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SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA INCREMENTO DE RESULTADOS REPRODUTIVOS EM FÊMEAS SUÍNAS Júlio Henrique Emrich Pinto Diretor de Nutrição e Tecnologia Vaccinar Nutrição e Saúde Animal

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SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA INCREMENTO DE RESULTADOS REPRODUTIVOS EM FÊMEAS SUÍNAS

Júlio Henrique Emrich PintoDiretor de Nutrição e Tecnologia

Vaccinar Nutrição e Saúde Animal

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Roteiro da Apresentação

• Introdução

• Leitoas nas fases de crescimento e

reposição e pré-cobertura (Flushing)

• Fêmeas gestantes

• CIUR

• Fêmeas em lactação (Primíparas)

• Oportunidades da nutrição

diferenciada

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Novas linhagens maternais

Hiperprolificidade

Leitegadas mais pesadas

Habilidade materna

Nº de desmamados

Peso da leitegada ao desmame

Seleção Genética

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Evolução de Resultados do Rebanho

Europeu nos Últimos 20 Anos

Tabela: Evolução da produtividade das porcas nas granjas francesas

Média 1/3 Superior

Nº de porcas (x 1000)a 388 563 463 204

Nº de porcas no rebanho 81 146 206 275

Tamanho de leitegada

Nascidos Totais 11,4 12,8 14,1 14,4

Nascidos Vivos 10,8 11,9 13 13,4

Desmamados 9,4 10,4 11,3 11,8

Idade ao desmame (dias) 27,4 25,8 24,3 22,9

Peso ao desmame (kg) 7,4 7,8 7,3 7,2

Intervalo desmame-estro (dias) 11,6 9,1 8,6 7,5

Leitegadas/porca/ano 2,37 2,43 2,47 2,52

Produtividade (nº de partos) 4,6 4,9 5,2 5,3

Desmamados/porca/ano 22,2 25,2 27,9 29,7

a Número de porcas registradas no French National Recording Program (IFIP)

Adatptadp Noblet et al. 2011

20091990 2000ANO

+ 1,3 NT

+ 1,1 NV

+ 4,5 / ano

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X

Banha X Carne

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Perfil da Fêmea Moderna

• Maior Peso Corporal

• Alto teor de Proteína na Carcaça

• Menor reserva de Gordura

• Menor Voracidade

MARRÃS = Consumo Voluntário 20%

Menor (Young 2005)

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Evolução de Resultados do Rebanho Basileiro (CONSUITEC)

14,414,8

10,6 10,7

11,7

13,013,3

9,4 9,5

11,511,9

12,7

13,3

12,1

10,811,4

12,0

12,5

8,0

9,0

10,0

11,0

12,0

13,0

14,0

15,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010

Nascidos Totais Nascidos Vivos Desmamados

+ 3,3 Nascidos Totais + 2,7 Nascidos Vivos + 3,1 Desmamados

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“Altas taxas de descarte por falhas

reprodutivas pós-desmame têm sido

relacionadas a um excesso de perda de

peso e das reservas corporais durante a

lactação, e/ou a níveis sub-ótimos de

reservas corporais, seja de tecido gordo

ou magro, ao demame.”

(Cerisuelo 2008)

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Acervo Pessoal

Condição Corporal

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Acervo Pessoal Acervo Pessoal

Objetivo

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A preparação da leitoa...

• Primeiros Cuidados na Maternidade

• Desempenho da leitoa - CRECHE

• Preparação da Leitoa

GPD X Estrutura Corporal

• Cobertura:

PESO + IDADE + ADIPOSIDADE

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PARÂMETROS:

Idade (220 - 240 dias)

Peso (130 - 140 kg)

Adiposidade (14 – 16 mm de ET)

Crescimento e Reposição

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Desafios...

• Informações sobre requerimentos

nutricionais

Requerimento PIC DB Topigs PAL

EM (kcal/kg) 3100 3250 3200 3150 - 3250

Lisina Total (%) 0,95 0,90 a 0,95 1,00 0,90 a 1,00

Requerimento Nutricional para leitoas em Crescimento

Requerimento PIC DB Topigs PAL

EM (kcal/kg) 3100 3135 3000 3050

Lisina Total (%) 0,85 0,80 a 0,85 0,80 0,80 a 0,85

Requerimento Nutricional para leitoas em Reposição

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Desafios...

• Informações sobre requerimentos

nutricionais

• Utilização de diferentes genéticas no

mesmo sistema

• Ausência de manejo alimentar bem

executado até a primeira cobertura

• Qualificação da mão-de-obra

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Efeito “flushing”:

Pré-cobertura

Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha, diferem-se entre si pelo teste F (p< 0,05)

Fonte: Adaptado de Machado (2005).

Peso total do útero gravídico (PTUG), número total de corpos lúteos (NTCL), peso total dos dois ovários

(PTO), número total de embriões (NTE), comprimento médio dos embriões (CME), peso médio dos

embriões (PME), área média da placenta por embrião (AMP), peso médio da placenta por embrião

(PMP), em marrãs cíclicas submetidas aos tratamentos com amido de milho (T1-Flushing-CHO’s) e com

óleo vegetal (T2-Flushing-Lípides), com seus respectivos coeficientes de variação (CV)

PARÂMETRO Flushing-CHO’s Flushing-Lípides CV (%)

PTUG 4,383a 3,755

b 19,36

NTCL 16,52a 14,70

b 12,75

PTO 15,50a 14,18

b 17,10

NTE 13,95a 12,32

b 11,41

CME 25,864a 25,032

b 4,89

PME 1,994a 1,682

b 15,57

AMP 215,776a 185,665

b 25,90

PMP 25,720a 21,267

b 22,72

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Efeito “flushing”:

Pré-cobertura

Letras minúsculas comparam médias em uma mesma linha no dia 14, Teste F, p<0,03, CV = 32,36%

Letras minúsculas comparam médias em uma mesma linha no dia 21, Teste F, p<0,07, CV= 23,87

Fonte: Adaptado de Machado (2005).

Concentração sérica de insulina, expressa em μUI/mL, em função do tempo de

coleta, no décimo quarto e no vigésimo primeiro dia do ciclo de marrãs

submetidas aos tratamentos com amido de milho (T1) e com óleo vegetal (T2)

Dias do ciclo 14 21

Horário de coleta Flushing-

CHO’s

Flushing-

Lípides

Flushing-

CHO’s

Flushing-

Lípides

-1h (pré-prandial) 14,87a 13,77

a 11,62

a 13,02

a

30min (pós-prandial) 53,83a 42,10

b 51,25

a 41,95

b

1h (pós-prandial) 50,75a 42,40

b 48,00

a 41,35

b

2h (pós-prandial) 28,58a 25,85

a 24,58

a 24,70

a

3h (pós-prandial) 19,00a 19,75

a 19,67

a 18,85

a

4h (pós-prandial) 16,08a 14,07

a 13,48

a 13,62

a

Média 30,52a 26,32

b 28,05

a 25,58

b

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Cocho Acessório

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Desenvolvimento intra-uterino retardado (CIUR)

• Menor peso ao nascimento

• Maior variabilidade de peso ao nascimento

• Menor sobrevivência neonatal

• Maior Susceptibilidade a doenças

• Reduzida taxa de crescimento pós-natal

• Pior Qualidade de carcaça ao abate

Wu et al. 2006

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Irrigação uterina

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Miogênese

• Formação das Fibras Primárias

• Formação das Fibras Secundárias

• Fatores Reguladores da Miogênese:

MRFs: myoD, myf5, myogenin e MRF4 (myf6)

• Town et al. 2004:

< expressão myogenin aos 30 dias

devido à superlotação uterina

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Tamanho X PesoMedidas de dispersão

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Desenvolvimento Pós-Natal(Proteomas)

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Composição de CarcaçaCaso de campo 2011

MACHO FÊMEA

Alta Restrição 8,85 8,25 8,55 A

Normal 5,7 5,2 5,45 B

MÉDIA 7,28a 6,73a

ORIGEM

SEXO

MÉDIA

MACHO FÊMEA

Alta Restrião 7,55 7,2 7,38 A

Normal 5,55 5,35 5,45 B

MÉDIA 6,55a 6,28a

ORIGEM

SEXO

MÉDIA

Espessura de Toucinho – P1 (mm)

Espessura de Toucinho – P2 (mm)

P1P2

Linha dorso-lombar

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Composição de CarcaçaCaso de campo 2011

MACHO FÊMEA

Alta Restrição 62,5 62,6 62,55 B

Normal 64,84 64,98 64,91 A

MÉDIA 63,67a 63,79a

ORIGEM

SEXO

MÉDIA

Carne Magra (%)

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Produtividade da UPLCaso de campo 2011

11,00

11,50

12,00

12,50

13,00

13,50

14,00

14,50

jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12

12,9312,85

12,77

12,37

13,20 13,23

13,44

13,6013,54

13,75

13,97

13,78

14,45Nascidos Totais

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13,00

13,50

14,00

14,50

15,00

15,50

16,00

16,50

17,00

jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12

15,59

15,42

15,15

14,61

15,56

15,7615,65

16,41

16,20

16,53 16,53

16,31

16,87Peso da Leitegada ao Nascimento

Produtividade da UPLCaso de campo 2011

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Representação esquemática das

fêmeas durante o ciclo reprodutivoME AAdig

Mantença

Atividade

Utero

Leite

Lipídios

Corporais

Proteína

Corporal

Espessura de Toucinho

Peso Corporal

ME AAdig

Mantença

Atividade

Utero

Leite

Lipídios

Corporais

Proteína

Corporal

Espessura de Toucinho

Peso Corporal

Figura – Descrição do modelo de utilização dos nutrientes pelas porcas

segundo InraPorc (adaptado de Dourmad et al., 2008)

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Nutrição X Gestação

• Desenrolar da prenhês

• Tamanho, peso e uniformidade de

leitegada

• Produtividade na lactação

• Desempenho reprodutivo subsequente

REQUERIMENTO

= MANTENÇA + CRESC. UTERINO +

GANHO MATERNO

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Exigência de energia para

leitoas gestantes

Exigência de Energia Metabolizável (kcal/dia)

Mantençaa 5.398

Ganho maternob 1150

Ganho uterinoc 380

Total 6.928

Nível alimentar, kg/diad 2,3

a Segundo Samuel et al. (2007), considerando peso corporal médio de 160 kg durante a gestação

b Segundo Tokach (1999)

c Segundo Noblet (1997), considerando leitegada de 12 leitões

d Baseado em uma dieta contendo 3,0 Mcal/kg de EM

Exigência de energia diária para leitoas em gestação com 180 kg e peso da

leitegada ao nascimento de 18 kg.

(4.724 / +14,2%)

Crescimento Uterino = 5,5 % do Requerimento???

380 kcal média x 1.000 kcal na última semana

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Exigência de proteína e

lisina para leitoas gestantes

Autores NRC (1998) Close (2001) Ji et al. (2005)

Requerimento Lisina (g/dia) 11 a 12 14 a 15 6,8 a 15,3*

Exigência de lisina diária para leitoas em gestação

0 a 70 d 70 a 114 d Diferença

Ganho no período (g de lisina) 17,5 203,7 186,2

Ganho por dia (g de lisina) 0,25 4,63 4,38

Considerando uma fêmea com 14 fetos serão:

3,5 g/dia x 64,82 g/dia (+18,52 X)

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Exigência de proteína e

lisina para leitoas gestantes

Kim et al. (2009)

Deposição de proteína na glândula mamária (14 funcionais):

Considerando uma fêmea com 14 tetos funcionais serão:

1,96 g/dia x 47,74 g/dia (+24,4 X)

0 a 80 d 80 a 114 d Diferença

Ganho no período (g de lisina) 11,2 115,9 104,7

Ganho por dia (g de lisina) 0,14 3,41 3,27

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Primeiro terço :

Necessidades ligeiramente superiores à mantença:

Implantação dos embriões / atingem 8% peso

Definição do número de fibras musculares

Terço médio da gestação:

Desenvolvimento das glândulas mamárias:

Desempenho na próxima lactação

Ajustes podem ser feitos para manejar condição

corporal da porca:

Anti-econômico animais gordos ou magros no plantel

Gestação

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Terço final

Reservas Corporais → Manter Escore

↑ Peso fetos

↑ Uniformidade de leitegada

↑ Vitalidade dos leitões

↑ Capacidade de Ingestão das Fêmeas

Ração pré-lactação?

Gestação

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Único valor não pode ser estipulado:

- Peso Corporal (idade à cobertura;

genótipo...)

- Ambiente (temperatura, atividade...)

- Ganho de peso líquido materno

desejado

- Número de Conceptos

Terço Final x Terço Inicial...

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Outros aminoácidos

importantes

Maior proporção de tecido magro e turn over de proteína

• Samuel (2008): Necessidade de metionina 40% superior ao recomendado pelo NRC (1998)

• Dourmand e Etienne (2002): Necessidade de treonina para as fêmeas modernas é maior que o proposto pelo NRC (1998)

• Samuel (2007): Aumento da oxidação de aminoácidos durante o final de gestação (leucina)

• Mateo (2007): Arginina e seus metabólitos, ON

e prolina são chaves regulatórias da angiogênese e embriogênese

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Suplementação com Arginina

Desempenho reprodutivo de marrãs alimentadas com dietas com ou sem

suplementação de 1% L-arginina HCL

Fonte: Adaptado de Mateo et al. (2007)

Parâmetros de desempenho reprodutivo Tratamento

Controle Arginina

Total de leitões nascidos por leitegada, n 11,27 11,94

Total de leitões nascidos vivos por leitegada, n 9,37 11,40*

Peso ao nascimento de todos os leitões nascidos vivos , kg 1,41 1,46

Peso total da leitegada ao nascimento dos leitões nascidos vivos, kg 13,19 16,38*

Leitões nascidos mortos por leitegada, n 1,86 0,66*

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Minerais traço

O papel dos minerais orgânicos na reprodução de

porcas.

Segundo Hostetler et al. (2003), cobre, iodo, ferro, manganês, selênio e

zinco são essenciais para a sobrevivência e desenvolvimento embrionários

e fetais.

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D ias de gesta ção

Te

or

Min

era

l, g

D ias de gesta ção

Te

or

Min

era

l, g

Fonte: Mahan (2006)

2X

50%

Deposição Mineral

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Dias de gestação

Te

or

Min

era

l d

a le

ite

ga

da

, g Zn e Fe

Permanece Baixo

Tec Epidérmico

Deposição Mineral

Fonte: Mahan (2006)

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Nutrição de marrãs lactantes

Requerimentos nutricionais elevados:

- Alta prolificidade

- Alta Produção de leite

- Baixo consumo (20% <)

INGESTÃO DIÁRIA DE NUTRIENTES

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Exigência de energia e lisina na

lactação

Peso da Fêmea, kg

Ganho de Peso da Leitegada, kg/dia 2,0 2,4 2,8 2,0 2,4 2,8

Perda de Peso da Fêmea, kg/dia

0 17669 20161 22653 19323 21815 24307

10,5 15369 17861 20353 17023 19515 22007

21 13069 15561 18053 14723 17215 19707

0 49 58,4 67,9 49,5 59 68,4

10,5 45,5 54,9 64,4 46 55,5 64,9

21 42 51,4 60,9 42,5 52 61,4

180 260

Exiências de EM, Lisina Digestível e Consumo (por dia)

EM

(kcal/dia)

LD (g/dia)

Parâmetro

Exigência de Energia Metabolizável (kcal/dia) e de Lisina Digestível (g/dia) de

Suínos em Fase de Lactação de acordo com o desempenho

Fonte: Adaptado Rostagno (2011)

+ 28%

+ 38,5%

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Exigência de energia

metabolizável durante a lactação

EM (kcal/dia) = 106 P0,75 + 6.230 x GPL –4.600 x PPF, onde:

• P = Peso Corporal em kg

• GPL = Ganho de Peso da Leitegada em kg/dia

• PPF = Perda de Peso da Fêmea em kg/dia

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Peso da Fêmea, kg

Ganho de Peso da Leitegada, kg/dia 2,0 2,4 2,8 2,0 2,4 2,8

Perda de Peso da Fêmea, kg/dia

EM

(kcal/dia)0 -1349 -3841 -6333 1077 -1415 -3907

Consumo

de Ração

(kg/dia)*

0 -0,397 -1,130 -1,863 0,317 -0,416 -1,149

Parâmetro

180 260

Déficit

Exigência de energia

metabolizável na lactação

Déficit de ingestão diária de Energia Metabolizável e de Consumo de Ração

* Baseado em uma dieta de 3.400 kcal/kg

+ 16,8 kg de leitegada = + 1,5 kg de ração/dia

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Exigência de lisina na lactação

Lis. Dig. (g/dia) = 0,036 P0,75 + 23,6 x GPL – 7,0 x PPF, onde:

• P = Peso Corporal em kg

• GPL = Ganho de Peso da Leitegada em kg/dia

• PPF = Perda de Peso da Fêmea em kg/dia

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Exigência de lisina na lactação

Déficit de ingestão diária de Lisina Digestível e de Consumo de Ração

* Baseado em uma dieta de 1,0% de LD

+ 16,8 kg de leitegada = + 1,9 kg de ração/dia

Peso da Fêmea, kg

Ganho de Peso da Leitegada, kg/dia 2,0 2,4 2,8 2,0 2,4 2,8

Perda de Peso da Fêmea, kg/dia

LD

(g/dia)0 -1 -10,4 -19,9 10,5 1 -8,4

Consumo

de Ração

(kg/dia)*

0 -0,100 -1,040 -1,990 1,050 0,100 -0,840

Parâmetro

180 260

Déficit

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Estratégias Nutricionais

• Categoria de ração diferenciada entre

porcas e marrãs

- Logística de fábrica de ração

- Logística de silos nas granjas

• Suplementação on top de concentrados

específicos para esta categoria animal

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Suplementação on top

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Pesagem das fêmeas ao final do

período de lactação

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Outros aminoácidos importantes

• Mateo (2008): A suplementação de arginina em dietas de fêmeas de primeiro parto durante a lactação pode estimular o ganho de peso dos leitões.

• Kim (2005) Treonina é uma aminoácido crítico para animais de alta produção e baixo consumo voluntário. Estimar uma relação ideal entre valina : lisina para matrizes de alta produção de leite e alto consumo voluntário.

• Wu (2005): A suplementação com glutamina durante a lactação pode prevenir a perda de massa muscular das matrizes

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Considerações Finais

Para um bom desempenho e longevidade é

importante distinguir o programa alimentar

das leitoas daquele empregado na engorda

dos animais destinados ao abate.

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... Considerações Finais

A nutrição das leitoas de reposição deve

considerar a velocidade de ganho de peso e a

relação de deposição gordura : proteína a ser

alcançada, além da adequada formação do

sistema locomotor, reprodutivo e do aparelho

mamário, sempre respeitando os objetivos de

cada linhagem.

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A nutrição de fêmeas gestantes deve serdiferenciada e trabalhada em fases distintas.

Um programa nutricional adequado deveconsiderar o potencial genético, o número defetos, o estágio de desenvolvimento, ocrescimento das marrãs e asreservas corporais.

... Considerações Finais

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Na lactação, além de desmamar leitegadas

pesadas, é fundamental ater-se ao controle

da condição corporal.

Considerar genética, voracidade, número de

leitões, produção de leite e a mobilização

das reservas corporais.

... Considerações Finais

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Agradecimentos

Colaboradores:

Gabriel Moreira Salum – Gerente Nutrição Suínos

Luisa Pinto de Oliveira Souza – Especialista Nutrição Suínos

Dalton de Oliveira Fontes – Professor UFMG