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Regulamento interno 2016 Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo

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Índice PREÂMBULO ..........................................................................................................................................9

CAPÍTULO I – OBJETO, ÂMBITO DE APLICAÇÃO E PRINCÍPIOS ORIENTADORES ........................................ 10

Artigo 1º - Objeto ................................................................................................................................ 10

Artigo 2º - Âmbito ............................................................................................................................... 10

Artigo 3º - Princípios orientadores e objetivos .................................................................................. 10

Artigo 4º - Princípios gerais de ética ................................................................................................... 11

CAPÍTULO II - CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO ............................................................................ 12

Artigo 5º - Identificação ...................................................................................................................... 12

Artigo 6º - Oferta educativa ................................................................................................................ 12

CAPÍTULO III - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA ........................................................... 13

Artigo 7º - Órgãos de gestão ............................................................................................................... 13

SECÇÃO I - ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO .................................................................................. 13

SUBSECÇÃO I – Conselho geral ................................................................................................................ 13

Artigo 8.º - Definição ........................................................................................................................... 13

Artigo 9.º - Composição ...................................................................................................................... 13

Artigo 10º - Competências .................................................................................................................. 13

Artigo 11º - Designação de representantes ....................................................................................... 14

Artigo 12º - Processo eleitoral ............................................................................................................ 16

Artigo 13º - Mandatos ......................................................................................................................... 17

Artigo 14º - Reuniões do conselho geral ............................................................................................ 17

SUBSECÇÃO II – Diretor ............................................................................................................................ 17

Artigo 15º - Definição .......................................................................................................................... 17

Artigo 16º - Competências .................................................................................................................. 18

Artigo 17º - Recrutamento .................................................................................................................. 19

Artigo 18º - Posse ................................................................................................................................ 19

Artigo 19º - Mandato .......................................................................................................................... 19

Artigo 20º - Regime de exercício de funções...................................................................................... 20

Artigo 21º - Direitos do diretor ........................................................................................................... 20

Artigo 22º - Direitos específicos ......................................................................................................... 20

Artigo 23º - Deveres específicos ......................................................................................................... 20

Artigo 24º - Assessoria da direção ...................................................................................................... 21

SUBSECÇÃO III - CONSELHO PEDAGÓGICO .............................................................................................. 21

Artigo 25º - Definição .......................................................................................................................... 21

Artigo 26º - Composição ..................................................................................................................... 21

Artigo 27º - Competências .................................................................................................................. 21

Artigo 28º - Eleição/designação dos representantes ......................................................................... 22

Artigo 29 º - Mandatos ........................................................................................................................ 23

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Artigo 30º - Funcionamento................................................................................................................ 23

SUBSECÇÃO IV - Conselho administrativo ............................................................................................... 23

Artigo 31º - Definição .......................................................................................................................... 23

Artigo 32º - Composição ..................................................................................................................... 23

Artigo 33º - Competências .................................................................................................................. 23

Artigo 34º - Funcionamento................................................................................................................ 24

Artigo 35º - Mandato .......................................................................................................................... 24

SECÇÃO II - ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO ..................................................................... 24

Artigo 36º - Definição .......................................................................................................................... 24

SUBSECÇÃO I – Conselho de docentes .................................................................................................... 24

Artigo 37º - Definição .......................................................................................................................... 24

Artigo 38º - Competências do conselho de docentes ........................................................................ 25

Artigo 39º - Coordenador do conselho de docentes .......................................................................... 25

Artigo 40º - Competências do coordenador do conselho de docentes ............................................. 25

Artigo 41º - Funcionamento do conselho de docentes ...................................................................... 25

SUBSECÇÃO II - Coordenação de turma ................................................................................................... 26

Artigo 42º - Organização das atividades da turma ............................................................................ 26

Artigo 43º - Designação de representantes ....................................................................................... 26

Artigo 44º - Competências do professor titular da turma/conselho de turma ................................ 26

Artigo 45º - Professor titular de turma/diretor de turma ................................................................. 27

Artigo 46º - Conselho de diretores de turma ..................................................................................... 28

Artigo 47º - Coordenador dos diretores de turma ............................................................................. 29

Artigo 48º - Competências do coordenador dos diretores de turma ................................................ 29

SUBSECÇÃO III – Coordenação de curso .................................................................................................. 30

Artigo 49º - Direção de curso .............................................................................................................. 30

Artigo 50º - Coordenação das ofertas profissionalmente qualificantes ........................................... 31

SUBSECÇÃO IV - Departamentos curriculares ......................................................................................... 32

Artigo 51º - Identificação e composição ............................................................................................. 32

Artigo 52º - Coordenador de departamento ...................................................................................... 33

Artigo 53º - Competências .................................................................................................................. 34

Artigo 54º - Delegado de grupo de recrutamento ............................................................................. 34

Artigo 55º - Funcionamento................................................................................................................ 34

SUBSECÇÃO V – Outras estruturas representadas no conselho pedagógico .......................................... 35

Artigo 56º – Coordenador dos projetos de desenvolvimento educativo .......................................... 35

Artigo 57º – Equipa de avaliação interna ........................................................................................... 35

SUBSECÇÃO VI - Coordenação de estabelecimentos de educação e de ensino ...................................... 35

Artigo 58º - Designação dos coordenadores de estabelecimento .................................................... 35

Artigo 59º - Competências dos coordenadores de estabelecimento ................................................ 36

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SUBSECÇÃO VII - Disposições comuns ..................................................................................................... 36

Artigo 60º - Regimentos internos ....................................................................................................... 36

CAPÍTULO IV - MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR ........................................................................... 37

SECÇÃO I - ALUNOS ...................................................................................................................................... 37

Artigo 61º - Responsabilidade dos alunos .......................................................................................... 37

Artigo 62º - Valores nacionais e cultura de cidadania ....................................................................... 37

SUBSECÇÃO I - Direitos e deveres ............................................................................................................ 37

Artigo 63º - Direitos do aluno ............................................................................................................. 37

Artigo 64º - Deveres do aluno............................................................................................................. 38

Artigo 65º - Processo individual do aluno .......................................................................................... 40

Artigo 66º - Outros instrumentos de registo ...................................................................................... 40

SUBSECÇÃO II - Dever de assiduidade e efeitos da ultrapassagem dos limites de faltas ........................ 41

Artigo 67º - Frequência e assiduidade ................................................................................................ 41

Artigo 68º - Faltas e sua natureza ....................................................................................................... 41

Artigo 69º - Dispensa da atividade física ............................................................................................ 41

Artigo 70º - Justificação de faltas ....................................................................................................... 42

Artigo 71º - Faltas injustificadas ......................................................................................................... 43

Artigo 72º - Faltas a provas de avaliação ........................................................................................... 43

Artigo 73º - Faltas de pontualidade e de material ............................................................................. 43

Artigo 74º - Excesso grave de faltas.................................................................................................... 44

Artigo 75º - Efeitos da ultrapassagem dos limites de faltas .............................................................. 44

Artigo 76º - Medidas de recuperação e de integração ...................................................................... 45

Artigo 77º - Incumprimento ou ineficácia das medidas .................................................................... 46

SUBSECÇÃO III - Disciplina ....................................................................................................................... 47

Artigo 78º - Infração ............................................................................................................................ 47

Artigo 79º - Participação de ocorrência .............................................................................................. 47

Artigo 80º - Finalidades das medidas disciplinares ............................................................................ 47

Artigo 81º - Determinação da medida disciplinar .............................................................................. 48

Artigo 82º - Medidas disciplinares corretivas .................................................................................... 48

Artigo 83º - Atividades de integração na escola ou na comunidade................................................. 49

Artigo 84º - Medidas disciplinares sancionatórias ............................................................................. 49

Artigo 85º - Cumulação de medidas disciplinares .............................................................................. 51

Artigo 86º - Medidas disciplinares sancionatórias - procedimento disciplinar ................................ 51

Artigo 87º - Celeridade do procedimento disciplinar ........................................................................ 51

Artigo 88º - Suspensão preventiva do aluno ...................................................................................... 52

Artigo 90º - Execução das medidas corretivas e disciplinares sancionatórias .................................. 53

Artigo 91º - Equipas multidisciplinares .............................................................................................. 54

Artigo 92º - Recursos ........................................................................................................................... 55

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Artigo 93º - Salvaguarda da convivência escolar ............................................................................... 55

Artigo 94º - Responsabilidade civil e criminal .................................................................................... 55

SUBSECÇÃO IV - Representação dos alunos ............................................................................................ 56

Artigo 95º - Representação dos alunos .............................................................................................. 56

Artigo 96º - Associação de estudantes ............................................................................................... 56

Artigo 97º - Delegado e subdelegado de turma ................................................................................. 57

Artigo 98º - Assembleia de delegados de turma ................................................................................ 58

SUBSECÇÃO V - Disposições específicas .................................................................................................. 58

Artigo 99º - Cursos profissionais ......................................................................................................... 58

Artigo 100º - Cursos de educação e formação ................................................................................... 58

Artigo 101º - Cursos vocacionais ........................................................................................................ 58

Artigo 102º - Centro para a qualificação e ensino profissional ......................................................... 59

SUBSECÇÃO VI - Mérito escolar ............................................................................................................... 59

Artigo 103º - Prémios de mérito ......................................................................................................... 59

Artigo 104º - Comissão de avaliação dos prémios de mérito ............................................................ 59

Artigo 105º - Prazos e procedimentos ................................................................................................ 59

Artigo 106º - Divulgação ..................................................................................................................... 60

Artigo 107º - Prémios materiais ......................................................................................................... 60

Artigo 108º - Dia do diploma .............................................................................................................. 60

SECÇÃO II - PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO .................................................................................... 60

Artigo 109º - Responsabilidade dos pais e encarregados de educação ............................................ 60

Artigo 110º - Incumprimento dos deveres por parte dos pais ou encarregados de educação ........ 61

Artigo 111º - Contraordenações ......................................................................................................... 62

Artigo 112º - Associações de pais ....................................................................................................... 63

SECÇÃO III - PESSOAL NÃO DOCENTE .......................................................................................................... 63

Artigo 113º - Papel do pessoal não docente ...................................................................................... 63

Artigo 114º - Direitos do pessoal não docente .................................................................................. 64

Artigo 115º - Deveres do pessoal não docente .................................................................................. 64

Artigo 116º - Regime disciplinar ......................................................................................................... 64

SECÇÃO IV - PESSSOAL DOCENTE................................................................................................................. 64

SUBSECÇÃO I - Direitos ............................................................................................................................ 64

Artigo 117º - Direitos profissionais ..................................................................................................... 64

Artigo 118º - Direito de participação no processo educativo ............................................................ 65

Artigo 119º - Direito à formação e informação para o exercício da função educativa .................... 65

Artigo 120º - Direito ao apoio técnico, material e documental ........................................................ 65

Artigo 121º - Direito à segurança na atividade profissional .............................................................. 66

Artigo 122º - Direito à consideração e à colaboração da comunidade educativa ............................ 66

SUBSECÇÃO II - Deveres ........................................................................................................................... 66

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Artigo 123º - Deveres gerais ............................................................................................................... 66

Artigo 124º - Deveres para com os alunos ......................................................................................... 67

Artigo 125º - Deveres para com a escola e os outros docentes ........................................................ 67

Artigo 126º - Deveres para com os pais e encarregados de educação .............................................. 68

Artigo 127º - Regime disciplinar ......................................................................................................... 68

CAPÍTULO V - ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO ................................................................................ 69

SECÇÃO I - GESTÃO DOS ESPAÇOS ESCOLARES E SERVIÇOS ........................................................................ 69

Artigo 128º - Definição ........................................................................................................................ 69

Artigo 129º - Princípios orientadores ................................................................................................. 69

Artigo 130º - Horário de funcionamento da escola sede ................................................................... 70

Artigo 131º - Horário letivo e registo de faltas .................................................................................. 70

Artigo 132º - Calendário escolar ......................................................................................................... 70

Artigo 133º - Registos e documentos ................................................................................................. 70

Artigo 134º - Gestão financeira .......................................................................................................... 71

SECÇÃO II - ACESSO E CIRCULAÇÃO NO RECINTO ESCOLAR ........................................................................ 71

Artigo 135º - Acesso e circulação ........................................................................................................ 71

Artigo 136º - Saída de alunos do recinto escolar ............................................................................... 72

SECÇÃO III - ESPAÇOS ESCOLARES E SERVIÇOS ............................................................................................ 72

Artigo 137º - Definição ........................................................................................................................ 72

Artigo 138º - Critérios de constituição ............................................................................................... 72

Artigo 139º - Espaços e serviços escolares ......................................................................................... 72

Artigo 140º - Direção de instalações .................................................................................................. 73

Artigo 141º - Organização e funcionamento ...................................................................................... 74

SECÇÃO IV - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS, TÉCNICOS E TÉCNICO-PEDAGÓGICOS .................................... 74

Artigo 142º - Serviços administrativos ............................................................................................... 74

Artigo 143º - Serviços de ação social escolar ..................................................................................... 75

Artigo 144º - Bufete ............................................................................................................................ 75

Artigo 145º - Papelaria/ Loja do aluno ............................................................................................... 76

Artigo 146º - Portaria .......................................................................................................................... 76

Artigo 147º - Refeitório ....................................................................................................................... 76

Artigo 148º - Reprografia/Loja do aluno ............................................................................................ 77

Artigo 149º - Serviços especializados de apoio educativo ................................................................. 77

Artigo 150º - Serviço de Psicologia e Orientação ............................................................................... 77

Artigo 151º - Departamento de educação especial ........................................................................... 78

Artigo 152º - Unidade de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e Surdo cegueira Congénita (UAEAM) ................................................................................................... 79

Artigo 153º - Equipa local de intervenção de Montemor-o-Novo do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI) ............................................................................................ 80

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CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES COMUNS AOS JARDINS-DE-INFÂNCIA E ESCOLAS DO 1º CICLO .................... 82

Artigo 154º - Especificidade dos jardins-de-infância ......................................................................... 82

Artigo 155º - Calendário escolar ......................................................................................................... 82

Artigo 156º - Horário de funcionamento............................................................................................ 82

Artigo 157º - Inscrições e admissões de crianças ............................................................................... 83

Artigo 158º - Acompanhamento das crianças .................................................................................... 83

Artigo 159º - Permanência no jardim-de-infância/escola para além do horário estabelecido ....... 83

Artigo 160º - Faltas .............................................................................................................................. 83

Artigo 161º - Indisposições e medicamentação ................................................................................. 83

Artigo 162º - Doenças contagiosas ..................................................................................................... 84

Artigo 163º - Vigilância dos recreios ................................................................................................... 84

Artigo 164º - Contacto urgente com o docente ................................................................................. 84

CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 84

Artigo 165º - Inelegibilidade ............................................................................................................... 84

Artigo 166º - Responsabilidade .......................................................................................................... 84

Artigo 167º - Gestão do crédito global ............................................................................................... 85

Artigo 168º - Reuniões ........................................................................................................................ 85

Artigo 169º - Divulgação do regulamento interno ............................................................................. 85

Artigo 170º - Original do regulamento interno .................................................................................. 86

Artigo 171º - Entrada em vigor ........................................................................................................... 86

Artigo 172º - Normas subsidiárias ...................................................................................................... 86

Artigo 173º - Casos omissos ................................................................................................................ 86

Anexo I ................................................................................................................................................. 86

Distribuição da oferta educativa ........................................................................................................... 86

Anexo II ................................................................................................................................................ 87

Horário de funcionamento das atividades letivas .................................................................................. 87

Anexo III ............................................................................................................................................... 88

Regimento das bibliotecas escolares ..................................................................................................... 88

ANEXO IV - Regulamento específico dos cursos profissionais ..............................................................1

Enquadramento Legal do presente Regulamento .....................................................................................4

Artigo 1º Nota introdutória .....................................................................................................................4

Artigo 2º Matrícula/renovação da matrícula ...........................................................................................4

Artigo 4º Gestão de espaços ...................................................................................................................5

Artigo 5º Manuais escolares....................................................................................................................5

Artigo 6º Equipa Pedagógica ...................................................................................................................5

Artigo 7º Diretor de Curso .......................................................................................................................6

Artigo 8º Conselho de Turma ..................................................................................................................6

Artigo 9º Diretor de Turma .....................................................................................................................6

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Artigo 10º Deveres do professor .............................................................................................................7

Artigo 11º Permuta / Reposição / Antecipação de aulas ..........................................................................7

Artigo 13º Deveres dos alunos ................................................................................................................8

Artigo 14º Regime de assiduidade dos alunos ..........................................................................................8

Artigo 15º Recuperação de faltas justificadas ..........................................................................................8

Artigo 16º Recuperação de faltas injustificadas .......................................................................................9

Artigo 17º Faltas de material................................................................................................................. 11

Artigo 18º Critérios de avaliação ........................................................................................................... 12

Artigo 19º Melhorias de classificação .................................................................................................... 12

Artigo 20º Recuperação modular no ano letivo de lecionação de um módulo ......................................... 12

Artigo 21º Épocas de exame .................................................................................................................. 13

Artigo 23º Condições de progressão ...................................................................................................... 14

Artigo 24º Conclusão e certificação ....................................................................................................... 14

Artigo 25º Anulação de matrícula .......................................................................................................... 14

Artigo 26º Contrato de formação .......................................................................................................... 15

Artigo 28º Protocolo de cooperação para a realização da FCT ................................................................ 15

Artigo 29º Planificação e desenvolvimento da FCT ................................................................................. 15

Artigo 30º Realização da FCT ................................................................................................................. 16

Artigo 31º Professor orientador da FCT ................................................................................................. 16

Artigo 32º Responsabilidades dos intervenientes na FCT ....................................................................... 16

Artigo 33º Assiduidade na FCT .............................................................................................................. 17

Artigo 34º Avaliação da FCT .................................................................................................................. 17

Artigo 35º Âmbito e definição da PAP ................................................................................................... 19

Artigo 36º Intervenientes na PAP .......................................................................................................... 19

Artigo 37º Conceção do projeto da PAP ................................................................................................. 19

Artigo 38º Não comparência à apresentação da PAP ............................................................................. 20

Artigo 39º Júri da PAP ........................................................................................................................... 20

Artigo 40º Orientação e acompanhamento da PAP ................................................................................ 20

Artigo 42º Deveres dos restantes intervenientes relativamente à PAP ................................................... 21

Artigo 44º Critérios de classificação da PAP ........................................................................................... 23

Artigo 45º Aprovação na PAP ................................................................................................................ 23

Artigo 47º Revisão da deliberação do Júri da PAP .................................................................................. 24

Artigo 48º Casos omissos ...................................................................................................................... 24

Artigo 49º Entrada em vigor .................................................................................................................. 24

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PREÂMBULO

O presente regulamento interno (adiante designado por RI), cujas orientações de elaboração estão em harmonia com as disposições decorrentes da aplicação do regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, fixado pelo Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, assume uma dupla forma, traduzida:

1- Numa regulamentação geral, baseada na definição de normas concebidas sob a forma de grandes orientações, que hão de presidir à organização e funcionamento da vida escolar no seu conjunto;

2- Em regulamentações setoriais, constituídas por normas precisas e objetivas destinadas a assegurar uma gestão cuidada, e enquadrada pelas normas gerais dos diferentes setores e serviços escolares.

A par desta dupla forma, o presente RI procura contemplar as três grandes dimensões inerentes à vida do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo (adiante designado AEMN):

- A dimensão escolar, que diz respeito ao conjunto das decisões ligadas aos estabelecimentos de ensino, tendo como intervenientes todos os membros da comunidade educativa;

- A dimensão pedagógica, que diz respeito à relação educador/educando, às interações didáticas e à gestão curricular, tendo como intervenientes os alunos, os membros do pessoal docente e do pessoal não docente e os pais e encarregados de educação, bem como o conselho pedagógico e as restantes estruturas de orientação educativa;

- A dimensão profissional, que diz respeito a todas as questões de desenvolvimento pessoal e profissional do pessoal docente e não docente, tendo como intervenientes os professores e os funcionários (administrativos, técnicos, auxiliares e operários).

Como normativo fixador de direitos e deveres, este RI viu a sua elaboração pautada por preocupações de rigor, de objetividade e clareza, de cumprimento das disposições legais em vigor e de consonância com as características e as exigências colocadas pela escola, no âmbito da sua atividade quotidiana. Ao mesmo tempo, procurou-se criar um documento funcional e, sobretudo, de fácil aplicação, legitimado, portanto, por uma forte componente prática e exclusivamente vocacionado para a orientação permanente da vida escolar, na sua globalidade. O sucesso da sua aplicação depende, todavia, do grau de cumprimento que a escola lhe conseguir garantir. É, por conseguinte, de toda a comunidade educativa – da sua responsabilidade e da sua determinação na criação de um espaço coletivo organizado e harmonioso – que decorre a eficácia deste documento. O AEMN saberá seguramente aproveitá-lo e convertê-lo num eficaz instrumento de gestão e de qualificação do serviço público que presta e, nesta medida, dele saberá extrair a imensa potencialidade que o mesmo lhe disponibiliza.

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CAPÍTULO I – OBJETO, ÂMBITO DE APLICAÇÃO E PRINCÍPIOS ORIENTADORES

Artigo 1º - Objeto

O presente regulamento estabelece as normas de funcionamento do AEMN, em conformidade com o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, fixado pelo Decreto-Lei número 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

Artigo 2º - Âmbito

As disposições do presente regulamento aplicam-se a todos os membros da comunidade educativa, a saber:

a) Pessoal docente; b) Pessoal não docente; c) Alunos; d) Pais e encarregados de educação; e) Representantes do município; f) Representantes da comunidade local; g) Parceiros; h) Instituições e público, em geral, quando envolvidos na atividade escolar.

Artigo 3º - Princípios orientadores e objetivos

1- A autonomia, a administração e a gestão deste agrupamento de escolas orientam-se pelos princípios da igualdade, da participação e da transparência.

2- A autonomia, a administração e a gestão deste agrupamento de escolas subordinam-se particularmente aos princípios e objetivos consagrados na Constituição e na Lei de Bases do Sistema Educativo, designadamente:

a) integrar as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das atividades económicas, sociais, culturais e científicas;

b) contribuir para desenvolver o espírito e a prática democráticos;

c) assegurar a participação de todos os intervenientes no processo educativo, nomeadamente dos professores, dos alunos, das famílias, das autarquias e de entidades representativas das atividades e instituições económicas, sociais, culturais e científicas, tendo em conta as características específicas dos vários níveis e tipologias de educação e de ensino;

d) assegurar o pleno respeito pelas regras da democraticidade e representatividade dos órgãos de administração e gestão da escola, garantido pela eleição democrática de representantes da comunidade educativa.

3- A autonomia, a administração e a gestão deste agrupamento de escolas funcionam sob o princípio da responsabilidade e da prestação de contas do Estado assim como de todos os demais agentes ou intervenientes.

4- São objetivos deste agrupamento de escolas:

a) promover o sucesso, prevenir o abandono escolar dos alunos e desenvolver a qualidade do serviço público de educação, em geral, das aprendizagens e dos resultados escolares, em particular;

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b) promover a equidade social, criando condições para a concretização da igualdade de oportunidades para todos;

c) assegurar as melhores condições de estudo e de trabalho, de realização e de desenvolvimento pessoal e profissional;

d) cumprir e fazer cumprir os direitos e os deveres constantes das leis, normas ou regulamentos e manter a disciplina;

e) observar o primado dos critérios de natureza pedagógica sobre os critérios de natureza administrativa, nos limites de uma gestão eficiente dos recursos disponíveis para o desenvolvimento da sua missão;

f) assegurar a estabilidade e a transparência da gestão e administração escolar, designadamente através dos adequados meios de comunicação e informação;

g) proporcionar condições para a participação dos membros da comunidade educativa e promover a sua iniciativa.

Artigo 4º - Princípios gerais de ética

No exercício das suas funções, os titulares dos cargos previstos no presente regulamento interno estão exclusivamente ao serviço do interesse público, devendo observar os valores fundamentais e princípios da atividade administrativa consagrados na Constituição e na Lei, designadamente os da legalidade, justiça e imparcialidade, competência, responsabilidade, proporcionalidade, transparência e boa-fé.

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CAPÍTULO II - CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

Artigo 5º - Identificação

1- Este agrupamento é designado por “Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo”, sendo a respetiva sede a Escola Secundária de Montemor-o-Novo, com morada na Rua João Luís Ricardo.

2- O código do agrupamento é o número 135586.

Artigo 6º - Oferta educativa

No AEMN funcionam:

1- A educação pré-escolar, os 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e o ensino secundário, em regime diurno;

2- Cursos de educação e formação de adultos em regime misto, no caso de existirem candidatos;

3- O Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional do Agrupamento (na escola sede).

A oferta educativa é apresentada no Anexo I.

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CAPÍTULO III - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

Artigo 7º - Órgãos de gestão

A administração e gestão do agrupamento são asseguradas por órgãos próprios, que se orientam segundo os princípios e objetivos referidos nos artigos 3º, 4º e 5º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

São órgãos de direção, administração e gestão do agrupamento os seguintes:

• O conselho geral;

• O diretor;

• O conselho pedagógico;

• O conselho administrativo.

SECÇÃO I - ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

SUBSECÇÃO I – Conselho geral

Artigo 8.º - Definição

1- O conselho geral é o órgão de direção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da atividade do agrupamento, assegurando a participação e representação da comunidade educativa, nos termos e para os efeitos do nº 4 do artigo 48º da Lei de Bases do Sistema Educativo.

2- Sem prejuízo do disposto no número anterior, a articulação com o município faz-se ainda através da câmara municipal, no respeito pelas competências do conselho municipal de educação, estabelecidas pelo Decreto-Lei nº 7/2003, de 15 de janeiro.

Artigo 9.º - Composição

1- A composição do conselho geral rege-se pelo disposto no artigo 12.º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, sendo a seguinte:

a) Sete representantes do pessoal docente; b) Dois representantes do pessoal não docente; c) Quatro representantes dos pais e encarregados de educação; d) Dois representantes dos alunos do ensino secundário (maiores de 16 anos de idade); e) Três representantes do município; f) Três representantes da comunidade local, designadamente de instituições, organizações e atividades de

carácter económico, social, cultural e científico.

2- O diretor participa nas reuniões do conselho geral, sem direito a voto.

Artigo 10º - Competências

1- Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei ou regulamento interno, ao conselho geral compete:

a) eleger o respetivo presidente, de entre os seus membros, à exceção dos representantes dos alunos;

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b) eleger o diretor, nos termos dos artigos 21.º a 23.º do Decreto-lei n.º 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho e da Portaria 604/2008, de 9 de julho;

c) aprovar o projeto educativo e acompanhar e avaliar a sua execução;

d) aprovar o regulamento interno do agrupamento de escolas;

e) aprovar os planos anual e plurianual de atividades;

f) apreciar os relatórios periódicos e aprovar o relatório final de execução do plano anual de atividades;

g) aprovar as propostas de contratos de autonomia;

h) definir as linhas orientadoras para a elaboração do orçamento;

i) definir as linhas orientadoras do planeamento e execução, pelo diretor, das atividades no domínio da ação social escolar;

j) aprovar o relatório de contas de gerência;

k) apreciar os resultados do processo de autoavaliação;

l) pronunciar -se sobre os critérios de organização dos horários;

m) acompanhar a ação dos demais órgãos de administração e gestão;

n) promover o relacionamento com a comunidade educativa;

o) definir os critérios para a participação do AEMN em atividades pedagógicas, científicas, culturais e desportivas;

p) dirigir recomendações aos restantes órgãos, tendo em vista o desenvolvimento do projeto educativo e o cumprimento do plano anual de atividades;

q) participar, nos termos definidos em diploma próprio, no processo de avaliação do desempenho do diretor;

r) decidir os recursos que lhe são dirigidos;

s) aprovar o mapa de férias do diretor.

t) preparar, assim que aprovado o regulamento interno, as eleições para o conselho geral.

u) aprovar o respetivo regimento interno.

2- O presidente é eleito por maioria absoluta dos votos dos membros do conselho geral em efetividade de funções.

3- No desempenho das suas competências, o conselho geral tem a faculdade de requerer, aos restantes órgãos, as informações necessárias para realizar eficazmente o acompanhamento e a avaliação do funcionamento do agrupamento e, ainda, de lhes dirigir recomendações com vista ao desenvolvimento do projeto educativo e ao cumprimento do plano anual de atividades.

4- O conselho geral pode constituir, no seu seio, uma comissão permanente, na qual pode delegar as competências de acompanhamento da atividade do agrupamento entre as suas reuniões ordinárias.

5- A comissão permanente constitui-se como uma fração do conselho geral, respeitada a proporcionalidade dos corpos que nele têm representação.

6 – O conselho geral pode constituir outras comissões, de acordo com as suas necessidades de trabalho.

Artigo 11º - Designação de representantes

1- Os representantes do pessoal docente são eleitos por um corpo eleitoral constituído pelo pessoal docente em exercício efetivo de funções no AEMN e candidatam-se à eleição em listas, que devem conter a indicação dos candidatos a membros efetivos e dos candidatos a membros suplentes, em número igual ao dos representantes no conselho geral.

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2- São elegíveis todos os membros do pessoal docente em exercício de funções no AEMN, desde que não abrangidos pelo disposto no artigo 50º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de julho.

3- Os representantes do pessoal não docente são eleitos por um corpo eleitoral constituído pelo pessoal não docente em exercício efetivo de funções no AEMN e candidatam-se à eleição em listas, que devem conter a indicação dos candidatos a membros efetivos e dos candidatos a membros suplentes, em número igual ao dos representantes no conselho geral.

4- As listas do pessoal não docente devem integrar elementos das carreiras de assistente técnico e de assistente operacional.

5- São elegíveis todos os membros do pessoal não docente em exercício de funções no AEMN, desde que não abrangidos pelo disposto no artigo 50º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de julho.

6- Os representantes dos alunos são eleitos por um corpo eleitoral constituído pelos alunos dos 2º, 3º ciclos e ensino secundário, candidatando-se à eleição em listas, que devem conter a indicação dos candidatos a membros efetivos e dos candidatos a membros suplentes, em número igual ao dos representantes no conselho geral.

7- São elegíveis todos os alunos do AEMN maiores de dezasseis anos que frequentam o ensino secundário, desde que não abrangidos pelo disposto no artigo 50º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de julho, e que estejam matriculados à data da eleição.

8- Os representantes dos pais e encarregados de educação são eleitos em assembleia-geral de pais e encarregados de educação do AEMN, sob proposta das respetivas associações ou, na falta destas, de entre os representantes dos pais e encarregados de educação de cada turma.

9- Para dar cumprimento ao referido no número anterior, o presidente do conselho geral cessante solicita às associações de pais e encarregados de educação, por escrito, a designação dos representantes, até 15 de abril do ano em que cessará o mandato dos mesmos.

10- A convocatória para a assembleia-geral, referida no número 8, é solicitada à direção das associações de pais e encarregados de educação pelo presidente do conselho geral cessante com, pelo menos, cinco dias úteis de antecedência.

11- Os representantes do município são designados pela câmara municipal, nos termos do número 3 do artigo 14º, do Decreto-lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

12- O presidente do conselho geral cessante deve solicitar à câmara municipal, por escrito, até 30 de abril do ano em que cessará o mandato, a designação dos respetivos representantes.

13- Os representantes da comunidade local, quando se trate de individualidades ou representantes de atividades de carácter económico, social, cultural e científico, são cooptados pelos demais membros do conselho geral, preferindo aqueles que tenham maior ligação à comunidade escolar ou cujo estatuto apresente manifesto interesse social e cultural.

14- Os representantes da comunidade local, quando se trate de representantes de instituições ou organizações, são indicados pelas mesmas, de entre aquelas que forem previamente escolhidas pelos membros do conselho geral, segundo um critério de interesse económico e cultural.

15- A designação dos representantes da comunidade local será feita pelos demais membros do conselho geral, em reunião especialmente convocada para o efeito pelo presidente do conselho geral cessante, o qual preside à mesma.

16- O presidente do conselho geral cessante deve solicitar às instituições ou organizações escolhidas, nos termos dos números anteriores, a designação dos respetivos representantes, por escrito, no prazo de dez dias úteis após a realização da reunião.

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Artigo 12º - Processo eleitoral

1- O processo eleitoral conducente ao apuramento dos representantes dos alunos, do pessoal docente e do pessoal não docente no conselho geral decorre até ao dia 31 de março do ano correspondente ao termo do mandato no respetivo órgão.

2- O processo eleitoral desencadeia-se com a publicação, pelo presidente do conselho geral em funções, ou por quem as suas vezes fizer, do respetivo edital, a afixar nas salas de professores, nos átrios e/ou salas polivalentes, mencionando as normas do processo, a data, o local e a hora do escrutínio, o qual terá lugar no prazo de 15 a 20 dias após a afixação do referido edital.

3- As listas candidatas devem ser apresentadas, até 48 horas antes do início do ato eleitoral, a uma comissão do conselho geral especialmente constituída para acompanhar a realização do referido processo eleitoral.

4- Os representantes referidos no n.º 1 candidatam-se à eleição, apresentando-se em listas separadas.

5- As listas devem ser subscritas por um número mínimo de dez elementos dos respetivos corpos eleitorais e rubricadas pelos candidatos.

6- As listas do pessoal docente devem assegurar, sempre que possível, a representação dos diferentes níveis e ciclos de ensino. Assim, as listas do pessoal docente, com os candidatos a membros efetivos e a membros suplentes, devem ser constituídas por:

a) um representante da educação pré-escolar;

b) dois representantes do 1.º ciclo do ensino básico;

c) um representante do 2.º ciclo do ensino básico;

d) três representantes do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário.

7- A comissão referida no número 3 rubrica as listas, atribui-lhes uma letra e, confirmada a inexistência de irregularidades, procede de imediato à sua afixação nos locais referidos no número 2.

8- Até ao dia 28 de fevereiro do ano correspondente ao termo do mandato no respetivo órgão, são organizados, pelo presidente do conselho geral, para cada um dos corpos eleitorais, os respetivos cadernos eleitorais, dos quais constam, devidamente identificados, todos os titulares de capacidade eleitoral ativa. Estes cadernos servem de base ao escrutínio e neles são descarregados todos os votos expressos, estando disponíveis para consulta nos serviços administrativos do AEMN.

9- Até cinco dias úteis após a sua publicitação, qualquer interessado poderá reclamar, perante o presidente do conselho geral, de eventuais irregularidades patentes nos cadernos eleitorais.

10- Os boletins de voto têm formato A5, são impressos a preto e contêm apenas a identificação da(s) lista(s) concorrente(s), identificada(s) por uma letra e um quadrado onde os votantes aporão uma cruz.

11- Cada mesa de voto é constituída por três membros -um presidente, um secretário e um suplente- eleitos em reunião geral dos respetivos corpos eleitorais, realizada até cinco dias antes do ato eleitoral.

a) Os elementos que integram as mesas de voto para eleição dos representantes dos alunos são eleitos pelas assembleias de delegados de turma, de entre os seus membros.

12- Os presidentes das mesas darão início às assembleias, à hora fixada nas convocatórias, funcionando aquelas ininterruptamente durante oito horas.

13- Caso se verifique que, antes da hora de fecho das referidas assembleias eleitorais, todos os inscritos votaram, pode o presidente da mesa considerar encerrado o ato eleitoral.

14- As eleições realizam-se por sufrágio secreto e presencial.

15- O exercício do direito de voto faz-se mediante a apresentação do respetivo documento identificativo, junto do presidente da mesa da assembleia eleitoral, ou de quem as suas vezes fizer.

16- Nos casos em que os votantes não se façam acompanhar da respetiva identificação, só podem exercer o seu direito de voto se forem reconhecidos por dois elementos da mesa da assembleia eleitoral.

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17- A abertura da urna é efetuada perante a assembleia eleitoral, após o que se lavra a respetiva ata, assinada pelos elementos da mesa, e da qual devem constar as seguintes informações:

a) número de eleitores com direito a voto;

b) número de votantes;

c) número de votos obtidos por cada lista;

d) número de votos nulos;

e) número de votos brancos;

f) eventuais declarações, devidamente fundamentadas, dos membros da mesa da assembleia eleitoral e dos elementos que fiscalizem o ato eleitoral.

18- A ata, bem como os cadernos eleitorais e os boletins de voto utilizados, inutilizados e não utilizados, devem ser entregues à comissão referida no número 3 do presente artigo até duas horas após o encerramento do ato eleitoral.

19- A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação proporcional da média mais alta de Hondt.

20- Os resultados do processo eleitoral são afixados nos locais referidos no número 2, produzindo efeitos após comunicação ao diretor de serviços.

Artigo 13º - Mandatos

1- O mandato dos membros do conselho geral tem a duração de quatro anos, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

2- Perdem o mandato os membros do conselho geral que:

a) deixem de pertencer ao corpo pelo qual foram eleitos ou designados;

b) renunciem ao mandato, mediante comunicação escrita e fundamentada, aceite pelo conselho geral.

4- As vagas resultantes da cessação do mandato dos membros eleitos são preenchidas pelo primeiro candidato suplente, segundo a respetiva ordem de precedência na lista a que pertencia o titular do mandato.

5- Esgotada a lista referida no número anterior, deve ser desencadeado novo processo eleitoral nos termos dos artigos 11º e 12º do presente RI.

6- No impedimento continuado ou previsivelmente continuado dos representantes da comunidade local, a(s) instituição(ões) por ele(s) representada(s) designa(m) um novo representante.

Artigo 14º - Reuniões do conselho geral

1- O conselho geral reúne ordinariamente uma vez por trimestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções ou por solicitação do diretor.

2- As reuniões do conselho geral devem ser marcadas em horário que permita a participação de todos os seus membros.

SUBSECÇÃO II – Diretor

Artigo 15º - Definição

1- O diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas nas áreas pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.

2- O diretor é coadjuvado no exercício das suas funções por um subdiretor e por três adjuntos.

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Artigo 16º - Competências

1- Compete ao diretor submeter à aprovação do conselho geral o projeto educativo elaborado pelo conselho pedagógico.

2- Ouvido o conselho pedagógico, compete também ao diretor:

a) elaborar e submeter à aprovação do conselho geral:

i. as alterações ao regulamento interno;

ii. os planos anual e plurianual de atividades;

iii. o relatório anual de atividades;

iv. as propostas de celebração de contratos de autonomia.

b) aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente e não docente, ouvido também, no último caso, o município.

3- No ato de apresentação ao conselho geral, o diretor faz acompanhar os documentos referidos na alínea a) do número anterior dos pareceres do conselho pedagógico.

4- Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei, no plano da gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial, compete ao diretor em especial:

a) definir o regime de funcionamento do AEMN;

b) elaborar o projeto de orçamento, de acordo com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral;

c) superintender na constituição de turmas e na elaboração de horários;

d) distribuir o serviço docente e não docente;

e) designar os coordenadores de escola ou estabelecimento de educação pré-escolar;

f) propor os candidatos ao cargo de coordenador de departamento curricular, nos termos do nº 5 do artigo 43º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, e designar os diretores de turma;

g) planear e assegurar a execução das atividades no domínio da ação social escolar, em conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral;

h) gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos educativos;

i) estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de associação com outras escolas e instituições de formação, autarquias e coletividades, em conformidade com os critérios definidos pelo conselho geral nos termos da alínea o) do nº 1 do artigo 10º do presente RI;

j) proceder à seleção e recrutamento de pessoal docente, nos termos dos regimes legais aplicáveis;

k) assegurar as condições necessárias à realização da avaliação do pessoal docente e não docente, nos termos da legislação aplicável;

l) dirigir superiormente os serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos.

5- Compete ainda ao diretor:

a) representar o AEMN;

b) exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente;

c) exercer o poder disciplinar em relação aos alunos, nos termos da legislação aplicável;

d) intervir, nos termos da lei, no processo de avaliação de desempenho do pessoal docente;

e) proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente.

6- O diretor exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração educativa e pela câmara municipal.

7- O diretor pode delegar e subdelegar no subdiretor, nos adjuntos ou nos coordenadores de escola ou de estabelecimento de educação pré-escolar as competências referidas nos números anteriores, com exceção da prevista na alínea d) do número 5.

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8- Nas suas faltas e impedimentos, o diretor é substituído pelo subdiretor.

Artigo 17º - Recrutamento

1- O diretor é eleito pelo conselho geral.

2- Para recrutamento do diretor, desenvolvem-se os processos previstos nos artigos 21º a 23º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

Artigo 18º - Posse

1- O diretor toma posse perante o conselho geral nos 30 dias subsequentes à homologação dos resultados eleitorais pelo diretor geral da Administração Escolar.

2- O diretor designa o subdiretor e os seus adjuntos no prazo máximo de 30 dias após a sua tomada de posse.

3- O subdiretor e os adjuntos do diretor tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua designação pelo diretor.

Artigo 19º - Mandato

1- O mandato do diretor tem a duração de quatro anos.

2- Até 60 dias antes do termo do mandato do diretor, o conselho geral delibera sobre a recondução do diretor ou a abertura do procedimento concursal, tendo em vista a realização de nova eleição.

3- A decisão de recondução do diretor é tomada por maioria absoluta dos membros do conselho geral em efetividade de funções, não sendo permitida a sua recondução para um terceiro mandato consecutivo.

4- Não é permitida a eleição para um quinto mandato consecutivo ou durante o quadriénio imediatamente subsequente ao termo do quarto mandato consecutivo.

5- Não sendo ou não podendo ser aprovada a recondução do diretor, de acordo com o disposto nos números anteriores, abre-se o procedimento concursal tendo em vista a eleição do diretor, nos termos do artigo 17º.

6- O mandato do diretor pode cessar:

a) a requerimento do interessado, dirigido ao diretor-geral da Administração Escolar, com a antecedência mínima de 45 dias, fundamentado em motivos devidamente justificados;

b) no final do ano escolar, por deliberação do conselho geral aprovada por maioria de dois terços dos membros em efetividade de funções, em caso de manifesta desadequação da respetiva gestão, fundada em factos comprovados e informações devidamente fundamentadas, apresentados por qualquer membro do conselho geral;

c) na sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela aplicação de sanção disciplinar de cessação da comissão de serviço, nos termos da lei.

7- A cessação do mandato do diretor determina a abertura de um novo procedimento concursal.

8- Os mandatos do subdiretor e dos adjuntos têm a duração de quatro anos e cessam com o mandato do diretor.

9- Sem prejuízo do disposto no número anterior, e salvaguardadas as situações previstas nos artigos 35º e 66º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, quando a cessação do mandato do diretor ocorra antes do termo do período para o qual foi eleito, o subdiretor e os adjuntos asseguram a administração e gestão do agrupamento de escolas até à tomada de posse do novo diretor, devendo o respetivo processo de recrutamento estar concluído no prazo máximo de 90 dias.

10- Não sendo possível adotar a solução prevista no número anterior, e não sendo aplicável o disposto no referido artigo 35º, a gestão do AEMN é assegurada nos termos estabelecidos no artigo 66º dos supracitados Decretos.

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11- O subdiretor e os adjuntos podem ser exonerados a todo o tempo por decisão fundamentada do diretor.

Artigo 20º - Regime de exercício de funções

1- O diretor exerce as funções em regime de comissão de serviço. 2- O exercício das funções de diretor faz- se em regime de dedicação exclusiva. 3- O regime de dedicação exclusiva implica a incompatibilidade do cargo dirigente com quaisquer outras

funções, públicas ou privadas, remuneradas ou não. 4- Excetuam-se do disposto no número anterior:

a) a participação em órgãos ou entidades de representação das escolas ou do pessoal docente;

b) comissões ou grupos de trabalho, quando criados por resolução ou deliberação do Conselho de Ministros ou por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação;

c) a atividade de criação artística e literária, bem como quaisquer outras de que resulte a perceção de remunerações provenientes de direitos de autor;

d) a realização de conferências, palestras, ações de formação de curta duração e outras atividades de idêntica natureza;

e) o voluntariado, bem como a atividade desenvolvida no quadro de associações ou organizações não governamentais.

5- O diretor está isento de horário de trabalho, não lhe sendo, por isso, devida qualquer remuneração por trabalho prestado fora do período normal de trabalho.

6- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o diretor está obrigado ao cumprimento do período normal de trabalho, assim como do dever geral de assiduidade.

7- O diretor está dispensado da prestação de serviço letivo, sem prejuízo de, por sua iniciativa, o poder prestar na disciplina ou área curricular para a qual possua qualificação profissional.

Artigo 21º - Direitos do diretor

1- O diretor goza, independentemente do seu vínculo de origem, dos direitos gerais reconhecidos aos docentes do AEMN.

2- O diretor conserva o direito ao lugar de origem e ao regime de segurança social por que está abrangido, não podendo ser prejudicado na sua carreira profissional por causa do exercício das suas funções, relevando para todos os efeitos, no lugar de origem, o tempo de serviço prestado naquele cargo.

Artigo 22º - Direitos específicos

1- O diretor, o subdiretor e os adjuntos gozam do direito à formação específica para as suas funções, em termos a regulamentar por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

2- O diretor, o subdiretor e os adjuntos mantêm o direito à remuneração base correspondente à categoria de origem, sendo-lhes abonado um suplemento remuneratório pelo exercício de função.

Artigo 23º - Deveres específicos

Para além dos deveres gerais dos trabalhadores que exercem funções públicas aplicáveis ao pessoal docente, o diretor e os adjuntos estão sujeitos aos seguintes deveres específicos:

a) cumprir e fazer cumprir as orientações da administração educativa;

b) manter permanentemente informada a administração educativa, através da via hierárquica competente, sobre todas as questões relevantes referentes aos serviços;

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c) assegurar a conformidade dos atos praticados pelo pessoal com o estatuído na lei e com os legítimos interesses da comunidade educativa.

Artigo 24º - Assessoria da direção

1- Para apoio à atividade do diretor e mediante proposta deste, o conselho geral pode autorizar a constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais são designados docentes em exercício de funções no AEMN.

2- Os critérios para a constituição e dotação das assessorias referidas no número anterior são definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação, em função da população escolar e do tipo e regime de funcionamento do AEMN.

SUBSECÇÃO III - CONSELHO PEDAGÓGICO

Artigo 25º - Definição

O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa do agrupamento, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente.

Artigo 26º - Composição

1 - O conselho pedagógico é constituído por 16 membros:

a) diretor, que preside;

b) coordenador do departamento da educação pré-escolar;

c) coordenador do departamento do 1º ciclo do ensino básico;

d) coordenador do departamento de línguas;

e) coordenador do departamento de matemática e ciências experimentais;

f) coordenador do departamento de ciências sociais e humanas;

g) coordenador do departamento de expressões;

h) coordenador do departamento de educação especial;

i) coordenador dos diretores de turma do 2º ciclo;

j) coordenador dos diretores de turma do 3º ciclo;

k) coordenador dos diretores de turma do ensino secundário;

l) coordenador das ofertas profissionalmente qualificantes;

m) coordenador do Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP);

n) coordenador das bibliotecas escolares /centros de recursos;

o) coordenador dos projetos de desenvolvimento educativo;

p) representante do núcleo de avaliação interna.

2- Os representantes do pessoal docente no conselho geral não podem ser membros do conselho pedagógico.

Artigo 27º - Competências

1- Ao conselho pedagógico compete:

a) elaborar a proposta de projeto educativo a submeter pelo diretor ao conselho geral;

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b) apresentar propostas para a elaboração do regulamento interno e dos planos anual e plurianual de atividades e emitir parecer sobre os respetivos projetos;

c) emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia;

d) elaborar e aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente;

e) definir critérios gerais nos domínios da informação e da orientação escolar e vocacional, do acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;

f) propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de conteúdo regional e local, bem como as respetivas estruturas programáticas;

g) definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos apoios e complementos educativos e das modalidades especiais de educação escolar;

h) adotar os manuais escolares, ouvidos os departamentos curriculares;

i) propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação, no âmbito do agrupamento e em articulação com instituições ou estabelecimentos do ensino superior vocacionados para a formação e investigação;

j) promover e apoiar iniciativas de natureza formativa e cultural;

k) definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários;

l) propor mecanismos de avaliação dos desempenhos organizacionais e dos docentes, bem como da aprendizagem dos alunos, credíveis e orientados para a melhoria da qualidade do serviço de educação prestado e dos resultados das aprendizagens;

m) participar, nos termos regulamentados em diploma próprio, no processo de avaliação do desempenho do pessoal docente.

n) proceder ao acompanhamento e avaliação da execução das suas deliberações e recomendações.

Artigo 28º - Eleição/designação dos representantes

1- Os coordenadores de departamento curricular devem ser docentes de carreira detentores de formação especializada nas áreas de supervisão pedagógica, avaliação do desempenho docente ou administração educacional.

2- Quando não for possível a designação de docentes com os requisitos definidos no número anterior, por não existirem ou não existirem em número suficiente para dar cumprimento ao estabelecido no presente regulamento interno, podem ser designados docentes segundo a seguinte ordem de prioridade:

a) docentes com experiência profissional, de pelo menos um ano, de supervisão pedagógica na formação inicial, na profissionalização ou na formação em exercício ou na profissionalização ou na formação em serviço de docentes;

b) docentes com experiência de pelo menos um mandato de coordenador de departamento curricular ou de outras estruturas de coordenação educativa, delegado de grupo disciplinar ou representante de grupo de recrutamento;

c) docentes que, não reunindo os requisitos anteriores, sejam considerados competentes para o exercício da função.

3- O coordenador de departamento é eleito pelo respetivo departamento, de entre uma lista de três docentes propostos pelo diretor para o exercício do cargo.

4- Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se eleito o docente que reúna o maior número de votos favoráveis dos membros do departamento curricular.

5- Os coordenadores dos diretores de turma, das ofertas profissionalmente qualificantes, do Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional, das bibliotecas escolares e dos projetos de desenvolvimento educativo, assim como o representante do núcleo de avaliação interna são designados pelo diretor.

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Artigo 29 º - Mandatos

1- O mandato dos coordenadores dos diretores de turma, das ofertas profissionalmente qualificantes, do Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional, das bibliotecas escolares e dos Projetos de Desenvolvimento Educativo, assim como do representante do núcleo de avaliação interna, é de um ano letivo.

2- Os mandatos dos coordenadores de departamento têm a duração de quatro anos e cessam com o mandato do diretor.

3- Os coordenadores dos departamentos curriculares podem ser exonerados a todo o tempo por despacho fundamentado do diretor, após consulta ao respetivo departamento.

4- Perdem o mandato os membros do conselho pedagógico que deixem de pertencer ao corpo que representam.

Artigo 30º - Funcionamento

1 - O conselho pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que seja convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções, ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral ou do diretor o justifique.

2- Nas reuniões plenárias ou de comissões especializadas, designadamente quando a ordem de trabalhos verse sobre as matérias previstas nas alíneas a), b), e), f), j) e k) do artigo 27º, podem participar, sem direito a voto, a convite do presidente do conselho pedagógico, representantes do pessoal não docente, dos pais e encarregados de educação e dos alunos.

SUBSECÇÃO IV - Conselho administrativo

Artigo 31º - Definição

O conselho Administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira do AEMN, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 32º - Composição

O conselho administrativo tem a seguinte composição:

a) O diretor, que preside;

b) O subdiretor ou um dos adjuntos do diretor, por ele designado para o efeito;

c) O chefe dos serviços de administração escolar, ou quem o substitua.

Artigo 33º - Competências

1- Ao conselho administrativo compete:

a) aprovar o projeto de orçamento anual do AEMN, em conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral;

b) elaborar o relatório de contas de gerência;

c) autorizar a realização de despesas e o respetivo pagamento, fiscalizar a cobrança de receitas e verificar a legalidade da gestão financeira do AEMN;

d) zelar pela atualização do cadastro patrimonial.

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Artigo 34º - Funcionamento

O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que o presidente o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos restantes membros.

Artigo 35º - Mandato

O mandato dos membros do conselho administrativo tem a duração de quatro anos e cessa com o mandato do diretor.

SECÇÃO II - ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO

Artigo 36º - Definição

1- São as estruturas que colaboram com o conselho pedagógico e com o diretor, no sentido de assegurar a coordenação, supervisão e acompanhamento das atividades escolares, promover o trabalho colaborativo e realizar a avaliação de desempenho do pessoal docente.

2- As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica visam, nomeadamente:

a) a articulação e gestão curricular na aplicação do currículo nacional e dos programas e orientações curriculares e programáticas, definidos a nível nacional, bem como o desenvolvimento de componentes curriculares por iniciativa da escola;

b) a organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades da turma ou grupo de alunos;

c) o acompanhamento e avaliação das atividades a desenvolver com os alunos com vista a promover a melhoria das condições de ensino e aprendizagem e a articulação entre a escola e a família;

d) a coordenação pedagógica de cada ano, ciclo ou curso;

e) a avaliação de desempenho do pessoal docente;

f) a avaliação interna da escola, de forma a conhecer a eficácia da sua organização e os resultados obtidos, tendo em vista assegurar a melhoria contínua da qualidade.

3- As estruturas de coordenação e supervisão são:

a) o conselho de docentes do 1º ciclo do ensino básico;

b) os conselhos dos diretores de turma do 2º ciclo, do 3º ciclo e do ensino secundário;

c) os conselhos de turma;

d) os departamentos curriculares;

e) o conselho de diretores de curso;

f) o conselho de coordenadores de projetos;

g) a equipa técnico-pedagógica do CQEP.

SUBSECÇÃO I – Conselho de docentes

Artigo 37º - Definição

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O conselho de docentes, para efeito de avaliação dos alunos, é um órgão de natureza consultiva, sendo constituído pelos professores titulares de turma do 1º ciclo.

Artigo 38º - Competências do conselho de docentes

1- Cabe ao conselho de docentes: a) colaborar na avaliação sumativa periódica e de final de ano/ciclo dos alunos do 1º ciclo do ensino

básico;

b) elaborar um parecer justificativo, na apreciação do pedido de revisão, quando solicitado pelo diretor do

Agrupamento;

c) pronunciar-se sobre a decisão da transição/ não transição, nos 2º e 3º anos de escolaridade do 1º ciclo,

sempre que o aluno frequentar as aulas durante um único período letivo, por falta de assiduidade

motivada por doença prolongada ou impedimento legal devidamente comprovado;

d) emitir parecer sobre os alunos que ingressam tardiamente no sistema de ensino português, tendo

apenas elementos de avaliação respeitantes ao 3º período letivo. O parecer deve cingir-se à retenção do

aluno ou à atribuição de classificação e à realização da PEA (Prova Extraordinária de Avaliação).

Artigo 39º - Coordenador do conselho de docentes

O coordenador de departamento curricular do 1º CEB coordena simultaneamente o conselho de docentes.

Artigo 40º - Competências do coordenador do conselho de docentes

1- São competências do coordenador do conselho de docentes:

a) representar o conselho de docentes;

b) presidir às reuniões do respetivo conselho, as quais são sempre convocadas pelo diretor; c) preparar e conduzir as reuniões de acordo com as orientações e ordem de trabalhos definidas pelo

diretor; d) coordenar e organizar os documentos de avaliação dos alunos;

e) organizar, sempre que considere pertinente, os docentes em grupos, de acordo com o ano de escolaridade que lecionam, nomeando, para cada grupo, um docente com a função de orientar os trabalhos;

f) propor ao conselho pedagógico a adoção de medidas destinadas a melhorar as aprendizagens dos alunos.

Artigo 41º - Funcionamento do conselho de docentes

1- O conselho de docentes do 1º ciclo do ensino básico reúne, ordinariamente, no final de cada período letivo e, extraordinariamente, sempre que tal se justificar, por convocatória do diretor.

2- No conselho de docentes podem participar outros professores ou técnicos que intervenham no processo de

ensino aprendizagem, os serviços com competência em matéria de apoio educativo e serviços ou entidades cuja contribuição o conselho pedagógico considere conveniente.

3- O parecer sobre avaliação dos alunos, a emitir pelo conselho de docentes, deve resultar do consenso dos

professores que o integram, admitindo-se o recurso ao sistema de votação, quando se verificar a

impossibilidade de obtenção desse consenso.

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4- Sempre que considerado pertinente, os docentes podem ser distribuídos por grupos de trabalho de acordo com o ano de escolaridade que lecionam. Quando um docente lecionar dois ou mais anos de escolaridade deve optar pelo ano em que tenha mais alunos matriculados.

4- As faltas registadas às reuniões correspondem a dois tempos.

SUBSECÇÃO II - Coordenação de turma

Artigo 42º - Organização das atividades da turma

1- A organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades a desenvolver com os alunos e a articulação entre a escola e as famílias é assegurada pelos:

a) educadores de infância, na educação pré-escolar;

b) professores titulares de turma, no 1º ciclo do ensino básico;

c) conselhos de turma, nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no ensino secundário, constituídos por:

i. todos os professores da turma;

ii. dois representantes dos pais e encarregados de educação;

iii. um representante dos alunos;

iv. um representante do departamento de educação especial, sempre que necessário.

2- Nas reuniões do conselho de turma em que seja discutida a avaliação individual dos alunos, apenas participam os membros docentes.

Artigo 43º - Designação de representantes

1- O delegado de turma é eleito, no início do ano letivo, em assembleia composta por todos os alunos da turma e coordenada pelo diretor de turma.

2- Simultaneamente à eleição do delegado de turma, é eleito um subdelegado de turma que substituirá o primeiro nas suas ausências e impedimentos.

3- Os representantes dos pais e encarregados de educação são eleitos, no início do ano letivo, em assembleia composta por todos os pais e encarregados de educação da turma e coordenada pelo diretor de turma/professor titular de turma.

4- Consideram-se eleitos como representantes, entrando imediatamente em funções, os dois encarregados de educação que obtiverem maior número de votos.

Artigo 44º - Competências do professor titular da turma/conselho de turma

1- Sem prejuízo do estipulado no Estatuto da Carreira Docente em vigor e na legislação subsidiária, aos educadores de infância, aos professores titulares de turma e ao conselho de turma compete:

a) elaborar o plano de turma;

b) analisar a situação da turma e identificar características específicas dos alunos a ter em conta no processo de ensino e aprendizagem;

c) identificar diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas especiais dos alunos, promovendo a articulação com os respetivos serviços especializados de apoio educativo, com vista à sua superação;

d) definir estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos alunos;

e) preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais e encarregados de educação, relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos.

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2- Aos professores titulares de turma e ao conselho de turma compete ainda:

a) planear a realização de atividades interdisciplinares;

b) definir estratégias com vista à participação efetiva dos alunos e dos encarregados de educação na superação de situações de insucesso;

c) coordenar o processo de avaliação formativa e sumativa dos alunos;

d) planear atividades de complemento curricular;

Artigo 45º - Professor titular de turma/diretor de turma

1- A coordenação dos trabalhos do conselho de turma é da responsabilidade de um diretor de turma, designado pelo diretor de entre os professores profissionalizados que o integram, pertencendo, sempre que possível, ao quadro da escola.

2- Compete ao diretor de turma/professor titular de turma:

a) dar conhecimento aos alunos do regulamento interno do AEMN;

b) proceder à eleição do delegado e subdelegado de turma;

c) organizar o dossiê de turma, onde constem os seguintes documentos:

i. calendário letivo;

ii. horário da turma;

iii. mancha horária dos professores da turma;

iv. mapa das atividades da turma;

v. elementos de identificação dos alunos;

vi. relatórios médicos e/ou de avaliação psicológica, quando existam;

vii. critérios de avaliação de cada disciplina;

viii. registos de avaliação;

ix. registos de assiduidade e justificações de faltas;

x. registos das participações disciplinares;

xi. registos dos contactos com os encarregados de educação;

xii. cópias das atas (da eleição do delegado e subdelegado de turma, das reuniões de conselhos de turma, das reuniões com os encarregados de educação);

xiii. comunicações várias;

xiv. legislação essencial;

d) manter atualizado o registo de assiduidade dos alunos e comunicar aos pais e encarregados de educação, ou ao aluno, quando maior de idade, no prazo máximo de três dias úteis, pelo meio mais expedito, que não foi apresentada justificação ou que essa justificação não foi aceite;

e) elaborar e conservar o plano/dossiê individual do aluno;

f) preparar e conduzir as reuniões de conselho de turma de acordo com as orientações do conselho de diretores de turma;

g) promover, junto do conselho de turma, a realização de ações conducentes à aplicação do projeto educativo do agrupamento, numa perspetiva de envolvimento dos encarregados de educação e de abertura à comunidade;

h) assegurar a articulação entre os professores da turma e os alunos, pais e encarregados de educação;

i) assegurar a adoção de estratégias coordenadas relativamente aos alunos da turma, bem como a criação de condições para a realização de atividades interdisciplinares;

j) promover um acompanhamento individualizado dos alunos, divulgando junto dos professores da turma a informação necessária à adequada orientação educativa dos alunos e fomentando a participação dos pais e encarregados de educação na concretização de ações para orientação e acompanhamento;

k) promover a comunicação e formas de trabalho cooperativo entre professores e alunos;

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l) coordenar, em colaboração com os docentes da turma, a adequação de atividades, conteúdos, estratégias e métodos de trabalho à situação concreta do grupo e à especificidade de cada aluno, promovendo a adoção de medidas tendentes à melhoria das condições de aprendizagem e à existência de um bom ambiente educativo;

m) acompanhar o aluno na execução das medidas corretivas ou sancionatórias a que for sujeito, articulando a sua atuação com os pais e encarregados de educação e professores da turma, em função das necessidades educativas identificadas;

n) articular as atividades da turma com os pais e encarregados de educação, promovendo a sua participação;

o) garantir a privacidade da entrevista com o encarregado de educação em sala própria;

p) coordenar o processo de avaliação dos alunos, garantindo o seu carácter globalizante e integrador;

q) promover a rentabilização dos recursos existentes na comunidade escolar e educativa, mantendo os alunos e encarregados de educação informados da sua existência;

r) apreciar ocorrências disciplinares, decidir da aplicação de medidas imediatas, no quadro das orientações do conselho pedagógico em matéria disciplinar, e solicitar ao diretor a convocação extraordinária do conselho de turma;

s) em presença de crianças e jovens com necessidades educativas especiais devidamente comprovadas, elaborar (conjunta e obrigatoriamente com o docente de educação especial e o encarregado de educação) o programa educativo individual, que deverá ser complementado com o plano individual de transição (PIT), de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro, sempre que os alunos apresentem necessidades educativas especiais de carácter permanente que os impeçam de adquirir as aprendizagens e competências definidas no currículo nacional;

t) coordenar e avaliar o programa educativo individual dos alunos com necessidades educativas especiais, avaliar as medidas estabelecidas no final de cada período e elaborar relatório circunstanciado no final do ano letivo;

u) Face a eventuais problemas de ordem disciplinar deve:

i. convocar sem demora o aluno a fim de se inteirar da situação;

ii. ouvir eventuais testemunhas;

iii. decidir da aplicação de medidas educativas disciplinares da sua competência;

iv. informar e convocar o encarregado de educação para lhe dar conhecimento do comportamento inadequado do seu educando;

v. comunicar, se for caso disso, ao diretor para se decidir de eventual procedimento disciplinar.

v) apresentar o relatório elaborado pelos professores responsáveis pelas medidas de apoio educativo;

w) apresentar ao diretor um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido no âmbito das suas competências;

x) participar nas reuniões de referenciação dos alunos abrangidos pela educação especial;

y) participar na elaboração do programa educativo individual e no programa individual de transição, para os alunos abrangidos pela educação especial.

3- O diretor de turma/professor titular de turma exerce as suas funções durante um ano letivo, devendo, sempre que possível, acompanhar a turma durante o ciclo de ensino.

4- No horário de cada diretor de turma, são atribuídos tempos específicos, nos termos estabelecidos pelo Ministério da Educação, para o desempenho desse cargo.

Artigo 46º - Conselho de diretores de turma

1- A coordenação, supervisão e acompanhamento das atividades escolares das turmas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário são asseguradas pelos respetivos conselhos de diretores de turma.

2- Os conselhos de diretores de turma são compostos:

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a) pelo coordenador, que preside, tendo o seu mandato duração de um ano letivo, devendo privilegiar-se a continuidade deste cargo;

b) por todos os diretores de turma que coordenam os conselhos de turma nos 2º, 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário, respetivamente.

3- Os diretores de turma de outras ofertas educativas integram o conselho de diretores de curso.

4- Os conselhos de diretores de turma reúnem-se, no mínimo, uma vez por trimestre e regem-se por regimento próprio.

5- Ao conselho de diretores de turma compete:

a) planificar as atividades e projetos a desenvolver, anualmente, de acordo com as orientações do conselho pedagógico;

b) articular, com os diferentes departamentos curriculares, o desenvolvimento de conteúdos programáticos e objetivos de aprendizagem;

c) cooperar com outras estruturas de orientação educativa e com os serviços especializados de apoio educativo na gestão adequada de recursos e na adoção de medidas pedagógicas destinadas a melhorar as aprendizagens;

d) dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares das turmas;

e) identificar necessidades de formação no âmbito da direção de turma;

f) conceber e desencadear mecanismos de formação e apoio aos diretores de turma em exercício e de outros docentes da escola para o desempenho dessas funções;

g) propor ao conselho pedagógico a realização de ações de formação no domínio da orientação educativa e da coordenação das atividades das turmas;

h) colaborar com os serviços especializados de apoio educativo na elaboração de estratégias pedagógicas destinadas aos alunos de cada ciclo;

i) analisar as propostas dos conselhos de turma e submetê-las, através do seu coordenador, ao conselho pedagógico;

j) propor e planificar formas de atuação junto de pais e encarregados de educação;

k) promover a interação entre a escola e a comunidade;

l) assegurar a articulação das atividades das turmas de cada ciclo;

m) elaborar e aprovar o seu regimento interno.

Artigo 47º - Coordenador dos diretores de turma

1- O conselho de diretores de turma é presidido por um coordenador designado pelo diretor de entre os docentes em exercício de funções na escola, que possua, preferencialmente, formação especializada na área da orientação educativa ou da coordenação pedagógica.

2- O coordenador dos diretores de turma de cada ciclo beneficia de duas horas da componente não letiva de estabelecimento e/ou de redução ao abrigo do artigo 79º do ECD para o exercício das respetivas funções.

3- O mandato dos coordenadores dos diretores de turma tem a duração de um ano letivo, devendo privilegiar-se a continuidade deste cargo até quatro anos letivos.

4- O mandato dos coordenadores dos diretores de turma pode cessar a qualquer momento, por decisão fundamentada do diretor, ou no final do ano letivo, a pedido do interessado ou mediante proposta fundamentada de, pelo menos, dois terços dos membros do respetivo conselho.

Artigo 48º - Competências do coordenador dos diretores de turma

1 - Ao coordenador dos diretores de turma compete:

a) representar os diretores de turma junto do conselho pedagógico;

b) coordenar a ação do conselho, articulando estratégias e procedimentos;

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c) assegurar a planificação das atividades e projetos a desenvolver anualmente pelos diretores de turma dentro das suas competências, de acordo com as orientações do conselho pedagógico;

d) dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares das turmas;

e) adotar os procedimentos necessários de modo a assegurar a articulação/cooperação do conselho com os serviços técnico-pedagógicos, na gestão adequada de recursos, na integração dos alunos com necessidade educativas especiais e na adoção de medidas pedagógicas destinadas a melhorar as aprendizagens;

f) conceber e desencadear mecanismos de formação e apoio aos diretores de turma em exercício e de outros docentes do agrupamento para o desempenho dessas funções.

g) propor e planificar formas de atuação junto de pais e encarregados de educação;

h) promover a interação entre a escola e a comunidade;

i) elaborar e aprovar o seu regimento interno.

SUBSECÇÃO III – Coordenação de curso

Artigo 49º - Direção de curso

1- A articulação entre as aprendizagens nas disciplinas que integram as diferentes componentes de formação dos cursos vocacionais, profissionais e de educação e formação é assegurada por um diretor de curso.

2- Os diretores de curso são designados pelo diretor, preferencialmente, de entre os professores profissionalizados que lecionam as disciplinas da componente de formação tecnológica ou técnica.

3- Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, compete aos diretores de curso:

a) organizar e coordenar as atividades a desenvolver no âmbito da formação tecnológica e técnica;

b) participar em reuniões de conselho de turma, no âmbito das suas funções;

c) assegurar a articulação com os serviços competentes em matéria de apoios socioeducativos;

d) coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso.

4- Aos diretores de curso dos cursos profissionais compete:

a) presidir ao conselho de curso;

b) assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso;

c) articular com os órgãos de gestão da escola, bem como com as estruturas intermédias de articulação e coordenação pedagógica, no que respeita aos procedimentos necessários à realização da prova de aptidão profissional (PAP);

d) assegurar a articulação entre a escola e as entidades de acolhimento da Formação em Contexto de Trabalho (FCT), identificando-as, selecionando-as, preparando protocolos, participando na elaboração do plano da FCT e dos contratos de formação, procedendo à distribuição dos formandos pelas referidas entidades e coordenando o acompanhamento dos mesmos, em estreita relação com o orientador e o monitor responsáveis pelo acompanhamento dos alunos.

5- Aos diretores de curso dos cursos de educação e formação compete:

a) convocar e coordenar as reuniões da equipa pedagógica;

b) assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso;

c) assegurar a articulação entre a escola e as entidades de acolhimento da FCT, identificando-as, selecionando-as, preparando protocolos, participando na elaboração do plano da FCT e dos contratos de formação, procedendo à distribuição dos formandos por aquelas entidades e coordenando o acompanhamento dos mesmos, em estreita relação com o orientador e o monitor responsáveis pelo acompanhamento dos alunos.

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6- Aos diretores de curso é atribuído um número de horas para o exercício das respetivas funções determinado nos termos da legislação em vigor.

7- A cada um dos professores orientadores e acompanhantes do projeto conducente à Prova de Aptidão Prática dos Cursos Profissionais é atribuída uma redução da componente letiva de duas horas letivas durante o período de acompanhamento do projeto, não devendo, cada um deles, acompanhar mais do que cinco alunos.

Artigo 50º - Coordenação das ofertas profissionalmente qualificantes

1- A coordenação das ofertas profissionalmente qualificantes tem por finalidades a articulação e harmonização das atividades desenvolvidas pelas turmas daquelas modalidades de ensino.

2- A coordenação referida no número anterior é assegurada pelo conselho de diretores de curso e de turma dos cursos vocacionais, profissionais e de educação e formação, o qual integra todos os diretores de curso e de turma das ofertas profissionalmente qualificantes em funcionamento, anualmente, no AEMN.

3- A coordenação do conselho de diretores de curso, bem como a sua representação no conselho pedagógico, é assegurada por um coordenador designado pelo diretor de entre os vários diretores de curso.

4- Ao coordenador referido no número anterior compete:

a) coordenar a ação dos diretores de curso, articulando estratégias e procedimentos;

b) submeter ao conselho pedagógico as propostas dos vários diretores de curso;

c) divulgar, junto dos respetivos diretores de curso, toda a informação necessária ao adequado desenvolvimento das suas competências;

d) conceber e desencadear mecanismos de formação e apoio aos diretores de curso em exercício e de outros docentes da escola para o desempenho dessas funções;

e) colaborar com o conselho pedagógico e com o diretor na definição e gestão da rede de oferta formativa de dupla qualificação;

f) apresentar ao diretor um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido no âmbito das suas competências.

5- O coordenador das ofertas profissionalmente qualificantes beneficia de duas horas da componente não letiva de estabelecimento e/ou de redução ao abrigo do artigo 79º do ECD para o exercício das respetivas funções.

6- O mandato do coordenador das ofertas profissionalmente qualificantes tem a duração de um ano letivo, podendo ser prolongado, por decisão do diretor, até quatro anos letivos.

7- O mandato do coordenador das ofertas profissionalmente qualificantes para jovens pode cessar a qualquer momento, por decisão fundamentada do diretor, ou no final do ano letivo, a pedido do interessado.

8- Compete ao conselho de diretores de curso e de turma dos cursos vocacionais, profissionais e de educação e formação:

a) planificar as atividades e projetos a desenvolver, anualmente, de acordo com as orientações do conselho pedagógico;

b) articular com os diferentes departamentos curriculares o desenvolvimento de conteúdos programáticos e objetivos de aprendizagem;

c) cooperar com outras estruturas de orientação educativa e com os serviços especializados de apoio educativo na gestão adequada de recursos e na adoção de medidas pedagógicas destinadas a melhorar as aprendizagens;

d) dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares dos cursos;

e) identificar necessidades de formação no âmbito da direção de curso e de turma;

f) conceber e desencadear mecanismos de formação e apoio aos diretores de curso e de turma em exercício e de outros docentes da escola para o desempenho dessas funções;

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g) propor ao conselho pedagógico a realização de ações de formação no domínio da orientação educativa e da coordenação das atividades dos cursos;

h) colaborar com os serviços especializados de apoio educativo na elaboração de estratégias pedagógicas destinadas aos alunos de cada curso;

i) analisar as propostas dos conselhos de turma e submetê-las, através do coordenador, ao conselho pedagógico;

j) propor e planificar formas de atuação junto de pais e encarregados de educação;

k) promover a interação entre a escola e a comunidade;

l) assegurar a articulação das atividades das turmas de cada curso;

m) elaborar e aprovar o seu regimento interno.

9- O conselho de diretores de curso reúne, ordinariamente, duas vezes por período letivo e, extraordinariamente, por iniciativa do coordenador, a requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral, do diretor ou do conselho pedagógico, o justifique.

a) as reuniões ordinárias são convocadas pelo coordenador;

b) as reuniões extraordinárias podem ser convocadas pelo coordenador ou pelo diretor.

SUBSECÇÃO IV - Departamentos curriculares

Artigo 51º - Identificação e composição

1- A articulação e gestão curricular são asseguradas por departamentos curriculares nos quais se encontram representados os grupos de recrutamento e as áreas disciplinares.

2- Os departamentos curriculares, bem como a respetiva composição, são os seguintes:

a) Departamento de educação pré-escolar

Grupo 100 - educação pré-escolar

b) Departamento do 1º ciclo do ensino básico

Grupo 110 - 1º ciclo do ensino básico

c) Departamento de línguas

Grupo 120 – inglês do 1º ciclo

Grupo 210 - português/francês

Grupo 220 - português/inglês

Grupo 300 - português

Grupo 320 - francês

Grupo 330 - inglês/alemão

Grupo 350 - espanhol

d) Departamento de matemática e ciências experimentais

Grupo 230 - matemática e ciências da natureza

Grupo 500 - matemática

Grupo 510 - física e química

Grupo 520 - biologia e geologia

e) Departamento de ciências sociais e humanas

Grupo 200 - português e estudos sociais/ história

Grupo 290 - educação moral religiosa católica

Grupo 400 - história

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Grupo 410 - filosofia

Grupo 420 - geografia

Grupo 430 - economia e contabilidade

f) Departamento de expressões e tecnologias

Grupo 240 - educação visual e educação tecnológica

Grupo 250 - educação musical

Grupo 260 - educação física

Grupo 530 - educação tecnológica

Grupo 550 - informática

Grupo 600 - artes visuais

Grupo 620 - educação física

g) Departamento de educação especial

Grupo 910 - educação especial 1

Grupo 920 - educação especial 2

Grupo 930 - educação especial 3

Docentes de intervenção precoce na infância

3- Quando, aos docentes de um determinado grupo disciplinar, for atribuído serviço docente de outro grupo, integrado num departamento diferente, o diretor pode promover, por despacho anual e considerando o número de horas de serviço atribuídas em cada grupo, a permuta dos referidos professores entre os respetivos departamentos.

Artigo 52º - Coordenador de departamento

1- Os departamentos curriculares são coordenados por professores designados/eleitos de acordo com o artigo 28º deste regulamento interno, nos termos da legislação em vigor.

2- Compete ao coordenador de departamento:

a) promover a troca de experiências e a cooperação entre todos os docentes que integram o departamento;

b) assegurar a coordenação das orientações curriculares e dos programas de estudo, promovendo a adequação dos seus objetivos e conteúdos à situação concreta da escola;

c) promover a articulação com outras estruturas ou serviços da escola, com vista ao desenvolvimento de estratégias de diferenciação pedagógica;

d) propor ao conselho pedagógico o desenvolvimento de componentes curriculares locais e a adoção de medidas destinadas a melhorar as aprendizagens dos alunos;

e) cooperar na elaboração, desenvolvimento e avaliação dos instrumentos de autonomia do AEMN;

f) promover a realização de atividades de investigação, reflexão e de estudo, visando a melhoria da qualidade das práticas educativas;

g) apresentar ao diretor um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido no âmbito das suas competências;

h) planear, dinamizar e avaliar as atividades do departamento;

i) coordenar a atividade pedagógico-didática dos docentes do departamento, tendo em conta as orientações superiores;

j) promover a articulação curricular ao nível do próprio departamento e entre departamentos;

k) exercer as competências que lhe são conferidas no que respeita à avaliação de desempenho dos docentes.

3- O coordenador de departamento beneficia de um número de horas para o exercício das respetivas funções, de acordo com a legislação em vigor.

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Artigo 53º - Competências

Compete a cada departamento curricular:

a) planificar e adequar à realidade do agrupamento a aplicação dos planos de estudo estabelecidos a nível nacional;

b) elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didáticas específicas das disciplinas;

c) assegurar, de forma articulada com outras estruturas de coordenação e supervisão pedagógica, a adoção de metodologias específicas destinadas ao desenvolvimento, quer dos planos de estudo, quer das componentes de âmbito local do currículo;

d) analisar a oportunidade de adoção de medidas de gestão flexível dos currículos e das medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

e) elaborar propostas curriculares diversificadas em função da especificidade de grupos de alunos;

f) assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das aprendizagens;

g) identificar necessidades de formação de docentes;

h) analisar e refletir sobre as práticas educativas e o seu contexto;

i) aplicar as orientações pedagógico-didáticas, emanadas superiormente, para as disciplinas em lecionação no departamento;

j) propor, ao conselho pedagógico, os manuais escolares para adoção;

k) pronunciar-se sobre prioridades e estratégias a seguir na implementação de medidas de apoio pedagógico acrescido relativamente às disciplinas em lecionação no departamento;

l) colaborar na realização de projetos de âmbito local e regional, de acordo com os recursos do agrupamento e no respeito pelos objetivos do seu projeto educativo;

m) elaborar o seu regimento interno.

Artigo 54º - Delegado de grupo de recrutamento

1- O delegado de grupo de recrutamento é um professor nomeado pelo diretor, sob proposta do coordenador de departamento, de entre os professores do quadro da escola que integram o respetivo grupo.

2- O mandato do delegado de grupo de recrutamento acompanha o do diretor, podendo, todavia, cessar a todo o tempo, a pedido do interessado ou mediante proposta fundamentada de, pelo menos, dois terços dos membros do grupo de recrutamento.

3- As competências do delegado de grupo de recrutamento são fixadas no regimento interno do departamento respetivo, no respeito pela legislação em vigor e pelo presente regulamento interno.

4- Os delegados de grupo de recrutamento beneficiam de duas horas da componente não letiva de estabelecimento para o exercício das respetivas funções.

Artigo 55º - Funcionamento

1- O departamento curricular reúne, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, por iniciativa do coordenador, a requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral, do diretor ou do conselho pedagógico o justifique.

2- As reuniões ordinárias são convocadas pelo coordenador de departamento.

3- As reuniões extraordinárias podem ser convocadas pelo coordenador de departamento ou pelo diretor.

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SUBSECÇÃO V – Outras estruturas representadas no conselho pedagógico

Artigo 56º – Coordenador dos projetos de desenvolvimento educativo

1- Constituem projetos e atividades de desenvolvimento educativo programas, clubes e atividades de complemento e enriquecimento curricular. A coordenação é a estrutura de orientação educativa responsável pela articulação e harmonização das atividades desenvolvidas em cada escola do agrupamento, com vista ao enriquecimento do currículo, em cada um dos níveis de escolaridade.

2- A coordenação de projetos e atividades de enriquecimento curricular é presidida pelo coordenador e constituída por todos os docentes responsáveis pelos projetos e atividades de desenvolvimento educativo e curricular em funcionamento nas escolas do AEMN.

3- Ao coordenador de projetos e atividades de enriquecimento curricular compete:

a) representar os docentes envolvidos nos diferentes projetos e atividades de enriquecimento curricular, no conselho pedagógico;

b) propor ao conselho pedagógico os projetos e as atividades de enriquecimento curricular, a incluir nos planos anual e plurianual de atividades;

c) promover parcerias junto da comunidade local, tendo em vista o desenvolvimento de projetos;

d) realizar reuniões periódicas com os professores envolvidos em cada projeto de forma a melhorar a sua eficácia;

e) coordenar e acompanhar os projetos de desenvolvimento em curso e as atividades de enriquecimento curricular;

f) apresentar ao conselho pedagógico os projetos a que as escolas do agrupamento se propõem concorrer;

g) manter informado o conselho pedagógico sobre o desenvolvimento dos projetos;

h) reunir e apreciar, no final de cada ano letivo, os relatórios das atividades apresentados pelos responsáveis por cada projeto e atividades de enriquecimento curricular, dando conhecimento destes em conselho pedagógico.

4- O mandato do coordenador de projetos tem a duração de quatro anos, podendo cessar a todo o tempo por decisão fundamentada do diretor, ou a pedido do interessado no final do ano letivo.

Artigo 57º – Equipa de avaliação interna

1- A equipa de avaliação interna e o respetivo coordenador são designados pelo diretor, tendo os seus mandatos a duração de um ano letivo.

2- Compete à equipa de avaliação interna:

a) planear a autoavaliação da escola, selecionando, construindo e aplicando os respetivos instrumentos;

b) recolher, tratar e analisar os dados recolhidos;

c) elaborar relatórios periódicos das avaliações realizadas;

d) apresentar propostas de melhoria, identificando os pontos fortes, os pontos fracos e os constrangimentos.

SUBSECÇÃO VI - Coordenação de estabelecimentos de educação e de ensino

Artigo 58º - Designação dos coordenadores de estabelecimento

1- A coordenação de cada estabelecimento de educação e ensino integrado no AEMN é assegurada por um coordenador. Nos estabelecimentos que tenham menos de três docentes titulares de turma, em exercício

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efetivo de funções, não há lugar à designação de coordenador, sendo designado um professor como representante do estabelecimento.

2- O coordenador de estabelecimento deve ser um professor, em exercício de funções no estabelecimento a que respeita o cargo a desempenhar.

Artigo 59º - Competências dos coordenadores de estabelecimento

1- Compete ao coordenador:

a) coordenar as atividades educativas do estabelecimento, em articulação com o órgão de gestão;

b) cumprir e fazer cumprir as decisões do diretor e exercer as competências que por este lhe forem delegadas;

c) transmitir as informações relativas ao pessoal docente e não docente e aos alunos;

d) promover e incentivar a participação dos pais e encarregados de educação, dos interesses locais e da autarquia nas atividades educativas;

e) exercer as demais competências que lhe forem atribuídas por lei.

SUBSECÇÃO VII - Disposições comuns

Artigo 60º - Regimentos internos

1- Os órgãos colegiais de administração e gestão e as estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica elaboram os seus próprios regimentos, definindo as respetivas regras de organização e de funcionamento, nos termos fixados na legislação e no presente regulamento interno.

2- O regimento é elaborado ou revisto nos primeiros 30 dias do mandato do órgão ou estrutura a que respeita.

3- Os regimentos internos estabelecem as regras relativas à organização e funcionamento internos e devem contemplar as disposições relativas a:

a) funcionamento;

b) distribuição de tarefas e funções;

c) deliberações, incluindo a forma de votação e a maioria exigível;

d) revisão do regimento interno.

4- Devem, ainda, estar contempladas nos regimentos internos as disposições relativas às respetivas reuniões, nomeadamente:

a) periodicidade;

b) convocação;

c) duração;

d) quórum;

e) organização dos trabalhos;

f) atas.

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CAPÍTULO IV - MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR

SECÇÃO I - ALUNOS

Artigo 61º - Responsabilidade dos alunos

1- Os alunos são responsáveis, em termos adequados à sua idade e capacidade de discernimento, pelo

exercício dos direitos e pelo cumprimento dos deveres que lhes são conferidos pelo Estatuto do Aluno e Ética Escolar, pelo presente regulamento interno e pela demais legislação aplicável.

2- A responsabilidade disciplinar dos alunos implica o respeito integral pelo Estatuto do Aluno e Ética Escolar,

pelo presente regulamento interno, pelo património do AEMN, pelos demais alunos, funcionários e, em

especial, professores.

3- Nenhum aluno pode prejudicar o direito à educação dos demais.

Artigo 62º - Valores nacionais e cultura de cidadania

No desenvolvimento dos princípios do Estado de direito democrático, dos valores nacionais e de uma cultura de cidadania capaz de fomentar os valores da dignidade da pessoa humana, da democracia, do exercício responsável, da liberdade individual e da identidade nacional, o aluno tem o direito e o dever de conhecer e respeitar ativamente os valores e os princípios fundamentais inscritos na Constituição da República Portuguesa, a Bandeira e o Hino, enquanto símbolos nacionais, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, a Convenção sobre os Direitos da Criança e a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, enquanto matrizes de valores e princípios de afirmação da humanidade.

SUBSECÇÃO I - Direitos e deveres

Artigo 63º - Direitos do aluno

1- O aluno tem direito a:

a) ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas;

b) Usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em condições de efetiva igualdade de oportunidades no acesso, num espaço adequado às suas necessidades educativas;

c) escolher e usufruir, nos termos estabelecidos no quadro legal aplicável, por si ou, quando menor, através dos seus pais ou encarregados de educação, o projeto educativo que lhe proporcione as condições para o seu pleno desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e cívico e para a formação da sua personalidade;

d) ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação, a assiduidade e o esforço no trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido;

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e) ver reconhecido o empenhamento em ações meritórias, designadamente o voluntariado em favor da comunidade em que está inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela, e ser estimulado nesse sentido;

f) usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma planificação equilibrada das atividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade;

g) beneficiar, no âmbito dos serviços de ação social escolar, de um sistema de apoios que lhe permitam superar ou compensar as carências do tipo sociofamiliar, económico ou cultural que dificultem o acesso à escola ou o processo de ensino;

h) usufruir de prémios ou apoios e meios complementares que reconheçam e distingam o mérito;

i) beneficiar de outros apoios específicos, adequados às suas necessidades escolares ou à sua aprendizagem, através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços especializados de apoio educativo;

j) ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral, beneficiando, designadamente, da especial proteção consagrada na lei penal para os membros da comunidade escolar;

k) ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou manifestada no decorrer das atividades escolares;

l) ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu processo individual, de natureza pessoal ou familiar;

m) participar, através dos seus representantes, nos termos da lei, nos órgãos de administração e gestão da escola, na criação e execução do respetivo projeto educativo, bem como na elaboração do regulamento interno;

n) eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação no âmbito da escola, bem como ser eleito, nos termos da lei e do regulamento interno da escola;

o) apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos professores, diretores de turma e órgãos de administração e gestão da escola em todos os assuntos que justificadamente forem do seu interesse;

p) organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos livres, utilizando as necessárias instalações escolares, com a devida autorização.

q) ser informado sobre o regulamento interno da escola e, por meios a definir por esta e em termos adequados à sua idade e ao ano frequentado, sobre todos os assuntos que justificadamente sejam do seu interesse, nomeadamente, sobre o modo de organização do plano de estudos ou curso, o programa e objetivos essenciais de cada disciplina ou área disciplinar e os processos e critérios de avaliação, bem como sobre a matrícula, o abono de família e apoios socioeducativos, as normas de utilização e de segurança dos materiais e equipamentos e das instalações, incluindo o plano de emergência, e, em geral, sobre todas as atividades e iniciativas relativas ao projeto educativo da escola;

r) participar nas demais atividades da escola, nos termos da lei e do regulamento interno;

s) participar no processo de avaliação, através de mecanismos de auto e heteroavaliação;

t) beneficiar de medidas, a definir pela escola, adequadas à recuperação da aprendizagem nas situações de ausência, devidamente justificada, às atividades escolares.

2- A fruição dos direitos consagrados nas alíneas g), h) e r) do número anterior pode ser, no todo ou em parte, temporariamente vedada em consequência de medida disciplinar corretiva ou sancionatória aplicada ao aluno, nos termos previstos no presente regulamento interno.

Artigo 64º - Deveres do aluno

1- O aluno tem o dever, sem prejuízo do disposto no artigo 61º e dos demais deveres previstos neste regulamento interno, de:

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a) estudar, aplicando -se, de forma adequada à sua idade, necessidades educativas e ao ano de escolaridade que frequenta, na sua educação e formação integral;

b) ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das atividades escolares;

c) seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino;

d) tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso algum, discriminar em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social, ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas;

e) guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa;

f) respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente;

g) contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os alunos;

h) participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas demais atividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;

i) respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa, não praticando quaisquer atos, designadamente violentos, independentemente do local ou dos meios utilizados, que atentem contra a integridade física, moral ou patrimonial dos professores, pessoal não docente e alunos;

j) prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com as circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica dos mesmos;

k) zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático, mobiliário e espaços verdes da escola, fazendo uso correto dos mesmos;

l) respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;

m) permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de educação ou da direção do agrupamento de escolas;

n) participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;

o) Conhecer e cumprir o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, as normas de funcionamento dos serviços da escola e o presente regulamento interno, subscrevendo declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral;

p) não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas;

q) não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das atividades letivas, ou poderem causar danos físicos ou psicológicos aos alunos ou a qualquer outro membro da comunidade educativa;

r) não utilizar quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente, telemóveis, equipamentos, programas ou aplicações informáticas, nos locais onde decorram aulas ou outras atividades formativas ou reuniões de órgãos ou estruturas do agrupamento de escolas em que participe, exceto quando a utilização de qualquer dos meios acima referidos esteja diretamente relacionada com as atividades a desenvolver e seja expressamente autorizada pelo professor ou pelo responsável pela direção ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso;

s) não captar sons ou imagens, designadamente, de atividades letivas e não letivas, sem autorização prévia dos professores, dos responsáveis pela direção do agrupamento de escolas ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso, bem como, quando for o caso, de qualquer membro da comunidade escolar ou educativa cuja imagem possa, ainda que involuntariamente, ficar registada;

t) não difundir, na escola ou fora dela, nomeadamente, via Internet ou através de outros meios de comunicação, sons ou imagens captados nos momentos letivos e não letivos, sem autorização do diretor do agrupamento de escolas;

u) respeitar os direitos de autor e de propriedade intelectual;

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v) apresentar-se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à dignidade do espaço e à especificidade das atividades escolares;

x) reparar os danos, por si causados, a qualquer membro da comunidade educativa ou em equipamentos ou instalações da escola ou outras onde decorram quaisquer atividades decorrentes da vida escolar e, não sendo possível ou suficiente a reparação, indemnizar os lesados relativamente aos prejuízos causados.

2- Os alunos têm, ainda, o dever de:

a) ser diariamente portador da caderneta escolar e/ou do cartão de estudante, validando-o à entrada e apresentando-o sempre que solicitado pelo pessoal docente e não docente;

b) fazer-se acompanhar, diariamente, do material indispensável à realização dos trabalhos escolares definido pelo professor de cada disciplina.

Artigo 65º - Processo individual do aluno

1- O processo individual do aluno acompanha-o ao longo de todo o seu percurso escolar, sendo devolvido aos pais ou encarregado de educação ou ao aluno maior de idade, no termo da escolaridade obrigatória.

2- São registadas no processo individual do aluno as informações relevantes do seu percurso educativo, designadamente as relativas a comportamentos meritórios e medidas disciplinares aplicadas e seus efeitos.

3- O processo individual do aluno constitui -se como registo exclusivo em termos disciplinares.

4- Têm acesso ao processo individual do aluno, além do próprio, os pais ou encarregados de educação, quando aquele for menor, o professor titular da turma ou o diretor de turma, os titulares dos órgãos de gestão e administração do agrupamento de escolas e os funcionários afetos aos serviços de gestão de alunos e da ação social escolar.

5- Podem ainda ter acesso ao processo individual do aluno, mediante autorização do diretor do agrupamento de escolas, e no âmbito do estrito cumprimento das respetivas funções, outros professores da escola, os psicólogos e médicos escolares ou outros profissionais que trabalhem sob a sua égide e os serviços do Ministério da Educação, com competências reguladoras do sistema educativo, neste caso após comunicação ao diretor.

6- O processo individual do aluno pode ser consultado, pelo aluno ou pelos pais ou o encarregado de educação do aluno menor, nos serviços administrativos deste agrupamento de escolas, durante o seu horário de funcionamento.

7- As informações contidas no processo individual do aluno referentes a matéria disciplinar e de natureza pessoal e familiar são estritamente confidenciais, encontrando-se vinculados ao dever de sigilo todos os membros da comunidade educativa que a elas tenham acesso.

Artigo 66º - Outros instrumentos de registo

1- Constituem ainda instrumentos de registo de cada aluno:

a) o registo biográfico;

b) a caderneta escolar;

c) as fichas de registo da avaliação.

2- O registo biográfico contém os elementos relativos à assiduidade e aproveitamento do aluno.

3- A caderneta escolar contém as informações da escola e do encarregado de educação, bem como outros elementos relevantes para a comunicação entre a escola e os pais ou encarregados de educação, sendo propriedade do aluno e devendo ser por este conservada.

4- As fichas de registo da avaliação contêm, de forma sumária, os elementos relativos ao desenvolvimento dos conhecimentos, capacidades e atitudes do aluno e são entregues no final de cada momento de avaliação,

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designadamente, no final de cada período escolar, aos pais ou ao encarregado de educação pelo professor titular da turma, no 1.º ciclo, ou pelo diretor de turma, nos restantes casos.

5- A pedido do interessado, as fichas de registo de avaliação serão ainda entregues ao progenitor que não resida com o aluno menor de idade.

6- Os modelos do processo individual, registo biográfico, caderneta do aluno e fichas de registo da avaliação, nos seus diferentes formatos e suportes, são definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

SUBSECÇÃO II - Dever de assiduidade e efeitos da ultrapassagem dos limites de faltas

Artigo 67º - Frequência e assiduidade

1- Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, os alunos são responsáveis pelo cumprimento dos deveres de assiduidade e pontualidade, nos termos estabelecidos na alínea b) do artigo 64º e no nº 3 do presente artigo.

2- Os pais ou encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis, conjuntamente com estes, pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior.

3- O dever de assiduidade e pontualidade implica, para o aluno, a presença e a pontualidade na sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar munido do material didático ou equipamento necessários, de acordo com as orientações dos professores, bem como uma atitude de empenho intelectual e comportamental adequada, em função da sua idade, ao processo de ensino.

4- O controlo da assiduidade dos alunos é obrigatório, nos termos em que é definida no número anterior, em todas as atividades escolares letivas e não letivas em que participem ou devam participar.

Artigo 68º - Faltas e sua natureza

1- A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra atividade de frequência obrigatória ou facultativa caso tenha havido lugar a inscrição, a falta de pontualidade ou a comparência sem o material didático ou equipamento necessários, nos termos estabelecidos no Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

2- Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do aluno.

3- As faltas são registadas pelo professor titular de turma, pelo professor responsável pela aula ou atividade ou pelo diretor de turma em suportes administrativos adequados.

4- As faltas resultantes da aplicação da ordem de saída da sala de aula, ou de medidas disciplinares sancionatórias, consideram -se faltas injustificadas.

5- Compete ao diretor garantir os suportes administrativos adequados ao registo de faltas dos alunos e respetiva atualização, de modo que este possa ser, em permanência, utilizado para finalidades pedagógicas e administrativas.

6- A participação em visitas de estudo, previstas no plano de atividades da escola, não é considerada falta relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares envolvidas, considerando-se dadas as aulas das referidas disciplinas previstas para o dia em causa no horário da turma.

Artigo 69º - Dispensa da atividade física

1- O aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades de educação física ou desporto escolar por razões de saúde, devidamente comprovadas por atestado médico, que deve explicitar claramente as contraindicações da atividade física.

2- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o aluno deve estar sempre presente no espaço onde decorre a aula de educação física.

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3- Sempre que, por razões devidamente fundamentadas, o aluno se encontre impossibilitado de estar presente no espaço onde decorre a aula de educação física, deve ser encaminhado para um espaço em que seja pedagogicamente acompanhado.

Artigo 70º - Justificação de faltas

1- São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a) doença do aluno, devendo esta ser informada por escrito pelo encarregado de educação ou pelo aluno, quando maior de idade, quando determinar um período inferior ou igual a três dias úteis, ou por médico se determinar impedimento superior a três dias úteis, podendo, quando se trate de doença de caráter crónico ou recorrente, uma única declaração ser aceite para a totalidade do ano letivo ou até ao termo da condição que a determinou;

b) isolamento profilático, determinado por doença infetocontagiosa de pessoa que coabite com o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;

c) falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento de familiar previsto no regime do contrato de trabalho dos trabalhadores que exercem funções públicas;

d) nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;

e) realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa efetuar -se fora do período das atividades letivas;

f) assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que, comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;

g) comparência a consultas pré-natais, período de parto e amamentação, nos termos da legislação em vigor;

h) ato decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efetuar -se fora do período das atividades letivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida como própria dessa religião;

i) participação em atividades culturais, associativas e desportivas reconhecidas, nos termos da lei, como de interesse público ou consideradas relevantes pelas respetivas autoridades escolares;

j) preparação e participação em atividades desportivas de alta competição, nos termos legais aplicáveis;

k) cumprimento de obrigações legais que não possam efetuar -se fora do período das atividades letivas;

l) outro facto impeditivo da presença na escola ou em qualquer atividade escolar, desde que, comprovadamente, não seja imputável ao aluno e considerado atendível pelo diretor, pelo diretor de turma ou pelo professor titular;

m) as decorrentes de suspensão preventiva aplicada no âmbito de procedimento disciplinar, no caso de ao aluno não vir a ser aplicada qualquer medida disciplinar sancionatória, lhe ser aplicada medida não suspensiva da escola, ou na parte em que ultrapassem a medida efetivamente aplicada;

n) participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola, relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares não envolvidas na referida visita.

2- A justificação das faltas exige um pedido escrito apresentado pelos pais ou encarregados de educação ou, quando maior de idade, pelo próprio, ao professor titular da turma ou ao diretor de turma, com indicação do dia e da atividade letiva em que a falta ocorreu, referenciando os motivos justificativos da mesma na caderneta escolar, tratando -se de aluno do ensino básico, ou em impresso próprio, tratando -se de aluno do ensino secundário.

3- O diretor de turma, ou o professor titular da turma, pode solicitar aos pais ou encarregado de educação, ou ao aluno maior de idade, os comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta,

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devendo, igualmente, qualquer entidade que para esse efeito for contactada, contribuir para o correto apuramento dos factos.

4- A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos restantes casos, até ao 3.º dia útil subsequente à verificação da mesma.

5- Nas situações de ausência justificada às atividades escolares, o aluno tem o direito a beneficiar de medidas, a definir pelos professores responsáveis e/ou pelo AEMN, adequadas à recuperação da aprendizagem em falta.

Artigo 71º - Faltas injustificadas

1- As faltas são injustificadas quando:

a) não tenha sido apresentada justificação, nos termos do artigo anterior;

b) a justificação tenha sido apresentada fora do prazo;

c) a justificação não tenha sido aceite;

d) a marcação da falta resulte da aplicação da ordem de saída da sala de aula ou de medida disciplinar sancionatória.

2- Na situação prevista na alínea c) do número anterior, a não aceitação da justificação apresentada deve ser

fundamentada de forma sintética e por escrito. 3- As faltas injustificadas são comunicadas aos pais ou encarregados de educação, ou ao aluno maior de

idade, pelo diretor de turma ou pelo professor titular de turma, no prazo máximo de três dias úteis, pelo meio mais expedito.

Artigo 72º - Faltas a provas de avaliação

1- As faltas a provas de avaliação, previamente calendarizadas, só poderão ser justificadas pelos motivos

referidos no número 1 do artigo 70º do presente RI, devendo ser apresentado o documento comprovativo

da respetiva entidade, não sendo, neste caso, aceite a simples justificação, pelo encarregado de educação,

na caderneta do aluno.

2- Aceite o documento comprovativo pelo diretor de turma, o professor procederá à marcação de nova data

para a realização da prova, em período suplementar ao horário letivo do aluno.

3- A não justificação da falta à prova de avaliação ou a não comparência à realização da nova prova implica a atribuição da classificação de zero valores.

4- Quando o motivo apresentado pelo encarregado de educação para a justificação da falta não se enquadrar em nenhuma das alíneas do nº 1 do artigo 70º do RI, ou suscitar dúvidas sobre a validade do mesmo, o pedido de justificação será remetido pelo diretor de turma ao diretor da escola, para decisão.

Artigo 73º - Faltas de pontualidade e de material

1- Os alunos devem trazer para as aulas o material necessário para o bom funcionamento das mesmas, o qual

é indicado pelo professor de cada disciplina.

2- Os alunos devem comparecer pontualmente às atividades de frequência obrigatória ou facultativa caso

tenha havido lugar a inscrição.

a) Ainda que se verifique a falta de pontualidade, o professor ou o responsável pela atividade deve permitir o acesso à mesma.

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3- Quando um aluno comparecer na aula sem o material indispensável à mesma, ou faltar para com o dever

de pontualidade, o professor deve, se considerar que não é apresentada justificação aceitável, registar a

situação nos seus documentos e no programa de gestão escolar.

4- Sempre que se verifique o registo de duas faltas de material ou de pontualidade deverá o diretor de

turma/professor titular de turma contactar o encarregado de educação, pelo meio mais expedito, com o

objetivo de o informar e de serem encontradas formas de ultrapassar a situação.

a) Considera-se que, numa aula de duração igual ou superior a 90 minutos consecutivos, a falta de material

corresponde apenas a um registo.

5- Mantendo-se a reincidência do aluno e não havendo justificação plausível, as faltas de material e/ou de

pontualidade passam a refletir-se na avaliação do aluno.

Artigo 74º - Excesso grave de faltas

1- Em cada ano letivo, as faltas injustificadas não podem exceder:

a) 10 dias, seguidos ou interpolados, no 1.º ciclo do ensino básico;

b) o dobro do número de tempos letivos semanais por disciplina nos restantes ciclos ou níveis de ensino, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2- Nas ofertas profissionalmente qualificantes, que exigem níveis mínimos de cumprimento da respetiva carga

horária, o aluno encontra-se na situação de excesso de faltas quando ultrapassa os limites de faltas

justificadas e/ou injustificadas daí decorrentes, relativamente a cada disciplina, módulo, unidade ou área de formação, nos termos previstos na regulamentação própria ou definidos, no quadro daquela, no regimento dos mesmos, anexos ao presente regulamento interno.

3- Quando for atingido metade dos limites de faltas previstos nos números anteriores, os pais ou o encarregado de educação ou o aluno maior de idade são convocados à escola, pelo meio mais expedito, pelo diretor de turma ou pelo professor que desempenhe funções equiparadas, ou pelo professor titular de turma.

4- A notificação referida no número anterior tem como objetivo alertar para as consequências da violação do limite de faltas e procurar encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efetivo do dever de assiduidade.

5- Caso se revele impraticável o referido nos números anteriores, por motivos não imputáveis à escola, e sempre que a gravidade especial da situação o justifique, a respetiva comissão de proteção de crianças e jovens em risco deve ser informada do excesso de faltas do aluno menor de idade, assim como dos procedimentos e diligências até então adotados pela escola e pelos encarregados de educação, procurando em conjunto soluções para ultrapassar a sua falta de assiduidade.

Artigo 75º - Efeitos da ultrapassagem dos limites de faltas

1- A ultrapassagem dos limites de faltas injustificadas previstos no n.º 1 do artigo anterior constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao cumprimento de medidas de recuperação e/ou corretivas específicas, de acordo com o estabelecido nos artigos seguintes, podendo ainda conduzir à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias, nos termos do presente regulamento interno.

2- A ultrapassagem dos limites de faltas previstos nas ofertas formativas a que se refere o n.º 2 do artigo anterior constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e tem para o aluno as

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consequências estabelecidas na regulamentação específica da oferta formativa em causa (anexos ao presente regulamento interno), sem prejuízo de outras medidas expressamente previstas no Estatuto do Aluno e Ética Escolar para as referidas modalidades formativas.

3- O previsto nos números anteriores não exclui a responsabilização dos pais ou encarregados de educação do aluno, designadamente, nos termos dos artigos 44º e 45º do Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

4- Todas as situações, atividades, medidas ou suas consequências previstas no presente artigo são obrigatoriamente comunicadas, pelo meio mais expedito, aos pais ou ao encarregado de educação ou ao aluno, quando maior de idade, ao diretor de turma e ao professor tutor do aluno, sempre que designado, e registadas no processo individual do aluno.

5- O regime de assiduidade e frequência das atividades de apoio ou complementares, de inscrição ou de frequência facultativa, fica sujeito a regulamento próprio.

Artigo 76º - Medidas de recuperação e de integração

1- Para os alunos menores de 16 anos, independentemente da modalidade de ensino frequentada, a violação dos limites de faltas previstos no artigo 74º pode obrigar ao cumprimento de atividades, a definir pela escola, que permitam recuperar atrasos na aprendizagem e/ou a integração escolar e comunitária do aluno e pelo qual os alunos e os seus encarregados de educação são corresponsáveis.

2- O disposto no número anterior é aplicado em função da idade, da regulamentação específica do percurso formativo e da situação concreta do aluno.

3- Para os alunos que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico, a violação do limite de faltas injustificadas previsto no nº 1 do artigo 74º obriga ao cumprimento de medidas de recuperação e de integração que incidirão sobre todo o programa curricular do nível que frequenta e que permitam recuperar o atraso das aprendizagens.

4- Para os alunos que frequentam o 2º e 3º ciclos do ensino básico ou o ensino secundário, a violação do limite de faltas injustificadas previsto no n.º 2 do artigo 46º obriga ao cumprimento de medidas de recuperação e de integração, que incidirão sobre a disciplina ou disciplinas em que se ultrapassou o referido limite de faltas e que permitam recuperar o atraso das aprendizagens.

5- As atividades de recuperação da aprendizagem, quando a elas houver lugar, são decididas pelo professor titular da turma ou pelo(s) professor(es) da(s) disciplina(s) em que foi ultrapassado o limite de faltas, as quais privilegiarão a simplicidade e a eficácia:

a) as atividades de recuperação podem englobar várias disciplinas;

b) as atividades de recuperação poderão ser realizadas através de prova escrita, prova oral, trabalho, ficha de trabalho, plano de estudo, trabalho de pesquisa ou outros;

c) as modalidades aplicadas devem ser adaptadas ao contexto do ano, da disciplina e da turma e versarão sempre sobre os conteúdos lecionados nos períodos em que o aluno faltou, quer de forma seguida, quer de forma interpolada;

d) o docente é o responsável pela avaliação, tendo em atenção o currículo definido, os critérios e instrumentos de avaliação do grupo disciplinar/área não disciplinar ou de ano;

e) a avaliação do plano individual de trabalho expressa-se de forma qualitativa.

6- O cumprimento das medidas de recuperação e/ou corretivas específicas por parte do aluno realiza-se em período suplementar ao horário letivo, competindo ao conselho pedagógico definir os termos da sua realização.

7- O previsto no número anterior não isenta o aluno da obrigação de cumprir o horário letivo da turma em que se encontra inserido.

8- O incumprimento da data prevista para a apresentação das medidas de recuperação e de integração determina a injustificação das faltas que estiveram na sua origem, salvo se tal facto se dever a impedimento do aluno, pelos motivos previstos no artigo 70º deste regulamento.

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9- O recurso a medidas de recuperação e/ou corretivas específicas, previsto no número anterior, apenas pode ocorrer uma única vez no decurso de cada ano letivo, sendo que, nos casos do 2º ciclo, 3º ciclo ou ensino secundário, se trata de uma única vez por disciplina.

10- Do resultado obtido pelo aluno deve ser dado conhecimento ao diretor de turma, que notificará, o mais rapidamente possível, o encarregado de educação.

11- Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno, são desconsideradas as faltas em excesso.

12- Cessa o dever de cumprimento das atividades e medidas a que se refere o presente artigo, com as consequências daí decorrentes para o aluno, de acordo com a sua concreta situação, sempre que para o

cômputo do número e limites de faltas nele previstos tenham sido determinantes as faltas registadas na sequência da aplicação de medida corretiva de ordem de saída da sala de aula ou disciplinar sancionatória

de suspensão. 13- Tratando-se de aluno de idade igual ou superior a 16 anos, a violação dos limites de faltas previstos no

artigo 74º pode dar também lugar à aplicação das medidas previstas neste regulamento interno que se revelem adequadas, tendo em vista os objetivos formativos, preventivos e integradores a alcançar, em função da idade, do percurso formativo e sua regulamentação específica e da situação concreta do aluno.

Artigo 77º - Incumprimento ou ineficácia das medidas

1- O incumprimento das medidas previstas no artigo anterior e a sua ineficácia ou impossibilidade de atuação determinam, tratando-se de aluno menor, a comunicação obrigatória do facto à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens ou, na falta desta, ao Ministério Público junto do tribunal de família e menores territorialmente competente, de forma a procurar encontrar, com a colaboração do AEMN e, sempre que possível, com a autorização e corresponsabilização dos pais ou encarregados de educação, uma solução adequada ao processo formativo do aluno e à sua inserção social e socioprofissional, considerando, de imediato, a possibilidade de encaminhamento do aluno para diferente percurso formativo.

2- A opção a que se refere o número anterior tem por base as medidas definidas na lei sobre o cumprimento da escolaridade obrigatória, podendo, na iminência de abandono escolar, ser aplicada a todo o tempo, sem necessidade de aguardar pelo final do ano escolar.

3- Tratando -se de aluno com idade superior a 12 anos que já frequentou, no ano letivo anterior, o mesmo ano de escolaridade, poderá haver lugar, até final do ano letivo em causa, e por decisão do diretor do AEMN, à prorrogação da medida corretiva aplicada nos termos do artigo anterior.

4- Quando a medida a que se referem os nos 1 e 2 do artigo anterior não forem possíveis ou o aluno for encaminhado para oferta formativa diferente da que frequenta, ocorrendo o encaminhamento após 31 de janeiro, o não cumprimento das atividades e/ou medidas previstas no artigo anterior, ou a sua ineficácia, por causa não imputável à escola, determinam ainda, logo que definido pelo professor titular de turma ou pelo conselho de turma: a) para os alunos a frequentar o 1.º ciclo do ensino básico, a retenção no ano de escolaridade respetivo,

com a obrigação de frequência das atividades escolares até final do ano letivo, ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes;

b) para os restantes alunos, a retenção no ano de escolaridade em curso, no caso de frequentarem o ensino básico, ou a exclusão na disciplina ou disciplinas em que se verifique o excesso de faltas, tratando-se de alunos do ensino secundário, sem prejuízo da obrigação de frequência da escola até final do ano letivo e até perfazerem os 18 anos de idade, ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes.

5- Nas ofertas formativas profissionalmente qualificantes, designadamente nos cursos profissionais ou noutras ofertas formativas que exigem níveis mínimos de cumprimento da respetiva carga horária, o incumprimento ou a ineficácia das medidas previstas no artigo 76º implica, independentemente da idade do aluno, a exclusão dos módulos ou unidades de formação das disciplinas ou componentes de formação

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em curso no momento em que se verifica o excesso de faltas, com as consequências previstas na regulamentação específica e definidas neste regulamento interno (anexos ao presente regulamento interno).

6- O incumprimento ou a ineficácia das medidas e atividades referidas no presente artigo implica também restrições à realização de provas de equivalência à frequência ou de exames, sempre que tal se encontre previsto em regulamentação específica de qualquer modalidade de ensino ou oferta formativa.

7- O incumprimento reiterado do dever de assiduidade e/ou das atividades a que se refere o número anterior pode dar ainda lugar à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias previstas no Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

SUBSECÇÃO III - Disciplina

Artigo 78º - Infração

A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos no Estatuto do Aluno e Ética Escolar ou no presente regulamento interno, de forma reiterada e/ou em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das atividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constitui infração disciplinar passível da aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória.

Artigo 79º - Participação de ocorrência

1- O professor ou membro do pessoal não docente que presencie ou tenha conhecimento de comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar deve participá-los imediatamente ao diretor do AEMN.

2- O aluno que presencie comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar deve comunicá-los imediatamente ao professor titular de turma, ao diretor de turma ou equivalente, o qual, no caso de os considerar graves ou muito graves, os participa, no prazo de um dia útil, ao diretor do AEMN.

Artigo 80º - Finalidades das medidas disciplinares

1- Todas as medidas disciplinares corretivas e sancionatórias prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, o respeito pela autoridade dos professores no exercício da sua atividade profissional e dos demais funcionários, bem como a segurança de toda a comunidade educativa.

2- As medidas corretivas e disciplinares sancionatórias visam ainda garantir o normal prosseguimento das atividades da escola, a correção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e da sua aprendizagem.

3- As medidas disciplinares sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever violado e a gravidade da infração praticada, prosseguem igualmente finalidades punitivas.

4- As medidas corretivas e as medidas disciplinares sancionatórias devem ser aplicadas em coerência com as necessidades educativas do aluno e com os objetivos da sua educação e formação, no âmbito do desenvolvimento do plano de trabalho da turma e do projeto educativo da escola, nos termos do presente regulamento interno.

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Artigo 81º - Determinação da medida disciplinar

1- Na determinação da medida disciplinar corretiva ou sancionatória a aplicar deve ter -se em consideração a gravidade do incumprimento do dever, as circunstâncias atenuantes e agravantes apuradas em que esse incumprimento se verificou, o grau de culpa do aluno, a sua maturidade e demais condições pessoais, familiares e sociais.

2- São circunstâncias atenuantes da responsabilidade disciplinar do aluno o seu bom comportamento anterior, o seu aproveitamento escolar e o seu reconhecimento com arrependimento da natureza ilícita da sua conduta.

3- São circunstâncias agravantes da responsabilidade do aluno a premeditação, o conluio, a gravidade do dano provocado a terceiros e a acumulação de infrações disciplinares e a reincidência nelas, em especial se no decurso do mesmo ano letivo.

Artigo 82º - Medidas disciplinares corretivas

1- As medidas corretivas prosseguem finalidades pedagógicas, dissuasoras e de integração, nos termos do n.º 1 do artigo 80º, assumindo uma natureza eminentemente preventiva.

2- São consideradas medidas corretivas:

a) a advertência: consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno, perante um comportamento perturbador do funcionamento normal das atividades escolares ou das relações entre os presentes no local onde elas decorrem, com vista a alertá-lo para que deve evitar tal tipo de conduta e a responsabilizá-lo pelo cumprimento dos seus deveres como aluno.

a. Na sala de aula, a advertência é da exclusiva competência do professor, cabendo, fora dela, a qualquer professor ou membro do pessoal não docente.

b) a ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar: esta medida é da exclusiva competência do professor respetivo e implica a marcação de falta injustificada ao aluno e a permanência do aluno na escola.

a. Compete ao professor determinar as atividades que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo, adotando-se os seguintes procedimentos:

i. Encaminhamento do aluno, acompanhado por um assistente operacional, sempre que possível, para o espaço designado para o efeito;

ii. Realização, pelo aluno, da tarefa indicada pelo professor que deu a ordem de saída da aula sob supervisão do professor com serviço atribuído para o referido espaço;

iii. Apresentação do aluno, no final do tempo letivo, na sala de aula onde dará conta do cumprimento da tarefa ao professor.

b. A não realização da tarefa é considerada para efeitos de avaliação do desempenho escolar do aluno na disciplina envolvida e comunicada ao diretor de turma, o qual deverá transmitir o sucedido ao encarregado de educação, pelo meio mais expedito.

c. A recusa por parte do aluno, aquando do encaminhamento para a atividade a realizar fora da sala de aula, será comunicada ao diretor de turma e é sempre considerada uma infração grave ou uma circunstância agravante para a deliberação de outras medidas corretivas ou sancionatórias que daí venham a ser aplicadas.

d. A aplicação no decurso do mesmo ano letivo e ao mesmo aluno da medida corretiva de ordem de saída da sala de aula pela terceira vez, por parte do mesmo professor, ou pela quinta vez, independentemente do professor que a aplicou, implica a análise da situação em conselho de turma, tendo em vista a identificação das causas e a pertinência da proposta de aplicação de outras medidas disciplinares corretivas ou sancionatórias, nos termos do Estatuto do Aluno e Ética Escolar;

e. A ordem de saída da sala de aula implica, no 1º ciclo, a indicação ao aluno para se dirigir a outra sala/turma, após concordância do professor que o recebe.

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i. Caso seja possível, em alternativa ao encaminhamento para outra sala/turma, o aluno pode ser

encaminhado para um espaço sob supervisão de um técnico ou docente sem turma atribuída, em funções no estabelecimento.

ii. O aluno deve sair da sala com uma tarefa pedagógica indicada pelo professor titular, que, em simultâneo, deve registar a ocorrência, em modelo próprio, e comunicá-la ao respetivo encarregado de educação.

c) a realização de tarefas e atividades de integração na escola ou na comunidade, podendo para o efeito ser aumentado o período diário e/ou semanal de permanência obrigatória do aluno na escola ou no local onde decorram as tarefas ou atividades, nos termos previstos no artigo seguinte;

d) o condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afetos a atividades letivas;

e) a mudança de turma.

3- A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas c), d) e e) do nº 2 é da competência do diretor do AEMN que, para o efeito, procede sempre à audição do diretor de turma ou do professor titular de turma.

4- Tratando -se de aluno menor de idade, a aplicação das medidas corretivas previstas no nº 2 é comunicada aos pais ou ao encarregado de educação, pelo diretor de turma, pela forma considerada mais adequada.

Artigo 83º - Atividades de integração na escola ou na comunidade

1- O diretor deverá definir o local, o período de tempo de aplicação, as atividades ou tarefas a cumprir pelo aluno assim como as competências e procedimentos a serem observados pelo diretor de turma ou pelo professor titular de turma.

a) Para o efeito, além da audição do diretor de turma e/ou do professor titular de turma, o diretor poderá solicitar, neste âmbito, uma proposta deliberada em sede de conselho de turma.

2- As atividades referidas na alínea c) do número 2 do artigo anterior consistem no desenvolvimento de tarefas de caráter pedagógico, que contribuam para o reforço da formação cívica do aluno e promovam um bom ambiente educativo. São elas:

a) a reparação dos eventuais danos causados;

b) a participação em atividades de preparação de iniciativas culturais, desportivas, manutenção dos espaços escolares ou outras em curso na escola;

c) outras a definir pela escola, desde que autorizadas pelo encarregado de educação;

d) a apresentação do aluno perante o diretor de turma ou o professor titular de turma, para dar conta do cumprimento das medidas que lhe foram aplicadas.

3- O cumprimento das medidas corretivas realiza-se em período suplementar ao horário letivo, no espaço escolar ou fora dele, neste caso com acompanhamento dos pais ou encarregados de educação ou de entidade local ou localmente instalada, idónea, que assuma corresponsabilizar-se, através de protocolo escrito celebrado nos termos que a seguir se apresentam:

a) identificação da escola e da ou das entidades que celebram o protocolo;

b) descrição das atividades e tarefas a cumprir pelo aluno;

c) calendarização e horário das mesmas;

d) assinatura e corresponsabilização expressa das entidades envolvidas.

4- O cumprimento das medidas corretivas realiza-se sempre sob supervisão da escola, designadamente, através do diretor de turma ou do professor titular de turma.

5- O previsto no nº 2 não isenta o aluno da obrigação de cumprir o horário letivo da turma em que se encontra inserido ou de permanecer na escola durante o mesmo.

Artigo 84º - Medidas disciplinares sancionatórias

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1- As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma sanção disciplinar imputada ao comportamento do aluno, devendo a ocorrência dos factos suscetíveis de a configurar ser participada, de imediato, pelo professor ou funcionário que a presenciou, ou dela teve conhecimento, à direção do agrupamento, com conhecimento ao diretor de turma ou ao professor titular de turma.

2- São medidas disciplinares sancionatórias:

a) a repreensão registada;

b) a suspensão até 3 dias úteis;

c) a suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis;

d) a transferência de escola;

e) a expulsão da escola.

3- A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada, quando a infração for praticada na sala de aula, é da competência do professor respetivo, competindo ao diretor do AEMN nas restantes situações, averbando-se no respetivo processo individual do aluno a identificação do autor do ato decisório, data em que o mesmo foi proferido e fundamentação de facto e de direito de tal decisão.

4- A suspensão até três dias úteis, enquanto medida dissuasora, é aplicada, com a devida fundamentação dos factos que a suportam, pelo diretor do AEMN, após o exercício dos direitos de audiência e defesa do visado.

5- Compete ao diretor do AEMN, ouvidos os pais ou o encarregado de educação do aluno, quando menor de idade, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória referida no número anterior é executada, garantindo ao aluno um plano de atividades pedagógicas a realizar, com corresponsabilização daqueles e podendo igualmente, se assim o entender, estabelecer eventuais parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou privadas.

6- Compete ao diretor a decisão de aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis, após a realização do procedimento disciplinar previsto no artigo 86º, podendo previamente ouvir o conselho de turma, para o qual deve ser convocado o professor tutor, quando exista e não seja professor da turma.

7- O não cumprimento do plano de atividades pedagógicas a que se refere o número anterior pode dar lugar à instauração de novo procedimento disciplinar, considerando-se a recusa circunstância agravante, nos termos do nº 3 do artigo 81º.

8- A aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola compete, com possibilidade de delegação, ao diretor-geral da educação, precedendo a conclusão do procedimento disciplinar a que se refere o artigo 86º, com fundamento na prática de factos notoriamente impeditivos do prosseguimento do processo de ensino dos restantes alunos da escola ou do normal relacionamento com algum ou alguns dos membros da comunidade educativa.

9- A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola apenas é aplicada a aluno de idade igual ou superior a 10 anos e, frequentando o aluno a escolaridade obrigatória, estando assegurada a frequência de outro estabelecimento situado na mesma localidade ou na localidade mais próxima, desde que servida de transporte público ou escolar.

10- A aplicação da medida disciplinar de expulsão da escola compete, com possibilidade de delegação, ao diretor-geral da educação precedendo conclusão do procedimento disciplinar a que se refere o artigo 86º e consiste na retenção do aluno, no ano de escolaridade que frequenta quando a medida é aplicada, e na proibição de acesso ao espaço escolar até ao final daquele ano escolar e nos dois anos escolares imediatamente seguintes.

11- A medida disciplinar de expulsão da escola é aplicada ao aluno maior quando, de modo notório, se constate não haver outra medida ou modo de responsabilização no sentido do cumprimento dos seus deveres como aluno.

12- Complementarmente às medidas previstas no nº 2, compete ao diretor decidir sobre a reparação dos danos ou a substituição dos bens lesados ou, quando aquelas não forem possíveis, sobre a indemnização dos prejuízos causados pelo aluno à escola ou a terceiros, podendo o valor da reparação calculado ser

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reduzido, na proporção a definir pelo diretor, tendo em conta o grau de responsabilidade do aluno e ou a sua situação socioeconómica.

Artigo 85º - Cumulação de medidas disciplinares

1- A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas a) a e) do n.º 2 do artigo 82º é cumulável entre si.

2- A aplicação de uma ou mais das medidas corretivas é cumulável apenas com a aplicação de uma medida disciplinar sancionatória.

3- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, por cada infração apenas pode ser aplicada uma medida disciplinar sancionatória.

Artigo 86º - Medidas disciplinares sancionatórias - procedimento disciplinar

1- A competência para a instauração de procedimento disciplinar por comportamentos suscetíveis de configurar a aplicação de alguma das medidas previstas nas alíneas c), d) e e) do nº 2 do artigo 84º é do diretor do AEMN.

2- Para efeitos do previsto no número anterior o diretor, no prazo de dois dias úteis após o conhecimento da situação, emite o despacho instaurador e de nomeação do instrutor, devendo este ser um professor do AEMN, e notifica os pais ou encarregado de educação do aluno menor, pelo meio mais expedito.

3- Tratando-se de aluno maior, a notificação é feita diretamente ao próprio.

4- O diretor do AEMN deve notificar o instrutor da sua nomeação no mesmo dia em que profere o despacho de instauração do procedimento disciplinar.

5- A instrução do procedimento disciplinar é efetuada no prazo máximo de seis dias úteis, contados da data de notificação ao instrutor do despacho que instaurou o procedimento disciplinar, sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências consideradas necessárias, a audiência oral dos interessados, em particular do aluno, e sendo este menor de idade, do respetivo encarregado de educação.

6- Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência oral, não constituindo a falta de comparência motivo do seu adiamento, podendo esta, no caso de apresentação de justificação da falta até ao momento fixado para a audiência, ser adiada.

7- No caso de o respetivo encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de idade pode ser ouvido na presença de um docente, por si livremente escolhido, e do diretor de turma, do professor titular de turma ou do professor-tutor do aluno, quando exista, ou ainda, no impedimento destes, de outro professor da turma designado pelo diretor.

8- Da audiência é lavrada ata de que consta o extrato das alegações feitas pelos interessados.

9- Finda a instrução, o instrutor elabora e remete ao diretor, no prazo de três dias úteis, relatório final do qual constam, obrigatoriamente em termos concretos e precisos:

a) os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados quanto ao tempo, modo e lugar;

b) os deveres violados pelo aluno, com referência expressa às respetivas normas legais ou regulamentares;

c) os antecedentes do aluno que se constituem como circunstâncias atenuantes ou agravantes nos termos previstos no artigo 81º;

d) a proposta de medida disciplinar sancionatória aplicável ou de arquivamento do procedimento.

10- No caso da medida disciplinar sancionatória proposta ser a transferência de escola ou a expulsão da escola, a mesma é comunicada, para decisão, ao diretor-geral da educação, no prazo de dois dias úteis.

Artigo 87º - Celeridade do procedimento disciplinar

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1- A instrução do procedimento disciplinar prevista nos nos 5 a 8 do artigo anterior pode ser substituída pelo reconhecimento individual, consciente e livre dos factos, por parte do aluno maior de 12 anos e a seu pedido, em audiência a promover pelo instrutor, nos dois dias úteis subsequentes à sua nomeação, mas nunca antes de decorridas vinte e quatro horas sobre o momento previsível da prática dos factos imputados ao aluno.

2- Na audiência referida no número anterior, estão presentes, além do instrutor, o aluno, o encarregado de educação do aluno menor de idade e, ainda:

a) o diretor de turma ou o professor titular de turma do aluno, ou, em caso de impedimento e em sua substituição, um professor da turma designado pelo diretor;

b) um professor da escola livremente escolhido pelo aluno.

3- A não comparência do encarregado de educação, quando devidamente convocado, não obsta à realização da audiência.

4- Os participantes referidos no nº 2 têm como missão exclusiva assegurar e testemunhar, através da assinatura do auto a que se referem os números seguintes, a total consciência do aluno quanto aos factos que lhe são imputados e às suas consequências, bem como a sua total liberdade no momento da respetiva declaração de reconhecimento.

5- Na audiência, é elaborado auto, no qual constam, entre outros, os elementos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 9 do artigo 86º, o qual, previamente a qualquer assinatura, é lido em voz alta e explicado ao aluno pelo instrutor, com a informação clara e expressa de que não está obrigado a assiná-lo.

6- O facto ou factos imputados ao aluno só são considerados validamente reconhecidos com a assinatura do auto por parte de todos os presentes, sendo que, querendo assinar, o aluno o faz antes de qualquer outro elemento presente.

7- O reconhecimento dos factos por parte do aluno é considerado circunstância atenuante, nos termos e para os efeitos previstos no nº 2 do artigo 81º, encerrando a fase da instrução e seguindo-se-lhe os procedimentos previstos no artigo anterior.

8- A recusa do reconhecimento por parte do aluno implica a necessidade da realização da instrução, podendo o instrutor aproveitar a presença dos intervenientes para a realização da audiência oral prevista no artigo anterior.

Artigo 88º - Suspensão preventiva do aluno

1- No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade que o instaurou, ou no decurso da sua instauração por proposta do instrutor, o diretor pode decidir a suspensão preventiva do aluno, mediante despacho fundamentado sempre que:

a) a sua presença na escola se revelar gravemente perturbadora do normal funcionamento das atividades escolares;

b) tal seja necessário e adequado à garantia da paz pública e da tranquilidade na escola;

c) a sua presença na escola prejudique a instrução do procedimento disciplinar.

2- A suspensão preventiva tem a duração que o diretor do AEMN considerar adequada na situação em concreto, sem prejuízo de, por razões devidamente fundamentadas, poder ser prorrogada até à data da decisão do procedimento disciplinar, não podendo, em qualquer caso, exceder 10 dias úteis.

3- Os efeitos decorrentes da ausência do aluno no decurso do período de suspensão preventiva, no que respeita à avaliação da aprendizagem, são determinados em função da decisão que vier a ser proferida no final do procedimento disciplinar, nos termos estabelecidos no presente regulamento interno.

4- Os dias de suspensão preventiva cumpridos pelo aluno são descontados no cumprimento da medida disciplinar sancionatória prevista na alínea c) do n.º 2 do artigo 84º a que o aluno venha a ser condenado na sequência do procedimento disciplinar previsto no artigo 86º.

5- Os pais e/ou os encarregados de educação são imediatamente informados da suspensão preventiva aplicada ao filho ou educando e, sempre que a avaliação que fizer das circunstâncias o aconselhe, o diretor

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do AEMN deve participar a ocorrência à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens ou, na sua falta, ao Ministério Público junto do tribunal de família e menores.

6- Ao aluno suspenso preventivamente é também fixado, durante o período de ausência da escola, o plano de atividades previsto no nº 5 do artigo 84º.

7- A suspensão preventiva do aluno é comunicada, por via eletrónica, pelo diretor do AEMN, ao serviço do Ministério da Educação responsável pela coordenação da segurança escolar, sendo identificados sumariamente os intervenientes, os factos e as circunstâncias que motivaram a decisão de suspensão.

Artigo 89º - Decisão final

1- A decisão final do procedimento disciplinar, devidamente fundamentada, é proferida no prazo máximo de dois dias úteis, a contar do momento em que a entidade competente para o decidir receba o relatório do instrutor, sem prejuízo do disposto no nº 4.

2- A decisão final do procedimento disciplinar fixa o momento a partir do qual se inicia a execução da medida disciplinar sancionatória, sem prejuízo da possibilidade de suspensão da execução da medida, nos termos do número seguinte.

3- A execução da medida disciplinar sancionatória, com exceção da referida nas alíneas d) e e) do n.º 2 do artigo 84º, pode ficar suspensa por um período de tempo e nos termos e condições que a entidade decisora considerar justo, adequado e razoável, cessando a suspensão logo que ao aluno seja aplicada outra medida disciplinar sancionatória no respetivo decurso.

4- Quando esteja em causa a aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola ou de expulsão da escola, o prazo para ser proferida a decisão final é de cinco dias úteis, contados a partir da receção do processo disciplinar na Direção-Geral de Educação.

5- Da decisão proferida pelo diretor-geral da educação que aplique a medida disciplinar sancionatória de transferência de escola deve igualmente constar a identificação do estabelecimento de ensino para onde o aluno vai ser transferido, para cuja escolha se procede previamente à audição do respetivo encarregado de educação, quando o aluno for menor de idade.

6- A decisão final do procedimento disciplinar é notificada pessoalmente ao aluno no dia útil seguinte àquele em que foi proferida, ou, quando menor de idade, aos pais ou respetivo encarregado de educação, nos dois dias úteis seguintes.

7- Sempre que a notificação prevista no número anterior não seja possível, é realizada através de carta registada com aviso de receção, considerando-se o aluno, ou quando este for menor de idade, os pais ou o respetivo encarregado de educação, notificados na data da assinatura do aviso de receção.

8- Tratando-se de alunos menores, a aplicação de medida disciplinar sancionatória igual ou superior à de suspensão da escola por período superior a cinco dias úteis e cuja execução não tenha sido suspensa, nos termos previstos nos nos 2 e 3 anteriores, é obrigatoriamente comunicada pelo diretor do AEMN à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens em risco.

Artigo 90º - Execução das medidas corretivas e disciplinares sancionatórias

1- Compete ao diretor de turma, ao professor-tutor do aluno, caso tenha sido designado, ou ao professor titular de turma, o acompanhamento do aluno na execução da medida corretiva ou disciplinar sancionatória a que foi sujeito, devendo aquele articular a sua atuação com os pais ou encarregados de educação e com os professores da turma, em função das necessidades educativas identificadas e de forma a assegurar a corresponsabilização de todos os intervenientes nos efeitos educativos da medida.

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2- A competência referida no número anterior é especialmente relevante aquando da execução da medida corretiva de atividades de integração na escola ou no momento do regresso à escola do aluno a quem foi aplicada a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola.

3- O disposto no número anterior aplica-se também aquando da integração do aluno na nova escola para que foi transferido na sequência da aplicação dessa medida disciplinar sancionatória.

4- Na prossecução das finalidades referidas no nº 1, a escola conta com a colaboração dos serviços especializados de apoio educativo e/ou das equipas multidisciplinares, previstas no artigo 91º deste RI.

Artigo 91º - Equipas multidisciplinares

1- O AEMN pode, se necessário, constituir uma equipa multidisciplinar destinada a acompanhar em permanência os alunos, designadamente aqueles que revelem maiores dificuldades de aprendizagem, risco de abandono escolar, comportamentos de risco ou gravemente violadores dos deveres do aluno ou se encontrem na iminência de ultrapassar os limites de faltas previstos no presente regulamento interno.

2- As equipas multidisciplinares referidas no número anterior devem pautar as suas intervenções no âmbito da capacitação do aluno e da capacitação parental, tendo como referência boas práticas nacional e internacionalmente reconhecidas.

3- As equipas a que se refere o presente artigo têm uma constituição diversificada, na qual participam docentes e técnicos detentores de formação especializada e/ou de experiência e vocação para o exercício da função, integrando, sempre que possível, ou a situação o justifique, os diretores de turma, os professores-tutores, psicólogos e/ou outros técnicos e serviços especializados, médicos escolares ou que prestem apoio à escola, os serviços de ação social escolar, os responsáveis pelas diferentes áreas e projetos de natureza extracurricular, equipas ou gabinetes escolares de promoção da saúde, bem como voluntários cujo contributo seja relevante face aos objetivos a prosseguir.

4- As equipas são constituídas por membros escolhidos em função do seu perfil, competência técnica, sentido de liderança e motivação para o exercício da missão, coordenadas por um dos seus elementos designado pelo diretor, em condições de assegurar a referida coordenação, com caráter de permanência e continuidade, preferencialmente, um psicólogo.

5- A atuação das equipas multidisciplinares prossegue, designadamente, os seguintes objetivos:

a) inventariar as situações problemáticas com origem na comunidade envolvente, alertando e motivando os agentes locais para a sua intervenção, designadamente preventiva;

b) promover medidas de integração e inclusão do aluno na escola, tendo em conta a sua envolvência familiar e social;

c) atuar preventivamente relativamente aos alunos que se encontrem nas situações referidas no nº 1;

d) acompanhar os alunos nos planos de integração na escola e na aquisição e desenvolvimento de métodos de estudo, de trabalho escolar e medidas de recuperação da aprendizagem;

e) supervisionar a aplicação de medidas corretivas e disciplinares sancionatórias, sempre que essa missão lhes seja atribuída;

f) aconselhar e propor percursos alternativos aos alunos em risco, em articulação com outras equipas ou serviços com atribuições nessa área;

g) propor o estabelecimento de parcerias com órgãos e instituições, públicas ou privadas, da comunidade local, designadamente com o tecido socioeconómico e empresarial, de apoio social na comunidade, com a rede social municipal, de modo a participarem na proposta ou execução das diferentes medidas de integração escolar, social ou profissional dos jovens em risco previstas neste regulamento interno;

h) estabelecer ligação com as comissões de proteção de crianças e jovens em risco, designadamente, para os efeitos e medidas previstas neste regulamento interno, relativas ao aluno e/ou à sua família;

i) promover as sessões de capacitação parental, conforme previsto nos nos 4 e 5 do artigo 110º;

j) promover a formação em gestão comportamental, constante do nº 4 do artigo 113º;

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k) assegurar a mediação social, procurando, supletivamente, outros agentes para a mediação na comunidade educativa e no meio envolvente, nomeadamente, pais e encarregados de educação.

6- Nos termos do nº 1, as equipas multidisciplinares oferecem, sempre que possível, um serviço que cubra em permanência a totalidade do período letivo diurno, recorrendo para o efeito, designadamente a docentes com ausência de componente letiva, às horas provenientes do crédito horário ou a horas da componente não letiva de estabelecimento, sem prejuízo do incentivo ao trabalho voluntário de membros da comunidade educativa.

Artigo 92º - Recursos

1- Da decisão final de aplicação de medida disciplinar, cabe recurso, a interpor no prazo de cinco dias úteis, apresentado nos serviços administrativos do AEMN e dirigido:

a) ao conselho geral do AEMN, relativamente a medidas aplicadas pelos professores ou pelo diretor;

b) ao membro do Governo competente, relativamente às medidas disciplinares sancionatórias aplicadas pelo diretor-geral da educação.

2- O recurso tem efeito meramente devolutivo, exceto quando interposto de decisão de aplicação das medidas disciplinares sancionatórias previstas nas alíneas c) a e) do n.º 2 do artigo 84º.

3- O presidente do conselho geral designa, de entre os seus membros, um relator, a quem compete analisar o recurso e apresentar ao conselho geral uma proposta de decisão.

4- Para os efeitos previstos no número anterior, prevê-se a constituição de uma comissão especializada do conselho geral constituída, entre outros, por professores e pais ou encarregados de educação, cabendo a um dos seus membros o desempenho da função de relator.

5- A decisão do conselho geral é tomada no prazo máximo de 15 dias úteis e notificada aos interessados pelo diretor, nos termos dos nos 6 e 7 do artigo 89º.

6- O despacho que apreciar o recurso referido na alínea b) do n.º 1 é remetido à escola, no prazo de cinco dias úteis, cabendo ao respetivo diretor a adequada notificação, nos termos referidos no número anterior.

Artigo 93º - Salvaguarda da convivência escolar

1- Qualquer professor ou aluno da turma contra quem outro aluno tenha praticado ato de agressão moral ou física, do qual tenha resultado a aplicação efetiva de medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola, por período superior a oito dias úteis, pode requerer ao diretor a transferência do aluno em causa para turma à qual não lecione ou não pertença, quando o regresso daquele à turma de origem possa provocar grave constrangimento aos ofendidos e perturbação da convivência escolar.

2- O diretor decidirá sobre o pedido no prazo máximo de cinco dias úteis, fundamentando a sua decisão.

3- O indeferimento do diretor só pode ser fundamentado na inexistência, na escola ou no agrupamento, de outra turma na qual o aluno possa ser integrado, para efeitos da frequência da disciplina ou disciplinas em causa, ou na impossibilidade de corresponder ao pedido sem grave prejuízo para o percurso formativo do aluno agressor.

Artigo 94º - Responsabilidade civil e criminal

1- A aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória não isenta o aluno nem o respetivo representante legal da responsabilidade civil e criminal a que, nos termos gerais de direito, haja lugar.

2- Sem prejuízo do recurso, por razões de urgência, às autoridades policiais, quando o comportamento do aluno maior de 12 anos e menor de 16 anos puder constituir facto qualificado como crime, deve a direção do AEMN comunicar o facto ao Ministério Público, junto do tribunal competente em matéria de menores.

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3- Caso o menor tenha menos de 12 anos de idade, a comunicação referida no número anterior deve ser dirigida à comissão de proteção de crianças e jovens ou, na falta desta, ao Ministério Público junto do tribunal referido no número anterior.

4- O início do procedimento criminal pelos factos que constituam crime e que sejam suscetíveis de desencadear medida disciplinar sancionatória depende, apenas, de queixa ou de participação pela direção do AEMN, devendo o seu exercício fundamentar-se em razões que ponderem, em concreto, o interesse da comunidade educativa no desenvolvimento do procedimento criminal, perante os interesses relativos à formação do aluno em questão.

5- O disposto no número anterior não prejudica o exercício do direito de queixa por parte dos membros da comunidade educativa que sejam lesados nos seus direitos e interesses legalmente protegidos.

SUBSECÇÃO IV - Representação dos alunos

Artigo 95º - Representação dos alunos

1- Os alunos podem reunir -se em assembleia de alunos ou assembleia geral de alunos e são representados pela associação de estudantes, pelos seus representantes nos órgãos de direção do agrupamento, pelo delegado ou subdelegado de turma e pela assembleia de delegados de turma, nos termos da lei e do regulamento interno do AEMN.

2- A associação de estudantes e os representantes dos alunos nos órgãos de direção da escola têm o direito de solicitar ao diretor a realização de reuniões para apreciação de matérias relacionadas com o funcionamento da escola.

3- O delegado e o subdelegado de turma têm o direito de solicitar a realização de reuniões da turma, sem prejuízo do cumprimento das atividades letivas.

4- Por iniciativa dos alunos ou por sua própria iniciativa, o diretor de turma ou o professor titular de turma pode solicitar a participação dos representantes dos pais ou encarregados de educação dos alunos da turma na reunião referida no número anterior.

5- Não podem ser eleitos ou continuar a representar os alunos nos órgãos ou estruturas da escola, aqueles a quem seja ou tenha sido aplicada, nos últimos dois anos escolares, medida disciplinar sancionatória superior à de repreensão registada ou sejam, ou tenham sido nos últimos dois anos escolares, excluídos da frequência de qualquer disciplina ou retidos em qualquer ano de escolaridade por excesso grave de faltas, nos termos do presente regulamento.

Artigo 96º - Associação de estudantes

1- A associação de estudantes é uma estrutura de representação dos interesses dos alunos e tem sede na Escola Secundária de Montemor-o-Novo, de acordo com os princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa e na legislação complementar.

2- A associação de estudantes deve dispor de um espaço próprio para os seus órgãos diretivos, devendo ser-lhe reconhecida a possibilidade de utilização de outras instalações e serviços sempre que pretenda levar a efeito atividades que não colidam com os interesses específicos e o normal funcionamento da Escola Secundária.

3- A associação de estudantes rege-se por estatutos próprios, concordantes com o presente regulamento interno.

4- O processo eleitoral para a associação de estudantes é desencadeado pela direção em funções e deve estar concluído até 15 de outubro.

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5- Não tendo sido desencadeados os procedimentos referidos no número anterior, pode o diretor tomar a iniciativa de desencadear o processo eleitoral.

6- A associação de estudantes deve elaborar e apresentar ao diretor, até um mês após a tomada de posse dos respetivos órgãos sociais, um plano de atividades, a incluir no plano anual de atividades, após parecer do conselho pedagógico e aprovação pelo conselho geral.

7- A associação de estudantes, quando existente, deverá ser ouvida relativamente à elaboração dos principais documentos orientadores do agrupamento, nomeadamente, projeto educativo, projeto curricular e regulamento interno.

Artigo 97º - Delegado e subdelegado de turma

1- Cada turma tem direito a ser representada por um delegado e um subdelegado de turma.

2- O delegado e subdelegado de turma são eleitos pelos alunos da turma, por voto secreto, de entre aqueles que, cumulativamente, frequentem a totalidade das disciplinas e satisfaçam o estipulado no ponto 5 do artigo 95º.

3- Os alunos das ofertas profissionalmente qualificantes elegerão os seus representantes, por voto secreto, de entre os colegas que frequentam o mesmo curso e turma.

4- A eleição do delegado e do subdelegado realiza-se entre a primeira e a segunda semana de aulas do ano letivo, em assembleia de turma, sob a coordenação do diretor de turma.

a) Da eleição é lavrada ata que é arquivada na pasta da direção de turma, sendo entregue uma cópia ao diretor.

5- Considera-se eleito como delegado, entrando imediatamente em funções, o aluno que obtiver maior número de votos, e como subdelegado o que ficar em segundo lugar.

a) Em caso de empate, procede-se a nova votação entre os alunos que obtiveram igual número de votos.

6- Ao delegado de turma compete:

a) participar nas reuniões do conselho de turma, de acordo com o previsto no presente regulamento;

b) manter a turma informada sobre todas as ações em que participe como representante;

c) representar a turma perante o diretor de turma ou perante os órgãos do AEMN;

d) colaborar com os professores na manutenção do asseio e arrumação da sala de aula;

e) promover o cumprimento do regulamento interno;

f) participar nas reuniões e assembleias para que seja convocado ou convidado;

g) desempenhar o(s) cargo(s) para que venha a ser eleito;

h) ter, em todas as circunstâncias, um comportamento exemplar.

7- Ao subdelegado de turma compete apoiar o delegado nas suas funções e substituí-lo nos seus impedimentos.

8- O delegado tem ainda o direito de solicitar a realização de reuniões da turma para apreciação de matérias relacionadas com o funcionamento da turma, sem prejuízo do cumprimento das atividades letivas, devendo para o efeito ser respeitados os seguintes trâmites:

a) o pedido é apresentado ao diretor de turma, por escrito, nele devendo constar os assuntos que justificam a reunião;

b) o diretor de turma marcará a reunião para um horário sem atividades letivas;

c) da reunião, que será coordenada pelo diretor de turma, será lavrada ata, de onde constarão os assuntos tratados, as conclusões apresentadas e outras ocorrências relevantes;

d) na sequência da reunião, o diretor de turma tomará as providências e fará os contactos que considere adequados.

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9- Por iniciativa dos alunos ou por sua própria iniciativa, o diretor de turma pode solicitar a participação dos representantes dos pais e encarregados de educação dos alunos da turma, na reunião referida no número anterior.

10- O mandato do delegado e do subdelegado tem a duração de um ano letivo.

11- O delegado e o subdelegado perdem o mandato:

a) se deixar de se verificar o requisito indicado no ponto 2 do presente artigo;

b) desde que haja motivo considerado plausível pelo diretor de turma ou pelo conselho de turma e concordância de dois terços dos alunos da turma;

c) por decisão justificada do diretor;

d) a pedido dos próprios, mediante justificação escrita aceite pelo diretor de turma.

12- Em caso de perda de mandato do delegado ou do subdelegado, é desencadeado um novo processo de eleição.

Artigo 98º - Assembleia de delegados de turma

1- A assembleia dos delegados de turma é constituída por todos os delegados de turma.

2- O diretor convocará, no mínimo duas vezes por ano, a assembleia de delegados de turma referida no número anterior, a fim de ser ouvida em assuntos do interesse dos alunos do agrupamento.

3- Para efeitos do cumprimento do número anterior, o diretor pode realizar reuniões sectoriais, por ano ou por ciclo, podendo igualmente solicitar a presença da direção da associação de estudantes.

4- Os delegados de turma deverão ser ouvidos relativamente à elaboração dos principais documentos orientadores da escola, nomeadamente projeto educativo, projeto curricular e regulamento interno.

SUBSECÇÃO V - Disposições específicas

Artigo 99º - Cursos profissionais

As disposições específicas relativas ao funcionamento dos cursos profissionais de nível secundário, incluindo o regime de assiduidade, constam de um regulamento específico que se encontra em anexo ao presente regulamento interno e do qual faz parte integrante.

Artigo 100º - Cursos de educação e formação

As disposições específicas relativas ao funcionamento dos cursos de educação e formação, incluindo o regime de assiduidade, constam de legislação específica: Despacho Conjunto nº 453/2004, de 27 de julho; Retificação nº 1673/2004, de 7 de setembro, Despacho nº 12568/2010, de 04 de agosto; Despacho n.º 978/2011, de 12 de janeiro.

Artigo 101º - Cursos vocacionais

As disposições específicas relativas ao funcionamento dos cursos vocacionais, incluindo o regime de assiduidade, constam de legislação específica: Portarias nº 292-A/2012, de 26 de setembro e n.º 276/2013, de 23 de agosto; Despacho nº 4653/2013, de 3 de abril, Despacho nº 5945/2014, de 7 de maio e Despacho n.º 5945/2014, de 7 de maio.

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Artigo 102º - Centro para a qualificação e ensino profissional

As disposições específicas relativas ao funcionamento do centro para a qualificação e ensino profissional constam de um regulamento específico.

SUBSECÇÃO VI - Mérito escolar

Artigo 103º - Prémios de mérito

1- Para efeitos do disposto na alínea h) do artigo 63º deste RI, são atribuídos prémios de mérito destinados a distinguir alunos que preencham um ou mais dos seguintes requisitos:

a) revelem atitudes exemplares de superação das suas dificuldades;

b) produzam trabalhos académicos de excelência ou realizem atividades curriculares ou de complemento curricular de relevância;

c) desenvolvam iniciativas ou ações de reconhecida relevância social.

2- Os prémios de mérito devem ter natureza simbólica ou material, podendo ter uma natureza financeira desde que, comprovadamente, auxiliem a continuação do percurso escolar do aluno.

3- O agrupamento pode estabelecer parcerias com entidades ou organizações da comunidade educativa no sentido de garantir os fundos necessários ao financiamento dos prémios de mérito.

4- Nos anos terminais de ciclo, poderão ser atribuídos prémios de mérito de acordo com os resultados escolares, desde que os alunos atinjam média de 90% na globalidade das disciplinas.

5- Os conselhos de turma ou os departamentos curriculares são as estruturas educativas que propõem, na reunião final do 3º período, os alunos ao prémio de mérito, fazendo constar em ata a identificação dos alunos, a média final obtida e as razões fundamentadas que, nos termos dos números anteriores, justificam a respetiva proposta.

Artigo 104º - Comissão de avaliação dos prémios de mérito

1- Integram a comissão de avaliação dos prémios de mérito:

a) o diretor;

b) os coordenadores dos diretores de turma do ensino básico e do ensino secundário e o coordenador do conselho de docentes;

c) o coordenador operacional;

d) um representante dos pais e encarregados de educação;

e) um representante dos alunos no conselho de delegados de turma.

2- A comissão de avaliação dos prémios de mérito tem por competência apreciar as candidaturas e as propostas, efetuadas nos termos dos artigos anteriores, e submeter os respetivos pareceres ao conselho pedagógico, para homologação.

Artigo 105º - Prazos e procedimentos

1- As propostas para atribuição de prémios de mérito devem ser formalmente entregues ao diretor até final da primeira semana de julho.

2- A comissão de avaliação dos prémios de mérito reúne posteriormente para análise e emissão de parecer, devendo a decisão do conselho pedagógico ocorrer até final de julho.

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Artigo 106º - Divulgação

A divulgação pública dos candidatos aos prémios de mérito é efetuada na página eletrónica do agrupamento e, sempre que possível, num meio de comunicação escrita local.

Artigo 107º - Prémios materiais

1- O conselho pedagógico pode propor, de entre todos os alunos candidatos aos prémios de mérito, um aluno de cada ciclo de ensino, a quem será atribuído um prémio material, que visa premiar uma situação de destaque relativamente às restantes.

2- Os prémios referidos no número anterior têm uma função educativa, pelo que deverão ser concebidos de acordo com o nível etário dos alunos e estimular o prosseguimento do empenho escolar e o espírito cívico.

3- Compete ao diretor estabelecer as parcerias necessárias para a angariação dos respetivos prémios.

Artigo 108º - Dia do diploma

A entrega do diploma certificativo do mérito e/ou do prémio material referido no artigo anterior efetua-se em sessão pública no Dia do diploma.

SECÇÃO II - PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Artigo 109º - Responsabilidade dos pais e encarregados de educação

1- Aos pais ou encarregados de educação incumbe uma especial responsabilidade, inerente ao seu poder/dever de dirigirem a educação dos seus filhos e educandos no interesse destes e de promoverem ativamente o desenvolvimento físico, intelectual e cívico dos mesmos.

2- Nos termos da responsabilidade referida no número anterior, deve cada um dos pais ou encarregados de educação, em especial:

a) acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando;

b) promover a articulação entre a educação na família e o ensino na escola;

c) diligenciar para que o seu educando beneficie, efetivamente, dos seus direitos e cumpra rigorosamente os deveres que lhe incumbem, nos termos do Estatuto do Aluno e Ética Escolar, procedendo com correção no seu comportamento e empenho no processo de ensino;

d) contribuir para a criação e execução do projeto educativo e do regulamento interno do AEMN e participar na vida da escola;

e) cooperar com os professores no desempenho da sua missão pedagógica, em especial quando para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino dos seus educandos;

f) reconhecer e respeitar a autoridade dos professores no exercício da sua profissão e incutir nos seus filhos ou educandos o dever de respeito para com os professores, o pessoal não docente e os colegas da escola, contribuindo para a preservação da disciplina e harmonia da comunidade educativa;

g) contribuir para o correto apuramento dos factos em procedimento de índole disciplinar instaurado ao seu educando, participando nos atos e procedimentos para os quais for notificado e, sendo aplicada a este medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória, diligenciar para que a mesma prossiga os objetivos de reforço da sua formação cívica, do desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa e do seu sentido de responsabilidade;

h) contribuir para a preservação da segurança e integridade física e psicológica de todos os que participam na vida da escola;

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i) integrar ativamente a comunidade educativa no desempenho das demais responsabilidades desta, em especial informando-a e informando-se sobre todas as matérias relevantes no processo educativo dos seus educandos;

j) comparecer na escola sempre que tal se revele necessário ou quando para tal for solicitado;

k) conhecer o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, bem como o regulamento interno do AEMN e subscrever declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral;

l) indemnizar a escola relativamente a danos patrimoniais causados pelo seu educando;

m) manter constantemente atualizados os seus contactos telefónico, endereço postal e eletrónico, bem como os do seu educando, quando diferentes, informando a escola em caso de alteração.

3- Os pais ou encarregados de educação são responsáveis pelos deveres dos seus filhos e educandos, em especial quanto à assiduidade, pontualidade e disciplina.

4- Para efeitos do disposto no Estatuto do Aluno e Ética Escolar, considera -se encarregado de educação quem tiver menores a residir consigo ou confiados aos seus cuidados:

a) pelo exercício das responsabilidades parentais;

b) por decisão judicial;

c) pelo exercício de funções executivas na direção de instituições que tenham menores, a qualquer título, à sua responsabilidade;

d) por mera autoridade de facto ou por delegação, devidamente comprovada, por parte de qualquer das entidades referidas nas alíneas anteriores.

5- Em caso de divórcio ou de separação e, na falta de acordo dos progenitores, o encarregado de educação será o progenitor com quem o menor fique a residir.

6- Estando estabelecida a residência alternada com cada um dos progenitores, deverão estes decidir, por acordo ou, na falta deste, por decisão judicial, sobre o exercício das funções de encarregado de educação.

7- O encarregado de educação pode ainda ser o pai ou a mãe que, por acordo expresso ou presumido entre ambos, é indicado para exercer essas funções, presumindo-se ainda, até qualquer indicação em contrário, que qualquer ato que pratica relativamente ao percurso escolar do filho é realizado por decisão conjunta com o outro progenitor.

Artigo 110º - Incumprimento dos deveres por parte dos pais ou encarregados de educação

1- O incumprimento pelos pais ou encarregados de educação, relativamente aos seus filhos ou educandos, menores ou não emancipados, dos deveres previstos no artigo anterior, de forma consciente e reiterada, implica a respetiva responsabilização nos termos da lei, do Estatuto do Aluno e Ética Escolar e do presente RI.

2- Constitui incumprimento especialmente censurável dos deveres dos pais ou encarregados de educação:

a) o incumprimento dos deveres de matrícula, frequência, assiduidade e pontualidade pelos filhos e ou educandos, bem como a ausência de justificação para tal incumprimento, nos termos dos nºs 2 a 5 do artigo 70º deste regulamento interno;

b) a não comparência na escola sempre que os seus filhos e/ou educandos atinjam metade do limite de faltas injustificadas, nos termos do nº 3 do artigo 74º do RI, ou a sua não comparência ou não pronúncia, nos casos em que a sua audição é obrigatória, no âmbito de procedimento disciplinar instaurado ao seu filho ou educando, nos termos previstos nos artigos 84º e 86º deste RI;

c) a não realização, pelos seus filhos e/ou educandos, das medidas de recuperação definidas pela escola nos termos do Estatuto do Aluno e Ética Escolar e do RI, das atividades de integração na escola e na comunidade decorrentes da aplicação de medidas disciplinares corretivas e/ou sancionatórias, bem como a não comparência destes em consultas ou terapias prescritas por técnicos especializados.

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3- O incumprimento reiterado, por parte dos pais ou encarregados de educação, dos deveres a que se refere o número anterior, determina a obrigação, por parte da escola, de comunicação do facto à competente comissão de proteção de crianças e jovens ou ao Ministério Público, nos termos previstos no Estatuto do Aluno e Ética Escolar e neste RI.

4- O incumprimento consciente e reiterado pelos pais ou encarregado de educação de alunos menores de idade dos deveres estabelecidos no nº 2 pode ainda determinar, por decisão da comissão de proteção de crianças e jovens ou do Ministério Público, na sequência da análise efetuada após a comunicação prevista no número anterior, a frequência de sessões de capacitação parental, a promover pela equipa multidisciplinar da escola, sempre que possível, com a participação das entidades a que se refere o nº 3 do artigo 53.º do Estatuto do Aluno e Ética Escolar e no quadro das orientações definidas pelos ministérios referidos no seu nº 2.

5- Nos casos em que não existam equipas multidisciplinares constituídas, compete à comissão de proteção de crianças e jovens ou, na sua inexistência, ao Ministério Público dinamizar as ações de capacitação parental a que se refere o número anterior, mobilizando, para o efeito, o AEMN, bem como as demais entidades a que se refere o artigo 53º do Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

6- Tratando-se de família beneficiária de apoios sociofamiliares concedidos pelo Estado, o facto é também comunicado aos serviços competentes, para efeito de reavaliação, nos termos da legislação aplicável, dos apoios sociais que se relacionem com a frequência escolar dos seus educandos e não incluídos no âmbito da ação social escolar ou do transporte escolar recebidos pela família.

7- O incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação do disposto na parte final da alínea b) do n.º 2 do presente artigo presume a sua concordância com as medidas aplicadas ao seu filho ou educando, exceto se provar não ter sido cumprido, por parte do AEMN, qualquer dos procedimentos obrigatórios previstos nos artigos 84º e 86º do RI.

Artigo 111º - Contraordenações

1- A manutenção da situação de incumprimento consciente e reiterado por parte dos pais ou encarregados de educação de alunos menores de idade dos deveres a que se refere o nº 2 do artigo anterior, aliada à recusa, à não comparência ou à ineficácia das ações de capacitação parental determinadas e oferecidas nos termos do referido artigo, constitui contraordenação.

2- As contraordenações previstas no n.º 1 são punidas com coima de valor igual ao valor máximo estabelecido para os alunos do escalão B do ano ou ciclo de escolaridade frequentado pelo educando em causa, na regulamentação que define os apoios no âmbito da ação social escolar para aquisição de manuais escolares.

3- Sem prejuízo do disposto no número seguinte, quando a sanção prevista no presente artigo resulte do incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação dos seus deveres relativamente a mais do que um educando, são levantados tantos autos quanto o número de educandos em causa.

4- Na situação a que se refere o número anterior, o valor global das coimas não pode ultrapassar, na mesma escola ou agrupamento e no mesmo ano escolar, o valor máximo mais elevado estabelecido para um aluno do escalão B do 3.º ciclo do ensino básico, na regulamentação que define os apoios no âmbito da ação social escolar para a aquisição de manuais escolares.

5- Tratando-se de pais ou encarregados de educação cujos educandos beneficiam de apoios no âmbito da ação social escolar, em substituição das coimas previstas nos nos 2 a 4, podem ser aplicadas as sanções de privação de direito a apoios escolares e sua restituição, desde que o seu benefício para o aluno não esteja a ser realizado.

6- A negligência é punível.

7- Compete ao diretor-geral da administração escolar, por proposta do diretor do AEMN, a elaboração dos autos de notícia, a instrução dos respetivos processos de contraordenação, sem prejuízo da colaboração dos serviços inspetivos em matéria de educação, e a aplicação das coimas.

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8- O produto das coimas aplicadas nos termos dos números anteriores constitui receita própria do AEMN.

9- O incumprimento, por causa imputável ao encarregado de educação ou ao seu educando, do pagamento das coimas a que se referem os nos 2 a 4 ou do dever de restituição dos apoios escolares estabelecido no n.º 5, quando exigido, pode determinar, por decisão do diretor do agrupamento:

a) no caso de pais ou encarregados de educação aos quais foi aplicada a sanção alternativa prevista no nº 5, a privação, no ano escolar seguinte, do direito a apoios no âmbito da ação social escolar relativos a manuais escolares;

b) nos restantes casos, a aplicação de coima de valor igual ao dobro do valor previsto nos nos 2, 3 ou 4, consoante os casos.

10- Sem prejuízo do estabelecido na alínea a) do n.º 9, a duração máxima da sanção alternativa prevista no n.º 5 é de um ano escolar.

11- Em tudo o que não se encontrar previsto neste regulamento interno ou no Estatuto do Aluno e Ética Escolar em matéria de contraordenações, são aplicáveis as disposições do Regime Geral do Ilícito de Mera Ordenação Social.

Artigo 112º - Associações de pais

1 - Às associações de pais compete, de acordo com a legislação em vigor:

a) pronunciar-se e participar na definição da política educativa geral;

b) participar, nos termos da lei, nos órgãos do agrupamento, e intervir na organização das atividades de complemento curricular, de desporto escolar e de ligação escola-meio;

c) contribuir para o desenvolvimento da solidariedade e amizade entre professores, pais, encarregados de educação e alunos;

d) contribuir para o desenvolvimento do interesse dos pais ou encarregados de educação e seus filhos pelos problemas sociais, culturais e educacionais;

e) contribuir para a resolução dos problemas relativos ao bem-estar, segurança e utilização dos tempos livres dos alunos;

f) poder filiar-se, nos termos da lei, numa confederação regional ou nacional com objetivos afins;

g) pugnar pela qualidade e liberdade de ensino;

h) colaborar com as autoridades e entidades locais no âmbito do presente regulamento interno.

2- Os órgãos de administração e gestão dos estabelecimentos de educação constituintes do agrupamento disponibilizarão, nos termos da lei, instalações para as associações de pais nos estabelecimentos de educação respetivos.

3- Tendo em conta o desenvolvimento dos planos de atividades, os membros dos órgãos das associações de pais e encarregados de educação terão livre acesso às instalações dos estabelecimentos de educação, desde que previamente informados os respetivos órgãos de administração e gestão.

SECÇÃO III - PESSOAL NÃO DOCENTE

Artigo 113º - Papel do pessoal não docente

1- O pessoal não docente das escolas deve colaborar no acompanhamento e integração dos alunos na comunidade educativa, incentivando o respeito pelas regras de convivência, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os docentes, os pais e encarregados de educação, para prevenir e resolver problemas comportamentais e de aprendizagem

2- Aos técnicos de serviços de psicologia e orientação, integrados ou não em equipa multidisciplinar, com formação para o efeito, incumbe ainda o papel especial de colaborar na identificação e prevenção de

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situações problemáticas de alunos e fenómenos de violência, na elaboração de planos de acompanhamento para estes, envolvendo a comunidade educativa.

3- O pessoal não docente do AEMN deve realizar formação em gestão comportamental, se tal for considerado útil para a melhoria do ambiente escolar.

4- A necessidade de formação constante do número anterior é identificada pelo diretor e deve, preferencialmente, ser promovida pela equipa multidisciplinar.

Artigo 114º - Direitos do pessoal não docente

Sem prejuízo do disposto no presente RI e na legislação em vigor, o pessoal não docente tem o direito a:

a) receber formação e informação;

b) usufruir de condições de saúde, higiene e segurança;

c) participar no processo educativo;

d) receber apoio técnico, material e documental;

e) exercer a atividade sindical e a participar na negociação coletiva, nos termos da lei geral.

Artigo 115º - Deveres do pessoal não docente

Sem prejuízo do disposto no presente RI e na legislação em vigor, o pessoal não docente tem o dever de:

a) contribuir para a plena formação, realização, bem-estar e segurança dos alunos;

b) colaborar ativamente com todos os intervenientes no processo educativo;

c) participar na organização e assegurar a realização e o desenvolvimento regular das atividades prosseguidas nos estabelecimentos de educação ou de ensino;

d) cooperar e zelar pela preservação das instalações e equipamentos escolares e propor medidas de melhoramento e renovação;

e) empenhar-se nas ações de formação em que participar;

f) cooperar, com os restantes intervenientes no processo educativo, na identificação de situações de qualquer carência ou de necessidade de intervenção urgente;

g) respeitar a natureza confidencial da informação relativa aos alunos e respetivos familiares;

h) conhecer as normas de funcionamento dos serviços do agrupamento e o presente regulamento interno e cumpri-los.

Artigo 116º - Regime disciplinar

Ao pessoal não docente é aplicável o regime disciplinar previsto na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.

SECÇÃO IV - PESSSOAL DOCENTE

SUBSECÇÃO I - Direitos

Artigo 117º - Direitos profissionais

1- São garantidos ao pessoal docente os direitos estabelecidos para os funcionários e agentes do Estado em geral, bem como os direitos profissionais decorrentes do Estatuto da Carreira Docente.

2- São direitos profissionais específicos do pessoal docente:

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a) direito de participação no processo educativo;

b) direito à formação e informação para o exercício da função educativa;

c) direito ao apoio técnico, material e documental;

d) direito à segurança na atividade profissional;

e) direito à consideração e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suas famílias e demais membros da comunidade educativa;

f) direito à colaboração das famílias e da comunidade educativa no processo de educação dos alunos;

g) direito à negociação coletiva nos termos legalmente estabelecidos.

Artigo 118º - Direito de participação no processo educativo

1- O direito de participação exerce-se no quadro do sistema educativo, da escola e da relação com a comunidade.

2- O direito de participação, que pode ser exercido a título individual ou coletivo, nomeadamente através das organizações profissionais e sindicais do pessoal docente, compreende:

a) o direito a emitir opiniões e recomendações sobre as orientações e o funcionamento do AEMN e do sistema educativo;

b) o direito a participar na definição das orientações pedagógicas ao nível do AEMN ou das suas estruturas de coordenação;

c) o direito à autonomia técnica e científica e à liberdade de escolha dos métodos de ensino, das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios auxiliares de ensino mais adequados, no respeito pelo currículo nacional, pelos programas e pelas orientações programáticas curriculares ou pedagógicas em vigor;

d) o direito a propor inovações e a participar em experiências pedagógicas, bem como nos respetivos processos de avaliação;

e) o direito de eleger e ser eleito para órgãos colegiais ou singulares dos estabelecimentos de educação ou de ensino, nos casos em que a legislação sobre a sua gestão e administração o preveja.

3- O direito de participação pode ainda ser exercido, através das organizações profissionais e sindicais do pessoal docente, em órgãos que, no âmbito nacional, regional autónomo ou regional, prevejam a representação do pessoal docente.

Artigo 119º - Direito à formação e informação para o exercício da função educativa

1- O direito à formação e informação para o exercício da função educativa é garantido:

a) pelo acesso a ações de formação contínua regulares destinadas a atualizar e aprofundar os conhecimentos e as competências profissionais dos docentes;

b) pelo apoio à autoformação dos docentes, de acordo com os respetivos planos individuais de formação.

2- Para efeitos do disposto no número anterior, o direito à formação e informação para o exercício da função educativa pode também visar objetivos de reconversão profissional, bem como de mobilidade e progressão na carreira.

Artigo 120º - Direito ao apoio técnico, material e documental

O direito ao apoio técnico, material e documental exerce-se sobre os recursos necessários à formação e informação do pessoal docente, bem como ao exercício da atividade educativa.

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Artigo 121º - Direito à segurança na atividade profissional

1- O direito à segurança na atividade profissional compreende:

a) a prevenção e redução dos riscos profissionais, individuais e coletivos, através da adoção de programas específicos dirigidos à melhoria do ambiente de trabalho e promoção das condições de higiene, saúde e segurança do posto de trabalho;

b) a prevenção e tratamento das doenças que venham a ser definidas por portaria conjunta dos Ministros da Educação e da Saúde, como resultando necessária e diretamente do exercício continuado da função docente.

2- O direito à segurança na atividade profissional compreende ainda a penalização da prática de ofensa corporal ou outra violência sobre o docente no exercício das suas funções ou por causa destas.

Artigo 122º - Direito à consideração e à colaboração da comunidade educativa

1- O direito à consideração exerce-se no plano da relação com os alunos, as suas famílias e os demais membros da comunidade educativa e exprime-se no reconhecimento da autoridade em que o docente está investido, no exercício das suas funções.

2- O direito à colaboração das famílias e dos demais membros da comunidade educativa compreende o direito a receber o seu apoio e cooperação ativa, no quadro da partilha entre todos da responsabilidade pelo desenvolvimento e pelos resultados da aprendizagem dos alunos.

SUBSECÇÃO II - Deveres

Artigo 123º - Deveres gerais

1- O pessoal docente está obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos para os funcionários e agentes da Administração Pública em geral.

2- O pessoal docente, no exercício das funções que lhe estão atribuídas nos termos do Estatuto da Carreira Docente, está ainda obrigado ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais:

a) orientar o exercício das suas funções pelos princípios do rigor, da isenção, da justiça e da equidade;

b) orientar o exercício das suas funções por critérios de qualidade, procurando o seu permanente aperfeiçoamento e tendo como objetivo a excelência;

c) colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação de laços de cooperação e o desenvolvimento de relações de respeito e reconhecimento mútuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não docente;

d) atualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e profissional e de aperfeiçoamento do seu desempenho;

e) participar de forma empenhada nas várias modalidades de formação que frequente, designadamente nas promovidas pela Administração, e usar as competências adquiridas na sua prática profissional;

f) zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didático-pedagógicos utilizados, numa perspetiva de abertura à inovação;

g) desenvolver a reflexão sobre a sua prática pedagógica, proceder à autoavaliação e participar nas atividades de avaliação da escola;

h) conhecer, respeitar e cumprir as disposições normativas sobre educação, cooperando com a administração educativa na prossecução dos objetivos decorrentes da política educativa, no interesse dos alunos e da sociedade.

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Artigo 124º - Deveres para com os alunos

Constituem deveres específicos dos docentes relativamente aos seus alunos:

a) respeitar a dignidade pessoal e as diferenças culturais dos alunos valorizando os diferentes saberes e culturas, prevenindo processos de exclusão e discriminação;

b) promover a formação e realização integral dos alunos, estimulando o desenvolvimento das suas capacidades, a sua autonomia e criatividade;

c) promover o desenvolvimento do rendimento escolar dos alunos e a qualidade das aprendizagens, de acordo com os respetivos programas curriculares e atendendo à diversidade dos seus conhecimentos e aptidões;

d) organizar e gerir o processo ensino-aprendizagem, adotando estratégias de diferenciação pedagógica suscetíveis de responder às necessidades individuais dos alunos;

e) assegurar o cumprimento integral das atividades letivas correspondentes às exigências do currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas ou curriculares em vigor;

f) adequar os instrumentos de avaliação às exigências do currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas ou curriculares e adotar critérios de rigor, isenção e objetividade na sua correção e classificação;

g) manter a disciplina e exercer a autoridade pedagógica com rigor, equidade e isenção;

h) cooperar na promoção do bem-estar dos alunos, protegendo-os de situações de violência física ou psicológica, se necessário solicitando a intervenção de pessoas e entidades alheias à instituição escolar;

i) colaborar na prevenção e deteção de situações de risco social, se necessário participando-as às entidades competentes;

j) respeitar a natureza confidencial da informação relativa aos alunos e respetivas famílias.

Artigo 125º - Deveres para com a escola e os outros docentes

Constituem deveres específicos dos docentes para com o AEMN e outros docentes:

a) colaborar na organização da escola, cooperando com os órgãos de direção executiva e as estruturas de gestão pedagógica e com o restante pessoal docente e não docente, tendo em vista o seu bom funcionamento;

b) cumprir os regulamentos, desenvolver e executar os projetos educativos e planos de atividades e observar as orientações dos órgãos de direção executiva e das estruturas de gestão pedagógica da escola;

c) coresponsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e equipamentos e propor medidas de melhoramento e remodelação;

d) promover o bom relacionamento e a cooperação entre todos os docentes, dando especial atenção aos que se encontram em início de carreira, em formação ou que denotem dificuldades no seu exercício profissional;

e) partilhar com os outros docentes a informação, os recursos didáticos e os métodos pedagógicos, no sentido de difundir as boas práticas e de aconselhar aqueles que se encontrem no início de carreira, em formação ou que denotem dificuldades no seu exercício profissional;

f) refletir, nas várias estruturas pedagógicas, sobre o trabalho realizado individual e coletivamente, tendo em vista melhorar as práticas e contribuir para o sucesso educativo dos alunos;

g) cooperar com os outros docentes na avaliação do seu desempenho;

h) defender e promover o bem-estar de todos os docentes, protegendo-os de quaisquer situações de violência física ou psicológica, se necessário solicitando a intervenção de pessoas e entidades alheias à instituição escolar.

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Artigo 126º - Deveres para com os pais e encarregados de educação

Constituem deveres específicos dos docentes para com os pais e encarregados de educação dos alunos:

a) respeitar a autoridade legal dos pais ou encarregados de educação e estabelecer com eles uma relação de diálogo e cooperação, no quadro da partilha da responsabilidade pela educação e formação integral dos alunos;

b) promover a participação ativa dos pais ou encarregados de educação na educação escolar dos alunos, no sentido de garantir a sua efetiva colaboração no processo de aprendizagem;

c) incentivar a participação dos pais ou encarregados de educação na atividade do AEMN, no sentido de criar condições para a integração bem-sucedida de todos os alunos;

d) facultar regularmente aos pais ou encarregados de educação a informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens e o percurso escolar dos filhos, bem como sobre quaisquer outros elementos relevantes para a sua educação;

e) participar na promoção de ações específicas de formação ou informação para os pais ou encarregados de educação que fomentem o seu envolvimento na escola com vista à prestação de um apoio adequado aos alunos.

Artigo 127º - Regime disciplinar

Ao pessoal docente é aplicável o regime disciplinar previsto na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, com as adaptações previstas pelo Estatuto da Carreira Docente, na redação conferida pelo Decreto-Lei nº 41/2012, de 21 de fevereiro.

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CAPÍTULO V - ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

SECÇÃO I - GESTÃO DOS ESPAÇOS ESCOLARES E SERVIÇOS

Artigo 128º - Definição

1- De acordo com o estabelecido na lei e no respeito pelos limites que esta impõe, a gestão dos espaços escolares e serviços é da responsabilidade do AEMN, no quadro da sua autonomia.

2- A gestão dos espaços escolares e serviços cabe ao diretor, no âmbito das suas competências.

3- A distribuição de espaços e a implementação de novos serviços deve ser feita no final do ano letivo, tendo em conta os projetos e atividades a desenvolver no ano letivo seguinte.

4- Sem prejuízo do disposto no número anterior, poder-se-ão criar e implementar novos espaços e serviços no decorrer do ano letivo, desde que existam razões devidamente comprovadas da sua necessidade e pertinência.

Artigo 129º - Princípios orientadores

1- A gestão dos espaços escolares e serviços deve orientar-se pelos princípios consagrados na Lei, bem como pelos enunciados no número seguinte.

2- A gestão dos espaços escolares e serviços rege-se pelos seguintes princípios:

a) definição de critérios de gestão de espaços e serviços com primazia dos fatores de ordem pedagógica sobre os de ordem administrativa;

b) adequação da utilização e criação dos espaços e serviços à função global educativa do agrupamento e à implementação e desenvolvimento do seu projeto educativo;

c) articulação com os restantes organismos de administração educativa, nomeadamente a Direção de Serviços da Região Alentejo e outras escolas ou agrupamentos de escolas, na definição do número de turmas e respetivo número de alunos, bem como na hierarquização de prioridades da utilização de espaços e serviços;

d) definição das condições de acesso aos espaços, instalações e serviços por parte dos elementos da comunidade local, de acordo com as normas e condicionantes em vigor;

e) responsabilização de elementos do agrupamento pela gestão corrente de determinados espaços.

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Artigo 130º - Horário de funcionamento da escola sede

1- A escola-sede funciona todos os dias úteis, das 8.00 às 18.30 horas, podendo esse horário sofrer alterações mediante a disponibilização de novas ofertas educativas.

2- O horário de funcionamento das atividades letivas é definido anualmente, estando sujeito à aprovação do conselho geral.

3- As atividades de complemento curricular no âmbito dos vários clubes e projetos funcionam nas horas livres dos alunos, em horários diversificados e ajustados, em cada ano letivo, aos horários das várias turmas.

Artigo 131º - Horário letivo e registo de faltas

1- A definição da carga horária das turmas é feita de acordo com o definido na legislação em vigor e no respeito pelas componentes curriculares de âmbito local e regional que o agrupamento venha a definir.

2- O início e termo de cada tempo letivo, nos casos da Escola Básica S. João de Deus e da Escola Secundária, são assinalados pelo toque de uma campainha.

a) existe um primeiro toque, de advertência, a fim de que professores e alunos se dirijam para as respetivas salas;

b) existe um segundo toque, cinco minutos após o primeiro, que assinala o termo da tolerância para a entrada na sala de aula;

c) no primeiro tempo do período diurno (8:30 h – 9:15 h), a tolerância é de 10 minutos para alunos e professores.

3- Devem ser respeitadas as seguintes normas relativas ao funcionamento das aulas:

a) após o segundo toque, e na ausência do professor, o assistente operacional deve proceder à marcação da falta a este, salvo se tiver recebido ordens em contrário ou se, de alguma forma, tiver a informação de que o professor em causa se encontra na escola, disponível para lecionar a aula;

b) confirmada a ausência do professor da turma ou do professor substituto, o assistente operacional deve informar os alunos, devendo então aqueles abandonar o local, em silêncio, de forma ordenada e no mais curto intervalo de tempo;

c) se, por motivos ligados ao serviço da escola, for previsível o atraso do professor até 15 minutos, tal facto dever ser comunicado ao assistente operacional, o qual acompanha os alunos à sala de aula, onde aguarda com os mesmos a chegada do professor;

d) os alunos devem entrar para a sala de aula imediatamente após a entrada do professor;

e) após o início de cada aula, o professor procederá ao registo das faltas dos alunos ausentes, no programa de gestão escolar;

f) não é permitida a saída dos alunos da sala de aula antes do toque indicador do termo da mesma;

g) o professor é o último a sair da sala de aula;

h) durante os intervalos e tempos livres, os alunos não podem permanecer no interior da sala de aula, salvo em situações pontuais, devidamente autorizadas pelo professor ou pelo diretor.

Artigo 132º - Calendário escolar

1- O calendário escolar é afixado em local de fácil acesso na escola-sede, para conhecimento de todos.

2- Qualquer mudança registada no calendário escolar dever ser noticiada à comunidade escolar, da forma mais conveniente e eficaz, pelo diretor.

Artigo 133º - Registos e documentos

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1- Os documentos relativos ao normal funcionamento do AEMN são os definidos pelas instâncias superiores, aos quais se juntam os elaborados pelos respetivos órgãos de administração e gestão, utilizados e guardados pelos responsáveis a cujo serviço se destinam, sendo o seu destino final, em regra, os serviços de administração escolar.

2- Para cumprimento do disposto no número anterior, o órgão competente para definir e elaborar um documento deve indicar os seus destinatários, utilizadores e destino final.

3- O registo das atividades letivas desenvolvidas e da assiduidade dos alunos, professores e funcionários é efetuado no programa de gestão escolar.

4- O registo referido no número anterior deve ser efetuado no prazo máximo de 48 horas após a realização das atividades.

5- O registo de ponto do pessoal não docente encontra-se em local próprio e previamente divulgado.

Artigo 134º - Gestão financeira

1- A gestão financeira do agrupamento é realizada por objetivos, cabendo à direção do AEMN apresentar, anualmente, o respetivo plano de atividades.

2- A gestão financeira respeitará as regras do orçamento por atividades e orientar-se-á pelos seguintes instrumentos de previsão económica:

a) plano financeiro anual;

b) orçamento privativo.

SECÇÃO II - ACESSO E CIRCULAÇÃO NO RECINTO ESCOLAR

Artigo 135º - Acesso e circulação

1- O acesso normal aos estabelecimentos de educação e ensino que integram o agrupamento faz-se pelo portão principal, salvo raras exceções.

2- Alunos, professores e funcionários devem fazer-se acompanhar de documento que permita a sua rápida identificação.

3- É obrigatório mostrar o documento de identificação referido no número anterior ao assistente operacional de serviço na portaria, sempre que este o requerer.

4- Os restantes elementos da comunidade educativa e visitantes devem informar o funcionário da portaria acerca do assunto a tratar e serviço a que se dirigem, sendo-lhes entregue um documento, após apresentação do documento de identificação.

5- Sempre que as condições referidas no número anterior não possam ser cumpridas, pelo facto de o visitante não ser portador de documento de identificação, a situação será resolvida pelo funcionário da portaria ou pelo diretor.

6- Não é permitido o acesso a pessoas que, pela sua conduta, se presuma que poderão perturbar o normal funcionamento de qualquer escola do AEMN.

7- A circulação de veículos no recinto escolar só é autorizada nas seguintes situações:

a) cargas e descargas de produtos indispensáveis ao funcionamento da escola;

b) intervenção de veículos de socorro;

c) casos pontuais devidamente autorizados.

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Artigo 136º - Saída de alunos do recinto escolar

1- O sistema de saída dos alunos depende do cumprimento dos pontos 2 e 3 do artigo anterior.

2- Cabe ao encarregado de educação decidir qual a forma de saída do respetivo educando do recinto escolar, preenchendo obrigatoriamente, para o efeito, documento próprio a entregar ao diretor de turma, ou, na sua ausência, aos serviços de administração escolar.

3- Até à entrega do documento referido no número anterior, considera-se que o aluno está abrangido pela alínea do número seguinte.

4- A autorização a apresentar ao diretor de turma é expressa mediante a opção, a tomar pelo encarregado de educação, por uma das três situações seguintes:

a) saída do aluno do recinto escolar exclusivamente após o termo do respetivo dia de aulas;

b) saída do aluno do recinto escolar exclusivamente após o termo da última aula do período da manhã e da última aula do período da tarde;

c) saída do aluno do recinto escolar sempre que este o entender, sem prejuízo do cumprimento do dever de assiduidade às atividades letivas (exclusivamente para alunos com mais de 12 anos).

5- Aquando da saída, todos os alunos devem identificar-se, apresentando o respetivo cartão de estudante ao assistente operacional de serviço na portaria, para verificação da autorização de saída da escola (EB S. João de Deus e Escola Secundária).

6- Todas as atividades que decorram fora do espaço escolar e durante o tempo letivo da aula, requerem uma prévia comunicação escrita ao diretor, bem como autorização do mesmo.

7- Do despacho do diretor será dado conhecimento ao respetivo diretor de turma.

8 - Os alunos poderão sair da escola, independentemente da modalidade de saída selecionada pelo encarregado de educação desde que, para tal, apresentem autorização escrita do mesmo, a qual será válida apenas para aquele momento, não substituindo nunca o sistema definido, sendo uma medida de exceção.

9 - Os alunos do 1º ciclo do ensino básico só poderão sair do estabelecimento de ensino mediante requerimento escrito, assinado pelo encarregado de educação, ou quando acompanhado por este ou o seu substituto legal.

SECÇÃO III - ESPAÇOS ESCOLARES E SERVIÇOS

Artigo 137º - Definição

Consideram-se espaços e serviços escolares todas as instalações e recursos humanos a elas ligados que contribuem para o desenvolvimento da função educativa e formativa do agrupamento, nos planos pedagógico, cultural e administrativo.

Artigo 138º - Critérios de constituição

A constituição de serviços e espaços rege-se pela definição legal dos espaços a existir nos estabelecimentos de ensino/educação, assim como pelo cumprimento dos princípios presentes no projeto educativo do agrupamento, entendendo-se que estes concorrem para a sua efetiva aplicação e concretização.

Artigo 139º - Espaços e serviços escolares

1 - Os espaços escolares definidos são:

a) salas de atividades/aulas;

b) laboratórios de biologia/ciências naturais;

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c) laboratórios de físico-química;

d) salas de informática;

e) salas de educação visual;

f) oficinas de educação visual e tecnológica;

g) oficinas;

h) laboratórios de mecânica e metrologia;

i) salas de educação musical;

j) instalações desportivas, compreendendo os campos de jogos e os balneários;

k) salas de convívio de alunos, professores e funcionários;

l) salas de diretores de turma;

m) zonas de recreio e lazer;

n) centros de recursos/bibliotecas escolares (regimento próprio no anexo III);

o) salas de apoio educativo;

p) refeitórios escolares.

2- As instalações, espaços e serviços são utilizados de acordo com as seguintes prioridades:

a) alunos, docentes e funcionários em atividades que envolvam diretamente os alunos, ou de preparação para as mesmas;

b) atividades ligadas aos serviços sedeados nas escolas.

c) pais e encarregados de educação;

d) comunidade local;

e) outros.

Artigo 140º - Direção de instalações

1- Sempre que se justifique, as funções inerentes ao cargo de diretor de instalações são exercidas por um professor do respetivo departamento, designado pelo diretor.

2- São as seguintes as direções de instalações previstas, sem prejuízo da criação de outras que se venham a considerar necessárias:

a) física e química;

b) biologia e geologia/ciências naturais;

c) oficinas;

d) educação física;

e) instalações informáticas;

f) laboratórios de mecânica e metrologia.

3- Ao diretor de instalações compete:

a) organizar o inventário do material e equipamento existentes nas instalações e zelar pela sua conservação;

b) planificar o modo de utilização das instalações e propor a aquisição de novo material e equipamento;

c) elaborar relação de necessidades a apresentar, no final de cada ano letivo, ao diretor;

d) elaborar o regimento interno das instalações que lhe estão afetas, procedendo à sua afixação em local de fácil acesso.

4- Ao diretor de instalações responsável pelas instalações de educação física compete ainda, para além do disposto no número anterior, a elaboração e permanente atualização do livro de manutenção, previsto no artigo 9º do Decreto-Lei nº 100/2003, de 23 de maio.

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5- Os diretores de instalações têm direito a duas horas da componente não letiva de estabelecimento para o exercício das respetivas funções, podendo esse número ser aumentado até ao máximo de quatro horas, se o professor tiver direito a reduções no âmbito do artigo 79º do ECD.

Artigo 141º - Organização e funcionamento

1- A distribuição de espaços pedagógicos é realizada pelo diretor, com o parecer do conselho pedagógico.

2- A definição dos serviços existentes e a criar depende dos órgãos de administração e gestão, de acordo com a sua natureza e as competências específicas de cada órgão.

3- De forma a garantir a facilidade de acesso e utilização por todos, os serviços e espaços devem estar bem identificados.

4- Para cada serviço e espaço será elaborado um regulamento de funcionamento, o qual será afixado em local visível, no respeito pela legislação em vigor e pelo presente regulamento interno.

5- Os regulamentos de funcionamento dos espaços e serviços definidos no artigo anterior são da responsabilidade dos respetivos diretores de instalações

6- A elaboração do regulamento de funcionamento é realizada em conjunto com os funcionários e docentes ligados ao espaço ou serviço.

7- Do regulamento de funcionamento devem constar obrigatoriamente os seguintes pontos:

a) horário de funcionamento;

b) normas de acesso e conduta;

c) mecanismo de requisição de serviços, envolvendo a elaboração de um documento para o efeito;

d) gestão dos equipamentos, incluindo a comunicação de estragos, extravios e aquisições/reposições ao órgão de gestão.

8- A requisição de material, equipamentos ou serviços é feita em documento próprio, do qual constam, pelo menos, a identificação do requerente, equipamento/material a requisitar, sala, data e hora onde será utilizado.

9- Após elaboração dos regulamentos de funcionamento, estes serão homologados pelo diretor.

SECÇÃO IV - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS, TÉCNICOS E TÉCNICO-PEDAGÓGICOS

Artigo 142º - Serviços administrativos

1- Os serviços administrativos são o órgão de apoio funcional a todo o AEMN, na dependência direta do diretor, sob a responsabilidade do coordenador técnico.

2- As tarefas específicas das áreas funcionais referidas no número anterior são as definidas pelo Decreto Regulamentar nº 74/84, de 18 de setembro.

3- São competências dos serviços administrativos:

a) atender e informar corretamente todos os seus utentes; b) adquirir, nos termos legais, e depois de autorizados pelo conselho administrativo, os materiais,

equipamentos e serviços requisitados pelos diversos setores do agrupamento; c) expor, em local acessível aos utentes, as normas para preenchimento de documentos; d) receber e enviar a correspondência entre a comunidade escolar e o exterior; e) manter inviolável a correspondência que não seja oficial; f) manter atualizado o inventário dos equipamentos sob sua responsabilidade; g) cumprir todas as disposições legais previstas para o normal funcionamento dos serviços.

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4- São competências do chefe dos serviços de administração escolar todas as constantes do Decreto Regulamentar nº 74/84, de 18 de setembro.

5- Os assistentes administrativos dependem hierarquicamente do diretor ou de quem o substitua.

6- Todo o serviço a distribuir pelos respetivos funcionários é da competência do diretor ou de quem o substitua, sob proposta do coordenador técnico.

7- A permanência no interior destes serviços de qualquer elemento estranho aos mesmos carece de prévia autorização do diretor ou do coordenador técnico.

Artigo 143º - Serviços de ação social escolar

1 - Aos serviços de apoio socioeducativo (adiante designados por SASE), compete, institucionalmente, no âmbito económico-social, verificar os procedimentos oficiais e garantir as condições tendentes à frequência da escolaridade obrigatória e ainda à sua continuidade.

2 - Os SASE são coordenados pelo subdiretor ou pelo adjunto do diretor.

3 - São competências dos SASE:

a) atender e informar corretamente todos os seus utentes; b) organizar os processos relacionados com o seguro escolar; c) organizar as compras e a manutenção de stocks dos setores da papelaria, bufete e refeitório; d) controlar os documentos referentes às receitas e despesas dos vários setores a seu cargo; e) organizar os serviços de refeitório, bufete e papelaria e orientar o pessoal que neles trabalha, por forma

a otimizar a gestão dos recursos humanos e a melhoria qualitativa dos serviços; f) organizar os processos individuais dos alunos que se candidatam a subsídios ou bolsas de estudo, numa

perspetiva socioeducativa, com a colaboração dos diretores de turma; g) assegurar uma adequada informação dos apoios complementares aos alunos e encarregados de

educação, garantindo uma absoluta confidencialidade; h) organizar os processos referentes aos acidentes dos alunos, bem como dar execução a todas as ações no

âmbito da prevenção; i) planear e organizar, em colaboração com as autarquias, os transportes escolares; j) aplicar as disposições definidas no presente regulamento interno e na lei geral, em matéria de aquisição

e empréstimo de manuais escolares; k) elaborar um relatório anual relativo aos apoios socioeducativos.

Artigo 144º - Bufete

1- O bufete tem como finalidade o fornecimento de alimentos aos membros da comunidade escolar, tendo acesso a este serviço alunos, professores e funcionários do AEMN, bem como todas as pessoas identificadas como visitantes.

2- No bufete, a aquisição de produtos faz-se mediante a utilização do respetivo cartão magnético, previamente carregado na papelaria/Loja do Aluno

3- Todos os utensílios e vasilhame fornecidos por este serviço devem ser devolvidos ao balcão, imediatamente após a sua utilização.

4- Ao responsável por este serviço compete zelar pelo bom estado de conservação dos produtos, pela manutenção dos equipamentos, pela gestão dos inventários e pela higiene das instalações.

5- Os preços a praticar devem respeitar as disposições legais, tendo em atenção, sempre que possível, o nível socioeconómico da população escolar.

6- O preçário deve estar afixado em local visível, devendo estar permanentemente atualizado. 7- A gestão socioeducativa dos lucros dos bufetes escolares permite que os alunos com menores recursos

económicos possam usufruir de um suplemento alimentar, num valor a fixar no início de cada ano letivo.

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Artigo 145º - Papelaria/ Loja do aluno

1- A papelaria/ loja do aluno tem como finalidade o fornecimento de artigos escolares, documentos oficiais, modelos exclusivos do AEMN e o carregamento dos cartões magnéticos aos membros da comunidade escolar, tendo acesso a este serviço alunos, professores e funcionários do AEMN, bem como todas as pessoas identificadas como visitantes.

2- Ao responsável pela papelaria/ loja do aluno compete zelar pela gestão dos stocks e pela higiene das instalações.

3- Os preços a praticar devem respeitar as disposições legais, tendo em atenção, sempre que possível, o nível socioeconómico da população escolar, de modo a garantir apenas a cobertura dos encargos inerentes a este serviço.

4- O preçário deve estar disponível para consulta e atualizado.

Artigo 146º - Portaria

1- A portaria é o setor das escolas responsável pelo controlo de entradas e saídas de pessoas e veículos no recinto escolar, cabendo ao funcionário que lhe está afeto a prestação de informações e o encaminhamento de pessoas.

2- O controlo referido no número anterior é efetuado em conformidade com o disposto no artigo 135º do presente RI.

3- Ao responsável por este sector compete zelar pelo bom estado de apresentação e higiene das instalações.

Artigo 147º - Refeitório

1- O refeitório é um serviço que pode ser utilizado por alunos, professores e funcionários das escolas, bem como por outras pessoas, devidamente autorizadas pelo diretor.

2- O refeitório serve apenas almoços. 3- A refeição, cujo preço é determinado por lei, é servida mediante a apresentação do cartão magnético,

através do qual se adquiriu previamente o almoço, de acordo com o regulamento próprio dos referidos cartões.

4- A compra referida no número anterior deve ser efetuada na véspera até às 16h30 ou, em número limitado e fixado anualmente pelo diretor, no próprio dia da refeição até às 10:30 h, devendo, neste caso, ser paga uma tarifa acrescida. (A marcação poderá ser feita no quiosque ou através da internet, na respetiva aplicação).

5- No final de cada semana, deve ser exposta, nas instalações do refeitório, da papelaria/loja do aluno e do bufete, a ementa para a semana seguinte, da qual devem constar refeições nutricionalmente equilibradas e variadas.

6- Por razões de saúde, sempre que possível e a pedido do interessado, pode ser confecionada uma refeição de "dieta", cujo custo não deve ultrapassar o da refeição normal.

7- As refeições são servidas entre as 12:00h e as 14:00h de cada dia.

8- Os utentes do refeitório devem organizar-se por ordem de chegada, aguardando a sua vez para serem servidos, após passarem o seu cartão pelo respetivo leitor.

9- Todos os utensílios fornecidos por este serviço devem ser devolvidos ao balcão, após a respetiva utilização. 10- Ao responsável pelo refeitório compete zelar pelo bom estado de conservação dos alimentos, pela

manutenção dos equipamentos, pela gestão dos stocks e pela higiene das instalações

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Artigo 148º - Reprografia/Loja do aluno

1- A reprografia tem como finalidade a reprodução de documentos, tendo acesso a este serviço alunos, professores e funcionários do AEMN, bem como todas as pessoas identificadas como visitantes.

2- Os professores e funcionários devem entregar os originais com 48 horas de antecedência, acompanhados de uma requisição, onde devem constar a data, o número de exemplares a reproduzir, o setor e a atividade a que se destinam os documentos, quando oficiais, e a assinatura do requisitante.

3- O não cumprimento do prazo referido no ponto anterior, não responsabiliza o funcionário pela execução dos trabalhos requisitados.

4- A entrega dos trabalhos executados é feita diretamente pelo funcionário ao requisitante. 5- São gratuitos todos os serviços de reprografia destinados a provas de avaliação, a professores em

formação, às estruturas de orientação educativa, aos órgãos de administração e gestão e aos diversos setores do AEMN.

6- Os documentos não gratuitos devem ser pagos pelo requisitante no ato da entrega, de acordo com a tabela de preços estabelecida e afixada.

7- A reprodução de testes, fichas de trabalho e documentação oficial é prioritária. 8- Por razões de sigilo, é proibida a entrada a pessoas estranhas ao serviço. 9- Os funcionários afetos a este serviço devem manter organizado o arquivo de modelos de documentos de

utilização corrente. 10- É dever dos funcionários afetos a este serviço garantir a confidencialidade dos documentos a reproduzir,

com particular destaque para os materiais relacionados com a avaliação.

11- Aos responsáveis pela reprografia compete zelar pela gestão dos stocks, pela manutenção dos equipamentos e pela higiene das instalações.

Artigo 149º - Serviços especializados de apoio educativo

1- Incluem-se nos serviços especializados de apoio educativo os serviços que visam responder às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e da participação, num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social. Têm como princípios orientadores a justiça, a solidariedade social, a não discriminação, a igualdade de oportunidades, o combate à exclusão social, o acesso e sucesso educativo, a participação dos pais e a confidencialidade da informação.

2- Os serviços especializados de apoio educativo são constituídos por:

a) serviço de psicologia e orientação;

b) departamento de educação especial;

c) unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdo-cegueira congénita;

d) equipa local de intervenção (ELI);

e) serviço de ação social escolar (SASE)

Artigo 150º - Serviço de Psicologia e Orientação

1- São competências do serviço de psicologia e orientação:

a) promover e desenvolver atividades que permitam prestar apoio psicológico e psicopedagógico aos alunos dos diferentes níveis de ensino, de acordo com as necessidades detetadas ou comunicadas por docentes, encarregados de educação ou outros membros da comunidade escolar, nomeadamente nas situações de insucesso escolar, com vista à superação destas necessidades;

b) promover atividades de informação e orientação vocacional para os alunos do 9º ano;

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c) participar na equipa de elaboração do plano educativo individual;

d) colaborar com o SASE na divulgação das modalidades de apoio socioeducativo;

e) apresentar ao diretor o relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

2- O horário de funcionamento deve estar afixado em local visível, devendo estar permanentemente atualizado. Poderá sofrer alterações ao longo do ano letivo, de acordo com as necessidades específicas de atendimento não previstas inicialmente.

3- Aos técnicos dos serviços de psicologia e orientação incube ainda o papel de colaborar na identificação e prevenção de situações problemáticas de alunos e na elaboração de planos de acompanhamento para estes, envolvendo a comunidade educativa.

4- As atividades a desenvolver por estes serviços serão definidas e planeadas no início de cada ano letivo, de acordo com as necessidades detetadas.

Artigo 151º - Departamento de educação especial

1- O departamento de educação especial, adiante designado por DEE, é uma estrutura de orientação

educativa visando a criação de condições para a adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais (NEE) dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social. O DEE visa ainda assegurar a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades, a preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma adequada transição para a vida pós-escolar ou profissional.

2- O DEE conta com o funcionamento de uma unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdo-cegueira congénita (Artigo 26º do Decreto-Lei 3/2008), que constitui uma resposta educativa especializada, apetrechada com equipamentos essenciais às necessidades específicas dos alunos.

3- Do DEE, fazem parte as docentes da ELI de Montemor-o-Novo, com vista a garantir respostas às famílias e crianças até aos 6 anos.

4- O DEE trabalha em estreita colaboração com o conselho pedagógico, com o diretor e demais estruturas pedagógicas.

5- Ao DEE compete: a) eleger o seu coordenador de entre os seus membros em conformidade com o estabelecido no artigo 43º

do decreto-lei 137/2012 de 2 de julho; b) responder às necessidades especificas de alunos com multideficiência e surdo-cegueira congénita,

através do funcionamento da unidade de apoio especializado a alunos que manifestem essas problemáticas;

c) participar na avaliação especializada por referência à Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde (CIF);

d) elaborar o relatório técnico-pedagógico, de acordo com o estipulado no artigo 6º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, em colaboração com a equipa pluridisciplinar, identificando, nos casos em que tal se justifique, as razões que determinam as necessidades educativas especiais do aluno e a sua tipologia, designadamente as condições de saúde, doença ou incapacidade;

e) colaborar com os docentes titulares de turma/diretores de turma na elaboração e implementação do programa educativo individual;

f) colaborar no relatório final de avaliação, circunstanciado, no final do ano letivo, conjuntamente com a equipa pluridisciplinar, da qual fazem parte todos os intervenientes no processo educativo do aluno;

g) colaborar na elaboração dos planos individuais de transição dos alunos com currículo específico individual, através do estabelecimento dos protocolos de parceria envolvendo o Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) e comunidade local;

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h) colaborar com os órgãos de gestão do agrupamento na deteção de alunos com necessidades educativas especiais e na organização e incremento das medidas e apoios educativos adequados;

i) participar nas reuniões dos conselhos de turma de avaliação onde existam casos de alunos com NEE; j) prestar o apoio pedagógico personalizado, referido na alínea d), nº 1 do artigo 17º, do Decreto-Lei nº

3/2008, de 7 de janeiro; k) lecionar as áreas curriculares específicas definidas no nº 2 do artigo 18º, os conteúdos mencionados no

nº 3 do mesmo artigo e os conteúdos curriculares referidos no nº 3 do artigo 21º, do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro;

l) determinar os apoios especializados, as adequações do processo de ensino/aprendizagem de que os alunos devam beneficiar, e as tecnologias de apoio;

m) prestar apoio à utilização de materiais didáticos adaptados e tecnologias de apoio; n) articular com serviços e entidades, na procura de respostas e estratégias de intervenção no sentido de

contribuir para o desenvolvimento global dos alunos. 6- Os docentes de educação especial prestam as seguintes modalidades de apoio:

a) apoio direto em contexto de sala de aula, sala de apoio e sala da Unidade de Multideficiência - desenvolvimento de atividades com os alunos com NEE no cumprimento de currículos específicos individuais e áreas curriculares específicas adequadas ao tipo de dificuldades manifestadas, ao nível de desenvolvimento cognitivo, linguístico, social e à idade dos alunos;

b) apoio indireto/supervisão – aconselhamento a professores e orientação no processo de apoio dos alunos e desenvolvimento de estratégias diversificadas. Colaboração e acompanhamento no desenvolvimento de metodologias de apoio e estratégias facilitadoras da gestão dos grupos e diversificação de práticas pedagógicas; adequação de recursos às necessidades dos alunos; colaboração com os docentes das turmas na construção e avaliação dos programas educativos individuais (PEI)…;

c) intervenção junto das famílias, no aconselhamento e orientação do acompanhamento das situações – incentivo à participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar (contactos com os pais e/ou encarregados de educação, no sentido de encaminhar as famílias de alunos com NEE para os diversos recursos existentes; colaboração dos encarregados de educação no cumprimento de tarefas que favoreçam a autonomia dos alunos…);

d) articulação com entidades/ serviços, contactos com instituições de apoio à deficiência, serviços hospitalares, Centros de Saúde, técnicos e serviços da comunidade, Serviço Social; articulação com a comunidade envolvente, através do contacto com outras entidades e serviços (institucionais e não institucionais), de modo a desenvolver atividades que potenciem o sucesso educativo dos alunos, designadamente no processo de transição para a vida pós-escolar; participação em atividades recreativas e de lazer dirigidas a crianças e jovens com multideficiência e surdo-cegueira congénita, visando a sua integração social; pedidos de consultas…;

e) promoção de atividades que visem a participação social dos alunos com multideficiência ou surdo-cegueira congénita;

f) organização e apoio aos processos de transição entre os diversos níveis de educação e ensino; g) articulação e colaboração com a direção do agrupamento na organização de respostas educativas; h) criação de espaços de reflexão e de formação sobre as várias tipologias de NEE e sobre estratégias de

diferenciação pedagógica, numa perspetiva de desenvolvimento de trabalho transdisciplinar e cooperativo entre vários profissionais;

i) promoção de atividades de sensibilização às problemáticas dos alunos com NEE enquadradas no plano anual de atividades e outras, surgidas pela necessidade de dinamização.

Artigo 152º - Unidade de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e Surdo cegueira Congénita (UAEAM)

1- A UAEAM constitui um recurso pedagógico especializado para alunos com multideficiência e visa garantir as

respostas adequadas às necessidades especiais de caráter permanente dos alunos, no desenvolvimento do

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seu processo de aprendizagem, vivência de experiências de sucesso, integração social e escolar dos mesmos.

2- A organização das respostas educativas realiza-se após a análise do perfil de funcionalidade de cada aluno, determinando assim, o tempo de permanência na sala de aula/grupo. Toda a intervenção educativa deverá constar do programa educativo individual do aluno (PEI).

3- De modo a garantir as adequações de caráter organizativo, de funcionamento e responder adequadamente às necessidades especiais dos alunos, são necessários docentes com formação especializada em educação especial, se possível na área da multideficiência, técnicos, e assistentes operacionais do agrupamento, de preferência com experiência na área da multideficiência.

4- São objetivos da UAEAM: a) assegurar um suporte articulado entre todos os intervenientes no processo e desempenho educativo

dos alunos, através de reuniões periódicas, pressupondo uma avaliação constante do processo de ensino e de aprendizagem, assim como o regular envolvimento e participação da família;

b) organizar o processo de transição entre ciclos e para a vida pós-escolar, privilegiando a comunicação e a participação como eixo de toda a intervenção, de modo a que o aluno continue a usufruir de respostas educativas adequadas às suas necessidades;

c) planear e organizar, em função das capacidades e necessidades de cada aluno, o processo de inserção na vida adulta, assegurando a criação de ambientes securizantes e significativos, com vista a garantir uma melhor qualidade de vida.

Artigo 153º - Equipa local de intervenção de Montemor-o-Novo do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI)

1- A equipa local de intervenção de Montemor-o-Novo (ELI) integrada no Sistema Nacional de Intervenção

Precoce na Infância (SNIPI), com sede em Crespa da Figueira em Montemor-o-Novo, tem como entidade promotora a CERCIMOR, desenvolvendo a sua atividade na residência da criança, creche, ama, estabelecimento de educação pré-escolar, centro de saúde, IPSS, sede da ELI, ou outro local.

2- A ELI de Montemor-o-Novo é constituída por uma equipa pluridisciplinar (docentes, psicólogos, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, assistentes sociais e enfermeiros), com funcionamento transdisciplinar assente em parcerias institucionais, integrando representantes dos ministérios do trabalho e da solidariedade social, da saúde, da educação, entre outras entidades.

3- A ELI de Montemor-o-Novo rege-se pelas disposições constantes de um regulamento próprio, criado a partir do modelo orientador do SNIPI (Decreto-Lei 281/2009), bem como pelo respetivo protocolo de constituição e pelas normas regulamentadoras e orientações emitidas pela comissão de coordenação do SNIPI.

4- 5- A ELI tem como objetivo desenvolver e concretizar, a nível local, a intervenção do SNIPI, com vista a garantir condições de desenvolvimento das crianças até aos 6 anos de idade, de acordo com os critérios de elegibilidade aprovados pela Comissão de Coordenação do SNIPI, a 16 de junho de 2010.

5- Compete à ELI desenvolver um conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, no âmbito da educação, da saúde e da ação social: a) identificar as crianças e famílias imediatamente elegíveis para acompanhamento pelo SNIPI; b) assegurar a vigilância às crianças e famílias que, embora não imediatamente elegíveis, requerem

avaliação periódica, devido à natureza dos seus fatores de risco e possibilidades de evolução; c) encaminhar crianças e familiares não elegíveis, mas carenciadas de apoio social; d) elaborar e executar o plano individual de intervenção precoce (PIIP) em função do diagnóstico da

situação; e) identificar necessidades e recursos das comunidades da sua área de intervenção, dinamizando redes

formais e informais de apoio social;

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f) articular, sempre que necessário, com as comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ), com os núcleos de apoio às crianças e jovens em risco (NACJR), com as equipas multidisciplinares de apoio aos tribunais (EMAT) ou com outras entidades na área da promoção e proteção infantil;

g) assegurar, para cada criança, o processo de transição adequado para outro programa, serviço ou contexto educativo;

h) articular com os profissionais das creches, amas e estabelecimentos de educação pré-escolar em que se encontrem colocadas crianças acompanhadas pela ELI;

i) Promover a participação ativa das famílias no processo de avaliação e intervenção; j) Promover a articulação entre os vários intervenientes no processo de intervenção.

6- A ELI reúne semanalmente, em reunião ordinária, e em reunião extraordinária sempre que necessário, na sede da equipa ou no Centro de Saúde, alternadamente.

7- A referenciação para a ELI pode ser efetuada por qualquer pessoa ou serviços da comunidade, nomeadamente, através do centro de saúde, hospitais, AEMN, através do DEE, famílias ou outros. A ficha de referenciação pode ser remetida por e-mail, por correio, presencialmente na sede, ou através de qualquer técnico pertencente à equipa.

8- Após a receção da ficha de referenciação, em reunião de equipa, são nomeados dois técnicos, que

estabelecem o primeiro contacto com a família e se tornam responsáveis pela recolha inicial de informação

sobre a criança/família e dos documentos necessários à abertura do processo. Na sequência de uma

avaliação de rastreio através da SGS II – Escala de Avaliação das Competências no Desenvolvimento Infantil,

realizada em local a combinar com as famílias, é tomada, em reunião de equipa, uma decisão quanto à

elegibilidade ou não do caso, de acordo com os critérios definidos pelo SNIPI. A família/entidade

sinalizadora é informada, através de ficha própria, sobre as decisões tomadas.

9- Aquando da elegibilidade, o processo poderá seguir as seguintes vias:

a) processo SNIPI para apoio da ELI, com definição de intervenientes e gestor de caso;

b) processo para vigilância com um gestor de caso;

c) encaminhamento para outros serviços.

10- Nos processos SNIPI e de vigilância, é elaborado um plano individualizado de intervenção precoce (PIIP),

sendo o gestor de caso responsável pela articulação entre todos os intervenientes no processo e pela

implementação do PIIP, que consiste na avaliação da criança no seu contexto familiar, bem como a

definição das medidas e ações a desenvolver, de forma a assegurar um processo adequado de transição e

de complementaridade entre os serviços e instituições.

11- Os docentes colocados na ELI de Montemor-o-Novo encontram-se em mobilidade, ao abrigo do artigo nº

68, alínea a) do Estatuto da Carreira Docente para o exercício de funções inerentes ao SNIPI, tendo como

agrupamento de referência o AEMN e exercendo funções efetivas no referido agrupamento.

12- Os docentes da ELI integram o DEE, sendo convocados e participando nas reuniões e atividades do mesmo.

Colaboram com os órgãos de gestão e administração na articulação e promoção de estratégias e atividades

para o bom funcionamento da parceria e inclusão das crianças e suas famílias.

13- A articulação entre o AEMN e a ELI é realizada através dos docentes colocados na mesma, e que prestam

apoio nos vários jardins de infância do concelho, nomeadamente: apoio direto e indireto; apoio nos

momentos de avaliação/intervenção junto das crianças, em contexto de jardim de infância; participação na

elaboração dos relatórios trimestrais, nas reuniões com as educadoras titulares e restantes elementos da

ELI, nas reuniões de articulação trimestrais entre as docentes da ELI, do ensino pré-escolar e do primeiro

ciclo; participação nas reuniões do DEE e nas reuniões entre os respetivos coordenadores/representantes,

docentes e/ou técnicos da ELI, a fim de agilizar procedimentos (preparação da transição para o primeiro

ciclo, entre outros).

14- Aquando da transição para o primeiro ciclo, e de forma a assegurar uma adequada transição, é ainda

elaborado um relatório, envolvendo a participação de todos os intervenientes no processo, onde se

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resume o historial da criança, a intervenção realizada, os progressos alcançados, bem como a definição

das medidas e ações a desenvolver. Caso se trate de uma criança abrangida e integrada ao abrigo do

Decreto-Lei nº 3/2008, o processo é ainda formalizado com toda a documentação inerente ao

estabelecido por este decreto.

15- Os técnicos e docentes da ELI, com conhecimento das famílias, disponibilizam às educadoras titulares das

creches ou jardins de infância onde se encontram as crianças intervencionadas, a cópia do plano

individual de intervenção precoce – PIIP (objetivos e estratégias), no qual se prevê a colaboração e

envolvimento de todos os intervenientes para a implementação do mesmo.

CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES COMUNS AOS JARDINS-DE-INFÂNCIA E ESCOLAS DO 1º CICLO

Artigo 154º - Especificidade dos jardins-de-infância

Dada a especificidade da educação pré-escolar, para além do disposto no presente regulamento interno, para a generalidade dos estabelecimentos que integram o agrupamento, são consignadas para os jardins-de-infância as disposições gerais de funcionamento que constam dos artigos seguintes.

Artigo 155º - Calendário escolar

1- A fixação do calendário anual de funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar processa-se nos termos da legislação em vigor, articulada com o Estatuto da Carreira Docente, assegurando um regime de funcionamento e um horário flexível de acordo com as necessidades das famílias.

2- As datas de início e termo das atividades e dos períodos de interrupção são definidas em reunião a realizar para o efeito com o responsável do estabelecimento, os pais, representantes do município e o diretor do AEMN, podendo este delegar no subdiretor ou num dos adjuntos.

3- Da reunião a que se refere o número anterior, será elaborada ata a submeter à apreciação do diretor de Serviços até 10 de setembro de cada ano, acompanhada do mapa previsível de férias dos educadores de infância e do pessoal não docente.

Artigo 156º - Horário de funcionamento

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1- O horário de funcionamento dos jardins-de-infância será estabelecido no início de cada ano letivo, de acordo com os pais e encarregados de educação, sob proposta dos educadores de infância.

2- Nos termos da Lei, o horário de funcionamento dos jardins-de-infância deverá contemplar períodos de atividades educativas e de apoio à família.

3- Sempre que se justifique, e, nos termos da legislação em vigor, poderá ser autorizado um horário de funcionamento superior a 40 horas semanais.

Artigo 157º - Inscrições e admissões de crianças

1- As datas previstas para as inscrições das crianças estão consignadas em despacho próprio, anualmente.

2- A inscrição de crianças que completem três anos de idade entre 16 de setembro e 31 de dezembro é aceite, a título condicional, e ordenada de acordo com as prioridades definidas na lei.

3- Para a admissão das crianças, tendo em conta as vagas sobrantes, deverão respeitar-se os critérios definidos nos termos da legislação em vigor.

Artigo 158º - Acompanhamento das crianças

1- Os encarregados de educação são responsáveis pelo acompanhamento do seu educando no percurso entre o estabelecimento de ensino e o local de residência dos mesmos.

2- No início de cada ano letivo, os encarregados de educação deverão dar a conhecer, em documento próprio, os adultos que poderão entregar ou receber a criança no jardins-de-infância ou escola do 1º ciclo. Quando a recolha da criança não puder ser feita de acordo com a norma estabelecida, os encarregados de educação deverão informar atempadamente o educador ou o assistente operacional.

3- Os encarregados de educação deverão entregar a criança pessoalmente ao educador/ professor ou ao assistente operacional, nunca a deixando sozinha no recreio do estabelecimento. Excetuam-se as crianças que beneficiam de transporte escolar assegurado pela autarquia, sendo esta função transferida para o responsável pelo seu acompanhamento.

Artigo 159º - Permanência no jardim-de-infância/escola para além do horário estabelecido

Os encarregados de educação deverão assegurar que a criança não permaneça no jardim-de-infância/escola para além do seu horário de funcionamento.

Artigo 160º - Faltas

A situação de falta deve ser comunicada, pelo encarregado de educação, ao educador/professor.

Artigo 161º - Indisposições e medicamentação

1- Sempre que a criança acordar indisposta, o encarregado de educação deverá transmitir essa informação ao educador/professor ou ao assistente operacional.

2- Caso a criança tenha necessidade de tomar um medicamento, de forma continuada, no horário de frequência do jardim de infância/escola, o encarregado de educação deverá comunicar ao educador/professor, por escrito, em documento próprio, no início do ano letivo, a dose e o horário da administração do mesmo.

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Artigo 162º - Doenças contagiosas

1- Se a criança apresentar febre ou doença contagiosa como, por exemplo, sarampo, varicela, rubéola, papeira, não poderá frequentar o jardim-de-infância/escola, devendo esta situação ser comunicada, de imediato, ao encarregado de educação.

2- O retorno ao jardim-de-infância/escola, na sequência de doença contagiosa, só poderá realizar-se desde que a criança seja portadora de declaração médica atestando a ausência de perigo de contágio.

Artigo 163º - Vigilância dos recreios

Nas escolas do 1º Ciclo e nos jardins de infância, a vigilância é garantida por docentes e assistentes operacionais, de acordo com o mapa a elaborar pelos docentes do estabelecimento.

Artigo 164º - Contacto urgente com o docente

Em caso de necessidade urgente de contacto com o docente no decurso das atividades letivas, o encarregado de educação deverá solicitar ao assistente operacional que transmita a mensagem ao docente em causa.

CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 165º - Inelegibilidade

1- Os elementos do pessoal docente e não docente a quem tenha sido aplicada pena disciplinar superior a multa não podem ser eleitos ou designados para os órgãos e estruturas previstos no presente regulamento interno, durante o cumprimento da pena e nos quatro anos posteriores ao seu cumprimento.

2- O acima disposto não é aplicável ao pessoal docente e não docente e aos profissionais de educação reabilitados nos termos dos Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Central, Regional e Local.

3- Os alunos a quem tenha sido aplicada, nos últimos dois anos escolares, medida disciplinar sancionatória superior à de repreensão registada, ou sejam ou tenham sido, no mesmo período, excluídos da frequência de qualquer disciplina ou retidos por excesso de faltas, não podem ser eleitos ou designados para os órgãos e estruturas previstos neste regulamento interno.

Artigo 166º - Responsabilidade

No exercício das respetivas funções, os titulares dos órgãos previstos neste regulamento interno respondem perante a administração educativa, nos termos gerais do direito.

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Artigo 167º - Gestão do crédito global

A gestão do crédito global é da responsabilidade do AEMN, competindo a sua atribuição a cada cargo ou função ao diretor, de acordo com a legislação em vigor

Artigo 168º - Reuniões

1- A convocatória de reuniões é, sem prejuízo do disposto na legislação em vigor e no presente RI, da competência do diretor.

2- As reuniões das estruturas de coordenação e de supervisão são convocadas pelos respetivos coordenadores com conhecimento prévio ao diretor.

3- As convocatórias das reuniões devem conter as seguintes indicações:

a) identificação de quem convoca;

b) destinatários;

c) local, data e hora da reunião;

d) ordem de trabalhos;

e) assinatura de quem convoca.

4- As convocatórias devem ser divulgadas com, pelo menos, 48 horas de antecedência, relativamente à hora de realização da reunião.

5- As convocatórias de reuniões extraordinárias que não possam respeitar o prazo estipulado no ponto anterior devem ser feitas individualmente, e pelo meio mais expedito, de forma a assegurar a presença de todos os convocados.

6- A duração das reuniões não deve ultrapassar 2 horas consecutivas, sem prejuízo de poderem prolongar-se, por decisão unânime dos presentes.

7- A permanência de todos os convocados nas reuniões é obrigatória até ao final das mesmas, sendo competência do seu presidente autorizar o abandono da sala depois de finalizados os trabalhos.

8- Todas as reuniões a realizar devem decorrem sem prejuízo da realização das atividades letivas.

9- As estruturas de coordenação e de supervisão devem, no início de cada período letivo, fixar a calendarização das suas reuniões ordinárias e dela dar conhecimento ao diretor.

10- De todas as reuniões que sejam objeto de convocatória deve ser lavrada ata, que ficará à guarda do presidente da reunião.

11- As reuniões extraordinárias têm lugar mediante convocatória do seu presidente, salvo disposição especial. O presidente é obrigado a proceder à convocação, sempre que um terço dos vogais lho solicite por escrito, indicando o assunto a ser tratado. A convocatória da reunião deve ser feita para um dos 15 dias seguintes à apresentação do pedido, mas sempre com uma antecedência mínima de 48 horas sobre a data da reunião extraordinária.

Artigo 169º - Divulgação do regulamento interno

1- Este regulamento será divulgado, por meios eletrónicos, no portal oficial do agrupamento, e em dossiê próprio disponível nos serviços administrativos da escola sede.

2- No ato da matrícula, este regulamento será facultado aos alunos e aos encarregados de educação, em suporte de papel (nos serviços administrativos, em cada estabelecimento do pré-escolar e 1º Ciclo) ou no Portal Oficial do AEMN.

3 - No ato de matrícula e/ou renovação de matrícula no 1º, 2º e 3º ciclos, e no ensino secundário, os encarregados de educação deverão subscrever declaração anual em duplicado de aceitação e de compromisso ativo quanto ao cumprimento integral deste regulamento.

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Artigo 170º - Original do regulamento interno

O original do presente RI, depois de devidamente aprovado é confiado à guarda do diretor.

Artigo 171º - Entrada em vigor

O presente documento entra em vigor após a sua aprovação pelo conselho geral.

Artigo 172º - Normas subsidiárias

Ao presente RI aplica-se, subsidiariamente, o disposto no Código do Procedimento Administrativo, bem como na demais legislação em vigor.

Artigo 173º - Casos omissos

Todos os casos omissos no presente RI serão resolvidos pelos órgãos de gestão e administração do agrupamento de escolas de Montemor-o-Novo, em conformidade com a legislação em vigor.

Aprovado em reunião do conselho geral no dia 20 de julho de 2016.

A presidente do conselho geral – Maria Teresa Estrela Martins Correia

Anexo I Distribuição da oferta educativa

Pré-escolar J.I. de Montemor-o-Novo nº 1

J.I. de Montemor-o-Novo nº 2

Pré-escolar / 1ºciclo do ensino básico

E. B./ J.I. de Cortiçadas de Lavre

E. B. /J.I. de Foros de Vale Figueira

E. B. /J.I. de Lavre

E. B. / J.I. de Santiago do Escoural

E. B. / J.I. de S. Cristóvão

B. / J.I. de S. Mateus

E. Centro Escolar

1º ciclo do ensino básico E. B. de Ciborro

E. B. de Montemor-o-Novo nº 1

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E. B. de Montemor-o-Novo nº 2

E. B. de Montemor-o-Novo nº 3

E. B. de Montemor-o-Novo nº 4 (Hospital S. João de Deus)

E. B. de Vendas-Silveiras

2º ciclo do ensino básico E. B. S. João de Deus

3º ciclo do ensino básico E. B. S. João de Deus

Escola Secundária de Montemor-o-Novo

Ensino secundário Escola Secundária de Montemor-o-Novo

Cursos de educação e formação Escola Secundária de Montemor-o-Novo

Cursos vocacionais Escola Secundária de Montemor-o-Novo

Cursos profissionais Escola Secundária de Montemor-o-Novo

Centro para a qualificação e o ensino profissional Escola Secundária de Montemor-o-Novo

Anexo II Horário de funcionamento das atividades letivas

Período Diurno

Tempos Início Termo Tempos Início Termo

1º 8:30 h 9:15 h 7º 13:05 h 13:50 h

2º 9:15 h 10:00 h 8º 13:50 h 14:35 h

3º 10:25 h 11:10 h 9º 14:45 h 15:30 h

4º 11:10 h 11:55 h 10º 15:30 h 16:15 h

5º 12:05 h 12:50 h 11º 16:30 h 17:15 h

6º 12:50 h 13:35 h 12º 17:15 h 18:00 h

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Anexo III Regimento das bibliotecas escolares

Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo

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REGIMENTO

das

BIBLIOTECAS ESCOLARES

2015/16

CAP. I

Definição e objetivos

Art.º 1

Definição

As Bibliotecas Escolares, adiante designada por “BE”, são estruturas de apoio educativo destinadas a todos os elementos da comunidade educativa, em atividades letivas e não letivas, promovendo a autonomia, a educação e a literacia ao longo da vida, correspondendo ao Projeto Educativo do Agrupamento.

Art.º 2

Objetivos

São objetivos das BE:

a) Colocar em acesso organizado os recursos necessários ao processo educativo;

b) Motivar o gosto pela leitura, ciência, arte e cultura;

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c) Apoiar as atividades curriculares e favorecer o desenvolvimento de hábitos e competências de leitura, literacia da informação e competências digitais, trabalhando em colaboração com todas as estruturas da escola;

d) Estimular a aquisição de novos saberes;

e) Atualizar os recursos documentais e os equipamentos

f) Estabelecer redes de trabalho cooperativo e colaborativo, desenvolvendo projetos de parceria com entidades locais, nacionais e internacionais;

g) Abrir a escola à comunidade.

CAP. II

Organização funcional do espaço

Art.º 3

Espaços

1 – As instalações das bibliotecas repartem-se por diferentes estabelecimentos de ensino:

a) Escola EB de Montemor-o-Novo n.º1;

b) Escola EB de Montemor-o-Novo n.º2;

c) Escola EB de Montemor-o-Novo n.º3;

d) Escola e Jardim de Infância EB/JI de Santiago do Escoural;

e) Escola Básica S. João de Deus;

f) Escola Secundária de Montemor-o-Novo.

2 – A Biblioteca Escolar da Escola Básica S. João de Deus recebe as turmas das EB n.º1, n.º 2 e n.º 3 que estão inseridas naquela escola.

3 – As diferentes salas ou zonas das bibliotecas organizam-se internamente em diversos espaços:

3.1. Na biblioteca da Escola Básica 2,3 de S. João de Deus:

a) Zona de acolhimento – para receção dos utilizadores, requisição de documentos/equipamentos e gestão dos fundos documentais;

b) Zona de produção gráfica – para produção de trabalhos;

c) Zona de consulta e documentação – para exposição do fundo documental constituído por livros e para trabalho individual/grupo;

d) Zona de leitura informal – para leitura de periódicos, banda desenhada e leitura de entretenimento, com espaço contíguo para jogos;

e) Zona de consulta e produção multimédia – para utilização de computadores e acesso à Internet.

f) Zona de audiovisuais – para consulta de documentos áudio e vídeo (individual e em pequeno grupo);

g) Gabinete de trabalho – espaço para desenvolvimento do trabalho individual do(s) professor(es) bibliotecário(s) e para reuniões da coordenação na Escola Básica S. João de Deus.

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h) Arrecadação/arquivo na Escola Básica S. João de Deus.

3.2. Na Escola Secundária de Montemor-o-Novo:

a) Zona de arrumo dos materiais pessoais dos utilizadores;

b) Zona de consulta e leitura de periódicos, prática de jogos de tabuleiro e outros;

c) Zona de receção, destinada ao atendimento, consulta do catálogo e serviço de empréstimo;

d) Zona de leitura informal de documentos impressos e de registos áudio e multimédia, e de utilização de

material informático pessoal;

e) Zona de consulta e estudo, destinada ao estudo e ao trabalho individual ou de pares;

f) Zona de trabalho de grupo, com mesas redondas;

g) Zona de multimédia e Internet, inclui os postos de acesso à informação em suporte digital e Internet;

h) Sala Polivalente, para utilização em atividades de grupo, ou individualmente, nas condições descritas no

ponto n.º 2 do cap.II, contém material de reprodução videográfica e possibilidade de utilização de material informático e de projeção;

i) Sala de Gestão, espaço de trabalho do professor bibliotecário e da equipa pedagógica;

j) Sala de Arquivo, destinada ao arquivo do fundo documental e outros materiais de trabalho.

Art.º 4

Horário

O horário é afixado, no início de cada ano letivo, à entrada de cada Biblioteca e divulgado na respetiva página eletrónica, bem como na do Agrupamento.

O horário é passível de ajustamentos, em função das atividades a desenvolver.

Sempre que um professor necessite de utilizar o espaço, sem a presença de um membro da equipa pedagógica, fica responsável pelo mesmo.

CAP. III

Gestão dos recursos humanos

Art.º 5

Equipas

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1 – As equipas de trabalho das BE são constituídas por professores bibliotecários, providos por concurso, ao abrigo da Portaria nº 756/2009 de 14 de Julho, por outros professores nomeados pelo diretor do Agrupamento, e por assistentes operacionais.

Art.º 6

Perfil, recrutamento e funções dos professores bibliotecários

1 – São professores bibliotecários:

a) Uma docente do quadro de nomeação definitiva do grupo 200, provida através de concurso interno, que tem a seu cargo a BE da EB2,3 de S. João de Deus;

b) Uma docente do quadro de nomeação definitiva do grupo 300, provida através de concurso interno, e que tem a seu cargo a BE da ES de Montemor-o-Novo, desempenhando também funções de coordenação;

2 – As competências dos professores bibliotecários são as que constam no ponto 2 do Artigo 3º da Portaria 756/2009 de 14 de Julho.

3 - Sem prejuízo do disposto na legislação em vigor, as professoras bibliotecárias organizam em conjunto o trabalho relativo às bibliotecas das EB e EB/JI do Agrupamento.

Art.º 7

Perfil, recrutamento e funções dos outros professores das equipas

1 – Estes professores são nomeados anualmente pelo diretor do Agrupamento e formam um grupo de trabalho multidisciplinar.

2 – Estes docentes desempenham funções no âmbito da organização, tratamento, disponibilização e divulgação do fundo documental, da gestão dos equipamentos, da dinamização de atividades e do apoio aos utilizadores na consulta e produção.

2.1. À equipa deverá ser atribuído um bloco semanal de 90 minutos em comum, para reuniões ou encontros de trabalho.

3 – Para o cumprimento dos planos de atividades, as bibliotecas reservam-se o direito de promover protocolos e/ou parcerias com colaboradores externos às equipas pedagógicas.

Art.º 8

Perfil, recrutamento e funções dos assistentes operacionais

1 – As BE da Escola Básica 2,3 de S. João de Deus e da Escola Secundária dispõem, cada uma, de duas assistentes operacionais, uma delas a tempo inteiro, com formação específica e/ou experiência na área.

2 – Compete às assistentes operacionais:

a) Zelar pelo bom funcionamento das BE e pelo cumprimento deste regimento;

b) Colaborar no desenvolvimento das atividades da BE;

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c) Assegurar a organização do espaço e dos recursos, em função das atividades a desenvolver;

d) Assegurar as tarefas relacionadas com a manutenção dos equipamentos;

CAP. IV

Plano de ação

Art.º 10

Domínios de atuação

1 – As BE desenvolvem um plano de ação nos seguintes domínios:

a) Gestão da biblioteca escolar;

b) Apoio ao desenvolvimento curricular;

c) Leitura e literacia;

d) Projetos, parcerias, atividades livres e de abertura à comunidade.

2 – O plano de ação é operacionalizado através do Plano Anual de Atividades,

Art.º 11

Plano Anual de Atividades

1 – O Plano Anual de Atividades é apresentado anualmente ao Conselho Pedagógico, no início do ano letivo.

2 – O Plano Anual de Atividades das BE articula com o Projeto Educativo e o Plano Anual de Atividades do Agrupamento.

CAP. V

Organização e gestão dos recursos de informação

Art.º 12

Organização da informação

São tarefas das BE:

1 - Organizar o fundo documental de acordo com a Classificação Decimal Universal (CDU);

2 – Proceder à informatização do catálogo.

3 – Propor a aquisição de recursos para enriquecimento do fundo documental, de acordo com as necessidades do Agrupamento;

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4 – Divulgar os recursos existentes.

5 – Manter o fundo documental organizado, facilitando a consulta pelos utilizadores

6 – Registar, catalogar e classificar as novas aquisições;

CAP. VI

Utilização

Art.º 13

Acesso

1 – Todas as publicações podem ser consultadas em sistema de livre acesso;

2 – O acesso aos recursos audiovisuais e multimédia é condicionado, sendo a requisição e a receção do material feita na zona de acolhimento.

3 – A requisição do espaço das BE para atividades orientadas pelo professor de cada disciplina/titular de turma, deve ser feita com antecedência.

4 – Os professores que requisitem o espaço para a dinamização de atividades serão informados das requisições já efetuadas e/ou das sessões previstas para a hora pretendida;

5 – As BE albergam o número máximo de alunos correspondente ao número de lugares sentados;

6 – A utilização das BE dos estabelecimentos de ensino do 1º ciclo é da inteira responsabilidade do utilizador.

7 – Nos intervalos do período da manhã, não é permitida a utilização de jogos e a visualização de filmes na BE da Escola Básica S. João de Deus;

8 – No intervalo maior do período da manhã, não é permitida a utilização de jogos na BE da Escola Secundária;

9 – Cada utilizador tem acesso à Internet durante 45 minutos, exceto em situações de trabalho escolar.

10 – Os alunos apenas podem aceder a jogos educativos.

Art.º 14

Direitos dos utilizadores

1 – Podem utilizar as BE:

a) Alunos, professores, funcionários do Agrupamento e outros utilizadores, desde que identificados e devidamente autorizados;

2 – São direitos dos utilizadores:

a) Serem consideradas prioritárias as atividades inerentes à realização de trabalhos escolares;

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b) Utilizar qualquer espaço da biblioteca dentro do seu horário de funcionamento e de acordo com as regras definidas;

c) Solicitar o apoio dos professores e dos assistentes operacionais que se encontrem de serviço;

d) Requisitar todos os documentos e equipamentos disponíveis para o efeito;

e) Apresentar sugestões sobre o funcionamento das BE;

f) Usufruir de um espaço devidamente limpo e arrumado.

Art.º 15

Deveres dos utilizadores

1 – São deveres do utilizador:

a) Dirigir-se à zona de acolhimento, para comunicar ao professor ou à auxiliar responsável os recursos e/ou equipamentos que pretende utilizar e preencher a respetiva ficha de requisição;

b) Utilizar um tom de voz baixo e trabalhar com o menor ruído possível;

c) Não aceder às janelas ou aos gabinetes sem autorização;

d) Não comer nem beber dentro do espaço das BE;

e) Não utilizar o telemóvel;

f) Respeitar a disposição do mobiliário;

g) Respeitar as indicações transmitidas pelos professores e auxiliares;

h) Respeitar os outros utilizadores;

i) Ser cuidadoso na utilização dos recursos, mantendo-os em bom estado de conservação.

j) Cumprir o prazo estipulado para a devolução dos documentos requisitados.

l) Responsabilizar-se pelos danos causados;

m) Devolver ao professor ou ao assistente operacional em serviço na zona de acolhimento, os livros e outros documentos consultados.

n) Depositar as mochilas nos cacifos ou nas estantes colocadas à entrada das BE, fazendo-se acompanhar apenas do material estritamente necessário para a atividade.

2 – Situações de incumprimento do presente regimento serão alvo de advertência e/ou de comunicação de ocorrência junto dos órgãos competentes.

Art.º 16

Leitura/audição/visionamento presencial

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1 – Todo o fundo documental pode ser lido, consultado e visionado nas BE, após o devido preenchimento da ficha de requisição.

2 – As obras, acabadas de consultar, devem ser colocadas na secretária junto da zona de acolhimento ou colocadas no exato local de onde foram retiradas, sob a supervisão do adulto responsável;

Art.º 17

Leitura na sala de aula

1 – A requisição de obras para leitura na sala de aula é feita pelo aluno ou pelo professor, mediante o preenchimento de uma ficha de requisição;

2 – A devolução das obras deve ser feita:

a) Assim que termine a aula, nos 2.º e 3.º ciclos e no Ensino Secundário;

b) No prazo estabelecido por altura do levantamento, no 1.º ciclo e pré-escolar.

Art.º 18

Leitura domiciliária

1 – Podem ser requisitados para leitura domiciliária todos os documentos escritos à exceção de:

a) Obras de referência;

b) Exemplares únicos muito consultados:

c) Publicações periódicas;

d) Obras de leitura orientada utilizadas nas atividades das aulas ou nas sessões promovidas pelas BE.

2 – Cada utilizador apenas pode requisitar uma obra de cada vez, no Ensino Básico, e duas obras, no Ensino Secundário.

3 - O prazo para a devolução dos livros é de quinze dias, podendo renovar-se a requisição.

4 – Os utilizadores devem entregar as obras requisitadas até aos 15 dias que antecedem o final do ano letivo.

Art.º 19

Equipamentos e recursos audiovisuais

1 – É apenas permitido o visionamento e/ou audição de documentos que não pertençam às BE, em atividades dinamizadas pelos professores, ou por animadores devidamente autorizados.

2 – Nos postos individuais, deve utilizar-se os auscultadores para o visionamento e/ou audição dos documentos;

3 - O material audiovisual pode requisitar-se para empréstimo domiciliário, durante dois dias.

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4 – A requisição dos recursos audiovisuais para a sala de aula é feita exclusivamente pelos professores, após o preenchimento de uma ficha de requisição;

5 – A devolução do material deve ser feita:

a) Assim que termine a aula, nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário;

b) No prazo estabelecido por altura do levantamento, no 1.º ciclo e pré-escolar.

6 - O acesso ao videoprojector, na EB S. João de Deus, é reservado aos professores, ou a outros animadores, no âmbito da dinamização de atividades.

Art.º 20

Equipamentos e recursos multimédia/informáticos

1 – É privilegiada a utilização dos computadores para realização de trabalhos de pesquisa e para cumprimento de outras tarefas escolares;

2 - O número máximo de utilizadores por computador é de dois alunos, exceto em situações de trabalho, devidamente supervisionadas pelo professor.

3 – Os alunos preenchem uma ficha de requisição, antes de utilizarem o computador, exceto em situação de aula, em que a requisição do espaço e do equipamento é feita pelo professor.

4 - O acesso a jogos só é permitido no âmbito da utilização de sítios educativos.

5 – A comunicação por chat ou videoconferência e o acesso a redes sociais é condicionado aos termos legais e à supervisão de um professor em situação de aula, de um elemento da equipa das BE ou de um assistente operacional, quando devidamente justificado.

6 – Não é permitida a alteração de configurações nem palavras-passe.

7 – A requisição dos recursos multimédia para a sala de aula é feita exclusivamente pelos professores, após o preenchimento de uma ficha de requisição;

9 – A devolução do equipamento deve ser feita:

a) Assim que termine a aula, nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário;

b) No prazo estabelecido por altura do levantamento, no 1.º ciclo e pré-escolar.

10– O material multimédia/informático não é requisitável para empréstimo domiciliário.

11 - Os alunos que não cumpram as regras e/ou as indicações recebidas serão advertidos. Caso a atitude persista, o acesso à utilização do computador será vedada por período a determinar, não excluindo a comunicação da ocorrência aos órgãos competentes.

Art.º 21

Outros equipamentos e recursos

1 - A impressão dos trabalhos é supervisionada pelos professores e/ou assistentes operacionais.

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2 - A impressão, a preto e a branco ou a cores, e/ou a reprodução de documentos, é paga mediante a tabela afixada no local.

3 – O acesso ao serviço de fotocópias é limitado aos recursos existentes.

4 – Na BE da EB S. João de Deus a requisição dos jogos é feita junto da zona de acolhimento, através do preenchimento de uma ficha.

4.1. Após a utilização, os alunos devolvem os jogos devidamente arrumados. Caso não o façam, ficarão uma vez sem jogar.

6 - Os jogos não são requisitáveis para empréstimo domiciliário;

7 – Os jogos podem ser requisitados para a sala de aula, mediante o preenchimento de uma ficha.

8 – A devolução dos jogos deve ser feita:

a) Assim que termine a aula, nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário;

b) No prazo estabelecido por altura do levantamento, no 1.º ciclo e pré-escolar.

CAP. VII

Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes

Art.º 22

Procedimentos para um trabalho colaborativo

1 – Com o objetivo de articular o trabalho entre a BE, as estruturas pedagógicas e os docentes, serão elaborados inquéritos e diversos documentos para recolha de propostas de atividades.

2 – Sempre que seja necessário, os professores bibliotecários reúnem com os coordenadores de departamento/estabelecimento, auscultam os docentes, informalmente ou em reuniões de estabelecimento, e têm com eles sessões de trabalho cooperativo na preparação e acompanhamento de projetos de integração curricular.

3 – A professora bibliotecária coordenadora representa as BE no Conselho Pedagógico.

CAP. VIII

Parcerias

Art.º 23

Parceiros

1 – São parceiros das BE do Agrupamento:

a) ARPI – Associação de Reformados e Pensionistas

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b) Associação 25 de Abril

c) Associações de pais/encarregados de educação

d) Biblioteca Municipal

e) Câmara Municipal

f) Escola Secundária de Montemor-o-Novo

g) Espaço do Tempo

h) Grupo dos Amigos de Montemor

i) Grupo musical “Rapazes da Forja”

j) Juntas de Freguesia

l) Livraria Fonte de Letras

m) Oficina da Criança

n) Rede de Bibliotecas Escolares

CAP. IX

Disposições diversas

Art.º 24

Aprovação

O presente regimento é aprovado pelo diretor do Agrupamento e divulgado a toda a comunidade escolar, no início de cada ano letivo, devendo ser disponibilizado para consulta online e em versão papel, nas BE.

Art.º 25

Revisão

Este regimento é revisto anualmente.

Art.º 26

Omissões

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Qualquer situação omissa será resolvida pelos professores bibliotecários e/ou pelo órgão de gestão.

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ANEXO IV - Regulamento específico dos cursos profissionais

REGULAMENTO INTERNO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MONTEMOR-O-NOVO

ANEXO IV - REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS

CURSOS PROFISSIONAIS

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2

Índice

Enquadramento Legal do presente Regulamento .............................................................................. 4

Artigo 1º - Nota introdutória .............................................................................................................. 4

Artigo 2º - Matrícula/renovação da matrícula .................................................................................... 4

Artigo 3º - Constituição de turmas ..................................................................................................... 5

Artigo 4º - Gestão de espaços ............................................................................................................. 5

Artigo 5º - Manuais escolares .............................................................................................................. 5

Artigo 6º - Equipa Pedagógica.............................................................................................................. 5

Artigo 7º - Diretor de Curso ................................................................................................................. 6

Artigo 8º - Conselho de Turma ............................................................................................................ 6

Artigo 9º - Diretor de Turma ............................................................................................................... 6

Artigo 10º - Deveres do professor ....................................................................................................... 7

Artigo 11º - Permuta / Reposição / Antecipação de aulas .................................................................. 7

Artigo 12º - Direitos dos alunos .......................................................................................................... 8

Artigo 13º - Deveres dos alunos .......................................................................................................... 8

Artigo 14.º - Regime de assiduidade dos alunos ................................................................................. 8

Artigo 15º - Recuperação de faltas justificadas .................................................................................. 8

Artigo 16º - Recuperação de faltas injustificadas ............................................................................... 9

Artigo 17º - Faltas de material ............................................................................................................ 11

Artigo 18º - Critérios de avaliação....................................................................................................... 12

Artigo 19º - Melhorias de classificação ............................................................................................... 12

Artigo 20º - Recuperação modular no ano letivo de lecionação de um módulo ................................ 12

Artigo 21º - Épocas de exame ............................................................................................................. 13

Artigo 22º - Regime de permeabilidade e equivalência entre disciplinas ........................................... 13

Artigo 23º - Condições de progressão ................................................................................................. 14

Artigo 24º - Conclusão e certificação .................................................................................................. 14

Artigo 25º - Anulação de matrícula ..................................................................................................... 14

Artigo 26º - Contrato de formação ...................................................................................................... 14

Artigo 27º - Formação em Contexto de Trabalho ................................................................................ 15

Artigo 28º - Protocolo de coooperação para a realização da FCT........................................................ 15

Artigo 29º - Planificação e desenvolvimento da FCT ........................................................................... 15

Artigo 30º - Realização da FCT ............................................................................................................. 15

Artigo 31º - Professor orientador da FCT ............................................................................................ 16

Artigo 32º - Responsabilidades dos intervenientes na FCT ................................................................. 16

Artigo 33º - Assiduidade na FCT .......................................................................................................... 17

Artigo 34º - Avaliação da FCT .............................................................................................................. 17

Artigo 35º - Âmbito e definição da Prova de Aptidão Profissional (PAP) ............................................ 19

Artigo 36º - Intervenientes na PAP ...................................................................................................... 19

Artigo 37º - Conceção do projeto da PAP ............................................................................................ 19

Artigo 38º - Não comparência à apresentação da PAP ....................................................................... 20

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3

Artigo 39º - Júri da PAP........................................................................................................................ 20

Artigo 40º - Orientação e acompanhamento da PAP .......................................................................... 20

Artigo 41º - Direitos e deveres dos alunos relativamente à PAP ......................................................... 20

Artigo 42º - Deveres dos restantes intervenientes relativamente à PAP ............................................ 21

Artigo 43º - Calendarização do processo de realização da PAP .......................................................... 22

Artigo 44º - Critérios de classificação da PAP ...................................................................................... 23

Artigo 45º - Aprovação na PAP ............................................................................................................ 23

Artigo 46º - Publicitação da classificação da PAP................................................................................. 23

Artigo 47º - Revisão da deliberação do Júri da PAP ............................................................................. 23

Artigo 48º - Casos omissos................................................................................................................... 24

Artigo 49º - Entrada em vigor ............................................................................................................. 24

Anexo I – Regras para a elaboração do relatório da FCT.

Anexo II – Ficha de avaliação da FCT

Anexo III – Ficha de avaliação do relatório da FCT

Anexo IV – Ficha de avaliação da PAP

Anexo V – Regras para a elaboração do relatório da PAP

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4

Preâmbulo

Enquadramento Legal do presente Regulamento

1 - O Decreto-lei nº 139/2012, de 5 de julho, estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão do currículo, da avaliação e certificação das aprendizagens do nível secundário de educação, aplicáveis aos diferentes percursos do nível secundário de educação, tendo em conta as alterações introduzidas pelo Decreto-lei nº 91/2013, de 10 de Julho, que define o alargamento da carga horária da formação em contexto de trabalho.

2 - A lei 51/2012, de 5 de setembro, estabelece os direitos e os deveres do aluno dos ensinos básico e secundário e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade educativa na sua educação e formação.

3 - O Despacho nº 14758/2004, de 23 de julho de 2004, alterado pelo Despacho nº 9815-A/2012, de 19 de julho de 2012.

4 - A Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, estabelece as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação dos cursos profissionais, com as alterações introduzidas pelas Portarias nº 59-C/2014, de 7 de março, e 165-B/2015, de 3 de junho.

Artigo 1º Nota introdutória

1 - Os cursos profissionais constituem uma modalidade de educação de nível secundário, com uma forte ligação ao mundo do trabalho e destinam-se aos alunos que concluíram o 9º ano de escolaridade ou formação equivalente.

2 - Estes cursos visam o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, possibilitando o acesso a uma formação pós-secundária ou ao ensino superior, e assumem uma estrutura curricular modular.

3 - A conclusão com aproveitamento de um curso profissional dá direito a:

a) Um diploma escolar de nível secundário que possibilita o prosseguimento de estudos pós-secundário ou no ensino superior, de acordo com a legislação em vigor;

b) Um Certificado de Qualificação Profissional de Nível 4 que permite a inserção no mundo do trabalho.

Artigo 2º Matrícula/renovação da matrícula

1 - As matrículas dos cursos profissionais regem-se pelo estipulado na legislação em vigor.

2 - A oferta dos cursos profissionais é divulgada anualmente através de sessões de esclarecimento destinadas aos alunos.

3 - Os candidatos deverão formalizar o seu interesse nos cursos, em data a definir pelo agrupamento de escolas, através do preenchimento de um boletim de pré-inscrição.

4 - No processo de matrícula os candidatos devem ser esclarecidos e acompanhados pelo diretor de curso/turma ou por outros professores designados pelo diretor.

5 - Aos elementos referidos no ponto anterior compete esclarecer os candidatos sobre:

a) O regime de funcionamento dos cursos;

b) O plano curricular;

c) O regime de assiduidade;

d) O regime de avaliação;

e) Outros aspetos pedagógicos considerados pertinentes.

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5

6 - O aluno renova a matrícula no ano sequente, sempre que reúna as condições de progressão segundo o Artigo 23º, do presente regulamento.

Artigo 3º Constituição de turmas

1 - A constituição das turmas respeita o estabelecido no despacho nº 14758/2004, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 172, de 23 de julho de 2004, com as alterações introduzidas pelo despacho nº 9815-A/2012, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 139, de 19 de julho de 2012.

2 - Quando o número de candidatos a determinado curso for superior ao estipulado na lei, o preenchimento das vagas é feito mediante aplicação dos critérios previstos no número 10 do despacho

nº 14758/2004, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 172, de 23 de julho de 2004, com as

alterações introduzidas pelo despacho nº 9815-A/2012, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 139, de 19 de julho de 2012.

3 - Na ordenação dos candidatos, seguindo os critérios acima enunciados, é sempre dada prioridade àqueles que pretendem frequentar um curso profissional pela primeira vez.

Artigo 4º Gestão de espaços

Para as turmas dos cursos profissionais deve o diretor atribuir espaços próprios, que possibilitem o cumprimento das planificações dos diferentes módulos das diferentes disciplinas.

Artigo 5º Manuais escolares

1 - Quando, para determinada disciplina, for adotado um manual escolar, o mesmo deverá ser adquirido pelo aluno, tendo este que suportar o seu custo.

2 - Nas disciplinas em que não exista manual escolar adotado, esta situação será superada através da disponibilização ao aluno de:

a) Textos de apoio elaborados pelo(s) professor(es) da(s) disciplina(s);

b) Materiais pedagógico-didáticos indispensáveis ao processo de ensino aprendizagem.

3 - O docente de cada disciplina é responsável por dar cumprimento ao previsto no ponto anterior, sendo que:

a) Todos os materiais pedagógicos devem ser identificados com os logótipos previstos na legislação em vigor;

b) Todos os materiais pedagógicos produzidos, incluindo testes de avaliação e respetivos critérios de classificação e fichas de trabalho, devem ser arquivados no dossiê técnico-pedagógico da respetiva disciplina.

Artigo 6º Equipa Pedagógica

1 - A equipa pedagógica é coordenada pelo diretor de curso, integra os professores ou formadores das diferentes disciplinas e outros elementos que intervenham na preparação e concretização do curso.

2 - A equipa pedagógica procede à organização, à concretização e à avaliação do curso, nomeadamente através:

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a) Da discussão, proposta e reformulação de estratégias pedagógicas diferenciadas, com o objetivo de promover o sucesso escolar;

b) Do apoio à ação técnico-pedagógica dos docentes que a integram;

c) Do acompanhamento do percurso formativo dos alunos, promovendo o sucesso educativo e uma adequada transição para o mundo do trabalho ou para o prosseguimento de estudos;

d) Da articulação interdisciplinar.

Artigo 7º Diretor de Curso

1- Os diretores de curso são designados pelo diretor do agrupamento, preferencialmente, de entre os professores profissionalizados que lecionam as disciplinas da componente de formação técnica.

2- Compete aos diretores de curso:

a) Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso;

b) Organizar e coordenar as atividades a desenvolver no âmbito da formação tecnológica e técnica;

c) Participar em reuniões de conselho de turma, no âmbito das suas funções;

d) Intervir no âmbito da orientação e acompanhamento da Prova de Aptidão Profissional (PAP);

e) Assegurar a articulação entre a escola e as entidades de acolhimento da Formação em Contexto de

Trabalho (FCT), identificando-as, selecionando-as, preparando protocolos, participando na

elaboração do plano da FCT e dos contratos de formação, procedendo à distribuição dos formandos por aquelas entidades e coordenando o acompanhamento dos mesmos, em estreita relação com o professor orientador e o tutor responsáveis pelo acompanhamento dos alunos;

f) Assegurar a articulação com os serviços com competência em matéria de apoios socioeducativos;

g) Coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso.

Artigo 8º Conselho de Turma

Sem prejuízo do estipulado no Estatuto da Carreira Docente em vigor e na legislação subsidiária, ao conselho

de turma compete:

a) Analisar a situação da turma e identificar características específicas dos alunos, a ter em conta no processo de ensino e de aprendizagem;

b) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas dos alunos;

c) Definir estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos alunos;

d) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais e encarregados de educação, relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

e) Planear a realização de atividades interdisciplinares;

f) Definir estratégias com vista à participação efetiva dos alunos e dos encarregados de educação na superação de situações de insucesso;

g) Coordenar o processo de avaliação formativa e sumativa dos alunos;

h) Planear atividades de complemento curricular.

Artigo 9º Diretor de Turma

1- Para além das competências designadas no regulamento interno, o diretor de turma de um curso profissional deverá:

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a) Elaborar, no início do ciclo de formação, o contrato de formação e assegurar que o mesmo é assinado pelos alunos e respetivos encarregados de educação quando os seus educandos forem menores;

b) Organizar e manter atualizado o dossiê técnico-pedagógico;

c) Acompanhar de forma personalizada todos os alunos da turma, ajudando-os a gerir o seu percurso de formação;

d) Manter atualizados os dados dos alunos por forma a garantir o cumprimento da assiduidade e do aproveitamento modular;

e) Entregar aos encarregados de educação, no final de cada período letivo, um relatório que especifique, para cada uma das disciplinas do curso, a totalidade dos módulos concluídos e por concluir.

2 - Sempre que possível, o mesmo professor deve exercer o cargo durante os 3 anos do curso.

3 - Sempre que estiver em funcionamento apenas uma turma do mesmo curso, as funções de diretor de curso e de diretor de turma serão asseguradas pelo mesmo professor.

Artigo 10º Deveres do professor

Ao professor compete:

a) Conhecer o modelo curricular, os objetivos dos cursos profissionais e os programas publicados pela Agência Nacional para a Qualificação;

b) Elaborar a planificação anual e planificações específicas de cada módulo;

c) Esclarecer os alunos sobre os objetivos a alcançar em cada módulo da sua disciplina;

d) Elaborar os documentos a fornecer aos alunos (textos de apoio, testes, fichas de trabalho, etc.);

e) Requisitar, à direção do agrupamento ou aos serviços de administração escolar, o material necessário para a sua disciplina;

f) Cumprir integralmente o número de tempos/horas previsto na matriz do curso;

g) Entregar a pauta final de módulo, ao respetivo diretor de turma, num prazo máximo de 10 dias úteis a contar da data de conclusão de lecionação de todos os tempos do módulo;

h) Elaborar atividades de recuperação de assiduidade e de aproveitamento para os alunos;

i) Arquivar e manter os dossiês de curso devidamente atualizados, nomeadamente no que diz respeito a

cópias dos seguintes documentos: planificação modular da disciplina; critérios de avaliação da

disciplina; materiais, textos de apoio, fichas de trabalho e outros documentos utilizados em sala de

aula, com os respetivos logótipos; documentos referentes a recuperações de aproveitamento e de assiduidade; instrumentos de avaliação aplicados; um exemplar de cada instrumento de avaliação aplicado e realizado por um dos alunos da turma, escolhido aleatoriamente.

Artigo 11º Permuta / Reposição / Antecipação de aulas

1 - Face à exigência de lecionação da totalidade das horas previstas para cada disciplina/módulo e de forma a assegurar a certificação dos alunos, o professor tem à sua disposição os mecanismos de permuta, reposição

ou antecipação de aulas, mediante pedido de autorização ao diretor. Salvo situações excecionais, o pedido atrás mencionado deve ser efetuado dentro dos prazos estabelecidos (72 horas).

2 - Os tempos não lecionados por falta de assiduidade prolongada ou por colocação tardia dos professores

devem ser recuperados através de:

a) Prolongamento da carga horária diária, desde que não ultrapasse as 7 horas;

b) Diminuição do tempo de interrupção das atividades letivas no Natal e/ou na Páscoa.

3- Se a recuperação for efetuada de acordo com o previsto na alínea b), do número anterior, tal procedimento deverá ser comunicado ao encarregado de educação do aluno.

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Artigo 12º Direitos dos alunos

Para além dos direitos enunciados no regulamento interno do agrupamento, os alunos dos cursos

profissionais, têm também direito a:

a) Beneficiar de subsídio de transporte e de refeição, desde que exista financiamento para o efeito;

b) Beneficiar de seguro escolar durante a formação teórico-prática e seguro contra acidentes pessoais durante a FCT, nos termos constantes da respetiva apólice;

c) Beneficiar de material de suporte pedagógico à aprendizagem (textos, fichas de apoio ou outros).

Artigo 13º Deveres dos alunos

Para além dos deveres enunciados no regulamento interno do agrupamento e no Estatuto do Aluno e Ética Escolar, os alunos dos cursos profissionais têm também o dever de:

a) Cumprir o regulamento específico dos cursos profissionais;

b) Cumprir os princípios inerentes a uma formação cujo objetivo principal é a inserção no mercado de

trabalho, nomeadamente no que se refere à assiduidade, à pontualidade, ao respeito pelos outros e à responsabilidade;

c) Sempre que solicitado, devolver ao agrupamento, no final do ano ou do curso, os materiais fornecidos por este.

Artigo 14º Regime de assiduidade dos alunos

1 - O regime de assiduidade é o estipulado no artigo 9º, da Portaria nº 74-A/2013, no Estatuto do Aluno e Ética Escolar e no regulamento interno do agrupamento.

2 - No cumprimento do plano de estudos, para efeitos de conclusão do curso com aproveitamento, devem

estar reunidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) A assiduidade do aluno não pode ser inferior a 90% da carga horária de cada módulo de cada disciplina;

b) A assiduidade do aluno não pode ser inferior a 95% da carga horária prevista na FCT.

3 - Para os efeitos previstos no número anterior, o resultado da aplicação de qualquer das percentagens nele estabelecidas é arredondado por defeito, à unidade imediatamente anterior, para o cálculo da

assiduidade, e por excesso, à unidade imediatamente seguinte, para determinar o limite de faltas permitido aos alunos.

4 - Quando numa disciplina for atingido metade do limite de faltas permitido, independentemente de

serem justificadas ou injustificadas, os pais ou encarregados de educação são convocados ao agrupamento, pelo diretor de turma, com o objetivo de os alertar para as consequências do excesso de faltas e de se encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efetivo do dever de frequência do aluno e o seu aproveitamento escolar.

Artigo 15º Recuperação de faltas justificadas

1- Sempre que no decurso de um ano letivo e assim que o limite de faltas num módulo seja ultrapassado, o

agrupamento assegura ao aluno a possibilidade de recuperação de faltas justificadas, necessárias para dar cumprimento ao estabelecido na alínea a), do número 2, do artigo 14º, através do:

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a) Prolongamento das atividades letivas / horas de formação, ou

b) Desenvolvimento de mecanismos de recuperação, tendo em vista o cumprimento dos objetivos de

aprendizagem.

2 - As atividades de recuperação têm a duração de 45 minutos. O aluno realizará tantas atividades de recuperação quantas as faltas a recuperar.

3 - A atividade é considerada não cumprida sempre que o aluno não compareça ou não permaneça durante todo o tempo previsto para a realização da mesma e não apresente motivos devidamente justificáveis.

4 - Na situação descrita no ponto anterior, as faltas deixarão de ser passíveis de recuperação e serão consideradas injustificadas.

5 - Os mecanismos de recuperação a que se refere a alínea b), do ponto 1, serão aplicados nos seguintes moldes:

a) O diretor de turma:

I - Comunica ao professor da disciplina que o aluno, dando faltas justificadas, ultrapassou o limite previsto para o módulo. O aluno continua a frequentar as aulas desse módulo, mas a sua avaliação final fica suspensa até ao cumprimento da atividade de recuperação;

II Após informação veiculada pelo professor da disciplina, comunica a data de realização da atividade ao aluno e ao encarregado de educação;

III - Relativamente à situação descrita no ponto 4, converte a falta justificada em injustificada.

b) O professor da disciplina:

I - É responsável pela definição da atividade de recuperação (trabalhos de pesquisa, relatórios, resolução de exercícios, leitura e análise de textos, fichas de trabalho, etc);

II - É responsável por informar o DT sobre a data da realização da atividade;

III - É responsável por informar o aluno sobre a tarefa a realizar, podendo optar por:

i) Acompanhá-lo na realização da atividade em sala à disposição, ou

ii) Providenciar que esta se realize no GAAPI. Nesta situação deverá:

1) comunicar/entregar pessoalmente ao aluno a tarefa a realizar;

2) entregar a atividade a realizar pelo aluno ao assistente operacional, na sala de apoio à direção, em envelope fechado;

3) informar o docente que aí exerce funções para a realização da atividade;

4) 4) recolher informação relativa ao cumprimento da atividade.

IV – Após a realização da atividade, deve:

i) Informar o diretor de turma sobre o cumprimento ou o incumprimento da mesma, pelo aluno;

ii) Se o aluno cumpriu a atividade de recuperação proposta, identifica essa(s) falta(s) no programa INOVAR, como “Faltas Recuperadas”;

iii) Arquivar, no dossiê do curso, o comprovativo da sua realização pelo aluno, podendo facultar uma cópia do mesmo caso o aluno a solicite.

V – Caso o aluno recupere as faltas em excesso no módulo, estão reunidas as condições necessárias para

poder voltar a ter avaliação no mesmo.

6- No caso das faltas dadas por doença previstas na alínea a), do ponto 1, do artigo 16º, da Lei nº 51/2012,

de 5 de setembro, os alunos ficam sujeitos a um regime de recuperação especial definido, caso a caso, pela direção do agrupamento.

Artigo 16º Recuperação de faltas injustificadas

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1 - De acordo com a lei nº 51/2012, de 5 setembro – Estatuto do Aluno e Ética Escolar, artigo 20º, a realização de atividades de recuperação de atrasos na aprendizagem, devido a faltas injustificadas, é uma medida de recuperação e de integração e apenas pode ser aplicada uma única vez no decurso de cada ano letivo.

2 - A ultrapassagem do limite de faltas injustificadas constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao cumprimento de medidas de recuperação e integração prevista no Estatuto do Aluno e Ética Escolar e no regulamento interno.

3 - Ultrapassado o limite de faltas injustificadas a um ou mais módulos, o aluno fica obrigado a recuperar atrasos na aprendizagem. A recuperação é realizada, uma única vez:

a) No final do primeiro semestre, se a(s) falta(s) injustificada(s), dada(s) para além do limite previsto, foi(foram) averbada(s) até 10 de Janeiro;

b) No final do ano letivo, se a(s) falta(s) injustificada(s), dada(s) para além do limite previsto, foi(foram)

averbada(s) depois do dia 10 de janeiro.

4 - A realização da(s) atividade(s) de recuperação implica, por parte do aluno:

a) A inscrição nos serviços de administração escolar;

b) O pagamento de uma taxa de inscrição de 5 euros por cada falta a recuperar.

5 - As atividades de recuperação são realizadas:

a) Sem prejuízo das atividades letivas a decorrer conforme o plano de formação do curso;

b) No GAAPI ou em sala designada para o efeito;

c) Em calendário a definir pela direção do agrupamento.

6 - Cada atividade de recuperação, com a duração de 45 minutos, permite recuperar até 2 faltas em excesso.

7- O processo de recuperação decorre nos seguintes moldes:

a) O diretor de turma

I - Relativamente ao primeiro semestre:

i) Contabiliza as faltas até ao dia 10 de janeiro, aguardando o período legalmente estipulado para a entrega da(s) respetiva(s) justificação(ões) (três dias úteis);

ii) Comunica ao professor da disciplina que o aluno, dando faltas injustificadas, ultrapassou o limite previsto para o módulo. O aluno continua a frequentar as aulas, caso o módulo ainda não tenha terminado, e a sua avaliação final fica suspensa até à realização, com sucesso, da atividade de recuperação.

II - Relativamente ao segundo semestre:

i) Contabiliza as faltas até à data estabelecida pela direção do agrupamento, aguardando o período

legalmente estipulado para a entrega da(s) respetiva(s) justificação(ões) (três dias úteis);

ii) Comunica ao professor da disciplina que o aluno, dando faltas injustificadas, ultrapassou o limite

previsto para o módulo, e que a sua avaliação final fica suspensa até à realização, com sucesso, da atividade de recuperação.

III - Findo o prazo estabelecido em I- i) ou II-i), do presente artigo, informa os alunos com faltas injustificadas em excesso, que terão que realizar atividades de recuperação, tendo, para isso, que efetuar a inscrição nos serviços de administração escolar, no prazo a estipular pela direção do agrupamento.

IV - Comunica ao aluno e ao encarregado de educação, com a maior brevidade possível, que o aluno ultrapassou o limite de faltas previsto para o módulo, dando faltas injustificadas. O aluno continua a

frequentar as aulas do módulo, caso este ainda não tenha terminado, mas a sua avaliação final fica suspensa até à realização da atividade de recuperação, no final do semestre ou no final do ano letivo, de acordo com o previsto no ponto 3, do presente artigo.

V - Para concluir o processo, deve informar o aluno, bem como o seu encarregado de educação, do resultado obtido e ainda que:

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i) Se o aluno cumpriu a atividade:

1) as faltas recuperadas serão desconsideradas;

2) o processo de avaliação no módulo será retomado.

ii) Se o aluno não cumpriu a atividade de recuperação proposta, só poderá recuperar o módulo em causa nas épocas especiais de recuperação do aproveitamento.

b) O professor da disciplina

I - É responsável pela elaboração da atividade de recuperação e respetivos critérios de classificação.

II - Elabora um documento que contenha informação relevante sobre os conteúdos trabalhados na(s) aula(s) a que o aluno faltou quando excedeu o limite de faltas.

III - Elabora questões às quais o aluno deve responder, com base na informação disponibilizada.

IV - Entrega, na direção do agrupamento, a atividade de recuperação a realizar, até dois dias antes da

data prevista para a sua realização.

V - É responsável pela avaliação da atividade de recuperação devendo:

i) Classificar a atividade realizada pelo aluno;

ii) Considerar que a atividade de recuperação foi cumprida quando o aluno obtiver uma classificação igual ou superior a dez valores. Nesse caso, deve ser atribuída à atividade de recuperação a menção de “cumprida”, ou

iii) Considerar que a atividade de recuperação não foi cumprida, quando o aluno obtiver uma

classificação inferior a dez valores. Nesse caso, deve ser atribuída à atividade de recuperação a menção de “não cumprida”;

iv) Entregar na direção do agrupamento a atividade devidamente classificada no prazo máximo de 5

dias úteis após a data de realização da mesma. c) A direção do agrupamento é responsável:

I - Pela definição dos prazos de inscrição;

II - Pela elaboração de um calendário de realização das atividades de recuperação;

III - Pela entrega atempada da atividade no local da realização;

IV - Por garantir as condições necessárias para a realização da atividade de recuperação;

V - Por prestar ao diretor de turma todas as informações relativas às inscrições dos alunos, para realização de atividades de recuperação;

VI - Por efetuar o registo do resultado das atividades de recuperação no Programa INOVAR (apenas serão registadas neste programa atividades cumpridas);

VII - Pela colocação de cópia da atividade de recuperação, realizada pelo aluno, no respetivo dossiê.

8 - Caso o aluno recupere as faltas em excesso num módulo, estão reunidas as condições necessárias para poder voltar a ter avaliação no mesmo.

9 - A classificação obtida nestas atividades de recuperação nunca poderá ser tida em conta na classificação final do módulo.

10 - Se o aluno, que já foi sujeito a uma atividade de recuperação, reincidir no incumprimento da

assiduidade, em qualquer módulo de qualquer disciplina, sem justificação plausível e validamente

comprovada, fica imediatamente impossibilitado de obter aproveitamento nos módulos em que essa situação ocorrer, não lhe sendo atribuída classificação. Estes alunos podem apenas obter aproveitamento nesses módulos nas épocas de exame definidas no artigo 21º.

Artigo 17º Faltas de material

Aos alunos dos cursos profissionais aplicam-se as disposições definidas no regulamento interno do agrupamento.

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Artigo 18º Critérios de avaliação

1 - Os critérios de avaliação são definidos pelos professores das disciplinas no início do ano letivo em que as mesmas se iniciam, tendo em consideração os respetivos programas e o perfil de saída do curso e

vigoram durante o ciclo de formação.

2 - Após aprovação dos critérios de avaliação, em sede de conselho pedagógico, os professores das respetivas disciplinas são responsáveis por darem conhecimento dos mesmos aos alunos.

Artigo 19º Melhorias de classificação

1 - O aluno poderá realizar provas de avaliação suplementares com o intuito de melhorar a classificação

num módulo, desde que se verifique acordo com o professor e que o registo da classificação no Programa INOVAR ainda não tenha sido efetuado.

2 - Não são permitidas melhorias da classificação de um módulo concluído com aproveitamento e cuja classificação já tenha sido registada.

Artigo 20º Recuperação modular no ano letivo de lecionação de um módulo

1 - Sempre que um aluno tenha o seu aproveitamento comprometido num determinado módulo, e ainda não

tiver sido registada a classificação:

a) O professor pode propor a substituição de um instrumento de avaliação realizado pelo aluno. Este procedimento poderá ser aplicado uma única vez em cada módulo;

b) O resultado obtido neste instrumento de avaliação substituirá um anterior, caso se verifique uma melhoria na classificação final do aluno;

c) A classificação final do módulo é calculada de acordo com os critérios de avaliação da disciplina, não correspondendo exclusivamente à classificação obtida nesse instrumento de avaliação;

d) A classificação final do módulo obedece à metodologia de avaliação contínua, contemplando-se sempre a componente das atitudes.

2 - Sempre que o aluno não obtenha aproveitamento até à data de registo da classificação:

a) Tem direito a uma possibilidade de recuperação, exceto no último ano do curso, onde são permitidas

duas possibilidades de recuperação por módulo; O resultado obtido neste instrumento de avaliação

corresponderá à classificação final do módulo.

3 - O processo de recuperação de módulos em atraso compete ao professor e pode ser feita através da aplicação de instrumentos de avaliação como testes e fichas de avaliação, trabalhos teórico/práticos,

portefólios ou provas orais, desde que incidam sobre a globalidade dos conteúdos lecionados no módulo.

4 - Qualquer que seja o instrumento de avaliação utilizado deve haver sempre no dossiê do curso, no separador da respetiva disciplina, documentação comprovativa do mesmo e do desempenho do aluno.

5 -Sempre que o resultado final obtido pelo aluno, num módulo, for igual ou superior a dez valores, o

professor deve proceder ao registo da classificação no Programa INOVAR, elaborar a respetiva pauta de módulo e proceder à sua entrega ao diretor de turma, no prazo máximo de 10 dias úteis.

6 - Se o resultado obtido pelo aluno no instrumento de avaliação de recuperação for inferior a dez valores, tal facto deve ser comunicado ao diretor de turma e registado em ata de reunião de conselho de turma.

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7 - Esgotadas as possibilidades mencionadas nos pontos 1 e 2, deste artigo, se a falta de aproveitamento persistir, o aluno só poderá recuperar o módulo em atraso nas épocas de exame do(s) ano(s) letivo(s) seguinte(s), de acordo com o disposto no ponto 1, do artigo 21º.

8 - Os alunos que frequentem o último ano do curso poderão concluir o(s) módulo(s) em atraso na época especial, conforme o disposto no ponto 2, do artigo 21º.

Artigo 21º Épocas de exame

1 - A realização de provas de exame de módulos em atraso, pertencentes ao plano de estudos de anos

anteriores àquele que o aluno frequenta, ocorre na:

a) 1ª época (no início do 2º período letivo);

b) 2ª época (no início do 3º período letivo);

c) 3ª época (no 3º período, após o final das atividades letivas).

2 - Para efeitos de conclusão do curso, o aluno tem direito a uma época especial de exame a realizar durante o mês de setembro, do ano civil correspondente ao último ano de formação, em datas a definir

pela direção do agrupamento, devendo, para o efeito, inscrever-se nos módulos em atraso e nos serviços de administração escolar, até ao final do mês de julho.

3 - Para efeitos de conclusão do curso, o aluno dispõe ainda das três épocas de exame, do ano letivo seguinte, referidas no ponto 1, do presente artigo. Esta possibilidade fica condicionada à existência de

docentes com formação específica para assegurar o processo inerente à realização e classificação das provas de exame.

4 - A avaliação de módulos em atraso processa-se através da realização de provas de exame, as quais

podem assumir, de acordo com o critério do professor da disciplina, a forma escrita, oral, prática ou outra, desde que exista sempre um registo escrito do desempenho do aluno.

5 - As provas de exame incidem apenas sobre os conteúdos de um único módulo, daí decorrendo que o aluno deverá realizar tantas provas quanto o número de módulos em atraso.

6 - Para a realização de exames de módulos em atraso o aluno deverá inscrever-se nos serviços de administração escolar em data a definir.

7 - No ato da inscrição, o aluno deposita 5 euros por cada exame requerido, importância que lhe será devolvida no caso de obter classificação igual ou superior a 10 valores. A verba não devolvida reverte a

favor dos cofres do Estado.

8 - A classificação obtida pelo aluno nas provas de exame, realizadas em qualquer uma das épocas referidas no presente artigo, é considerada a classificação final de módulo quando for igual ou superior a dez valores.

Artigo 22º Regime de permeabilidade e equivalência entre disciplinas

1 - Os alunos que reorientaram o seu percurso formativo, transitando dos cursos científico-humanísticos ou tecnológicos para os cursos profissionais, podem requerer, ao abrigo do Despacho Normativo nº 36/2007, com as alterações introduzidas pelo Despacho Normativo 29/2008, a equivalência de disciplinas/módulos

já concluídos em curso anteriormente frequentado e que se encontrem no plano de estudos do curso que pretende frequentar.

2 - O reconhecimento da equivalência entre disciplinas, que não constam da legislação referida no ponto 1,

é feito pelo departamento curricular/grupo pedagógico responsável pela lecionação do(s) módulos(s) em causa através de uma análise curricular do percurso do aluno. Este reconhecimento é ratificado, em

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documento próprio, pelos serviços de administração escolar, após análise e parecer do conselho pedagógico.

3 - Entre cursos profissionais com módulos da estrutura curricular com o mesmo nome, a mesma carga horária e os mesmos conteúdos, é atribuída equivalência. Para tal, o aluno terá de entregar no ato de matrícula um requerimento com essa pretensão dirigida ao diretor do agrupamento. Os alunos poderão apresentar pedido de equivalências a alguns ou a todos os módulos concluídos com aproveitamento nas diferentes disciplinas frequentadas.

4 - Aos alunos que optem pelo regime de equivalências está vedada a melhoria de classificação em todos os módulos das disciplinas em que a equivalência tenha sido atribuída.

Artigo 23º Condições de progressão

1 - A progressão nas disciplinas depende da obtenção, em cada um dos respetivos módulos, de uma classificação igual ou superior a 10 valores.

2 - Transitam para o ano letivo seguinte do curso todos os alunos que concluam, com aproveitamento, pelo menos, 70% do número de módulos do respetivo ano.

3 - Caso não se verifique o disposto no ponto anterior, e o aluno esteja dentro da escolaridade obrigatória, o mesmo tem de iniciar um novo percurso formativo.

Artigo 24º Conclusão e certificação

1 - A obtenção do diploma de qualificação profissional e académica concretiza-se após aprovação em todas as disciplinas do curso, na FCT e na PAP.

2 - A classificação final de cada disciplina obtém-se pela média aritmética simples, arredondada às unidades, das classificações obtidas em cada módulo.

3 - A classificação final do curso obtém-se mediante a aplicação da seguinte fórmula:

sendo

CF = Classificação final do curso, arredondada às unidades;

MCD = Média aritmética simples das classificações finais de todas as disciplinas que integram o plano de estudos do curso, arredondada às décimas;

FCT = Classificação da FCT, arredondada às unidades; PAP = Classificação da PAP, arredonda às unidades.

4 - A certificação para conclusão do curso não necessita, em caso algum, da realização de exames nacionais.

5 - Os alunos que pretendam prosseguir estudos no ensino superior deverão cumprir os requisitos que forem estabelecidos na legislação em vigor na altura da candidatura.

Artigo 25º Anulação de matrícula

Só é autorizada a anulação de matrícula se o aluno estiver fora da escolaridade obrigatória e a mesma abranger todo o plano de estudos.

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Artigo 26º Contrato de formação

No início do ciclo de formação, até ao final do mês de novembro, todos os alunos e respetivos encarregados de educação, quando aqueles forem menores de idade, assinam um contrato de formação onde constam, entre outros elementos considerados pertinentes, os direitos e deveres dos alunos, bem como as condições de frequência e de assiduidade do curso.

Artigo 27º Formação em Contexto de Trabalho

A FCT é o conjunto de atividades profissionais desenvolvidas sob a coordenação e o acompanhamento da

escola, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho do aluo à saída do curso frequentado.

Artigo 28º Protocolo de cooperação para a realização da FCT

1 - A FCT formaliza-se com a celebração de um protocolo entre a escola e a entidade de acolhimento, que caduca após a sua conclusão.

2 - O protocolo inclui as responsabilidades das partes envolvidas e as normas de funcionamento da FCT.

3 - O protocolo celebrado obedecerá às disposições estabelecidas no presente regulamento, sem prejuízo da

sua diversificação, decorrente da especificidade do curso e das características próprias da entidade de acolhimento em causa.

4 - Os alunos, quando as atividades da FCT decorram fora da escola, estão abrangidos por um seguro escolar

que lhes garante a cobertura dos riscos das deslocações a que estiverem obrigados, bem como das atividades a desenvolver.

Artigo 29º Planificação e desenvolvimento da FCT

1 - A FCT desenvolve-se segundo um plano previamente elaborado pelo professor orientador, pelo tutor e

pelo aluno e depois de devidamente assinado pela entidade de acolhimento, pelo aluno e ainda pelo encarregado de educação, caso o aluno seja menor de idade.

2 - No plano da FCT devem constar:

a) Os objetivos gerais;

b) Os objetivos específicos;

c) A programação das atividades;

d) O período ou períodos em que a FCT se realiza, fixando o respetivo calendário;

e) e) O horário a cumprir pelo aluno;

f) O local ou locais de realização;

g) A identificação dos responsáveis pelo acompanhamento do aluno;

h) Os direitos e deveres dos diversos intervenientes;

i) As formas de monotorização e acompanhamento.

3 - Durante a FCT o aluno deve realizar um relatório que descreva as atividades desenvolvidas.

4 - Caso a FCT seja faseada, o aluno deve apresentar um relatório por cada fase.

5 - O horário que o aluno deve cumprir na FCT será o acordado com a entidade de acolhimento, tendo como referência as 35 horas semanais e não podendo exceder as 40 horas semanais.

6 - Quando as atividades são desenvolvidas fora da escola, a orientação e o acompanhamento do aluno são partilhadas, sob a coordenação da escola, entre esta e a entidade de acolhimento, cabendo à última designar um tutor para o efeito.

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Artigo 30º Realização da FCT

1 - A FCT realiza-se em empresas ou noutras organizações, sob a forma de experiências de trabalho.

2 - A FCT pode ser realizada de forma faseada ao longo do ciclo de formação ou numa única fase, no último ano do mesmo.

3 - O primeiro contacto formal com a entidade de acolhimento é feito pela direção do agrupamento.

Artigo 31º Professor orientador da FCT

1 - O professor orientador da FCT é nomeado pelo diretor do agrupamento, ouvido o diretor de curso, de entre os professores que lecionam as disciplinas da componente da formação técnica.

2 - Nas deslocações às entidades de acolhimento, o professor orientador da FCT tem direito a ser ressarcido das despesas de deslocação, bem como das ajudas de custo inerentes, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 32º Responsabilidades dos intervenientes na FCT

1 - Compete ao agrupamento:

a) Assegurar as condições necessárias para a realização da FCT, nos termos da lei e dos regulamentos aplicáveis;

b) Assegurar a elaboração dos protocolos com as entidades de acolhimento;

c) Estabelecer critérios e distribuir os alunos pelas entidades de acolhimento;

d) Assegurar a elaboração do contrato de formação, assim como a sua assinatura pelos alunos e seus

encarregados de educação, se aqueles forem menores de idade;

e) Assegurar a elaboração de plano de trabalho do aluno, bem como a sua assinatura por parte de todos os intervenientes;

f) Assegurar o acompanhamento da execução do plano de trabalho do aluno e a avaliação do seu

desempenho, em colaboração com a entidade de acolhimento;

g) Assegurar que o aluno se encontre coberto por seguro em todas as atividades de FCT;

h) Assegurar, em conjunto com a entidade de acolhimento e o aluno, as condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT.

2 - Compete ao professor orientador:

a) Elaborar o plano de trabalho do aluno, em articulação com o diretor de turma, o diretor de curso, bem como, quando for o caso, com os demais órgãos ou estruturas de coordenação pedagógica, restantes professores e tutor designado pela entidade de acolhimento;

b) Acompanhar a execução do plano de trabalho do aluno, nomeadamente através de deslocações periódicas aos locais de realização da FCT, pelo menos duas vezes por período de FCT;

c) Avaliar o desempenho do aluno, em conjunto com o tutor designado pela entidade de acolhimento;

d) Acompanhar o aluno na elaboração do(s) relatório(s) da FCT;

e) Propor ao conselho de turma, após reunião com o tutor, a classificação do aluno na FCT.

3 - Compete à entidade de acolhimento:

a) Designar o tutor;

b) Colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT;

c) Atribuir ao aluno tarefas que permitam a execução do plano de trabalho;

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d) Colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno na FCT;

e) Assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento da FCT, nomeadamente no que diz respeito à integração socioprofissional do aluno na entidade de acolhimento;

f) Controlar a assiduidade e a pontualidade do aluno;

g) Assegurar, em conjunto com a escola e o aluno, as condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT.

4 - Compete ao aluno:

a) Colaborar na elaboração do seu plano de trabalho;

b) Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação da FCT para que for convocado;

c) Cumprir o plano de trabalho;

d) Respeitar a organização do trabalho na entidade de acolhimento e utilizar com zelo os bens, equipamentos e instalações;

e) Não utilizar, sem prévia autorização da entidade de acolhimento, a informação a que tiver acesso durante a FCT;

f) Ser assíduo e pontual;

g) Justificar as faltas perante o diretor de turma, o professor orientador e o tutor, de acordo com as normas internas da escola e da entidade de acolhimento;

h) Elaborar o(s) relatório(s)referentes à FCT previstos nos pontos 3 e 4, do artigo 29º.

Artigo 33º Assiduidade na FCT

1 - A assiduidade do aluno é controlada pelo preenchimento de uma folha de presenças, a qual deve ser assinada pelo aluno, pelo tutor e entregue ao professor orientador.

2 - Para efeitos de conclusão do curso com aproveitamento deve ser considerada a assiduidade do aluno, a

qual não pode ser inferior a 95% da carga horária global da FCT, ainda que tenham sido consideradas justificadas as faltas dadas além dos limites acima estabelecidos.

3 - Em situações excecionais, quando a falta de assiduidade do aluno for devidamente justificada, o período da FCT terá que ser prolongado, a fim de permitir o cumprimento do número de horas estabelecido.

4 - Para os efeitos referidos nas alíneas anteriores, e desde que as respetivas justificações sejam

apresentadas dentro dos prazos legalmente estabelecidos, consideram-se faltas passíveis de serem justificadas as que ocorrerem por motivos não imputáveis ao aluno, de acordo com o artigo 16º, da Lei 51/2012, de 5 de setembro, ou por outros motivos devidamente comprovados a serem avaliados casuisticamente pelo professor orientador e pelo tutor.

5 - As justificações de faltas devem ser comunicadas ao professor orientador da FCT e ao tutor e entregues ao DT até ao quinto dia subsequente à falta.

Artigo 34º Avaliação da FCT

1 - A avaliação no processo da FCT assume carácter contínuo e sistemático e permite, numa perspetiva formativa, reunir informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, possibilitando, se necessário, o reajustamento do plano de formação.

2 - No apuramento da classificação de cada uma das fases da FCT é tida em conta:

a) A avaliação conjunta do professor orientador e do tutor;

b) A avaliação do relatório elaborado pelo aluno.

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3 - A avaliação conjunta referida na alínea a), do número anterior, deverá ter em consideração os seguintes itens, que se constituem como elementos aferidores:

a) Integração do aluno na entidade de acolhimento;

b) Apreensão de conhecimentos;

c) Interesse pelo trabalho que realiza;

d) Rapidez na execução do trabalho proposto;

e) Qualidade do trabalho realizado;

f) Sentido de responsabilidade;

g) Autonomia no exercício das suas funções;

h) Facilidade de adaptação a novas tarefas;

i) Relacionamento com a chefia;

j) Relacionamento com os colegas;

k) Capacidade de iniciativa;

l) Assiduidade e pontualidade.

4 - Todos os itens referidos no ponto anterior têm o mesmo peso relativo, devendo a sua classificação ser expressa numa escala de 0 a 20 valores. A classificação conjunta destes itens é obtida pela média aritmética simples, arredondada às décimas.

5 - A avaliação do relatório elaborado pelo aluno deverá ter em consideração os seguintes itens, que se constituem como elementos aferidores:

a) Apresentação e estrutura do relatório;

b) Caracterização do local onde se realizou a FCT;

c) Relacionamento interpessoal;

d) Descrição do trabalho realizado;

e) Principais aprendizagens adquiridas/consolidadas;

f) Dificuldades encontradas;

g) Estratégias de superação das dificuldades encontradas;

h) Autoavaliação, tendo em consideração os objetivos inicialmente propostos no seu plano de trabalho.

6 - Na avaliação do relatório da FCT é atribuído um peso de 5 valores a distribuir pelos elementos que

constam das alíneas a), b) e c) e é atribuído um peso de 15 valores a distribuir pelos elementos que constam das alíneas d), e), f), g) e h).

7 - A classificação do relatório da FCT deve ser expressa numa escala de 0 a 20 valores, arredondada às décimas.

8 - A classificação de cada uma das fases da FCT obedece à seguinte fórmula:

Classificação de cada fase da FCT = 0,7 AC + 0,3 AR

sendo

AC – avaliação conjunta do tutor e do professor orientador da FCT (de cada uma das fases);

AR – avaliação do relatório da FCT (de cada uma das fases).

9 - Nos casos em que a FCT se realiza em diferentes fases do ciclo de formação, a classificação final da mesma é obtida de acordo com a seguinte fórmula:

10 - A classificação final da FCT é expressa numa escala de 0 a 20 valores, arredondada às unidades.

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11 - A aprovação na FCT depende da obtenção de uma classificação final igual ou superior a 10 valores.

Artigo 35º Âmbito e definição da PAP

1 - A PAP é regulada pela Portaria nº 74-A/2013, de 15 de fevereiro de 2013.

2 - A PAP consiste na apresentação e defesa, perante um júri, de um projeto, consubstanciado num produto,

material ou intelectual, numa intervenção ou numa atuação, consoante a natureza dos cursos, bem como do respetivo relatório final de realização e apreciação crítica de saberes e competências profissionais adquiridos ao longo da formação e estruturante do futuro profissional do aluno.

3 - O projeto, a que se refere o número anterior, centra-se em temas e problemas perspetivados e

desenvolvidos pelo aluno em estreita ligação com os contextos de trabalho e realiza-se sob a orientação e acompanhamento de um ou mais professores.

4 - Tendo em conta a natureza do projeto, poderá o mesmo ser desenvolvido em equipa, desde que, em todas as suas fases e momentos de concretização, seja visível e avaliável a contribuição individual específica de cada um dos membros da equipa.

5 - O número de alunos por equipa, só em casos excecionais, devidamente justificados, poderá exceder quatro elementos.

Artigo 36º Intervenientes na PAP

A PAP terá como intervenientes:

a) O diretor do agrupamento;

b) O aluno;

c) O conselho de turma;

d) O(s) professor(es) orientador(es);

e) O diretor de curso;

f) O diretor de turma;

g) O júri de avaliação da PAP.

Artigo 37º Conceção do projeto da PAP

1 - O aluno deverá, obrigatoriamente, definir o tema do seu projeto, o qual constará na pauta da PAP e em

todos os documentos elaborados ao longo do projeto.

2 - A concretização do projeto compreende três momentos essenciais:

a) Conceção;

b) Fases de desenvolvimento;

c) Autoavaliação e elaboração do relatório final.

3 - O relatório final integra, nomeadamente:

a) A fundamentação da escolha do projeto;

b) Os documentos ilustrativos da concretização do projeto;

c) A análise crítica global da execução do projeto, considerando as principais dificuldades e obstáculos encontrados e as formas de os superar;

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d) Os anexos, designadamente os registos de autoavaliação das diferentes fases do projeto e das avaliações intermédias do professor ou professores orientadores.

4 - A PAP é desenvolvida durante o terceiro ano do ciclo de formação, usufruindo os alunos, para esse efeito, de dois tempos semanais, marcados no horário da turma, para realização desse trabalho que deverá ser complementado com trabalho extraletivo.

Artigo 38º Não comparência à apresentação da PAP

1 - No caso de um aluno não comparecer à apresentação da PAP, desde que a falta seja justificada, poderá fazê-la numa nova data, tendo em conta que:

a) A respetiva justificação deve ser apresentada, ao diretor de turma, no prazo de dois dias úteis a contar da data marcada para a realização da prova;

b) No caso de ser aceite a justificação, o presidente do júri marca a data para a realização da nova

prova, devendo o aluno e/ou o seu encarregado de educação ser informado da mesma.

2 - A não apresentação de justificação da falta ou a não aceitação da justificação apresentada, determina sempre a impossibilidade de realizar a PAP.

Artigo 39º Júri da PAP

1 - O júri de avaliação da PAP é designado pelo diretor do agrupamento e terá a seguinte composição:

a) O diretor do agrupamento ou o diretor pedagógico ou equivalente, que preside;

b) O diretor de curso;

c) O diretor de turma;

d) O professor orientador do projeto;

e) Um representante das associações empresariais ou das empresas de sectores afins ao curso;

f) Um representante das associações sindicais dos sectores de atividade afins ao curso;

g) Uma personalidade de reconhecido mérito na área da formação profissional ou dos sectores de

atividade afins ao curso.

2 - O júri de avaliação necessita, para deliberar, da presença de, pelo menos, quatro elementos, estando

entre eles, obrigatoriamente, um dos elementos a que se referem as alíneas a) a d) e dois elementos a que

se referem as alíneas e) a g) do número anterior, tendo o presidente voto de qualidade em caso de empate nas votações.

3 - Nas suas faltas ou impedimentos o presidente é substituído pelo seu substituto legal previsto nos termos

regimentais ou regulamentares internos ou, na omissão destes ou na impossibilidade do substituto e pela

ordem enunciada, por um dos professores a que se referem as alíneas b) e c), do n.º 1, ou, ainda, no impedimento destes, por um professor da formação técnica do respetivo conselho de turma.

Artigo 40º Orientação e acompanhamento da PAP

1 - Os professores que orientam e acompanham a PAP são designados pelo diretor do agrupamento de entre

os professores que lecionam as disciplinas da componente de formação técnica.

2 - Os professores orientadores da PAP terão no seu horário tempos letivos para cumprir o previsto no ponto 5, do artigo 37º, do presente regulamento.

Artigo 41º Direitos e deveres dos alunos relativamente à PAP

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1 - Sem prejuízo dos previstos na lei, constituem direitos do aluno:

a) Escolher o tema do projeto;

b) Usufruir de um acompanhamento durante o desenvolvimento da PAP;

c) Ser ajudado pelo(s) professor(es) orientador(es), pelo diretor de curso e pelo conselho de turma

durante a realização da PAP.

2 - Sem prejuízo dos previstos na lei, constituem deveres do aluno:

a) Elaborar o respetivo projeto; b) Elaborar o relatório final;

c) Apresentar a sua PAP perante o respetivo júri e responder às questões que por este lhe venham a ser colocadas;

d) Cumprir, no que lhe compete, a calendarização estipulada no presente regulamento para a consecução do projeto;

e) Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito da PAP;

f) Utilizar linguagem adequada quer ao nível da expressão escrita e científica, quer ao nível de expressão oral;

g) Aceitar as sugestões do(s) professor(es) orientador(es) e do diretor de curso;

h) Manter as instalações em perfeitas condições quando parte do projeto é realizado em contexto de ambiente extraescolar.

Artigo 42º Deveres dos restantes intervenientes relativamente à PAP

1 - Sem prejuízo dos previstos na lei, constituem deveres do diretor de turma:

a) Sensibilizar o aluno para a adoção de atitudes e valores exigidos pelo mundo laboral, como estratégia facilitadora da sua inserção na vida ativa;

b) Conhecer o projeto que o aluno pretende desenvolver na PAP;

c) Recolher, junto do professor que acompanha o aluno, as informações consideradas pertinentes para, se necessário, as transmitir aos encarregados de educação.

2 - Sem prejuízo dos previstos na lei, constituem deveres do professor orientador:

a) Orientar o aluno na escolha do projeto a desenvolver, na sua realização e na redação do relatório final;

b) Informar o aluno sobre os critérios de avaliação;

c) Contribuir para o desenvolvimento da reflexão, da responsabilidade e da autonomia do aluno na execução do projeto;

d) Decidir se o projeto e o relatório estão em condições de serem presentes ao júri;

e) Orientar o aluno na preparação e apresentação da PAP;

f) Reunir os projetos entregues nos serviços de administração escolar e reencaminhá-los para os restantes elementos do júri da PAP até cinco dias úteis antes da data marcada para a apresentação e defesa dos mesmos;

g) Informar o júri sobre o processo de execução da PAP;

h) Registar a classificação da PAP no programa INOVAR.

3 - Sem prejuízo dos previstos na lei, constituem deveres do diretor de curso:

a) Assegurar a articulação pedagógica entre os professores das várias disciplinas na elaboração do

projeto, de modo a que sejam cumpridos, de acordo com a calendarização estabelecida, todos os procedimentos necessários à realização da PAP;

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b) Propor, para aprovação do conselho pedagógico, os critérios de avaliação da PAP e as datas da sua apresentação, depois de ouvido(s) o(s) professor(es) da(s) disciplina(s) da componente de formação técnica;

c) Cooperar com o professor orientador na tomada de decisão sobre o definido na alínea d), do número 2, do presente artigo;

d) Proceder, em colaboração com a direção do agrupamento, aos contactos protocolares com os representantes das Instituições intervenientes na avaliação da PAP.

4 - Sem prejuízo dos previstos na lei, constituem deveres da direção do agrupamento:

a) Calendarizar, em colaboração com o diretor de curso, as atividades a desenvolver ao longo de todo o processo;

b) Assegurar as condições necessárias para que o aluno possa desenvolver o seu projeto;

c) Assegurar a colaboração de outras entidades, quando os projetos são desenvolvidos em ambiente extraescolar;

d) Decidir sobre os casos omissos na lei geral e neste regulamento.

5 - Sem prejuízo dos previstos na lei, constituem deveres do júri de avaliação da PAP:

a) Avaliar a execução e a elaboração da PAP, após tomar conhecimento do processo de execução do projeto através do professor orientador;

b) Avaliar a apresentação e defesa da PAP.

Artigo 43º Calendarização do processo de realização da PAP

1 - O aluno deve entregar um anteprojeto, por escrito, ao professor orientador, até ao final do primeiro dia de aulas do segundo período.

2 - O anteprojecto, referido no ponto anterior, deverá ir ao encontro do perfil de saída do curso e deverá ser estruturado da seguinte forma:

a) Identificação do aluno;

b) Tema do projeto;

c) Descrição sumária do projeto a desenvolver referindo o(s) objetivo(s) a atingir, os recursos materiais e humanos a utilizar, as atividades a desenvolver e o respetivo cronograma.

3 - O professor orientador deve emitir o seu parecer, por escrito, até quinze dias após o início das atividades letivas do segundo período.

4 - No caso de o professor orientador emitir um parecer desfavorável, o aluno deverá apresentar o seu anteprojeto, devidamente reformulado, até ao final do mês de janeiro.

5 - Após a aprovação do anteprojeto, o professor orientador dará conhecimento dessa aprovação ao diretor de turma.

6 - Até ao final do primeiro dia de aulas do terceiro período, o aluno deve entregar ao professor orientador, por escrito, um exemplar do projeto desenvolvido até ao momento.

7 - Tendo em consideração os parâmetros de avaliação da PAP, o professor orientador deve efetuar uma

avaliação intermédia qualitativa, por escrito, até trinta dias após o início das atividades letivas do terceiro período.

8 - A PAP deve ser entregue nos serviços de administração escolar, em suporte papel e em suporte digital,

acompanhada de todos os materiais produzidos, até quinze dias antes da data marcada para a sua apresentação.

9 - Um exemplar do relatório final da PAP deve ser entregue ao professor orientador, até oito dias úteis antes da data marcada para a defesa do projeto.

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10 - O projeto PAP é dado a conhecer ao júri, até 5 dias úteis antes da sua apresentação, nos termos definidos na alínea f), do ponto dois, do artigo 42º, do presente regulamento.

11 - A apresentação e defesa da PAP deverá acontecer no final do último ano do curso, após a realização da FCT, e não poderá exceder os 60 minutos.

12 - Em caso de necessidade de prolongamento da FCT, e para dar cumprimento ao ponto 3, do artigo 33º, a

apresentação e defesa da PAP deverá ocorrer na data inicialmente prevista, independentemente da data de conclusão da FCT.

Artigo 44º Critérios de classificação da PAP

1 - Os critérios de avaliação a observar pelo júri da PAP incidem sobre os seguintes parâmetros:

a) Desenvolvimento do projeto

I - Frequência das aulas de preparação da PAP;

II - Relatório da PAP

III - Apresentação/Organização do trabalho escrito;

IV - Rigor técnico e científico do trabalho escrito/Qualidade dos materiais produzidos;

V - Concretização dos objetivos propostos;

VI - Sentido de responsabilidade demonstrado ao longo do processo.

b) Apresentação e defesa do projeto

I - Clareza e fundamentação da escolha do tema tratado;

II - Capacidade de argumentação na defesa do projeto;

III - Qualidade dos recursos utilizados na exposição perante o júri.

2 - Os itens acima referidos serão classificados de 0 a 20 valores de acordo com a seguinte

distribuição:

a) Desenvolvimento do projeto – 12 valores;

b) Apresentação e defesa do projeto – 8 valores.

Artigo 45º Aprovação na PAP

1 - O júri reúne para avaliação da PAP, devendo dessa reunião ser lavrada uma ata, a qual, depois de assinada por todos os elementos do júri é remetida à direção do agrupamento.

2 - Consideram-se aprovados na PAP os alunos que obtenham uma classificação final igual ou superior a 9,5 valores.

3 - O aluno que, tendo comparecido à PAP, não tenha sido considerado aprovado pelo júri, poderá realizar

nova prova, no mesmo ano civil, em data a definir pela direção do agrupamento em articulação com o

presidente do júri. 4 - A falta de aproveitamento na nova prova determina a impossibilidade de realizar a PAP.

Artigo 46º Publicitação da classificação da PAP

A classificação obtida pelo aluno na PAP será afixada em local público, nos dois dias úteis subsequentes à apresentação do projeto.

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Artigo 47º Revisão da deliberação do Júri da PAP

1 - Após a afixação da pauta referente à avaliação da PAP, o aluno ou o seu encarregado de educação, quando aquele for menor de idade, poderá requerer a revisão da deliberação do júri.

2 - Os pedidos de revisão são apresentados em requerimento próprio, devidamente fundamentado, dirigido à direção do agrupamento, no prazo de três dias úteis a contar da data da afixação da pauta com a classificação da PAP, podendo o requerimento ser acompanhado dos documentos considerados pertinentes.

3 - Os requerimentos recebidos depois de expirado o prazo fixado no número anterior, bem como os que não estiverem devidamente fundamentados, serão indeferidos.

4 - O diretor do agrupamento convoca, nos cinco dias úteis após a aceitação do requerimento, uma reunião extraordinária do júri da PAP, para apreciação do pedido de revisão.

5 - Nos casos em que o júri mantenha a sua deliberação, o processo é enviado pelo diretor do agrupamento ao conselho pedagógico para emissão de parecer.

6 - Da deliberação do júri ou do conselho pedagógico e respetiva fundamentação é dado conhecimento ao

interessado, através de carta registada com aviso de receção, no prazo máximo de 30 dias úteis contados a partir da data da receção do pedido de revisão.

Artigo 48º Casos omissos

Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela direção do agrupamento, de acordo com o regulamento interno do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo e com a legislação em vigor.

Artigo 49º Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor imediatamente após a sua aprovação.