispo do Amazonae

I?a e~q~1~rd~ para R ~ireila: -.Párlre, (J Kdtey t Dy1<m, 1r. de IJtl · ltflti~, mt"''""º 'fO ~{ezu:o, c:.oro11d Pogt 8rya11, mo111enllor IJot.iirt a11d!,!!!! d(J l1h11tcrt>, t (Kt.dtt# Fn1dlfO#O e <Y S11Uit:a11, '

Ol1~blllfld"'-ll· .... ~U1>111,:1ttn,arlo do .. J•l•ll'O da Amulca.

ít1ntt1 O. i.\ntnni~ n l.ii=hn~ tt11n SP!1 nuuido, den1o~odo~se. entre nós uns 1nezes. ~ l~nda n1c_n11111 de l.8G1 estava trnn!=íor1nada n'unt:t se· nhora rorn1os:.ss1ni,a.,,. CuJOs cabello~ COJl!Ct'.3\'0n1 então n enhranque· cer. Alla, e!egaolls~•IJ!a. do uma raro d1s11ncçllo, a Princeza de 110• henz.ollern vmha assistir ª?. bap11saclo de seu seguudo sobrinho bojo o Pri~c1pe lle<1I D. L111i 1'1hppc. '

Lisboa goslo~ de a ver, e moslrou-lb'o na e111husios1iea curiosi­dade com que foi ao seu encontro. nas pro.1•as de sympa1hia com que por lodo a parte n acolheu, e ainda na delirante manifestação de cs-

Page 4: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL- PORT UGAL

011-tW. •I .. A l.lmJ Paebada do IDligo CODY8:Dto dOt C.pocbot, em Cap:atica ( H .. i•<t•)

t1nm 011111 noite e111 S. Carlos. E.isa runniíeac.arão, que te,•e A i1nprtt· •1ooadort nota d1 tiponlant•dade, prorocou na illustre printtu um1 1ineera con1moçlo. Alguns dos que ell1 conheura P&ta•·amja •eiho~, muitos, A maior pArte, tinhurn dcsap1u1rccido. R no e1111111110 1.i1rc('ír1 c1ue a rodeavam ainda os que a hJvoa111 querido, os <1uc 3 tinham 'iilO parllr ainda rrranta, tio inltnsa t tio proíund1mente \1bra'a a 1lma de lodos n'u .. locante nudarão. El ·Reo O. l.uiz não "ª dos 1ncnos $ens1,•eis a eisa in1prt'11.sllo. e qunndo o hon<loso n1onnrrha, t•om a Uoiuhtl e corn toda a sun ín111ilia desnpparet·tran1 do can•arote, dciundo sósinha 1 lofaoia. para salienlar bem que essa• acdama· fGti a \111't'1m t..•pec11lrnen1r, a º'·•rio rtdobrou. 1rieresr1d1 Je \Í· •as a tl-llci e à llninho. Por cerio eun 11011e de S. Cnrlo& de•·e ter lic:ado gravada na n1enloria da illustre l•rineezn c111e o '' iu ~ez cobre hoje de crepes.

O Pronr1re Lcop0ldo era um bello 1ypo de oll•mão. D•isa ires lilhos, todos lrt-s n11f111res e jlt casadot1. C> 111ais novo, Carlos Antonio, que ten1 :t7 annos, ~guiu no ettodo 1naior jnpouei a ultirnn g11erra, como •d•hdo militar da Allemonha.

São "mpre inleressantu •• rerordnr6es do JlllSsado, mns sAo 11•nibe111 s1•n1pre 1rit11es, 11orc111e se in,•oc11nt CfiJHH'lros qunnclo se re­rons1i111en1 ractos. Quartnta r quatro anuos qut são qua$i nada na 'ida das narõe.s, do mui1.o na ,·ida dos homtns. Quasi mt10 ~et"ulo ! lima 10·l111<t jã ! Mu nAo ê 11rcciso ir 110 longe 1iarn sen1or n 111011c11·

eia de1truidcr::11en1e in1placa,·el da !torte. Vinte cinco annos apeais depois da alebnrlo do ctnlcnario de C.nl<ic•. rujo 1nni1cr .. rio passou ha meia duzia de dia., e jô •1unnlas Aepulturas obr,rlas pelos filie n111ior parlo th·era111 11 'essa Í('ílila patriotica. Dos iniciadores ou organi1odores, desapparecerant já Luciano Cordeiro t111c dirigia tn-1io O folO,.rr<ÍO dt fMboo, jornal que IOmou 1 inicilloU da re11i10 ção do rentenario; ''Í$conde de Jurornenha, que a su,ggeriu, porque a um docu111e1110 por elle e11contr3Jo no ard111·0 da Torre do Tom· bo{l) se de•e o conloecimeuto da dato em que o grande poeta bavio momdo: Edeardo Coelho, o iocaoça>•I fundador e direc1or do !>111-rio dt l\"<>l•Ci1J. o jornal 9uc mais dl\ ulgou a ideia d'e1sa rcalisaçAo; rinloeiro Chrga•. onlão dtrcrlor do liiario da A/1111M e um dos collo · boradores n»is brilhao1e1 do eentcnario e dai suas restas, âs <111aes pre11011 o C03<Uri0 do stu lnibalho. da sua peooa e do 1ua pala>ra, qual do1 tres o n111s ,-111050; l\osa ,\raujo, 110 tempo \lrt.sidcnte da Camnra Muni•·ipal cio tislH>3. do c111nl r.zin m 1rnrle o• r. ílodrigues Camnro, n1eéico, José Elias Garcia, onicial de •ngenheiros, Anlonío lgoa<io da Ftnstca, <'1mbi;ta em Li•bo3. que foi morrer ao Brasil: e quantos ma11 ! ! ...

E no em111n110 ha só v111tr cinro nnnos 'J"e isto foi! Pc:t·se cnuio unt grande ccirlejo civico ent 1.isboa - o prunciro. Antes nunca tinha havido nenhoxn, depois nAo 1ornou a h1•·er oulro egual. Procuroiu·•• depois ehu.sar e o resultado foi a1ren1 no rid1rulo. 1\'ori 6i1 ,,,· •drm ! o c1ue roi reolmome pena é''"º se "ªº bouve51eo11roive11<1do o groncle exilo d•• resl•S de 1880 pora realiMr todos•~ 3nnos 111113 rcsia 113· cional sob o patronato cio «rende tpico que jd uma ,.,,1 hnh.a rei10 ' milaj!rt de co1gr1rar 1odot o• por1ug11eies n'um só sen111ncn10, o pa-1rio11srno, que 1Ao alio \Íbro no poemn dos l~u1i't11las.

llJ .t,'76.\ ~1' no t11nt0attlro da ch•nc:e-llarl• da cua clttl • Anna de Sl C.m6t1 ma, de Camõct que Urus tia t>Or ou1ro" f&l'lll'IJ 911r •o dito 1u•u Olho erin de,J•oA dO /lrimoiro de Ja1rnlro do ano de OLX:XX • ld dez de Ju. nho ft'f'lle e.01 t1ut1 ra ltee11 a ra.&ln de l~•OOO por anno de l('tl(l: em 1.11 boa XIII dt DO\tutbro de MOL'<XXll pPr dom Dnarte de Cutel branco•

Assim entrou o mundo, e assim htt·dc snlr: nluitos 11 reprthen· del~o, e p.ouCO$ 11 cmendal·o.

Lu11 01 Cuõu.

Page 5: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

O inevitavel realisou-se.· · •

No primeiro encontro com a csqoad~ de Toao. num unico combate. 6cou complctarncnto d~f!1r.i a esquadra do Bahico Nlo foi uma simples derrota. 1'01 t;tma catastrophe

sem precedente na hi$toria, ao J>' da qual o propno T~a.fe;ar em· palhdcco, e Cavite e S. Thiaa;o parecem meros Jot:~• de cnanças.

Como foi que a medonha hccatombe 1e rcahsou, não se sabe ainda cm todo• os seus pormenores. O que se conhece, por~m. t de molde a poder avaliar-se a cxtenalo do desastre, que ac~bd de rerir Otl rueaos O'essa cspavcnto'a """'ª''"' que, pela ou.sadia os icu1

ro ot1ito~. era comparada ' lnwnclr•d de ~hlllipe 11, nada r~sta . AI· ~u~as horaa roram sufficientcs para 3 l\nlqu1l1r, e para red~11rda nadr& o poder n1aritimo da Russia, que irremediavelmente se a un ou no e1treito da Corta. • d' •

A• causai da pavorosa tra2edia, as suas 1mme 1ata-s cons~qien câas. e 0 terrâvel cnsin2meoto que J 'ellas todas as nações ma t mas

A cxplicaç;io d•cstc eniama t6 póde achar-se n-a absoluta incapa· cidade do pe.s.soal russo, a começa.r pelo proprio almirante, poriuo que a lenda de que os navios moscovitas foram dcstruidos por uns submarinos japo-neus niniuem a acredita e ~ tio vcrosimil como a h11to1ia d'esses tõrpedciros que eJC:ariam em.buscados em Hull para atacar a esquadra do Baltico.

A verdadeira c.aasa do dcaarcre de Rojdestvcnsky est4, nlo t0ffrc a mf11im1 duvid3, na incompetencla do pessoal que o acompanhav", e na d'elle proprio. Não baila 1Cr·10 corlljoso n'uma mi11lo tlo deli· cada, como aquell-a de que ett1va incumbido o almiranle ru110. E' preciso mais al2uma cou1a1 que evidentemente ellc nfto tinha . 1! foi 3 fJlta d'eue calguma COUll • que O perdeu. E perdeu-o tambem n rldiculo orKUlho de auppõr que lograva o almirante japonc1, quando de racto era elle proprio que. cala no laço, que Togo habilmente. lhe armava. ft"'oi por uma cníatuaçlo assim, e lfl:Uilfmentc rid1cula, que logo no principio c'a guerra o almirantr 11akarov succutnbha. victima

O Kronprlnz o e sua noiva

ucnçlo n'este breve mo· lten, a tlrl\r, 1nerecem bem deter a noilll\ ª nova. chacina em terr,,,, 1ncn10 de de•canso. emquaoto se prcpllr• " 1 ... elos prhnciros movi· fiara 11it bandas de Ktthi, a qual Jd. 10 1nnunc ti •'

mcntos offenaivos dos japonc:r.es.

• •

da da que o almirante Roj· Como t que uma esquadra •• da pote~ nccr 0 que c.sava dentro

dc1tven1ky command.ava, se dea.xa "': caTha n~val mu aniquilar t~ Ja. esphera dat possibili~ade• numa 1 1.o 1.dve~riol A exphcaçlo talmente sem (a.aer quUJ damno1 ª'"i:Cerioridade do material, ou na 16 pódc encontrar-se ou na J.blO uta ambas ellat reunidas. completa incapacidade do pe,~al, ~u e~ olle nlo possuía a hom<>ue·

A respeito do material, •e cer 0 ~u er ue fosse absolutamente neidadc do jiponei, nlo se pódo d 1 e• ~tulra diversos nav1011 do Interior. Tinha o almirante rus.!lo1:11•~~r• ~o poderein ptestar auxi· typo c o11Jç11111Ado o ba$ta11t• vf'! 1) , ..

lio efficaa. . 1901 navios em ve1 de •igniticarcm Nlo ha duvida mesmo. qde b~tavel íraqueaa. &tas dispun~a de oito

uma forca .. representavam 11'1 u 1•6 01 Sob escc ponto de vi.Sta a aua

couraçado•. aJe,uns d'clles maRi°'poc ri~ que Togo nio podía dispõr 1uperioridadc era in~ntest.ave • e poder. . de malt de cinco n.i~'lOS do r:nes~~:!:ntos de combate. o almuantc

Como ~ entlo. 9ue. com tae coura ad~s sem ao menos fa ruuo deixa dutrU_ar t~o• o•d -:::riol Chçes:a a nlo se comprehcn· ter Pli&r cara a victona ao a " der,

tio cs:tri.tagema e m que cllc ingen1.H1mcnte acreditava ler colhido To~o.

M1.1 a causa da derrota. da 089,uadra do Baltico nào deve pro· curar•te apenas na inc;ripach.l:ulc 1nih1ar do chefe. A! tripulaçõct con· trlbuiram para eUa tambem com uma larg:a quota. Gente arrcbanh11da 10 acaso, sem instrucçlo technica e completamente extranha ao teu officlo, havia. de proceder como procedeu IORO que se encontrasse em presença de um inimi20 disciplinado e cheio de cnthusi11mo como o• japoneies. A rc.speito da composiçio do pessoal dos navios ruqos contam·se histom1 que pareceriam pbanturicu. 1e o de.alecho da batalha de Tsushima nlo tlveu.o vindo plen.amcnte confirmal·u.. A1-1im dii·se que o co.mmat\da.nio de um dos cru.udores era um oflicia1 de hulanos, e que mais de um solda.do da arma de e.avaliaria 1e1 via a bordo. como marinheiro, Com gente assim, como seria po11i\!CI ven· cer, mesmo que o cheíc fo11e um Nelson?

Aquillo. por parte doa ru1so1, quaai que nem foi b;italha. í•'oi uma chacina, para quo caminharam cegas e incon1ctcnte1 11

pobres tripulações quo n!O Ía1i1m 11 mais pequena ideia do que ÍOllC u 111 ~vn1balc n&vaJ, l'orl&w 11i1v •J111h• 'IUC quando o souberam, por se verem em frente da terrlvel realidade, se rendessem a.em comb1.· ter, como aconteceu com pane das trlputaçôes do almirante Nebo· aatov.

Quacs seriou consequencias d.a catastrophe de T1uahlma1 As proximu não pódcm deix.ar de ser, por m>h q_ue 01 ortlo•

do eovcrno rouo se esforcem por a.nnunciar o contrano, a oe111ç.lo

Page 6: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

1 !>o BRASIL- PORTUGAL

virtual daa ho•tilidade1 na Mandchuría e a paa. Nem mesmo com uma victotla do Rojdestvt:nsky poclJa a Rus.sia contar com uma dcs· torra por 1crra fkpoa~ do .ann1q1.1ll1mcoto, por~m. do poder naval quo ainda lhe rcst-ava, 1..en5a..r cm prolOnf,!ilt a 1.1uerr1 t! mais de que loucura, chega a 5tr um crime.

Nem a Ruai1a pddc rnandar para a Mandchuri.a rnai1 excrcítoa, que te po.111m medir com os iaponc1c1J nem mesmo que 01 podcas.e

O Kalser na1 m1nobraa

cnv1ar con1t2u1ria 1.li mantcl.f>S, Tardar um dia mais crn 1~cJ1r a p1u:, por muito doloroso quo cinc: p11ao acja para o or~ulho mo•covita, é preparar para o exercito de Llnlcvhch uma catastrophe ldent1ca ' que aniquilou a esquadra do 1lmir1ntc Rot<Scatvcns:k-y b. <Om um.a nova derrota por ttr~. cm que 11tuaçlo fica o prestr1t10 da Run1a, ji tlo tristemente abaudo per-ante o mundo i Por ino, e nlo ob11t-antc todo• os de11nentido1, continuamos a acredhtr, que uma das proxl · 1na1 con.!lcquenc:las da batalha de T1u&himn. 1eni a paz.

E quaet 1erlo as contequenclu remotu da victoria de Togo i A primeira de lodu aeri firmar de ve& a 11tuaç.lo internacional

do J•plo como g-r-ande potencia. Nenhuma nação da EuroJ>a ou da America poder-A. di1putar para o futuro ao J•plo a 1iituaçlo preeminente, que elle acaba de conqui1tar no E:ictrcmo·Ôricnte. Seria nece.narl:a um11 colligaçlo, lmpo11ivel de rc1to de se. reahsar, para 1mp6r no•amente no mar da China a supremac.t.a europc1L Esta tu• premacia fica pertencendo ' h is:tona, e nada haver' qu• a possa ret· t.abelecer. A Rusiria e11t excluída para 1empte do thcatl'O, onde cita 1c preparava para rcpreacntar o primeiro papel. E nlo td perdeu para aempre a tltu~çlo que tinha no Pacifico, 1enlo que ficou COM a aua posiçlo na Asia Ct:ntnl profundamente abaladL De boie cm de1.nte o seu tradicional poder. que era o princ1pa.I factor de domínio que .e .impunha aos povoa asiaticos, nlo aa1u•tar! ninj'.tuem. Todos lhe. adv1nh1ri\o a fraque11 e racil aer-11. resi1tir ·lhc, me11no porque 1 decomposiçlo que o e1ph11celou na Mandchuria repctir-•e·ha no Turkcstan. talve& em maior escala ainda.. Quer dizer. a Ru.ssia per• deu cm anno e meio de 'ue:rra o fructo de 1ecutos de penistente tenacidade e do 1ne2ualavel Cortuna.

Ma1 nlo 6 tó a Ru11ia que pcrdcri com A victoril• dtfinitiv11 dn J~plo As outra.1 naçõe-1 da Europa. sobretudo a Allomanha o a }; rança.. assim como os Ettados Unidos. que U te aprcttavam a prc· 1:1d1r cm proTeito propno ' repartiçlo eh Cbfna, le:em que renanciar aos aonhos do enR"n.ndec1mento que ac1lentavam, e volnr ' reali ­dade, bem differente d 'e11e1 sonhoa, pelo apparecimento cm acena do Japào. A Allcmanha ter• que contentar-se com Kiau·Tchau (se o po· dor coa.servar) e detiatJr do plano ambiciOIO de annexar a provincla de Ku:a.ntunst- A França nlo pode:r' e:xpatldir·M mais para o norte ' custa do impcrio chinca, e veri condemnad1 a a.ma perda suasl certa em futuro talve1 nlo remoto a .-ua colonla do Tonk1n. Os t::1ta­do1·Unido1 hlo·dt ver-te obrigado• mais cedo ou mais tarde a aban· donar u Filippin.u., que tcoa:nphic.a e clhnORnphiçamcntc do parte inteJn.nte do ardúpet.10 1apo-ne.1.

Só uma potencia 11nhou. com 01 triumphot do Japlo-a ln1tl•·

terra. a qua..' sem diapar<lr um tiro viu anniquil.1r a aua grande riv"&J uiat1ca, que tanto a faz.la tremer pcJa 1orte da lndia.

• No momento de (ecbar esta revista duas noticia.a sengcionae.s nos

uansmaue o tele:enpho - 1 demisslo do sr. Oclcau~ de mini1tro dos negocio• estranuciro•. e a upar.iç$o da NorutR& da Suecia. Não ha ainda 1uf'ficiente1 permonorc.s \lcerca de qualquer d 'e.stca aconteci­mento•. de que nos occuparemos na proxima chronica.. A1nbo1, pO· r~m. tão importantes. pelai consequencbs que pódem ter e pelos enàinamentM que comportam. A dem1ulo do 1r. De.k:asK •S:tBva san1utarment~ pira a J•r~nça a quettlo de Marroco1-. Rc:prc1enta in· dubltavclmc:nte um triu1n1>ho d1plon1:uico da A11crnnnha, pqrc~ue an nulla vinualmente o tratado Jranco ini,:les na parte que di& respeito a P.larrocot. A aeparação da NorucgJ. da Succia l importante nlo só pela &ransrormaçlo. que pode operar no modo de ser da• nações ucand1navat, ma• ainda pela inRuencia do exemplo n•outro~ povos, por exemplo na Jl unstria, que se encontra n'u1na aituaç!o idcntlca 11 da Noruega ..•

r.taa o que .e paSIOu cm Christian ia> Não 1c 1abe por ora Ha apc:naa dois ou ues celearamma.s. por tal signal be::m lacon1cos. e nada maia. Em JCRuida ~ reC'UA do rei Olear de winccioniar 1 lei, que lhe foi aprescntadlL pelo mlnittcrio no,uc:g:ucz, sobre os con1ults 11u­tnnorno11 para 1 Noruega, o governo Jeu a dcmi11llo e C!m ttj,!uida o Sl/Jorl1Nf votou a dissoluçto do pacto de unilo com a Suecia, de:poz o rei Oscar. e: nomeou um governo provisorio com o competente minl•tro dos neaocios e~trane~iros Que forma tle env,.rno. porem, adoptou ou adoptanl o Stltortl11t; NAo 1e sabe. E' prova\•cl, que. boc enco1Hrar um r,rlncipc d:a cn11 Bcrnado ttc, que 11c presle a cini.:ír a: corõa n•cstas c rcum1tancl11, adopte a rornia mona rchic:a. Senlo. pro clamar• a repubhca, mais conronne com o gcnio independente e: o feitio democntico do povo norocguca. a.tas o que fari a Suecia > L1· mitar 1c·ha a protestar, como o rei Oacar i• o íct., dizendo que nào reconhece o eauulo de coi1-11.s e reado pela votaçlo do S1Jtortl11g 1 Ou tentar' lmp.Or pela rorça ao1 norue(o?UC!1C1 o slalu 'I"º a1tlL ) E.ata se gunda hypolbese. que siinific.aria uma 1ucrra civil entre a• duas na· cõe1 cscandimva.1, nlo parece muito ptovave:I.

Em todo o ca10 o que é admiravcl ~ a fo rma como a 1cparaçlo •e rcali1ou. Foi um" rcvohaçlo idt!11I, 111:nn rc:rtubaçôca, 11em dc:aor­dern, dentro da. lci;:rilidade, ac assim nos podcmoa exprtssar, rnagcs

01 noivo& do br100 dado

tos.a c:omo a vonta.de nac;ional, que ella punha em c:xecuçlo. Uma revoluçlo assira, unica no aeu gcncro1 (ai honra t alta cultura do povo norueguea o- nllo pode deixar de ter a mai• relia: influencia nos seus destinos futuros. Quando ' que no reato da Europa, o povo po .. de.li. lmp6r com tal solcmnldade a su.a vontJ.de aobcrana l,

Cozc110&.1a1u P1o•oso.

Page 7: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL. - PORT UGAL

Miuuel Dantas Gonçalves Pereira

Digno Par cio Rdoo f na Li•boa • U-~

O con•~lhniro ~liguei Dantu. falle.cido de repente, • lc.tima de ama OHtfÍHn ,,.ct'toru, tencionava parti.r a 6 de Juiho par& o Rio

1de

Jan1111ro, ondo eetlvera ainda. bav11a. do111 annos, tratando de negoc oe partlcularee. Parede• do Cou ra. villa. onde º"~ra, e 4 qual queria com ontr•nhido affeet.o tudo lho deve, desde a ttua tranerorm,açAo material ató 'º ll\U deaenvotvimento a,grieo~a e comn1erclal. A rea: lil'nçào do caminho de lerro da Povoa apphcou com proJun~o pro prio um ca.pltal hnportante; á lndU$t.ri:i<le !actfcin1oa dedif:u 1naJ8 l"rdo a 8UO. n.ctlvldado, com grande boneftOIO de toda A rrg O,lft~ O o aou orc(lllrO ora. tn.nt.O o a. ttua prepondera.nela pot430A o JlO ~a tão grllndo quo nl\a tr:tn&acções Jn. sua fl1.brfca.clrculava. um& moo< a ••peclol, eonhecld• p~I• moed• Miguel Dan<••- Aos peq~enoe .jg"' dadores do loítio vindo11 cto toda ª· p:irte dll região ºda: p~~ndoi~lh!I~ pequenas llcha.a quo maltt tarde JU.nLAB, eram r~~~:~ moeda. Todoe ro. Eas.as ficha.a girava m em Coura como &e. • lero no as acceltava.m. co1nmereiantes. agrici;iltore•, 1nduat.oao1, e ' · brez& e povo, 11om dlallncç!o de,partidosd. 1. - 0 conrorui .,el ha

A cua de Miguel Da..nla& ah é um• e 1c1oe" bitaçào con1 todo o pittore.BCO das bellea.u naLur•e• do N1nhod e com t.odoa oe enca nlo1 preparados pelo bom gosto e pelo 1oet0 ° •ivor bem. • Mi uel

Ao Bruil onde adquiriu a sua rortona pelo commerc10, 1 O ' '-- inda nt\o b• molt.OR mexe.t. con· anta• mulLO queria um.,...rn. eª 1 h rala•a com alerr1a •eraando com a peuoa que traç.a esta6 in as. J iro noe ulU· na tranarormaç5o matenal aotrrida pelo Rio do ane . dedicou a.e moa annoe t~egreee1ndo ha muitos a..nnoa ao ·~0 Pª11• 11 4 polilfc• A ainbiçlo natural de in8uir nll 11dm1nit1' raç~o pub p•· 11. JU•t.a adm1raçlo que n'e88e umpo a todos in•pirava :~!~:do~· reira. de Mello llzeram·n'o &88enlar praça no parLipo reg • ' · · e 11té morrer c.om um& e o partido regenera.dor acompanhou sernpr m sacrlllclo 'dignoJJ do ded1cttçAo, um dotinlorcase o muitas ~ezos u . uer no go· maior ologlo. Ooput.n~o 01n consoo~uv!& legis~a.tr~~~~~ qeloviulo ao verno, quer na oppos1çào, Col, ao bm va eun. 1

paria.to. d 0 conJJ,clhciro Dor· Dohc11 vluv11 o uma unlc!l .Hlba CM!l ª com bliCDiK 0 ho'o um

nardino ~laoh!ldo, antigo m1n1stro das oblª~1 Yiel dir18t11 u~ t.olo doa cheroa do partido republlettno, • 0 :11:1iiu~I D•nt.as quo n1ulto s ram nia dandu 01 pe~amee pel11. morte 8 cort.eaào ora ' na J)Olltfoa havia. sentido B.' que Dan1as. eiemd&er ;!~, prein.imo&O• in1tuent.cs con11er•adora o mon•r~ h1ea um. oe locaca, como hoje rare>1 ex11tem Jí.

Bébé, o pensador d • a do pirea cm que H6b"' ac•ba

..._.. u1nbt:m dua1 mo1ca~ ao e cimas de rAo de ló. Reatam mls:a· llc almoçar o 1eu leite coi~ sop e 1 colher nSo pdaa: e •• lha• no (une.lo etttorreg~dio. d~ ~=I uarJado e1u1e fe t tlm lu 1lu111 mo1c1111. ~omo que JUljt~rn ulos co:centricos, cadA vta m:.\i1

. xuoao, 111>íJfox11nain ae e~ :•a tsccna com unia curiosliladc que e1tre1tn•, cmquanlO que Bc!bé O h l habitunhne rH41 ""'""• lh•Ôõe doi1 vlnco11 reflectiJ011 na rron çbocca cntn:abcna que deaco~

s aeu• ai ande& olhos cinto,,ª ,~~~de cheia dc.conccnuaçl\o, com brt os pnmc:iro1 denl1nh,os., a 'fª: ~os labios, _ re•elnm o trabalho a colher 1u1pen1a • meio carn n ° or com redcnder o ~uc v~. cerebral de um pentador ~ue se. c•í~~~:uillidad! 10 1umbir d 1quel· Desappareceu lhe da phy11onom1• ª. ssam e t~rnam a paJt.ar por les ''º'' animae•.inho• que no se:.o,.~::ndonando logo a 1ppart:ncia dentro de um raio d• .ol, tocnan :nw de 1111ea:- duas avu de ra· de 1nsecto1 f~1to1 tom l.AJC~ e1spelhK as soas perna.a. immoYeia,' de· ptrta ' C'~pre1ta de uma rt~&a .•

pcndun da a1ta c;adeira, dlo 1 id~a culminante da 1'21 attençlo: ­por coisa nenbwn• d'este mundo ~b6 e1taria quieto, a nlo ser pelo empenho n.a soluçlo de um problema que ccrtamcnle continha trium• phos extnordinarioa para o seu bem·eat.ar, para o .abor dos seus ai· MOÇO$ futuros, 1a.l"e1 para o proe;reuo da humanidade.

Porque Blbe, insensivelmente, etpera descobrir no manejo d'aqoel· lca adventicios.. cubiçoaoa do reato do 1cu alr&oço, a maneira de po· der ainda apfovcita.r as migalha.s doiradu que na..tam na alvura do leite ...

Mas acode·lhe cntlo uma idda que o faa 1orrir com dcsclem das doas moscas, como se auistiuc a um c1forço eminentemente ridículo de pretensão: - t! claro que 1quella1 dua1 creatunt.as insie:nificantes, muito mais pequenas do que a p1G11 • empoff(ar, nunca poderào con· se2uir o que elJe não consee.uira. armado co1n 1 aua colher e podendo inclinar cm todos os 11entido1 o phea.

BdM encolhe ligeiramente 01 honib1'01; e cise (itesto tradut. o pen· eamcnto informe do st:iu ~qucno cercbro que pnndpia a raciocinar u1n pouco:

- 4Coítad:tsl nem 30 menos tcc:m urna colhcrl.

Mas 112uuda os acontccimcnroa, ,,or dcacargo de con.scicncia. Pouco a pouco, sempre "olteando, • • duaa moKat tcem approximado o "6o do plrcs, zumbindo, aumbindo tcrnpre, Em baixo. os sobejos do almoço de 8'b6 devem parecer lhes um 1rchlpelago de rochas de oiro a ftôr de um oceano todo branco, onde vae raiar dentro em pouco, como um oriente. a ftec.ha cs•rena do sol que rOfla de seu vae:ar so· brc 1 m~ limilhao1e a um poutelro de ha.1.-Vae amanhecer ali, n'aquellu pa.~ens dormente• ao rundo de um abyamo de porcelana, como tanbamentc amanhece n'um w1illc que altas montanhas ro· deiamt -E B~bé e.spreila sempre aquellca do11 piratas do ar, ancioso de ver como clles ae tirarào de difficuldadet

Vagarosamente, com um geito de ladriio noctur-no, para nlo es· panlar as moscas, BlM desencosta ae da meia at~ onde o espaldar da aua cadeira lh'o permiue,-c olha. lla entlo um momento cm que ellas ficam immoveis ao de cima do pirea, t uatentad.a.s por umll vibr~· (lo impcrceptivel das 1111. Oepoi11 1.11na d'ella1 dcsc-e1 e a outra dj mais duas volta!S a cspionllr o hori1onte, como para se as11ie~urar da impunidade. Bébt exagera a sua immobilidl\do; e cerra os olhos. em · quanto que a mosca, 1ubita01cnte parada no 1ou giro, parece fitai o desconfiada. agora sem um aumbido.

Quando torna a abrir os olhot, 1111 du111 aves de pre-i:a estào pou • 1ada1 na vcrte.nte do pirei, me11no • beira do leite, d 'cst1 vez. como <luas aves ribei..rinhat ' beíra•mar, tentando penetra r com a vista a immens:idão das a~ua1 Er1:uem·1e lhes ao lon5(c as ilhotas de pio de ló, a.bcber;idas de leite na tnae: e a1 dua1 mo1c11 consultam-se, em· quanto que 6éb~. com o olhar arrt l{alado, a re1p1nçiio suspensa, pre· para o salto que arrcbatart o seu resto de almoço das la.rns dos KUJ commen.ues.

O nio de sol tem entretan10 marchado, vae j4 na borda do pi· rea .• - E' m.3nhi. emfim! - Vt·se o fundo fiquellc immovet oce,ano1

de um branco hgc1ramen1e as:ol;ado; tattca o sol na humid.a porcelaAa. As duas moscu. como que dc1pcnando de um bom aomno, espre.· gu1çam as aias transparentes com as pat1ta1, approximam·te do ines­perado almoço, mer2uth.1m o ferrlo no leite, chupam \.Om volupt110· 11dacle cega. Btbd. olha um momento aqucllas mal edue:ad.as., compre· hendcndo emfim; e de subito, esp1ntando·a.J com a vcn e com o itCt.to, toma o pires j.s m!os ambas, e põe-se a lambel~o solfrega­mente com a lingua, abandonando a colher, que lhe (õra. inutil.

Sabe lhe melhor C!1$C: rc•to, depoi• que o ten1 conquistado á pira· tar-ia pelo estudo, pela obt1cr"açlo1 pela 1.1tucl1, - pelo genio, emfim. Scnte··se enRrandecido, ao cabo d'aqucllc conOicto de onde a sua fi. nura saiu vencedora. J\(.fora <tua 11.a du11 n101ens, alfuRenhldaa, andam de novo a esvoaçar lonRc do pirei. coino quo ~uarantadu, elle julKa ouvir nos 1eus tumbidoa um clamor de dcrrot.:t que ac lamenta e&te• rihnente; e use clamor faz um coro dchcio•o 10 ~eu trlu1npho.

Sempre lambendo o f1.1ndo do pires, ll~bé 1orrl01e p.ar-a cll.a.s, com um arsinho de escarne.o.

Depois, tendo saboreado o RU leite e a aua victoria, 86b4! desc.an· ça, cnmo um trabalhador que tem R•nh•do hone•ta.mcnte o seu dia..

Ow.raido, pousa. um.a das mlos ' beira da me1.a.. cspen.ndo na pauagem a hsta de sol que con11nua 1 rodar.l Ktsmando vagamente 'e. clla passará tambem sobre os seus dedos lA>m ctre1to. ao cabo de tres minut.0$. cm que ~bf! tem fit.ado o IOI, 1em1 cernndo a.s palpe· bras. a 1ua mão t alcançada por elle, e adquire aubitamentc uma t.ransparencia rosca. Olha en1lo os 1eu1 dedos, m1ra·os e rcmin-01: mas punae·o de repente um pcn~amento proC1.1ndo : - qual ser~ ver· dadeiram~nte o pa~I d'ellea, uma vc1 que ainda ha pouco acaba de verificar a"ºª perfeita inulilld.uJe no conf11cto da exi1-tencia, ptrante os simples rerrões de duaa moscas,

Ergue o indicador, examina·o por todos 01 lados : - dccldidamen· te, es~e ded1to que os 1eu1 olhos vtcm t ranslucldo ao 101, de"e aer­vlr para :al~uma coisa, deve ter u1n R111 que o seu cerebro nào alcan· ç~. - {A nflo ser que . . ) - llf!bê 1orrl i prlnclpla·1e a fru:tr a luz no •t u espírito. Continua a rernlrar o Jedo, vohando o, pondo·o deante c.101 olhos, approxitnllndo·o e 11ffa111ndo·o. ora embcbendo·o no sol ora passando·o para a sombrA, co1no u1n joalhe1ro que analy~a uma pedra preciosa. Adi\!inha que \'1.0 rt10lver o íormidando problema; e redobra de 1ttcnçlo, com o• 1cvt dol• olhoa muito vivos sobre o dedo muito e.spetado. Subito, Btb~ t0rri·1c:- n'um raJRO de genio, bru.sço e dec-i5ivo como o grito de Archimede11 descobre. afinal para que ellc serve. - E recostando se, triumphan•e, meue·o aldvameote no narit. l

BAk .. 01 l..oeio (1Hlôe11wnio J

Page 8: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

't>.") •r•'llt• J ,.•

l.{scoJa do Exe.11ci to - <lu rtso de i Qf.aQtattia \Q." a:QQO)

(t 904-t 905)

t .• plnno, da esquerdA pnra 11 diruirR: - 811rttabé Fernira, Coita Cabral, Fernando Lapa, I1aao Ba1t01, J,fello Vieiro, D11C1rtt :Frago, Vai dt Qui11a, Abreu Uma, E11carnaçào .A.51uiar, Cotlloo Tei~eira, Juua i1111re1ra, &1111a N apnl111, Jo1i Ramo1.

2.• plano: - &ufa Fino, .::iilva Ramo•. Correiu Villinho, CarlOI Noronha, Orlindo Carvalho, F'rtita• Tei:rtira, Duarte Subl.il, Yicmlt da Sifoo, lopu Saldanlta, J<ni ã Oliveira, Arau;o Ltitt, Oli~ra Miranda.

3.• plAno: - Marqur_. Ju11ior, Madtira l'intn, Tavorta rf .Andrade, l\faraagno Pancada, Brochado Branqan, Rap/1fltl Olii:tira, C'11fillio Nobre, ,fodradt e Sov1a, C01ta Pi11fo, Freire Quaruma, Ta­varu doa Re1·a Er11e1to Empi11 Pereira Magno, Wriolo icodriguu, Vitira rf Abreu, Oarttadn J\1ê11'1, Ht11riq11t Gomu, Pereira dt Gouveia.

4.• piano: - Mam~l dt CarvaUin, Ptrtira de J\fello, .Fra11cilco BarrOI, Jo1l llloura, llt l'culono Ferreira, Ftrraz d.Altrtt•, Coita l .obo, Nobrt Madeira, Machado, Ctluti110 Soart1, M. Soaru, JnàG RuiUa, Jorge de Ca1tillw. P. Btmfeito, 8tr11ardi110 Guimarüu, Üqnçaluu Diar, ilfadtira Montei, Ernuto Cu11ha.

Page 9: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASLL- PORT UGAL

Caldas da Rainha

Parece qu6 remonta ao tempo doa romanos. o ant.igo oat.abel.oci­mool.O balnear de que boje darnoe alguma.e gravuras. O hoap1tal, porém, rol ma~dado edillcar pol• raln"'ba. O. lA~onor em fina do eo·

Dr. Auga1lo Cymbroo Bor9e1 de Sousa T>ir~rtor d.o llOlflJitol lttlll """ C:al<IM ''" RaiNha

1 eurioeas versões. Entro culo xt. A eat.e respeito correm

8mp.,.rc.s,easquo roi provedor do ho•·

outra.e, cita o padre àt. Jorge do • r ao o, pltal, a t;esulnte: . d mo•fto pela quu,..m• de

.• •Dia ao que esta rainha t.en ° um , 0 moito perigou. 1483 nos paços rea.es do Almeirim, do que oate us facult.aUtoa Ocando por muito tempo to1h

11da co~ d~':'ü.~!s S:ueotee, que re·

a aoonaolharam, que no terào °'" to • ainha acceltou eet.e bont.a.•am n~ t.ermo da au• 'filia do Obldos, ~!a.e pod6180 banhar, coneelho o mandou construir um tanque on teu mandar construir o do tal modo melhorou, quo logo promet. m l066 existia deno· n'a.at.o ai tio um hospital; .e.st.e tanque. j1"~!p~ta da. a'ua mort'.o para. minava.ao - blu1Jio d4• routhn - o eorv ª 11 dos bllnhar os aarnosos, sendo mal• to.rdo entu h~ade• diz .

Outra versào, o qoe lom tLnala vl~o: ~: ::a vilt~ de Ôbldol!I pllrt\ . , .• Vindo O. L&anor do oncaa r 'ª el·rei o. Jolo 11. 11ou

a da Batalha em Julho de 14Sl, ondo el!IU\ ulu annuaes do eJ.rof 01po110, esperando a pa..ra. uel~lrpo~ :::~lo aitio, viu alguns po· D. Affonto V, aeu pae, e paaaan ° ae rumava. rormadoa brea a banharem-se em tanqueadd0e0•~:~l,i do que preunclava, pela agua repres1da,. e parauotan

por que estas aguas ruiam reoponderam-lbe, que e1r~ d:.:~ de t.odo ou qm.sl, entio eota curu e muit.a gente to 1 ª llo promete.eu 1 construcçlo o'e1to •lnuoaa eenbora, n'esta _.ad ._.., Deus me der •ida oe pobrea to­altlo de um boepltal, dmn o · rlo melhor cuidado •"! ou~ ~do hoopital foi lançada em 148&,

~Ja como (õr, a pnmeira .,.,..

o tree annos depois D. Joio LI ordenoa.. n'uma pro•ido, que •into homeo1 mans e dea: de boa conducta roas.em po•Oar o novo loear, concodendo·Ihea pre•1logioe e be.nef\etoe. e mandando con1tru1r ca ­au do hab1taçlo n•um arruamento quo aeebamou Rua No•a,nome que ainda hoje M conlMlrta. D. Leonor deu a admini1t.r1çlo do hoa­p1tal aos conego• de S. Jolo Rnngelista, os Lo1oe, e junto d'elle mandou edificar um albergue pa.ra agua.lho doe peregrino1, •li· mont.a.ndo 01.da um a6 Por dole dla1.

llm 1~12 concedeu ao hoepll.AI um re11tilamento ou compromisso !oito pelo cardeal D. Jorgo d• Cunha, aao1gnado pola proprla rainha o confirmado por aou írml\o ol·rol D. Manuol, o approvado l):Olo Papa Jullo II; e88o original . oxlBt..6 ainda na soorota.ri& do hoep1t.al.

De•de 1'131 a 1740 ha noticia de ter tido o hospltal lrlnl• o oito provedore•. Em 17W o Jogar de provedor passou a denominar·•• administrador. Deado 1700 exerceram esse cargo: 1700 a 1833-Dr. Antonío Gomeo d• $11.a Pinheiro - 1833 a 184&- Valentim Brito de Mello - l&IS a 181'>1- medico Prancieco An:c>nlo de Almeida - 1862 a 1Sõ8- Joe6 Bento de Mello $aluar -181i8 a 1800- doo· embarpdor P. de Lousada Araotjo - 1800 a 1&>2-Manuel o. de Campos -1862 a UITI- Dr. P. Antonio de ll4Zende-1877 a 1888 - Dr. Francisco Eduardo d'Andrade Pi montei- 1888 a 1800- D. Ro· drlgo Maria Berqoó - Ul'Jll a 1902 - Dr Jol!<! Plllppe de Andrade Rebello: i>or decreto de 2l de janeiro do 1ooa foi nomeado dlrector do hospital Real das Calda• da Rainha o lllu•tre clínico dr. Augu•lo Cymbron Borges do Souaa, . oujo ret.r11to errcfma oetaa llnhu, o a oUJn. lnlo-it\tiva.1 a1t.a compot.oncla. o o.cL·ividado 11.quollo vasto Cfttl\. beloclmcnto muito doYo JA.

O hospital foi raedlRoado em 1747 por D. Joào V quo d'oe•a obra encarregou o brlgidolro do en3enharia., Manual da lJal&, que toa conauuir aqueductott.. ront.ea, m1naa e tanque• para leproeoa e quadrupedea. paç09 do concelho o camarL Ba poucoa annoe ainda exlatlm. o tanque doe Quadrupedes na roa do Olival de Baixo. •n· liga rua. da. Ob~elra, e hoje roa Camões: foi demolido em ltnl.

1\ttilh4o tio tx1'jtno tkllf#Otlo oo JI<>1pitol D. Curlo. t, t w• lrtdto do llJ.IJO llW Partp1'-

ClkW.6AJaJ .. hn ....

Bm 1889 um dos admlnlatra.dores que maia concorreu para o arormoooamento daa Cald .. , D. Rodrigo Berquó, dou prlnolplo á roedincaçli.o do estaboleclmonto balnear • hospital 1quo flcou t.or· min&do n• gerencia do dr . • ro&6 f'11ippe Rebello), e edilfcou um novo hoapital, denominado O. CtlrlOfJ 1, quo ticoa incomploto : eAo do D. Rodrigo Berquó os trr.çadoa do bello p&rque o do lago.

Ta1 é a traços rapidoa a toeenhm. bistorica da• aotJga• t.hermaa romana.a que uma ra.lnha. aprotelLou e tranarormou guiada por um aanto impuleo de caridade.

O po•oado das Caldaa loi eleudo 'cuhegorla de •Ula por D. fda. nuel ahi por l500. O motmo monarcba elevou a 40 01 pretllesriot que D. Joio U concedera a 8ó peuoaa. ldsfa tudo D. P1llppe í re· du1iu a ao o numero doe previloglados, ordenando que ee 11u~doa· aom por mort~, renuncia, ou condemnaçlo1 sando os provodorea do hoepit.al os encarrcg11.do1.11 d11 nomeações.

Em J6.'l0- ol~a Jorge do $, Paulo - havi.a entre oaee$ pro•ll•· gladoa l modico. 1 olrurglllo. 1 Juiz, 1 bolicuio, 2 .... 1.~00. 1 to. bellilto, 6 enrermelr081 1 plnt.or, 1 rorreiro, 2 lavrlldorel!I, 1 0-ar\')ID· t.eiro, 1 coronheiro, 1 alr&lt\te, l ta.ngedor. l oleiro, 1 penetretro, 1 pedreiro, 3 sa.patoirot, 1 moleiro, 1 almocreve, e l aem oocupa· çlo.

A •ili• du Caldaa tem por brauo o eecudo r .. 1 de D. Jolo U com aa Pallas Grllh&daa de D. IAonor. A' esquerda um e..,udete em que ae • 6 um pelica.no no ninho, rodeado cios 6lboe:' direita outro eocndete com uma rêde eapherlca pendente. O pelicano, r&a· 1rando u carnee para au•t.on!&r oa filho• pueee alludlr i Rainha

Page 10: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL-PORTUGAL

D. Leonor qae ae deapoja•• d11 aou Jofaa em faTor do boepitaJ. Aa r6dee representam. dis-ae, u que ""Iram para t.ra.naportar o Infanta O. Atroneo depois do deeaatro que o -.ictimou: outroa opt· oam que ropre:aentam ol.audmnu, ou r&dea de peec:ar atum. qoe er.m propriedade de O. Leonor no A1ga"o·, rê.doa que eram empre· gadao no hoepital.

A admlulo de enrormoa no hoepltal tbre todos os anno.s no dja 16 da inalo, dht. do rosLn. para. A vHlo.. Todos as enrormari18 o dopondonclae garrldamento 1dornA.d1a, ello abort..ae ao povo1 depois do vf'Ritadae pelo director e pelas peuoaa gradas especio.hnonle con•Jdadu para 0383 coremonla..

€xcavações

Francisco Octavlano de Almeida Roza (Curioto arlt'go ('litl'ÍIO (M Jfj/; 1)

E tcrover Acerca do Brattll d tareco. dirOcil para quom n'ello reside. Afleiçôe.s ou preconcoitoe podem rnzer reaJ(lar o que é medíocre, ou 1nenoepruar o merato real. Atrofç(l'Oa porque a natureza 6 rlc"'* aa familiu são hoephaleirae,

oa lndl•lduoa afra•e1s, u apparenclaa de talento muito generallea· du, a propeoaio para o e s tremo elo,lo, ou extrema critica COS· r..ume ln•etendo no pab.. l'reconceh.oe porque u luct.u da oman· CJ.paçlo apart.a.ram as du .. naeionalidadta.. que mutuament.e eo calumnfaram i e dep01a a.a idéaa rrance.11~ propagadas pela tribu· na, pelo folhetim, pelos circutoe de pale1Lra., •leram des•1a.r a naçlo de eeua hablLOe tradlcciooaea. e re•ealll a de L.Tages alheioa, da.r·lho certo1 ge1toa. cert()s pena.ares. antipathlcoa 4 velh& raça latina do Bf(t(;(Jro A •fl""ª o do J>otto Cüle.

B' verdado quo hoje a reacçAo oont.ra o frAncezismo.- abaat"r· damcnto dll indole nacional, - comcoa. om doie cimpos de grando podor'IO no paiz.1 - n4' liLteratura o n& 1>01ltlc:l. Sentindo a doca· do nela que •elo 4 França. da proacrl J>Qlo do Hugo. e dr. falta do onlhuala.emo polos ae.ua grande• me1lre•, - oe noYoa escript.ore• bru11olroe lOmam a. incUnar-ae para o berç0de1ua língaagom. para a techola rlaida, se•era e nobre da lltt.eratura que deu ao Bruil oe maia belloa nomes na arte de ei.cre•or.-Caldal!. J . B. da Gama. Oona~a. J. B. d'Andrade. O. homona pohucce •êem com receio a dlt'futlõ daa idéla n.apoleonlcu; e a eecolher entre as •elbu tra· dlCQUee de noa:aos a1ó1. que •e afterra•am ú fnatituioôea munlcl· pa ... nlo oequecendo a orrgern olotll•a da monarcbia., e aa dou· t.rinu modemaa do ayatema admlnl1trat.a•o, em que o go1erno 6 a ronte do todo, e • intellegencla J>opular flca condomna.da. il obo· dlonola pualva, não beelt..am cm oclarar·so p.ela ma.nelra de e.on· tlr Que maia 10 adapt.a A 8ua nalurca1 americana.

Nf.o 6 a oondomnaçào do aua tndolo peculiar, d aut.ea urna novtt.. emlln01paello moral, quo eogue o rnothodo ecloctico, para accoltar tod&8 ae doutrina& sã.e, o repolllr t.odoa oa elementos lncompotan· te8, que podo~ atrect.ar & organJsaçAo conelltuclonal do pala. A ceei· tam aa thoor1u gera~ que o• publlcl•taa trancezes derramaram pela• n1çõe1 no grande rompimento de 1189, m a.a nlo se querem fdenuftcar com uma naç&o, que ludo tem ucn6cado ' ldéa mo· n~hlca deodo a aagraçio do Clo•I• at• o pleb1ocito Imperial do actu•I Napoleio. Ma.e em quanto o penaamento int.eiro do pala nlo H dt6ne, Hcam em p6 u anupatbiu contra. u idéas eo•eru da

antiga metropole, quo em nad• 1e ca11.m com oe modemoe arre· blquee franceieL

Procurater:108 apart.ar·n08 d'eatea preconUiitoe. e ao meemo tempo domina.r aa atrelQGee, que noa prende:n a ut.e paas. Nlo 6 praur de ~:ie.nt. ••lia ele••r ae por uma hora aelma du palxôee do momento, e preecrut.at a cl•ilia.açlo que lont.sment.e ae fdrma n'e11.6 granda lmporio.

li

O Rio do Jn.noiro exorco pa.rn. o Braall ae moemae runc~a do P•ri.s para a P'fa.nça.. \VehntLr p1.ra. a Allemanb1, Ploronça. pata. a. ttalia; cent.ro a. que affluom todol!I o• espirlt.os omfnent.e1t, 6 & eu• c&pltal int..e1lect.1utl. A.tu ha. n'eate paiz um pr~ncelto Injusto 111.

1ou respeiLO. Como aucceulvamente tem predominado na politlca oe Pauhstaa, os Mlnelroa, o 01 Bahlanoa_, negam :1. auper1orlda.do de aeo• filhos_ e o inculcam como t.heatro de alheios merltoe. &.la.a para quem tem aqui 1oompanhado com imp2rcialldade u • • olu· c6ea politJcaa do pala, par~ eeta ll:Mlrçlo tnjust.a., e em perteit.a contrad1çio com os factoe.

Tbe.1.tro d•a lucta.a tlibunlcl11 a capital braaileira adquiriu uma oducaef.o poHt.ica auperior ú pro•lnc1u. Oa seua eecnptorea alo tal•e& meno111 democratlooe, menos rederaUetas. m•• tem a eupe. riorldad& d& inteJHgennla s:o•ernatlta.. NA.o ha adul1çào no que lltt· RO•eramoa, porquo tio nos guluMemos por nossoa af'recloft lntlmoa, dariamos ant.oa applau15otJ 11.011 luouLdores do eyat.oma redorallvo. Maa d miator conre~aar quo noa dois grandes porlodott da emanei· paoào nacional de 1822 a 1831, o da. organf&açAo lntema do L8tt 1 a 184& o Bruil riào houvera. coni.rsuldo t.ornar·ao uma n11çào, ee esn •ex du doutr i1u go•arnamentaee, t.iY038em predominado u ldda.e rederallataa.

8m um pais, como uto, de lmmenaa euperficie, do lnttrucçlu aecundar1a hm.tada '-• claMH ole•adaa. om qoo a phyloaophla OCO· non1ica predoo:ina menos do qu,. o afrecto, a. imprenu. ~mala quo oa pa.rlamentoa etntraea ou protinciaea. a gnnde tribuna em que o po•o colhe aa auu doutnn1a.

Do toda.a u mudanças que a roYoluçlo de 1789 operou. a que •brio a no,•a era du &Oded•doa p0hLlcae1 e port.anto a male 1m· port.ant.e. é a qle cba.mou ll doliber•çào governativa t..odoe oe clda· dàoi. da naçlo. Out.r'ora. ora 0-1La grande pal1tvr1t tidat~1o, o pre•lle· gto do Romano1 do At.honienee, ou do CarLhag1nez. Succe&1Jlvament.o prcatara1n honaenagom a 011ito 1>rlvllegio eoloniu, provinciA8, na· ções

1 parlo!! do gloho, quo orl\1n Lyrannlaadae por um SyJl", ou um

Aleon11•des, com tant.o quo fU1ie 11 ablllxMsem a cabeça 1.oa 00108011

Cald.e1 di Rainha. - Túrrt da MJl'tllo do Hblpilal Jttal Clldii d• J .U• l"MauKI•

quo ln.m dissertar no Poru1n, ou invontar a.rguclae no" dográoa do portlco. Com eato syBtem11 -que 6 o dl'l dieta.dura do• cont.roe ln· talloct.t.11ee1 - deeen,ol,eu·ee, cre&ceu. e velu a caJr, lnva.dlda pelo• barbaroa, asaoldadoa naa cohortee e legiõea. a civlll111açào latina o hoUenica. Quando ella deu roro" de cidaao aoa ilallAnoe revolta.doe, apo2 aoa gaulev.a, aoe iberlo•, ª°'godo&. a ldéa perdeu M na anar­chi1, foram-se n trad1ç6ee do ao•erno, e 08 de&eeodentu do Ar· minto e de Verclngetiorix, penaando cingir a corVa aoberan& doe •elhoe tempos de Act.lom. 16 encontraram sobre a fronte o aeu e&· puete do ferro. Era o prodo1nlnlo da força.

Page 11: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL- PORTUGAL 155

A lmprenaa ,.elo libert.ar aa nações d'est"' dicta.duraacontr'&ee. A ro•oluQlo do 1m enunciou eat& _grande inno•aQ.10, o 01 ln•ent.Oe da lnduatri• raclhL&ra.m·lhe a prauca..

UI

Ha 6pocaa fer<ela em boment de oobido merlto. Quando a ora•· niaaçlo pollllca usentou em b .. es daradoir~s. maa nlo deflnili· •••, _ porque n'esta nossa marcha para a c1Y1llaa.q!o e1aogellca

gulbo nacional talentos de g:rande ruturo. O sr. G<>,,~lcu Diál, qoo já pertcoee ' posteridade pel& oxco11oncla lnoontat.a'tal de aoaa primelru po68ias,-reno•ou eom et\.repl\.O e gloria o gosto poe· Uco da geração nota.. O er. Jo# dt ~ltMOr, e•lrundo·e.e no duro mat.or de folheúni1La1 soube dt.r ú folbu aol\.U das ret"ist.aa, que oe diarloa en•iam ao esquecimento aubaequenle, e t.al•eaaosestu · dos dos eruditos da po9t~rfdad .. - mal• do que ephemero •ator, -o talar 1ntrinsoco do eatylo. A penna habll. que brioca•1. com os leitores do lltrtd .. til, entretendo.os aarad ... •tlmen~ com a (anta­aiat em troca das nor.iotaa por que em •lo Hptra•am, já revela•a

Caldas da Ralnh•· - IJ011•iln/ l lt<.U- Gallir;a do 1.0 ar.dar

lo• _ nuc•m d• quloLaçào oão havorA paradeiro t..a.l•e.z P~ se:· A' mocidade proponea '" doe oapir1to1 •• ld6u consed~i or: ·, entào a um~ c.arrolra. am grande• emOQ6e•. olo p6da ca.r·descantad•• o contraria.e H· que 01 comb&u.nt.ea eal.lo de a.rmaa · Para ell• a p0llLlca 6 a loiraa prabcam em am1ga•el eon:rer:i~';'sLoa tribuna~ a eloquencia oxclt.açlo du turba.a, u luct..u ren dia recebo applau~, o o cal ca1orou da tmprenu. quando a oas..

• . f<rmaria do ,'t(utlo Jh1to11âo, Calda• da Rainha. - Catltt1'"1i~p'Üai Rrol e1n Jtrts-9()(,

HO d ia ela abertura '~ ' l~llei.6• "" .11111• ,..,.._...".,

Contraria. 1.0 arroroclmont.o du culo desa'lpareee do• ddh1cursg~tM idê&a _ vol••·•O n' .. su occa­paixOGa, oonclllaçlo . • opp LLru -'em que •• nlo ha 01 en· alôo1 para outro eet.ad10, o das 10 Lo Compen••-oa o enthu1l11mo t.huatumo1 trreftoctldoe do o:aomen historie&• poalbumo pelas grandee roalidadespor oma d'.;..... 6poehaa reli•••

De UH& a llP4 o Brasil paaaoo""'ndea , ocaçõea. aorriram ao or· pan. u Jottra1. Manlfoat.aram·ae o·-

o ruturo auctor do Ouorío1y, romance, quo, apezar de imperreit.o no plano. é Lalvez da.a melhores compoeiçôea braailoiru. N'ess.a patria do eol e da poeala-o ?Jar•nhAo - realçaYa &e com o a.eu e.tudo de Vle.ira, um uJ.ento m•I• auatero, que 10 JançaYa a assampt.oa mais lrabalhosoa1 um perder a1 graçu de cat7lo, que a.nda.m liga.­das ao nome de TiMOll. que adopton e mereceu. Ee~ o outro& no­brea espiritOA muito prometliam, o em parte juaUficara.m a eape ct.atita. Se ainda aa obras de longo folgo, do estudo aturado, de••· lor immorredolro, aio poueaa, nlo oa aceueem0&, - o aol doe tro picos. ae illumina eap1endidamento oe talent.oe, tambem em bre•e lhea gasta a força •ital. N'eeta terra. de prima•era.s e tempestade& ba muitu manbi.s lindaa, multo rebento vtçoeo do rolhas e ftôru~ mas poucas tarde& eatl1'&a, e nunca bou•o um outono.

B.otre estes jovena que cntlo ao ostrearam. um hou .. o. que jA trazia a eu& reputaçlo firmada doa belloa annos aeadomicoa de S. Paulo. So maia t.ardo o ar. Jolli.A; da (1101/tn, e.o aublr oa degr:íoa dn. trlbunn. polit.ica, j& era. uma grando eaporança., - o ar. Franet'IM Ottariano, ao entrar pa.ra & rodacQ.ilo da Gneda 0//iciCll em 1846, d&va me is valor a eua folhn., com 1u1 promC-3838 de vaJentla o g raça. do eeu eapiriLo. Com talonto natural p&rl\ 08 oetudoa políticos,. som poder vencer ett·t.a voc11ooão, comprohondora comtudo que aa let.c.raa nào deamereciam da. eua. nova. oa.rrolra, e que a gloria Uttera:ria. sempre ennobrecera oe homens polltlcoe. Nem t.odoa auim o juJ. gam, porque nem lodoa t.cem ont.ondlmonto Igual :1 aua reput.s.çào.

IV

O ar. Franc-iaco Octa.Yiano de A1me.lda Ro:u. 6 ftuminense. N°••· ceu no Rio de Janeiro a 26 do Junho do 1826. Seu pao era um me · dico estimado pelos homens do Hu tempo.

O talento re• elou se cedo no tur.uro Jornali1-ta. Ainda então nào •lera a falsa. etiqueta do rrancuiemo 1'1ciar a •i•acidade e alegria doe coetumes oacionaee. O. Jo•ena nlo o~utta•am o eh iate do seu eapirl:o, e as damad nlo recuaa•am oa 1eua 80rri808, quando o coração lbea palaava. No meio d& eua geraçlo, ainda reati•a, ainda conserva.ndo a.a ~raça.a da fantaala, que IJào particulares aoa fluml· nenae11, o sr. Oct.avfano die:tlngul& ao naa reuniões pela jovia.lidade gentil de eeas dict.os, e pela. scnalwol oxpreuão da& pequena.a composições. qoe nas •agaa lleadomlcaa oacrevlia. Aos vinte 1t.n· noa já eslava rormado om eolonolaa jurldlcaa pelo Academia do S. Poulo.

A amenidado do seu ~rato n«o ocoulLava rrlvolldado. Os eaLu· dos serias foram·lhe racele. Hocrcava.-10 om Byron, afiava o est:ylo na pedr& difftcil e escorregadll\ do Nlchelot., mlt.8 não se esquecia do Benjamin Constant., de Royor Collard, ou do M&caulay. Na P•· tri& pretavii os esplritoa nobres, - que como Aguiar dt .Altdrodt, ha•fam semeado a.a id6aa d• grande llt.t.eratora,, ou. como Vaacon· ctllo., rand&do a naelonalldade pela leglslaçlo. Como Olywtpio Ma· dtado, - bello faturo encerrado premat.uramente no tum alo. - j' ao adostnva nu lldee pollllcu. Se u folhas llllorarlu da Acad•· mi• guardnam·lbe u conlldenclaa poeUcu, ou1rao Colbaa maia

Page 12: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

156 BRASIL- PORT UGAL

experlmentadu na •ida pratica, JA recebiam o cunho faceto e to· merarlo de aua penna poHtlca..

Voltando i cldado natal om Epocha do domlnlo do partido de• ctotraliudor, a liltou ao com tea.ldade entre oa eeua detransores na hnpren"' n&o por cult.o oxagorado aoa homonfl, ma.a por tendenoia do idéu. A aua reda.cq.ão na r;udu Official não lhe doemoreceu a

Caldu do Ra!Db1. - O lwfoho

reput&Çlo. Em breve a dlrocçlo prlnclpLI lol·lho entregue, o o jor· na.llemo do Brasil, em progreisao do1u10 o Dut">trtaàor, recebeu m:i.is algun11 melhoramentos. Nlo eram maia artigos de intorosae pea· eoa.I. que exclutl•ament.o preenchiam aa 101.1 columnu; todoa oe crandes ln~retllff socJaea eram ali contempladoL Ra•I& p&Ctinu para. o expediente gowemativo, ma.e Lambem para. a fnstrocçlo do publico. Pordm a íolba nào durou mult.0; em 1848 o governo eue pendeu a au& publica.çào. Razões. que honram o redact.or prinel· pai. tinham occaalonado a aoppre.e&o d'esta ••rba. quo aos olbott doe pollllc:oe do •i•ta curta nio ae podia juallftcar perante o orça· mento.

Bm breve o Jorttal do Co1Nn1erci.o, uylo doa t.Alontoe que pa81Jeiam pol .. liLLeraLura, deego&t.o•oo ~aa luet .. pollUoao, - acolheu o ha· bil MCript.or, nlo como ln1'alldo da imprensa., mu como lodl•idua !Idade robnata, qoo promottia muito ú reglGeo liUorarlaa da fo. lba,. O Ú IUU eolumna1 do int.ereao prat.íco. A Stlu"et rodaJ)(S. rran/•do do ouro d'aquella rolha. fundou no pala o vordacieiro (o lhot- m. Se nl.o ae reconheci• em euias l.inbaa do erudlqão •arlada, de lmpro1'itM> taci.l,. & pertefçlo do estylo. o caraet.erist.tco parti· cu1at do auctor, que mala tarde ao de.en•ol1'eti,jil ba•ia muir..olo •açlo do Yltt.N molt& generooldado de ldha, p&ra Ir ro•olando, que aqueno etrpirlto oatava ao par doa mat11 adiantado• ost.udoe dol'I e1erlptore11 europoua. Ao meamo tempo a parte 1uperlor do JoNtal, enriquecia-se com trabalhoe eobre matorlas, at4 entlo jul· gadu ooeundarlas poloe '"'"'" eeplrlto1, que datanm do aeculo paaa.do, e punham oe eetudoa do adminlatraçlo, eat..at.letiea, o ln1trucçào publica. em paraUelo com u no•fdades francezaa do1 pertumh1t.a11 e oabellelrolros. So a. discusa&o promovida po1o ar. Octavl•no, não oortlu LOdo o etrelto deaejado!· •• ainda oe lnapoct.oree de quartfllrlo teimam em fabricar raml laa Cabu.loeu, para u liatu de receneoameot.o, o a admlnletraçào central em puu.r • eetatlatlca para • ela880 du sciencla.1 oapocul&t.11'a8; -ee a lnetraeção publica ainda não recebeu or"anleaçào naolonal, em quo todos oo 6100 aejam ayatematlcamente fundidos e enoadeadoe. at• forma.r um quadro barmoniOBO, o por eonaeguiotec;roar u idéu geraee, &liment.o do eepir!LO nwonal ; - aliUm reoolt&do "colheu pela maior eo•eridade doa e:xamo1, pela amp11açlo doa oatudo11

peloe enaaioo do colllgir dadoe ... t.auauc:os, pouco aub6idiad08 ti •erdado pelo go•emo, e em que. um pa.nlcula.r, o 1r. Padre no.a.: Po•pct1, do Cfa"'-. ma.it tem prim&do.

Eet.ee estudos requeriam merecidos applauaos e recomponaas di1 cl&ftflO maia IUuatrada. do paiz. O sr. Oot.aYia.no, coadju1'ado por f&mlllaa, que ao dletfnpiam ptila educaçlo e caracter, apoiado nos collegloe olotu.rua do Campos o Vuoouraa, - oe maia ad1antadoe da eua proTI•eia natal, - entrou em 1863 pa.ra a ca.mara doe de· putadoe. O inet.it.ut.o doe ad•ogadoa ofegou-o para seu secretario: Jlt ante.a o íO:a da provinclA do Rio do Ja.nelt01 o dopoia d& com· mfesào enearregada do orga.nlaar a eetaUetJca.. O conselho dlrector da io•trucçlo publle&. cont.ando-o entre aeu memb~ 1entlu a ln•aelo d•• ldé&a no•u. Era a pent0nlftcaçlo de uma geraçlo maia pratica, mala nu.oraria., que auccedla. aoa homona habcia e dedica· do9 do 183l, otJ qulles preal\varn monoa a lit.torn.t.ora e A admlnis· traQào do que oo certames pollLicoa do dlaclll!llo thooricL

O CMTt.io A.ltf"(OMJ1J fundado em l&i'f, para auxUla.r o rutabele· cimento do pa.nido progreaalet.a.. e que fora aoeco1Bi•ameot~ aus· tentado pelas babel• penn&8 de J. A. AlCtriHJ10, Sollt1 Torr~1-ll0Mtm, SUoo J\1rfl~•h<M, Joil dõ Jtm'.e, o Domir.Uu10 Uite Ribeiro, or3. om IBM, eob o do1nlno fxplranto daa ldéa.a de reelstencla, o ultimo ropresen· t-ante du tra:Hç6e• quul apaga.daa do lado contrario. O Sr. >~ Or:t.ori,u•o aa.ln4o do J""7t01 do C.0.-.crcio entrou para aquena tolha, lo•ando ao ar;alal doa lidadores em deeca.noo. ampla bagagem de ldéae do progre&eo, r,a.ra. mal& ra.vora.vola tompo8. Em brovo um ca· sarnento uniu o dlRl neto Jornalista á. ra.mllia do Sr. Moniz Barreto, proprleLario di lolba, - Iam Ili a em que O goaLO polu lettru 4 he· red1tarfo, e qao enriqueceu o ae.o morfto t.radlcelonaJ com nt..a nO•& allfan~

Do ISM a 1861 o eaplrlto publico ont.rou em nova. evoluçl\o O bl.n"'JNU de Pámttd, - homom L·tt.lhado polo moldo do Pomba.l o C•· vour. mu eeo:. oa merit.oe litterarioe d'utes, - enea.tou & applic:i 4

çlo de novas i4éu politicu. ta&eodo-u &compaohar do. melhora· ment.oe indu1t.riaoe da. ci•,Jinçlo moderna. Decrot.aram-ae clrcotoa e1eil4raee e ir..compaU.bidadoe politica11 organiearam-eo aaeocla· cõca par& a. n1vcga.91\o doa grandes rios, oonstrucçlo do ca.1nlnhos ite forro, e juneç?t.o d& c.apít.aoa appHcados A induetria. Bata. mu· da.nça noa babitoa tradicionaea do pala tendia a tubetituir o go4

Yemo exclusi•> do centro pelo du tocalidado1, a representar no parl11ncnto todol!I 01 lnt.ereuoe, e dar na a.dminiatraç.lo mala torça 11.0 poder monarohfco, destruindo a reet8toncla. da& grnndea facçõoe, dissol1'fda.a eob a tnftueocl.a dia rivalidade.a pe..oaes. Na ordem

Caldai da Raf 11ba. - .')o/<1 <I~ úrllalt.J.ÇUu (! JJN/11tl'Í4t•çl)t• Cllt•h ti• Jalh I...,.._

economfea a liberdade de industria oncet.a.va os eoua prlmolroa on· aaioa, procurand:> fazer por meio do ompro-.:as particulares. 08 me· lboramentos, ~ue aa difl1culdade.1:adminlstrati11'a& do;paia addia­Ya.m pa.ra ma11 tarde. Era a nalure&a americana., nca do ldéas •ut.aa pereonift~da e.m um grande homem,, que reagia contra. a lndole lawna -da acção oxcluotva.do oetado, aom comtudo perder

Page 13: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL - PORT UGAL

os "ua vestígios de origem. poie a iniciaU'a pArtia aind11. do pro· prio governo. . · d ·

l)esdo ontão 08 eapirítoe começ.ayam 11. ahatar-so no pa.~z om 011 campos. De Uln lado os partid1t.:1os do governo do pa1z dlract&· mento pelas sua.a inOuoncia.a, roalteado o ays~ma do .domlnlo par· lamentar, a.t.é o 'ponto que comp?r-t.a ~ eduu&Q}'O pol!tJc.a. da nação~ o desonvol,imento do tra.balho hvro pelo~ meios 1nd1r~ct-0a_, pela li· b<>nlade religiosa, pslas vias do commno1caçào, pela irradiação do credito, _ era o alicerCAJ fundo . cm que queria.ai assentar as euas ldéa.s; 38 consequoncia.s lmmediat.&s er&!ll passrt.r da. !l1ão do go­'YOrno para a. inicia.t.iv3. pesaoal todoa. oa 1nt.eress.es ma1ore~ do eJJ· tado. 0 a rorça. mot.ri~, a.perla.dn. no ctrC:_ulo eetrett.o da capital, e~· pandir-a.o e aviventar toda.a as provinc1as. Do outro la~o os p~rtL­dario!l da unífteaçlo do pa.iz pela constante a.eç.ào adm1nl.strat1va, pelo domínio exclusivo do eathollcismo noa .novos ceni-ros do po· pulaç.ão o nu novas leis civis, o peta organ1saçlo da.a induatria.s sob a tutella dlreeta do estado,

AO$ conservadores da.e: t radições govom!Lmcntaes do v.elho ro · gimen devio. de prererencia convir eswi.. ult1.m.a. ordem do tdéae : á mocidà.do quo 80 embriaga n.t. Juct.o., que dot~sta tod.::l8 a& tutollas, que sonha com 0 progresso rapido, com o e ngr:t.ndco1mento lnstan· taneo do pali. competia adaptar com cnthustasmo as trea llborda­dos. industrial, religiosa e parle.montar. d Iº~º deixaram eataa

fdéas governamenta.ns até deiombro e Qli.llõJ, • H ultimas do sol-o com a aubid:t do rnlnisterio S:ill~ - 'Jorres - o­rnem. Ent.ào a aclsão dos partidos operou·se mais francamente. O Sr. F. Octa v-iano, deputa.do á legisla.tora. de 1856, acompanho~ o~ jovone do seu tempo. Nào se cont.entando com os traba1hoa da 1m· prentt:a eubiu tambem :1 tribuna. para. de tender as suas idéaa. Dosde enlão, ~ra. nu discussõo:s econoinicas do parlame~to, ora. n~f~i~~ de atiradores da itnpren.sa nunca deixou de seguir a mea de procedimento. o grit.o do guerra! guerra 1 ás velha.a crenças ad· minist.rativas de UW2 foi a.oando em todos os sous discurso&, om todos 08 ae~15 11rtigoa1 ~ApidOB.i ioCÍ8iVO$. S~rrindO cor ºt!:~ee:~:: d&s suas critic.a.s oleva.ndo·aO com as aap1raç?ea. va en . . idáas, rertlllaa.ndO -ao com as invenções part1d.t\r1as da, SUll 1m_!1g~: nação, que davam 0 fJttnto M> povo, nas denominações carsctor1st cae com que baptisava os contrarlos. r teir n3o

Ba. n'estn.s Juo-tna morito subido, porque do ln.do roo . o íallocem talentos, boM ra.zões polit.icas, grrLndea conhc.~1 mentos praticos. O Sr. Justiniano Rocha t1 nm11 penna fert.11, Utuu vel, que fte a molda a t.odas as idéae adoptad~& pelo seu partld~i~rdC:zt:~,:~ nunca a maior diversidide do rnat.or1as. uem perd~r ª m coMmuni· gancfa do seu ost.yJo at-tico. No Jonwl do Com1NtrC10, e

..

Caldas da Ra inha. -hitferm~rri~l dt Sa11le! Isabtl

h . uco não vulgares ponnas. Era cados da situação, batalhavam tr~iiO tlitoraria, com instrucçiio o sr. Salles-Torros·Bomom, u9 odoodando os eous porlodos sob \la.ata de t.hooriae econom1ç.as, arr ves olev&doa. a que a.e gene· O reft()XO magico de pensamentos gra 8 era Silva Paranboe. f?e. ra.!ldados dão cert& eolemnidade; :::: g ridiÔulo cm boa moeda, o rel.ra da Silva, e outros, qae pag

luctavam om forQa do rae-iocinios som deavant&gem, e com babilf· dade insinuante p•ra o povo.

Os eleitores da cõrt.e tendo em janeiro de 1861 de escolher tree partidarlos dl\8 novas idéas1 recompensara.m o zelo do diatinct.0 jornalista, dando-lhl) uma cadeira no parlamento em dpochl\dil6c1l para. o paiz, que em tão grando crise ehB.mava. á ropre$ent.a.çào os

Caldas da Ridoba.-//<Jlt l Lisbot1Nt!lt Cll~h..U 1Je J11U~ 1•ara111111,

seu& mlliores t.alent.oa e ml\is provadas vocações.. Na ca.mara. l!le aen­l-a.ram o& dois Ottonís, a lmas democ-ratica.s1 e espirit-Os adcnini&t:ratt. vos de grande alcance, Zacharias do Goes, intolligencia elevada.. que se lança. á di&oossào du mai& dfrtl eois thoses conatit.ucionaea.1

-J. B. d' Andrade, hordoiro do um grande nomo, a.o qaal não dea· moroco na ahna, voncendo·o n& eloquencla,- Felix X. da. Canh&, que como Lamart.ine sabe unir tt poesia as razões do estadista, AI· varo Tibetlo, José d'AJcnear, Gomos do Souaa, e muitofloutroa,qoe asseguram o Cuturo intolleclúal do no.vo lmperlo.

Aqui IJé oncorra. a nosaa oxpof:JiQlo de factos, porquo na.da ea­crovemoa. para a actualldade, procurando só o exame imparcial da historia, que ni\o se a rregimenta, e no nosso caso nM t.em direito a arregimentar-801 em fileira alguma.

V

O ar. F. Oct&viano pertence ao numro dos somoadorea de idéaa. quo as nnçõea novas recebem da providoncia, para a ela.boraçào mysteri03a. de eua ctvllianção. Honra a ostes trab&lhadOre3 do por· vir, que nunca verão em froct-oa auonados os rebentos de JJuas plantas querido.e 1 Flona:a a estes jornalofroa som a.alarlo, quo ae d08· t inm.m ás obscuridades glorioaa.s no mundo orficla.l, e que dominam o rut.uro pelo influxo de suas idéas f

Eil·08 quo vom do todos os lados do horlsont.e, com a rronte ele· vada, com " crença. no coração. Passam, e as turbas não soJnoli­nam. Pregarn & relfgilo do progresso a ospirJtos em rebeldia.. Cin· gem ora. a corôa e a capa de arminho, o vom aentn.r~ee modosLOs o c rent.e& ao pa.r dos homone da. acíoncla., que se confinam entre os mappaa o os manusoripto&;- ora si.hom da Industria, a rmados dn. forç& monetarJa, não pa.ra ent.hoeoirar tristemente, maa para. la.n­ÇB.r os ca pitaes pelo eepa.ço, em ponties. em linhas tolegrapbica.s, om vlaductos., em borbolõea de lamo. que movom navios o loeomotlvis. a ppa.rolhos indu.striaes e ma.eh inas para a acienela.- ora aão bene· d1ctlnos d11. civHisação moderna., que no& cantos dos gabinetes ox­plora.rn a.a ldtlaa do velho mundo, colltgem os vest.igios do seu adian­tamento historico, e a.doptando as croaçõos tradlclonaes do pen· sarnento á. peculiar organis.ação do seu paiz, lho preparllm o pro· grosso moral, realidade invoncivol, que re&iat.o o.o& invasores tarta. roa, a At.t-ila.1 á inquieiçãtt1 aos caudilhos doa Pampas, e floresce von­eedor& 11a roligido do ConCacJo, nos dircursos de La.oordaira, naa ldé•• do Obioborli, nas creaç.!ies poetleaa de Marmol.

A fnsacfedado 6 a doença mortal d'ost•• almas, que a lmejam por dovorar o espaço. Nunca! nunca. vorão a patria realisar o engran· decimonto, para. que t rabalham. Sabem que ha de ser uma grando na.clona.lida.doí quo 11. civHist!J(àO moral t.erá n'ella um roprosenlant.o at..ra.vez dos soculos; quo aqui o cbristianismo ao elova.r' na. pratica. peta fraternidade das raon.s: guo :is rogiõea rront.ei ras virão mais tarde receber o influxo de sua civilisaçàO ; que o aul do eont.(nento a.moricano conservará. a sun. indopondencia. ante os oat.-ranho\, am­parado em aua unidade governativa. S&bem que ostos t ios magni· flcoa, rasgando com suas ramUlcaçôo.s o& sertões da Amorioa, hão de a.er devae&a.dos por grand&s Unha& do vapores. o unidos põr e&· mlnbos de Cerro collossat>8; que grandes povoaç.!iea bilo do surgir com o encontro e união d'ostes elementos tndustriaes; que o tra­balho livre ha. do fort.ale~l-aa, aproveitando para a Industria &$

riquezas natura.os do pa.iz. M&s quando eoari essa. grande hor& no campa.na.rio aeou.la.r? Tarde! bem tardo. B os tumulos oito se a-bri-

Page 14: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

158 BRASIL- PORTUGAL

rio. u camada• de U!irra nlo hlo do aep&rar-ee para deixar puaa_r da aolemnldade da mort..e aoe etplondoree da. l'id& o monarcba. c1· vllleador. o lndn1trial aud&z, o oscrlpt.or genera&O, quo morreram sonhando com a grondeza. dll patrla . poet.aa do porvir!

. ·.ó'·,·;. ~· .. Oti~~"·~. ~io· dé8·me~·~· 'Pê~âi~~;~té . â. ê;p~~~ti;~ d'aqoellea que aómente o conhecem pelo• eeaa artlgoa. De estatura eleYada. m•rro. tem a cabeça alta o eetreita..com o •erdade.iro LJPO ruicional ; a eua fronte 6 p0etlca., oa olhoe, ti-toa e expreal•oe. re· •elam a mob1Hdade e calor do eeplrito; os labfOI abrem 10-lbe em aorri.BO, que parece ironlco. ma• nlo deixa. de eor bcne•olent.e; ha riqueza ern sou.a movimentos; nlo 6 o homem de lou.ru roaail da antiga eocfedado encerra.do na Torro do Tombo1 ou na b1bliotheca de santa Gono•eva; é uma natureza meridional, or• 1otiva, ora ln· dolente, m•• em qae sempre ha tariedado de getLO& O orgão da

Caldas d1 Rainha. - lh>t.rl l...1ilibontn&t (~a,an fh l<•nUtr) CUt.bf • • J•ll1t ... ,......_

toz nlo 6 forte.. maa 1uppre-o a expreeal.o rapida~ fnet..anta.nea do •cciona.do, que pinu. aoe olhoe a multiplicidade du ldéu Ni..o te· mos a. honra de o conb~r tnt.Jm•mente1 ma.a oa familiares amam. lho a indolo, malt pootica o doeculdoaa. do ''ºº a maior part..e doe homona polh.10011, que em no11aa épocha. antaaculdllm em hebrai11ar a vida, do quo em pugn11r pela& td6•tt,

Como oacrlptor, o •eu e11~7lo d c.~tigado; não goeu do grandea ~eriOdoe, nem de gra.ndea artlao•; a dicçio 6 sempre cuidadosa.. a linguagem oxpurlt. do tra.ncealt1moe., quanto o comporta a t.ermlno­log1a poUtlca em aso no pais Se etcroto aegondo a eacola de lin· guagem do llebello da Sil .. o Latino ~lho, nlo 6 monoa patrior.a, e amante da. autonomia do nu pala do qae aque1161 c.a•alheiroedo n0380 .. Nlo proa La coito• a.os napoleonismos da polltlea. porque de· t.eeta as ln•oreOes const.ituciona68, que podorlam adopt.ar o aou pai~ 11. uma orsanhHlQlo lmpro1>rla da naturoz.a americana. Se na.

N O ,VELOOROMO

maneira de •rrumenlar ae approxlma da argucia concisa dos fr•n· uzes, olo lboo lmlr.a ao tendenclu para a untrallaaçlo abaolu1.1., pan. & de&crenoa polit.ica, mu para a deiftcaçlo dae personalidA· doo. 8' aoldado du ldéas, nlo doa homens. Nilo crO no ulLramonta· nismo,-nu doutrinas roacclonnr11a prégada.a 1>010 er. padre Pinto

do Campos, quo tolheriam por aoculos o progresso do lmperio.­mu aquolla arma ardente do hym110 ,,.in6ro 6 por certio da rellgilo do Lacord1iro o Vlolrn. A çucrr& do at.lradores é o aeu forte. Nin· guem se oxpQo .-o rogo do inimigo m1~i8 alegre e aud&1Si envia. lhe soLtu, que se ombobom no corpo, o doem fundo. Inventa dltoe ar·

INO VE LODRO MO

o, corrtduru

guLOS-, e ec •olLa d'elloa la•ra oa eou1 arugos. Leem o amigoa e cont..ranos; porque a1 graças do eaplrtto a Lodos aedu.&e1n Na im· prenaa, ou na tribuna. quando a.B&01t.a a arulberla ligeira contra Oll inlmlgoa, a breeh• 6 ~na.. Ra t.ant.o l\CnlSO pratico e1n tua•aprO· cla.çõoe, que na.o eorla. do admirar"ºº publlcleLAocoutt.a11eooadml­nlatrodor habll.

Pazemoa Yot.o• p1t.ra que esta pre•htlo eo realiso. v.....,uru, 8 de agosto de 1861.

R&1:S•LDO Ca1t.0a.

NO VEL ODRO MO

Tclcas i rqJJãS

~lrcuem lhes sabe a rxacta proccde.nda. Filt-as talvra dos 1empOS que •e contam Partindo d1uma quadra a que remontam As dOccs nlvorttdas da. con11clcncla l

f"cillllS d:a mcama primitiva esscncla, Corfundcm•IC no be:rço cm que despontam, Cooo dola aathos rtgldoa que apontam No mesmo caule antigo da cxlstcncia.

Conccbc·as d'cstc modo a mente h\lmana: Como doh1 a inros, cuja lua ec lrn1ana Nas prorundeza.tt de tonglnquos c~us ...

Dois grandes p6tos cm que eira ;a Terra, - Do Amor ve.m a família, o ca1ado, a guerra ; Nascem da Morte a alma, o cuho e Deus 1-

Oon.ON NllSLOA.

Page 15: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

BRASIL-PORTUGAL ·~

Pascoa 11'a ldeia beirã Um eplsodio da vida parochial

- Uoas fostn" lioas fcstll"! 1il lrl11 i>1, nllclnin! .. . 1<'1-cstn ma11h~•inJ1n tJ'ni.H'i l j rt•piCfllll O~ RillOSj tllll­

tnn\ tlS rouxinn(•s, J>t'f..ql1ie1V.u~ d'.a1nor; _chilrei111n n~ ~n-1lori11h11S- ll< <rnllinhinl10~ tio ( 'nh-:mo- no• 1·orlllJllS da ,·elha l·:g1.rj:\; 1\erfnmnm n• 11111dresilrn~ o~ .'·ami-11l1os aldeões; e o senhor nhh111l ~ l:i ,·11e prnZL•n lt•u·o · · ·

Era um J,om o .. enlior nblmdc. 1\n frcgm•zin tl'dle np~lll\s o Pinto f/O,<l<tt'(t pouro do s11il111r.11Uimlt ! ,.

F6m por <poc, 1111111 vez, por as cle1~i'ies, o 1 11.1to, <1uc cri> um llll•(\tiu, engc11la!l11 I?º': 11 maa .1~y pot r1 tns z11111lrniccs tlo 1 11cd i~o do villa1 inanugo pohl iro 1111 •c­uhor ubbn1fo, tinha promc1tido <1ue i_rin "º""'" o ~e~• Pastor - e mtr fltt /1(1riu d1· ti1v1r 111u1to.• mt<J.•, «!' "}1-, ,. ' ) p :1-.<1..'(t·ni re1(«/or. _ tl<iinavn, 11Ht~ 1ulo ~a1u certo. or li111

1 uào '11ic til'Ou ,·oto nl'nl1111n ! Nem ~crp1cr ? pro­

p1·io voto deu {i p111·ci!ifülndc do mcclico. Nn. 11111 d~s (•lei\•ôciot, l.01110 ,,ji;sc qur C'l'H o unito dn h·(·µ'llC'~lfL •1uc ia ~onil'u o sc11hor nl.olJruk, tc,·c mc1lo. t•, fi11gno­do-sc cloenrc, dcixou-~c ficnr cm ""~ª·

• •

e · · 1 •o l'i11to 1 ' lils 'orrian1 eul:io us t!Ol:SHH nu11ro 1110 " · .. i111n as Paschoos parn elll'l )lc11era-sc n'un~ uc.go~ c·ios ... intrujnroui-no ... pcrdcrn J,nstantc chnhe1ro ·

Tinha reco,.,.ido ao crédito, e ns~ign11ra uma lc!J'fl no brasileiro. . . · d

EAtc, como o \JJ'R80 dn lcll'll ti'·esso t c 1·11111111 o, nmcn<:ava-o de lh '11 protestnr ...

Era a pcr.pcctin1 dn pcnhor11. - bens á pl'llÇO ou v~nda for<::od11 - 110 tlcsb:m1to !. · ·

l'obrc Pinro! Na a Ideia lo"º se s11bl' tudo. . Um q ue níl~ gosll"''' do l ' iulo d1•sc1·11 no ~cnho r

nbhnde: 1 O . l'' to e I' , dcJ>enduro . - e conta-

- $ (1l llllllf/IJ 10 ~ u u

111-l11e o caso dn lctrn .. ·

O bom elo nbl.ondc, cbcgndtl •·crca ~o /ido, on~e •llOl'íl\' ll o l'into, eu,·credou por u111n azm ingo <ttte UI

tlur :i cu~n tl'l'~I C. .. li • l l b .1 1 c't•• M 1·n·11 a bel)Or- oc n mao, 111 t\ llu O t O C: l'CU11 1 ,a. ·

c1uc elle ·1liri 11 d 1cins d'nmcndnns · · · 1, .' ' 1 , l c 11;11ti11ho• ~ rocln cio mãe, nrec1nna un\ uu1uo t • .

Il i U l m--• peln culJ1ç11da p1tnn<:11. l'OJ)C allt o-~c, 80 · ~;;v· 11 J E . do Piuro o .. cnhor a > 1ru e.

ntrou cm Cll•ll • li 1 · 1 _O ~nrrist:io ia - Boas fcgtos ! ullclma. 0 e 11111 • •

1 1 ,..

1 b .. cmiiuunto 0 senhor nl1lonlle,

( onc o o i"lCll 101' li Cljlll' !'·. hti 111 " MILll­~01 · 1·idc11te deil1w11 11g11n hcnln ° '. 1" 13 em • dnçiio pns~lrnl ... u llcllui1l, nllcl111a !

Sobre 11 ma mczi t11, coberhL co111 nlvissi111fL tonllm de \'i~1o~as r~ndo~, csltwn Lun prnto de lo11ç:1 liuu no mt'io tio qual !l\'11hn''t1 uma h1ra11jn onde o dono dn cn>a tinha C~J>Ctado doze vinrcn~ cm prata.

Era 11111 folar de nbastados. O l'iuto 11ui7.crn linb"Ír de ri<·n, niesn1(l u'n'1ucllu occa~i:lo. N'11 ntn. 0 11 trn n1 cza. 11ua t•a og·h·tiol ondl• l'~pu 111ava o vortláMro ; ao l 1u.Jo 1111~ copo~ e 11111 p:io de 16. E o Pinto:

• \'ó, meua ~cnhorcs : façam fn,•or ... • E i11 dci-1trn1ln vi11l10 no~ copo., Emquanto alguns bcbinm, o 11IJb11dc di;<se :10 Pi1110 1111c Jll'Cl'i•nvn muito d1i lloe clnr 111nus p:1h1vrinhas eu1 J»U'ti1·11l11r. O .Pinto Rolirc­~nl t ou-se um poucn, mns caindo cm Ki, e veudo 1L bon­dade ti\o pelo claro de 111011stn1<111 11'aquclle rosto ~01~ ricl cutt\ e illnn1in 1ulo por 1101 ft·nnt.•o e ~·fl~clivisili1no olhnr, cli>se ao ahbadc que eôhl\'11 1\s suas ord1:11•. O nbhmlc pediu li<'c11~11, tirou a e~toln, e foi com o Pinto p1rn1 o interior 1111 ''ª'"· Pouco w111po ~e demornr11111: ]1Mé111 <Jl11i111lo clocgo rn111 t1. prcs"n ~1L dos 'JUC lir111'11111 11 tlcli1·iur-se co111 •l pilo de 16, e eom o bello Vt·r-1lnsl'o, o Pinto (•0111 o rosto :1 foguc11do, e o~ olhos 11rrnz11tlos de l11gri11111•, cxclnmou, n 'umn cxpnn8:io 1lc grntithio irrcprionivd : - Scjn111 rotlos muito bon~ 1cstcn1unl1ns em co1110 o ~e11l 1or nhhntlc acaba tlc me 0111 prcstn 1· ccn to e vi nle 1 ib,.,1 H ! - o n'i~t.o a~son I h11-v11.-11K tl'11111 ch11pe11 pano ein111 tlfl mczu. E to1110 o 11bb111lc qui,,cs,;e ob;tnr-lhe, ellí', n'nm repcllão, gri-111ndo :-Deixe-mi: t•:\ senhor uhhatlc, senão urren­hcnto ! O ,<enhor (: um santo ! Anda ~\, mulher! Anti""' cr., filho~ ! l'onham-sc ji\ rotlos de j oelhos e b r ijf'111 a. mão do 1101<Ho bcmfcitor ! Jo nosso pne ! 1•.: como o ubbndc cp1izc·•se esq 11 iv11l'-~C ... -N:io fuj11 ! tenha pn('iencia ! - E n'um 11trop~llo de phra;ics e: de cx<:lamaçõcs. contou o caso da l\'t rn protestadn ...

- Ah! scolol)r uhbade ! e um dia preéisar t1·u111 t'ào puru lhe guartlnr a portn, nqni ~sti\ o Pinto !

J•: buliu no pei to p11l11111da.s de l lllllpm· toneis! - l 'ois sim, poiH • im, . . . mos agor·n de-me licl'11çu

paru 1·ontinuar com o folar senão nem n'um mcz ! ... - Quebrou-me º" braços >enhor nl1bade ! E nn passo que 11 11111ll1er do Pinto, uma cxccllcute

crc11t11rn, IJciju\'I\ a snlwcpeliz do nbbnde, in. csrc cn­chcmlo de beijo• ns (•uritas, e tlc 11111cnclons ns màoM ,l11 H t'rcnnçns . .. J•; jn de f6rn dn purtu o ahba<lc, l'i­>011lao:

- O' Pinto : umii.,-os nmigo~, 11111< º" ,·otos ;1 parte. - llnrn ~nhor nlilmde, bnui que cu ml'reço tndo !

\ 'o('Cmccê rncn•c·c mas é 'l"C Ucns o ajude, e á S1111t11 quo E llo lhe deu por compa11 l1ci.rn. E lit esta­mos 1)s ordens.

• • ,\ mulher do l'into dcli.,i(l\'Ulll-lllL 118 la!!Timns 'JllC

11 'nq 11 oll<1 cspns1110 celeste lhe innuntl1L,·a1~ o l'OKto e mni• os dos dois filloitos, que sentArn no collo .. .

.. E lá vne o senhor nbbnde, dt!iluli111, clelindíut. n ti­

rar o folar, mais alegre do que nunca, mais chnla­ccn1lor do q uc som pre ... !

l"1rnv ÁN1'0NIO.

Page 16: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905_1906/N1… · BRASlL-PORTUGAL 147 g· uma lndolo exeellente; eis 1thi iudo que

16o BRASIL- PORT UGAL

Globe~tttottetts

Coa1ign7 Ftrna.tid 1 1aa molbtr

J)o11 flrrojadOI p1ojtt1.aTtHh <~11' à .. oltrr atJ lllU1'd4 a pi, tNt C "HHO'I' t M:• ti-* r oll,. ..., bollOI. Lino• já Je tt~ 6 º""°' e •ao atl J.01t. 1.ktt• a.ta,. d~ rúUa • Pom (de ONdt JHJrltra• tM 6 de{tct.rttr·o~ Jt't!f'J) "º d•a J(j de julho de J(J()V, ""tOHltgHlfCIH &tr ptJNlHIU-1. !J«Ulu.1rllo:l9.-(KJ() fra11eo111rop01to1 /Hlo 'l'oriny~l'l11b. U• clt>il andor1lh01, cujw f'tlralot d1e .. *°"' Ido COft;fl!l"Y ft.nwu1d e Jottphotl t 'oMigH!J. 1:wa Mt1llitt. Atrtir,n11 paro o .Vof'lt /ao .; d141. Boo NgtM.

O mal sem remedio, o mala certo que tom, 6 ras.ar da ll&efa. aidsde •lrtude.

U , • •ell•t l't , M•r l1111 M, (lert••t C• IJ • " M e Pr·l111fll , e &~111 1 ,

o 'h.talro llO pruen'4 ... lataro. o Lb-tro n.,.

O l·heatro lnLerese& n•este mo1nonto o publico, nAo pelo praaen. te, mu pelo fbturo. O presento fo101 bato u •~aa. o dei"ª"ºº' ape­ou a e.ptrança.

Oe arLitLU heapanhoos, qua durante a ultima temporada flz.e· ram aa doUcraa da soclodado alagante no O. Amollo forn.m pro­curar outrut regiões, Hpirar outroa aree, receber u palmu d'ou · 1.<oe publlc>s.

A VitAJianl, que deixou immonws na m1t.le profunda nost.nlgla da arte os coraç.õea doe: aeue tlola, quo do 7). Maria a seguiram • S. Corto.. foi moetrar ao Porto qut nlo linha e.quecldo o• que da primeira •ez M lhe b&•iam con1er•ado fldellasimoa na cidade que gua.rda a memoria do sou real coi:npatriot.IL Cllrloa Albert.o.

K nlo eerlo decorridos multoe dlaa aem que a companbia lyrlca itallan~ q;ce no C o t1e ow do• Auo relo• tem representado com applaueo1 .:rfftentea lod•• as operas do grande report.orlo, deixe todoa oa eeu.s milharos de admlradorea i:tob a lmpro•aào uudotta de tantas oolt.ee de enthwliumo.

Aoe lheat.roe de reproe.ent.aç.io portu1uen um a6 t,beatro eo· brt•lveu: e do PrJnofpo R eal. 1'.fa.a eaao t.anlo pat.rlot.ismo mct· tou n'uma. poça de grande eapect.aculo -0/f>ri°' à'"ltm·111ar - quo. se nlo em arto. em patriotismo peJo menoa. Jeva a barra a todoe..

Aoe olhoe do espectador tucJn1.do paN&m todo• oa felt.oe he· roicos Jos ultilmos annoa, todoa oa nomee quo ee colohrlearam nae campanha.a d'Afrfca, o e<1m ama tal precJeAo de da.tas, de numoroe., do quantld&dee do morto• e roridoe, o al.4 de omclo. burocratlcoe, que por "te::ett m•ia noa paroce oetarmoe, nlo doante do palco de um thoa.tro mas deant.o de uma. etecçào do oet.atistlca.

Polae inten(lõea, quo •ào dctl.do a apre.sen~o d&a dun rainha& aU ' fusilarla que mata negroe como t.ord~ nlo ha. obra mal1 m&­ritorla nem mais propria. para fai.er fer•er o 8angue nas velai ou para lavar os oepectadorea a orguerorn vf•aa e t.oc:arem hymnoe como oe que a todoe OI minuto. noa entram peloe ou• idoe dentro. Aulm a a.rto puaaaae por &Obre eaaa onda de patrlotiamo retum· bant.el Auim o auctor d'aqaella peça em a actos o O quadroa, o sr. Xavier d'Araujo. 1110 tlveeso convenolJo do quo no thealto se requer men->1 sentimento guerreiro e maia 1entimento dramauco. em ruumo, menos enthualumo e mais are.o.

A musica, de Lacuova, t.em numeras bonitos, trechos inspirados, na acenographla de&l.ac:am-ae oa t.rabalhoe de Pina o ?\lachado, e o deeempenho foi corree.t.o, aobreaalndo ooe eeos papei• Sant.oa Ju· nlor. Cha"Yee e Luciano.

B 6 o que hã a registar com relllçào no presento, porque o re&t.O pertence ..• ao ruturo.

B o ratun> HUl DO o. Amolla qa•, com f;uclha SlmQee, a. dolo Roaaa, Pahryra. Baet.o11 e os outros atlletaa quo constitulam 11

cotnp&nhia do thea.tro Al'enlda no• vae dar, al601 d!ls t&CrtUa1 ee· trangeira.s qJo ji se a_nnuncia.m, eeptictaculoa em primeira mlo do no•idade seuaclo·nal.

O futuro e1t.I\ em D. Mar ia quo podo muito bom di.zor do ai a. phrue popular: não ba fome que nà.o dG cm (•rt.ura.

R pode repetU·a t,;Om t.a.nt.o m aior M(Ura.nça de nlo falaear a • erd•de quanto 6 certo quo a limitadn. compa.nhla d'cne tiheatro v&o "ºr fortalecida com clcment()tt novos o valiosoe, ontro oa quae·a deetaca a Hgura prima.eia! do Brazào, com a.rtietaa do •alor do Adallaa Rua>, do lgoaclo Peixot.o, do Marta Pia do Almelda o de outro• ainda_ dando todos a garantia de que podarão d'ori•ant.e sor do1emponhad1tfJ n'aquolle palco. com brilho condigno, poça• que d'olle eat.uam arutadu por falta de arú1tu.

O futoro. emfim, e:1t.4. no T hoatro L ivre qoe •ao dar 10 pu· bllco de f.;i&b>a a een11çlo do um Lhea.tro novo, do uma arte no•a, cho11 de novo11 &.1Jpecto•1 de oovoa ponto• do Tista, de novas emo· ~ ..

Aguardaniol·o com o •i•o lnter688e do quem lem confiança om atauma coisa que tenluL o podor do &rroda.r para longo a banallda· do. dando um banb1J do original o de inedJto ao e1tplrito.