Revista Occidente marzo 2012

7/23/2019 Revista Occidente marzo 2012

http://slidepdf.com/reader/full/revista-occidente-marzo-2012 1/66

7 800I

O c c i d e n t e

N° 416

MARZO 2012

$ 1.500

Recargo por flete:

Regiones XV,I,II, XI y XII

$300

ISSNO716-6782

O

F r a n c i s c o M i r a l l e s :

U n D a V in c i ch il en o

E l P o s m o d e r n is m o

¿ Q u é p o d e m o s e s p e r a r

p a r a e s ta n u ev a e r a ?

Ft E\/ I ...S1 ink

E L D E R E C H O

El debate

ALAvDA

del Abo rto

Terapéutico

REVISTA DE CULTURA, POLÍTICA, ARTE, CIENCIAS SOCIALES, HUMANIDADES, CIENCIA Y TECNOLOGÍA



Cheque '

D e p ó s i t o e n c u e n t a c o r r i e n t e

8°20801-09 Bastee Chile

NVINICHEOGE CREAD:U NSIMATIVO A NOM1,1619SE£ EDITE,. LESSOA Y SONIDOS SENSEALES OCCIDENTE SA

MASCOLETA 155 SANTIACCI

F i r m a :

Llenar sólo si necesita factura

O c d d e n t e

4

_

Iramia

--

III

EL DERECHO

del

real:

b A V IDA

Ter•peetko

Revista de Cultura,

P o l í t ic a , A r t e ,

C i e n c i a s S o c i a l e s ,

Humanidades,

Ciencia y Tecnología

11111

V

e s e o s u s c r i b i r m e a Rev i s ta Occ iden te

p o r u n a ñ o ( 1 1 e d i c i o n e s ) . C a n c e l a r é e l v a l o r d e l a s u s c r i p ci ó n ( $ 1 5 .0 0 0 ) , d e l a s i g u i e n t e f o r m a :

T r a n s f e re n c i a E l e c t r ó n i c a e n l a c u e n t a c o r r i e n t e : 2 0 8 0 1 - 0 9 B a n c o C h i l e

R u t : 9 6 8 8 2 . 0 9 0 -7 , R a z ón S o c i a l . E d i t o r i a l L i b r e r ía y S e r v i c i o s G e n e r a l e s O c c i d e r d e S A ,

e m a i l s a r c r i p c i o n e s @ r e v i r t a o c c i d e n t e d

N o m b r e :

R u t . :

i r e c c ió n d e e n v í o d e R e v i s t a :

Comuna: i u d a d :

o n o : man:

N o m b r e :

ut:

Di r e c c i ó n :

ono:

G i r o :

Occidente

Ocddente

REVISTA CE CU LTU FA.

OLITICA. 111

1

CIENCIAS SOCIALES,

HuNIANICAOSS

CIENCIA V TECNOLOG IA

Tra ns fe re nc i a

E l e c t rón i c a

h e q u e

D e p ó s i t o



48

E L A N U N C I O D E L 2 0 1 2 Y

L A S UP UES T A P ROFECI A M AYA

D r . A n t o n i o L a s H e r a s

52

SCRIT URA DE FICCIÓN Y POL ÍT ICA

P E R S P E C T I V A S D E L A N O V E L A ; ID E A L E S ,

R E P R E S E N T A C I Ó N Y D E N U N C I A

C a r o l i n a S a l v o G o n z á l e z

REVISTA OCCIDENTE

EL DERECHO

A LA V IDA

W e r n e r D i e s e l F u e n t e s

Indice

10

El derecho a la v ida: una m irada m édica

A l o n s o B a h a m o n d e s V i l l e g a s

16

El Aborto en el Chile de hoy:

las opiniones divididas. . .

18

Verón ica Díaz

Son m uchas las mujeres catól icas que han

abortado...

Percival Cowley

El respeto intransable por la dignidad de cada

ser hum ano

Bernardo Pr ie to

El aborto terapéutico es un eufemis m o...

•

I smin i Anas tass iou

Apoy am os la vida desde la concepción has ta la

m uerte natural

• L i t y

P é r e 2

No com parto los proyectos que están en el

Senado

Cla udia l ide s

El 65% de la población está de acuerdo con las

tres caus ales de aborto terapéuti

6

E SC E NA RIO S

26

LA PO LÍTIC A E N C HILE I I A NA LE S DE L

INSTIT UT O DE CH IT E, VOL . XX X, 2011

F e r n a n d o L o l a s S t O ke

37

USINESS ANALYTICS:

R E S P U E S T A A L A T O M A

D E D E C I S IO N E S C O N N I V E L E S D E I N C E R T I D U M B R E

J e s ú s R a m í r e z C l a v e r i é

39

P R O D U C T O S D E O R I G E N P E C U A R I O :

U N A P R E O C U P A C I Ó N C O N S T A N T E P A R A S U B U E N

C O N S U M O

D r a . D ó c i l R iv e r a O t e r o

D r . C h r i s t o p h e r H a m i l t o n - W e s t M i r a n d a

44

E N FE R M E D A D E S N O T R A N SM I S IB L E S :

J INE TE S DE L A PO C A LIPSIS DE L SIG LO XXI

58

FRANCISCO MIRALLES,

U N DA VINC I C H ILE NO

Roberto P l i scof f Vdsquez

62

AGENDA CULTURAL

19

20

24

El Posm odern i sm o

es ta aqu í para

quedarse

¿Qué podem os

esp erar para esta

nueva era?

H é c t o r So t o A m p u e r o

N o r m a s d e P u b l i ca c i ón

Revis ta Occiden te acepta para su publ icación a r t ícu los de inves t igación y ensay os o r igina les en la s áreas d e la s a r t es , c iencias na tura les , c iencias socia les y hum anidade s , a sociados a la creación de

co n o c imie n t o y a l d e sa r ro l lo d e po l í t ica s q u e a pu n t e n a l b ie n e s t a r d e la s pe rso n a s y a la su s t n t a b i l id a d d e l m e d io a m bie n t e , co n t r ibu ye n d o d e sd e u n a pe rspe c t iva va ló r ica q u e co n s id e re e l fo r t a le c imie n t o

d e co n ce pt o s re pu bl ica n o s , d e m o crá t ico s , e d u ca c io n a le s y m o ra le s o r ie n t a d o s a l m e j o ra mie n t o in d iv id u a l y co le c t ivo d e la so c ie d a d ch i le n a e in t e rn a c io n a l .

Lo s m a n u scr i t o s r e c ib id o s po r n u e s t ra d i re cc ión pa ra n i pu bl ica c ión se rán so m e t id o s a u n a re v is ión po r pa re s , d e ca rác te r co n f id e n c ia l , cu yo s in fo rme s se rán d a d o s a co n o ce r a lo s a u t o re s u n a ve z ce r ra d o

e l p ro ce so d e e va lu a c ión . Lo s n u t re s po d rán su ge r i r po t e n c ia le s r e v iso re s d e su s a r t í cu lo s , d e a cu e rd o a la t e m át ica d e sa r ro l la d a . Lo s ma n u scr i t o s a ce p t a d a s in gre sa rán a pu bl icac ión s igu ie n d o u n a rd e n

cro n o lóg ico q u e se rá in fo rma d o d e ma n e ra o n l in e e n n u e s t ra pág in a w e b.

To d o s lo s ma n u scr i t a s s e rán e n v ia d o s a l D ire c t o r , e n ve rs ión d ig i t a l , e sc r i ta s e n h o j a t a ma ño ca r t a , co n le t ra Tu n e Ne w

.

Roman 12 , a espacio senci l lo , con una extens ión máxima de t rece mil ca racte res

(1 3.0 0 0 ) más e spa c ia s o u n e q u iva le n t e a 2 0 0 l í n e a s co n márge n e s d e t r e s ce n t íme t ro s , co n u n máx im o d e cu a t ro fo to gra f ía s o f igu ra s , d e se r n e ce sa r io .

Lo s m a n u scr i t o s d e be rán co n t a r co n u n t í tu lo d e sc r ip t ivo y bre ve , co n la id e n t i f ica c ión d e l a u t o r o a u t o re s y su d i re cc ión in s t i t u c io n a l e pe rso n a l s e gú n p ro ce d a . A d e m ás , d e be rá in c lu i r u n R e su m e n n o

superior a 200 palabras y, al final del texto, las referencias de la literatura que, de exist ir, deberán estar ordenadas numéricamente por orden de aparición, que s in d ica rá e n t re pa ré n te s i s e n e l m isma t e x t o ,

Las referencias deberán Indican autores, revista o libro, volumen, páginas y ario.

Lo s ma n u scr i t o s d e be rán se r r e mi t id o s a .

D r . R a ú l Mo ra le s Se gu ra , D ire c t o r / e - Ma i l : o cc id e n t e @ ra u lmo ra le s .c1



HUMOR

or Herví

- Sí, si está...un m om ento...



o

.

I r u c ken

r w r o n d e r n i m m

EL DERECHO

T21 , 1 11A LA V IDA

REVISTA OCCIDENTE

Occidente

Revista de Cultura, Política, Arte,

Ciencias Sociales,

Humanidades, Ciencia y Tecnología

Edición N° 416

Marzo 2012

Publicación mensual

ISSN 0716-2782

Director

Raúl Morales Segura

[email protected]

Subdirector

Enrique Contreras González

Editor

Felipe De la Parra Vial

Dirección de Arte

Rodolfo Rojas

Dirección Creativa y Fotografía

Enzo Basso

Diagramación

Gladys Briones

Susana Fernández

Periodistas

Juan Guillermo Chechilnitzky

Manuel Mendoza

Víctor Andrés Vargas

Carolina Salvo

Reportero Gráfico

Luis Felipe Quintana

Es una publicación de

E d i t o r i a l O C C I D E N T E S . A .

Marcoleta 859- Santiago- Chile

[email protected]

Impreso en: QuadGraphics

Distribución comercial Meta

Los artículos firmados y opiniones de los en-

trevistados no representan necesariamente

la línea editorial de la revista. Se autoriza

su publicación total o parcial de los artícu-

los con la única exigencia de la mención de

Revista OCCIDENTE.

La mujer en nuestra sociedad

E l

m es d e M ar zo s e ha i d o hac i en d o s i n ón i m o d e ho m en a je , s ig u ien d o l a ya i n s tau r ad a

t r a d i ci ó n d e l Dí a In t e rn a c io n a l d e l a M u je r q u e l l a m a a r e a l i z ar d i v e r s a s jo rn a d a s e n

hono r de e l l a , Los per iód icos se cubren e n lo s d ías de l en to rno con no t ic ias a lus ivas , l o

m i s m o c o n c o n s i d e ra c io n e s r e s p e ct o a l d e s m e d r a d o r o l q u e c u m p l e n l a s m u j e r e s e n

l a s o c i ed ad ac tua l , s i n f a l ta r un a s e r i e d e an á l i s i s y r ec o m en d ac i o n es s o b r e r um b o s a

en m en d ar p a r a c o n s eg u i r un a s o c i ed ad e f ec t i vam e n te m á s i n t eg rad a y s i n d i s c r i m i n a-

c i ón , Du ra n t e e l d í a d e c e l e b ra ci o n e s a b u n d a n l a s f l o re s q u e s e e n t r e g a n c o n c a r i ño

a l a s m u j e r e s e n c e n t r o s d e t r ab a jo e i n s t a n c ia s c o m u n i t a r ia s y s o c i a l e s c o m o u n a

m an er a d e ho m en a jea r l a s d eb i d am en te . Y s e p r o n un c i an l o s d i s c ur s o s que l l en an l o s

espacios

para

d ar e l d eb i d o r ec o n o c i m i en to a l a m uje r y a l p ap e l d e s tac ad o que c um -

plen en nues tra sociedad, d igno de mejores pr ivi l egios , Pasado todo es to , s in embargo,

s e v u e l v e a l a vi d a t r a d i c i o n a l e n q u e l a m u je r e s d e s p l a z a d a a u n l u g a r s e c u n d a r i o

en cuanto a ro les sociales , po l í t icos y económicos donde se l e d i scr imina abier tamente

en c ues t i o n es d e em p l eo y s a l a r io s y ex i s t e un m a l t r a to que s e hac e c o n s ue tud i n a r i o a

n ivel de las fami l ias y o tras ins tancias sociales , Es como s i aquel las celebraciones , ho-

m e n a je s y d i s c ur s o s tan r e l uc i en te s en e l m o m en to c um p l ie r an e l r o l d e s i m p l e c h i vo

ex p i a to r io que ac a l l a l a s m an i f e s tac i o n es d ev en i d as d e n ues t r o s ec u l a r m ac h i s m o , e l

c u a l , c o m o u n a c o s a c u l t u ra l p ro fu n d a , a fe c t a e l d i s e ñ o d e n u e s t ra i n s t i tu c i o n a l i d a d

social , Con razón muchos han af i rmado que hay, efect ivamente, un d ía de celebración

p ar a l a m uje r p e r o que l o s r e s t an te s 3 64 d í as d e l añ o s o n d ed i c ad o s a l a s m i s m as p r á c-

t i cas d i s c r im i n a to r i a s d e s i em p r e , am i n o r ad as qu i zá s m uy s up e r fi c ia l m en te en m ed i o

d e t an to c am b i o que

i n u n d a l o s i n i c io s d e e s t e s i g lo

X X I .

Pr i m a aquí e l p es o d e un a c u l tu r a que c o m o r as g o s o c i a l e s d i f íc i l d e c am b i a r a p es a r

d e l o s m ú l ti pl e s l l am a d o s a c o n s i d e r a r l a d i s cr i m i n a c i ón c o n t r a l a m u j e r c o m o u n a

c o s a d e l p as ad o . H a hab i d o p r o g r e s o s i m p o r tan te s en m ate r i a l eg is l a t i va yen l a p r á c -

t ic a s o c i a l d ía a d í a e s t am o s v i e n d o c óm o l a m u j e r a d q u i e r e o t r o s r o l e s , o c u pa u n

s i t ia l m á s p r e fe r en te y d e s tac ad o en d i s t i n ta s i n s tan c i as y a s um e n ue v as r e s p o n s ab i l i-

d ad es . Pe r o aún n o s d o m i n a e l p es o d e un a t r ad i c i ón que e s c u l tu r a l m en te s ep ar a t i s ta ,

d i s c r i m i n a d o ra y a te n t a g ra ve m e n t e c o n t ra e l n e c e s a r i o p la n o d e i g u a ld a d q u e d e b e

p r ev al ec e r en l a s r e l ac io n es s o c i a le s . C i e r t am en te l a n a tu r a l eza ha d ad o r o l e s d i s t i n to s

a ho m b r es y m u j e r e s p er o e s o n o d eb i e r a i m p l i ca r d e t r i m en to p a r a n i n g un o en m ate r i a

d e o p o r t u n i d a d e s y fu n c io n e s a c u m p l ir e n l a s o c i e d a d , E l m a l t r a to a l a m u j e r y l a

d i s c ri m i n ac i ón l ab o r a l s u r g en c o m o d o s e l em en to s b á s i c o s que , e l im i n ad o s , d eb en d a r

l ug ar a un a s o c i ed ad m e jo r , m á s i n t eg r ad a y

m u c h o m e j o r b a l a n c e a d a e n m a t e r i a d e

derechos y deberes . Todavía la pobreza se vincula al tamente con hogares encabezados

p o r m uje r e s que han s i d o v í ct i m as d e l v e r d ad e r o a t r o p e ll o que n ues t r a c o n d uc ta s o c i al

l e s i m p o n e . No

hay p ues r e to m á s i m p o r tan te que e l d e c r ea r un am b i en te c o n s o n an te

c o n n u e s t r a p r e te n d i d a d e m o c r a ci a q u e e s t a m a t e r i a d e r e l a c io n e s e n t r e h o m b r e s y

m u j e r e s , l o c u a l r e q u i e r e p e r s e g u i r u n p ro fu n d o c a m b i o c u l t ura l ,

A fo r t u n a d a m e n t e y a n o e x i s t e u n a d i s c r im i n a c i ón a b i e r t a co n t ra l a m u je r e n l a e d u -

c a c i ón, t e s t im oni o de l o c u a l e s e l i n g re s o e n p ro p o rc i o n e s s i m i l a re s d e h o m b re s y

m u j e r e s a l n i v e l su p e r i o r . S i b i e n e s t o no ne c e sa r i a m e nt e i m p l i c a l a e x i s t e nc i a de

i g ua le s o p o r tun i d ad es o c up ac i o n a l e s , a l m e n o s ha p e r m i t id o que en l a s n uev as g en e -

r ac i o n es p r ed o m i n en m en o s c r i t e r i o s s ub je ti v o s c o n t r a l a m uje r , s us c ap ac id ad es y s u

potencia l para efect ivamente l i derar In s tancias soc ia l es . Eso promete mejo res d ías para

c o n s o l i d a r u n m e jo r d e m o c ra c ia y p a ra q u e l a s c e le b ra ci o n e s s o b re l a m u je r y s u ro l

e n n u e s t ra s o c i e d a d n o c o n s t i t u y a n u n r e fu g i o p a ra e n m e n d a r n u e s t ra s fa l t a s c o m o

s o c i ed ad s i n o un ac to gen u i n o en p r o d e

u n a h i s t o r i a l e g ít i m a m e n t e s u p e ra d a .

Escriben en esta ediciáreWerner D i e s e l F u e n t e s , A lo n s o B a h a m o n d e s V i l l e g a s , L u i s R i v e r o s C o r n e j o ,

F e r n a n d o t o l e s S . , H é c t o r S o t o A m p u e m , J e s i i s R a m í r e z C l a v e r i e , D óc i l R i v e r a O t e r o ,

C h r i s t o p h e r H a m i l t o n , E n r i q u e C o n t r e r a s G o n z á l e z , A n t o n i o L a s F i e r a s , R o b e r t o P l i s c o ft V á s q u e z

y A n t o n i o R o j a s G ó m e z .

5



Director de

El Mercurio

visitó al Gran Maestro

de la Gran Logia de Chile

C o n u n a v i s it a p ro t o c o l a r e n l a s d e p e n d e n c i a s d e l C l u b d e

l a R e p ú b l i c a , C r i s t iá n Z e g e r s A r i z t ía , d i r e c t o r d e l d i a r i o E l

Mercu r io , s a lu dó e l p a s a do lu nes 12 de ma rz o a l Gra n Ma es t ro

de la Gran Logia de Ch ile, Luis Riveros C ornejo , por la act ividad

q u e es tá des p leg a ndo la in s t i tu c ión la ica con m ot iv o de la ce le -

brac i ón duran te e l 2 0 1 2 de l Se squ i c e n te na r i o de l a fundac i ón

de la M a s one r ía Ch i lena ju n to con a g ra r lecn r l a vi s i t a , e l Gra n

M a e s t r o L u i s R i ve r o s h i z o a l d i r e c to r d e l d e c a n o d e l a p r e n s a

c h i le n a u n a r e s e ñ a d e l a s a c t iv id a d e s c o n m e m o r a t i va s q u e s e

r e a l iz a r á n d u r a n t e e l p r óx i m o m e s d e m a y o . E n e l e n c u e n t r o

pa r t ic i pó tambi é n A l e jandro j a ra Lazc ano, G ran C ons e je ro de

Relaciones Exter iores de la Gran Logia de Chile.

E

1 CII)

Hom ena je a Mozart es un

hom ena je al Hum an ism o

C o n u n b r e v e c o n c i e r to q u e c o n c i tó l a p re s e n c i a d e m á s d e

u n c e n t e n a r d e p e r s o n a s , l o s m a s o n e s r i n d i e r o n h o m e n a j e a

W o l f g an g A m a d e u s M o z a r t e n u n n u e v o a n i ve r s a r io d e s u n a -

c i mi e n to . La act i vi dad, e nc abe zada por e l G ran M ae s t ro de l a

Gran Logia de Chi le , Luis Riveros Cornejo y los grandes dignata-

r ios de la Orden M asónica, se real izó e l 27 de febrero a l med iodía

f r en te a l bu s to de l m ú s ico u b ica do en e l P a s eo T end er in i .

En la op or tu n ida d , e l Gra n M a es t ro Riv eros s eñ a ló q u e e l p r in -

c i pa l v a lo r d e l m ú s i co a u s t r ía c o e r a s u h u m a n i s m o , l o q u e

es e j em p lo p a ra la s lu ch a s de h oy . "P a ra M oz a r t — ex p l icó— e l

H o m b r e s i e m p r e f u e e l f i n ú l ti m o d e s u o b r a m u s i c a l ". E l a c to

c o n m e m o r a t iv o e s t u vo s i g n a d o p o r l a m ú s i ca y l a o b r a m o z a r -

t i an a . L a i n t e rpre t ac i ón d e l Hi mn o

M a s ón i c o , d e a u t o r í a d e M o z a r t

y ca n t a d o m a g i s tr a l m e n t e p o r e l

d e s t a c a d o t e n o r J o n a t h a n C o l l a o

R u d i ll o , fu e u n o d e l o s m o m e n t o s

más s ignif ica t ivos de la jornada.

Po s t e r io r m en t e , E l G r upo d e C ue r d as

" S t e fa n o G i a r d a " , i n t e g r a d o p o r

Edu ardo Salgada Solovera, Francisco

Vi l l a r roe l , E l í a s A l le nd e y Má xi m o

Gálvez, interpretó de manera

b r i l l a n t e e l " D i v e r t i m e n t o " y e l

p r im e r m o v im i e n t o d e l a " P e q u e ñ a

S e r e n a t a N o c t u r n a " , a m b a s d e l

m ú s i co m a s ón .

Lui r R i vero s P a ul i n o Ra mírez , J ua n J a l é Oya rz t ín , Seb a s t ián j a n s y M a r i o C a b eza s .

CTU LID D

6



I g n a c i o S á n c h e z ,

rector de la

P o n t i f i c i a

U n iver s id a d

C a t ó l i c a d e C h i l e ,

L u i s R i v e ro s

C o r n e j o , G r a n

M a e s t ro d e l a

Gran Logia de

Chile y Harald

Beyer , minis tro de

E ducac ió n .

REVISTA OCCIDENTE

Harald Beyer en ciclo La Masonería piensa a Chile

E n e l aud i to r i o " C i t e r i o r " d e l C l ub d e L a R ep úb l i c a s e r ea l i zó un a

n u e v a jo rn a d a d e l c i c lo "L a m a s o n e r í a pi e n s a a C h i l e " , q u e e s t a

v e z c o n t ó c o n l a p a r t i c ip a ci ó n d e l m i n i s t ro d e Ed u c a c ió n , H a ra l d

Beyer B urgos . E l Secre tar io de Es tado of rec ió una ponen cia t i tu lada

" U n a m i r ad a a l a ed uc ac i ó n c h i len a" , en l a que r ea l i zó un an á l i s i s

d e l a s i tuac i ó n ac tua l d e l s i s tem a ed uc a t i v o c h i l en o , e l que , s eg ún

señaló, es tar ía " le jos d e es tar e n cr i s i s" .

P a ra B e y e r u n a d e l a s p r i n c ip a l e s c o n s e c u e n c i a s d e l a s m o v i l iz a -

c i o n es d e e s tud i an te s d e l añ o 2 0 1 1 f ue e l p r o fun d o d e s c r é d i to que

afec tó a la educac ión chi lena . "El gran efec to de las protes tas fue

d eb i l i ta r l a c r ed i b i li d ad d e l s i s t em a, un a c o s a que c o n s i d e r o i n jus -

t a . C h i le e s l í d e r e n e l c o n c i e r t o l a ti n o a m e r i c a n o y a u n q u e s a b e m o s

que n ues t r a s b r ec has aún s o n am p l i a s , yo n o p o d r ía d ec i r que n ues -

tro s i s tema es tá en cr i s i s" .

" E n un m o m e n to l a d i s c us i ón f ue s i s e av an zab a en c o b e r tu r a o c a -

l i dad y se optó por l o pr imero . En ese s en t ido l a promesa de l acceso

h a s i d o s a t i s fe c h a y l l e ga m o s a u n a c o b e r t u ra d e c a s i e l 5 0% , s u -

p er an d o a m o d e l o s c o m o l o s que ho y o p e r an e n A us t r a l ia o S u i za ,

donde se l l ega a l 30%. Con es te s i s tema mas ivo de acceso renuncia-

m o s a l a c a l i d ad , que n o e s a s eg ur ad a , a lg o que e s tá en r ev i s i ón en

todas par tes de l mundo" , d i jo Beyer .

S eg ui d am en te , e l m i n i s t r o c ues t io n ó que to d a l a d i s c us i ó n d e l añ o

p a s a d o s e h a y a c e n t ra d o s o l o e n l a e d u c a c ió n s u p e r i o r , o l vi d a n d o

que, s egún c i f ras que ma neja, "e l 70% de l as var iab les que expl ican

e l n i v e l d e i n g re s o d e u n a p e r s o n a s e d e f i n en an te s d e l o s 1 4 añ o s .

Pe r o c l a r o , l o s n i ñ o s n o s a l en a m ar c har " ,

Y

f ue r e s p ec to d e l a e x i g en c ia p r i n c i pa l d e l m o v i m i en to , l a ed uc a-

c i ó n g r a tu i t a , q u e e l p e r son e r o s e n t ó c l a r a m e n t e su p os t u r a : " l a

g r at u id a d e s u n a m e d i d a m u y i n j u s ta , po r q u e l o s d i n e r o s d e b e n

s e r e n f o c a d o s e n l a s f a m i l i a s m á s h u m i l d e s q u e n e c e s i ta n m e j o r

e d u c a c i ón p re e s c o l a r y bás i c a u o t ra s n e c e s i d a d e s c o m o m e jo re s

consul to r io s . Para noso tros l o mejo r es e l s i s tema de créd i to de con-

t i n g e n c i a a l i n g re s o . M i e n t ra s y o s e a m i n i s t ro d e Ed u c a c i ó n , n o

apoyaré la gratuidad", d i jo .

La conferencia, enmarcada en la celebración de los 150 Años de la

Gran Logia de Chi l e , con tó con l a par t icipación de l Gran M aes tro de

la Gran Logia de Chi l e , Lui s Riveros Co rnejo , y fue mod erada por e l

per iod i s ta Ale jandro Gui l l i e r . As i s ten tes des tacados fueron e l pres i -

den te de l a Cor te Suprema de Jus t ic ia , Rubén Bal l es te ros ; e l Recto r

de l a Po n t i fic ia Un ivers idad Catól ica de C hi l e , Ignacio Sánchez, y e l

di rector de l Ins t i tuto Nacional , Jorge Toro, en tre o tras d i s t inguida s

p e r s o n a l i d ad es d e l m u n d o d e l a ed uc ac ió n ,

L u i s R i v e r o s , J o r g e 7 b o , d i r e c t o r d e l I n s ti t u t o N a c i o n a l y R u b é n B a l l e s te r o s ,

pres idente de la Corte Suprema.

7



SOCIED D

D e r e c h o a l a v i d a

d e r e c h o

a la v i d a

Werner D iesel Fuentes

Abogado. U. de Chile.

1:1 esde tempos

inmemoria-

les la vida ha

sido

otivo

de profundas

reflexiones y

su privación

fuertemente reprochada por

la mayoría de las religiones

y filosofías, con las conno-

taciones de diversa índole,

éticas, médicas, jurídicas

que es dable imaginar.

Bajo la óptica jurídica,

el derecho a la vida se

enmarca n o s

Derechos

Humanos,

conjunto de

prerrogat ivas

propias a

la natu-

raeza

de toda

persona

cuya realización efectiva

es esencial para el desarro-

llo total de los individuos

insertos en una sociedad ju-

rídicamente organizada.

Los derechos humanos

están reconocidos en la

Constitución Política de

la República y en distintas

leyes; deben ser reconoci-

dos y garantizados por el

Estado y respetados por la

comunidad toda, es decir

los derechos fundamentales

no son otra

cosa

que derechos humanos posi-

tivizados en un determinado

ordenamiento jurídico.

La Doctrina Jurídica reco-

noce derechos humanos

de primera generación,

clasificación surgida en un

marco cronológico, por una

referencia a las libertades

clásicas o derechos civiles

y políticos, categorización

oportuna de recordar pues

dentro de ella encontramos

el derecho a la vida, cuyo

reconocimiento es básico y

esencialtoda

vez que

ello po-

sibilita

todos

os

demás

dere-

chos

pues

8



REVISTA OCCIDENTE

ciertamente, la vida es inhe-

rente a la persona humana

y no es posible concebir a

ésta desprovista de aquel

atributo.

No existe en la literatura

nacional una labor de cons-

trucción conceptual de una

importancia meridiana en

relación al tema. Empero,

a partir de la opinión de va-

riados autores sí podemos

definir determinadas líneas

argumentases en cuanto a

concepción del derecho a la

vida.

Así, una primera concep-

ción señala que el derecho

a la vida consiste en el de-

recho a vivir, a permanecer

con vida o a seguir vivien-

do. Algunos autores lo han

graficado como un derecho

germen, un derecho tan

esencial y de tal magnitud

que permte que a través

de él se pueda gozar de los

demás derechos, siendo ya

no solo un atributo de la vida

sino que llega a confundirse

con ella misma.

Una segunda postura es la

que plantea que este dere-

cho comprende, además de

lo ya expuesto, el derecho

a vivir de buena manera, a

vivir con dignidad, como

plantea el Profesor Cea. El

derecho a la vida no es (...)

sinónimo de subsistencia

en la miseria o menesterosi-

dad, en el miedo o el riesgo.

De esta condición subhu-

mana emanan múltiples

patologías, individuales y

colectivas, que provocan o

facilitan atentados contra

la vida en las más diversas

ocasiones ,

idea que, por

cierto, es de dudosa certeza

pues la deter-

mnación de

un estándar

objetivo

e

dignidad es

improbable

dada las mul-

tiplicidades

de concepcio-

nes o visiones

de vida que

puedan llegar

a xistir,

tantas como

sujetos hubie-

ren e incluso

en el caso de ser posibe

determinar dicho estándar

¿es el Estado el obigado

a proveerla? Y de ser así,

¿depende esta dignidad

solo del actuar del Estado o

también juega un rol esen-

cial el comportamiento del

individuo? Todas estas in-

terrogantes hacen nacer

dudas que nos llevan a re-

chazar esta perspectiva de

lo que debe entenderse por

derecho a la vida.

Otros autores, de corte ius-

naturalista, estiman que el

derecho a la vida tal como se

consagra en la Constitución

Política de la República es

necesario entenderlo como

un derecho natural y obra

de Dios, derecho que se ob-

tiene por el solo hecho de

ser persona y que consiste

en el derecho de mantener

la vida o conservarla frente

a los demás hombres. Dicho

de otra manera, es el dere-

cho a que nadie nos la prive,

limite o cercene, incluyendo

en ese nadie al propio sujeto.

Hacen fundaciones dichos

autores en el constituciona-

lismo clásico, en el propio

derecho natural, teniendo

especial relevancia en sus

9



E l dere cho a la vida:

una mirada

médica

A l o n s o B a h a m o n c l e s V i ll e ga s

M é d i c o C i r u ja n o

D e sd e l a p e r sp e c ti v a ne u r oh i o l ó gi c a l a vi da e s u n a se -

c u e n c i a d e "m o m e n t o s " p e r fe c t a m e n t e i d e n t i f i c a b l e s y

a c o t a d o s , q u e t i e n e n u n p r in c i p io y f i n a l d e t e r m i n a d o s . C a d a i n s t a n t e s i gu e a o t r o

d i f e r e n t e c u y a f i na l i da d e s c onse r v a r e l e q u i l i b r i o h om e os t á t i c o , f u nda m e nt a l p a r a

q u e n o s m a n t e n g a m o s v i v o s . S i e s t e e q u i l ib r i o s e a l t e ra po r c u a l q u i e r m o t i vo , c o m o

p o r e j e m p l o e l e n v e j e ci m i e n t o c e l u la r o l a o c u r r e n c ia d e e n f e r m e d a d e s m á s o m e n o s

g ra v e s , la v i d a s e n c i l l a m e n t e s e a c a b a .

L o s m é d i c o s p o s e e m o s p o r f o r m a c i ó n u n a d e c i d i d a i n c l i n a c ió n a l u c h a r co n t r a l a

m u e r t e p ro m o v i e n d o y u t i l i z a n d o t o d o a q u e l l o q u e l a c i e n c i a m é d i c a p o n e a n u e s t ra

d i s p o s i c i ó n p a r a p ro l o n g a r l a v i d a y a l e j a r n o s d e l a m u e r t e , l le g a n d o i n c l u s o e n

a l gu n o s c a s o s a i r m á s a l l á d e l o r a c i o n a l .

SOCIEDAD


posturas la determinación

del momento en que co-

mienza la vida y ciertamente

apoyándose en legislación,

doctrina y jurisprudencia

nacional y extranjera. Con

todo, es importante desta-

car que estos conceptos

son incluso precristianos,

revelándose como esencia-

les a estas escuelas tópicos

fundamentales en su ela-

boración doctrinaria tales

como

a existencia

de Dios,

probada

no solo

con la fe

sino ue

también con la

fuerza de la razón na-

tural, la dependencia del

hombre respecto de Dios,

y finalmente, el dominio del

hombre sobre sus propios

actos. Estos elementos

pueden verse ya desde

los clásicos, pasando por

San Agustín y ciertamente

estructurados de manera

esencial en todo el pensa-

miento cristiano.

Otros sostienen que el dere-

cho a la vida consiste en el

derecho a que no me maten.

Tal visión es entregada por

muchos autores nacionales,

derivada esta postura en re-

lación al nasciturus, según

la cual el comienzo de la

existencia de cada ser vivo

se produce con la fusión de

los gametos de sus progeni-

tores. Ahora bien, la mayoría

de la doctrina nacional sos-

tiene que e l no nato debe

ser considerado persona.

Para

I

doctrina

mayoritaria

el aborto está prohibido

de manera absoluta y bajo

ningún respecto es permi-

tido; el derecho a la vida

siempre prohíbe matar a

otro, lo que lo transforma en

un derecho absoluto pues en

ninguna circunstancia una

persona

podría

matar a

otra, en

este caso

el nasci-

turus, en

contraste de

las personas

en las cuales

ésta situación es

relativa como en los

casos en los que opera, por

ejemplo, la causal de justi-

ficación ya expuesta o bien

otras, situación entendible

toda vez que sería de impro-

bable ocurrencia que dicha

situación se presentara en

el caso del nasciturus.

10



REVISTA OCCIDENTE

Finalmente, algunos plan-

tean la idea que el derecho

a la vida consiste en que no

se mate de manera arbitra-

ria, postura que parece ser

la más sustentable, razona-

ble y a la cual adscribimos.

El derecho a la vida exige

que nadie pueda ser privado

de ella arbitrariamente pues

ello constituiría la privación

de la existencia misma de

la persona y de sus posibi-

lidades de acceder al resto

de las condiciones que la

hacen plenamente humana.

Esta concepción parte de

la base de que el obeto

del derecho a la vida no es

la vida como una realidad

Al in ic io de la v ida

P a r e c e i n d u d a b l e q u e e l p ri m o r d i a l d e r e c h o

q u e p u ede a s i s t i r a t odo s e r h u ma n o es e l de

la v ida , m ás a ú n inc lu y endo a a q u e l p roy ec-

t o d e s e r hum an o que cá l id a y apac ib lem en t e

crece con ten ido en e l ú t e ro ma te rno .

Al mo m en to de la f ecu nda ción em p ez a rán a r ep rodu ci r s e s u ces iv a

y planif icadamente mult i tud de células con un ADN diferente al del

óvulo y d e l e s pe r m io que l e d i e r o n o r igen , po r l o que po d em o s in f e -

r i r q u e s e t r a ta de u n ind iv idu o de la e s p ec ie h u m a na d i s t in to a s u s

padres . La in ter rupción de es e proceso, sea espon tánea o provocada,

es lo q u e l l a ma m os a b or to . Res p ecto de es t e ú l t imo , l a d iver s ida d

de op in iones l l ev a a u n perm a nen te deb a te en t r e lo s q u e s e op onen

a todo t ip o de a b or to , cons ide rándo lo u n a s es ina to , y a q u e l lo s q u e

p iens a n q u e "es u n de rech o de la m u je r " e l opta r po r e l lo . Com o es

s u cu erp o , a rg u men ta n , e l l a d eb e de c id i r q u é h a cer .

E n t r e a m b a s po s i c io n e s e x t r e m a s e s t á n q u i e n e s c o n s i e n t e n e l l l a -

mado abor to t e rapé ut i c o , r e se rvado pa ra c uando l a c ont i nuac i ón

de l em b a ra z o im p l ica u n v erda dero r i e s g o de v ida fí s ico o m en ta l

p a ra la m a dre o b ien q u e s e t eng a n fu nda da s s os p ech a s o la ce r t eza

d e que e l p r o d uc t o d e l a co n cepc ión pad ece un a en f e r m ed ad gr ave .

A

e l lo s e l e l l a m a eu g enes ia .

En e l a b or to eu gené s ico s e a rgu y e q u e la mu je r e l imin a — o p u ede

e l i m i n a r — a l e f e ct o d e f e c t uo s o e n v i r tu d d e u n p r e t e n d i d o " d e r e -

c ho a l b i e ne s ta r" , ya que de l l e ga r a adu l to ac a r re a r í a num e rosas

ca rg a s p ara e l la y p a ra la s oc ieda d , l a s cu á les no t en d r ía n p or q u é

a s u m ir . Ta m b ién s e h a b la de l ic i tu d de l a c to en e l "de rech o a l h i j o

s an o " . O t ra ve r s ión e s l a d e l a m ad r e co m pas iva que d ec id e abo r t a r,

t e ó r ic a m e n t e e n " b e n e f ic i o " d e l h i j o , pr i vá n d o l e d e u n a v i d a n o

d ign a d e s e r v iv id a d eb id o a s u e n f e r m ed ad o m in us va l i a .

Gru p os a la v ez q u e def iend en e l a b or to t e ra p é u tico es g r imen q u e

se gún e l p r i nc i p i o de au tonomí a l a muje r no pue de s e r pe rc i b i da

co m o un m ed io par a d a r v id a a o t r o s e r hum an o , s in o lo que e s : un a

p e r s o n a a l a q u e s e a d s c r i b e n d e r e c h o s f u n d a m e n t a l e s . So s t i e n e n

e s tos g rupos que ob l i ga r a l a muje r a c ont i nua r c on su e m barazo

cu a ndo e l la s o l ic i t a in t e r ru mp ir lo v io la lo s p r inc ipios cons t i tu c io -

n a l e s b á s ic o s c o m o l a g a r a n t ía d e l a a u t o n o m í a y e l d e r e c h o a l a

igualdad ante la ley.

11



SOCIEDAD


biológica sino que relativa

a la conducta de terceros,

esto es, la de matar de

manera arbitraria a otro; en

otros términos, el derecho

a la vida diferencia el de-

recho a la vida, de la vida

en sí misma. Así las cosas,

alguien puede morir sin

que se haya vulnera-

do su derecho a la

vida, por ejemplo

por causas natura-

les sin que aquello

importe iolación

a derecho alguno

o bajo determna-

dos respectos que

pueden catalogarse

como no arbitrarios,

como una legitima

defensa e incluso en un caso

de estado de necesidad, si-

tuación esta ultima que,

por cierto, no puede pre-

sentarse en nuestro país, al

menos

dio

como

ausal

e

justificación.

C o n s a g r a c ió n N o r m a t iv a

En Chile el derecho a la

vida se encuentra reconoci-

do tanto en la legislación

interna como en el de-

recho comparado

e nternacional,

muchas de cuyas

normas han sido

incorporadas en

nuestra legis-

lac ión nacional

en virtud de

la

atificación

respectiva.

En efecto, el dere-

cho a la vida está

Al f ina l de la v ida

E n e l o tr o e x t re m o d e l a v i d a n o s e n f r e n ta m o s c o n l a a rd u a p o l é -

m ica referida a la eutanasia, que alguien definiera como "tod a

acción voluntaria que provoca intencionalmente la muerte de

u n e n f e r m o n i ñ o , a d u l to o a n c i a n o , se a o n o a p e t i c ió n d e é s t e

( M a n t e c ó n , 1 9 9 7 ) . E n a ñ o s r e c i e n te s y a t ra v é s d e t o d o e l m u n d o

ha cobrado la fuerza la tesis de la d isponibil idad de la propia

m u e r te . D i s p o n e r d e l a p r o p ia m u e r te y d e c i d i rl a c u a n d o a u n o

l e p a r e z c a e s a lg o c o n s t it u ti v o d e l s e r p e r s o n a h u m a n a y e l p r e -

f e r ir m o r i r b ie n y d i g n a m e n t e e s j u s ti fi c a b l e a n t e e l p a d e c e r u n a

v i d a p e n o s a y t r is t e .

L a mo dal idad act iva de la eu tanas ia cons is te en provocar la

m u e r te a p e t ic i ó n d e l a f e c ta d o , c o n m é t o d o s i n d o l o ro s e n c a s o

d e e n f e r m o s d e p a t o l o g í a s in c u r a b l e s p ro g r e s iv a s y g r a v e m e n -

te inval idan tes ( e l caso más cono cido es e l de pacien tes con

cáncer).

E n l a e u t a n a s i a p a s i v a s e a c t ú a p o r d e j a c i ó n , o s e a a l n o t r a t a r

una patología agregada a una m ás grave, o s implem ente e l no

p r o p o r c i o n a r a l im e n t a c ió n p o r v í a s a lt e r n a ti v a s a l a n o r m a l a u n

paciente que lo requiera para combatir una enfermedad avan-

z a d a y g r a v e : e s e l c a s o e n to n c e s d e u n a c t u a r p o r o m i s ió n .

Quienes def ienden la eutanas ia v o lun ta r ia a rgumen tan que se

h a c e u n b i e n a l e n f e r m o t e r m i n a l l ib e r á n d o l o d e p e n a s y s u f r i -

m i e n to s a n t e u n a v i d a s i n d e s t i n o , a la v e z q u e s e l ib e r a t a m b i é n

a familiares y a la sociedad de incurrir en gastos cada vez más

o n e r o s o s a l p e r s i s ti r e n e l u s o d e t e c n o l o g í a m é d i c a y r e c u r s o s

q u e s o l o p r o l o n g a r á n e l e s t a d o t e r m i n a l .

S e a r g u m e n t a ta m b i é n q u e n o e s p r o p io d e l a d i g n id a d h u m a n a

e l m o s tr a r a e s e e n f e rm o e n u n a e s p e c ie d e e s ta d o c a s i v e g e t a l

y lo m ismo se a rg umen ta p ara lo s anc ianos dem enciados , " in -

c a p a c e s e l lo s d e e n t r a r e n u n p r o c e s o d e a c t i v id a d c o l a b o r a t iv a

c o n l o s d e m á s .

El m é d i c o y l a l u c ha c on t r a la m u e r te

El respeto irrestr icto por la vida humana y por la d ignidad de

las personas es consustancial al quehacer médico. El faculta-

t iv o p o d r á a v e c e s e v i ta r l a m u e r t e o re t a r d a r l a , p e r o c u a n d o s e

p r e s e n t a d e m a n e r a i n e v i t a b l e a li v i a r á e l d o l o r y e l s u f ri m i e n t o

1 2



V I D A

P A R A

Tools

ES Mi

VIDAL

REVISTA OCCIDENTE

con-

s a -

grado

en:

La Declaración Universal de

Derechos Humanos (1948),

que señala que Todo indivi-

duo tiene derecho a la vida,

a la libertad y a la seguridad

de su persona (Art.3);

El Pacto Internacional de

Derechos Civiles y Políticos

(1966)

señala

que El

dere-

cho a la

vida es

inherente

a la perso-

na humana.

Este derecho

estará protegido

por la ley. Nadie podrá

ser privado de la vida arbi-

trariamente (Art 6);

La Convención Americana

de Derechos Humanos ma-

nifiesta que Toda persona

tiene derecho a que se res-

pete su vida. Este derecho

estará protegido por la ley

y en general, a partir de la

concepción nadie puede ser

privado de ella arbitraria-

mente (art.4, 6);

La Declaración de La Haya

puntualiza que El derecho

a la vida es el derecho del

que se derivan todos los

demás derechos. Garantizar

ese derecho es el deber

supremo de los máximos

dirigentes de todos los es-

tados del mundo .

La Convención Europea

de Salvaguardia de los

Derechos del Hombrey de las

Libertades Fundamentales

precisa que El derecho

de toda persona a la vida

está protegido por la ley.

q u e l a p re c e d e n . N o d e b e m o s d e s e a r n i b u s c a r la

m uerte de nues t ros pacien tes , pero cuando e l la

l le g u e , d e b e r í a m o s c o m p r e n d e r q u e l a v i d a t ie n e

u n s e n t i d o y l a m u e r t e u n s i g n i fi c a d o .

M á s a l lá d e l a v o l u n ta d y e l d e r e c h o e f e c t i v o d e l

hombre a su au tode te rminación, debemos pro-

teger l a vida y preservar la antes qu e tod as l a s

cosas, pensan do que exi s te un es tad io u l te r ior

a l cuá l todos lo s hom bres regresaremos , ta rde o

temprano.

13



SOCIEDAD


Hl De los derechos y debe-

res constitucionales

Art. 19. La Constitución

asegura a todas las

personas:

El derecho a la vida y a la •

integridad física y psíquica

de la persona.

La ley protege la vida del

que está por nacer.

La muerte no puede ser in-

fligida intencionalmente a

nadie, salvo en ejecución

de una sentencia de pena

capital pronunciada por un

tribunal en el caso de que

el delito esté castigado

con esta pena por la ley ,

y La Carta de las Naciones

Unidas que señala en su

Preámbulo que Nosotros,

los pueblos de las NN.UU.

decidimos... reafirmar la fe

en los derechos humanos

fundamentales, en la dig-

nidad y valor de la persona

humana... .

Pero vamos a nuestro

derecho

acional.

a

Constitución Política de la

República de Chile de 1980

establece lo siguiente:

La pena de muerte sólo

podrá establecerse por

delito contemplado en

ley aprobada con quórum

calificado.

Se prohibe la aplicación de

todo apremio ilegítimo.

En consecuencia, nuestra

Carta Fundamental garan-

tiza meridianamente este

derecho, asegurando

el derecho a la

vida y a la integridad física y

psíquica de la persona . De

suer te que b ien podr ía —este

punto— ser pie de inicio y

sustento de varias de las

opiniones doctrinarias pre-

cedentemente expuestas

en cuanto a la intensidad,

matiz y extensión del dere-

cho a la vida, incluso



REVISTA OCCIDENTE

considerándose de manera

independiente, agregando

que la ley protege la vida

del que está por nacer y que

la pena de muerte sólo podrá

establecerse por delito con-

templado en ley aprobada

con quórum calificado .

Pues bien, en nuestra

Carta Magna se consagra

el derecho a la vida como

derecho primario, medular

y esencial, siendo sintónico

especialmente con dos tó-

picos que los instrumentos

internacionales dan cuenta

al aludir a este derecho. En

primer lugar, lo que dice re-

lación con la determinación

del tiempo desde cuándo

comienza la protección de

la vida, estableciendo una

norma general de protec-

ción al nasciturus, esto es,

lo relativo a la adopción de

las providencias para prote-

gerlo, y la que dice relación

con la aplicación diferida

de penas a la mujer cuando

éstas pongan en peligro a la

criatura. Por otra parte, ad-

vertimos que se rechaza la

interrupción provocada del

embarazo y toda la legisla-

ción permisiva del aborto.

Importante resulta señalar

que del estudio del esta-

blecimiento fidedigno de la

historia de la ley se advierte

una protección diferenciada

del derecho a la vida, por una

parte, y de la vida de la per-

sona no nacida, por la otra,

dando, según lo declaran las

propias actas constituciona-

les, flexibilidad al legislador

ante la reglamentación de

un aborto con fines tera-

péuticos o por alguna otra

indicación.

En conse-

cuencia, es

dabe con-

cluir ue

el unto

central de

la protec-

ción -y el

que parece

tener mayor

sustento en

términos

conceptua-

les- es el

que dice re-

lación con

que este

derecho

consiste en

la prohibi-

ción de la

privación

de carácter

de arbitra-

ria de la

vida,

e-

jando fuera

las hipóte-

sis en que

dicha privación parece jus-

tificada. Obliga al Estado a

tomar medidas para evitar

y castigar su privación me-

diante actos crimnales y

tales acciones se produ-

cen por ejemplo por el uso

excesivo de la fuerza en la

represión de actividades o

acciones declaradas ilícitas

o manifestaciones.

De todas maneras, situacio-

nescomo la legítima defensa

y el estado de necesidad

defensivo podrían enten-

derse como justificados,

diverso a cuando estamos

frente a la disponibilidad del

bien jurídico, como el caso

de suicidio asistido o la eu-

tanasia voluntaria, puesto

que en estos casos -según

la doctrina abundantemen-

te mayoritaria y conteste

el autor con ella-, no habría

posibilidad alguna de dispo-

sición, puesto que éste bien

jurídico en particular carece

de esta característica. [1:1

15



SOCIEDAD

D e r e c h o a l a v id a

El

Aborto en

el C hile de hoy :

las opin ion es

divididas.. .

M

cho se habl a hoy

d e l a d i s c u s ió n

q u e es tá t en iendo

l u g a r a c e r c a d e l

p r o y e c to d e l e y

que d .espenal iza e l abor to terapéut ico.

S i n e m b a r go , d e b e m o s d e c i r q u e e s e

abo r t o ex i s t ió en C hi l e po r m á s d e m ed io

s i g l o , d e s d e 1 9 3 3 h a s t a 1 9 8 9 , e s d e c i r

d u r a n t e 5 6 a ñ o s . B a j o l a d i c ta d u r a m i -

l i ta r d e P i n o c h e t , c u a n d o y a t e r m i n a b a

s u m a n e j o d e l p o d e r , a l ca n z ó a i m p o n e r

l a pro hi b i c i ón d e l abo r t o en cua l qui e ra

c i r c u n s t a n c i a . D e s d e e n t o n c e s , C h i l e

e s e l ú n i c o p a í s d e S u d a m é r ic a y u n o

d e l o s c i n c o d e l c o n t i n e n t e ( c o n H a i t í,

H o n d u r a s , E l S a l va d o r y R e p ú b l ic a

D om in ica na ) q u e p ena l iz a e l a bor to ,

Durante los gobiernos de la Concer tación,

e n l a d é c a d a d e l 9 0 , e l s e n a d o r C a m i l o

E s c a l o n a p r e s e n t ó u n p r o y e c to d e l e y

para de spe na l i za r nue vame nte e l abor to

y l u e go a p a r e c ie r o n d o s m á s . E l s e g u n -

d o , i n i c ia t i va d e l o s s e n a d o r e s G i r a r d i

y O m í n a t n i , y u n t e r c e r o b a j o e l a c t u a l

G o b i e r n o , pr e s e n t a d o p o r l o s s e n a d o -

r e s Fu l vi o R oss i (PS) y E ve l yn M at the y

(UDI), dos semanas antes que ella

a s u m i e r a co m o m i n i s tr a d e l T ra b a jo .

E s t o s t r e s p r o y e c t o s f u e r o n s o m e t i d o s

a d i s c u s ió n e n l a C o m i s i ón d e S a l u d

d e l S e n a d o , q u e

terminó apro-

b ándo los d es p u és

d e e s c u c h a r la s

o p i n i o n e s d e 2 7

exper t os , c i en t í -

f ic o s , m é d i c o s y

a b og a dos .

E n

í n te -

sis, esas tres

in icia t ivas fueron

p r e s e n t a d a s p a r a

a p r o b a c i ón o r e -

chazo a la sala

del Senado y respecto del abor to d icen:

—Permite la interrupción de

un embarazo cuando se en-

cuentre en peligro la vida de

la madre y no existan otros

medios para evitar dicho

r i e s go ; c u a n d o e l f e t o p r e s e n t e

g r a v e s m a l fo r m a c i o n e s f ís i c a s ,

o c u a n d o e l e m b a r a z o s e a c o n -

s e c u e n c i a d e u n a v i o l a c i ó n .

— E n l a s t r e s s i tu a c i o n e s s e r e -

querirá el consentimiento de

la madre, la intervención de

un médico-cirujano y la opi-

nión documentada de otros

d o s m é d i c o s -c i r u ja n o s .

Los proye c tos fue ron aprobados c on l os

v otos a fav or de lo s s en a dores y m é d icos

Fulvio Ross i (PS), Mar iano Ruiz-Esquide

(D C) y Gu ido Gi ra rd i (P P D ); yen con t ra

d e l o s s e n a d o r e s F r a n c is c o C h a h u á n

(R N ) y G onza l o U r i a r te (0 1 ) .

A s í p a s a r o n a l a s a l a y fu e r o n p u e s t o s

e n t a b l a p a ra l a s e s i ó n d e l S e n a d o d e l

p a s a d o m a r t e s 1 3 d e m a r z o . S i n e m b a r -

g o , lo p r o l o n g a d o d e l a s d i s c u s io n e s d e

los temas anter iores obligó a postergar la

de l abor to t e rapéut i c o pa ra una próxi ma

ses ión.

H abía y hay in t e r és po r s abe r cóm o vo t a -

rán los senadores sobre la idea de legis lar ,

pues surgen cont rasent idos respecto de los

j u i ci o s d e v a l o r q u e l o s p a r l a m e n t a r i o s

16



REVISTA OCCIDENTE

m ane jan e n púb l i c o . E n l a l íne a g rue sa ,

l os s e nadore s of i c i a l i s ta s son c ont ra r i os

a l a i d e a d e d e s p e n a l i za r e l a b o r t o , m á s

a ú n s í e l P r e s i d e n t e d e l a R e p ú b l i c a .,

s egún s u m in i s t r o s ec r e ta r io gen e r a l d e l a

P res ide nc ia , Cr i s t ia n L a r rou le t , h a d ich o

q u e a p l icar ía e l v e to s i e l de s p a ch o de u n

p roy ecto n o co inc id ie ra con s u s p rop ós i -

tos . Los de l a C o nc e r tac i ón, e n ge ne ra l ,

s o n f a vo r a b l e s a l a d e s p e n a l i z a ci ón d e l

ma l pa r to .

Y e s a q u í d o n d e s u r g e n l a s e s p e cu l a -

c i o n e s . S e d i c e q u e l o s s e n a d o r e s d e

u n o d e l o s m á s i m p o r t a n t e s p a rt i d o s , l a

De moc rac i a C r i s t i ana , no pa r t i c i pan de

l a i de a c onc e r tac i on i s ta y —por p r i nc i -

p i o — , r e c h a z a r í a n l a d e s p e n a l i z a c ió n .

S i n e m b a r go , h a b r ía e x c e p c io n e s y u n a

d e e l l a s s e r ía l a d e l a s e n a d o r a X i m e n a

R i n c ó n . E n e l o t r o f r e n t e , l a p o s i c i ón

d e L i l y P é r e z , s e n a d o r a d e R e n o v a c ió n

Nacional, seríafavorable a la el iminación

d e l a s c o n d e n a s p o r a b o r t o t e r a p éu t i co .

I n c l u so h a d i c h o q u e a p o y a r á u n c u a r t o

p roy ecto , q u e a ú n n o l l eg a a la comis ió n

d e Sa lud d e l Sen ad o y que e s pa t r o cin ad o

p o r o t r o s s e n a d o r e s D C , q u e n o e s t i m a n

c o m o a b o rt o " la a c c i ó n d e s t i n a d a

a salvar la vida de la madre

c u a n d o e x i s ti e r a u n r i e s g o d e -

mostrado para la misma . E s e

proye c to l l e gó a l a of ic i na de pa r te s d e l

S e n a d o e n o c t u br e d e l a ñ o p a s a d o y a ú n

no p a s a a comis ione s .

Tam bién e s t a r ían a f avo r d e l a d e s pen a l i -

zac ión o t r o s s en ad o r e s R N . Sin em bar go ,

d e l r e s u l t ad o d e l a vo t ación s ó lo s e pued e

especular .

E l a b o r to t e r a p é u ti c o e s m o t i v o d e

m u c h a s d i s c u s io n e s e n t o d o s l o s a m b i e n -

t e s s o c ia l e s y l a d ec i s ión d e lo s s en ad o r e s

s e r á o b s e r v a d a c o n m u c h o i n t e r é s p o r

sus e l e c tore s , e spe c i a l me nte fe me ni nos ,

don de s e h a ce m ás fu er te l a a t enc ión .

Para e l M in i s t ro de Sa lud hay

Aborto Terapéutico en Chi le

L a d i s cu s ión d e lo s p roy ectos t a m b ién e s

mot iv o de dec la ra c iones p o r p a r t e de lo s

mi ni s t ros de E s tado. C r i s t i an La r rou l e t ,

a s e s o r d i r e c to d e l P r i m e r M a n d a t a r i o y

e n c a r ga d o d e c o o r d i n a r l a s t a r e a s c o n

l o s p a r l a m e n t a r i o s , y a a n u n c i ó e l v e to

pres idencia l.

E l m i n i s t ro d e S a l u d , J a i m e M a ñ a l ic h ,

s e m o s t r ó m o l e s to p o r q u e e l S e n a d o

no d i s cu t ió lo s p roy ectos y d i j o q u e

"se

ha manejado la tabla para

mantener esto en una dis-

cusión nzediática y no ir a

lo que se debe hacer, que es

una discusión en el seno del

P a r l a m e n t o " . Y agregó:

A noso-

t ro s n o n o s p a r e c e q u e e l a b o r t o

p u e d a s e r l e g it im a d o c o m o u n

m e c a n i sm o m á s d e l c o n t r o l de

natalidad. Quienes dicen que

C h i l e n e c e s i t a u n a l e g i s la c i ó n

d e a b o r t o t e r a p é u t i c o lo h a c e n

d e s d e l a p e r s p e c t i v a d e la i g n o -

r a n c i a , p o r q u e e n C h i l e e xi s te

aborto terapéutico y nunca

ha habido ninguna duda

respecto de la legitimidad de

a p l i c a r l o i n c l u s o c o n e l s o s t én

d e d o c u m e n t o s fo r m a l e s de l a

I g l e s ia C a t ó l ic a " . A g r e g ó q u e

el 2011 se produjeron 10 mil

denuncias por violaciones en

C h i le y p r á c t ic a m e n t e e n t o d o s

los casos se entregó la píldo-

ra del día después y en todos

e s o s c a s o s d e a c t o s c r im i n a l e s

no se terminó en embarazos,

p o r l o q u e a q u í , in s i s to , n o h a y

p r o b l e m a s " .

L a m i n i s t r a d e l T r a b a j o , q u i e n s i e n d o

s e n a d o r a p r e s e n t ó u n p ro y e c t o d e l e y

en favor de l aborto te rapéutico, declaró:

...me repugna que en una

situación en que puede estar

l a v i d a d e l a m u j e r e n p e l ig r o ,

sea el Estado mediante una

ley el que decida. Esto es un

t e m a d e l a c o n c i e n c i a d e c a d a

f a m i l i a " . Añ a dió q u e

hay fami-

lias que probablemente van

a optar por salvar la vida de

la madre, aunque eso pueda

significar finalmente termi-

n a r c o n l a v i d a d e l f e to , y h a y

o t r a s fa m i li a s q u e v a n a a c e p -

tar esto como un designio de

D i o s y v a n a s o m e t e r s e a lo q u e

Dios quiera y eso también es

l íc i t o . A m b a s o p c i o n e s s o n l í c i -

t a s , p o r q u e e s t o e s c l a r a m e n t e

decisión de la conciencia de

c a d a p a r e j a ".

Lo que si creo, es que esto

m e r e c e u n a c o n v e r sa c i ón p r o -

f u n d a , c o n o j a lá g e n t e q u e s e p a

mucho de ética, con buenos

m é d ic o s , y q u e n o s e t r a n s f o r -

m e e n u n c i r c o r o m a n o e n q u e

cada uno dice puros slogans,

que los venimos escuchando

hace 100 años y que lo único

que hacen es imposibilitar un

d i á l o g o v e r d a d e r o " , concluyó

la ministra Matthei.

1 7



V E R Ó N IC A D Í A Z :

S o n m u ch as las

m ujeres cató licas q ue

h an ab o rtad o ...

D

nde la je-

r a r q u í a

e

l a

gles ia

les dicen de

todo,

e r o

" Cat ól i cas po r e l d e recho

a d e c i d ir " s i g u e a c t u a n d o

c o n e l f in d e l o g r a r m á s

d e r e c h o s r e p r o d u c t i v o s

para las mujeres chi lenas , Verónica Díaz,

d i rec t o ra d e e s t a agrupac i ón , i n s i s t e en

q u e e l d e r e c h o a l a v i d a , e l a r g u m e n t o

q u e m u c h o s e s g ri m e n c o n t r a l a an t i co n -

cepción d e em er gen c ia o d e l abo r t o , e s un

concep to q u e s e con t ra d ice en s i mis mo

" C u a n d o h a b l a m o s d e l a v i d a n o s o t r a s

e s t a m o s p e n s a n d o e n l a s m u j e r e s ch i l e -

n a s q u e t i e n e n s i tu a c io n e s d e e m b a ra z o s

r i e s go s o s d e t o d o t i p o y q u e n o p u e d e n

de c i d i r sobre su s v i das , n i e l l a s so l a s n i

c u a n d o s o n a c o m p a ña d a s p o r s u s fa m i -

l i a s , s i n o q u e l o s q u e d e c i d e n s o n o t r o s

y no s e r e s p e ta s u l ibre a lb ed r ío . S o lo s e

p iens a en la v ida de l f e to y no en la v ida

d e e s as m uj e r e s " , d ice Díaz .

La act ivis ta se explica respecto de la dis -

c u s i ó n d e l i n i c i o d e l a vi d a s e ñ a l a n d o

q u e e l l a s r e c o n o c e n q u e é s t a co m i e n z a

cu a ndo e l o v u lo es f ecu nda do . "Nos o t ra s

p ens a m os q u e es v ida , e s dec i r , q u e todo

l o q u e e s t á e n t u c u e r po t i e n e v i d a y n o

p o d e m o s n e g a r q u e e l f e t o t i e n e v i d a ,

p e ro n o l o c o n s i d e r a m o s u n a p e r s o n a

h u m a n a . E n t o n c e s c re e m o s q u e u n a

m u j e r p o d r í a a b o r t a r s i a s í l o d e c i d e ,

p o r q u e ta m p o co q u e r e m o s q u e t o d a s

a b o r t e n , pe r o l a s q u e q u i e r a n h a c e r l o

q u e l o h a g a n e n b u e n a s c i r cu n s t a n c i a s

p a r a q u e n o e s t é n r e c u r ri e n d o a l u g a re s

c l an d e s t i n o s o e n g a ñ o s . E s u n t e m a q u e

d e b e r í am o s e s t a r a b o r d a n d o s e r i a m e n t e ,

p orq u e es a lg o q u e es tá p a s a ndo ."

Aún as í , Díaz explica que la o rganización

n o p r o m u e v e l a in t e r r u p c ió n d e l e m b a -

r a z o s i n o q u e l a c a p a ci d a d d e e l e c c ió n

y l a j u r is d i c c ió n d e l a s m u j e r e s s o b r e

s u p rop io cu erp o . "No s om os p ro a b or to

s i n o q u e e s t a m o s p o r l a l i be r t a d d e c o n -

c i e n c i a , n u e s t r o r o l n o e s j u z g a r a l a s

m u j e r e s s i n o q u e a p o y a r l a s , po r q u e l a s

q u e a d o p ta n u n a d e c i s ió n t a n i m p o r t an -

t e c o m o e s a n o l a t o m a n a l a l i g e ra ."

L a d i r ec to ra de "C a tól ica s po r e l de rech o

a de c i d i r" e s tá c onsc i e n te d e l a s d i f i c u l-

t a d e s q u e e x i s t e n e n C h i l e p a r a d i s c u ti r

es to s t ema s , p r inc ip a lmen te

p orq u e , a s u ju ic io , v ivim os

e n u n a " s o c i e d a d m u y c o n -

s e r v a d o r a y c o n u n g r a n

dob le es tánda r , q u e p ermi te

m u c h a p u b li c id a d d e a l -

c o h o l e n l o s m e d i o s p e ro

q u e n o t e p e r m i t e to m a r

u n a c o p a d e v i n o s i e s t a s

m a n e j a n d o , o q u e t i e n e p u b l ic i d a d c o n

m u j e r e s c o n p o c a r o p a e n t o d a s p a r t e s

p ero no s e p u ede h a cer edu ca ció n s ex u a l

en lo s co leg io s " .

A d e m á s , vi s l u m b r a r a z o n e s p o l í ti c a s y

cul t ura l e s para e s t as t rabas . " Es d i f í c i l

a v a n za r c u a n d o s a b e m o s q u e e l p o d e r

e s t á e n m a n o s d e p a r t id o s t a n c o n s e r -

v a d o r e s y , a d e m á s , m a y o r it a ri a m e n t e d e

h o m b r e s . Y l a s m u j e r e s q u e a l ca n z a n

es e n ive l d e po d e r t i en en l a m i s m a v i s ión

c as t igadora hac i a l a s m uje re s" .

" T o d o s a q u e l l o s p o r q u ie n e s v o t a m o s

p a ra q u e n o s r e p r e s e n te n e n e l C o n g r e so

le h a cen m ás ca s o a s u s p a r tidos q u e a lo

q u e l a c i u d a d a n í a q u i e r e , o a l a I g l e s i a

cu a ndo de b er ía n de ja r de la do s u s c reen -

c ia s r e l igios a s p o rq u e a dem ás es t e e s u n

Estad o laico. La igles ia Catól ica s igue ac-

t u a n d o c o m o u n p o d e r f á ct i co , p e ro s o n

m u c h a s l a s m u j e r e s c a tó li c a s q u e h a n

abortado", concluye.

SOCIEDAD


18



REVISTA OCCIDENTE

P E R C I V A L

C O W L E Y ,

S A C E R D O T E :

p

a ra e l s a c e rd o t e P e rc i v a l

C o w l e y s s .c c . , " las ún icas

d o s c o s a s i m p o r t a n t e s

q u e n o s o c u r r e n a lo s

s e r e s h u m a n o s s o n n a c e r y m o r i r , y

h a b i tu a l m e n t e n o t e n e m o s m u c h o

q u e v e r c o n n i n g u n a d e l a s d o s " . A

p u n t o d e c u m p l i r c i n c u e n t a a ñ o s d e

v i d a s a c e rd o t a l , q u i e n fu e ra P á r ro c o

U n i v e r s i t a r io d e s d e 1 9 7 4 p o r m á s d e 2 0

a ñ o s y C a p e ll á n d e L a M o n e d a d u r a n t e

l o s g o b i e r n o s d e R i ca r d o L ag o s y M i c he l le

B a c h e l e t, a g re ga c o n u n a s o n r i s a "E l r e s t o

de la v ida e s de ta l le , razón por la cua l hay

que cuidar todos los detal l es" .

El d e re c h o a l a v id a " t i e n e q u e v e r c o n e l

o r i g en d e l a v i d a y , d e s d e e l p un to d e v i s t a

de l a fe c r i s t i ana, e l o r igen de l a v ida es evi -

den te: es Dios mismo", subraya. "En tonces ,

e l t em a d e l r e s p e to a l a v id a e s m á s am p l i o

que e l puro respeto a l a vida hum ana y t i ene

que ver con la forma de vinculación del ser

h u m a n o c o n e l m u n d o . E s o e s i m p o r t a n te

p o r que , en e l f o n d o , e l s e r hum an o s e d e s a -

r r o l l a y cr e c e c o m o p e r s o n a e n l a m e d i d a

q u e e s m á s c a pa z d e r e l a c io n a r s e , m á s

c ap az d e v i n c u l a r s e , d e r e l ac i o n a r s e y v i n -

c u l a r s e c o n to d a l a o b r a d e l a C r eac i ón " .

Y con t inúa: "La pregun ta que v iene ah í, i ne-

v i ta b l e m e n t e , e s e n q u é m i n u t o c o m i e n z a

l a v id a hum an a . H ay m uc ha g en te que d i s -

cute es to . En general , l a doctr ina of icial de

l a I g le s i a s i gue s i en d o l a m i s m a: que d e s d e

e l m o m e n t o d e l e n c u e n tr o d e l e s p e r m a t o -

zoide con el óvulo ya hay concepción y, por

l o t a n t o , ya h a y v id a h u m a n a . U n o p o d r í a

d ec i r que a l o m e jo r hay un g e r m en d e v i d a

hum an a p o r e l p r o c es o que s e e s tá i n i c i an -

d o , p e r o e s e g e r m e n y a e s v i d a h u m a n a y

h a y q u e r e s p e ta r l o d e l m o d o c o m o s e r e s p e -

t a a l s e r h u m a n o m á s a d e l a n t e ".

S o b r e e l a b o r t o t e r a p é u t i c o s e ñ a l a q u e

" p a r a e l e fe c t o d e l c u i d a d o d e l a v i d a d e

l a m a d r e , e x i st e l o q u e s e l l a m a l a L e y

d e D o b l e E f e ct o , e n q u e e n u n m o m e n t o ,

p o r b u s c a r l a s a lu d d e l a m a d re , po r d a r l e

a l gú n t i po d e m e d i c in a q u e e s f u n d a m e n -

t a l p a r a s u v id a , e l e f ec to s ec un d ar i o e s un

ab o r to e s p o n tá n eo . Pe r o ah í n o e s e l ab o r to

l o que e s b us c ad o , lo que e s b us c ad o ah í e s

l a s a lu d d e l a m a d r e , E l o t r o e l e m e n t o q u e

es bás ico en es to , s i empre desde e l pun to de

vis ta de la fe cr i s t iana, es lo que señala San

P a b l o , q u ie n d i c e q u e t o d o s l o s d o n e s n o s

h a n s i d o d a d o s p a r a co m ú n u t i l id a d , p a ra

e l b ie n c o m ú n . Y e l c u e rp o h u m a n o e s u n

don y, por lo tanto, t i ene una func ión para

e l b ie n c o m ú n y p o r lo m i s m o u n o n u n c a

es d ueñ o d e l p r o p i o c ue r po en e l s en t i d o d e

u n a a u t o n o m í a a bs o l u t a e n q u e u n o p u e d a

d i s p o n e r d e l c ue r p o en c ua l qu ie r s en t i d o " ,

En s u o p i n i ó n , " la e u t a n a s i a p a s i va e s u n a

c o s a m u y d i s t i n t a d e l a a c t i va " . En t o n c e s ,

l a r e s p u e s t a t a m b i é n o f i ci a l d e l a

Ig le s i a e n r e l a c i ó n a e s t e t e m a c o n -

c r e to e s l o que s e l l am a l o s c u i d ad o s

pal ia t ivos , es to es , l a no neces idad d e

r e c u r r i r a m é t odos a r t i fi c i a l e s p a r a

m a n t e n e r u n a v id a q u e e s t á e n s u

etapa terminal y, por lo mismo y por

e l c u i d ad o y e l r e s p e to p o r l a p e r s o -

n a y p a r a t r a ta r t a m b i é n d e e v i ta r

d o l o r e s i n n e c es a r i o s , tr a ta r d e e v i ta r que l a

persona sufra",

"En e l fo n d o , e s e l r e s p e t o i n t ra n s a b le p o r

l a d i g n i d a d d e c a d a s e r h u m a n o . Es t o s i g -

n i fi c a n o s o m e t e r a n in g ú n s e r h u m a n o

a situaciones de indignidad tratando

d e m a n t e n e r u n a v i d a a c o m o d é l u ga r

m e d i a n te l o q u e l l a m a m o s m é to d o s a r ti fi -

c i a le s y n o d e ja r q u e l a g e n t e pu e d a m o r i r

c o n d i g n i d a d " .

Y vivi r con d ignidad, subraya, "en e l fondo

tiene que ver también con la fe l ic idad de la

persona. La fe l ic idad de l a v ida hum ana y l a

d i g n id a d d e u n s e r h u m a n o s e e n c u e n tr a n

en l a r e l ac i ó n c o n o t r o s . D es d e e l p un to d e

v i s t a de l a fe c r i s t i a na , e l p r i m e r e l e m e n-

t o r e l a c i o n a l e s l a r e l a c ió n c o n Di o s . C o n

Dios , causa de l a v ida, con e l Dios c r i s t i ano

que e s un D i o s que e s Pad r e , que s e r ev e l a

en l a p e r s o n a d e J e s uc r i s to , que n o s l l am a,

q u e n os i n v i ta a s e g u i r l o . E s t a a c l a r a c i ón

f un d am e n ta l : que n o i m p o n e y p o r l o t an to

l a I g l e s i a e s t á t a m b i é n i nv i t a da a l l a m a r ,

a i n v i t a r t a m b i é n , p e r o s i n i n t e n c i o n e s

d e i m p o n e r , D e n o v a l e r s e , p o r l a m i s m a

r a z ón , d e n i n g ú n t i po d e p o d e r h u m a n o

p a ra i m p o n e r u n a m a n e r a d e m i r a r y d e

vivir", concluye.

E l r e s p e t o

i n t r a n s a b l e p o r l a

d i g n i d a d d e c a d a

s e r h u m a n o

19



El aborto

terapeut ico

es u n

eufemismo

SOCIEDAD


BE NJAM IN PRIETO:

é d i co d e l a U n i v e r s id a d d e

Los Andes , Sub Director del

C o l e g i o T a b a n c ur a , m i e m -

bro del Comité Ejecut ivo de la Fundación

M i ra d a M á s H u m a n a , a l o s 2 9 a ño s

B e n j a m í n P r i e t o e n t i e n d e e l d e r e c h o a l a

vid a co m o " e l d e r echo que t i en e t o d a pe r -

s o n a hum an a a que s e l e r e s pe t e s u v id a" ,

y en f a t iza que " n o s o t r o s c r eem o s que pe r -

s ona es cu a lq u ie r ind iv idu o de la e s p ec ie

h u m a n a y e s o v a d e s d e e l e m b r i ón , d e l

cig o to r ec ién con ceb ido h a s ta la p er s ona

que se mue re por mue r te na tu ra l " .

" A l g u ie n q u e p i e r d e a l g u n a d e s u s f a -

c u l tade s me nta l e s por un ac c ide n te , que

q u eda en com a o q u e t iene u n Alz h é im er

a v a n z a d o y y a n o e s c a p a z d e r a z o n a r

n i d e r e c o n o c e r , s ig u e s i e n d o p e r s o n a

d e l a m i s m a m a n e r a q u e e l n i ño r e c i én

n ac id o , e l fe t o d e s e i s m es es d e e m bar azo

o e l c i g o t o q u e a p e n a s s o n d o s c é lu l a s .

Es u n ind iv idu o de la e s p ec ie h u ma na y ,

c o m o t a l , t i e n e l a n a t u r a le z a h u m a n a y

es p er s ona , p o rq u e p o tenc ia lmen te t i ene

toda s la s fa cu l ta des q u e t i ene u na p er s o -

n a . E n t o n c e s t i e n e e s a d i g n i d a d h u m a n a

y p o r l o t a n t o m e r e c e q u e s e l e r e s p e t e n

s u s de re ch os " .

¿Cómo se debería manifestar

en la vida cotidiana ese respe-

to a sus derechos?

Todos los derechos — esta es una cosa muy

i m p o r t a n te — , to d o s l o s d e r e c h o s t i e n e n

u n d e b e r q u e l e s e s a d j u n t o . N o h a y d e -

r ech os s in de b eres , y e l de rech o a la v ida

t r ae co n s igo e l d ebe r d e m an t en e r l a v id a .

En tonces , e l de rech o a la v ida en la v ida

c o t i d i a n a s e r e s p e t a c u i d a n d o l a s a l u d ,

n o e x p o n i é n d o s e a s i t u a c io n e s e n q u e

s e p u e d a p e r d e r l a v i d a e n f o r m a i n ú t i l,

r e s p e t a n d o l a v i d a d e l o s d e m á s . P a r t e

d e l d e r e c h o a l a v i d a e s e l d e r e c h o q u e

t i e n e n l a s p e rs o n a s a q u e s e l e s a d m i n i s -

t r en la s p res ta c iones de s a lu d neces a r ia s

p a ra ma n tener e s a v ida , a q u e s e l e t r a t en

s u s e n f e r m e d a d e s , a q u e s e l e s a t ie n d a

en lo s h o s p i ta les . Es o t a mb ié n es r es p e to



REVISTA OCCIDENTE

a l a v i da . A que l o s n i ños t e n gan l a a l i -

m e n t a c i ó n q u e c o r r e s p o n d a . A s í s e v a

r e s p e ta n d o l a v id a c o t i d i a n a . No m a n e -

j an d o en e s t ad o d e ebr i ed ad e s un a fo r m a

d e r e s pe t a r e l d e r echo a l a v id a .

¿Se puede hacer una dife-

rencia entre aborto y aborto

terapéutico que existió en

Chile hasta el año 1989 y

en qué situaciones se podría

practicar?

E l abor to t e rapéut i c o no e s ac e ptab le e n

n i n g u n a s i t u a c i ó n , p o r q u e a d e m á s m e

par ece que e s e e s un euf em is m o . ¿A bo r t o

terapéutico, terapéutico para quién? P ara

l a m a d r e , ya q u e c l a r a m e n t e n o p a r a e l

f e to . P a r a é l n o e s t e r a p é u ti c o . E n u n a

t e r a pi a t ú s a n a s u n a e n f e rm e d a d . E l

e m b a ra z o n o e s u n a e n fe r m e d a d . E l e m -

b a r a zo e s u n a s i t u a c ió n n a t u r a l , n o r m a l

de la e s p ec ie h u ma na ,

Y o e n t i e n d o a l o q u e l a ge n t e s e r e f i e r e

c uand o d i c e abor to t e rapé ut ic o: aque l l a

s i t u a c ió n e n q u e l a v i d a d e l a m a d r e

co r r e pe l igr o y que m ien t r as s e m an t en ga

e l e m b a r a zo v a a s e g u i r c o r r ie n d o p e l i-

gro. Y ahí , ahora com o m édico, yo le digo

q u e h o y e n l a m e d i c in a n o h a y n i n g u n a

s i tuac i ón, n i ngun a , e n que s e jus t i f i que

un abor to .

¿Y en situaciones extremas

en que el diagnóstico médico

señala que el feto es inviable,

anencefalia, por ejemplo, ni

siquiera en esas situaciones se

justifica practicar un aborto?

Tam bi én hay ah í una c on fus i ón, porque

e s o n o e s a b o r t o t e r a p éu t i co , y a q u e l a

vid a d e l a m ad r e n o co r r e n in gún pe l igr o .

Es o es a b or to eu g ené s ico . Es u n fe to q u e

uno sa be a pr ior i que es inviable, que va a

m o r i r t a r d e o t em pr an o , Va a n ace r , qu izá

s ob rev iva u n p a r de h o ra s , u n p a r de d ía s

y mu e re , A mi ju i c io e so no jus t i f i ca un

a b o r to p o r q u e t o d o s n o s v a m o s a m o r i r .

Q u e y o v iv a och en ta a ñ os o q u e y o v iv a

24 horas es i r re levante . Yo m e voy a mor i r

a lg ú n d ía . Nad ie s a b e cu ándo .

¿Q u é es lo q u e ocu r r e , y es a m i ju icio la

gran me nt i ra de l abor to , de e s te abor to?

Q u e s e l e d i ce a l a m u j e r q u e e s e e m -

b a r a zo e s m u y t ra u m á t ic o y q u e l e v a

a p r o d u c i r d a ñ o p s i c o l ó g ic o . Y l o q u e

ocu r re es a l r ev é s ; e s dec i r , l a m u je r q u e

a b o r t a n o c i e r r a e l c i c lo . L a m u j e r q u e

a b or ta es e emb r ió n o es e f e to a l a s 20 s e -

m anas no t i e ne l a pos i b il i dad de v i v i r e l

du e lo q u e s ig n if ica la m u er t e de u n h i j o .

C o m o q u e q u e d a d e t e n i d o e n e l t i e m p o y

nun c a pue de c e r ra r e se c írc u l o , M uc has

v eces y o h a g o la com p a rac ión , p o r e j em -

p l o , c o n l a m a d r e a l a q u e s e l e p i e r d e

un h i j o , que d es apar ece , que t o d o s lo d an

y a p o r m u e r t o p e r o q u e n u n c a e n c o n t r ó

e l cu e r p o , c o m o q u e q u e d a d e t e n i d o e n

e l t i e m p o . E n t e r r a r l o , l l o r a r to d o l o q u e

h a y a q u e l l o r a r , r e c o r d a r l a f e c h a t o d o s

l o s a ñ o s , e s o p e r m i t e s u p e r a r l o , p e ro

d e t e n e r l o a s í d e f o r m a a b r u p t a n o d a l a

po s ib i li d ad que e s a m ad r e v iva s u d ue lo .

¿No sería mejor dejar eso a

la libre opción de la madre,

que ella tome la decisión

libremente?

E s q u e a q u í en t r am o s n u e v a m e n t e a l

t e m a d e l o s d e r e c h o s h u m a n o s . E s e e m -

b r ión t i ene d e rech o a v iv i r . Yo no t en g o

de re c ho a m a ta r l o . Hay c osas e n l a v i da

que no son decis ión nues t ra. Y la decis ión

s o br e l a v id a d e o t r a pe r s o n a n o cae s o br e

n ing u no de nos o t ro s . Na d ie t i ene n ing ú n

de re c ho a d e c i d i r sobre l a v ida de l o t ro .

E n t o n c e s , u n a m a d r e n o t ie n e e l d e r e c h o

a dec id i r . Tiene de rech o a d e c i d i r c óm o

q u i e r e v i v ir s u d u e l o , p o r s u p u e s t o , e s

p r o b le m a d e e l l a , p e r o n o t ie n e d e r e c h o

a d ec id i r s o br e l a v id a d e s u h i j o .

¿Y en el caso de un enfermo

terminal, se podría utilizar la

Eutanasia pasiva?

L a p a l a b r a e u t a n a s i a s i g n i f ic a m u e r t e

b u e n a . Y o c r e o q u e t o d o e l m u n d o t i e n e

d e r e c h o a m o r i r d e l a m e j o r m a n e r a

p o s i b le , a m o r i r ro d e a d o d e s u s s e r e s

q u e r i d o s , a m o r i r s i n d o l o r y a m o r i r e n

f o r m a t r a n q u i la . P o r s u p u e s t o , P a r a l o s

q u e t e n e m o s u n s e n t i d o m á s t ra s ce n -

d e n t e , e s e l m o m e n t o m á s im p o r ta n t e

de la v ida . D onde n os ju g am os todo es e l

m o m e n t o d e n u e s t r a m u e r t e , q u é m e j o r

que v i v i r l o de l a me jor mane ra pos i b l e .

Y o e s t o y a b s o l u ta m e n t e d e a c u e rd o c o n

e s o , u n o t ie n e q u e p r o c u r a r l o s m e d i o s

neces a r io s p a ra q u e la s p er s ona s m u era n

de la mejo r ma nera p os ib le .

E n e l c a s o d e l o s e n f e r m o s t e r m i n a l e s ,

t a m b i én . La m e d i c i n a h a a va n z a d o

m u c h o e n t o d o l o q u e e s t e r a p i a p a li a -

t iv a , ma ne jo de l do lo r , a comp a ñ a mien to

d e l pac ien t e en f e r m o . To d o e s o m uy b ien ,

d es car t an d o d e p lan o l a E ut an as ia ac t iva ,

po r que t o d o s s o m o s en f e r m o s t e r m in a le s ,

t o d o s n o s v a m o s a m o r i r a lg ú n d í a . E s

cu es t ió n de t i emp o.

21



SOCIEDAD


ISMINI ANASTASSIOU:

Apoy am os la v ida des de

la con cepció n has ta la

m uerte n a tura l

D

rectora de ISFEM

Investigación,

F o r m a c i ó n y E s t u d i o

s o b r e l a M u j e r ) , i n t e -

g r an t e d e U n i d o s p o r l a V i d a , l a R e d p o r

l a V i d a y l a F a m i l ia , l s m i n i A n a s t a s s i o u

se ñ a l a q u e "p a r a noso t r os e l p r i m e r de r e -

c h o y e l m ás fu n d a m e n t a l y e l m ás n a t u ra l

e s e l d e r e c h o a l a v i d a . P o r l o t a n t o , e s e

d e r ec ho e s p o r e l c ua l t r a tam o s d e t r ab a ja r

velando y promoviéndolo" .

¿Cómo se debería expresar ese

derecho en la vida cotidiana?

El d e re c h o a l a v id a p a r t e p o r e l te m a d e l

r e s p e to m u t u o d e n t r o d e u n h o g a r : e l r e s pe -

to por los hi jos , e l respeto por e l ma rido, e l

r e s p e t o p o r l a s p e r s o n a s q u e t ra ba ja n c o n -

t igo. Par te por e l r e spe to y de ahí se e x t iende

a l a s o c i e d a d p o r m ú l t ip l e s v ía s . Tra ta n d o

d e ac o g e r a l a m uje r que t i en e c i e r to g r ad o

d e v u l n e ra b i l i d a d , t r a ba ja n d o e n c a s a s d e

ac o g i d a p o r l o s h i j o s que v i en en , t r aba jan -

d o e n l a p ro t e c c ió n d e l a m a d r e d e s p u é s

que ha ab o r tad o , p o r que e s un hec ho que s i

l a m uje r t o m a un a d ec i s i ó n equ i vo c ad a n o

s o l am e n te e l l a s uf r e s in o que s u f r e to d o s u

e n t o rn o , l a fa m i l ia , e l m a r i d o .

P a s a p o r p o d e r d e fe n d e r t u p u n t o d e v i s t a

p úb li c am en te en l o s m ed i o s . Pas a p o r t en e r

u n a fa m i l i a b i e n c o n fo rm a d a q u e a c o g e l a

v i da e n c u a l q u i e r c i r c u ns t a nc i a y t ú e s t á s

s i e n d o t e s t i m o n i o d e e s a m a n e ra , pa s a p o r

ahí . En defini t iva, pasa por cua lquie r área

donde se apoye l a v ida desde l a concepción

h a s t a l a m u e r t e n a t u ra l .

¿Cuál es el sentido de familia;

qué entienden por familia: la

tradicional padre madre e

hijos o existen otros tipos de

familia?

P o r s u p u e s t o q u e e x i s t e n o t r o s t i po s d e

f a m i l i a , pe r o s i u n o q u i e r e d e f i n i r l a f a -

m i l i a q u e m e jo r l e v a a h a c e r a l p a ís p a ra

d e s a r r o l l ar s e e n f o r m a m á s s a n a , v a a s e r

l a f a m i l i a t r a d i c i o n a l , n o t r a d i c i o n a l , l a

n a t u r a l , L a n a t u r a l e s l a co m p u e s t a p o r

ho m b r e , m uje r e h i j o s .

N o d e s c o n o c e m o s l a s o t r a s . T r a b a ja m o s

c o n l a m a d r e q u e y a s e s e p a r ó p o r q u e

t u vo u n a b o r t o y l a v e rd a d e s q u e n o p u d o

m á s c o n e s e m a t r i m o n i o ; t ra b a ja m o s c o n

l a j o ve n a d o l e s c e n t e q u e e n r e a l id a d n o

c o r re s p o n d e q u e s e c a s e p o r q u e n o e s t á

p r e p a r a d a p a ra e s o , t r a b a ja m o s c o n l o s

s e p a r a d o s , T r ab a j a m o s c o n t o d o s , p e r o

a p u n t a m o s a p ro m o v e r l a fa m i l i a n a t u ra l ,

que e s ho m b r e , m uje r e h i j o s .

¿Y una familia constituida por

personas del mismo sexo, una

familia homosexual?

E sa r e l a c i ó n, e l

homomonio c o m o s e

h a b la e n o t r o s p a ís e s , q u e p o r m á s q u e

s e q u i e r a h a c e r p a r e ci d a a l m a t r i m o n i o ,

n u n c a v a a s e r m a t ri m o n i o p o r q u e n o

c u m p l e c o n l a c o s a m ás fu n d a m e n t a l , q u e

e s q u e s e a n u n o h o m b r e y e l o tr o m u j e r.

C u a n d o s o n a m b o s d e l m i s m o s e x o n o

e x i s t e l a c o m p l e m e n t a r i e d a d y a l n o e x i s -

t ir l a c o m p le m e n t a r ie d a d n o e x i s t e n u n c a

e s a r e l a c i ón p ro fu n d a q u e d a o r i g e n a u n a

f e li c id a d i n n a t a d e l h o m b r e , s i n o q u e s o n

cosas furtivas.

¿Se puede hacer alguna dife-

rencia entre aborto y aborto

terapéutico?

N o , p o rq u e e n a m b o s c a s o s e l o b je t i vo e s

m atar a l que es tá por nacer , es dec i r ases inar

a un t e r c e r o que e s tá i n d ef en s o . E l té r m i n o

te rapéut ico se ref i e re a sa lvar , pero e s i nco-

h e r e n t e q u e v a m o s a s a l va r m a t a n d o . E l

m é di c o q u e r e a l i z a u n a b or t o t e r a p é u t ic o

ho y e s tá yen d o c o n t r a e l p r o p io ju r am e n to

h i p o c r á ti c o en e l que ju r a d e f en d e r l a v i d a

y nunca des trui r la, E l médico s iempre t i ene

que es tar a l s e rvic io de l a v ida,



REVISTA OCCIDENTE

L I LY P É R E Z , S E N A D O R A :

N o c o m p a r to lo s p r o ye c to s

que e s tán en e l Sena do

1 d e b a te s o b r e a b o r t o t e -

rapéutico en el Senado

s e rá p ro l o n g a d o . To d o s l o s

s e c t o r e s p o l í ti c o s q u i e r e n

e x p re s a r s u p a re c e r e n e s t e

t e m a v a l ór i c o , m á s a ú n s i

l o s a l egatos de lo s congres i s tas s eguramen te

t e n d rán e c o e n u n a e t a p a p re vi a a e l e c c i o -

n e s n a c i o n a l e s e n q u e t o d a s l a s co m u n a s

elegi rán a sus alcaldes y co ncejales .

E n e l S e n a d o s e d e b a t i r án t r e s p r o y e c to s

q u e y a fu e ro n v i s a d o s p o r l a C o m i s i ón d e

Salud de l a Corporac ión . Muchos senadores

y a h a n r e s u e l t o , t r a n s ve r s a l m e n t e , s i v o t a -

rán a favor o en con tra de esos proyectos .

S i n em b ar g o , a l a s en ad o r a d e R en o v ac i ó n

N a c i o n a l L i ly P é r e z n i n g u n o d e l o s t r e s

proyectos l e da en e l gus to . El la pref iere la

i n i c ia t i va d e l o s s e n a d o re s d e m o c ra t a cr i s -

t i an o s q u e a ú n n o l l e g a a la C o m i s i ón d e

S a l u d y q u e , fun d a m e n t a l m e n t e , s e r e f i e re

a

"la acción des t inada a sa l var la v ida

de la madre cuando ex is t i era un r i esgo

demost rado para la mi sma". S eñ a l a que

"ese proyecto es e l que a mí , a l menos ,

me hace sen t i r cercana, porque los que

es tán hoy día , lo s que van a se r di scu-

t idos . , s i b ien abordan es t e p ro b lema

q u e t i e n e n u e s tr a s o c i e d a d y q u e t e n e m o s

q u e a b o r d a n c r e o q u e n o l o r e s u e lv e n d e

l a mejor man era".

No le parec ió b ien a l a s enadora que e l tema

f u e ra p o s t e r ga d o e n e l S e n a d o y s o s t i e n e

q u e "e s u n d e b a t e q u e s e h a a l a r g a d o

m u c h í s im o y q u e e s m u y n e c e s a r io a b o r -

darlo con a l t ura de miras , con respeto ,

c o n c a r i ñ o h a c i a l a s o p i n i o n e s d i s t in t a s ,

porque son temas a l tamente de l icados y

c o m p l e jo s q u e h a y q u e e n f r e n t a r lo s d e

t o d a s m a n e r a y n o h a y q u e r e h u s a r e l

d e b a t e .

"Creo que h ay que ser m uy de l i cados .

E s t o s s o n te m a s d o n d e c a d a p a l a b r a i m -

p o r t a , d o n d e c a d a p a l a b r a a f e c ta e n u n a

l e y . E s t a m o s h a b l a n d o d e a l g o q u e a f e c t a

p r i n c ip a l m e n t e a l a s m u j e r e s , a s u s h i j o s ,

a s u s h i j a s , a n u e s t r a s o c i e d a d , a n u e s t r o s

homb res t ambién, a l a maternidad, es-

tamos ha blando de vida, de salud y, por

lo tan to , hay que ser ext remadamente

serios en el tratamiento de las leyes. En

l o s p r o y e c t o s q u e e s t á n h o y e n e l S e n a d o

no se hab la de e s t e caso en par t i cu lar

( a ne nc e f a l i a o m u e r t e c e r e b r a l de l f e t o) ,

p o r e s o q u e n o c o m p a r t o e s t o s p r o y e c ta s ,

p o r q u e s e d e j a m u y a b i e r to y s e h a b l a d e

inv iab i l idad en genera l y uno de e l lo s

h a b l a i n c l u s o d e a b o r t o e u g e n é s i c o , q u e

e s a b o r t o s e l e c t iv o , q u e y o n o l o c o m p a r t o .

Y o n o s o y p a r t i d a r ia d e l n o a b o r t o p o r r a -

z o n e s s o c i a l e s n i e c o n ó m i c a s , n i t a m p o c o

d e l a b o r t o e u g e n é s i c o , q u e e s s e l e c t i v o . E l

d ía d e m a ña n a p o d r ía n d i s c r e c io n a l -

mente a lgunos m édicos det erminar que

alguna guagua no puede nacer por una

d e t e r m i n a d a d o l e n c i a o ta r a , c o s a q u e y o

n o c o m p a r t o .

"Ese p royec to a m i ju ic io resue lve es te

p r o b l e m a o l o a b o r d a d e u n a m a n e r a

m e j o r . . . e n t é r m i n o s q u e r e s g u a r d a l a

v ida de la madre s in una búsqueda

dolosa de la in terrupc ión de l emba-

razo . .. No es un t ema de m ayor ías

o de minor ías , s ino que t ransversa l

y a q u í l o i m p o r t a n t e e s s i n c e r a r

t amb ién e f ec ti vamente lo que h oy

día t enemos. Ibdos sabemos qu e

hay m ujeres que e f ec t ivamente - y

h a s i d o d e p ú b l i c o c o n o c i m i e n -

t o - , t ie n e n p r o b l e m a s r e a l e s

e n s i t u a c io n e s c o m o l a

a n e n c e f a l i a . . E s u n t i p o

de caso a l que no s de-

b e r í a m o s a b o c a r .

Y

añade que

"cuando se ap l ica

u n

r o t o c o l o

médico para

s a l v a r l a v i d a

de una mu jer y s e pone en r i e sgo o in -

c luso se p ierde la v ida de un h i jo donde

nunca hub o una in tenc ión de abor to , lo

único que en verdad hubo fue sa l var la

v ida de una mujer" .

L a p o s i c ió n q u e y o t e n g o — e x p l ic a — e s l a

q u e e l P r e s i d e n t e P i ñ e r a d i jo e n c a m p a -

ña. A mi juicio, nosotros lo qu e tenemos

que hacer e s s incerar , transparen tar y

r e s o l v e r lo q u e e s e l r e s g u a r d o d e l a v i d a

d e u n a m a d r e , q u e n o e s u n a a c t i tu d

d o l o s a . N o h a y u n a i n te r r u p c i ó n d e l e m -

b a r a z o , d e a f e c t a r a u n t e r c e r o , a u n s e r

en ges tac ión de f orma do losa , en f orma

alevosa , en f orma d irec ta , s i no la ap l i -

cación, el resultado de algo no deseado

para sa lvar y r e sguardar la v ida de la

m a d r e y e s o e s a l g o q u e e f e c ti v a m e n t e y o

c o m p a r t o .



SOCIEDAD

Derecho a la v ida

C L A U D I A D I D E S :

El 65% de la población es tá de

a c u e r d o c o n l a s t r e s c a u s a l e s d e

aborto terapéutico

Movimiento para la

Interrupción Legal del

e m b a r a zo , M I L E S , e s tá

d e s a r r o l l a n d o u n a i n t e n s a

l ab o r p a r a o b ten e r e l ap o yo

p a r la m e n t a r io a f in d e q u e

se l egi s l e sobre e l abor to te rapéut ico .

V o c er a d e l M I L E S e s C l aud i a D i d es , qu i en

h a e x p u e s t o e n d i s t i n ta s o p o r t u n i d a d e s y

sec to res l as causales por l as cuales e l m ovi -

m ien to pers igue l a apl icac ión de esa te rapia

y que s o n : c uan d o l a s a l ud d e l a m ad r e e s tá

en r i e s g o p o r a l gun a en f e r m ed ad o p a to l o -

g ía ; c u a ndo e l f e t o t i e ne u na i n v i a b il i da d

e x t r a u t e r in a , l o q u e q u i e r e d e c i r q u e n o

puede vivi r una vez que sale de l útero y, en

t e r ce r l u g a r , c u a n d o e l e m b a r a zo e s p r o -

d u c t o d e u n a v i o l a c i ón .

T a m b i é n h a d a d o a c o n o c e r l a s r a z o n e s

p o r l a s c u a l e s

l a o rg a n i z a c ió n d i s c re p a d e l a s p o s i c i o n e s

q u e s o b re e l t e m a m a n t i e n e n a l g u n o s p a r -

l am en ta r i o s y l a s r e l i g io n es , e s p ec i a l m en te

la iglesia católica.

Acerca de l a dec larac ión de l a s enado ra UDI

E n a V o n B a e r e n e l s e n t id o q u e l a m u j e r n o

t i e n e d e re c h o a a b o r t a r po rq u e s o l o p re s t a

su c u e r p o p a r a e ng e ndr a r , C l a u d i a D i de s

s e ñ a l ó q u e "e sa c o n c e p c i ón t i e n e q u e

ver con cuál es l a idea que se t i ene del

rol de la mujer en la sociedad Es decir,

e s a i d e a d e q u e l a s m u j er e s e s ta m o s s o l o

p a r a r o r o d u c i r l a e s p e c i e y o c r e o q u e

e s a r c a i c a y b a s t a n t e p o c o m o d e r n a ,

porque yo creo qu e cuando las mujeres

tenemos la posibi l idad de elegir en qué

m o m e n t o q u e r e m o s e m b a r a za r n o s , e se

e s u n a c t o d e a u t o n o m í a . Y o c r e o q u e

e f e c ti v a m e n t e u n a n o p u e d e d e c i r q u e e l

embarazo no se da en e l v i ent re , e l que

e f e c t iv a m e n t e u n a c o m o q u e p r e s t a .

¡ S i n o e s q u e p r e s t a , p o r q u e e s

e l deseo también Y yo deseo

tener un h i jo y por lo tan to

s e h a c e p a r t e d e m í y p o r

l o t a n t o e s p a r t e d e

n u e s t r a b i o l o g ía ,

p e r o h a y m o -

mentos y

c i r c u n s t a n -

cias en la

v i da q u e u n o

d e s e a t a m b i én

no t ener lo , sobre

t o d o c u a n d o s e

es tán v i endo es tas

c a u s a l e s

e l

aborto

terapéu-

t i c o .

E n t o r n o a l a p o s i c i ó n a n t i a b o r to d e l a s

ig les ias , que han hecho l legar su parecer a

l o s s en ad o r e s o p o n i é n d o s e a que s e l eg i s l e

s o b re e l t e m a , l a v o c e ra d e M IL E S e s t im a

q u e "la ig l es ia , l as re l ig iones en gen e-

r a l , la s j e r a r q u í a s d e c a d a u n a d e e l l a s ,

pesan po l í ti camente de una manera ex-

t raord inar ia en es te pa í s . Creo que u na

cosa son los f ie les , una cosa son las p a-

r r o q u i a s o c o m o q u i e r a n l la m a r l o , p e r o

e n g e n e r a l , l a s i g le s i a s , e s p e c i f ic a m e n t e

l a ig l es ia ca tó l i ca , son ent es pol í t icos ,

en tes que t i enen y hacen pe sar su op i -

n i ó n s o b r e l o s t e m a s . A v e c e s h a y t e m a s

sobre los que op ina m ejor y o tros sobre

l o s c u a l e s o p i n a p e o r . E n e s t e c a m p o

p i e n s o q u e l a i g le s i a t i e n e u n a v i s i ó n

bas tan te re trógrada. Yo creo q ue de las

m u j e r e s to d a v í a e s p e r a n l a v i r g in i d a d o

e s p e r a n c i e r to c o m p o r t a m i e n t o e n t o r n o

a l r o l t r a d ic i o n a l d e l a s m u j e r e s y y o c r e o

q u e e n e s t e t e m a l a i g le s i a h a c e u n l o b b y

p o r q u e e s u n c u e r p o p o l í ti c o ta m b i é n .

R e sp e c t o de l a d i sc u s i ó n de l p r oy e c t o e n

e l C o n g re s o , C l a u d i a Di d e s r e s p o n d i ó q u e

` p i e n s o q u e l o s p a r l a m e n t a r i o s e s t án

poco conec tados . Creo que deben escu-

char a la c iudadan ía y no so lo en e s t e

campo. En Chi le es tán pasando muchas

c o s a s , h a y m u c h a s d e m a n d a s , m u c h a

par t ic ipac ión . Espero que tengan la ra-

c i o n a l id a d p a r a e s c u c h a r l o q u e e s ta m o s

diciendo. El

6 5 %

de la pob lación e s tá

de acuerdo con las t r e s causa les para

e l abor to terapé u t ico y p ienso que e f ec-

t ivamente los par lamentar ios que vo ten

en con t ra pueden ve r en p róximas vo-

t ac iones , i nc luso de a l caldes , una ba ja

en sus vo tac iones , porque hoy en d ía la

ciudadanía se es tá poniendo en e l eva-

do público de manera distinta".

2 4



me ttekti

P r o f e s o r L u i s A . R i v e r o s

R e c t o r d e l a U n i v e rs i d a d d e C h i l e

( 1 9 9 8 - 2 0 0 6 )

REVISTA OCCIDENTE

S

n p o l i i c a

e s t r a

té

ica

C

h i le e s u n p a ís d o m i n a d o p o r u n a g r a n d i v e rs i d a d r e -

gional de bido a su part icular configuración geográfica

y p r ima n , des de h a ce mu ch o , d i fe r enc ia s s u s ta nc ia les

e n t r e d i s t i n t a s z o n a s e n f u n c ió n d e l a r e a l i d a d s o c i o

econó m ica y p er s p ect iv a s de des a r ro l lo econ ó mico y s oc ia l de

cad a un a d e e l l a s . M á s par ticu la rm en t e , hay r egio n es que s o n d e

fu nda m en ta l im p or ta nc ia g eoes t r a tég ica y q u e , s in em b a rgo , s e

h a n m a n t e n i d o e n u n o l v i d o s i s te m á t ic o a l o l a r g o d e l o s a ñ o s .

H o y , c o n l o s m e c a n i s m o s c o m u n i c a c i o n a le s a l o s q u e t e n e m o s

a cces o , e l p rob lema lu ce p r í s t ino y des a f ía la s idea s de p a ís , de

in t eg ra c ió n y de na c iona l ida d a la s q u e h emos s i emp re a lu d ido

e n l a pe r spe c t i va R e publ i cana . Y e s que no h ay de m oc rac i a e

i gua ldad d e de re c hos y de be re s s i e x i s te n c ond i c ione s de v i da

q u e s on t a n d i s ími les y en q u e h emo s en t r eg a do s o lo a l m erca do

y a l s ec to r p r iva do la s dec i s ione s q u e t i enen q u e v er con t em a s

na ciona les e s t r a tég icos . L os m ed ios de com u n ica c ión y la c la ra

rep res en ta c ión d e la s d i s p a r ida des e x i s t en tes a lo l a rg o d e l p a ís

p o n e n e n d u d a n o s o l o e l c o n c e pt o d e d e m o c r a ci a a l q u e e s t a -

m o s a s p i ra n d o s i n o t a m b i én e l c o n c e p t o d e E s t ad o e n c u a n to a

pol í ti c a s pa ra l a s r e g i one s m á s a t ra sadas , e spe c ia l me nte aque -

l las de in terés geoes t ratégico.

Pe r o ad em á s ex i s t en ho y d ía l a s r ed es s o c ia le s co n s t i t u id as s o br e

l a b a s e d e m e d i o s d e c o m u n i c ac ió n q u e p e r m i te n o r g a n iz a r

efec t iv a men te a l a c iu da da n ía . Es o s e s u m a a la inex i s t enc ia de

c ana l e s t rad i c i ona l e s de e xpre s i ón d e l a s p rob l e má t i c as c i uda -

da na s , com o e ra n lo s p a r tidos p o l í t icos , h a c iendo de la p ro tes ta

una c ue s t i ón m á s d i f íc i l de s e r e n c ausada y tambi é n m á s pro-

p ic ia p a ra q u iene s q u ie r en t r a ns fo rm a r la en u na m a n ifes ta c ión

de índo le a nárq u ica . La cu es t ión de fondo e s , s in em b a rgo , q u e

ex i s t e un pr o blem a n o en f r en t ad o po r m ucho s año s y que ex po n e

a a lgun as r eg io n es a l pe l ig r o s o s en t im ien t o d e e x c lus ión d e l pa í s

q u e p erc ib en a t r a v és de ind ica dores y n o t ic ias . E l p rob lema r e -

q u ie r e comp romis os es t ru c tu ra les , ma s a l lá de u n s u b s id io más

o m e n o s , b a s a d o s e n u n p r o g r a m a e s t r a té gi c o d e E s t a d o c o n

m ira da a l fu tu ro y con é nfa s i s en u na r ed i s t r ibu ción de r ecu r s os

y apoyo a proyectos es tra tégicos. Difici l ta rea . Pr imero, porque

los polí t icos no es tán pensando en es ta perspect iva s ino más bien

en la de aprovechar o controlar los efectos vis ib les del confl icto

p or r a z ones e lec to ra les . S eg u ndo , p o rq u e no h a y efec tiv a men te

part idos polí ticos que cons t i tuyan proponentes y avales de las so -

luciones en la perspect iva de los próximos años . Tercero, porque

nue s t ro pa í s no t i e ne p l an e s t ra tég i co a l guno: nos c ond uc i mo s

e n l a s e f ím e ras aguas de l c or top l aci smo e n tod as l a s ma te r i a s .

C uar to , por s i fue ra poc o, he mo s de sde hac e años p re sc i nd i do

del Es tado como un agente que canal ice y ejecute polí t icas es t ra-

tégicas y de la rgo plazo, dejando a l mercado y a l sector pr ivado

co m o m o t o r e s ún ico s y ex c lus ivo s .

C ua l qu i e r hab i tan te de A ysé n se da c ue nta de l c ont ra s te e n t re

n u e s t r a r e a l id a d y a q u e l l a q u e i m p e r a e n n u e s t r a h e r m a n a

r ep ú b l ica Arg en t ina . Al l í p rev a lecen c iu d a des con b u ena s in s -

t a la c ione s y s e rv ic io s p ú b l icos

y

s o c i a le s d e p r i m e r n i v e l . E n

nu es t ro la do , s o la m en te v i l lo r r io s , con m a los ca mino s y e lev a -

d o s co s t o s d e v id a , ad em á s d e e s cuá l id as a l t e r n a tivas d e em pleo

e ing res os . ¿Có mo no p ro tes ta r fr en te a e s t e con t ra s t e s i a dem ás

l o s m e d i o s r e v e la n q u e S a n t i a go e s u n a d e l a s m á s m o d e r n a s

c iud ad es d e l co n t in en t e d o n d e s e d ice e s t a r á e l ed i f icio m á s a l t o

de s u da m é r ica ? ¿Có mo en ten der lo s i nu es t ro s ex t r emo s Nor te y

S u r s i en ten q u e e s tán de v erda d en o t ro p a ís : des a tend ido , a t r a -

s ad o y co n po cas r ea l e s pe r s pec tivas d e m e j o r a r ?

S e ocu l ta en todo es to u na r a z ó n q u e ex p l ica p o rq u é Ch i le e s tá

e n t r e l o s q u i n c e pa í s e s m á s d e s i g u a l e s d e l m u n d o , u n i m p e -

d i m e n t o r e a l p a r a p e r s e g u ir n u e s t r o d e s a r r o l l o . H a y q u e d a r

r es p u es ta a l a s inq u ie tu des q u e s u rg en de es t e con t ra s t e , d i s ipa r

l a s s o m b r a s q u e l a n z a s o b r e n u e s t r a r e a l i d a d d e f u t u r o . P e r o

e n e s o n o h a y p o l ít i co s n i p a r ti d o s , n i s i q u i e r a p r e c a n d i d a t o s

p r e s i d e n c i a le s q u e l l e v e n u n m e n s a j e e s p e r a n z a d o r . A u n q u e

l a p r o t e s ta e s m u c h a s v e ce s c o n d u c i d a a t r a vé s d e u n n o t a b l e

m a x i m a l i sm o , c u an d o n o c o n a g e n d a s " e s co n d i d a s " y o b j e -

t iv o s e l e c to r a l e s , h a y u n a r e a l id a d d e h e c h o q u e n o s e p u e d e

e v it a r y q u e n e c e s i ta m i r a d a d e p a í s e n u n s e n t i d o p r o f u n d o y

c o m p r o m e t i d o .

25



POLITICA

L A P O L ÍT IC A E N C H I LE I I

A N A L E S D E L IN S T IT U T O

D E C H IL E

V o l . X X X , 2 0 1 1

Fernando Lolas Stepke

A c a d e m i a C h i l e n a d e l a L e n g u a

D i r ec to4 Ana l es de l I ns t i tu to de C h i l e

A

n a l e s d e l I n s t it u t o

d e C h i l e

se publ i ca

e n d o s s e r ie s c o m -

p l e m e n t a r ia s . L o s

E s t u d i o s

r eco gen

t raba jos p rop i ame n-

te ac adé mi c os . Las M e m o r i a s

r eg is t r a n

l a v id a in s t i tuc io n a l d e l a s s e i s acad em ias

q u e com p onen e l in s t i tu to .

E s t e e s e l s e g u n d o v o l u m e n d e l a s e r i e

Es t u d i o s

d e d i c a d a a l a p o l ít i ca . C o m o

e l p r imero , pu b l ica do en 201 0, s e cen t ra

e n l a po l í ti c a c h i le na , c on re fe re nc i a s a l

c o n t e x to i n t e r n a c io n a l y r e f le x i o n e s d e

o r d e n a m p l io . S e tr a t a d e u n e n f o q u e

i n te rd i sc i p li na r i o qu e busc a i n te gra r , e n

t o r n o a u n te m a c o m ú n — e n e s t e ca s o

l a po l í t i ca en Chi l e—, l a re f l ex i ón que

des d e s u p rop io ca mp o d i s c ip l ina r r ea l i -

z a ca da u na de la s a ca demia s . Es fu erz os

s i m i l a re s v i e n e n h a c i én d o s e d e s d e 2 0 0 4

en r e la c ió n con la edu ca ció n s u p er io r en

Chi l e ( 2004-2006) y co n l a po breza en

Chile (2007-2009).

L a p r im e r a p a r te — I n s t i tu c i o n e s y

P o l í t ica — con t ien e a p or t es de Jos é L u is

Ce a, so bre l a po l í t i ca y l a s co n s t i t uc io -

n e s c h i l e n a s ; E n r i q u e S i l v a C i m m a , l a

C o n t r a l o r í a G e n e r a l d e l a R e p ú b l i c a ;

Rica rdo Cru z - Cok e, e l ré g imen e lec to ra l

chileno; Rodr igo Andreucci, la inf luencia

p o l í ti c a e n l a j u d i c a t u r a a t r a v é s d e l a

Corte Suprema; Alejandro San Francisco,

los m il i tares y la polít ica en Chile re publi-

ca no , y M a r ino P iz a r ra , s ob re m a s one r ía

y polí t ica. Es tos tex tos an al izan e l papel y

la im po r t an c ia d e d ive r s as i n s t i t uc io n es o

e l r e s u l t ad o d e pr o ces o s s o c ia l e s co m o la

fo rmu la c ió n de t ex tos co ns t i tu c iona les y

las e lecciones populares .

L a s eg u nda p a r t e con t iene t ex tos q u e r e -

l a c io n a n e l p e n s a m i e n t o y l a a c t iv i d a d

pol í ti c a c on te m as e spe c í f ic os . R od r i go

Karm y v inc u l a b i opol í ti c a con u n ve rso

d e l h i m n o n a c io n a l c h i le n o ; J o a q u í n

F e r m a n d o i s r e f le j a l a r e c i e n t e p o l ít i ca

in t e rna de n u es t ro p a ís en s u s r e la c ione s

i n t e r n a c io n a l e s ; E r n e s t o O t t o n e y L u i s

Yá ñez an a l i zan e l e s t ad o d e l a s i n s t i t u-

c i o n e s d e m o c r á ti c as e n u n a é po c a d e

global ización; Sofía Correa s e ref iere a la

em er gen c ia d e n uevas e l i t e s en l a po l ít i ca

c h i l e n a ; J o s é R o m á n e n t r e g a u n a d e t a -

l l a da s ín t es i s de la s ex p res iones p o l ít ica s

d e l c in e ch i l en o ; M ar t a Lago s , a l a luz d e

l a s e n c u e s t a s , e x a m i n a l a p r e s e n c i a d e

l o s a d u l t o s m a y o r e s e n l a v i d a p o l ít ic a

nac i ona l , y R e gi na C l a ro re sa l ta f i gura s

y obras p l á s t i ca s nac i on a l e s a t ravé s de l

prisma polít ico.

A l g u n a s c o n t r i bu c i o n e s a n a l i z a n t e m a s

q u e n o s u e l e n e n c o n t r a r s e e n l a p r o d u c -

c i ón e spec i a l i zad a . Ot ras reco n s t ruyen

aspe c tos c u l tu ra l e s de sd e á ngu l os nove -

dos o s . T oda s cons t i tu y en a p or t es p a ra la

com p rens ión de l f enó men o p o l í t ico .

Lo s au t o r e s han r e s po n d id o a i n v i t acio n es

de l com i té ed i to r ia l . S on a ca dé micos d e l

Ins t i tu to de C h i l e y pe rson as c uya l abor

s e d e s t a c a e n u n á r e a d e t r a ba j o . C o m o

e s e s p e r a bl e , n o e s t á n t o d o s l o s q u e s o n

n i s o n t o d o s l o s q u e e s t á n . E l p r o d u c t o ,

s in emb a rg o , s e rá merecedor de a ná l i s i s ,

com en ta r io y deb a te .

S i n d u d a , e l c a r á c t e r d e e s t a p u b l i c a -

c i ón n o e s c o m p a r a b le a l d e

o t r a s . L a s a c a d e m i a s

2 6



REVISTA OCCIDENTE

son sitios que privilegian la cultu-

r a e n s u m á s e l e v a d a e x p re s i ó n y s u s

m i e m b r o s n o b u s c a n p r e s ti gi o n i r e -

com p ens a s p ecu n ia r ia s . D eb e r eco rda r s e

que l a s ac ade m i as de l Ins t i tu to de C h i l e

n o s o n i n s t i tu c i o n e s q u e , co m o l a s u n i -

v er s i ta r ia s y p rofes iona les , b r inden a s u s

m i e m b r o s d i n e r o o a s c e n s o e n j e r ar q u ía s

l abo r a l e s . Lo s acad ém ico s s o n t o d o s " ho -

n o r a r i o s " e n e l s e n t i d o q u e s u a c t iv id a d

p r o d u c e s o l o b i e n e s i n t a n g i b l e s , c o m o

sat is facción personal y honor . De al l í que

l a r ev i s ta Ana les , en s u s e r i e

Es t u d i o s ,

n o

s e p r o d u z c a s e g ú n l o s c á n o n e s d e l " c a -

r r e r i s m o a c a d é m i c o " , d e l " p u b l i s h o r

p er i sh " , s i n o a t e n d i e n d o a l a s p e r so n a s .

De he cho, por práctica ya es tablecida, los

a u to res s on inv i ta dos s ig u iendo u n o rde n

d e p r e c e d e n c i a . P r i m e r o , a c a d é m i c o s ,

l ue go de s tac ados p rofe sore s un i ve rs i ta -

r io s y , fina lmen te , ex per to s conocidos e n

e l ambi e n te n ac i ona l .

Nos h a a con tec ido encon t ra r a u to res no -

ve le s que , im buid o s aún d e l " ca r r e r i s m o "

a n t e s m e n c i o n a d o , h a n d e c l i n a d o e s c r i -

bi r para nuestra publ icación, Ignorando,

pien s o , que l a f in a l id ad d e e s t a r ev i s t a n o

e s l a m i s m a q u e l a d e u n a p u b l i ca c i ón

c or r i e n te , N o se "hac e c a r re ra" c on e l l a

p ero s í s e a b re u n es p a cio de d iá log o con

p er s ona s de p rob a da ex p er ienc ia . E l lo n o

q u i e r e d e c i r q u e n o s e p u e d a m o d i f ic a r ;

en e l s en t id o d e m e j o r a r , e l p r o ces o ed i t o -

r ia l . P u es t en g o p a ra mí q u e u n a r ev is ta ,

o un a pub l i cac i ón pe r i ód i c a , no e s s o l a -

m en t e un t ex t o im pr es o s in o an t e to d o un

proceso socia l. Proceso socia l que, recta-

men te conceb ido , c r ea in s t i tu c iones y es

crea do p or e l la s , en u n p erma ne n te ju eg o

d e i n t e r e s e s . E l r e g i s t r o e s c r i to h a s i d o

s i e m p r e u n f u n d a m e n t o d e l a s p r á ct i ca s

s oc ia les , y a s ea com o t ex to q u e cod if ica ,

c o m o t e x to q u e e m o c i o n a , c o m o t e x to

que m o vi l iza y co m o t ex t o que o r d en a .

Es buen o r eco r d ar a M ax Weber y s us r e -

f le x i o n e s s o b re e l E s t a d o m o d e r n o c o m o

e m p r e s a b u r o c rá t ic a , E n e s e c o n t e x to

c obra s e n t i do l a c l ás i c a d i s t i nc i ón e n t re

pe rsonas qu e v i ve n "pa ra"

l a po l í t i ca y a q u e l l a s q u e

viven "de" la polí t ica. Los segundo s , ¡qué

du da ca b e , s on lo s p o l í t icos p rofes iona -

l e s . Son profe s i on a l e s , de c i m os , porque

d e r ivan d e l quehace r po l ít i co s u m e d io d e

vida, La clás ica expres ión weber ian a es la

pol í ti c a com o

B e r u f

Pa l abra c ompl e ja

que incluye la partícula

R u f ,

que i nd i c a

l l a ma d o , v oca ció n . Una p rofes ió n es , en

rea l ida d , u n of icio des em p eñ ado con v o-

cación. Y vocación de servicio, en general.

En t re lo s q u e v iven "p a ra " la po l í t ica lo s

hay muy diversos. Weber parece refer ir se a

aquel los cabal leros (y señoras , por cier to)

c u yo s m e d i o s d e f o r tu n a l e s p e r m i t e n l a

af ición del a m ateur . Hacen polí t ica, viven

incluso para hacer la, pero no dependen de

e l la p a ra viv i r. Creo q u e t a mb ié n en es ta

c l a se de qu i e ne s v i ve n "pa ra" l a po l í ti c a

d e b i é r a m o s i n c l u i r a l o s a c a d é m i c o s y

an a l i s ta s , que aun que s e gan an l a v id a ha-

c ien d o e s o , pen s a r y an a l iza r , n o lo hacen

de la mis m a fo rm a q u e e l po l í t ico p rofe-

s iona l , cu y o p a pe l s oc ia l q u eda d ef in ido

por su s e rv i c i o púb l i c o , i nde pe ndi e n te -

m en t e d e s u pr epar ac ión acad ém ica o s us

af iciones inte lectuales,

Te ngo pa ra m í que e s ta d i s t inc i ón e n t re

l o s p r o f e s io n a le s " d e" y lo s pr o f e s io n a le s

" p a r a " l a p o l ít i ca s e p e r p e t ú a e n l a a d -

m i n i s tr a c ió n d e l E s t a d o c u a n d o s e h a b l a

M a x W e b e r

d e gab in e t e s m in i s t e r ia l e s m á s po l í ti co s o

m á s t écn ico s . Se s upo n e que lo s pr im er o s

t i e ne n m á s e xpe r i e nc i a y, por e nd e , má s

ex p ed ic ió n p a ra t r a ta r lo s imp on dera b les

e intangibles del t rabajo socia l polít ico y

s u p ra x is . L os s eg u ndos s a b en m u ch o de

lo s u y o p rop io — p u es p u eden s e r econo -

mis ta s ,

j u r i s t a s

o m é d i co s — y e n t r a n a l

d iá log o p o l í t ico con a rma s d i s t in ta s p a ra

l a n e g o c i a c i ón , e l c o n v e n c i m i e n t o o e l

ejerc icio d e l poder .

E n

n u e s t ro v o lu m e n n o t e n e m o s c o m o

a u t o r e s a p o l í t ic o s p r o f e s i o n a l e s e n e l

sent ido de que hoy, a l publicar sus t raba-

j o s , e s t én en e l n ego c io d e lo co n t in gen t e

y c o y u n t u r a l . T a m p o c o a d m i n i s t r a n e l

po d e r en e l s en t id o d e lo s f un cio n ar io s d e l

Es ta do , a menu do p er s ona s q u e l e s i rv en

c o n l a i m p a r c ia l i d a d d e l b u e n j u i c io y

e l r e c t o e je r c i c i o d e s u s c o m p e t e n c i a s

es p ecifica s . Alg u nos de nu es t ro s a u to res

h a n d e s e m p e ñ a d o a l ta s f u n c io n e s e n l a

b u rocra c ia y t i enen a h o n ra h a b er h ech o

l a c o n t r i bu c i ó n m á s i m p o r t a n t e q u e e l

f u n c i o n a r i o p u e d e h a c e r : a q u e l l a q u e ,

de tan pe rfe c ta , s e c on funde c on l a v ida

m i s m a d e l a n a c i ón y — c o m o e l c u e rp o

s an o — n o em i t e r u id o s , n o s e d e j a ve r , e s

s u t i l y p ondera da .

Q u i e n e s

d e s e e n c o n o c e r o t r o s v o l ú m e n e s

d e l a s e r i e E s t u d i o s , c o m o a s i m i s m o l a s

M e m o r i a s d e l I n s ti t ut o d e C h i l e , p u e d e n

vi s i ta r e l s i ti o w w w . ins t i tu tod e c h i l e , c1

2 7



D

M a g i s te r e n C i e n c i

D o c t o r e n C u l tu r a y E d u c a c i ó n e n A m é r ic a L a t in a U n i v e r s i d a d A R C I S

Profesor de Administración de Empalas de la UTFSM

Héc

Inge n i e ro Ae ron"

os movimientos estu-

iantiles del segundo

semestre de 2011,

acompañados por pro-

estas generalizadas

de diversas organiza-

ciones y de la población civil,

han tenido en Chile su funda-

mento primario en la calidad

de la educación y la solicitud

de gratuidad en todos sus ni-

veles, aunque se han agregado

diferentes y variados proble-

mas de la contingencia político

-económica. Simultáneamente,

aunque por motivos diversos,

han ocurrido manifestaciones

en EE.UU., Europa, África y

Rusia y todos ellos obedecen

—según el autor— al rechazo de

los Metarrelatos generados en

el Modernismo y a la necesi-

dad de la juventud posmoderna

de encontrar una nueva forma

de convivencia que establez-

ca motivaciones atractivas

para la población, donde sea

considerada su participación

activa en la definición de sus

proyectos de vida individual

y colectiva, lo cual se logra-

ría reestructurando la cultura

universal existente mediante

la formación de nuevos grupos

sociales según el paradigma

de cultura basado en los prin-

cipios filantrópicos de la nueva

epistemología del multiverso y

la aceptación del otro como le-

gítimo otro.

Introducción

Muchas opiniones se emitie-

ron en los últimos meses de

2011 sobre los paros, mar-

chas, tomas y desmanes

producidos durante las mani-

festaciones que comenzaron

siendo de los estudiantes re-

clamando por las promesas

no cumplidas con motivo de

sus protestas del 2006, a las

cuales se sumaron primero el

Colegio de Profesores, algu-

nos Rectores de Universidades

estatales y al final la CUT, apo-

derados, vecinos, unos pocos

políticos de oposición y una

buena cantidad de bien orga-

nizados enmascarados que

se auto declaran contrarios

al modelo , los cuales, junto

con el lumpen, reiteradamente

sobrepasaron a las fuerzas poli-

ciales y causaron desordenes,

saqueos y desmanes que han

debido pagar los part iculares

victimizados y los alcaldes de

las comunas afectadas, que no

han sido pocas, ya que estos

movimientos se han extendido

por buena parte del país.

Ahora bien, estimo que lo que

pasó en Chile y está pasando

en el mundo no es un hecho

casual sino que obedece a

un cambio de era. Para darle

un nombre de fantasía hasta

podríamos llamarla la Edad

Posmoderna y es sobre esta

hipótesis que pretendo expli-

car lo que está pasando en la

humanidad y esbozar algunas

conjeturas de cómo habrá de

proyectarse nuestro futuro

más allá del 2012 que, eso-

téricamente, pareciera ser un

hito importante en el cambio

de la historia.

2 8



REVISTA OCCIDENTE

Pero describir el conflicto no

es mi motivación, sí lo es ex-

plicarlo y, sobre todo, esbozar

un camno de solución. Mis

arrestos ensayistas se vieron

estimulados por la interven-

ción del Ing. Matemático

Prof. Álvaro Fischer Abeliuk,

conocido panelista, que en la

última semana de noviembre

y siguientes se ha trenzado

con la Dra. Vivienne Bachelet

Norelli y con Fernando Atria en

una bizantina discusión sobre

la gratuidad de la educación,

lo cual significaría, según

Fischer, que

el permitir que la

educación superior sea gratui-

ta, implica trisar el necesario

vínculo que debe existir entre

retribución obtenida y esfuer-

zo entregado, que la literatura

científica contemporánea esta-

blece como uno de los pilares

de la arquitectura neuronal de

nuestra especie y fundamento

de la creación de valor y rique-

za en las sociedades . Estas

osadas afirmaciones, que no

pudo o no quiso defender,

tienen fundamento en el fenó-

meno biológico que explica el

proceso de conocer, generar

una cultura y, en último tér-

mno, explicar la actitud de

la juventud posmoderna que

caracteriza a nuestros des-

ilusionados estudiantes y a

quienes, por todas las razones

que podrían estar frustrados

de su estar en el mundo, han

decidido protestar, con el es-

tímulo y beneplácito de los

protestadores profesionales,

que se han convertido en tales

desde que se quedaron sin

ideologías luego de haberlas

perdido por no haber podido

imponerlas con éxito durante

el Modernismo.

Pena que Álvaro Fischer no se

hace cargo de sus afirmacio-

nes y le dice francamente a

quien quiera polemizar con los

científicos posmodernos que

las emociones, el conocimien-

to y lo que llaman la mente

son, según la ciencia contem-

poránea, propiedades físicas

de la bioquímica neuronal y su

arquitec tura, como lo insinúa

en su citada publicación.

En mi caso no dejaré de ma-

nifestar que, a pesar de estar

muy de acuerdo con el dere-

cho a protestar, no estoy de

acuerdo con la forma en que

la ignorancia, supremo pecado

de nuestra sociedad, moviliza

a las masas y salen agredien-

do y haciendo afirmaciones

gratuitas y opinando sin fun-

damentos sobre educación,

matriz energética, presupuesto

de la Nación, nacionalización

de la inversión extranjera,

matrimonio homosexual y exi-

giendo el cambio de modelo

económico de libre mercado,

mal llamado neoliberal, y de-

clarándose

Indignados y, en

cierto modo, comparándose

con los europeos, con lo que

demuestran que no t ienen la

menor idea de que el motivo de

la crisis europea es fundamen-

talmente contra el desempleo

y las restricciones presupues-

tarias necesarias para pagar

las deudas contraídas con las

farras que se dio el populismo

irresponsabe accediendo a

los pedidos de los que exigen

derechos, entre ellos gratui-

dad en la educación superior,

olvidándose de que tales de-

rechos generan obligac iones

como pagar sus costos.

En tanto, ms alumnos de la

Universidad Santa María, de

los cuales durante el 2011

me nutrí fecundamente con su

posmodernidad y sus paros

solidarios, me obigan a re-

cordar que la Posmodernidad,

según yotard, errida,

Baudrillard y otros, se genera

• /

desconfianza y hastío de los jó-

venes de pos Segunda Guerra

Mundial y siguientes por haber

sustentado por generaciones

Metarrelatos promtentes de

paz, progreso y felicidad para

sus seguidores y quienes,

forzada o espontáneamente,

los creyeron y practicaron sin

haber conseguido finalmente

29



30

E NSA YO

ninguno de los resultados

prometidos.

Los Metarrelatos

Aunque resulte bastante

obvio, por si a alguien se le

ha olvidado, los Metarrelatos

repudiados han sido en lo

socio-político: el Liberalismo,

el Socialismo, el Comunismo,

el Fascismo, el Nazismo, la

Social Democracia, el Social

Cristianismo y sus ideologías,

prácticas y doctrinas. También

otros episodios, entre ellos el

Populismo, que alguna vez fue

considerado propio de los la-

tinoamericanos y que hoy los

europeos practican impertérri-

tos al haber implantando los

Estados de Bienestar como

forma de asistencialismo, sin

fundamentos económicos, lo

cual los tiene prácticamente

sumidos en el default.

Para no dejarlos fuera de la de-

bacle, apenas mencionaremos

como corrientes posmodernis-

tas a los súbditos de estados

petroleros que se han rebelado

en la denominada Primavera

Árabe , cuyos reyes o lí-

deres

olítico eligiosos,

alienados del pueblo autócto-

no que conservan sumergido

en su ancestral cultura, han

devenido en dictadores que

gobiernan con el chicote en

una mano y el Corán en la

otra, manteniendo prudente-

mente a sus veladas mujeres

segregadas tres pasos atrás

en el camino de la vida e invir-

tiendo para su uso personal las

ganancias de todos en los cen-

tros financieros de occidente.

Por cierto, debemos considerar

el movimiento de los okupas

en EE.UU., que protestan por

los inmuebles vacios que po-

drían albergar a miles de sin

casa que vagan por las calles

de norteamérica, aunque de

verdad están más preocupados

por el desempleo que hoy as-

ciende al 8,6% oficial y sobre

10% real y a la deuda que el

Estado tiene con sus acree-

dores, la que prácticamente

duplica el PIB de la Nación y

algún día tendrán que pagar.

Por su parte, los votantes de

la Federación Rusa parecie-

ran no estar de acuerdo con la

pureza de sus elecciones para

Presidente y Primer Ministro,

ya que los mismos candidatos

se alternan rotativamente

en los cargos, creyendo con-

vencer que en democracia la

rotación en el poder consiste

en la alternancia y no en la

renovación.

El relato que fundamenta la

desazón de los desconfiados y

rebeldes posmodernistas, por

cierto, afecta a todos los sus-

tentadores de las ideologías

socio-políticas odernistas

mencionadas y cuya reac-

ción no ha sido otra que de

repudio y activa campaña de

desprestigio para la cosmovi-

sión Posmoderna. Imagine e l

lector como le habrá afecta-

do a los criticados ideólogos

del Modernismo una de las

primeras consignas del movi-

miento incubado en 1968 en

La Sorbona: vamos a ahorcar

al último capitalista con las

tripas del último burócrata .

Por cierto, ni los capitalistas ni

los marxistas, ni los políticos

ni los sociólogos de la escue-

la tradicional podrán admtir

las duras críticas y objeciones

de esta juventud decepcio-

nada que ya no acepta sus

consignas.



REVISTA OCCIDENTE

Esto tiene el agravan-

te de que las causas del

Posmodernismo han sido

profusamente divulgadas

por la imparable red de co-

municaciones hoy llamadas

Nuevas Tecnologías de la

Información y la Comunicación

NTIC, que ha mantenido in-

formados a todos quienes

estamos expuestos a los ava-

tares de la Globalización sobre

prácticamente todo lo que está

sucediendo a cada instante en

el planeta.

Pero nuestras creencias no

solo hay que revisarlas en el

ámbito de los Metarrelatos

socio—político-económcos;

también vale la pena revisar

la filosofía y la ciencia que

tuvieron su auge durante el

Modernismo a partir de la in-

tervención de René Descartes,

emblemático impulsor del

Racionalismo.

Marcelo Arnold Cathalifaud,

PhD., Director de la Facultad

de Ciencias Sociales de la

Universidad de Chile, reconoce

en su Ensayo Introducción a

las Epistemologías Sistémico/

Constructivistas

1 que en el

decenio que acompaña el fin del

siglo (pasado), no solo presen-

ciamos el derrumbe de algunos

estados-nacionales, sistemas

políticos y económicos; tam-

bién las bases epistemológicas

que sustentaron durante largo

tiempo nuestros modos de

hacer investigación social han

tenido importantes e inespe-

rados vuelcos. Nos referimos

C i n t a d e M o e b i o , D i c ie m b r e 1 9 9 7 , N " 2 , F a cu l t a d

d e C i e n c i a s S o c i a l e s d e l a U n i v e r s i d a d d e C h i l e

—añade—

a la tradición

analítica y racionalista inicia-

da por Descartes (1595-1650),

mecanicista de Newton (1642-

1727), empirista de Hume

(1711-1776), retomada en las

Ciencias Sociales por Compte

(1798-1857) y hasta nuestros

días, por los neo positivistas y

dialéctico-marxistas .

No obstante, nuestro citado

antropólogo social, discípulo

destacado de Niklas Luhmann

en la Universidad de Bielefeld

(Alemania), quien fuera tutor

de su Tesis de Doctorado, se

muestra reticente a aceptar a

ojos cerrados la epistemología

posmoderna y, en particular, el

Constructivismo Radical, en el

cual se le reconoce experto.

¿Cuáles serían las razones

de su reticencia? Veamos si

en este ensayo podemos des-

cubrirlas y, eventualmente,

neutralizarlas.

Lo primero que se nos viene

a la mente es que, por múlti-

ples caminos, durante el siglo

XX se ha ido estabeciendo

científicamente que no es po-

sible acceder a la verdad , ya

que todo indica que el cono-

cimiento es manifiestamente

individual, subetivo, dicen

equivocadamente algunos, en

la creencia persistente de que

la objetividad es posi-

ble. Si no lo fuera, es

decir, si no es posible

ser objetivo, tampoco

lo es ser subetivo,

ya que esta condi-

ción es referida a la

primera que consi-

deramos inexistente.

Esta idea se puede aclarar al

determnar que los sistemas

vivientes no tienen acceso al

objeto, en consecuencia no es

posibe confrontar los cons-

tructos que se desarrollan y

almacenan en el sistema ner-

vioso, que opera en clausura

operacional con el objeto real;

es decir, sin tener la facultad

de observar lo que sucede

más allá del borde o membra-

na que separa los sistemas

vivientes del medio que los

rodea. La clausura operacional

o mejor denominada clausura

autopoiética, es producto del

fenómeno de la autopoiesis,

que consiste en la capacidad

de los sistemas vivos de auto

producirse a si mismos según

una legalidad propia que de-

termina que su metabolismo

es circular y solo se produ-

ce con el medio, a través del

borde, intercambio de energía

mediante iones de Ca y Na y

materia en forma de detritos

del proceso metabólico.

Esta teoría sustentada por los

biólogos chilenos Humberto

Maturana y Francisco Varela

ha dado fundamento científico

a la Biología del Conocer que, a

su vez, explica otras posturas

anteriores en el tiempo, soste-

nidas por el Constructivismo

Radical desarrollado por Ernst

31



E NSA YO

Von Glasersfeld a partir de los

enunciados de otro austriaco,

Heinz von Foerster, que plan-

teaba que el sistema nervioso

no podía distinguir en lo abso-

luto entre la percepción y la

ilusión ya que ambos eran sim-

ples patrones de excitación

nerviosa.

La cosmovisión posmoderna

de la ciencia ha tenido por

base la contribución de otros

sabios que han desarrollado

importantes enfoques entre

los que destacan las Ciencias

Complejas, cuyos inicios se

sitúan en la formulación de

la Relatividad, la Teoría de la

Incertidumbre, la Teoría del

Caos, la Física Quántica, la

Cibernética de Segundo Orden

y el Constructivismo Radical;

ello fundamenta el enfoque

de Thomas Kuhn, que justifi-

ca el cambio de paradigmas

en la ciencia como reacción

a la crisis del modelo empiris-

ta predominante, culminando

con la cosmovisión donde la

Biología del Conocer adquiere

una importancia capital. Lo

que predijo en su lecho de

muerte Gregory Bateson al

responder que sería la Escuela

de Santiago la que mejor in-

terpretaba el futuro de su

pensamiento, esperamos que

se cumpla.

La ciencia no puede ser o tra

cosa que la forma de expli-

car los fenómenos que nos

acontecen en la praxis del

vivir, es decir, en el día a

día de nuestra condición de

sistemas vivientes y, en con-

secuencia, deberá considerar

que ta les explicaciones estén

en condiciones de satisfacer

la curiosidad del observador

cuyas habilidades cognitivas

surgen como fenómenos bioló-

gicos con las características

constitutivas de los sistemas

vivientes. Entre éstas, que al

hacer una distinción el obser-

vador aporta a la construcción

del obeto una experiencia

previa que no es muy diferen-

te de las características del

objeto observado, motivo por

el cual no está en condicio-

nes de discrimnar si lo que

observa corresponde a la per-

cepción del obeto mediante

los sentidos, o al esquema de

distinción que aporta desde su

experiencia, y que para dife-

renciarlo de lo percibido se ha

denominado ilusión .

Teniendo en cuenta el enfoque

descrito es una explicación

científica aquella que, formula-

da por científicos reconocidos

a quienes se denomina obser-

vadores estándar o meta

observadores , satisface p le-

namente a quien solicita la

explicación y, en consecuen-

cia, éste deja de requerirla.

Es entonces evidente que la

satisfacción de la curiosidad

del observador mediante una

explicación

ientífica

o

puede ser idéntica para todos

los observadores por igual,

dado el aporte que hace cada

observador desde su propia ex-

periencia, es decir, desde sus

esquemas de distinción, a la

construcción del objeto. Una

explicación científica válida

deberá considerar que tales ob-

servadores están operando en

múltiples dominios igualmente

legítimos. Es esto lo que nos

permite afirmar que vivimos en

un multiverso .

Teniendo en vista la cosmo-

visión expuesta, intentemos

responder: ¿qué lleva al mundo

académico y científico contem-

poráneo a resistir el cambio de

paradigmas e ignorar la epis-

temología que aparece en la

Posmodernidad, basada en el

Constructivismo y aplicada por

la Biología del Conocer? No

tenemos otra respuesta que

reconocer que la búsqueda de

una verdad única, que ha sido

por siglos la meta humana,

forma parte de nuestra cultura

ancestral. De poseer la verdad

tendríamos los atr ibutos para

ejercer el poder, es decir, tener

la potestad de obigar a los

otros a acatar nuestros desig-

nios sometiéndolos a nuestra

voluntad. Tengo la impresión

que no estamos dispuestos a

perder esta potestad que, al

final de cuentas, es la base de

nuestra seguridad.

32



REVISTA OCCIDENTE

En efecto, aceptar que el otro

tiene igual acceso a buscar y

encontrar la explicación que

satisfaga su curiosidad nos

coloca en una posición de per-

dida de poder o autoridad. ¿No

da esta tolerancia, basada

en la satisfacción de la curio-

sidad de quienes demandan

una explicación, la posibili-

dad de múltiples respuestas,

todas ellas con igual validez?

Ciertamente, estar investido,

en lo posible por el gobernan-

te, por el representante de

Dios o mejor por el mismísimo

Dios, de una importante dosis

de autoridad es más fácil que

ejercer el liderazgo y esto vale

para el capataz, el ejecutivo,

el capitán, el profesor, en una

palabra el jefe. Lo malo es que

la autoridad se puede perder

con mucha facilidad, sobre

todo cuando quien la confiere

se siente defraudado o insa-

tisfecho, como suele pasar en

los cargos de asignación políti-

ca; en cambio, el liderazgo se

cultiva con el esfuerzo y gene-

ralmente se mantiene mientras

quienes, en este caso, confie-

ren la autoridad y los liderados

reconocen en el líder su capa-

cidad de e jercerla. Sospecho

que los posmodernista se han

dado cuenta de la diferencia,

es decir que son ellos los que

adjudican el poder, en conse-

cuencia, también son ellos

quienes pueden revocarlo.

¿ C u á l s e r á la c o s m o v i s i ó n

a la q u e n o s c o n d u c e e l

P o s m o d e r n i s m o ?

Por lo visto, habremos de

convenir que en su fase

generativa, el Posmodernismo

representa fielmente el pensa-

miento de los desilusionados

del Modernismo que afirman

que su descomposición es in-

evitable. Esta postura la avala

una gran cantidad de auto-

res que van desde Nietzsche,

Heidegger, Gehlen, Giddens,

Foucault, Derrida, Lyotard,

Vattimo y otros. Su plantea-

miento central, cada uno con

sus matices, se basa en que

la crisis de la modernidad ha

traído el fin de la historia, el fin

de las grandes

ideologías,

de la verdad,

dela cien-

cia, de dios,

del ombre,

de la cultura

y del sentido.

La posmoderni-

dad sustituye a

la cultura por la

multicultura, a la

universalidad y el

monosentido por la

plura lidad y el mul-

tisentido o, como

dice Foucault, una

verdad por una mu-

chedumbre de verdades .

Y ya que el Posmodernismo

organizadamente no ha gene-

rado una nueva cosmovisión,

¿qué podemos esperar de

los que se han sentido y se

sienten afec tados por lo que

denominan el gran engaño ?

Y la respuesta que parece

obvia es que si el problema de

fondo es la desconfianza, la

falta de credibilidad en quie-

nes han ejercido el liderazgo,

en quienes han hecho uso del

poder para beneficiar a unos

pocos ya identificados histó-

ricamente como oligarquías

domnantes, con nombres

tales como aristocracia, mo-

narquía, dictadura, etc., y en

Democracia por los Partidos

Políticos y sus dirigencias,

entonces la solución es demo-

ler la infra y superestructura

basada en estos Metarrelatos

y reconstruir el tejido social

conformando nuevos grupos

de poder a los

cuales tenga-

mos confianza y que tomen en

cuenta el pensamiento de quie-

nes los integran. Esta figura

del grupo o co lectivo organi-

zado espontáneamente en el

transcurso de su deriva antro-

pológica existe y ha existido

siempre en nuestra humanidad

y se denomina Cultura .

Sin embargo, el concepto

de cultura ha sido empleado

vulgarmente con múltiples sig-

nificados y es objeto de gran

confusión entre los diferentes

segmentos que hacen uso del

33



ENSAYO

término y por esta razón vale

la pena precisar que en este

ensayo nos referimos al tér-

mino cultura desarrollado en

la Tesis de Doctorado deno-

minada La Cultura explicada

por la Biología del Conocer ,

presentada por el autor en la

Universidad ARCIS (2010)

para obtener el Doctorado

en Cultura y Educación en

América Latina, grado acadé-

mco que dicha Universidad

otorga.

En dicha Tesis defendemos

que los individuos o, según

la Biología del Conocer, los

Sistemas Autopoiéticos de

Segundo Orden (SAS0s), ad-

quieren el conocimento en

forma individual y, observando

los gatillamientos que reci-

ben los terminales sensoriales

del sistema nervioso, realizan

una distinción que identifica

el obeto haciendo una com-

paración con los esquemas

de distinción o experiencia al-

macenada previamente en el

sistema. Dicha distinción se

realiza si existe el correspon-

diente esquema de distinción

similar al objeto observa-

do; en caso contrario no hay

distinción posible y, en conse-

cuencia, no hay conocimiento.

Esto significa, nada más nada

menos, que no es el medio el

que estipula lo que el individuo

aprende o conoce sino que es

la experiencia previa almace-

nada la que determina lo que

se observa y se aprende. En

otras palabras, solo se puede

aprender lo que establece el

determinismo estructura l del

sistema autopoiético neuronal

del individuo y no lo que al-

guien desde el medio externo

quiera enseñar o inducir en el

aprendiz.

De paso, por la explicación

precedente es fácil entender

porqué los posmodernistas que

si no las saben las intuyen, re-

chazan la imposición de una

creencia y se tornan individua-

listas o egoístas como son

calificados peyorativamente.

Ahora bien, cuando se reúnen

en grupo o forman un colecti-

vo cuyos límites son posibles

de definir, sus integrantes

tienen una historia en común

y enfrentan probemas sim-

lares que afectan a dichos

individuos, tienden espontá-

neamente a formar un Sistema

Autopo iético de Tercer Orden

(SATO) que consiste en un

colectivo que busca direc-

tamente la solución de sus

problemas comunes y lo hace

de forma indecidida 2 e in-

decidible conformando lo que

Edgar Schein llama postula-

dos básicos subyacentes y la

Biología del Conocer explica

como una red de conversacio-

nes que se realizan recursiva

y recurrentemente entre los

individuos que integran el

colectivo, motivados por la

emoción congregante que

Maturana denomina el amor ,

se conciertan para actuar de

consuno, acoplados estruc-

turalmente, mentras hacen,

ejecutan, realizan, un acto

consensuadamente y se ponen

de acuerdo en el lenguaje que

2 o d r í g u e z D a r í o , 2 0 0 1 , G e s t i ó n O r g a n i z a c i o n a l .

E d i c i o n e s U n i v e r s i d a d C a t ó l i ca d e C h i l e , C a s i l la

1 1 4-1 ) . S a n t ia go d e Chi l e . . .

utilizan para identificar las

acciones comunes. De esta

forma los individuos incorporan

a su experiencia, o sea, con-

forman en su sistema nervioso

esquemas de distinción que

cada individuo registra bioló-

gicamente en sus neuronas y

que representan el mismo acto

realizado de consuno cuando

se concertaron para realizarlo.

Es importante en la conforma-

ción de los SATO la emoción

congregante del amor, ya que

sin esta no hay deseo, estimu-

lo, motivación que predisponga

a los individuos que conforman

el colectivo a aceptar al otro

como legítimo otro generando

el acoplamiento estructural ,

y cuando tal emoción no existe

o existe la emoción contraria

que separa a los integrantes

del grupo, no se produce la

conversación y, en consecuen-

cia, no se forma una cultura.

Esta es la forma en que los

integrantes del colectivo, a

partir de las conversaciones

generativas de los postula-

dos básicos subyacentes, se

ponen de acuerdo en ponerse

de acuerdo en lo que para ellos

constituyen sus creencias

y valores y usan símbolos

comunes para identificar los

acuerdos alcanzados que se

denomnan artefactos . En

la categoría de arte factos se

incluye todo lo observabe,

desde el aspecto físico del

ambiente -colores, olores,

sabores, iluminación, distribu-

ción en planta, ornamentación;

comportamiento-, y postura de

las personas, intensidad emo-

cional, forma de tratamiento,

34



REVISTA OCCIDENTE

códigos morales, normas,

símbolos y rituales, en las em-

presas: memorias anuales y

publicaciones, declaración de

principios y políticas, etc., que

constituyen sus costumbres

como grupo, en una palabra,

su cultura.

Concluimos este párrafo pre-

viendo que nos acercaremos

a la solución del problema de

la frustración de los posmo-

dernistas en la medida que los

pequeños núcleos que confor-

man grupos homogéneos con

problemas comunes, religados

por el amor, reconstituyan sus

culturas y éstas se extiendan

en el tiempo y en el espacio,

pasando de la cultura de una

familia cuya base es el núcleo

invariable de la antigua y la

nueva cultura, a colectivos con

afinidad extra familiar, como

entidades de similar profesión

u oficio, similares gustos o hob-

bies como deportes o aficiones,

también tendencias políticas o

religiosas, siempre que sean

capaces de erradicar la into-

lerancia y el fanatismo que

impidió durante el Modernismo

la práctica de la Filantropía o

amor a la Humanidad y, en lo

práctico, también erradicar la

mentira, la envidia y la irrefre-

nable ambición.

Muchos deseamos que,

aprovechando los sistemas

globalizados de las comunica-

ciones, seamos capaces de

convivir dentro de nuestras

diferencias manteniendo el

respeto por el otro como le-

gítimo otro, en un mundo en

que reinen la Fraternidad y el

respeto por la verdad del otro,

lo que incluso va más allá de

la Tolerancia que se puede

entender como aceptar que

el equivocado tenga derecho

a estarlo, a diferencia de que

el otro sea poseedor de una

verdad diferente de la nuestra.

Llegó aparentemente la hora

en que en la nueva era se

sustituya la cultura de la com-

petencia que desata la lucha

por el poder, por otra en que

prevalezca el amor y que los

p r o y e c t o s de cada grupo, de

cada colectivo, sean consen-

suados para lograr objetivos

comunes, en plazos concorda-

dos, con costos y beneficios

compartidos y, lo más impor-

tante, sin ideologías, es decir,

cada uno motivado por su

propio deseo o necesidad de

conseguir sus objetivos, en el

respeto de las necesidades y

deseos del otro.

Queda pendiente el análisis

del Metarrelato más polémico

y más difícil de erradicar o sus-

tituir, el Metarrelato Religioso,

dado que éste obedece a nece-

sidades ancestrales de saber

de dónde venimos, quienes

somos y hacia dónde vamos

y, por cierto, merece otro

ensayo independiente que in-

tentaremos desarrollar en una

oportunidad más propicia, ya

que sin un manejo adecuado

de la necesidad de reconocer

que es suficiente con conocer

nuestra verdad, estará siem-

pre faltando una explicación

de cómo y por qué estamos en

el mund o. 1:1]

35



1

rte

c e d a

utor Ariel Dorfman

Directora Moira Miller

Anton ia legan , Erío Pa ntoja, César Sepúlveda

Com pañía La Maf la

Escenog raf ía Eduardo Jim énez

Vestuario: Pablo Nú ñez

EV A T EM P OR A D A :

del 15 de marzo al

de

abril de 201

2

Entrada general $ 6,000

• studiantes, convenios y tercera edad $ 3.000

1



REVISTA OCCIDENTE

Ananfl ics:

sessn

S

i bien el concepto de Business Analytics

(BA) fue acuñado h ace poco más de

una d éca da , pa reciera ser que solo re-

cientemente ha ad quirid o un rol significativo en los

procesos de negocios (y cad a vez más d estaca do).

El ava nce tecnológico ha sido sin dud a uno de los

factores clave a la hora d e observar cam bios en los

procesos de toma de d ecisiones basa dos en BA .

La idea respecto a B usiness Analytics en su forma

más genérica responde a la a grupación de toda s las

habilidades, herramientas, tecnologías, aplicaciones

y prácticas en general relacionad as a la exploración

e investigación continua d e los resultad os

de l negocio para gana r entend i -

miento y permitir, por end e, una

mejor planificación ba sad a en h a-

bil idad es predictivas.

Es a sí como en el ú l t imo t iempo la pre-

sencia d e Bu siness Ana lytics

dentro de las

al l 1

'

1

„

e mela

i ~ 1 1 1 1 1 1 ,

1

1 1k

prioridad es de los CEOs d e compañías grandes y

mediana s es cad a vez mayor, resultand o en una cad a

vez más acelerad a a d opción de nuevas perspectivas

de la práctica al interior de las organizaciones.

En la práctica de Analytics se han identificado cinco

grand es tendencias que guían h acia estas nuevas

perspectiva d e B A en la em presa . Vistas en su

conjunto permiten comprender el a umento d e la

dema nda por B usiness Analytics para m ejorar con-

tinuamente la performance de las organizaciones y

h a cer una gestión inteligente del riesgo.

Esa s cinco gra nd es tendencias corresponden a :

1. Volumen de Datos y Capacidades

Tecnológica s: Nos encontramos en un

t iempo en que a nivel glob a l los vo-

lúmenes de da tos crecen de ma nera

exponencial, fuertemente liderados

por las redes socia les y la ca pa-

cid a d d e in tera cc ión que éstas

genera n. A fortunad a mente e l

desarrol lo de las capacidad es

ana l í tica s computacionales y

las herramientas de análisis

están a la al tura del d esafío.

2. Regulaciones: Reguladores

en diferentes mercad os y po-

siciones están d emand and o

ma yor profundiza ción y aná-

lisis respecto a la exposición

a l r iesgo y la ca pacida d d e

respuesta púb lica en cuánto

a recursos fina ncieros, cui-

da do d e la salud , protección

R E S P U E S TA A LA TO M A D E

D E C I S I O NE S C O N N IV E L E S

D E I NC E R TID U M B R E

J e s ú s R a m í r e z C l a v e r i é

In g e n i e ro e n In f o rm a c i ó n y Co n t ro l d e G e s t i ó n U , d e Ch i l e

37



.Ni-a». •

Big Data

E l v o l u m e n d e d a t o s q u e n o s r o d e a h a s u f r id o

u n r á p i d o e i n c r e íb l e c r e c im i e n t o e n l o s ú l t i-

m o s a ñ o s , p e r o l a ca n t i d a d d e c o n o c i m i e n t o s

extraídos de la explosión de datos no ha

s e g u i d o e l r i tm o d e e s t e c r e c i m i e n t o y c o m p a -

ñ ía s c o m o G o o g l e , F a ce b o o k y a h a n m o s t r a d o

a l m u n d o l o q u e e s a p r o ve c h a r l o s b e n e f ic i o s

de l B i g D a t a .

C e r c a d e l 3 0 % d e l o s d a t o s e s t á n e s t r u ct u r a d o s

e n f o r m a d e t a b l a s e n l a s o r g a n i za c i o n e s . E l

o t r o 7 0 % s e e n c u e n t r a e n m a i ls , bl o g s , d o c u -

m e nt os , vi de o s , fo t og r a f í a s y r e de s s oc i a l e s .

Definición

Se refiere a las habilidades, tecnología,

a p l i c a c io n e s y p r á c t i ca s p a r a l a c o n t i n u a e x -

p l o r a ci ó n e i n v e s t i ga c i ón d e l d e s e m p e ñ o d e l

n e g o c i o ( pa s a d o ) p a r a c o m p r e n d e r m e j o r l a

e s t r a t e g ia d e n e g o c i o y d e c a d a u n i d a d r e a -

l i z a n d o l a s p r e d i c c i o n e s ( f u t u r o ) a p r o p i a d a s

p a r a fo r t a l e c e r l a to m a d e d e c i s i o n e s .

Analytics hace un uso intensivo de datos,

a n á l i s i s e s t a d í s t i co s y c u a n t i t a ti v o s , m o d e l o s

ex pl ica t ivo s y pr ed ic t ivo s , y l a ges t ión bas ad a

e n l o s h e c h o s a l a u n i d a d i n t e g r a d a d e t o m a

d e d e c i s io n e s .

Usos

G e n e r a p r e d i c c i o n e s q u e a y u d a n a l o s c l i e n t e s

a t o m a r m e j o r e s d e c i s i o n e s y g u i a r l a e s t ra t e -

g ia d e l n ego c io .

•

O b s e r v a n d o e l P a s a d o / F u t u r o

•

M o d e l a n d o e s c e n a r io s

•

S e e x t i e n d e p o r á r e a s f u n c i o n a l e s

•

M e j o r a s o p e r a t i v a s c o n s e c u t i v a s u t i li z a n -

d o r e - i n g e n i e r í a

NEGOCIOS

lab oral, cuida do d el medio am biente, etc. Y much os

otros sectores que requieren de d atos integrad os a

lo largo de la empresa.

3.

Crecimiento con Rentabil idad: La necesidad de

ma ntenerse competitivo obliga a realiza r inversio-

nes en infraestructura y herram ienta s ana líticas pa ra

mejorar el entendimiento de información financiera,

económica, amb ienta l y de m ercad o. El objetivo

responde a desa rrol lar decisiones más informad as

y sensibles a l entorno.

4.

Nuevas Seña les: En la a ctua l ida d existe una

enorme (y cad a vez m ás holística) d isponibi l ida d d e

datos que van desde fuentes tradicionales internas

y externas (estructurad os y no estructurad os) ha sta

captura d e voz, correos electrónicos, red es socia-

les, sensores d ispuestos en insta la ciones física s,

instrumentos, etc., que deb en ser integrad os y mo-

nitoread os operaciona lmente en tiempo real para el

descub rimiento y la toma d e decisiones.

5. Ideas Ocultas: La ma yor complejida d en los ne-

gocios globa les ha elevado el riesgo en el proceso

de toma de decisiones, subiendo las apuestas

ha cia aquellas empresas que mejor ma nejan la in-

forma ción. Hoy existe más

informa ción que la que los

seres hum anos a n ive l de

captura pued en procesar,

por lo que se precisan h erra-

mientas de análisis cada vez

más poderosas que permitan

descubrir patrones ocultos

en los da tos y que a simple

revisión pasa n inad vertidos.

Se observa que solo un

tercio de la informa ción po-

tencialmente disponible está

estruc tura d a (y por ende

consulta b le) en las em pre-

sas y con ello podemos

observa r que 67% queda

fuera de la vista de los

ana l istas y toma dores de de-

cisiones. Clara mente es un

nivel de r iesgo importante

a la h ora de tomar d ecis io-

nes idealmente basa da s en

información.

Es por el lo que la reducción

de incertid umb re en el proceso de toma d e decisio-

nes se ha tornad o en algo más que una cruzad a d e

unos cuántos d efensores de los a mb ientes ana líticos

y se ha instala do como una práctica d iferenciadora

d e aquellos negocios que proveen de informa ción a

un mundo cad a vez más consumidor de el la. o

3 8



REVISTA OCCIDENTE

P roductos de orig en

Pecuario

un a preo cupación

con s tan te para su

bu e n c o n s um o

Dm. Dócil Rivera Otero.

(Mv). Docente del e lect ivo de

I noc u idad y Ca l idad de A l im e ntos ,

Facultad de Recursos Naturales,

Univers idad Andrés Bello.

Dr. Christopher Hamilton-West

Miranda.

(Mv,

M Sc . , P h D ). D ocente d e E pidem io logia ,

D epar tam e nto de M edic ina P r event iva ,

Facultad de Veter inar ia y Ciencias Pecuar ias,

U niv e rs ida d de C hi l e .

Inocuidad y calidad de productos pecuarios

L o s p r o d u c to r e s d e a l im e n t o s t i e n e n u n a r e s p o n -

s a b i li d a d m u y g r a n d e e n l a e l a bo r a c i ón d e

alimentos, ya que,

a d e m á s d e c o n t r i-

buir con la provis ión

de productos nutr i t ivos ,

deb en p oner e s p ec ia l a t en -

c i ón e n q u e e s t o s p r e s e n t e n

l a m a y o r c a l id a d e i n o c u i d a d ,

concep tos es to s q u e deb er ía n s e r comp lem en ta r io s p a ra obtener

u n p rodu cto ó pt imo. L a m en ta b leme n te y a l a lu z de la s ú l t ima s

d en un c ias s o br e co m er c ia lizac ión d e ca r n es en m a l e s t ad o e s t á n

nue vame nte e n t e l a de ju i c i o l a s bue nas p rá c t i c as de fab r i c a -

c i ón , co m erc i a l i zac ión y f i sca li zac i ón d e

p rodu ctos de o r ig en p ecu a r io , m ás es p e-

cíf icam en t e d e ca r n es .

L a i n o c u i d a d e n p r o d u c t o s

a l i m e n t a r i o s

s e d e f i n e c o m o l a a u s e n c i a d e c o n t a m i n a n t e s ,

a du l t e ra c iones , t ox ina s

y

ot ra s sus tanc i a s que

p u e d e n h a c e r n o c i v o e l a li m e n t o p a r a l a

salud, En tanto, la

r...,

, .. . .

11.

. . . y , . . : _ . ,

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II

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Or

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4



VETERINARIA

c a l i d a d a l i m e n t a r i a s e d e f i n e

c o m o e l c o n j u n t o d e c u a li d a d e s

que los hace aceptables por los con-

sumi dore s . E s ta s c ua l i dade s i nc l uye n

tan to l a s pe rc i b idas por l o s s e n t i do s , qu í-

m icas y fís icas (1).

La in o cuid ad s e hace m á s r e l evan t e par a lo s pr o d uc t o s d e o r igen

pecuar io po r l a p r o babi l id ad que e s t o s t r an s m i t an en f e r m ed ad es

a l s e r hu m a n o . E s ta s e n f e rm e d a d e s s e c o n o c e n c o m o e n f e r m e -

da de s z oonó t íca s , de la s cu a les l a s más r e lev a n tes en té rm inos

d e s a l u d p ú b l i ca s o n l a S a l m o n e l o s i s

( S a lm o n e l l a O b i m u -

r i u r n , a s o c i a d a s a l a s r a t a s ;

S . cbo leraesu i s ,

a s o c i a d a s a l o s

cerdos y S. enteri t idis a las aves , específ icamente a las gal l inas) ;

l a Li s te r i os i s , causada pr i nc ipa l me nte por

L i s t e r í a m o n o c y t o -

g en es; l a Ca m p y lob a cte r io s i s , oca s iona da p or

C a m p y l o b a c t e r

j e ju n i , y l a s c o l i ti s , m á s e s p e c í fi c a m e n t e e l t e m i d o ( S H U )

Sín d r o m e H em o l í tico U r ém ico , o cas io n ad o po r

E . c o l a ' 0157:H7

(2).

El bienestar animal en la inocuidad y calidad de

productos pecuarios

E n u n m u n d o g l o b a li za d o c o m o e l n u e s t r o e s ca d a v e z m á s

di f í ci l a se gura r l a i noc u i dad y c a l idad d e p roduc tos d e o r i ge n

pe c ua r i o . E s por e l l o que re s u l ta im pre sc i nd i b l e l a i nc orpora -

c i ón de pa rá m e t ros de b i e ne s ta r an i ma l pa ra l a e l aborac i ón de

es to s p rodu ctos , cons ide ra ndo q u e a l inco rp ora r e s to s es q u em a s

d e c a li d a d e s p o s i bl e e l i n g r e s o d e e s t o s p r o d u c to s a m e r c a d o s

m á s ex igen t e s , co m o lo s eur o peo s .

c o n l l e v a r á u n i n e v i ta b l e c a m b i o d e

p a r a d i g m a t a n t o p a r a e l c o n s u m i d o r

c o m o p a r a e l p r o d u c t o r , c o n l a f i n a l i -

d a d d e i n t r o d u c i r e l c o n c e pt o d e b i e n e s t ar

a n im a l en la produ cció n de a l im en tos de o r ig en

p e c u a ri o . E s t e c a m b i o e n e l m o d e l o i m p e r a n t e d e b e

inco rp ora r ta n to a l produ cto r com o a l cons u m idor , de fo rma de

inc lu i r a toda la ca dena a l im en ta r ia en e l p roces o . P o r e j em p lo ,

en lugar d e que e l p r o d uc t o r gen e r e un b ien y d es pués vea qu ién

lo com p ra , a h o ra deb e p r imero s a b er cu á les s on la s ne ces ida des

d e l co n s um id o r y d e lo s d em á s m iem br o s d e l a cad en a pr o d uc ti -

va para, de es ta manera, cumplir con las expectat ivas de cal idad,

inocu ida d , ca n t ida d y f r ecu encia de p rodu cció n . D el o t ro la do ,

e l c o n s u m i d o r d e b e e x i g i r u n p r o d u c to d e ó p ti m a c a li d a d e

i noc uo, c uyo va l or s e a jus to e inc orpore t ranspa re n te m e nte e n

ca da u no de lo s p roces os p rodu ct iv os a l to s e s tánda res de b ien -

e s ta r an i m a l ,

Bienestar animal en la producción animal

El b ien es t a r an im al a s o c iad o a l a p r o d ucc ión s e r e f i e r e a l e s t ad o

de a rm onía de l a n ima l con s u en to rno , cons ide ra ndo s u confo r t ,

a l o jami e n to , nu t r i c i ón, p re ve nc i ón de e nfe rme dade s , c u i dado

r es p ons a b le , ma ne jo , t r a ns por t e y s a cr i fic io h u m a n i ta r io . Es a s í

c o m o e l b i e n e s t a r a n i m a l s e h a i n t e gr a d o a l a a g e n d a p o l í ti c a

en var io s pa í s e s en r e s pues t a a l a s ex igen c ias d e l a s o c ied ad . Po r

e j e m p l o , l a C o m u n i d a d E u r o p e a (C E ) c u e n t a c o n u n p r o to c o l o

p a ra e l b ienes ta r a n im a l , inc lu ido en e l T ra ta do de Á m s te rda tn

(1977), que co nst i tuye un a gran contr ibución y obliga a las ins-

t i tu c iones y es ta dos miemb ros a inco rp ora r e l b ienes ta r a n ima l

en la producción, t ransporte, inves t igación y en las polít icas de

El cr i ter io de se lección de productos pecuar ios por par te del con-

s u m idor h a v a r ia do a t r a vé s de l t i emp o. Ya no b a s ta o fr ecer u n

p rodu cto inocu o , q u e no p rodu z ca da ño a l cons u m idor . S e deb e

i r m á s a l l á pa r a r e s p o n d e r a r e q u i s i to s d e c o n s u m i d o r e s m á s

e x i g e n t e s e in f o r m a d o s , c o n s i d e r a n d o o t r a s cu a l id a d e s d e l o s

produc tos . E s e l c a so , por e j e m pl o , de l os p roduc tos c á rn i c os ,

d o n d e e s im po r t an te o f r ece r un pr o d uc to co n a l t o s e s t á n d ar e s d e

ca l id ad y buen as ca r ac t e r ís t icas o r gan o lépt icas co m o co lo r , o lo r

y s a b or , fu nda m en ta les a l a h o ra de ca u t iv a r a l cons u m idor .

P a r a r e s p o n d e r a e s t a s y o t r a s e x i ge n c i a s d e l o s m e r c a d o s n a -

c i o n a l e s e i n t e r n a c io n a l e s s e e s t á c o m e n z a n d o a i n c o r p o r a r e l

b ienes ta r a n ima l com o p a rámet ro de ca l ida d p a ra lo s p rodu ctos

p ecu a r io s ch i l enos . Es t e p roces o e s tá a ú n en e ta p a inc ip ien te y

4 0



REVISTA OCCIDENTE

m erca do . En t r e lo s p r inc ip ios b ás icos o l ib e r ta des s e cons ide ra

q u e l o s a n i m a l e s d e b e n e s t a r l ib r e s d e s e d y h a m b r e , d e i n c o -

m o d i d a d , d e d o l o r , l e s i o n e s y e n f e r m e d a d ; y c o n l a l i b e r ta d d e

e x p r e s ar u n c o m p o r t am i e n t o n o r m a l y e s ta r l ib r e s d e m i e d o y

angust ia (3) .

Es in t e r es a n te des cr ib i r a gra ndes r a s g os có mo s e t r a du ce la in -

c orporac i ón de l b i e ne s ta r a l a i ndus t r i a agrope c ua r i a c h i l e na .

P r inc ip a lmen te , s e v i s u a l iz a en la inco rp ora c ió n de u n ma ne jo

ad ecuad o d e an im ale s en s i s t em as pr o d uc tivo s s o br e t o d o d e t ipo

in t ens iv o , y e l t r a ns p or t e de es to s .

En cu a n to a l m a ne jo a n im a l en p rodu cció n , l a ca pa ci tac ió n de l

p er s ona l a decu a do es fu nda m en ta l pa ra q u e lo s a n ima les ex p re-

s en d e l a m e j o r f o r m a po s ib le s u gen é tica , d e s a r r o l l an d o t o d o s u

p otenc ia l. Es ta s med ida s de m a ne jo es tán o r i en ta da s a b r ida r les

u n a m b i e n t e f a vo r a b l e , a li m e n t a ci ó n a d e c u a d a e n f r e cu e n c i a

y c a n t id a d y m i n i m i z a n d o l a s s i t u ac i o n e s d e s t r e ss q u e p u e d a n

disminuir o a l terar su es tado f is iológico.

S i a na l iza m os e l p rodu cto f ina l de u n s i s t ema p rodu ct iv o donde

s e h a n u t i li z a d o e s t á n d a r e s d e b i e n e s t a r a n i m a l , t e n e m o s

c a r n e s d e e x c e l e n t e c a l id a d c o n b a j o p o r c e n t a j e d e d e s c a r t e

p o r h e m a t o m a s o c a s io n a d o s p o r g o l pe s , a sí co m o c u e r o s q u e

n o h a n s i d o d a ñ a d o s p o r o b j e to s a g u d o s c o m o p u n t a s , a l a m -

bres , lát igos, etc.; buenas ganancias de peso, bajas morta l idades

e n n e o n a t o s y a l d e s t e t e y e s c a s a s t a s a s d e r e e m p l az o p a r a e l

ganado, entre otras caracterís t icas .

Es ta s b u ena s no rm a s o p r inc ip ios de b ienes ta r a n ima l de b en s e r

un co n t i n uo en l a cad en a pro d uct i va , ya que n o e s suf i c i en t e

c on que e l p roduc tor haga b ie n su t raba jo ; t ambi é n e s ne c e sa -

r io q u e s e cu m p la n es to s p r inc ipios en la s p la n ta s fa ena dora s o

m a t ad e r o s , E s t o s p r i n c ip i o s s e e m p l e an e n l a r e t e n c ió n d e a n i -

m ales an t e s d e l a f aen a , que d ebe s e r l o m á s b r eve po s ible ; en l a

condu cció n de a n ima les o a r r eo , q u e deb e s e r lo m ás cu ida dos a

pos i b l e e v i tando l a u t i l izac i ón d e pa l os , p i c anas e tc ., don de e l

u s o d e m a n g a s c u rv a s il u m i n a d a s s e p o s t u l a co m o u n a d e l a s

m ej o r e s o pc io n es , y l a i n s en s ib i l izac ión d e an im ale s d ebe r ía s e r

ef iciente y rápida para evitar e l sufr imiento y es t rés innecesar io .

L a a p l ica c ión de es ta s b u ena s no rm a s s e t r a du ci r ía en u na ca l i -

da d d e ca rne s u p er io r (4 ) ,

E l o t ro p r i nc i p i o de g ran i m por tanc i a e s e l t ranspor te an i m a l ,

donde p odemos des ta ca r como a s p ectos r e lev a n tes l a s h o ra s de

t r a n s p o r te , l a d e n s i d a d d e c a r g a (a n i m a l e s / m

2

) , l a s h o r a s d e

41



VETERINARIA

a y u n o a l a s c u a l e s s e l e s s o m e t e y l a v a r i a bi l id a d c l im á t ic a a

l a q u e s e l e s ex p one , q u e es b a s ta n te r e lev a n te cons ide ra ndo la

g eog ra fía de C h i le . L a r edu cció n de lo s t i em p os de t r a ns por t e y

de es p era en m a ta deros es d i f íc i l de con t ro la r cons ide ra ndo , p o r

e j e m p l o , q u e m u c h o s p r o d u c t o r e s d e c a r n e t i e n e n s u s c e n t r o s

produc t i vos e n l a s r e g i one s m á s aus t ra l e s ( IX, X) y l l e van sus

a n i m a l e s a m a t a d e r o s d e l a R e g i ón M e t r o p o li t an a . C u a n d o e l

t i e m p o d e t r a n s p o r te s o b r e p a s a l a s 1 6 h o r a s c o n u n l a p s o d e

es p era p os te r io r en e l m a ta dero s u p er io r a s e i s h o ra s , s e p u eden

oca s iona r p erd ida s p o r de t e r io ro de la ca rne p r inc ip a lmen te p o r

a u m e n t o d e l e s t r és , pi s o t e o y m u c h a s h o r a s d e a y u n o , q u e s e

m a n i f ie s t a n e n u n a d i s m i n u c i ón d e g l ic ó ge n o m u s c u l ar y h e -

pát ico, pH y del co lor d e las carnes .

En e l caso de lo s bovinos la pr incipal inf luencia de l est rés suf r ido

p or m a l m a ne j o a n t e r nor t e r n s e de b e a l e xc e s i vo t i e m p o d e e sp e r a

en m at ad e r o s y / o d e ayun o . E l g r an d año s o br e l a ca -

l idad de la carne se produce a t ravés de la reducción de

l a s r e s e rv a s de g lu cóg eno m u s cu la r , lo q u e d e r iv a en

que l a ac id ez n o d i s m in uye d e f o r m a o pt im a par a pr o -

du ci r l a ef icien te t r a ns fo rma ció n de m ú s cu lo en ca rne ,

p ro v o c a n d o e l p r o b l e m a d e c a l i d a d l la m a d o

c o r t e

oscuro o darck cutting beef, q u e c o r r e s po n d e a

carnes se cas , duras y que ret iene n agua (4).

Alterando el pH y color de la carne también se podrían ver

afectados procesos tecnológicos como e l envasado a l vacío,

pr in c ipa lm e n t e po r que ca r n es co n pH e l evad o s e d e t e r io r an

r áp ida men te , lo q u e s ig n if ica u n ca s t ig o a l p rodu cto r en e l

precio pagado por e l prod ucto (4). Efectos parecido s se repi-

ten en ot ros s is temas product ivos, sobre todo de t ipo intensivo

com o la s l ech er ía s b ovina s , lo s cen t ro de p rodu cció n de a v es

de pos tura y pol los bro i ler y centros de producción porcina.

Bienestar animal y control de enfermedades

zoonélicas y epidémicas

S i s e q u i e r e im p l e m e n t a r e l b i e n e s t a r a n i m a l u n o d e l o s p r in -

cip ios b ás icos es l a l ib e r ta d de "es ta r l ib res de d o lo r , l e s iones y

e n f e r m e d a d e s " , q u e e s fu n d a m e n t a l y a q u e l a a us e n c i a d e e n -

f e rm e d a d e s e s b u e n i n d i c a d o r d e a r m o n í a e n t r e e l an i m a l y s u

m edio y , po r t a n to , u n bu en ind ica dor de b ienes ta r a n im a l .

Es t e co n cept o , a s im i s m o , ap licad o a l co n t r o l d e en f e r m ed ad es e s

r e lev a n te no s o lo p a ra m a n tener e l e s t a tu s z oos a n i t a r io de l p a ís

s ino t a m b ién p a ra a s eg u ra r q u e e l s i s t em a p rodu ct ivo s ea t r a ns -

p a ren te , s u s ten ta b le , fu nc ione con a l to s e s tánd a res de ca l ida d y

p roy ecte u na b u ena ima g en de l s ec to r a g rop ecu a r io ch i l eno en

e l m un d o . En e s t e s en t id o , po r e j em plo , un a l eche r ía d e a l t a pr o -

du cció n ( s i s t ema in t ens iv o) q u e a p l iq u e e l b ienes ta r a n ima l en

t o d a s u f aen a va a co n t r o la r en f e r m ed ad es que caus en a l t e r acio -

nes im p or ta n tes en e l a n im a l como la tu bercu los i s y b ruce los i s ,

que ad e m á s podr í an a l t e ra r e l p roduc to f i na l , s e a é s te l a l e c he

o la ca r ne (5) .

En lo r e la t iv o a l con t ro l de enfe rme da des e l b ienes ta r a n ima l s e

ejerce a t ravés de planes de sacr if icio sanita r io; control y decla-

ra c ión de en fe rmed a des de im p or ta nc ia z oonó t ica y epidem ia s ,

cond ic iones de lo s p red ios y lu g a res de concen t ra c ió n de

g a n a d o e n t r e m u c h o s o t ro s e l e -

m e n t o s .

La

form a de e j e rc e r c ont ro l , v i -

gilancia y acredi tar es tas medidas es a t ravés planteles

an i m a l e s ba jo c e r t i f i cac i ón of i c i a l (PA B C O ), pl an que e s tá a

ca rg o de l S AG (S erv ic io Ag r íco la y Ga na de ro) . Otra fo rm a de

c u m p li r e s ta s m e d i d a s e s c o n l a i m p l e m e n t a c ió n d e b u e n a s

p r á c ti c a s g a n a d e r a s y p r o g r a m a d e b i o s e g u r i d a d p a r a r e c i n -

t os fe r ia le s (6) .

Qué se está haciendo en Chile sobre bienestar

a n i m a l

En lo s ú l t imos a ñ os ex i s t e u na c rec ien te p reocu pa ción p or p a r t e

d e l o s c o n s u m i d o r e s e n t o m o a l o s e s t án d a r e s d e c a l id a d y d e

b i e n e s t a r a n i m a l u t il i za d o s p a r a p r o d u c c ió n a n i m a l . C h i l e n o

e s t á t o ta l m e n t e a j e n o a e s t a s e x i g e n c i a s , p o r l o q u e s u r g e l a

4 2



REVISTA OCCIDENTE

n eces id ad d e r eg i s tr a r e l t r azad o d e un pr o d uc t o d es d e s u o r igen

h a s ta la m es a de l con s u m idor , p a ra a cred i t a r q u e en la p rodu c-

c i ón pr i m ar í a s e han u t i l izado pr i nc i p ios e s t r i ctos d e b i e ne s ta r

a n i m a l .

E s t e p r o c e d i m i e n t o s e d e n o m i n a t r a za b il id a d , q u e e n C h i l e e s

ob l i ga tor i a pa ra la c a rne y e s una de l a s he r ram i e n ta s m á s i m-

p or ta n tes con q u e cu en ta e l cons u midor p a ra p oder d i fe r enc ia r

l o s p r o d uc t o s d e d i s t i n t o s o r ígen es , ch i l en o y ex t r an j e r o , co n un

s imi la r p rec io y q u e com p i ta n p or ca l ida d .

En t r e o t ro s a s p ectos , la t r a z ab i l ida d n os da cu en ta de t i em p os y

t ipo de prod ucción, tipo de faen a, t ranspor te y caracter ís t icas de l

s i s t e m a produc t i vo de o r i ge n y cond i c i one s san i ta r i a s de e s te .

E s t a e x t e n s a y c o m p le j a t a re a l a c o o r d i n a e l S A G m e d i a n t e u n

r eg i s tr o n ac io n a l d e t o d o s lo s e s t ab lec im ien t o s pecuar io s y s o br e

s u s e x i s t e n c i a s ; lo s m o v i m i e n t o s d e l a s d i s ti n t a s e s p e c ie s ; l a

i de n t i f i c ac i ón i nd i v i dua l de l os an i ma l e s que pros i gue c on e l

c ont ro l e n l a s p l an ta s fae nado ra s y su t ranspor te , has ta l le ga r

a l cons u midor .

En cu a n to a l a ges t ió n de l b ienes ta r a n ima l , a c tu a lme n te ex i s t e

un grupo de t rabajo interdisc ipl inar io en cabezado por e l SAG que

coord ina la inco rp ora c ión d e p r inc ipios b ás icos en la g a na der ía

de sd e una pe rspe ct i va sus te n tab l e . E s tos p r i nc i pi os t i e ne n que

ve r c on i nc orpora r nue vos c onc e ptos a l a p roduc c i ón an i ma l ,

com o la r es p ons a b i l ida d é t ica q u e con l l ev a e l v e la r p o r e l b ien -

e s t a r an i m a l y q u e m e j o r a n d o l a s c o n d i c io n e s d e v i d a d e é s to s

en la s ex p lo ta c iones a u m en ta a m enu do la p rodu ct iv ida d y , p o r

co n s iguien t e , s e o b t i en en m ayo r es ben ef icio s eco n óm ico s .

S e e s t á tr a b a ja n d o e n e s t e t e m a d e m o d o t a l d e p o d e r g a r an t i -

zar o b j e tivam en t e a t o d o s aque l lo s pr ed io s que in co r po r en e s t o s

pr in c ip io s . Lo id ea l s e r í a que en lo s pr óx im o s año s s e gen e r e un

ce r t if icad o que ac r ed i t e e s t a s buen as n o r m as d e pr o d ucc ión y d e

ca l ida d de fo rm a ta l de p oder d i s cr imina r e n t r e p rodu cto res .

N o s e d e b e n d e j a r d e m e n c i o n a r l o s i m p o r t a n te s e s f u e r zo s r e a -

l i zad o s po r l a acad e m i a para l a i n ves t i gaci ón y capac it ac i ón

d e n u e v o s p r o f e s io n a l e s e n e l á r e a d e b i e n e s t a r a n i m a l . E n t r e

l os p r i nc i pa l e s c e n t ros d e i nve s t i gaci ón de s tac a e l Ins t i tu to de

C i e n c i a A n i m a l y T e cn o l o g í a d e l a C a r n e d e l a U n i v e r s id a d

A u s t r a l d e C h i l e . O

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c o n s ti tu t iv o s d e l a s C o m u n i d a d e s E u r o p e a s y d e t e r m i n a d o s

actos conexos . Protocolo sobre la protección y e l bienes tar de los

a n i m a l e s a n e x o a l T ra t a d o d e l a C o m u n i d a d E u r o p e a , D i a r io

Oficia l C 340 d e 10 .11.1997, p. 110.

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G al l o , C . , Tadi c h B. N é s tor . Bi e ne s ta r an i m a l y c a l idad de

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REDVET. Revista electrónica de Veterinaria.2008. Vol. IX N° 10B

5.

enavides D ., jerez S. Bien es tar an im al (BA): respons abil idad

ét ica, ex igencia com ercial y at r ibuto de valor . Bolet ín veter inar io

oficial 1\1°8, I SEMESTRE 2007.

6. S A G ( s e r v ic i o a g r í c o l a y g a n a d e r o ) . D i s p o n i b l e e n :

< h t tp:/ /w w w . sag.c l /O pe nN e t /a sp /de fau l t . a sp ?boton=i l o rn >

[ Cons u l ta do: 13 /11/2011]

4 3



SA LUD

E N FE R M E D A D E S N O T R A NS M IS IB L E S :

J in etes del A pocalips is

del S ig lo X X I

Afecciones ca rdiovasculares, cáncer, d iab etes

y ma les respiratorios crónicos amenaza n

incluso con afectar el d esarrollo d e los países

E n r i q u e C o n t r e r a s G o n z ál e z

P e r i o d i s t a

U n i v e r s i d a d d e C h i l e

E

l panorama chi leno en el ámbito de

la sa lud es h oy tota lm ente distinto

a l que vivía ha ce 30 años, cuando

prevalecían la s enfermed ad es infec-

tocontagiosas y los problem a s de

orden ma terno infantil. Desde enton-

ces el aumento en la ex pectativa d e

vida y el d esarrollo tecnológico —especialmente la

globa lización d el comercio y la s comunicaciones—

ha n tenido como resultado ca mb ios dra máticos en

el estilo de vida de personas y fa mil ias.

Esta transición, si bien altamente beneficiosa en

much os aspectos, ofrece tamb ién un lad o oscuro del

que pocos se preocupa n ha sta el mom ento en que

sufren sus consecuencias. Se trata d e una situa ción

epidemiológica que se cara cteriza por el au mento y

predom inio de las denominad as Enfermeda des No

Transm isib les (ENTs), fenóm eno que en los últimos

años h a ad quir ido ca rác-

ter mundial.

Cifras d e la Organización

Mundial de la Salud

(OMS ) estiman en más

d e 36 mi l lones la cant i -

da d d e muertes al a ño en

todo el mundo d erivad as

d e las E NTs, c if ra que

corresponde aproxima-

da mente al 63% del total

de m uertes que se registran a nualm ente en todo el

orbe.

Pa ra recorda rlo, las ENTs son bá sicam ente las a fec-

ciones card iovascula res, el cáncer, la d iab etes y la s

enfermed ad es respiratorias crónicas ( los cuatro j i-

netes del Apoca lipsis del siglo XXI dicen a lgunos). Y

las proyecciones no son a uspiciosas: la misma OMS

vaticina que si no ha y una acción decidid a d e los go-

biernos para manejar este tema d e una ma nera algo

mejor de lo que se hace a ctualmente, para el 2030

el número de muertes ca usad as por las ENTs subirá

a 5 2 mil lones al a ño.

De estas enfermed ad es las más letales son las ca r-

diovasculares, que producen sobre 17 m il lones d e

muertes al a ño, seguida s por el cáncer, que aporta

a esta l ista negra con 7,6 millones de fal lecidos. A

continuación se ub ican las enfermeda d es respirato-

rias, con 4,2 millones, y la d iab etes con 1,3 millones

de m uertes al a ño.

Y un d a to importante.

Las E NTs compar ten

en su origen comporta-

mientos d e la s personas

que están a sociad os al

estilo de vid a y que son

plenamente prevenibles

y modificab les, a l tiempo

que sus efectos son en

44



SALUD

d e la Am erican Ca ncer Society, que implementó

una red d e emba jadores globa les de la enferme-

da d, condición que en el caso d e Ch i le recayó en

la presidenta del Círculo de P eriodistas de Sa lud,

Nancy Ortíz, quien define su rol como la bú squeda

d e coordina ción d e los dist intos sectores sociales

preocupad os de la salud —gobierno, socieda d civil y

medios de comunicación—, los que ha sta a hora h an

venido trab aja ndo de ma nera d e manera francam en-

te disociad a.

¿ Có m o e s ta m o s e n Ch i le ?

El Sub secretar io de S a lud Pú b l ica ,

Doctor Jorge Díaz Ana iz, especialis-

ta en Salud Ocupacional que saltó

al primer plano como el mé dico

d e los 33 porque supervisó la

sa lud d e los mineros a t ra -

pad os en Ataca ma , seña la

que en las ú l timas dé cad as

e l pa ís ha experimentad o

un importante au mento en

la expectat iva de vida y en-

vejecimiento d e la pobla ción,

a la vez que un incremento de

l a m orb i l ida d y mor ta l id ad por

E N T s .

En Ch i le , e l 84% de los años d e vida

sa lud ab le que se ha n perd ido en e l ú l t imo

t iempo corresponde a estas enfermed ad es. En el

añ o 2007 fa l lecieron en el país 93 mi l personas

(INE), de las cua les 79.800 murieron a consecuen-

cias de la s ENTs. Más grave a ún, el 37,3% de esas

muertes ocurrieron en forma prematura (antes d e

los 60 a ños de eda d ), mientra s que en países d e

a ltos ingresos la proporción es de solo 13% .

Esta úl t ima cifra, sin emb argo, es puesta

a l tra sluz por el Sub secreta r io, quien

destaca que durante

muchos años Ch ile

se comparé

posit iva mente con países de Amé rica lat ina en in-

d icad ores d e salud , pero a hora que esta mos en

la O CDE el punto de compa ración son los países

desa rrol lad os y eso nos puso automáticam ente en

el ú l timo lugar d e la f ila , con la gran excepción d e

nuestros índ ices en el área ma terno-infa nti l, que

nos muestran como a ltamente eficientes en el uso

de recursos económicos escasos .

Asimismo, pone de relieve que Ch ile está en una si-

tuación de transición d esde la m edicina preventiva a

la d enominada promocional, toda vez que ha biendo

superad o ya la etapa d e la prevención

d e los ma les infectocontagiosos

y d e la ma lnutrición infant i l ,

así como ha biéndose me-

jorado sustantivamente

el acceso a la sa lud, los

objetivos releva ntesya

no son b ásica mente

la recuperación d e la

salu d ni los progra-

ma s de inmunización

sino que a d quirir h á-

bitos responsab les.

Ello es así en la medid a

que la estrategia glob a l

de promoción de la sa lud y

prevención d e las E NTs priori-

za prevenir y controla r los factores

de riesgo, dond e es esencial crear amb ien-

tes salud a b les y realiza r intervenciones a nivel de la

fam ilia y la comunida d . En este sentido, entre la s

acciones real izad as por Chile ha sta a hora a nivel in-

ternacional d estaca la suscripción de la s principales

iniciativas globa les promovida s por la O MS en este

contexto, como el C onvenio Ma rco para el Control

del Ta ba quismo, la Estrategia Globa l sobre Dieta,

Activida d F ísica y Salud y la Estrategia Globa l para

reducir el consumo perjudicial de Alcoh ol.

Del mismo m odo, uno d e los principales d esafíos

d e la salud públ ica chi lena respecto de las ENTs

es el control de fa ctores de riesgo en la pob lación

más joven, donde d estaca n la a l ta prevalencia de

t ab aquismo ( la más a l ta reportad a en los países

1



R E V I S T A O C C I D E N T E

m A - 1 -

Yr

r

-I-

d el M ercosur),

ercosur) , la a l ta ta sa d e

sedentarismo y uno de los ma-

yores índices de obesidad entre

los jóvenes y niños.

Pa ra ello se trab aja en una serie de estrategias entre

las cua les la primera es empod erar a la s personas

para que ha gan un ma nejo ad ecuado y responsa-

ble d e su salud . Se busca que la persona común y

corriente tome d ecisiones que le a yuden a ma nte-

ner su salud , lo que implica realiza r activid ad física,

comer sano, pasar lo más posible al a ire libre y dis-

frutar de la fam il ia.

Un segund o elemento consiste en

mejorar los s is tema s de informa ción de

salud , pa ra lo cual se h a ce necesario corregir u

optimiza r la legislación, escena rio en el cual d es-

taca n iniciativas lega les que ya están en vigencia o

que lo ha rán en los próximos m eses como la Ley

del Ta ba co, la Ley d e Etiquetad o de Alimentos (que

ad vierte por ejemplo sobre el a lto contenido d e sa l

en un d etermina d o producto) y el severo endure-

cimiento de la s sanciones por conducir ba jo la

influencia del alcohol. También, el uso intensivo de

teléfonos de a lerta, con el propósito de informar y

si es necesario direccionar a las personas pa ra que

tome decisiones informadas.

En síntesis, la ma gnitud d el problema h a ob l igad o al

país en la última d éca da a implementar estrategias

con un enfoque poblacional que ha desplaz ad o a la

moda l idad trad icional orientad a específicamente a la

pobla ción d e a lto riesgo. Por el contra rio, el nuevo

curso apunta a trata r de evita r que los ind ivid uos

ad quiera n los ya enunciad os factores de riesgo. En

ese contexto, la promoción d e la sa lud constituye

un proceso polít ico y socia l globa l que ab a rca no

solo las a cciones dirigida s a fortalecer las d ecisio-

nes y capa cida d es de los individ uos, sino tamb ién

a mod ificar las condiciones sociales, amb ientales y

económica s en que ellos viven e interactúa n, con el

f in d e evitar y/o mitigar el impacto de la enfermeda d

en la salud pública y la individua l.

Y pa ra no olvida r, está tamb ién el desafío de lograr

una ma yor equida d en salud , toda vez que tanto la

prevalencia d e los factores de riesgo como la s tasa s

de morbil idad y mortal idad muestran significativas

diferencias fácilmente a tribuibles a situaciones so-

ciales y económica s vinculad a s nuevamente a l nivel

d e educa ción, luga r de resid encia, etnia u otros de-

terminantes socia les de la sa lud. El

47



CR

• NICA

El

anun cio del

¿QUÉ OCURRIRÁ EL 21 DE

2012

ICIEMBRE DE 2012?

y la supues ta

profecía May a

P ro f . D r . An to n io L a s H o ra s

a p r i m e r a r e f e r e n c i a q u e t u v e s o b r e

este apocalipsis presuntamente

a n u n c i a d o p o r lo s m a y a s fu e e n

m a y o d e 2 0 0 2 v ie n d o e l ú lt i m o

episodio de la ser ie X Fi les (Los expe-

d ie n te s s e c r e to s X ) . Al l í, e l s in ie s t r o

p e r so n a j e c o n o c i d o c o m o " S m o k i n g

M a n " o " C a n c e r M a n " s e e n c u e n t ra r e fu g ia d o e n

N u e v o M é x ic o d e n t r o d e u n a s r u i n a s d e l o s A n a s a z i ,

u n p u e b l o o r i g i n a r i o . M u l l d e r y S c u l l y (p r o t a go n i s -

t a s d e l a s e r i e co m o a g e n t e s d e l FB I ) e s c u ch a r á n d e

e s e h o m b r e q u e e x i s te u n a c o n s p i r ac ió n d e l g o b ie r -

n o p a r a u n a i n v a s i ó n e x t r a t e r r e s t r e fi j ad a p a r a e l 2 2

d e d i c ie m b r e d e 2 0 1 2 . I n s t a n te s d e s p u és , l o s a g e n t e s

de be n s a l i r a l a ca r r e r a p ue s uno s he l i c óp te r os d e s c o-

no c i dos de s t r uye n c on c ohe t e s e l l ug ar . A s í conc l uye

" X F i l e s " . F ina l ab i e r t o que de ja f l o t and o l a p r e g un t a

d e s i e n v e rd a d h a y u n a f e ch a p a ra e l f in d e l m u n d o

y , a l a v ez , s i un p ueb l o o r i g ina r i o t uv o c o no c i mi e n-

t o d e e s o . A u n q u e y o n o h u b i e r a n u n c a a n t e s o íd o

h a b l a r d e l a p o s i b l e d e s t r u c c i ón d e l a T i e r r a e n e s a

f ec ha , e s obv io que e l g u ion i s t a a lg o c on oc í a a l r e sp ec -

t o . A p a r ti r d e e n t o n c e s e l a s u n t o h a t o m a d o m u c h a

d i f u si ón m u n d i a l , h a b i én d o s e h e c h o e n s u t o r n o g r a n

r e v u e l o a l e n t r a m a r l o c o n q u e l a fe c h a e s t á a n o t a d a

e n e l an t i g uo ca l e ndar i o u s ad o p or l o s m ayas .

4 8



REVISTA OCCIDENTE

E l c a l e n d a r i o m a y a q u e h a d e s p e r t a d o e s t a s i n q u i e -

tu d e s e x i s t e , e s tan d o co n s t i tu id o po r c ic lo s d e 52 año s

que, a l concluir , vuelven a re pet i rse. O sea no s im bol iza

" fi n d e l o s t i e m p o s " s i n o " é po c a d e t r an s f o r m a c io -

n e s " . U n o d e e s to s pe r í o d o s h a d e d a r s e e n e l p r óx im o

s o l s t icio d e in v ie r n o b o r e a l , e s d e c i r , e l p r óx im o 21 d e

d ic ie m b r e d e 2012. C ie r r e s d e c ic lo s an te r io r e s fu e r o n

en 1 8 5 6 , 1 9 0 8 y 1 9 6 0 y c a da qu ien p uede c on s ta ta r qué

c o s a s s u ce d i e r o n e n e s o s a ñ o s o e n t o r n o a l o s m i s m o s .

E s o s í , fi n d e l m u n d o n o h u b o . C o m o t a m p o c o l o

h a b r á e s ta v e z . P a r a m e j o r , o t r o d e l o s c a l e n d a r i o s

m a y a s - -p u e s n o u t i li za r o n u n o s o l o — s e ñ a l a q u e e n

e s te 2012 n u e s t r o co n c lu y e tamb ién s u c ic lo q u e e s d e ,

nad a m e no s , 5 1 2 5 añ os . A nt e tam añ as c o i nc ide n c i as ,

p ar ab ie ne s a aque l l o s qu e qu i e r e n e nc on t r a r ju s t i fi c a-

c i one s p ar a v a t ic i na r l a l le g ada d e l f in d e l m und o .

A c tu a l e s m i e m b r o s d e l p u e bl o m a y a n o h a n t i tu -

b e a d o e n s a l i r a l c ru c e d e t a l e s s u p u e s t o s v a ti c in i o s ,

a c la r a n d o q u e n i n g ú n d e s u s c a le n d a r io s a n u n c ia e l

f in a l d e l a H u m a n i d a d o d e l a T i e r r a. E n t o d o c a s o , l o

q u e s i m b o l i za e s l a pr e s e n c i a d e u n p e r í o d o d e t r a n -

s i c ió n , d e t r a n s fo r m a c i ón ; t a l ve z d e c a m b i o s m u y

pr o fu n d o s . P e r o s o lo h a s ta a l l í.

C o m o e x p l i c a e l i n v e s t ig a d o r J o s é C a r l o s d e l T o r o ,

d e l I n s t i tu to As t r o f ís ico d e An d a lu c ía (E s paña) , "cad a

c iclo e s t a ba com p ues to de 40 0 a ñ os y c a da e ra se c om -

p o n í a d e 1 3 c i c l o s , l o q u e s u m a 5 .2 0 0 a ñ o s m a y a s

( 5.1 2 5 s e g ú n e l c a l e n d a r i o g r e g o r i a n o ) . D e a c u e r d o

c o n e s a c u e n t a , l a e r a a c t u a l c o n c l u i r ía a f i n a l e s d e

d i c i e m b r e d e 2 0 1 2 y c o m e n z a r ía u n a n u e v a ".

S o b r e e l t e ma y s u s o r íge n e s , q u e par a m í— c o m o s e ña l é

a l c o m i e n z o d e e s t e a r t íc u lo — e r a n d e s c o n o c i d o s , se

e x pr e s ó E r ik Ve lá s q u e z Gar c ía , d o c to r e n H is to r ia d e l

A rte de l a Univ er s ida d Na c iona l A utónom a de M é x ic o ,

a l a fi r m a r q u e t o d o c o m e n z ó e n l o s a ñ o s s e t e n t a

c u a n d o F ra n k W a t e r s e s c r ib i ó u n t e x t o q u e c o n t e n í a

49



CR

• NICA

Carl G. Jung

una m e z c l a de c r e e nc i as .

" A p a r t i r d e e s e e s c r i t o

c o m e n z ó u n a s e c u e n c i a

d e o b r as s o b r e l a ' n u e va

E r a ' q u e h a c r e c i d o y g e n e r a

g ra ndes g a na nc ia s deb ido a que sa t i s f a ce l a nec es ida d

d e m u c h a g e n te d e c r e e r, pe r o n o t ie n e n i n g ú n s u s -

t e n t o e n l o s m é to d o s d e l a i n v e s ti ga c ió n h u m a n í s ti ca

n i a c a d ém i c a. " A m a y o r a b u n d a m i e n t o , u n o s 6 0 e x -

p e r t o s e n c u l t u r a m a y a

q u e s e d i e r o n c i t a e n l a

V I I M e s a d e P a l e n q u e ,

a n t ig u a c iu d a d m a y a

situada en el estado

m e x i ca n o d e C h i a p as ,

precisaron que sólo

e n d o s t e x t o s g l íf ic o s

m a y a s , d e u n o s 1 5 m i l

c o n o c i d o s , s e m e n c i o n a

e l año 2012. La pr im e r a

d e e s t a s c it a s e s t á e n e l

m o n u m e n t o s e is e n l a

z o n a a r q u e o l ó g ic a E l

T o r t u gu e r o , e n e l m u -

n i c i p io d e M a c u s p a n a ,

y e l s e g u n d o e n e l m u -

n i c i pi o d e C o m a l ca l c o ,

a m b o s e n e l e s t ad o d e

Tabasco".

Ala p r e gu n ta d e po r q u é

se ha des a ta do e s t a c ues -

t i ó n a p o c a l í p ti c a c o n

t an t a i n t e ns i dad , hab i da

c u e n t a q u e l a m i s m a n o

t ie n e e l m e n o r s u s t e n -

t o — n o e s , d i ga m o s , e l

h e c h o c o n c re t o d e u n

c o r n e t a a p r o x i m á n d o s e

a l a T ie r r a e n r u m b o d e c o l is i ón — e n m i o p in i ón s e

debe a l a f ue rz a c on que en e s t a s dé c a da s e s t á a ctua ndo

e n l a p ob l ac ió n l o que e l c é le br e p s i c ól og o s u i z o C ar l

G. Ju n g d e n o m in ó Ar q u e tipo d e l M i le n io o d e l F in d e l

M u n d o , h e c h o p s i co s o c i a l as o c i ad o a q u e h e m o s e n t ra -

d o e n e l Te r ce r M i l e n i o , c o n t o d o l o q u e e s o c o n l l e va n o

s ó lo e n l a ps iq u e in d iv id u a l s in o q u e e n lo ps ico s o c ia l .

N e ce s i d a d i m p e r io s a d e n u e v o s p a r a d i gm a s , d e t r a n s -

m u tac io n e s , d e apa r ición d e e s e n c ia s y n o d e co r t e zas

50



R E V I S T A O C C I D E N T E

ni

envol-

torios o máscaras.

R e q u e r i m i e n t o s q u e , d e s d e l o i n -

c o n s c i e n t e c o l e c t iv o , s e a b r e n p a s o a t r a vé s

d e f u e r te s s í m b o l o s c o m o e l d e l a " d e s t r u cc ió n t o t a l"

capaz d e pa r i r a e s e t an an h e lad o H o m b r e Nu e vo . Q u e

n o e s s i n o e l h u m a n o t r a s c e n d e n t e c a p a ci ta d o p a r a

desa r ro l l a r en p len i tud toda s e s a s p o tenc ia l ida des — es-

pir i tuales , in te lectuales , f ís icas— que lo caracte r izan e

i de n t i fi c an . E s a s a l udab l e

aspiración que l lega desde

l o s T ie m p o s P r i m o r d i a le s

a convertirse en único

e i r r e p e t i b le . A l g o m u y

p a r e c i d o a c o n t e c i ó e n l a

Euro pa de f ines d e l S iglo X

as í co m o d e lo s S ig lo s X I ,

X I I y X I II — t o d o e r a m á s

l en to p or a que l en tonc es—

ef ec tos a l o s que n o f ue ron

a j e n o s l a s C r u z a d a s , l a

O r d e n d e l T e m p le y l as

i n te n s a s b ú s q u e d a s d e l

S a n t o G r i a l. 1 3

A n t o n i o L A S H E R A S e s d o c t o r e n P s i c o l o g í a S o c i a l

y magíster en Psicoanálisis graduado en la

U n i v e r s id a d A r g e n ti n a J o h n E K e n n e d y , c a s a d e

a l t o s e s t u d i o s q u e l o d i s t i n g u i ó c o n l a G r a n C r u z

K e n n e d y ( 1 9 9 8 ) "p o r s u s i n v e s t i ga c i o n e s o r i g i n a l e s

e n P s i c o l o g í a J u n g u i a n a y P a r a p s i c o l o g í a " y d o n d e

e s p r o f e s o r a s o c i a d o . E s d o c e n t e e n l a F a c u l ta d

d e P s i c o l o g í a d e l a U n i v e r s i d a d d e B u e n o s A i r e s .

P r e s i d e l a A s o c i a c i ó n J u n g u i a n a A r g e n t i n a ( A JA ) .

Autor de 'Manual de Psicología Junguiana

( E d i to r i a l Tr a m a ) y d e " P e r m i s o p a r a u n a v i d a

m e j o r " ( E d i t o r i a l A t l á n t id a ) e n t r e o t r o s l i b r o s d e

e n s a y o .

w w w . a n t o n i o la s h e r a s .c o m . a r

i n f o @ a n t o n i o l a s h e r a s . c o m . a r

51



LITERATURA

E s c r i t u r a d e f ic c ió n

y p o l í t ic a

P e r s p e c t iv a s d e l a n o v e l a ; id e a l e s ,

represen tación y d en un cia

C a r o l i n a S a l v o G o n z á l e z

M a g ís t e r e n E s t u d i o s L a t in o a m e r i c an o s

n e s t a o p o r t u n i d a d q u i -

simos dialogar con

n u e s t r o s n t r ev i s t a dos

sobre Literatura y Polít ica,

lo que nos permitirá a

con t inuac ió n preciar

tres formas de trabajar

l a e s c r it u r a d e f i cc i ón e n s u d i m e n -

s i ó n p o l í ti c o - s o c ia l . C o n v e r s a m o s

s o br e l a n o v e l a y s o br e l a s i n f in i t a s

p o s i b il i d a d e s q u e o t o r g a l a p a l a b r a

p a r a d a r c u e n t a d e m u n d o s r e a l e s o

i m a g i n a r i o s , i d e n t i d a d e s i n d i v id u a l e s

y cole c t ivas , y a su ve z com o cana l d e

e xpre s ión soc ia l y pol í tica . Nos he m os

p r o p u e s t o a n a l i z a r l a e s c r i t u r a d e f i c-

c i ón c o m o u n a f o r m a d e d e n u n c i a y,

a su v ez, de rep resen tac ió n a la luz de

l a s p reocu pa ciones e i dea l es de q u ien es

c o n s t r u y e n h i s t o r i a s y r e l a to s d e s d e

una m irada g loba l , soc ia l y po l í t ica .

Jo r ge A r r a t e , Igna cio Álva r ez y Da u no

Tótor o n os h a b la n so b r e su v íncu lo con

la escr i tura d e f icción.

A sí , nos a den t r a m os en l a fa ce t a t a l vez

menos conocida de l economis t a , po l í t i -

co , va ri a s veces m in i s t ro y e x ca nd ida t o

pr es idencia l en 2009, Jo r ge A r r a t e Ma c

Niv en . A su v as ta t ray ecto r ia p o l í t ica

p o d e m o s s u m a r s u n u t ri d a p r o d u c ci ó n

l i te ra r i a d e l o s m á s var i ad o s gén e ro s , ya

que la e sc r i tu ra e s una ac t iv idad que lo

h a a pa s iona do de sde peq u eño. Hoy por

h o y e s t á t r a ba j a n d o e n u n t e x t o d o c u -

m e n t a l , u n l i b r o q u e m e z c l a d i s t i n t o s

g én e r o s y q u e e s t á d e d i c a d o a H é c to r

L L a i tu l , l íd e r d e l a C A M . U n o e n t r e

o t r os p r oyect os q u e por a h or a lo t i enen

e nfocado e n la e sc r i tu ra .

De la lectura a la es critura

Iniciamos nuestra conversación

p r e g u n t á n d o l e d e d ó n d e s u r g e e s t a

c e r c a n í a c o n l a e s c r i t u r a .

" E n p r i m e r

l u g a r, l o q u e s e m e v i e n e

l a c a b e z a e s

u n a v i n c u l a c i ó n f a m i l i a r . M i a b u e l a

p a t e r n a e r a e s c r i t o r a , p e r i o d i s t a y f e -

m i n i s ta , h a bl a m o s d e l o s a ñ o s v e in t e o

t r e i n ta . E l l a t r a ba j ó e n E l M e r c u r io d e

Valparaíso y dir igió la revista 'Fam il ia ' ,

m u y c o n o c i d a e n l o s a ñ o s 3 0 y 4 0 " ,

nos cue nta . Com o su padre e ra e sc ri to r

y t a m b i é n u n g r a n l e c to r , e n s u c a s a

h a b í a m u c h o s l i b r o s y p o r e l l o l e y ó

desd e p equeñ o . "Soy de la g ene rac ión

que l e yó mucho pe ro soy un l e c tor con

m u c h o s a c t iv o s , u n l e c t o r i r r e gu l a r

q u e a ve c e s ti e n e g r a n d e s m o m e n t o s

d e l e c t u r a; e s a e s u n a a m a n t e q u e t u v e

d e s d e c h i c o p e r o m e f u i p o r l a po l í t i-

c a - n o s c o m e n t a c o n c i e r t a pi c a r d í a -,

m a n t u ve l a a m a n t e y e n t o n c e s te n g o

es ta v inculac ión p r im ero .

E n s e g u n d o

l u g a r , te n g o e l p l a c e r d e l a e s c r i t u r a ,

me gusta escr ibir .

Di g o

b ro m e a n d o q u e

s o y u n ' e s cr i b i d o r ' po r q u e e s c r i b o in-

c a n s a b l e m e n t e ,

t odos l o s d ía s , co r r eos ,

c o l u m n a s , e t c. M e p ro d u c e m u c h o

placer escr ibir", agrega.

Jo r ge A r r a te h a na vega do por ca s i t odos

l o s g é n e r o s . C u a n d o t e n í a 9 a ñ o s

e sc r ib ía poe s ía y aún guarda un a e n-

t r ev is t a a pág ina com ple ta de l d i a r io

E l M e r c u ri o d e V a l p a ra í s o l la m a d a

52



REVISTA OCCIDENTE

" u n p o e t a d e n u e v e a ñ o s " , d o n d e a p a -

r ecen a lgu nos de su s poem a s de a q u e l l a

época . "Afor tunadame nte abandoné la

p o e s í a y m e d e d i q u é m á s a e s c r i to s d e

política, e s c r i t o s d e b a t a l l a , u n g é n e r o

q u e i n c l u y e , e n t r e o t r o s , e l p a n f l e t o .

También he e scr i to ensay os p o l í t icos ,

t e x t o s a c a d é m i c o s y l u e g o n o v e l a s ",

s e ñ a l a . T i e n e p u b l i c a d a s d o s n o v e l a s

— L o s r e g r e s o s d e A z u l

( 1 9 9 0 ) y

E l

d í a q u e m u r i ó I re n e ( 1 9 9 9 )— y d o s

l ibr os d e cu en t os ,

E l p o d e r e s a e r ó b i -

c o

( 1 9 9 5 ) y

U ñ a s d o r a d a s y o t r o s

c u e n t o s

( 2 0 1 1 ) .

D e su pro d ucc ión d es t aca d o s l i bro s que

h a n t e n i d o u n a m u y b u e n a a c o g id a .

E l l o s s o n

M e m o r i a d e l a i z q u i e rd a

c h i l e n a ( 2 0 0 3 ) , q u e e s c r i b ió c o n

E d u a r d o R o j a s , y e l o t ro e s P a s a j e r o s

e n t r á n s i t o (2007) , con e l cual ganó

e l P r e m i o d e E s c r i tu r a s d e l a M e m o r i a

2 0 1 0 d e l C o n s e j o N a c io n a l d e l L i b ro .

Allí narra un episodio qu e vivió en 198 4

cuando , jun to a c inco amig os , comp a-

ñ e r o s - l u e g o d e o n c e a ñ o s d e e x i l i o - ,

hic ie ron t r e s in t e n tos pa ra e n t ra r l e ga l -

m en t e a C hi l e . Reescr i b ió co m pl e ta e s t a

h i s to r i a p e r o d e u n a f o r m a n o l i n e a l ,

con lo q u e se m ez cla n en e l r e l a to o t r a s

p a r te s d e s u v i d a . " T am b i én m e g u s t a

m u c h o c o m o t e x to m i s e gu n d a n o v e l a

E l d í a q u e m u r i ó I r e n e

y t a m b i é n u n

l i b ro p o l í t ic o q u e s e l l a m a

L a f u e r z a

democrática del ideal socialis-

ta

( 1 9 8 5 ) , e l c ua l c r e o q ue i n f l uy ó

m u c h o e n e l t e m a d e l a r e n o v a ci ón

soc ia l i s ta y lueg o en la t rans ic ió n a la

d e m o c r a c ia " , c o m e n t a .

Sobre la política y su

expresión en la escritura

L e p r e gu n t a m o s t a m b i é n c ó m o f u e

d e s a r r o l l a n d o l o s d i s t i n to s e s t il o s y

géne ros e n su e sc r i tu ra y s i a t r avés de

é s to s s e v e n r e p r e s e n t a d a s a l gu n a s d e

las experien cias polít icas s ignificat ivas

q u e h a n cr u z a do su v ida . Responde q u e

e n u n m o m e n t o d e c i d ió q u e n o p o d ía

seg ui r e scr ib iendo cosas tan d i s t in tas .

" P o r e j e m p l o , la e s c r i t u r a p o l í ti c a e s

e legante , dura, tosca; la escr i tura sobre

polít ica es nacionalis ta, ya que para los

polí ticos las ci rcunstancias q ue viven

s i e m p r e s o n d r a m á t ic a s , cr i ti c a s e

h is tór icas" , expl ica. En cambio , la

l i t e ra tura de f icc ió n t iene o t ra t ex -

t u r a . A s u j u i c i o , e n e l l a " n i n g u n a

p a l a br a e s i g ua l a o t r a y , p o r l o

t a n t o , e s u n a b ú s q u e d a d e p a l a -

b r a s q u e p u e d e r e p r e s e n t a r t o d o s

los br i l los; a su vez, en polí t ica el

t e x to v a p o r e l l a d o m á s n e g r o .

P o r e l l o e s m u y co m p l ic a d o

p asar de una cosa a la

o t r a . M i m u ñ e c a

h a e s ta d o m u c h o

m á s h e c h a pa r a

l a e s c r i t u r a p o -

lítica y me ha

c o s ta d o m u c h o

pasar a la lite-

r a t u r a " , s e ñ a l a .

F u e e n e s e p r o -

ceso u a n d o

d e c i d i ó d e s a r r o -

l l a r una e sc r i tu ra

más literaria y

fue como, por

r e c o m e n d a c i ó n

de una amiga,

e l igió e l ta l le r de

Diamela El t i t , donde par t icipó t res años

y d e l c u a l s a l ie r o n s u n o v e l a

El día

q u e m u r i ó Ir e n e

y la mayor pa r t e de

l o s cu en t os de U ñ a s D o r a d a s .

Pa r a e l ex ca n d ida t o p r es idencia l , ta n t o

l o s c u e n t o s c o m o s u s n o v e l a s s o n b a s -

t a n t e s p o l ít i ca s . " U n a d e l a s p r i m e r a s

que escr ibí fue una novela sobre un dic-

t a d o r y l a s e g u n d a e s e n r e a l i d a d u n a

d e l a s p o c a s n o v e l a s d e l a t r a n s i c i ón .

E n r e l a c i ón a m i s c u e n t o s , l a p ri m e r a

s e r i e s e fu n d ó m u c h o e n e l h u m o r i r ó -

n ico y en la p o l í tica , p e ro m i seg unda

J o r g e A r r a t e



LITERATURA

c o l e c ci ó n d e c u e n t o s

U ñ a s D o r a d a s

n o . Y o d i r ía q u e é s t e ú l ti m o n o t i e n e

nad a que ve r con la pol í t ica , lo que n o

q u i e r e d e c i r q u e n o t e n g a u n c o n t e x t o

socia l y cu l tu r a l , por q u e e so lo l l evo en

la cabeza", explica. Para e l autor, cada

l i b r o h a s i d o p a r t e d e l a b a t a l l a e n l a

q u e e s t á e n e s e m o m e n t o . B a t a ll a q u e ,

a l f in a l , e s u n a s o l a . " E s l a m i s m a q u e

se pre sen t a d e d i s t i n to s m o d o s pe ro e s l a

i d e a q u e m e m a r c ó e n m i v id a , l a i d e a

que pode m os v ivir de o t ra mane ra , que

e l m undo pue de s e r d i s t in to , m ás l ibre ,

m á s i g u a l, y e s o e s l o q u e s e m a r c a e n

m i e s c r i tu ra" , conc luye .

Novela y nación en el siglo XX

A h o n d e m o s a h o r a e n l a v i n c u la c ió n

e n t r e l it e r a t u r a y p o l ít i c a d e s d e o t r o

escena r io . Igna cio Álva r ez , p rofeso r d e

L i t e r a t u r a d e l a U n i v e r s i d a d A l b e r t o

H u r t a d o , h a d e d i c a d o p a r t e d e s u t r a -

b a j o d e i n v e s t ig a c ió n a l a n á l i s is d e

l a n o v e l a c h i l e n a e n r e l a c ió n c o n e l

conte xto po l í tico y soc ia l de l s ig lo

)0(,

e n t e n d ie n d o l a n o v e la c o m o u n m o d o

d e r e p r e s e n t a c i ón d e l i m a g i n a r io n a -

c i o n a l ( 1 ) . E n s u t r a b a jo

" N o v e l a

y nación en el siglo r( chileno.

Ficción literaria e identidad ,

d e s a r r o l l a u n i n t e r e s a n t e a n á l i s i s d e

l a s o b r a s d e a l g u n o s i m p o r t a n te s e s -

c r i to r e s c h i l e n o s d e a q u e l s i gl o , c o m o

J uan Em ai ; M an ue l Ro jas , J o sé D o n o so ,

C a r los Dr ogu en y Nicome des G u z mán ,

p o r n o m b r a r a lg u n o s .

S u i n t e r é s po r e s t u d i a r la n o v e l a d e l

s i g lo X X c h i l e n o s u r g e a p a r ti r d e l a

s i g u ie n t e p r e g u n ta : ¿ C ó m o n o s i m a -

g i n a m o s q u e s o m o s l o s ch i l e n o s ? "M e

l lam ó la a tenc ió n e s tud ia r e l s ig lo XX

p o r q u e l o s e s c r i to r e s d e e s t e s i gl o s o n

' a n t i n a c i o n a l i s t a s ' , a d i f e r e n c i a d e l o

q u e o c u r r e e n e l s i gl o X I X , c u a n d o l a

l i te r a t u r a f u e f u n d a m e n t a l p a r a l a

cons t rucc ió n de la nac ió n en Am ér ica

l a t ina . M e in t e re só l e e r e l cor re la to na -

c i o n a l c o m o u n i n c o n s c i e n t e p o l í ti c o ,

o s e a , d e q u é m o d o a p a r e cí a e n e s o s

t e x to s l a c o m u n i d a d i m a g in a d a , l a

nac ión ch i l e na" , nos ind ica .

D e e s t e m o d o , l o q u e Á l va r e z e n c o n -

t r ó e n e s o s t e x t o s e s l a n a r r a c ió n d e

u n i m a g i n a r io n a c i o n a l d i s t in t o a l

d e l s i g l o a n t e r i o r , c u y a p r in c i p a l c a -

rac te r ís t ica e s la inc lus ió n en e l r e la to

n a c i o n a l d e l o s s u j e to s d e s e c t o r e s p o -

p u l a re s u r b a n o s e m e r g e n t e s . D i s u e l t o

e l pacto nac iona l de c im onónico a f ine s

de l s ig lo XIX y p r imer os a ños d e l s ig lo

X X , s e i n s t a l a u n n u e v o i m a g i n a r i o

s o c i a l e n l a n o v e l a y e s o , a s u v e z , s e

relaciona con los procesos polí t icos que

está viviendo el país: "por ejem plo, hay

un ge s to pol í t ico d e l pre s ide nte Ar turo

A lessa ndr i q u e r econo ce e i nc lu ye a l o s

se c tore s popula re s a l acuñar l a conoc i -

d a f r a s e " m i q u e r i d a c h u s m a " , s e ña l a .

P a r a Á l v a r e z , e l e s c r i t o r c h i l e n o q u e

m e j o r r e p r e s e n t a l a i r ru p c ió n d e l a s

m a s a s po p u l a r e s e n e l i m a g i n a r io

n a c i o n a l e s M a n u e l R o j a s . "P a r a m í

e s l a f ig u r a m á s i m p o r ta n t e d e l a n a -

r r a t iv a c h i le n a e n e l s i g lo X X . E n s u s

o b r a s h a c e d o s c o s a s f u n d a m e n t a le s :

e n p r im e r l u g a r , u n a r e i v in d i c a ci ó n

d e l s u j e t o m a r g in a l s i n n a t u r a l iz a r -

l o e n n i n g ún t e x t o s i n o q u e t e r e m i te

a p e n s a r e n r o t o s y p r o l e t a r i o s , y p o r

o t r a p a rt e h a c e u n t r a b a jo d e m e d i a -

c i ón m u y i m p o r t a n t e . P o r e j e m p l o ,

e n s u n o v e l a H i j o d e L a d r ó n ( 1 9 5 1 )



Nave LA gr

N CL SIGLO

Cii1LCP40

REVISTA OCCIDENTE

m u e s t r a p o s i b i l i d a d e s d e i n t e g r a c i ó n

p a r a a q u e l l o s s u j e t o s m a r g in a l e s a l

m i s m o t i e m p o q u e l e s o f r e c e u n a o p o r -

t u n ida d de r epr esen t a c ión" , exp l ica . Lo

q u e r e p r e s e n t a n l a s n o v e l a s d e R o j a s

- n o s c o m e n t a - , n o n e c e s a r i a m e n t e

e s l a r e a l i d a d , pe r o s í u n i m a g i n a r i o

m u y m o d e r n o p a r a l a é po c a y , a d e m á s ,

m uy l igado con e l d i scur so pol í tico de l

Frente Popular .

O t r a n o v e l a q u e a n a l i z ó e n s u e s t u -

d i o f u e

Patas de perro,

d e C a r l o s

D r o g u e t t. " E n s u s n o v e l a s e l s u j e to

p o p u l a r s e c o n v i e r t e e n u n p e r s o n a j e

m uy reconocible , lo que e s tá en c ie r ta

c o n s o n a n c i a c o n e l e n d u r e c i m i e n t o d e l

e n f r e n t a m i e n t o d e c l a s e s q u e t e r m i n a

c o n e l g o l p e d e E s t a d o e n 1 9 7 3 " , n o s

i n d i c a . A s u v e z , e n l a o b r a

C a s a d e

c a m p o ( 1 9 7 8 ), d e J o s é D o n o s o , s e

o bse rva según Ál varez cómo se em pi eza

a d e s h a c e r a q u e l i m a g i n a r io n a c i o -

na l . Por e j e m plo, " la s de sc r ipc ione s de

l a s c l a s e s po p u l a r e s e n l a s n o v e l a s d e

J o s é D o n o s o m e p a r e ce n d e s p i a d a d a s

y d e s c o n e c t a d a s d e l a r e a l i d a d ; e s u n a

d e s c r ip ci ón d e l o t r o c u a n d o u n o n o

t i e ne contac to" , s e ña la .

Una cuestión que

pa r ece

nte re sante

p ara e l inv es t igado r e n

l a n o v e l a c h i l e n a d e l

s i g lo X X e s c o n s t a ta r

q u e " l a i m a g in a c i ón

es

nte rcambiab le

c o n l a r e a l i d a d . T o d o

p u e d e s e r i m a g in a d o ,

a l m i s m o t ie m p o la

e x p e r i e n c i a y l a i m a - g in a c i ó n s o n

equivalentes. Esto impl ica que lo que f i -

n a l m e n t e o c u r r e e s q u e l a i m a g i n a c ió n

t i e n e c i e r t o a r r a i g o s o c i a l " , c o m e n t a .

A s u j u i c i o , " e l r e l a to n a c i o n a l e n l a s

n o v e l a s d e l s i gl o X X e s t á c o m p u e s t o

p o r h o m b r e s e n l a c i u d ad , h o m b r e s

p r in c i pa l m e n t e d e c l a s e m e d i a . E n e s e

c o n t e x t o l o q u e s e v e e n l a s n o v e l a s e s

u n c o n f l i c to n a c i o n a l q u e e s d e c l a s e s

soc ia le s . En tonces uno p od r ía p reg un-

t a r s e d ó n d e e s t á n l o s o t r o s s u j e t o s , lo s

i n d í g e n a s , l a s m u j e r e s , e t c ., y la r e s -

p u e s ta e s q u e q u i e n e s e s c r i b e n e n e s t a

é poca son pa r te de l a

eli te o m e sócra ta s

—profesores, per iodistas, etc.- y son en

su m ayor ía hom bre s" , e xpl ica .

El t rabajo de Ignacio Álvarez no s invi ta

l a

novela

c o m o u n a m a n e r a d e r e p re s e n t a r

l a r e al i d a d . D e e s t e m o d o v e m o s c óm o

a t ravés de la n a r ra t iva s e cons t ruye e l

i m a g i n a r i o n a c i o n a l ; s u je t o s e i d e n t i -

d a d e s q u e c o n f i gu r a n n u e s t r a i d e a d e

na ción . Pa r a e l i nves t iga dor t a m b ién es

in t e re sante ana l iza r e l ro l de l a e scue la

e n e s t e proce so de con f igurac ión ide n-

t i ta r ia . En e l s ig lo XX la e scue la t i e ne

m u c h a i m p o r ta n c i a p a r a la n o v e l a

c h i l e n a c r i o l l a . " E n e l l a s e l e í a l a n a -

r rat iva de la eli te

y de la ol igarquía, Tal

com o se l e ía a M ar t ín Rivas e n e l s ig lo

XIX, e l co r pu s q u e se l e ía en l a escu e la

d uran t e e l s i g l o X X es t aba pen sad o para

l a c o n f i gu r a c i ón d e l i m a g i n a r io n a -

ciona l . S in em barg o , toda e s ta lec tura

n a c i o n a l is t a e n l a e s c u e l a t e r m i n a c o n

e l B o o m y c o n l a a pe r t u r a d e l o s m e r -

c a d o s i n t e r n a c i o n a l e s p a r a l a n o v e l a

chilena", explica.

D e s d e o t r a p e r s p e ct i va , c o n v e r s a m o s

con e l e scr i t o r y docu m ent a l i s t a Da u no

T ó t o r o , q u i én s e h a a c e r c a d o a l a

e s c r i tu r a d e s d e v a r i a s d i m e n s i o n e s .

T r a b a j a g u i o n e s p a r a c i n e , t e l e v i s i ón

y l i br e t o s p a r a t e a tr o . P o r m u c h o s

a ñ o s t r a b a jó c o m o p e r i o d i s t a a u t ó n o -

m o e s c r i b ie n d o a r tí cu l o s y e n s a y o s

a c e r ca d e

p r o b l e -

m a s s o c i a l e s e n A m é ri c a L a ti n a ,

nov e las y cuen tos . Es tud ió Bio log ía y

su fo r ma ción com o per iod i s t a y escr i to r

fue más b ie n au tod idac ta .

E n n o v i e m b r e d e 2 0 1 1 l a n z ó s u ú l ti m o

l ibro , la nov e la t i tu lada L o s t ie m p o s

55



LITERATURA

de la Caimaguana. C o n v e r s a m o s

s o b r e e l l a p e r o t a m b i é n a c e r c a d e

l a s i d e a s , e x p e r i e n c i a s y c e r t e z a s q u e

m u e v e n s u e s c r i tu r a . L o p r im e r o q u e

c o m e n t a e s q u e l l e gó a s e r e s c r i to r s i n

p rop onérse lo . "Ap aren temen te p arece

u n a m a j a m a m a d e c o s a s pe r o e n r e a l i -

d a d e s t á t o d o m u y r e l ac i o n a d o e n t r e s í

e n m i t r a ba j o . To d o t i e n e u n h i l o c o n -

du ct o r q u e a nu da c i e r t os t ema s q u e son

r e c u r r e n t e s , s o b r e t o d o l a r e s i s t e n c i a ,

e n t e n d i d a é s t a c o m o t o d o a q u e l l o q u e

s e p u e d e h a c e r pa r a n o s e r c o n s u m i d o

p o r e l s i s te m a e n t ér m i n o s s o c i a l e s e

ind iv idua le s" , ind ica .

P o r m u c h o t i e m p o t r a b a jó u n a e s c r i -

t u r a d o c u m e n t a l i s ta . H i z o p e r i o d i s m o

d e i n v e s t i ga c i ón , c r ó n i c a s , e n s a y o s e

inve s t igación e n t e r r e n o so bre conf l ic -

to s soc ia le s . Lueg o s a l tó de la c ró n ica

pe r iodís t ica a l a f icc ión po r l a l ibe r tad

q u e é s t a l e o t o r g a . " M e d i c u e n t a q u e

e n t é r m i n o s d e d e n u n c i a n o s o l o s i r v e

l a c rónica , e s de c i r , no ne ce sa r iam e nte

l a d e n u n c i a p u e d e e s t a r a m p a ra d a s o l o

en e l per iod i sm o" seña la . De su t r áns i t o

hac ia la e sc r i tu ra de f icc ión nos cue nta

q u e c o n e l p a s o d e l t i e m p o s i n t i ó u n a

c i e r ta f r u s t r a c i ón c o m o p e r i o d i s t a ,

" P i e n s o q u e a m u c h o s p e r io d i s t a s l e s

p a s a . C u a n d o u n o s e e n c u e n t r a c o n

r e a l i d a d e s i n c o m p r o b a b l e s , c u a n d o

u n o s e e m p i e za a h a ce r u n a i d e a d e l

m u n d o q u e t e ro d e a p e r o n o t ie n e s

l o s d o c u m e n t o s p a r a d e m o s t ra r a q u e -

l l a i m a g e n e n c u a n t o a e v i d e n c i a s , s e

siente cier ta frust ración. Por el lo der ivé

a la f icción, para de cir todo aque l lo que

n o p u e d o d e m o s t r ar e n e l p e r io d i s m o

fo rmal" , af i rma.

He desarrollado una capacidad

p a r a a t a r c a b o s y h a c e r c r u c e s d e

i n f o r m a c i ón . A s í c o m i e n z a n a r e s u l -

t a r t e obvios c ie r tos vínculos e n t r e una

i n f o r m a c i ó n y o t r a , u n p e r s o n a j e y

o t r o , e tc . E s c a rb a n d o u n p o c o s e a r m a

u n a h i s t o r i a pe r o t e d a s c u e n t a q u e n o

h a y d o c u m e n t o s q u e l o r e s p a ld e n " ,

nos e xpl ica . Ante e s to , Pa ra T ótoro no

h a y m e j o r h e r r a m i e n t a q u e l a n o v e l a ,

d o n d e e n c u e n t r a la l i -

b e r t a d a b s o l u t a . No e s

evas i ón , s i n o o t ra f o rm a

d e d a r le c o n t e n i d o y

v o z a te m a s q u e l e i n -

t e r e san. "Uno inve nta a

a lguie n, un pe r son a je o

u n a l t e r e g o q u e p u e d e

d e c i r l a s co s a s q u e u n o

m i s m o h a i n v e s ti g a d o ,

p e r o e s t e pe r s o n a j e n o

t i e n e l a s a t a d u r a s q u e

t i e n e u n o a l p u b l i ca r

e n u n m e d i o d e c o m u -

n i c a c i ón f o r m a l po r

m ás l ib re que e s t e s e a" ,

expresa.

Sobre la libertad

q u e o t o r ga l a n o v e l a

D a u n o T ó t o r o n o s e

encasilla en ningún

e s t i l o n i s e u b i c a e n

a l g u n a g e n e r a c i ón d e

e s c r i t o r e s , l o q u e p r o -

b a bl e m e n t e t ie n e q u e

v e r c o n s u f o r m a c i ón

autodidacta y, por sobre

t o d o , c o n l o s i n t e r e s e s

q u e m o v i l i za n s u s t r a -

ba jos . En todos e l los s e

obse rva un s e n t ido pe r -

m a n e n t e d e a l e r t a p a r a

r e s i s t i r . " M i t r a b a j o ,

e n t o d o s l o s á m b i to s ,

Dauno Tó toro Taul is

p asand o p o r e l g uió n , p o r la f icc ió n o

e l docu m ent a l , ti ene q u e ver con b u sca r

formas d e r e s i s t e nc ia y de nu nc ia r" , e x-

p l ic a . P o r e l l o t i e n e p a r ti c u l a r i n t e r é s

e n c ó m o s e o r g a n i za n l a s c o m u n i d a d e s

pa r a r es i s ti r y se h a concen t r a do m u ch o

en conocer de ce r ca movimien t os de r e -

s i s t e n c i a in d í g e n a e n m u c h o s l u g a r e s

56



REVISTA OCCIDENTE

de Am ér ica L a t ina (2) . En e s t e ám bi to

s u q u e h a c e r co n l a s c o m u n i d a d e s h a

s i d o t r a n s v e r s a l, y a q u e , p o r e j e m p l o ,

t e m a s c o m o e l t r a ta m i e n t o d e l a g u a

l o h a n l l e v a d o a t r a b a j a r ta n t o c o n

c o m u n i d a d e s i n d í ge n a s c o m o c o n o r -

ga n iz a ciones de pesca dor es a r t esa na les

o d e peq u eños a gr icu lt o r es . Todos es t os

t e m a s e s t á n p r e s e n t e s e n s u s n o v e l a s y

es l o q u e lo d i s t i ngu e como a u t o r ,

" P i e n s o q u e l a l i te r a t u ra c h i l e n a m o -

d e r n a o c o n t e m p o r á n e a t ie n e u n r a s g o

m u y i n t i m i s t a , la s h i s t o r i a s o c u r re n e n

e spac ios ce r rados . T a l ve z e n m i caso,

d a d a m i e x p e r ie n c i a e n t e r r e n o y p o r

e s ta r marcada por lo s v ia je s , mi e sc r i -

t u r a e s d i s t in t a . Lo m í o v a p o r u n l a d o

c o m p le t a m e n t e d i fe r e n t e . M i s p e r s o -

n a j e s a n d a n e n l a s e l v a , s e a h o g a n e n

r í o s , v i a ja n e n buque s p i r a t a s " , n o s

cue nta . L os pro tagonis ta s de su s nove -

l a s p e r s i gu e n s u j e t o s q u e , a m p a r a d o s

en r e l a c ione s po l í ti ca s , se ded ica n a a r -

t icu la r r edes de poder , r edes de con t r o l ,

a d m i n i s tr a c ió n y e x p l o t ac i ón d e l o s

r e c u rs o s q u e s o n m á s c a r o s p a ra l a h u -

ma nida d . "A q u el los r ecu r sos q u e va n a

de te rm ina r l a fact ib i lidad o no fac t ib i -

l i d a d d e n u e s t r a e s p e c i e e n e l p l a n e t a

e n un fu turo no muy le j ano" , e xpl ica .

" E n

l a n o v e la y o m e m u e v o p o r e l

c a m i n o d e l a s g r a n d e s c o n s p i r a c io -

n e s " , a fi r m a . L o s g r a n d e s t e m a s q u e

t r aba ja e n sus o bras t ie ne n que ve r con

e l c o n t r o l d e gr a n d e s e m p r e s a s s o b r e

l a s s e m i l la s , l a ind us t r ia fa rmacéut ica ,

s o b r e l a s p l a n t a s y c ó m o é s t e i n f l u y e

d i r e c ta m e n t e e n e l co n t r o l s o b r e l o s

t e r r i to r ios y , por t a n t o , sob r e l a s com u -

n ida des , " P a r a m í e s o s s o n

los grande s

t e m a s d e l m o m e n t o " , in d i c a . A T ó to r o

le in t e re sa de ve la r qu iéne s e s tán de t rás

d e l a s g r a n d e s c o n s p i r a c io n e s y p a r a

e l lo cons t r u yó u n per sona j e con e l cu a l

h a t r a b a ja d o t r e s n o v e l a s q u e p o s e e n

u n h i l o c o n d u c t o r . " M i p e r i o d i s t a fi c -

t i ci o i n v e s t i g a a e s a s p e r s o n a s r e a l e s .

Así escribo novelas de cómo funciona e l

m u n d o " , s e ña l a .

E n

L o s t ie m p o s d e l a C a i m a g u a n a

a p a r e c e e l p e r i o d i s t a d e l c u a l n o s

ha b l a . " E s un p e r i o d i s t a n o t i t u l a d o

q u e n o c r e e e n n a d a , n i s i q u i e ra e n l a s

c o n s p i r a ci o n e s , a u n q u e f i n a l m e n t e s e

i n v o l u c r a e n

e l la s y s i e mpre

sa le b ien p arado", nos cuen ta .

S e t r a ta d e u n t e j i d o d e h i s t o r i a s p a-

r a l e l a s e n t ie m p o s p a ra l e l o s d o n d e l o

que ocur re e n la h i s to r ia in ic ia l inc ide

e n l a s p o s t e r i o r e s , p o r lo q u e l o q u e

s e h a g a e n e l p r e s e n t e i n f l u i r á d e c i s i -

v a m e n t e e n l o q u e o c u r r ir á a f u tu r o .

" E s t a n o v e l a t r a ta d e l o r i ge n d e l a q u e

s e a u to d e n o m i n a

c o m u n i d a d d e lo s

r e s i s t e n t e s ,

q u e l o s o n p o r q u e q u i e -

r e n r e s c a t a r l a po e s í a s i n s a b e r q u e a

f u tu r o s e r í a n r e c o r d a d o s c o m o q u i e n e s

quer ían sa lv ar e l p lane ta" , comen ta e l

autor.

" E s u n a

n o ve l a d e

a n t i c i p a ci ó n y

u n a d e n u n c i a d e l a g r a n c o n s p i r a c i ón

m u n d i a l q ue e s t a m o s s u f ri e n d o c o n

u n a t r e m e n d a i gn o r a n c i a d e l 9 9 % d e l a

p o b l a c i ó n " , c o n c l u y e . r j

N o t a s

1. A ctu a lmen t e , se encu en t r a

t r a b a ja n d o

e n u n a e d i c ió n c r ít i ca d e l o s c u e n t o s

d e M a n u e l R o ja s y t a m b i én e n e l p ro -

yec to Fo n d ec y t " I d en t id ad n ac i o n a l en

l a n a r ra t i v a ch i l e n a d e l o s a ñ o s ' 90 a l

2010".

2 , D e s t a c a s u t r a b a j o s o b r e e l E j é r c it o

Z a p a t i s ta de L i b e r a c i ó n N a c i ona l e n

Chiapas. Escribió dos l ibros: Zapatis tas

y ZLN

e l

ejército que salió de la

selva, El pr imero de e l los publ icado en

Planeta M éxico y e l o t ro en Argen t ina.

5 7



LITERATURA

Fr a n c isc o M ir a l le s

u n D a V in c i

ch i l eno

E r a u n a t a rd e c o m o s o n t o d a s la s d e l m e s

de ener o en San t iago. Bajo los ár bo le s

d e l j a r d í n , F e d e r i c o i y o , d i s c u t ía m o s f r e -

c u e n t e m e n t e s o b r e l a s fu e r z a s s e c r e t a s d e

l a Na t ura l eza i mui e spec ia lmen t e so b re

m a g n e t i s m o . P o r m i p a r t e , a u n q u e h e

v i s to m u c h a j e n t e s é r ia e i l u s t r a d a c r e e r e n t a l e s c o s a s , se

m e h a c i a s ie m p r e c u e s t a a r r ib a a c e p t a r l a s a u n q u e f u e s e e n

hlhótesis9

Es ta s s on la s p r imera s l inea s de la nov e la más s o rp rend en te es -

cr i ta en C h i le a l f ina l de l s ig lo X IX y u na d e la s p r imera s ob ra s

l i te r a r i a s e s c r it a en e s paño l d o n d e s u co n t en id o s e en m ar ca en l a

t em át ica q u e h oy deno m ina m os " l i t e ra tu ra de c ienc ia ficc ión" ;

su t i tu l o , "DE SDE JOD ER. Cu r ioso v ia je de u n san t ia -

guino magnet izado";

s u a u t o r , e l c o l c h a g ü i n o

F r a n c i s c o

M i ra l le s ( 1 8 3 7 - 1 9 0 5 ? ) .

E n e s t a n o v e l a s e r e l a t a n l a s c o r r e r ía s d e C a r l o s , u n i n q u i e t o

s a n t i a gu i n o q u e p o r m e d i o

d e l m a g n e ti s m o l le g a a l a

ex t rao rd i n ar i a c i vi l i zac i ón

q u e e x i s t ía e n e l p l a n e t a

J úpi t e r y qui en , a su a r r i bo

a l g ig a n te Jov ia no , d es cr ib e:

"Écheme a ver la c iudad en

sus detal les , i observé que todas las ma nzanas

dispuestas como están en Sant iago, estaban

c ons t ru idas , s in e mba rg o , de u na ma ne ra

qu e hac í an a lg o c omo e norm e s i so -

b e r b i a s p i r á m i d e . F o r m a b a n

P a r a m a y o r f id e l i d a d c o n

l a o b ra d e M i ra l l e s ,

c u a n d o s e t r a n s c r i b a

a l g ú n p á r r a fo d e s u r e l a t o

s e u t i l i z a rá l a o r t og ra f í a

o r ig ina l de l a ép oca .

Robe r to P l i sco f f Vásqu e z

Co l e cc i o n i s t a , c r ít i co e i n v e s t i g a d o r d e l a

c i e n c i a f i cc i ón y p a l e o f i cc i ón ch i l e n a

la s ca l les , a n ch a s i pa v im en -

t adas c omo s i f u e se n ve re das , g rande s c asas , t odas de

igual a l tura i con magni f icas azo teas , verdaderos p ases

aéreos donde t ra f icaban m ul t i tudes dejen tes , ba jando a

l a s c a l l e s i n f e r io r e s p o r e s p a c i o s a s e s c a l e r a s .

L a s

a con tec imien tos q u e v iv e s e in ic ia n cu a ndo , a c ica tea do p or

su cur iosidad por explorar este mundo, pasa a ser par te de l debate

que , de sde an te s d e su l l e gada , s e e s taba dando e n l os á m bi tos

cient íficos de Júpiter sobre e l grado de civi l ización que ten ían los

m ora do res de la T ie r ra en com p a ra c ión con s u p rop ia c iv il iz a -

c ión . P a ra es tu d ia r e l fenó m eno y ob tene r p ru eb a de lo s h ech os

q u e p e r m i t ie r a n s u e v a l u a c i ó n , u t i l i za b a n e l

M i c r o s c o p i o

Indef in ido,

i n s t ru m e n t o q u e l e s p e r m i tí a ve r h a s t a e l m á s

m í n i m o d e t a l le d e l o q u e s u c e d í a e n n u e s t r o p l an e t a y c o n t r a s -

t a r e s t o s s uces o s co n s u r ea l id ad h i s t ór ica , eva luan d o co n e l lo e l

nú m ero de a ñ os de ev o lu c ió n q u e lo s s ep a ra b a n . P o r s u p u es to ,

e l

Microscopio Indef in ido

e s o r i e n t a d o h a c i a S u d a m é r ic a ,

d o n d e c a p t a b a i m á g e n e s d e S a n t i a g o d e C h i l e , l a s q u e , p r o -

y e c t a d a s e n l a g r a n s a l a d e l a

c i en c i a , pe rm i t ía

s u o b s e r v a c ió n

e n

" u n a p a r e d

d e s n u d a i e s -

tucada de blanco op aco i de grano f ino como la

más f ina p orc e lana . E l i n s t ru me n to sac aba fo to s de

extraordinaria n i t idez , las cuales era n ana l izadas

por los cien t í f icos y proyectadas e n la pared dis-

puesta p ara es tos efectos".

C o m o e r a d e e s p e r a r , l o s r e s u l ta d o s s o n p e -

nosos para nues tra civil ización: 389 años

d e r e t r a s o p o r q u e s e t e n ía l a c o s t u m -

bre de fum ar ; 1 45,7 años por e s ta r

d i v i d i d o s e n r e i n o s , p u e bl o s y

na ciones ; 14 5 a ñ os p o r no s a b er

q u e c o n l a e n e r g ía d e l s o l s e

58



REVISTA OCCIDENTE

pued e gen e r a r e l ec t r icid ad

y c o n e l l o n o d e r r o c h a r

r e c u r s o s n a t u r a l e s , y p o r

ú l t i mo,

"e l u t i l izar p ó l -

v o r a p a r a m a t a r se u n o s

a o t r os , cor r es ponde a una

é p o c a s o l o p o s t e r i o r a l a d e l

ta ba co f um a d o : 344.7 a ño s . S in

em b a rgo , t a mb ié n s e d i s t ing u en ev en tos q u e

d e m u e s t r a n p r o g re s o e n n u e s t r a c iv il i za c ió n y q u e n o s

pe rmi te n ac or ta r l a "b re c ha c u ltu ra l " , c om o por e j e mpl o , e s ta r

ya e s t ud ian d o lo s s i s t em as d e vue lo , co n lo que s e po d r ían r e s t a r

145 años de los ya acumulados por las otras var iables .

E l e s c r it o r q u e p l a n t e a e s t o s l a p i d a r i o s c o n c e p t o s f u e d o n

F r a n c i s co M i r a l le s , q u i e n n a c i ó e n S a n t a C r u z , C o l c h a g u a ,

R e gi ón de l Li be r tador Be rn a rdo 0 1 1 i ggi ns , e l 4 de oc tubre de

183 7 '. Lam en t ab lem en t e , d e s us pr im e r o s año s d e v id a , a s í co m o

de s u fa m i l ia , h a y mu y p oca in fo rm a ció n ; s o lo s e t i ene ce r t ez a

de s u en s eñ a nz a , y a q u e cons ta q u e des p u é s de a v ecinda r s e en

Sant i ago re c i be su e duc ac i ón e n e l Ins t i tu to N ac iona l , de l que

eg res a p a ra s egu i r l a ca r r e ra de ing en ie r ía en la U n iv er s ida d de

C hi le , d o n d e o b t i en e s u t i t u lo d e e n 1856. Su ac t iv id ad pr o fes io -

n a l l a e j e r ce en l a C o m is ión Nac io n a l d e G eo d es ia y luego en l a

Em pr es a d e F e rr o car r il e s .

P ros i s t a de fu s te , no s o lo es cr ib e nov e la s s ino q u e r ea l iz a fu er t e

crít icas a la clase polít ica y la sociedad de su t iempo. Sus punto

de vista sobre estos temas están presentes en

D E S D E O P I T E R . ,

d o n d e , al m e n c i o n a r a l C o n s e j o d e E s t a d o , e l S e n a d o y l o s

D ip u ta dos , s eñ a la q u e

"Ignorando qu e las fuerzas in te lec-

t ua l es n o pueden ser suma da s , pues t o q ue e l i n te l ec t o y

la idea no nace de l número de los individuos reunidos,

se han imag inado e n la Tie rra qu e s i n ing u no de e l lo s

t i en e in te l igen c ia su f ic ien te pa ra un o b je to ,

r e u n i d o s e n t r e m u c h o s p u e d e n d is c u r r i r

mejor. 1 es curiosí s imo este fenómeno,

d e s d e q u e h a n t e n i d o s u f i c ie n t e

t i e m p o p a r a c e r c i o r a r s e p o r s u

p r o p i a e xp e r i e n c i a , d e lo q u e

h a c e u n h o m b r e t a l e n to s o n o

D el d i c c i ona r i o Bi ogr á f i c o de C h i l e , de P edr o

P a b l o F i g ue ro a , Cua r t a e d i c i ó n ,

puede h acer lo e l in f ini to de los

t o n t o s r e u n i d o s ; i s in e m b a r g o ,

t i e ne n nu me ros í s imos c u e rp os

l eg is la t ivo s , co mo s i l e -

g is la r fu e se u n

h e c h o a n á l o g o

a mp u jar u na p a re d o l e van tar

u n

e dru sc o , ac to e n qu e se e f e c túa u na su ma

r e a l d e f i te r z a s .

P e r o n o t o d o e s c r i ti c a , t a m b i é n m u e s t r a e n s u n o v e l a s u p r e -

ocu p a ción p or la s nu ev a s t ecno log ía s q u e es tán na c iendo e n s u

t ie m p o c o m o l a l o c o m o c ió n a é r e a q u e e n f o r m a i n c i pi e n t e s e

empezaban a conocer en Chile y respecto de las cuales Francisco

M i ra l l e s ya había c ausado i m pac to a l i nv i ta r a la s nue vas ge -

n e r a c i o n e s a p r e o c u p a r s e d e l t e m a e n u n l a r g o a r t i cu l o e l 2 9

d e n o v i e m b r e d e 1 8 8 9 e n d i a r i o E l Fe r r o c a r r i l, Nu e v a m e n t e

e n D E S D E J U P I T E R . ..

s e ñ a l a s u i m p o r t a n c i a a l pl a n t e a r

u n n o v e d o s o m e d i o d e t r a n s po r t e q u e l o s j o v i a n o s u t i li z ab a n :

`Absor to e s taba e n e s ta c on te mp lac ió n qu e me d i s t ra ía

del objeto de mis medi taciones , cuando veo descender a

mi lado u n hom bre qu e m e p are c ió c a í do de sde e l a l to

de la a tmós fe r a . Tr a í a e s t e hombr e un apar a to s uma-

mente l igero i e lementa l en su construcción , i que doblo

con gr an r ap idez , r educ iendo s u vo lumen a un ob je to

a lgo may or qu e u n p arag u as c e rrado e n su fu nda . Con

este mecanismo, había , a l parec er , a travesa-

d o p o r e l a i r e .

N o o bs tan t e , d o n d e M i r a ll e s d em ues -

t r a u n d i s c e r n i m i e n t o c i e n t í fi c o

s o r p r e n d e n t e e s c u a n d o d e s c r i b e

q u e Ca r lo s , e s t a ndo de v i s i t a en u n

l abora to r i o , un profe sor que l o ac om-

p a ñ a le d e m u e s t r a c o m o " a l ir q u i t á n d o l e

c a lo r a l o s o b j e to s " e s t o s d i s m i n u y e n e n

t a m a ñ o h a s t a t r a n s fo r m a r s e e n c u e r p o s

59



LITERATtIFL4

microscópicos. "

E l P r o f e s o r s e ñ a l a ; y a

l o v e i s , r e p i t o , a l o q u e s e h a r e d u c i d o t o d o p o r

l a e x tr a c c i ó n c o n t in u a d e c a l o r ; i e s e v i d e n t e

q u e s i s e c o n t i n u a p o r e l m i s m o c a m i n o , l le g a -

r á a d e s a p a r e c e r d e n u e s t r a v i s t a . Im a g i n a d q u e

i gu a l c o s a s e h a g a c o n e l u n i v e r s o e n t e r o i q u e s e l e

e x tr a i g a c a l o r i n d e f i n i d a m e n t e ; e s c l a r o , q u e l l e g a r á u n

m o m e n t o e n q u e e l g r a n t o d o s e h a b r á r e d u c id o a u n a

p a r t í c u l a i n v i s i b le . E s t a p a r t íc u l a p r i m i t iv a u n d í a f u e

c r e a d a p o r e l P a d r e , a n t e s q u e s e h u b i e r a c r e a d o e l c a l o r

i con él la luz i sus demás formas, i de esa partícula

primitiva, en su expansión infinita, salió el universo

v i s i b le , in f i n i to , m e r c e d a l a c r e a c i ó n d e a q u e l l o s e l e -

m e n t o s .

3

S i n d u d a , u n a n o v e l a q u e p o r l a s i d e a s e s b o z a d a s p o r l o s h a -

b i ta n tes de Jú p i t e r , p o r l a s técn ica s q u e s e s e ñ a la n o p o r t em a s

d e f u t u r o , n o d e s m e r e c e n a n t e l a s a c t u a le s n o v e l as d e c i e n ci a

ficción.

Sin embargo, Francisco Miral les no so lo se desenvolvió como un

a v en ta ja do es cr i to r . Fu e, a dem ás , u n a de la n ta do inn ov a dor p o r

sus p ropue s ta s t e c no l ógi cas ; c om o e je m pl o , e n 1 8 74 h i zo pu-

b l ica r s u des cu b r imien to de có mo p rodu ci r

a g u a p o tab le a p a r ti r de l a g u a de l m a r a u n

p rec io más b a jo q u e a q u e l q u e p rodu cía n

la s ma q u ina s des t i l a do ra s de es e t i emp o.

T a m b i é n e n

" D E S D E J U N T E R . .. ",

s i e n d o u n a i d e a m u y n o v e d o s a p a ra l a

época, señala la ut i l ización m as iva del

a lu min io en la s v ivienda s y m ob i l ia -

r io 4 . Ig u a l m e n t e , f u e i n n o v a d o r e n

l a s a r te s p i c tór ic as , ya que e n sus

a r t í cu l os so bre l a

" Te o r í a d e l o s

Colores",

a l p la n t e a r n o v e d o s a s

i de as so bre e l c óm o p i n ta r ; fue

a d e m á s i n ve n t o r d e u n s i s t e m a

de r e t r a to s a l ó leo , á r ea don de

de s tac ó c omo un no tab l e r e t ra t i s ta

3

E n 1 9 4 8 , e l f ís i c o G e o r g e G a m o w , p l a n t e ó q u e e l u n i ve r s o s e c r e ó a

p ar t ir d e un a g r an exp l o s i ó n (Bi g Ban g ). R ec i en tem en te , i n g en i o s es -

p ac i a l es p ues to s en ó r b i ta han co n seg ui d o "o í r " l o s v es t i g i o s d e es ta

gigantesca explosión primigenia.

4

e ci én e l a ño 1889,

K a r l B a y e r

Paten tó

u n p r o c e d i m i e n t o

pa ra e x -

t ra e r l a

alúmina

d el ó xi d o d e a l um i n i o a p ar t ir d e l a

b a u x i t a .

no solo de

p i n c e l s in o t a m b i é n

e n e l m a n e j o d e p l u m a .

Otra á r ea don de t a m b ién fu e u n

pionero es en la fo tografía, ar te recién l legado a

Chile en esa época.

E s t a p r o l í fi c a vi d a d e v i s io n a r i o e i n n o v a d o r s e c i e rr a c o n

su propue s ta de sc r i ta e n su ú l t i ma o bra l i te ra r i a , la c ua l e s un

in t e r es a n te y comp rom et ido ens a y o s o b re la s té cn ica s de v u e lo

que t i tu l ó

L a L o c o m o c i ó n A é r e a

5, e n l a c u a l , a n a l i z a n d o l a

f o r m a d e l pe r f il a l a r d e l a s aves , ve en e s t e d e t a l l e l a po s ib i l i d ad

de l v u e lo m u ch o m a s ef icien te q u e lo s g lob os d i r ig ib les t a n p o-

pulares a pr incipios del s iglo XIX.

Francisco M iral les , ingeniero , pin tor , escr i tor , fo tógrafo, ensayis -

t a , há b i l y sa rcá s t i c o pe r i od i s ta , fue un hom bre de c ua l i dad e s

des lu m b ra n tes q u e d ie ron p ie p a ra u na vida o r ig ina l y l l ena de

or iginales creaciones , Fue un hombre de espír i tu recto y cult iva-

d o , a c r e e d o r d e r e c o n o c i m i e n t o p ú b l i co y e n q u i e n l a s a c t u al e s

g e n e r a ci o n e s d e b e r í a n t e n e r u n e j e m p lo d e v id a q u e c o n o c e r e

imitar. [1]

Ficha t écn ica de l a ob ra :

T i tu l o : D E S D E J Ú P I T E R , C u r i o s o v i a j e d e u n s a n t i a gu i n o

ma g net iz a do .

S eg u nda ed ic ión: 1886 , Imp ren ta C erv a n tes . 333 p p ,

Autor: Francisco Miral les .

5

L o c o m o c i ó n A é r e a . E d i ta d o p o r : Im p r e n t a C e r v a n t e s . S a n t i ag o d e

Chile, 1889.

60



REVISTA OCCIDENTE

1

s t iem pos de l p leb isc i to en t re e l Sí y e l No, que iba a

p o n e r t é r m i n o a l a d i c t a d u r a y a b r i r l a s p u e r t a s a l a

d e m o c r a ci a , s o n e l t e ló n d e f o n d o d e e s t a n o v e l a q u e

obtuvo e l Premio Planeta-Casarnér ica en 2011. La prosa

l ím p i d a , gra t a , fác i l d e A n t o n i o S k árm e t a t r a n s p a re n -

t a u n a h i s t o r i a e n fo c a d a d e s d e l a ó p t ic a d e N i c ó m a c o

S a n t o s , u n e s t u d i a n t e a d o l e s c e n t e d e l In s t i t u to N a c i o n a l , y d e u n

na r r a do r e n t e r c e r a p e r son a . A t r a vé s de c a p í tu l os a l t e r na d os v a

d a n d o c u e n t a d e l d e s a r r o ll o d e l o s h e c h o s , q u e p a r te n c o n e l s e -

cues t ro de un profeso r de Filo sof ía, e l padre de Nico San tos , desde l a

sa la de c lases , y desem bocan en e l d i f íc i l reconocim ien to de l t r iunfo

del No.

E s o , e n c u a n t o a l o s s u c e s o s m á s o m e n o s h i s t ó r ic o s , po r q u e e l

re lato no se c iñe a la verdad objet iva, Po r e jem plo, es tá e l degüel lo

d e l o s t r e s p ro fe s io n a l e s c o m u n i s t a s pe ro r e d u c i d o a s o l o u n o , e l

E d i t o r i a l P l a n e t a

p r o fes o r d e i n g l é s y ac to r R o b e r to Pa r ad a , qu i en n o f ue v íc t im a d e

a q u e l l a a c ci ó n d e m e n c i a l p e ro l o fu e s u h i jo Jo s é M i g u e l, ju n t o a

Manuel Guerrero y Santiago Natt ino .

Hay o tra l ínea de acción en e l desar ro l lo de l a novela, e l amor j uve-

n i l de Nico San tos y P atr ic ia Be t t in i , quien es h i ja de l publ ici s ta que

encabeza la campaña te levis iva del No, con e l s ímbolo del arco i r i s

y F lo r c i t a M o tud a c o m p o n i en d o l a l e t r a d e l V a l s d e l N o

sobre l a m ús ica de l Danubio Azul de Strauss , Y

e n e s t a l ín e a s e m a n i f i e s ta e l t a l e n t o n a r ra t i v o

d e l au to r p a r a b r i n d a r un r e f r e s c an te p a r é n te s is

d e s e n t i m e n t a l i s m o d e b u e n a l e y q u e m a t i z a

la aspereza de la v iolen c ia pol ít ica y de l ic tuosa

p r o p ia d e aque l t i em p o .

U n a h i s t o r i a a m a b l e q u e s e l e e c o n ra p i d e z , q u e i t

r e m e m o r a u n p a s a d o o s c u r o , p e r o e n c i e r r a u n

m e n s a j e d e l u m i n o s o o p ti m i s m o , q u e e l l e ct o r

agradece.

A n t o n i o R o j a s G ó m e z

Los días del arcoíris

( n o v e l a )

A n t o n io S k á rm e t a

t

ANTONIO la

1

.t

\us

sn.104.

Prontuarios y claveles

( n o v e l a )

Om ar Saavedra San t is

S i m p l e m e n t e E d i t o r e s , 4 4 0 p á g in a s

E

51

ove la des taca en la ac tua l prod ucc ión l i t e ra r ia na-

c i o n a l p o rq u e , a d e m ás d e s u c a l id a d i n t r ín s e c a , o f re ce

á n g u l o s n o v e d o s o s q u e n o s u e l e n e s t a r pr e s e n t e s e n

n ues t r a n a r r a t i va . Y un o d e e l l o s e s e l hum o r . L a n o v e-

l í s tica chi lena se caracter iza por su so lem nidad. Nues tros escr i to res

s e t o m a n m u y e n s e r i o y e s t á b ie n q u e l o h a g a n , p e r o c u á n to s e

a g ra d e c e u n a s o n r i s a e n l o s d u r o s a v a t a re s a q u e n o s e n f r e n t a l a

v i da y s i su r g e a l g u na c a r c a j a da , t a n t o m e j o r . E n "P r on t u a r i os"

h a y h u m o r d e b u e n a l e y , q u e c o n d u c e a l l e c to r i n c l u s o a l a c a rc a -

j ad a , s i n p o r e s o d e ja r d e p r o fun d i za r , co n ag ud eza , en l o s g r an d es

t e m a s d e h o y .

E n l a n o v e l a e s tá n p r e s en te s d o s C h i l e : e l d e l o s d e ad en t r o y e l d e

l o s d e a f ue r a . E n c ap ítu l o s a l t e r n ad o s s e n o s v a t e j i en d o l a h i s to r i a

d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l o s c h i l e n o s q u e v i v e n e n e l p a ís y d e

aquel lo s que se encuen tran en e l exi l i o . Ambos v i sual izan lo s acon-

t ec i m i en to s d e d i s t i n ta m an e r a .

O t r o á n g u l o que d ef i n e e s ta n o v e l a e s l a p o l ít i ca f i c c ió n , L a r ea l i -

dad pol í t ica nac iona l , en espec ia l la d ic tadura y la repres ión, e s tá

p re s e n t e e n b u e n a p a r t e d e n u e s t ra p ro d u c c i ón n a r ra t i va p e ro , e n

g e n e ra l , lo s a u t o re s b u s c a n a t e n e r s e a l a c o n t i n g e n c i a r e a l . O m a r

Saavedra se a l e ja de esa tendencia. Lo inven ta todo . Pero lo i nven ta

c o n an c l as en e l ac o n tec e r r ea l .

E l a r g u m e n t o c o m i e n z a cu a n d o e n C h i l e

s e e l i g e a l a p ri m e r a m u j e r P r e s i d e n t e d e l a

Repúbl ica, Argen t ina V aldés en l a novela, quien

t i en e un a am i g a d e to d a l a v i d a , B ea t r i z, en an a

y jo robada, a quien l l eva al gabinete y es su con-

f iden te y aseso ra po l í tica.

L a n o t i c i a d e s u e l ec c i ón r ep e r c u te en e l m un d o en te r o , y en t r e l o s

e x i l i a d o s c h i l e n o s e n B e r l í n h a y u n o , e x e s t u d i a n t e d e a c t u a ci ó n

en e l I T U C H , que v e i n t i tan to s añ o s a t r á s b a i l ó t r e s c an c io n es c o n

l a e n t o n c e s ju v e n i l e x i l ia d a A rg e n t i n a V a l d é s e n u n a r e u n i ó n d e

es tud ian tes en B er l ín Orien ta l . Y aquel epi sod io i r re l evan te -de l que

l a P re s i d e n t a n o g u a rd a m e m o r i a - l e h a c e vi s l u m b ra r l a p o s i b i li -

d ad d e o b ten e r un a ag r eg ad ur ía c u l tu r a l en E ur o p a . Pe r o c o m o s us

luces son e scasas , busca e l apoyo de o t ro exi l i ado , escr i to r f racasado

que con oció el éx i to con su pr im er l ibro pero aho ra, seca su creat i -

vidad , s e gana l a v ida escr ib iendo tes i s docto ra l es por encargo .

En la cons trucción narrat iva hay, pues , dos pares de personajes , En

Chi le, l a Pres identa y su min i s tra. En Ber l ín , e l escr i to r y su amigo

bas tante desperf i lado al que ha de cons trui r l e una personal idad que

re su l ta h i la rante .

L a a c c ió n o s c i l a e n t r e l o s d e a c á y l o s d e a l l á y v a n o c u r r i e n d o

a c o n t e c i m i e n t o s q u e e n r i q u e c e n l a n a r ra c i ó n y l a c o n d u c e n a u n

c l ím a x i n e s p e ra d o . En e l i n t e r t a n t o v a m o s c o n o c i e n d o l a r i c a in -

t e r i o r id a d d e l o s p e r s o n a je s , s e re s c o m p l e jo s a q u i e n e s l a v i d a l e s

p r o v o c a en tus ia s m o s y d e s en g añ o s has ta r em ec e r l o s p o r c o m p l e to

d e m o d o que l l egan a en f o c ar s e a s í m i s m o s c o n un a ó p ti c a in i m a-

ginada y desconcertan te.

" P r o n t u a r io s " e s u n a m u y b u e n a n o v e l a , q u e p u d o s e r

e x c e l e n t e s i e l a u t o r n o s e h u b i e s e e n g o l o s i n a d o c o n s u

p r o s a , d e ex c e l en c i a , s i n d ud a , p e r o que t e r m i n a p o r l en -

t i fi c a r l a ac ci ó n , Y e n e l r e s um e n f i n a l d e l a o b r a l o que

pesa es l a cons t rucción de l a h i s to r i a , de n o table o r ig ina-

l idad, más que las vi r tudes es t i l í s t icas que has ta pueden

resul tar exces ivas s i no es tán a l s e rvic io de l re l a to .



ND CULTUR L

Los Amados inauguran temporada teatral en el Nescafé de las Artes

Con e l e spec tacular e s t reno de l afam ado grupo tea t ra l -musica l "Los Am ados",

e l Teat ro Nescafé de las Ar tes dio inic io a su tem porada 2012. La com pañía

ar gen t in a d e l e i t ó a l púb l ico s an t i aguin o co n u n a pues t a en e s cen a l l en a d e

h u m o r e i r on í a y , p or sob r e t odo , m u y e n t r e t e n i da . Con a c t u a ci one s d e l i r an-

tes, los "Am ados" convir t ie ron e l escenar io —vestuar io y maqui l la je— en un

universo que se remo ntó a los 50 con boleros, chachachá, merengues y hasta

rock and ro l l . Talentosos, grandes comed iantes y grandes músicos.

A l f re do S a i n t -J e an y P ab l o D i t t bor n .

Andreas Boden bofer , Tessa Agua D é y Jul io Jung.

Antonio Skármeta y Sergío 71-abucco.

Julio Iglesias regresa a Chile

Para promocionar su d isco "1", recopilación de 36

de sus más grandes éxi tos, gi rará por n uest ro país e l

cantante la tino que m ás discos ha vendido en la his-

t o ri a d e l a m ú s i c a p o p u l a r. J u l io I g l e s i a s, c o n m á s d e

40 años de car rera, dice estar en de uda con e l públ i-

co chi leno luego d e su d ébil presentación d e 2011 y

real izará cuatro show s en escen ar ios nacionales con

s u tou r q u e y a h a p a s a do p or C a na dá , Arg en t ina ,

Rusia, Portugal, Brasil, Sudáfrica e Israel. El sábado

7 de abr i l inic iará sus presentacione s en las Ruinas

de H uanchaca, en la c iudad d e Antofagasta; e l lunes

9 se t ras lada hasta Co ncepción, para presentarse en

e l Teat ro Con cepción; e l miércoles 11 actuará en e l

Arena de P u er to M ona y ce r ra rá s u s p res en ta c io -

n es en C hi l e co n un s ho w en e l M o vis t a r Ar en a d e

S a nt ia go e l v ie rnes 13 de a b r i l , con en t ra da s q u e

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p r i n c i pi o " , m u e s -

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s u a c l a m a d o d i s c o " M ú s i c a L ib r e " , e n e l q u e v e r s i o n a n a l c a n t a u t o r

c u ba n o S i l v i o R o d r í gu e z . A h o r a , l a a gr u p a c ió n r a d i c a d a e n M é x i co s e

t r a s la d a h a s t a e l e x t r e m o n o r t e d e C h i l e p a ra o f r e c e r d o s c o n c i e r t o s ,

e l p r im e r o e n e l g i m n a s i o " R o c k a n d S o c c e r" d e A n t o f a ga s t a , e l 1 1 d e

abr i l a las 21:00 h oras (Av. Ejé rc i to s /n) , y a l día s igu ien te , 12 de a br i l ,

l l e v a r á n s u e s p e c t á c u l o h a s t a l a c iu d a d d e I q u i q u e , e s p e c í fi c a m e n t e a

l a " C a s a d e l D e p o r t i s t a " (C a s t r o R a m o s s / n ) , d o n d e t a m bi é n s e p re s e n -

t a r án a l a s 21: 00 h o r a s , P a r a va l o r e s y c o m p r a d e e n t r a d a s i n g r e s e a l a

web wwwfer ia t icket .c l .

Como la peor de las pesadillas:

el Gobierno envía ley corta

sobre TV Digital y no toma en

cuenta las demandas ciudada-

nas. De mala manera, el acuerdo

-que fue redactado entre cuatro

paredes-, pasa por alto las 580

indicaciones hechas al proyecto

que actualmente se tramita en

el Parlamento.

El documento, que circuló en

forma reservada —podría decirse

clandestina - desde febrero

recién pasado, fue rechazado

por parlamentarios y la sociedad

civil, diversos senadores junto

a representantes de la Mesa

Ciudadanía y TV Digital, Chile

Actores y la Unión Nacional de

Artistas.

Se tramita sin discutir ni votar

las 580 indicaciones que se hi-

cieron al proyecto actualmente

en tramitación en comisiones

unidas del Senado.

El

peor de

los escenarios.

El proyecto del gobierno con-

solida la concentración de

la propiedad en el mercado

televisivo al modificar el régi-

men de concesión planteado en

el proyecto original (25 años), a

adjudicación de concesiones de

por vida.

Y peor aún, el Ejecutivo le impri-

mió el pasado 6 de marzo suma

urgencia a la tramitación par-

lamentaría, en un claro intento

por viabilizar la imposición de

sus pretensiones en la materia.

En voz del actor Edgardo Bruna,

de la Unión Nacional de Artistas,

es deber del Estado garanti-

zar el acceso de los diversos

sectores a los medios de comu-

nicación y elevar el nivel cultural

del país, mediante una promo-

ción de contenidos distintos a

los que hoy ofrece la televisión .

A su vez, Esperanza Silva, presi-

denta de Chile Actores, señaló

que no se pueden dar concesio-

nes a quienes no cumplen con

las leyes laborales y los dere-

chos de propiedad intelectual

que como creadores tenemos y

que ya es ley desde el 5 febrero

de 2008 .

Paulina Acevedo, miembro del

Observatorio Ciudadano, insistió

en que la digitalización debe

ser considerada, como lo han

afirmado las relatoría para la li-

bertad de expresión de la OEA

y la ONU, como una oportunidad

para diversificar contenidos y

favorecer el acceso de nuevos

actores a la comunicación, y no

como una mercantilización de

los mismos, como de facto in-

tenta hacer el gobierno .

El proyecto ningunea las opi-

niones de las regiones y de los

pueblos originarios que habían

sido consideradas en el proyec-

to original y pone en peligro, en

nuestra opinión, lo más impor-

tante: una postura clara frente a

la gratuidad de la TV Digital, de-

manda básica de la ciudadanía.

Se está enfrente de una maqui-

nación para repartirse la torta

televisiva entre los mismos de

siempre, con un propósito eco-

nómico y mercantil que omite las

demandas sociales. Queda en

interdicto el uso público del prin-

cipal medio de comunicación.

Si se aprobara esta ley corta

de la TV Digital, la cultura se iría

a negro.

-..

.~.1111111111111111111111111111511

TV Digital entre gallos y medianoche

65



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ReySl i tn en cuenta coniers te

N ° 2 0 1 0 1 - 0 3 Ba t e e C h i l e

NVINICNECLIE CREAD:U IKIMANVG A NOMBRE SE EDITOR. LEIFIERiA Y SEEVICISSEENESALES OCCIDENTE SA

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O c c i d e n t e

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III

E L D E R E C H O

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R ev ista de Cultura,

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T e

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(De s e o s u s c r i b i r m e a Revista Occidente

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CIENCIAS SOCIALES,

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Tra ns fe re nc i a

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Revista Occidente marzo 2012

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