SPDA_AterramentosFrenteSurtos

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 Antonio César Baleeiro Alves [email protected]; [email protected]  www.emc.ufg.br/~baleeiro  Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação Universidade Federal de Goiás Compo rtamento de aterramen tos frente a surtos 2013

Transcript of SPDA_AterramentosFrenteSurtos

  • Antonio Csar Baleeiro Alves

    [email protected]; [email protected]

    www.emc.ufg.br/~baleeiro

    Escola de Engenharia Eltrica, Mecnica e de Computao

    Universidade Federal de Gois

    Comportamento de aterramentos

    frente a surtos

    2013

  • Formas de incidncia de uma descarga atmosfrica

    contrapeso

    Incidncia direta

    Incidncia indireta

    Pelo efeito eletromagntico gerado pela descarga surge uma

    tenso induzida no sistema. A descarga indireta muito mais

    frequente em sistemas de distribuio que a direta.

  • Efeitos da descarga atmosfrica

    Corrente de retorno

    Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

    0,5 a 10s 100s

    50%

    1 a 3ms

    valor de crista (mediana de 12 a 45kA)

    O sinal da descarga de alta intensidade e possui

    componentes de frequncia que alcanam a faixa de

    megahertz.

    tempo

  • Efeitos da descarga atmosfrica

    Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    Surto

    contrapeso

    tempo

    Surto atmosfrico

    Onda CA de 60Hz do sistema de alimentao

    A descarga atmosfrica a principal causa de surtos.

  • Efeitos da descarga atmosfrica

    Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    Surto

    Outra importante causa de surtos a operao de cargas indutivas. A energia

    magntica armazenada em uma bobina/enrolamento, a qual tende a manter o

    fluxo de corrente quando um interruptor tenta abrir o circuito.

    contrapeso

    tempo

    Surto de chaveamento

    Onda CA de 60Hz do sistema de alimentao

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    Aterramento e descarga atmosfrica

    I (i)

    (ii)

    (iii)

    Solo

    , ,

    (i) Condutor de aterramento;

    (ii) Eletrodos enterrados no solo;

    (iii) Terra que envolve os eletrodos.

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    Aterramento e descarga atmosfrica

    eletrodo

    IG + jIC

    IR jIL

    A corrente injetada no eletrodo tem 2 componentes:

    (i) Corrente transversal IG + jIC (dispersada diretamente no solo);

    (ii) Corrente longitudinal IR jIL (parcialmente transferida para o comprimento

    restante do eletrodo).

    Fonte: Silvrio Visacro, tutorial para XVII CBA,

    2008.

  • Aterramento e descarga atmosfrica

    eletrodo

    IG + jIC

    IR jIL

    IG + jIC

    IR jIL

    Circuito equivalente para representao do elemento.

  • Aterramento e descarga atmosfrica

    A componente longitudinal responsvel por perdas internas no condutor e pelo

    campo magntico estabelecido na regio em volta dos caminhos da corrente. No

    circuito equivalente, as energias correspondentes a estes efeitos so

    representadas pela resistncia R e pela indutncia L.

    O campo eltrico no solo, que um meio de resistividade e permissividade ,

    determina o fluxo de corrente condutiva e capacitiva, IG e IC, respectivamente. A

    relao entre essas correntes, IG / IC, depende da relao / .

    Para considerar a configurao completa, com os demais eletrodos do sistema de

    aterramento, os acoplamentos eletromagnticos correspondentes aos efeitos

    mtuos entre todos os elementos do sistema de aterramento.

  • Impedncia impulsiva de aterramento

    Apesar da corrente e da tenso impulsivas no coincidirem no tempo, para ondas

    impulsivas como o caso daquelas associadas s descargas atmosfricas, define-

    se a relao entre os valores de pico da onda de tenso e da onda de corrente

    como a impedncia impulsiva.

    ZP = VP / IP (1)

    Fonte: Silvrio Visacro, tutorial para XVII CBA,

    2008.

    Estado da arte de aterramentos impulsivos.

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

    Consideraes sobre o modelo do aterramento

    Para uma mesma configurao de aterramento, dependendo do fenmeno sob

    anlise, descargas atmosfricas, curtos-circuitos, operaes de manobra em

    circuitos desbalanceados, representaes muito diferentes em termos de circuito

    equivalente podem ser adotadas.

    Para baixas frequncias, tpicas de fenmenos lentos, como, por exemplo, curtos-

    circuitos, a impedncia longitudinal (R+jL) e tambm a corrente capacitiva (IC)

    podem ser desprezadas, restando apenas a condutncia G (ou resistncia

    equivalente) no modelo.

  • Consideraes sobre o modelo do aterramento

    Haste cilndrica vertical

    Modelo de circuito equivalente para uma haste vertical:

    Os parmetros do circuito equivalente, R, L e C, so dados a seguir.

    reatncia aumenta com o

    aumento da frequncia.

    reatncia diminui com o

    aumento da frequncia.

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

    Consideraes sobre o modelo do aterramento

    Haste cilndrica vertical

    dl

    lGR 4

    21 ln

    dllL 4

    2ln0

    dllC

    4ln2

    (2)

    (3)

    (4)

    LCnf

    2

    1

    dl

    sZ4

    21 ln0

    (5)

    (6)

  • Resistncia versus impedncia de surto

    Haste cilndrica vertical

    Comprimento Dimetro Permissividade Permeabilidade R () Zs ()

    6m 5cm 8,851012 F/m 4107 H/m

    1.650 375

    Nota-se que o valor de R bem maior que a impedncia de surto, Zs. A

    resistncia R corresponde ao valor da resistncia do aterramento

    constitudo por uma haste frequncia industrial.

    Considerando um solo de = 10.000 m:

    Fonte:

    DIAS, G. A. D., RAIZER, A., ALMAGUER, H. D., MUSTAFA, T.I., COELHO, V.,

    Aterramento eltrico impulsivo, em baixa e alta frequncias. Organizador: Marcos Tell. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2007.

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

    Modelo do aterramento e os fenmenos

    Para frequncias superiores a alguns kilohertz, o efeito indutivo torna-se relevante.

    A partir de algumas dezenas de kilohertz, o efeito capacitivo torna-se significativo

    e, prximo faixa dos megahertz, este ltimo efeito comea a predominar sobre

    os demais.

    Assim, para ocorrncias rpidas, como, por exemplo, descargas atmosfricas, o

    circuito equivalente pode assumir configuraes complexas. Dessa forma, prticas

    de aterramento que so consistentes para determinadas condies, podem no ter

    sentido em outras condies.

    Fonte: Silvrio Visacro, Sistemas de aterramentos eltricos.

    Texto adaptado para o curso Sistemas de Puestas a Tierra.

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

    Consideraes de ordem prtica

    1. A referncia ao aterramento como uma resistncia s pode ser efetuada em

    condies bem especficas.

    2. Na prtica da engenharia, a medio precisa da impedncia de aterramento s

    possvel na faixa de baixa frequncia e, nesse caso, a impedncia se aproxima

    da resistncia de aterramento.

    3. Para sistemas de aterramento de dimenses elevadas, um baixo valor de

    resistncia pode corresponder a um valor de impedncia consideravelmente

    superior.

    4. O principal fator que influencia na diminuio do valor da impedncia de

    aterramento a extenso da rea coberta pelos eletrodos do sistema de

    aterramento. No entanto, isto pode no ser efetivo para fenmenos rpidos

    devido atenuao do campo eletromagntico ao longo da extenso dos

    eletrodos (conceito de comprimento efetivo do aterramento).

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

    Consideraes de ordem prtica

    5. Na situao de um solo estratificado, cuja segunda camada tenha valor de

    resistividade bem inferior quele da camada superficial, o emprego de hastes

    para se atingir a segunda camada pode apresentar uma influncia significativa.

    6. A recomendao de valor muito reduzido de impedncia de aterramento, ou

    resistncia, usualmente exigida na maioria das aplicaes, no tem sentido em

    muitas condies (exemplo, 5 para TI impossvel de obter em condies

    prticas).

    7. O que realmente importa nas aplicaes no o valor da resistncia de

    aterramento, mas a diferena de potencial a que pessoas e equipamentos ficam

    submetidos durante a ocorrncia.

    Fonte: Silvrio Visacro, Sistemas de aterramentos eltricos.

    Texto adaptado para o curso Sistemas de Puestas a Tierra.

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

    Consideraes de ordem prtica

    8. A forma mais eficiente para minimizar o risco consiste em estabelecer distribuio

    de potenciais na superfcie do solo considerando as condies de segurana

    (gradientes de potencial).

    9. Os gradientes de potencial no solo podem ser reduzidos aumentando-se a

    densidade de eletrodos na malha.

    10. No caso de descargas atmosfricas, a elevao de potencial mais pronunciada

    na regio prxima ao ponto de injeo de corrente. Por isso, nos pontos de

    conexo dos cabos para-raios ao aterramento recomenda-se promover o aumento

    da densidade de eletrodos na regio do solo prxima a tais pontos.

    11. Para aumentar a proteo de seres vivos, recomenda-se empregar uma camada

    de material isolante sobre o solo (brita, por exemplo), para limitar a corrente que

    possa percorrer o corpo de seres vivos, eventualmente submetidos a uma

    diferena de potencial na superfcie do solo.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento isolado

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground #1 ground #2 ground #3

    O objetivo evitar que surtos originados no sistema de energia eltrica interfiram em

    equipamentos sensveis. Na prtica, a presena de rudos com potenciais entre 5 V e

    100V reportada na literatura para aterramentos de potncia de dimenses mdias.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento isolado

    Esta situao torna-se perigosa quando ocorre um surto devido a descarga

    atmosfrica ou a uma falta no sistema de energia eltrica. Quando um raio atinge um

    prdio, produzida uma alta tenso momentnea nos condutores do aterramento

    devido ao rpido crescimento da corrente de descarga e indutncia dos elementos

    do aterramento (que uma funo do comprimento desses condutores).

    v = Ldi / dt (7)

    Mesmo que no aterramento dos equipamentos de TI no apaream altos potenciais

    uma vez que estes permanecem no potencial do solo, outras partes metlicas ou

    estruturas do prdio podem assumir altos potenciais.

  • Filosofias de aterramento

    Efeito de elevados di/dt em condutores eltricos:

    Fonte: IEEE 142 - 2007

    Na presena de uma elevada variao da corrente, di/dt, em

    um circuito indutivo haver uma queda de tenso desenvolvida

    ao longo do prprio condutor de aterramento. Esta quantidade

    ser proporcional ao comprimento do condutor e a distncia de

    separao do equipamento protegido e tambm da derivada

    di/dt.

    Valores reais podem ser muito altos, mas um valor

    representativo 10kA/s. Com tal valor de crescimento da

    corrente, at mesmo uma indutncia de 1H pode ser

    significativa:

    v = Ldi / dt

    v = 10610+310+6

    v = 10.000 volts

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento isolado

    solo

    viga metlica do

    prdio

    potencial

    elevado

    para-raios

    Outro problema com o aterramento isolado que a resistncia de um dos

    aterramentos sempre maior que a resistncia dos aterramentos combinados.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento por ponto nico

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground

    Este conceito refere-se ligao de todo o sistema atravs de uma nica conexo

    terra ou ao sistema de equipotencializao, designado como ponto central de

    aterramento.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento por ponto nico

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground

    O objetivo evitar o acoplamento de tenses causadas por interferncias

    eletromagnticas e que originam fluxo de corrente atravs das blindagens dos cabos

    ou dos loops estabelecidos em relao s referncias de terra.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento por ponto nico

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground

    A partir do ponto central do aterramento (geralmente o aterramento da SE) deriva-se

    um condutor nico isolado. Alguns ramos se originam desse condutor. Cada um deles

    d origem a novos ramos isolados e assim por diante.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento por ponto nico

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground

    Esse aterramento apresenta desempenho satisfatrio com respeito ocorrncia de

    descargas atmosfricas, curtos-circuitos e transitrios nos equipamentos de alta

    tenso. As interferncias associadas aos rudos de baixa frequncia so praticamente

    eliminadas.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento por ponto nico

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground

    Devido ao aterramento em ponto nico e ligao radial do cabo de aterramento, em

    caso de elevao de potencial associada s ocorrncias citadas, todo o sistema

    submetido mesma condio (ou seja, flutua no mesmo potencial) e as diferenas de

    potencial so desprezveis. O aterramento previne o surgimento de diferenas de

    potencial entre os diferentes terras.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento por ponto nico

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground

    Problemas e dificuldades prticas:

    1. difcil assegurar a integridade da isolao das partes metlicas do sistema

    (podem aparecer conexes no propositais para a terra, como resultado de falha

    de isolamento);

    2. A configurao radial dos cabos usualmente implica uma longa extenso de

    condutores, tornando o sistema mais suscetvel interferncia eletromagntica.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento por ponto nico

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    ground

    Problemas e dificuldades prticas (continuao):

    3. Na prtica, a impedncia de um aterramento nico, ZP, tem um alto valor, a qual

    no pode dispersar apropriadamente os surtos de uma descarga atmosfrica

    podendo causar um indesejvel aumento do potencial no sistema de aterramento

    com respeito s massas ligadas ao terra.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento com equipotencializao (mltiplos pontos)

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    Multiples ground electrodes inter-connected together

    condutor de

    equipotencializao All grounding

    system bonded

    together

    A ideia bsica que cada parte metlica no energizada esteja ligada diretamente

    equipotencializao atravs de um condutor de equipotencializao, com menor

    percurso possvel (objetivo: menor indutncia e menor resistncia).

    malha de sinal

    com reticulado

    reduzido para

    TI

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento com equipotencializao (mltiplos pontos)

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    Multiples ground electrodes inter-connected together

    condutor de

    equipotencializao All grounding

    system bonded

    together

    Nesta filosofia, a interligao dos sistemas de aterramento forma um caminho de

    baixa impedncia, que rene todas as ligaes ao terra no interior da edificao.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento com equipotencializao (mltiplos pontos)

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    Multiples ground electrodes inter-connected together

    condutor de

    equipotencializao All grounding

    system bonded

    together

    Este sistema de aterramento previne o surgimento de potencial perigoso em relao

    ao aterramento geral das massas e tambm evita o aparecimento de tenses

    diferenciais entre superfcies metlicas expostas do prdio e as massas dos

    equipamentos eltricos e eletrnicos.

  • Filosofias de aterramento

    Aterramento com equipotencializao (mltiplos pontos)

    equipamentos

    de TI para-raios sistema de

    energia eltrica

    solo

    condutor de

    equipotencializao

    All grounding

    system bonded

    together

    Problemas e dificuldades prticas:

    1. Os potenciais eventualmente presentes no solo devido a ocorrncias externas,

    como faltas em sistemas de alta tenso prximos ou descargas prximas, so

    transmitidos por todo o sistema de aterramento, impondo correntes elevadas aos

    condutores que conectam os terras locais.

  • Fonte: Sakis Meliopolos,2010.

    contrapeso

  • L

    Resistncia de um arranjo de eletrodos de aterramento constitudo por cabos contrapeso

    em funo do comprimento L de cada perna para um solo de 1.000-m.

    Aterramento tipo contrapeso para LTs

    Fonte: Silvrio Visacro,

    tutorial para XVII CBA, 2008.

  • Resistncia de um arranjo de eletrodos de aterramento constitudo por cabos contrapeso em

    funo do comprimento L de cada perna para um solo de 100, 250, 500, 1.000, 2.000, 5.000-m.

    10 20 30 40 50 60 70 80 900

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    Comprimento L de cada perna (m)

    Re

    sis

    tn

    cia

    em

    oh

    m

    100

    250

    500

    1.000

    2.000

    5.000

  • Impedncias impulsivas mximas requeridas pelas

    concessionrias:

  • O papel fundamental do aterramento nas LTs influenciar o desempenho destas frente a

    descargas atmosfricas, uma vez que as descargas so a fonte mais frequente de desligamentos

    das linhas.

    Descargas diretas incidentes nas fases ou cabos de blindagem podem causar sobretenses muito

    elevadas sobre os isoladores da linha, promovendo arcos eltricos de contornamento dos

    isoladores, que podem levar a falhas.

    Backflashover: Incidncia de descarga sobre o cabo de blindagem ou sobre a estrutura. A corrente

    de descarga ao dispersar no solo pelos eletrodos de aterramento da torre promove uma elevao

    de potencial (GPR=ground potential rise). Este potencial transmitido ao topo da torre e, como as

    fases tm potencial instantneo nulo (valor mdio zero), os isoladores que separam o topo da torre

    das fases ficam submetidos aproximadamente a essa elevao de potencial. Se a impedncia de

    aterramento muito elevada, tambm ser elevada a tenso resultante nos isoladores.

    Ao formar um arco, a corrente de descarga fluiria para o solo sustentada pela tenso de operao

    da linha (60Hz), estabelecendo-se ento um curto-circuito.

    Quando a proteo da LT sensibilizada pela corrente de curto-circuito, esta comanda de imediato

    a abertura dos disjuntores, desligando a linha.

  • Tenso nominal da LT (kV) RMX ()

    69 8

    138 25

    230 35

    345 39

    500 50

    Prtica usual das empresas de energia eltrica: estabelecer um RMX

    para a resistncia de aterramento das torres da linha.

    RMX o valor aceitvel para torres em condies crticas. Valor

    inferior deve ser buscado para a resistncia ao longo da linha.

    Fonte: S. Visacro Filho, XVII CBA, 2008.

  • Fonte: G. A. D. Dias et al., IX SIPDA, 2007.

    n: nmero de contrapesos;

    a = 2ah : raio efetivo do contrapeso (m);

    a : raio do contrapeso (m);

    h : profundidade do eletrodo (m);

    L : comprimento do contrapeso (m)

    )(1ln)(

    2

    2 nNnL

    nRah

    L

    1

    1 )(

    )(1ln)(

    n

    mn

    m

    nm

    sen

    sennN

    resistividade aparente

    Frmula vlida para contrapesos tipo p de

    galinha (crow foot).

  • Impedncia em

    Resistncia a 60Hz

    Velocidade relativa de propagao do surto (v/c) 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6

    150

    100

    50

    n=1

    n=2

    n=3

    n=4

    Anlise para um contrapeso de

    impedncia de surto inicial 150 e com 300m de comprimento.

    mais eficiente usar 4 cabos de

    75m cada do que um de 300m.

    Fonte:

    DIAS, G. A. D., RAIZER, A., ALMAGUER, H. D., MUSTAFA, T.I., COELHO, V.,

    Aterramento eltrico impulsivo, em baixa e alta frequncias. Organizador: Marcos Tell. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2007.