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1 PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

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INDICE APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 13 METODOLOGIA DE TRABALHO PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO ................................. 23 1 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA DO MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

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1.1 Demografia e População ............................................................................................ 29

1.3 Aspectos socioeconômicos ........................................................................................ 42

1.4 Principais Considerações sobre o Município de São José do Rio Preto ...................... 44 2 ATUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................................................ 45

2.1 Organização e Competência pela Prestação dos Serviços de Limpeza Urbana no

Município e Serviços Executados ....................................................................................... 45

2.2 Geração/Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares ..................................................... 49

2.3 Caracterização Gravimétrica dos Resíduos ................................................................ 52

2.4 Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ..................................... 53

2.5 Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Domiciliares .............................. 63

2.6 Manejo de Resíduos Especiais no Município.............................................................. 72

2.7 Programas de Redução, Minimização e de Reaproveitamento de Resíduos............... 86

2.8 Passivos Ambientais no Município de São José do Rio Preto ................................... 102

2.9 Legislação Municipal referente à Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ... 118

2.10 Diagnóstico Econômico-Financeiro dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de

Resíduos Sólidos ............................................................................................................. 123

2.10.1 Custos Totais dos Serviços ................................................................................... 132

2.10.2 Composição dos custos totais ............................................................................... 133

2.10.3 Custos per capita ................................................................................................. 137 3 PROGNÓSTICOS: PROJEÇÃO POPULACIONAL E DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS ...... 140

3.1 Projeções Populacionais .......................................................................................... 140

3.2 Projeção da geração de resíduos ............................................................................. 145

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4 DIRETRIZES, METAS E PROGRAMAS PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................... 154

4.1 Princípios Orientadores do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos ............................................................................................................................ 155

4.2 Diretrizes para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos aprovadas

na Conferência Municipal de Saneamento de São José do Rio Preto ............................... 159

4.3 Consolidação das Diretrizes Gerais e Específicas em Metas e Ações para o Sistema de

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no Município de São José do Rio Preto .. 163

4.4 Programas e Ações para Atendimento das Diretrizes para o Sistema de Limpeza Urbana

e Manejo de Resíduos Sólidos ......................................................................................... 188 5 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS FAVORÁVEIS PARA A DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS ................................................................ 238

5.1 Síntese da Caracterização Socioambiental do Município de São José do Rio Preto:

condicionantes para o levantamento de áreas .................................................................. 240

5.2 Estudos Realizados para a Seleção de Áreas em São José do Rio Preto para o

EIA/RIMA ......................................................................................................................... 241

5.3 Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos Gerados em São José do Rio Preto . 256

5.4 Identificação de Áreas Favoráveis para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos no Município de São José do Rio Preto................................................................................262

5.5 Zonas Favoráveis para Pesquisa de Áreas com Potencial para Implantação de Aterros

Sanitários .............................................................................................................................. 270

5.6 Considerações do Estudo e Recomendações Finais ..................................................... 283

6 ESTUDOS ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E

MANEJO DE RESÍDUOS .......................................................................................................... 288

6.1 Premissas Adotadas no Estudo Econômico-Financeiro ................................................. 288

6.2 Metodologia ..................................................................................................................... 296

6.3 Demonstrativos Econômico-Financeiros ........................................................................ 297

6.3.1 Projeção de Custos no Modelo Atual ........................................................................298

7 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS SERVIÇOS E

PROGRAMAS ........................................................................................................................... 322

7.1 Proposta de Indicadores ...............................................................................................324

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7.2 Aplicações dos Indicadores .......................................................................................... 329

8 INDICADORES PARA ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO

MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................ 332

9 DIRETRIZES PARA O PLANO DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS ........................ 347

9.1 Diretrizes para o Plano para Contingências e Ações de Emergências........................348

9.2 Proposição de Estudo de Análise de Riscos - Programa de Gerenciamento de Riscos e Plano de Contingência Específico do Sistema de Captação de Água junto à ETA Palácio das Águas. ................................................................................................................................... 359

10 MODELO INSTITUCIONAL PARA CONTROLE, REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS ...................................................................................... 363

10.1 Definições a serem consideradas no Estudo de Modelo Institucional ......................... 363

10.2 Preceitos legais ............................................................................................................ 365

10.3 Arranjos e modelos institucionais ................................................................................. 367

10.4 Modelo Institucional e de Contratação da Prestação de Serviços proposto para o

Município de São José do Rio Preto ..................................................................................... 372

11 SOLUÇÕES CONSORCIADAS PARA A GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ..................................................................... 374

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................377

13 DEFINIÇÕES .....................................................................................................................380

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 387

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Lista de Tabela Tabela 1 Evolução populacional de São José do Rio Preto .................................................... 29 Tabela 2 Evolução da Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População do Estado de São Paulo e São José do Rio Preto............................................................................................... 30 Tabela 3. Grupos de Idade, segundo os resultados do CENSO IBGE 2010. Estado de SP e Município de São José do Rio Preto ....................................................................................... 31 Tabela 4 Características gerais dos Domicílios ...................................................................... 32 Tabela 5 Serviços de Abastecimento de Água em São José do Rio Preto .............................. 33 Tabela 6 Serviços de Esgotamento Sanitário em São José do Rio Preto ................................ 34 Tabela 7 Destinação dos resíduos sólidos em São José do Rio Preto .................................... 35 Tabela 8 Síntese dos indicadores econômicos ....................................................................... 36 Tabela 9 Total do Valor Adicionado Fiscal das atividades realizadas no Municipio de São José do Rio Preto ........................................................................................................................... 37 Tabela 10 Nível de instrução da população de São José do Rio Preto, de acordo com o grupo de idade ................................................................................................................................. 39 Tabela 11 Resumo dos Vínculos Empregatícios em São José do Rio Preto ........................... 39 Tabela 12 Faixa de rendimentos dos habitantes de São José do Rio Preto ............................ 40 Tabela 13 Estatísticas Vitais e de Saúde de São José do Rio Preto ....................................... 42 Tabela 14 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de São José do Rio Preto .............. 43 Tabela 15 Média dos estudos de caracterização gravimétrica apresentada para o Município de São José do Rio Preto (período 2003-2004) ........................................................................... 53 Tabela 16 Varrição manual de vias e logradouros públicos e de áreas públicas mensalmente (Referência: Janeiro/2014). .................................................................................................... 56 Tabela 17 Resumo da operação da ARES – Referência Novembro 2013 ............................... 95 Tabela 18 Evolução dos custos dos serviços de execução continuada de Limpeza Pública nos anos de 2012 - 2013 ............................................................................................................ 126 Tabela 19 Evolução dos Serviços esporádicos de manutenção urbana nos anos de 2012 - 2013 131 Tabela 20 Custos totais dos Serviços de Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos nos anos 2012 e 2013 ................................................................................................................ 132

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Tabela 21 Composição do Custo Total ................................................................................. 134 Tabela 22 Projeção populacional - Cenário 01 ..................................................................... 142 Tabela 23 Projeção populacional – Cenário 02 ..................................................................... 144 Tabela 24 Projeção da geração estimada de resíduos sólidos para o período de 2014 a 2043 – Cenário 01 ........................................................................................................................... 147 Tabela 25 Projeção da geração estimada de resíduos sólidos para o período de 2014 a 2043 – Cenário 02 ........................................................................................................................... 151 Tabela 26 Estimativa dos resíduos a serem dispostos no aterro sanitário de codisposição na época dos estudos (Onda Verde). ........................................................................................ 258 Tabela 27 Municípios que dispõem seus resíduos no aterro da CONSTROESTE em Onda Verde, SP. ........................................................................................................................... 260 Tabela 28 Municípios com territórios favoráveis a implantação de aterros sanitários. Dados populacionais e de geração e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares .................. 273 Tabela 29 Estimativas de composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados ............. 290 Tabela 30 Fluxo de Materiais e Balanço de Massa ............................................................... 293 Tabela 31 Projeção de Custos – Anos 1 a 10 ....................................................................... 299 Tabela 32 Projeção de Custos – Anos 11 a 20 ..................................................................... 300 Tabela 33 Projeção de Custos – Anos 21 a 30 ..................................................................... 301 Tabela 34 Demonstrativo de resultados – Anos 1 a 10 ......................................................... 306 Tabela 35 Demonstrativo de resultados – Anos 11 a 20 ....................................................... 308 Tabela 36 Demonstrativo de resultados – Anos 21 a 30 ....................................................... 310 Tabela 37 Fluxo de Caixa – Modelo PPP – Anos 1 a 10 ....................................................... 312 Tabela 38 Fluxo de Caixa – Modelo PPP – Anos 11 a 20 ..................................................... 314 Tabela 39 Fluxo de Caixa – Modelo PPP – Anos 21 a 30 ..................................................... 316

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Lista de Quadros Quadro 1 Conteúdo mínimo para o Plano Municipal de Gestão Integrada (artigo 19).............. 14 Quadro 2Conjunto de serviços de limpeza urbana executados no Município de São José do Rio Preto de acordo com contrato de prestação ........................................................................... 47 Quadro 3 Serviços relacionados aos resíduos de serviços de saúde no Município de São José do Rio Preto ........................................................................................................................... 49 Quadro 4 Locais de execução dos serviços de lavagem de vias e logradouros públicos ......... 60 Quadro 5 Quantidade de feiras livres por semana no Município, distribuídas por dia .............. 61 Quadro 6 Evolução do Índice de Qualidade das Usinas de Compostagem – Município de São José do Rio Preto .................................................................................................................. 68 Quadro 7 Evolução do Índice de Qualidade de Resíduos – Município de São José do Rio Preto 71 Quadro 8 Quantidade de estabelecimentos públicos e pequenos geradores cadastrados....... 74 Quadro 9 Pontos de Apoio implantados no Município de José do Rio Preto ........................... 82 Quadro 10 Materiais recebidos nos Pontos de Apoio.............................................................. 84 Quadro 11Resumo da operação da Cooperlagos – Referência Novembro 2013 ..................... 99 Quadro 12 Áreas contaminadas e reabilitadas relacionadas a Postos de Combustíveis ....... 103 Quadro 13 Áreas contaminadas e reabilitadas relacionadas ao Comércio ............................ 113 Quadro 14 Áreas contaminadas e reabilitadas relacionadas a Resíduos .............................. 115 Quadro 15 Conjunto de Leis, Decretos e Portarias Municipais .............................................. 118 Quadro 16 Custo per capita dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto .................................................................................................... 137 Quadro 17 Comparativo dos custos per capita do Município de São José do Rio Preto com Municípios do Estado de São Paulo ..................................................................................... 138 Quadro 18 Diretriz, metas e ações para a reestruturação e modernização do sistema .......... 165 Quadro 19 Diretriz, metas e ações para a definição de responsabilidades quanto à gestão de resíduos de grandes geradores e elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ............................................................................................................ 168 Quadro 20 Diretriz, metas e ações para a qualificação do Programa de Coleta Seletiva, com ampliação da coleta porta-a-porta e da rede de Pontos de Apoio ......................................... 170

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Quadro 21Diretriz, metas e ações para a requalificação da Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos, com a reorganização da coleta da fração orgânica de fontes limpas e implantação do Programa de Compostagem Caseira ........................................................... 172 Quadro 22 Diretriz, metas e ações para a requalificação do sistema de valorização de Resíduos da Construção Civil (RCC).................................................................................... 174 Quadro 23 Implantação de Programa de Informação e Educação Ambiental e Controle Social 176 Quadro 24 Diretrizes para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos do Município de São José do Rio Preto ..................................................................................... 178 Quadro 25. Quadro geral de metas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ................................................................................................................................. 179 Quadro 26 Normas Técnicas Relacionadas aos Resíduos Sólidos ....................................... 189 Quadro 27 Legislação Federal ............................................................................................. 192 Quadro 28 Legislação Estadual ............................................................................................ 194 Quadro 29. Metas para implantação de contêineres para a coleta regular de resíduos ......... 198 Quadro 30. Conteúdo mínimo do Plano de Coleta Seletiva de acordo com MMA (2012)....... 214 Quadro 31 Metas para implantação de Pontos de Apoio (PA) .............................................. 216 Quadro 32. Metas de recuperação de materiais recicláveis para o Programa de Coleta Seletiva do Município de São José do Rio Preto ................................................................................ 222 Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para os Parâmetros relacionados à Saúde Pública, Segurança da Operação e ao Meio Ambiente ............................................................................................. 247 Quadro 35 Pontuação para os Parâmetros relacionados ao Meio Social .............................. 250 Quadro 36 Pontuação para os Parâmetros relacionados aos Custos de Implantação ........... 252 Quadro 37 Pontuação atribuída para cada área ................................................................... 254 Quadro 38 Classificação final das áreas em ordem decrescente .......................................... 255 Quadro 39 Critérios recomendados pela NBR 13.896/1977 (Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação). ................................................................ 285 Quadro 40 Exigências estabelecidas pela NBR 13.896/1977 (Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação)................................................. 286 Quadro 41 Metas de recuperação de materiais recicláveis para o Programa de Coleta Seletiva do Município de São José do Rio Preto ................................................................................ 291

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Quadro 42 Quadro Síntese de Indicadores ........................................................................... 330 Quadro 43 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Reestruturação e Modernização dos Serviços” ................................................................................................ 333 Quadro 44 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Definição de Responsabilidades quanto à Gestão de Resíduos de Grandes Geradores e elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos” ................................... 336 Quadro 45 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Qualificação do Programa de Coleta Seletiva, com ampliação da coleta porta-a-porta e da rede de Pontos de Apoio”. ................................................................................................................................. 338 Quadro 46 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Requalificação da Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos, com a reorganização da coleta da fração orgânica de fontes limpas e implantação do Programa de Compostagem Caseira” .............. 340 Quadro 47 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Requalificação do sistema de valorização de Resíduos da Construção Civil (RCC) por meio de melhorias na Usina de Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil” ........................................................... 342 Quadro 48 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Implantação de Programa de Informação e Educação Ambiental e Controle Social“ ..................................... 345 Quadro 49 Levantamentos previstos para o Plano de Contingências e Emergências............ 351 Quadro 50 Principais ações preventivas de emergência e contingência ............................... 353 Quadro 51 Etapas para o gerenciamento de resíduos originados de escombros .................. 356 Quadro 52 Principais danos e resíduos gerados por acidentes naturais ............................... 357 Quadro 53 Definições .......................................................................................................... 380

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Lista de Figuras Figura 1 Organograma do órgão responsável pela gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no Município de São José do Rio Preto....................................... 46 Figura 2 Evolução da geração/coleta de resíduos sólidos domiciliares no ano de 2013 (variação mensal) .................................................................................................................................. 50 Figura 3 Série histórica de geração de resíduos domiciliares no Município de São José do Rio Preto (2003 a 2013) ............................................................................................................... 51 Figura 4 Gráfico comparativo de quantidades de resíduos geradas/coletadas nos meses dos anos de 2012 e 2013 ............................................................................................................. 52 Figura 5 Exemplo de disposição irregular de resíduos no Município ....................................... 58 Figura 6 Mapa com georrefenciamento das disposições irregulares de resíduos no Município de São José do Rio Preto. .......................................................................................................... 59 Figura 7 Vista geral da portaria de entrada dos caminhões e da recepção da Usina de Triagem 63 Figura 8 Esteira elevada para triagem manual de resíduos..................................................... 64 Figura 9 Triagem de resíduos recicláveis, enfardamento e armazenamento para venda ......... 65 Figura 10 Pátio de decomposição da fração orgânica e máquina para revolvimento das pilhas 65 Figura 11 Setor de beneficiamento e armazenamento do composto para venda ..................... 66 Figura 12 Lagoa de chorume e de efluentes e aterro desativado na área da Usina ................. 67 Figura 13 Vista geral da área da Usina de Triagem e do aterro desativado............................. 67 Figura 14 Evolução do IQC no período de 1997 a 2011.......................................................... 69 Figura 15 Vista aérea do Aterro Sanitário de Onda Verde ...................................................... 70 Figura 16 Índice de Qualidade dos Resíduos do Aterro Sanitário privado ............................... 71 Figura 17 Pontos de descarte irregular de resíduos no Município de São José do Rio Preto. .. 78 Figura 18 Layout dos Pontos de Apoio ................................................................................... 79 Figura 19 Bacias de captação e localização das Instalações dos Pontos de Apoio ................. 83 Figura 20 Pontos de Apoio de São José do Rio Preto ............................................................ 85 Figura 21 Equipamentos da Usina de Reciclagem de RCC de São José do Rio Preto ............ 87

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Figura 22 Agregados produzidos a partir dos Resíduos de Construção Civil ........................... 87 Figura 23 Vista geral da Usina de Artefatos ............................................................................ 88 Figura 24 Artefatos produzidos da matéria-prima beneficiada ................................................. 89 Figura 25 Galpão da Central de Triagem – ARES .................................................................. 93 Figura 26 Equipamentos da Central de Triagem ARES – Prensas, Caçamba e Carrinhos de Coleta .................................................................................................................................... 94 Figura 27 Vista do galpão utilizado pela Cooperativa Cooperlagos e o local de armazenamento de Pneus ............................................................................................................................... 96 Figura 28 Espaço interno do galpão da Cooperativa Cooperlagos no barracão cedido pelo Estado ................................................................................................................................... 96 Figura 29 Barracão da Cooperlagos ....................................................................................... 98 Figura 30Bancada de triagem de resíduos eletrônicos ........................................................... 99 Figura 31 Evolução mensal da quantidade de materiais recicláveis coletados no ano de 2013 (toneladas) ........................................................................................................................... 100 Figura 32 Evolução do percentual de coleta de materiais recicláveis, em relação ao total de resíduos sólidos coletados mensalmente em 2013 ............................................................... 101 Figura 33 Áreas Contaminadas em São José do Rio Preto, por natureza da atividade, de acordo com a CETESB 2012 ............................................................................................... 102 Figura 34 Situação das áreas Contaminadas/Reabilitadas em São José do Rio Preto, de acordo com a CETESB 2012 ............................................................................................... 116 Figura 35 Comparativo da composição dos custos dos Serviços de execução continuada nos anos de 2012 e 2013 ........................................................................................................... 129 Figura 36 Comparativo da composição dos custos do Subgrupo Coleta, Transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais nos anos de 2012 e 2013 . 130 Figura 37 Comparativo do valor per capita dos serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos – SNIS 2013 ................................................................................................... 139 Figura 38 Evolução da projeção populacional de São José do Rio Preto no Cenário 01 (2014 – 2044) ......................................................................................................................................... 143 Figura 39 Evolução da projeção populacional de São José do Rio Preto – Cenário 02 (2014 – 2043) ......................................................................................................................................... 145

Figura 40 Projeção da Geração de Resíduos 2014 a 2043 – Cenário 01 ................................ 149

Figura 41Projeção da Geração de Resíduos 2014 a 2043 – Cenário 02 ................................. 153

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Figura 42 Áreas Analisadas para licenciamento ambiental do “Sistema de Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Onda Verde e São José do Rio Preto (SJRP) no Município de Onda Verde” (PROEMA, 2004) ...................................................................................................... 245 Figura 43 Disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em São José do Rio Preto e municípios vizinhos. ............................................................................................................. 261 Figura 44 Principais locais com restrições para implantação de aterros sanitários no município de São José do Rio Preto, SP. ............................................................................................. 264 Figura 45 Região Protegida pela Área de Segurança Aeroportuária – ASA .......................... 269 Figura 46 “Região potencial para pesquisa de áreas para implantação de aterros sanitários”. 272 Figura 47 Mapa Geológico ................................................................................................... 277 Figura 48 Mapa de Declividades do Relevo .......................................................................... 279 Figura 49 Mapa do Potencial de Erosão (Adaptado de IPT, 2005) ........................................ 282 Figura 50 Projeção dos custos dos serviços para os 30 anos, composto por: Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos, Tratamento e Disposição Final, Varrição e Serviços Gerais de Limpeza Pública, Coleta Seletiva, Educação Ambiental , sem investimentos. ....................... 303 Figura 51 Composição dos custos dos serviços, composto por: Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos, Tratamento e disposição final, Varrição e serviços gerais de Limpeza Pública, Coleta Seletiva, Educação Ambiental . .................................................................... 303 Figura 52 Novos investimentos ............................................................................................ 304 Figura 53 Projeção do custeio dos serviços, somado aos investimentos ............................... 304 Figura 54 Projeção dos custos operacionais para os 30 anos – Modelo PPP ....................... 318 Figura 55 Projeção dos investimentos para os 30 anos – Modelo PPP ................................. 318 Figura 56 Projeção da contraprestação para os 30 anos – Modelo PPP ............................... 319 Figura 57 Projeção de custos versus Valor de Desembolso.................................................. 320 Figura 58 Ações iniciais para o manejo adequado de resíduos em situações de emergência e contingência......................................................................................................................... 350 Figura 59 Arranjos institucionais para a contratação da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ................................................................................... 368

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

APRESENTAÇÃO

A prestação e a gestão qualificada dos serviços de limpeza urbana no Brasil

têm sido reguladas, especialmente, por duas importantes leis recentemente

promulgadas.

A primeira delas, a Lei Federal n0 11.445 de 05 de janeiro de 2007 (BRASIL,

2007), instituiu o novo marco regulatório do saneamento no Brasil e fixou as diretrizes nacionais para o saneamento ambiental, além de incluir, dentre os serviços de saneamento, a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos. A mais recente e diretamente ligada ao setor é a Lei Federal nº 12.305, de 02

de agosto de 2010 (BRASIL, 2010), que apresenta a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS), e que dispõe sobre princípios, objetivos e

instrumentos, bem como as diretrizes relativas à gestão integrada e ao

gerenciamento de resíduos sólidos. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os municípios devem

elaborar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, sendo

esta condição para acesso aos recursos da União, ou por ela controlados,

destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao

manejo de resíduos sólidos (artigo 18 da Lei nº 12305/2010). De acordo com a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Plano Municipal de Gestão Integrada

pode estar inserido no Plano de Saneamento Básico previsto na Lei nº 11.445,

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mas deve respeitar o conteúdo mínimo previsto nos incisos do artigo 19 da Lei

nº 12.305/2010. Com o intuito de atender à nova legislação do setor, o Município de São José

do Rio Preto, apresenta o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos. Além dos princípios fundamentais estabelecidos pela Lei nº

11.445/2007 como universalização, integralidade e serviços realizados de

forma adequada, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

incorpora questões relativas aos geradores sujeitos a elaboração de Plano de

Gerenciamento específico, a definição de responsabilidades quanto à

implementação e operacionalização dos Planos e as metas e diretrizes para o

cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O Quadro 1 apresenta

o conteúdo mínimo para o Plano de Gestão Integrada estabelecido no artigo 19

da PNRS (BRASIL, 2010): Quadro 1 Conteúdo mínimo para o Plano Municipal de Gestão Integrada (artigo 19) I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo

território, contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as

formas de destinação e disposição final adotadas II - identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente

adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182

da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver III - identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas

ou compartilhadas com outros Municípios, considerando, nos critérios de

economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de

prevenção dos riscos ambientais IV - identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de

gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a sistema de logística

reversa na forma do art. 33, observadas as disposições desta Lei e de seu

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regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e

do SNVS V - procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados

nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos,

incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada

a Lei nº 11.445, de 2007 VI - indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos

de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos VII - regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos

sólidos de que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos

órgãos do Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação

federal e estadual VIII - definição das responsabilidades quanto à sua implementação e

operacionalização, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos

sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público IX - programas e ações de capacitação técnica voltados para sua

implementação e operacionalização X - programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração,

a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos XI - programas e ações para a participação dos grupos interessados, em

especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de

materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa

renda, se houver XII - mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos XIII - sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de

cobrança desses serviços, observada a Lei nº 11.445, de 2007 XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras,

com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição

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final ambientalmente adequada

XV - descrição das formas e dos limites da participação do poder público local

na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de

outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos XVI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito

local, da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de

resíduos sólidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa

previstos no art. 33 XVII - ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa

de monitoramento XVIII - identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos

sólidos, incluindo áreas contaminadas, e respectivas medidas saneadoras XIX - periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência do plano plurianual municipal

Fonte: Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010) Baseado nas diretrizes e orientações da Política Nacional de Resíduos Sólidos

é apresentado neste documento o Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto (PMGIRS), que se constitui em

um instrumento de definição e ordenamento legal, institucional, organizacional

e operacional dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no

Município. O PMGIRS está estruturado nos seguintes capítulos:

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Capítulo 1 - Caracterização Socioeconômica do Município de São José do Rio Preto Neste capítulo são apresentadas as principais características do Município de

São José do Rio Preto quanto às questões ligadas a localização, infraestrutura,

aspectos socioeconômicos, demográficos e de saneamento. Capítulo 2 – Atualização do Diagnóstico do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Apresenta as informações referentes à prestação dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos, com vistas a diagnosticar os sistemas

implantados, identificando suas condições de operação, além dos instrumentos

legais municipais e planos já existentes. Esse capítulo discute os pontos

críticos que envolvem desde a geração e a disposição final de resíduos,

passando pelos serviços ofertados à população e as condições de descarte,

até o tratamento e o destino de outros resíduos como os de serviços de saúde

e os de construção civil. Este capítulo atende aos seguintes itens do artigo 19

da PNRS: I (diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no

respectivo território, contendo a origem, o volume, a caracterização dos

resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas) e XVIII

(identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos,

incluindo áreas contaminadas, e respectivas medidas saneadoras).

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Capítulo 3 - Prognósticos: projeção populacional e de geração de resíduos Nesse capítulo são apresentados os cenários futuros com estimativas de

aumento da população e, consequentemente, da geração de resíduos para os

próximos 30 anos. Esse estudo subsidia a formulação de programas para

minimização de resíduos e o planejamento para o sistema de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos no horizonte temporal adotado. Capítulo 4 – Diretrizes, Metas e Programas para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Seguindo os princípios orientadores de universalização, qualidade dos

serviços, minimização de resíduos, redução dos impactos ambientais, de

controle social, dentre outras, são apontadas as diretrizes, ações, metas e

programas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Este capítulo atende aos seguintes itens do artigo 19 da Política Nacional de

Resíduos Sólidos: XIV (metas de redução, reutilização, coleta seletiva e

reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos

encaminhados para disposição final ambientalmente adequada); IV

(identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de

gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a sistema de logística

reversa na forma do art. 33, observadas as disposições desta Lei e de seu

regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e

do SNVS); VII (regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de

resíduos sólidos de que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas

pelos órgãos do Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da

legislação federal e estadual); IX (programas e ações de capacitação técnica

voltados para sua implementação e operacionalização); X (programas e ações

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de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização

e a reciclagem de resíduos sólidos); XI (programas e ações para a participação

dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de

associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por

pessoas físicas de baixa renda, se houver); XVI (meios a serem utilizados para

o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação e

operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que

trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa previstos no art. 33); XIX

(periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência

do plano plurianual municipal); V (procedimentos operacionais e especificações

mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de

manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos e observada a Lei nº 11.445, de 2007); VII (regras para

o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata

o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do

SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual); XII

(mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda,

mediante a valorização dos resíduos sólidos); e XV (descrição das formas e

dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na

logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras ações relativas à

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos). Capítulo 5 – Identificação de Áreas Favoráveis para a Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeito Este capítulo apresenta os estudos realizados no EIA-RIMA para a

identificação de áreas para disposição de resíduos, na época em que foi

selecionada a área onde atualmente localiza-se o Aterro Sanitário de Onda

Verde, que recebe os resíduos sólidos urbanos de São José do Rio Preto.

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Além de apresentar esses estudos, é realizada a análise da situação do

Município quanto à disponibilidade de áreas para disposição de resíduos. Este capítulo atende ao item II do artigo 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos

(identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente

adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182

da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver). Capítulo 6 – Estudo Econômico Financeiro para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Este capítulo traz a projeção de custos para os serviços de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos ao longo dos 30 anos, com a ampliação dos

serviços executados atualmente e implantação de novos serviços e programas

para o sistema, buscando eficiência e sustentabilidade econômico-financeira.

Este capítulo também versa sobre o Item XIII (sistema de cálculo dos custos da

prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos

sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei nº

11.445, de 2007) do artigo 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Capítulo 7 – Indicadores de Desempenho Operacional e Ambiental dos Serviços e Programas O capítulo discute a importância da avaliação contínua da qualidade dos

serviços de limpeza urbana e apresenta indicadores de acompanhamento do

desempenho operacional e ambiental dos serviços e programas. Este capítulo atende ao Item VI do artigo 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos

(indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos).

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Capítulo 8 - Indicadores para acompanhamento da implementação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos A implementação do Plano, com novos serviços, programas e melhorias nos

sistemas de tratamento, deve ter um acompanhamento efetivo por meio de

indicadores, com o objetivo de verificar a situação do Município no atendimento

das diretrizes apontadas no Plano e mensurar a efetividade das ações e atividades desenvolvidas. Este capítulo atende ao Item VIII (definição das

responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização, incluídas

as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o art.

20 a cargo do poder público) do Artigo 19 da Política Nacional de Resíduos

Sólidos. Capítulo 9 – Diretrizes para o Plano de Emergências e Contingências

Nesse capítulo são discutidas ações e estratégias para emergências e

contingências que possam ocorrer no sistema de limpeza urbana. Ressalta a

importância de realização de diagnósticos referentes às áreas e as

comunidades afetadas com levantamentos, análises de risco e planos de ação

para o controle dessas ocorrências, contemplando medidas de tratamento e

disposição final dos resíduos em situações de interrupção dos serviços. Este

capítulo atende ao seguinte Item do artigo 19 da Política Nacional de Resíduos

Sólidos: XVII (ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo

programa de monitoramento).

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Capítulo 10 – Modelo Institucional para Controle, Regulação, Fiscalização e Gerenciamento dos Serviços Este item discute e apresenta o modelo institucional para controle, regulação,

fiscalização e gerenciamento dos serviços de limpeza e manejo de resíduos

sólidos conforme preconiza a Lei nº 11.445/2007. Capítulo 11 – Soluções Consorciadas para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Município de São José do Rio Preto Este capitulo traz a discussão da importância de soluções consorciadas para o

compartilhamento de equipamentos e de estruturas de gestão de resíduos

pelos municípios da mesma região, atendendo aos seguinte Item do Artigo 19

da Política Nacional de Resíduos Sólidos: III (identificação das possibilidades

de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros

Municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade

dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais). Capitulo 12 – Considerações finais

Neste item são apresentadas as considerações finais do Plano de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto, destacando os

principais aspectos do Plano. Capítulo 13 – Definições

Neste capítulo são apresentadas as principais definições ligadas à temática de

resíduos sólidos, considerando a Lei nº 11.445/2007, a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e normas da Associação Brasileira de

Normas Técnicas.

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METODOLOGIA DE TRABALHO PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO

Para a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos de São José do Rio Preto (PMGIRS) foram empregados diferentes

métodos de trabalho. O levantamento de informações de fontes primárias e

secundárias foi realizado por meio de visitas técnicas, leitura dos planos já

existentes e reuniões com profissionais das diversas secretarias que compõem

a Prefeitura Municipal. As informações obtidas, analisadas e consolidadas no Capítulo Diagnóstico,

permitiram a visão geral sobre o sistema de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos do Município de São José do Rio Preto com a descrição do

sistema de limpeza pública, a identificação dos problemas atuais e suas

interações. Essas informações e os estudos de projeção populacional e de

geração de resíduos serviram de base para a definição das diretrizes e metas

para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para os

próximos 30 anos. Atendendo a uma das diretrizes específicas da Lei nº 11.445/2007 no que

tange o controle social, o Município de São José do Rio Preto buscou envolver

toda a população na discussão dos Planos Municipais de Saneamento e de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Dessa forma o processo de construção

das diretrizes e metas foi realizado de forma conjunta e participativa com

técnicos e representantes da Prefeitura Municipal e sociedade, por meio da

realização da 1ª Conferência Municipal de Saneamento. Para ampliar a

mobilização da sociedade e legitimar o direito à participação dos cidadãos

nesse processo, foi realizada uma série de encontros denominados pré-

conferências regionais.

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Foram realizadas 06 pré-conferências, sendo 04 regionais de acordo com as

divisões geográficas do município e 02 temáticas. O objetivo desse processo participativo foi de compartilhar as informações

técnicas em cada área do saneamento (abastecimento de água e esgotamento

sanitário, drenagem urbana e limpeza urbana e manejo de resíduos), identificar

propostas e prioridades junto à população local e construir, conjuntamente, as

diretrizes e metas para cada área, considerando a universalização, a qualidade

e a eficiência dos serviços. Para a consecução desses objetivos, alguns métodos de trabalho foram

utilizados: o Reuniões de planejamento para elaboração de regimento interno, definição

de calendário e da metodologia de trabalho, divisão de regiões geográficas da cidade, elaboração de materiais de divulgação, adequação de atividades e ações. o Compilação dos dados sobre os sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem urbana. o Estabelecimento de diretrizes e metas preliminares com ações de curto, médio e longo prazo, com base no diagnóstico realizado. o Eleição de delegados em cada pré-conferência regional para representação do bairro ou do setor na Conferência Municipal.

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o Sistematização das propostas apresentadas nas pré-conferências e elaboração de Documento Base para apresentação e discussão na 1ª Conferência Municipal de Saneamento. o Realização da 1ª Conferência Municipal de Saneamento para aprovação das

diretrizes da Política Municipal de Saneamento, a partir da discussão e adequação do Documento Base, com voz e voto dos delegados eleitos nas pré-conferências. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de São José do

Rio Preto (PMGIRS) foi construído de forma conjunta com os agentes

envolvidos propondo um novo modelo de gestão de resíduos, buscando

atender não somente a legislação, mas contribuir com a melhoria contínua da

qualidade e da salubridade ambiental no Município.

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1 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA DO MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Fundada em 19 de Março de 1852, a história do Município de São José do Rio

Preto inicia-se com o desbravamento e a ocupação do solo do sertão paulista,

em meados do século 19. A partir de 1840, mineiros fixaram-se e deram início

à exploração agrícola e à criação de animais domésticos. Em 1852, Luiz Antônio da Silveira doou parte de suas terras ao seu santo

protetor, São José, para que o patrimônio desse origem a uma cidade. Em 19

de março de 1852, João Bernardino de Seixas Ribeiro — o fundador de São

José do Rio Preto — que já tinha construído uma casa de sapé nas terras do

patrimônio, liderou os moradores das vizinhanças que ergueram um cruzeiro de

madeira e edificaram uma pequena capela para as funções religiosas. Em 20

de março de 1855, o então Bairro de Araraquara foi elevado à categoria de

Distrito de Paz e de Polícia. Em 1867, o Visconde de Taunay, ao retornar da Guerra do Paraguai, pernoita

no vilarejo e registra em seu diário o estado precário em que o mesmo se

encontra. No dia 21 de março de 1879, quando fazia parte do Município de

Jaboticabal, a capela de São José é elevada à Freguesia. Em 19 de julho de 1894, São José do Rio Preto é desmembrada de

Jaboticabal, transformando-se em Município, pela Lei n° 294. O primeiro

prefeito, à época Intendente, foi nomeado em 1894. Era um imenso território,

limitado pelos rios Paraná, Grande, Tietê e Turvo, com mais de 26 mil km² de

superfície. Em 1904 é criada, pela Lei n° 903, a Comarca de Rio Preto. A partir de 1906, a

cidade tem seu nome reduzido para Rio Preto. Somente em 1945 retoma o

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nome original de São José do Rio Preto. Com a chegada da Estrada de Ferro

Araraquarense (EFA), em 1912, a cidade assume o seu destino de pólo

comercial de concentração de mercadorias produzidas no então conhecido

"Sertão de Avanhandava" e de irradiação de materiais vindos da capital. Foram

três os líderes que se destacaram na criação do Município: Pedro do Amaral

Campos, João Bernardino de Seixas Ribeiro e Adolfo Guimarães Correia. A origem do nome do Município vem da junção do padroeiro da cidade, São

José, e do rio que corta seu território, o Rio Preto. O sítio sobre o qual se implantou a cidade de São José do Rio Preto

caracteriza se por um relevo pouco ondulado com espigões amplos e de

modesta altitude (média de 500m). É cortado por um rio de pequeno porte -

RIO PRETO – e alguns córregos afluentes (Canela, Borá e Piedade) que

determinam essa ligeira ondulação do relevo. Em 1895, a pedido da Igreja Católica, detentora do patrimônio, o engenheiro

italiano Ugolino traçou a primeira planta da futura cidade. Ugolini era membro

da expedição de Olavo Von Hummel, que tinha o objetivo de definir o traçado

para uma ligação rodoviária de Mato Grosso com o litoral, através do alto

Paraná, e escolheu São José do Rio Preto para viver e trabalhar. O traçado planejava a cidade com ruas largas que se cruzavam em ângulo

reto, como um tabuleiro de xadrez, dividindo a área em quarteirões e estes em

datas. Ao longo do tempo, a presença de barreiras físicas como rios e riachos,

dentre outros, condicionou a forma de ocupação do espaço urbano. A Estrada de Ferro instalada em 1912 transformou a cidade em ponto terminal

do transporte ferroviário pelo qual se escoava a produção agrícola deste e dos

poucos municípios vizinhos, transformando Rio Preto, já em 1929, em um

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núcleo urbano florescente, com 27.800 habitantes. As rodovias Transbrasiliana

(BR-153) - Federal, passando na direção NE-SW e a Washington Luiz (SP -

310) - Estadual, na direção E - W, influenciaram o direcionamento do

crescimento da cidade. Quanto à estrutura dos deslocamentos na cidade e interrelação dos setores,

São José do Rio Preto está rigidamente moldada num sistema "Radial -

Concêntrico". A composição espacial da mancha urbana, em termos da base

física, pode ser descrita segundo a distribuição das várias áreas residenciais

(exclusivas ou de uso misto), das áreas institucionais e das áreas tipicamente

industriais (os Distritos Industriais Dr. Waldemar de Oliveira Verdi, Dr. Carlos

Arnaldo e Silva e Dr. Ulysses da Silveira Guimarães e os Minidistritos

Industriais), em torno do núcleo central, ou seja, o ajustamento das várias

áreas que, devido à sua delimitação e homogeneidade de características,

formam bairros ou setores da cidade, em relação à área central. Outro elemento marcante na organização espacial da cidade foi o Parque

Setorial, proposto no Plano de Áreas Verdes e Espaços Abertos de SJRP-1977

e que está sendo gradativamente implantando ao longo dos principais vales

que atravessam a área urbanizada: Rio Preto, Piedade e Macacos. A atual Política Urbana do Município vem sendo aplicada desde a aprovação

do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado - PDDI, instituído pela Lei

Complementar nº 19, de 23/12/1992, pelas Leis que completaram o PDDI, suas

alterações e resoluções do Conselho do Plano Diretor de Desenvolvimento

Sustentável - CPDDS: o Lei 8.708, de 25/07/02 - "Estabelece faixas de domínio necessárias à

expansão do Sistema Viário Básico".

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o Lei 5.138, de 28/12/92 - "Do Parcelamento do Solo".

o Lei 5.135, de 24/12/92, alterada pela Lei 5.749 de 30/01/95 - "Do Uso e

Ocupação do Solo". o Lei Complementar nº 17- "Código de Posturas". o Lei 9.711, de 05/010/2006, “Plano Viário Básico”.

Revisão do Plano Diretor, aprovado pela Câmara em 06/10/2006, instituído

pela Lei Complementar 224/06; “Plano Diretor de Desenvolvimento

Sustentável”. 1.1 Demografia e População

A dinâmica populacional do Município representa um fator determinante a ser

compreendido para a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos, gerados

pelos habitantes em seu território. De acordo com os dados obtidos pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE foi construída a Tabela 1 a

seguir, abrangendo a população total, dividida entre Rural e Urbana, para os

anos de 1970, 1990, 1991, 2000 e 2010. Tabela 1 Evolução populacional de São José do Rio Preto

Evolução Populacional do Município de São José do rio Preto

Ano 1970 1980 1991 2000 2010 2013*

Total 122.134 188.599 283.761 358.523 408.258 434.039

Urbana 110.175 178.970 275.450 337.289 383.490 -

Rural 11.959 9.629 8.311 21.234 24.768 -

*Estimativa da População IBGE Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010, 2000, 1991, 1980, 1970.

Conforme apresentado, a população total do Município de São José do Rio

Preto sofreu um intenso crescimento, sobretudo em relação à população

urbana, nos 40 anos observados. Quanto à população rural, esta chegou a

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abranger menos de 3% da população total em 1991, representando cerca de

6% dos 408.258 habitantes em 2010, ano da mais recente Pesquisa Censo. A

estimativa de população elaborada pelo referido Instituto, indicava ainda a

existência de 434.039 pessoas no ano de 2013, em São José do Rio Preto. A dinâmica de evolução do número de habitantes é igualmente observável por

meio da análise dos dados da Taxa Geométrica de Crescimento Populacional,

apresentada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE,

reunidas na Tabela 2 a seguir. Tabela 2 Evolução da Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População do Estado de São Paulo e São José do Rio Preto

População e Estatísticas Vitais – Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População de São José do Rio Preto

Ano 1991 2000 2010 2012

Estado de São Paulo 2,12 1,82 1,09 0,87

São José do Rio Preto 2,63 2,46 0,87 0,68

Fonte: Fundação SEADE. Informações dos Municípios Paulistas. IMP (2013) As informações apresentadas refletem o aumento sensível no número total de

habitantes, no período compreendido até o ano 2000, de acordo com a Taxa

Geométrica de Crescimento Anual da População, superior inclusive a Média

Estadual no ano, aproximando-se posteriormente, no ano de 2012. Quanto à composição etária da população residente de São José do Rio Preto,

as informações obtidas com a realização do CENSO IBGE 2010 denotam um

perfil populacional com predominância de indivíduos situados entre os 25 e 54

anos, correspondendo a aproximadamente 45% dos habitantes. A fatia mais

jovem, correspondente à faixa de 0 a 24 anos, compreende 33% do total da

população. Os dados correspondentes ao Estado de São Paulo mostram-se

equivalentes, apresentando 45,3% para a faixa de 25 a 54 anos e 38% para a

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31

faixa situada entre 0 e 24 anos. A Tabela 3 a seguir apresenta a quantidade de

habitantes identificados para os diferentes grupos de idade, para o Município

de São José do Rio Preto e Estado de São Paulo. Tabela 3. Grupos de Idade, segundo os resultados do CENSO IBGE 2010. Estado de SP e Município de São José do Rio Preto

Grupos de São José do Rio Preto Estado de São Paulo Nº de Nº de Participação idade Participação (%) habitantes habitantes (%)

0 a 4 anos 23.115 5,66 2.678.908 6,49 5 a 9 anos 23.517 5,76 2.860.037 6,93 10 a 14 anos 27.304 6,69 3.325.558 8,06 15 a 19 anos 29.593 7,25 3.302.557 8,00 20 a 24 anos 35.196 8,62 3.637.159 8,81 25 a 29 anos 37.096 9,09 3.788.849 9,18 30 a 34 anos 35.599 8,72 3.555.781 8,62 35 a 39 anos 31.729 7,77 3.184.511 7,72 40 a 44 anos 30.531 7,48 2.979.834 7,22 45 a 49 anos 29.989 7,35 2.752.395 6,67 50 a 54 anos 26.774 6,56 2.430.892 5,89 55 a 59 anos 21.630 5,3 1.993.895 4,83 60 a 64 anos 17.308 4,24 1.537.926 3,73 65 a 69 anos 13.150 3,22 1.112.184 2,7 70 a 74 anos 11.071 2,71 851.862 2,06 75 a 79 anos 7.401 1,81 605.103 1,47 80 a 84 anos 4.354 1,07 394.205 0,96 85 a 89 anos 1.919 0,47 185.505 0,45 90 a 94 anos 744 0,18 64.344 0,16 95 a 99 anos 193 0,05 17.951 0,04 100 anos ou 45 0,01 2.742 0,01 mais

Total 408.258 100 41.262.198 100 Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010.

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1.1.A Características dos domicílios

A contagem dos domicílios existentes no Município de São José do Rio Preto,

descritos em função da natureza de sua ocupação, possibilita a compreensão

da oferta dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário,

além de orientar o planejamento e o dimensionamento dos diversos programas,

ações e serviços relacionados com a gestão e o manejo de resíduos sólidos. A seguir, na Tabela 4, são apresentadas as principais características dos domicílios presentes no Município, ressaltados os Domicílios Particulares

Permanentes, utilizados como referência para o planejamento. Tabela 4 Características gerais dos Domicílios

Características dos Domicílios - São José do Rio Preto - 2010 Domicílios particulares ocupados 137.312

Domicílios particulares permanentes 137.233

Domicílios particulares não ocupados 15.755

Domicílios particulares não ocupados de uso ocasional 4978

Domicílios particulares não ocupados vagos 10777

Domicílios coletivos 156

Domicílios coletivos com morador 91

Domicílios coletivos sem morador 65

Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010. Conforme apresentado, a compreensão dos domicílios é de fundamental

importância para a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto. O número de domicílios ocupados,

superior aos Domicílios Particulares Permanentes, inclui no total a categoria

Domicílios Improvisados. Porém, para efeito de planejamento, adota-

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se o índice correspondente aos Domicílios Permanentes, bem como a

contagem populacional correspondente aos moradores destas habitações. A análise permite igualmente a identificação da presença de domicílios

coletivos, estes conformando aproximadamente 0,11% do total de Domicílios

particulares permanentes existentes no Município. Os resultados apresentados pelo IBGE em 2010 consideraram variáveis

relacionadas ao Saneamento Básico para o universo de domicílios particulares

permanentes, abrangendo o Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e

a Gestão dos Resíduos Sólidos, integrantes da infraestrutura de serviços

urbanos, conforme indicado nas tabelas, a seguir. Tabela 5 Serviços de Abastecimento de Água em São José do Rio Preto

Abastecimento de Água dos Domicílios particulares permanentes

Tipo de Abastecimento N° de domicílios Rede geral de distribuição 121.959 Poço ou nascente na propriedade 10.729 Poço ou nascente fora da propriedade 4.172 Carro-pipa ou água da chuva 29 Rio, açude, lago ou igarapé 5 Outra 339 Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010. Dos 137.233 Domicílios particulares permanentes identificados a época de

realização do CENSO IBGE 2010, aproximadamente 89% contavam com

abastecimento de água a partir da rede geral. O abastecimento por meio de

poço ou nascente responde por cerca de 8% quando localizados dentro da

propriedade e 3% quando localizados fora da propriedade. Os outros meios de

abastecimento somados representam 0,3% das habitações. Em atenção ao tipo de Esgotamento Sanitário, dos 129.022 Domicílios

particulares permanentes com acesso a banheiro ou sanitário, cerca de 94%

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possuíam ligação na rede geral de esgoto ou rede pluvial. Outros 2%

empregavam a fossa séptica como destino final do esgotamento. Cabe ainda

salientar que 4% dos domicílios que possuíam banheiro ou sanitário despejam

em fossas rudimentares. Os dados relativos ao Esgotamento Sanitário são

apresentados na Tabela 6. Tabela 6 Serviços de Esgotamento Sanitário em São José do Rio Preto

Esgotamento Sanitário dos Domicílios particulares permanentes

Tipo de Esgotamento Nº de Domicílios

Possuíam Rede geral de esgoto ou pluvial 128.801

banheiro de Fossa séptica 2.979

uso exclusivo Fossa rudimentar 5.132

do domicílio –

Vala 16

136.959

Rio, lago ou mar 15

domicílios

Outro tipo 16

Rede geral de esgoto ou pluvial 221

Possuíam

Fossa séptica 9 Fossa rudimentar 9

sanitário – 249

Vala 1

domicílios

Rio, lago ou mar

Outro tipo

Não tinham banheiro nem sanitário 25

Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010. Os serviços de Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares apresentavam um

índice de 99,7% de cobertura. Destes, 97% foram coletados em 2010 pelos

serviços de limpeza e aproximadamente 3% por caçambas dispostas para

acondicionamento dos resíduos, refletindo o alto grau de cobertura do serviço

regular de coleta, conforme demonstrado na Tabela 7.

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Tabela 7 Destinação dos resíduos sólidos em São José do Rio Preto Destino dos Resíduos Sólidos dos Domicílios Particulares Permanentes

Destino Nº de Domicílios Coletado 136.817

Coletado por serviço de limpeza 132.575

Coletado em caçamba de serviço de limpeza 4.242

Queimado (na propriedade) 341

Enterrado (na propriedade) 16

Jogado em terreno baldio ou logradouro 14

Jogado em rio, lago ou mar 1

Outro destino 44

Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010. 1.2 Aspectos econômicos

Segundo os dados disponibilizados pela Fundação SEADE no setor

Informações dos Municípios Paulistas (IMP) foi construído um quadro

comparativo envolvendo o Município de São José do Rio Preto, sua Região

Administrativa que abrange 96 municípios distribuídos nas Regiões de Governo

de São José do Rio Preto, de Jales, Votuporanga, Fernandópolis e Catanduva,

e o Estado de São Paulo. Na Tabela 8 estão apresentadas as informações

relacionadas ao Produto Interno Bruto – PIB e o PIB per capita para a

população do ano - além da participação dos setores da produção

(Agropecuária, Indústria e Serviços) e a participação no total exportado pelo

Estado no ano de 2010.

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Tabela 8 Síntese dos indicadores econômicos

Economia Município de Região Administrativa Estado de Variável São José do Rio

de São José do São Paulo Preto Rio Preto

PIB (Em milhões de reais 8.981,99 29.065,19 1.247.595,93 correntes) 2010

PIB per capita (Em reais 22.024,64 20.236,12 30.264,06 correntes) 2010

Participação no PIB do 0,72 2,32 100 Estado (Em %) 2010

Participação da Agropecuária no Total do 0,29 9,13 1,87 Valor Adicionado (Em %)

2010 Participação da Indústria no Total do Valor 17,41 24,89 29,08 Adicionado (Em %) 2010 Participação dos Serviços no Total do Valor 82,3 65,98 69,05 Adicionado (Em %) 2010 Participação nas Exportações do Estado 0,078 2,64 100 (Em %) 2012

Fonte: Fundação SEADE. Informações dos Municípios Paulistas. IMP (2013) Em relação ao PIB per capita calculado em 2010, o resultado totalizado pelo

Município de São José do Rio Preto é superior àqueles alcançados pela Região

Administrativa e Estado de SP, fato análogo à participação dos Serviços,

principal setor econômico, correspondente ao valor que a atividade das

empresas de serviços agregam aos bens e serviços consumidos no seu

processo produtivo, respondendo por mais de 80% do total do Valor

Adicionado, para o mesmo ano. As informações apresentadas ainda revelam

um perfil municipal com baixa industrialização, em comparação com o Estado

de São Paulo e os municípios que os integra.

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Para compreender as principais atividades econômicas exercidas no Município,

a Fundação SEADE apresenta o calculo do Valor Adicionado Fiscal, elaborado

anualmente pela Secretaria da Fazenda. Este Valor é obtido através da

diferença entre o valor das saídas de mercadorias e dos serviços de transporte

e de comunicação prestados no território e o valor das entradas de

mercadorias e dos serviços de transporte e de comunicação adquiridos e é

utilizado como um dos critérios para a definição do Índice de Participação dos

Municípios no produto da arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas

à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS. Na Tabela 9 a seguir, são apresentadas as principais atividades, organizadas

em função de sua participação no total Estadual: Tabela 9 Total do Valor Adicionado Fiscal das atividades realizadas no Município de São José do Rio Preto

Participação no Valor (R$ de Variável total do Estado 2012) de São Paulo (%)

Móveis 3,78% 134.666.330 Diversas 2,02% 63.146.023 Equipamentos Médicos, Óticos, de Automação e 1,87% 87.635.697 Precisão

Vestuário e Acessórios 1,33% 86.171.647 Produtos de Metal 0,84% 150.246.948 Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 0,64% 57.338.105 Minerais Não Metálicos 0,45% 51.872.497 Material de Transporte – Montadoras e 0,36% 214.106.736 Autopeças

Produtos Farmacêuticos 0,33% 55.263.021 Couros e Calçados 0,31% 7.673.408 Máquinas e Equipamentos 0,28% 74.312.085 Metalurgia Básica – Ferrosos 0,26% 21.861.367 Artigos de Borracha 0,26% 13.550.293

Total 0,33% 1.269.898.175 Fonte: Fundação SEADE. Informações dos Municípios Paulistas. IMP (2013)

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Em observância aos dados apresentados destaca-se a produção de Móveis,

seguida da produção Diversas (produção de jóias, instrumentos musicais,

artefatos para a caça e pesca, brinquedos e jogos recreativos, acessórios para

escritórios, aviamentos para a costura, escovas, pincéis, vassouras e outros) e

produção de Equipamentos Médicos, Óticos, de Automação e Precisão, de

acordo com sua participação no total estadual. Em relação à produção

municipal, destacam-se a produção de Material de Transporte (Montadoras e

Autopeças) e dos Produtos de Metal, como mais significativos. Salienta-se que

a tabela concentra somente as principais atividades, não correspondendo o

total apresentado, a soma dos valores setoriais. EDUCAÇÃO E TRABALHO Educação

Em relação ao grau de instrução e educação formal da população residente,

observa-se que existe maior concentração do que se encontram Sem Instrução

e com o Ensino Fundamental Incompleto, respondendo por 33,4% da

população, com predominância da faixa de 25 anos ou mais. Entre os jovens de 15 a 24 anos, observa-se a maior concentração entre

aqueles com o Ensino Médio completo e Superior incompleto, totalizando 8%

dos casos. Pode se aferir, ainda de acordo com os resultados apresentados,

que 16,5% da população possuía o Ensino Superior completo, também com a

predominância da faixa de 25 anos ou mais.

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Tabela 10 Nível de instrução da população de São José do Rio Preto, de acordo com o grupo de idade

Sem Fundamental Médio instrução e completo e Superior Não completo e Total Grupos fundamental superior completo determinado médio (%) incompleto incompleto (%) (%) incompleto (%) (%) (%)

15 a 24 3,15 6,58 8,05 1,31 0,3 19,38 anos

25 anos ou 30,31 13,83 21,17 15,22 0,1 80,62 mais

Total 33,46 20,41 29,22 16,53 0,39 100

Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010. Emprego e Rendimento

Observando as relações de emprego e trabalho desenvolvidas em São José do

Rio Preto, a Fundação SEADE identificou a seguinte distribuição dos empregos

formais entre a população, com o correspondente rendimento médio

observado. Tabela 11 Resumo dos Vínculos Empregatícios em São José do Rio Preto

Participação dos Vínculos Empregatícios no Total de Empregos Formais,

por setor Setor Total Participação Rendimento Médio (Habitantes) (%) (R$ correntes)

Empregos Formais 129.714 100 1.714,29 Agricultura, Pecuária, Produção 912 0,7 2.168,07 Florestal, Pesca e Aquicultura

Indústria 21.258 16,4 1.479,36 Construção 9.606 7,4 1.748,53 Comércio Atacadista e Varejista e do Comércio e Reparação de 36.683 28,3 1.421,00 Veículos Automotores e

Motocicletas Serviços 61.255 47,2 1.962,12 Fonte: Fundação SEADE. Informações dos Municípios Paulistas. IMP (2013)

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O setor Serviços agremiava 47,2% dos vínculos empregatícios em 2011, com

um rendimento médio de R$ 1.962,12. O setor de Comércio Atacadista e

Varejista e do Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas

concentrava 28,3% dos empregos formais, com um ganho médio de R$

1.421,00, seguido pela Indústria com 16,4% e rendimento médio de

R$1.479,36, Construção com 7,4% e R$ 1.748,53 de valor médio e a

Agricultura, responsável por apenas 0,7% dos vínculos, com ganho médio de

R$ 2.168,07. No que diz respeito às classes de rendimento nominal mensal domiciliar per

capita de pessoas residentes em domicílios particulares, exclusive as cuja

condição no domicílio era pensionista, empregado (a) doméstico (a) ou parente

do (a) empregado (a) pode se verificar que aproximadamente 32% da

população viviam em 2010 com até um salário mínimo, que correspondia a R$

510,00 a época da pesquisa. Quando ampliado o espectro de análise, os dados

revelam que mais de 80% da população ou 330.172 pessoas com rendimentos,

enquadravam-se na faixa entre meio e 5 salários mínimos. Cabe salientar que

indivíduos que receberam somente benefícios foram enquadrados na categoria

sem rendimento. As informações relativas às faixas de rendimento são

apresentadas na Tabela 12. Tabela 12 Faixa de rendimentos dos habitantes de São José do Rio Preto

Pessoas residentes em domicílios particulares, exclusive as cuja condição no domicílio era pensionista, empregado (a) doméstico (a) ou parente do (a)

empregado (a) Faixa de rendimentos Habitantes Participação (%)

Até 1/8 de salário mínimo 1.573 0,39

Mais de 1/8 a 1/4 de salário mínimo 4.139 1,02

Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo 29.259 7,21

Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 96.281 23,74

Mais de 1 a 2 salários mínimos 141.421 34,87

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Pessoas residentes em domicílios particulares, exclusive as cuja condição no domicílio era pensionista, empregado (a) doméstico (a) ou parente do (a)

empregado (a) Faixa de rendimentos Habitantes Participação (%)

Mais de 2 a 3 salários mínimos 54.534 13,45

Mais de 3 a 5 salários mínimos 37.936 9,35

Mais de 5 a 10 salários mínimos 22.900 5,65

Mais de 10 salários mínimos 8.778 2,16

Sem rendimento 8.760 2,16

Fonte: Pesquisa Censo IBGE 2010. SAÚDE As estatísticas vitais de saúde refletem as condições de vida da população

residente, permitindo conhecer os níveis e tendências dos fenômenos como a

fecundidade e mortalidade infantil e na Infância. A apresentação destes indicadores, inferidos pela Fundação SEADE, para o

Município de São José do Rio Preto e Estado de São Paulo, justifica-se de

acordo com a influência da oferta do saneamento básico na saúde da

população. Deste modo, a taxa de natalidade se refere à razão entre o número

de crianças nascidas vivas no ano de referência e a população estimada para

1º de julho daquele ano; a taxa de fecundidade, a razão entre o número de

nascidos vivos e a população feminina em idade fértil (15 a 49 anos); a taxa de

mortalidade infantil refere-se aos óbitos de menores de um ano de idade,

ocorridos no ano de referência, em relação aos nascidos vivos no mesmo

período; a taxa de mortalidade na infância, aos óbitos de menores de 5 anos

ocorridos no ano de referência, em relação aos nascidos vivos no mesmo

período; a mortalidade da população entre 15 e 34 anos, óbitos registrados

nessa faixa etária no ano de referência, em relação à população dessa mesma

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faixa etária, em 1º de julho daquele ano; a gestação pré-termo, à razão entre

os nascidos vivos com menos de 37 semanas de gestação e o total de

nascidos vivos. Tabela 13 Estatísticas Vitais e de Saúde de São José do Rio Preto

Estatísticas Vitais e Saúde (2011) São José Estado

Variável do Rio de São Preto Paulo Taxa de Natalidade (por mil habitantes) 12,63 14,68

Taxa de Fecundidade Geral (por mil mulheres entre 15 e 49 44,10 51,06 anos)

Taxa de Mortalidade Infantil (por mil nascidos vivos) 7,11 11,55

Taxa de Mortalidade na Infância (por mil nascidos vivos) 8,84 13,35

Taxa de Mortalidade da População entre 15 e 34 Anos (por 116,48 117,98 cem mil habitantes nessa faixa etária)

Taxa de Mortalidade da População de 60 Anos e Mais (por 3.597,09 3.611,03 cem mil habitantes nessa faixa etária)

Mães Adolescentes (com menos de 18 anos) (Em %) 5,40 6,88

Mães que Tiveram Sete e Mais Consultas de Pré-Natal (em 88,25 78,33 %)

Partos Cesáreos (em %) 85,70 59,99

Nascimentos de Baixo Peso (menos de 2,5kg) (Em %) 9,86 9,26

Gestações Pré-Termo (em %) 11,43 8,98

Fonte: Fundação SEADE. Informações dos Municípios Paulistas. IMP (2013) 1.3 Aspectos socioeconômicos

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado em contraponto a outro

indicador comumente utilizado, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, que

considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento dos países. O

IDH pretende ser uma medida geral e sintética do desenvolvimento humano,

referenciando a avaliação das condições de vida da população. Além do PIB

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per capita, o IDH incorpora outros dois componentes, longevidade e educação.

Tendo em vista sua larga aplicação para a compreensão das dimensões

apresentadas, este indicador vem sendo utilizado para aferir o IDH em escala

estadual e municipal, surgindo assim o IDH-M. A seguir, são apresentados os resultados auferidos para o ano de 2010,

publicados em 2013, na edição do Atlas Brasil 2013. Os dados referem-se ao

Estado de São Paulo, Município de São Paulo e de São José do Rio Preto. Tabela 14 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de São José do Rio

Preto

Nome Posição º IDHM IDHM IDHM IDHM Renda Longevidade Educação

Estado de São 2º 0.783 0.789 0.845 0.719 Paulo

São Paulo (SP) 28º 0.805 0.843 0.855 0.725 São José do Rio 50º 0.797 0.801 0.846 0.748 Preto (SP)

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD. ATLAS BRASIL 2013 Os índices referentes ao IDH variam de 0 a 1, sendo que quanto maior, mais

alto é o desenvolvimento observado. De acordo com os dados, o Município de

São José do Rio Preto apresenta Alto Desenvolvimento Humano (IDH-M

situado entre 0,700 e 0,799) apresentando índices acima da média estadual,

para os três componentes em análise. Observando a tendência nacional, o índice de Educação configura-se como o

mais baixo resultado para o Município no ano de 2010. Cabe salientar que a

dimensão encontra-se em evolução, tendo atingido o índice de 0,655 (Médio)

em 2000 e 0,409 (Muito Baixo) para a edição de 1991.

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1.4 Principais Considerações sobre o Município de São José do Rio Preto Conforme demonstrado pelos índices e dados selecionados para a composição

do Capítulo “Diagnóstico Socioeconômico”, o Município de São José do Rio Preto apresenta uma ampla infraestrutura urbana e de serviços ofertados à

população, posicionando-o como um dos municípios mais desenvolvidos no

Estado de São Paulo e do país. Sua localização, com acessos a BR 153 -

Rodovia Transbrasiliana, Rodovia SP 130 - Rodovia Washington Luis, Rodovia

SP 320 - Rodovia Euclides da Cunha e Rodovia Feliciano Sales Cunha, amplia

a área de influência e sua importância regional estratégica, como referência de

desenvolvimento municipal. A análise das características históricas, físico-territoriais, econômicas e de

infraestrutura urbana foram desenvolvidas e apresentadas com o objetivo de

possibilitar o diagnóstico das condições de vida no Município, por meio do

emprego dos indicadores selecionados, obtidos em pesquisas junto a institutos

referenciados, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e

outros, além da pesquisa em outros documentos e fontes de dados oficiais

como Ministérios e órgãos públicos Estaduais e Municipais. Deste modo, o diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de

vida da população de São José do Rio Preto, busca revelar as causas das

deficiências identificadas por meio dos índices, permitindo o desenvolvimento

de ações, programas e projetos, apresentados nos capítulos posteriores, que

influenciam estas dimensões, respeitados o âmbito e os limites delimitados

para o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

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45

2 ATUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 2.1 Organização e Competência pela Prestação dos Serviços de Limpeza Urbana no Município e Serviços Executados 2.1.A Organização e Competência Conforme definido na Lei nº 11.445/2007 (BRASIL, 2007), os serviços de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são um conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais direcionadas à coleta, transporte,

transbordo, tratamento e destino final dos resíduos domésticos e dos

originários da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas. Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos podem ser

executados pelos municípios ou delegados a terceiros. No Município de São

José do Rio Preto, a responsabilidade pela gestão dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos é da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente e Urbanismo, sendo os serviços terceirizados via contrato de serviço. A Figura 1 a seguir apresenta o organograma do órgão responsável pela

gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no

Município de São José do Rio Preto.

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Figura 1 Organograma do órgão responsável pela gestão dos serviços de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no Município de São José do Rio

Preto Fonte: Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo Os principais serviços de limpeza são executados atualmente de forma

terceirizada com contratos de prestação de serviços relacionados aos resíduos

domiciliares (coleta, transporte, triagem e destinação final dos resíduos sólidos

domiciliares) e aos resíduos de serviços de saúde. Ambos os contratos de

prestação de serviços são celebrados com a Empresa Constroeste Construtora

e Participações Ltda. O contrato COC/0020/2010 entre o Município de São José do Rio Preto e a

Empresa Constroeste Construtora e Participações LTDA foi celebrado em 2010

tendo como objeto a “implantação e operação de um conjunto de serviços

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relativos à manutenção da limpeza de vias públicas, coleta, transporte, triagem,

compostagem e destino final de resíduos sólidos e serviços correlatos”. Regido pelas disposições da Lei Federal nº 8.666/1993, o contrato tem vigência

de 12 meses (podendo ser prorrogado por prazos iguais e sucessivos), estando

no momento atual no 2º Termo Aditivo. Quanto aos resíduos de serviços de saúde, o contrato COC /0008/2013,

celebrado em 26/12/2013 entre o Município de São José do Rio Preto e a

Empresa Constroeste, compreende os serviços de "coleta, transbordo,

transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos dos serviços de

saúde dos grupos A, B e E". 2.1.B Serviços Executados

O objeto do contrato de limpeza urbana destinado à “implantação e operação

de um conjunto de serviços relativos à manutenção da limpeza de vias

públicas, coleta, transporte, triagem, compostagem e destino final de resíduos

sólidos e serviços correlatos”, apresenta Serviços de Execução Continuada e Serviços Esporádicos de Manutenção Urbana, conforme relacionado no

Quadro 2 Quadro 2Conjunto de serviços de limpeza urbana executados no Município de São José do Rio Preto de acordo com contrato de prestação

Serviços de Limpeza Urbana no Município de São José do Rio Preto

Serviços de Execução Continuada Coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares para a Unidade de Tratamento (Usina de Triagem e Compostagem) e posteriormente ao destino final (Aterro Sanitário)

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Serviços de Limpeza Urbana no Município de São José do Rio Preto

Serviços de Execução Continuada Disponibilização e operação de Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) licenciada

Disponibilização e operação de aterro sanitário licenciado

Manutenção e conservação do Aterro Sanitário Municipal desativado

Varrição de vias e áreas públicas, com coleta e transporte de resíduos

Varrição mecanizada de vias, com coleta e transporte de resíduos

Limpeza e lavagem de locais onde se realizam feiras-livres

Limpeza e lavagem de praças e logradouros públicos

Fornecimento de equipe padrão para a execução de serviços diversos

Desempenho de atividades de educação ambiental

Coleta, transporte, tratamento e destinação final de lâmpadas fluorescentes

Serviços Esporádicos de Manutenção Urbana

Roçada manual de áreas públicas

Limpeza de bocas-de-lobo, ramais e galerias

Pinturas de meios-fios de sarjetas

Quanto aos serviços relacionados aos Resíduos de Serviços de Saúde, o

contrato em vigência apresenta o seguinte conjunto de serviços:

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Quadro 3 Serviços relacionados aos resíduos de serviços de saúde no Município de São José do Rio Preto

Serviços relacionados aos Resíduos de Serviços de Saúde Coleta, transbordo, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos dos serviços de saúde dos grupos A, B e E

2.2 Geração/Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares

Os resíduos sólidos gerados pela população apresentam características

distintas, vinculadas aos fatores sociais, econômicos e culturais, além de serem

influenciadas pelo porte do Município e o seu nível de desenvolvimento. De acordo com a projeção populacional elaborada pelo IBGE (2013), apresentada no Capítulo “Caracterização Socioeconômica do Município” o Município de São José do Rio Preto apresentava, em 2013, população total de

434.039 habitantes. O total de resíduos coletados no Município neste mesmo

ano foi de 142.434,57 toneladas. O cruzamento das informações de quantidade coletada versus a população

permite aferir uma média de geração per capita de 0,90 kg/hab./dia.

Comparando esse índice a de outros municípios, tem-se o mesmo valor médio

para municípios da Região Sudeste e valor muito próximo ao índice médio

identificado para municípios de mesmo porte populacional, de acordo com o

SNIS 2012 (0,94 kg/hab./dia para Faixa 4 – de 250.001 a 1.000.000 de

habitantes). Na Figura 2 é demonstrada a variação da geração/coleta de resíduos no ano

de 2013 (mês a mês), no Município de São José do Rio Preto:

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Figura 2 Evolução da geração/coleta de resíduos sólidos domiciliares no ano de 2013 (variação mensal) Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto Conforme tendência observada em municípios brasileiros de mesmo porte, os

meses que demonstram ter maior impacto na geração/coleta de resíduos são

os meses de Dezembro e Janeiro. Umas das razões para esse fato é o

aumento no consumo devido à época de festas de fim de ano e ao período de

férias escolares. A Figura 3 a seguir concentra os dados de dez anos de geração de resíduos

sólidos, empregados na conformação da série histórica de geração/coleta de

resíduos sólidos no Município de São José do Rio Preto no período de 2003 a

2013.

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Figura 3 Série histórica de geração de resíduos domiciliares no Município de São José do Rio Preto (2003 a 2013) Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto Seguindo a tendência demonstrada, os dados apontam o aumento da geração

de resíduos no período analisado, com a variação de 112.133,17 toneladas

geradas/coletadas em 2003, para 142.434,57 toneladas geradas/coletadas em

2013, configurando o aumento percentual de cerca de 27%. Em média, a

quantidade total de resíduos gerados/coletados no Município sofreu acréscimo

de 2,5% anualmente, mesmo considerando o decréscimo apresentado no ano

de 2006, de acordo com os dados analisados. A comparação entre os dados obtidos dos 12 meses dos anos de 2012 e 2013

(Figura 4) demonstra que não há diferença significativa nos quantitativos

gerados nesse período, à exceção do mês de maio de 2013, que apresentou o

quantitativo mais baixo dentre aqueles analisados.

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Figura 4 Gráfico comparativo de quantidades de resíduos geradas/coletadas nos meses dos anos de 2012 e 2013

Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto 2.3 Caracterização Gravimétrica dos Resíduos

Os resíduos sólidos urbanos gerados no Município de São José do Rio Preto

não apresentam estudos atualizados de caracterização gravimétrica. Esses

estudos referem-se à determinação da porcentagem de cada componente nos

resíduos sólidos de modo a identificar sua composição. A determinação da caracterização gravimétrica é de extrema importância para

o planejamento das ações relativas ao manejo dos resíduos, como por

exemplo, quanto aos potenciais tratamentos para as diversas frações

(orgânica, recicláveis e rejeitos). Os estudos para o Município de São José do Rio Preto em relação à caracterização gravimétrica foram realizados em 2003 e 2004 por BARREIRA

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(2005) e publicados na tese de doutorado defendida na Universidade de São

Paulo sobre a operação de usinas de compostagem do Estado de São Paulo. A

média dos estudos de caracterização gravimétrica para o Município é

apresentada a seguir: Tabela 15 Média dos estudos de caracterização gravimétrica apresentada para o Município de São José do Rio Preto (período 2003-2004)

Componente %

Matéria Orgânica 56,67

Papel/Papelão 4,16

Plástico Filme 7,89

Plástico Rigido 4,04

Vidro 1,46

Metais 2,37

Tetrapak® 0,91

Madeira e Trapo 5,25

Isopor 0,16

Rejeitos 17,07

Fonte: BARREIRA (2005) 2.4 Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

2.4.A Coleta Manual e Mecanizada de Resíduos Domiciliares e de Varrição O serviço de Coleta Manual e Mecanizada de Resíduos Sólidos Domiciliares e

de Varrição consiste no recolhimento dos resíduos domiciliares dispostos pelos

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munícipes na porta de suas casas, ou em contêineres instalados em locais de

difícil acesso aos caminhões. O serviço contempla igualmente, resíduos

acondicionados e dispostos por varredores nas vias e logradouros públicos, em

áreas previamente determinadas. Em áreas mais afastadas e com dificuldade de locomoção dos caminhões, a

coleta é realizada por meio de caçambas estacionárias localizadas em pontos

estratégicos. Esses equipamentos também são utilizados para

acondicionamento de resíduos domiciliares junto aos grandes geradores, como

supermercados, varejões, Shopping Center, condomínios horizontais e

verticalizados, área central do Município e prédios públicos. Atualmente

existem 400 contêineres de 1000/1.200 litros implantados no Município de São

José do Rio Preto. A coleta é realizada por 18 caminhões compactadores, sendo 03 reservas. Os

mesmos caminhões são utilizados para a coleta diurna e noturna. Quanto à frequência, a coleta é realizada no período diurno, diariamente ou de

forma alternada. Os resíduos são encaminhados à Usina de Triagem e

Compostagem para o devido tratamento. 2.4.B Serviços de Varrição Manual e Mecanizada de Vias e Logradouros Públicos Os serviços de varrição são definidos como a operação de recolhimento e

remoção dos resíduos espalhados pelas vias e logradouros públicos,

compreendendo sarjetas, canteiros centrais e passeios. Incluem-se nesse

serviço a raspagem, a capina, o esvaziamento de cestos e lixeiras existentes e

a retirada de faixas, placas e plaquetas que se encontrem nas vias públicas ou

presas às arvores, postes ou qualquer outro equipamento público.

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Nos locais onde os serviços de varrição são executados, a frequência varia conforme os períodos diurno e noturno:

a) Varrição Diária Diurna

b) Varrição Diária Diurna com Repasse c) Varrição Diária Noturna

d) Varrição aos Domingos

e) Varrição Diurna nos Feriados f) Varrição Noturna nos Feriados

Repasse da Varrição é a ação executada pela equipe de varredores de

percorrer mais de uma vez no mesmo dia o seu setor, recolhendo somente

detritos mais aparentes como papel, pequenos galhos, embalagens diversas,

entre outros. A varrição é realizada de forma manual com apoio de lutocares e vassouras.

Como referência, o total de km e m2 varrido no mês de Janeiro de 2014 é apresentado na Tabela 16 a seguir:

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Tabela 16 Varrição manual de vias e logradouros públicos e de áreas públicas mensalmente (Referência: Janeiro/2014).

Varrição de vias públicas e logradouros Unidade Metros

Varrição Diurna Diária 70.092,90

Varrição Diurna com Repasse -

Varrição Diurna Dias Alternados 62.971,00

Varrição Diurna aos Domingos 2.160,00

Varrição de Áreas Públicas

Unidade m2

Varrição Diurna 48.870,00

Varrição Diurna com Repasse 24.550,00

Varrição Noturna 24.550,00

Varrição Diurna aos Domingos 6.470,00

Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto A Prefeitura pode solicitar a execução de serviços de varrição de áreas, vias e

em locais específicos, por ocasião de eventos e demais ocorrências

excepcionais. 2.4.C Demais Serviços de Limpeza

2.4.C.1 Limpeza de Pontos de Disposição Irregular de Resíduos (Pontos Viciados) Um dos grandes problemas urbanos relacionados aos resíduos, independente

do porte da cidade, é o descarte irregular de materiais em vias e terrenos

baldios. Esse tipo de situação representa um impacto direto na deterioração da

paisagem urbana e do espaço público e, além de custos com a manutenção e

limpeza não-programadas destes espaços, há prejuízos indiretos causados por

acidentes com pedestres, desvalorização de imóveis, entre outros.

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A diminuição desses locais em número e em quantidade de resíduos dispostos

nessas áreas - ou ainda mesmo a erradicação desses pontos -, depende de

ações integradas de educação, fiscalização, gestão e controle, exercidos de

forma conjunta pelo Poder Público e a Sociedade. Pela dificuldade de controlar

a disposição irregular de resíduos, os municípios acabam apenas por realizar a

limpeza dessas áreas, prestando um serviço muitas vezes contínuo e

permanente, mas sem resultados práticos. Por meio do acompanhamento e de um trabalho efetivo de fiscalização por

parte do gestor municipal e da implantação de espaços públicos para

recebimento voluntário de resíduos e bens inservíveis, o Município de São José

do Rio Preto obteve acentuada diminuição das áreas de deposições

irregulares, comparado aos anos anteriores e conforme dados apresentados no

trabalho de Pinto (1999). O serviço de limpeza de pontos viciados consiste na coleta, transporte e

destinação final de entulho e bens inservíveis, dispostos irregularmente pelos

munícipes em áreas como calçadas, canteiros laterais e centrais, terrenos

baldios, logradouros públicos, prédios municipais, viadutos, alças e acessos de

rodovias. Exemplos de áreas de disposição irregular são apresentados na Figura 5 a seguir.

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Figura 5 Exemplo de disposição irregular de resíduos no Município Em 2012, um levantamento realizado por Silva possibilitou o mapeamento

georreferenciado das áreas de disposição irregular no Município. Na Figura 6 a

seguir é possível observar a espacialização dessas áreas. Para a elaboração

desse mapa, foram consideradas as deposições que apresentavam grande

quantidade de resíduos sólidos em vias públicas ou terrenos.

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Figura 6 Mapa com georrefenciamento das disposições irregulares de resíduos no Município de São José do Rio Preto.

Fonte: SILVA (2012)

A experiência do Município na implantação dos espaços públicos para

recebimento de resíduos e bens inservíveis como forma de combater esses

locais de disposição irregular está tratada no Item 2.6.2.3 “Equipamentos de

Apoio ao Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil”.

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2.4.C.2 Limpeza e lavagem de praças e logradouros públicos

A limpeza e a lavagem de áreas públicas, como praças e logradouros públicos

são executadas de forma periódica ou excepcionalmente por ocasião de

eventos e de outras ocorrências. Em situações adversas pode ser exigido o

uso de produtos desinfetantes em conjunto com a lavagem. O serviço de limpeza e lavagem de praças e logradouros públicos ocorre

normalmente no período noturno, após as 18:00 horas. No Quadro 4 são apresentados os locais onde são executados os serviços de

limpeza e lavagem periódicas. Quadro 4 Locais de execução dos serviços de lavagem de vias e logradouros públicos

Dia da Semana Local de Execução do Serviço

Segunda-feira

Praça Rui Barbosa

COAS

Terça-feira Praça Dom José Marcondes

Quarta-feira Terminal de Ônibus Interurbanos

Quinta-feira

Terminal de Ônibus Urbano

COAS

Sexta-feira

Praça Rui Barbosa

COAS

Sábado Calçadão (1 vez/mês)

Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto

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2.4.C.3 Limpeza e lavagem de locais onde se realizam feiras-livres

Entende-se por este serviço a limpeza de locais utilizados para a realização de

feiras-livres por meio de varrição manual, lavagem com jato d´água com

caminhão pipa e desinfecção da área. Além dos serviços de lavagem, a

limpeza dessas áreas também inclui a coleta, transporte e destinação final de

resíduos gerados pelos feirantes e munícipes. Para o acondicionamento dos resíduos, são fornecidos contêineres de 240

(duzentos e quarenta) litros dispostos em locais estratégicos das feiras. Após a

desmontagem das feiras-livres, os contêineres são recolhidos dos locais para

higienização e manutenção, para disponibilização nas feiras dos dias

seguintes. Atualmente, o Município conta com 15 feiras semanais, de terça a domingo,

distribuídas conforme Quadro 5. Quadro 5 Quantidade de feiras livres por semana no Município, distribuídas por dia

Dias da Semana Feiras/Dia

Terça-feira 3

Quarta-feira 5

Quinta-feira 4

Sexta-feira 4

Sábado 4

Domingo 5

Total Semana 25

Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto

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Na ocasião de feriados e eventos pode haver cancelamento ou alteração de dia

das feiras-livres. Entretanto, como esse serviço de limpeza é terceirizado, a

Empresa Constroeste Construtora e Participações Ltda. é responsável por

atender essas mudanças. 2.4.C.4 Fornecimento de equipe padrão para a execução de serviços diversos A Empresa Constroeste Construtora e Participações Ltda., por meio do

contrato de prestação de serviços, disponibiliza 01 equipe de funcionários para

a execução de serviços diversos. 2.4.C.5 Serviços de Manutenção Urbana No Município de São José do Rio Preto ainda são executados serviços

esporádicos de manutenção urbana, conforme destacados a seguir: Roçada manual de áreas públicas,

Limpeza de bocas-de-lobo, ramais e galerias

Pinturas de meios-fios de sarjetas

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2.5 Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Domiciliares 2.5.A Usina de Triagem e Compostagem

A Usina de Triagem e Compostagem de São José do Rio Preto foi implantada

entre 1988 e 1989 tendo sido paralisada por um ano e terceirizada após esse

período, com ampliação e adequação da sua estrutura. A Usina de Triagem, instalada na Rua Lucia Gonçalvez Vieira Giglio, Distrito

Industrial Carlos Arnaldo Silva, é considerada uma das maiores usinas no

Estado de São Paulo e pertence à Empresa Constroeste Construtora e

Participações LTDA. Figura 7 Vista geral da portaria de entrada dos caminhões e da recepção da Usina de Triagem A Empresa Constroeste é responsável pelo tratamento dos resíduos coletados

no Município. A Usina apresenta uma estrutura bem organizada de recepção,

triagem e beneficiamento da fração orgânica por meio do processo de

compostagem, com áreas de decomposição, maturação e refino do composto.

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A recepção e o armazenamento dos resíduos é feita em pátio coberto e a

alimentação da esteira é realizada por meio de garra. A triagem dos resíduos é realizada de forma manual e mecanizada em esteira

elevada, com a separação em três diferentes frações: recicláveis, orgânicos e

rejeitos. Das cerca de 400 t/dia de resíduos sólidos domiciliares encaminhados

à Usina, 30% a 40% - representando 120 a 160 toneladas/dia - são separados

no processo de triagem, tendo como destinação o encaminhamento para a

reciclagem, se for material seco, ou para a compostagem, se forem resíduos

orgânicos. Figura 8 Esteira elevada para triagem manual de resíduos Os resíduos secos são separados de acordo com suas tipologias e

subtipologias (papel, plástico, vidro e metais), prensados e comercializados

com empresas de reciclagem.

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Figura 9 Triagem de resíduos recicláveis, enfardamento e armazenamento para venda A fração orgânica, após sucessivas separações manuais e mecânicas, por

meio de separador balístico e peneiras com diferentes dimensões de malhas, é

encaminhada para área coberta para sofrer o processo de compostagem,

conforme demonstrado na Figura 10 a seguir. Para a aeração das pilhas de

decomposição é utilizada máquina revolvedora. Figura 10 Pátio de decomposição da fração orgânica e máquina para revolvimento das pilhas

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Após 40 dias de processo de compostagem, o composto passa por

beneficiamento e refino por meio de peneiras de diferentes malhas, ficando

estocado em pátio externo para posterior venda. Figura 11 Setor de beneficiamento e armazenamento do composto para venda

Na área da Usina de Triagem e Compostagem há uma pequena estação de

tratamento de efluentes, que recebe o chorume do pátio de compostagem e do

aterro desativado, além do esgoto produzido nas instalações da Usina, e das

águas de lavagem do pátio de recepção dos resíduos, dos caminhões e do

posto.

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Figura 12 Lagoa de chorume e de efluentes e aterro desativado na área da Usina Na Figura 13 a seguir tem-se uma visão geral da área apresentando a Usina de

Triagem e Compostagem situada ao lado do antigo aterro municipal atualmente

desativado. Figura 13 Vista geral da área da Usina de Triagem e do aterro desativado

Fonte: GoogleEarth (2014)

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No Quadro 6 a seguir, são apresentadas as avaliações realizadas pela

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), órgão

ambiental do Estado, que analisa sob o ponto de vista ambiental e sanitário, a

situação dos locais de disposição e tratamento de resíduos. Com as

informações obtidas, a CETESB lança anualmente, desde 1997, o Inventário

Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares. De acordo com esse Inventário

(CETESB, 2012), a Usina de Triagem e Compostagem de São José do Rio

Preto apresenta índices considerados adequados que expressam as condições

locais, estruturais e operacionais do local. Quadro 6 Evolução do Índice de Qualidade das Usinas de Compostagem – Município de São José do Rio Preto

Ano Enquadramento IQC

1997 8,4

1999 8,4

2001 8,1

2003 9,1

9,9 2005

2007 -

2009 9,1

2010 9,9

2011 10

Fonte: CETESB (2012)

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Os dados indicam as condições adequadas da Usina de Triagem e

Compostagem do Município com valores de IQC acima de 8,1 em todos os

anos avaliados. Essa situação também é demonstrada na Figura 14 a seguir. Figura 14 Evolução do IQC no período de 1997 a 2011

Fonte: CETESB (2012) 2.5.B Disposição Final

Após os resíduos coletados no Município serem enviados para a Usina de

Triagem e Compostagem, os materiais considerados rejeitos são enviados para

o Aterro Sanitário privado pertencente à Empresa Constroeste Construtora e

Participações Ltda., localizado em outro município. Ressalta-se que, nesse

caso específico, rejeitos são aqueles materiais considerados não passíveis de

reciclagem e os não aproveitados no processo de compostagem. O Aterro Sanitário Classe II situado no Município de Onda Verde, na Estrada

Vicinal Antonio Gonçalves do Carmo, s/n, Km 1,3, rural, tem Licença de

Operação da Cetesb nº 14005318 emitida em 04/06/2013, e capacidade de

recepção de 2.000t/dia.

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Figura 15 Vista aérea do Aterro Sanitário de Onda Verde

Fonte: Google Earth (2014) Atualmente, a Prefeitura não possui aterro sanitário licenciado, ficando toda a atividade de disposição final sob responsabilidade da Empresa Constroeste. O aterro possui as condições necessárias ao seu funcionamento, como sistema

de drenagem de gases, de chorume e de águas pluviais, tratamento de

lixiviado, impermeabilização da base e laterais dos taludes com manta de

PEAD, dentre outros aspectos técnicos, demonstrados na nota máxima do

Índice de Qualidade de Resíduos (IQR igual a 10) da CETESB (2012). A

evolução do IQR no período de 1997 a 2011 é demonstrada no Quadro 7 e na

Figura 16.

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Quadro 7 Evolução do Índice de Qualidade de Resíduos – Município de São José do Rio Preto

Ano Enquadramento IQR

1997 7,0

1999 7,1

2001 7,0

2003 8,0

2005 9,7

2007 10,0

2009 10,0

2010 10,0

2011 10,0

Fonte: CETESB (2012) Figura 16 Índice de Qualidade dos Resíduos do Aterro Sanitário privado

Fonte: CETESB (2012)

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2.6 Manejo de Resíduos Especiais no Município

2.6.A Manejo de Resíduos de Serviços de Saúde Esse serviço compreende a coleta, transporte e tratamento dos Resíduos de

Serviços de Saúde (RSS) gerados em locais que desempenham atividades

relacionadas à saúde humana e animal. Enquadram-se nessa categoria

hospitais, ambulatórios, laboratórios, postos de saúde, clínicas, farmácias,

entre outros estabelecimentos que empreguem materiais desta natureza. No Município de São José do Rio Preto, os serviços de coleta, transporte,

transbordo e tratamento de resíduos de serviços de saúde são executados por

meio do Contrato COC /0008/2013, firmado em 26 de dezembro de 2013 com a

Empresa Constroeste. Os serviços são prestados de acordo com o preconizado pela Lei Municipal nº

9.545/2005, que autoriza o Poder Público Municipal a contratação de empresa

prestadora de serviços especializados de manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde, dos Grupos “A”, “B” e “E”, após licitação. De acordo com a Resolução CONAMA nº 358 de 2005 e Resolução da ANVISA RDC 306/2004, o Grupo “A” - engloba os componentes com possível

presença de agentes biológicos que, por suas características de maior

virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos:

placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros),

tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras (ANVISA, 2004). Já o Grupo “B” relaciona-se com resíduos que contém substâncias químicas

que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,

dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,

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reatividade e toxicidade. Ex: medicamentos apreendidos, reagentes de

laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros (ANVISA, 2004). Por fim, o Grupo “E” representa aqueles materiais perfuro-cortantes ou

escarificantes, tais como lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro,

pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares (ANVISA, 2004).

A Lei Municipal estabelece a figura do pequeno gerador, como sendo

estabelecimentos que geram mensalmente a quantidade máxima de 40 kg de

RSS, sendo passíveis de pagamento de tarifa para a realização do serviço de

coleta, fixada por Decreto de Preço Público, emitido pela Prefeitura. O Preço

Público é fixado considerando a soma dos valores contratados, adicionados

aos custos administrativos dos serviços de cobrança. O último Decreto emitido pela Prefeitura (Decreto nº 16.972 de 2013) fixou o

preço público dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final

dos Resíduos de Serviços de Saúde - RSS para pequenos geradores em R$

41,50. O Decreto também reitera a necessidade, prevista na Lei, de

cadastramento dos geradores destes resíduos, junto à Secretaria Municipal de

Meio Ambiente e Urbanismo para o acesso aos serviços de coleta. São estabelecidas taxas distintas para os demais estabelecimentos de saúde

considerados públicos (como UPAS, UBS, ambulatórios e hospitais), sendo a

Prefeitura responsável pelos custos terceirizados de coleta, transporte e

tratamento. Deste modo, a Prefeitura tem um custo de R$ 3,86 por quilograma

de RSS coletado e tratado desses estabelecimentos.

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Esses serviços de coleta, transporte e tratamento, tanto nos pequenos

geradores privados como nos estabelecimentos públicos, são realizados pela

Empresa Constroeste. Quanto ao cadastro dos estabelecimentos de saúde, tem-se o seguinte cenário

no Município: Quadro 8 Quantidade de estabelecimentos públicos e pequenos geradores cadastrados

Tipos de Estabelecimentos Cadastrados

Estabelecimentos Públicos 51

Pequenos Geradores 465*

*o número de estabelecimentos considerados “pequenos geradores” pode sofrer alteração, já que

depende da atualização constante do cadastro junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e

Urbanismo

De acordo com os dados apresentados pela Prefeitura, de 01 a 31 de Janeiro

de 2014, período da segunda medição do contrato COC/0008/2013, foram

coletados e destinados 7.931,74 kg de Resíduos de Serviços de Saúde dos

estabelecimentos públicos municipais, e 2.203,12 kg de RSS dos Grupos “A”,

“B” e “E” dos pequenos geradores cadastrados.

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2.6.B Manejo de Resíduos de Construção Civil

2.6.B.1 Sistema para a Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos e Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil O Município de São José do Rio Preto, desde 2004, regulamenta a questão

dos resíduos de construção civil, por meio da Lei nº 9.393, de 20 de dezembro

de 2004 que trata sobre o Sistema para a Gestão Sustentável de Resíduos da

Construção Civil e Resíduos Volumosos, e pelo Decreto nº 12.765 de 08 de

abril de 2005 que regulamenta essa Lei. Esse Decreto ainda versa sobre o

Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. O objetivo central desta legislação é gerir de forma mais adequada os resíduos

de construção civil e os resíduos volumosos no Município, visando sua

reutilização, reciclagem e destinação correta, contribuindo para a diminuição

dos prejuízos ambientais causados por este tipo de resíduo quando dispostos

incorretamente no ambiente. 2.6.B.2 Controle e Fiscalização do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil O Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

(PGRCC) propõe uma gestão mais adequada dos RCC, possibilitando o seu

reuso, reciclagem e sua destinação final correta. De modo a diagnosticar e remediar os problemas dos RCC presentes nas

obras particulares superiores a 500m2 a Prefeitura exige a elaboração do

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PGRCC como parte da documentação obrigatória para solicitação de Alvará de

Construção. A Prefeitura disponibiliza no site, arquivo eletrônico com o modelo para a

elaboração do referido Plano, sendo necessário estimar a quantidade de

entulho a ser gerada na obra. Esse cálculo é realizado por meio de índices de

referência. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SMAURB)

iniciou a elaboração desses índices, entretanto, devido à falta de sequência

histórica que possibilite a criação dos próprios índices de referência, estão

sendo utilizados como base, os índices apresentados nos trabalhos de

pesquisa realizados na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Após o pedido de Alvará de Construção, o Plano de Gerenciamento de RCC é

encaminhado para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente para sua

avaliação. O Plano a ser apresentado deve conter as principais características

da obra, os materiais de maior consumo a serem utilizados, a estimativa de

geração de entulho - que deve estar condizente com a obra proposta - e as

ações a serem executadas para diminuir ou reutilizar o entulho dentro da

própria obra. Para fins de fiscalização e comprovação da destinação correta dos RCC

gerados na obra, no momento da emissão do Habite-se, é solicitada a

apresentação do Controle de Transporte de Resíduos (CTRs), uma espécie de "recibo" válido somente quando carimbado e assinado pelo “recebedor final” do

entulho. Esse documento, devidamente assinado e carimbado, garante a

destinação final correta dos resíduos gerados na obra. No Município de São José do Rio Preto apenas a Central de Reciclagem de

Resíduos da Construção e a Áreas de Transbordo e Triagem devidamente

licenciadas podem carimbar tais documentos. Nesses locais, o responsável

pelo recebimento do entulho assina e carimba o CTR de cada caçamba. Esses

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recibos são devolvidos ao dono da obra para fins de comprovação da

destinação adequada dos resíduos pela empresa transportadora de caçambas. 2.6.B.3 Equipamentos de Apoio ao Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil REDE DE PONTOS DE APOIO

Em 1997, após diagnosticar problemas de descarte irregular no Município de

São José do Rio Preto, a Prefeitura tomou a iniciativa de buscar alternativas de

destinação adequada para estes resíduos que eram depositados em terrenos

baldios, fundos de vales e, até mesmo, em áreas de proteção permanente,

como beira de córregos. O diagnóstico partiu da localização e georrefenciamento desses pontos de

descarte que permitiu identificar a predominância de alguns locais com maiores

concentrações de resíduos dispostos. Com base nesse levantamento foi

produzido o mapa a seguir, elaborado por Pinto (1999) no seu estudo “Metodologia para gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana”.

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Figura 17 Pontos de descarte irregular de resíduos no Município de São José do Rio Preto.

Fonte: PINTO (1999) Na tentativa de solucionar o problema de descarte irregular, nesses locais

foram implantadas estruturas de madeira para recebimento voluntário de

materiais descartados pela população, sendo a Prefeitura a responsável pela

destinação final desses resíduos. Esses locais são denominados Pontos de

Apoio. De acordo com a Lei nº 9393/2004, complementada pelo Decreto nº 12.765/2005, Pontos de Apoio são definidos como equipamentos públicos

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destinados ao recebimento de resíduos da construção civil e resíduos

volumosos limitados a 1 (um) metro cúbico, gerados e entregues pelos

munícipes, podendo ainda ser entregues por coletores diretamente contratados

pelos pequenos geradores. Nesses locais, os resíduos devem ser triados para

posterior coleta e encaminhamento para destinação final e sua implantação e

estrutura devem atender as especificações da norma brasileira NBR

15.112/2004 da ABNT. Dessa forma, os Pontos de Apoio foram concebidos como locais públicos

destinados a entrega voluntária de pequenas quantidades de entulho,

mobiliário sem condições de uso e materiais recicláveis, funcionando como um

entreposto e possibilitando o estabelecimento de uma logística mais eficiente

na segregação dos resíduos gerados no Município de São José do Rio Preto. A

Figura 18 a seguir apresenta o layout básico projetado de um Ponto de Apoio. Figura 18 Layout dos Pontos de Apoio Fonte: Site da Prefeitura de São José do Rio Preto

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As diretrizes básicas estabelecidas para a gestão dos Pontos de Apoio são:

Criar uma alternativa para a entrega de Resíduos da Construção Civil (RCC) pelos pequenos geradores (até 1m3) e de outros resíduos sólidos considerados inservíveis pela população.

Possibilitar a triagem desses resíduos e encaminhamento para tratamento e destinação final adequada.

Contribuir para a diminuição dos pontos de disposição irregular desses resíduos, por meio do disciplinamento da população para seu descarte correto.

A característica mais relevante dessas diretrizes é permitir a gestão integrada

desse tipo de resíduo, ou de outros que costumam ter o mesmo destino

inadequado, como no caso de resíduos volumosos. Além disso, a implantação

desses locais possibilita uma maior articulação dos atores no ciclo de geração

e destinação (pequenos geradores e coletores). De acordo com Pinto (1999), a gestão diferenciada dos resíduos de construção

civil (RCC) tem como objetivos gerais, dentre outros:

a) redução dos custos municipais com a limpeza urbana corretiva dos

pontos de descarte irregular.

b) disposição facilitada dos pequenos volumes de RCC gerados. c) descarte racional de resíduos volumosos.

d) melhoria da limpeza urbana e preservação ambiental com a redução dos

impactos da disposição inadequada e da redução do volume aterrado.

e) possibilidade de dar tratamento aos resíduos, com seu beneficiamento e

produção de agregados, o que resulta na diminuição da retirada de

materiais virgens para a construção civil.

f) incentivo às parcerias para coleta diferenciada, reutilização e reciclagem

de RCC.

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A implantação dos Pontos de Apoio foi uma estratégia de gestão de resíduos

da construção civil na tentativa de romper com a ineficácia e os altos custos da

limpeza corretiva dos locais de descarte irregular. Nesse sentido, além de

contribuir com a limpeza efetiva da cidade, a solução proposta trouxe um

reordenamento de espaços urbanos cada vez mais densos e complexos. No inicio, os PA foram implantados em locais para destinação provisória de

resíduos, ocupando áreas públicas e ainda sem contar com as instalações

recomendadas pelos Ministérios das Cidades e de Meio Ambiente. Em 2004, em levantamento realizado pela Prefeitura do Município, foi

constatado que a população reconhecia os Pontos de Apoio como referência

para a destinação de seu material considerado inservível, ou de seus resíduos

de construção civil provenientes de pequenas reformas ou reparos. Considerando a entrega voluntária desses resíduos por parte da população, e a

possibilidade de reaproveitamento de materiais das grandes empresas de

coleta de resíduos da construção civil, foi implantada a usina de beneficiamento

desses resíduos para reaproveitamento e destinação final. As características

operacionais dessa usina serão tratadas em capítulo específico. Os Pontos de Apoio passaram por reformulação, com cercamento da área por

alambrado e com a colocação de caçambas para deposição dos diversos

materiais. A partir de 2006, com a criação de uma cooperativa de coleta

seletiva, os Pontos de Apoio passaram a ser utilizados também como base

para entrega voluntária de materiais recicláveis secos. Ao todo, o Município de São José do Rio Preto conta com 16 Pontos de Apoio

(PA), sendo que 14 desses locais receberam adequações para seu

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funcionamento. O Quadro 9 a seguir apresenta os diversos Pontos de Apoio

implantados no Município de São José do Rio Preto. Quadro 9 Pontos de Apoio implantados no Município de José do Rio Preto Pontos de Apoio Endereço

1 Atlântica Av. Nametallh Y. Tarraf /Av. Alberto Olivieri

2 Jd. Castelinho Rua Ari Pereira, 940

3 Solo Sagrado Av. Mirassolândia, 3700/ Rua Olga Rillo Fragoso

4 Jd. Yolanda Av. Nadima Damha / Viaduto 153

5 São Francisco Av. Benedito Rodrigues Lisboa, 1100

6 Vitória Régia Av. Nagib Gabriel, 5664

7 Jd. Conceição Rua Cedral, 700

8 Ana Célia Rua Alcides Cardoso Treme/ Rua Direitos Humanos

9 Antunes Rua Cosme e Damião/ Rua Albero Ricci

10 Parque das Flores Rua Anna R. Liebana, 801/ Av. Valdomiro Lopes da Silva

11 João Paulo II Rua Rosa Generosa Pinheiro, 1310

12 Parque da Cidadania Av. Américo Agrelli, 70

13 Jd. São José do Rio Preto I Rua Professor Ernesto Vieira/ Av. Marco Constantini

14 Santo Antonio Av. Orlando Canuto da Silva, 3200

15 Anna Angélica Av. Professor Bento Abelaria Gomes, 1461

16 Solon Varginha Av. Solon Varginha

A Figura 19 a seguir mostra o Município dividido em bacias de captação com a

localização dos Pontos de Apoio com base nos setores censitários do IBGE.

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Figura 19 Bacias de captação e localização das Instalações dos Pontos de Apoio Fonte: Prefeitura de São José do Rio Preto (2009) Nestes espaços, os materiais recebidos são previamente triados e separados,

sendo que a fração aproveitável é enviada para as Centrais de Triagem e

Usina de Beneficiamento dos Resíduos da Construção Civil, enquanto os

rejeitos seguem para o Aterro Sanitário.

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De acordo com a Prefeitura Municipal, podem ser entregues voluntariamente

os seguintes resíduos: Quadro 10 Materiais recebidos nos Pontos de Apoio Materiais que podem ser entregues voluntariamente nos Pontos de Apoio

Madeira

Plástico

Metal

Vidro

Papel e Papelão

Restos de podas de árvores

Móveis sem condições de uso

Eletrodomésticos sem condições de uso

Pedaços de automóveis, motos e bicicletas

Materiais cerâmicos (tijolo, blocos, pisos, azulejos etc.)

Pequenas quantidades de entulho (até 1m³).

Ainda de acordo com a Prefeitura de São José do Rio Preto, é proibida a

entrega de: a) resíduos domiciliares não segregados; b) resíduos hospitalares

de quaisquer origens; c) Resíduos da Construção Civil que apresentem volume

superior a 1m³; e d) resíduos volumosos com tamanho superior a caçamba de

uma caminhonete. A Figura 20 a seguir, apresenta algumas características dos Pontos de Apoio

como a fachada, a presença de contêineres para os resíduos da construção

civil, madeiras, metais e de “Bags” para o armazenamento temporário de

materiais recicláveis.

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Figura 20 Pontos de Apoio de São José do Rio Preto

Os Pontos de Apoio operam de formas diversas entre si, considerando a

responsabilidade da gestão do espaço, a quantidade de funcionários ou

associados das cooperativas que atuam no local, e o tipo e a quantidade de

equipamentos utilizados. Esses locais podem servir também como estrutura de

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apoio para a realização da triagem prévia dos materiais coletados

seletivamente porta-a-porta, com o emprego de carrinhos pelos cooperados. Dada a ausência de balanças para a pesagem dos resíduos recebidos nestes

locais, não foi possível precisar a quantidade recebida ou qualificá-la entre os

diversos materiais (RCC, Materiais Recicláveis e Volumosos). 2.7 Programas de Redução, Minimização e de Reaproveitamento de Resíduos 2.7.A Programa de Reaproveitamento de Resíduos da Construção Civil (RCC) USINA DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Os resíduos de construção coletados nos Pontos de Apoio são destinados à

Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil, situado à Rodovia

Délcio Custódio da Silva, Km 3,5. A Usina, instalada desde 2005, tem capacidade de beneficiar 80 t/hora de

material vermelho (telhas, tijolos, solo) e 35 t/hora de material cinza (britagem

do concreto), atendendo aproximadamente 50% dos RCC gerados no

Município. Isso equivale ao beneficiamento de, aproximadamente, 600 t/dia de

resíduos da construção civil.

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Figura 21 Equipamentos da Usina de Reciclagem de RCC de São José do Rio Preto

O processo de beneficiamento dos resíduos gera os seguintes materiais,

denominados agregados: brita 1, pedrisco, areia e rachão, bica corrida 1 e bica

corrida 2, dentre outros. Figura 22 Agregados produzidos a partir dos Resíduos de Construção Civil

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Esses agregados são utilizados como matéria-prima junto à Usina de

Fabricação de Artefatos, gerando os seguintes produtos diversos: guias,

sarjetas, tubos, filete (guia de praça), bancos e mesas de praças, blocos,

dentre outros. Estes produtos atendem, aproximadamente, 70% das

necessidades da Prefeitura. Figura 23 Vista geral da Usina de Artefatos

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Figura 24 Artefatos produzidos da matéria-prima beneficiada Os RCC são também captados em ações de limpeza corretiva realizados em

terrenos e vias públicas do Município. Esses materiais, por serem misturados a

outros tipos de resíduos, dificilmente apresentam possibilidade de

reaproveitamento e atualmente são encaminhados para Área de Triagem e

Transbordo (ATT), inserida na matrícula de nº 124.932 do 1º ORI de S. J. Rio

Preto, considerada área rural, pertencente ao poder público municipal,

denominada de Fazenda Ambiental. Esta área encontra-se em processo de

estudos geológicos para embasar o licenciamento de aterro de Resíduos da

Construção Civil e inertes, com o objetivo de oferecer destinação adequada

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aos resíduos de construção civil proveniente de ações corretivas de limpeza

urbana e que são inviáveis de serem reutilizados. São frequentes os problemas enfrentados devido à falta de triagem dos RCC

antes de serem encaminhados à Usina de Beneficiamento, o que causa

transtornos ao processo operacional e custos para a municipalidade para a

retirada desse material e posterior encaminhamento ao aterro sanitário. Alguns resíduos de construção civil provenientes dos Pontos de Apoio também

são enviados à ATT (Fazenda Ambiental), visto serem muito sujos, o que

impossibilita o seu reaproveitamento. 2.7.B Programa de Coleta Seletiva O Programa de Coleta Seletiva foi planejado de forma integrada a outros

serviços de gestão de resíduos, como por exemplo, aos relacionados aos

Resíduos da Construção Civil. Em São José do Rio Preto, os Pontos de Apoio possibilitaram a ampliação da

coleta seletiva, aproveitando a mesma logística de entrega de materiais e, com

isso, minimizando os custos de operacionalização do serviço. O Programa de Coleta Seletiva no Município ocorre atualmente de duas

formas:

Coleta porta-a-porta Com o auxilio de aproximadamente 40 cooperados inseridos na Cooperativa

Cooperlagos, é realizada a coleta porta a porta em cerca de 30% das

residências urbanas. Esta coleta é executada por meio de carrinhos de mão e

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caminhão tipo gaiola, nos seguintes pontos: Ceasa, ao redor do Praça

Shopping, no Bairro Alto Rio Preto, no Jardim Atlântica, no Condomínio da

Cidade, na área central, dentre outros grandes geradores. A coleta gira em

torno de 65 t/mês.

Entrega Voluntária nos Pontos de Apoio Uma outra forma da população participar do Programa de Coleta Seletiva é por

meio da entrega voluntária nos Pontos de Apoio. Os resíduos são entregues

nesses locais, tanto por moradores das regiões próximas, como por catadores

que realizam a coleta porta a porta por meio de carrinho de mão. Esta última

forma é realizada apenas num raio de 1,5 km ao redor de 05 Pontos de Apoio

(PA) instalados no município, a saber: Jardim Nazareth, Vitória Régia, São

Francisco e Jardim Yolanda. Após a entrega dos materiais recicláveis nos Pontos de Apoio, os resíduos são

armazenados temporariamente em bags e transportados periodicamente, por

meio de caminhão tipo gaiola e um caminhão tipo baú (alugado 2 vezes na

semana), até o barracão de triagem, apresentado a seguir: CENTRAIS DE TRIAGEM Atualmente funcionam no Município de São José do Rio Preto, duas Centrais

de Triagem de materiais recicláveis - a ARES e a COOPERLAGOS - como

parte do Serviço Público de Coleta Seletiva, instituído pela Lei Municipal n°

10.263, de dezembro de 2008. As Centrais de Triagem são utilizadas para o recebimento, triagem e

comercialização dos resíduos coletados porta-a-porta, por meio do emprego de

cooperados equipados com carrinhos de mão e com o auxilio de dois

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caminhões tipo gaiolas (sendo um da Cooperlagos e um da prefeitura que é

dividido meio período para cada entidade), um caminhão compactador também

da prefeitura que atende a Cooperlagos e um caminhão tipo baú que é alugado

pela Ares duas vezes por semana. As Centrais também recebem os resíduos

recicláveis oriundos da entrega voluntária nos Pontos de Apoio. Central de Triagem ARES - Associação Riopretense de Educação e Saúde

Localizada na Rua Iriritiba n° 1370, no Jardim Sônia, a Associação Riopretense

de Educação e Saúde atua em um galpão de 1.000 m² alugado com o apoio

recebido pela Prefeitura, que também custeia água, luz e telefone. A Prefeitura

também fornece subsídio financeiro para a contratação de um funcionário da

área administrativa, um técnico, um assistente social e um Coordenador

técnico, além de uma complementação de renda dos coletores no valor de R$

9.250,00. Este apoio tem respaldo na Lei Municipal que institui a Coleta

Seletiva como Serviço Público em São José do Rio Preto, que tem como

objetivo a Inclusão Social, Geração de Trabalho e Renda, através da Coleta e

Comercialização de Materiais Recicláveis. A seguir, são apresentadas imagens do galpão, obtidas em visita técnica.

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Figura 25 Galpão da Central de Triagem – ARES A Central funciona de segunda a sexta-feira, das 08:00 as 17:00hs, e comporta

12 membros da Associação que são responsáveis por prensar e comercializar

os materiais já triados, oriundos da coleta nos Pontos de Apoio. Os demais

associados se dividem nos Pontos de Apoio, sendo um total de 34. O local não

possui balança para pesagem, sendo esta realizada unicamente no momento

de comercialização, com o equipamento dos compradores. O local é equipado com prensas para o enfardamento de plástico e papelão,

caçamba para armazenamento temporário dos materiais, além de carrinhos

utilizados para a coleta nos Pontos de Apoio, conforme registro fotográfico

apresentado a seguir:

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Figura 26 Equipamentos da Central de Triagem ARES – Prensas, Caçamba e Carrinhos de Coleta

Os materiais triados e enfardados são vendidos, principalmente, a aparistas e

intermediários, que os revendem para a indústria de transformação. O rejeito,

fração não aproveitável pós triagem, é coletado pela Empresa Constroeste e

destinado ao Aterro Sanitário Onda Verde. Em face da indisponibilidade de dados mais abrangentes e detalhados relativos

à operação da Central de Triagem ARES, são apresentados sucintamente

quantitativos tendo por referência o mês de Novembro de 2013 (Tabela 17).

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Tabela 17 Resumo da operação da ARES – Referência Novembro 2013

Resumo da Operação - Central de Triagem ARES

Referência Novembro de 2013

Total Comercializado (toneladas) 44,336

Total Arrecadado R$ 11.222,19

Convênio Prefeitura R$ 9.250,00

Central de Triagem Cooperlagos – Cooperativa de Coleta Seletiva, Beneficiamento e Transformação de Materiais Recicláveis de São José do Rio Preto Fundada originalmente em junho de 2004, a Central de Triagem operada pela

Cooperlagos localiza-se na Avenida Cenobelino de Barro Serra, nº 1480, com

38 membros. A cooperativa funciona de segunda à sexta-feira, no período das 08:00 às

17:00 horas. A área total de 10.000 m² é pertencente ao Estado e cedida para

a Prefeitura, sendo a mesma dividida em duas partes iguais, já que no local

funciona também o armazenamento de pneus inservíveis, conforme

apresentado nas figuras a seguir.

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Figura 27 Vista do galpão utilizado pela Cooperativa Cooperlagos e o local de armazenamento de Pneus As atividades no galpão podem ser visualizadas na Figura 28.

Figura 28 Espaço interno do galpão da Cooperativa Cooperlagos no barracão

cedido pelo Estado

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Assim como ocorre com a Central de Triagem de responsabilidade da

Associação ARES, a Cooperativa Cooperlagos recebe apoio da Prefeitura

Municipal de São José do Rio Preto, por meio de Convênio, que possibilita o

custeio da água, luz e telefone, além da contratação de um funcionário da área

administrativa, um motorista, um assistente social e um Coordenador técnico

para as atividades da Cooperativa na triagem de materiais recicláveis e uma

complementação de renda dos cooperados no valor de R$10.000,00. A coleta do material oriundo de grandes geradores e de pontos estratégicos,

como condomínios e supermercados, é realizada por meio do caminhão que foi

doado à cooperativa e também por caminhão da prefeitura. Os materiais são

pesados em uma Balança do tipo Plataforma, instalada na entrada do Galpão.

A triagem é realizada em mesas de separação, sendo que os materiais

separados são posteriormente enfardados e enviados para comercialização,

principalmente com aparistas e intermediários que revendem o material para a

indústria. A Cooperlagos conta ainda com um barracão financiando a fundo perdido pelo

BNDES, localizado na Avenida Lécio Anawate nº 500, Distrito Industrial (Figura

29).

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Figura 29 Barracão da Cooperlagos Tendo em vista a inexistência de dados suficientemente detalhados para a

análise da operação de triagem, enfardamento e comercialização realizada na

Central, são apresentadas as informações relativas ao mês de Novembro de

2013, sintetizadas no Quadro 11 a seguir.

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Quadro 11Resumo da operação da Cooperlagos – Referência Novembro 2013

Resumo da Operação - Central de Triagem Cooperlagos Referência Novembro de 2013

Total Comercializado (toneladas) 69,762

Total Arrecadado R$ 19.000,00

Convênio Prefeitura R$ 10.000,00

Na Cooperlagos também é realizada a triagem de equipamentos eletro-

eletrônicos, devido à formação específica recebida pelos cooperados. A Figura

30 apresenta a bancada de trabalho utilizada na separação dos resíduos

eletrônicos. Figura 30 Bancada de triagem de resíduos eletrônicos

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Por meio das informações obtidas junto às cooperativas que atuam em São

José do Rio Preto, foi elaborado o gráfico a seguir, compreendendo os dados

de recuperação de materiais recicláveis no ano de 2013, em toneladas por

mês. Figura 31 Evolução mensal da quantidade de materiais recicláveis coletados no ano de 2013 (toneladas)

Fonte: Cooperativa e Associação de Triagem de materiais recicláveis de SJRP Conforme demonstrado, a quantidade de materiais coletados apresenta baixa

variação entre os meses de janeiro e dezembro de 2013. Ainda de acordo com

os dados, a quantidade destes materiais cresceu 13% em comparação direta

entre os referidos meses. A Figura 32 a seguir apresenta a variação nesta

quantidade, referenciada em função do total de resíduos sólidos domiciliares

coletados no Município.

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Figura 32 Evolução do percentual de coleta de materiais recicláveis, em relação ao total de resíduos sólidos coletados mensalmente em 2013 Conforme demonstrado no gráfico, o percentual de coleta de materiais

recicláveis em relação ao total de resíduos coletados no Município de São José

do Rio Preto no ano de 2013 não ultrapassa a 1,12% (mês de julho). É

importante ressaltar que um dos objetivos do Plano de Gestão Integrada é

estabelecer metas de recuperação de materiais considerando a reestruturação

do Programa de Coleta Seletiva no Município.

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2.8 Passivos Ambientais no Município de São José do Rio Preto De acordo com o “Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo” elaborado pela CETESB (2012), o Município de São José do Rio Preto conta com 47 áreas contaminadas/reabilitadas de 03 diferentes tipos de

fontes de contaminação (Figura 33): Postos de Combustíveis – 40 áreas.

Comércio – 06 áreas.

Resíduos – 01 Área.

Figura 33 Áreas Contaminadas em São José do Rio Preto, por natureza da atividade, de acordo com a CETESB 2012 Fonte: CETESB (2012) A relação de áreas contaminadas publicadas no documento da CETESB é

apresentada nos Quadros a seguir que resumem as principais informações a

respeito dos estabelecimentos, etapas de gerenciamento, contaminantes,

meios impactados, medidas de remediação e medidas emergenciais para cada

grupo de fonte de contaminação.

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Quadro 12 Áreas contaminadas e reabilitadas relacionadas a Postos de Combustíveis

Áreas contaminadas e Reabilitadas

Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

POSTOS DE COMBUSTÍVEIS Medidas para eliminação do vazamento, investigação Auto Posto confirmatória e Subsolo e águas detalhada, plano de Combustíveis subterrâneas Andorinhas - Rio Armazenagem - Contaminada intervenção, remediação líquidos (dentro da Preto LTDA com monitoramento da propriedade

eficiência e eficácia e monitoramento para encerramento. Investigação confirmatória e detalhada, plano de Solventes Águas Atenuação Auto Posto Bilac & intervenção, remediação subterrâneas Armazenagem aromáticos e natural Reabilitada Lima LTDA com monitoramento da (dentro e fora da PAHs monitorada eficiência e eficácia e propriedade)

monitoramento para encerramento. Medidas para eliminação do vazamento, investigação Solventes Águas Em processo de Auto Posto Canaã confirmatória e subterrâneas Armazenagem aromáticos e - monitoramento para Rio Preto LTDA detalhada, plano de (dentro da PAHs reabilitação intervenção, remediação propriedade)

com monitoramento da eficiência e eficácia e

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

monitoramento para encerramento. Investigação Combustíveis Águas Auto Posto Doradão líquidos e subterrâneas confirmatória, detalhada Armazenagem - Contaminada Rio Preto LTDA Solventes (dentro e fora da e plano de intervenção. aromáticos propriedade)

Investigação confirmatória e detalhada, plano de Águas Atenuação Auto Posto Estoril intervenção, remediação Solventes subterrâneas Armazenagem natural Reabilitada Rio Preto LTDA com monitoramento da aromáticos (dentro da monitorada eficiência e eficácia e propriedade)

monitoramento para encerramento. Medidas para eliminação do vazamento, investigação confirmatória e Solventes Águas Auto Posto Florido - detalhada, plano de subterrâneas Bombeamento e Armazenagem aromáticos e Reabilitada Rio Preto LTDA intervenção, remediação (dentro e fora da tratamento PAHs com monitoramento da propriedade)

eficiência e eficácia e monitoramento para encerramento.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

Investigação confirmatória e Combustíveis Subsolo (dentro Auto Posto detalhada, plano de da propriedade)e líquidos, Em processo de Gramadão de São intervenção, remediação águas Extração Armazenagem Solventes monitoramento para José do Rio Preto com monitoramento da subterrâneas Multifásica aromáticos e reabilitação LTDA eficiência e eficácia e (dentro e fora da PAHs monitoramento para propriedade)

encerramento. Águas Auto Posto Imperial Investigação Armazenagem Combustíveis subterrâneas - Contaminada Rio Preto LTDA confirmatória. líquidos (dentro da

propriedade) Águas Auto Posto Itamarati Investigação Armazenagem Solventes subterrâneas - Contaminada sob Abundância LTDA confirmatória. aromáticos (dentro da investigação

propriedade) Investigação confirmatória e Águas Atenuação Auto Posto Marazul detalhada, plano de Solventes subterrâneas Armazenagem natural Reabilitada Rio Preto LTDA intervenção e aromáticos (dentro da monitorada monitoramento para propriedade)

encerramento. Investigação confirmatória e Combustíveis Subsolo e águas Bombeamento e

detalhada, plano de

líquidos,

Auto Posto Mercadão Armazenagem

subterrâneas tratamento e Contaminada Rio Preto intervenção e Solventes (dentro da Recuperação

remediação com aromáticos e propriedade) fase livre monitoramento da PAHs

eficiência e eficácia.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

Subsolo e águas Auto Posto Palace Investigação Armazenagem Combustíveis subterrâneas - Contaminada LTDA confirmatória. líquidos (dentro da

propriedade)

Investigação Combustíveis Subsolo (dentro confirmatória e da propriedade) e líquidos, Auto Posto Porcino detalhada, plano de águas Bombeamento e Armazenagem Solventes Reabilitada Rio Preto LTDA intervenção e subterrâneas tratamento aromáticos e monitoramento para (dentro e fora da PAHs encerramento. propriedade)

Combustíveis Subsolo e águas Auto Posto São Investigação líquidos, subterrâneas Marcos Rio Preto confirmatória, detalhada Armazenagem Solventes - Contaminada (dentro da LTDA e plano de intervenção. aromáticos e propriedade) PAHs

Águas Auto Posto Vale do Investigação Armazenagem Combustíveis subterrâneas - Contaminada sob Sol Rio Preto LTDA confirmatória. líquidos (dentro da investigação

propriedade) Investigação confirmatória e Águas Atenuação Em processo de Auto Posto VIP Rio detalhada, plano de Solventes subterrâneas Infiltração natural monitoramento para Preto LTDA intervenção e aromáticos (dentro da monitorada reabilitação monitoramento para propriedade)

encerramento.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

Medidas para eliminação do vazamento, investigação Combustíveis Subsolo (dentro confirmatória e da propriedade)e B.R.A. - Universo líquidos, detalhada, plano de águas Extração Posto de Armazenagem Solventes Contaminada intervenção, remediação subterrâneas Multifásica Combustíveis LTDA aromáticos e com monitoramento da (dentro e fora da PAHs eficiência e eficácia e propriedade)

monitoramento para encerramento. Investigação Combustíveis Subsolo e águas Bombeamento e confirmatória, Bernardete Maluf & líquidos e subterrâneas tratamento e remediação com Armazenagem Contaminada CIA LTDA Solventes (dentro da Extração monitoramento da aromáticos propriedade) Multifásica eficiência e eficácia.

Investigação Chiesa Parque confirmatória e Águas Atenuação Em processo de detalhada, plano de Solventes subterrâneas Industrial Armazenagem natural monitoramento para intervenção e aromáticos (dentro e fora da Combustíveis LTDA monitorada reabilitação monitoramento para propriedade)

encerramento. Investigação Constroeste confirmatória e Solventes Solo Superficial ( Atenuação detalhada, plano de Construtora e Acidentes aromáticos e dentro da natural Reabilitada intervenção e Participação LTDA PAHs propriedade) monitorada monitoramento para

encerramento.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

Investigação Subsolo e águas Expresso Itamarati Combustíveis subterrâneas confirmatória, detalhada Armazenagem - Contaminada S.A. líquidos (dentro da e plano de intervenção. propriedade)

Investigação confirmatória e Combustíveis Subsolo e águas Extração detalhada, plano de líquidos, Guarujá Andaló Auto subterrâneas Multifásica e intervenção e Armazenagem Solventes Contaminada Posto LTDA (dentro da recuperação fase remediação com aromáticos e propriedade) livre monitoramento da PAHs

eficiência.

Investigação Combustíveis Águas Irmãos Porcini Rio líquidos e subterrâneas confirmatória, detalhada Armazenagem - Contaminada Preto LTDA Solventes (dentro e fora da e plano de intervenção. aromáticos propriedade)

Investigação confirmatória e Solo superficial, detalhada, plano de subsolo e águas Atenuação Em processo de Irmãos Takahashi intervenção, remediação Solventes Armazenagem subterrâneas natural monitoramento para LTDA com monitoramento da aromáticos (dentro da monitorada reabilitação eficiência e eficácia e propriedade) monitoramento para

encerramento. Investigação Subsolo e águas confirmatória e J D Cocenzo & CIA Combustíveis subterrâneas detalhada, plano de Armazenagem - Contaminada LTDA líquidos (dentro da intervenção, remediação propriedade) com monitoramento da

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

eficiência e eficácia e monitoramento para encerramento. Águas J. A. Maschio & CIA Investigação Armazenagem Combustíveis subterrâneas Contaminada Contaminada LTDA confirmatória. líquidos (dentro da

propriedade)

Investigação Águas

Junqueira de Oliveira

Combustíveis

subterrâneas

Bombeamento e

confirmatória, detalhada Armazenagem Contaminada & Oliveira LTDA e plano de intervenção. líquidos (dentro e fora da tratamento propriedade)

Investigação confirmatória e Solventes Águas Atenuação Martineli Auto Posto detalhada, plano de subterrâneas Armazenagem aromáticos e natural Reabilitada LTDA intervenção e (dentro da PAHs monitorada monitoramento para propriedade)

encerramento. Investigação confirmatória e Solventes Águas Atenuação Em processo de detalhada, plano de subterrâneas Master Avgas LTDA Armazenagem aromáticos e natural monitoramento para intervenção e (dentro da PAHs monitorada reabilitação monitoramento para propriedade)

encerramento.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

Investigação confirmatória e Solo superficial e Bombeamento e detalhada, plano de subsolo (dentro Combustíveis tratamento, intervenção, remediação da propriedade) e Porcini & Porcini líquidos e extração de com monitoramento da Armazenagem águas Reabilitada

LTDA

Solventes vapores do solo

e

eficiência e eficácia e subterrâneas aromáticos recuperação fase monitoramento para (dentro e fora da livre. encerramento. propriedade)

Medidas para eliminação do vazamento, investigação Solventes Águas Posto Ipirangão confirmatória e subterrâneas Armazenagem aromáticos - Contaminada LTDA detalhada, plano de (dentro da

intervenção e propriedade) monitoramento para encerramento. Combustíveis Águas Posto Itamarati - Investigação Armazenagem líquidos e subterrâneas - Contaminada sob Jaya LTDA confirmatória. Solventes (dentro da investigação

aromáticos propriedade) Investigação confirmatória e Solventes Águas Atenuação Posto Itamarati detalhada, plano de subterrâneas Armazenagem aromáticos e natural Reabilitada Ananda LTDA intervenção e (dentro da PAHs monitorada monitoramento para propriedade)

encerramento.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

Investigação confirmatória e Águas

detalhada, plano de

Posto Itamarati Visão Armazenagem

Combustíveis subterrâneas Recuperação Contaminada Futuro LTDA intervenção e líquidos (dentro e fora da fase livre

remediação com propriedade) monitoramento da

eficiência e eficácia. Investigação confirmatória e detalhada, plano de Subsolo e águas Posto Petroleum intervenção, remediação Armazenagem Combustíveis subterrâneas - Contaminada Shopping LTDA com monitoramento da líquidos (dentro da

eficiência e eficácia e propriedade) monitoramento para encerramento. Investigação Rio Petro confirmatória e Combustíveis Subsolo e águas Atenuação Em processo de Combustíveis, detalhada, plano de líquidos e subterrâneas Armazenagem natural monitoramento para Lubrificantes e intervenção e Solventes (dentro da monitorada reabilitação Serviços LTDA monitoramento para aromáticos propriedade)

encerramento. Investigação confirmatória e detalhada, plano de Combustíveis Romano Morgon Zani intervenção, remediação Armazenagem líquidos e Subsolo (dentro Recuperação Contaminada & CIA LTDA com monitoramento da Solventes da propriedade) fase livre

eficiência e eficácia e aromáticos monitoramento para encerramento.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminação Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Impactados Remediação

Investigação Via Roma Auto Posto confirmatória e Solventes Águas Comércio de detalhada, plano de Armazenagem aromáticos e subterrâneas - Contaminada intervenção e (dentro da Combustíveis LTDA PAHs monitoramento para propriedade)

encerramento. Viadiesel Transporte Subsolo e águas Investigação Combustíveis subterrâneas Bombeamento e e Comércio de Armazenagem Contaminada confirmatória. líquidos (dentro da tratamento Combustíveis LTDA propriedade)

Medidas para eliminação do Solo superficial vazamento, investigação Combustíveis (dentro da confirmatória e líquidos, propriedade) e W.L. Porcini & F.R. detalhada, plano de Recuperação Armazenagem Solventes águas Contaminada Porcini LTDA intervenção, remediação fase livre aromáticos e subterrâneas com monitoramento da PAHs (dentro e fora da eficiência e eficácia e propriedade) monitoramento para

encerramento. Fonte: CETESB (2012).

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Quadro 13 Áreas contaminadas e reabilitadas relacionadas ao Comércio

Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Contaminação Impactados Remediação

COMÉRCIO Investigação confirmatória Solo superficial e detalhada, avaliação de Combustíveis e subsolo Bombeamento e Em processo risco/ gerenciamento do (dentro da tratamento, air líquidos, de COSAN Combustíveis e risco, remediação com Descarte/disposiç propriedade) e sparging, remoção Solventes monitoramento Lubrificantes S.A. monitoramento da ão e infiltração águas de solo/resíduo e aromáticos e para eficiência e eficácia e subterrâneas recuperação fase PAHs reabilitação monitoramento para (dentro e fora da livre.

encerramento. propriedade) Águas Contaminada Francisco O. Sanches & CIA Investigação Combustíveis subterrâneas Armazenagem - sob LTDA confirmatória. líquidos (dentro da investigação propriedade)

Investigação confirmatória Solo superficial Bombeamento e tratamento, e detalhada, avaliação de e subsolo Combustíveis extração Em processo risco/ gerenciamento do (dentro da líquidos, multifásica, de Ipiranga Produtos de risco, concepção da Descarte/disposiç propriedade) e Solventes remoção de monitoramento Petróleo S.A. remediação, projeto de ão e infiltração águas aromáticos e solo/resíduo, para remediação e remediação subterrâneas PAHs recuperação fase reabilitação com monitoramento da (dentro e fora da livre e barreira eficiência e eficácia. propriedade) hidráulica.

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Áreas contaminadas e Reabilitadas Estabelecimento Etapas de Fonte de Contaminantes Meios Medidas de Situação Gerenciamento Contaminação Impactados Remediação

Investigação confirmatória Solo superficial Bombeamento e e detalhada, avaliação de tratamento, e subsolo risco/ gerenciamento do Combustíveis extração de Em processo (dentro da risco, concepção da líquidos, vapores do solo, air de Ipiranga Produtos de Descarte/disposiç propriedade) e remediação, remediação Solventes sparging, remoção monitoramento Petróleo S/A ão e infiltração águas com monitoramento da aromáticos e de solo/resíduo, para subterrâneas eficiência e eficácia e PAHs recuperação fase reabilitação (dentro e fora da monitoramento para livre e propriedade) encerramento. biorremediação.

Investigação confirmatória Solo superficial e detalhada, avaliação de e subsolo risco/ gerenciamento do Combustíveis Bombeamento e Em processo (dentro da risco, projeto de líquidos, tratamento, air de propriedade) e Petrobrás Distribuidora S/A remediação, remediação Infiltração Solventes saprging e monitoramento águas com monitoramento da aromáticos e recuperação fase para subterrâneas eficiência e eficácia e PAHs livre. reabilitação (dentro e fora da monitoramento para propriedade) encerramento.

Investigação confirmatória Solo superficial Bombeamento e e detalhada, avaliação de tratamento, e subsolo risco/ gerenciamento do Combustíveis extração de Armazenagem, (dentro da risco, concepção da líquidos, vapores do solo, air descarte/ propriedade) e Simeira Petróleo LTDA remediação, remediação Solventes sparging, remoção Contaminada disposição e águas com monitoramento da aromáticos e de solo/resíduo, infiltração subterrâneas eficiência e eficácia e PAHs recuperação fase (dentro e fora da monitoramento para livre e propriedade) encerramento. biorremediação.

Fonte: CETESB (2012).

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Quadro 14 Áreas contaminadas e reabilitadas relacionadas a Resíduos

Áreas contaminadas e

Reabilitadas

Estabelecimento

Etapas de Gerenciamento

Fonte de Contaminantes

Meios Medidas de Situação

Contaminação

Impactados Remediação

RESÍDUOS

Aterro Sanitário da Águas Avaliação preliminar e Descarte/ subterrâneas Contaminada sob Prefeitura Municipal de Metais - investigação confirmatória. disposição (dentro da investigação São José do Rio Preto propriedade)

Fonte: CETESB (2012).

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A Figura 34 demonstra a situação dos passivos ambientais do Município de

São José do Rio Preto quanto ao processo de reabilitação. Figura 34 Situação das áreas Contaminadas/Reabilitadas em São José do Rio Preto, de acordo com a CETESB 2012 Fonte: CETESB (2012) Na Figura 35 é apresentada a distribuição espacial das áreas

contaminadas/reabilitadas no Município de São José do Rio Preto, elaborado

de acordo com o “Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado

de São Paulo” elaborado pela CETESB (2012).

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2.9 Legislação Municipal referente à Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

No Quadro 15, é apresentado o conjunto de Leis, Decretos e Portarias

promulgadas pelos poderes legislativo e executivo do Município de São José

do Rio Preto, relacionados com a temática ambiental e, em especial, com a

disciplina da gestão dos resíduos sólidos no território. Quadro 15 Conjunto de Leis, Decretos e Portarias Municipais

Quadro de Leis, Decretos e Portarias Municipais

Lei Assunto Ano Lei nº 2.268 de 1978 Dispõe sobre a poluição atmosférica e das águas. 1978

Lei nº 4.041 de 1987 Proíbe a disposição de materiais em vias e passeios. 1987

Lei Complementar nº 17 de Código de posturas. 1992 1992

Lei nº 5.135 de 1992 Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo. 1992

Lei Complementar nº 42 de Altera a Lei Complementar nº 17 de 1992 1994 1994

Lei nº 5.744 de 1994 Proíbe a disposição de materiais em vias e passeios. 1994

Lei nº 5.749 de 1995 Alterações na Lei de Zoneamento. 1995

Lei nº 6.499 de 1996 Aprova o Regulamento da Limpeza Urbana do Município 1996 de São José do Rio Preto.

Lei Complementar nº 53 de Cria o Código Florestal do Município de São José do Rio 1996 1996 Preto.

Lei Complementar nº 64 de Cria a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - 1996 1996 SEMMAM.

Dispõe sobre a regulamentação do uso de caçambas Lei nº 7.176 de 1996 para a retirada de entulho da construção civil no 1996 perímetro urbano e dá outras providências.

Obriga a instalação de caixas coletoras de baterias, Lei nº 7.618 de 1999 pilhas e similares usados nos aparelhos telefônicos nos 1999 estabelecimentos que comercializam e/ou prestam

serviços de telefonia fixa e móvel. Proíbe a colocação de obstáculos de qualquer natureza Lei nº 7.771 de 1999 sobre as calçadas (passeios), principalmente que 1999 impeçam ou dificultem a passagem de deficientes físicos

(Disciplina as cestas de lixo). Lei nº 7.873 de 2000 Permite atividades comerciais, industriais e outros usos 2000 na Zona 13 (Altera o zoneamento municipal).

Lei nº 8.208 de 2000 Altera a Lei 6.936/97, relativa à distribuição de 2000 impressos de publicidade nas vias públicas da cidade.

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Quadro de Leis, Decretos e Portarias Municipais Lei Assunto Ano Dispõe sobre segurança no armazenamento e no transporte de combustíveis líquidos e controle das Lei nº 8.247 de 2000 emissões de efluentes líquidos em estabelecimentos 2000 comerciais, industriais e prestadores de serviços e dá outras providências.

Lei nº 8.488 de 2001 Regulamenta a limpeza de imóveis no Município, propõe 2001 sanções ao particular e dá outras providências.

Regulariza e qualifica o tipo de resíduo a ser Lei nº 8.790 de 2002 transportado pelas empresas prestadoras de serviço de 2002 transporte de entulho.

Dispõe sobre a permanência de caçambas para Lei nº 8.871 de 2003 recolhimento de entulhos de construções e reformas em 2003 geral nas vias em que se realizam feiras livres.

Dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos que comercializam e/ou prestam serviços no setor de Lei nº 8.923 de 2003 material fotográfico a instalar, em local conveniente, 2003 coletora de resíduos do Material Revelador Bloqueador e fixador usado nas revelações.

Regulamenta o uso, a limpeza e a manutenção de Lei nº 8.973 de 2003 terrenos, muros e passeios nos imóveis situados no 2003 Município, propõe sanções ao particular quanto ao seu

descumprimento e dá outras providências.

Dispõe sobre a limpeza de bens públicos e privados Lei nº 9.010 de 2003 utilizados para shows e eventos de qualquer natureza na 2003 cidade de São José do Rio Preto.

Institui o Sistema para a Gestão Sustentável de Lei nº 9.393 de 2004 Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos e 2004 dá outras providências. Dispõe sobre a autorização para contratação de Lei nº 9.545/2005 empresa prestadora de serviços especializados de 2005 manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras

providências Lei nº 9.569 de 2005 Dispõe sobre o descarte e disposição final de pilhas, 2005 baterias e congêneres usadas e dá outras providências.

Regulamenta a Lei nº 9.393, de 20 de dezembro de 2004, que versa sobre o Sistema de Gestão Sustentável Decreto nº 12.765 de 2005 de Resíduos da Construção Civil e Resíduos da 2005 Construção Civil e Resíduos Volumosos e o Plano

Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Fixa o preço público de que trata o artigo 2º da Lei 9.545, de 25 de outubro de 2005, que dispõe sobre a Decreto nº 13.358 de 2006 autorização para contratação de empresa prestadora de 2006 serviços especializados de manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências;

Lei Complementar nº 223 de Cria cargos de Agente Fiscal. 2006 2006

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Quadro de Leis, Decretos e Portarias Municipais Lei Assunto Ano Lei Complementar nº 224 de Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento 2006 2006 Sustentável de São José do Rio Preto.

Revoga a Lei nº 8.016/00, que proíbe a expedição de Lei nº 9.723 de 2006 Alvará de funcionamento para empresas de depósito de 2006 ferro-velho, papelão, material reciclável e lixo hospitalar

na Zona 6. Decreto nº 13.109 de 2006 Altera a redação do artigo 14 do Decreto nº 12.765, de 2006 08 de abril de 2005.

Dispõe sobre a obrigatoriedade de constar nos panfletos Lei nº 9.869 de 2007 publicitários distribuídos no município de São José do 2007 Rio Preto a frase: "material reciclável / não jogue este

material em via pública" e seu respectivo símbolo.

Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de Lei nº 9.988 de 2007 cobertura em depósitos de pneus para evitar acúmulo de 2007 água que se torna foco gerador do mosquito transmissor

da dengue, e dá outras providências.

Altera a redação do parágrafo 2º do Decreto nº 13.358, Decreto nº 13.542 de 2007 de 26 de outubro de 2006, que regulamenta a Lei nº 2007 9.545/05 (Preços públicos dos serviços de RSS)

Lei nº 10.219 de 2008 Dispõe sobre proibição de afixação de propaganda que 2008 especifica, e dá outras providências.

Institui o Programa de Qualidade Ambiental para Lei nº 10.244/2008 disciplinar a aquisição de produtos e serviços pela 2008 Administração Municipal. Lei nº 10.263 de 2008 Institui o serviço de coleta seletiva dos resíduos secos 2008 domiciliares e da outras providências.

Cria no Município o Programa Permanente de Gestão Lei nº 10.290 de 2008 das Águas Superficiais (PGAS) da Bacia Hidrográfica do 2008 Rio Preto, e dá outras providências.

Dispõe sobre a Política de Gestão de Resíduos Sólidos Lei nº 10.314 de 2008 Reutilizáveis e Incentivos à Coleta Seletiva de Lixo no 2008 Município de São José do Rio Preto, revoga a Lei nº

9.302 de 2004, e dá outras providências. Dispõe sobre o recolhimento e destinação dos pneus Lei nº 10.470 de 2009 inservíveis no Município de São José do Rio Preto, e dá 2009 outras providências. Decreto nº 15.295 de 2010 Estabelece a disposição das Inspetorias Fiscais de 2010 Posturas na estrutura das Secretarias Municipais.

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Quadro de Leis, Decretos e Portarias Municipais Lei Assunto Ano Regulamenta o Capítulo III da Lei Municipal nº 10.029, de 27 de dezembro de 2007, o Capítulo IV da Lei Complementar Municipal nº 178, de 29 de dezembro de Decreto nº 15.422 de 2010 2003, e, ainda, as Leis nº 3.359 de 9 de novembro de 2010 1983, nº 4.148 de 19 de outubro de 1987 e Lei

Complementar nº 17 de 17 de dezembro de 1992 no que dispõe sobre cassação da Licença de Funcionamento, e dá outras providências. Lei Complementar nº 309 de Dispõe sobre a instituição da carreira dos Agentes

2010

2010 Fiscais de Posturas, alterações da Lei Complementar nº 230/07 e dá outras providências.

Dispõe sobre a substituição de sacolas plásticas por Lei nº 10.574 de 2010 sacolas retornáveis e/ou oxibiodegradáveis nos 2010 estabelecimentos comerciais do Município, e dá outras

providências. Dispõe sobre a responsabilidade da destinação de óleos e gorduras de origem vegetal e animal, óleos Lei nº 10.621 de 2010 combustíveis ou lubrificantes e suas embalagens, no 2010 Município de São José do Rio Preto, e dá outras providências.

Dispõe sobre o recebimento de lâmpadas de descarga de alta pressão, nas quais se incluem as de luz mista, Lei nº 10.646 de 2010 vapor de mercúrio, vapor de sódio e vapores metálicos e 2010 as que produzem luz por meio de uma descarga elétrica através de vapor de mercúrio e dá outras providências.

Lei nº 10.700 de 2010 Dispõe sobre o recebimento de lixo tecnológico, e dá 2010 outras providências.

Dispõe sobre a destinação de recipientes contendo Lei nº 10.816 de 2010 sobras de tintas, vernizes e solventes, e dá outras 2010 providências. Altera a Lei nº 9.869, de 20 de março de 2007, que dispõe sobre a obrigatoriedade de constar nos panfletos Lei nº 10.838 de 2010 publicitários distribuídos no Município de São José do 2010 Rio Preto a frase: "material reciclável/ não jogue este material em via pública" e seu respectivo símbolo.

Altera o Decreto nº 15.295, de 14 de junho de 2010, que Decreto nº 15.805 de 2011 estabelece a disposição das Inspetorias Fiscais de 2011 Posturas na estrutura das Secretarias Municipais.

Decreto nº 15.965 de 2011 Aprova o Regimento Interno da Secretaria Municipal de 2011 Serviços Gerais.

Decreto nº 15.966 de 2011 Aprova o Regimento Interno da Secretaria Municipal de 2011 Meio Ambiente e Urbanismo.

Altera dispositivos da Lei Complementar nº 230, de 23 Lei Complementar 339 de de fevereiro de 2007, que dispõe sobre a estrutura 2011 2011 organizacional da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente e Urbanismo. Decreto nº 16.535 de 2012 Fixa o preço público dos serviços de coleta externa, 2012 transporte, tratamento e destinação final dos Resíduos

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Quadro de Leis, Decretos e Portarias Municipais Lei Assunto Ano de Serviços de Saúde - RSS de que trata o artigo nº 2 da Lei 9.545, de 25 de outubro de 2005. Institui a Agenda Ambiental A3P, em adesão ao Ministério do Meio Ambiente, bem como Cria a Portaria SMAURB nº 01/2013 Comissão "Gestão Ambiental" no âmbito da Secretaria 2013 Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, como parte do Programa A3P do Ministério do Meio Ambiente.

Decreto nº 16.842 de 2013 Cria Grupo de Trabalho para discussão e elaboração do 2013 Plano de Saneamento Básico do Município.

Altera o Decreto nº 16.535, de 05 de novembro de 2012, que fixa o preço público dos serviços de coleta externa, Decreto nº 16.972 de 2013 transporte, tratamento e destinação final dos Resíduos 2013 de Serviços de Saúde - RSS de que trata o artigo 2º da Lei nº 9.545, de 25 de outubro de 2005.

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2.10 Diagnóstico Econômico-Financeiro dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Neste capítulo são descritos e analisados os dados econômico-financeiros

relativos à contratação e a execução dos serviços de limpeza urbana do

Município de São José do Rio Preto, abrangendo o período compreendido

entre os anos de 2012 e 2013. Esse levantamento foi realizado junto à

Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo da Prefeitura, responsável

diretamente pela gestão dos serviços e os dados foram disponibilizados por

meio de planilhas de controle dos serviços. Para efeito de avaliação e análise, os custos dos serviços praticados em São

José do Rio Preto, foram confrontados com aqueles apresentados pelos

principais Municípios da Região Administrativa de São José do Rio Preto e com

outros da mesma faixa populacional do Estado de São Paulo, com o emprego

dos resultados da pesquisa SNIS (2012). No período analisado (2012 e 2013) foram realizadas alterações nos contratos

da Prefeitura com a prestadora de serviços de limpeza urbana, que resultaram

no incremento ou diminuição dos serviços tanto em termos quantitativos quanto

na sua execução. Também foram alterados os custos unitários dos serviços

durantes esses anos. Conforme apresentado os principais serviços de limpeza são executados

atualmente de forma terceirizada pela empresa Constroeste Ambiental, por

meio de contrato de prestação de serviços. Os serviços executados atualmente no Município de São José do Rio Preto são

organizados em Serviços de execução continuada e Serviços esporádicos para

a manutenção urbana, sendo subdivididos e agrupados de acordo com a

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natureza do serviço e de sua execução. O grupo dos Serviços de execução

continuada de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e seus 7

subgrupos são divididos da seguinte forma:

Serviços de execução continuada Subgrupo Serviço

Coleta convencional e transporte dos resíduos sólidos domiciliares até o sistema de tratamento

Coleta, Transporte,

Disponibilização e Operação de Usina de triagem tratamento e destinação e Compostagem final dos resíduos sólidos

Disponibilização e Operação de Aterro Sanitário domiciliares e comerciais

Manutenção e Conservação do Aterro Sanitário Municipal Desativado

Varrição Diurna

Varrição de vias públicas e Varrição Diurna com repasse logradouros Varrição Noturna

Varrição aos domingos e feriados

Varrição Diurna

Varrição de áreas públicas

Varrição Diurna com repasse

Varrição Noturna

Varrição aos domingos

Varrição Mecanizada de Varrição Mecanizada Vias Públicas

Limpeza e Lavagem de Locais onde se realizam feiras-livres

Serviços Diversos

Lavagem de Praças e Logradouros Públicos

Fornecimento de Equipe Padrão para Execução

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Serviços de execução continuada

Subgrupo Serviço

de Serviços Diversos

Educação Ambiental Desempenho das atividades de Educação Ambiental

Coleta, transporte, Coleta, transporte, tratamento e destinação final tratamento e destinação

de lâmpadas fluorescentes final de resíduos especiais

Já o Grupo dos Serviços esporádicos para a manutenção urbana apresenta os

seguintes serviços, para o único Subgrupo:

Serviços esporádicos para a manutenção urbana

Subgrupo Serviço

Roçada manual de áreas públicas Serviços esporádicos

para a manutenção Limpeza de Bocas de lobo, Ramais e Galerias urbana

Pintura de Guias SERVIÇOS DE EXECUÇÃO CONTINUADA

A Tabela 18 a seguir mostra a evolução, para os anos de 2012 e 2013, dos

serviços e seus custos do grupo Serviços de execução continuada:

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Tabela 18 Evolução dos custos dos serviços de execução continuada de Limpeza Pública nos anos de 2012 - 2013 Quantidades e custos Variação Subgrupo Serviço Unidade anos anual 2012 2013 % Coleta convencional e transporte dos t 137.927 145.014 5,14%

Coleta, Transporte, resíduos sólidos domiciliares até o sistema

R$ 11.500.586,08

12.939.014,10 12,51% de tratamento

tratamento e Disponibilização e Operação de Usina de t 42.389 44.555 5,11% destinação final dos triagem e compostagem R$ 2.593.781,51 2.919.406,87 12,55% resíduos sólidos

Disponibilização e Operação de Aterro t 135.197 100.550 -25,63% domiciliares e

Sanitário R$ 9.686.149,44 7.750.480,28 -19,98% comerciais

Manutenção e Conservação do Aterro Verba 11 12 9,09%

Sanitário Municipal Desativado

R$ 476.346,22 557.624,80 17,06%

Varrição Diurna

km 19.727,40

26.806,86 35,89% R$ 1.015.168,16 1.502.762,86 48,03%

Varrição de vias Varrição Diurna com repasse km 2017,26 0 - R$ 51.359,44 0,00 - públicas e km 2.345,03 0 - logradouros Varrição Noturna R$ 141.592,91 0,00 -

Varrição aos domingos e feriados km 856,16 846,67 - 1,11% R$ 61.883,24 68.648,00 10,93%

Varrição de áreas Varrição Diurna 1000m² 8191 8601 5,00% R$ 45.791,88 53.929,02 17,77% públicas Varrição Diurna com repasse 1000m² 6.800,35 7.954,20 16,97%

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Quantidades e custos Variação Subgrupo Serviço Unidade anos anual 2012 2013 % R$ 19.040,98 24.976,19 31,17% Varrição Noturna 1000m² 7.412,59 4.320,80 - 41,71% R$ 31.725,89 20.739,84 - 34,63%

Varrição aos domingos 1000m² 781,79 781,46 - 0,04% R$ 12.219,38 13.698,99 12,11%

Varrição Mecanizada Varrição Mecanizada km 4.206,03 0 - de Vias Públicas R$ 62.585,73 0,00 -

Limpeza e Lavagem de Locais onde se Unidade 1.131,00 1.324,00 17,06% realizam feiras-livres R$ 378.255,54 476.353,68 25,93% Serviços Diversos Lavagem de Praças e Logradouros Públicos m² 926.680,42 1.079.348,23 16,47% R$ 46.334,02 64.760,89 39,77%

Fornecimento de Equipe Padrão para Equipe 17,93 7 - 60,96% Execução de Serviços Diversos R$ 482.303,01 211.220,03 - 56,21%

Educação Ambiental

Desempenho das atividades de Educação

Equipe 7

0 - Ambiental R$ R$ 198.452,70 R$ 0,00 -

Coleta, transporte, Unidade 0 0 - tratamento e Coleta, transporte, tratamento e destinação

destinação final de final de lâmpadas fluorescentes R$ R$ 0,00 R$ 0,00 - resíduos especiais

Custo Total dos serviços do grupo/ano R$ 26.803.576,13 26.603.615,55 - 0,75%

t = tonelada; un = unidade; km = quilômetro; m² = metros quadrados; - = não se aplica

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Atualmente, o Grupo dos Serviços de execução continuada é composto por 18 serviços.

Em atenção à execução dos serviços para os anos de 2012 e 2013, não foram realizadas

alterações contratuais no número ou natureza dos serviços. Durante o ano de 2013,

alguns serviços deixaram de ser executados, ou foram executados em quantidades

menores do que em 2012, refletindo na redução de 0,75% do custo final, mesmo

considerando os dois reajustes ocorridos no período, em julho de 2012 e maio de 2013. Em atenção ao Subgrupo da Varrição das vias públicas e logradouros, embora a tabela

não apresente os dados da execução deste serviço no ano de 2013, nas modalidades “Varrição Diurna com repasse” e “Varrição Noturna”, o total de quilômetros varridos de

vias e logradouros públicos do Subgrupo é superior àquele identificado para o ano

anterior, e o valor total do Subgrupo para o ano de 2013, cerca de 18% maior. A Varrição Mecanizada de Vias Públicas foi suspensa no ano de 2013, embora tenha sido

identificada nos instrumentos mensais de medição dos serviços, utilizados para a

conformação da tabela. Situação semelhante àquela apresentada pelo serviço de “Desempenho de atividades de Educação Ambiental” para o ano de 2013, no qual não foi

identificada a execução de atividades desta natureza. A “Coleta, transporte, tratamento e destinação final de lâmpadas fluorescentes”, embora

contratada, não foi realizada no período analisado, ou seja, nos anos de 2012 e 2013. A

participação de cada um dos subgrupos de serviços no total do custo dos Serviços de

execução continuada executados em São José do Rio Preto é apresentada a seguir.

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Figura 35 Comparativo da composição dos custos dos Serviços de execução continuada nos anos de 2012 e 2013

2012

90,50%

4,74%

0,00%

0,41% 3,38% 0,23%

0,74%

2013

90,84%

5,91% 0,00% 2,83% 0,43%

0,00% 0,00%

Coleta, Transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais

Varrição de vias públicas e logradouros

Varrição de áreas públicas

Varrição Mecanizada de Vias Públicas

Serviços Diversos

Educação Ambiental

Coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos especiais

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Conforme demonstrado na Figura 36, o Subgrupo Coleta, Transporte,

tratamento e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais,

representa aproximadamente 90% dos custos totais do Grupo de Serviços de

Execução Continuada. Deste modo, é apresentada a composição de custos

deste subgrupo, de modo a elucidar a importância de cada um dos 4 serviços

que o compõe. Figura 36 Comparativo da composição dos custos do Subgrupo Coleta, Transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e

comerciais nos anos de 2012 e 2013

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SERVIÇOS ESPORÁDICOS DE MANUTENÇÃO URBANA

Em relação aos Serviços esporádicos de manutenção urbana, a Tabela 19

mostra a evolução, para os anos de 2012 e 2013, dos serviços e dos custos do

grupo. Tabela 19 Evolução dos Serviços esporádicos de manutenção urbana nos anos de 2012 - 2013

Subgrupo

Serviço

Unidade

Anos Variação

2012

2013 anual

Roçada manual de m² 0 0 -

áreas públicas R$ 0,00 0,00 -

Serviços

esporádicos Limpeza de Bocas unidade 5.651,00 2.393,00 - 57,65% de de lobo, Ramais e

R$ 318.377,34 151.237,60 - 52,50% manutenção Galerias urbana

Pintura de Guias

m 0 0 -

R$ 0,00 0,00 -

Custo Total dos serviços/ano R$ 318.377,34 151.237,60 - 52,50%

m = metros; m² = metros quadrados; - = não se aplica

Conforme apresentado, dos três serviços que compõem o grupo dos Serviços

esporádicos de manutenção urbana, somente a “Limpeza de Bocas de lobo,

Ramais e Galerias” foi realizada no período 2012 - 2013. Considerando

somente este serviço, houve um decréscimo de 57% no número de ações de

limpeza de bocas de lobo para o período, com uma redução de

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aproximadamente 50% do custo total, mesmo considerando os reajustes

realizados. 2.10.ACustos Totais dos Serviços Conforme apresentado, foram considerados para as análises em questão, os

custos dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos fornecidos

pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo para os anos de

2012 e 2013. O custo, considerando os Serviços de execução continuada e os Serviços

esporádicos de manutenção urbana, totalizou o montante de R$ 27.121.953,47

no ano de 2012, variando para R$ 26.754.853,15, em 2013, representando um

decréscimo de aproximadamente, 1,35 % no valor final, conforme Tabela 20 a

seguir. Tabela 20 Custos totais dos Serviços de Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos nos anos 2012 e 2013

Unidade

Anos Variação

2012

2013 anual

R$ 27.125.977,47 26.758.879,15 -1,35%

Em relação à média mensal, o ano de 2012 apresenta o valor de R$

2.260.162,79 mensalmente pagos à empresa executora dos serviços, enquanto

que, para o ano de 2013, a média mensal perfaz o valor de R$ 2.229.571,10

mensais.

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2.10.B Composição dos custos totais

Considerando como referência o ano de 2013 para as análises de composição

dos custos e considerando os Serviços de execução continuada e os Serviços

esporádicos de manutenção urbana, os custos apresentados pelo Subgrupo Coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos

domiciliares e comerciais, influem decisivamente na composição dos custos

totais dos serviços, respondendo por aproximadamente 90% destes valores, no

referido ano. Dentre os serviços abrangidos pelo Subgrupo, o serviço de “Coleta

convencional e o transporte dos resíduos sólidos domiciliares até o sistema de

tratamento” apresenta os maiores valores, respondendo por 53% dos custos do Subgrupo e 48% dos custos totais. Em segundo lugar está o serviço de “Disponibilização e Operação de Aterro Sanitário”, respondendo por 32% dos

custos do Subgrupo e aproximadamente 29% dos custos totais. A Tabela 21 a

seguir apresenta a participação no Custo Total de cada um dos Subgrupos e

serviços executados no ano de 2013, no Município de São José do Rio Preto.

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Tabela 21 Composição do Custo Total

Custo Ano Participação no total dos

Subgrupo

Serviço

unitário

custos de 2013 dez/13 2013 (%)

Coleta convencional e transporte dos resíduos sólidos domiciliares até o sistema de R$ 91,01/t 12.939.014,10 48,36% tratamento

Coleta, transporte, tratamento e

Disponibilização e Operação de Usina de R$ 66,89/t 2.919.406,87

10,91% destinação final dos resíduos triagem e compostagem

sólidos domiciliares e

Disponibilização e Operação de Aterro

comerciais R$ 78,71/t 7.750.480,28 28,97% Sanitário

Manutenção e Conservação do Aterro Verba 557.624,80 2,08% Sanitário Municipal Desativado R$ 47.446,54/mês

Participação do Subgrupo no Custo total 90,33%

Varrição Diurna R$ 57,12/km 1.502.762,86 5,62%

Varrição de vias públicas e Varrição Diurna com repasse R$ 28,56/km 0,00 0,00%

logradouros Varrição Noturna R$ 67,73/km 0,00 0,00%

Varrição aos domingos e feriados R$ 81,08/km 68.648,00 0,26%

Participação do Subgrupo no Custo total 5,87%

Page 135: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

135

Custo Ano Participação no total dos

Subgrupo

Serviço

unitário

custos de 2013 dez/13 2013 (%)

Varrição Diurna R$ 6,27/1000m² 53.929,02 0,20%

Varrição Diurna com repasse R$ 3,14/1000m² 24.976,19 0,09% Varrição de áreas públicas

Varrição Noturna

R$ 3,14/1000m² 20739,84

0,08%

Varrição aos domingos R$ 17,53/1000m² 13.698,99 0,05%

Participação do Subgrupo no Custo total 0,42%

Varrição Mecanizada de Vias Varrição Mecanizada R$ 16,69/km 0,00 0,00% Públicas

Participação do Subgrupo no Custo total 0,00%

Limpeza e Lavagem de Locais onde se R$ 367,42/unidade 476.353,68 1,78% realizam feiras-livres

Serviços Diversos

Lavagem de Praças e Logradouros Públicos R$ 0,06/m² 64.760,89 0,24%

Fornecimento de Equipe Padrão para R$ 30.174,29/Equipe/Mês 211.220,03 0,79% Execução de Serviços Diversos

Participação do Subgrupo no Custo total 2,81%

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136

Custo Ano Participação no total dos

Subgrupo

Serviço

unitário

custos de 2013 dez/13 2013 (%)

Educação Ambiental Desempenho das atividades de Educação R$ 31.565,34/Equipe/Mês 0,00 0,00% Ambiental

Participação do Subgrupo no Custo total 0,00%

Coleta, transporte, tratamento e Coleta, transporte, tratamento e destinação final R$ 2,62/Unidade 0,00

0,00% destinação final de resíduos de lâmpadas fluorescentes

especiais

Participação do Subgrupo no Custo total 0,00%

Roçada manual de áreas públicas R$ 1,11/m² 0,00 0,00%

Serviços esporádicos de

Limpeza de Bocas de lobo, Ramais e Galerias R$ 63,2/Unidade 151.237,60 0,57% manutenção urbana

Pintura de Guias R$ 0,25/m 0,00 0,00%

Participação do Subgrupo no Custo total 0,57%

Custo Total dos serviços no ano de 2013 R$ 26.754.853,15 100,00%

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137

2.10.C Custos per capita

Considerando o custo total dos serviços de limpeza pública versus a população

no Município de São José do Rio Preto, nos anos de 2012 e 2013, foram

estimados os custos per capita dos serviços. Esse dado é uma importante

ferramenta para o estudo de sustentabilidade econômico-financeira, pois

permite identificar os custos dos serviços e relacioná-los com a sua execução,

bem como analisá-los em termos quantitativos e qualitativos. Essas

informações também possibilitam a comparação entre os valores de São José

do Rio Preto e os dados de outros municípios apresentados no Relatório do

Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento SNIS (2012). No Quadro 16 é possível verificar a evolução dos custos per capita dos

serviços de limpeza pública no Município de São José do Rio Preto nos anos

de 2012 e 2013 Quadro 16 Custo per capita dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto

Custo Per capita 2012 2013

Custo total dos serviços (R$) 27.125.977,47 26.754.853,15

Estimativa de população do IBGE 415.769 434.039 (Habitantes)

Custo per capita/ano R$/Habitante/Ano 65,24 61,64

O custo per capita com os serviços de limpeza pública decresceu de R$ 65,24

em 2012 para R$ 61,64 em 2013, o que representa uma diminuição de

aproximadamente 5% entre os anos analisados, de acordo com os dados

fornecidos pela Prefeitura.

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138

Para análise dos valores per capita do Município de São José do Rio Preto

foram realizados comparativos com os Municípios do Estado de São Paulo com

faixa populacional entre 250.001 e 1.000.000 de habitantes, que representa a

Faixa Populacional 04, na qual se insere o Município de São José do Rio Preto,

de acordo com o relatório da pesquisa SNIS – Resíduos Sólidos. Para esse

comparativo foram retirados valores do SNIS publicado em 2013, com dados

do ano de 2011, por se tratar da versão mais atual do Diagnóstico do Manejo

dos Resíduos Sólidos Urbanos, tendo sido priorizados aqueles Municípios que

possuem uma população total mais próxima à apresentada por São José do

Rio Preto. O Quadro 17 e Figura 37 a seguir apresentam os dados obtidos por meio da

Pesquisa SNIS, objetivando a comparação dos índices. Salienta-se que as

informações relativas à população foram informadas pela mesma pesquisa e

referem-se ao ano de 2010. Quadro 17 Comparativo dos custos per capita do Município de São José do Rio Preto com Municípios do Estado de São Paulo

Município População Índice per capita (habitantes) (R$/habitante)

Jundiaí 373.713 113,01

Diadema 388.576 78,35

Mogi das Cruzes 392.196 86,03

São José do Rio Preto 412.076 70,31

Mauá 421.184 54,18

Sorocaba 593.776 75,11

Faixa 4 de Municípios* - 84,13

Sudeste* - 91,69

Brasil* - 86,86 * Empregado o Valor do Indicador Médio do SNIS Fonte: SNIS 2013 – Dados 2010

Page 139: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

139

Figura 37 Comparativo do valor per capita dos serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos – SNIS 2013 * Empregado o Valor do Indicador Médio do SNIS Fonte: SNIS 2013 – Dados 2010

De acordo com as informações apresentadas, o custo per capita dos serviços

de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos executados em São José do

Rio Preto apresenta-se inferior àqueles dos municípios com quantidade de

habitantes aproximada, a exceção de Mauá. O índice apresenta-se igualmente

inferior a média obtida pela Faixa 04 dos Municípios da Pesquisa SNIS, a

média do Sudeste e a média Nacional. Ressalta-se que o valor apresentado em 2010, de acordo com a Pesquisa

SNIS publicada em 2013, apresenta-se superior aquele aferido em 2012 e

2013 devido à inclusão das informações relacionadas à gestão de outros

serviços, como a coleta e tratamento de Resíduos dos Serviços de Saúde.

Também são considerados para a conformação do indicador IN 006 do SNIS,

os custos dos agentes públicos executores dos serviços, dado não disponível

nas planilhas de medição dos serviços utilizadas para a atualização do Custo per capita.

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140

3 PROGNÓSTICOS: PROJEÇÃO POPULACIONAL E DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS Para a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos de São José do Rio Preto, conforme as diretrizes estabelecidas pelas

leis federais que regulam o setor, neste capítulo são apresentados os cenários

futuros com estimativas de aumento da população e da geração de resíduos,

projetados para o horizonte dos próximos 30 anos, abrangendo o período

compreendido entre os anos de 2015 e 2044, considerando o ano de 2014

como referência para as estimativas apresentadas. 3.1 Projeções Populacionais

Este estudo é de fundamental importância no Plano de Gestão Integrada, pois

objetiva subsidiar a formulação de programas de minimização de resíduos e o

planejamento para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

no horizonte temporal adotado, considerando a ampliação progressiva do

acesso aos serviços, com qualidade e eficiência na sua prestação e

sustentabilidade econômica. Salienta-se que a projeção populacional adotada deverá estar em

conformidade com os instrumentos de planejamento dos outros serviços

públicos de saneamento, como o Plano Municipal de Abastecimento de Água e

Esgotamento Sanitário e o Plano Municipal de Drenagem e Manejo de Águas

Pluviais Urbanas, integrantes do Plano Municipal de Saneamento de São José

do Rio Preto. Foram elaborados estudos de dois cenários distintos de projeção populacional:

Page 141: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

141

o Cenário 1: teve como base as referências apresentadas pelo SeMAE de São José do Rio Preto. o Cenário 2: foi utilizada como base de dados a população estimada pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE para o ano de 2013, empregando na sua projeção, os mesmos critérios utilizados na conformação do Cenário 1 (crescimento ao ano). Cabe salientar que os dados para ambos os Cenários consideram ainda o

processo de regularização fundiária, em curso nos assentamentos irregulares. A seguir, são apresentados os Cenários de projeção populacional elaborados

para a conformação da estimativa de geração de resíduos para os próximos 30

anos. CENÁRIO 01 Na Tabela 22 é apresentada a projeção populacional para o Cenário 01.

Page 142: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

142

Tabela 22 Projeção populacional - Cenário 01

Ano População Total (habitantes)

2014 466.668

474.889 2015

482.863 2016 2017 490.575 2018 498.005 2019 505.138

511.957 2020 2021 518.549

524.901 2022

531.003 2023 2024 536.844

542.414 2025 2026 547.311 2027 551.939

556.289 2028 2029 560.354 2030 564.125

567.701 2031 2032 571.078 2033 574.250

577.214 2034 2035 579.967 2036 582.504 2037 584.823 2038 586.920 2039 588.792

590.438 2040 2041 591.924 2042 593.248 2043 594.410

595.574 2044 A curva de evolução da população residente no Município de São José do Rio

Preto, de acordo com a projeção Cenário 01, é representada pelo gráfico a

seguir.

Page 143: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

143

Figura 38 Evolução da projeção populacional de São José do Rio Preto no

Cenário 01 (2014 – 2044)

700.000 600.000 500.000

Hab

ita

ntes

400.000 300.000

200.000

100.000 0

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

2026

2027

2028

2029

2030

2031

2032

2033

2034

2035

2036

2037

2038

2039

2040

2041

2042

2043

20

44

CENÁRIO 02

O Cenário 02, apresentado a seguir, considera como base de dados a

população estimada para o ano de 2013 pelo IBGE, empregando na sua

projeção os mesmos critérios utilizados na conformação do Cenário 01

(crescimento ao ano).

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144

Tabela 23 Projeção populacional – Cenário 02

Ano População Total (habitantes)

2014 441.895 2015 449.545 2016 456.969 2017 464.152 2018 471.077 2019 477.730 2020 484.093

490.246

2021

496.179

2022

501.881

2023 2024 507.342 2025 512.551

517.137

2026

521.474

2027

525.551

2028

529.364

2029 2030 532.903 2031 536.260 2032 539.430

542.410

2033

545.196

2034 2035 547.783 2036 550.169 2037 552.350 2038 554.324 2039 556.087

557.637

2040 2041 559.037 2042 560.285 2043 561.380

562.477

2044 Em atenção ao Cenário 02, a curva de evolução da população residente no

Município de São José do Rio Preto, é representada pelo gráfico a seguir.

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145

Figura 39 Evolução da projeção populacional de São José do Rio Preto –

Cenário 02 (2014 – 2043)

600.000

500.000

Hab

itan

tes

400.000

300.000

200.000

100.000

0

2014

2015

2016

2017

2018

2019

20

20

2021

2022

2023

2024

2025

2026

2027

2028

2029

2030

2031

2032

2033

2034

2035

2036

2037

2038

2039

2040

2041

2042

2043

20

44

Por meio das projeções populacionais apresentadas, foram desenvolvidos os

estudos de geração de resíduos para os próximos 30 anos, apresentados no

item a seguir. Estes estudos possuem como objetivo o dimensionamento da

demanda dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos bem

como oferecem subsídios para a elaboração dos estudos de sustentabilidade

econômico-financeira. 3.2 Projeção da geração de resíduos

O estudo de demanda dos serviços de limpeza pública e manejo de resíduos

sólidos tem por objetivo orientar o planejamento da gestão das atividades

relacionadas aos resíduos, oferecendo um panorama futuro da sua geração,

vinculada a população estimada para o período no Município de São José do

Rio Preto. Para tanto, a geração per capita diária dos habitantes do Município,

ou seja a quantidade de resíduos gerada no período de um dia, por um

habitante, é multiplicada pelo total de habitantes no ano, com vistas a

compreender o volume total. Somam-se à geração diária per capita, os

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146

percentuais de 0,5% e 1% de crescimento ao ano, ponderados em função da

série histórica de geração de resíduos do Município e das tendências

apontadas pelos demais Municípios brasileiros, indicando um crescimento

constante, de acordo com o apresentado nos capítulos anteriores. O índice

base adotado é de 0,93 kg/habitante/dia (ano de 2013), que corresponde à

quantidade de resíduos coletado. Considerando os pressupostos e critérios apresentados, a geração diária de

Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), para o horizonte descrito é apresentada na

tabela a seguir, em quilogramas (kg) por dia, de acordo com a geração per

capita estimada, para os dois Cenários de projeção populacional apresentados,

a saber: Cenário 01 e Cenário 02. CENÁRIO 01

Conforme apresentado, esta projeção foi elaborada de acordo com as

referências apresentadas pelo SeMAE de São José do Rio Preto, considerando

seus critérios de planejamento. De acordo com esta projeção e, adotando-se

os índices referenciados de 0,5% e 1% de crescimento na geração ao ano, os

resultados estimados da projeção da geração de resíduos sólidos conformam a

tabela a seguir:

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147

Tabela 24 Projeção da geração estimada de resíduos sólidos para o período de 2014 a 2043 – Cenário 01

Total gerado (toneladas) Total gerado (toneladas) Ano População Total (habitantes) Cenário de 0,5% de Cenário de 1% de crescimento

crescimento ao ano ao ano

2014 466.668 153.814 153.814 2015 474.889 157.306 158.091 2016 482.863 160.747 162.452 2017 490.575 164.131 166.798 2018 498.005 167.450 171.123 2019 505.138 170.698 175.418 2020 511.957 173.867 179.678 2021 518.549 176.986 183.894 2022 524.901 180.050 188.096 2023 531.003 183.054 192.278 2024 536.844 185.993 196.436

542.414 188.862 200.563 2025 2026 547.311 191.521 204.650 2027 551.939 194.106 208.533 2028 556.289 196.614 212.383 2029 560.354 199.041 216.174

564.125 201.382 219.924 2030

567.701 203.672 223.605 2031 2032 571.078 205.908 227.259 2033 574.250 208.087 230.879

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148

Total gerado (toneladas) Total gerado (toneladas) Ano População Total (habitantes) Cenário de 0,5% de Cenário de 1% de crescimento

crescimento ao ano ao ano

2034 577.214 210.206 234.463

579.967 212.265 238.010 2035 2036 582.504 214.260 241.513 2037 584.823 216.188 244.995

586.920 218.048 248.428 2038

588.792 219.837 251.809 2039 2040 590.438 221.554 255.134

591.924 223.222 258.402 2041

593.248 224.840 261.633 2042 2043 594.410 226.407 264.826 2044 595.574 227.993 268.005

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149

Conforme apresentado na Tabela 24, o número de habitantes de São José do

Rio Preto em 2015 é de 474.889, atingindo 595.574 habitantes em 2044, marco

final da projeção. Deste modo, considerando as premissas do SeMAE, o ano de 2015

apresentaria uma geração de 157.306 toneladas para o aumento percentual de

0,5% na geração diária per capita ou 158.091 toneladas, para o aumento

percentual de 1%. Ao final do período em análise, a quantidade total de resíduos gerados em

2044 será de 227.993 toneladas e 268.005 toneladas com 0,5 e 1%

respectivamente de crescimento per capita ao ano. A curva de crescimento da

geração de resíduos para o período é demonstrada na Figura 40 abaixo. Figura 40 Projeção da Geração de Resíduos 2014 a 2043 – Cenário 01

300.000

250.000

200.000

tone

lad

as

150.000

100.000

50.000

0 20

14

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

2026

2027

20

28

2029

20

30

2031

2032

2033

2034

2035

2036

2037

2038

20

39

2040

2041

2042

2043

20

44

Anos

Total gerado (toneladas)

Total gerado (toneladas)

Cenário de 0,5% de crescimento ao ano Cenário de 1% de crescimento ao ano

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150

CENÁRIO 02

A projeção populacional empregada para a conformação do Cenário 02,

objetivando estimar os resíduos no período de 30 anos foi elaborada

considerando as referências apresentadas pelo SeMAE de São José do Rio

Preto quanto ao percentual de crescimento populacional anual. Entretanto,

ressalta-se que a base utilizada para a população inicial considerou os

resultados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -

IBGE. De acordo com estes critérios e adotando os índices referenciados de 0,5% e

1% de crescimento na geração ao ano, os resultados estimados da projeção da

geração de resíduos são apresentados na Tabela 25. Considerando o emprego da projeção populacional apresentada no Cenário

02, o Município de São José do Rio Preto terá em 2015, 449.545 habitantes e

com geração anual de 148.911 toneladas para a projeção de crescimento mais

moderado (0,5% ao ano) e 149.654 toneladas, para o crescimento de 1% ao

ano. No ano final da projeção, ou seja, em 2044, o Município totalizaria uma

população de 562.477 habitantes e com geração de 215.323 toneladas de

resíduos sólidos segundo o crescimento moderado (0,5%) e 253.112

toneladas, para o crescimento de 1% ao ano.

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Tabela 25 Projeção da geração estimada de resíduos sólidos para o período de 2014 a 2043 – Cenário 02

Total gerado (toneladas) Total gerado (toneladas) Ano População Total (habitantes) Cenário de 0,5% de Cenário de 1% de crescimento

crescimento ao ano ao ano

2014 441.895 145.649 145.649 2015 449.545 148.911 149.654 2016 456.969 152.127 153.740 2017 464.152 155.291 157.814

471.077

158.396 161.870

2018

477.730

161.436 165.900

2019

484.093

164.404 169.899

2020 2021 490.246 167.326 173.857 2022 496.179 170.198 177.804

501.881

173.015 181.733

2023

507.342

175.772 185.641

2024 2025 512.551 178.464 189.520 2026 517.137 180.962 193.368 2027 521.474 183.392 197.022 2028 525.551 185.750 200.648 2029 529.364 188.033 204.219

532.903

190.236 207.752

2030 2031 536.260 192.392 211.222 2032 539.430 194.497 214.664 2033 542.410 196.549 218.078

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Total gerado (toneladas) Total gerado (toneladas) Ano População Total (habitantes) Cenário de 0,5% de Cenário de 1% de crescimento

crescimento ao ano ao ano

2034 545.196 198.546 221.458

547.783

200.486 224.802

2035 2036 550.169 202.366 228.106 2037 552.350 204.184 231.391 2038 554.324 205.938 234.631 2039 556.087 207.626 237.822 2040 557.637 209.246 240.961

559.037

210.820 244.045

2041

560.285

212.347 247.096

2042 2043 561.380 213.826 250.110 2044 562.477 215.323 253.112

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De acordo com os critérios apresentados, a curva de crescimento da geração

de resíduos sólidos a serem coletados, transportados e tratados

adequadamente, entre os anos de 2014 e 2044 conformam a Figura 41 a

seguir: Figura 41Projeção da Geração de Resíduos 2014 a 2043 – Cenário 02

300.000

250.000

200.000

tone

lad

as

150.000

100.000

50.000

0 20

14

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

2026

2027

2028

2029

20

30

2031

2032

2033

2034

2035

2036

2037

2038

2039

2040

2041

2042

2043

20 44

Anos

Total gerado (toneladas)

Total gerado (toneladas)

Cenário de 0,5% de crescimento ao ano Cenário de 1% de crescimento ao ano

Para efeito dos estudos econômico-financeiros do Plano de Gestão Integrada

de Resíduos Sólido do Município de São José do Rio Preto, está sendo

considerado a projeção populacional constante do Cenário 2 com o índice de

crescimento per capita de geração de resíduos a 0,5% ao ano. A definição por

este cenário de menor crescimento de geração per capita se fundamenta nos

programas e ações relacionadas à minimização da geração de resíduos,

conforme apresentado nos Capítulos posteriores.

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4 DIRETRIZES, METAS E PROGRAMAS PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS O arcabouço legal que regulamenta o setor de resíduos no Brasil apresenta as

exigências para a elaboração do Plano Municipal de Resíduos no que tange as

diretrizes, metas e ações para o sistema de limpeza urbana. A Lei nº

11.445/2007, em seu artigo 19, descreve que dentre o seu conteúdo mínimo, o

Plano deve estabelecer: II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização,

admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com

os demais planos setoriais. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, por sua vez, dispõe que na gestão e

gerenciamento de resíduos sólidos deve ser observada a seguinte ordem de

prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos

resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos

(artigo nº 9 da Lei nº 12.305/2010). Considerando essas premissas, o Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos de São José do Rio Preto deve estabelecer diretrizes e apontar

ações e programas que possibilitem a diminuição da geração de resíduos e seu

tratamento adequado antes da sua disposição final. O Plano de Gestão Integrada deve ainda nortear a organização da prestação

dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos respeitando as

disposições de ambas as políticas (Lei nº 11.445/2007 e Lei nº 12.305/2010). O

atendimento dessas duas importantes leis possibilita ao poder público planejar

e gerir de forma mais eficiente os serviços relacionados à limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos, compatibilizando os diversos planos de

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saneamento com os demais planos setoriais. Ressalta-se ainda que a

elaboração e implementação do Plano de Gestão Integrada, incorporando as

diretrizes da Política Nacional de Saneamento, favorece o maior controle sobre

a prestação desses serviços e seu planejamento a curto, médio e longo prazos. 4.1 Princípios Orientadores do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Considerando as Leis nº 11.445/2007 e nº 12.305/2010, o Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto apresenta

seus princípios orientadores: UNIVERSALIZAÇÃO De acordo com a Lei nº 11.445/2007, deve-se buscar a ampliação progressiva

do acesso de todos os domicílios aos serviços públicos de saneamento básico

conforme suas necessidades, incluindo os serviços de limpeza urbana e

manejo dos resíduos sólidos. A prestação dos serviços deve ser realizada de

maneira mais eficaz possível e adequada à saúde pública e à proteção do meio

ambiente. A universalização dos serviços de limpeza urbana significa a ampliação do

atendimento a todos os munícipes, inclusive nas áreas de difícil acesso. Isso

requer o uso de equipamentos públicos adaptados à realidade local, além de

uma logística tecnicamente definida e estruturada, tanto para roteiros quanto

para frequências de execução dos serviços.

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QUALIDADE E EFICIÊNCIA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos devem ser

prestados com qualidade e eficiência, de modo a atender as demandas do

Município de São José do Rio Preto. Para que esse princípio seja atendido

deve-se buscar a melhoria da estrutura de gestão e operação com a

padronização, regularidade e prestação adequada dos serviços. A execução

desses serviços com qualidade e eficiência exige da administração municipal

recursos humanos tecnicamente capacitados, novas ferramentas de gestão,

além de corretos equipamentos. PRIORIDADE NA GESTÃO DE RESÍDUOS: NÃO GERAÇÃO, REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO, RECICLAGEM, TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS REJEITOS

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a disposição final em

aterros sanitários deve ser a última rota dada ao resíduo. A ordem de

prioridade de não-geração, reutilização, reciclagem e tratamento deverá ser

observada e respeitada pelo Município de São José do Rio Preto. Para que

esse princípio seja atendido, o Município deve se instrumentalizar para

alcançar metas de diminuição da geração de resíduos e de tratamento de

materiais. Para isso, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos ora proposto,

traz programas e ações de curto, médio e longo prazo baseadas em diretrizes

gerais para o sistema.

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RECONHECIMENTO DO RESÍDUO SÓLIDO REUTILIZÁVEL E RECICLÁVEL COMO UM BEM ECONÔMICO E DE VALOR SOCIAL, GERADOR DE TRABALHO E RENDA E PROMOTOR DE CIDADANIA

Os programas de tratamento e de coleta seletiva tem como objetivo desviar os

resíduos da rota tradicional de descarte, possibilitando seu reaproveitamento

em processos de reciclagem. Com a ampliação do Programa de Coleta

Seletiva no Município, diretriz proposta neste Plano de Gestão Integrada, é

possível gerar trabalho e renda com a triagem, beneficiamento e

comercialização dos materiais recicláveis, por meio de associações ou

cooperativas de catadores. A sociedade também deverá ter participação ativa

no processo com o encaminhamento correto dos materiais recicláveis para o

Programa. Além do Programa de Coleta Seletiva, o Município de São José do

Rio Preto conta com um sistema de triagem e compostagem que permite o

tratamento da fração orgânica dos resíduos sólidos domiciliares. MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS

A redução da geração e da quantidade de resíduos destinados atualmente ao

aterro sanitário privado, localizado no Município de Onda Verde deverá ocorrer

por meio de programas de educação ambiental, de gerenciamento, de coleta

seletiva e de tratamento de resíduos.

As diretrizes desses programas e ações estão apresentadas adiante.

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REDUÇÃO NOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Os impactos ambientais diminuem na medida em que são dados tratamentos

adequados aos resíduos, considerando as práticas de manejo, de reciclagem,

de reaproveitamento de materiais e valorização, além da diminuição da

quantidade de resíduos destinados ao aterro sanitário. CONTROLE SOCIAL A Lei Nacional de Saneamento (Lei nº 11.445/2207) e a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) apresentam, entre os seus princípios, o

direito da sociedade à informação e ao controle social. Entende-se por controle

social "o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade

informações, representações técnicas e participações nos processos de

formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos

serviços públicos de saneamento básico” (BRASIL, 2007). O controle social

deve ser permanente possibilitando à sociedade o acompanhamento da

implementação das ações e programas relacionados ao manejo e gestão de

resíduos no Município. A Prefeitura do Município de São José do Rio Preto, na busca por atender o

princípio de controle social, no período de elaboração do Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, convocou os cidadãos para discutir e

aprovar diretrizes por meio do processo de Conferência Municipal. As diretrizes

para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos aprovadas na

Conferência Municipal, e que norteiam e dão base ao Plano de Gestão

Integrada são apresentadas no Item a seguir.

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4.2 Diretrizes para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos aprovadas na Conferência Municipal de Saneamento de São José do Rio Preto No processo de Conferência Municipal, foram construídas as bases para a

elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

São José do Rio Preto, com a aprovação das diretrizes para o sistema de

limpeza urbana e manejo de resíduos. A seguir são apresentadas 18 diretrizes

aprovadas pela sociedade no processo de controle social, sendo 03 diretrizes

gerais - que reafirmam as exigências das políticas do setor - e 15 diretrizes

específicas para o Município de São José do Rio Preto. DIRETRIZES GERAIS

1. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá atender

plenamente ao conteúdo mínimo exigido no artigo 19 da Política Nacional de

Resíduos Sólidos. 2. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá

estabelecer de forma clara e objetiva as metas de curto (0 a 4 anos), médio (5

a 8 anos) e longo prazo (9 a 30 anos), os instrumentos de controle do

cumprimento dessas metas, os indicadores de qualidade e eficiência dos

serviços, os investimentos necessários para os programas e os instrumentos

de controle e fiscalização dos serviços. 3. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá ser

revisado em período não superior a quatro anos, com avaliação e revisão das

metas e apresentado à população por meio de Conferência.

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DIRETRIZES ESPECÍFICAS

4. São estabelecidas as seguintes diretrizes para o Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto: 4.1 A modernização dos serviços de coleta (regular e seletiva) e de outros

serviços de limpeza, com informação e controle social da população de forma

que esta possa, conjuntamente com os técnicos da Prefeitura, fiscalizar os

serviços prestados pela empresa operadora. 4.2 Desenvolver programa que tenha como metas a redução da geração de

resíduos, reutilização, reaproveitamento e reciclagem de resíduos, visando

reduzir sua quantidade destinada à disposição final. 4.3 O estabelecimento de metas de redução de resíduos encaminhados

para tratamento e destinação em aterros sanitários, através da ampliação do

programa de coleta seletiva e dos sistemas de tratamento (triagem e

compostagem) e de reaproveitamento dos resíduos da construção civil. 4.4 A ampliação dos Pontos de Apoio no Município universalizando a cobertura do território municipal para a entrega voluntária de materiais recicláveis, resíduos volumosos e de resíduos da construção civil em pequenas

quantidades (até um 1 m3) pela população.

4.5 Ampliação do programa de coleta seletiva de forma atender a todas as

regiões do município com a implantação de novas centrais de triagem

dimensionadas para a recuperação de materiais recicláveis de acordo com as

metas estipuladas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

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4.6 Promover diálogo e incentivo para a organização de catadores visando

sua autonomia funcional e econômica. 4.7 Deverá ser estudada a remuneração para as cooperativas de catadores

no Programa de Coleta Seletiva considerando fatores como coleta e triagem. 4.8 Promover integração para o planejamento e ações conjuntas com os

gestores da política pública no Município incluindo a indústria, distribuidores,

comércio e consumidores, buscando sinergia e estabelecimento de

mecanismos para a logística reversa, conforme acordos setoriais a serem

implementados. 4.9 Estabelecimento de procedimentos e normas para a segregação de

resíduos orgânicos em feiras, mercados e entrepostos a fim de melhorar a

qualidade da matéria-prima enviada ao processo de tratamento por meio da

compostagem. 4.10 Intensificação do sistema de fiscalização de descarte irregular de

entulhos em áreas públicas e privadas de modo a erradicar os pontos de

disposição irregular de resíduos no Município, estabelecendo penalizações aos

infratores. 4.11 Controle sobre a elaboração e implantação dos Planos de

Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde nas instituições públicas e

privadas, conforme portaria da Anvisa RCD 306/2004, normas da Vigilância

Sanitária Municipal e Politica Nacional de Resíduos Sólidos. 4.12 Cadastramento de todos os prestadores de serviços privados que

operam a coleta, o transporte, tratamento e o destino final de Resíduos de

Serviço de Saúde no Município de modo a se ter maior controle sobre o

processo.

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4.13 Propor a constituição de cadastro das empresas que geram resíduos

industriais e/ou perigosos, de modo a possibilitar o controle e a fiscalização

sobre a geração, transporte e destinação dos resíduos gerados, conforme

diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos. 4.14 Cadastrar e responsabilizar os grandes geradores de resíduos de acordo

com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, no que se refere a

triagem, coleta, transporte e destinação ambientalmente correta. 4.15 Fomentar e valorizar, por meio de incentivos fiscais, econômicos ou por

selos de qualificação, a aplicação da Política Municipal de Educação Ambiental

voltada à redução da geração de resíduos e ao exercício pleno da cidadania

quanto à participação nos programas de coleta seletiva e de reaproveitamento

de resíduos. 4.16 Informar em tempo real à população, por meio do site da prefeitura,

sobre os projetos e ações pertinentes ao Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos, convocando cidadãos/delegados para discussão e

validação final dos projetos.

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4.3 Consolidação das Diretrizes Gerais e Específicas em Metas e Ações para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no Município de São José do Rio Preto Para atendimento dos princípios orientadores baseados nas leis vigentes e

considerando as diretrizes gerais e especificas estabelecidas no processo de

Conferência Municipal, é apresentada a seguir a consolidação das diretrizes

para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para o

Município de São José do Rio Preto. São apresentadas 06 diretrizes gerais:

Reestruturação e Modernização do Sistema de Limpeza Urbana e

1 Manejo de Resíduos Sólidos

Definição de Responsabilidades quanto à Gestão de Resíduos de 2 Grandes Geradores e elaboração e implementação dos Planos de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos Qualificação do Programa de Coleta Seletiva, com ampliação da coleta

3 porta-a-porta, Pontos de Entrega Voluntária – PEV’S e da rede de Pontos de Apoio

Requalificação da Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos,

4 com a reorganização da coleta da fração orgânica de fontes limpas.

Requalificação do sistema de valorização dos Resíduos da Construção 5 Civil por meio de melhorias na Usina de Beneficiamento de Resíduos

da Construção Civil. Implantação de Programa de Informação e Educação Ambiental e

6 Controle Social

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Para o atendimento das diretrizes para o sistema de limpeza urbana e manejo

de resíduos sólidos no Município são necessárias ações operacionais

gerenciais e de planejamento que nortearão a implementação efetiva do Plano de Gestão Integrada de Resíduos. As 06 diretrizes são apresentadas nos quadros a seguir organizadas em ações

e metas para seu alcance. Ressalta-se que as diretrizes aprovadas pela

sociedade no processo de Conferência estão distribuídas em ações e metas ao

longo do período de implementação do Plano de Gestão Integrada.

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Quadro 18 Diretriz, metas e ações para a reestruturação e modernização do sistema

Diretriz Reestruturação e Modernização do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Fundamentação

Para a melhoria da qualidade dos serviços de limpeza urbana no Município de São José do Rio Preto, o sistema atual deverá passar por reestruturação e modernização, buscando atender os princípios norteadores da Lei nº 11.445/2007: universalização do acesso; integralidade; serviços realizados de forma adequada com a adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; eficiência e sustentabilidade econômica com a utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas. A modernização do sistema passa necessariamente por um novo modelo institucional para prestação de serviços e controle da sua qualidade.

Ações e metas para atendimento da diretriz

Ações e Metas Prazos

Emergenciais Curto Prazo (Até 4 anos)

Médio Prazo (até 8 anos)

Longo Prazo (de 8 a 30 anos)

Implementação de novos serviços de limpeza urbana e ampliação progressiva da abrangência dos atuais serviços.

Readequação da logística de coleta, com a implementação de equipamentos adequados a cada região/setor (caminhões, caçambas de uso coletivo, entre outros)

Estudo de viabilidade para Implantação de novos contêineres para a coleta regular de resíduos em prédios públicos.

Implantação de novas lixeiras em vias públicas, de acordo com a concentração de habitantes e frequência de varrição após estudo de viabilidade, quantitativa e qualitativa.

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Definição de indicadores da qualidade e de acompanhamento da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

Desenvolvimento de canais de comunicação entre o Poder Público e a população para o controle da qualidade dos serviços executados (156 e outros)

Promoção da sustentabilidade econômica do sistema de gestão integrada de resíduos

Contratação de empresas prestadoras de serviços que possibilite a adoção de novas tecnologias e equipamentos com vistas ao aumento de eficiência e qualidade dos serviços

Garantia da prestação adequada de serviços de acordo com normas e resoluções

Elaboração e execução de programas e ações de capacitação técnica voltados para a implementação e operacionalização do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Integração para o planejamento e ações conjuntas com os gestores da política pública no Município, incluindo a indústria, comercio e consumidor, buscando sinergia e estabelecimento de mecanismos para a logística reversa, conforme acordos setoriais a serem implementados

Realização de estudos de possibilidades de soluções consorciadas de manejo e gestão de resíduos, considerando a importância do Município em termos regionais

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Quadro 19 Diretriz, metas e ações para a definição de responsabilidades quanto à gestão de resíduos de grandes geradores e

elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Diretriz Definição de Responsabilidades quanto à Gestão de Resíduos de Grandes Geradores e elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Fundamentação

Perante à legislação federal, o Município é responsável pela organização e prestação direta ou indireta dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, observado o presente Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e a Lei nº 11.445/2007. De acordo com o artigo 20 da Lei nº 12.305/2010, estão sujeitos a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, entre outros, os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos ou resíduos que, mesmo sendo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal. Portanto, no caso dos geradores de resíduos industriais e de serviços de saúde, além de grandes geradores como comércios em geral, a responsabilidade pela gestão dos seus resíduos é do próprio gerador, devendo os mesmos serem enquadrados e responsabilizados pela destinação correta de seus resíduos e pela elaboração dos seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Ações e metas para atendimento da diretriz

Ações e Metas Prazos

Emergenciais Curto Prazo (Até 4 anos)

Médio Prazo (até 8 anos)

Longo Prazo (de 8 a 30 anos)

Realização de levantamento e cadastro de grandes geradores de resíduos no Município, especialmente geradores de resíduos de serviços de saúde, industriais e grandes comércios.

Mapeamento e identificação de grandes geradores comerciais para fins de cadastramento e diferenciação tarifária de coleta de resíduos.

Garantia do cumprimento da elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS), conforme Resolução Conama 358/2005.

Desenvolvimento de cadastro único das empresas que geram resíduos industriais e/ou perigosos, de modo a possibilitar o controle e a fiscalização sobre a geração, transporte e destinação dos resíduos gerados.

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Estabelecimento de prazos para elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais (PGRI).

Desenvolvimento e implantação de sistema municipal de controle e monitoramento da implementação e operacionalização dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos pelos geradores referidos no artigo 20 da PNRS.

Definir e desenvolver dento de um processo de sustentabilidade, por meio da queima dos resíduos provenientes da poda de galhos, um Programa de Cogeração de Energia.

Quadro 20 Diretriz, metas e ações para a qualificação do Programa de Coleta Seletiva, com ampliação da coleta porta-a-

porta e da rede de Pontos de Apoio.

Diretriz Qualificação do Programa de Coleta Seletiva, com ampliação da coleta porta-a-porta incluindo pontos de entrega voluntária- PEV’S e da rede de Pontos de Apoio.

Fundamentação

A gestão dos resíduos sólidos nos municípios brasileiros deve seguir as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que apresenta como instrumentos a coleta seletiva e o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. No Município de São José do Rio Preto o Programa de Coleta Seletiva atualmente implantado necessita de qualificação e ampliação de forma a atingir outras regiões do Município. Os Pontos de Apoio funcionam como equipamentos de apoio ao Programa, mas para atendimento da recente legislação, deve haver uma reestruturação desses pontos e a implantação de novos espaços públicos. A Lei nº 12.305/2010 traz a ordem de prioridade que deve ser seguida na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e, por último, a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, tendo a coleta seletiva um importante papel como estratégia de redução e minimização de resíduos.

Ações e metas para atendimento da diretriz

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Ações e Metas Prazos

Emergenciais Curto Prazo (Até 4 anos)

Médio Prazo (até 8 anos)

Longo Prazo (de 8 a 30 anos)

Elaboração do Plano de Coleta Seletiva do Município estabelecendo diretrizes e metas de ampliação a partir da realização de estudos de geração de materiais recicláveis por região e levantamento de catadores

Requalificação dos Pontos de Apoio para o recebimento de materiais recicláveis

Revitalização, manutenção e ampliação do número de Pontos de Apoio no Município. Meta: implantação de mais 12 Pontos de Apoio (PA), sendo 3 PA até o Ano 04, 3 PA até o Ano 08, 3PA até o Ano 12 e 3 PA até o Ano 16

Programa de incentivo dos catadores de materiais recicláveis não organizados, em cooperativas de triagem e comercialização de resíduos.

Promoção do diálogo e incentivo para a organização de catadores visando sua autonomia funcional e econômica.

Implantação do projeto de ampliação da coleta seletiva de materiais recicláveis, com a inclusão progressiva de novos bairros e regiões.

Elaboração do Plano de Gerenciamento de resíduos dos órgãos e departamentos geradores de resíduos secos da municipalidade. Com início imediato da coleta seletiva após a elaboração do Plano.

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Quadro 21Diretriz, metas e ações para a requalificação da Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos, com a reorganização da coleta da fração orgânica de fontes limpas e implantação do Programa de Compostagem Caseira.

Diretriz Requalificação da Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos, com a reorganização da coleta da fração orgânica de fontes limpas .

Fundamentação

Para atender plenamente a Lei nº 12.305/2010 quanto à ordem de prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos de não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, antes da disposição final ambientalmente adequada, é necessário que o Município tenha como diretriz o tratamento diferenciado e específico para cada tipo de resíduo, possibilitando o seu reaproveitamento em sistemas de tratamento e a diminuição progressiva de materiais encaminhados ao aterro sanitário. O Município de São José do Rio Preto já conta com um sistema de triagem e compostagem que poderá ser mais eficiente em termos de reaproveitamento de resíduos, a partir da adoção de diversas ações planejadas ao longo do tempo. Complementarmente, é importante que a população participe de ações de minimização e de reaproveitamento, como por exemplo, com iniciativas de compostagem caseira, conforme proposto neste Plano.

Ações e metas para atendimento da diretriz

Ações e Metas Prazos

Emergenciais Curto Prazo (Até 4 anos)

Médio Prazo (até 8 anos)

Longo Prazo (de 8 a 30 anos)

Disciplinamento dos procedimentos de segregação nas feiras, varejões e entrepostos para a implantação da coleta diferenciada de resíduos orgânicos

Implantação do Programa Feira Limpa, com o acondicionamento diferenciado de resíduos orgânicos

Implantação de Programa de Educação Ambiental com ênfase em coleta seletiva e compostagem. Para implantação da compostagem será definido um projeto padrão que será elaborado em conjunto com o COMDEMA e as Secretarias de Meio Ambiente, Saúde e Agricultura.

Desenvolvimento de estudos para implantação de novas tecnologias de tratamento da fração orgânica de resíduos

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Quadro 22 Diretriz, metas e ações para a requalificação do sistema de valorização de Resíduos da Construção Civil (RCC)

Diretriz Requalificação do sistema de valorização dos Resíduos da Construção Civil por meio de melhorias na Usina de Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil

Fundamentação

Tendo como diretriz o tratamento diferenciado para cada tipo de resíduo, possibilitando o seu reaproveitamento em sistemas de tratamento, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos propõe a requalificação do sistema de valorização de resíduos da construção civil, com vistas a possibilitar melhorias no processo de aproveitamento e ampliar a capacidade de beneficiamento desses resíduos.

Ações e metas para atendimento da diretriz

Ações e Metas Prazos

Emergenciais Curto Prazo (Até 4 anos)

Médio Prazo (até 8 anos)

Longo Prazo (de 8 a 30 anos)

Mapeamento georreferenciado dos pontos de descarte irregular existentes na área do Município

Intensificação da fiscalização de despejo irregular de entulhos em áreas públicas e privadas estabelecendo penalizações aos infratores

Revitalização, manutenção e ampliação da cobertura dos Pontos de Apoio no Município para a entrega de materiais inservíveis e entulho em pequenas quantidades (até 1 m3) Meta: implantação de mais 12 Pontos de Apoio (PA), sendo 3 PA até o Ano 04, 3 PA até o Ano 08, 3 PA até o Ano 12 e 3 PA até o Ano 16

Disciplinamento e capacitação dos operadores dos Pontos de Apoio para orientação da população no descarte dos resíduos e para sua separação prévia

Uniformização dos procedimentos quanto à gestão de resíduos da construção civil em obras municipais

Criação de regulamentação municipal para a apresentação do Plano de Gerenciamento de RCC ao Sistema para a Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, acompanhado do Relatório do Monitoramento do Fluxo dos RCC gerados.

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Quadro 23 Implantação de Programa de Informação e Educação Ambiental e Controle Social

Diretriz Implantação de Programa de Informação e Educação Ambiental e Controle Social

Fundamentação

Para o completo atendimento das diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, deve ser implementado o Programa de Informação e Educação Ambiental com o objetivo de orientar à população quanto a importância e responsabilidade da manutenção de um ambiente limpo e sadio. A educação ambiental é a base para a disseminação de informações e para a busca efetiva pelo pleno exercício de cidadania. No Município de São José do Rio Preto deve ser elaborado um programa de educação desenvolvido especialmente para a temática dos resíduos, buscando maior participação da população no Programa de Coleta Seletiva, no uso consciente dos equipamentos públicos de coleta (regular e de materiais recicláveis) e na erradicação das áreas irregulares de entulhos e demais materiais inservíveis. Quanto ao controle social o Município deve prever a participação da população na avaliação e gestão do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos e na revisão das metas e diretrizes do Plano de Gestão Integrada.

Ações e metas para atendimento da diretriz

Ações e Metas Prazos

Emergenciais Curto Prazo (Até 4 anos)

Médio Prazo (até 8 anos)

Longo Prazo (de 8 a 30 anos)

Integração das secretarias e departamentos quanto à responsabilidade na implementação e promoção da educação ambiental permanente no Município

Elaboração de Programa de Informação e Educação Ambiental permanente com ênfase no consumo consciente, reutilização, reciclagem e destinação adequada dos resíduos voltada a comunidade escolar

Utilização de instrumentos de educação ambiental e de comunicação para fortalecimento do controle e da efetiva participação social na tomada de decisões por parte do Poder Público, permitindo a participação da população na avaliação e gestão do sistema de limpeza pública

Implantação de Programa de Educação Ambiental com ênfase em coleta seletiva e compostagem. Para implantação da compostagem será definido um projeto padrão que será elaborado em conjunto com o COMDEMA e as Secretarias de

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Meio Ambiente, Saúde e Agricultura Revisão do Plano de Gestão Integrada de Resíduos no prazo máximo de 04 (quatro) anos

Valorização por meio de incentivos fiscais, econômicos ou por selos de qualificação, a aplicação da Política Municipal de Educação Ambiental voltada à redução da geração de resíduos e ao exercício pleno da cidadania quanto à participação nos programas de coleta seletiva e de reaproveitamento de resíduos.

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As ações e metas para o atendimento das diretrizes para o sistema de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos no Município de São José do Rio Preto

estão consolidadas no Quadro 24 considerando os prazos emergencial, curto,

médio e longo prazo para a sua implementação. As diretrizes estão apontadas

no quadro, conforme legenda apresentada a seguir: Quadro 24 Diretrizes para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos do Município de São José do Rio Preto 1. Reestruturação e Modernização do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

2. Definição de Responsabilidades quanto à Gestão de Resíduos de

Grandes Geradores e elaboração e implementação dos Planos de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos (incluindo indústrias e estabelecimentos

de saúde) 3. Qualificação do Programa de Coleta Seletiva, com ampliação da coleta

porta-a-porta e da rede de Pontos de Apoio 4. Requalificação do sistema de tratamento de resíduos, com a

reorganização da coleta da fração orgânica de fontes limpas e melhorias no

processo de triagem e compostagem 5. Requalificação do sistema de valorização dos Resíduos da Construção

Civil por meio de melhorias na Usina de Beneficiamento de Resíduos da

Construção Civil

6. Implantação de Programa de Informação e Educação Ambiental e Controle Social

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Quadro 25. Quadro geral de metas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

Diretriz Prazos Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

Desenvolvimento de canais de comunicação entre o Poder 1 Público e a população para o controle da qualidade dos

serviços executados (156 e outros)

5 Mapeamento georreferenciado dos pontos de descarte irregular existentes na área do Município

Realização de levantamento e cadastro de grandes 2 geradores de resíduos no Município, especialmente

geradores de resíduos de serviços de saúde, industriais e

grandes comércios

Mapeamento e identificação de grandes geradores 2 comerciais para fins de cadastramento e diferenciação

tarifária de coleta de resíduos

2 Estabelecimento de prazos para elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais (PGRI)

3 Requalificação dos Pontos de Apoio para o recebimento de

materiais recicláveis

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Diretriz Prazos Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

3 Promoção do diálogo e incentivo para a organização de catadores visando sua autonomia funcional e econômica

Disciplinamento e capacitação dos operadores dos Pontos de

5 Apoio para orientação da população no descarte dos

resíduos e para sua separação prévia

5 Uniformização dos procedimentos quanto à gestão de

resíduos da construção civil em obras municipais

Criação de regulamentação municipal para a apresentação do Plano de Gerenciamento de RCC ao Sistema para a

5 Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, acompanhado do Relatório do Monitoramento do Fluxo dos RCC gerados.

Elaboração do Programa de Informação e Educação

Ambiental permanente com ênfase no consumo consciente,

6 reutilização, reciclagem e destinação adequada dos resíduos voltada a comunidade escolar

2 Desenvolvimento de cadastro único das empresas que geram resíduos industriais e/ou perigosos, de modo a

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Diretriz Prazos Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

possibilitar o controle e a fiscalização sobre a geração, transporte e destinação dos resíduos gerados.

Desenvolvimento e implantação de sistema municipal de

controle e monitoramento da implementação e

2 operacionalização dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos pelos geradores referidos no artigo 20 da PNRS.

Elaboração do Plano de Coleta Seletiva do Município

3 estabelecendo diretrizes e metas de ampliação a partir da

realização de estudos de geração de materiais recicláveis por

região e levantamento de catadores

1 Implementação de novos serviços de limpeza urbana e ampliação progressiva da abrangência dos atuais serviços

Readequação da logística de coleta, com a implementação 1 de equipamentos adequados a cada região/setor

(caminhões, caçambas de uso coletivo, entre outros)

1 Realização de estudo para a implantação de novos

contêineres

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Diretriz Prazos Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

Contratação de empresas prestadoras de serviços que 1 possibilite a adoção de novas tecnologias e equipamentos

com vistas ao aumento de eficiência e qualidade dos serviços

Integração para o planejamento e ações conjuntas com os 1 gestores da política no Município, buscando sinergia e

estabelecimento de mecanismos para a logística reversa,

conforme acordos setoriais a serem implementados

Implantação do projeto de ampliação da coleta seletiva de

3 materiais recicláveis, com a inclusão progressiva de novos

bairros e regiões.

Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos no âmbito da Gestão Pública.

3

Disciplinamento dos procedimentos de segregação nas

4 feiras, varejões e entrepostos para a implantação da coleta

diferenciada de resíduos orgânicos

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Diretriz Prazos Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

4 Implantação do Programa Feira Limpa, com o acondicionamento diferenciado de resíduos orgânicos

4

Implantação de Programa de Educação Ambiental com ênfase em coleta seletiva e compostagem. Para implantação da compostagem será definido um projeto padrão que será elaborado em conjunto com o COMDEMA e as Secretarias de Meio Ambiente, Saúde e Agricultura.

4 Desenvolvimento de estudos para implantação de novas tecnologias de tratamento da fração orgânica de resíduos

Intensificação da fiscalização de despejo irregular de 5 entulhos em áreas públicas e privadas estabelecendo

penalizações aos infratores

1

Implantação de novas lixeiras em vias públicas, de acordo com a concentração de habitantes e freqüência de varrição após estudo de viabilidade, quantitativa e qualitativa.

Realização de estudos de possibilidades de soluções

1 consorciadas de manejo e gestão de resíduos, considerando

a importância do Município em termos regionais

3 Ampliação do número de Pontos de Apoio no Município

Meta: implantação de mais 12 Pontos de Apoio (PA), sendo 3

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Diretriz Prazos

Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

PA em até o Ano 04 , 3 PA em até o Ano 08, 3 PA em até o Ano 12 e 3 PA em até o Ano 16

Ampliação da cobertura dos Pontos de Apoio no Município

para a entrega de materiais inservíveis e entulho em

5 pequenas quantidades (até 1 m3)

Meta: implantação de mais 12 Pontos de Apoio (PA), sendo 3

PA em até o Ano 04 , 3 PA em até o Ano 08, 3 PA em até o Ano 12 e 3 PA em até o Ano 16

Reestruturação e modernização da Usina de Beneficiamento 5 de Resíduos da Construção Civil, ampliando sua capacidade

para beneficiamento de 1.000 toneladas/dia de RCC.

Garantia do cumprimento da elaboração do Plano de

2 Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS), conforme

Resolução Conama 358/2005

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Diretriz Prazos

Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

1

Estudo de viabilidade para Implantação de novos contêineres para a coleta regular de resíduos em prédios públicos.

Definição de indicadores da qualidade e de 1 acompanhamento da prestação dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos

1 Promoção da sustentabilidade econômica, social e ambiental do sistema de gestão integrada de resíduos

4

Implantação de novas lixeiras em vias públicas, de acordo com a concentração de habitantes e freqüência de varrição após estudo de viabilidade, quantitativa e qualitativa

Integração das secretarias e departamentos quanto à

6

responsabilidade compartilhada na implementação e promoção da educação ambiental permanente no Município

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Diretriz Prazos

Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

Utilização de instrumentos de educação ambiental e de comunicação para o fortalecimento do controle e da efetiva

6 participação social na tomada de decisões por parte do Poder Público, permitindo a participação da população na avaliação e gestão do sistema de limpeza pública

Elaboração e implementação do programa de educação 6 ambiental voltado à capacitação e orientação da população

para implantação de compostagem caseira

6 Revisão do Plano de Gestão Integrada de Resíduos no prazo

máximo de 04 (quatro) anos

Valorização por meio de incentivos fiscais, econômicos ou por selos de qualificação, a aplicação da Política Municipal

6 de Educação Ambiental voltada à redução da geração de resíduos e ao exercício pleno da cidadania quanto à

participação nos programas de coleta seletiva e de reaproveitamento de resíduos.

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Diretriz Prazos

Ações Curto Médio Longo nº Ref.

1 2 3 4 5 a 8 anos 9 a 30 anos

1 Garantia da prestação adequada de serviços de acordo com normas e resoluções

Elaboração e execução de programas e ações de

1 capacitação técnica voltados para a implementação e

operacionalização do Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos

Inclusão dos catadores de materiais recicláveis não

3 organizados, em cooperativas de triagem e comercialização

de resíduos.

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4.4 Programas e Ações para Atendimento das Diretrizes para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Para atendimento das diretrizes propostas para o sistema de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos, são apresentados alguns programas

que deverão ter destaque na prestação dos serviços e na gestão de

resíduos no Município de São José do Rio Preto. 4.4. A Prestação de serviços adequados de acordo com normas e resoluções De acordo com as diretrizes da Lei nº 11.445/2007, os serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos, assim como os demais serviços de

saneamento, devem ser prestados de forma adequada, com qualidade e

eficiência. A Política Nacional de Resíduos estabelece que o Plano de Gestão

Integrada deve definir as regras para o transporte e outras etapas do

gerenciamento de resíduos sólidos. O Brasil apresenta uma série de

normas técnicas, resoluções e leis que regem, direta ou indiretamente, a

prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e

que estabelecem parâmetros de Serviços Adequados para este setor,

conforme apresentado nos Quadros a seguir.

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NORMAS TÉCNICAS

As principais normas técnicas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT) relativas à temática constam no Quadro 26: Quadro 26 Normas Técnicas Relacionadas aos Resíduos Sólidos

Norma ABNT Descrição NBR 7500 Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos

NBR 8.849

Aterro controlado de Resíduos Sólidos Urbanos- procedimentos

NBR 8.418 Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos

NBR 8.419 Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos

NBR 9.190

Sacos plásticos para acondicionamento de lixo. Classificação

NBR 9191 Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Requisitos e métodos de ensaio

NBR 10.004 Resíduos sólidos. Classificação

NBR 10.005 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos

NBR 10.006 Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos

NBR 10.007 Amostragem dos resíduos

NBR 10.157

Aterro de resíduos sólidos perigosos. Critérios para projetos, construção e operação

NBR 12.807 Resíduos de Serviços de Saúde - Terminologia

NBR 12.808 Resíduos de Serviços de Saúde - Classificação

NBR 12.810 Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde – Procedimento

NBR 12.235 Armazenamento de resíduos perigosos

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Norma ABNT Descrição NBR 13.896 Aterros de Resíduos Não Perigosos - Critérios para Projeto, Implantação e Operação.

NBR 15.112 Área de Transbordo e Triagem – projeto/implantação/operação

NBR 15.113 Aterro de Inertes - projeto/implantação/operação

Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de NBR 15.114 reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação

NBR 15.115 Agregados de Resíduos da Construção Civil – camadas de pavimentação – procedimentos

NBR 15.116

Agregados de Resíduos da Construção Civil pavimentação e concreto – requisitos

NBR 10.703 Degradação do Solo - Terminologia

NBR 12.988 Líquidos Livres - Verificação em Amostra de Resíduo

NBR 15.849 Aterro Pequeno Porte – localização/projeto/implantação

NBR 11.175 Incineração de Resíduos Sólidos Perigosos - Padrões de Desempenho (antiga NB 1265)

NBR 13.894 Tratamento no Solo (Landfarming)

NBR 7.821 Armazenamento de Petróleo e seus Derivados Líquidos e Álcool Carburante

NBR 11.174 Armazenamento de Resíduos Classe II - Não Inertes e III - Inertes (Antiga NB-1264)

NBR 13.221 Transporte Terrestre de Resíduos

NBR 7.501 Transporte terrestre de produtos perigosos - Terminologia

NBR 7.503 Ficha de Emergência para o Transporte de Cargas Perigosas

NBR 12.809

Manuseio de Resíduos de Serviços de Saúde - Procedimento

NBR 13.853 Coletor para Resíduos de Serviço da Saúde perfuro cortante

NBR 14.652 Coletor transportador rodoviário de Resíduos de Serviço da Saúde – construção/inspeção

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Norma ABNT Descrição NBR 9.191 Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Requisitos e métodos de ensaio

NBR 15.051 Laboratório clínico - gerenciamento de Resíduos

NBR 12.980 Coleta, varrição e acondicionamento de Resíduos Sólidos Urbanos – terminologia

NBR 13.463 Coleta de Resíduos Sólidos

NBR 13.591 Compostagem – terminologia

NBR 8.843 Aeroporto – gerenciamento de Resíduos Sólidos

NBR 14.283

Resíduos em solo – biodegradação - método respirométrico

NBR 14.599

Requisitos de segurança para coletores/compactadores de carregamento traseiro e lateral

NBR 15.448 Embalagens plásticas degradáveis ou de fontes renováveis – requisitos, métodos de ensaio

NBR 16.725 Resíduos Químicos – informações e ficha para rotulagem

NBR 13.334 Contentor metálico para coleta de Resíduos Sólidos

Contentor móvel de plástico destinado à coleta de NBR 15.911 Resíduos Sólidos Urbanos e Resíduos de Serviço da Saúde

NBR 13.332 Implementos rodoviários – coletor/compactador - terminologia

NBR 14.879

Implementos rodoviários – coletor/compactador – definição de volume

INSTRUMENTOS LEGAIS

No Quadro 27 são apresentados os principais instrumentos legais

referentes à questão dos resíduos sólidos no Brasil.

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Quadro 27 Legislação Federal

Título Tema Constituição Federal, Meio ambiente Cap. VI

Constituição Federal, Determina que a União, os estados e o Distrito Federal tem competência concorrente para legislar art. 24, XII sobre a defesa e a proteção da saúde

Constituição Federal,

Competência privativa dos municípios

para organizar e prestar os serviços públicos de art. 30 interesse local

Portaria nº 53/79, do Dispõe sobre a destinação final de resíduos sólidos Ministério do Interior

Proíbe o depósito e lançamento de resíduos em Decreto nº 2.668 vias, logradouros públicos e em áreas não edificadas, institui padrões de recipientes para

acondicionamento de lixo, e dá outras providências

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Lei nº 6.938/81 Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação

Resolução CONAMA Define impacto ambiental nº 1/86

Resolução CONAMA Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais nº 358/2005 ferroviários e rodoviários

Resolução CONAMA Dispõe sobre o licenciamento ambiental nº 237/97

Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio Resolução CONAMA e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o nº 401/2008 seu gerenciamento ambientalmente adequado, e

dá outras providências.

Dispõe sobre o licenciamento de fornos rotativos de Resolução nº 264/99 produção de clínquer para atividades de co- processamento de resíduos

Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental Resoluções CONAMA causada por pneus inservíveis e sua destinação nº 416/2009 ambientalmente adequada, e dá outras providências.

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Título Tema Resolução CONAMA Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos nº 348/02 para a gestão dos resíduos da construção civil.

Resolução CONAMA Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos nº 313/02 Sólidos Industriais

Resolução CONAMA

Dispõe sobre procedimentos e critérios para funcionamento de sistemas de tratamento térmico nº 316/02 de resíduos

RDC ANVISA nº Dispõe sobre o regulamento técnico para o 306/04 gerenciamento de resíduos de serviços de saúde

Resolução CONAMA

Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao nº 334/03 recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos

Resolução CONAMA Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos nº 358/05 de serviços de saúde (revoga a Res. nº 5/93)

Resolução CONAMA Estabelece diretrizes para o recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou nº 362/05 contaminado

Resolução CONAMA Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterros sanitários de nº 404/08 pequeno porte de resíduos sólidos urbanos

Aprova regulamento da Lei 6894 que dispõe sobre Decreto Federal a inspeção e fiscalização sobre a produção e 4954/2004 comércio de fertilizantes, inoculantes, corretivos ou biofertilizantes destinados à agricultura

Lei nº 11.445/2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico

Lei nº. 11.107/2005 e seu Decreto Dispõe sobre normas gerais de contratação de regulamentador nº consórcios públicos 6.017/07

Lei nº 12.305/2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos

Decreto nº 7.404/2010 Regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos

Resolução CONAMA Código de cores para a coleta seletiva. 275/2001

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Título Tema Resolução CONAMA Licenciamento ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos 308/2002 gerados em municípios de pequeno porte

Resolução CONAMA Dispõe sobre o tratamento de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos 6/1991 e aeroportos.

Resolução RDC Procedimentos para licenciamento ambiental de ANVISA 41/2002 aterros de resíduos inertes e da construção civil

No Quadro 28 são apresentadas as leis que regem a matéria no Estado de São Paulo.

Quadro 28 Legislação Estadual

Título Tema Lei Estadual nº Dispõe sobre o controle da poluição do meio 997/1976 ambiente no estado de São Paulo

Decreto Estadual nº Regulamenta a Lei nº 997/76, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio 8.468/76 ambiente

Dá nova redação ao Título V e ao Anexo 5 e Decreto Estadual nº acrescenta os Anexos 9 e 10 ao Regulamento da Lei nº 997/76, aprovado pelo Decreto nº 8.468/76, 47.397/02 que dispõe sobre a prevenção e o controle da

poluição do meio ambiente

Dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento Lei nº 7.750/92 (Vigente apenas parcialmente, pois revogada pela Lei estadual 1025/2005)

Transforma a Comissão de Serviços Públicos de Energia - CSPE em Agência Reguladora de Lei nº 1025 de 2007 Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – ARSESP, dispõe sobre os serviços públicos de saneamento básico e de gás canalizado no Estado,

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Título Tema Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes, objetivos, instrumentos para a gestão integrada e Lei Estadual nº compartilhada de resíduos sólidos, com vistas à prevenção e ao controle da poluição, à proteção e 12.300/06 à recuperação da qualidade do meio ambiente, e à

promoção da saúde pública, assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no estado de São Paulo. Revoga a Lei nº 11.387/03

Resolução SMA nº

Cria Grupo de Trabalho para regulamentar a Lei nº 12.300/06, que institui a Política Estadual de 34/06 Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes

Resolução SMA nº Dispõe sobre a exigência ou dispensa do RAP para 51/97 aterros e usinas de reciclagem e compostagem

Resolução SMA nº Procedimentos para licenciamento ambiental de 41/02 aterros de resíduos inertes e da construção civil

Procedimentos para gerenciamento e Resolução SMA nº licenciamento de sistemas de tratamento e 33/05 disposição final de resíduos sólidos de serviço de saúde

Aprova as diretrizes básicas e regimento técnico Resolução SS/SMA nº para apresentação e aprovação do plano de 1/98 gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde

Resolução Conjunta Estabelece classificação, diretrizes básicas e SS-SMA/SJDC – SP regulamento técnico sobre resíduos de serviços de nº 1/04 saúde animal (RSSA)

Resolução CETESB Dispõe sobre padrões de emissões para unidades de incineração de resíduos sólidos de serviços de nº 07/97 saúde

Resolução Conjunta

Dispõe sobre a tritura ou retalhamento de pneus para fins de disposição em aterros sanitários e dá SMA/SS nº 1 providências correlatas

Lei Estadual nº Dispõe sobre o descarte final de produtos potencialmente perigosos de resíduos que 10.888/01 contenham metais pesados.

Resolução SMA nº Dispõe sobre o licenciamento ambiental da

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Título Tema 39/04 atividade de dragagem. Institui norma técnica que estabelece Portaria CVS nº 16/99 procedimentos para descarte de resíduos Quimioterápicos.

Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento Resolução nº 54/04 ambiental no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente.

Dispõe sobre o licenciamento prévio de unidades de recebimento de embalagens vazias de Resolução SMA nº agrotóxicos, a que se refere à Lei Federal nº 7/06 7.802/89, parcialmente alterada pela Lei nº 9.974/00, e regulamentada pelo Decreto Federal nº 4.074/02.

Decreto Estadual nº Proíbe o lançamento de resíduos sólidos a céu 52.497/70 aberto.

Resolução CETESB Dispõe sobre padrões de emissão para unidades nº 7/07 de incineraçãode RSS

Decreto n0 54.645/09 Regulamenta a Lei n0 12.300 que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos

Resolução SMA n0 Estabelece diretrizes e condições para a operação

e o licenciamento da atividade de tratamento 079/09 térmico de resíduos sólidos em Usinas de Recuperação de Energia - URE

Decreto nº Institui o Programa Estadual de Implementação de projetos de resíduos sólidos e dá providências 57.817/2012 correlatas.

De acordo com as orientações e princípios das políticas vigentes no setor

de resíduos sólidos urbanos, cabe ao Município de São José do Rio Preto

atender as regras e normas técnicas, resoluções e leis que regem, direta

ou indiretamente, a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos e que estabelecem parâmetros para a sua execução

adequada.

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4.4.B Conteinerização: implantação de novos contêineres para a coleta regular de resíduos sólidos domiciliares no Município O processo de conteinerização faz parte da diretriz de reestruturação e

modernização do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

A conteinerização é uma forma de organização do acondicionamento dos

resíduos pela população e do serviço de coleta regular. A conteinerização pode ser definida como o processo de implantação de

contêineres para o depósito temporário de resíduos para posterior coleta

pelo caminhão coletor compactador. Este por sua vez, deve ser

devidamente equipado para o içamento e basculamento dos contêineres. Atualmente o Município de São José do Rio Preto apresenta um total de

800 contêineres instalados em prédios públicos, áreas centrais e grandes

geradores de resíduos como, por exemplo, shoppings centers e

supermercados. A conteinerização para o Município de São José do Rio Preto, com a

implantação de novos contêineres, está sendo proposta em prédios

públicos, escolas, creches e demais locais que possuem alto adensamento

populacional e por consequência a geração concentrada de resíduos. O

principal objetivo da implantação da conteinerização nesses locais é

organizar o acondicionamento e a coleta dos resíduos, tornando o serviço

mais eficiente e menos insalubre para os operadores. Outro benefício do

uso de contêineres é evitar o carregamento de sacos de lixo para bocas-

de-lobo quando da ocorrência de fortes chuvas, causando inconvenientes

como entupimento de bueiros e enchentes.

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As metas propostas pelo Plano de Gestão Integrada de Resíduos para a

implantação de novos contêineres para a coleta regular conteinerizada está

apresentada a seguir: Quadro 29. Metas para implantação de contêineres para a coleta regular de resíduos

PRAZOS E METAS DE IMPLANTAÇÃO

Estudo de viabilidade para Implantação de novos contêineres para a coleta regular de resíduos em prédios públicos.

CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO LONGO PRAZO

As metas apresentadas consideram que a implantação de novos

contêineres deve ocorrer de forma planejada e gradual, e deve

necessariamente prever estudo específico, considerando os seguintes

aspectos: Potencialidade e demanda dos locais (condomínios verticalizados e residenciais, prédios públicos, escolas, entre outros) em termos de geração de resíduos e espaços físicos para a colocação dos equipamentos de coleta.

Levantamento e análise de equipamentos mais adequados à cada situação.

Estudo para a readequação da logística de coleta, considerando inclusive a alteração de frequências de acordo com os locais implantados.

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Considerando a eficiência desse equipamento de coleta cabe na época de

revisão deste Plano de Gestão Integrada, avaliar o atendimento das metas

e propor a revisão de prazos na implantação dos contêineres. 4.4.C Programa Feira Limpa

No Município de São José do Rio Preto já são utilizados contêineres para a

disposição de resíduos sólidos gerados nos locais onde são realizadas as

feiras livres. O Programa Feira Limpa proposto para o Município diz respeito ao uso

desses equipamentos para o acondicionamento e coleta diferenciados de

resíduos orgânicos para posterior encaminhamento para tratamento, por

meio do processo de compostagem. É importante ressaltar que para a produção de composto de qualidade –

atendendo não somente os parâmetros mínimos exigidos pelo Ministério da

Agricultura, mas também as especificações de mercado – um dos fatores

de maior influência é a qualidade da matéria-prima base utilizada no

processo de decomposição, que nesse caso é a fração orgânica

considerada “limpa”, ou seja, sem a presença de contaminantes ou

materiais indesejáveis ao processo de compostagem. A proposta, portanto, é que essa fração orgânica coletada de forma

separada dos demais resíduos gerados na feira seja encaminhada para a

produção de composto na Usina de Triagem e Compostagem ou em outro

local que possa ser utilizado pela comunidade para produção de composto

e seu posterior uso em hortas comunitárias.

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Para atender a essa diretriz é importante que o Município de São José do

Rio Preto planeje essas ações ao longo do tempo conjuntamente com a

empresa terceirizada que realiza os serviços de coleta, transporte e destino

final dos resíduos. Algumas ações podem ser destacadas: o Levantamento da quantidade de resíduos gerada nas feiras livres.

o Verificação da quantidade de contêineres necessários para a coleta diferenciada da fração orgânica de resíduos nas feiras. o Elaboração e implementação de programa de educação ambiental voltado aos feirantes para a disposição correta da fração orgânica nos contêineres. o Reuniões com agentes comunitários ou representantes de bairros para

elaboração de projeto de compostagem e horta comunitária, considerando a disponibilidade de áreas públicas e a realização de feira livre na própria região. o Programa de capacitação de voluntários para a realização do processo de compostagem e de hortas comunitárias. o Elaboração e implementação de programa de comunicação da população para a participação no Programa Feira Limpa.

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4.4.D Programas e ações de capacitação técnica voltados para a implementação e operacionalização do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Para uma adequada implementação do Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos de São José do Rio Preto é fundamental um

programa de capacitação técnica em todos os níveis da gestão pública que

atuam direta ou indiretamente na prestação dos serviços e na gestão de

resíduos no Município. Além do Poder Público, é de extrema importância

manter a sociedade civil informada e orientada do seu papel cidadão a fim

de atender a ordem de prioridade de não geração, redução, reutilização e

tratamento dos resíduos. Neste item, são apresentados os programas propostos para a capacitação

técnica de profissionais que, de alguma forma, estão ligados à

implementação e operacionalização do Plano de Gestão Integrada. Cabe

destacar que a prestação qualificada dos serviços e o correto manejo e

gestão de resíduos em um Município não é resultado apenas, da aplicação

e atendimento às leis e normas técnicas. A capacitação profissional de

técnicos das diferentes áreas de competência é uma estratégia

fundamental para a continuidade e regularidade das ações voltadas à

melhoria de qualquer sistema e/ou programa. É de grande importância que essas capacitações estejam integradas às

leis vigentes que regem o setor de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos. Poderão ser utilizadas estratégias como a realização de oficinas,

palestras e workshops para os gestores das políticas públicas municipais

de São José do Rio Preto, assim como técnicos da Secretaria do Meio

Ambiente e outras Secretarias ligadas à área. Essa integração entre os

técnicos das diversas Secretarias é fundamental para o correto manejo e

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gestão de resíduos no Município, já que o tema transpassa todos os

setores da administração pública. Além da administração pública, é necessário um trabalho específico com

outros órgãos ou instituições que atuam diretamente/indiretamente no

sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com destaque

para: empresas terceirizadas que executam os serviços de limpeza urbana;

cooperativas de catadores; organizações não governamentais que realizam

trabalhos e projetos na área, etc. Devido à grande diversidade de atores sociais envolvidos na gestão de

resíduos, é de extrema importância que seja criado um canal de

comunicação eficiente e de avaliação constante, favorecendo o diálogo

entre os setores e permitindo a discussão e resolução de problemas

referentes ao manejo de resíduos sólidos. OBJETIVOS

Os programas e ações de capacitação técnica voltados para a

implementação e operacionalização do Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos tem como objetivo geral capacitar diferentes

públicos do Município de São José do Rio Preto para a gestão qualificada

dos resíduos sólidos urbanos, considerando os aspectos operacionais,

ambientais, sociais, econômicos e legais balizados pela Política Nacional

de Resíduos Sólidos, visando a qualidade na prestação dos serviços, a

maximização do aproveitamento dos resíduos e a regularidade e

continuidade dos programas propostos neste Plano de Gestão Integrada. Dentre os objetivos específicos, destacam-se:

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o Discutir aspectos relevantes e pertinentes ao tema e ao

desenvolvimento de ações estratégicas conjuntas com Secretarias e gestores das políticas públicas municipais, abordando conteúdos como: gestão, legislação, tratamento, resíduos especiais, logística reversa e responsabilidades compartilhadas. o Agregar as diversidades e especificidades das áreas técnicas envolvidas no sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos. o Criar espaços para discussão e troca de informação, comunicação e gestão do conhecimento nas áreas em questão. o Criar um fórum permanente de articulação com os atores envolvidos para o fortalecimento do processo de capacitação. o Informar à população sobre os principais aspectos que envolvem os

procedimentos para gerenciamento e gestão de resíduos sólidos e o seu no processo de qualificação dos serviços. o Desenvolver competências e habilidades para a implementação do

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de São José do Rio Preto, considerando os princípios orientadores, as diretrizes e os programas propostos. o Adotar medidas preventivas e corretivas na prática do gerenciamento de resíduos, assegurando à garantia da qualidade e a minimização de riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

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DIRETRIZES

As diretrizes para o programa de capacitação para a implementação e

operacionalização do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, são

apresentadas: o Elaborar programa de capacitação técnica com uma perspectiva global

de ação, visando o conhecimento e o desenvolvimento de competências e habilidades técnicas sobre o processo de gestão e manejo dos resíduos no Município. o O programa deverá contemplar ações intersecretariais de capacitação,

treinamentos e reciclagem dos gestores e técnicos, em atenção aos conteúdos apresentados no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. ESTRATÉGIAS E AÇÕES PROPOSTAS

Para atender aos objetivos de capacitação técnica voltados à

implementação e operacionalização do Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sódios, são apontadas as estratégias e ações propostas: o Definir e implantar indicadores avaliativos das capacitações e estratégias de educação ambiental realizadas no Município. o Estabelecer a periodicidade de revisão das capacitações baseadas no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

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o Criar módulos de capacitação dos técnicos e gestores públicos para o

nivelamento dos conhecimentos com a finalidade de desenvolver competências para a aplicação dos preceitos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos e do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. o Definir estratégias para a contínua informação e educação ambiental

dos agentes multiplicadores, bem como para a capacitação técnica dos responsáveis pelas operações. o Estabelecer procedimento e capacitação para que a prefeitura e seus órgãos técnicos pertinentes se estabeleçam como autoridade e referência para formação de parcerias na área dos resíduos sólidos no Município. o Elaborar manuais para capacitação permanente dos diferentes públicos-alvo para o gerenciamento adequado de resíduos sólidos. o Incentivar e contribuir na criação e regulamentação da comissão gestora da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). o Capacitar as equipes de fiscalização para que os agentes estejam aptos

para o exercício de suas atividades, visando disciplinar e dinamizar as ações de limpeza urbana do Município. o Capacitar funcionários envolvidos nos programas de coleta seletiva,

compostagem caseira, educação ambiental e demais programas propostos neste plano de Gestão Integrada para o envolvimento e integração das ações relativas à gestão de resíduos nos Município de São José do Rio Preto.

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4.4.E Definição de Responsabilidades quanto à Gestão de Resíduos de Grandes Geradores e elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Um dos principais avanços da Política Nacional de Resíduos Sólidos, no

que tange a responsabilidade do gerenciamento de resíduos no âmbito

municipal, é a identificação dos geradores sujeitos à elaboração do Plano

de Gerenciamento. Conforme legislação do setor, o Município é responsável pela organização

e prestação direta ou indireta dos serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos, cabendo aos grandes geradores à gestão de seus

próprios resíduos. A Lei nº 12.305/2010, de acordo com o artigo 20, dispõe

que unidades industriais e estabelecimentos de saúde estão sujeitos à

elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Além desses geradores, a Lei também cita a responsabilidade dos

estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem

resíduos, que mesmo sendo caracterizados como não perigosos, não

sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal,

seja por sua natureza, composição ou volume. A definição de responsabilidades, tanto em relação à gestão de resíduos

quanto pela elaboração do Plano de Gerenciamento, é apresentada no

artigo 20 abaixo:

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Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos: I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do

art. 131

II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza,

composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder

público municipal.

III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I

do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do

Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; 1

Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação:

I - quanto à origem: a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências

urbanas; b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros

e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados

nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas

atividades, excetuados os referidos na alínea “c”; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em

regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e

demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;

j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;

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V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente

do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. No caso dos resíduos gerados em estabelecimentos comerciais e

prestadores de serviços, o parágrafo único do artigo 13 da Lei nº

12.305/2010 estabelece que, quando os resíduos são caracterizados como

não perigosos, os mesmos podem ser equiparados aos resíduos

domiciliares pelo poder público municipal. Entretanto, o parágrafo 2º do

artigo 27, traz que “Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob responsabilidade do gerador que forem realizadas pelo poder público serão devidamente remuneradas pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, observado o disposto no § 5o do art. 19.” (grifo e negrito nosso). Em alguns municípios brasileiros são estabelecidas, por meio de lei

municipal, linhas de corte que classificam os estabelecimentos comerciais

e prestadores de serviços em pequenos, médios e grandes geradores. Nesses casos, o Município pode a seu critério, se responsabilizar pela

coleta, transporte e destinação final dos resíduos com características

similares aos domiciliares (Classe II da NBR 10.004/2004) a menos que

essa quantidade diária não ultrapasse a estipulada pelo poder público

municipal. Em situações em que os estabelecimentos geradores de resíduos

classificados como Classe 2 apresentem quantidades diárias superiores as

estipuladas, os mesmos devem se responsabilizar pela contratação dos

serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos

gerados, ou serem tributados de forma diferenciada quando esses serviços

forem realizados pela coleta pública

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Para fins de identificação dos geradores sujeitos à Plano de

Gerenciamento em São José do Rio Preto, de acordo com a exigência da

Politica Nacional de Resíduos Sólidos, as seguintes ações devem ser

desenvolvidas: o Levantar as atividades econômicas exercidas no Município e classificar os geradores sujeitos à elaboração dos Planos de Gerenciamento de acordo com o artigo 20 da Politica Nacional de Resíduos Sólidos. o Desenvolver critérios para a classificação de grandes geradores de resíduos Classe II para fins de responsabilização quanto à gestão dos resíduos gerados. o Elaborar lei municipal específica apresentando os critérios para a classificação de grandes geradores. o Estabelecer responsabilidades técnicas dos gestores municipais para o

controle sobre a elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos considerando os casos abrangidos pelo artigo 20 da Política Nacional de Resíduos Sólidos. 4.4.F Qualificação do Programa de Coleta Seletiva

Esta proposta de qualificação do Programa Municipal de Coleta Seletiva

vem atender a diretriz específica de reestruturação do Programa, com a

ampliação da coleta porta-a-porta e da rede de Pontos de Apoio. Após a

publicação da Lei nº 12.305/2010, os programas de coleta seletiva,

passaram a ser considerados instrumentos da nova Política Nacional de

Resíduos Sólidos, juntamente com os Planos de Gestão Integrada e o

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incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras

formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. A diretriz de qualificação do Programa parte do principio do

reconhecimento da importância das atividades realizadas no Município e do

trabalho das cooperativas de catadores e da população que participa do

Programa. O Programa de Coleta Seletiva, ora implantado, mesmo que ainda não

atinja níveis desejáveis de recuperação de materiais, é de suma

importância para a limpeza pública e para o manejo de resíduos no

Município. Até o momento, essa atividade tem tido pouca visibilidade,

embora contribua efetivamente para a redução do volume de resíduos

urbanos e possibilite a criação de postos de trabalho nas cooperativas. A existência de cooperativas ou de associações de catadores integrados

ao Programa de Coleta Seletiva é condição para se se cumprir os objetivos

da Politica Nacional de Resíduos Sólidos, em seu artigo 7º: Art. 7º. São objetivos da Politica Nacional de Resíduos Sólidos: XII – integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A inclusão social dos catadores possibilita um trabalho solidário, com

inclusão social desses agentes, e gera um circulo de responsabilidades

quanto à gestão dos resíduos no Município. A ampliação do Programa de Coleta Seletiva já existente atende as

exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos e contribui

significativamente para a ampliação da vida útil dos aterros e viabiliza o

processo de reciclagem de materiais.

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A diretriz proposta neste Plano de Gestão Integrada tem com base legal o artigo 9º da Lei Federal nº 12.305/2010 que apresenta a seguinte redação: “Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição

final ambientalmente adequada dos rejeitos”. Os itens específicos que devem constar do Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos de acordo com o artigo 19 e que tem relação com a

diretriz de qualificação do Programa de Coleta Seletiva são: X – programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos;

XI – programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das

cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver;

XII – mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos;

XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas

a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente

adequada;

XV - descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta

seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras ações relativas

à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Considerando o Programa de Coleta Seletiva implantado em parte do

Município de São José do Rio Preto, as proposições apresentadas por este

Plano visam fortalecer e potencializar as atividades das duas organizações

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existentes – cooperativa e associação – de maneira a estruturar um

sistema que se constitua numa prestação de serviço público coordenado

pelos órgãos de governo que atuam direta ou indiretamente na gestão em

conjunto com a sociedade civil organizada. As proposições são orientadas pelos princípios da inclusão social com

dignidade, dos valores sociais do trabalho, da prevalência dos direitos

humanos, da economia solidária e do cooperativismo auto gestionário.

Assim, a qualificação do Programa de Coleta Seletiva proposta para São

José do Rio Preto deve obedecer as seguintes diretrizes: o Organizar um programa universalizado, atendendo de forma equânime

toda a população, com o desenvolvimento de ações para o envolvimento de todos os segmentos da sociedade. o Organizar e atuar, sob a concepção do desenvolvimento sustentável,

ações educativas de mudanças de valores e hábitos no conjunto da sociedade, orientando à população para os benefícios sociais, ambientais e econômicos envolvidos nos processos de redução da geração e reutilização de produtos com reciclagem de materiais. o Promover ações educativas para orientar à população para a separação

de resíduos nas fontes geradoras. o Promover a mobilização, a formação e a capacitação permanente dos agentes do processo. o Implantar o programa de coleta seletiva e reciclagem dos resíduos de forma descentralizada e em parceria prioritária com os catadores, organizados em cooperativas.

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o Fortalecer a organização dos grupos locais da coleta seletiva na perspectiva da sua autonomia, com base na gestão de forma participativa. o Revisar, no que couber, a legislação municipal existente e propor adequações, quando necessário, visando atender aos objetivos do Programa de Coleta Seletiva. AÇÕES PARA A QUALIFICAÇÃO DO PROGRAMA DE COLETA SELETIVA

Considerando as diretrizes apresentadas, a qualificação do Programa de

Coleta Seletiva deve resultar da realização de ações integradas conforme

segue: 1) Elaboração do Plano de Coleta Seletiva do Município A elaboração do Plano de Coleta Seletiva é condição para o acesso a

recursos da União. O Ministério do Meio Ambiente elaborou Termo de

Referência (MMA, 2012) que serve de base para os municípios elaborarem

os seus planos. O conteúdo mínimo exigido para a apresentação do Plano

de Coleta Seletiva é apresentado no Quadro 30 a seguir:

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Quadro 30. Conteúdo mínimo do Plano de Coleta Seletiva de acordo com MMA (2012)

I- diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no município, contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas II- identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios para Coleta Seletiva, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais III- identificação e caracterização dos resíduos sólidos dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos caracterizados como não perigosos e que não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal, e das empresas de construção civil IV- procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotadas no manejo de resíduos sólidos para a Coleta Seletiva, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei nº 11.445, de 2007 V- indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos relacionados com a Coleta Seletiva VI- regras para o transporte para a Coleta Seletiva e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o item III, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual VII- definição das responsabilidades do Plano de Coleta Seletiva quanto à sua implementação e operacionalização, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o item III a cargo do poder público VIII- programas e ações de capacitação técnica voltados para a implementação e operacionalização da Coleta Seletiva IX- programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos X- programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver XI- avaliação do mercado de recicláveis e mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos

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XII- sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos da Coleta Seletiva, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei nº 11.445, de 2007 XIII- metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada XIV- descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei nº 12.305, de 2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; XV- meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação e operacionalização XVI- ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento XVII- periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência do plano plurianual municipal XVIII- divisão do município em setores para Coleta Seletiva XIX- distribuição, pré-dimensionamento e layout das instalações para a Coleta Seletiva, tais como: pontos de entrega voluntária, locais de entrega voluntária, galpões de triagem equipados, pátios de compostagem de resíduos orgânicos, áreas de transbordo e transporte para resíduos da construção e demolição e aterros para resíduos da construção e demolição, entre outras XX- dimensionamento e qualificação das equipes necessárias para a correta operacionalização da Coleta Seletiva XXI- definição de requisitos mínimos de segurança e saúde do trabalhador no manejo de Resíduos Sólidos da Coleta Seletiva XXII- dimensionamento dos equipamentos e formas de transporte para implantação da Coleta Seletiva (exemplo: veículos para cooperativas de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis), inclusive a combinação adequada entre os mesmos XXIII - definição de rotas e frequência para a coleta e transporte dos materiais recicláveis

Fonte: MMA (2012)

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As diretrizes a serem seguidas devem obedecer às determinadas neste

Plano de Gestão Integrada, considerando as metas previstas de

recuperação de materiais. A ampliação do Programa de Coleta Seletiva,

que atualmente atinge cerca de 30% do Município, deve ser procedida de

estudos de potencialidade de geração de materiais recicláveis para

determinar as regiões prioritárias para a ampliação da coleta.

2) Requalificação e Ampliação dos Pontos de Apoio para o recebimento de materiais recicláveis

O Município de São José do Rio Preto conta atualmente com 16 Pontos de

Apoio (PA), sendo que 14 deles passaram recentemente por adequações.

Esses locais são reconhecidos pela população como espaços de apoio

para recebimento de materiais recicláveis, já que a coleta porta-a-porta não

atinge todo o Município.

A diretriz de ampliação da quantidade dos Pontos de Apoio partiu da

necessidade apontada pela própria população quando da realização das

pré-conferências municipais. Para tanto, o Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos aponta as metas e prazos para a ampliação desses

locais conforme visualizado no Quadro 31.

Quadro 31 Metas para implantação de Pontos de Apoio (PA)

PRAZOS E METAS DE IMPLANTAÇÃO

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

3 PA até o Ano 04 3 PA até o Ano 08 3 PA até o Ano 12 3 PA até o Ano 16

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Conforme apresentado o Plano de Gestão Integrada aponta a meta de ampliação de mais 12 Pontos de Apoio no Município, considerando o raio de atuação dos já existentes. Cabe ressaltar que os Pontos de Apoio poderão ampliar e diversificar os resíduos recebidos na medida em que

políticas públicas desenvolvam a logística reversa2 de materiais

específicos, por exemplo. Atualmente, além de materiais recicláveis, os Pontos de Apoio recebem resíduos da construção civil em pequena monta

(até 1 m3) e resíduos considerados inservíveis pela população.

3) Programas e ações para a participação dos grupos interessados (cooperativas ou outras formas de associação de catadores) no Programa de Coleta Seletiva A elaboração de programas e ações que visem aumentar e melhorar a

participação de cooperativas e associações de catadores é fundamental

para o desenvolvimento do Programa de Coleta Seletiva, já que esses

agentes desempenham papel importante na retirada de materiais

recicláveis da rota tradicional de descarte. Em consonância com esse princípio, na última década, várias medidas de

integração desses atores no mercado de trabalho e na prestação dos

serviços de coleta de materiais recicláveis foram tomadas pelo Governo

Federal. Em 2002 essa categoria aparece no Código Brasileiro de

Ocupações, já demonstrando o reconhecimento da classe trabalhista com

as atividades exercidas pelos catadores. Em 2007, a Lei n° 11.445 permite

que o poder público municipal contrate cooperativas e associações de

2 Embora destacada como um dos avanços da Politica Nacional de Resíduos Sólidos, a

logística reversa ainda não está regulamentada por meio dos acordos setoriais em discussão entre o Governo e as empresas dos setores de embalagens.

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catadores, com dispensa de licitação, para os serviços de coleta de

resíduos sólidos. Reafirmando a importância dos catadores nos Programas de Coleta

Seletiva, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, determina, dentre outras

providências, a necessidade de sua integração nas ações que envolvam a

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, e o

incentivo à criação e o desenvolvimento de cooperativas e associações. Desta forma, são apresentadas a seguir algumas propostas de ações para

uma participação mais efetiva dos grupos interessados, a fim de incluí-los

na gestão do Programa de Coleta Seletiva do Município de São José do

Rio Preto. Para tanto, é necessário estruturar e nortear o processo de

inclusão dos trabalhadores no Programa, com a sua capacitação e

organização em cooperativas e associações. o Levantamento, cadastramento e organização dos catadores ainda não

cooperados ou associados buscando a inclusão desses atores no processo. o Capacitação dos catadores a fim de melhorar o trabalho executado, tanto nas centrais de triagem quanto na coleta de materiais recicláveis junto à população. o Estudo de viabilidade de constituição de novas formas de cooperativas, como por exemplo, em sistemas de beneficiamento de materiais recicláveis.

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o Criação de uma comissão formada por representantes das cooperativas

e associações, com caráter consultivo, para a participação, desenvolvimento e construção conjunta do Programa de Coleta Seletiva. o Formação de comissão interna da Prefeitura e de outros órgãos

interessados, para discussão das formas e limites da participação do Poder Público local na coleta seletiva. o Definição de metas e indicadores para controle da gestão interna das cooperativas. o Capacitação de possíveis gestores dentre os catadores, auxiliando seu

desenvolvimento pessoal, econômico e social, e estimulando a autogestão das cooperativas e associações. o Estabelecimento de programa permanente de capacitação e incubação,

visando incluir novos catadores e manter os trabalhadores constantemente qualificados para o exercício de suas atividades. o Elaborar e implementar um processo de incubação das cooperativas

com o objetivo de estruturar e organizar o trabalho, contribuindo para a sua autonomia e viabilidade socioeconômica.

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4) Adequação das centrais existentes e implantação de nova Central de Triagem Para o atendimento das diretrizes propostas para o Programa de Coleta

Seletiva deverá ser implantada nova central de triagem gerida por

cooperativas de catadores em conjunto com as outras centrais existentes. A nova central deverá ser implantada considerando as metas de

recuperação de materiais e a implantação gradativa dos Pontos de Apoio

(PA). Em relação às centrais de triagem em operação no Município de São José

do Rio Preto, há a necessidade de melhorias e adequações de ordem

estrutural, legal, sanitária e de organização do trabalho. Com a adequação

das centrais existentes e a implantação de nova central de triagem será

possível ampliar o Programa de Coleta Seletiva para todo o Município, com

posterior triagem, separação e beneficiamento dos materiais para

comercialização. Essas estruturas deverão ser gerenciadas por

cooperativas de catadores e a renda obtida com a venda dos materiais

recicláveis revertida para os cooperados. A implantação de mais uma central pode ocorrer em substituição ao galpão

atualmente alugado pela associação Ares para triagem e comercialização

de materiais recicláveis.

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5) Elaboração de Programa de Informação e Educação Ambiental em apoio ao Programa de Coleta Seletiva O desenvolvimento efetivo de um Programa de Coleta Seletiva requer um

trabalho contínuo e sistemático de Educação Ambiental voltado à

população do Município de São José do Rio Preto. Parte integrante de um Programa de Coleta Seletiva, a Educação

Ambiental deve trazer à tona o debate em torno dos problemas

socioambientais na perspectiva das sociedades sustentáveis. Para tanto, é

necessário desenvolver trabalhos multi e interdisciplinares, com o

envolvimento de diferentes competências técnicas. Nesse contexto, é fundamental a participação das diversas entidades e

órgãos públicos para a implementação de ações e programas de educação

socioambiental, associadas a estratégias de mobilização e comunicação. 6) Fortalecimento do Marco Legal

Para a qualificação do Programa de Coleta Seletiva conforme proposto

neste Plano de Gestão Integrada é importante que se fortaleçam os marcos

legais relacionados ao tema por meio da revisão da legislação municipal

existente e a proposição de adequações visando atender os objetivos de

ampliação e as metas de recuperação de materiais.

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METAS PARA O PROGRAMA DE COLETA SELETIVA

Considerando a definição da Política Nacional de Resíduos Sólidos,

especificamente no inciso XIV constante do artigo 19, o Plano de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos deve estabelecer as metas de redução,

reutilização, coleta seletiva e reciclagem, com vistas a reduzir a quantidade

de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. As metas de recuperação de materiais recicláveis propostas para este

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos são apresentadas no

Quadro 32, considerando a massa de materiais recicláveis: Quadro 32. Metas de recuperação de materiais recicláveis para o Programa de Coleta Seletiva do Município de São José do Rio Preto

METAS DE RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DA MASSA DE RECICLÁVEIS NO TOTAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

2015 2016 2017 2018 2019 2020

3,5% 3,5% 4,5% 5% 9% 20%

Atualmente o Município de São José do Rio Preto recupera cerca de 3,5%

de materiais recicláveis. Esse índice foi calculado, tendo como referência a

massa potencial de materiais recicláveis, identificada por meio do estudo

do IPEA quanto à composição gravimétrica média dos resíduos coletados

no País. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos propõe o aumento

gradual da recuperação de recicláveis considerando a massa desses

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materiais na composição dos resíduos gerados no Município de São José

do Rio Preto. Além da ampliação da coleta porta-a-porta e dos materiais oriundos dos

Pontos de Apoio, recomenda-se a elaboração de Plano de Gerenciamento

de Resíduos dos órgãos e departamentos públicos da municipalidade,

como forma de garantir a adequada destinação dos materiais recicláveis

gerados nestes estabelecimentos para as centrais de triagem do Município. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE COLETA SELETIVA

A proposta de qualificação do Programa de Coleta Seletiva estrutura-se a

partir da coleta de acordo com as seguintes modalidades: Coleta porta-porta: circuitos de coleta seletiva ampliados gradativamente,

considerando a estrutura e o potencial de triagem das cooperativas. Estes

circuitos deverão ser definidos em conjunto com a Prefeitura, empresa

terceirizada e cooperativa de catadores. Pontos de Apoio: a coleta nos Pontos de Apoio deverá ser realizada

conforme demanda de cada local, e os materiais recicláveis encaminhados

para as cooperativas. Eventualmente poderão ser instaladas caçambas

receptoras de materiais recicláveis em órgãos públicos ou

estabelecimentos comerciais de grande fluxo de pessoas, como por

exemplo, supermercados, centros esportivos, escolas, entre outros. Coleta em Grandes Geradores: a coleta de materiais recicláveis poderá

ocorrer em pequenas e grandes empresas por meio de estabelecimento de

contratos, convênios e acordos entre esses geradores e as cooperativas.

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Os materiais recicláveis coletados nos domicílios, grandes geradores e

Pontos de Apoio deverão ser encaminhados às centrais de triagem

operadas formalmente por cooperativas de catadores. As centrais de

triagem existentes deverão ser estruturadas e adequadas para a realização

das atividades de recepção, separação, armazenamento e administração. Como forma de potencializar as atividades das cooperativas propõe-se a

criação de uma Rede que tem como função a organização dos trabalhos

desenvolvidos nas Centrais no que se refere à comercialização, parcerias,

manutenção, formação, mobilização e sensibilização em articulação com

outras centrais que vierem a ser formadas. A Rede funcionará como uma

central de negócios, além de facilitar pesquisa de preço dos materiais

recicláveis e estratégias de divulgação visando sustentabilidade do

sistema. A sustentação desta Rede prevê a utilização de recursos públicos a partir

de convênio estabelecido entre as próprias cooperativas. 4.4.G Programa de Compostagem Caseira A compostagem é considerada um dos processos mais eficientes e

sustentáveis de tratamento da fração orgânica dos resíduos sólidos

urbanos. Comparando-se à disposição desses resíduos no solo, o

processo de compostagem apresenta poucos impactos ambientais e ainda

possibilita a reutilização dos produtos gerados no processo. A compostagem é reapresentada como uma alternativa à disposição direta de resíduos no solo e sua implantação é apontada no artigo 36º da Política

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Nacional de Resíduos Sólidos como responsabilidade do titular dos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: V - implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os

agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido. A importância da compostagem em um sistema integrado de tratamento

está no fato de que os resíduos passam por um processo de decomposição

dos seus componentes, transformando a matéria orgânica em um produto

estabilizado com valor agrícola e florestal. Nesse processo há perda de

umidade e peso e, mesmo que o composto não tenha qualidade adequada

para sua aplicação no solo, esse produto poderá ter usos menos exigentes,

como por exemplo, servir de material de cobertura em aterros. Embora seja um tratamento biológico com características relativamente

simples de decomposição, o sucesso do processo de compostagem depende de uma série de fatores, dentre eles, a origem da matéria-prima e o controle correto do processo (umidade, aeração e relação carbono/nitrogênio). Considerando esses fatores, cabe destacar a influência da origem misturada dos resíduos na qualidade do produto final, que é apontada como um dos grandes responsáveis pela produção de

composto de má qualidade3. Isso significa, sob o ponto de vista técnico,

que a separação na fonte, aliada a operação correta do processo, possibilita a produção de composto de boa qualidade que, estabilizado e rico em nutrientes, poderá ser utilizado na agricultura, horticultura, sistemas

3 Um composto é considerado de má qualidade quando não atende os parâmetros mínimos exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) quanto à granulometria conforme sua natureza física (granulado, pó, farelado, farelado grosso); teor de macronutrientes primários; teor de macronutrientes secundários e micronutrientes; e demais limites de tolerância contidas na Instrução Normativa nº 23/2005, além das concentrações máximas admitidas para agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e ervas daninhas de acordo coma Instrução Normativa nº 27/2006.

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florestais e produção de mudas, sem maiores riscos para o ambiente e

para a saúde humana. Conforme apresentado no Capítulo “Diagnóstico do Sistema”, o Município

de São José do Rio Preto possui um sistema de tratamento – a Usina de

Triagem e Compostagem –, que realiza o processo de separação dos

resíduos após os mesmos serem encaminhados à planta de forma

misturada. Nesse sistema, são separadas 3 frações: orgânicos, recicláveis

e rejeitos. Para que o composto produzido tenha qualidade aceitável o nível

de separação tem que ser o mais eficiente possível; mesmo assim, o

composto necessita de um beneficiamento final para a retirada de materiais

que, por sua natureza, não são decompostos no processo. Cabe destacar

que os materiais indesejáveis são representados também por produtos

químicos, que podem comprometer a qualidade do composto em termos de

metais pesados. Ressalta-se que, mesmo tratando os resíduos misturados,

a Usina de Triagem e Compostagem tem um papel fundamental na gestão

integrada de resíduos do Município, sendo uma das unidades ainda em

operação no Estado de São Paulo. Buscando avançar em termos de sustentabilidade quanto aos programas já

implantados no Município, é proposta a implementação do Programa de

Educação Ambiental com ênfase em coleta seletiva e compostagem. Para

implantação da compostagem será definido um projeto padrão que será

elaborado em conjunto com o COMDEMA e as Secretarias de Meio

Ambiente, Saúde e Agricultura. Diferentemente do sistema implantado na

Usina de Triagem e Compostagem, a proposta é que a própria população

realize o processo de compostagem de forma caseira. Esse Programa tem

como objetivo possibilitar o reaproveitamento da fração orgânica gerada

nos domicílios, hotéis, centros comerciais, escolas, e outras instituições,

para produção de composto e seu posterior uso em jardins, hortas e

mudas. Essa fração orgânica, separada na fonte de geração, é

considerada uma excelente matéria-prima para produção de composto,

porque se apresenta

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livre de contaminantes físicos (vidro, plástico, metal) e químicos (pilhas,

baterias, remédios). O Programa de Educação Ambiental com ênfase em coleta seletiva e

compostagem poderá ter relação direta com o Programa Feira Limpa, que

também tem como objetivo separar os resíduos orgânicos na fonte

geradora para produção de composto de boa qualidade. Nesse caso, conforme apresentado no Item 4.4.3 “Programa Feira Limpa”,

os resíduos separados poderão ser encaminhados a um local específico

para produção de composto pela comunidade e seu posterior uso em

hortas comunitárias. O Programa de Educação Ambiental com ênfase em coleta seletiva e

compostagem deve ser diretamente apoiado por um programa específico

de educação ambiental, possibilitando a formação de competências e

habilidades na gestão mais sustentável de resíduos no Município. A

distribuição de composteiras deve estar articulada com cursos de

orientação e capacitação em produção e uso de composto e possibilitar a

inclusão de jovens, idosos e pessoas com deficiências.

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4.4.H Programas e ações de educação ambiental que promovam a não

geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos A educação ambiental é definida na Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) como “processos por meio dos quais o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidade, atitudes

e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de

uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua

sustentabilidade”. De acordo com o artigo 1º da Lei municipal nº 10.819 de 17 de novembro

de 2010, que altera dispositivos da Lei nº 10.181, de 23 de julho de 2008,

que instituiu o Programa Municipal de Educação Ambiental, entende-se por

Educação Ambiental, o processo educacional transdisciplinar nos termos

dos parâmetros curriculares nacionais e segundo as diretrizes definidas

pela Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que estabeleceram a

Política Nacional de Educação Ambiental, bem como a Lei Estadual nº

12.780, de 30 de novembro de 2007. É reconhecido que a Educação Ambiental é componente importante para o

sucesso da implementação do Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos e deve articular-se com as leis supracitadas em conjunto

com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e com o Programa

Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), dentre outros. Dessa forma, entende-se que a Educação Ambiental deve ser ampla,

crítica e inovadora em níveis formais e não formais e voltada à

transformação social. Deve ainda trazer uma perspectiva global de ação,

relacionando a sociedade e a natureza. Deve-se, portanto, trazer assuntos

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225

já conhecidos da educação ambiental, assim como remeter-se para a

cidadania, tornando este conteúdo elemento determinante para a

consolidação de sujeitos cidadãos que entendam não somente a

importância do ambiente e dos cuidados para com este, mas também do

fortalecimento da cidadania para toda a população, e a corresponsabilidade

necessária das ações executadas. Para tanto, deve-se buscar a ampliação do envolvimento público por meio

de iniciativas que possibilitem um maior nível de consciência ambiental dos

moradores, garantindo a informação e a consolidação institucional dos

canais já criados para a participação, numa perspectiva pluralista. Cabe ao

poder público repensar os meios de diálogo já existentes e criar outros

canais institucionais para que aumente a cooperação social, a participação

em decisões, e viabilize o controle social sobre propostas, estratégias e

ações. Uma educação ambiental voltada não somente à natureza, mas também à

cidadania, é o caminho pelo qual é possível motivar e sensibilizar pessoas,

transformando os meios de participação em potenciais fatores de

dinamização da sociedade e de ampliação do controle social da

administração pública, mesmo em setores menos mobilizados. Devem ser

criadas condições para tal, aumentando a pluralidade de atores,

aproximando a população do Município e do Estado, e dando a

oportunidade do exercício de cidadania participativa. Os programas e ações de educação ambiental que promovam a não

geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos tem

como objetivos gerais:

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o Sensibilizar a população do Município para que esta compreenda as

dinâmicas ambientais, e favoreça a análise crítica das ações sobre o ambiente, incluindo o seu papel na redução da geração de resíduos e na responsabilidade do seu destino adequado. o Promover a interdisciplinaridade, atitudes e valores sociais em ações de conservação e preservação do meio ambiente. o Tornar viável o desenvolvimento de comportamento, individual ou coletivo, na busca pela resolução de problemas ambientais e de qualidade de vida. o Incentivar uma visão crítica e integral sobre os problemas ambientais,

assim como fomentar a participação e a interação da população na resolução de questões relacionadas ao meio ambiente e aos resíduos sólidos. o Promover participação cidadã nos programas de limpeza da cidade e de

minimização e tratamento de resíduos. o Incentivar a não geração, a redução de resíduos, a reutilização, a

produção e o consumo sustentáveis, a coleta seletiva e a reciclagem com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. o Promover cursos que incentivem a redução de resíduos orgânicos domiciliares, a partir do uso integral dos alimentos. o Promover cursos gastronômicos para merendeiros e cozinheiros de instituições públicas e populares, além dos demais interessados, que

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227

fomentem o uso integral dos alimentos, buscando a redução do

desperdício, e da geração de resíduos orgânicos úmidos. o Capacitar servidores públicos, lideranças comunitárias, representantes

de movimentos sociais, professores, e os demais interessados em tornarem-se agentes multiplicadores de educação ambiental. Desenvolver em escolas, e outros espaços públicos, projetos voltados às questões socioambientais locais; o Estimular os programas de coleta seletiva e de compostagem caseira, em parceria com associações de bairros, escolas, condomínios, ONGs, organizações de catadores, etc.. o Implantar a Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P – não

só com objetivo de trazer a sustentabilidade às questões administrativas, mas informando e capacitando os servidores públicos de modo que repassem as informações e o conhecimento adquirido a partir das ações executadas. ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO

Com o intuito de facilitar o acesso às informações, sugere-se a implantação

de planos de comunicação, estratégias e novas linguagens que visem

ampliar as possibilidades de envolvimento, sensibilização e mobilização

dos munícipes quanto à Educação Ambiental. Estes instrumentos devem

conter informações objetivas, direcionadas a população ou determinada

comunidade envolvida nos programas e ações. Devem ser realizadas

campanhas que abranjam o todo Município, bem como campanhas locais

e/ou regionais, periféricas e rurais.

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Para fortalecer e ampliar a participação devem ser realizados projetos que

promovam o envolvimento da população, utilizando princípios e

metodologias de sensibilização e mobilização. As ferramentas de

mobilização devem, para tanto, trazer conteúdos e princípios ligados à: o Educação para a sustentabilidade; o Consumo responsável, consciente e sustentável; o Minimização e reaproveitamento de resíduos. Estes temas devem estar presentes e explicitados de forma simples,

facilitando a compreensão pelos mais diversos públicos-alvo. É de extrema importância que as ações de educação ambiental e

comunicação social ocorram de maneira contínua e por todo o Município,

de modo a aumentar a eficiência das ações operacionais propostas no

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, além de ampliar

a participação da sociedade nos Programas de Coleta Seletiva e de

Compostagem Caseira. AÇÕES PROPOSTAS Em busca da participação ativa dos munícipes na temática ambiental e,

mais especificamente, na questão dos resíduos sólidos, deve-se

sensibilizar e informar a população sobre os processos que envolvem os

resíduos nos últimos anos, no que tange às políticas nacionais, estaduais e

municipais, assim como sobre os programas municipais propostos. O

intuito é promover a reflexão sobre a necessidade da mudança de hábitos,

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229

auxiliar na formação de novos valores, e elucidar sobre a importância da

participação no processo de construção de uma sociedade sustentável. Torna-se importante realizar no Município cursos de formação e

capacitação de potenciais agentes multiplicadores. Esses cursos deverão

ser promovidos pelo Grupo de Trabalho de Educação Ambiental, já

instituído no Município de São José do Rio Preto, ou por outra comissão a

ser formada. Como público-alvo desta ação entende-se todos aqueles com

potencial para ser agente multiplicador, como agentes de saúde da família,

líderes comunitários, professores das redes municipal, estadual, e privada

(de todos os níveis de ensino), representantes de organizações de

catadores, e toda e qualquer pessoa que demonstre interesse para

desempenhar a função. Deve-se instituir o programa A3P – Agenda Ambiental na Administração

Pública, visando implementar uma gestão sustentável socioambiental nas

atividades administrativas e operacionais do governo. Com o programa em

funcionamento, aplicam-se os critérios ambientais que promovam

mudanças nos investimentos, compras, e contratação de serviços pelo

governo, além de trazer uma adequação quanto à gestão dos resíduos

gerados e recursos naturais utilizados no Município. Cursos de capacitação

e/ou formação de servidores públicos quanto a práticas sustentáveis e

cidadãs também devem ser realizados, incentivando o papel dos

funcionários como agentes multiplicadores não somente em seu

expediente de trabalho, mas também fora deste. A implantação de um sistema de informações de fácil acesso é

fundamental para o sucesso da implementação do Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos com a criação de um portal no qual

a população tenha acesso a informações sobre dias da coleta seletiva,

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orientações sobre a separação dos resíduos, entidades e ONGs

relacionadas, glossário para consulta, ações do poder público, eventos, etc.

O acesso à informação deve ocorrer de maneira rápida e fácil, sendo

fundamental para a implementação da coleta seletiva, compostagem

caseira e de outras ações relacionadas, como por exemplo, a logística

reversa, quando esta se iniciar. O já instituído Calendário Ambiental de São José do Rio Preto deve ser

ampliado, de modo a promover eventos, de maneira descentralizada, que

busquem conscientizar e sensibilizar a população sobre as questões

ligadas aos resíduos sólidos, à cidadania e à participação popular. As parcerias com empresas devem ser tratadas com atenção, uma vez que

muitas propostas de ações formuladas por parte da iniciativa privada

apresentam características mais próximas a ações de marketing e

publicidade do que de educação ambiental propriamente dita. Por outro

lado, ações éticas e responsáveis podem surgir dessas parcerias, em

especial as ligadas à divulgação divulgar as ações à população, mas

também sensibilizá-la quanto às questões ambientais. DIRETRIZES PARA O PROGRAMA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Complementarmente ao Programa de Educação Ambiental deve ser

elaborado Programa de Informação e Comunicação à população como

instrumento de controle social e maior participação nas ações voltadas à

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Como objetivos deste Programa podem ser destacados:

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o Divulgar e promover o cumprimento das metas do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos; o Disponibilizar dados relativos aos serviços públicos prestados no Município; o Ampliar os serviços de ouvidoria e canais de comunicação; o Criar mecanismos que promovam o debate e a participação da sociedade com o Poder Público;

o Incentivar a participação popular e a integração intersecretarial dentro do espaço proposto do COMDEMA;

o Incentivar e promover parcerias com universidades que proporcionem à

população eventos como exposições, palestras, apresentações teatrais, etc. em locais públicos, de maneira descentralizada, que tenham como tema a cidadania e o meio ambiente; o Promover a divulgação na grande mídia, mídia alternativa e rádios

comunitárias, de informações quanto a direitos e deveres dos cidadãos quanto aos serviços públicos prestados, e incentivos à população para com a cidadania e o meio ambiente; o Ampliar e fortalecer o Calendário Ambiental do município, com eventos que ocorram de maneira descentralizada, buscando atingir a população do município em sua totalidade;

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o Manter uma página na internet, atualizada, com informações quanto ao

manejo dos resíduos sólidos, as formas de participação do cidadão, as instruções quanto à coleta seletiva, assim como indicação geográfica dos PEVs; o Incentivar empresas a promoverem a campanhas informativas quanto a ações ambientais; o Incentivar a criação de espaços virtuais que promovam a educação

voltada ao meio ambiente e à cidadania, estimulando iniciativas relacionadas à transparência e ao controle social. METAS E PRAZOS PARA OS PROGRAMAS DE EDUCAÇAÕ AMBIENTAL E INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A seguir são apresentadas as metas e prazos para os Programas de

Educação Ambiental e de Informação e Comunicação, considerando as

diretrizes e ações propostas neste Plano de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos. Curto prazo:

o Elaborar e implantar campanhas de educação ambiental e comunicação

social. o Elaborar e implantar cursos de formação e capacitação de agentes multiplicadores de educação ambiental e comunicação social. o Elaborar e manter sites informativos quanto aos serviços prestados.

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o Elaborar e implantar mecanismos de participação popular em conjunto com o COMDEMA. o Elaborar e implantar ações que promovam a cidadania e a participação. o Elaborar e implantar campanhas de sensibilização e mobilização dos munícipes balizadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos e na promoção do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Médio prazo:

o Criar e implantar indicadores avaliativos das campanhas e estratégias de educação ambiental e comunicação social realizadas no Município; o Manter as campanhas e estratégias de educação ambiental e comunicação social. Longo prazo: o Dar continuidade à avaliação das campanhas e estratégias de educação ambiental e comunicação social realizadas no município. o Revisar e realizar necessárias alterações em campanhas e ações de educação ambiental, de acordo com os dados compilados nas avaliações.

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5 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS FAVORÁVEIS PARA A DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS No Brasil foram gerados durante o ano de 2012 cerca de 62,7 milhões de

toneladas de RSU nos seus 5.565 municípios. Do total, cerca de 58% (32,8

milhões de toneladas) foram dispostos em aterros sanitários e o restante, que

perfaz cerca de 42% (23,8 milhões de toneladas) nas modalidades de aterros

controlados e lixões (ABRELPE, 2012). Dentre as três modalidades de disposição final de resíduos no solo ainda

existentes no país, somente os aterros sanitários são considerados

ambientalmente adequados, sendo definidos pela NBR 8419/1984 como: “a

técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à

saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais,

método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos

sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível,

cobrindo os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de

trabalho, ou a intervalos menores, se necessário. O projeto a ser elaborado

para a implantação de um aterro sanitário deve contemplar todas as

instalações fundamentais ao bom funcionamento e ao necessário controle

sanitário e ambiental durante o período de operação e fechamento do aterro”. Mundialmente, até o final da década de 60, os sítios destinados ao recebimento

de resíduos eram implantados e operados sem a preocupação da

contaminação do solo e dos recursos hídricos, dada a justificativa que os

contaminantes eram atenuados naturalmente pelo solo, e que

consequentemente, não atingiam as águas subterrâneas. No entanto,

pesquisas realizadas posteriormente mostraram que até os pequenos aterros

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de resíduos podem contaminar as águas subterrâneas, principalmente aqueles

que não sofreram o processo de seleção de áreas e projetos específicos. A escolha de áreas para aterros sanitários é uma tarefa de difícil realização,

visto que a seleção da área é um processo que depende de diferentes fatores e

condicionantes sendo mundialmente reconhecida como uma das etapas mais

complexas da gestão de resíduos sólidos decorrente da comum manifestação

contrária da população do entorno da área escolhida, conhecida como

“Síndrome NIMBY” (Not in My Backyard - não no meu quintal). Soma-se ainda

o crescente e desenfreado processo de urbanização das cidades que vem

refletindo na carência de áreas ambientalmente adequadas. Dentre o conteúdo mínimo exigido para o Plano de Gestão Integrada de Resíduos, definido no artigo 19 da Politica Nacional de Resíduos Sólidos, está a identificação de áreas favoráveis para a disposição final ambientalmente

adequada de rejeitos4, isto é, dos resíduos não passíveis de tratamento e

recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis. O levantamento de áreas favoráveis para a localização de aterros sanitários

requer um processo de avaliação criteriosa para identificar o local que melhor

atenda às exigências legais e normativas, que minimize impactos econômicos,

sociais e ambientais gerados pela disposição de resíduo no solo e

consequentemente na melhoria das condições da qualidade ambiental e da

saúde pública. 4

A Politica Nacional de Resíduos Sólidos define Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeitos como a “distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.

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O presente estudo, em obediência a PNRS, é parte integrante do Plano de

Gestão de Resíduos Sólidos do Município de São José do Rio Preto, e vem

apresentar o levantamento e a identificação de áreas favoráveis para a

disposição de resíduos sólidos urbanos e assim contribuir na proteção da

saúde pública e da qualidade ambiental dos recursos naturais. 5.1 Síntese da Caracterização Socioambiental do Município de São José do Rio Preto: condicionantes para o levantamento de áreas O município de São José do Rio Preto localiza-se na região noroeste do

Estado, pertencente à Mesorregião do Estado de mesmo nome, e representa

um importante eixo de escoamento da safra agrícola e de manufaturados da

região Centro-Oeste do Brasil. É interceptado pelas rodovias: Washington Luis

(SP-310) que permite o acesso à região Centro-Oeste do país, liga o norte ao

sul do país e ao Porto de Santos; Transbrasiliana (BR-153) que permite o

acesso à Argentina e Uruguai; e a Assis Chateaubriand (SP-425) que se

estende do sul de Minas Gerais ao norte do Paraná e dá acesso a Ribeirão

Preto,SP. É limitado a norte pelos municípios de Ipiguá e Onda Verde; Guapiaçu - a leste;

Bady Bassit e Cedral - a sul; e Mirassol –a oeste. A atividade agropecuária é bastante desenvolvida na Zona Rural, destacando-

se as culturas de cana de açúcar, laranja, milho, sorgo e a criação de gado de

corte e leiteiro. Com 408. 258 habitantes (IBGE, 2010), é formado pelos distritos de

Engenheiro Schmitt com 10.244 habitantes; Talhado com 5.514 habitante se

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pelo Distrito-Sede de São José do Rio Preto. Subdivide-se em cerca de 360

bairros, loteamentos e residenciais (SMA/DAEE, 2001). Abrange a área total de 431,3 km², sendo que a zona urbana ocupa 119,48 km²

que concentra 93,3 % da população total do município. O perímetro urbano é

formado por uma ocupação mista residencial e comercial que circunda os

demais equipamentos urbanos, tais como: cemitérios, praças, áreas de lazer e

cultura, serviços públicos, etc. Dois grandes lagos artificiais (reservatórios), de

cerca de 1 km de extensão cada, localizam-se no centro-leste da mancha

urbana. O município é drenado pelo Rio Preto e seus afluentes (córregos Macaco, da

Lagoa, da Canela, Borá, da Felicidade, São Pedro, do Talhado e da Piedade)

pertencente à Unidade Hidrográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos

(UGRHI 15) dos rios Turvo e Grande. O sistema de abastecimento de água é realizado pelo Serviço Autônomo de

Água e Esgoto – SEMAE. A água subterrânea provenientes de poços tubulares

representa mais de 70% do volume distribuído, sendo que o Sistema Bauru

representa a maior parte deste volume de água. As águas superficiais são

captadas no rio Preto, dentro do perímetro urbano fornecendo 26% da água

distribuída. As águas subterrâneas e superficiais do rio Preto são aduzidas

através de uma rede que possui mais de 1,3 milhões de km de extensão. 5.2 Estudos Realizados para a Seleção de Áreas em São José do Rio Preto para o EIA/RIMA Em 2004, a CONSTROESTE Construtora e Participações Ltda. protocolou

junto à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) o Estudo

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de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental

(EIA/RIMA) para obtenção de Licença Ambiental Prévia do empreendimento

denominado “Sistema de Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Onda Verde e São José do Rio Preto (SJRP) no Município de Onda Verde” (Processo

SMA no 13.562/04).

A justificativa atribuída para a implantação do sistema foi de equacionar

ambientalmente a disposição dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos

municípios de Onda Verde e São José do Rio Preto, uma vez que o primeiro

dispunha os resíduos num aterro em valas, e o segundo, num aterro sanitário

que estava com sua capacidade praticamente esgotada. O sistema proposto é composto por um aterro sanitário de codisposição

projetado para receber os rejeitos oriundos da Usina de Triagem e

Compostagem de São José do Rio Preto, os resíduos domiciliares e de

varrição gerados em Onda Verde, os resíduos de serviço de saúde (tratados

por sistema de autoclave – transformados em Classe II) e os resíduos

industriais não perigosos; além de um aterro de inertes. Na ocasião da elaboração do EIA/RIMA foi realizado o estudo de áreas locacionais alternativas para a implantação do sistema proposto, conforme

estabelece a Resolução CONAMA no001/ 1986. Foram analisadas 7 (sete)

áreas potenciais localizadas nos municípios de Onda Verde, Ipiguá e São José do Rio Preto, denominadas de A1; A2; A3; A4; A5; A6 e A7. 5.2.A Áreas Analisadas no EIA/RIMA

A Área A1 corresponde a ampliação de 84.000 m2 junto à porção sudoeste do aterro sanitário que na época recebia os resíduos sólidos urbanos gerados em

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São José do Rio Preto cuja capacidade estava praticamente esgotada. A divisa

oeste da área pretendida para ampliação é localizada a menos de 200 metros

do córrego das Antas. A Área A2 com 125,04 hectares, de propriedade da CONTROESTE, está

localizada nas margens da Rodovia Transbrasiliana – BR 153, em Onda Verde.

Na ocasião era utilizada para criação de gado e abrigava o aterro em vala que

recebia os resíduos sólidos urbanos gerados pelo município. Segundo o

EIA/RIMA, na época a CETESB se manifestou favoravelmente à continuidade

dos estudos e projetos necessários para a implantação do sistema de

disposição de resíduos nessa área. A Área A3 com 104,06 hectares localiza-se no sítio Queixada, Município de

Ipiguá. O acesso principal é realizado pela Rodovia Décio Custódio da Silva –

SP 427. O entorno é ocupado por um pequeno agrupamento de casas

localizado a cerca de 300 metros da área e por uma indústria de

beneficiamento de couro. Próximo a área localiza-se o córrego do Queixada

cujas águas são utilizadas para a irrigação das plantações vizinhas. A Área A4 com 99,22 hectares, localiza-se na Fazenda Rio Preto, Município de

Ipiguá. O acesso principal é realizado pela estrada vicinal que liga a Rodovia

Transbrasiliana – BR 153 a Ipiguá, não existindo na época, núcleos

habitacionais no entorno da área. A Área A5 com 179,08 hectares se localiza na porção norte do perímetro

urbano de São José do Rio Preto, junto ao km 13,5 da Rodovia Décio Custódio

de Melo (SP 427). Na ocasião, o entorno era ocupado pelo Clube Recreativo

dos Eletricitários de São José do Rio Preto – CRETERP e habitações. O

acesso era dificultado em função de não existir condições de implantar uma

rotatória na Rodovia SP 427.

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A Área A6 com 91,96 hectares, de fácil acesso, se localiza na porção nordeste

do município de São José do Rio Preto, entre os quilômetros 181 e 182 da

Rodovia Assis Chateaubriand – SP 425. Na ocasião, o interior da área já era

ocupado por várias habitações, o entorno pela Sede Administrativa-

Operacional da CONSTROESTE (a norte), pelo córrego da Felicidade (a sul) e

por loteamentos residenciais. A Área A7 com 242 hectares, também se localiza na porção leste do município

de São José do Rio Preto, entre os quilômetros 178 e 179 da Rodovia Assis

Chateaubriand – SP 425. Na época, o entorno era ocupado por comércio

(posto de gasolina, churrascaria e loja de conveniência), condomínio de

chácaras (a leste) e por um córrego (a sul). O acesso era dificultado em função

da impossibilidade de construir uma rotatória próxima a área. A Figura 42

mostra as áreas estudadas para o EIA/RIMA.

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Figura 42 Áreas Analisadas para licenciamento ambiental do “Sistema de Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Onda Verde e São José do Rio Preto (SJRP) no Município de Onda Verde” (PROEMA, 2004)

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METODOLOGIA UTILIZADA PARA AVALIAÇÃO DAS ÁREAS EIA/RIMA

A avaliação das 7 (sete) áreas selecionadas foi realizada à partir do método

matricial de hierarquização que se fundamenta na atribuição de pontos para

cada área de acordo com parâmetros pré estabelecidos. Os parâmetros de

natureza similares são divididos em 5 (cinco) grupos: saúde pública, segurança

da operação, meio ambiente, meio social e custo de implantação. Para cada parâmetro foi atribuída uma pontuação (entre 1 e 10) que foi

estabelecida segundo a sua importância. A pontuação 10 (dez) significa que a

área analisada, em relação ao parâmetro definido, apresenta características

altamente favoráveis à manutenção do meio ambiente e da qualidade de vida.

Por conseguinte, a pontuação 0 (zero) significa que a área em questão é

extremamente deficiente em relação ao parâmetro analisado, portanto, passível

de ser impactada ao extremo. Consequentemente, a área mais indicada é

aquela que apresenta a maior soma do total dos pontos. No estudo realizado foi adotada a pontuação explicitada no Quadro 34 –

Pontuação para os Parâmetros relacionados à Saúde Pública, Segurança da

Operação e ao Meio Ambiente; no Quadro 35 – Pontuação para os Parâmetros

relacionados ao Meio Social e no Quadro 36 – Pontuação para os Parâmetros

relacionados aos custos de Implantação do Aterro Sanitário.

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Quadro 34 Pontuação para os Parâmetros relacionados à Saúde Pública, Segurança da Operação e ao Meio Ambiente

PARÂMETROS PONTOS CARACTERÍSTICAS

10 Solo argiloso, com baixa permeabilidade

8 Solo argiloso, com média permeabilidade

Geologia 6

Solo rochoso, com matacões, média permeabilidade

4 Solo arenoso, com alta permeabilidade

2 Solo rochoso, impenetrável

10 Distância superior a 350 metros

8 Distância entre 300 e 350 metros

Hidrogeologia - distância

6 Distância entre 250 e 300 metros dos cursos de água

4 Distância entre 200 e 250 metros

2 Distância inferior a 200 metros

10

Via pavimentada, sem desvios de percurso, boa qualidade

8 Via pavimentada, pequenos desvios

Acessos

6

Via pavimentada, com interrupções de vias férreas

4 Via não pavimentada, qualidade regular em período chuvoso

2 Via não pavimentada, qualidade ruim em período chuvoso

Vegetação - fauna e flora 10 Pouca cobertura vegetal; meio biótico não representativo

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PARÂMETROS PONTOS CARACTERÍSTICAS

8 Pastagem, vegetação rasteira; meio biótico renovável

6 Pastagem, com arbustos; meio biótico de razoável importância

4 Meio biótico com dificuldades de renovação

2 Matas em processo de extinção ou renovação

10 Solo com superfície plana, declividade superior a 6%

8 Solo com superfície plana, declividade variando de 4% a 6%

Geomorfologia – 6 Solo com superfície plana, declividade declividades variando de 2% a 4%

4 solo com superfície plana, declividade variando de 1% a 2%

2 Solo com superfície plana, declividade inferior a 1%

10

Clima seco, baixa precipitação

8 Clima seco, média precipitação

Clima - precipitação e

6 Clima úmido, baixa precipitação evapotranspiração

4 Clima úmido, média precipitação

2 Clima úmido, grande precipitação

10 Área protegida de ventos dominantes

Ventos Predominantes 8 Área com proteção artificial dos ventos dominantes

6 Área com possibilidade de proteção

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PARÂMETROS PONTOS CARACTERÍSTICAS

dos ventos dominantes

4 Área com pouca proteção dos ventos dominantes

2 Área não protegida de ventos dominantes

10 Total adequação às leis ambientais

8 Adequação parcial às leis ambientais

Adequação à legislação 6 Possibilidade de se adequar às leis Ambiental ambientais

4 Difícil adequação às leis ambientais

2 Em desacordo às leis ambientais

10 Mínimo impacto, com recuperação da área

8 Impacto possível de recuperação

Não Impactação de Outra 6 Impacto com possibilidade de ser contornável Área

4 Impacto importante, com possibilidade de recuperação

2 Impacto importante, com pouca possibilidade de recuperação

Fonte: PROEMA (2004).

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Quadro 35 Pontuação para os Parâmetros relacionados ao Meio Social

PARÂMETROS Pontos CARACTERÍSTICAS

10 Compatível com o uso do solo, área rural

8 Pequenas adequações ao uso do solo

Compatibilidade

6

Possibilidade de adequar ao uso do solo

com o uso do solo local

4

Incompatível e pouca possibilidade de adequação

2 Não compatível com o uso do solo

10 Mínimo impacto visual

8 Facilidade para diminuir o impacto visual

Impacto visual 6 Possibilidade de diminuir o impacto visual

4 Impacto visual importante, mas passível de recuperação

2 Impacto visual de significativa importância

10 Distância superior a 3.000 metros

8 Distância variando de 2.000 a 3.000 metros

Proximidades de

6

Distância variando de 1.000 a 2.000 metros

habitações

4 Distância variando de 500 a 1.000 metros

2 Distância inferior a 500 metros

10

Com pouca susceptibilidade

Odor - Poeira - 8 Possibilidade de eliminar ou reduzir o impacto

Ruído

6 Susceptibilidade média

4 Susceptibilidade importante

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PARÂMETROS Pontos CARACTERÍSTICAS

2 Com muita susceptibilidade

10 Uso futuro para lazer e recreação

8 Uso futuro para lazer e recreação com monitoramento

Uso Futuro da

6

Uso futuro com constante monitoramento da Área área

4 Possibilidade de uso futuro, com constante monitoramento

2 Impossibilidade de uso futuro

10 Saneamento básico, energia elétrica e telefonia

8 Saneamento básico, energia elétrica

Infraestrutura

6 Energia elétrica e telefonia

Disponível

4 Saneamento básico e energia elétrica

2 Energia elétrica

Fonte: PROEMA (2004)

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248

Quadro 36 Pontuação para os Parâmetros relacionados aos Custos de Implantação

PARÂMETROS PONTOS CARACTERÍSTICAS

10 Instalações fixas, acessos de boa qualidade, baixo investimento

8 Instalações fixas, acessos de boa qualidade, médio investimento

Investimentos para 6

Instalações fixas, não tem acessos de boa implantação qualidade, médio investimento

4 Tem algumas instalações fixas, não tem acessos de boa qualidade, médio investimento

2 Sem nenhuma instalação, alto investimento inicial

10

Área adequada para vida útil superior a 12 anos

8 Área adequada para vida útil entre 10 e 12 anos

Dimensões da área e 6 Área adequada para vida útil entre 8 e 10 anos vida útil

4 Pequena área, vida útil variando de 3 a 8 anos

2 Pequena área, vida útil inferior a 3 anos

10

Distância inferior a 150 metros, jazidas no terreno

8 Distância variando de 150 a 300 metros

Localização das

6

Distância variando de 300 a 800 metros jazidas

4 Distância variando de 800 a 1.500 metros

2 Distância superior a 1.500 metros

Distância da Área em relação ao Centro da 10 Distância inferior a 5 km Cidade

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249

PARÂMETROS PONTOS CARACTERÍSTICAS

8 Distância variando de 5 a 8 km

6 Distância variando de 8 a 12 km

4 Distância variando de 12 a 15 km

2 Distância superior a 15 km

10 Área de propriedade da empresa operadora do futuro empreendimento

8 Área pública Federa, possibilidade de aquisição

Titularidade da Área

6

Área particular com facilidade de aquisição

4 Área pública Municipal

2 Área particular com dificuldade de aquisição

Fonte: PROEMA (2004). RESULTADOS OBTIDOS

Os resultados obtidos decorrentes da pontuação atribuída para cada área

analisada foram apresentados conforme mostra o Quadro 37 apresentado a

seguir. Quadro 37 Pontuação atribuída para cada área

GRUPO

PARÂMETROS

PONTUAÇÃO

A1

A2

A3

A4

A5

A6

A7

Geologia/permeabilidade 8 8 8 8 8 8 8 do solo

Saúde

Hidrogeologia/distância 2

10

4

4

10

2

2

Pública e dos cursos de água

Segurança

Acessos 10 10 10 10 10 10 4

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Cobertura vegetal, fauna 10 10 10 10 10 10 10 e flora

Não impactação de outra 10 8 10 10 10 10 10 área

Meio Geomorfologia/ 10 10 10 10 10 10 10 Ambiente Declividade

Clima (precipitação) 8 8 8 8 8 8 8 Ventos predominantes 8 8 8 8 8 8 8 Adequação à legislação 10 10 10 10 10 10 10 Compatibilidade com o 10 10 10 10 10 10 10 uso do solo local

Impacto visual 8 8 8 8 6 6 6

Aspectos Proximidades de 6 8 2 10 4 2 4

habitações

Sociais Odor/poeira/ruídos 8 10 8 8 8 8 8 Uso futuro da área 10 10 10 10 10 10 10 Infraestrutura (água, 10 10 10 10 10 10 10 esgoto, etc)

Dimensões da área e 2 10 10 10 10 10 10 vida útil

Investimento na 10 8 8 8 8 8 8 implantação

Custos

Distância do centro 8

4

6

4

6

6

6

gerador

Titularidade da área 4 10 2 2 2 2 2 Localização das jazidas 10 10 10 10 10 10 10 Soma da 162 180 162 168 168 158 154 Pontuação

Fonte: PROEMA (2004) ESCOLHA DA ÁREA

A escolha da área foi realizada à partir da pontuação final obtida nas 7 (sete)

áreas com consequente classificação em ordem decrescente a qual permitiu

identificar a área considerada mais favorável conforme mostra o Quadro 38

apresentado a seguir.

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251

Quadro 38 Classificação final das áreas em ordem decrescente

CLASSIFICAÇÃO ÁREA PONTUAÇÃO FINAL

1 A2 180

2 A4 168

3 A5 168

4 A3 162

5 A1 162

6 A6 158

7 A7 154

Fonte: PROEMA (2004) Os dados apresentados no Quadro 38 mostram que a Área A2 foi que

apresentou a maior pontuação final e, portanto, foi a eleita como passível de

abrigar o “Sistema de Disposição Final de Resíduos Sólidos de Onda Verde e

de São José do Rio Preto”. Ressalta-se que na época da realização desse

estudo (2004) os resíduos sólidos gerados pelo município de Onda Verde eram

dispostos no aterro em valas que ficava localizado em área adjacente à

escolhida. Dentre as vantagens apontadas pelo EIA/RIMA na escolha da Área A2

destacam-se: a manifestação favorável da CETESB para a continuidade dos

estudos e projetos; facilidade de acesso; isolamento da área devido a

inexistência de edificações no entorno; grande capacidade de recepção de

resíduos sólidos; características geológicas e hidrogeológicas favoráveis e

volume de solo suficiente para promover a cobertura dos resíduos.

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5.3 Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos Gerados em São José do Rio Preto Em 2004, conforme descrito anteriormente, a CONSTROESTE realizou um

levantamento de áreas alternativas para a disposição dos resíduos gerados

pelos municípios de São José do Rio Preto (SJRP) e Onda Verde, o qual resultou na escolha da denominada Área A2 localizada em Onda Verde. Nessa época os serviços de limpeza pública já eram realizados em regime

terceirizado pela empresa CONSTROESTE Construtora e Participações Ltda. Os Resíduos Sólidos Domiciliares e de Varrição gerados em São José do Rio

Preto eram encaminhados para tratamento na Usina de Triagem e

Compostagem localizada na Rua Lúcia Gonçalves Vieira Giglio, 3.667, no

Distrito Industrial II, em área contígua ao antigo aterro sanitário que na época

recebia cerca de 238 toneladas diárias dos resíduos previamente triados (60%

de rejeitos). O aterro encerrou suas atividades no ano de 2006. Durante os anos de 2007 e 2008 os resíduos gerados em São José do Rio

Preto eram encaminhados para o Centro de Gerenciamento de Resíduos

(CGR) Guatapará devido ao fechamento do aterro municipal, uma vez que o

trâmite do processo de licenciamento ambiental da nova área selecionada

(Área A2) levou cerca de 04 (quatro) anos até a obtenção da Licença Ambiental

de Operação (LO). O CGR Guatapará é operado pela CGR Participações que faz parte do grupo

Geo Vision SAE. Foi inaugurado em julho de 2007 e está situado em uma área

de 950 mil metros quadrados a cerca de 200 km da mancha urbana de São

José do Rio Preto (http://www.geovisionsae.com.br/cgr/br/cgr.php, acesso em

30/05/14).

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Finalmente, em janeiro de 2009, a Área A2 entrou em operação, com a

denominação “Sistema de Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Onda

Verde e São José do Rio Preto”. 5.3.A Sistema de Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Onda Verde e São José do Rio Preto O Sistema de Disposição de Resíduos, de propriedade da CONSTROESTE

Construtora e Participações Ltda., abrange uma área total de 1.250.442 m2

localizada entre a Rodovia Transbrasiliana – BR 153 e a estrada vicinal Ipiguá-Onda Verde (SP-427), na zona rural do município de Onda Verde e a cerca de 4,5 km da sua mancha urbana e distante cerca de 27 km do Município de São José Rio Preto. É composto por um aterro sanitário com codisposição, um aterro de inertes e

demais estruturas voltadas à infraestrutura administrativa e de controle:

balança, cerca de isolamento, portaria, escritório/administração, sanitários,

pátios de estocagem de materiais, galpão para máquinas e equipamentos,

oficinas de reparos, acessos internos/externos e laboratórios. O aterro sanitário de codisposição recebe os seguintes tipos de resíduos: o Rejeitos gerados dos processos de triagem e compostagem da Usina de Triagem e Compostagem. o Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) oriundos do tratamento com autoclavagem da Central de Tratamento de RSSS da CONSTROESTE. o Resíduos Industriais – Classe II. Segundo informações do Parecer Técnico CPRN/DAIA/322/2005, na ocasião

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do licenciamento da 1a etapa (fase inicial) a capacidade de armazenamento do

aterro sanitário com codisposição foi estimada em 8,1 milhões de m3 e uma

vida útil de 40 anos e 8 meses. A projeção considerou a taxa de 236 toneladas diárias de resíduos geradas por São José do Rio Preto e Onda Verde na época do estudo, conforme mostra a Tabela 26.

Tabela 26 Estimativa dos resíduos a serem dispostos no aterro sanitário de codisposição na época dos estudos (Onda Verde).

São José do Rio Preto Onda Volume Volume Verde Total de acumulado de Ano Animais resíduos de RSU RSSS RSI RSU

resíduos Mortos (t/ano) resíduos 3

(t/ano) (t/ano) (t/ano) (t/ano)

(t/ano) (m ) (m3)

2005 81.101 2.345 2.320 138 493 86.397 95.997 95.997

2010 97.737 2.759 2.562 138 694 103.889 115.432 632.839

2015 117.557 3.239 2.829 138 978 124.741 138.601 1.277.794

2020 141.122 3.796 3.123 138 1.383 149.562 166.180 2.051.511

2025 168.555 4.426 3.448 138 1.900 178.467 198.297 2.977.496

2030 199.947 5.126 3.807 138 2.536 211.554 235.060 4.076.746

2035 236.955 5.930 4.203 138 3.402 250.628 278.476 5.379.320

2040 280.404 6.851 4.641 138 4.585 296.619 329.576 6.921.516

2045 331.498 7.907 5.124 138 6.206 350.872 389.858 8.746.138

2050 391.521 9.116 5.657 138 8.434 414.865 460.962 10.903.899

Fonte: Parecer Técnico CPRN/DAIA/322/2005.

OBS: RSU: Resíduos domiciliares + varrição. RSSS: resíduos de serviço de saúde

desinfectados. RSI: resíduos industriais não perigosos. O projeto do aterro sanitário com codisposição contemplou a implantação de

um sistema de impermeabilização de base e ombreiras composto por uma

camada de espessura mínima de 0,5 m de solo misturado com bentonita

sotoposta a uma manta de PEAD de 2 mm que é protegida por uma camada de

1 (um) metro de solo compactado sobreposto; sistema de drenagem de

percolado; sistema de drenagem de água superficial; sistema de acumulação

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255

de percolados composto por 3 (três) lagoas impermeabilizadas; sistema de

drenagem de gases; sistema de cobertura diária de resíduos e sistema de

monitoramento do lençol freático. A operação do aterro sanitário com codisposição de resíduos industriais –

Classe II se encontra devidamente licenciada junto a CETESB (Licença de

Operação Parcial nº 14005318, válida até 04/06/2018). A licença emitida

permite a disposição máxima diária de 1.500 toneladas e a utilização dos

seguintes equipamentos: 2 tratores D6; 1 pá carregadeira, 1 escavadeira, 3

caminhões basculantes, 1 rolo compactador, 1 caminhão comboio de

lubrificação; 2 caminhões pipa e 2 trator agrícola. Segundo informações do “Documento de Concepção” apresentado em agosto

de 2012 ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) referente ao “Projeto de biogás para energia CONSTROESTE” o aterro sanitário apresenta

vida útil estimada em cerca de 14 anos (considerando uma taxa de disposição

1500 toneladas diárias de resíduos). ( http://www.mct.gov.br/upd_blob/0223/223134.pdf , acesso em 22/05/14).

As informações relativas aos municípios que utilizam o Sistema de Disposição

de Resíduos CONSTROESTE foram obtidas através do Inventário de Resíduos

Sólidos, editado anualmente pela CETESB, desde 1997. A pesquisa mostrou que além de São José do Rio Preto diversos municípios do

entorno também utilizam o Sistema da CONSTROESTE em Onda Verde para

dispor seus resíduos, tais como: Onda Verde, Baby Bassitt, Guapiaçu, Jaci,

Nova Aliança, Nova Granada, Olímpia, Palestina, Promissão, totalizando cerca

de 485 toneladas diárias geradas por cerca de 572 mil habitantes conforme

mostra a Tabela 27 e a Figura 43.

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Tabela 27 Municípios que dispõem seus resíduos no aterro da CONSTROESTE em Onda Verde, SP.

Distância de População Resíduo Resíduo gerado

Município Onda Verde (IBGE,2010) (t/dia) (% do total)

km(*) (Cetesb, 2013)

Baby Bassitt 44 14.603 10,38 2,12

Guapiaçu 42 17.869 12,02 2,48

Jaci 57 5.657 3,76 0,78

Nova Aliança 55 5.891 3,69 0,76

Nova Granada 12 19.180 13,2 2,72

Olímpia 56 50.024 39,78 8,21

Onda Verde - 3.884 2,28 0,47

Palestina 34 11.051 6,93 1,43

Promissão 135 35.674 25,61 5,28

São José do 27 408.258 366,94 75,72 Rio Preto

Total - 572.091 484,59 -

Fonte:distânciasaproximadasporestradas entreos perímetrosurbanos http://www.distanciaentreascidades.com.br/

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Figura 43 Disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em São José do Rio Preto e municípios vizinhos.

Fonte: CETESB, 2013. Conforme mostram a Tabela 27 e a Figura 43 as distâncias variam entre os

centros geradores de resíduos e o Sistema de Disposição de Resíduos. Os

dois municípios mais populosos que enviam seus resíduos para Onda Verde se

referem a São José do Rio Preto (SJRP) e Olímpia que distam cerca de 27 km

e 56 km do aterro, respectivamente. Somente São José do Rio Preto envia

diariamente cerca de 366,94 toneladas de rejeitos da Usina de Triagem,

representando cerca de 76% do volume total recebido. Promissão é aquele que se situa mais distante, a cerca de 135 km, gerando

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258

diariamente cerca de 25,61 toneladas, o que representa cerca de 5,28 % do

total enviado para o aterro. O restante são municípios menos populosos, cujas

distâncias até Onda Verde variam entre12 e 57 km. No ano de 2013 a CONTROESTE entrou com pedido de licenciamento ambiental junto à CETESB para a ampliação do aterro sanitário de codisposição de Onda Verde. Em 19 de dezembro de 2013 a CETESB emitiu a

Licença Ambiental Prévia (no 14002140), e em 08 de janeiro de 2014, a

Licença Ambiental de Instalação (no 14003603) válida por 3 (três) anos.

As respectivas licenças não preveem a alteração da atual capacidade de recepção de resíduos (1.500 t/dia) e foram emitidas para a ampliação de

204.000 m2 que será implantada em duas fases. A primeira prevê a escavação

sobre uma área de 97.000 m2 e a disposição de 1.356.361 m3 de resíduos; a

segunda, uma escavação de 107.000 m2 e 1.622.103 m3 de resíduos.

A vida útil do maciço é estimada em 4,9 anos, sendo o volume total

correspondente a 2.978.463 m3(solo mais resíduos) cuja disposição se dará

em nove camadas. 5.4 Identificação de Áreas Favoráveis para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos no Município de São José do Rio Preto 5.4.A Aspectos Metodológicos Segundo Nascimento (2001) a identificação de áreas favoráveis para

disposição de resíduos sólidos urbanos deve atender a proteção à saúde

pública, a defesa do meio ambiente e o desenvolvimento econômico, social e

urbano do município.

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Visando atender tais requisitos, a pesquisa foi iniciada através da análise das

legislações incidentes nas três esferas de governo (Municipal, Estadual e

Federal) com o principal objetivo de avaliar as restrições de uso e ocupação do

solo impostas por esses diplomas legais. O produto dessa pesquisa proporcionou a delimitação de espaços

especialmente protegidos pelo Zoneamento Ambiental estabelecido pelo Plano

Diretor Municipal: áreas verdes e área de proteção aos mananciais, e no

âmbito Estadual, os espaços protegidos por Unidades de Conservação (UC)

que originou a Figura 44 denominada de “Principais locais com restrições para

implantação de aterros sanitários no Município de São José do Rio Preto, SP”. Em seguida, partiu-se para a análise das restrições impostas pela legislação

Federal que se refere a Área de Segurança Aeroportuária (ASA) do Aeroporto

Estadual Prof. Eriberto Manoel Reino. A partir do centro geométrico do

aeroporto foi traçado o raio de 20 km, que originou a Figura 45 que foi

denominada de “Região Protegida pela Área de Segurança Aeroportuária –

ASA” que protege praticamente 100% do território municipal. Diante dos resultados obtidos a pesquisa de áreas potenciais se estendeu aos

municípios vizinhos de São José do Rio Preto como possíveis alternativas de

locação de um aterro sanitário consorciado, que originou a Figura 46

denominada de “Região potencial para pesquisa de áreas para implantação de

aterros sanitários”. Finalmente, com o objetivo de proporcionar recomendações técnicas e

operacionais que deverão ser consideradas na hierarquização e consequente

escolha da área, foi realizada uma pesquisa dos principais condicionantes

ambientais da região que incluiu os dados populacionais dos municípios, a

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geração, coleta e disposição final dos resíduos sólidos urbanos e

características físicas do substrato que incluiu: geologia, geomorfologia,

hidrografia, hidrogeologia e caracterização geotécnica. Figura 44 Principais locais com restrições para implantação de aterros sanitários no município de São José do Rio Preto, SP.

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261

5.4.B Aspectos legais e institucionais

O território municipal apresenta dois perfis distintos de uso e ocupação do solo:

a zona urbana que é representada pelo perímetro urbano e a zona rural com

ocorrência dispersa de loteamentos habitacionais irregulares e clandestinos,

conforme mostra a Figura 45. A zona urbana, de modo geral, corresponde a grande mancha urbana da

cidade que ocupa uma área de cerca de 97 km2 na porção central do Município

e pequenos núcleos habitacionais pertencentes aos distritos de Engenheiro Schmidt e Talhado. Conforme citado anteriormente, as restrições de uso e ocupação do solo do

Município foram analisadas à partir das legislações incidentes nas três esferas

de governo (Municipal, Estadual e Federal) com o principal objetivo de avaliar

as restrições impostas por esses diplomas legais. No âmbito Municipal, o levantamento realizado teve como principal objetivo a busca de dados que restringe o uso e ocupação municipal para a disposição de

resíduos sólidos urbanos no solo. Para tal foi analisada a Lei Complementar no

224 de 06 de outubro de 2006 que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de São José do Rio Preto.

No Estadual, a Lei no 8.316 de 05 de junho de 1993 que criou a Estação

Ecológica Noroeste Paulista, e, finalmente, no âmbito Federal a Resolução

CONAMA no 004 de 09 de outubro de 1995 que dispõe sobre os espaços

protegidos pela “Área de Segurança Aeroportuária” (ASA). Proíbe em todo o território inserido dentro do raio de 20 km dos aeroportos operados por instrumento (IFR) a implantação de atividades que são entendidas como “foco de atração de pássaros”, que inclui vazadouros de lixo.

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262

5.4.C Locais protegidos pela legislação Municipal

A Lei Complementar no 224 de 06 de outubro de 2006 que dispõe sobre o

Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de São José do Rio Preto estabelece que as Áreas de Especial Interesse no Município que são classificadas em 5 (cinco) tipos, de acordo com as suas características. Dentre aqueles que restringem o uso e ocupação por aterros sanitários: a) “Áreas de Especial Interesse Ambiental” (AEIA): destinadas a conservação e

são voltadas à manutenção e/ou recuperação de recursos naturais e

paisagísticos. Também englobam as áreas que apresentam riscos à segurança

e ao assentamento humano. É composta principalmente pela (s): o área de manancial de abastecimento de água superficial que corresponde a

Área de Especial Interesse Ambiental 6 (AEIA.06). Protege praticamente todo o

território da porção sul do município sendo drenada pelas microbacias

hidrográficas do rio Preto e dos córregos da Lagoa e dos Macacos (Figura 45).

O uso e ocupação são restritos às atividades não-residenciais e/ou rurais

desde que não potenciais de causar poluição ambiental. Portanto conclui-se

que nesse território é proibida à instalação de aterros, uma vez que são

considerados como atividades com alto potencial de degradação ambiental. o áreas com presença de matas remanescentes (AEIA.07) que devem ser conservadas e que podem ser transformadas em parques urbanos (Figura 45); o faixas localizadas ao longo dos fundos dos vales (AEIA.01) que devem ser protegidas. É permitido somente usos preservacionistas;

o feições erosivas incidentes ao longo dos cursos de água, como nos córregos Piedadinha e Aterradinho(AEIA.02). Devem ser recuperadas e transformadas em parques urbanos; e

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263

o matas incidentes ao longo da faixa de 150 (cento e cinquenta) metros em

cada margem do rio Preto - AEIA.10 (com exceção no trecho compreendido entre a BR 153 e a foz do Córrego Piedade). Devem ser preservadas. b) “Áreas de Especial Interesse Social “(AEIS) que são destinadas a

regularização dos loteamentos irregulares e clandestinos (AEIS.03) que

ocorrem de forma dispersa principalmente por toda a porção norte do

município, conforme pode ser observado na Figura 45. c) “Áreas de Especial Interesse de Utilização Pública” (AEIUP) que são

destinadas a instalação de equipamentos e infraestrutura. Destaca-se a área

do Instituto Penal Agrícola (AEIUP.3) que está localizada na porção oeste do

município, entre o perímetro urbano e o limite com o município de Mirassol. A

área inclui um remanescente de vegetação típica de cerrado que foi protegido

por meio da criação da Estação Ecológica Noroeste Paulista. Portanto, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor

Municipal, praticamente toda a porção sul do município se encontra protegida

pela área de manancial de abastecimento de água superficial. As porções norte

e leste são protegidas de maneira esparsa pelas “Áreas de Especial Interesse

Ambiental - AEIA, “Áreas de Especial Interesse de Utilização Pública/Estação

Ecológica Noroeste Paulista– AEIUP” e as “Áreas de Especial Interesse Social – AEIS” conforme mostra a Figura 45. 5.4.D Locais protegidos pela legislação Estadual

A área protegidas refere-se a Estação Ecológica do Noroeste Paulista e foi

criada pela Lei Estadual nº 8.316, de 5 de junho de 1993 com a finalidade de

assegurar a integridade da fauna e flora existente na área. Possui uma área

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264

total de 68,63 ha localizada a sudoeste do perímetro urbano de SJRP, junto às

margens do córrego Piedade. É utilizada para fins educacionais e científicos. De acordo com a Lei Federal nº 9.985 de 18/07/2000 que dispõe sobre o

Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) se trata de uma

Unidade de Proteção Integral que tem como objetivo a preservação da

natureza que admite apenas o seu uso indireto, isto é, aquele que não envolve

consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. É formada por 2 (duas) áreas de matas remanescentes que é de domínio do

Estado localizadas no interior do Instituto Penal Agrícola "Javert de

Andrade"(IPA), da Secretaria de Segurança Pública. É administrada pela

Unesp - Campus de São José do Rio Preto. 5.4.E Áreas protegidas por legislação Federal As áreas protegidas pela legislação Federal referem-se a “Área de Segurança

Aeroportuária –ASA” que foi criada pela Resolução CONAMA no 004/1995.

Considerando o raio de proteção de 20 km à partir do centro geométrico do

Aeroporto Estadual Prof. Eriberto Manoel Reino, localizado na Av. dos

Estudantes, praticamente todo o território de SJRP se insere no perímetro da

ASA – Área de Segurança Aeroportuária que proíbe a implantação de

vazadouros de lixo nessa área (Figura 45).

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Figura 45 Região Protegida pela Área de Segurança Aeroportuária – ASA Além do território de São José do Rio Preto, a ASA inviabiliza a implantação de

aterros sanitários no Município de Bady Bassitt e Mirassol, e em parte dos

Municípios de Nova Aliança, Jaci, Neves Paulista, Potirendaba, Cedral,

Guapiaçu, Onda Verde, Ipiguá, Mirassolândia e Bálsamo.

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5.5 Zonas Favoráveis para Pesquisa de Áreas com Potencial para Implantação de Aterros Sanitários Conforme avaliado anteriormente, a atual legislação Federal que se refere a

Resolução CONAMA no 004/1995 proíbe a implantação de vazadouros de

resíduos no raio de 20 km à partir do centro geométrico do aeroporto de São José do Rio Preto, a qual inviabiliza a implantação de aterros sanitários no território municipal. Diante desse fato, a pesquisa para identificar áreas favoráveis para disposição

final ambientalmente adequada dos resíduos gerados em SJRP se estendeu

aos municípios vizinhos que dispõem seus resíduos sólidos urbanos de forma

individualizada e nem sempre em condições operacionais adequadas.

Ressalta-se que a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS prioriza o

acesso aos recursos da União aos municípios que optarem por soluções

consorciadas intermunicipais de gestão dos resíduos sólidos. A delimitação do raio de abrangência da pesquisa de áreas com potencial para

implantação de aterros sanitários considerou a Sede Municipal (IGC, 2010)

como sendo o centro geométrico gerador de resíduos sólidos de São José do

Rio Preto e a distância máxima de 30 km em linha reta desse ponto,

considerada economicamente viável. A Figura 46 mostra a delimitação do raio de abrangência da pesquisa, a Área

de Segurança Aeroportuária – ASA e a delimitação da região potencial para

implantação de aterros sanitários em municipais vizinhos, que incluem a

totalidade ou parte dos territórios de: Onda Verde; Ipiguá; Nova Granada;

Mirassolândia; Bálsamo; Tanabi; Neves Paulista; Monte Aprazível; Jaci; Nova

Aliança; Potirendaba; Cedral; Ibirá; Uchôa e Guapiaçu.

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Os municípios são pertencente à Mesorregião de São José do Rio Preto e a

Microrregião de mesmo nome, com exceção dos municípios de Monte

Aprazível e Neves Paulista que são pertencentes a Microrregião de Nhandeara. Trata-se de uma região economicamente importante concentrada no extremo

noroeste do Estado, cuja decadência da cafeicultura na década de 70 implicou

na diversificação agrícola. Atualmente o setor agropecuário da região é um dos

mais fortes do país, voltado principalmente para a cana de açúcar, laranja,

carne bovina e leite. Com baixa densidade populacional, a região agrupa cerca 167.760 habitantes

em 4.440 km2 cuja densidade demográfica varia entre 16,45 e 57,89 habitantes

por quilômetro quadrado. A população urbana nos municípios variam entre 60,4 a 92,9 %, se encontrando inferior a média estadual que é de 93,4 %. (http://www.cidadespaulistas.com.br/prt/cnt/08-sjdoriopreto.htm )

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Figura 46 “Região potencial para pesquisa de áreas para implantação de aterros sanitários”.

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Tabela 28 Municípios com territórios favoráveis a implantação de aterros sanitários. Dados populacionais e de geração e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares Distância População Grau de Dens. Geração Coleta Resíduos Sólidos Urbanos *3 Área Demog.

Município SJRP (IBGE, Urban. resíduos Resíduos Local de 2 2 2

(km )* 1 (hab./km )* 3 1 IQR 2013 (km)*4 2010) (%)* (t/dia)* (%)* disposição

Bálsamo 28 8.160 150,60 91,60 54,99 5,53 99,53 Município (valas) 7,6 (Adequada) Cedral 19 7.972 197,69 79,12 41,69 4,74 99,76 Município 7,1 (Adequada) Guapiaçu 20 17.869 324,92 88,45 57,89 12,02 99,88 Onda Verde 10,0 (Adequada) Ibirá 41 10.896 271,91 92,19 41,41 7,50 99,97 Município 8,0 (Adequada) Ipiguá 19 4.463 135,69 60,44 34,63 2,05 99,89 Município 7,3 (Adequada) Jaci 28 5.657 145,52 86,10 41,60 3,76 99,87 Onda Verde 10,0 (Adequada) Mirassolândia 28 4.295 166,17 81,31 26,57 2,60 99,65 Município 7,6 (Adequada) Monte 39 21.746 496,91 91,07 44,97 14,85 99,91 Município 5,1 (Inadequada) Aprazível

Neves 34 8.772 218,34 90,24 40,02 5,70 99,89 Município 7,3 (Adequada) Paulista

Nova Aliança 28 5.891 217,31 82,86 27,89 3,69 99,82 Onda Verde 10,0 (Adequada) Nova Granada 34 19.180 531,88 92,67 37,05 13,20 99,74 Onda Verde 10,0 (Adequada) Onda Verde 27 3.884 242,31 78,35 16,45 2,28 100,00 Município 10,0 (Adequada) Potirendaba 35 15.449 342,38 89,87 46,22 10,32 99,96 Município (valas) 8,6 (Adequada) Tanabi 41 24.055 745,80 90,35 32,73 15,94 98,86 Município 7,2 (Adequada) Uchoa 35 9.471 252,46 92,92 37,78 6,43 99,59 Município 7,0 (Inadequada) Total 167.760 4.439,89 110,61 Fonte: * Fundação SEADE, 2014; *1Fundação SEADE, 2010; *2 Fundação SEADE, 2013 *3 CETESB, 2013; (*4) distâncias aproximadas (por estradas – distâncias entre os perímetros urbanos) http://www.distanciaentreascidades.com.br/

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Conforme pode ser observado na Tabela 28 as distâncias por estradas entre os

perímetros urbanos dos municípios e São José do Rio Preto variam entre 19

(dezenove) e 41 (quarente e um) quilômetros. A coleta dos resíduos abrange praticamente a totalidade dos domicílios

urbanos, com exceção de Tanabi que atinge 98,86%. No restante, a taxa de

coleta nos domicílios é superior a 99,53%. Em relação ao local da destinação final, a maioria dispõe seus resíduos no

próprio município, com exceção de Guapiaçu, Jaci, Nova Aliança e Nova

Granada que utilizam o Sistema de Disposição da CONSTROESTE, em Onda

Verde. As condições operacionais dos aterros durante o ano de 2012 foram

consideradas Inadequadas pela CETESB em Monte Aprazível e Uchoa. No

restante dos Municípios, embora as condições tenham sido consideradas

Adequadas, os IQRs (Índice de Qualidade dos Aterros) se encontram muito

próximos ao limites estabelecidos para Condições Inadequadas, como é o caso

de Cedral (IQR=7,1); Tanabi (IQR=7,2), Ipiguá e Neves Paulista (IQR=7,3) e

Bálsamo que possui aterro em vala (IQR=7,6) (CETESB,2013). Ressalta-se que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) proíbe a

partir de 02 de agosto de 2014 a disposição de resíduos em Condições

Inadequadas, e portanto, há a necessidade de adequação desses municípios

perante a PNRS. 5.5.A Principais Características do Meio Físico da Área de Pesquisa Com relação ao meio físico, a investigação de características geológicas,

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geomorfológicas, geotécnicas e hidrológicas, constitui um requisito

metodológico na prospecção e pesquisa de áreas potencialmente favoráveis

para implantação de aterros sanitários, pois podem revelar parâmetros

restritivos para sua implantação e orientar necessidades especificas para os

projetos de implantação. 5.5.B Geologia

O perímetro do Município de São José do Rio Preto e a respectiva envoltória

definida para pesquisa de áreas potencialmente favoráveis para implantação

de aterros sanitários abrange as seguintes unidades lito-estratigráficas do

Grupo Bauru (de idade neocretácea), conforme é representado no mapa

geológico da Figura 47, adaptado de Fernandes (2004). Formação Vale do Rio do Peixe

A Formação Vale do Rio do Peixe representa a unidade geológica basal do

Grupo Bauru na área estudada, assentada diretamente sobre os derrames

basálticos e brechas vulcânicas da Formação Serra Geral. Corresponde em

grande parte ao que em mapeamentos anteriores a Fernandes (2004) foi

definido como a Formação Adamantina (IPT, 1981). Possui espessura que

varia entorno de 100 m, medida em poços de água subterrânea. A Formação

Vale do Rio do Peixe é composta por arenitos de espessura submétrica

intercalados com siltitos e lamitos arenosos. Os arenitos possuem granulação

fina a muito fina com estratificação plano paralela, cruzada e acanalada em

pacotes tabulares. As intercalações siltico-argilosas e lamitos formam camadas

de espessura decimétrica a submétrica e extensão lateral restrita as vezes

caraterizando corpos lentiformes. Sua textura é de maciça e laminada. Esta

unidade possui estrutura geral sub-horizontal com caimento suave geral para

sul-sudoeste. Na área de investigação esta unidade ocorre formando faixas ao

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longo das principais drenagens da área, aumentando sua área de afloramento

nos setores norte e sul da área. Formação São José do Rio Preto Na área estudada a Formação São José do Rio Preto (Fernandes 2004) ocorre

nas cotas mais altas dos interfluvios, com área aflorante maior no setor central

da área, abrangendo grande parte do município homônimo. É sobreposta a

Formação Vale do Rio do Peixe através de contato transicional localmente

erosivo atingindo espessura de até 60m nos altos topográficos da área. A

Formação S. José do Rio Preto é composta por arenitos com estratificação

cruzada acanalada a tabular, às vezes com intercalações subordinadas de

camadas de arenitos a siltitos com estratificação plano-paralela e marcas

onduladas, assim como lamitos argilosos maciços. Essencialmente, a unidade

é constituída por arenitos finos a muito finos, de cores marrom-claro a bege,

seleção moderada a má. Intercalações conglomeráticas com matriz de areia

média a grossa são frequentes. Depósitos cenozoicos, quaternários e coberturas pedológicas

Os depósitos cenozóicos e quaternários se distribuem ao longo dos vales e

terraços fluviais. Considera-se os aluviões antigos (cenozóicos) aqueles

associados à terraços fluviais mais elevados, chegando até 20 m metros acima

da planície de várzea atual. São compostos por sedimentos inconsolidados de

cascalheiras e areias, com seixos centimétricos e areia grossa.

Frequentemente apresentam-se cimentados por óxido de ferro. Os aluviões

recentes, atribuídos ao Quaternário, localizam-se em níveis inferiores aos

antigos, compondo os sedimentos associados aos canais fluviais atuais e suas

planícies de inundação. São compostos por areias de granulação variada,

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cascalheiras e camadas siltico-argilosas com ou sem em matéria orgânica. Figura 47 Mapa Geológico Fonte: Adaptado de Fernandes (2004).

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A cobertura pedológica corresponde aos solos e colúvios, em parte produtos

intempéricos do substrato rochoso. Pelo fato de predominarem arenitos como

substrato, estes depósitos são constituídos principalmente por areias de

variada granulometria atingindo espessuras de até 30 m. Possuem coloração

avermelhada e amarelada, indicando precipitação de oxido de ferro às vezes

cimentando os grãos de areia quartzosa, localmente formando crostas

lateríticas, as quais formam níveis de material mais resistente à erosão. 5.5.C Geomorfologia e Hidrografia O perímetro de pesquisa está inserido na unidade geomorfológica regional do

Planalto Ocidental do Estado de São Paulo (IPT 1981). Este compartimento

morfológico possui topografia suave com relevo ondulado, com predomínio de

colinas e morrotes, com espigões alongados formando interflúvios amplos de

topo convexo a sub-horizontal. Caracteriza um relevo de degradação em

planaltos dissecados com amplitudes altimétricas inferiores a 100m. O relevo

suave é marcado por declividades entre 2 e 5 graus nos topos de interfluvios e

máximos entre 10 e 15 graus nas vertentes, conforme é visualizado no mapa

de declividades da Figura 48. As colinas amplas possuem topos aplainados

com largura de até 4 km. Os entalhamentos médios dos vales é de 20 a 30 m.

As altitudes na área variam entre as cotas de 400 e 700 m. A rede de drenagem possui densidade média a baixa, com vales de fundo

amplo, planícies aluviais com terrenos planos junto às margens dos rios,

sujeitos a inundações periódicas. Ocorrem terraços fluviais horizontais alçados

a poucos metros das várzeas, geralmente não inundáveis. A região é drenada pela sub-bacia do rio Preto que se insere na bacia dos rios

Turvos e Grande, a norte da área. A rede fluvial da área possui gradiente

hidráulico baixo com fluxo geral para norte-noroeste. O padrão da rede de

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drenagem é dominantemente dendrítico, indicando pouco controle estrutural

dos canais fluviais. Figura 48 Mapa de Declividades do Relevo

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5.5.D Hidrogeologia

A principal unidade aquífera da área corresponde ao Grupo Bauru, com as

Formações Vale do Rio do Peixe e São José do Rio Preto. A espessura total do

aquífero Bauru chega a 250 m na porção oeste da área e 170 no setor leste

(DAEE 1976). Possui comportamento regional de aquífero livre, com recarga

natural diretamente da infiltração das águas das chuvas. O nível da água é

relativamente raso, acompanhando o relevo, com profundidade de alguns

metros a uma dezena de metros. Devido à espessa cobertura de manto

intempérico, de ate 30 m, constituído pelos solos coluviais arenosos, é

frequente a circulação de água subterrânea nesta cobertura, formando um

aquífero suspenso em relação ao nível da água mais profundo nos arenitos

Bauru. O sistema aquífero Bauru é classificado como moderadamente permeável, devido ao teor relativamente alto de material argiloso e siltoso (DAEE 1976). A unidade superior, Formação S. José do Rio Preto, possui condutividade hidráulica (K) média de 1,98 m/dia, enquanto a inferior, Formação Vale do Rio do Peixe, apresenta K médio de 0,5 m/dia (DAEE 1976 e IPT 2005)). Na maioria dos ensaios não foi possível separar as duas unidades estratigráficas, atribuindo-se assim um valor médio de K de 0,26 m/dia para o sistema Bauru.

Os valores de transmissividade (T) variam entre 10 a 100 m2/dia, com média

de 35 m2/dia e porosidade efetiva entre 5 e 15%. O coeficiente de

armazenamento (S) oscila entre 10-3 e 10-5, indicando localmente condições

de semi-confinamento a confinamento. Com base no grande número de poços de exploração da água subterrânea na região, estudos apresentados em IPT (1999) concluem que as vazões de produção são baixas, com médias de 12 a

13 m3/h , por outro lado, são de grande importância devido à grande extensão

em área deste aquífero somada à facilidade de captação por poços relativamente rasos, com profundidades de 70 a 125 metros.

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Do ponto de vista do recurso hídrico subterrâneo, o sistema aquífero Bauru

representa um importante manancial de abastecimento de água para os

municípios abrangidos pelo perímetro de pesquisa, tanto das áreas urbanas

como das zonas rurais, conforme é demonstrado pelo levantamento de IPT

(2005), onde somente no Município de São José do Rio Preto foram

identificados 2003 poços outorgados. Este número pode crescer

significativamente se forem considerados poços sem registro e os demais

municípios em parte abrangidos pelo polígono da presente pesquisa. 5.5.E Caracterização Geotécnica

A região investigada insere-se num quadro de grande fragilidade face os

processos da dinâmica superficial. Segundo o mapeamento geotécnico e da

susceptibilidade à erosão apresentado em IPT (1995), o polígono de pesquisa

abrange terrenos de alta a muito alta susceptibilidade à erosão (Figura 49). A maior parte da área é coberta por formações superficiais compostas por

areias quartzosas associadas a solos podzólicos nos topos de colinas e

cambisolos e litólicos nas vertentes, com coesão baixa e lençol freático raso,

frequentemente suspenso. Estes materiais são muito propícios, para processos

erosivos com desenvolvimento de boçorocas de drenagem e de encostas,

associadas a ravinas e sulcos. Nas vertentes escorregamentos são comuns.

De modo geral a superfície desprovida de vegetação é sujeita a erosão laminar

muito intensa, o que implica em significativo assoreamento da rede de

drenagem e reservatórios. Com relação à execução de cortes para implantação de obras civis e

construções são normalmente necessárias medidas de contenção das paredes

e taludes. Devido à posição rasa do nível da água, este é frequentemente

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interceptado em escavações pouco profundas, fato este muito critico para

implantação de aterros sanitários. Devido à baixa capacidade de suporte do

material arenoso do manto intempérico a implantação de grandes estruturas

que implicam em cargas concentradas requer um diagnóstico específico sobre

a instalação de fundações profundas assentadas em porções mais resistentes

da litologia subjacente. Figura 49 Mapa do Potencial de Erosão (Adaptado de IPT, 2005)

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5.6 Considerações do Estudo e Recomendações Finais

A pesquisa para a seleção de áreas favoráveis para implantação de aterros

sanitários embora se trate de uma exigência relativamente recente da Política

Nacional de Resíduos Sólido foi desenvolvida no Município durante o ano de

2004, na ocasião da elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo

Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), no item relativo a avaliação das alternativas locacionais do empreendimento, conforme estabelece as diretrizes

da Resolução CONAMA no 001/1986 .

A avaliação realizada na época mostra a escassez de áreas favoráveis para

implantação de aterros sanitários no Município, visto que foram contempladas

áreas localizadas em municípios vizinhos como Onda Verde (escolhida) e

Ipiguá. Dentre as principais justificativas que excluíram as áreas selecionadas

em São José do Rio Preto: distância de cursos de água inferior a 200 metros;

ocupação urbana no entorno e dificuldades de acesso. O projeto foi denominado de “Sistema de Disposição Final dos Resíduos

Sólidos de Onda Verde e São José do Rio Preto” e entrou em operação em 2009, com vida útil estimada em 40 anos. Inicialmente previa o recebimento

dos resíduos gerados somente pelos municípios de SJRP e Onda Verde (cerca

de 236 toneladas diárias). O levantamento realizado no presente estudo mostra que atualmente o

Sistema de Disposição de Onda Verde recebe cerca de 485 toneladas diárias

de resíduos sólidos gerados por diversos municípios, representando

praticamente o dobro do volume da ocasião de sua abertura, que certamente

acarretou na diminuição da sua vida útil para 14 anos, segundo a avaliação

realizada no documento elaborado em 2012 para o Ministério da Ciência e

Tecnologia visando a exploração de gás metano no aterro.

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Posteriormente, em 2013 a CONTROESTE entrou com pedido de

licenciamento ambiental para a ampliação do Sistema existente, cuja Licença

Ambiental de Instalação (LI) já foi emitida, e o projeto foi realizado para uma

vida útil adicional de 4,9 anos. O aumento da demanda de resíduos na região e a diminuição da vida útil do

aterro sanitário hoje em operação são fatores importantes que mostram a

importância da realização de estudos detalhados para selecionar áreas

favoráveis para a disposição dos resíduos gerados em São José do Rio Preto

visando a médio prazo substituir o sistema hoje existente. A pesquisa de áreas favoráveis realizada dentro do perímetro de São José do

Rio Preto, no presente estudo, mostra que existem áreas potenciais a serem

avaliadas na porção norte e leste do território municipal, se forem consideradas

somente as restrições legais impostas pelo Plano Diretor Municipal. No

entanto, a disponibilidade é considerada nula em função da legislação Federal

(Resolução CONAMA 004/1995) que proíbe a implantação de vazadouros de

lixo no raio de 20 km de aeroportos. Diante da indisponibilidade de áreas em São José do Rio Preto a pesquisa de

áreas favoráveis deverá extrapolar o perímetro municipal e considerar a

hipótese de implantação de um aterro sanitário consorciado entre municípios,

em consonância com as prioridades estabelecidas pela Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS) e ainda pelo fato, que existem diversas cidades

vizinhas que dispõem seus resíduos de forma individualizada e nem sempre

em condições adequadas, como é o caso dos municípios de Monte Aprazível e

Uchoa. Portanto, a próxima etapa dos estudos apresentados deverá ter como principal

objetivo selecionar áreas alvos para pesquisa de semi-detalhe, que

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consequentemente irá subsidiar na hierarquização e escolha da área com

aptidão mais favorável. A pesquisa de semi-detalhe deverá ser realizada por

meio de interpretação de fotografias aéreas, imagens de satélite, cartografia

existente e pesquisas a campo. A hierarquização e escolha final da área deverão se fundamentar nos critérios

e exigências estabelecidas e recomendadas pela NBR 13.896 (1977), que trata

de critérios para projeto, implantação e operação de aterros não perigosos

(considerados de Classe II, conforme a NBR 10.004) apresentadas no Quadro

39 e Quadro 40, respectivamente. A norma estabelece que o local a ser selecionado deve considerar: a

minimização dos impactos ambientais gerados pela instalação do aterro, a

aceitação da população seja maximizada, o zoneamento municipal e que o

local possa ser utilizado por um longo espaço de tempo. Quadro 39 Critérios recomendados pela NBR 13.896/1977 (Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação).

Critérios Recomendação técnicos/econômicos

Declividades das vertentes 1 % < declividade < 30%

Permeabilidade do solo Inferior a 10 -6 cm/s e com espessura superior que 3 m.

Distância de drenagens Superior a 200 m

Vida útil Superior a 10 anos

Distância de núcleos Superior a 500 m populacionais

Acesso Boas condições

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Quadro 40 Exigências estabelecidas pela NBR 13.896/1977 (Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação).

Critérios técnicos/legais Exigências

Processos de inundações Devem ser avaliados no período de recorrência de 100 anos.

Profundidade do nível freático Superior a 1,50 metros.

Inferior a 5 x 10-4 cm/s Coeficiente de permeabilidade

Legislação de uso e ocupação Uso compatível e permitido do solo

A análise das características do meio físico da área de pesquisa permitiu

identificar os seguintes parâmetros restritivos para implantação de aterros

sanitários e recomendar alguns setores da área potencialmente favoráveis para

investigações de detalhe. CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS

A litologia dominante no perímetro de pesquisa são arenitos e seus produtos

intempéricos, situação geológica desfavorável para implantação de aterros

sanitários. Os alvos de detalhamento para seleção de sítios favoráveis seriam

onde as intercalações argilosas são mais expressivas. CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS Situações desfavoráveis do ponto de vista do relevo são as planícies aluviais e

várzeas atuais, os topos amplos de colinas e as áreas com desenvolvimento de

boçorocas. Sítios mais favoráveis são as áreas de terraços fluviais antigos

alçados a cerca de 20m acima do nível dos rios atuais, cimentados por crostas

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283

ferruginosas e intercalações de sedimentos argilosos em transição para as

vertentes de baixa inclinação. CARACTERÍSTICAS HIDROGEOLÓGICAS Do ponto de vista da proteção da água subterrânea os sítios mais favoráveis

são aqueles situados sobre a Formação Vale do Rio do Peixe (K = 0,5 m/dia)

em cotas mais elevadas onde o nível da água é menos raso. Esta situação

pode ser combinada com o requisito geomorfológico de selecionar setores de

meia encosta em transição com os terraços fluviais antigos. De modo geral, a

área de pesquisa é pouco favorável para implantação de aterros sanitários,

pois possui substrato muito permeável e nível da água raso. Portanto, o

detalhamento da prospecção de alvos para locais menos problemáticos deve

seguir o aspecto citado acima, da Formação Vale do Rio do Peixe. A seleção

de áreas potencias para aterros sanitários deve ser muito criteriosa para evitar

qualquer contaminação da água subterrânea, pois como foi descrito em itens

anteriores, o abastecimento de água da região é em grande parte suprido pela

exploração da água subterrânea. CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS O aspecto geotécnico característico da área pesquisada e restritivo para

implantação de aterros sanitários é a alta incidência de processos de erosão

subterrânea (piping-tubificação) dos arenitos intemperizados, com rápido e

intenso desenvolvimento de boçorocas. Os alvos para prospectar áreas menos

susceptíveis a estes processos seriam as situações geomorfológicas de topos

amplos de colinas onde o nível da água é mais profundo, aliado a sítios onde o

substrato rochoso apresenta menor grau de arenização.

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284

6 ESTUDOS ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS

Com base nas diretrizes e metas propostas para o sistema de limpeza urbana

e manejo de resíduos sólidos do Município de São José do Rio Preto, este

capítulo tem como propósito apresentar a projeção dos custos operacionais e

de investimentos com vistas a subsidiar o Município na gestão mais qualificada

de resíduos no período analisado. 6.1 Premissas Adotadas no Estudo Econômico-Financeiro

Para o desenvolvimento dos estudos em questão, foram utilizadas as seguintes

premissas de aumento populacional, geração de resíduos, taxa de recuperação

de materiais e massa enviada ao aterro sanitário, conforme apresentadas

abaixo (PREMISSAS 1 a 4): PREMISSA 1 – Projeção Populacional e de Geração de Resíduos Adotada

Conforme apresentado no capítulo “Prognósticos: projeção populacional e de

geração de resíduos” foram elaborados 02 Cenários de projeção populacional e

de geração de Resíduos. Para efeito dos estudos econômico-financeiros apresentados neste Capitulo, foi

considerada a projeção populacional constante do Cenário 2 com o índice de

crescimento per capita de geração de resíduos na ordem de 0,5% ao ano. A

definição por este cenário de menor crescimento de geração per capita em

relação à média de crescimento dos últimos anos se fundamenta nos

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285

programas e ações relacionadas à minimização da geração de resíduos,

conforme apresentado neste Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. PREMISSA 2 – Massa Potencial de Materiais Recicláveis

Para a determinação das metas de recuperação de materiais recicláveis para o

Município de São José do Rio Preto no período de 30 anos, cabe considerar a

composição gravimétrica média dos resíduos gerados no País para identificar a

massa potencial de materiais recicláveis. O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em atenção às

solicitações do Ministério do Meio Ambiente, elaborou diagnósticos setoriais

sobre essa questão, que serviram de base para a elaboração do Plano

Nacional de Resíduos Sólidos com o estabelecimento de metas até o ano de

2030, de acordo com as diretrizes e exigências preconizadas pela Política

Nacional de Resíduos Sólidos, Dentre os estudos desenvolvidos com esta finalidade, o Relatório de Pesquisa

do IPEA – Outubro2012, intitulado “Diagnóstico dos Resíduos Sólidos

Urbanos”, apresenta a estimativa da composição gravimétrica dos resíduos

sólidos coletados no Brasil, desenvolvida a partir da média simples de estudos

de composição gravimétrica de 93 municípios brasileiros, realizadas entre os

anos de 1995 e 2008, reproduzida na Tabela 29 a seguir:

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286

Tabela 29 Estimativas de composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados

Materiais

Participação

%

Material Reciclável 31,9

o Metais 2,9

o Papel, papelão e embalagens cartonadas 13,1

o Plástico 13,5

o Vidro 2,4

Matéria Orgânica 51,4

Outros 16,7

Total Coletado 100

Fonte: adaptado IPEA. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos. Relatório de Pesquisa – Outubro. 2012.

Na ausência de um estudo local atualizado, o presente Plano de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos adota as estimativas apresentadas na tabela

anterior para seus cálculos. PREMISSA 3 – Metas de Recuperação de Materiais Recicláveis do Programa de Coleta Seletiva Atualmente o Município de São José do Rio Preto recupera cerca de 3,5% de

materiais recicláveis. Esse índice foi calculado, tendo como referência a massa

potencial de materiais recicláveis, identificada por meio do estudo do IPEA

quanto à composição gravimétrica média dos resíduos coletados no País. As metas de recuperação de materiais recicláveis propostas para este Plano de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos são apresentadas no Quadro 41:

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Quadro 41 Metas de recuperação de materiais recicláveis para o Programa de Coleta Seletiva do Município de São José do Rio Preto

METAS DE RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DA MASSA DE RECICLÁVEIS NO TOTAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

3,5% 3,5% 3,5% 4,5% 5,0% 9% 20% Das metas apresentadas, cabe destacar os seguintes aspectos:

o Para 2014 foi utilizado o mesmo índice de recuperação de materiais

recicláveis identificado para o ano de 2013 de acordo com os dados levantados no Capítulo “Atualização do diagnóstico do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos”, deste Plano.

o As metas propostas apresentam um crescimento gradual, considerando a

implantação de novos programas de minimização, a ampliação da coleta porta-a-porta e maior participação na entrega voluntária de materiais nos Pontos de Apoio.

o O crescimento significativo sugerido entre os Anos de 2016 e 2017 é

suportado pela implantação de nova central de triagem, que aumentará a capacidade de recuperação de materiais recicláveis no Município.

o Os índices apresentados correspondem às premissas e metas do Plano

Nacional de Resíduos Sólidos (no prelo).

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PREMISSA 4 – Recuperação de Materiais na Unidade de Triagem e Compostagem do Município de São José do Rio Preto O Município de São José do Rio Preto, conforme demonstrado no Capítulo “Atualização do diagnóstico do sistema de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos” deste Plano, apresenta um sistema de tratamento dos

resíduos por meio dos processos de triagem e compostagem. Esse sistema faz

com que os resíduos sejam encaminhados para o tratamento, possibilitando a

recuperação de materiais recicláveis e orgânicos. Considerando os dados de 2013, a Unidade de Triagem e Compostagem

(UTC) apresentou um índice de eficiência de cerca de 30%. Para a composição

dos custos relativos à massa de resíduos encaminhada ao aterro sanitário após

o tratamento dos resíduos na UTC, projetou-se um aumento da eficiência

desse sistema com a incorporação de melhorias nos equipamentos e

atualização tecnológica da Unidade, possibilitando melhor desempenho no

processo de triagem e separação de materiais. Conforme Premissas apontadas (1 a 4), a Tabela 30 apresenta a consolidação

dos dados de:

o População Total

o Massa de Resíduos para Tratamento

o Massa de Recuperação de Materiais Recicláveis pelo Programa de Coleta Seletiva

o Massa de Resíduos enviada à Unidade de Triagem e Compostagem o Eficiência da Unidade de Triagem e Compostagem

o Massa de Resíduos enviada ao Aterro Sanitário.

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Tabela 30 Fluxo de Materiais e Balanço de Massa

Massa Meta de Massa de Massa de Índice de Massa de potencial de recuperação materiais Eficiência da Resíduos Massa de Massa de materiais População materiais de materiais enviada a Unidade de recuperados Resíduos resíduos para recuperados Ano Total recicláveis recicláveis Unidade de Triagem e na Unidade de enviada para tratamento pela Coleta (habitantes) (em t) pela Coleta Triagem e Compostagem Triagem e Aterro (toneladas) Seletiva (Referência Seletiva Compostagem (Referência Compostagem (em t) (em t) IPEA: 31,9%) (em t) (em t) 30% em 2013) (em t)

0 441.895 145.649 46.462 3,5% 1.626 144.023 30% 43.207 100.816 1 449.545 148.911 47.503 3,5% 1.663 147.248 30% 44.175 103.074 2 456.969 152.127 48.529 3,5% 1.698 150.429 35% 52.650 97.779 3 464.152 155.291 49.538 4,5% 2.229 153.062 35% 53.572 99.490 4 471.077 158.396 50.528 5,0% 2.526 155.870 40% 62.348 93.522 5 477.730 161.436 51.498 9,0% 4.635 156.801 45% 70.561 86.241 6 484.093 164.404 52.445 20,0% 10.489 153.915 45% 69.262 84.653 7 490.246 167.326 53.377 20,0% 10.675 156.651 45% 70.493 86.158 8 496.179 170.198 54.293 20,0% 10.859 159.339 45% 71.703 87.637 9 501.881 173.015 55.192 20,0% 11.038 161.977 45% 72.889 89.087 10 507.342 175.772 56.071 20,0% 11.214 164.558 45% 74.051 90.507 11 512.551 178.464 56.930 20,0% 11.386 167.078 45% 75.185 91.893 12 517.137 180.962 57.727 20,0% 11.545 169.417 45% 76.237 93.179 13 521.474 183.392 58.502 20,0% 11.700 171.692 45% 77.261 94.430 14 525.551 185.750 59.254 20,0% 11.851 173.899 45% 78.255 95.645 15 529.364 188.033 59.983 20,0% 11.997 176.036 45% 79.216 96.820

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Massa Meta de Massa de Massa de Índice de Massa de potencial de recuperação materiais Eficiência da Resíduos Massa de Massa de materiais População materiais de materiais enviada a Unidade de recuperados Resíduos resíduos para recuperados Ano Total recicláveis recicláveis Unidade de Triagem e na Unidade de enviada para tratamento pela Coleta (habitantes) (em t) pela Coleta Triagem e Compostagem Triagem e Aterro (toneladas) Seletiva (Referência Seletiva Compostagem (Referência Compostagem (em t) (em t) IPEA: 31,9%) (em t) (em t) 30% em 2013) (em t)

16 532.903 190.236 60.685 20,0% 12.137 178.099 45% 80.145 97.954 17 536.260 192.392 61.373 20,0% 12.275 180.117 45% 81.053 99.065 18 539.430 194.497 62.045 20,0% 12.409 182.088 45% 81.940 100.148 19 542.410 196.549 62.699 20,0% 12.540 184.009 45% 82.804 101.205 20 545.196 198.546 63.336 20,0% 12.667 185.879 45% 83.645 102.233 21 547.783 200.486 63.955 20,0% 12.791 187.695 45% 84.463 103.232 22 550.169 202.366 64.555 20,0% 12.911 189.455 45% 85.255 104.200 23 552.350 204.184 65.135 20,0% 13.027 191.157 45% 86.021 105.136 24 554.324 205.938 65.694 20,0% 13.139 192.799 45% 86.760 106.040 25 556.087 207.626 66.233 20,0% 13.247 194.379 45% 87.471 106.909 26 557.637 209.246 66.749 20,0% 13.350 195.896 45% 88.153 107.743 27 559.037 210.820 67.252 20,0% 13.450 197.370 45% 88.816 108.553 28 560.285 212.347 67.739 20,0% 13.548 198.799 45% 89.460 109.340 29 561.380 213.826 68.210 20,0% 13.642 200.184 45% 90.083 110.101 30 562.477 215.323 68.688 20,0% 13.738 201.585 45% 90.713 110.872

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291

Das estimativas realizadas para o Município de São José do Rio Preto,

baseadas nas premissas apresentadas, cabe destacar os seguintes aspectos: o O estudo de Balanço de Massa apresentado considera as premissas de

Projeções do Crescimento Populacional, Geração de Resíduos Sólidos, Metas de Reciclagem, Minimização da Geração de Resíduos com os diversos programas e ações previstos no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. o A redução da quantidade de resíduos destinados ao aterro sanitário

fundamenta-se na ampliação do Programa de Coleta Seletiva, na modernização tecnológica e no ganho de eficiência da Usina de Triagem e Compostagem, aumentando o índice de aproveitamento de materiais. Para a construção do cálculo dos custos dos serviços de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos para o período de 30 anos no Município de São

José do Rio Preto, foi considerada a seguinte Premissa 5: PREMISSA 5 – Valores Referências para os Custos dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Como referência para as estimativas de custos foram utilizados os seguintes parâmetros: o Para a projeção de custos no modelo de prestação de serviços utilizado

atualmente, foram adotados os custos base 2013, admitindo-se o crescimento dos serviços (coleta, transporte, tratamento), somando-se a estes, os custos dos novos serviços previstos neste Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

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292

o Para a projeção de custos no modelo de prestação de serviços por

Parceria Público Privada, os custos foram baseados em preços de mercado para esta modalidade de contrato ponderados à partir da realidade do Município de São José do Rio Preto. 6.2 Metodologia

O estudo de viabilidade econômica financeira foi elaborado considerando as

premissas, projeções e metas definidas neste Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos. Nas premissas estão definidas as demandas futuras,

projetadas neste Plano para um horizonte de 30 anos, considerando os novos

serviços propostos, os prazos e as metas. A partir destas premissas foram estimados os custos dos serviços para duas

modalidades de Contrato de Prestação de Serviço: o Modelo Atual (Base Lei Federal nº 8.666/1993) o Parceria Pública Privada (Base Lei Federal nº 11.079/2004)

O estudo comparativo dos custos nas duas modalidades apresenta o valor do

desembolso por parte do Poder Público na forma de remuneração e

contraprestação referentes aos serviços prestados. Na projeção do custeio para o horizonte de 30 anos, considerando a

contratação da prestação de serviço no modelo de atual, parte dos

investimentos estão destacados na Tabela uma vez que esses investimentos

deverão ser realizados diretamente pelo Poder Público.

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A análise de viabilidade da Modalidade de PPP foi realizada por meio do uso

de métricas do Fluxo de Caixa com avaliação do valor da contraprestação dos

serviços, da Taxa Interna de Retorno – TIR e do Valor Presente Líquido – VPL.

Nesta modalidade é considerada a realização de todos os investimentos por

parte do Parceiro Privado. Com os dois estudos realizados é possível avaliar a sustentabilidade dos

serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no Município de São

José do Rio Preto frente ao orçamento público e analisar comparativamente os

dois modelos de contratação mais adequados a este tipo de prestação de

serviços. 6.3 Demonstrativos Econômico-Financeiros

Os Demonstrativos Econômicos e Financeiros são apresentados considerando

duas dimensões: o Por meio da projeção de custos dos serviços no modelo atual para o horizonte de 30anos, agregando-se novos serviços e programas. o Por meio do demonstrativo de resultados e Fluxo de Caixa de uma Parceria

Público Privada e avaliação da Taxa Interna de Retorno – TIR e Valor Presente Liquido – VPL.

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294

6.3.A Projeção de Custos no Modelo Atual

A Tabela 31 a seguir e os respectivos gráficos apresentam a projeção dos

Custos e Investimentos, assim como os valores de desembolso pelo Poder

Público para remuneração dos serviços executados e investimentos previstos.

As projeções foram realizadas considerando as 5 premissas apresentadas.

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295

Tabela 31 Projeção de Custos – Anos 1 a 10

DEM

ON

STR

ÃO

DE

RES

ULT

AD

O (V

ALO

RES

R$

MIL

)

DESCRIÇÃO

Anos Total

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 10 Anos

1. CUSTOS DOS SERVIÇOS ATUAIS 37.151 37.379 37.290 37.261 36.777 36.367 36.808 37.242 37.668 38.086 372.030

1.1. Custo da Coleta e Transporte de Resíduos 13.349 13.527 13.470 13.509 13.299 13.066 13.298 13.527 13.750 13.970 134.766 Sólidos

1.2. Disponibilização e Operação da Usina de 2.941 3.476 3.462 3.968 4.394 4.317 4.394 4.469 4.543 4.616 40.580 Triagem e Compostagem

1.3. Disponibilização e Operação do Aterro 8.475 7.975 7.941 7.352 6.634 6.518 6.634 6.748 6.859 6.969 72.104 Sanitário

1.4. Custo da Varrição e Serviços Gerais de 12.385 12.401 12.417 12.433 12.449 12.465 12.482 12.499 12.515 12.532 124.579 Limpeza Pública

2. CUSTOS DE NOVOS SERVIÇOS 0 1.549 2.511 2.832 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 25.812

2.1. Educação Ambiental 0 725 725 725 725 725 725 725 725 725 6.523

2.2. Coleta Seletiva 0 538 1.501 1.822 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 16.716

2.3 Papeleiras 0 286 286 286 286 286 286 286 286 286 2.573

3. CUSTOS DE SERVIÇOS ATUAIS + NOVOS 37.151 38.928 39.801 40.094 39.930 39.520 39.961 40.395 40.822 41.239 397.842

4. INVESTIMENTOS NOVOS A SEREM 1.200 8.369 8.781 1.138 1.609 595 501 14.139 6.545 1.151 44.028 REALIZADOS PELO MUNICÍPIO

4.1 Veículos 0 6.259 947 316 316 392 0 8.830 6.259 947 24.263

4.2. Equipamentos 0 1.510 7.223 223 1.294 203 501 5.296 286 205 16.741

4.3 Obras Civis 1.200 600 612 600 0 0 0 12 0 0 3.024

5. CUSTO TOTAL DO MUNICÍPIO 38.351 47.297 48.583 41.232 41.540 40.115 40.463 54.534 47.366 42.391 441.870

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296

Tabela 32 Projeção de Custos – Anos 11 a 20

DEM

ON

STR

AÇÃ

O D

E RE

SULT

ADO

(VA

LOR

ES R

$ M

IL)

DESCRIÇÃO Anos Total

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 20 Anos

1. CUSTOS DOS SERVIÇOS ATUAIS 38.495 38.875 39.246 39.606 39.956 40.294 40.626 40.950 41.267 41.576 772.919

1.1. Custo da Coleta e Transporte de Resíduos 14.184 14.382 14.575 14.763 14.944 15.119 15.290 15.458 15.621 15.780 284.882 Sólidos

1.2. Disponibilização e Operação da Usina de 4.686 4.752 4.816 4.878 4.938 4.996 5.052 5.107 5.161 5.214 90.180 Triagem e Compostagem

1.3. Disponibilização e Operação do Aterro Sanitário 7.075 7.174 7.271 7.364 7.455 7.542 7.628 7.711 7.792 7.871 146.988

1.4. Custo da Varrição e Serviços Gerais de 12.549 12.567 12.584 12.602 12.619 12.637 12.655 12.674 12.692 12.711 250.869 Limpeza Pública

2. CUSTOS DE NOVOS SERVIÇOS 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 57.345

2.1. Educação Ambiental 725 725 725 725 725 725 725 725 725 725 13.771

2.2. Coleta Seletiva 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 38.143

2.3 Papeleiras 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 5.431

3. CUSTOS DE SERVIÇOS ATUAIS + NOVOS 41.648 42.028 42.399 42.759 43.109 43.447 43.779 44.103 44.420 44.729 830.264

4. INVESTIMENTOS NOVOS A SEREM 632 918 5.489 298 9.034 6.475 1.561 5.514 602 709 75.262 REALIZADOS PELO MUNICÍPIO

4.1 Veículos 316 316 392 0 8.830 6.271 947 316 316 392 42.356

4.2. Equipamentos 317 603 5.086 298 204 204 614 5.187 287 318 29.858

4.3 Obras Civis 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 3.048

5. CUSTO TOTAL DO MUNICÍPIO 42.280 42.946 47.888 43.057 52.143 49.922 45.340 49.617 45.022 45.438 905.525

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297

Tabela 33 Projeção de Custos – Anos 21 a 30

DEM

ON

STR

AÇÃ

O D

E RE

SULT

ADO

(VA

LOR

ES R

$ M

IL)

DESCRIÇÃO Anos Total

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30 30 Anos 1. CUSTOS DOS SERVIÇOS ATUAIS 41.876 42.169 42.452 42.727 42.992 43.247 43.496 43.738 43.973 44.211 1.203.798

1.1. Custo da Coleta e Transporte de Resíduos 15.934 16.083 16.228 16.367 16.501 16.630 16.755 16.876 16.994 17.113 450.363 Sólidos

1.2. Disponibilização e Operação da Usina de 5.265 5.314 5.362 5.408 5.452 5.495 5.536 5.576 5.615 5.654 144.857 Triagem e Compostagem

1.3. Disponibilização e Operação do Aterro 7.948 8.023 8.095 8.165 8.231 8.296 8.358 8.419 8.477 8.537 229.536 Sanitário

1.4. Custo da Varrição e Serviços Gerais de 12.730 12.749 12.768 12.787 12.807 12.826 12.846 12.866 12.887 12.907 379.042 Limpeza Pública

2. CUSTOS DE NOVOS SERVIÇOS 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 3.153 88.878

2.1. Educação Ambiental 725 725 725 725 725 725 725 725 725 725 21.019

2.2. Coleta Seletiva 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 2.143 59.569

2.3 Papeleiras 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 8.290

3. CUSTOS DE SERVIÇOS ATUAIS + NOVOS 45.030 45.322 45.606 45.880 46.145 46.400 46.649 46.891 47.126 47.364 1.292.676

4. INVESTIMENTOS NOVOS A SEREM 207 9.346 11.603 1.266 573 705 988 5.311 9.362 6.957 121.580 REALIZADOS PELO MUNICÍPIO

4.1 Veículos 0 8.830 6.271 947 316 316 392 0 8.830 6.598 74.854

4.2. Equipamentos 207 515 5.320 320 258 390 597 5.299 531 359 43.654

4.3 Obras Civis 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 3.072

5. CUSTO TOTAL DO MUNICÍPIO 45.237 54.668 57.208 47.146 46.718 47.105 47.637 52.202 56.488 54.321 1.414.256

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298

As Tabelas de projeções 31, 32 e 33, apresentam de forma destacada os

custos dos serviços atuais, os custos dos novos serviços, os investimentos e o

valor de custeio dos serviços. Os valores dos custos dos serviços apresentam crescimento constante em

função do crescimento vegetativo e o crescimento da geração per capita de

resíduos. A inflexão do crescimento nos Anos 6 e 7 é atribuída ao aumento no

índice de Coleta Seletiva e na eficiência da Usina de Triagem e Compostagem. A oscilação no desembolso por parte do Poder Público, em alguns anos, é

projetada em função do impacto dos novos investimentos. Na Figura 50 a

seguir, são apresentadas as projeções de custos dos serviços existentes e dos

novos serviços incluídos, demonstrando o impacto financeiro total no

orçamento público. A Figura 51 apresenta a contribuição de cada custo,

considerando os 30 anos de horizonte projetado.

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299

Figura 50 Projeção dos custos dos serviços para os 30 anos, composto por:

Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos, Tratamento e Disposição Final,

Varrição e Serviços Gerais de Limpeza Pública, Coleta Seletiva, Educação

Ambiental e Papeleiras, sem investimentos.

R$ M

IL

50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000

0

Ano 1

Ano2

Ano3

Ano4

Ano5A

no6A

no7A

no8A

no9A

no10

Ano1

1Ano

12

Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Varrição e Serviços Gerais de Limpeza Pública

Tratamento e disposição final Educação Ambiental

Coleta Seletiva Papeleiras Figura 51 Composição dos custos dos serviços, composto por: Coleta e

Transporte de Resíduos Sólidos, Tratamento e disposição final, Varrição e

serviços gerais de Limpeza Pública, Coleta Seletiva, Educação Ambiental e

Papeleiras.

Composição dos custos

Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Varrição e Serviços Gerais de Limpeza Pública Tratamento e disposição final Educação Ambiental Coleta Seletiva Papeleiras

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300

As figuras 52 e 53, a seguir, demonstram o volume de recursos necessários

para o investimento e o custeio dos serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos do Município de São José do Rio Preto, considerando o

horizonte de 30 anos proposto. Figura 52 Novos investimentos

R$ M

IL

16.000 14.000 12.000 10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

An o3 0

o2 9

o2 8

o2 7

o2 6

o2 5

o2 4

o2 3

o2 2

o2 1

o2 0

o1 9

o1 8

o1 7

o1 6

o1 5

o1 4

o1 3

o1 2

o1 1 o1 0

An o9

An o8

An o7

An o6

An o5

An o4

An o3

An o2

Ano

1

Figura 53 Projeção do custeio dos serviços, somado aos investimentos

60.000

55.000 50.000

MIL

45.000 40.000

R$

35.000

30.000 25.000 20.000

Ano

1

Ano

2 An

o 3

Ano

4

Ano

5 An

o 6

Ano

7 An

o 8

Ano

9 An

o 10

An

o 11

An

o 12

An

o 13

An

o 14

An

o 15

An

o 16

An

o 17

An

o 18

An

o 19

An

o 20

An

o 21

An

o 22

An

o 23

An

o 24

An

o 25

An

o 26

An

o 27

An

o 28

Ano

29

Ano

30

Custos dos Serviços Investimentos

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301

6.3.2 Projeção de Custos e estudo de viabilidade do modelo da Parceria Público Privada (PPP) As Tabelas 34, 35, 36, 37, 38 e 39, e os respectivos gráficos, apresentam a

projeção do demonstrativo de resultados e Fluxo de Caixa para a execução dos

serviços na modelagem de PPP. São apresentados os custos projetados para os serviços e os investimentos,

assim como os valores de contraprestação que deverão ser pagos pelo Poder

Público para remuneração dos serviços. As projeções foram realizadas considerando as 5 premissas apresentadas

neste estudo. Os custos dos serviços foram projetados com base em valores

de mercado por meio de PPP, ponderados para os quantitativos e condições

técnicas do Município de São José do Rio Preto.

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302

Tabela 34 Demonstrativo de resultados – Anos 1 a 10

DESCRIÇÃO Anos Total

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 10

Anos

MIL

) 1RECEITA BRUTA 0 41.360 41.360 43.360 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 389.060

1.1 Contraprestação 0 41.360 41.360 43.360 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 389.060

R$ 1.2 Outras receitas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2. DEDUÇÕES DE RECEITAS 0

5.894 5.894 6.179

6.246 6.246 6.246

6.246 6.246 6.246

55.441

(VAL

ORES

2.1 ISS 0 2.068 2.068 2.168 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 19.453

2.2 Cofins 0 3.143 3.143 3.295 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 29.569

RESU

LTA

DO

2.3PIS 0 682 682 715 723 723 723 723 723 723 6.419

4.1.1 Pessoa l / Administr açã o 0 11.2 48 12.3 89 13.047 13.1 16 13.0 83 13.2 06 13.206 13.2 30 13.2 30 115.75 5

3. RECEITA LÍQUIDA 0 35.466 35.466 37.181 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 333.619

4. DESPESAS 0 33.079 36.404 36.853 36.540 36.611 33.705 35.064 36.466 36.109 320.831

4.1 Operacionais 0 33.079 36.404 36.853 36.540 36.611 33.705 35.064 36.466 36.109 320.831

DE

4.1.2 Consumo 0 4.906 5.205 5.313 5.307 5.369 5.371 5.371 5.382 5.382 47.606

DEMO

NST

RAÇ

ÃO

4.1.3Outros (RSS, Limpeza Pontos Irregulares, Pintura de 0 2.965 3.016 3.066 3.114 3.161 3.205 3.248 3.289 2.930 27.995 Guias, etc)

4.1.4 Disponibilização e Operação do Aterro 0 7.975 7.941 7.352 6.634 6.518 6.634 6.748 6.859 6.969 63.629

4.1.5 Diversas 0 2.605 2.815 2.910 2.879 2.874 2.902 2.912 2.925 2.910 25.731

4.1.6 Depreciações / Amortização 0 3.381 5.036 5.166 5.488 5.607 2.387 3.579 4.781 4.689 40.114

5. RESULTADO BRUTO OPERACIONAL 0 2.387 -937 328 1.044 973 3.879 2.520 1.119 1.476 12.788

6 RESULTADO FINANCEIRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6.1 Receitas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7. RESULTADO OPERACIONAL 0 2.387 -937 328 1.044 973 3.879 2.520 1.119 1.476 12.788

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303

LTA

D DESCRIÇÃO Anos Total

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 10

Anos

8. RESULTADO NÃO OPERACIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

9. RESULTADO ANTES DA CSLL 0 2.387 -937 328 1.044 973 3.879 2.520 1.119 1.476 12.788

10. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 0 215 0 29 94 88 349 227 101 133 1.235

11. RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 0 2.172 -937 298 950 885 3.530 2.294 1.018 1.343 11.553

12. IMPOSTO DE RENDA 0 519 0 51 214 197 858 549 230 312 2.931

13. RESULTADO DO EXERCÍCIO 0 1.653 -937 248 737 688 2.671 1.744 787 1.031 8.622

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304

Tabela 35 Demonstrativo de resultados – Anos 11 a 20

DESCRIÇÃO Anos Total

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

20 Anos 1 -RECEITA BRUTA 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 827.360

MIL

)

1.1 Contraprestação 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 827.360

R$ 1.2 Outras receitas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2 DEDUÇÕES DE RECEITAS 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 117.899

(VAL

ORE

S

2.1 ISS 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 41.368

2.2 Cofins 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 62.879

2.3 PIS 723 723 723 723 723 723 723 723 723 723 13.651

RE

SUL

TA DO

3 RECEITA LÍQUIDA 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 709.461

4 DESPESAS 36.293 36.515 34.921 34.085 35.785 37.153 37.396 37.513 37.709 36.148 684.348

4.1 Operacionais 36.293 36.515 34.921 34.085 35.785 37.153 37.396 37.513 37.709 36.148 684.348

4.1.1 Pessoal / Administração 13.253 13.253 13.253 13.400 13.400 13.467 13.467 13.467 13.491 13.491 249.699

DE 4.1.2 Consumo 5.382 5.382 5.382 5.493 5.493 5.498 5.498 5.498 5.498 5.498 102.230

4.1.3 Outros 2.963 2.996

3.026 3.053 3.079

3.103 3.126 3.147 3.166 3.185

58.839

DEMO

NSTR

AÇÃO

4.1.4 Sistema de Tratamento e Disposição Final 7.075 7.174 7.271 7.364 7.455 7.542 7.628 7.711 7.792 7.871 138.512

4.1.5 Diversas 2.922 2.930 2.938 2.973 2.980 2.996 3.003 3.010 3.019 3.025 55.526

4.1.6 Depreciações / Amortização 4.697 4.780 3.051 1.801 3.378 4.546 4.675 4.681 4.742 3.077 79.541

5. RESULTADO BRUTO OPERACIONAL 1.292 1.069 2.663 3.499 1.799 431 188 71 -125 1.437 25.113 6. RESULTADO FINANCEIRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6.1 Receitas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7. RESULTADO OPERACIONAL 1.292 1.069 2.663 3.499 1.799 431 188 71 -125 1.437 25.113

8. RESULTADO NÃO OPERACIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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305

LTA

D

DESCRIÇÃO Anos Total

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

20 Anos 9. RESULTADO ANTES DA CSLL 1.292 1.069 2.663 3.499 1.799 431 188 71 -125 1.437 25.113

10. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 116 96 240 315 162 39 17 6 0 129 2.356

11. RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 1.175 973 2.423 3.184 1.637 392 171 65 -125 1.307 22.757

12. IMPOSTO DE RENDA 270 219 582 772 385 74 19 -8 0 303 5.547

13. RESULTADO DO EXERCÍCIO 905 754 1.842 2.412 1.252 318 152 73 -125 1.005 17.210

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306

Tabela 36 Demonstrativo de resultados – Anos 21 a 30

DESCRIÇÃO Anos TOTAL

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

30 Anos

1RECEITA BRUTA 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 1.265.660

MIL

)

1.1 Contraprestação 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 1.265.660

R$ 1.2 Outras receitas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2. DEDUÇÕES DE RECEITAS 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 180.357

(VAL

ORE

S

2.1 ISS 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 2.192 63.283

2.2 Cofins 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 3.331 96.190

2.3 PIS 723 723 723 723 723 723 723 723 723 723 20.883

RE

SUL

TA DO

3. RECEITA LÍQUIDA 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 37.584 1.085.303

4 DESPESAS 35.176 36.829 38.169 38.391 38.487 38.667 37.100 35.920 37.610 39.232 1.059.929

4.1 Operacionais 35.176 36.829 38.169 38.391 38.487 38.667 37.100 35.920 37.610 39.232 1.059.929

4.1.1Pessoal / Administração 13.637 13.637 13.661 13.661 13.685 13.685 13.708 13.708 13.708 13.855 386.645

DE 4.1.2 Consumo 5.511 5.511 5.512 5.512 5.523 5.523 5.523 5.523 5.523 5.624 157.516

4.1.3 Outros 3.203 3.219

3.234 3.248 3.261

3.273 3.283 3.293 3.301 3.308

91.463

DEMO

NSTR

AÇÃO

4.1.4 Sistema de Tratamento e Disposição Final 7.948 8.023 8.095 8.165 8.231 8.296 8.358 8.419 8.477 8.537 221.061

4.1.5 Diversas 3.053 3.058 3.067 3.072 3.081 3.086 3.094 3.098 3.102 3.134 86.373

4.1.6 Depreciações / Amortização 1.823 3.380 4.599 4.732 4.705 4.805 3.133 1.879 3.498 4.775 116.870

5 RESULTADO BRUTO OPERACIONAL 2.408 755 -585 -806 -902 -1.082 484 1.664 -26 -1.648 25.374 6 RESULTADO FINANCEIRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6.1 Receitas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7. RESULTADO OPERACIONAL 2.408 755 -585 -806 -902 -1.082 484 1.664 -26 -1.648 25.374

8. RESULTADO NÃO OPERACIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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307

LTA

D

DESCRIÇÃO Anos TOTAL

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

30 Anos

9. RESULTADO ANTES DA CSLL 2.408 755 -585 -806 -902 -1.082 484 1.664 -26 -1.648 25.374

10. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 217 68 0 0 0 0 44 150 0 0 2.834

11. RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 2.191 687 -585 -806 -902 -1.082 441 1.514 -26 -1.648 22.540

12. IMPOSTO DE RENDA 524 148 0 0 0 0 86 355 0 0 6.659

13. RESULTADO DO EXERCÍCIO 1.668 539 -585 -806 -902 -1.082 355 1.160 -26 -1.648 15.881

A seguir, são apresentados os resultados da simulação do Fluxo de Caixa para concessão administrativa na modalidade

“Parceria Público Privada”, considerando os 30 anos de horizonte do planejamento.

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308

Tabela 37 Fluxo de Caixa – Modelo PPP – Anos 1 a 10

DESCRIÇÃO Anos Total

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 Anos 1 – INGRESSOS 0 37.961 41.360 43.196 43.791 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 385.458 1.1 RECEITAS 0 37.961 41.360 43.196 43.791 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 385.458 1.1.1 Contraprestação 0 37.961 41.360 43.196 43.791 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 385.458

MIL

) 1.1.2 Outras Receitas Operacionais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.1.3 Receitas Não Operacionais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$

1.1.4 Receitas Financeiras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (V

ALO RE S

2 - DESEMBOLSOS 10.030 41.619 45.662 38.755 38.982 37.877 38.995 52.372 44.528 39.006 387.827

2.1 - OPERACIONAIS 0 32.667 36.880 37.569 37.092 36.998 37.278 37.453 37.647 37.417 331.002 2.1.1 Pessoal/Administradores 0 10.323 12.296 12.993 13.111 13.086 13.196 13.206 13.228 13.230 114.668

CAIX

A

2.1.2 Consumo 0 4.503 5.181 5.304 5.308 5.364 5.371 5.371 5.381 5.382 47.164 2.1.3Outros (RSS, Limpeza Pontos Irregulares,

Pintura Guias, Etc) 0 2.721 2.768 2.814 2.858 2.901 2.942 2.981 3.019 2.689 25.694 D E 2.1.4Disponibilização e Operação do Aterro 0 7.319 7.944 7.400 6.693 6.527 6.624 6.738 6.850 6.960 63.056

FLUX

O

2.1.5 Diversas 0 2.391 2.798 2.902 2.882 2.875 2.899 2.911 2.924 2.911 25.492 2.1.6 Tributos Sobre Faturamento 0 5.409 5.894 6.155 6.240 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 54.928

2.1.7 Seguros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.1.8 Garantias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.2 INVESTIMENTOS / IMOBILIZADO 10.030 8.369 8.781 1.138 1.609 595 501 14.139 6.545 1.151 52.859 2.2.1 Investimento em Veículos 8.830 6.259 947 316 316 392 0 8.830 6.259 947 33.093 2.2.2 Investimento em Equipamentos 0 1.510 7.223 223 1.294 203 501 5.296 286 205 16.741 2.2.3Investimento em Obras Civis 1.200 600 612 600 0 0 0 12 0 0 3.024

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309

A

(VA

L DESCRIÇÃO Anos Total

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 10 Anos

2.2.4 Desapropriações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.3 DESEMBOLSO SOBRE O LUCRO 0 583 0 48 281 284 1.216 781 336 438 3.966 2.3.1 Contribuição Sobre o Lucro 0 172 0 19 86 87 351 228 102 131 1.177 2.3.2 Imposto de Renda 0 411 0 29 194 196 864 553 234 307 2.789

3. SALDO DO CAIXA -

10.030 -3.659 -4.302 4.441 4.809 5.953 4.835 -8.542 -698 4.824 -2.369 4. T.I.R 8,0% 5. VPL R$ 4

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310

Tabela 38 Fluxo de Caixa – Modelo PPP – Anos 11 a 20

DESCRIÇÃO Ano Total

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 20 Anos 1 - INGRESSOS 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 823.758 1.1 - RECEITAS 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 823.758 1.1.1 Contraprestação 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 823.758

MIL

) 1.1.2 - Outras Receitas Operacionais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.1.3 - Receitas Não Operacionais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$

1.1.4 - Receitas Financeiras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (V

ALO RE S

2 - DESEMBOLSOS 38.610 38.963 44.173 39.643 47.977 45.176 40.308 44.344 39.546 40.192 806.757

2.1 - OPERACIONAIS 37.587 37.726 37.859 38.247 38.392 38.583 38.702 38.812 38.943 39.048 714.900 2.1.1 - Pessoal/Administradores 13.252 13.253 13.253 13.388 13.400 13.461 13.467 13.467 13.489 13.491 248.590

CAIX

A

2.1.2 - Consumo 5.382 5.382 5.382 5.484 5.493 5.498 5.498 5.498 5.498 5.498 101.778 2.1.3 - Outros (RSS, Limpeza Pontos Irregulares,

Pintura Guias, Etc) 2.720 2.749 2.778 2.802 2.826 2.848 2.869 2.888 2.906 2.923 54.003 D E 2.1.4 - Disponibilização e Operação do Aterro 7.067 7.166 7.263 7.356 7.447 7.535 7.620 7.704 7.786 7.865 137.865

FLUX

O

2.1.5 - Diversas 2.921 2.929 2.937 2.970 2.979 2.995 3.002 3.009 3.018 3.025 55.278 2.1.6 - Tributos Sobre Faturamento 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 117.385

2.1.7 – Seguros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.1.8 Garantias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.2 - INVESTIMENTOS / IMOBILIZADO 632 918 5.489 298 9.034 6.475 1.561 5.514 602 709 84.092 2.2.1 Investimento em Veículos 316 316 392 0 8.830 6.271 947 316 316 392 51.186 2.2.2 -Investimento em Equipamentos 317 603 5.086 298 204 204 614 5.187 287 318 29.858 2.2.3 - Investimento em Obras Civis 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 3.048

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311

A

(VA

L DESCRIÇÃO Ano Total

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20 20 Anos

2.2.4 - Desapropriações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.3 DESEMBOLSO SOBRE O LUCRO 391 319 825 1.098 550 118 45 18 0 435 7.765 2.3.1 - Contribuição Sobre o Lucro 118 97 241 318 163 40 18 7 0 130 2.309 2.3.2 - Imposto de Renda 273 222 584 780 388 78 27 11 0 305 5.456 3 - SALDO DO CAIXA 5.220 4.867 -343 4.187 -4.147 -1.346 3.522 -514 4.284 3.638 17.001 4 - T.I.R 5 – VPL

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312

Tabela 39 Fluxo de Caixa – Modelo PPP – Anos 21 a 30

DESCRIÇÃO Anos TOTAL

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 30 Anos 1 - INGRESSOS 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 1.262.058 1.1 - RECEITAS 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 1.262.058 1.1.1 Contraprestação 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 43.830 1.262.058

MIL

) 1.1.2 - Outras Receitas Operacionais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.1.3 - Receitas Não Operacionais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R$

1.1.4 - Receitas Financeiras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(VA

LOR

ES

2 - DESEMBOLSOS 40.269 48.987 51.144 40.897 40.324 40.538 41.056 45.829 49.443 47.361 1.252.604

2.1 - OPERACIONAIS 39.314 39.424 39.541 39.631 39.750 39.833 39.935 40.011 40.081 40.404 1.112.824 2.1.1 - Pessoal/Administradores 13.625 13.637 13.659 13.661 13.683 13.685 13.707 13.708 13.708 13.843 385.507

CAIX

A 2.1.2 - Consumo 5.510 5.511 5.512 5.512 5.522 5.523 5.523 5.523 5.523 5.616 157.054 2.1.3 - Outros (RSS, Limpeza Pontos Irregulares,

Pintura Guias, Etc) 2.939 2.955 2.969 2.981 2.993 3.004 3.014 3.022 3.030 3.036 83.946

D E 2.1.4 - Disponibilização e Operação do Aterro 7.942 8.017 8.089 8.159 8.226 8.290 8.353 8.414 8.472 8.532 220.359

FLUX

O 2.1.5 – Diversas 3.051 3.058 3.067 3.072 3.081 3.086 3.093 3.098 3.102 3.131 86.115 2.1.6 - Tributos Sobre Faturamento 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 179.843

2.1.7 – Seguros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.1.8 Garantias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.2 - INVESTIMENTOS / IMOBILIZADO 207 9.346 11.603 1.266 573 705 988 5.311 9.362 6.957 130.410 2.2.1 - Investimento em Veículos 0 8.830 6.271 947 316 316 392 0 8.830 6.598 83.684 2.2.2 - Investimento em Equipamentos 207 515 5.320 320 258 390 597 5.299 531 359 43.654 2.2.3 - Investimento em Obras Civis 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 3.072

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313

A

(VA

L DESCRIÇÃO Anos TOTAL

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30 30 Anos

2.2.4 – Desapropriações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.3 DESEMBOLSO SOBRE O LUCRO 748 218 0 0 0 0 132 506 0 0 9.370 2.3.1 - Contribuição Sobre o Lucro 219 69 0 0 0 0 44 150 0 0 2.791 2.3.2 - Imposto de Renda 529 150 0 0 0 0 88 356 0 0 6.579 3 - SALDO DO CAIXA 3.561 -5.157 -7.314 2.933 3.506 3.292 2.774 -1.999 -5.613 -3.531 9.453 4 - T.I.R 8% 5 – VPL R$ 4

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314

De acordo com os resultados demonstrados nas tabelas 34 a 39, foram

elaboradas as Figuras 54 a 55, apresentando os Custos Operacionais, a

demanda por Investimentos e o volume da Contraprestação a ser paga pela

Prefeitura, neste modelo. Figura 54 Projeção dos custos operacionais para os 30 anos – Modelo PPP

R$ M

IL

45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000

5.000

0

An o3 0 o2 9

8

o2 7

o2 6

o2 5

o2 4

o2 3

2

o2 1

o2 0

o1 9

o1 8

o1 7

6

o1 5

o1 4

o1 3

o1 2

o1 1

0

An o9

An o8

An o7

An o6

An o5

o4

An o3

An o2

Ano

1

Figura 55 Projeção dos investimentos para os 30 anos – Modelo PPP

R$ M

IL

16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

An o3 0

o2 9

o2 8

o2 7

o2 6

o2 5

o2 4

o2 3

o2 2

o2 1

o2 0

o1 9

o1 8

o1 7

o1 6

o1 5

o1 4

o1 3

o1 2

o1 1

Ano

10

An o9

An o8

An o7

An o6

An o5

An o4

An o3

An o2

Ano

1

Page 315: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

315

Figura 56 Projeção da contraprestação para os 30 anos – Modelo PPP

50.000

45.000 40.000 35.000

MIL

30.000 25.000

R$

20.000

15.000 10.000 5.000 0

Ano

1

Ano

2

Ano

3 A

no 4

Ano

5 A

no 6

A

no 7

Ano

8 A

no 9

Ano

10

Ano

11

Ano

12

Ano

13

Ano

14

Ano

15

Ano

16

Ano

17

Ano

18

Ano

19

Ano

20

Ano

21

Ano

22

Ano

23

Ano

24

Ano

25

Ano

26

Ano

27

Ano

28

Ano

29

Ano

30

O demonstrativo do estudo de Fluxo de Caixa apresenta a estimativa do Valor

Presente Líquido – VPL e da Taxa Interna de Retorno – TIR. A taxa de 8% é

aceita pelo mercado em licitações de prestação de serviços públicos pela

modalidade de PPP, em outros municípios. 6.3.3 Demonstrativo das Projeções: Valor de Desembolso Modelo Atual x Contraprestação pelo Poder Público na modelagem de PPP O gráfico a seguir apresenta o demonstrativo das projeções com o valor de

desembolso no modelo atual e da contraprestação paga pelo Poder Público na

modelagem da PPP.

Page 316: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

316

Figura 57 Projeção de custos versus Valor de Desembolso

70.000

60.000

50.000

R$ M

IL 40.000

30.000

20.000

10.000 0

Ano

1

Ano

2 A

no 3

An

o 4

Ano

5 An

o 6

Ano

7 An

o 8

Ano

9

Ano

10

Ano

11

Ano

12

Ano

13

Ano

14

Ano

15

Ano

16

Ano

17

Ano

18

Ano

19

Ano

20

Ano

21

Ano

22

Ano

23

Ano

24

Ano

25

Ano

26

Ano

27

Ano

28

Ano

29

Ano

30

Valor de Desembolso - Modelo PPP Valor de Desembolso - Modelo Atual

6.3.4 Avaliações Considerando que o estudo de viabilidade e sustentabilidade deve atender os

preceitos constitucionais referentes à Universalidade, Eficiência e Modicidade

Tarifária para a prestação de serviços públicos e ainda respeitar os limites do

orçamento público municipal, este Plano de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos desenvolveu o estudo de sustentabilidade Econômico-Financeira,

tendo como objetivo verificar a viabilidade econômica das Diretrizes e Metas

propostas e apresentar os seus indicadores econômicos. Como Macro Indicadores da modicidade tarifária, este Plano definiu o Custo

per capita e o Percentual que os custos dos serviços de Limpeza Pública e

Manejo de Resíduos Sólidos representa no orçamento público municipal. O

Estudo de Viabilidade Econômica projetou os custos destes serviços para o

horizonte de 30 anos apontando um custo médio per capita de R$ 81,09, que

se mostra compatível com a média nacional para municípios com o mesmo

porte de São José do Rio Preto.

Page 317: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

317

Conforme demonstrado as projeções de custeio acima dependem do

cumprimento das metas propostas neste Plano, assim como a modernização

do sistema, constituindo em determinantes para a sua sustentabilidade. Este estudo avaliou dois cenários para o formato de contratação dos serviços:

a projeção dos custos no modelo atual e o contrato na modalidade de Parceria

Público Privada – PPP. Na alternativa da PPP os novos investimentos para viabilizar os projetos e programas são de responsabilidade do parceiro privado. Para a análise dos impactos das duas possibilidades, foi utilizado o método de

métricas do fluxo de caixa com avaliação do valor da contraprestação dos

serviços. O comparativo entre as duas formas de contratação no que se refere aos

custos dos serviços e, portanto, do valor da contraprestação se mostraram

muito próximos nas duas situações, sendo que o valor do pagamento pela

prestação dos serviços soma cerca de R$ 1.414 milhões para um período de

30 anos, enquanto que pelo sistema de PPP o valor da contraprestação soma

cerca de R$ 1.266 milhões.

Page 318: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

318

7 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS SERVIÇOS E PROGRAMAS A partir da organização sistemática de informações e dados de um processo, é

possível mensurar e analisar, comparativamente, os avanços e retrocessos de

um determinado aspecto em função do tempo observado. A leitura desses

dados pode ser obtida por meio de indicadores - quantitativos ou qualitativos –

que são concebidos com o objetivo de propiciar essa compreensão. No aspecto da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a proposição de

indicadores para verificação do desempenho operacional e ambiental busca

atender a necessidade de conformação de instrumentos de avaliação que

permitam o acompanhamento das ações, programas, projetos e dos serviços

executados. A proposição de indicadores no Plano Municipal de Gestão Integrada é trazida

como exigência pela Política Nacional de Resíduos Sólidos em seu artigo 19:

Art. 19. O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo

mínimo: [...] VI - indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos; [...] Conforme o documento “Guia referencial para Medição de Desempenho e

Manual para Construção de Indicadores” (MPOG, 2009), publicado pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a

gestão pública apresenta a necessidade de um novo paradigma na busca pelo

atendimento às demandas e pela satisfação dos cidadãos perante os serviços

executados. A gestão organizada apoia-se na qualificação da ação pública,

Page 319: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

319

tornando as atividades controláveis e mensuráveis, mesmo quando

relacionadas com amplos arranjos entre políticas, projetos, programas e

organizações. No caso da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, estes resultados

devem observar os critérios de universalidade, de integralidade no

atendimento, de eficiência e sustentabilidade econômica, de articulação com as

políticas de inclusão, desenvolvimento urbano e regional e com adoção de

novas tecnologias, de acordo com os princípios e diretrizes da Lei nº

11.445/2007. A aplicação sistemática de indicadores auxiliará a Prefeitura Municipal de São

José do Rio Preto, na transparência e controle social dos serviços, incluída a

verificação da qualidade e satisfação da sua execução, consolidando os dados

técnico-operacionais em índices de leitura simplificados, que poderão subsidiar

a conformação de um relatório anual, com vistas a atender as exigências

estabelecidas na legislação. De acordo com estes pressupostos, com o objetivo de viabilizar o

acompanhamento do desempenho operacional e ambiental dos serviços e

programas implantados em São José do Rio Preto, o Plano de Gestão

Integrada de Resíduos traz uma proposta de indicadores que devem ser

observados em referência aos resultados auferidos em períodos de tempo

equivalentes e comparáveis, sendo indicada a sua aplicação com frequência

anual. Salienta-se que alguns dos indicadores apresentados são apropriados do

Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS (Ministério das

Cidades), possibilitando ao Município a comparação com a série histórica

correspondente, e o consequente acompanhamento da evolução da prestação

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320

dos serviços com outros municípios enquadrados na mesma faixa

populacional. Nos casos em que foram propostos os indicadores do SNIS, o

número de referência do indicador está apresentado entre parênteses

(Indicador SNIS), bem como outras informações obtidas nas edições

consultadas. 7.1 Proposta de Indicadores INDICADORES GERAIS DE ACOMPANHAMENTO A seguir são apresentados alguns indicadores apropriados do SNIS com

referência às despesas aplicadas ao sistema de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos em comparação às outras despesas correntes da Prefeitura e

à população urbana: a) Incidência das despesas com o manejo de Resíduos Sólidos Urbanos nas despesas correntes da prefeitura (Indicador SNIS I003). Cálculo:

Despesa total da Prefeitura com manejo de RSU = %

Despesa corrente total da Prefeitura b) Despesa per capita com o manejo de RSU em relação à população

urbana(SNIS I006) Cálculo:

Despesa total com o manejo de RSU = %

População urbana

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321

INDICADORES OPERACIONAIS DA LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS a) Cobertura do serviço de coleta em relação à população total (Indicador SNIS

I015) Cálculo:

População atendida declarada = %

População total b) Variação da geração per capita Cálculo:

Resíduos Coletados Ano 01 -

Resíduos Coletados Ano 02 = x

População Atendida Ano 01 População Atendida Ano 02

c) Produtividade média dos empregados na coleta em relação à massa

coletada(Indicador SNIS I018). Cálculo:

Quantidade total coletada Quantidade total de (coletadores motoristas) x = Kg/empregado/dia

quantidade de dias úteis por ano Varrição a) Custo unitário médio do serviço de varrição (Indicador SNIS I043) Cálculo:

Despesa total da prefeitura com o serviço de varrição Extensão total da sarjeta varrida

= R$/Km

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322

b) Produtividade Média dos varredores (Indicador SNIS I044) Cálculo:

Extensão total da sarjeta varrida Quantidade total de varredores x = Km/Empregado/Dia

Quantidade de dias úteis por ano

c) Incidência do custo do serviço de varrição no custo total com manejo de

RSU (Indicador SNIS I046) Cálculo: Despesa total da Prefeitura com serviço de varrição

= % Número total de domicílios

d) Extensão total anual varrida per capita (Indicador SNIS I048) Cálculo:

Extensão total de sarjeta varrida no ano = %

Quantidade total de resíduos sólidos coletados

Resíduos dos Serviços de Saúde a) Massa coletada em relação à população urbana (Indicador SNIS I036)

Cálculo: Quantidade total coletada de RSS

= % População urbana

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323

Resíduos de Construção Civil e inservíveis - Pontos de Disposição irregular a) Variação anual da quantidade de resíduos (m³) removidos de pontos de

disposição irregular Cálculo:

Resíduos coletados em Pontos Resíduos coletados em - = X

Viciados (Ano 01) pontos viciados (Ano 02)

Coleta Seletiva a) Massa recuperada per capita de materiais recicláveis secos (exceto matéria

orgânica e rejeitos) em relação à população urbana (Indicador SNIS I032) Cálculo:

Quantidade total de materiais recicláveis recuperados (Exceto matéria orgânica e rejeitos) = %

População urbana

b) Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de secos (exceto matéria

orgânica) em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidos

domésticos (Indicador SNIS I053) Cálculo:

Quantidade total de materiais recicláveis recuperados (Exceto matéria orgânica e rejeitos) = %

Quantidade total de resíduos sólidos coletados

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c) Taxa de adesão da população à Coleta Seletiva Cálculo:

Número de domicílios participantes da coleta seletiva = %

Número total de domicílios

OUTROS INDICADORES Além destes indicadores, são apresentados outros que poderão auxiliar o

Município de São José do Rio Preto em relação ao monitoramento e a gestão

ambiental e no controle da qualidade dos serviços. a) Taxa de remediação de passivos ambientais existentes na área do Município, em relação ao total de áreas identificadas Cálculo:

Áreas Contaminadas Remediadas = x áreas

áreas Contaminadas identificadas

b) Quantidade de reclamações registradas pelos usuários, em relação aos

serviços de limpeza pública: Cálculo:

Numero total de reclamações recebidas em relação aos serviços de limpeza (mês) = X

Número de dias do mês

Propõe-se que este último indicador seja considerado mensalmente, orientando

desta forma a prestação adequada dos serviços de limpeza pública. Deverão

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325

ser igualmente consideradas no cálculo, denúncias e reclamações

apresentadas pela Imprensa local. 7.2 Aplicações dos Indicadores

Os indicadores devem ser aplicados pelos técnicos da Prefeitura, responsáveis

pelo controle do manejo e gestão de resíduos sólidos, com o apoio de agentes

de saúde e outros profissionais que atuem diretamente com a população. Os resultados obtidos com a aplicação dos indicadores deverão ser

consolidados em relatórios e controlados por um órgão específico para este

fim. Os resultados poderão ser publicados anualmente, nos meios de imprensa

disponíveis no Município para o controle e acompanhamento da população.

Estes relatórios deverão ser empregados na revisão do Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, contribuindo para o acompanhamento

dos avanços no atendimento às diretrizes propostas, possibilitando a

verificação e consolidação dos resultados planejados, em concordância com as

diretrizes e metas estabelecidas para o Município. A seguir, o Quadro 42 concentra os indicadores propostos para o

acompanhamento do desempenho operacional e ambiental dos serviços e

programas previstos para o Município de São José do Rio Preto. A Coluna “Número de referência no SNIS” apresenta a correspondência com a pesquisa SNIS, orientando o acompanhamento por parte da Prefeitura.

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326

Quadro 42 Quadro Síntese de Indicadores

Indicador Nº de referência no SNIS

Indicadores gerais de acompanhamento Indicador SNIS

Incidência das despesas com o manejo de Resíduos Sólidos SNIS I003 Urbanos nas despesas correntes da prefeitura

Despesa per capita com o manejo de RSU em relação à SNIS I006 população urbana

Indicadores operacionais do manejo de RSU Indicador SNIS

Cobertura do serviço de coleta em relação à população total SNIS I015

Variação da geração per capita -

Produtividade média dos empregados na coleta em relação à SNIS I018 massa coletada

Indicadores de acompanhamento da Varrição Indicador SNIS

Custo Unitário Médio do serviço de varrição SNIS I043

Produtividade Média dos varredores SNIS I044

Incidência do custo do serviço de varrição no custo total com SNIS I046 manejo de RSU

Extensão total anual varrida per capita SNIS I048

Indicadores de acompanhamento dos Resíduos dos Indicador SNIS Serviços de Saúde

Massa coletada em relação à população urbana SNIS I036

Indicadores de acompanhamento dos Resíduos de Construção Civil e Inservíveis - Pontos de Disposição Indicador SNIS irregular

Variação anual da quantidade de resíduos (m³) removidos de - pontos de disposição irregular

Indicadores de acompanhamento da Coleta Seletiva Indicador SNIS

Page 327: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

327

Indicador Nº de referência no SNIS

Massa recuperada per capita de materiais recicláveis secos (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à população SNIS I032 urbana

Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de secos (exceto matéria orgânica) em relação à quantidade total SNIS I053 coletada de resíduos sólidos domésticos

Taxa de adesão da população à Coleta Seletiva -

Outros Indicadores Indicador SNIS

Taxa de remediação de passivos ambientais existentes na - área do Município, em relação ao total de áreas identificadas;

Quantidade de Reclamações registradas pelos usuários, em - relação aos serviços de limpeza pública:

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328

8 INDICADORES PARA ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS Para o acompanhamento da implementação do Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos, estão sendo propostos indicadores avaliados a partir de

aspectos sociais, econômicos e ambientais, considerando as metas, ações e

prazos para cada uma das 06 diretrizes. No Quadro 43 a seguir, são apresentadas as diretrizes, as ações propostas e

um modelo de verificação de cumprimento das diretrizes, considerando

referências e o seu status de atendimento, de acordo com a seguinte legenda: Totalmente Atendida TA

Parcialmente Atendida PA

Não Atendida NA

Page 329: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

329

Quadro 43 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Reestruturação e Modernização dos Serviços”

Indicadores para acompanhamento

Diretriz

Ações

Referência

Conceituação/ Situação

Implementação de novos serviços de limpeza urbana e

Melhoria da qualidade dos TA serviços e adequações às políticas

PA ampliação progressiva da abrangência dos atuais estaduais e nacionais de resíduos serviços

sólidos. NA

Readequação da logística de coleta, com a Melhoria da qualidade dos TA

implementação de equipamentos adequados a cada serviços e adequações as políticas

PA região/setor (caminhões, caçambas de uso coletivo, estaduais e nacionais de resíduos

NA Reestruturação e entre outros) sólidos.

Modernização do

Realização de estudo para implantação de novos

TA

Sistema de

Estudo realizado PA

Limpeza Urbana e

contêineres

NA Manejo de

Implantação de contêineres para a coleta regular de Contêineres instalados de acordo

TA Resíduos Sólidos

PA resíduos em prédios públicos, escolas, condomínios com o estudo realizado verticalizados e residenciais NA

Implantação de novas lixeiras em vias públicas, de Instalação destes equipamentos TA Acordo com a concentração de habitantes e nas vias e espaços públicos e

PA frequência de varrição após estudo de viabilidade verificação da efetividade do seu

quantitativa e qualitativa. uso como equipamento público de NA limpeza

Page 330: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

330

Indicadores para acompanhamento

Diretriz

Ações

Referência

Conceituação/ Situação

Definição de indicadores de qualidade e de Aplicação de indicadores de

TA

PA acompanhamento da prestação dos serviços de limpeza qualidade e de acompanhamento

urbana e manejo de resíduos sólidos da prestação dos serviços NA

Desenvolvimento de canais de comunicação entre o Criação do canal de comunicação

TA Poder Público e a população para o controle da e relatório de atendimento às PA qualidade dos serviços executados (156 e outros) solicitações realizadas

Reestruturação e NA

Avaliação dos macro-indicadores: TA

Modernização do

valor per capita do custo da

Promoção da sustentabilidade econômica do sistema de

PA Sistema de limpeza pública e percentual do

gestão integrada de resíduos

Limpeza Urbana e custo da limpeza pública no NA

Manejo de orçamento municipal

Resíduos Sólidos

Contratação de empresas prestadoras de serviços que TA

possibilite a adoção de novas tecnologias e Aprimoramento dos contratos para

PA equipamentos com vistas ao aumento de eficiência e a execução dos serviços

NA qualidade dos serviços

Garantia da prestação adequada de serviços de acordo Atendimento às normas de

TA

PA com normas e resoluções serviços adequados NA

Page 331: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

331

Indicadores para acompanhamento

Diretriz

Ações

Referência

Conceituação/ Situação

Elaboração de programas e ações de capacitação

TA

técnica voltados para a implementação e Implementação de programas e

PA operacionalização do Plano de Gestão Integrada de ações de capacitação técnica

NA Resíduos Sólidos

Integração para o planejamento e ações conjuntas com Acompanhamento da situação dos TA

Reestruturação e

os gestores da politica no Município, buscando sinergia e acordos setoriais para a logística

Modernização do estabelecimento de mecanismos para a logística reversa PA Sistema de

reversa, conforme acordos setoriais a serem

NA Limpeza Urbana e implementados Ações planejadas intersecretarias Manejo de TA Resíduos Sólidos Realização de estudos de possibilidades de soluções

consorciadas de manejo e gestão de resíduos, Estudos realizados PA considerando a importância do Munícipio em termos

regionais NA

Page 332: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

332

Quadro 44 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Definição de Responsabilidades quanto à Gestão de Resíduos de Grandes Geradores e elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos”

Diretriz Ações Indicadores para acompanhamento

Referência Conceituação Situação

Reestruturação e Modernização do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Implementação de novos serviços de limpeza urbana e ampliação progressiva da abrangência dos atuais serviços

Melhoria da qualidade dos serviços e adequações às políticas estaduais e nacionais de resíduos sólidos.

TA PA NA

Readequação da logística de coleta, com a implementação de equipamentos adequados a cada região/setor (caminhões, caçambas de uso coletivo, entre outros)

Melhoria da qualidade dos serviços e adequações as políticas estaduais e nacionais de resíduos sólidos.

TA PA NA

Realização de estudo para implantação de novos contêineres

Estudo realizado

TA PA NA

Implantação de contêineres para a coleta regular de resíduos em prédios públicos, escolas, condomínios verticalizados e residenciais

Contêineres instalados de acordo com o estudo realizado

TA

PA

NA

Implantação de papeleiras em vias públicas, de acordo com a concentração de habitantes e frequência de varrição

Instalação destes equipamentos nas vias e espaços públicos e verificação da efetividade do seu uso como equipamento público de limpeza

TA

PA

NA

Page 333: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

333

Diretriz Ações Indicadores para acompanhamento

Referência Conceituação Situação

Reestruturação e Modernização do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Definição de indicadores de qualidade e de acompanhamento da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

Aplicação de indicadores de qualidade e de acompanhamento da prestação dos serviços

TA PA NA

Desenvolvimento de canais de comunicação entre o Poder Público e a população para o controle da qualidade dos serviços executados (156 e outros)

Criação do canal de comunicação e relatório de atendimento às solicitações realizadas

TA PA NA

Promoção da sustentabilidade econômica do sistema de gestão integrada de resíduos

Avaliação dos macro-indicadores: valor per capita do custo da limpeza pública e percentual do custo da limpeza pública no orçamento municipal

TA PA NA

Contratação de empresas prestadoras de serviços que possibilite a adoção de novas tecnologias e equipamentos com vistas ao aumento de eficiência e qualidade dos serviços

Aprimoramento dos contratos para a execução dos serviços

TA PA NA

Garantia da prestação adequada de serviços de acordo com normas e resoluções

Atendimento às normas de serviços adequados

TA PA NA

Page 334: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

334

Diretriz Ações Indicadores para acompanhamento

Referência Conceituação Situação

Reestruturação e Modernização do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Elaboração de programas e ações de capacitação técnica voltados para a implementação e operacionalização do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Implementação de programas e ações de capacitação técnica

TA PA NA

Integração para o planejamento e ações conjuntas com os gestores da politica no Município, buscando sinergia e estabelecimento de mecanismos para a logística reversa, conforme acordos setoriais a serem implementados

Acompanhamento da situação dos acordos setoriais para a logística reversa Ações planejadas intersecretarias

TA PA NA

Realização de estudos de possibilidades de soluções consorciadas de manejo e gestão de resíduos, considerando a importância do Munícipio em termos regionais

Estudos realizados

TA PA NA

Page 335: PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS …€¦ · Quadro 33 Metas de distribuição de composteiras no Programa de Compostagem Caseira .. 227 Quadro 34 Pontuação para

335

Quadro 45 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Qualificação do Programa de Coleta Seletiva, com ampliação da coleta porta-a-porta e da rede de Pontos de Apoio”.

Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referência Conceituação/ Situação

Melhorias da qualidade dos TA serviços e adequações às políticas

Elaboração do Plano de Coleta Seletiva do Município estaduais e nacionais de resíduos

estabelecendo diretrizes e metas de ampliação a partir sólidos PA da realização de estudos de geração de materiais

recicláveis por região e levantamento de catadores Construção de indicadores

Qualificação do

específicos para o Programa de NA Coleta Seletiva

Programa de

TA Coleta Seletiva,

Requalificação dos Pontos de Apoio para o recebimento

Pontos de Apoio reestruturados PA com ampliação da de materiais recicláveis coleta porta-a-

NA porta e da rede de

TA Pontos de Apoio Aumento da quantidade de Pontos

Ampliação do número de Pontos de Apoio no Município

de Apoio PA

NA Inclusão dos catadores de materiais recicláveis não Criação de cadastro de catadores TA

organizados, em cooperativas de triagem e e formalização de cooperativas PA comercialização de resíduos com treinamento e capacitação

NA

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336

Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referência Conceituação/ Situação

Promoção do dialogo e incentivo para a organização de TA Incubação das cooperativas PA catadores visando sua autonomia funcional e econômica NA

Implantação do projeto de ampliação da coleta seletiva Programa de Coleta Seletiva TA

Qualificação do de Materiais recicláveis com a inclusão progressiva de ampliado gradualmente para todo PA Programa de novos bairros e regiões. o Município NA Coleta Seletiva, Acompanhamento da implantação TA com ampliação da

da Central e atendimento às metas

PA coleta porta-a- Implantar de nova Central de Triagem de recuperação de materiais porta e da rede de

NA recicláveis Pontos de Apoio

Plano de Gerenciamento dos TA

Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos órgãos públicos elaborados PA dos órgãos e departamentos geradores de resíduos

secos da municipalidade Encaminhamento dos materiais NA recicláveis para as cooperativas

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Quadro 46 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Requalificação da Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos, com a reorganização da coleta da fração orgânica de fontes limpas e implantação do Programa de

Compostagem Caseira”

Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referência Conceituação Situação

Disciplinamento dos procedimentos de Normas e regras estabelecidas TA segregação nas feiras, varejões e entrepostos para a coleta diferenciada de PA para a implantação da coleta diferenciada de resíduos orgânicos nesses

resíduos orgânicos geradores NA

Requalificação da Unidade Implantação do Programa Feira Limpa, com o Coleta diferenciada da fração

TA

de Tratamento de PA acondicionamento diferenciado dos resíduos Resíduos Orgânicos, com orgânica gerada nas Feiras livres orgânicos

NA a reorganização da coleta

da fração orgânica de

Implantação de coleta de resíduos orgânicos Normas e regras estabelecidas TA fontes limpas e

para a coleta diferenciada de

limpos oriundos de grandes geradores PA implantação do Programa

(shoppings, centros comerciais, entre outros) resíduos orgânicos nesses de Compostagem Caseira geradores NA

Promoção de melhorias da unidade de TA

tratamento para processamento da fração Reestruturação e modernização da PA orgânica de fonte limpas com modernização do Unidade

sistema NA

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338

Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referência Conceituação Situação

TA

Elaboração do Programa de Compostagem

Programa elaborado PA

Requalificação da Unidade

Caseira

NA de Tratamento de

Resíduos Orgânicos, com Implantação do Programa de Compostagem Programa implantado TA a reorganização da coleta

Caseira, com distribuição de composteiras à

PA da fração orgânica de

população e articulação com os programas de Aplicação de indicadores de

fontes limpas e

NA educação ambiental efetividade do programa implantação do Programa

TA de Compostagem Caseira Desenvolvimento de estudos para a implantação

PA de novas tecnologias de tratamento da fração Estudos realizados

orgânica de resíduos NA

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Quadro 47 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Requalificação do sistema de valorização de Resíduos da Construção Civil (RCC) por meio de melhorias na Usina de Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil”

Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referência Conceituação Situação

Mapeamento georreferenciado dos pontos de TA

Georrefenciamento e mapeamento

PA descarte Irregular existentes na área do

Município realizado

NA

Intensificação da fiscalização de despejo TA

Requalificação do sistema irregular de entulhos em áreas públicas e Diminuição dos pontos de despejo PA de valorização de privadas estabelecendo penalizações aos irregular no Município

Resíduos da Construção infratores NA Civil (RCC) por meio de

TA melhorias na Usina de Ampliação da cobertura dos Pontos de Apoio no Implantação de novos Pontos de

Beneficiamento de

Resíduos da Construção Município para a entrega de materiais inservíveis Apoio PA 3

Civil e entulho em pequenas quantidades (até 1 m ) NA

TA

Ampliar a Área de Transbordo e Triagem – ATT Área de Transbordo e Triagem PA existente no Município. ampliada

NA

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Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referência Conceituação Situação

Ampliar a cobertura com a instalação de 05

Aumento da quantidade de TA

PA materiais recebidos nos Pontos de Pontos de Apoio de recepção de resíduos. Apoio NA

Disciplinamento e capacitação dos operadores TA

dos Pontos de Apoio para orientação da Capacitação dos operadores dos

PA população no descarte dos resíduos e para sua Pontos de Apoio realizada

Requalificação do sistema separação prévia NA

de valorização de

Finalização dos estudos geológicos na Área de

TA Resíduos da Construção

Transbordo e Triagem para embasamento do Processo de licenciamento da ATT

PA Civil (RCC) por meio de

melhorias na Usina de

processo de licenciamento ambiental para a finalizado

NA implantação do aterro de inertes

Beneficiamento de

Resíduos da Construção

Uniformização dos procedimentos quanto à

TA Civil

Procedimentos elaborados para a

gestão de resíduos da construção civil em obras PA municipais gestão de RCC em obras públicas NA

Reestruturação e modernização da Usina de Capacidade instalada da usina

TA

Beneficiamento de Resíduos da Construção PA

Civil,ampliandosuacapacidadepara ampliada

NA

beneficiamento de 1000 toneladas/dia de RCC

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Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referência Conceituação Situação

Criação de regulamentação municipal para TA apresentação do Plano de Gerenciamento de

RCC ao sistema para Gestão Sustentável de Regulamentação criada PA Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos, acompanhado do relatório do NA monitoramento do fluxo dos RCC gerados

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Quadro 48 Indicadores de acompanhamento do atendimento da diretriz “Implantação de Programa de Informação e Educação Ambiental e Controle Social“ Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referências Conceituação/ Situação

Integração das secretarias/departamentos quanto à

Criação de grupo institucional para TA promoção de ações/atividades de

PA responsabilidade na implementação e promoção da educação ambiental, inclusive

educação ambiental permanente no Município

NA internamente à Prefeitura Municipal

Elaboração de Programa de Informação e Educação Ambiental permanente com ênfase no consumo TA consciente, reutilização, reciclagem e destinação

Implantação de adequada dos resíduos voltados à professores de Programa de escolas públicas nível infantil e fundamental I e II Informação e

PA

Educação Utilização de instrumentos de educação ambiental e de Produção de material orientativo e

Ambiental e comunicação para fortalecimento do controle e a realização de eventos para toda a Controle Social efetiva participação social na tomada de decisões por população, incluindo crianças e parte do Poder Público, permitindo a participação da jovens em idade escolar população na avaliação e gestão do sistema de limpeza pública

Elaboração e implementação do Programa de Educação Ambiental voltado à capacitação e orientação da população para implantação de NA compostagem caseira

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Indicadores para acompanhamento Diretriz Ações Referências Conceituação/ Situação

TA Revisão do Plano de Gestão Integrada de Resíduos no Plano revisto no prazo máximo

PA Implantação de prazo máximo de 04 (quatro) anos. estipulado

Programa de NA Informação e

Valorização por meio de incentivos fiscais, econômicos

TA Educação ou por selos de qualificação a aplicação da Politica Criação de selo verde ou outros

Ambiental e

Municipal de Educação Ambiental voltada à redução da instrumentos de “certificação” de

PA Controle Social geração de resíduos e ao exercício pleno da cidadania ações e práticas sustentáveis em

quanto à participação dos programas de coleta seletiva relação aos resíduos NA e de reaproveitamento de resíduos

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9 DIRETRIZES PARA O PLANO DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

Neste capítulo é apresentado o Plano de Emergências e Contingências para

compor o Plano de Gestão Integrada de Resíduos do Município de São José

do Rio Preto. As diretrizes apresentadas trazem uma série de ações

preventivas e corretivas em casos de situações anormais que possam causar

problemas na prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos, ou que possam colocar em risco ambiental ou de saúde pública a

população do Município. O plano para contingências e ações emergenciais leva em consideração a

estrutura territorial do Município de São José do Rio Preto e suas

características específicas compostas por suas ferrovias, rodovias e por um

Parque Setorial, em processo de implantação (Parque Setorial São José do Rio

Preto). O presente capítulo é estruturado em objetivos, diretrizes e medidas

preventivas e de mitigação de caráter geral para contingência no caso de

situações de emergência que afetam direta ou indiretamente a questão da

limpeza urbana e manejo de resíduos. Complementarmente, é apresentada neste capitulo, a proposição de um estudo

especial para o Sistema de Captação junto a ETA Palácio das Águas - Estudo

de Análise de Riscos, Programa de Gerenciamento de Riscos e Plano de

Contingência Específico do Sistema de Captação de Água junto à ETA Palácio

das Águas devido à situações de risco potencial ao sistema de captação de

água na ocorrência de acidentes envolvendo resíduos, especialmente os

perigosos.

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OBJETIVOS

O Plano de Emergências e Contingências tem por objetivo geral o

estabelecimento de diretrizes e estratégias de prevenção, controle e mitigação

de riscos a saúde pública e ao meio ambiente de ocorrências e eventos

extraordinários que afetem os serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos. Quanto aos objetivos específicos, destacam-se: o Mapeamento potencial de eventos extraordinários relacionados aos resíduos sólidos com riscos de contaminação à saúde e ao ambiente, e a definição de diretrizes e procedimentos básicos em tais contingências. o Indicação de procedimentos gerais, ações e medidas de controle, para a

prevenção, controle e mitigação de eventuais situações de riscos e/ou interrupções e perturbações do sistema de coleta e dos serviços de manejo de resíduos sólidos no Município. 9.1 Diretrizes para o Plano para Contingências e Ações de Emergências O sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos é composto por

serviços considerados essenciais para a garantia da salubridade ambiental e

qualidade de vida dos indivíduos, pois minimiza os riscos à saúde pública, bem

como os problemas com enchentes e assoreamentos de rios e a poluição

ambiental de um modo geral. Observado o caráter essencial destes serviços,

devem ser planejadas as ações e medidas para contingências e emergências.

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O Plano de emergências e contingências para os serviços de limpeza pública e

manejo de resíduos sólidos deve prever medidas considerando prioritariamente

três situações: a) Acidentes e ocorrências de eventos excepcionais envolvendo derrames ou

situações de riscos relacionados aos resíduos sólidos; b) Acidentes e ocorrências de eventos excepcionais que provoquem

interrupções ou alterações na execução rotineira dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos; c) Desastres naturais.

Situações de acidentes e ocorrências de eventos excepcionais envolvendo derrames ou situações de riscos relacionados aos resíduos sólidos Considerando possíveis acidentes e acontecimentos que coloquem em risco a

saúde e o ambiente, e mesmo a interrupções ou alterações na realização com

regularidade dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no

Município de São José do Rio Preto, este documento define as diretrizes para

as medidas e procedimentos visando mitigar tais situações e seus impactos

sobre o sistema de limpeza pública, coleta, tratamento e disposição final dos

resíduos sólidos. No caso de situações emergenciais e de contingência relacionadas aos

resíduos, são apresentadas no diagrama a seguir as ações iniciais a serem

adotadas. A aplicação destas ações deverá orientar a adoção dos

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procedimentos posteriores, adequados às especificidades da ocorrência

observada. Figura 58 Ações iniciais para o manejo adequado de resíduos em situações de emergência e contingência Fonte: Organizacion Panamericana de La Salud. Gestion de resíduos sólidos em situaciones de desastre. Serie salud ambiental y desastres (2003) No item a seguir, são detalhadas as diversas situações que podem acarretar a

interrupção total ou parcial dos serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos, examinando seus riscos e impactos previstos. Situações de acidentes e ocorrências de eventos excepcionais que provoquem interrupções ou alterações na execução rotineira dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos A irregularidade ou descontinuidade dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos conforma risco à população atendida, incluindo sérios

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agravos à saúde pública. Portanto, é fundamental que o planejamento

operacional desses serviços contemple um plano de contingência, capaz de

garantir a regularidade e a efetividade mesmo em situações de adversidade,

com o objetivo de prevenir e evitar os riscos já mencionados. O estabelecimento de medidas para o atendimento às contingências e

ocorrências de eventos excepcionais é proposto com base em um

levantamento prévio de situações e das ações correspondentes a serem

adotadas. Estes levantamentos, apresentados no Quadro 49 a seguir, devem

nortear as ações dos gestores municipais e órgãos da defesa civil. Quadro 49 Levantamentos previstos para o Plano de Contingências e Emergências

Dimensões de Ações

análise

Mapeamento de áreas de riscos e estimativa do tamanho da população sob risco e sua distribuição por área geográfica

Condições Avaliação das condições dos sistemas de transporte (rede viária, aérea, fluvial e ferroviária) e telecomunicações ambientais

Avaliação da capacidade instalada de serviços de saúde para atendimento das vítimas imediatas e das pessoas que deverão procurar assistência médica durante e após a ausência de serviços de limpeza pública

Levantamento de áreas com histórico anterior de Condições

desabamentos/enchentes

Mapeamento das populações que vivem próximas a cursos socioambientais d’água Mapeamento de risco social, quando disponível

Levantamento de situações e pontos críticos referentes a Gestão e manejo de acidentes e vazamentos ou disposição de resíduos perigosos

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Dimensões de

Ações análise

resíduos Mapeamento de situações de fragilidade, e planos de

sólidos possíveis ações emergenciais e de contingência e no transporte e disposição de resíduos sólidos domiciliares e de varrição e resíduos industriais

Identificação de áreas com baixa cobertura de coleta ou com estrutura de limpeza pública (sistema de coleta) ausente;

Identificação de sistemas de disposição final de resíduos urbanos (lixão, aterros, áreas de transbordo) que possam acarretar riscos químicos e biológicos;

Identificação de áreas potenciais para proliferação de vetores e abrigos de animais peçonhentos, e associação com os mapeamentos de riscos existentes.

Os levantamentos das condições ambientais das áreas afetadas, dos riscos

socioambientais e dos riscos associados aos resíduos sólidos devem ser

elaborados viabilizando assim um planejamento detalhado, com o objetivo de

subsidiar e orientar a tomada de decisões e ações emergenciais, em caso de

interrupção dos serviços por algum dos motivos apresentados anteriormente. A continuidade e regularidade da limpeza pública, coleta, transporte e

disposição dos resíduos, como qualquer atividade humana, é diretamente

condicionada por ocorrências climáticas e ambientais. Além dessas ocorrências

e fenômenos naturais, podem ser somados fatores sociais e operacionais

inerentes à natureza destes serviços. No Quadro 50 a seguir, constam as principais ações de emergência e

contingência a serem implementadas em caráter preventivo:

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Quadro 50 Principais ações preventivas de emergência e contingência

Paralisação no sistema de limpeza pública, coleta

Ocorrência

de resíduos domiciliares, coleta seletiva,

transporte de resíduos, tratamento e disposição

final

Origem Ações

Fatores climáticos e Diagnóstico com mapeamento de áreas de riscos e planos dos organismos de defesa civil

ambientais

(inundações, Levantamentos de rotas alternativas de transporte interdições de estradas

Levantamento de locais para disposição provisória e

e vias de transporte) emergencial de resíduos

Programas de revisão e manutenção preventiva de frotas e equipamentos

Avaliação constante dos indicadores operacionais dos Aspectos operacionais equipamentos (acidentes em vias

Disponibilização de unidades reserva

públicas, ferrovias e estradas, avarias de

Ações de contingência para os serviços de coleta em

equipamentos, greves prolongadas) períodos festivos ou em eventos públicos esportivos,

culturais e artísticos

Levantamento e cadastramento de outras empresas para a contratação emergencial

Medidas para situações de acidentes e/ou ocorrências causadas por desastres naturais

Além da interrupção dos serviços causada por intercorrências de ordem

operacional vinculada a eventos excepcionais envolvendo derrames ou

situações de riscos relacionados aos resíduos sólidos, os desastres naturais

conformam outro fator de risco considerável, tendo em vista que eventos desta

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natureza frequentemente impossibilitam a continuidade das operações, muitas

vezes chegando a isolar partes do Município, inviabilizando a atividade dos

agentes executores e tornando inacessível a infraestrutura disponível, muitas

vezes por intervalos consideráveis de tempo. O manual publicado pela Organizacion Panamericana de La Salud (OPAS),

intitulado “Gestión de resíduos sólidos em situaciones de desastre”, aponta que

“ainda que não foram realizados estudos específicos a respeito da geração de

resíduos sólidos domésticos em situações de desastre, pode ser prevista uma

grande variação em sua composição e quantidade de acordo com a localidade,

a rapidez da resposta, os usos e costumes locais e o tipo de desastre ocorrido”. O estudo aponta ainda que “em geral, [...] são aumentados os restos de

embalagens, provenientes da ajuda externa”. Deste modo, em face de

impossibilidade da prestação do serviço no formato usual, são indicadas

algumas medidas específicas para o controle da situação até a sua

normalização. Armazenamento dos resíduos no local de geração: devem ser empregados

recipientes de plástico ou metal, devidamente selados e situados em

plataforma elevada, evitando assim o acesso de insetos, roedores e outros

animais. Os recipientes devem ter capacidade suficiente para comportar a

geração de quatro dias de resíduos e serem facilmente manipuláveis por duas

pessoas. A população atendida deverá empregar sacos plásticos para a

entrega dos resíduos gerados, facilitando o esvaziamento dos recipientes,

evitando assim, os riscos associados à saúde pública. Coleta e transporte emergencial: em um evento de desastre natural, as vias

podem encontrar-se obstruídas, a equipe responsável pela coleta regular pode

sofrer desfalques ou ter seus esforços direcionados à remoção de escombros,

distribuição de alimentos ou outros. Frente à ausência destes profissionais, as

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equipes de defesa civil podem organizar grupos voluntários para a limpeza das

áreas e para o manejo dos resíduos até o local de destinação de resíduos

sólidos definido. Antes, deve ser avaliada a quantidade de resíduos a ser

coletada, os equipamentos em funcionamento e as técnicas disponíveis e

adequadas à situação para a destinação final, objetivando minimizar possíveis

impactos. A coleta poderá ser realizada com o apoio de diversos veículos,

devendo a frequência e as rotas estabelecidas serem divulgadas à população

atendida. Tratamento e Disposição final: em caso de situações de desastres ambientais,

como alternativas para a disposição final, o referido manual aponta a

necessidade do estabelecimento prévio de áreas favoráveis à disposição de

resíduos em caráter emergencial, identificadas nos levantamentos apontados.

A operação destes locais de disposição provisória deverá observar as normas

vigentes para este tipo de empreendimento e evitar que o local se torne um

aterro utilizado permanentemente. De acordo com o manual da OPAS (2003) nos casos em que não existam

áreas ou transportes disponíveis, e o volume de resíduos seja menor, estes

devem ser enterrados em valas, de aproximadamente 1,5 m a 2,0 m de

profundidade por 1,4 m de largura, adotando o referencial aproximado de 1,00

metro para cada 200 pessoas. As valas deverão ser recobertas com terra

compactada, atingindo 40 cm de altura. Podem ser empregados, igualmente para populações pequenas, mini-

incineradores artesanais feitos a partir de barris de metal. Para a incineração,

devem ser separados os resíduos perigosos tais como aerossóis, solventes e

fixadores. As cinzas geradas no processo devem ser enterradas em cavas de

disposição, conforme descrição acima (OPAS, 2003).

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À medida que a situação avance para a normalização, são sugeridas pequenas

unidades caseiras de compostagem, de tamanho compatível com a quantidade

de resíduos orgânicos gerados observando integralmente os critérios de

higiene e segurança para o manejo adequado. O composto produzido nestas

pequenas unidades de compostagem deverá ser empregado na recuperação

das áreas verdes do Município, afetadas pelo desastre ambiental. Por fim, no caso da inacessibilidade completa das medidas descritas, deve se

proceder à disposição ao ar livre. Cabe salientar que esta é a alternativa menos

indicada por oferecer riscos diretos à saúde e ao ambiente e somente deverá

ser empregada em caso de extrema urgência. Sob supervisão direta de um

profissional da área, os resíduos deverão ser transportados para uma parte

mais baixa do terreno, sendo posteriormente queimados, compactados e

enterrados. Resíduos Gerados em Acidentes e Desastres Além dos resíduos sólidos urbanos, desastres e ocorrências podem gerar uma

grande quantidade de resíduos da construção e demolição provenientes dos

escombros das construções afetadas. As etapas para o gerenciamento adequado desses resíduos originados nessas

situações são apresentadas no Quadro 51 a seguir: Quadro 51 Etapas para o gerenciamento de resíduos originados de escombros 1. Verificação do volume e caracterização dos resíduos

Reuniões com os agentes locais e especialistas

Análise do volume dos resíduos

Definição do volume de resíduos que será transportada

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Desenvolvimento do plano de operação da remoção e transporte

2. Programa de reuso e reciclagem

Avaliação do potencial de reuso e reciclagem e desenvolvimento do programa

Análise da viabilidade econômica do reuso e reciclagem em relação aos custos com aterramento

3. Disposição Final

Avaliação dos aterros de inertes existentes

Seleção dos aterros de inertes para disposição dos resíduos

Estabelecimento de metodologia para a indicação de áreas favoráveis a disposição

Estudos de viabilidade da operação dos novos aterros e seleção final do destino dos resíduos

Fonte: Organizacion Panamericana de La Salud. Gestion de resíduos sólidos em situaciones de desastre. Serie salud ambiental y desastres.

Em situações de desastre, os resíduos gerados apresentam composição

diversa de acordo com a causa apresentada. O Quadro 52 a seguir, adaptado

do Manual da Organizacion Panamericana de La Salud (OPAS, 2003),

descreve a composição de resíduos que pode ser gerada em relação aos

danos e impactos ocorridos. Quadro 52 Principais danos e resíduos gerados por acidentes naturais

Acidente

Dano

Resíduos Gerados

Impactos Secundários

Sem vento: danos a árvores, arbustos e a Metal, ladrilhos, Incêndios vegetação. concreto, árvores Problemas de

florestais

caídas, madeira,

Erosão Com vento: aumento da

plásticos propagação, danos a árvores e a vegetação de

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355

Acidente

Dano

Resíduos Gerados

Impactos Secundários

um modo geral. Danos a construções e veículos.

Inundações,

Danos aos domicílios: Árvores caídas,

piso, partes da estrutura, rompimento mobiliário. madeira de Novos de diques, construções, restos

deslizamentos enxurradas e Depósito de sedimentos de móveis e de deslizamento transportados pela água, eletrodomésticos, de solo

de encostas entulho, solo, rochas e resíduos sólidos resíduos sólidos diversos. diversos Fonte: Adaptado de Organizacion Panamericana de La Salud. Gestion de resíduos sólidos em situaciones de desastre. Serie salud ambiental y desastres (OPAS, 2003).

Para as dimensões, ações e situações mapeadas devem ser estabelecidos

procedimentos padrões, considerando orientações e treinamento técnico, tendo

em vista as possíveis ocorrências e suas consequências mapeáveis. Os técnicos e coordenadores das equipes de atendimento a estas situações

devem ter atenção especial à disponibilização de equipamentos de higiene e

segurança para a população afetada. Entre os procedimentos fundamentais

nestas situações estão a comunicação rápida e direta aos órgãos específicos

de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e órgãos ambientais e a comunicação

social com o objetivo de fornecer orientação rápida e segura à população. Além das orientações relacionadas especificamente aos resíduos sólidos,

devem ser considerados os planos já existentes no Município de São José do

Rio Preto voltados à contenção de anormalidades diversas.

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9.2 Proposição de Estudo de Análise de Riscos - Programa de Gerenciamento de Riscos e Plano de Contingência Específico do Sistema de Captação de Água junto à ETA Palácio das Águas O Município de São José do Rio Preto se insere na Sub-Bacia do Rio Preto

(Sub-Bacia 7), pertencente à Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo e Grande –

Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Turvo-Grande (UGRHI -

15), definida pela Bacia do Rio Turvo e seus tributários, e os terrenos drenados

diretamente para o Rio Grande, entre a Usina de Marimbondo e o divisor de

águas de sua margem esquerda, onde as águas se encontram com as águas

do Rio Paranaíba. A UGRHI 15 limita-se a norte com o Estado de Minas Gerais

pelo Rio Grande, a leste com a Bacia do Baixo Pardo-Grande, a sudeste com a

Bacia do Rio Mogi-Guaçu, e sul com as bacias Tietê-Batalha e São José dos

Dourados. Os afluentes do Rio Preto são os córregos do Macaco, da Boa Esperança, da

Lagoa, da Canela, do Moraes, do Borá, da Piedade, da Felicidade, da Mistura,

São Pedro, do Barreiro, do Talhado, do Talhadinho e da Estiva. A cidade de

São José do Rio Preto conta, ainda, com três lagos artificiais, para o

abastecimento público, formados ao longo do Rio Preto, desde o limite da área

urbana até o centro da cidade. Cerca de 26% do abastecimento de São José do Rio Preto são provenientes

da Represa Municipal, sendo captado e tratado na Estação de Tratamento de

Água (ETA), e destinado para a região central e para os bairros Boa Vista,

Maceno, Anchieta, Ipiranga, Santa Cruz, Redentora, Vila Imperial e Alto Rio

Preto.

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Devido a essa especial situação quanto aos mananciais existentes no

Município e a fragilidade desses sistemas em casos de acidentes que

envolvam a questão dos resíduos sólidos e as consequências para o

abastecimento de água da população, é fundamental que se estabeleça um

Plano Específico para o Sistema de Captação de Água junto à ETA – Palácio

das Águas, inserido no Plano de Emergências e Contingências, considerando

as especificações voltadas a elaboração do Estudo de Análise de Riscos. O Estudo de Análise de Risco proposto é baseado em técnicas de identificação

de perigos, estimativa de frequências e consequências, análise de

vulnerabilidade e na estimativa do risco, voltado para acidentes envolvendo o

derramamento acidental de produtos como hidrocarbonetos, de forma a

gerenciar os riscos identificados. Formalmente, o risco tratado dentro da visão mencionada é definido como a

combinação entre a frequência de ocorrência de um acidente e a sua

consequência. A adequada composição destes fatores possibilita estimar os

riscos derivados de acidentes, sendo o estudo de análise de risco a ferramenta

utilizada para esse fim. Trata da poluição ambiental aguda decorrente de

eventuais incidentes envolvendo o derramamento de produtos em rodovias,

ferrovias e dutovias presentes na região, e que de alguma forma, possa vir a

alcançar os mananciais públicos da cidade, comprometendo o abastecimento. Os resultados do Estudo de Análise de Risco deverão ser utilizados para

embasar e subsidiar a elaboração, tanto do Programa de Gerenciamento de

Riscos como do Plano de Contingência Específico, ambos aplicados no

controle/combate de incidentes de poluição aguda do solo e águas superficiais

gerados por vazamentos/derrames de produtos perigosos nos modais

rodoviário, ferroviário e dutoviário, considerando:

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o Produtos Perigosos Contemplados o Descrição da Região e dos Empreendimentos o Características Ambientais o Meio Antrópico o Meio Físico: Topografia, Geomorfologia, Climatologia e Hidrografia o Recursos Naturais o Descrição dos Empreendimentos: Rodovias, Ferrovias, Dutovias o Cenários Acidentais o Riscos Químicos o Identificação de Perigos o APP – Análise Preliminar de Perigos o Análise Crítica de Perigos e Riscos o Alcance e Severidade dos Cenários Acidentais Relevantes o Pontos Vulneráveis, Captações e Tempos de Trânsito O Programa de Gerenciamento de Riscos deverá propor medidas genéricas

voltadas à minimização de impactos ambientais e danos à saúde humana, seja

por meio da redução da probabilidade da ocorrência de incidentes químicos

nas rodovias, ferrovias e dutovias presentes na área de estudo, e/ou limitando

o alcance e a severidade das consequências associadas aos cenários

acidentais identificados/considerados no Estudo de Análise de Riscos. É o

processo que visa, em última instância, mitigar os riscos e minimizar os

impactos causados quando da ocorrência de episódios críticos de poluição

ambiental. O Programa de Gerenciamento de Riscos é definido como a formulação, a

proposição e a implantação de medidas estruturais ou não, bem como de

procedimentos técnicos e administrativos voltados à redução e ao controle dos

riscos em processos e/ou instalações, determinando para cada

empreendimento estudado os padrões de segurança requeridos caso a caso.

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A consolidação do Plano de Contingência Específico é a última etapa do

Estudo de Análise de Risco e que, embora tendo definições variadas, pode-se

dizer que se trata de um instrumento prático cujas principais finalidades são

estabelecer atribuições e responsabilidades, organizar os procedimentos e

ações de resposta, gerenciar e otimizar a utilização dos recursos humanos e

materiais dedicados ao combate/controle dos efeitos adversos gerados pela

ocorrência de incidentes de qualquer natureza. Em suma, o Plano de

Contingência deverá propor as diretrizes gerais de desenvolvimento,

implantação e organização da infraestrutura e logística básica, bem como da

estrutura organizacional de resposta, de acordo com os objetivos do plano,

cenários acidentais contemplados e atribuições legais de cada ator envolvido.

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10 MODELO INSTITUCIONAL PARA CONTROLE, REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS

SERVIÇOS

Esse capítulo apresenta as diretrizes de definição do modelo institucional para

controle, regulação, fiscalização e gerenciamento dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos. Apresenta os estudos de possíveis

arranjos institucionais para a prestação desses serviços assim como aponta os

principais instrumentos de regulação para o Município. 10.1 Definições a serem consideradas no Estudo de Modelo Institucional Embora o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, ora apresentado,

traga um capítulo específico de definições relacionadas ao sistema de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos, cabe destacar algumas das definições

mais relevantes para o estudo de modelo institucional, conforme apresentado: o Prestação de serviço público: a execução de toda e qualquer atividade

prevista na regulação com o objetivo de permitir aos usuários o acesso a um serviço com características e padrões de qualidade determinados, excluída a atividade de operação comercial para efetuar a cobrança aos usuários dos preços públicos e tarifas; o Prestador de serviço público: aquele ao qual incumbe a responsabilidade de

prestar ou colocar à disposição o serviço público, em estrita obediência ao previsto em sua regulação, seja diretamente, quando titular do serviço público, seja por via indireta, detendo ou não os poderes para explorar o serviço;

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o Ente regulador: aquele que tem delegação e competência para editar

normas, regulamentos ou gerir contratos com o objetivo de estabelecer a regulação do serviço, bem como gerir fundo especial destinado a custear e financiar ações em saneamento. o Exploração do serviço público: a atividade de, por sua conta e risco, prover

os meios necessários à prestação ou disponibilização de um serviço público, na forma prevista na regulação, por meio da prestação do serviço e da operação comercial para efetuar a cobrança aos usuários dos preços e tarifas. o Serviço público adequado: aquele que atende a todas as exigências da regulação. o Fiscalização do serviço público: a atividade exercida pelo titular do serviço público, pelo ente regulador e pelos usuários, no sentido de garantir a adequada prestação ou disponibilização do serviço público. o Prover o serviço público: a responsabilidade de garantir ao usuário que o

serviço público será prestado de forma adequada, por meio do exercício das atividades de regulação, fiscalização e exploração do serviço, podendo somente esta última ser cometida à terceiros por meio de delegação. o Prestação direta do serviço público: a prestação ou exploração do serviço público pela própria pessoa jurídica titular do serviço. o Prestação indireta do serviço público: a prestação ou exploração do serviço público por quem não detém sua titularidade, seja pessoa jurídica integrante da Administração Indireta do titular, seja por terceiros.

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o Titular do serviço público: ente federativo que é o provedor do serviço público tenha ou não cometido a terceiros sua prestação ou exploração. 10.2 Preceitos legais

O arranjo institucional atual para os serviços públicos de saneamento básico é

definido por um aparato legal composto pela Constituição Federal (nos seus

artigos 30, 175 e 241), pela Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445,

de 5 de janeiro de 2007); pelos instrumentos para a cooperação entre entes

federativos instituídos pela Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005 e seu decreto

regulamentador nº 6.017/2007 e, finalmente, pela mais recente lei de resíduos

sólidos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). O artigo 241 da Constituição facultou à União, Estados, Distrito Federal e aos

Municípios um novo regime de prestação de serviços públicos, a gestão

associada de serviços públicos, por meio da constituição de consórcios

públicos e convênios de cooperação entre os entes federados. A gestão

associada de serviços públicos foi regulamentada pela Lei nº 11.107 de 6 de

abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a

realização de objetivos de interesse comum. O Decreto nº 6.017, de 17 de

Janeiro de 2007, estabeleceu normas para a execução dessa Lei. No artigo 9º, inciso II, a Lei nº 11.445/2007 define que o município, como titular

dos serviços deve “prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e

definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os

procedimentos de sua atuação”. O artigo 11º, inciso III, define como condição

de validade dos contratos que tenham como objeto a prestação de serviços

públicos de saneamento básico “a existência de normas de regulação que

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prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta lei, incluindo a

designação da entidade de regulação e de fiscalização”. A Lei nº 12.305 de agosto de 2010, no capítulo I, artigo 10 “incumbe ao Distrito

Federal e aos Municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos

respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e

fiscalização dos órgãos federais e estaduais ....”. Em seu artigo 11 é definido como diretriz: “promover a integração da

organização, do planejamento e da execução das funções públicas de

interesse comum relacionadas a gestão dos resíduos sólidos nas regiões

metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos da lei

complementar estadual prevista no § 3º do art. 25 da Constituição Federal”. CONSÓRCIOS PÚBLICOS O consórcio público é uma forma de associação e de coordenação entre entes

federativos para a gestão de serviços públicos. A Lei nº 12.305 de 2010, no

artigo 45 estabelece o incentivo aos consórcios estabelecendo a prioridade na

obtenção dos incentivos instituídos pelas leis orçamentárias anuais. O consórcio público poderá ser constituir em uma autarquia interfederativa,

regido pelos preceitos da Administração Pública e integrante da administração

indireta de todos os entes da Federação que permite novos arranjos

institucionais e organizacionais para a gestão dos serviços de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos. O consórcio institucionaliza a cooperação entre municípios (e eventualmente

o Estado), proporcionando que os municípios (e o Estado) compartilhem o

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poder decisório; fortalece a contratualização entre os entes consorciados;

formaliza as contribuições financeiras e as responsabilidades assumidas (contrato de rateio) e traz maior segurança jurídica ao acordo de cooperação

federativa. Além desses aspectos permite alcançar escala e viabilidade

econômico-financeira para a prestação dos serviços, especialmente para os

municípios de menor porte e em funções como planejamento, regulação e

fiscalização. GESTÃO ASSOCIADA A gestão associada é uma forma de cooperação entre diferentes entes

federativos, inclusive esferas diferentes, como a cooperação entre municípios

ou entre municípios e estado, para desempenho de funções ou serviços

públicos de interesse comum dos entes. A gestão associada deve ser

estabelecida em instrumento jurídico com determinação das bases de

relacionamento, consórcios públicos e convênios de cooperação. O convênio

de cooperação definida na Lei Federal n° 11.107 – Lei de Consórcios Públicos

- para sua aplicação, precisa estar amparado por lei de cada um dos

conveniados. 10.3 Arranjos e modelos institucionais

Com base nos preceitos legais e diretrizes apontadas pela legislação setorial

abordada acima, cabe ao Município de São José do Rio Preto definir o modelo

entre as diversas alternativas possíveis desses arranjos.

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A Figura 59 apresenta as possibilidades de arranjos institucionais e de

contratação direta, indireta e consorciada para a prestação dos serviços de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Figura 59 Arranjos institucionais para a contratação da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Ressalta-se que qualquer que seja o arranjo institucional e a forma de

contratação dos serviços (direta, indireta ou por gestão associada) que o

Município opte, a Lei nº 11.445/07 determina que a operação dos serviços

públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos deverá ser baseada

no planejamento, sendo esta condição necessária para a validade de contratos

de prestação desses serviços públicos.

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PLANEJAMENTO

O planejamento dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos,

nos aspectos institucionais e econômicos, especificamente definidos no Plano

Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, é condição necessária

para a validade dos contratos que tenham como objeto a prestação desses

serviços. Em consonância com as Leis Federais nº 11.445/2007 e nº 12.305/2010 e a

partir da promulgação do Plano Municipal da Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos, o Município institui as bases técnicas e as diretrizes que orientará os

parâmetros para a estruturação do modelo institucional. Com base nessas

premissas cabe a este Plano o estudo do modelo institucional e arranjos de

contratação dos serviços. CONTROLE SOCIAL O controle social na estruturação, planejamento, controle e fiscalização dos

serviços de limpeza pública é um novo instrumento definido pelas atuais

legislações. A participação da população de forma direta em canais específicos

ou por meio de instrumentos de participação da sociedade, tais como

conselhos participativos, são fundamentais no redesenho do modelo

institucional de controle e fiscalização dos serviços. De forma direta o controle social tem como canais os serviços de atendimento

ao cliente, as pesquisas de opinião e outros instrumentos de participação

direta. Outros instrumentos de controle social são os conselhos participativos

regionais e/ou comunitários, como por exemplo o COMDEMA (Conselho

Municipal de Defesa do Meio Ambiente) de São José do Rio Preto.

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Tais instâncias regionais devem também formular ações e estratégias

específicas para suas áreas de atuação, buscando maior alcance entre a

população. Essas ferramentas devem incentivar a população a se reconhecer

como atores corresponsáveis pelas alterações ambientais, e a maior

participação desta diante de tais problemas. A participação de ONGs e organizações comunitárias como associações de

bairros e de moradores é fundamental para a construção dessas ações

localizadas e descentralizadas. As organizações devem dialogar com o

COMDEMA e realizar ações não formais, envolvendo as mais diversas faixas

etárias e grupos sociais com o objetivo de informar a população sobre o meio

ambiente e sua relação antrópica e formar cidadãos com maior

comprometimento pela defesa à vida e ao ambiente. REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS Cabe ao Município, segundo a Lei nº 11.445/2007, definir os órgãos

responsáveis por cada um dos serviços, o ente regulatório, bem como os

procedimentos de sua atuação. Os órgãos públicos responsáveis pelos

serviços devem editar normas relativas às dimensões técnica, econômica e

social da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos. Entre outras palavras, deve estabelecer padrões e normas para que os

serviços alcancem de forma eficiente as diretrizes e objetivos fixados. A regulação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

poderá ser delegada pelo Município a qualquer entidade reguladora constituída

dentro dos limites do Estado de São Paulo. O Município de São José do Rio

Preto, na Conferência Municipal de Saneamento, realizada em 2014, definiu

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por instituir a regulação por órgão especifico nos termos definidos na Lei

Federal nº 11.445/07. FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS As normas estabelecidas pelo Município devem estar em consonância com a

Legislação Federal, Estadual, a Legislação Mandatária do Município na forma

da Lei Orgânica, nas diretrizes do Plano de Bacias Hidrográficas, no Plano

Diretor do Município e as apresentadas por este Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos. Deverão ser estabelecidas as normas de postura com relação aos resíduos

sólidos e a limpeza pública do Município, assim como critérios e procedimentos

para a execução dos serviços e a postura da população perante os seus

direitos e responsabilidades. Com base na definição de serviços adequados e em indicadores objetivos, a

fiscalização deverá conferir e constatar de forma direta ou indireta a realização

de toda a pauta de serviços estabelecida, assim como a qualidade e as metas

definidas nesse Plano. Para tanto, a fiscalização deverá ser dotada de instrumentos específicos e

objetivos, de forma a permitir plubicizar e dar transparência ao controle e

efetividade dos serviços contratados e prestados à população. A fiscalização dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a

critério do Município, poderá ser realizada diretamente pelo órgão público

responsável ou delegada total ou parcialmente ao órgão regulador. Os serviços

de fiscalização executados diretamente por órgãos da administração direta

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deverá produzir documentação necessária à comprovação da prestação de

serviço de forma adequada e de acordo com os preceitos estabelecidos pelo

Município. A fiscalização da qualidade dos serviços pode utilizar o sistema de controle

direto e indireto. De forma indireta, poderão ser utilizados relatórios e

documentos de controle dos contratos, e de forma direta, inspeções de agentes

vistores para a verificação da execução e da qualidade dos serviços prestados.

10.4 Modelo Institucional e de Contratação da Prestação de Serviços proposto para o Município de São José do Rio Preto A prestação dos serviços de limpeza pública no Município de São José do Rio

Preto, como na grande maioria dos municípios brasileiros na três ultimas

décadas do século XX, institucionalmente evoluiu de um modelo de prestação

de forma direta para a contratação terceirizada de serviços. Com a regulamentação da Lei Federal nº 8.987 de 1995, a Lei da Concessão

da prestação de serviços públicos e a Lei Federal nº 11.079 de 2004, o país

vive um grande debate acerca de contratos com base nessas novas

regulamentações. O modelo de contratação destes serviços com base unicamente na Lei Federal

8.666 de 1993 mostra-se limitado no que se refere à gestão dos serviços frente

às novas necessidades dos serviços de limpeza urbana. O avanço das

legislações nas últimas duas décadas exigem muito mais dos gestores públicos

e dos operadores dos serviços.

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A implementação de uma gestão qualificada dos resíduos no Município requer

a implantação de novas estruturas e equipamentos para a limpeza pública,

coleta seletiva, Pontos de Apoio, programas de minimização e sistemas de

tratamento, exigindo investimentos significativos. A Lei Federal 11.079/2004 instituiu também outras prerrogativas a serem

observadas na contratação de serviços de limpeza urbana e manejo por meio

de Parcerias Público Privadas, que estabelecem novos parâmetros para a

sustentabilidade financeira e a repartição objetiva de riscos entre as partes nos

projetos de PPP. Atualmente o Município de São José do Rio Preto tem a prestação dos serviços

de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos por meio de contratos de

prestação de serviços anuais, renovados por até cinco anos, e o Plano de

Gestão Integrada ora apresentado aponta a necessidade da adoção de um

novo modelo institucional para organização e avanço na forma de contratação

da prestação desses serviços. No capítulo “Estudo Econômico Financeiro para o Sistema de Limpeza Urbana

e Manejo de Resíduos Sólidos” são estudadas as alternativas de prestação de

serviços por meio de contratos no modelo atual (Lei nº 8666/1993) e por meio

de contratos de Parceria Público Privada. Este estudo deverá subsidiar a

administração na definição do modelo adequado considerando todos os

aspectos técnicos, econômicos, financeiros e legais que envolvem a questão.

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11 SOLUÇÕES CONSORCIADAS PARA A GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO O estudo para identificação de possibilidades de implantação de soluções

consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios é apontada no Artigo

19 da Politica Nacional de Resíduos Sólidos. Para este estudo devem ser

considerados os critérios de economia de escala, a proximidade entre os locais

e as formas de prevenção de riscos ambientais. As soluções consorciadas para a gestão e manejo dos resíduos sólidos para o

Município de São José do Rio Preto podem ser uma alternativa válida

considerando a possibilidade de melhor aproveitamento das estruturas e

equipamentos. Nesse sentido, constitui-se em uma diretriz da Politica Nacional

de Resíduos considerando, inclusive, a possibilidade de viabilizar sistemas de

tratamento para os municípios de menor porte. Nesse caso, cabe destacar o

papel e a representatividade territorial, política e econômica do Município de

São José do Rio Preto em termos regionais. Em 04 de Dezembro de 2013, a Assembleia Legislativa do Estado de São

Paulo aprovou a criação da Região Metropolitana de São José do Rio Preto

compreendendo além do município homônimo, os municípios de Adolfo, Altair,

Bady Bassitt, Bálsamo, Cedral, Guapiaçu, Guaraci, Ibirá, Icém, Ipiguá, Jaci,

José Bonifácio, Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, Monte Aprazível, Nova

Aliança, Nova Granada, Olímpia, Onda Verde, Orindiúva, Palestina, Paulo de

Faria, Planalto, Potirendaba, Tanabi, Ubarana, Uchoa e Zacarias. Desta

aprovação resultou o Projeto de Lei Complementar Municipal nº 12, aprovado

em 10 de dezembro de 2013. Essa medida incentiva e auxilia o

desenvolvimento de soluções consorciadas para a gestão integrada e manejo

dos resíduos sólidos na região, já que tanto na Lei Federal nº 12.305/10 quanto

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no texto da Lei Estadual de criação do Estatuto da Metrópole há previsão de

auxilio e prioridade no acesso aos recursos para os municípios que optarem

por soluções deste tipo. A seguir são apresentados os artigos e os incisos da Lei Federal nº 12.305/10,

que apontam as questões relacionadas às soluções consorciadas: Art. 11. Observadas as diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento, incumbe aos Estados:

I - promover a integração da organização, do planejamento e da execução das funções

públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos nas regiões

metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos da lei complementar

estadual prevista no § 3º do art. 25 da Constituição Federal;

II - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento ambiental pelo órgão estadual do Sisnama.

Parágrafo único. A atuação do Estado na forma do caput deve apoiar e priorizar as iniciativas do Município de soluções consorciadas ou compartilhadas entre 2 (dois) ou mais

Municípios.(grifo nosso) Quanto aos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a

Politica Nacional de Resíduos Sólidos aponta que a elaboração dos Planos é

condição para Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela

controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza

urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por

incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para

tal finalidade. Considerando as soluções consorciadas, cabe destacar:

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§ 1o Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os Municípios que (grifo nosso): I - optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos,

incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma

voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos referidos no § 1o do art. 16; De acordo com o exposto, as soluções consorciadas, além de permitirem o

compartilhamento de estruturas e equipamentos, possibilitam acesso mais

facilitado aos recursos destinados à limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos, especialmente em uma região que já apresenta dificuldades de áreas

disponíveis para implantação de aterros sanitários, conforme apresentado no Capítulo 5 “Identificação de Áreas Favoráveis para a Disposição Final

Ambientalmente Adequada de Rejeitos”.

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12 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal nº

12.305/2010 e suas regulamentações, definiu um novo paradigma para o setor

e representa um grande desafio para a gestão e manejo de resíduos sólidos no

País. A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu exigências quanto à

minimização da geração de resíduos e a necessidade de programas de

reaproveitamento, reciclagem e tratamento com o objetivo de dispor somente

os rejeitos em aterros sanitários. Cabe ressaltar que o sistema de tratamento atualmente operado em São José

do Rio Preto, com aproveitamento das diferentes frações dos resíduos gerados

no Município, por meio de reciclagem, compostagem e reaproveitamento de

resíduos da construção civil, vem ao encontro das diretrizes da Política

Nacional de Resíduos Sólidos. Neste aspecto, o Município de São José do Rio

Preto, pode ser considerado precursor de uma nova forma de gestão de

resíduos no Brasil. Este Plano aponta para a melhoria e aprimoramento do atual sistema com o

objetivo de aumentar sua eficiência. São proposições centrais deste Plano para

o pleno atendimento as Leis nº 11.445/07 e nº 12.305/2010: a ampliação do

sistema de coleta seletiva e dos Pontos de Apoio; a atualização e

modernização dos sistemas de tratamento de resíduos sólidos domiciliares e

resíduos da construção civil; e permanente programa de comunicação social e

educação ambiental. Com a finalidade de encaminhar estas proposições, com base em estudo de

demanda dos serviços projetados para o horizonte de 30 anos, o presente

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foi estruturado em 6 Diretrizes

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e Metas, com definição de programas, ações e atividades para seu

cumprimento. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos apresenta um redesenho e

redimensionamento dos serviços atualmente prestados, com a incorporação de

novos serviços e programas, como por exemplo, a Educação Ambiental e a

Compostagem Caseira, e a ampliação de outros, como a coleta seletiva e o

aproveitamento de resíduos da construção civil. Cabe destacar a proposta

deste Plano quanto ao aprimoramento da Usina de Triagem e Compostagem

com atualização e modernização tecnológica, visando o aumento de sua

eficiência, contribuindo para a redução da quantidade de resíduos

encaminhada ao aterro sanitário privado. Atendendo ao artigo 175 da Constituição Federal, que define a modicidade

tarifária como condição para a prestação de serviços públicos, este Plano

desenvolveu o estudo de sustentabilidade Econômico-Financeira. Como Macro Indicadores da modicidade tarifária o Plano de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos definiu o custo per capita e o percentual que os custos

dos serviços de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos representam

no orçamento público municipal. O Estudo de Viabilidade Econômica projetou

os custos destes serviços para o horizonte de 30 anos apontando um custo per

capita de R$ 81,09. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos estudou o modelo

institucional e as formas possíveis de contratação dos serviços, visando

apresentar as possibilidades técnicas, econômicas e legais. A análise de

viabilidade foi verificada por meio do uso de métricas do Fluxo de Caixa, com

avaliação do valor da contraprestação dos serviços.

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O estudo Econômico-Financeiro verificou, em especial, a viabilidade de um

contrato de Parceria Público Privada – PPP, considerando o valor da

contraprestação dos serviços e o fato de que esta alternativa comporta a

incorporação de investimentos. Este fato assume grande relevância frente à

dificuldade do Poder Público Municipal em realizar investimentos no curto

prazo. O comparativo entre as duas formas de contratação, no que se refere aos

custos dos serviços, e portanto o valor da contraprestação, se mostraram muito

próximos nas duas situações. Na avaliação dos dois sistemas cabe destacar

três importantes questões: 1- No Sistema de PPP é responsabilidade do parceiro privado arcar com os

investimentos previstos, amortizados pelo setor público a longo prazo. 2- Os Contratos de PPP exigem do poder público uma maior capacidade

técnica de regulação, por se tratar de contratos de maior complexidade com

investimentos e prestação de serviços em curto, médio e longo prazo. 3- Os contratos de PPP, como contratos de longo prazo, possibilitam a garantia

contratual de recursos para os investimentos e a continuidade dos programas e

projetos. Considerando os aspectos políticos e sociais associados à decisão do Modelo

Institucional, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, apresenta os

estudos técnicos e remete para o poder executivo, mediante definição

legislativa e consulta à sociedade, a definição do Modelo Institucional mais

adequado a sua implementação.

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13 DEFINIÇÕES

No âmbito do saneamento, e mais especificamente na área de resíduos

sólidos, são empregadas definições para os mais variados termos. Com o

objetivo de facilitar o entendimento e para padronização dos conceitos, os

principais termos utilizados nesse trabalho são apresentados conjuntamente às

suas definições, estabelecidas por leis que regem o setor e por normas

aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT (Quadro 53). Quadro 53 Definições

Termo/Sigla Definição

Constituído pelas atividades, infra-estruturas e Abastecimento de instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais água potável e respectivos instrumentos de medição (Lei nº

11.445/2007)

Ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos em Acondicionamento recipiente próprio, para protegê-los de risco e facilitar o seu transporte (NBR 8.843/1995) Ato de natureza contratual firmado entre o poder público efabricantes,importadores,distribuidoresou Acordo setorial comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto (Lei nº 12.305/2010)

Local onde há contaminação causada pela disposição, Área contaminada regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos (Lei nº 12.305/2010)

Área destinada ao recebimento de resíduos da Área de transbordo e triagem de resíduos construção civil e resíduos volumosos, para triagem, da construção civil e armazenamento temporário dos materiais segregados, resíduos volumosos eventual transformação e posterior remoção para (ATT) destinação adequada, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente (NBR 15114/2004)

Depósito de terras executado pelo homem sobre um Aterro terreno natural, a fim de nivelá-lo ou alterá-lo para servir de suporte a uma construção em plano mais elevado ou

para se obter uma configuração ou proteção

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Termo/Sigla Definição

determinada (NBR 10.703/1989)

Forma de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, através confinamento em camadas cobertas Aterro sanitário com material inerte, geralmente no solo, segundo normas operacionais específicas, de modo a evitar

danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais (NBR 10.703/1989)

Processo pelo qual são identificados, avaliados e Avaliação de risco quantificados os riscos à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a proteger (Lei nº

12.305/2010) Área que recebe e acumula resíduos gerados em Bota-fora processos produtivos industriais, na mineração e na construção civil (NBR 10.703/1989) Receptáculo, transportado por pessoal do serviço de Caçamba limpeza pública, para recolher os resíduos sólidos de locais não-acessíveis aos veículos de coleta (NBR

12.980/1993) Líquido produzido pela decomposição de matéria orgânica contida nos resíduos sólidos, particularmente Chorume quando dispostos em aterros de lixo. Apresenta elevado potencial poluidor e tem como características a cor

negra e o mau cheiro. O mesmo que Sumeiro. (NBR 10.703/1989) Série de etapas que envolvem o desenvolvimento do Ciclo de vida do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o produto processo produtivo, o consumo e a disposição final (Lei nº 12.305/2010) Coleta de resíduos sólidos previamente segregados Coleta seletiva conforme sua constituição ou composição (Lei nº 12.305/2010)

Processo biológico pelo qual a matéria orgânica existente nos resíduos sólidos é digerida pela ação de Compostagem microorganismos aeróbios, normalmente já presentes nos próprios resíduos, produzindo o composto orgânico. (NBR 10.703/1989)

Contêiner ou Recipiente utilizado em fonte de elevada geração de caçamba resíduos, superior a 100 l, para o seu acondicionamento estacionária adequado e posterior remoção (NBR 12.980/1993)

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Termo/Sigla Definição

Conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações Controle social técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação

relacionados aos serviços públicos de saneamento básico (Lei nº 11.445/2007) Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o Destinação final aproveitamento energético ou outras destinações

admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do ambientalmente

SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final,

adequada observando normas operacionais específicas de modo a

evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (Lei nº 12.305/2010)

Última etapa do processo de gerenciamento em que os Disposição final resíduos sólidos são depositados no solo com a finalidade de reduzir sua nocividade à saúde pública e

ao meio ambiente (Decreto nº 54645/2009)

Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, Disposição final observando normas operacionais específicas de modo a ambientalmente evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e adequada a minimizar os impactos ambientais adversos (Lei nº 12.305/2010)

Conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações Drenagem e manejo operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento das águas pluviais de vazões de cheias, tratamento e disposição final das urbanas águas pluviais drenadas nas áreas urbanas (Lei nº

11.445/2007)

Constituído pelas atividades, infra-estruturas e Esgotamento instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitário sanitários, desde as ligações prediais até o seu

lançamento final no meio ambiente (Lei nº 11.445/2007)

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Termo/Sigla Definição

Pessoa física ou jurídica de direito público ou direito Gerador de resíduos privado, que gera resíduos sólidos por meio de seus produtos e atividades, inclusive consumo, bem como a sólidos que realiza ações que envolvam o manejo e o fluxo de

resíduos sólidos (Decreto nº 54645/2009) Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos Gerenciamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente resíduos sólidos adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei (Lei nº 12.305/2010)

Conjunto de ações encadeadas e articuladas aplicadas aos processos de segregação, coleta, caracterização, Gerenciamento de classificação, manipulação, acondicionamento, resíduos sólidos transporte, armazenamento, recuperação, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (Decreto nº 54645/2009) Associação voluntária de entes federados, por convênio Gestão associada de cooperação ou consórcio público, conforme disposto no art. 241 da Constituição Federal (Lei nº 11.445/2007) Conjunto de decisões estratégicas e de ações voltadas Gestão de resíduos à busca de soluções para os resíduos sólidos, sólidos envolvendo políticas, instrumentos e aspectos institucionais e financeiros (Decreto nº 54645/2009) Conjunto de ações voltadas para a busca de soluções Gestão integrada de para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e resíduos sólidos social, com controle social e sob a premissa do

desenvolvimento sustentável (Lei nº 12.305/2010)

Incineração de

Processo de oxidação à alta temperatura que destrói ou reduz o volume ou recupera materiais ou substâncias resíduos sólidos (NBR 11.175/1989)

Conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações Limpeza urbana e operacionais de coleta, transporte, transbordo, manejo de resíduos tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo sólidos originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas (Lei nº 11.445/2007) Localidade de Vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos pequeno porte e aldeias, assim definidos pela Fundação Instituto

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Termo/Sigla Definição

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (Lei nº 11.445/2007) Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição Logística reversa dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada (Lei nº 12.305/2010) O órgão ambiental estadual responsável pelo Órgão ambiental licenciamento e pela fiscalização (Decreto nº 54645/2009)

Produção e consumo de bens e serviços de forma a Padrões sustentáveis atender as necessidades das atuais gerações e permitir de produção e melhores condições de vida, sem comprometer a consumo qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras (Lei nº 12.305/2010)

Área de transbordo e triagem de pequeno porte, Ponto de entrega de destinada a entrega voluntária de pequenas quantidades de resíduos de construção civil e resíduos pequenos volumes volumosos, integrante do sistema público de limpeza

urbana (NBR 15.112/2004)

Aquela em que um único prestador atende a 2 (dois) ou Prestação regionalizada mais titulares (Lei nº 11.445/2007) Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico- químicas ou biológicas, com vistas à transformação em Reciclagem insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa (Lei nº 12.305/2010)

Retorno da área degradada a uma forma de utilização, Recuperação de de acordo com um plano pré-estabelecido para uso do áreas degradadas solo, que vise à obtenção de estabilidade do meio ambiente (Decreto nº 54645/2009)

Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por Rejeitos processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a

disposição final ambientalmente adequada (Lei nº 12.305/2010)

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Termo/Sigla Definição

Resíduos que não apresentam qualquer possibilidade Rejeitos de reciclagem, reutilização e recuperação, devendo ser encaminhados para disposição final (Decreto nº

54645/2009) Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou Resíduos sólidos semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu

lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (Lei nº 12.305/2010) Aqueles que, por suas características de periculosidade, Resíduos sólidos de toxicidade ou volume, possam ser considerados interesse relevantes para o controle ambiental (Decreto nº 54645/2009)

Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e Responsabilidade comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos compartilhada pelo ciclo de vida dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos produtos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade

ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei (Lei nº 12.305/2010) Processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, Reutilização observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa (Lei nº 12.305/2010)

Serviço público de limpeza urbana e de Conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº manejo de resíduos 11.445/2007(Lei nº 12.305/2010) sólidos

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Termo/Sigla Definição

Instrumento econômico de política social para garantir a Subsídios universalização do acesso ao saneamento básico,

especialmente para populações e localidades de baixa renda (Lei nº 11.445/2007)

Universalização Ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico (Lei nº 11.445/2007)

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REFERÊNCIAS

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