Ocupar e Resistir

7/23/2019 Ocupar e Resistir

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APRESENTADAS, DE FORMA CONTUNDENTE, PELOMINISTRIO PBLICO DE SO PAULOE A

DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO

PARA O GOVERNO ALCKMINSUSPENDERIMEDIATAMENTEA REORGANIZAO E FECHAMENTO

DE ESCOLAS PBLICAS NO ESTADO DE SO PAULO

62RAZES


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DISPONVEL EM: http://www.mpsp.mp.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname=2577000.PDF

O Ministrio Pblico de So Paulo, por meio do Grupo de AtuaoEspecial de Educao da Capital (GEDUC) e da Promotoria de

Justia da Infncia e Juventude da Capital e a Defensoria Pblica

do Estado ajuizaram, nesta quinta-feira (3/12),AO CIVILPBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR CONTRA A FAZENDA PBLICADO ESTADO PARA QUE SEJA SUSPENSA A IMPLANTAO DOPLANO DE REORGANIZAO ESCOLAR ANUNCIADO PELA

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAO.

Veja alguns trechos da ao! Compartilhem.Uma de nossas estratgias a informao!

Ao para SUSPENDER implantao do plano dereorganizao escolar do Governo Geraldo AlckminELABORADA PELA DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DE SO PAULO E MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SO PAULO


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OS PEDIDOS DO MINISTRIO PBLICO EDEFENSORIA PBLICA DO ESTADO


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A) SEJA A REQUERIDA OBRIGADA A NO

IMPLEMENTAR IMEDIATAMENTE AANUNCIADA REORGANIZAO

ESCOLAR, SUSTANDO-SE TODOS OS SEUSEFEITOS;

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B) SEJA A REQUERIDA [GOVERNO DO ESTADO]

OBRIGADA A GARANTIR A PERMANNCIA, EM2016, DOS ALUNOS NAS ESCOLAS ONDE JESTAVAM MATRICULADOS E FREQUENTARAM ASAULAS EM 2015, GARANTINDO-SE O PERCURSOEDUCACIONAL TAL COMO PREVISTO ANTES DOANUNCIADO PLANO DE REORGANIZAOESCOLAR;

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C) SEJA A REQUERIDA OBRIGADA A NO ALTERAR

A ORGANIZAO DAS ESCOLAS QUE SERIAMAFETADAS PELA ANUNCIADA REORGANIZAO,PRESERVANDO-SE OS CICLOS E TURNOS DEFUNCIONAMENTO E GARANTINDO-SE, INCLUSIVE,A MATRCULA DE NOVOS ALUNOS ONDEEXISTAM VAGAS, PARA O ANO LETIVO DE 2016

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7/111DISPONVEL EM: http://www.mpsp.mp.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname=2577000.PDF

D) SEJA A REQUERIDA OBRIGADA A

NO FECHAR QUALQUERESCOLA DA REDE ESTADUALE,

EM ESPECIAL, AQUELAS 94ANUNCIADAS NO PLANO DEREORGANIZAO ESCOLAR;

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8/111DISPONVEL EM: http://www.mpsp.mp.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname=2577000.PDF

E) SEJA FIXADA MULTA DIRIA NO VALOR DE R$ 100.000 (CEMMIL REAIS) PELO NO CUMPRIMENTO DO DETERMINADO,GARANTINDO-SE, ESPECIALMENTE, QUE OS ALUNOS

CONTINUEM MATRICULADOS E FREQUENTANDO AS ESCOLASONDE SE ENCONTRAM, SEM QUALQUER ALTERAO

ADMINISTRATIVA QUANTO A TRANSFERNCIA COMPULSRIAOU SEPARAO DE CICLOS, DEVENDO A MULTA A SER

RECOLHIDA AO FUNDO DE QUE TRATA O ART. 214 DO ESTATUTODA CRIANA E DO ADOLESCENTE, QUE DEVER SER CORRIGIDANO MOMENTO DO PAGAMENTO.

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ENTENDA OS MOTIVOS QUE FUNDAMENTARAM A

AO DO MINISTRIO PBLICO

E DEFENSORIA PBLICA


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O GOVERNO ALCKMIN NO DEBATEU A MEDIDA


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Se a atual gesto mantm frente da Pasta daEducao o mesmo Secretrio desde o incio de 2011,

POR QUE, DEPOIS DE CINCO ANOS, A REPENTINA

URGNCIA EM REESTRUTURAR A REDE ESTADUAL DEENSINO sem cauteloso e aprofundado debate?

Ao para SUSPENDER implantaodo plano de reorganizao escolar

do Governo Geraldo AlckminDEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DE SO PAULO | MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SO PAULO01


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O GOVERNO ALCKMIN NO DEBATEU A MEDIDA


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O GOVERNO ALCKMIN TEVE FALTA DE

TRANSPARNCIA NA CONDUO DO PROCESSO


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Em razo da FALTA DE TRANSPARNCIA NACONDUO DO PROCESSO E DE AUSNCIA DEDISCUSSO COM AS COMUNIDADES AFETADAS,sucederam-se, como hoje notrio, manifestaes

pblicas de repdio reorganizao da rede estadualde ensino e singular onda de ocupaes de escolasestaduais por inmeros estudantes.

Ao para SUSPENDER implantaodo plano de reorganizao escolardo Governo Geraldo AlckminDEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DE SO PAULO | MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SO PAULO

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DISPONVEL EM: http://www.mpsp.mp.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname=2577000.PDFPgina 10

O GOVERNO ALCKMIN TEVE FALTA DETRANSPARNCIA NA CONDUO DO PROCESSO


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O IMPASSE FOI OCASIONADO PELA ATITUDEAUTORITRIA E UNILATERAL DO GOVERNO ALCKMIN


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O IMPASSE OCASIONADO PELA ATITUDE

AUTORITRIA E UNILATERAL DA REQUERIDA[GOVERNO DO ESTADO], com a resistncia firmee crescente de estudantes demanda soluo que,lamentavelmente, por intransigncia da

requerida, no foi alcanada no campo dapoltica e do debate democrtico.


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O GOVERNO ALCKMIN DESRESPEITA AS LEIS


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Resta-nos, portanto, buscar a pacificao do conflito noapenas da lide processual na seara judicial, PLEITEANDODECISO QUE OBRIGUE A FAZENDA ESTADUAL A

RETROCEDER E A CUMPRIR AS NORMASCONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAISQUE REGEM O DIREITO EDUCAO.


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DISPONVEL EM: http://www.mpsp.mp.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname=2577000.PDFPgina 11

O GOVERNO ALCKMIN DESRESPEITA AS LEIS


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FLAGRANTE A ILEGALIDADE DA CONDUTA DAFAZENDA PBLICA ESTADUAL AO IMPOR, SEM

DEBATE E SEM LEI, REORGANIZAO QUE, DAFORMA COMO VEM SENDO REALIZADA,AFRONTA PRINCPIOS E NORMAS DA

CONSTITUIO, DO ESTATUTO DA JUVENTUDE,DO ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE EDE TODA A LEGISLAO ANTERIORMENTE EXPOSTA.

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O GOVERNO ALCKMIN NO FEZ DISCUSSO PBLICA


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NO SE TEM NOTCIA DE DISCUSSO

PBLICA SOBRE MATRIA QUE AFETARDIRETAMENTE O COTIDIANO DE MILHARESDE FAMLIAS, em sua grande maioria de menor

poder aquisitivo, merc do remanejamento que sepretende impor.

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O GOVERNO DO ESTADO DESRESPEITA A CONSTITUIO


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Art. 206 (Constituio Federal). O ensino serministrado com base nos seguintes princpios:

I - IGUALDADE DE CONDIES PARA O ACESSO E

PERMANNCIA NA ESCOLA;

VI- gesto democrtica do ensino pblico, na formada lei.

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O GOVERNO DO ESTADO DESRESPEITA A CONSTITUIO


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A CONSTITUIO EXIGE PLANEJAMENTO


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A NORMA CONSTITUCIONAL

NO ADMITE IMPROVISOS oumudanas repentinas nas

polticas educacionais, exigindoplanejamento.

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O CIDADO TEM O DIREITO DE PARTICIPAR DADEFINIO DAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

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O Estatuto da Criana e do Adolescente (Lei Federal n 8069/90)tambm regula o direito educao (Captulo IV, arts. 53/59)

PARGRAFO NICO. DIREITO DOS PAIS OU

RESPONSVEIS TER CINCIA DO PROCESSOPEDAGGICO, BEM COMO PARTICIPAR DA

DEFINIO DAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS.

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O CIDADO TEM O DIREITO DE PARTICIPAR DADEFINIO DAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS


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COMUNIDADES ESCOLARES NO FORAM CONSULTADAS

l 10


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NENHUMA DAS INSTNCIAS DE PARTICIPAO EDELIBERAO DAS COMUNIDADES ESCOLARES FOICONSULTADA a respeito de eventuais diagnsticoselaborados pela Secretaria Estadual de Educao ou sobre

propostas para melhoria do ensino pblico estadual, sendocerto que pais e alunos foram simplesmente comunicados arespeito de decises tomadas no interior do aparato tcnicoda Pasta.

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COMUNIDADES ESCOLARES NO FORAM CONSULTADAS


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UMA DIRIGENTE DE ENSINO AFIRMA QUE NOHOUVE NENHUMA PARTICIPAO SOCIAL

A SUSPENDER i l 11


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A Dirigente afirmou ter realizado os estudos em companhia de umsupervisor de ensino. Apenas em setembro de 2015 a Dirigenteapresentou os estudos ao restante do corpo tcnico da Diretoria

e a Diretores de Escola, SEM QUALQUER REFERNCIA DECONSULTA, CONVERSA, ESCLARECIMENTOS OUPARTICIPAO DE CONSELHOS DE ESCOLA, GRMIOS

ESTUDANTIS, CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAOOU QUALQUER ESFERA DE PARTICIPAO SOCIALDEMOCRTICA EM TAL PROCESSO.

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A REORGANIZAO FOI FEITA SOMENTE

DENTRO DO GOVERNO

A SUSPENDER i l t 12


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Definido o nmero de alunos que seriamremanejados involuntariamente e as

escolas afetadas, teria incio a fase de

implementao do plano, TODO ELEGESTADO, PORTANTO, NO INTERIOR DOAPARATO DA ADMINISTRAO

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A REORGANIZAO FOI FEITA SOMENTE DENTRO DO GOVERNO


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A REORGANIZAO DE 1995 NO GOVERNO

MARIO COVAS FOI TRAUMTICA A SUSPENDER i l t 13


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Cabe destacar tambm o que disseram as representantes do Sindicatodos Supervisores de Ensino do Magistrio Oficial no Estado de SoPaulo APASE:

Com relao reorganizao da rede estadual, informam queviveram episdio semelhante em 1995, ocasio em que o ciclo I foiseparado dos demais, induzindo o processo de municipalizao. O

PROCESSO FOI TRAUMTICO, POIS AFETOU A ORGANIZAOFAMILIAR, A IDENTIDADE DE FAMLIAS COM AS ESCOLAS LOCAIS EDEU-SE RUPTURA DE VNCULOS IMPORTANTES ENTRE ALUNOS,PROFESSORES E ESCOLAS.

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A SUSPENDER i l t 14


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A Congregao da Faculdade de Educao da USP, ao mencionar a reorganizao de1995, lembrou:

Cabe reforar que, na passagem de 1995 para 1996, o processo de reorganizao

provocou o fechamento de 150 escolas, com a diminuio de 10.014 classes, E, entre1995 e 1998, a rede estadual diminuiu 376.230 alunos atendidos com um decrscimode 5,61%, enquanto, a rede municipal aumentou 841.860 atendimentos, crescendoquase 60%. Tais medidas, como sabemos, no promoveram a melhoria da escola

pblica estadual, de suas condies de ensino e trabalho.

Constata-se que referida reorganizao tambm partia de premissa semelhante atual diviso de escolas por faixas etrias mais prximas - e, no entanto, passadosvinte anos, afirma hoje o Secretrio Estadual de Educao de So Paulo que tem

VERGONHA, ENQUANTO SECRETRIO DO ESTADO DA EDUCAO, DOSRESULTADOS QUE O ESTADO DE SO PAULO. Pgina 50


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A SECRETARIA DE EDUCAO AGE DE FORMA AUTORITRIA

Ao para SUSPENDER implantao 15


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Transcrevemos, parcialmente, a moo da USP :

A SEE/SP, NESTA FORMA AUTORITRIA DE AGIR,SEM QUE QUALQUER DILOGO TENHA SIDO FEITO COMOS DIRETAMENTE ATINGIDOS, nega, na prtica, a educaocomo direito social fundamental, tratando-a na perspectiva da

lgica mercantil e colocando a populao e os profissionaisdiretamente atingidos como cidados de segunda categoria, almde praticar uma agresso a todos os que trabalham em prol daeducao pblica de qualidade.

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NO FOI APRESENTADO PUBLICAMENTE OPROJETO DA REESTRUTURAO



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Transcrevemos, parcialmente, a moo da UNICAMP:

A forma como todos ns, professores, estudantes, pais e

pesquisadores soubemos deste projeto de reorganizao escolar j ,por si s, motivo de preocupao. NO FOI APRESENTADOPUBLICAMENTE O PROJETO DA REESTRUTURAO,assim como no foirealizada nenhuma consulta pblica sobre a nova proposta. Parece queo governo Geraldo Alckmin se recusa a debater de forma transparentee democrtica essa grande mudana, que afetar milhares de

professores e milhes de estudantes. Por isso, a surpresa generalizadae a reao marcadamente contrria ao projeto de reorganizao. (...)

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O GOVERNO ALCKMIN FOI APRESSADO EM IMPLEMENTARUM PROJETO POLMICO E SEM ADESO SOCIAL



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A convergncia de tais manifestaes e moes tornainquestionvel, no mnimo: a) falta de participao naconstruo do projeto de reorganizao; b) a

desconsiderao do acumulado cientfico-acadmico deponta existente no Estado; c)A PRESSA INJUSTIFICADAEM IMPLEMENTAR UM PROJETO POLMICO E SEM

ADESO SOCIAL.Pgina 31

O GOVERNO ALCKMIN FOI APRESSADO EM IMPLEMENTARUM PROJETO POLMICO E SEM ADESO SOCIAL.


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O ESTADO D MOSTRAS PBLICAS DE QUE CONTINUAFECHADO POSSIBILIDADE DE UM DEBATE AMPLO E

PROFUNDO, COMO MERECE A QUESTO.



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Da proposta apresentada pelo Governo possvel tirar

duas concluses: 1) que ao oferecer dilogo, o Estadoassume publicamente que o dilogo no ocorreupreviamente, ou ocorreu de forma ineficaz einsuficiente; 2) ao oferecer um curtssimo prazo para

dilogo, O ESTADO D MOSTRAS PBLICAS DE QUECONTINUA FECHADO POSSIBILIDADE DE UM DEBATE

AMPLO E PROFUNDO, COMO MERECE A QUESTO.Pgina 34


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O PRINCPIO CONSTITUCIONAL DA PUBLICIDADENO FOI RESPEITADO PELO GOVERNO ALCKMIN



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O Projeto de reorganizao escolar, ao ter sidoconstrudo no interior da mquina pblica, mais

especificamente no interior da SecretariaEstadual de Educao, sem qualquerconhecimento da populao diretamente afetada,

surpreendendo-a com abrupta mudana,INFRINGIU O DEVER CONSTITUCIONAL DEPUBLICIDADE E TRANSPARNCIA DAADMINISTRAO PBLICA. Pgina 35


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O PLANO ESTADUAL DE EDUCAO NO

CONTEMPLA A REORGANIZAO



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Agrava-se a conduta da administrao se observarmos que nosltimos dois anos a sociedade paulista, em conjunto com aSecretaria Estadual de Educao, debateu o Plano Estadual de

Educao, SEM QUE UMA LINHA SEQUER A RESPEITO

DO PROJETO DE SEGMENTAO DAS ESCOLAS TIVESSESIDO CONSIGNADA NO PROJETO ENCAMINHADOpelaPasta recentemente Assembleia Legislativa.

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O PLANO ESTADUAL DE EDUCAO NOCONTEMPLA A REORGANIZAO



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EM NENHUMA DAS VINTE E TRS METAS DO

PROJETO DE PLANO ESTADUAL DE EDUCAO ouem suas inmeras estratgias apresentadaspela Secretaria em agosto de 2015 h qualquerreferncia ao remanejamento involuntrio dealunos e reorganizao das escolas estaduais emsegmentos nicos e apartados.

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O PLANO ESTADUAL DE EDUCAO, que ainda seencontra em trmite na Assembleia Legislativa do Estado

(Projeto de Lei n. 1035/2015), tambm prev metas queapontam ao Poder Pblico a necessidade de agir demodo que o direito fundamental educao seja

expandido, ampliado e melhorado, o que NO SECOADUNA COM A MEDIDA DE FECHAMENTODE 93 ESCOLAS.

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A SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO NOCUMPRE SUA PRPRIA RESOLUO



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A Resoluo da Secretaria de Educao n 9, de 8 de fevereiro de 2013,regulamentou as atividades do Frum Estadual de Educao e j em seusconsiderandos consignava:

- a necessidade de institucionalizar mecanismos de planejamentoeducacional participativo que garantam o dilogo como mtodo e ademocracia como fundamento; - as deliberaes da Conferncia Nacional deEducao (CONAE) de 2010 e da Conferncia Nacional de Educao

Etapa do

Estado de So Paulo (CONAE SP); - a necessidade de traduzir e concretizar,no conjunto das aes da Secretaria da Educao, polticas educacionais quegarantam a democratizao da gesto e a qualidade social da educao;

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A SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO NOCUMPRE SUA PRPRIA RESOLUO


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O GOVERNO ALCKMIN PUBLICOU O DECRETO SEM

CONSIDERAR AS MANIFESTAES SOCIAIS



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E, como se tanto no bastasse, aps a enorme mobilizao socialacima relatada, com quase duas centenas de escolas ocupadas por

alunos, com o lanamento de moes de repdio e cartas abertasde instituies e organizaes de enorme credibilidade na reaeducacional clamando pela no implementao do projeto dereorganizao e pela instaurao do debate, e aps decises

judiciais reconhecendo a necessidade de debate sobre a poltica

pblica, O GOVERNO DO ESTADO, TRAZENDO PROMESSAS DEDILOGO, ANUNCIOU QUE FINALMENTE PUBLICARIA O DECRETOCOM DETALHES SOBRE A REORGANIZAO.

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O Decreto foi ento publicado (Decreto 61.672,em 30/11/2015) e, com enxutos 4 (quatro)

artigos, NADACONTEMPLA DE DILOGO,NENHUMA informao traz sobre as escolas quesero fechadas ou atingidas, NENHUM motivo

esclarecido: o Decreto apenas disciplina atransferncia de integrantes do quadro depessoal da Secretaria da Educao.

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O GOVERNO ALCKMIN EST EM ROTA DE COLISOCOM PRINCPIOS CAROS E BASAIS DO ESTADO

DEMOCRTICO DE DIREITO



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A postura do Estado, portanto,

continua a mesma, seguindo EMROTA DE COLISO COM PRINCPIOS

CAROS E BASAIS DO ESTADODEMOCRTICO DE DIREITO.Pgina 39


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O REMANEJAMENTO DE 300.000 ALUNOS UMA MEDIDA

QUE AFRONTA A LEGALIDADE Ao para SUSPENDER implantao 27


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O remanejamento compulsrio de mais detrezentos mil alunos crianas e adolescentes em um universo maior de estudantes, semqualquer lei anterior que o autorize, semjustificativa cabal dos benefcios da advindos e

sem sequer a escuta dos interessados, MEDIDA QUE AFRONTA A LEGALIDADE.

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CRIANAS, ADOLESCENTES E SEUS FAMILIARESNO ESTO OBRIGADOS POR LEI A VEREM

ROMPIDOS OS LAOS ESTABELECIDOS NASESCOLAS ONDE ATUALMENTE ESTUDAM,estando-lhes assegurado o direitoconstitucional de permanncia nos espaosonde j estabeleceram os vnculos sociais eafetivos fundamentais para a construo doconhecimento. Pgina 42


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HORA DE POR FREIOS CONDUTAAUTORITRIA DO ESTADO



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p p do plano de reorganizao escolardo Governo Geraldo AlckminDEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DE SO PAULO | MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SO PAULO

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Como bem salientou o DesembargadorMagalhes Coelho, HORA DE POR FREIOS

CONDUTA AUTORITRIA DO ESTADO BRASILEIRO.Estado que historicamente tem negado direitossociais e o prprio exerccio da cidadania. Em

nossa brutal desigualdade social, fatos quedeveriam gerar enorme indignao acabamnaturalizados, como se naturais fossem.

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O QUE ACONTECERIA SE A MEDIDA OBRIGASSE ESTUDANTES

DAS CLASSES ABASTADASA SEREM

COMPULSORIAMENTE TRANSFERIDOS?



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Para que fique mais claro o quadro, sem eufemismos,imagine-se que, no lugar de trezentos mil alunos da

escola pblica, das classes menos favorecidas dabrutalmente desigual sociedade brasileira, estivssemosfalando da repentina transferncia, sem consulta, semnorma, DE TREZENTAS E TANTAS MIL CRIANAS E

ADOLESCENTES DAS CLASSES MAIS ABASTADASPAULISTAS DE SUAS ESCOLAS PARTICULARES PARAOUTRAS. Haveria alguma chance de prosperar talmedida? Pgina 42


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O DECRETO DO GOVERNADOR ALCKMIN NO ENCONTRA LEIA AMPAR-LO E VIOLA A CONSTITUIO.



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O Decreto de ltima hora publicado no DirioOficial de 1 de dezembro de 2015 apenas

agrava a situao. Se antes no havia qualquernorma a justificar o fechamento de escolas e atransferncia compulsria de milhares de alunos,

AGORA TEMOS DECRETO QUE NOENCONTRA LEI A AMPAR-LO E QUE VIOLA

A CONSTITUIO.Pgina 43



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Em consequncia, pode-se, com Pontes de

Miranda, afirmar: Onde se estabelecem,alteram ou extinguem direitos, no hregulamentos H ABUSO DO PODER

regulamentar, invaso de competncialegislativa. (...)

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A SECRETARIA DE EDUCAO

COMETEU EQUVOCO TCNICO



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Nas justificativas apresentadas ao MinistrioPblico e Defensoria Pblica no final de

novembro de 2015, verifica-se que toda aanlise do suposto melhor desempenho dasescolas de segmento nico TEM COMO

EXCLUSIVO PARMETRO OS RESULTADOS DONDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAODO ESTADO DE SO PAULO - IDESP DE 2014.

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Professores e pesquisadores de polticas pblicas daUniversidade Federal do ABC, analisando explicaessemelhantes, enviadas pela Secretaria de Educao ao jornal

Estado de So Paulo, apontaram fragilidades em taisjustificativas e tambm eles postulam a ampliao do debatesobre a questo

CONTUDO, (...) O ESTUDO DA SECRETARIA DE

EDUCAO NO APRESENTA OS MECANISMOSCAUSAIS QUE CONECTAM A OFERTA DE CICLOS COM ODESEMPENHO ESCOLAR.

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do plano de reorganizao escolardo Governo Geraldo AlckminDEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DE SO PAULO | MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SO PAULO

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Os fenmenos sociais so inseridos em ambientes complexos, sendo afetados por diversas

variveis e contextos. Isso chamado de MULTICAUSALIDADE. Para se isolar o efeito deuma das variveis ou determinar a sua contribuio para o fenmeno em estudo necessrio controlar as outras variveis que podem afetar o resultado de forma a evitar

superestimar ou subestimar o efeito da varivel explicativa selecionada ou mesmo deatribuir equivocadamente os resultados a uma causa. Para se realizar tal controle deve-seinicialmente elencar todas as variveis de controle constantes e permitindo apenas que avarivel explicativa selecionada assuma valores diferentes; usar ferramentas estatsticas

como regresso mltipla, anlises fatoriais; entre outros. CONTUDO, NADA DISSO

FOI REALIZADO NO ESTUDO DA SECRETARIA DE EDUCAO.Vriosestudos apontam que os resultados educacionais dependem de uma grande diversidade de

fatores, tais como localizao da escola, renda das famlias, estrutura familiar, nvel deeducao dos pais, qualificao dos docentes, experincia dos diretores, entre outros.

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A consultora em Educao Ilona Becskehzy avaliou odocumento da secretaria e a crtica produzida pela

federal. "A anlise da UFABC, com esse detalhamento,desqualifica os argumentos (do governo) de todo oprocesso, que no suficientemente transparente nemcientificamente embasado", afirma. "Esse debate

uma lio para os polticos. NO D MAIS PARA FAZERPOLTICA PBLICA SEM ACHAR QUE ISSO NO SERDETALHADO PELA POPULAO E PELAS PESSOAS QUEESTUDAM O TEMA." Pgina 47



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A falta de transparncia na exibio dos dados

histricos, das razes pelas quais a demanda estariadiminuindo e novamente a falta de amplo e necessriodebate sobre a reorganizao tem feito surgir tambmuma segunda e importante indagao: Se h muito

menos alunos na rede, por que razo a mesmaResoluo 86 de 2008 da Secretaria Estadual deEducao segue permitindo o mesmo nmero dealunos por sala de aula? Pgina 47

FALTA DE TRANSPARNCIA NA EXIBIO DE DADOS HISTRICOS



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Vale mencionar tambm, conforme reportagem do jornal Estado de So Paulo,que trinta das noventa e quatro escolas fechadas tm desempenho acima damdia estadual.Segue trecho da matria:

Entre as escolas fechadas h unidades com desempenhomuito acima da mdia do Estado. o caso da PequenoCotolengo de Dom Orioni, em Cotia, na Grande So Paulo, que

funcionava em um prdio alugado.A UNIDADE TEM OS TRS

CICLOS DE ENSINO. E EM TODOS TEVE DESEMPENHOSUPERIOR MDIA PAULISTA.A maior diferena de resultadoem 2014 foi no fundamental 2: a mdia do Estado foi de 2,62 ea escola atingiu a nota 3,87.

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CLASSES COM EXCESSO DE ALUNOS



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Impossvel no temer pela GERAO DECLASSES COM EXCESSO DE ALUNOS DIANTE DA

PREVISO DO FECHAMENTO DE QUASE UMACENTENA DE ESCOLAS. Impossvel no supor queocorrer a reduo da malha educacional com aimplementao de tal medida. Logo, razovelconcluir que referido projeto de reorganizaopossa colidir com o princpio da vedao doretrocesso. Pgina 54


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O SECRETRIO DO ESTADO DA EDUCAO AFIRMATER VERGONHA DOS RESULTADOS DO ESTADO

DE SO PAULO EM EDUCAO Ao para SUSPENDER implantao 40


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Aqui, sem questionar a premissa, cabem trs rpidasdigresses objetivas, necessrias justa ponderao no

caso concreto.Primeiro, o sucateamento do ensino pblico paulista nosltimos anos e dcadas fato notrio que dispensamaiores demonstraes, levando o Sr. Secretrio a

declarar em pblico que tem VERGONHA, ENQUANTOSECRETRIO DO ESTADO DA EDUCAO, DOSRESULTADOS QUE O ESTADO DE SO PAULO

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PARA QUE FECHAR SALAS DE AULA SE QUANTOMENOR O NMERO DE ALUNOS POR SALA,MAIOR A QUALIDADE DO APRENDIZADO?



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Some-se a isso o fato, tambm notrio e

intuitivo, de que a quantidade de alunospor sala tem forte impacto na qualidadedo ensino: QUANTO MENOR O NMERO

DE ALUNOS POR SALA, MAIOR AQUALIDADE DO APRENDIZADO.

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O GOVERNO DESCONSIDERACIDADOSQUE ESTO FORA DA REDE DE ENSINO



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No entanto, conforme se observa pela anlise da resposta da SEEao ofcio expedido pela Defensoria Pblica (Doc 11, pgs. 01 a 49),na elaborao da proposta, partiu-se do diagnstico da situao

e das condies da rede escolar paulista, em termos de nmero dematrculas nas escolas estaduais e do desempenho dos alunos.OU SEJA, CLARO EST QUE O PROJETO FOI ELABORADO COMBASE EM ESTUDO QUE NO OBSERVA O NMERO DE PESSOAS

EM IDADE ESCOLAR QUE DEVERIAM ESTAR INSERIDOS NOSISTEMA EDUCACIONAL, MAS QUE, POR DIVERSOS MOTIVOS(FATORES DE EXCLUSO SOCIAL, POR EX.), NO ESTOMATRICULADOS EM UNIDADES ESCOLARES.

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A concluso de que a alegada suposta reduo dematrculas na rede de ensino deve ser no mnimo

aprofundada, a fim de se verificar comresponsabilidade a relao entre o nmero de vagasdisponibilizadas e o nmero de alunos em potencial,PARA QUE CRIANAS E ADOLESCENTE QUE HOJE

ESTO FORA DA ESCOLA SEJAM CONSIDERADOS EMEVENTUAL REORGANIZAO REALIZADA PELO PODERPBLICO.

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O fechamento de vagas, sem considerar onmero de crianas e adolescentes que

possuem direito de acesso educao eque esto fora do sistema de ensino

CONTRARIA FRONTALMENTE OORDENAMENTO JURDICO PTRIO.

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Ao para SUSPENDER implantaod l d l 45


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Referida premissa governamental

desconsiderou situaes de crisecomo a atual, EM QUE OMOVIMENTO DA REDE PRIVADA

PARA A REDE PBLICAPROVAVELMENTE DEVE OCORRER.

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O FECHAMENTO DE VAGAS DEVE SER CONSIDERADA

ABSOLUTAMENTE ILEGAL Ao para SUSPENDER implantaod l d i l 46


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Assim, de se concluir que no sendo

considerados os alunos em potencial,que deveriam estar matriculados, masno esto,A MEDIDA DE FECHAMENTO

DE VAGAS DEVE SER CONSIDERADAABSOLUTAMENTE ILEGAL.

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NO DADA AO PODER PBLICO AUTORIZAO LEGALPARA FECHAR OU REDUZIR A REDE FSICA DE ENSINO

Ao para SUSPENDER implantaod l d i l 47


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No mais, no se olvide que, alinhada aos pactos internacionaisacima citados, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB), Lei n9.394/96, dispe ser competncia dos Estados organizar, manter e

desenvolver os rgos e instituies oficiais de seus sistemas deensino e o Plano Nacional de Educao (Lei 13.005/14) impemetas que visam expanso e melhoria da rede fsica de ensino,alm do incremento do oferecimento de vagas.ASSIM, FOROSO

CONCLUIR QUE NO DADA AO PODER PBLICO AUTORIZAOLEGAL PARA FECHAR OU REDUZIR A REDE FSICA DE ENSINO, OUTRABALHAR PARA A DIMINUIO DAS VAGAS OFERTADAS E PARA

A SUPERLOTAO DE SALAS DE AULA.Pgina 58



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Uma poltica pblica que afetar milhares de famlias,crianas, adolescente, jovens, professores e servidores, comidentidades e histrias prprias, fechando quase uma

centena de escolas e que somente demonstrar resultados alongo prazo, deve ser formulada de maneira cuidadosa,embasada em diversos estudos e mltiplas fontes de

informao, aps amplo debate, visto que as mudanaspodero no surtir os efeitos positivos almejados, mas, aocontrrio, causar ainda mais prejuzos gesto, aos cofres

pblicos e qualidade do servio prestado. Pgina 58



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NO H AUTORIZAO NORMATIVA PARA OFECHAMENTO DE ESCOLAS. Reorganizar seria

possvel, se baseada a reorganizao em premissasde manuteno, expanso e melhoria da rede fsicade ensino. Reorganizar no possvel com a reduoda rede, estando fora da moldura legal a

possibilidade de retrocesso, regresso e reduotanto da oferta de vagas quanto da oferta da rede

fsica de ensino.Pgina 59



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Assim sendo, no se admite que, em total desrespeito aoprincpio da gesto democrtica do ensino, sem a devidatransparncia e sem que pais, professores e,

principalmente, alunos, tenham tido a oportunidade deconhecer, entender e debater a proposta de reorganizaoescolar manejada pela Secretaria Estadual da Educao, 93escolas sejam fechadas e outras 754 sejam diretamenteafetadas, pois no h como se chegar concluso, com

base nas informaes singelamente disponibilizadas pelaSecretaria da Educao, de que referido projeto est,efetivamente, expandindo, melhorando e ampliando osistema educacional da populao do Estado de So Paulo. Pgina 60



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Ao contrrio, vicejam substanciais questionamentos edvidas a esse respeito, sendo possvel, ademais, afirmarque pelo Princpio da Proibio do Retrocesso, LDB ePlano Nacional de Educao, RESTA CLARO QUE NO

ADMITIDA EM NOSSO ORDENAMENTO JURDICO AADOO DE MEDIDAS QUE IMPLIQUEM EM REDUO

DO NMERO DE VAGAS DISPONVEIS, O QUEEFETIVAMENTE OCORRER CASO A REORGANIZAOSEJA IMPLEMENTADA.

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PREFEITURA DE SO PAULO NO FOI COMUNICADAPELO GOVERNO DO ESTADO

Ao para SUSPENDER implantaodo plano de reorganizao escolar 52


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Nesse sentido vale registrar que, conforme reportagem veiculadapelo portal G1 em 28/10/2015 (http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/10/haddad-vai-discutir-com-comunidade-

destino-de-escolas-estaduais.html),A PREFEITURA MUNICIPAL DESO PAULO NO HAVIA SIDO PROCURADA PELO GOVERNO DOESTADO PARA AVIS-LOS SOBRE A DISPONIBILIZAO DOSPRDIOS DAS ESCOLAS QUE SERIAM FECHADAS AO ENSINOINFANTIL.Ou seja, dezenas de escolas seriam fechadas, turmas

encerradas, e a disponibilizao dos prdios para outrasfinalidades educativas, que foi amplamente divulgada pelaSecretaria da Educao, ainda no havia sido efetivamentediscutida com os diretamente interessados.

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ENTIDADES QUE SE MANIFESTARAM CONTRA AREORGANIZAO



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Em 30.11.2015, MANIFESTARAM-SE CONTRA O PROCESSO DE REORGANIZAO ESCOLAR asseguintes entidadesapenas a ttulo de exemplo: Ao Educativa - Assessoria, Pesquisa e

Informao, AMARRIBO Brasil, Associao Cidade Escola Aprendiz, Associao de Cooperao,

Promoo e Incentivo Cidadania - Associao Cooperapic, Centro de Estudos Educao e

Sociedade

CEDES, Centro de Estudos e Pesquisas em Educao e Ao Comunitria

Cenpec,Comit So Paulo da Campanha Nacional pelo Direito Educao, Conselho de Representantes dos

Conselhos de EscolaCRECE, CORSA - Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor,

Diretoria da Associao dos Docentes da USP, ECOS - Comunicao em Sexualidade, Escola de

Governo, Frum Municipal de Educao Infantil de So Paulo, Frum de Educao de Jovens e

Adultos do Estado de So Paulo, Frum Paulista de Educao Infantil, Geleds - Instituto da Mulher

Negra, Grupo THESE - Projetos Integrados de Pesquisas em Trabalho, Histria, Educao e Sade

(UFF-UERJ-EPSJV-Fiocruz), GT Educao da Rede Nossa So Paulo, Instituto Avisa L - formaocontinuada de educadores, Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio ComunitrioIBEAC, Instituto

Paulo Freire, Mais Diferenas, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem TerraMST, SINTEPS -

Sindicato dos Trabalhadores do Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza e Unio

Municipal dos Estudantes Secundaristas de So PauloUMES.Pgina 61


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GOVERNO ALCKMIN DESCUMPRE A LDB



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A Lei de diretrizes e Bases da Educao (Lei n. 9.394/1996)dispe clara e expressamente que a educao interferediretamente na vida de todos, cabendo a qualquer cidado

acionar o Poder Pblico para garantia de acesso ao ensinofundamental.

ART. 1. A EDUCAO ABRANGE OS PROCESSOS FORMATIVOSQUE SE DESENVOLVEM NA VIDA FAMILIAR, NA CONVIVNCIAHUMANA, NO TRABALHO, NAS INSTITUIES DE ENSINO EPESQUISA, NOS MOVIMENTOS SOCIAIS E ORGANIZAES DASOCIEDADE CIVIL E NAS MANIFESTAES CULTURAIS.

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A Lei de diretrizes e Bases da Educao (Lei n. 9.394/1996)dispe clara e expressamente que a educao interferediretamente na vida de todos, cabendo a qualquer cidado

acionar o Poder Pblico para garantia de acesso ao ensinofundamental.

ART. 5. O ACESSO AO ENSINO FUNDAMENTAL DIREITOPBLICO SUBJETIVO, PODENDO QUALQUER CIDADO, GRUPODE CIDADOS, ASSOCIAO COMUNITRIA, ORGANIZAOSINDICAL, ENTIDADE DE CLASSE OU OUTRA LEGALMENTECONSTITUDA, E, AINDA, O MINISTRIO PBLICO, ACIONAR OPODER PBLICO PARA EXIGI-LO. Pgina 64



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Assim sendo, tendo em vista os dispositivos dos artigos 1, caput epargrafo nico ( democracia participativa), 5, IV (livre manifestao), XIV(acesso informao), 205 (direito de todos educao) e 206, VI (gesto

democrtica do ensino), todos da Constituio Federal, que garantem odireito de todo e qualquer cidado de participar do processo coletivo deconstruo de polticas pblicas, inclusive educacionais, de se entender queo objeto da presente demanda no se refere a direito da criana e doadolescente com exclusividade, o que nos fora a concluir pela competnciada Vara da Fazenda Pblica Estadual para o processamento e julgamento dademanda que questiona, essencialmente, a forma autoritria e noparticipativa de construo da proposta de reorganizao escolar impostapela Secretaria da Educao.

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POSTURA INTRANSIGENTE DASECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAO



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A POSTURA INTRANSIGENTE DASECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAO

ACABOU, INCLUSIVE, POR ACIRRAR OSNIMOS DE TODOS OS QUE SE

SENTIRAM PREJUDICADOS, GERANDOPROTESTOS NAS RUAS E OCUPAESDE ESCOLAS ESTADUAIS.

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LIMINARES



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No caso da escola estadual de Santos, o Egrgio Tribunalde Justia impediu liminarmente o fechamento da

unidade de ensino, diante da necessidade de amparoimediato s crianas que frequentam a escola e quecorriam o risco de ser transferidas de maneira

compulsria.A DECISO DESTACOU A NECESSIDADE

DE SE MANTER A SITUAO ATUAL DEFUNCIONAMENTO DA ESCOLA, A FIM DE QUE AQUESTO SEJA MELHOR DEBATIDA. Pgina 68



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Tambm o juzo da Comarca de Agudosconcedeu a antecipao da tutela em

deciso que bem revelaA FALTA DEESTUDOS APROFUNDADOS PELASECRETARIA DE EDUCAO E O RISCO

DE IMPLEMENTAO AODADA DE SEUPROJETO.

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O GOVERNO ALCKMIN TEM A OBRIGAODE NO FAZER A REORGANIZAO



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Resta claro que uma vez fechadas as escolas e desestruturadas,com remanejamento involuntrio de alunos e servidores, nohaver possibilidade de ao final do processo reestabelecer-

se a situao atual. DESATIVADOS OS CICLOS ETRANSFERIDOS INVOLUNTARIAMENTE OS MAIS DETREZENTOS MIL ALUNOS, DO MESMO MODO NOSER A DECISO FINAL, SEM A ANTECIPAO DETUTELA, CAPAZ DE ALCANAR A EFETIVIDADE,OBJETIVO MAIOR DO PROCESSO E DO PROVIMENTO

JURISDICIONAL. Pgina 72



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DE RESTO, O QUE SE PLEITEIA AQUI OBRIGAO DENO FAZER, MANTENDO O ESTADO DAS COISAS COMO

EST. uma medida de conservao e no de inovaoou criao de poltica pblica, sendo, alis, maiseconmico, do ponto de vista processual e financeiro,barrar-se a implementao do projeto no seu

nascedouro, em sede liminar, do que ao finaldeterminar-se o seu desfazimento, aps prejudicados oscidados com seu implemento.

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UDIO DA REUNIO DO CHEFE DE GABINETECOM OS DIRIGENTES DE ENSINO



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A situao tornou-se ainda mais grave e urgente apartir de udio gravado de reunio ocorrida na

sede da Secretaria de Educao no qual a Chefiade Gabinete teria se referido inteno dogoverno em travar guerra, desqualificar o

movimento e usar tticas de guerrilha paradesocupar as escolas e dar sequncia atacadareorganizao.

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Ocupar e Resistir

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