^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /-...

35
ANNO XXIV RIO DE JANEIRO. 8 DE MAIO DE 1929 A VINGANÇA Pi _AM_^ií_B__A f NUM. 1 231 O velho André, o dono daquelle pato que J.aniparina quasi enforcou, indignado, sahiu a :>ersegu.r a negrinha astuciosa. lamparina corria como uma lebre ate en- óinirar a punia de uin cipú amigo ao qual se pendurou c,.... * .. c<_io a pêndula cie um relógio gigan- tesco -«scillou v cr i ig i n _s à me n t e polo espaço. I "^^mmmÊÊ—~^. 'ju ftr¦mmÊiw*am!m1^/pammmm?mam»mi » i ^,«_»..—-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« \'±mS\iS V / __/-_____>.S_--___ _# Na volta, cheia : conter, ap- tUicu em cheio, no queixo _i velho André, um par de pés ' L_._0>. taveisj mmjammam Depois, um l';iisfn-liáuT,., Oco.,u pelos quatro cantos i da planície extensa, emijunnto o velho André se .1-T.ati.'. dentro (Jo rio.

Transcript of ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /-...

Page 1: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

ANNO XXIV

RIO DE JANEIRO. 8 DE MAIO DE 1929

A VINGANÇA Pi _AM_^ií_B__Af

NUM. 1 231

O velho André, o dono daquelle pato queJ.aniparina quasi enforcou, indignado, sahiu a:>ersegu.r a negrinha astuciosa.

lamparina corria como uma lebre ate en-óinirar a punia de uin cipú amigo ao qual sependurou c,....

* .. c<_io a pêndula cie um relógio gigan-tesco -«scillou v cr i ig i n _s à me n t e poloespaço.

I "^^mmmÊÊ—~^. 'ju ftr ¦mm Êi w*am!m1^/pammmm?mam»mi » i ^,«_».. —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦«

\'±mS\iS V / __/-_____> .S_--___ _#

Na volta, cheia : conter, ap-tUicu em cheio, no queixo _i velho André, um par de pés '

L_._0>. taveisj

mmjammamDepois, um l';iisfn-liáuT,., Oco.,u pelos quatro cantos i

da planície extensa, emijunnto o velho André se .1-T.ati.'.dentro (Jo rio.

Page 2: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO S — Maio — 192Í)

A MORTE DA-GRIPPE M

/yiCs íenhú iamcLddxfmea bcmhffy^^ % t\ IjA' [sema mscWc/cecéxí-xk, ^*»w»«\ò \

I^co72stLpaçãZc!J^eAU$TJfrpérj) j/?J l I/ porque mamai mandou,. jf |\yI jccrniptaJo seisTjidfzos_ Li r)»* #/|/ ^lz mt/.ag^scu- »-» {1^/' I.

¦ fiWMÜUíl f. KfZ, ¦ \ fff

^*^_laUBMA j*mmmm»mS.JA' venda em todas as pharmacias e drogarias

BIBLIOTHECA DAS CREANÇASOS MYSTERIOS DE PARIS — Eugenjo Sue — áomaaca

de aventuras próprio para rapazes. .TI1EATRO DA INFÂNCIA *-. Peças religiosas, Operétas,

Comédias, Diálogos, Apólogos, Monólogos, etc.OS EXPLORADORES DA LUA —„H. G. \Vell — Ro-

mance infantil de viagens e aventuras.À CAÇADA DA ONÇA — Monteiro Lobato — Novas

aventuras de Narizinho e de Rabicó e demais companhei-ros, acompanhado com diversos desenhos.

O REINO DAS MARAVILHAS — Contos de gênios e defadas, com figuras.

HISTORIAS PARA CREANÇAS — Contos tradicionaesportuguezes, muito illustrados.

PETER PAN (Pedro, o Voador) — Verdadeiro livro paracreanças, conv illustrações .

CONTOS INFANTIS — Pequeno empório de contos ins-tructivos, com figuras.

ALADINO E A LÂMPADA MYSTERIOSA — Contospara creanças, corn figuras a cores.

SINÜBAD, O'¦ MARINHEIRO — Verdadeira jóia dascreanças, com figuras vcoloridas.

HISTORIAS INFANTIS — Com 30 bonitas illustrações,o encanto das creanças.

THEATRINHO INFANTIL — Contendo pequenos dramas,comédias, monólogos, scenas cômicas e dramáticas,poesias cômicas, etc.

D. QUIXOT£ DE LA MANCHA — Tradicional historiaadaptada para creanças.

HISTORIA DA CAROCHINHA — E de Jpão Ratão, quemorreu no caldeirão, com figuras.

OS MEUS BRINQUEDOS — Figueiredo Pimentel —Contos do berço, uma verdadeira maravilha paracreanças.

O MUNDO DOS MEUS BONITOS — Poemas de Augustoda Santa Rita — Bonecos de oott. Teimo, lindos poemas

UNS AMORSINHOS DE CREANÇAS—Optima' collecçãopara pequerruchos, com lindos desenhos.

HISTORIETAS OUVIDAS A* LAREIRA — Obra illus-trada com 10 gravuras.

HISTORIAS DE JOÃO RATÃO — Vasco Lima — Lindolivro de historias illustraclas que faz a alegria dameninada.

OS MELHORES TRECHOS DA LINGUA PORTU-GUEZA — Compêndio de trechos com Camillo, Eça, Ju-lio Diniz, Fialho, etc.

TUDO ISSO VENDE-SE NA "CASA LAURTA", AMELHOR FORNECIDA EM LIVROS DE CREANÇAS.

A O R P H AO destino era-Üie madrasta, na tenra edade, quari-

do, a primavera sorri, cheia de encantos e o senho dameninice*é a melhor companheira, nos folguedos dascreanças; a pobre Marillia, assim, se chamava, tinha

prehendêr-lhe nos momentos expansivos, o olhar detodos, na severidade de espantar as suas alegrias. Creá-ra-se entre, o receio de rnaguar melíndrès alheios e otemor das sombras nocturnas; e a mil e uma feições,que o seu olhar de creança divisava, eram tão rancoro-sas, nas suas expressões de advertência ás brincadeirasinfantis; no emtanto, a ninguém, ousava mostrar-se in-differente, ao menos; pelo contrario, sempre sorria desatisfação intima, nos momentos, em que encontrava,ao seu lado, alguma companheira, embora, a sua or-phandade fosse a causa de ser tão ifneliz. Pobre crean-ça! O destino é tão caprichoso, que não olha a desgra-ça das creaturas, cujas almas, são feitas de arminho eo coração de bondade. Eossuia, como relíquia de va-lór, a estremada serftibildade, para se fazer apreciada1

lou invejada, na disputa da melhor amiga.. Entre to-das, não distinguia nenhuma, pela apparencia, mas, riarealidade, amava pelo coração e dizia, nas suas con-versas furtivas entre o olhar, o semblante de cada uma,deixava escapar a phrase predilecta de seu vocabula-n0: — Gosto de vocês, porque, sei avaliar o coração

JECA DO K.IO.-

A MORRHUINAMimi — uma menina bem magrinhaQue as faces posaula descoradasIlachitica, meuda, coitadtnhaTinha as pernas até bem arqueada3.>Mcttia pena e d<5... tão doentinha,Mal brincar a menina conseguia...-Sua mama... sabendo-a bem fraquinha,Seu coração de dôrea, comprimia! —Mas, um dia, ella leu neste jornalTJrn tônico aem par na homceopathia,Que faria a Mimi um bem geral..»:1—i E deu-lhe com a fó mais crystallina —-— B Mimi, que em pé, mal estar podia,Glorifica dansando a Morrhuina ! I !

Homceopathia Coelho Barbosa—Kio de Janeiro

RlESL GOíV 'nas, 78

Raid Aéreo pelo BrasilSensacional jogo de entretenimento! Illustrado comlindas vistas do Brasil, em estojo elegante acompa-nhado de cinco aviões, dados, copo e regras para func-cionamento; custa 15?000, pelo correio, 20$000. Garan-

timos a embalagem. — Pedidos aCUNHA, GRAÇA & CIA.

Rua do Ouvidor, 133 — Rio de Janeiro

Page 3: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

«-s — Maio — iyvi?

h prinsipiar da vidaPela tarde macia e calma de

principio de inv< elle passou,tintando de frio; com as vestescheias dé pingos da chuva que ca-mra. Levava as mãos nos bolsoscomo para aquece-las um pouco.Os sapatos, trazia-os, num estadolamentável: rotos c cheios de lama.

sua alma ainda pequenina, cmformação, denunciava-se triste, tal-vez mais triste que a própria tardechuvosa, dando melancholia aosoutros... Nos olhos, muito clarose muito lindos, lia-se (si é que sepôde ler, pelos olhos, o intimo deoutrem) uma dor qualquer. Ca-

havà pela avenida quasi deser-ta. Caminhava olhando as vitrines

itas das lojas. Já no fim docorredor de casas parallelas, elle se

re.

A chuva, que diminuirá, já nãocahia mais.

Uma resteà de um raio rie sol ap-parecia, illuminando a s anbra es-cura das nu\,

Tudo calmo. Esl ante deum palacete.,

O pequeno parou o olhar emtudo aquilío, ntfm êxtase profundo.

Pelo jardim, um outro pequeno,üo seu tamanho, passeava, bem ves-tido, na bicycleta nova e ligeira.,

Nós temos, muitas vezes, dessasmeditações que nos vem do intimo

¦ "«a e que, somente nós as com-prehendemos. Ficamos, muitas ve-

— 3 0 TICO-TICO

PHARYNGITE

SlLVAÂRÀUJO ROUQUIDÃOOOSt >8 A10 0BA6EAS POP «A • CRtARÇiVivA HtTAtH.

m I Ç\^UmmFfN*lf m ' ^9WAnti-febril

Falta deAppetite

1mpalludismoCONVÁLE/CENCAJ^

Anti-grippal

WJKítfV WAPODEROSOf ANTISEPTICO

PA HAHyGIENE E TOILETTEINTIMA oas SENHORASi

zes, perplexos deante de uma obraprima creada pela mão do homemou em contemplação á natureza...,

Era o que se dava com o pobregaroto; Contemplava, admirava oprazer do outro pequeno, emquanto

elle se deixava ficar ali, tintando

de frio, com as mãos nos bolsos dacalça de brim, ordinária.,

E depois, quando chegasse a casa,encontraria a mãezinha ardendo defebre, morrendo, talvez, de fome...

Era o seu principiar de vida...j

Avio Brasil.:

MARATAN Tônico nutritivo estomacal (Arseniado Phospha-tado) Elixir Indígena — Preparado no Labo-ratorlo do Dr. Eduardo França — EXCELLEN-

Saúde Publica » r^»-. j , <. .. - — TE EECONSTITUINTE — Approvado pela

Digestões Diffro,»vM° P Summidades médicas — Falta de forças, Anemia, Pobreza e Impureza de sangue,í-ceis, Velhice precoce. Depositários: Araújo Freitas & C. - 88, Rua dos Ourives, 88.

Page 4: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 4 — Maio — 1929

CRIANÇASIPara as vossas roupas bran-cas, vossos vestidinhos de in-verno nada existe melhor do

que a famosa flaifcla ingiezaGlydella.

Dizei a vossos paes que pe-peçam amostras deste tecido a

MAPPIN STORESCAIXA 1391 t~ S. FAULO

XAROPEGOMEIMCL

2 VERDADEIROEIPECiFICO^coqueluche:

P*'V***V***-AAA*rVV-|*>"*"a«**"'**'-'%*^^

GUARDE ESTE ANNUNCIO QUE 'BEM VALOR

CITHARA IDEALAté creanças de seis annos executam as melhores mu-

sicas bastando dez minutos de pratica. Cada Cithara erncaixa com dez musicas, chave, pa- -.fhetas, cordas de sobresalente e %é&S^~~instrucções claras, custa 30$, £é3K___ -fcy?—Spelo correio mais 5$ooo <*Ji0^ ~ZI_1_ZL!•para porte e embalagem , ^ásP"^ '" J " . Ilgarantida. Peçam

:—-7%^H«!

prospectos e catalogos grátis áCUNHAGRAÇA& Cia. —Rua do Ouvidor, 133 — K10 de Janeiro. —Mota: O pre-sente annuncio dá direito no acto de compra de uma Ci-thara, a uma linda caneta tinteiro que offerecemos comobrinde aos leitores do O Tico-Tico.

Il N-và ^ PfjJÊ

O AffJO AGUARDADAS CDinMCflS--

FORtiUM DO D? HOtíWQO l/IOtftffíFab:s. e Depôs F. Jannarelli — Rua das Palmeiras, 12KSão

Paulo.

I OASA GUIOMARCALÇADO »DADO"J

MAIS BARATEIRA DO BRASILAVENIDA PASSOS, 120 *¦* RIO — Telephone Norte 4424

0 EXPOENTE MÁXIMO DOS PREÇOS MÍNIMOS

I*HEÇOS KSFECIAEâ FARÁ ESTE MEZ

llllnin» novMnfles êní nlixroiitns

^^ ^^mmi-*' '•'''^B^^^

"JOÍtnnni Chies e elegantes sapa-0£"ÇUU"J toa em fina pellica en-

Superiores sapatos «Je una pellicaenvernleada (preta, todo forrado úapellica cin»a • linda flvella de me-tal, salto baixo, próprio para mooUnhas e escolares.

Vernlzada preta com linda flvella demetal prateado sob, fundo preto, ar-tlgo de lindo effeito, em salto cuba-no, müdlo, Luiz XV.

Pelo Correio, mala 2SB0O em par.Kemetfem-se catnloc/oa Hlunfrnilo*, prntln, a qnem

Ilf «». M 1 SI „ n „ „-. ,. 24*000De » SS a 40 ,.:, .. „ ,« ,. 27*000

Alpercatas "typo Frade", de tn<iutla,chromntln, nvrroirlhada, toda

debrnada.Pe na. 17 a Z6 „« „

'w .4 „ «39000• « 27 a 33 .. „ „ .„ ,. 7*000" " II k 40 „ ... .. .. .. 0(000»

O mesmo typo em pellica envernl-cada de cor cereja ou preta.De na. 17 * 26 .. „-„ .. , „ .. 9*000

« * 17 a 82 „ .. „ .. .. 10*000Feio Correio, mala 1*500 por par,

oi solicitar.

P e rd i d ò s JÚLIO DE SOUZA

Page 5: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO -TICOiv>-v -Hrv. _> ' ^•t/

5 B-T-ívÉ(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")

í.edactor-Chefe Carlos Manhães — Directór-Gerente: Antonio A. de Souza e SilvaAssignaturas — Rrasil: 1 auno, 23$0_0; O moa cs, 13$000 — Estrangeiro: 1 anno, COSOOO tf mezes, i.,-)!.0_0

As assignaturas começam sempre • no dia "1 do mez em que forem tomadas e serão aoceltas annual ou semestralmente.IODA,A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por vale postal ou carta registradaÇ.om/_ valor1 declarado), deve ser dirigida á Sociedade Anonyma O MALHO — Rua do Ouvidor, 1C4. Endereço teiegraphico:O MALHO — Rio. Telephones: Gerencia: Norte. 5402. Escriptorio: Norte: BS18. Arir.ur.cios: Norte, 61S1. O.riclnaa: Villa 6^47.

Succursal em Sâo Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cavalcanti — Rua Senador tfeUO n. .7. 8' andar. Saias 86 e 87.

CicOQJi^mt^\ü 1

DUO

O C O L O iR I DO• Meus nclinhos:

¦ Hontem, o netinho Eduardo perguntava-me porquea Superfície, dos mares varia tanto de côr, mostrando-se ás vezes azulada, claramente azulada, outras vezescôr de chumbo e ainda outras vezes verde. A perguntado Eduardo teve prompta resposta.

A água, como os meninos sabem, é um corpo inco-lor, principalmente quando observada em pequenaquantidade. As grandes massas de agita, as lagoas, osmares, em virtude de um phenomeno conhecido pelonome de refração de luz, apresentam-se sempre azula-das. O estado do céo, limpo ou escuro, reflecte na stt-perficie dos mares e modifica, é claro, a côr destes.Mas além disso, meus netinhos, ha outras causas queproduzem a mudança de côr dos mares. Entre cilas"Vovô

cita as grandes colônias de animaes, as florestasaquáticas, os bancos de coraes, as montanhas submari-nas — todos modificadores da côr azulada dos mares.

A água do mar, meus netinhos, é bastante transpa-rente, e aos olhos do observador ella se mostra da côrdas colônias de animaes, das florestas aquáticas, das

D O MARÉmontanhas que existem no fundo do oceano. Ha"ainda, meus netinhos, um outro phenomeno que dá aosmares uma coloração de luz prateada. E' à phospho-irescencia. Esse phenomeno enche cie admiração osviajantes, á noite, quando, na esteira que o navio deixaparecem bailar milhões de pequeninas estrellas, mantomaravilhoso de prata que vae se enrolando, em cata-dupas de luz, como se o estivessem agitando fadas egênios fantásticos dos mares. Quando o vento, sopra,as ondas que encontram as esteiras de phosphorescen-na elevam-se luminosas produzindo ao olhar do via-jante o mais curioso e bello dos fogos de artificios.Mas todo esse quadro fantástico que dá ao mar a côrde prata, nada mais é do que o formidável exercito depequeninos seres, de zoophitos, que povoam as regiõesmarinhas. .

Taes animaes, meus netinhos,emitem luz phosphprescente e os poetas já os cantaram como os. pyrilail.-'pos do mar.,

Vovô.

JUP\á?^r_*l____ Jt¦—\%

Tgjk 0

foStoã^âA^W^^h»

Page 6: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 6 Maio — 1929

_^T"'**'"_?v_jv^àáí7*"* ^s^^Jk^ _l_iwv- " 1 / SiiV """.Vv <^!^^^P^p-Vj ' \_»

JtJ - i^___S^él_ÍÃj-_-^^

?OTSCOTiCO]J_^CS _'_?•'_ %*»*"_a*V''_^S»>««S_—í.

NASCIMENTOS¦-• <í> Nasceu o menino Paulo Luiz, filho do Sr. Luiz

Guilherme Barbosa e de D. Edith Fonseca Barbosa.•3* "3* Clotilde é o nome da linda menina que veiu

alegrar o lar do Sr. Bartholomeu José da Silva e de D. Phi-lomciia Silva, residentes em Valença.

<í> <*> Chama-se Renato o lindo menino que acaba deenriquecer o lar do Si;. Álvaro Silva e de sua esposa D. Ce-leste Ventura da Silva.

ANNIVERSARIOS<$-. £> j,a- annos ]10je o menino Mauro de Almeida

Santos.«> 3> Completou hontem seis annos a graciosa Edith

Lorena de Almeida, knossa assignante residente em Aracaju.•3> <$> Guilherme Moreira da Roclía, nosso intelligente

leiloa- e amiguinho. viu passar a 30 do mez findo a data deseu anniversario natalicio.

<S> ? Completou cinco annos a 2 deste mez o meninoEduardo, filhinho do Dr. Joaquim Pimenta.

<$> *§ Festejou sabbado ultimo a data de seu amiiver-sario natalicio a gentil Maria Lucia, filhinha do Dr. JoséMesquita Filho.

•í> <s> Faz annos a 10 deste mez a graciosa Nadir, en-tentadora filhinha do Sr. Manoel Barbosa.

NO JARDIM...-<£ <$ Querendo oíferecer um lindo bouquet á nossa

amiguinha Denair, resolvi escolher os seguintes meninos emeninas: Áurea, uma cheirosa angélica; Laura, tuna lindarosa; Neusa, 'uma bella açucena; Ivonne, uma bonita era-vina; Ameba, uma períunjada meia-noite; Sophia, uma lindadhalia; Américo, um lindo cravo; Alfredo, um perfumadojasmin; Manoel, um lyrio; Cyriaco, um bello beijo defrade; Nelson, um amor-perfeito. — A. A.

NO CINEM A . . .<$> 3» Querendo fazer um íilm, resolvi escolher os me-

ninos e meninas seguintes: Denair, a linda Col.leen Moore;Laura, a admirada* Pola Negri;. Áurea, 'a bella Lupe Veez;Neusa, a encantadora Renée Adorée; Amélia, a querida BebeDaniels: Cyriaco, o encantador Rod La Rocquc; Manoel, olindo Ramon Novnrro; Américo, o bello Jack Hoít;" Alfredo,o querido Hen Meynard, e Nelson, o Tom Mix.

$> $> Foram contractados para uin fi-tl os meninos emeninas dc diversos bairros: Nieta,. a Billie Dovc; Carlos, oConrad Nagel; Elda, a Mary Philbin; Lucas, o AdolpbeMenjoti; Clara, a Olive Bordens. Luiz, o Ben Lyon; Mariade Lourdes, a Clara Bow; Arthur, o Lon Chaney; Cleniertti-na, a Norma Talmadge; Victor, o Richard Dix; Ireiié, aDolores dei Rio; Marcos, o Raymoud Griffith.

AVENTURAli

CAR A P E T A

Bteõ

f*^ 1^

-frL^__wl*_/é íh tf""' ¦

Carrapeta quiz pregar nin susto 'cm Coclhínlw e foi buscar um tapeie quc 'ira uma onça c vestiu para assustal-o,:forem, Coelhinko já tinha xisto o "truc" e fingiu quc estava com medo, conduzindo...~y^y b—fii ¥y\ ,\„_/ü iw * m a yy-fy

¦¦¦ -¦ —¦-___— - —... m -*''

wyf m§M i

...assim Carrapeta, que não via. nada e cahiu no rio Coclhinho riu-se d bom rir e depois foi fa:'cr o mesmo,'com a mãc-ccclho, quc se assustou.

Page 7: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

8 — Maio — _92ü>' O I 1 C ü • I' 1 li ü

__Hv ""^ __¦ I_B__F ' rN Çn^l' ^^^^^_^^/^^^V____ü

I "** l__-'____KÍ^'7~_fl

Historias que a Vovó contava* * * Era uma vez um rei, dono de muitas terras e mui-

tos thesouros., Todas essas riquezas o rei as guardavaavaramente., Um dia, o rei adoeceu e morreu, e todos osseus haveres passaram para os filhos que, desassisados,não souberam zelar pela fortuna herdada. E todas asterras e todos os thesouros perderam-se em loucuras dospríncipes herdeiros, que ficaram pobres, sem lar e semfamilia..

* * ** Foi um dia uma rainha, que tinha tantas jóiasque não cabiam nas arcas do thesouro do_seu reino. Arainha, tão rica, não possuia, pcrém, o dom da bondadee da solicitude para com os seus subditos. Quando a rai-nha morreu, seu povo não chorou.

:; * * Havia, antigamente, uma princeza que gastoutodos os haveres do seu reino e vendeu todas as jóias quepossuia para fazer o bem ac seu pcvõ. Este a adorava equando, pobre e sem roupas, a rainha morreu, todo o povochorou saudoso de tão querida senhora.

* * *

Eu sempre gostei mais desta ultima histeria,

CARLOS ¦M'A I\T H A..F/-S

Page 8: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

CAPITULO 35

Continuação)

n sem dizer mais palavra, Pinocchio pegou na velae começou a andar em direcção _ bocea do Peixe-Cão."Venha e não tenha medo, papae", disse Pinocchio.

¦' Assim andaram algum tempo dentro do estômagodo monstro.- Ao chegarem ao fim tiveram o cuidadode vir se podiam escapar sem perigo

O Peixe-Cão, sendo muito velho e soffr-ndo muitode asihma e palpitação, era obrigado a dormir com abocea aberta. Pinocchio poude, portanto, ao olhar pelagarganta dc monstro, vêr o céo estrellado e a luz da lua.

• Esta é a oceasião de fugirmos", disse Pinocchio:"C Peixe-Cão dorme e o mar estã muito calmo. Ve-

nha. octão. papae. Siga-me c logo estaremos salvos.Dito e feito. Começaram a subir pela garganta domonsiro marinho e caminhavam na pontinha dos péssobre a lingua..

lüe repente o bicho deu um espirro, a vela, apagou-

se e foram abalados, achando-se mais uma vez dentredo-estômago do Peixe-Cão.

"Agora estamos perdidos", disse Geppetto."Dê-me a sua mão e tome cuidado para não es-

corregar"."Onde me vae icvar?""Venha e não tenha medo".Assim dizendo, Pinocchio tomou a mão dc seu pae

e outra vez subiu pela garganta do montsro. sempre nas

pontinhas dos pés.Então, passando por sobre a lingua e pelas tres car-

reiras de dentes, acharam-se ao ar livre."Monte em minhas costas e segure com força"Mal Geppetto havia montado nas costas o valente

Pinocchio começou a nadaraO mar estava muito calmo e o luar era bello.O Peixe-Cão dormia um somno tâo pesado, que

mesmo um tiro de canhão não ó poderia ter desper-tado.

(Continua.

mÊíwfW^ ^——— S 7%

Wáà^sÍ3 r*-

' -?__ V. V_)_. í '/T~

». L'

• \ ¦¦

•¦&¦ Ji

A-

Page 9: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

AMIGUINHOS

OLAVO e DORA SACCHI, interessantes filhinhos dobr. Eugênio Sacchi. — São Paulo

mr ¦¦** -' ~ücl \Ww\w\W ^ 4wMmmmA kV

r - * *2?V^ -s *¦ If- ^l_*^H

MARIA ARMÊNIA, filhi-nha do Sr. Guilherme de

Peret, nosso agente emOuro Preto —Minai

¦- ==^1 I '"

MurdMm mm^mT. w* ^kflfl^MMQH^KY

ANNA MARIA,filhinha do Sr.Sebastião Jorge.

JOAOZINHO,filhinho do Sr.João Silveira.¦¦a¦ o^i if*1 ^

CYBELLEHELOÍSARICARDO

ALOYSIODEVOTO.

ALICE BEL-TOLDI.

Rodrigues Al-ve» - 5. Paulo

.*âM\ Hkw sj

*flrf ^^?5 m\~.

jT'Aí «m

¦n* *-**a*-í— - ***-*¦ <--mmmmÍ dfl3*fi - -Z* *B n W¥¦u ^^Kk< Tv* Br ¦ Bf¦ bHp** íísSL. 5^SbI I

w

Ara if * «

m^i '* Sr. Ascanio de An- UL.

v^i^^^MmMv'^.*^ ' 'M*¦* -tf** ¦¦¦¦¦¦1 *^^^M^B^^^HM»^Ba*^^M»-/ MwTm

-J-0SGEIR, filhinho do SrGetulio Campos

Capital.u CÉLIA CORRÊATaquaritinga — S.

Paulo

CYRO E ELSA.Rodrigues Alves— São Paulo —

¦Ti lÊr,'

f ¦ &? ti>" - tSfrm

HYLDETTERIBEIRO. FRANCISCA DE PAULA DE SÃO TRIGO.

Santos — São Paulo.

Page 10: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

A fita de hoje:-Farina estrêa como coveiro

^^^^_b___fl

— Aqui neste carrinho está umcadáver. Eu não tenho tempo de le-val-o ao cemitério. Leve-o você e se-pulte-o numa cova bem funda.

*. __.

m TÊL MmWÊ&'I ___F_________P*kv p^Pr^^'W ___i

— Ora essa! Eu me salvei na Ar-ca de Noé para acabar carregandodefunto? Mas vou cumprir a ordemdo policia...

f'vV-3_____L____

— Esse defunto está mexendomuito! Daqui a um instante é capazde comer a terra da cova que eu es-tou cavando..,

^ 1)_____£__'*t_f7 f' ____ Y1 .jhtt- *'_tfW-V^__i"-__. "_HI BB''

wF ' v&vMieSS, __t S-fm____!11r_y_F-_-lWTr mêM a v •'JjSrt * __5__________*- ___________ ________!

_____r ^^______M______ *" T- ;*•"*-1¦¦? ' __________________ ____¦ vfl SP'* - e-i « ~ _rw*fl ______r^^ - «PB * _p^_

_»-K. -* " '._ Ri _J

— Meu Deus!... O defunto eraum homem e agora cresceu e se trans-formou em mulher. A gente vê cadacousa no cemitério...

PU B

P > 7a& Ü-n.

________> •*XK -___

•" jfl K^fl

— Que defunto feio está me es-piando ali adeante, Será que eu nãodou para coveiro? Se fosse o Chiqui-nho tinha medo...

-"¦fl

Wtmm. V _ m l' l«________V. W__ ____R_I' __i B^V--"*

1 S """¦

¦ _____*

Mas a Farina sahiu-se tão bemda prova a que a submetteram queos "gurys" a proclamaram e coroa-ram coveiro de luxo.

Page 11: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

« — Maio — 1929 — II — ') TICO-TICO

ms^^^^^MMs^mm^à^mámlVím

«ii cairino ::; ^frHISTORIA

DE

NOSSA PÁTRIAFranciscoCamerino

Na esquadra, a bordo do encouraçado Lima Barros,entre outros, foi ferido o Capitão de Mar e Guerra Ely-siario Antônio dos Santos que, entretanto, na phrase doAlmirante Tamandaré, "continuou a combater com osangue frio imperturbável que o caracteriza noperigo."

Em Curupaity perdeu gloriosamente a vida Francis-co Camerino, poeta sergipano, de vinte e tres annos deedade, que, sem ser alistado no Exercito, seguira para oParaguay ao lado do 8" batalhão de Voluntários de Ser-gipe. sobre cujos soldados exercia verdadeira fascinação,quando marchando para renhidos*, combates, incitava-lhes o patriotismo, recitando versos heróicos.

Já em Curuzâ, dizia desse denodado joven em parteofficial de 14 de Setembro de 1866, o Visconde de PortoAlegre;

"Torna-se digno de menção o voluntário FranciscoCamerino, porque, guiado unicamente por seus senti-mentos patrióticos, combateu heroicamente nas fileirasdo batalhão 8" de Voluntários da Pátria. Não c alistado,nem recebe dos cofres públicos remuneração alguma."

Sobre a morte de Camermo, victimado com mais de-zoito companheiros pela explosão de uma granada, aotranspor, num ímpeto de audácia, o primeiro entrinchei-ramente lemos em uma autorizada descripçào do assai-to de Curupaity:

'A honra da bandeira brasileira ficou illesa, comobem disse o General. Com effeito, actos de valor, deabnegação, de temeridade e heróica coragem foram prati-

cados por nossos officiaes e soldados e seria longo enu-meral-os.

Camerino. Voluntário da Pátria, sergipano, poeta,no começo da acção é gravemente ferido; conduzem-nopara o hospital de sangue e ahi os cirurgiões reconhecema necessidade de. amputar-lhe os dois braços.

Principiam a operação: Camerino, pela perda desangue, está pallido, mas risonho; não quiz chlorofor-mio. A operação caminha e tambem a morte. Camerinosorri sempre, recitando poesias, mas sua palüdcz cresce.

De repente, fita os olhos sobre os montes de pernase braços humanos que estão por ali espalhados; depois,olha para o céo com a expressão das estatuas tumulares:está em um êxtase... mas êxtase da morte.

Seus braços abrem-se e o herõe, concentrando nellesos últimos alentos da vida, recita a seguinte estrophe dopoema D. Jayme:

Até porque, meu D Jayme.A guerra amortalha as doresDe inexequiveis amores;E ou morre o homem na lida,Feliz, coberto de gloria,Ou surge o homem com vida.Mostrando em cada feridaO hymno de uma Victoria!

E Camerino expira..

Page 12: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

ti TICO-TICO *-. 12 -. 8 — Maio 1929

w"~

MENINA BEM FADADA

Uma camponeza teve uma fuinha.Um dia, bateu-lhe á porta uma fada

e disse-lhe:Fado a tua menina para que ella

seja muito boa para ti e caridosa paratoda a gente. E virá um dia em queella ha-de salvar da morte dois me-ninos.

E como garantes a tua promessa?Toma lá este fio de contas de ouro,

põe-1'ho ao pescoço e tem cuidado queella nunca o perca, nem o dè, porqueserá mais tarde o talisman da sua fe-licidade. E quando chegar essa oc-casião ai|parecer-lhe-ei ou mandareiunia andorinha que é a guia de toda aminha ventura.

A boa camponeza agradeceu-lhe e afada partiu.

Passou muito tempo. Justamenteno dia em que fazia quinze annos quea fada tinha fadado para bem a filhada camponeza, numa casa muito dia-tante da sua, um indivíduo lia a "bue-na-dicha" a dois meninos.

'— Acautelem-se —i disse elle aospães. Olhem que vossos filhos hão dese perseguidos e roubados.

Os pães ficaram sobresaltados e nun-ca deixaram sair seus filhos de ao pódei les.

Um dia o pae teve de ausentar-sepor algum tempo.

Recommendou á mãe que nunca osdesamparasse.

E a pobre de senhora assim fazia.(Passou dias e noites em desassocego,até que um dia adoeceu, e teve de re-colher-se á cama.

Entregou-os aos cuidados de umacreada velha, mulher de toda a con-fiança. A boa creatura estava semprefechada com elles numa sala, sentadaa fiar e a contar-lhes historias, paraos entreter.

Andava já cançada e numa tarde,por fatalidade, caiu num somno pro-fundo. A roca caiu-lhe para um ladoe o fuso para o outro.

Encostou a cabeça ao espaldar dacadeira e principiou a resonar tran-qulllamente como se estivesse muitobem deitada.

' Os pequerruchos, assim que1 tal vi-ram, foram com toda a cautella aocustinho do linho quo ella tinha junto

de si, tiraram a chave da porta, abri-ram-na e eil-os de um pulo a brincare a saltar no jardim com uma alegrialouca.

Olharam para o portão o viram umcavallo branco, muito bonito, ali en-costado. Correram logo a acaricial-o»Elle mostrava-se muito reconhecido.

Como são bons, meus meninos,disse-lhes, elle. Querem vir commigoa casa da minha av6, que ella é muitorico e tf;m lá muitos brinquedos paralhes dar? Venham que os levo.

Os meninos enthusiasmaram-se emontaram logo. O cavallo largounuma corrida vertiginosa e, quandochegou a uma casa e-m ruinas, parouderepente. Bateu á iporta que logoso abriu.

Aqui estão os seus netinhos,minha avó — disse o cavallo.

Entrem, meus meninos, respon-deu ella, fazendo-lhes muitas festas.

Venham cá, venham vêr os quar-tinhos onde hão de dormir,

Os meninos começaram a chorar ea dizer que não queriam ficar ali, quequeriam ir para casa. •

Mas quando ella abriu a porta do umquarto, os meninos ficaram encantadoscom o que viram.

—i Este é o quarto de ouro — disseella para,, o mais novo. E' ,onde tuhas de ficar, meu filho.

Elle entrou logo e disse ao maiavelho:

Este ,;é o quarto precioso, meufilho. E' onde tu has de ficar.

Este menino tinha mais tino, des-confiou de tanta riqueza e não que-ria entrar. Ella empurrou-o á for-ça e fechou a porta. O menino co-meçou a chorar e a tremer de sus-to. IPoz-so a espreitar pela fechaduraa vêr o que ella fazia. N

Viu-a entregar as chaves ao cavallcdizendo-lhe:

Tens de correr por ahi adeante,por esse mundo fóra^ e só as has deenterrar num sitio onde vires umaarvore brilhar como o ouro. E logoque a encontrem, enterre-as e nãovoltes mais aqui. Segue até ao logaronde te encantei, que lá quebrarás oteu encanto.

E que fazes agora aos petizes?perguntou-lhe o cavallo.

Oh! elles são muito bonitos.Amanhã acendo o forno, asso-os ecomo-os.

O menino já nâo se sustentava naaperninhas a tremer de susto.

De repente vê entrar, por uma pe-quena frésta que tinha o quarto, umaandorinha.

Socéga, inocentinho. Ninguémte fará mal, observou-lhe a andorinha,Conta-me tudo o que te fizeram e oque tens ouvido.

O menino contou-lhe o que ouviu ea andarinha desappareceu. Voou,íróou, até chegar á casa da campo-neza. Bateu & porta e falou:

Venho de mando da fada, se-nhora minha, dizer-te qua amanhã,antes de romper da aurora a tua filhadeve ir pendurar o fio de contas depuro que eile lhe deu, num ramo da

maior arvore que tenhas nos teuscampos.

A menina assim o fez e retirou-selogo cheia de susto, porque viu virao longe um cavallo a correr desaba-ladamente e encaminhar-se para ali.

A arvore tinha uns clarões scintil-lantes como o ouro. O cavallo logoque chegou junto delia, poz-se a cavarcom as patas, até que fez uma covaprofunda.

Enterrou as chaves e poz-se de novoem marcha. Seguiu o seu destino.

A andorinha estava empoleiradanuma arvore próxima. Assim que ocavallo se afastou foi á casa da cam-poneza.

Vem outra vez para o campo ecava junto da arvore até encontrareaumas chaves que lá estão enterradas—- disse á menina.

A menina .cavou, cavou, até que aaencontrou.

E então chefebu a fada e disse-lhe:—¦ 'Pega outra vez no teu fio de

contas, minha filha. Põe-no ao pes-coco, que "elle te livrará de todos osmales.

Vae chamar a tua mãe e ambas si-gam o caminho que a minha ando-rinha vos indicar e quando ella pousarsobre o telhado de uma casa, pegano teu fiosinho e bate tres pancadascom ella na porta.

Ella abre-se e ha de apparecer-teuma velha muito feia e tu aperta-lhecom toda a força a mão que ella nuncamais se mexerá do sitio.

Ficará sem vêr nada, porque o teufio lhe tirará a vista. Entras e liber-tas dois anjinhos que lá estão presos.

A menina assim fez.Quando lá chegou, bateu á porta

tres vezes com o fio.Appareceu-lhe a velha e ella aper.

tou-lhe a mão com toda a força. Avelha caiu immediatamente aos seuapés. A menina entrou, abriu as por-tas e tirou para fora os meninos. Per-guntou-lhes se sabiam o caminhopara casa dos paea e elles disseramque não. '

Appareceu a fada que lhes indicouo caminho que deviam seguir. Mãee filha levaram muito agarrados a sios dois inocentinhos.

7Chegaram a casa dos laerimósospães e contaram-lhes tudo. Os infe-lizes estavam a morrer de dor pelaperda dos filhinhos.

Apenas os viram ficaram radiantes.Olhem, meus filhos, a lição qúe

tiveram foi muito dolorosa para nóstodos. Espero que nunca assim deisum passo na vida, sem os pães seremsabedores — disse-lhes o pae.

E beijava-os com enternecimento.Os meninos choravam de júbilo por

se verem ao lado dos seus adoradospães, e de arrependimento, pela desp-bediencia.

Deram uma grande somma de dinhel-ro á menina, e ella partiu para a suacasinha passar com a mãe uma vidaalegre, comprando logo uma quinta.

E todos tiveram um futuro cor darosa.

Page 13: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

8 — Maio — 1929 — 13 — O T 1 C 0 , T 1 C O

D A INFANTILiJ — Linda camisolinha em seda

<\--tainpada com babadinhos cm ruche.2o — Garçonett de linho ou brim

branco. Cinto de couro.3° — Lindo e simples vestido de

voile estampado. Pregas ao lado dasaia. Tres botões fechando a golla.

4* — Elegante blusão rosa com umatira que sahe do manogramina e é ati-vado ao pescoço negligentemente.Saia plissada.

BORDADOS

Letras e monogrammas para roupaou combinação.

Duas hollandczas para a roupinha deBebê.

Letras e monogrammas para roupabranca.

fy An nn „„ .. ^00 , 00 rfU^ 00 00

S_^Éf__r__a^^s5sá_fflfôs_v>\ \

L I \:i/ ._£"*""_*Ct-

OO -^o" £^ÒOOOOOOO!

1 C I ! Gl __&& >^

OOOOOÔÔ3^°^B.O-

% m

Page 14: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 14- 8 — Maio — 1929

1

MISTER B.ÜASI. Iv(MONÓLOGO)

\Ver.i de chapéo branco, — capacete colonial, —usa cabelleira e suissas ritivas, traz um cachimbo noqueixo, binóculo a tiracollo, polainas altas ou perneiras,iypo clássico, emfim, caricaturas do inglez, falando comforte sotaque estrangeiro) :

Mister Brasil em vez de verQual é a moça mais boniteDeve buscar saber qual éA mais intrépida e expedito.

Que tenha mais intelligencia,Saiba fazer contas exactes,E que prepare no cosinhaUni bccf-stcack com batates.

Saiba escrever também no machine,Conheça bem stenographie,Saiba guiar sua automóvelSem matar gente todo die.

Não tenha medo de sereno,E nem de chuva,"nem de sol;Saiba montar no seu ca valia

,E também jogue o foot-ball.

Seja sizude, sem ser triste,Viva com tttdos bem contente,Tenha alcgrie naturalQue isso faz muite bem á gente.

Não tenha ataques de nervose.Nem muite menos faniquiles

Desses que fazem certes moçasDar, como doides, muites grites.

Moça que seja bem sympathiqueE se pareça, assim, commiga;Que fale pouca, pense muite,E não gostar de fazer briga.,

Moça que em vez de pintar cara,Saiba coser, concertar meia;Faça pudding pra sobre-mesaE bolo inglez bom'para a ceia.

Isso de cara bonitinhaE' coise que desapparece.Mas moça boa, delicade,A gente nunca mais esquece.

Mister Brasil faça o que eu digne,Procure moça que trabalhe,E que, depois de casamenta.Marido seu não atrapalhe.

Poic que menines brasileiraTudo é bonito e camarade;Si der seu premio a uma sóA? outras fiques bem zangade.

O que mim diz agora aquiEra o que tinhe de dizer;Mister Brasil faça o que entende;Pôde faz mesmo o que quizer.

John Bul.

H/B aT i" T-ii ^B*

mi^^LsW ^^amWWssWí JwssWIbm M* **^2^ iMBB m

mmk ss+ssssém b\b\\.mb\\ b\ *l JÈ àKi\w*¥*W.

Ub/ m\ j£i/\\7 ¦'''* -wT w m.^l^/1 I ws

Page 15: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

— Maio — 1929 — 15 - O TICO-TICO

I GT RO L A-C A G H O R'RO - QU E.N T B

\ { Ss/cr/s vendo TãüsAneú 7 s_ fêl% 8aàals* a car- •

i j

íT5/í> <? c rocfto^chvía \(ÊÊ^Í$r<f' A Se /Jara U77ia ot7c/cy( cachorro 9uen/e- ~^ \W%&®^^ K de 400 nie/hos.

4 °\ mmz ® 1 a

lí\ I tr™ t^^T^^hH V_«_jw—-fíy t/6>í./ verificar o aitc % ^ onda c/fr/or&X^,^

jp^fia. l/oo a/for&x/znjjir^e^ *i'rnou demais f ^"^ ^sas* ^v

>__>^ onda....' •* / / ^4 _—-riryCr^^' "

J® ^— "t \

-.. _, _J___!__í^2 " ^ ° s

DIREITOClrarna~se direito a acção <m faculdade que todos te-11< " de uogir dos demas o cumprimento tios nudeveres que nos são impostos. Todo homem, em sociedade, tem, portanto, o d'reito de esperar que se res-

peitem sua vídaf, sua honra, seus bens e,rn<juanto não f.Víar aos se:;s deveres de inemhro da sociedade.

Page 16: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 16 8 — Maio 1929

DO Bâ*.§AB£TUBÍ:r-cr^

Cabelleira — O trabalho que mandou intitulado:"A morte vingada" está grande, além de ter vindo es-cripto de um lado e outro da folha de impei.

O horóscopo das pessoas nascidas a 5 de Tunho éeste:

São de espirito contradictorio e incompreensivel. Pas-sam rapidamente da maior calma a mais violenta ira. Sãoinconstantes, versáteis, embora intelligentes e de forte ar-gumentação para fazer triumphar suas idéas. Muito reli-giosas. Preferem os processos complicados e trabalhosospara resolver os.mais simples problemas. São alegres, ge-.nerosas, prestativas e muitas vezes esses sentimentos sãoolhados com desconfiança. a

Amantes da natureza, gostam de viajar para gozarfortes emoções e ver novos horizontes. Impulsivas e im-pacientes, devem fugir de pessoas intrigantes e charlatãs.

Hilda Velloso (S. Paulo) — Sua musica vae sernovamente desenhada para ser publicada breve,

N. G. S. (S. Paulo) — Letra miúda, signal de mes-quinharia, minúcia, fadiga talvez myopia. Corno a letraé arredondadinha quer dizer bondade, doçura, indulgênciae como é também vertical quer dizer: energia.

A letra de sua irmã é quasi egual á sua. "Um pou-

quinho inclinada para a esquerda o que significa, descon-fiança, dissimulação.

O horóscopo dos nascidos em 28 de Agosto é este:São diplomatas com simplicidade. Muito respeitado-

res, conservadores de usos e costumes e inimigos de elo-gios ou dos lisonjeiros. Attenciosos e condescendentessujeitam-se aos caprichos dos amigos. Têm muita habi-lidade para transmittir aos outros suas idéas, sendo elo-quentes oradores com bastante lógica para convencer oauditório. Sabem conter seus Ímpetos por muita força devontade.

Curiosa (S. Paulo) — O horóscopo de quem nasceem 21 de Fevereiro é o seguinte: E' generoso e abnegadoe se revolta contra os egoistas. Deseja ser rico, mas pormeios lícitos, sendo escrupuloso e honrado em seus ne-gocios.

Não gosta de estar em sociedade, preferindo o socegoe o retiro. Compraz-se em relatar suas victorias, oceul-tando, porém, suas derrotas e insuecessos.

Está sempre de bom humor e vendo a vida côr derosa. Gosta de se trajar bem, preferindo as cores vistosas.

Felicidade (Rio) — Capricho, excentricidade, bi-zarria, um certo desquilibrio é o que denota sua letracomplicada. Nos traços inclinados para a esquerda estápatente a dissimulação, a desconfiança, a contensão deespirito.

E o seguinte o horóscopo das pessoas nascidas a 22de Janeiro: Têm espirito mercantil e as mulheres pos-suem um tino especial para dirigir grandes negócios.

São generosas, caridosas, m, esmo, porém, volúveis.Orgulham-se da sua intelligencia e do seu prestigio etriumphos na sociedade. Embora econômicas, estão, ha-bitualmente, sem dinheiro. Tem espirito pratico, mas sãoexcêntricas originaes e teimosas.

A felicidade é, como tudo no mundo, muito relativa..E' feliz quem assim se julga. Os ambiciosos, os in-

vejosos não podem ser felizes porque nunca estão con-tentes com o que possuem, nem com a sua própria con-dição ou sorte,

Mary (Batatal) — Letra fina, desigual, descendente,tremula: delicadeza, sensibilidade, fraqueza, actividade,agitação, nervosismo, tristeza, preoecupação fadiga, tal-vez preguiça, anemia.

O horóscopo das pessoas que nascem a 17 de Marçoé este: São abnegadas, sacrificando-se pelos amigos..Amantes da Natureza e de tudo quanto é bello. Attencio-sas e naturalmente affaveis. Fieis e argutas, de espiritoartístico e critico. Intelligentes, eruditas, methodicas,principalmente em negócios, são capazes de assumy: e darconta de encargos de muita responsabilidade.

Mal-me-quer (Vargcm Grande) — Delicadeza, sen-sibilidade, amor próprio muito susceptível, generosidade,ternura, pouco cultivo intellectual, apezar de intelligencialúcida e muita intuição das cousas. Algum nervosismo eindecisão; bondade natural.

Para o horóscopo das pessoas nascidas em Fevereirotenha a bondade de ler o que digo á Curiosa.

W. Carvalho (Queimadas) — A historia a que serefere está na collecção destes últimos números d' O Tico-Tico que se encontra á venda no escriptorio d' O Malho,á rua do Ouvidor 164.

DR. SABE-TUDO..

Page 17: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

8 — Maio — 192!) — 17 — O TICO-TICO

,U_iiúl:!;ilí!IIU::illll IIIÜIM

CADA UM PARA O QUE NASCEUwiiiiiiinM

SOLDADINHO: — (Marcha sempre muito datoemquanto o Polichinelo canta).

POLICHINELO: — Muito bem. Eu, entretanto, memovo gentilmente ao som boliçoso de um maxixe bia-sileiro.

SOLDADINHO' — Quem sabe si não é esta musi-ca que a banda do meu batalhão toca? (Canta um ale-gre maxixe):

POLICHINELO: — (Dansando a mover a cabeça,braços e pernas): Justamente.

SOLDADINHO: — (Denois de cantar o maxixe):Muito bem!

POLICHINELO — (Curvando-se): Muito obrií.a-do. "Cada uni para o que nasceu", não é?

SOLDADINHO: — Perfeitamente.POLICHINELO: — Eu nasci para me desengonçar...

(Mexc-se iodo).SOLDADINHO: — E eu para andar firme, sizudo...

(Dá alguns passos, erguendo muito a perna esticada).POLICHINELO — (Prestando attenção para fora):

Parece que ahi vem gente...SOLDADINHO: — Então vamos voltar ás caixas

de brinquedos de onde sahimos.POLICHINELO: — Vamos, sim, antes que nos en-

contrem aqui falando e andando.SOLDADINHO: — "Cada qual para o que nas-

ceu"... Teca a marchar...POLICHINELO: — E a pular!SOLDADINHO: — (Sae cantando e worcnanüo)'-

"Marcha soldado,Cabeça de papelão,Si não marchas direitoApanhas de facão.''

(DIALOGO)

Soldadinho de chumbo.Polichinelo.

POLICHINELO: — (Fntra de um lado, risonho,pulando, a mexer com a cebeça, os braços e as pÍTBOs).

SOLDADINHO: — (Entra do outro lado, serie,marchando muilo empertigado. Encontram-se cm iue!odo caminho c o soldadinho fala com um tom reprchensUvo na vo^) ;

Que é isto, Polichinelo?POLICHINELOSOLDADINHOPOLICHINELOSOLDADINHOPOLICHINELO

-r Que é isto, o quê? (Pára).Então veeè não tem modos?Tenho, sim.

E que faz que não os usa?Não os uso porque deixaria

ât ser polichinelo si fosse serio e empertigado comotu.

SOLDADINHO: — (Empertiga-se mais).Não vês que assim é mais bonito?POLICHINELO: Em ti.. Em mim essa cousa seria

horrível. Não vês que eu tenho engonços?SOLDADINHO: — E por isso é que és tão desen-

gonçado ?...POLICHINELO: — Justamente.Não sou como tu que és de chumbo.SOLDADINHO: — Cada qual como Deus o fez...POLICHINELO: — Tu foste moldado em uma ri-

gida fôrma de ferro..,SOLDADINHO: — E vucê?POLICHINELO: — (Vaidoso): Ah! Eu fui recorta-

do graciosamente...SOLDADINHO: — (Despeitado): Nem por isso é

engraçado...POLICHINELO': — E' que minha graça depende da

pessoa que brinca commigo. Depende dos movimentos queme derem.

SOLDADINHO: — Eu nao preciso disto. Sou ele-gar.te...

POLICHINELO '-- (Rindo): Elegante? Tu és... ex-travagan.e. Queres a prova? Tu te moves ao som mar-ciai de uma marcha secca, como esta: (Canta).

"Marcha, sole!.Cabeça de papel,Si não marchar direitoVae preso pr'o quartel."

POLICHINELO — (Sae também depois cantando adansando, "desengonçadamenie", um maxixe bem ale-grc).

FIM

Rio _ V — 1928.

M. Maia.

fll^-^ /kEE:~rAs£~ 7j-«-— v___--^ y , /

____=^!^_^^^

Page 18: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

o A C A M P A M EN T O E S CO TE I R O - Pagina n. 2

\ 22. < ^J V 23 7 20» -'¦«-'¦«¦ ¦ 1» _.' _.«!¦ ¦¦_¦!¦ 11 '.'Mi-1 _¦¦-¦-- I " '* ii

i. — ' -. . ¦ ._

4 hrraca•ai i facilidade da oohstrucçâo, todas as peças vão nu-lucradas. As peças desta pagina devem .cr colladas erq

ov>2_.o»c>

"O

_s

cartolim» c depois recortadas.(Concluc no próximo nume- >)

Page 19: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 20 — Maio — 1929

Neve, bonito gato angorá, vicrá

pequenino para casa, de presente ãmaninha que o adorava tanto. Osseus pellos de um branco puro, acauda longa, os olhos immensa-mente vermelhos, davam-lhe certaimponência e fidalguia, de distiu-

guil-o dos outros gatos communs..Neve era o companheiro fiel e "

inseparável da maninha e propor-cionava-lhe quasi, sempre alegre

passatempo com o saltitar dum aoutro lado da casa, ora ás voltascom um insecto qualquer fugitivo,ou então a impressionar-se por umfarrapo de jornal a balouçar ao

vento,.Decorreram assim dias_bem ale-

grcs para o gatinho que encontrarana maninha, tão gentil, a sua ama-vel e dedicada patroazinha. Porém,foi breve essa felicidade.

No amanhecer de um bello dia.Neve apparentou sentir-se mal...

Vi-o rastejando o ventre pelo chão

e, todo tropego, ir prostar-se im-movei, ao pé da cama da mainnha,

que, ao abrir, os olhos, deu com o

pobre Neve que a fitava doce-

mente.A maninha então saltou da cama

e tomando-o nos braços principioua acaricial-o^

— Meu bem Neve, que tens? di-

zia-lhe a maninha.E Neve como que respondendo á

pergunta de sua amiguinha, unir-

A MORTE DE

NEVE

murava com um "miatt" pouco edifficil morrendo-lhe a voz na

garganta.Pobre Neve! Talvez quizesse di-

zer: Patroazinha, salva-me, não medeixe morrer. Da bocca semi-cer-

rada cahia-lhe abudante espuma,emquanto o corpo se lhe agitava emconvulsões violentas e horríveis.

Vendo o seu estado alarmante amaninha assustou-se, abandonan-sea chorar. Eu então para acalmal-a,dei ao pobre animalzinho uma co-lherzinha de purgante, esperandotalvez que o remédio pudesse debel-lar o mal que o apoquentava. Mas,oh destino! Neve dava em peiorarhora por hora, até, que mui entris-tecida pelo seu estado e sem meiosde poder diminuir-lhe os soffri-rriéntos, resolvi mandal-o a phar-macia mais próxima, cuidando queo pharmaceutico prodigalizasse

qualquer cura ao pobre Neve, quese debatia entre a vida e a morte.

iA creadinha ao receber Neve dasmãos .da maninha, sahiu, e num la-

pso de tempo voltou, relatando comaccento de sentida compaixão, queo gato fora envenenado, tendo o

pharmaceutico applicado-!he uma

injecção, mas sem effeito, por ser

demasiado tarde. Neve teria mais

poucas horas de vifla.:Ao ouvir estas palavras, o cora-

ção da maninha feriu-se de umador profunda, precipitando-se logoem seguida a tirar Neve dos braçosda creadinha cpie o trazia apertadocontra o peito; e com lagrimas nosolhos, deitou-o numa almofada lin-da, toda preta, com um gato borda-do ao centro, verdadeiro retrato deNeve, a mesma em que o gatinhocm dias não mui remotos, se deita-ra a gozar dum somno delicioso.E agora nessa mesma linda almo-fada, ao pé dc um divam, no meioda sala vazia e tristonha, com aolado a maninha que chorava comlagrimas sentidas o seu queridoNeve, o seu corpo martyrizado pelador, descancou até a morte.

Neve expirou, quando o sol vol-tava-se para o horizonte afogueadoe a luz do occhso infiltrand07.se pelaespaçosa janella, beijava-lhe o cor-

po inerte e sem vida.Pobre Neve!

Roziniia AmEmoola.

Page 20: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

8 — Maio — 1929 — 21 — 0 TICO-TICO

O escotismo é uma instituiçãode energia, tendo por base a força,mas a força intelli gente que se cha-ma Dever, governada pela disci-plina.

O escoteiro, assim como se ro-bustece nos exercicios ao ar livre,aPura os sentidos, decenvolve asfaculdades e aprimora os senti-mentos; torna-se sociavel fratcrni-sando com os companheiros noconvívio que os liga intimamentepela cadeia da solidariedade.

O escoteiro é uma sentinella at-tenta que não só vigia como aindaaçode ao accidente com o soccor-ro prompto; assiste solicito juntode quem quer que sof fra e, á ma-neira de Robinson, tudo aproveitae converte em utilidade appare-lhando-se com o que se lhe depara.-Assim o escoteiro em acção improvisa, hábil e destro, tudo de quecarece: galhos e ramos bastam-lhepara armar uma tenda; constróeuma ponte sólida com cipós e va-ras; fogo, tira-o das pedras; ataum amarnlho de fibras em nó quese não desenliça; embrecha umasandas para transporte de feridoscom o que lhe dão as arvores; sabea virtude medicinal das hervas edas raizes; prepara uma refeição"geira e pensa um ferimento oucorrige um entorse. CaminhandoC01» a bússola ou olhando as es-

ismoFARÁ UM CONCERTO DE

EMERGÊNCIA

Durante uma marcha ou uma ex-cursão pôde acontecer que uma dasrodas da carrocinha da tropa sof-

fra uma avaria e impossibilite acontinuação da marcha.

A gravura junto fala muito bemde como remediar esta avaria per-mittindo a volta á sede sem maioresincommodos.

COMO CONDUZIR O BASTÃO

ESTADO DE BICYCLETA

Uma das melhores maneiras derealisar excursões é montar numabicycleta e partir com alguns com-

panheiros a procura de um bom lo-cal para armar o seu acampamento.

Como o escoteiro não deve nuncadeixar o seu bastão em casa e comotalvez não oceorra a todos uma boapioneira de transportal-o estando debicycleta, apresentamos hoje umádas mais praticas suggestõcs para

trella: orienta-ce no mais embre-nhado silvcdo como no párafmamais deserto e, em perigos, sendoatalaia, esperto e subtil como oPequeno Pollegar, para avistar aolonge trepa ás arvores, oceulta-se-lhes nas franças e, por vozes depássaros, on por signaes conininni-ca-se com ns companheiros.

Acompanhado sempre da ban-deira cresce junto delia cantando,como oração heróica, o hymr.o na-cional e, fiel ao juramento que lheprestou, não ousa commettcr fal-ta pela qual possa ser arguido di-ante do pendão veneravel que étudo para elle, porque é o symboloIa Pátria,

De tal escola sabem os infantesque serão os homens de amanhã:seres de tempera viril, tão úteis napaz pelo que aprenderam brincan-do, como serão bravos, se foremrequeridos pela Honra, pela resis-tencia que adquiriram no corpo,cQm os exercicios, na alma com aperseverança na disciplina, que é acadência da ordem.

Assim, essa instituição heróica egenerosa é a escola primaria do ei-vismo, na qual se devem matricular,todos os meninos brasileiros que,-amando o seu paiz, queiram apren-der a bem servil-o e honral-o.

Çokuío Nktto.:

Page 21: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 22 -. 8 — Maio — 1929

SALADA DE FRUCTASMl ¦j%

t, c $f r c #- ^TTtgJSSEf -P r o r f9r, y

^

r-JO_

*>- 1= f fmWmmt

fc rf P=3 R g-XCf IPw-|V# F *

i*

í f r fv-

r TJ&.

^^ÉP. _s_ -0-

J?P fra-cti nhassdio-r/m.

B E

z_ Üifrosas Jeú«e$ef_Z5a

I?p 0f

iNSPlaf(al\(-Sí»onios(ícLi_

# 9-

Wftttrciosas Be Jaolba berjpti-

s^3*?= f f 7 T"

l^.;PÜXfma.da Fa.zeníío_ccom

í ií SIÜ

e.lo E$p-n<fc(ap.i sta(om_e.n_$suca.0 ($___r___:

tF^tBj»-

lLaranja: r

tu.raIeeéeeeeé

^

LjJ »-,L^gSou a do ceU .ran

^

/. __ ^

lü-f-y * Ja Marioa.fl*5-^ «" .1' __Z

±i_iz_fcz_S

-_ ¦M_9-A______B

ffeío li bffndoc.Veri-

!___

5' __-_<

t-_-fõH-r-J J J 1

IP-IQtíeejportbà os fcoai ieH í

rilüf

Ha'fe__3_áE___itsfrtrDtua manga, souchei

?__

*. q . r?f^r*ro sa

^g^

-_fw^_~rQueejoonpuifosjírcfe-

Page 22: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

8 — Maio (— 1929 _ 2.3 — O TICO-TICO

fcfHnR Banana

ri... daf=f

^^m. pm f> um***}pi ———in—r^ » 0 * 4 aA -&¦ fA Lanaria meus se _ nho _r€skmf^

»/3t /3

ujm^cjLrçfiMajiuprnlia^fea.

^^.j^- AUaxi

xjlUa?

^^

^Eu. o pcidasfructas

Wi

Jv^aTm£=

SOU.^T

^H ¥BJHU9

jffgg$o te ra noa ba ca

^fflTJ.C.afc

Laranja.Manga.Banana.Abacaxi.

R O

\Frutinhas saborosas^e, ^e se faz salada,Nos somos deKciosas,ue polpa perfumada.Fazendo-se com zeloJ^plendida mistura,<j?m bem assucar, gelo^ bem doce... ventura.

íaranja:

^°u a doce laranjinhaUue e por todos tão querida.

Uva. (CORO INFANTIL) Uva:Maçã.Mamão. S°'! a uva redondinhaMelão. Manga: quc dou vinho tão bebido...

Eu a manga sou cheirosa MacS.Que é por muitos preferida.

A ma^ã sou eu, que dizeman Ser o pomo appetecido.A banana, meus. senhores, .Madurinha está aqui. Mam o:

Abacaxi: l'ra quem tem dispepsiaDom remédio é "um mamão

Eu o rei das frutas sou jSoberano abacaxi. Melão:

TI

CORO:

Frutinhas saborosas, etc.

[IlusõesManhãSem ar. .. sem luz...Num quintalUm arame esticadoOstentavaLmda illuminação de orvalho.Vem um meninoMoreno e somnolento.E fica extasiadoE comtempla.E ri.E, cedendo a um impulsoInnocenteDe creança,Balança o arameE joga as lâmpadas ao chão. ..-

lrKUD CamêÍier.

Eu, ás vezes, indigestoA quem come do melão.

E. WANDERLEY

Page 23: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 24 —. 8 — Maio 1»2'J

lÉÉIplL

Tinham dado á mãe de Cecita um papagaio, avelindíssima que, pelo brilho e harmonia de suas pennasmulticôres, attrahia a attenção geral. Mas o papa-gaio era muito silencioso, apesar das affirmações con-trarias de quem o dera, e a única phrasc que dissera,tinha sido: — "Vem cá, anjinho"! Ora, justamentenesse momento, entrava na sala a Cecita, senhorita de4 annos, que ficou muito satisfeita ouvindo aquillo,pois, naquelle momento, ella acabara de dar um dosseus tostões ao pobre que passara, e elle tinha agrade-cido assim: "Deus lhe.proteja, anjinho". E a meninaattribuindo a si o elogio da ave, foi dizer tudo ao ir-mão mais velho, o João, que lhe contava umas dez his-torias por dia — e immediatamente elle deu a explica-ção do caso: Este papagaio tinha ido um dia ao céo;mas teve de vir embora logo, porque bicou o braço deum anjinho. E quando voltou para a terra, o pobrepapagaio tinha tantas saudades dos anjinhos louros quec haviam rodeados... que só admittia ficar em casade uma menina que fosse muito parecida com algumdelles, isto é, que fosse muito boazinha e não roesse asunhas escondido da mamãe. E se a mesma algum diaficasse má, elle iria embora, procurar outra melhor...

Cecita ficou muito impressionada com a historiado irmão, e, naturalmente nella acreditou ponto porponto.

Ficou vagando por ali mesmo, até vir o irmãozi-nho Luiz, do collegio. Luiz veiu como de costume fa-zendo um barulho medonho, pedindo pão com mantei-

0 Papagaio que foi ao céuga, atirando a mala para um canto /c, o chapeo para ooutro. ....

Ora, Cecita esse dia, seguia com interesse as traves-suras do irmão e esperava com ansiedade que elle en-trasse no quarto do Papagaio, para ver o que este di-zia, vendo um diabo em sua frente — sim! a criadadizia sempre para o Luiz — Você é um diabo!, a ma-mãe: — Meu diabinho, e o papae — Diabo de me-nino.

Deante de tantas affirmações, Cecita não duvidavaque, realmente, o irmão fosse um diabo — (era porisso, que, até agora, esse nome não lhe mettera medo:os diabos vão de castigo, mas ganham beijinhos da ma-mãe, tambem) — e seu interesse era enorme. Que di-ria o Papagaio? Mas — oh desapontamento'! — OLuiz e a ave pareciam estar de muito boas amizades:emquanto este lhe afagava as pennas, aquella dizia con-tinuamente:

— Vem cá, anjnho, anjiiiiiiinho, anjiiiiiiinho...Completamente sceptica quanto ás historias do ir-

mílo, cheia de espanto e com uma vontadinha de chorar,a menina fo ise chegando. Em sua cabecinha repassa-vam-se todas as oceasiões em que se sacrificara paraque o Papagaio não se fosse embora, ao passo que oLuiz perdera os oceulos da Vovó e dera um pontapé nogato, fora as balas que comeu sósinho sem dar nenhu-ma á irmã que não ousou reclamar. Tudo isso era in-justo... Mas eis que o Papagaio virou-se para seulado, e disse a segunda frase rio seu repertório:

Sahe, diabo!Era demais! Cecita poz a bocca no mundo*; nem

mamãe, nem papae, nem as criadas conseguiram acal-mal-a. Diabo! Elle a chamara de diabo! Depois demeia hora de choro, todos já estavam caceteados, masá menina foi se chegando. Em sua cabeceira repassa-havia que a fizesse parar. Foi quando chegou o João,que todos suspiraram: só elle conseguia sempre com-prehender as manhas da pequena.

E de facto, João comprehendeu, mas teve muitotrabalho em consolar e refazer a confiança da irmãzi-nha. Foi preciso contar-lhe que o Papagaio estava fi-cando myope, como a Vovó, e por isso, se enganava,trocando Luiz pela irmã. Era preciso ir á cidade com-prar uns oceulos para elle.

Cecita consolou-se e já perdoou ao Papagaio; mascom certeza a cidade é muito longe, porque até hoje osoceulos ainda não vieram de lá...

Amélia A. Whitaker.

Page 24: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

— Maio — 1929 O TICO-TICO!

UPA , PIPOCA ASSAUTAOe -POR UM LEÃOPEDE ^OccoRROS UR-rENTES. VOU

JÂ.LO-tO DETOl^ DE TOMAR CA.FEJ

"

AQUI E' CASO DE V3V0AOU -E MORTE. . MADREINFEUCE .CORt-O ASALVAR. =5" <=

e©^0.y^C-^Vv MAR CAFE-i— ,v

I y^íh^^'^ ¦ P0v yffiL\ .Aí' i>TTy^. X\ f**^ r*r y ly***)

I ' / í"' i \ ^^Jà>m vm^/yyÂ\^\

\ l K)^L-/ SA£,VrW .-L- .* >*__ lJ I CRU\\ \ xr ufa e.tou PAU** ^*—

_t—í<^\\ _1.X- -^.-. y ^^ v. i\ f issonac ^;^(ri .1 \\ /^STl^f/ [TqL ^(_%r'g! J i í_yL^-T/M? i___-S'A,^"V^ ^í\\\ (í^^/^-A, Vv^ ^1/

^^Im? ^^^y^0^

Page 25: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

u i i (d • r i c o - 26 - Maio — 1929

aVCAIIIXÀ W¥^líERMK*&

___rWffi_MM$WÊm P^lPõk

5

Morcego ou Guctndyra

O I* EM MSanta Paciência com vocês!

exclamou o Sr. Adhemar pondo asmãos na cabeça como si estivessemuito zangado. Si eu contractasseum bando de maitacas para fazerbarulho não estaria tão bem servidocomo por vocêo!

Você me perdoe, desculpe, pa-pae, mas nisso eu não creio, pois,hontem mesmo você deu graças a!Deus de sermos alegres.

Em termos, em termos . .

Pois esta algazarra toda é por-que todos querem montar o Gala-rim e esse cavallo só, não dá paratanta gente.

Ora sim senhor! então vocês,marmanjos, não têm pejo de dispu-tar ás meninas o cavallo mais man-So da chácara.

Os meninos ficaram confundi-dos, mas Octavio logo declarou.

Eu vou arreiar o Fumaça, eprometto não cahir.

Os outros imitaram-n o, i ptandoegualmente por cavallo mais fogo-so, e dirigiram-se para a cavalla-riça.

Esperava-os uma decepção: oOalarim, o baio tão querido, forachupado por morcego durante anoite, • assim ferido, estava im.prestavel.

As crianças contcmplaram-n'oapiedadas, emquanto o Justino, um

Morcego em repouso

O N T Gcaboclo forte e intelligente, conver-sava com o Sr. Adhemar sobre asprovidencias a tomar.

Isso não é nada doutor, dizia ocaboclo, o Galarim ficará logo bomcom uma compressa de kerozeneou de creolina.

Nái, Justino, eu prefiro queo tratem com iodo. Em todo ca^ovamos tratar de prevenir, para dt-pois não sermos obrigados a reme-diar. Precisamos acabar com os

Papae, eu sei que na casa dabruxa ha uma porção!

Os hospedes ainda não conheciamtodos os recantos da chácara e acasa da bruxa era para elles ummysterio.

Nina chegou-se a Lauro, e per-guntou baixinho:

Que historia é essa? entãovocê não tem medo? De agora emdiante não sahirei mais de perto demamãe ,

Nina você é tolinha; Bruxanão existe! Octavio e eu é que lhedemos esse nome quando brincava-mos de "Joãozinho e Maria"...,

Eu sei, aquella historia dos ir-mãos que se perderam na matta e afeiticeira queria comel-os... Ah1eu também quero brincar assim.

i— Está muito bem! Mas é ao

Esqueleto de Morcego

A L A R 1 M !escurecer! Nina já ia dizer não,mas Lauro tranquillizou-a!

Papae também brinca, não te-nha medo.

Onde vão elles ? e Nina apon-tou para a volta do caminho, ondea^ outras creanças seguiam o Sr.:Adhemar e o Justino que levavaum balde.

Vão matar os morcegos; querir também?

E antes da resposta, tomou ámão da menina e ambos correramaté alcançar os outros

Estavam todos ao redor da enor-me e velha figueira em cujo troncocarcomido o Justino introduziu obalde

¦— O que estão fazendo? indaga-ram os dois retardatarios.

Vão queimar enxofre nesseburaco para a fumaça matar oS|morcegos que ahi se abrigam.

E os da "casa da bruxa"?Terão a mesma sorte, cmquan-

to a casa não for demolida.

Eu também tenho pena delles.Mas elles não se compadecem nemdas plantações nem dos animaes,

por isso é preciso exterminal-os.;

Tio Nougui.'•i

Page 26: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O Tico-Tico em visita eis escolas de Bello-Horizonte

Kl «aa»a% ^^_fl I "* " ->~ ¦ ~l ~* '' ¦» -"— ¦

_» *•____¦^F ^^^^^P ;.»^*? S^t"^^^^^^^ Alumnas do dois

^__. ^* r^ ^*- -_ _r— - j_^ <___» ___» grupos escolares da

¦r ___, f I :" i 5* r* t ___' 1 - -*¦ "jfif f^?» capital mineira exer-

f__ T fà '^ lái i.j—WÈ ____ ____ -ai citando-se no

l^rjflj fcLjto^.,-^-/ foot-bal1___tí^-. ______ ___. % _____ " júmu v-ib ___________ ^^^^*í_____^ v^^B

MhSy^^^n J—X ____)í___lrV-4 _____fl _HB_- I Si a_83 -5___-r_r

___~™^"*^~aa_i—M—i ¦ »^B I -_^ ___H -5l iSr *3 J_r _tV^** ~r-l~^*'\/,' * M_l Mr _f " i l^^v*Sr_-i ___Ia__^'

~H-^ \_' i_r~iajr H

_&__--_ ia-__J _-B__*_fl -fl __a__r S__T ^^^^V_T

|^_____k T.' -**! _»^-_____T] Ít **_- W M_k_ _*«-3rk^flb» __É_^I____

^\r Mr 'Jmmf' ¦_<WrrJi-- B^^^1

.^iyjWB t___M(&>_a_ Jj ^^^^J _J^

Ím4wÊfM immf /____. J_I C 4 IS *mI W làíp aPI m-S ¦_¦ m JR [ J fl B _-___ m. ^M mT^__L fl vB__ *-* s H_f^_-W __W___r' mJFvL /•___" ™ 1PJ -^ •^P* ' T_7 «Hflfls . jfí ?_/_K___ _flv (fl. Meninas dos grupos

¦> _______ ' ^?Jl'"

^^H > L^[_# kl _<I escolares de Bello

h*|^_S» ¦___. fl_r Horizonte fazendo___________ __ _-_L _-_--fl _-^2_L____ I

^L A^fl uma saU(ía(;ão

^^^^ sportiva

Page 27: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

Theatrinho de bonecosE' o encanto da crlan-

cada do bairro no. Jpmin-

gos á tarde.

Muita "-gente grande"

tambem ainda se alegra e se

diverte vendo-o, recordan-

do, assim, dias felizes da in-

fancia...

Fantoches, "guignol ou

marionettes", como dizem

os francezes, titeres dos an-

tigos romanos, "mamulen-

— y""1

¦ ' --¦__---¦¦-¦¦¦¦¦¦¦¦ i ¦ ¦¦ ¦ i.i i- —

/ fui _H IémA mm''

¦ ài3*/jJ_E ', _

1 L H|

¦¦¦"____• * -

~"»"""' " __B' i B*¦ TI ?í*___f" \-_-__S_i3__________J' -si »': 'aíJ______iá^k.. __________Hrv . - -" _______ __¦!*____________.JHkL-*33?^ <^_____________H_______Í

O SOLDADO EM SCENA.

go" das gentes do norte, ou "João Minhoca", como os

chamam aqui, são sempre uma reproducção viva, ani-

mada, da nossa própria existência.

te na vida e que aturamos

com mais ou menos pacien-

cia e assim, tambem nos atu-

ram, por sua vez.

As crianças, na sua com-

movente ingenuidade, riem

e applaudem as farças inge-

nuas tambem que os fanto-

ches representam, falando

pela voz dos que os movem,

assim como nós tambem fa-

Íamos movidos, ás vezes, por

interesses menos justos... E deante dos bonecos

que se agitavam no pequeno palco do theatrinho da

Praça Saenz Pena as crianças do bairro sorriam encan-

Aquellas personagens cômicas ou ridiculas que se tadas, vendo scenas da vida real que se desenrolavam

movimentam puxadas a cordel por uma invisível mio,

lómos nós mesmo» que nos movemos impellidos pela

mão do Destino invisível, inexorável e fatal.

O casal de velhotes resin-

gando sempre, a criança

teimosa,.o soldado de poli-

cia autoritário, o preto per-

nostico, o criado esperto fin-

gindo ser tolo, são typos co-

piados do natural, figuras

que encontramos diariamen-

ali em miniatura, caricaturadas é certo, porém não me-

nos verdadeiras.

O silencio da tarde luminosa era cortado pelas ri-

sadas claras dos garotos que

m:...

Çr\; ,«_

faziam coro com a "gen-

te grande", rindo tambem

das facecias dos bonecos

articulados, outros tantos

typos conhecidos da vida

AS CRIANÇAS DO BAIRRO SORRIAM. que passa.

Page 28: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

8 - Maio — l__y 29 0 TICO-TICO

FIZEMOS ago-ra uma boa ca-ptura, sr. Co-ronel, apanha-

•nos um homem nas pro-ximidades e vamos trazei-0 á presença de V. S.!Assim falou um soldadodo acampamento dos ur-sos.

O Coronel era umurso que já fôra domesti-cado e fugindo um dia dodono, voltou ao matfopara viver no meio dcs e u s com pa nhei ros ecomo trouxesse luzes demeio civilisado, foi accla-mado chefe da tropa.

O homem capturado(;ia o seu ex-dono que seaventurara até ali á pro-CL'ra do fujão.

O que deve-mos fazer do pri-sioneirop-perguntou o soldado.

Traga-ominha presen

.^_________i--í^_i____y

AS FERAS««iiiMiniíiiiiiiiniffiriiui»

/^__TI_»^_^_SSl_._^-^HI_HP^__lt^v\

ça! respondeu-lhe v

o chefe.O homem foi logo re-

conhecido pelo Coronel etambem reconheceu o seuurso. O urso que lhe ensi-nara tantas habilidades elhe dera tanto dinheiro.

Elle sahia á rua, dansa-va ao som do pandeiro edepois recolhia-se ao eer-cado, preso num cepocom uma corrente no foci-nho.

Era ali naquella corren-te que lhe magoava o foci-

nho o segredo da sua co»bardia.

O urso lembrava-se dos

castigos que soffrerá, dos

jejuns e das pancadas e,resoluto, ordenou:

— Levem daqui essa fe--

ra e reparta-a tcom a tropa!

Qual dos doisfoi mais fera, ohomem ou ourso?

Page 29: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO 30 8 — Maio — 1929

O OURIÇO CACHEIRO E O TIMBLKNo tempo em que os bichos falavam queixaya-se

o timbu' ao ouriço cacheiro de estar passando sériasprivações devido á crise que fazia escassear sua alimen-tação.)

Além disso, continuava o queixoso, como eugosto de passar bem, arranjand.o_ de vez em quando,uma gallinha gorda ou! um frango bem criado paar mctirar o fastío/.lembrou-se o bicho-homem.de me perse-guir como ladrão de galinha!

<— E você não protesta?! perguntou, admirado oouriço.

Já pensei nisto, mas me lembrei de que nossoinimigo tem um "cacete" que dizem se chamar espin-garda e que dá um estouro, levando a morte longe.-

i—Pois eu não sinto essa crise de que você se quci-?ca; disse, calmamente, o ouriço. Nem tenho, mesmo,trabalho para procurar o alimento.'

E como você faz para isso? indagou, curioso,o timbu', com a intenção de o imitar.

E' muito simples: colloco-me debaixo de umaarvore carregada de frutas maduras, como, por exem-pio, uma goiabeira, um cajueiro, etc.] Eriço os espi-nhos que tenho nas costas e as frutas que cahern vêmse espetar nelles, ficando eu como si fosse um lindocacho de goiabas ou cajus...

Realmente é bem imaginado isso; concordou otimbu'.

A's vezes até nem c preciso ter tsse trabalho,nem perder tempo esperando que as frutas caiam.

Que você faz, então?¦— Uma cousa ainda mais simples: quando chego

perto de uma arvore e vejo que o chão está cheio defrutas maduras que cahiram dos galhos, deito-me, re-bolando, no solo sobre ellas que vão se enfiando nosmeus espinhos.

Assim, vou para casa descansado, com um saborosocarregamento de frutas ás costas.

Si eu tambem tivesse espinhos no lombo, comovocê, faria a mesma cousa; porém, infelizmente, nãotenho, e soffro, por isso...

¦— Ah! meu caro. Queixe-se de Deus que.não o fezigual a mim, apparelhando-o com esses espinhos queme servem de arma defensiva e de "garfos" com queespeto a comida....

Queixar-me de Deus ?!Não. Não devo, nem posso, porque tenho tambem

minha arma de defesa no "almiscar" que desprendoquando atacado, e tenho ainda bastante intelligencia eastucia.-

Você é que, como bom camarada, podia me dar umpouco das frutas que lhe sobrassem...

Ah! Infelizmente não posso; desculpou-se o ou-riço, que era muito egoista e avarento. As frutas que$obrám da minha colheita diária eu faço seccar ao sol

e guardo, para quando houver falta de frutas frescascomel-as seccas, feito "passas".

O timbu' ficou aborrecido com a recusa, porém,nao deu demonstração disso.;

Assim como o outro tinha o grave defeito de. serambicioso e mesquinho, elle tinha o de ser vingativo.-

Esperou, com paciência, a oceasião de se vingar doouriço. Esta oceasião chegou num dia em que elle oencontrou muito preoecupado com a falta de água quehavia na matta.

O verão estava violento e um pequeno córrego quedesusava por entre as pedras numa clareira havia dec-cadp.-

Ao ver o timbu' o ouriço perguntou:Você sabe onde haverá água aqui por perto parase beber?

Aqui por perto não ha fonte nenhuma. A maispróxima dista da matta umas duas léguas "bem pu-xadas; respondeu o timbu'.

Mas você, com os recursos que tem, pôde arranjai*,água bem perto, e até levar para casa nas costas a quequizer. ...

Como assim? ! indagou o ouriço um pouco in-trigado.

1— Ali adeante, explicou o timbu', ha um coqueirccarregadinho de cocos. Você fica em baixo e levantaos espinhos. Eu subo e deito abaixo os cocos quevocê quizer. Elles, ão cahir, vão se enfiando nos seusespi.nhos, e assim você lhes bebe a água fresca e me-dicinal, levando para casa ainda os que sobrarem...

Bem lembrado; concordou o ouriço, que estavacom muita sede; e acerescentou em seguida:

Vamos logo ao coqueiro!Vamos; disse o esperto timbu' gozando já sua

vingança na maldade que ia fazer ao ingênuo ouriço.Chegaram ao pé do coqueiro onde o timbu' trepou

agilmente, dizendo, lá de cima:i— Prepare os espinhos, compadre ouriço, que lá

vae coco!E com os dentes desprendeu alguns duros e pe-

zados cocos que foram cahir em cheio sobre o pobredo ouriço.,

-— Ai! Que você assim me mata! gritou elle fugin-do, com os espinhos amassados, emquanto o timbu' portroça, perguntava lá de cima:

¦— Doeu?! E' porque os cocos são um pouco maisduros e pezados do que as goiabas, os cajus e as uvasque você, quando não pôde comer frescas, guarda paraseccar, sen unhas de fome!...

E desceu do coqueiro satisfeito por ter se vingado3a mesquinhez 'do ouriço negando-lhe as sobras das'frutas

que, quasi sem trabalho, colhia para comer.

Trancoso ..

ÍSi__r*Çít"* -3>-J& '-V-1 ^n*ps^____cí^tíi^'^ "~^ .'.-_-*:*.

^Jfc^

Page 30: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

8 — Maio — 1929 31 — O TICO-TICO

LffOfresultado do concurso n. 3J?2J!

n^^A solução exacta úo concurso

Ulir"C'r"'Stas ~ Newí°" Theophilo Gon-AnnV' TJ:T'rancisco Pereira, Bertha de Saiu?Mvll tl,r da Paz Floquet Fontes, ElzaHatin' " Laurel Br0wn. Ivar Fn-LuiV- V- v-ampos, Uctaviano ualvao,Jesus 7anc0 Amaral, Zenith Hugo desus 1? , auue nugo, í\adyr Hugo de Jc-Javln n c,a Cruz e Silva, Dyla Robertsort.der™ V°elho de Moraes, Djalcenira Mo-rej,„ ', *ura Alves Rosa. Waldemar Pe-ía'hr, n Va£c0licellos, Durval Souza Car-cadur ora1do Leitc Cintra. Álvaro Sae-Pes"" * res Teixeira, Nilo da Silvatal ir ' far,a do Carmo da Costa Quen--hó jrancisco Caetano, José'Campello Fi-<lc '

^saac Bayer, Moacyr Vaz de Andra- '

Silva -u?13 GonÇa!ves, Oswaldo AthaydeCrês ' ~cila de Mendonça e Silva, LuizaWro< TÍavarcs. Egas Polônio, Jorge deTaihn í>arreto' Nenette Martins, AntônioEmiliA _lnaí0 Reis- Ranulpho N. M.,"o Brandi, José Vasconcellos da1 Sil-

^^^^^m*'*m^m**r*^-^*****-**^*mmWmmMT0mwWammm___0mmmÍ*£a*

^"^^E____E_ WWw___MS_ mmmW ___________ __

va, Celso Costa Borges, Lauro Muller, Al-berto Aguiar'Rebello, Willy Meyeí, Mil-ton Cyriaco, Romeu 'Mendes, Ulysses I.i-ma' de Souza, Mercês Bini, Orcílidéa Pe-reira de Oliveira, Nelson Costa, CláudioMonteiro da Rocha, Wanda Monteiro daRocha, Sérgio Monteiro da,Rocha, Álvaro[Vieirinha Coelhinho; Oscar Coelho deSouza, Christina Januaria da Fonseca,Margarida Lopes Ferraz, Aglas M. Quis-sak, Simião Barbosa, Joaquim José Ma-ciei' Pinto Cintra, Amélia Wilches, AcyLopes de Leão, Ney Villardo, José Fran-

DIGA.MEU FILHINHO:

CMOMILMNAEVITA OS ACCIDENTES OAdaDENTIÇAOe FACILITAaSAHlDAJ>OS DENTES.'ím todas as PfiQrmacfas

A' veda em todas as pharmr.ci.is

ci'co Lacerda, Roque Paulino, José da Sil-va Mangualde, José de Sampaio Góes Ju-nior, Ncmcsio Raphael da Silva Oliveira,Gustavo Ludolf Ribeiro, Rubens Muniz deOliveira Waldemar Ludwig, - Dirceu deMiranda Cordilha, Ecclcsia de Assis No-gueira, Eolo Capiberibe, Edmir Vascon-cellos' Teixeira, Nadyr Marassi, AlbertoAndrés Júnior, Mario Peres, Epitacio Ale-xafidre das Neves, Ayrton Sá dos Santos,Ruy Malta, Regina Pente, Helia da Fon-íeca Rodrigues Lopes, Raul Soares, 01-Vertinho Lopes, Gilberto Uchôa Canto.Anna Augusta Codciro de Mello, TullioRomano Yedda Regai _ Possolo, Cassia-oDicgues,' Sydney Roven, Adelino Peixoto,Gil Vaz', Roberto dc' Assis, llelio Rezen-

de, Cecilia Bohn Vieira, José Duarte, Dy-léa Pereira da Costa, Sylvio AugustoBohn Vieira, Pedrina de Carvalho, OrcstcsVianna, Amadeu Luiz, Osório Pontes, Li-gia Lage da Silva, Adauto Veiga, LuizSilveira Pinto.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

Io Premio:

GILBERTO UCHÕA CANTQ

de ia annos de idale c morador á ruaBarcelios n. 41, nesta Capita!.

2» Premio:

ALBERTO AGUIAR REBELLO

de 9 "annos dc idade e residente no Largo

do Papagaio 11. 70, em São Salvador, Es-tado da Baliia.

RESULTADO Dt) CONCURSO N. 33:28

Respostas' certas:

i* — Café.2" — Brasil.3' — Jaboticabal — Jaboticaba.4* — Linhoi—Ninho —'Pinho — Vinho.5" — Dias.

Solucionislas: — Isaac Bayer, Fernan-do Octavio Gonçalves, Jorge de BarrosBarreto, Antônio Rufino, Levy de Souza,Altair Formei, Bu>u' de Mello, Creuza R.Vial, Milton Cyriaco, Jorge de Souza Li-ma, Ayrton Sá dos Santos, João Jorge deBarros, Pedrina de Carvalho, Dyla Ro-bcrtson, Neusa de Mendonça, Dulce Ma-rassi, Lygia Zonta Vaz, Flora Leite. Ma-ria Esmeralda de Oliveira, Álvaro Sacca-dura Soares Ferreira, Victor Monta-gnese, M. Rutr Bastos, Ayrton R. dos_antos, Cassianp Diegucs, Abilio Corrêa

CiPT-E VEGETALSabor agradável alimenta mais que oleite, e se 'digere mais facilmente que

aquelle

ALIMENTOCOMPLETO A BASE

DE CEREAES __.

Page 31: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO

do Carmo Junior, liaria Elza de Vascon-cellos, Jlkc da Silva Maugualde, OrchideaPereira dc Oliveira, Clara Issa, Cyrano doNiemeyer Ponooarrero, Moacyr Vaz rjeAndrade, .Rubun Dias Leal, Jorge Fi-gueiredo' Xakrcia Gonçalves, Iraly Almi-rá dc Oliveira, Ruth Salles, Attilio Tei-xeirà Fallicri, Mercedes O. C. Carmo,Kenato Coimbra Velloso, Heloisa Palmer.Aida Araujo Coriolano. Raul Tavares Ju-nior, Lúcia Arcslcs César, Evas Polônio,Stella Galvão da Fontoura, Vcnctte Mar-tinsj Nelza Mendes, Roberto de Assis, Ar-Jette da Silveira Duarte, José Gabriel Pe-reira, Helia da Fonseca Rodrigues Lopes,ChrWina januaria da Fonseca, OswaldoFerrara dc Carvalho, Waldemar Ludwig,Edmir Vasconcellos Teixeira, Nicia Gui-marães da Silva. Dina Maria das Neves,Heiiò Vasconcellos, Hélio Ruy Moreira,Dulce d Miranda Cordilba, Sérgio Mou-teiro da Rocha", Cláudio Monteiro da Ro-cha, Ignez Oliveira da Silva. Vera Sal-viano, Niciá Alba Rezende, Odette VieiraLopes.

Foi premiado a concurrente:

RUTH SALLES'de o annos de idade e residente em Paulode Frontin, Estado do Rio de Janeiro.

CONCURSO N. 3.333

Para os leitores desta capital E dosEstados próximos

Perguntas:

I* Qual o animal cujo nome é for-

— 32 —

ENDES FERIDAS, ESPINHAS,¦1ANCHAS. ULCERAS. ECZEMAS,cmíim. qual que moléstia de origem

SYPHIL1TICA?'usae o poderoso

Elixir de Nogueira

8 Maio — 19-29

do Pliarmc*.

o ã o da

Chimico

Silva Silveira

rr.ado pela frueta e pela nita musical:(3 syllabas)

Dulce Ribeiro Pinheiro

2" — Qual a parte do corpo formadaTela preposição c pela coir.racção?

(2 syllabas)Da mesma

3" — Qual o advérbio que com a inicialtrocada é parte do corpo?

(1 syilaba)Salím D. Tannus

4* _ Qual a frueta que com a ultimaUtra trocada é ave domestica?

(2 syllabas)Mario Augusto Alves

5» — Qual a ferramenta que com a ini-Ciai trocada é astro?

(2 syilaba-)Do mesmo

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

•ViMMMfVVVVVVw-v*'.

Vinho Creosotado00 PHAÍM. CHIM.

Jo5o da Silva SilveiraPODEROSO FORTIFI-CANTE PARA OS ANE-MICOS E DEPAUPE-

RADOS.Empregado com suecesso nasTosses. Bronchit.es e Fra-

ruicia Geral.

'g§|

As soluções devem ser enviadas á reda-cçfio d'0 Tico-Tico devidamente assigna-das c acompanhadas dc vale n. 3.338.

Pata este concurso, que será encerradono dia 11 dc Junho vindouro, daremoscomo premio, por sorte, entre as soluçõeicertas, um rico livro dc leituras infantis.

—¦!¦ Il^- MmmmLmammmW^Bmm^Ê I^^SÊlLmWmammw^mw' ~ 'J+JmwÊ^Bk fSHBVia^iaH

'MK '^flff^Ba^BiT *a^aa^B

'-' aüE^ li *f mmMELmar '' '% ^a\\mam\

WBÊKKBmwmmmmwmmmmmmmaaaam

*•*: 3.335. Ir

Si cada sócio enviasse á Radio Socièfade umaproposta de novo consocio, em pouco tempo ella po-deria duplicar os serviços que vae prestando aos quevivem no Brasil,

y<^°2jf\.

fc( çsmrtrf Y|lfe\h-HÍ*f

...todos os tares espalhados Pelo immenso territóriodo Brasil receberão livremente o conforto moral da

sciencia e da arte...RUA DA CARIOCA. 45 a-, 2' ANDAR

leitor e a".uO menino Maurício de Melo Soares, nosso,j0 c\ desta, capital, recebendo o apparelho

\:.\v.y que lhe coube no sorteio realisado¦ssa redacção a 30 de Março. Ao seu lado está o nosso

mpanheiro Raymond Talludcc.

iptnnrnaiRiraiiiiiiiiiiiiiiiiiiinitiiiiHiiiiii™

PARA TODOS...E' 0 MAIS ARTÍSTICO SEMANÁRIO DO PAIZ,COM INFORMAÇÕES COMPLETAS SOBRE LI-TERATURA E FINAS CHARGES PELOS ME-LHORES ARTISTAS DO LÁPIS. PREÇO DA

j ASSIGNATURA: 12 MEZES (52 NÚMEROS),

J48$ — 6 MEZES (26 IJUMEROS) 25$ — NU-IMERO AVULSO 1$. — REDACÇÃO E ADMLNISTRAÇAO: RUA DO OUVIDOR, 164 — RIO.

•L^lltl uuuiuiiuiiiüuiidw UUiflUBlIflIUtffl l« •! HUtlmllBiiniira n (ituif ui hi «hhwj Jn In H iw wií»1 tiinuttfraHUHUUiniii

«¦ Xeíam o CINEARTE. ""¦iiuiüii

L

Page 32: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

a — Mcato 1U129 p- 33 —

C O N C UJ_: S O N . 3-3 3')

.Para os leitoeiís desta capital E dos Estados

O TICO-TICO

PÍLULAS

tlllflílfl'(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-

PHYLINA)Empregadas com suecesso nas moléstias

do estômago, figado ou intestinos. Estaspílulas além de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e orisão de ventre. São um pod;-roso digestivo e regularisador das fun-ecões gastro-intestinaes.

A* venda em todas as pharmacias . De-positarios: J. FONSECA & IRMÃO. —Rua Acre, 38 — Vidro 2$soo, pelo correio3?ooo — Rio de Janeiro.

Este carroceiro perdeu o burro que lhePuxava a carroça, ü buro fugiu e o po-bre .homem não sabe para onde.

O facto, porém, é que o animal está bemI*río do carroceiro, que ainda não o viu.I ^curern vocês o burro, marquem-no aapiS e te...-0 resolvido' 0 problema.

Para este concurso, qiie será encerradono dia 13 de Junho vindouro, daremoscomo prêmios, de Io e 2" Iogares, por sorte,doiá livros illustrados para a infância.

As soluções devem ser enviadas á reda-f.^a° d'0_ Tico-Tico devidamente assigna-«as, separadas das de outros quaesqueryncurs°s c acompanhadas não só da de-c aração de idade e residência do concur-rjnte como também do; vale que» vae pu-•"içado a seguir e tem o n. 3.339.

< nia oceasião, passando pela ruakete de Setembro, uma creança se

———mmmanm———R

^IrB!\y<\ V \y/ /líiíiiiiwiiiiiiwiiiii--"1—

%fV ws

//A p^\jr\ i/Ã §

^<*m9mM¦á* tMW

I TH I ^mmm^m*^1 1 y ¦ /

3-33 7-

deter,bondho

e numa esquina para esperar ocomo era costume e viu um

mem que se acercou delia dizen-"° num ar de grande desalento:

Que máu é este mundo crèan-Va» ja não sei o que ei*de fazer!

Não encontro trabalho e tenho*sposa e tres filhos pequeninos.

Diariamente passamos fome e tucreança, deves ser feliz porque tens.°s teus pães e ainda não sabes nada"a vida... mas, eu... e deu umgrande suspiro compungido.

•Então, a creança lhe respondeu:1 Você não é feliz, porque nãoquer ser, pois, todos temos a fe-"Cidade em nós mesmos.

Temos Deus que é o amor e comIe tudo que possuímos.Você, homem ingrato, tem Deus

M Ò R Apor você e não eomprehende: elledeu á você mãos, pés, olhos, emfim,a intelligencia, para agir...

A idéa de pobreza e de morrer defome, estão tão enraizadas no co-ração que annullam todos essesdons preciosos que você possue.

E por isso, você, não encontraemprego!

Se pensar que hoje mesmo vaeencontrar trabalho e o que necessi-ta, iminediatainente, verá comoDeus ajuda aos que não perdem aesperança!

O homem foi embora e a crean-ça tomou o seu bond como era cos-tume, e chegando em casa, poz-sea meditar na infelicidade do ho-mem que não tinha trabalho e dosfilhos que estavam com fome.

Envolveu-o no seu pensamentocom um tão grande desejo de vel-obem e com tamanha sympathia, que

E M NOSviu uma nuvem bella que se ia fõr*mando no céo ao redor de grandeluz tendo varias cores, sentiu-seelevado até ella e poz-se a pensarno bem naquelle pobre pae, na feli-cidade, na paz, na alegria, na sau-de, para todos os que necessitam.

Pensou que Deus é immensa-mente bom para as creaturas.

E nessa noite dormiu- tranquillo.Passáram-se dois dias e a crean-

ça novamente esperava o seu bondquando viu surgir o homem comuma alegria intensa na phisionomiae um aspecto distineto que vinhaagradecer ao menino o bom con-selho, pois, havia encontrado tra-balho naquella mesma tarde e tinhatudo quanto necessitava para a fa-mi lia.

Deus é o infinito amor e em to-dos mora.

Rachei. Pkado.j

Page 33: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

O TICO-TICO — 3* — 8 — Maio — 1929

Mamãezinha. ..O Maurício e mais seus . irmííozinhos Sérgio, Jor-

gilo e Marina estão doentes c presos no quarto, comcoqueluche, e como os dois netinhos não tiveram ainda,e estão agora apenas convalecentes do sarampo, a Ma-mãe evita o mais que pôde um contagio dos. maiores..

adinha da Mamãe! o dia todo ás voltas com os 6filhos doentes... e impertinentes. Pois o Maurício,impacientado e saudoso do jardim, amolla todo mo-mento os irmãozinhos, principalmente á Marina queacredita em tudo que diz o irmão, na sua ingenuidadede 6 annos — assustándo-se muito com as suas brin-cadeiras sem graça. Jorgito, porém, embora gêmeo deMarina, e muito differente: grande, forte c valente,rivaliza em forças com o Sérgio; trinta vezes ao dia,elles conieçam uma luta "de brinquedo" —Vias na oc-casião de ver quem ganhou, é infallivel vir questão eás vezes mesmo — que cousa feia! — chegam a ba-ter-se.

Tudo isso fadiga a mamãe, enervada já com eu:-dados e alarma-, mas os peraltas não cessam as tra-yessuras. Jorgito, que tem um livro de leitura ondetodas historias versam sobre meninos peraltas, achalindo que assim o chamem também para poder ficarigual ao livro, mas elle não repara que as historias di-zem também a tristeza das Mãezinhas e contam que lá

"4M

a>;

mWnf£!ÊfiÈ (f

~\"~^»Ç'y^m BFl A ÍMff \) &

FABRICADO ESPECIALMENTE PARA CRIANÇAS

'èM

*%£*£

ME Â VOSSOS FILHOSLICORVCACAU*Vermifugo de Xavier ê ©

melhor lombrigueiro porquenão tem dieta, dispensa o

purgante* não con-lém óleo, agostos®

e fortifica ascrianças,

| Faz Bcptíir Osvermes infeslinaes.•quo lantd morijndadZ''¦proíw nas creanças.

r.o Céo o Menino Jesus chora á cada maldade dosmeninos aqui da terra — e Jorgito faz barulho, es-

"perneia, espalha a desordem no quarto.De repente a mãezinha entra para dar 'o remédio

e dá com os filhos lutando e a pequena chocando numcanto: não resiste e ante as creanças estupefactas echeia de remorsos, cabe em prantos. Oh, a Mãezinhaa chorar e por culpa dos filhos! Maurício agarra-lheas mãos cobrindo-a de beijos, Jorgito e Sérgio estãotão desapontados que não sabem o que fazer; e aMarina soluça mais forte.

Mãezinha, Mãezinha! não chore mais, olhe oMauricio que promette dar á senhora, o socego que'faltou até agora; olhe o Sérgio, pondo em ordem oquarto ás avessas, olhe a Marina como chora ao vel-atriste e olhe,o Jorgito, Mãezinha, olhe o Jorgito quecara engraçada faz, para que a senhora ria um pouco!

Até que cmíim! ella enxuga os. olhos e olha sor-rindo para os filhinhos — como cila fica linda, assim,sorrindo e com os olhos brilhantes! — De hora emdiante, todos vão ficar muito bomzinhos: o Mauricionão amollará a Marina, esta não fará manha sem ra-zão, o Jorgito è mais o Sérgio: o que todos vão fazerc uma aposta para ver quem é o mais bomzinho e nãofaz barulho; Jorgito diz que serárclle... vamos ver!Mas Deus nos livre de ver outra vez lagrimas nosolhos da Maãczinha!. . .¦

A:>rrrrA 'A'.

WhiÍakEr.;,

Page 34: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

S — Maio _ 1929 — 35 — O TICO-TICO

EDIÇÕES

PIMENTB DE MELLO b C.TRAVESSA DO OUVIDOR (RUA SACHET), 34

Próximo á Rua Ho OuvidorEIBLIOTHECA SCIENTIFICA BRASILEIRA

(dirigida pelo prof. Dr. Pontes de Miranda)JNTRODUCÇÃO A SOCIOLOGIA GERAL.

1° prêmio da Academia Brasileira, peleprof. Dr. Pontes de Miranda, brocha .16?, ene... 20.000

TRATADO DE ANATOMIA PATHOLO-GICA, pelo prof. Dr. Raul Leitão daCunha, Cathedratico da Anatomia Pa-thologica na Universidade do Rio dsJaneiro, broch. 35$, ene „ 40?000

TRATADO DE OPHTHALMOLOGIA,pelo prof. Dr. Abreu Fialho, Cathe-dratico do Clinica Ophthalmologica naUniversidade do Rio do Janeiro, Io e 2«tomo do 1» vol., broch. 25? cada tomo^ene. cada tomo...... 30.030

THERAPEUTICA CLINICA on MA.NUAL DE MEDICINA PRATICA,pelo prof. Dr. Vieira Romeira, 1° o 2evolumes, lo vol. broch. S0?000 ene.35?, 2» vol. broch. 25?, ene .i 305000

CURSO DE SIDERURGIA, pelo prof. Dr.iFerdinando Labouriau, broch. 20?, ene. 25500U

FONTES E EVOLUÇÃO DO DIREITOCIVIL BRASILEIRO, pelo prof. Dr.,Pontes de Miranda (ó este o livro eraque o autor tratou dos erros e lacunasdo Código Civil), broch. 25?, ene : 30?000

IDêAS FUNDAMENTAES da MATHE-MATICA, pelo prof. Dr.; AmorosoCosta, broch. 16?, ene... 205009

TRATADO DE CHIMICA ORGÂNICA_elo prof. Dr. Otto Roth, broch. 25?,ene. SOfOOO

IíITERATUKA .

O SÁBIO E O ARTISTA, de Pontes deiMiranda, edição de luxo.... ,

O ANNEL DAS MARAVILHAS, texto aíiguraa de João do Norte.. 2.000

CASTELLOS NA AREIA, vers03 de Olo-gario Marianno 55000

COCAÍNA..., novella de Álvaro Moreyra. 45000PERFUME, versos de Onestaldo de Pen-

uafort. .6.000BOTÕES DOURADOS, chronica3 sobre a

vida Íntima da Marinha Brasileira, de• Castão Pcnalva •....._ 65009

LEVIANA, novella do escriptor portuguezAntônio Ferro 55009

ALMA BARBARA, contos gaúchos de¦ Alcides Maya 55000

OS MIL E UM DIAS, Miss Caprice, 1 vol.'broch 75001»

A BONECA VESTIDA DE ARLEQUIM, Al-varo Moreyra, 1 vol. broch ., .55000

ALMAS QUE SOFFREM, Elisabeth Bas-tos, 1 vol. broch -....: 6$000

TODA A AMERICA, de Ronald de Car-valho S5000

ESPERANÇA —• epopóa brasileira, deLindolpho Xavier 85000

DESDOBRAMENTO, de Maria EugeniaCcl30, broch 6?00l)

RIO DE JANEIROCONTOS DE MALBA TAHAN, adapta-

ção da obra do famoso escriptor árabeAli Malba Tahan, cart 45000

IIUMORISMOS 1NNOCENTES, de Arei.mor ... 65000

DIDÁTICAS:FORMULÁRIO DE THERAPEUTICA IN-

FANTIL, A. A. Santos Moreira, 4*edição 205000

CHOROGRAPHIA DO BRASIL, texto -mappas, para os cursos primários, por.Clodomiro R. Vasconcellos. cart < 105000

CARTILHA, Clodomiro R. Vasconcellos,1 vol. cart 15500

CADERNO DE CONSTRUCÇÕES GEO-MÉTRICAS, de Maria Lyra da Silva.., 2J500

QUESTÕES DE AR1THMÉTICA theorl.cas e praticas, livro officialmente Indl-cado no Collegio Pedro II, de CecilThirô 105000

APONTAMENTOS DB CHIMICA GE-RAL — pelo Padre Leonel da FrancaS. J. —cart ., 6500O

LIÇÕES CÍVICAS, de Heitor Pereira (2«edição) , 6500!)

ANTHOLOGIA DE AUTORES BRASILEI-ROS, Heitor Pereira. 1 vol. cart..- 10$000'PROBLEMAS

DE GEOMETRIA, do Fer-reira de Abreu ...» ü.OOt)

VARIAS:

O ORÇAMENTO, por Agenor de Roure,1 vol. broch 1S5000

CS FERIADOS BRASILEIROS, de RelaCarvaUio, 1 vol. broch , 185000

TIIEATRO DO TICO-TICO, repertório decançonetas, duettos, coruedia3, farças,poesias, diálogos, monólogos, obra far-tamente illustrada, do Eustorgio Waniderley, 1 vol. cart 6.000

HÉRNIA EM MEDICINA LEGAL, por.Leonidio Ribeiro (Dr.) 1 vol. broch.

PROBLEMAS DO DIREITO RENAL E DEPSYCHOLOGIA CRIMINAL, Evarlstode Moraes, 1 vol. ene. 20?, i vol.:broch. •• 163000

CRUZADA SANITÁRIA, discursosdo Amaury Medeiros (Dr.) ., 65000

UM ANNO DE CIRURGIA NO SERTÃO»de Roberto Freire (Dr.) 10500O

ÍNDICE DOS IMPOSTOS EM 1926. de \Uceníe Piragibo 10$000

PROMPTUARIO DO IMPOSTO DE CON-SUMO EM 1925, de Vicente piragibo. 65000

®COMO ESCOLHER UMA BOA ESPOSA, da

Renato Kehl (Dr.) 4$000BÍBLIA DA SAUDE, ene 165000MELHOREMOS E PROLONGUEMOS A

VIDA, .broch .._, 63 000EUGENIA E MEDICINA SOCIAL, broch ¦ , 5? 000A FADA IIYGÍA. ene , 4?009DOMO ESCOLHER UM BOM MARIDO,ene _,.. 65000

FORMULÁRIO DA ISELLEZA, ene '.. 14Í0O.

Page 35: ^^mmmÊÊ—~^. 'ju —-^^m&mmmmami^^^t^m^^ ¦« /- >.Smemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01231.pdf · 2012. 8. 21. · prima creada pela mão do homem ou em contemplação á

as; aventuras do cwqwnho *- t\ ?N. V>\^*X\ íx

/ ______Éh

;j_ _¦______

I"____ÈÉS____> ^Jtt^^x \^__l_è

i*^i a iT~" ¦¦! II li ¦ ai i ¦¦

Chiquinho foi fazer uma estação de águas enão parava dentro de casa. Ia para a rua e para a cha-cara e lá ficava o dia inteiro. Uma vez. na chácara,Chiquinho encontrou um bacorinho e com muito geito...

..conseguiu apanhal-o. O porquinho, que não estavaacostumado a collo, poz-se a guinchar e não tardou aapparecer a velha porca, que se chamava Pafuncia.

A Pafuncia appareceu roncando para accudir aofilho'que por ella chamava. Chiquinho, quando viu...

'¦"'" I / \'a1v i ^*t(!$m.m^'Xd€S& _______ E^^

\ V *_____ ^ _i/r^vSí®__^_ai <4-___P_l_H ._.^_______H '^i¥---^/^___^"^\ ____M_F*x ¦ -1

I ; ^^iM^^^áw—\ * /ititt-ií.-- ^t5______l___. íéR^^He_H___ >^w^__^18e_!1_*^ \iV?Hn <_. jH

_^- ""^iai :^_B ¦§&m' J" x^

^míM '®BÊmWM ¦

^_-v _*1____JHHI xz-M!ÊÊ$mm0^b^,n^t^fns. i MlLjüi»4^^_HB .»í; d£31. -^^l^l^^_^is___^f_w^^^^MBW Y^ ^

S rft "jJX J ~***àUi': ::d_3l** B A>_____ ___ftLafcjyM__r ~tf-*Wt^a i tfWlat i_r^_*-ac_MwK>-i Tvtfí^p-pw^ffy^r fora"" V ***¦*•"* "** ._tJC__PA v_-__1__?^. '-'"Wt§ r%-**^^T^^^_g-r^'^^^g cdt^PP» X^^f~' "^ i^.^

^*X -rf^' -

Apy£* ___n__B "' ^\.

L-____ÉI___w:SálÃ. j

A porca não sahia das proximidades da casa e 03 garo-tos não tinham coragem de sahir.—1

.. .a porca, deixou o bacorinho e poz-se a correr e tre-pou na primeira arvore que encontrou. Benjamim, quetambem se achava presente, fez o mesmo e a porca fi-cou por baixo da arvore, á espera do primeiro que des-cesse. Os garotos gritaram por soccorro e foram soe-

corridos pelo chacareiro. £ foi assim que Chiquinho parou dentro de casa.