Século XVI Momento cultural - Renascimento Antropocentrismo Razão Equilíbrio Harmonia ...

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Século XVI

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Século XVI

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Momento cultural - Renascimento Antropocentrismo Razão Equilíbrio Harmonia Clareza Mitologia greco-latina Rigor formal Universalismo Perspectiva filosofante Movimento apolíneo

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Marco inicial :1527 – Sá de Miranda traz da Itália a

medida nova ou o dolce still nuovo – que seria o uso dos versos decassílabos , e o soneto, como forma fixa de produção lírica.

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Luis Vaz de CamõesO retrato de Camões por Fernão

Gomes, em cópia de Luís de Resende. Este é considerado o

mais autêntico retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi

pintado ainda em sua vida.Nascimento cerca de 1524

Lisboa ?Morte 10 de junho de

1580Lisboa

Nacionalidade portuguesaOcupação poetaMagnum opus Os Lusíadas

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Gênero lírico = obra Rimas

Gênero épico = obra Os Lusíadas

Gênero dramático = obras:Filodemo, Anfitriões e El-Rei Seleuco

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Obra póstuma – 1595 Uso de medida velha – 5 e 7 síl. poéticas Uso de medida nova - 10 síl. poéticas Contém sonetos, odes, éclogas, elegias ,

sextilhas, entre outros tipos de poesia Temas mais comuns: Dinamene, desconcerto

do mundo, as mudanças, amor platônico, amor sensual, essência do amor, entre outros

Maneirismo – estilo que configura conflitos espirituais , utiliza muitas antíteses e paradoxos – antecipa o Barroco

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Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio, O mundo todo abarco, e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto: Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio; Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando;Num'hora acho mil anos, e é de jeitoQue em mil anos não posso achar um'hora.

Se me pergunta alguém porque assi ando,Respondo que não sei, porém suspeitoQue só porque vos vi, minha Senhora

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Alma minha gentil, que te partisteTão cedo desta vida descontente,Repousa lá no Céu eternamenteE viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento Etéreo, onde subiste,Memória desta vida se consente,Não te esqueças daquele amor ardenteQue já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-teAlguma cousa a dor que me ficouDa mágoa sem remédio de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,Que tão cedo de cá me leve a ver-te,Quão cedo de meus olhos te levou.

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Quando de minhas mágoas a compridaMaginação os olhos me adormece,Em sonhos aquela alma me apareceQue para mim foi sonho nesta vida.

Lá numa soidade, onde estendidaA vista pelo campo desfalece,Corro para ela e ela então pareceQue mais de mim se alonga, compelida.

Brado: -- Não me fujais, sombra benina! –Ela (os olhos em mim cum brando pejo,Como quem diz que já não pode ser)

Torna a fugir-me. E eu gritando: -- Dina...—Antes que diga mene, acordo e vejoQue nem um breve engano posso ter.

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Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho, logo, mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada.   Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois consigo tal alma está ligada.

Mas esta linda e pura semidéia, Que, como o acidente em seu sujeito, Assim com a alma minha se conforma,

Está no pensamento como idéia; E o vivo e puro amor de que sou feito, Como a matéria simples, busca a forma.

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Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela, E a ela só por prêmio pretendia.   Os dias na esperança de um só dia Passava, contentando-se com vê-la; Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel, lhe dava Lia.   Vendo o triste pastor que com enganos Lhe fora assi negada a sua pastora, Como se a não tivera merecida,

Começa de servir outros sete anos, Dizendo: -- Mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida.

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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía.

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Amor é um fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente, É um contentamento descontente, É dor que desatina sem doer.   É um não querer mais que bem querer, É um andar solitário entre a gente, É nunca contentar-se de contente, É um cuidar que ganha em se perder.   É querer estar preso por vontade, É servir, a quem vence, o vencedor, É ter com quem nos mata lealdade.   Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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Publicado em 1572 Segundo a lenda, o livro foi salvo a nado

quando Camões naufragou na foz do rio Mekong, ocasião em que teria morrido a Dinamene

Apresentado ao Rei D. Sebastião, que prometeu ao poeta uma pensão, paga irregularmente

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Dividida em 10 “Cantos” Cada “Canto” com + ou - 100 estrofes = 1102

estrofes Cada estrofe tem 8 versos = 8816 versos Cada verso tem 10 sílabas poéticas Versos heróicos( 6ª e 10ª) ou sáficos ( 4ª, 8ª e 10ª) Esquema rímico= oitava –rima : A B A B A B C C

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As armas e os barões assinaladosQue da Ocidental praia Lusitana,Por mares nunca dantes navegadosPassaram ainda além da Taprobana,Em perigos e guerras esforçadosMais do que prometia a força humanaE entre gente remota edificaramNovo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosasDaqueles Reis que foram dilatandoA Fé, o Império, e as terras viciosasDe África e de Ásia andaram devastando,E aqueles que por obras valerosasSe vão da lei da Morte libertandoCantando espalharei por toda a parteSe a tanto me ajudar o engenho e arte.

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Dividida em 5 partes: Proposição - introdução, apresentação do

assunto e dos heróis (estrofes 1 a 3 do Canto I); Invocação - o poeta invoca as ninfas do Tejo e

pede-lhes a inspiração para escrever (estrofes 4 e 5 do Canto I);

Dedicatória - dedica a obra ao rei D. Sebastião(estrofes 6 a 18 do Canto I)

Narração - a narrativa da viagem, partindo do meio da ação para voltar atrás no tempo e explicar o que aconteceu até o momento viagem de Vasco da Gama e a história de Portugal, e depois prosseguir na linha temporal. (Canto I ao X )

Epílogo conclui a obra de maneira meio pessimista(estrofes 145 a 156 do Canto X).

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Herói – o povo português , representado por Vasco da Gama

Temas – A viagem de Vasco da Gama às Índias em 1497; e a História de Portugal

Principais narradores:Camões – narra a viagem do GamaVasco da Gama – narra a história de Portugal

ao rei de MelindePaulo da Gama – narra a história dos brasões

portugueses Influência – Eneida, de Virgílio ( séc. I a.C. ) Planos históricos – real e mitológico

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Herói verídico – Vasco da Gama Mistura mitologia e cristianismo História próxima do autor - A viagem do

Gama em 1497 e o poeta escrevendo por volta de 1550

Inserção de episódios líricos:Inês de CastroO velho do ResteloO Gigante AdamastorA Ilha dos Amores