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23 LA CONTRIBUCIÓN DE SERAFIM DA SILVA NETO AL ESTUDIO DE LA HISTORIA DEL LÉXICO PORTUGUÉS* Flávio de Aguiar Barbosa (UERJ) 1 Résumem Se analiza, en este trabajo, la contribución de Serafim da Silva Neto para el estudio del desarrollo del léxico portugués, con base principalmente en su obra História da Língua Portuguesa (1957). Se presenta una sistematización de esas informaciones a partir de la periodización adoptada por el autor y, luego, se exponen los procedimientos realizados en la preparación de un índice de palabras datables originario de los estudios realizados por Silva Neto en la mencionada obra. Dicho índice ha sido elaborado a partir de otro anterior, el Índice de Palabras estudiadas en História da Língua Portuguesa, de Rachel Valença, que se publica en las últimas ediciones de HLP. Desde esa nueva recopilación, hay un lista de palabras cuya datación puede establecerse a partir la misma obra, uno de los hitos de filología Portuguesa. Palabras clave Filologia Portuguesa, Serafim da Silva Neto, lexicografia. 1. Introducción El presente enfoque de la obra de Serafim da Silva Neto enfaza el estudio histórico del léxico y hace hincapié en una de las obras más importantes del eminente filólogo brasileño: História da Língua Portuguesa (SILVA NETO, 1957). * Versión española: Dayala P. de Medeiros Vargens. 1 Flávio de Aguiar Barbosa es Doctor en Letras - Lengua Portuguesa por la Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2009). Tiene experiencia en las áreas de filología y lexicograa, centrándose principalmente en los siguientes temas: el estudio del léxico, la historia de la lengua portuguesa, la sociolingüísca y el análisis del discurso. Actualmente es Profesor Asociado de Filología Románica en la Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A CONTRIBUIÇÃO DE SERAFIM DA SILVA NETO PARA OS ESTUDOS DA HISTÓRIA DO LÉXICO PORTUGUÊS Flávio de Aguiar Barbosa (UERJ) 1 Resumo Analisa-se, neste trabalho, a contribuição de Serafim da Silva Neto para o estudo do desenvolvimento do léxico português, com base principalmente em sua obra História da Língua Portuguesa (1957). Apresenta-se uma sistemazação dessas informações com base na periodização adotada pelo autor e, em seguida, expõem-se os procedimentos realizados na elaboração de um índice das palavras datáveis a parr dos estudos feitos por Silva Neto na obra em questão. Tal índice foi elaborado tendo por base outro anterior, o Índice de palavras estudadas na História da Língua Portuguesa, de Rachel Valença, que está publicado em edições mais recentes de HLP. A parr desse novo levantamento, há uma lista das palavras cuja datação pode ser estabelecida a parr da mesma obra, um dos marcos da filologia portuguesa. Palavras-chave Filologia Portuguesa, Serafim da Silva Neto, lexicografia. 1. Introdução Esta abordagem da obra de Serafim da Silva Neto enfaza o estudo histórico do léxico e privilegia uma das mais importantes obras do eminente filólogo brasileiro: a História da Língua Portuguesa (SILVA NETO, 1957). 1 Doutor em Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro . Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Lexicografia e Filologia, atuando principalmente nos seguintes temas: estudos lexicais, história da língua portuguesa, sociolinguísca e análise do discurso. Atualmente é Professor Adjunto de Filologia Românica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

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LA CONTRIBUCIÓN DE SERAFIM DA SILVA NETO AL ESTUDIO DE LA HISTORIA DEL LÉXICO PORTUGUÉS*

Flávio de Aguiar Barbosa (UERJ)1

Résumem

Se analiza, en este trabajo, la contribución de Serafim da Silva Neto para el estudio del desarrollo del léxico portugués, con base principalmente en su obra História da Língua Portuguesa (1957). Se presenta una sistematización de esas informaciones a partir de la periodización adoptada por el autor y, luego, se exponen los procedimientos realizados en la preparación de un índice de palabras datables originario de los estudios realizados por Silva Neto en la mencionada obra. Dicho índice ha sido elaborado a partir de otro anterior, el Índice de Palabras estudiadas en História da Língua Portuguesa, de Rachel Valença, que se publica en las últimas ediciones de HLP. Desde esa nueva recopilación, hay un lista de palabras cuya datación puede establecerse a partir la misma obra, uno de los hitos de filología Portuguesa.

Palabras clave

Filologia Portuguesa, Serafim da Silva Neto, lexicografia.

1. Introducción

El presente enfoque de la obra de Serafim da Silva Neto enfatiza el estudio histórico del léxico y hace hincapié en una de las obras más importantes del eminente filólogo brasileño: História da Língua Portuguesa (SILVA NETO, 1957).

* Versión española: Dayala P. de Medeiros Vargens. 1 Flávio de Aguiar Barbosa es Doctor en Letras - Lengua Portuguesa por la Universidade do Estado do Rio

de Janeiro (2009). Tiene experiencia en las áreas de filología y lexicografía, centrándose principalmente en los siguientes temas: el estudio del léxico, la historia de la lengua portuguesa, la sociolingüística y el análisis del discurso. Actualmente es Profesor Asociado de Filología Románica en la Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

A CONTRIBUIÇÃO DE SERAFIM DA SILVA NETO PARA OS ESTUDOS DA HISTÓRIA DO LÉXICO PORTUGUÊS

Flávio de Aguiar Barbosa (UERJ)1

Resumo

Analisa-se, neste trabalho, a contribuição de Serafim da Silva Neto para o estudo do desenvolvimento do léxico português, com base principalmente em sua obra História da Língua Portuguesa (1957). Apresenta-se uma sistematização dessas informações com base na periodização adotada pelo autor e, em seguida, expõem-se os procedimentos realizados na elaboração de um índice das palavras datáveis a partir dos estudos feitos por Silva Neto na obra em questão. Tal índice foi elaborado tendo por base outro anterior, o Índice de palavras estudadas na História da Língua Portuguesa, de Rachel Valença, que está publicado em edições mais recentes de HLP. A partir desse novo levantamento, há uma lista das palavras cuja datação pode ser estabelecida a partir da mesma obra, um dos marcos da filologia portuguesa.

Palavras-chave

Filologia Portuguesa, Serafim da Silva Neto, lexicografia.

1. Introdução

Esta abordagem da obra de Serafim da Silva Neto enfatiza o estudo histórico do léxico e privilegia uma das mais importantes obras do eminente filólogo brasileiro: a História da Língua Portuguesa (SILVA NETO, 1957).

1 Doutor em Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro . Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Lexicografia e Filologia, atuando principalmente nos seguintes temas: estudos lexicais, história da língua portuguesa, sociolinguística e análise do discurso. Atualmente é Professor Adjunto de Filologia Românica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

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La idea de este trabajo surgió durante la redacción del Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (HOUAISS y VILLAR, 2001), mientras actuaba como investigador de cronología léxica, integrando equipo cuya tarea era apurar dataciones para las entradas del diccionario. La coordinadora del equipo de etimología del diccionario, honorable profesora Maria Helena Marques, nos aconsejó aprovechar esa experiencia en nuestra vida académica; Eso es lo que hice cuando me inscribí en el máster en Lengua Portuguesa en UERJ y, bajo la dirección de José Carlos de Azeredo, escribí la disertación O estudo histórico do léxico na obra de Serafim da Silva Neto (BARBOSA, 2002).

El interés por la História da língua portuguesa (en adelante HLP) aumentó en proporción a mi familiaridad con la obra, siempre sobre el escritorio del equipo de etimología del diccionario. También buscando informaciones cronológicas, conocí el Índice de Palavras, elaborado por Rachel Valença sob la coordinación de Antônio Geraldo da Cunha, con listado de palabras cuya etimología se estudia en HLP.

Después de haber decidido dedicar mi disertación a Serafim da Silva Neto y, especialmente, a su obra maestra, quise dividir el trabajo en dos partes que serán también las más importantes secciones de este artículo: inicialmente, someteré las principales informaciones encontradas en la obra sobre la formación del léxico portugués; posteriormente, presentaré los criterios empleados para desarrollar un índice de palabras que pueden datarse a partir de HLP, trabajo inspirado en otro índice mencionado anteriormente.

2. Primeira parte

Una de las primeras observaciones a presentarse a partir de los estudios de Serafim da Silva Neto, es la percepción de que el léxico es el plan lingüístico en que la correlación entre la lengua y la cultura se hace más sensible. Destaco las siguientes ilustraciones para ese concepto:

Palabras de origen prerromano han sido incorporadas al latín de diferentes sustratos que influyeron en la lengua de los romanos y también constituyen el

A ideia para o trabalho surgiu durante a elaboração do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (HOUAISS e VILLAR, 2001), período durante o qual atuei como pesquisador de cronologia lexical, integrando a equipe cuja tarefa era apurar datações para verbetes do dicionário. A coordenadora da equipe de etimologia do dicionário, a cara professora Maria Helena Marques, aconselhava-nos a aproveitar aquela experiência na sequência das nossas vidas acadêmicas; foi o que fiz quando ingressei no mestrado em Língua Portuguesa na UERJ e, sob a orientação de José Carlos de Azeredo, escrevi a dissertação O estudo histórico do léxico na obra de Serafim da Silva Neto (BARBOSA, 2002).

O interesse pela História da língua portuguesa (doravante, HLP) aumentou proporcionalmente a minha familiarização com a obra, sempre sobre as escrivaninhas da equipe de etimologia do dicionário. Também buscando informações cronológicas, conheci o “Índice de palavras”, elaborado por Rachel Valença, orientada por Antônio Geraldo da Cunha, com listagem das palavras cuja etimologia é estudada em HLP.

Tendo decidido dedicar minha dissertação a essa Serafim da Silva Neto e, especialmente, a essa sua obra magistral, quis dividir o trabalho em duas partes que também serão as seções principais deste artigo: inicialmente exporei as principais informações encontráveis na obra sobre a formação do léxico português; em seguida, apresentarei os critérios que empreguei para elaborar um índice de palavras datáveis a partir de HLP, trabalho inspirado no outro índice mencionado anteriormente.

2. Primeira parte

Uma das primeiras observações a apresentar a partir dos estudos de Serafim da Silva Neto é a percepção de que o léxico é o plano linguístico no qual a correlação entre língua e cultura é mais sensível. Destaco a seguir ilustrações para esse conceito:

Palavras de origem pré-romana foram incorporadas ao latim a partir de diferentes substratos que influenciaram a língua dos romanos e constituem também

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patrimonio léxico de la lengua portuguesa. Se trata de vocabulario representativo de ‘rasgos culturales´ que sobrevivieron a la victoria romana’, principalmente nombres de plantas, frutas y animales y términos relativos a actividades agrícolas y ganaderas (HLP, p. 276). Algunos ejemplos son:

- en el campo semántico ‘terreno’, charneca, arroio, barranco, lapa;- referente a ‘flora y fauna’, moita, carvalho, abóbora;- para ‘técnicas agrícolas, habitación y vida social’: seara, tasca, toucinho.

También hubo enriquecimiento del vocabulario a partir del contacto de los portugueses con diferentes pueblos a partir de la expansión ultramarina del sXVI. De modo similar a lo que sucedió al latín, de ese contacto, palabras de lenguas indígenas americanas (principalmente provenientes del territorio brasileño), africanos y asiáticos se integraron al léxico portugués.

Toponimia

Ese tema requiere especial atención del autor, que afirma: “Los nombres de los lugares traen consigo una gran fuerza de conservación: entre otras razones porque a menudo encuentran su razón de ser en las particularidades geográficas de la región”2 (ibid., p 308.). Además de las características geográficas, tales palabras documentan los acontecimientos históricos, conteniendo, por ejemplo, huellas

- de la presencia de los pueblos prerromanos: Coimbra se remonta a Conimbriga que trae referencia al pueblo prerromano de conios. La palabra se forma del elemento -briga ‘altura, castillo “, de origen celta (ibid., p 60.);- La dominación árabe: Alcantara “puente” y Faro, la referencia al príncipe (Ibne) Hárune (ibid., p 343.);- La migración de los diferentes grupos de población en la colonización interna que siguieron a la Reconquista: Monte de Pica-Milho en referencia a la presencia de inmigrantes; Minhotos y Ratinhos en referencia a la inmigración de la población de Beira (ibid., p 370.).

2 “Os topônimos trazem em si grande força de conservação: entre outros motivos porque muitas vezes encontram a razão de ser nas peculiaridades geográficas da região” (ibid., p. 308).

o patrimônio lexical da língua portuguesa. Trata-se de vocabulário representativo de “traços culturais que sobreviveram à vitória romana”, principalmente nomes de plantas, frutos e animais e termos ligados às atividades agrícola e pastoril (HLP, p. 276). Alguns exemplos são:

- no campo semântico ‘terreno’, charneca, arroio, barranco, lapa;- com referência a ‘flora e fauna’, moita, carvalho, abóbora;- para ‘técnicas agrícolas, habitação e vida social’: seara, tasca, toucinho.

Houve também enriquecimento vocabular a partir do contato dos portugueses com diferentes povos a partir da expansão ultramarina do sXVI. Semelhantemente ao que ocorreu com o latim, a partir desse contato, palavras de línguas indígenas americanas (principalmente brasílicas), asiáticas e africanas integraram-se ao léxico português.

Toponímia

Esse assunto merece especial atenção do autor, que afirma: “Os topônimos trazem em si grande força de conservação: entre outros motivos porque muitas vezes encontram a razão de ser nas peculiaridades geográficas da região” (ibid., p. 308). Além de características geográficas, essas palavras documentam acontecimentos históricos, contendo por exemplo, vestígios

- da presença de povos pré-romanos: Coimbra remonta a Conimbriga, que traz referência ao povo pré-romano dos cônios. A palavra é formada, ainda, do elemento -briga ‘altura, castelo’, de origem celta (ibid., p. 60);- da dominação árabe: Alcântara ‘ponte’ e Faro, referência ao príncipe (Ibne) Hárune (ibid., p. 343);- da migração de diversos grupos populacionais na colonização interna que se sucedeu à Reconquista: Monte de Pica-Milho, em referência à presença de imigrantes minhotos, e Ratinhos, em referência à imigração de beirões (ibid., p. 370).

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De la perspectiva de la cronología del léxico, por lo tanto, el estudio de los topónimos es un “valioso complemento de la historia” (HLP, p. 63), a partir de la detección de documentaciones de los hechos históricos en los nombres geográficos.

Regionalismos

Los usos regionales son también documentaciones de factores históricos que determinan la diferenciación del vocabulario en algunos lugares. Esos factores, una vez más, pueden relacionarse con la presencia de los pueblos prerromanos, con diferentes grados de romanización de las tierras de Hispania, con dominio de diferentes tribus germánicas a partir del siglo V, o con la conquista árabe y la evolución gradual de reconquista.

En el siguiente pasaje, el Maestro Serafim da Silva Neto considera la importancia histórica de los regionalismos, en particular con respecto a su papel en la dinámica del desarrollo de una lengua común.

Confinado geográficamente y socialmente desfavorecidos - si se ve a la luz del presente - ganan inmenso [interés], si se ve desde el punto de vista histórico. Es que antes de la creación de la lengua común no hay más que los regionalismos, y el vocabulario de aquella consiste precisamente en regionalismos de todas partes del país. Luego, a través del prisma histórico, el regionalismo (...) precede el vocabulario de la lengua común. Una correcta interpretación de esa sólo se puede hacer, por eso, a la luz de los regionalismos. (Ibid., p. 307) 3

Se puede percibir esa dinámica, por ejemplo, en el vocabulario agrícola de las diferentes regiones de Portugal: mientras que en el sur se registran ceifa, alqueire y arrátel, en los dialectos del norte, se producen, con significados correspondientes, segada, rasa y libra (ibid., p . 380). En esos casos, las palabras son arabismos Sur y reflejan la influencia de la lengua (adstrato) árabe en el vocabulario portugués. Es a partir de esa diversidad de usos, construída a partir de intercambios histórico-culturales, que se desarrolla la lengua común.

3 Geograficamente confinados e socialmente desprestigiados — se vistos à luz do presente — ganham imenso [interesse], se encarados sob a perspectiva histórica. É que antes da constituição da língua comum não há senão regionalismos; e o vocabulário daquela é constituído, precisamente, de regionalismos de todas as partes do país. Logo, sob o prisma histórico, o regionalismo (...) precede o vocabulário da língua comum. Uma correta interpretação deste só se pode fazer, por isso, à luz dos regionalismos. (ibid., p. 307)

Do ponto de vista da cronologia lexical, portanto, o estudo dos topônimos é um “precioso auxiliar da História” (HLP, p. 63), a partir da detecção de documentações de eventos históricos nos nomes geográficos.

Regionalismos

Os usos regionais também são documentações de fatores históricos determinantes da diferenciação vocabular em certos lugares. Esses fatores mais uma vez podem ter relação com a presença de povos pré-romanos, com os diferentes graus de romanização de territórios da Hispania, com a dominação por diferentes povos germânicos a partir do século V, ou com a conquista árabe e a gradual evolução da reconquista.

Na seguinte passagem, o Mestre Serafim da Silva Neto considera a importância histórica dos regionalismos, inclusive no que diz respeito a seu papel na dinâmica de desenvolvimento de uma língua comum.

Geograficamente confinados e socialmente desprestigiados — se vistos à luz do presente — ganham imenso [interesse], se encarados sob a perspectiva histórica. É que antes da constituição da língua comum não há senão regionalismos; e o vocabulário daquela é constituído, precisamente, de regionalismos de todas as partes do país. Logo, sob o prisma histórico, o regionalismo (...) precede o vocabulário da língua comum. Uma correta interpretação deste só se pode fazer, por isso, à luz dos regionalismos. (ibid., p. 307)

É possível perceber essa dinâmica, por exemplo, no vocabulário agrícola de diferentes regiões de Portugal: enquanto no Sul registram-se ceifa, alqueire e arrátel, em dialetos do Norte ocorrem, com significados correspondentes, segada, rasa e libra (ibid., p. 380). Nesses casos, as palavras do Sul são arabismos e refletem a influência do adstrato árabe no vocabulário português. É a partir dessa diversidade de usos, construída a partir de intercâmbios histórico-culturais, que se desenvolve a língua comum.

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La influencia del cristianismo y de la Universidad

Esos dos factores son importantes para explicar la continuidad del cultivo del latín en la Edad Media, pese la caída del Imperio Romano en el siglo V. I. Todavía bajo el gobierno centralizador de Roma, el Cristianismo ejercía un impacto lingüístico-cultural - determinó un fuerte impulso al proceso de romanización de las poblaciones que viven en las zonas del Imperio, ya que, junto con la conversión, los textos cristianos de América pasaron a formar parte de la vida cotidiana de la nueva religión. Durante la Edad Media, la Iglesia se convirtió en el punto focal de una creciente influencia latina lingüística profunda y duradera.

Un aspecto de la diferenciación del latín cristiano consiste en el desarrollo de un vocabulario propio, relacionado a las primeras comunidades cristianas, segregados en la sociedad romana (HLP, p. 131). Esa tendencia a desarrollar un rasgo característico de esta variedad de América profundizó aún más con el interés en la conquista de los más humildes, que llevaron a los sacerdotes a simplificar sus sermones para que fueran accesibles para el público. Eso aumentó el compromiso en la predicación cristiana con la expresión popular, corriente, libres de algunos rigores gramaticales y estilísticamente más accesible.

Los vocablos integrados al latín debido a la influencia Cristiana se relacionan a elementos culturales de esa religión; es el caso, por ejemplo, de costela “mujer casada”, del lat. Costella, de mismo significado, y palavra, do lat. parábola, que se sobrepone a verbum. También por influencia cristina hubo alteraciones semánticas, como se verifica en el caso de talento que, de “unidad monetaria”, pasó a significar “dotación natural”, con base em la lección de la Parábola de Talentos (ibid., p. 132).

La fundación de la primera universidad portuguesa en Lisboa (1290), además de la presencia de la Corte y el desarrollo como núcleo demográfico expresivo y vibrante (ibid., p. 387), tuvo una importancia simbólica en el establecimiento de una lengua común teniendo con referencia el hablar en Lisboa (ibid., p. 398).

Universidades, más tarde que la Iglesia, también fueron centros del cultivo

Influência do Cristianismo e da Universidade

Esses dois fatores são importantes para explicar a continuidade do cultivo do latim durante a Idade Média, apesar do fim do Império Romano, no século V.

Ainda sob o domínio centralizador de Roma, o Cristianismo já exercia algum impacto linguístico-cultural – determinou um impulso importante ao processo de romanização das populações que viviam nos domínios do Império, pois, junto com a conversão, textos cristãos em latim passavam a fazer parte do cotidiano dos novos religiosos. Durante a Idade Média, a Igreja tornou-se a principal instância de cultivo do latim, com influência linguística profunda e duradoura.

Um aspecto da diferenciação do latim cristão consiste no desenvolvimento de um vocabulário próprio, marcante desde as comunidades cristãs iniciais, segregadas na sociedade romana (HLP, p. 131). Tal tendência ao desenvolvimento de um tom característico para essa variedade do latim aprofundou-se ainda com o interesse em conquistar os mais humildes, que levou os sacerdotes a simplificar suas pregações para torná-las acessíveis ao público a que se destinavam. Isso ocasionou uma maior transigência na pregação cristã com a expressão popular, corrente, livre de certos rigores gramaticais e estilisticamente mais acessível.

Os vocábulos integrados ao latim devido à influência cristã são relacionados a elementos culturais dessa religião; é o caso, por exemplo, de costela ‘mulher casada’, do lat. costella, de mesmo significado, e palavra, do lat. parabola, que se sobrepôs a verbum. Também por influência cristã houve alterações semânticas como se verifica no caso de talento que, de ‘unidade monetária’, passou a significar ‘dote natural’, com base na lição da Parábola dos Talentos (ibid., p. 132).

A fundação da primeira universidade portuguesa em Lisboa (1290), somada à presença da Corte e ao desenvolvimento como núcleo demográfico expressivo e pujante (ibid., p. 387), teve importância simbólica no estabelecimento da língua comum tendo como referência fundamental o falar lisboeta (ibid., p. 398).

As universidades, mais tardiamente do que a Igreja, também foram centros

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del latín desde la Edad Media en Europa. A diferencia de lo que ocurre en el latín cristiano, la variedad de la lengua que circuló en la Academia era marcadamente erudita, esa es una característica de latinismos que se integran con la lengua portuguesa por esa vía.

Dialectos sociales, vocabularios especiales y autores literarios.

El conjunto de asuntos de esta sección cobra especial relevancia desde finales del siglo XV, con la expansión ultramarina y sus consecuencias, como el contacto con otras culturas e importante desarrollo económico de la nación portuguesa. Teniendo en cuenta los grandes centros urbanos como Lisboa, se debe considerar como aspecto importante la mayor complejidad de la estructura social. Se distingue en el período seis principales capas sociales: de los lisboetas de la nobleza y de la clase media, los villanos, los habitantes campesinos de las afueras de la ciudad donde se van a comercialización de productos agropecuarios, de los ratinhos, inmigrantes provinciales que tenían funciones de menor prestigio, de los matantes, tipos populares de las calles de Lisboa, vagos y alborotadores, de los negros traídos de África como esclavos (HLP, p. 453-4).

En cuanto a la diversidad lingüística, Silva Neto utiliza el testimonio del gramático Fernando de Oliveira para sistematizar la distinción de las siguientes modalidades:

1 - la lengua común: que todos hablan y comprenden, a partir de nuestro tiempo y tierra; 2 - la lengua estándar: la de los cortesanos, la de “los mejores”, los que más estudiaron y ocupan capa social de prestigio; 3-las lenguas especiales;4 – el habla regional: la región de Beira, la región del Alentejo, Extremadura, la interamnense [...] (HLP, 491 p.)4

4 1 — a língua comum: que todos falam e entendem, própria do nosso tempo e terra; 2 — a língua padrão: a dos cortesãos, a dos “melhores”, aqueles que mais estudaram e ocupam a classe social mais bem dotada; 3 — as línguas especiais; 4 — as falas regionais: o beirão, o alentejano, o extremenho, o interamnense [...] (HLP, p. 491)

de cultivo do latim desde o medievo europeu. Diferentemente do que se verifica no latim cristão, a variedade da língua que circulava na Academia era marcadamente erudita; essa é a característica dos latinismos que se integraram à língua portuguesa por essa via.

Dialetos sociais, vocabulários especiais e autores literários.

O conjunto de assuntos deste item torna-se especialmente relevante a partir do final do século XV, com a expansão ultramarina e suas decorrências, como o contato com outras culturas e o significativo desenvolvimento econômico da nação portuguesa.

Tendo em vista grandes centros urbanos como Lisboa, a maior complexidade da estrutura social é um aspecto relevante a considerar. Distinguem-se, à época, seis classes sociais principais: as dos lisboetas da nobreza e da classe média; a dos vilões, camponeses habitantes dos arredores da cidade aonde iam comerciar produtos agrícolas; a dos ratinhos, provincianos imigrantes que exerciam funções de menos prestígio; a dos matantes, tipos populares das ruas de Lisboa, vadios e desordeiros; a dos negros, trazidos da África como escravos (HLP, p. 453-4).

No que tange à diversidade linguística, Silva Neto recorre ao testemunho do gramático Fernão de Oliveira para sistematizar a distinção das seguintes modalidades:

1 - a língua comum: que todos falam e entendem, própria do nosso tempo e terra;2 - a língua padrão: a dos cortesãos, a dos “melhores”, aqueles que mais estudaram e ocupam a classe social mais bem dotada1;3 - as línguas especiais;4 - as falas regionais: o beirão, o alentejano, o extremenho, o interamnense [...] (HLP, p. 491)

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La efervescencia cultural que se dió en Portugal sXVI, determinada externamente por el expansionismo colonial y, en su interior, por una favorable situación económica, por el desarrollo de la educación, por el renacimiento de la cultura grecolatina, por la exuberancia de la vida política e intelectual de la corte y por la mayor diversificación social (sobre todo en Lisboa) ha tenido una serie de efectos en vocabulario:

Las referencias que se han hecho por SSN a los efectos del contacto más íntimo con otras culturas, causado por los descubrimientos y en el enriquecimiento del vocabulario portugués, se encuentran principalmente en los capítulos que se ocupan de la expansión de la lengua portuguesa, aunque esas alusiones no son profusamente ilustradas (ibíd. , P. 517, 525, 537 etc. ). Se sabe, sin embargo, que la contribución de los descubrimientos con palabras nuevas para el léxico Portugués es expresiva, como puede verse en la lectura de los informes de los viajeros portugueses sobre las nuevas tierras y sus características. En el Glossário Luso-Asiático, de Monsenhor Sebastião Rodolfo Dalgado y en el Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem tupi, de Antonio Geraldo da Cunha, por ejemplo, se puede apreciar el volumen de adiciones de vocabulario que se produjo en la lengua portuguesa a partir de la experiencia de las nuevas realidades de las colonias.

La distinción entre el vocabulario de lengua común y de hablas regionales, detectable desde la Edad media, se acentúa durante el período quinientista. SSN dice que hay muy pocas noticias sobre distribución geográfica del vocabulario portugués durante el período; proporciona algunos ejemplos de regionalismo (como el registro de almocella “un tipo de alfombra”, de la ciudad de Beira), pero advierte que “el hecho de atribuirse la palabra como perteneciente a tal o tal lugar no excluye la posibilidad de que también existiera en otras partes” (ibíd., p. 496).

La diversificación de las capas sociales que se ha producido sobremanera en Lisboa, ha dado lugar al desarrollo de diferentes hablas que se distinguen también en usos léxicos propios de cada grupo social. Esa distinción separa, básicamente, los dialectos de los nobles y doctos de los dialectos populares: el vocabulario de las élites ha sido influenciado por la difusión de la enseñanza del latín y por otros

A efervescência cultural que vigeu em Portugal no sXVI, determinada externamente pelo expansionismo colonialista e, internamente, pela situação econômica favorável, pelo desenvolvimento do ensino, pelo renascimento da cultura greco-latina, pela exuberância política e intelectual da vida na corte e pela maior diversificação social (principalmente em Lisboa) teve uma série de efeitos vocabulares:

As referências feitas por SSN ao impacto do contato mais íntimo com outras culturas, ocasionado pelos descobrimentos, no enriquecimento do vocabulário português estão principalmente nos capítulos que tratam da expansão da língua portuguesa, apesar de tais alusões não serem fartamente exemplificadas (ibid., p. 517, 525, 537 etc.). Sabe-se, entretanto, que a contribuição dos descobrimentos com novos vocábulos para o léxico português é expressiva, como se pode constatar na leitura dos relatos de viajantes portugueses sobre as novas terras e as suas características. No Glossário Luso-Asiático, do Monsenhor Sebastião Rodolfo Dalgado e no Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem tupi, de Antônio Geraldo da Cunha, por exemplo, pode-se apreciar o volume de acréscimos vocabulares ocorrido na língua portuguesa a partir da experiência das novas realidades das colônias.

A distinção entre o vocabulário da língua comum e o dos falares regionais, já detectável no período medieval, se acentua no período quinhentista. SSN afirma que há poucas notícias da distribuição geográfica do vocabulário português no período; fornece alguns exemplos de regionalismos (como o registro de almocella ‘um tipo de tapete’, na Beira), mas adverte que “o fato de dar-se o vocábulo como próprio de tal ou tal lugar não exclui a possibilidade de que ele existisse também noutras partes” (ibid., p. 496).

A diversificação de classes sociais, ocorrida sobretudo em Lisboa, resultou no desenvolvimento de falares, diferenciados também nos usos lexicais peculiares a cada grupo social. Tal distinção separa, basicamente, os dialetos de nobres e doutos dos dialetos populares: o vocabulário das elites era grandemente influenciado

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avances culturales; ya el popular, que mantenía muchos rasgos conservadores, se arcaizaba rápidamente debido a la profusión cultural de la época. Como prueba del conservadurismo del vocabulario, tanto de los dialectos populares como los de carácter regional, se puede mencionar la coincidencia entre las formas arcaicas y las populares o regionales en la lista de vocabulario de Gil Vicente, que pudo aprovechar en estudio José Pereira Tavares (HLP, p. 478-9) - arço (ardo), moura (morra), oivamos (ouçamos), sento (sinto), trouguera (trouxera) etc.

Como otra peculiaridad de vocabulario observable en el sXVI, también relacionada con la mayor complejidad de la estructura social, está el desarrollo de un vocabulario característico de las áreas de especialidad (lo menciona Fernão de Oliveira). SSN documenta, por ejemplo, la existencia de características típicas de la práctica de los diferentes juegos y actividades lúdicas, como el ajedrez y la altanería, además de mencionar la existencia de vocabularios propios de las actividades profesionales (ibíd., P. 447-452; 490; 496-8).

Dos ejemplos de esos vocabularios de especialidad que ganaron espacio en la lengua común son meter o bedelho y treinar.

Bedelho era originalmente una pequeña carta de triunfo en el juego de las cartas; la expresión ganó la importancia de tener una inesperada participación, o no deseada, en una conversación a partir del acto de deshacerse cartas insignificantes en una jugada.

Treinar es palabra originaria de caza con aves de presa, llamada altanería. Según explicación de Diogo Fernandez Ferreira, presentada por da Silva Neto,

... treinar significa enseñar las aves que se cuelguen en aquellas rales, en las cuales los halcones ni azores no habrían de colgarse nunca excepto por la industria del hombre... A esa enseñanza y acción llaman treinar, y lo que capturan llaman treina donde dicen los cazadores: “ya treinei mi falcón en tal ralé5

Señala-se que ralé procede de la altanería, que significa “animal capturado

5 ...treinar significa ensinar as aves que apeguem naquelas ralés, nas quais os falcões nem açores não haviam de apegar nunca senão por indústria do homem ... A este ensino e ação chamam treinar, e ao que lhe lançam chamam treina donde dizem os caçadores: “já treinei o meu falcão em tal ralé

pela difusão do ensino do latim e por outros avanços culturais da época; já o popular, que mantinha muitos traços conservadores, se arcaizava rapidamente devido à profusão cultural de então. Como evidência do conservadorismo vocabular, tanto dos dialetos populares quanto dos regionais, pode-se mencionar a coincidência entre as formas arcaicas e as populares ou regionais na listagem do vocabulário de Gil Vicente aproveitada de um estudo de José Pereira Tavares (HLP, p. 478-9) – arço (ardo), moura (morra), oivamos (ouçamos), sento (sinto), trouguera (trouxera) etc.

Outra peculiaridade vocabular observável no sXVI, também relacionada à maior complexidade da estrutura social, é o desenvolvimento de um vocabulário característico de áreas de especialidade (fato mencionado na citação de Fernão de Oliveira). SSN documenta, por exemplo, a existência de repertórios lexicais típicos da prática de vários jogos e divertimentos, como o xadrez e a altanaria, além de mencionar a existência de vocabulários próprios de atividades profissionais (ibid., p. 447-452; 490; 496-8).

Dois exemplos desses vocabulários de especialidade que ganharam espaço na língua comum são meter o bedelho e treinar.

Bedelho era originalmente um trunfo pequeno no jogo de cartas; a expressão ganhou o significado de ter uma participação imprevista, ou indesejada, em uma conversa a partir do ato de se desfazer de cartas insignificantes em uma jogada.

Treinar é palavra proveniente da caça com aves de rapina, denominada altanaria. Segundo exposição de Diogo Fernandez Ferreira, apresentada por Silva Neto,

...treinar significa ensinar as aves que apeguem naquelas ralés, nas quais os falcões nem açores não haviam de apegar nunca senão por indústria do homem ... A este ensino e ação chamam treinar, e ao que lhe lançam chamam treina donde dizem os caçadores: “já treinei o meu falcão em tal ralé

Note-se que ralé também é palavra oriunda da altanaria, significando ‘animal capturado por ave de rapina’, que posteriormente expandiu-se para a língua comum, designando pejorativamente os indivíduos de classe social baixa.

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por ave de presa”, que más tarde se expandió a la lengua común, designando peyorativamente los individuos de clase social baja.

El registro de usos léxicos de los autores literarios quinientistas constituye otra faceta de la diversificación del vocabulario portugués del sXVI, que se explora a fondo en HLP. Hay, a partir de datos disponibles, cientos de artículos de léxico (ítems lexicales) que son propios de la lengua literaria de 1) Gil Vicente: relación que distingue palabras aún vivas en sXX, otros ya arcaicos o regionales y las formas verbales populares y arcaicas en la época 2) João de Barros: relación genérica de palabras, además de las contracciones características del habla popular, expresiones y modismos todavía usuales, además de arcaísmos; 3) Sá de Miranda: relación de palabras arcaicas o populares; 4) Luis de Camões: relación de formas populares, las formas, eruditas, arcaísmos y peculiaridades de flexión; 5) Padre João de Lucena: relación genérica de palabras.

Las listas muestran el valor de producción literaria como termómetro de complejidad lingüística del siglo XVI, con formas eruditas, populares, regionales, etc. En ese siglo, recién se había producido una verdadera explosión del vocabulario, con el despliegue de la estructura social, el desarrollo cultural y el expansionismo ultramarino. El conocimiento de esa información justifica la importancia de los estudios de léxico y de los dialectos (tanto a nivel local y social), las lenguas de especialidad y el vocabulario de los autores literarios para el conocimiento de la historia del léxico portugués.

3. Segunda Parte

Mi objetivo, en esta segunda parte, es exponer los principios que han guiado la elaboración de la tabla ilustrada en los anexos, que constituye un índice de palabras datables a partir de informaciones ofrecidas por Serafim da Silva Neto en HLP. Ese índice fue diseñado desde principios de levantamiento lexicográfico observables en trabajos de Antônio Geraldo da Cunha, como el Vocabulário histórico-cronológico do português medieval (2007), con la finalidad de dar acceso a las siguientes informaciones:

- La relación de las palabras datables registradas en HLP (ya sea en acreditaciones antes del sXX, ya sea en estudios históricos de SSN), con

O registro de usos lexicais de autores literários quinhentistas é outra faceta da diversificação vocabular do português do sXVI, explorada aprofundadamente em HLP. Registram-se, a partir de levantamentos já disponíveis, centenas de itens lexicais característicos da linguagem literária de 1) Gil Vicente: relação que distingue vocábulos ainda vivos no sXX, outros já arcaicos ou regionais no sXVI e formas verbais, populares e arcaicas na época; 2) João de Barros: relação genérica de vocábulos, além de contrações características do falar popular, expressões e modismos ainda usuais, além de arcaísmos; 3) Sá de Miranda: relação de vocábulos arcaicos ou populares; 4) Luís de Camões: relação de formas populares, formas eruditas, arcaísmos e particularidades de flexão; 5) Padre João de Lucena: relação genérica de vocábulos.

As listagens ilustram o valor da produção literária como termômetro da complexidade linguística do século XVI, com formas eruditas, populares, regionais etc.

Nesse século, em suma, houve uma verdadeira explosão vocabular, com o desdobramento da estrutura social, o desenvolvimento cultural e o expansionismo ultramarino. O conhecimento dessas informações justifica a importância dos estudos lexicais dos dialetos (tanto locais quanto sociais), das línguas de especialidade e do vocabulário dos autores literários para o conhecimento da história do léxico português.

3. Segunda Parte

Meu objetivo, nesta segunda parte, é expor os princípios que orientaram a elaboração da tabela ilustrada nos anexos, que constitui um índice de palavras datáveis a partir de informações fornecidas por Serafim da Silva Neto em HLP. Esse índice foi arquitetado a partir de princípios de levantamento lexicográfico observáveis em trabalhos de Antônio Geraldo da Cunha, como o Vocabulário histórico-cronológico do português medieval (2007), para dar acesso às seguintes informações:

- a relação das palavras datáveis registradas em HLP (seja em abonações anteriores ao sXX, seja em estudos históricos de SSN), com a

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indicación de la página de la obra en la que se puede encontrar el registro; - La datación de todas las incidencias que se tiene registro; - Acreditación de las que se puede observar particularidades morfosintácticas y gráficas de los sucesos mencionados; - Una visión comparativa de las diferentes ocurrencias de la misma palabra en diferentes momentos históricos, en los límites de la obra objeto de estudio; - Observaciones reveladoras de particularidades de la utilización de los sucesos registrados.

La recopilación no se ocupó de la búsqueda de la ocurrencia más antigua de las palabras; se trató de un esfuerzo más amplio de documentación, que comprendió palabras datables de los orígenes del idioma hasta el final del siglo XIX.

La inscripción de vocabulario datable de HLP totalizó aproximadamente 20.000 ocurrencias léxicas.

A seguir, describiremos columna por columna, la estructuración de las informaciones del índice de vocabulario común:

Vocablo: títulos de la entrada. Busqué, en esa columna, registrar las formas en uso en la lengua portuguesa actual, teniendo, en esa tarea, el Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (ABL, 2009) como base de referencia. Los vocablos que no han sido encontrados en el VOLP han sido escritos en letra cursiva, para señalar que, según esa fuente de referencia oficial, no se usan en el portugués contemporáneo.

Clase gramatical: clasificación del vocabulario, teniendo por referencia el VOLP.Significado: registro sintético del significado establecido por Serafim da Silva

Neto, de informaciones ofrecidas por el autor que puedan sugerirlo, o reproducción (también sintética) de definición encontrada en diccionarios generales o, en el caso específico de las palabras medievales, en Vocabulário histórico-cronológico do português medieval (CUNHA, 2007).

La información del significado, en los casos de vocablos registrados en VOLP, no es obligatoria, incluso por registrarse en esa obra de referencia, se espera que se encuentre en diccionarios generales contemporáneos. La explicitación del

indicação da página da obra na qual se pode encontrar o registro;- a datação de todas as ocorrências registradas;- abonações a partir das quais se podem observar particularidades morfossintáticas e gráficas das ocorrências listadas;- a visão comparativa de diferentes ocorrências de um mesmo vocábulo em diferentes momentos históricos, dentro dos limites da obra em estudo;- observações elucidativas de particularidades do uso das ocorrências registradas.

O levantamento não se preocupou com a busca pela ocorrência mais antiga dos vocábulos; constituiu um esforço mais abrangente de documentação, que compreendeu palavras datáveis das origens do idioma até o fim do século XIX.

O arrolamento do vocabulário datável a partir de HLP totalizou cerca de 20.000 ocorrências lexicais.

A seguir descreverei, coluna a coluna, a estruturação das informações do índice do vocabulário comum:

Vocábulo: títulos do verbete. Busquei, nessa coluna, registrar as formas em uso na língua portuguesa atual, tendo, nessa tarefa, o Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (ABL, 2009) como base de referência. Os vocábulos não encontrados no VOLP foram grafados em itálico, como indicação de que, segundo essa fonte de referência oficial, são desusados no português contemporâneo.

Classe gramatical: classificação vocabular, tendo por referência o VOLP.Significado: registro sintético do significado estabelecido por Serafim da Silva

Neto, de informações fornecidas pelo autor que possam sugeri-lo, ou reprodução (também sintética) de definição encontrada em dicionários gerais ou, no caso específico das palavras medievais, no Vocabulário histórico-cronológico do português medieval (CUNHA, 2007).

A informação do significado, nos casos de vocábulos registrados no VOLP, não é obrigatória, mesmo porque, se consta nessa obra de referência, espera-se que seja encontrável em dicionários gerais contemporâneos. A explicitação do significado

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significado se consideró, sin embargo, relevante para los vocablos no registrados allá.Datación: delimitación cronológica de la ocurrencia del vocablo en estudio.

Hay, en la tabla que se presenta a continuación, tres tipos de datación.Primer tipo: las de vocablos mencionados por Serafim da Silva Neto como

provenientes de los orígenes del idioma - los registrados en Hispania antes de la formación del portugués, que se trasladaron al vocabulario de esa lengua (originarios de las lenguas prerromanas, de alguna modalidad del latín [sobremanera el vulgo], de las lenguas germánicas o del árabe), en este caso, el campo de datación estará marcado con la reducción “orig.”, como se puede ver, por ejemplo, en las entradas albergue, alferes, atalaia, broa, carvalho, cereja, foice, ginete, grama, laverca, manteiga, porão (f.hist. alporão), trégua, trilho y verrasco. Todos los casos con la datación “orig.” tendrán, en el campo de las observaciones, una nota explicando si su origen es prerromano, latino, germánico o árabe.

Segundo tipo: dataciones aproximadas, de las cuales se puede distinguir: 1) las delimitadas a partir de informaciones del HLP, como “c1166-1500 “,

en relación con el portugués medieval, que se utilizó en casos registrados como propios de ese período. Hay ejemplos de esa datación en las entradas paço, sanfona (f.hist. sanfonha), ser (f.hist. sõ) y verme (f.hist. vermee);

2) las abonadas de textos sin fecha por SSN y de que no se han encontrado información más precisa en la bibliografía consultada para la definición de las fechas de fuentes bibliográficas. En este caso, se definieron aproximaciones cronológicas a partir la vida del autor, generalmente considerando su publicación más antigua como limite inicial y la fecha de su muerte, como último limite final. Las dataciones “a1516-c1552 “ para las obras de Bernardim Ribeiro, y “ 1502-d1536” para Copilaçam de toda las obras de Gil Vicente son las aplicaciones de ese procedimiento.

3) las deprendidas a partir de la atribución de un fragmento de texto a un autor en particular, sin aclarar la obra donde se acredita. En ese caso, se usan también planteamientos cronológicos a partir de la vida del autor, como se hizo en las dataciones “1832-1877”, para citas de Alexandre Herculano y “1547-1580”,

foi, entretanto, considerada relevante para os vocábulos lá não registrados.Datação: delimitação cronológica da ocorrência vocabular em estudo. Há,

na tabela aqui apresentada, três tipos de datação.Primeiro tipo: as de vocábulos mencionados por Serafim da Silva Neto como

provenientes das origens do idioma — os registrados na Hispânia antes da formação do português, que se transferiram para o vocabulário dessa língua (provenientes de línguas pré-romanas, de alguma modalidade do latim [principalmente o vulgar], das línguas germânicas ou do árabe); nesse caso, o campo de datação será assinalado com a redução “orig.”, como se pode verificar, por exemplo, nos verbetes albergue, alferes, atalaia, broa, carvalho, cereja, foice, ginete, grama, laverca, manteiga, porão (f.hist. alporão), trégua, trilho e verrasco. Todas as ocorrências com a datação “orig.” terão, no campo de observações, uma nota esclarecendo se a sua origem é pré-romana, latina, germânica ou árabe.

Segundo tipo: datações aproximadas, das quais podem-se discernir:1) as delimitadas a partir de informações de HLP, como “c1166-1500”,

relativa ao português medieval, que foi usada em ocorrências registradas como características desse período linguístico. Há exemplos dessa datação nos verbetes paço, sanfona (f.hist. sanfonha), ser (f.hist. sõ) e verme (f.hist. vermee);

2) as abonadas a partir de textos não datados por SSN e de que não se encontraram informações mais precisas na bibliografia consultada para a definição das datas de fontes bibliográficas. Nesse caso, foram definidas aproximações cronológicas a partir da vida do autor, geralmente considerando a sua publicação mais antiga como limite inicial e a data do seu falecimento como limite final. As datações “a1516-c1552” para as Obras de Bernardim Ribeiro, e “1502-d1536” para a Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente são aplicações desse procedimento;

3) as depreendidas a partir da atribuição de um fragmento de texto a determinado autor, sem o esclarecimento da obra de onde se tirou a abonação. Nesse caso, usam-se, igualmente, aproximações cronológicas a partir da vida do autor, como foi feito nas datações “1832-1877”, para citações de Alexandre

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para citas de Camões. Cuando eso ocurre, se incluye en las observaciones de campo, información acerca de cuál es el autor del fragmento transcrito.

Tercer tipo: dataciones registradas explícitamente por SSN;Cuarto tipo: dataciones recuperables a partir de citas de HLP con informaciones

completas sobre autor y título de la obra transcrita. Cuando SSN aclara que la edición del texto que se utiliza en la transcripción de la acreditación no es la primera, se registra la fecha de la edición utilizada por el autor y, en el campo de las observaciones, la nota: “datación a partir de la ed. utilizada por SSN “.

Fuente indirecta: indicación del número de página de HLP en la que se registra la ocurrencia datada.

Fuente directa: en los casos de dataciones de extractos de obras transcritas por SSN en HLP, indicación, por medio de una abreviatura, de la obra de donde se recopiló la cita.

Forma histórica: registro de grafías históricas, de flexiones verbales, o de formas no preferenciales de una palabra actual. Ese campo tiene como objetivo destacar la ocurrencia que también se registrará, dentro del contexto, en el campo de la acreditación. Va a dejarse en blanco cuando la grafía registrada coincida con el título de la entrada, o sea un nombre flexionado (mientras esa flexión se configure en patrones gramaticales actuales).

Acreditación: transcipción de um fragmento de la cita encontrada en HLP con extensión no superior a cinco líneas y, si posible, no inferior al límite sintáctico de la oración.

4. Consideraciones finales

Esta breve exposición sobre la contribución de Serafim da Silva Neto para el conocimiento histórico sobre el Léxico Portugués y también para los trabajos de Lexicografía Histórica Portuguesa tiene la intención de demostrar el valor de un amplio estudio histórico del léxico portugués, que permita la producción de un diccionario histórico de la portuguesa. Serafim da Silva Neto, quien estudió el origen de varias palabras en HLP, además de haberse dedicado a este tema en

Herculano e “1547-1580”, para citações de Camões. Quando isso ocorre, inclui-se, no campo de observações, a informação sobre qual é o autor do trecho transcrito.

Terceiro tipo: datações registradas explicitamente por SSN;Quarto tipo: datações recuperáveis a partir de citações de HLP com informações

completas sobre autor e título da obra transcrita. Quando SSN esclarece que a edição do texto usada na transcrição da abonação não é a primeira, registra-se a data da edição usada pelo autor e, no campo de observações, a nota: “datação a partir da ed. usada por SSN”.

Fonte indireta: indicação do número da página de HLP na qual se registra a ocorrência datada.

Fonte direta: nos casos de datações feitas a partir de trechos de obras transcritos por SSN em HLP, indicação, por meio de uma abreviatura, da obra de onde se recolheu a citação.

Forma histórica: registro das grafias históricas, das flexões verbais, ou das formas não preferenciais de um vocábulo atual. Esse campo tem por objetivo pôr em destaque a ocorrência que também estará registrada, dentro do contexto, no campo de abonação. Ficará em branco quando a grafia registrada coincidir com o título do verbete, ou for um nome flexionado (contanto que essa flexão esteja configurada nos padrões gramaticais atuais).

Abonação: transcrição de um fragmento da citação encontrada em HLP com extensão não superior a cinco linhas e, dentro do possível, não inferior ao limite sintático da oração.

4. Considerações finais

Esta breve exposição da contribuição de Serafim da Silva Neto para o conhecimento histórico acerca do Léxico Português e também para os trabalhos de Lexicografia Histórica de Língua Portuguesa tem a intenção de demonstrar o valor de um levantamento histórico abrangente do léxico português, que possibilite a confecção de um dicionário histórico da língua portuguesa. Serafim da Silva Neto, que estudou a origem de diversos vocábulos em HLP, além de ter

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varios artículos publicados en revistas, consideraba importante la elaboración de un diccionario-museo sobre el cual comenta lo siguiente:

Como consecuencia de esos estudios básicos y preliminares — la recopilación de charlas y el estudio de los textos — resultaría el verdadero diccionario de que necesitamos — el repositorio amplio y profundo de la lengua, capaz de ser, realmente, un ‘Museo’: registrar no sólo las palabras del léxico habitual, como los arcaísmos, neologismos y regionalismos, sean creaciones de los literatos sean debido a la acuñación de la gente. El diccionario debe hacer la historia de las palabras y, como esas

no existen de forma aislada, pero se entrecruzan con los demás, conectalos en sus usos y significados. Cada entrada debe resumir todas las vicisitudes de una palabra en el curso de su existencia: expansión o contracción, choques, extensión o restricción del significado, etc.. [...] Diccionario que no hace historia de las palabras, por el modo aquí indicado,

será no más que un simple catálogo. (SILVA NETO, 1957, p. 353-354)6

Un estudio de la cronología léxica que cubriera toda la diversidad de la lengua portuguesa en sus diferentes períodos históricos sería sin duda un punto de referencia para los estudios de léxico de nuestra lengua, dándonos una base sólida para la elaboración de una obra lexicográfica como el Trésor de la Langue Française, el Oxford English Dictionary y el Diccionario Crítico Etimológico de la Lengua Castellana. Para ello, tenemos que seguir invirtiendo en la elaboración de corpora diacrónicos que permitan la documentación de los hechos lingüísticos y también en estudios como éste, que sistematizan las contribuciones de nuestros grandes filólogos, lingüistas y gramáticos, para que dispongamos de las informaciones que produjeron disponibles para su consulta.

6 Como conseqüência desses estudos básicos e preliminares — a recolha dos falares e o estudo dos textos — sairia o verdadeiro dicionário de que precisamos — o largo e profundo repositório da língua, capaz de ser, realmente, um “museu”: registrar não só as palavras do léxico usual, como os arcaísmos, os regionalismos e os neologismos, quer sejam criações dos literatos quer se devam à cunhagem anónima do povo.

O dicionário deve fazer a história das palavras e, como estas não existem isoladamente, mas se entrelaçam umas com as outras, relacioná-las nos seus empregos e significados. Cada verbete deve resumir todas as vicissitudes de uma palavra no curso de sua existência: expansão ou recuo, choques, extensão ou restrição de sentido, etc.

[...]

Dicionário que não faça história das palavras, pelo modo aqui indicado, não passará de um simples catálogo. (SILVA NETO, 1957, p. 353-354)

se dedicado ao assunto em vários artigos publicados em periódicos, considerava importante a elaboração de um dicionário-museu sobre o qual comenta o seguinte:

Como conseqüência desses estudos básicos e preliminares — a recolha dos falares e o estudo dos textos — sairia o verdadeiro dicionário de que precisamos — o largo e profundo repositório da língua, capaz de ser, realmente, um “museu”: registrar não só as palavras do léxico usual, como os arcaísmos, os regionalismos e os neologismos, quer sejam criações dos literatos quer se devam à cunhagem anónima do povo.O dicionário deve fazer a história das palavras e, como estas não existem

isoladamente, mas se entrelaçam umas com as outras, relacioná-las nos seus empregos e significados. Cada verbete deve resumir todas as vicissitudes de uma palavra no curso de sua existência: expansão ou recuo, choques, extensão ou restrição de sentido, etc.[...]Dicionário que não faça história das palavras, pelo modo aqui indicado,

não passará de um simples catálogo. (SILVA NETO, 1957, p. 353-354)

Um estudo da cronologia lexical que abrangesse toda a diversidade da língua portuguesa nos seus diferentes períodos históricos seria indubitavelmente um marco para os estudos lexicais da nossa língua, dando-nos uma base sólida para a elaboração de uma obra lexicográfica à altura de outras como o Trésor de la Langue Française, o Oxford English Dictionary e o Diccionario Crítico Etimológico de la Lengua Castellana. Para isso, precisamos continuar investindo na elaboração de corpora diacrônicos que possibilitem a documentação dos fatos linguísticos e também em estudos como este, que sistematizem as contribuições de nossos grandes filólogos, linguistas e gramáticos, para que disponhamos das informações que produziram disponíveis para consulta.

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Referencias (Referências)

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário ortográfico da língua portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009. Disponível na internet: <http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=19>. Acesso em mar./2013.

BARBOSA, Flávio de Aguiar. O estudo histórico do léxico na obra de Serafim da Silva Neto. Dissertação (Mestrado em Língua Portuguesa) Instituto de Letras, UERJ, Rio de, 2002.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Vocabulário histórico-cronológico do português medieval. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2007. 1 CD-ROM.

______. Índice analítico do vocabulário dos sonetos da 1ª edição (1595) das Rhythmas de Camões. Rio de Janeiro: Lucerna, 1995.

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa / Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, 1935-1958. 30 v.

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

LISBOA, Eugénio. Dicionário cronológico de autores portugueses. v. I e II. Mem Martins, Publicações Europa-América, 1985 [vol. I], 1990 [vol. II])

SILVA NETO, Serafim da. História da língua portuguesa. 6. ed. Rio de Janeiro: Presença, 1992 [1957]. Coleção linguagem.

______. Manual de Filologia portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1957.

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SERAFIM DA SILVA NETO’S CONTRIBUTION FOR STUDIES OF PORTUGUESE LEXIC HISTORY

Abstract:

Is analyzed in this work, Serafim da Silva Neto’s contribution to the study of the development of the Portuguese lexicon, based mostly on his History of the English Language (1957). It is presented a systematization of information on an accruals basis adopted by the author and then it is explained the procedures used in the development of an index of datable words from studies by Silva Neto in the work in question. This index was developed based on another earlier index, the words Index studied in the history of Portuguese Language, by Rachel Valencia, which is published in the latest editions of HLP. From this new enrollment was generated a list of words whose dating can be established from the same work, which is one of the landmarks of the Portuguese philology.

Key words:

Portuguese Philology, Serafim da Silva Neto, Lexicography.

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Anexo

1 É preciso contextualizar essa afirmação historicamente, como uma percepção própria da época em questão. Embora ainda haja, nos dias de hoje, quem avalize a visão da norma padrão como uma variedade superior de valor absoluto em relação às demais, contamos atualmente com estudos sobre diversidade linguística a esclarecer que a norma padrão, embora importante em sua função de referencial para usos formais, é parte de um rico e complexo sistema de variedades que constituem uma língua.