Perspectivas do Transporte de Cargas

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Perspectivas do Transporte de Cargas. Hostilio Xavier Ratton Neto. Perspectivas do Transporte de Cargas. Sumário: Ciclos econômicos e desenvolvimento dos transportes Limitações e riscos do modelo de gestão dos transportes no Brasil O Plano Nacional de Logística e Transportes – PNLT - PowerPoint PPT Presentation

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Perspectivas do Transporte de CargasHostilio Xavier Ratton NetoSumrio:Ciclos econmicos e desenvolvimento dos transportesLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes no BrasilO Plano Nacional de Logstica e Transportes PNLTO PAC TransportesDesafios para a sustentabilidade e a competitividade dos transportes

Perspectivas do Transporte de CargasCrescimento da economia brasileira depois da segunda guerra mundial at meados dos anos 70;Dificuldades ao longo das dcadas de 80 e 90; e Retomada do crescimento a partir da dcada passada.Ciclos econmicos e o desenvolvimento dos transportesTransportes so um fator relevante para o desenvolvimento econmico, que, por sua vez, tambm influencia o seu desenvolvimento.Na histria do Brasil recente, o grande ciclo de desenvolvimento econmico, iniciado no ps-guerra, at meados da dcada de 70, foi resultado de uma poltica de desenvolvimento industrial fortemente alicerada na siderurgia e na instalao de montadoras de veculos no Pas. Dentre os impactos resultantes, houve um grande desenvolvimento no sistema de transportes, com nfase na expanso das rodovias.Ciclos econmicos e o desenvolvimento dos transportesEvoluo da malha rodoviria

Ciclos econmicos e o desenvolvimento dos transportesImpactos da recesso deflagrada pela crise do petrleo (meados dos anos 70)Processo de desenvolvimento incompletoInsustentabilidade do modelo de desenvolvimento econmico:Forte dependncia do modo rodovirio Petrleo era importado e consumidor de divisasReduo dos investimentos em infraestruturaImpactos da recesso deflagrada pela crise do petrleo (meados dos anos 70):Reviso dos princpios norteadores do desenvolvimento:Gerenciamento do dia-a-dia da criseReduo do papel do Estado nas atividades econmicasCiclos econmicos e o desenvolvimento dos transportesAo do Estado e participao privada nos transportesReduo drstica da tarefa de operar e manter diretamente infraestruturas de transporte:Transferncias para outros entes estatais (estados e municpios)Contratos de concessoCiclos econmicos e o desenvolvimento dos transportesImpactos da globalizao dos mercados:Conjuntura mais favorvel para o BrasilModernizao das empresas para concorrer at no mercado internoEvidncia das deficincias de infraestrutura Necessidade investimentos por conta da distncia dos grandes mercadosObsolescncia da infraestrutura, principalmente de ferrovias e rodoviasCiclos econmicos e o desenvolvimento dos transportesA poltica de transferncia de infraestruturas para a iniciativa privada:no logrou superar as suas deficincias e pode ser um entrave para fazer do Brasil um player de maior envergadura na economia e no comrcio internacionais.Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesTransporte ferrovirio:Anacronismo da malha:Extenso insuficiente para as necessidades75% das vias em bitola mtricaVelocidades mdias muito baixas (dados de 2008): Comercial: 20 km/hPercurso: 28 km/hLimitao das possibilidades de mercado:Modelo de gesto que prioriza os fluxos prprios dos controladores das concesses:O minrio de ferro corresponde a 75,6% do volume total transportado pelas ferrovias (CNT, 2009)Falta de integrao entre as operadoras:Trfego mtuo e direito de passagem: 6,5% do total de TKU em 2007Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesPrincipais produtos transportados pelas ferrovias em 2007 (ANTT, 2008)

Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesProdutoQuantidade (10 t)%Minrio de ferro 307.43174%Siderurgia, cimento e construo51.68312%Agricultura, extrao vegetal e celulose42.90710%Soja e farelo de soja19.2365%Combustveis9.4972%Outros3.4081%Total414.926100%Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

Transporte rodovirio:Anacronismo da malha: Caractersticas tcnicas de rodovias projetadas h mais de 40 anos no atendem aos requisitos de desempenho dos veculos homologados e licenciados para o trfegoImposio de restries de peso e velocidade aos veculosInadequao da malha:Ferrovias no chegam a muitas das regies produtorasAbsoro do trfego que seria ferrovirioEmprego dos CVCs Conjuntos de Veculos de Carga, rodotrens, bi e tritrens e dos treminhes, verdadeiros trens rodoviriosLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesBitrem e rodotrem:Bitrem:

Rodotrem:

Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

Principais eixos rodoviriosLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

Transporte hidrovirio:Hidrovias do interior Navegao de cabotagemPortosNavegao martima de longo cursoLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesHidrovias do interiorExtenso da rede hidroviria Potencialmente utilizvel: 40.000 kmEm utilizao: 10.000 km (CNT, 2006)Concentrao das vias e cargas na Amaznia59% da extenso navegvel81% das cargas (CNT, 2006)Problemas de navegabilidade:DragagemCorrentezaTransposio de barragensLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesHidrovias do interiorLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

Principais eclusasLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

Navegao de cabotagemExtenso de costa atlntica: 7.500 kmPrincipal modo utilizado para o transporte de carga a granel at a dcada de 30Investimentos nos transportes terrestres diminuram a participao do setorLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesNavegao de cabotagemMedidas tomadas para reverter o quadro no foram bem sucedidas:estimular a construo naval,estabelecer linhas de navegao regularesAlocar recursos para investimentos em infra-estrutura porturiaadequar a frota de embarcaes para atender demanda. Causas:cenrio inflacionrio custos da construo navalperda de eficincia dos portos:altos custos de movimentaofalta de equipamentos para garantir produtividade adequadaComo nas ferrovias, houve a concentrao no transporte de cargas de granis lquidos e slidos, de grandes volumes e baixo valor agregado.Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesPortosPea fundamental na logstica das operaes de comrcio exterior: concentram mais de 90% do volume da movimentao de cargas internacionaisExpanso da operao privada (Lei 8.630/93):aquisio de equipamentos e melhorias de infra-estrutura aumento da produtividade Concorrncia pressiona a reduo dos preos. Deficincias:acessibilidadecustos ainda altos, burocracia e filas.Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

Transporte areo:No mundo:2% de toda a carga e 40% em valor agregadoNo Brasil:0,31% da matriz cargas (CNT, 2006) e 5,6% da receita lquida operacional dos transportes (IBGE, 2007)0,66% do PIBProdutos de maior valor agregado e perecveisCarga Geral (convencional)FracionadaExpressa Especficas (perecveis, perigosas e restritas a autorizao)Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesTransporte areoDeficincias de infraestruturaAcessibilidade dos aeroportosIntegrao intermodalCongestionamento areoRestrio de operaoCarncia de espaos operacionais em aeroportos:Hangares e Terminais de CargasLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportesLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

Transporte dutovirioLimitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes Produtos movimentados Dutos em operao Tipo de dutovia Funo Quantidade Extenso (km) Petrleo Oleoduto Transferncia 24 1.903 Derivados (gasolina, leo diesel, leo combustvel, querosene de aviao, GLP, propeno, butano, lubrificantes, LGN, leo tratado, resduo, asfalto, nafta, leos bsicos, GEP, LCO, n-parafina, propano, querosene iluminante, extrato aromtico, claros residuais) Oleoduto Transferncia 192 743 Transporte 93 4.797 Gs Natural Gasoduto Transferncia 57 2.213 Transporte 22 5.412 Outros (lcool anidro, lcool hidratado, aguarrs, metanol e MEG) Polidutos Transferncia 19 14 Transporte 4 16 Total 411 15.098 Limitaes e riscos do modelo de gesto dos transportes

29Retomada do processo de planejamento dos transportesContedo de todos os principais dados de interesse do setor, quer na parte da oferta, quer na parte da demandaSuporte do planejamento de intervenes pblicas e privadas na infraestrutura e na organizao dos transportesO Plano Nacional de Logstica e Transportes PNLTObjetivos pretendidos:Conhecimento dos custos de toda o processo entre as origens e os destinos dos fluxos de transportes, visando sua racionalizao e / ou reduoMudana para uma matriz mais equilibrada para o transporte de carga admitindo que a racionalizao e / ou reduo dos custos est associada ao uso das modalidades de transporte de maior eficincia produtiva.O Plano Nacional de Logstica e Transportes PNLTIndicao de investimentos em infraestrutrura:Rodovias: 332 projetosFerrovias: 96 projetosHidrovias: 51 projetos Portos: 278 projetosAeroportos: 145 projetosTotal dos investimentos: R$ 291 bilhes at 2023O Plano Nacional de Logstica e Transportes PNLTO Programa de Acelerao do Crescimento PAC:Institudo pelo Decreto n 6.025/07Medidas de:estmulo ao investimento privadoampliao dos investimentos pblicos em infraestrutura emelhoria da qualidade do gasto pblico.O PAC Transportes33O Programa de Acelerao do Crescimento PAC:Eixos de investimento:Infraestrutura Logstica:construo e ampliao de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias;Infraestrutura Energtica:gerao e transmisso de energia eltrica, produo, explorao e transporte de petrleo, gs natural e combustveis renovveis; eInfraestrutura Social e Urbana:saneamento, habitao, metrs, trens urbanos, universalizao do programa Luz para Todos e recursos hdricos.O PAC TransportesPrimeira fase (at 2009):investimentos de R$ 40 bilhes em:O PAC TransportesEixosEmpreendimentosInvestimento (R$)Rodovias4.731 km 27,7 bilhesFerrovias356 km 1,14 bilhesPortos4 empreendimentos 123,7 milhesHidrovias3 terminais 8,3 milhesMarinha Mercante218 embarcaes2 estaleiros11,2 bilhesSegunda fase:Previses de investimentos (em R$ bilhes):O PAC TransportesEixosPerodo 2011-2014 Ps 2014 TotalRodovias48,42,050,4Ferrovias43,92,146,0Portos4,80,35,1Hidrovias2,60,12,7Marinha Mercante 36,7-36,7Total136,44,5140,9Diretrizes para as rodovias Expanso do sistema rodovirio (R$ 23,4 bilhes): Duplicao, pavimentao, acessos aos portos, contornos e travessias urbanas Eliminao de pontos de estrangulamento em eixos estratgicos Incorporao de novas regies ao processo de desenvolvimento Ampliao da integrao fsica nacional com os pases vizinhos Reduo do custo de transporte Melhoria do trfego e da segurana

O PAC TransportesDiretrizes para as rodovias Manuteno e segurana rodovirias (R$ 11,8 bilhes):Restaurao, conservao, sinalizao, controle de peso e velocidade Melhoria da qualidade e da trafegabilidade Reduo do ndice de acidentes Contratos de manuteno de longo prazo

O PAC TransportesDiretrizes para as rodovias Estudos e projetos (R$ 8,4 bilhes):Garantir carteira de projetos para investimentos em infraestrutura rodoviria integrada aos demais modais de transporte Concesses em rodovias com elevado volume de trfego e necessidade de investimentos, garantindo modicidade tarifaria

O PAC TransportesRodovias (Regio Norte)O PAC Transportes

Rodovias (Regio Nordeste)O PAC Transportes

Rodovias (Regio Sudeste)O PAC Transportes

Rodovias (Regio Sul)O PAC Transportes

Rodovias (Regio Centro-Oeste)

O PAC Transportes

Rodovias (3 etapa de concesses)O PAC Transportes

Diretrizes para ferrovias (R$ 13,6 bilhes):Expanso da malha ferroviriaConstruo de ferrovias em bitola larga Desenvolvimento de moderno sistema ferrovirio integrado e de alta capacidade Ligao de reas de produo agrcola e mineral aos portos, indstrias e mercado consumidor Reviso do modelo regulatrioCriar ambiente competitivo no transporte de cargasIncentivar a utilizao plena da capacidade da infraestrutura Estimular novos investimentos Estudos e projetos para integrao multimodalGarantir carteira de projetos para ampliao e melhor utilizao da malha ferroviria, integrada aos demais modais de transporte.O PAC TransportesFerrovias de bitola largaO PAC Transportes

Ferrovias de bitola estreitaO PAC Transportes

Expanso da malha ferroviriaO PAC Transportes

Diretrizes para hidrovias (R$ 1,9 bilho) :Ampliao e melhoria da navegabilidade dos riosDrenagem, derrocagem e sinalizao Terminais hidrovirios de carga e passageiros Estudos hidrovirios Aumento do transporte para reduzir o custo de frete Incremento na segurana da navegaoPlanejamento do crescimento da navegao nos riosO PAC TransportesHidroviasO PAC Transportes

Coerncia e articulao dos instrumentos de planejamento:PNV (Lei n 5.917/73)Lei do SNV (Lei n 12.379/11)PNLTPAC TransportesAusncia de instrumentos de planejamento e de investimentos para o transporte de cargas em meio urbano.Desafios para a sustentabilidade e a competitividadeIntermodalidade e multimodalidadeDiretrizes para as aes governamentais:Prioridade para os projetos de expanso do sistema ferrovirio em bitola larga e do sistema hidrovirio.nfase na integrao multimodal com o sistema rodovirio.Desafios para a sustentabilidade e a competitividadeEquilbrio da repartio modalMatriz de transportes (em TKU)Desafios para a sustentabilidade e a competitividade

ANTT 2005Equilbrio da repartio modalMatriz de transportespercentual da receita operacional lquida do setor na formao do PIB

Desafios para a sustentabilidade e a competitividade

IBGE - 2007Intermodalidade e multimodalidadePerspectivas dos operadores, clientes e reguladores:Operadores e clientesNecessidade de implantao da intermodalidadeEfetivao da atuao do CONITNecessidade de reduo da burocraciaNecessidade de reduo da carga tributriaAgilizao dos procedimentos aduaneiros e fiscaisMelhor qualificao dos responsveis na esfera governamentalFalta ou dificuldade de acessibilidade dos portosNecessidade de incentivos para implantao de terminais intermodaisReguladores:Integrao das bitolas ferroviriasReviso dos contratos de concesso e do direito de passagemDesafios para a sustentabilidade e a competitividadeIntermodalidade e multimodalidadeAspectos relevantes:Diferenas de percepo entre intermodalidade e multimodalidadePerspectiva da intermodalidade restrita aos grandes fluxos de granisAusncia de planos para o desenvolvimento de uma rede intermodal conectando fluxos internosEx: carga geral conteinerizadaDesafios para a sustentabilidade e a competitividadeTransporte ferrovirioAspectos institucionais relevantes:Investimentos privados com aporte de recursos pblicosAspectos regulatrios relevantes:Salvaguardas do equilbrio econmico-financeiro das concesses Lei n 8.987/95, Art. 10:Sempre que forem atendidas as condies do contrato, considera-se mantido seu equilbrio econmico-financeiroLimites para a compensao econmica das outorgasTrechos sem exploraoInteresse econmico pblico x interesse financeiro dos operadoresAspectos tcnicos relevantes:Malha de bitola mtricaExpanso da malha de bitola largaDesafios para a sustentabilidade e a competitividadeSistema rodovirioAspectos institucionais:Estrutura e capacitao dos entes pblicos responsveis pela gesto das rodovias no concedidasAspectos regulatrios das concesses:Reviso dos contratos: pressuposto bsico da equao econmica e financeira que preside as relaes entre as partes, o equilbrio, em carter permanente, entre os encargos da Concessionria, previstos no Programa de Explorao da Rodovia, e as receitas da concessomanuteno do inicial equilbrio econmico e financeiroAspectos tcnicos:Envolvimento dos entes pblicos:no desenvolvimento dos projetos executivosNo acompanhamento e fiscalizao das obrasDesafios para a sustentabilidade e a competitividadeQualificaes profissionais necessrias para a gesto das infraestruturasFormao,capacitao e recrutamento de engenheiros e tcnicos para:EstudosProjetosConstruoOperaoManutenoEstabelecimento de diviso de responsabilidades quanto formao:Habilitao (formao plena e geral para a profisso)Treinamento (qualificao especfica para atender a finalidades tambm especficas)Desafios para a sustentabilidade e a competitividadePerspectivas do Transporte de CargasHostilio Xavier Ratton [email protected]