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Polí%ca Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade Seminário Frutas e Hortaliças Florianópolis/SC 07 de agosto de 2014 Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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Polí%ca  Nacional  de  Segurança  Alimentar  e  Nutricional  e  Estratégia  Intersetorial  de  Prevenção  e  Controle  

da  Obesidade    

Seminário  Frutas  e  Hortaliças  Florianópolis/SC  

07  de  agosto  de  2014                  

Câmara  Intersetorial  de  Segurança  Alimentar  e  Nutricional    Ministério  de  Desenvolvimento  Social    e  Combate  à  Fome  

 

Apresentando  ...  

1.  Segurança Alimentar e Nutricional

2.  Cenário alimentar no Brasil e o perfil epidemiológico e nutricional da população brasileira – obesidade como um problema social

3.  Recomendações internacionais para prevenção e Controle da Obesidade

4.  Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

5.  Estratégia Intersetorial de Controle e Prevenção da Obesidade

A  garan'a  da  Segurança  Alimentar  e  Nutricional...  

Segurança  Alimentar  e  Nutricional    

 Todas  e  todos  têm  direito  a  uma  alimentação  saudável,  acessível,  de  

qualidade,  em  quan8dade  suficiente  e  de  modo  permanente.    

A  SAN  deve  ser  baseada  em  prá8cas  alimentares  promotoras  da  saúde,    sem  nunca  comprometer  o  acesso  a  outras  

necessidades  essenciais.    Trata-­‐se  de  um  direito  de  se  alimentar  

devidamente,  respeitando  par8cularidades    e  caracterís8cas  

culturais  de  cada  região.    

 2003  –Reimplantação  do  CONSEA  

2006  -­‐    Lei  11.346  -­‐  Losan  e  regulamentação  do  CONSEA  e  CAISAN.  

2010  –  Ins%tuição  da  PNSAN  e  do  PlanSAN  (Decreto  7.272/2010)  EC  64/  2010    -­‐  Alimentação  como  Direito  Humano  

2011  -­‐  Publicação  do  1º  Plano  SAN  adesão  de  24  estados  (+GO)  

2013/14  –  Revisão  e  balanço  do  PlanSAN  e  adesão  de  todos  os  estados  e  de  34  municípios  

Sistema  Nacional  de  Segurança  Alimentar  e  Nutricional  -­‐  SISAN  

2014)  Estratégia  de  Prevenção  e  Controle  da  Obesidade  

Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

DIRETRIZES: 1. Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável; 2. Abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e de base agroecológica de produção, extração, processamento e distribuição; 3. Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional; 4. Ações voltadas a indígenas, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais 5. Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde; 6. Promoção do acesso à água de qualidade e em quantidade suficiente internacional de soberania alimentar, segurança alimentar e nutricional e direito humano à alimentação adequada; e 7. Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

•  É  um  sistema  público  de  gestão  intersetorial  e  par%cipa%va.  

•  Possibilita  a  descentralização  das  ações  e  a  arFculação  entre  os  níveis  de  governo   (nacional,   estadual   e   municipal)   para   a   implementação   das  políFcas  de  SAN.  

 

•  Obje%vos:  ü  Formular  e  implementar  polí%cas  e  planos  de  SAN;  ü  EsFmular  a  integração  dos  esforços  entre  governo  e  sociedade  civil;  ü  Promover  o  acompanhamento,  o  monitoramento  e  a  avaliação  de  

SAN  no  Brasil.  

LOSAN,  Cap.  II:  SISTEMA  NACIONAL  DE  SEGURANÇA  ALIMENTAR  E  NUTRICIONAL  -­‐  SISAN  

I - Conselho de SAN – participação e controle social II – Câmara intersetorial de SAN – articulação, gestão intersetorial, monitoramento e avaliação III – Conferências de SAN – estabelecimento de diretrizes e prioridades IV – Programas e ações de SAN – organizados e articulados por meio do Plano de SAN V – Interface com Estados e Governo Federal – pactuação federativa

Instâncias e ações do Sisan

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 -­‐  SISA

N  

CONFERÊNCIA NACIONAL

CONSELHO NACIONAL CÂMARA INTERMINISTERIAL

PLANO NACIONAL

CONFERÊNCIA ESTADUAL

CONSELHO ESTADUAL CÂMARA INTERSETORIAL

PLANO ESTADUAL

CONFERÊNCIA MUNICIPAL

CONSELHO MUNICIPAL CÂMARA INTERSETORIAL

PLANO MUNICIPAL

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Adesão  ao  Sisan    

27  Estados  aderiram  

Polí%ca  Nacional  de  SAN  InsFtuída  pelo  Decreto  

7.272/2010  Plano  Nacional  de  SAN  Publicado  em  2011  

 

Controle  social  CONSEAs  

Nacional  -­‐  10  anos  27  Conseas  Estaduais  

1500  Conseas  Municipais  

Gestão  Intersetorial  -­‐  CAISANs  

Nacional  -­‐    desde  2007  27  CAISANs  Estaduais  Municípios  em  fase  de  

implantação  

Implantação do Sistema Nacional de SAN - SISAN

ü  Perda da identidade cultural ü  Aumento do gasto com alimentação fora de casa

§  24,1% em 2002/2003 → 31,1% em 2008/2009 Fonte:  POF  2002/2003,  2008/2009  

Frequência de consumo recomendado de frutas e hortaliças por sexo

Vigitel, 2013

Frequência de consumo Recomendado de Frutas e Hortaliças nas capitais

Vigitel, 2013

Prevalência   de   déficit   de   altura,   excesso   de   peso   e   obesidade   na  população   com   5   a   9   anos   de   idade,   por   sexo.   Brasil   -­‐   períodos  1974-­‐1975,  1989  e  2008-­‐2009.  

Breve   diagnós8co   e   indicadores   sobre   estado  nutricional  da  população  no  Brasil  -­‐  crianças  

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1972

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1998

2000

2002

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2008

2010

20% + pobres 20% + ricos

Evolução  da prevalência (%) do excesso de peso Brasil: 1975-2009 %

Slide retirado da Apresentação Carlos Monteiro (Fonte: IBGE)

Crianças  de  5  a  9  anos  

Prevalência   de   déficit   de   peso,   excesso   de   peso   e   obesidade   na  população   com   10   a   19   anos   de   idade,   por   sexo.   Brasil   -­‐   períodos  1974-­‐1975,  1989  e  2002-­‐2003  e  2008-­‐2009.  

Breve   diagnós8co   e   indicadores   sobre   estado  nutricional  da  população  no  Brasil  -­‐  adolescentes  

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20% + pobres 20% + ricos

%

Jovens  de  10  a  19  anos  

Slide retirado da Apresentação Carlos Monteiro (Fonte: IBGE)

Evolução  da prevalência (%) do excesso de peso Brasil: 1975-2009

).

Evolução da prevalência de adultos (18 ou mais anos de idade) com excesso de peso, Vigitel 2006 a 2013

0

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1972

1975

1978

1981

1984

1987

1990

1993

1996

1999

2002

2005

2008

20% + pobres 20% + ricos

%

Evolução da prevalência (%) do excesso de peso Brasil: 1975-2009

Adultos  com  20  anos  ou  mais  

Slide retirado da Apresentação Carlos Monteiro (Fonte: IBGE)

Evolução da prevalência de adultos (18 ou mais anos de idade) com obesidade, Vigitel 2006 a 2013

47,252,1

14,411,4

0

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2004

2006

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2014

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2020

2022

2024

2026

2028

2030

OBESIDADE:  

 16  anos!  

%  

27.1  

64.2  

Obesidade e excesso de peso em homens adultos nas 26 capitais de estados e DF

Quantos  anos  para  alcançar  os  EUA?  

EXCESSO  DE  PE

SO:    

12  anos!  

Slide retirado da Apresentação Carlos Monteiro (Fonte: VIGITEL  para  Brazil  e  BRFSS  para  EUA)

Obesidade: problema social Perfil epidemiológico:

•  Tendência crescente da obesidade em todos os grupos etários e classes sociais.

•  Maior velocidade de crescimento nas famílias mais pobres (maior

vulnerabilidade). •  Obesidade x desnutrição (coexistem e têm a pobreza como um dos

determinantes).

A agenda de combate a pobreza e a promoção do DHAA tem que incluir a prevenção e controle da Obesidade

Recomendações Internacionais Prevenção e Controle da Obesidade

PolíFcas  Públicas  

Ambientes  favoráveis/  acesso  e  disponibildade  de  

alimentos  saudáveis  

Comunicação/  Regulação  publicidade  de  

alimentos  

Indivíduos  

Hábitos  de  vida  saudáveis  

A Organização Mundial da Saúde (OMS) - propõe ações para promoção de escolhas alimentares saudáveis e atividade física nos níveis:

Principais documentos:

• Estratégia Global para Alimentação, Atividade Física e Saúde (2004): • Plano de Ação Regional sobre Nutrição em Saúde e Desenvolvimento, 2006–2015

• Plano de Ação para a Prevenção e o Controle das Doenças não Transmissíveis, 2012.

• A framework for implementing the set of recommendations on the marketing of foods and non-alcoholic beverages to children, 2012.

• Plano Global de ações para a prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, 2013-2020.

Recomendações Internacionais Prevenção e Controle da Obesidade

Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade

Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade

Objetivo Geral:

–  Prevenir e controlar a obesidade na população brasileira, por meio de ações intersetoriais, promovendo a alimentação adequada e saudável e atividade física no ambiente que vivemos.

Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade

Objetivos específicos: •  Melhorar o padrão de consumo de alimentos da população brasileira; •  Revalorizar o consumo dos alimentos regionais, preparações tradicionais e

promover o aumento da disponibilidade de alimentos adequados e saudáveis à população;

•  Desenvolver estratégias que desloquem o consumo de alimentos processados, para alimentos básicos, com destaque para grãos integrais, leguminosas, oleaginosas, frutas, hortaliças e pescados;

•  Promover a prática de atividade física, especialmente em ambientes de trabalho, ambientes urbanos seguros e escolas atingindo todas as fases do curso da vida;

•  Promover espaços de convivência (praças, parques e jardins) e usos de meios de transporte coletivos de qualidade que visem hábitos e modos de vida sustentável

Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade

I.  Disponibilidade  e  acesso  a  alimentos  adequados  e  saudáveis  

II.  Ações  de  educação,  comunicação  e  informação  

III.  Promoção  de  modos  de  vida  saudáveis  em  ambientes  específicos  

IV.  Vigilância  Alimentar  e  Nutricional  

V.  Atenção  integral  à  saúde  do  indivíduo  com  sobrepeso/obesidade  na  rede  de  saúde  VI.  Regulação  e  controle  da  qualidade  e  inocuidade  de  alimentos    

I.  Disponibilidade  e  acesso  a  alimentos  adequados  e  saudáveis  

Ações  que  visam:  • Facilitar  o  acesso  esico  das  comunidades  e  famílias  aos  alimentos  e  preparações  tradicionais  • Ampliar  a  oferta  de  alimentação  adequada  e  saudável  nos  equipamentos  públicos  do  país;  

–  Apoiar   estrutura   já   existentes   como:   Bancos,  Unidades   de   Apoio   a   Agricultura   Familiar,  Centrais  de  Abastecimento;  

–  Apoiar  feiras  locais;  –  Alimentos   saudáveis   nas   cestas   de   alimentos  

promovidos  pela  ação  local;  –  Realizar  compras  insFtucionais    

•  (modalidade  PAA)  

•  Este eixo objetiva compartilhar conhecimentos e práticas que possam contribuir para a conquista de melhores condições de vida, saúde e segurança alimentar e nutricional da população.

•  As ações se relacionam:

Ø  Implementação da agenda pública do “Marco de

Educação Alimentar e Nutricional”

Ø  Implementação do Guia Alimentar para a População Brasileira

Ø  Participar das redes virtuais

II.  Ações  de  educação,  comunicação  e  informação  

III.  Promoção  de  modos  de  vida  saudáveis  em  ambientes  específicos  

•  Trata das mudanças estruturais, essencialmente nos espaços

institucionais e urbanos, voltadas à promoção da alimentação adequada e saudável, atividade física, e acesso a espaços públicos de lazer.

•  As ações se relacionam:

Ø  Manual das Cantinas Escolares Saudáveis –

promovendo alimentação saudável;

Ø  Programa Saúde na Escola;

Ø  Programa Academia da Saúde

Ø  Rede socioassistencial – Cadernos de Educação Alimentar e Nutricional

•  Compreende o monitoramento das condições de alimentação e nutrição de determinado indivíduo ou população.

•  As ações se relacionam:

Ø  Fortalecer e garantir a Vigilância Alimentar e Nutricional

nas redes de atenção a saúde;

Ø  Alimentar os dados de vigilância alimentar e nutricional;

IV.  Vigilância  Alimentar  e  Nutricional  

•  Um conjunto de cuidados que contemplem ações de promoção e proteção da saúde, assim como a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da obesidade e outros agravos à saúde associados a ela, organizados e ofertados de forma conjunta pelas três esferas de gestão.

•  As ações realizadas pelo Governo Federal:

Ø  Portaria nº 424 /GM/MS, de março de 2013

Ø  Garantir o cuidado integral ao indivíduo com excesso de peso e obesidade, desde os serviços da Atenção Básica até os pontos de maior

densidade tecnológica

V.  Atenção  integral  à  saúde  do  indivíduo  com  sobrepeso/obesidade  na  rede  de  saúde  

•  Ação é evidenciada como elemento chave para prevenção e controle do aumento crescente do sobrepeso e obesidade, uma vez que o consumo de alimentos processados e ultra processados promovem ganho de peso, além de serem pobres em micronutrientes.

•  As ações realizadas pelo Governo Federal: Ø  Monitoramento dos teores de sódio, açucares e gorduras em alimentos

processados realizados pela ANVISA

Ø  Aprimoramento das normas de rotulagem de alimentos embalados para melhorar visibilidade e legibilidade , RDC nº 54 de 2012

VI.  Regulação  e  controle  da  qualidade  e  inocuidade  de  alimentos    

VI.  Regulação  e  controle  da  qualidade  e  inocuidade  de  alimentos    

VI.  Regulação  e  controle  da  qualidade  e  inocuidade  de  alimentos    

Garantir acesso a alimentos básicos, melhoria da qualidade nutricional de alimentos ultraprocessados (sódio, gorduras, açúcares). ü A Publicidade de alimentos, principalmente aquela voltada para o público infantil, tem grande impacto no aumento da obesidade;

ü 2010 – aprovada resolução na Assembléia Mundial da Saúde, em 2012 OPAS publica documento que recomenda que cada Estado defina uma política de redução da exposição das crianças ao marketing de alimentos ricos em gordura, açúcar ou sal, com a meta de diminuir os riscos para a saúde infantil.

ü Resolução 163/2014 – Conanda – abusividade da comunicação mercadológica.

VI.  Regulação  e  controle  da  qualidade  e  inocuidade  de  alimentos    

Patrícia  Chaves  Gen%l  Coordenadora-­‐Geral  de  implantação  do  SISAN/  MDS  

Secretaria  Execu%va  da  Caisan  Nacional        

Obrigada

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