Fluxos de Caixa e Dinâmica Patrimonial (O caso português)

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Uberlândia (Brasil). Fluxos de Caixa e Dinâmica Patrimonial (O caso português). 20 de Novembro de 2009. 1. 2. 3. ÍNDICE. 4. 1 – História (Breve) da Normalização Contabilística em Portugal *. * Com referências pontuais ao normativo contabilístico da União Europeia (UE). - PowerPoint PPT Presentation

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Fluxos de Caixa e Dinâmica Patrimonial (O caso português)

Joaquim Fernando da Cunha Guimarães

• Revisor Oficial de Contas n.º 790• Docente do Ensino Superior• Técnico Oficial de Contas n.º 2586• Membro de Júri de Exames de Acesso à Profissão de ROC• Presidente do Conselho Fiscal da CTOC• Vogal da Comissão de História da Contabilidade da CTOC20 de Novembro de 2009

Uberlândia(Brasil)

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ÍNDICE

História (Breve) da Normalização Contabilística em Portugal

A Demonstração dos Fluxos de Caixa no 1.º POC (POC/77) – DL 44/1977

A Demonstração dos Fluxos de Caixa no POC/89 – DL 410/1989

A Demonstração dos Fluxos de Caixa no Sistema de Normalização Contabilística

(SNC) – DL 158/2009

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1 – História (Breve) da Normalização Contabilística em Portugal *

* Com referências pontuais ao normativo contabilístico da União Europeia (UE)

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1.1. Meu artigo

Sob o título “HISTÓRIA (BREVE) DA NORMALIZAÇÃO

CONTABILÍSTICA EM PORTUGAL”, em processo de elaboração, a

concluir até ao próximo mês de Dezembro de 2009 e a disponibilizar

nos meus Portais:

• INFOCONTAB

www.infocontab.com.pt

• INFOCONTAB-HISTÓRIA

www.infocontab.com.pt/historia

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1.2. O Código da Contribuição Industrial (CCI)

O CCI aprovado pelo Decreto-Lei n.º 45103, de 1 de Julho, é

considerado o “motor de arranque” da normalização contabilística

em Portugal, contendo algumas disposições sobre a organização

contabilística das empresas para efeitos de apuramento do lucro tributável:

Demonstrava o intuito de passar a regular a tributação das empresas segundo os seus lucros reais e não os lucros presumidos, como acontecia desde a anterior reforma fiscal (1929);

Instituía que a Contabilidade, considerada como base ou ponto de partida do apuramento dos lucros reais das empresas, teria que ser preparada por um técnico de contas responsável.

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1.2. O Código da Contribuição Industrial (CCI)

Estas ideias traduzem o estipulado no art.º 22.º do CCI, que

determinava:

“O lucro tributável reportar-se-á ao saldo

revelado pela conta de resultados do

exercício ou de ganhos e perdas,

elaborada em obediência a SÃOS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE...”

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2 - A Demonstração dos Fluxos de Caixa no Normativo Contabilístico Português

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2.1. A Demonstração dos Fluxos de Caixa no Normativo Contabilístico Português

1977 1989 1994 2010

DL 47/77POC/77

DL 410/89POC/89

DL 79/2003

DL 158/2009

SNC

MOAF DOAF DFC(MD ou MI)

DFC(MD) *

Legenda:

MOAF – Mapa de Origem e Aplicação de Fundos DOAF – Demonstração de Origem e Aplicação de Fundos DFC (MD) – Demonstração dos Fluxos de Caixa (Método Directo) DFC (MI) – Demonstração dos Fluxos de Caixa (Método Indirecto)

* Não aplicável às Pequenas Entidades

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3 – A Demonstração dos Fluxos de Caixa no 1.º POC (POC/77) – DL 47/1977

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3.1. DFC vs DOAF

Inexistência da DFC

Existência de um MAPA DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE FUNDOS

(MOAF)

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4 – A Demonstração dos Fluxos de Caixa no POC/89 – DL 410/1989

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4.1. DFC vs DOAF

De 1990 até 1992 manteve-se a DOAF (“Demonstração” em

vez de “Mapa”)

A DOAF foi “substituída” pela DFC por força da publicação de:

Directriz Contabilística n.º 14 - “Demonstração dos Fluxos

de Caixa”, divulgada em 1993 e publicada no D.R. de 5 de

Abril de 1994

Decreto-Lei n.º 79/2003, de 23 de Abril

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4.2. Decreto-Lei n.º 79/2003, de 23 de Abril

Altera o item 2.6 do POC/89 (o título deste item passou a ser “Demonstração dos fluxos de caixa”, substituindo o anterior “Origem e aplicação de fundos”) que prevê:

“Dada a relevância que para os utentes da informação financeira tem vindo a assumir o conhecimento do modo como a entidade gera e utiliza o dinheiro num determinado período, reconhece-se conveniente e oportuno normalizar o campo da informação histórica, relativa às variações nos fluxos de caixa de uma entidade, através de uma demonstração financeira apropriada - demonstração dos fluxos de caixa.

O modelo e os conceitos adoptados na preparação e apresentação desta demonstração financeira são os constantes da regulamentação contabilística específica, incluindo as directrizes contabilísticas, em vigor.

Estão previstos dois modelos consoante se utilize o método directo ou o método indirecto para a determinação dos fluxos de caixa operacionais.”.

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4.2. Decreto-Lei n.º 79/2003, de 23 de Abril

A referência às “directrizes contabilísticas, em vigor”, diz

respeito à Directriz Contabilística n.º 14 - “Demonstração dos

fluxos de caixa”

Entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2003 (art.º 4.º )

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4.2. Decreto-Lei n.º 79/2003, de 23 de Abril

A DFC não se aplica:

Entidades que não ultrapassem, no período de um

exercício, dois dos limites indicados no n.º 2 do art.º 262.º

do CSC*

*Actualmente:

a) Total do balanço: 1.500.000 euros;

b) Total das vendas líquidas e outros proveitos: 3.000.000 euros;

c) Número de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 50.

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4.3. Directriz Contabilística n.º 14 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

Em vigor até 31 de Dezembro de 2009

Prevê dois modelos com carácter opcional:

Método Directo

Método Indirecto

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4.3. Directriz Contabilística n.º 14 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

No preâmbulo é sublinhado:

Esvaziamento da utilidade da DOAF

Baseada na NIC7 Demonstrações das Alterações na Posição

Financeira

Principal justificação:

“Assim, nos últimos anos tem vindo a assumir relevância para os utentes da

informação financeira o conhecimento do modo como a empresa gera e utiliza o dinheiro num determinado período.”.

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4.3. Directriz Contabilística n.º 14 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

No item “2 – Objectivos” refere-se:

QUESTÃO CLÁSSICA

Temos resultados contabilísticos positivos mas não temos dinheiro?

“É um dado adquirido que nem sempre existe uma correlação entre os resultados apurados e os fluxos de caixa; por exemplo, o facto de uma empresa apurar lucros não significa necessariamente que disponha de dinheiro para, designadamente, pagar dividendos, empréstimos, impostos e investir.

…/...

A demonstração dos fluxos de caixa, quando apresentada juntamente com as demais peças das demonstrações financeiras, permite aos utentes melhorar o conhecimento das variações ocorridas na estrutura financeira (incluindo a liquidez e a solvabilidade) e a capacidade de gerar meios de pagamento e em que tempo, com vista, designadamente, a adaptar-se a situações de mudança e de oportunidade de mercado (flexibilidade financeira).”.

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4.3. Directriz Contabilística n.º 14 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

Dinâmica Patrimonial:

O item “2 – Objectivos” da DC14 ainda refere:

Dinâmica patrimonial numa tripla abordagem dos fluxos de caixa

“Na estruturação desta demonstração financeira é adoptada uma classificação por actividades, em ordem a permitir aos utentes avaliar o impacto destas na situação financeira e conhecer as correspondentes quantias geradas e utilizadas, bem como as

interligações entre as actividades.”.

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4.3. Directriz Contabilística n.º 14 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

Actividades Operacionais

Actividades de Investimento

Actividades de Financiamento

Dinâmica Patrimoni

al

Fonte: Elaboração própria.

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5 - A Demonstração dos Fluxos de Caixa no Sistema de Normalização

Contabilística (SNC) – DL 158/2009

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5.1. A DFC E AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Com a revogação do POC/89 também são revogadas as

directrizes contabilísticas, incluindo, portanto, a Directriz Contabilística n.º 14

A DFC no conjunto (o todo) das DF O DL158/2009, de 13 de Julho que aprovou o SNC prevê, no

seu n.º 2 do art.º 11.º - “Demonstrações Financeiras”, o seguinte:

Análise como um conjunto (um

todo)

“1 — As entidades sujeitas ao SNC são obrigadas a apresentar as seguintes demonstrações financeiras:

a) Balanço;b) Demonstração dos resultados por

naturezas;c) Demonstração das alterações no

capital próprio;d) Demonstração dos fluxos de caixa

pelo método directo;e) Anexo.”.

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5.2. NCRF 2 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

O SNC passa a integrar a NCRF 2 - “DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA”, mas apenas pelo MÉTODO DIRECTO (o método indirecto é eliminado)

Trabalho acrescido para as empresas que optaram pelo método indirecto na transição do modelo POC/89 para o SNC

O §1 Objectivo da NCRF2 refere:

“O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato

Financeiro é o de exigir informação acerca das alterações

históricas de caixa e seus equivalentes de uma entidade

por meio de uma demonstração de fluxos de caixa que

classifique os fluxos de caixa durante o período em

operacionais, de investimento e de financiamento.”.

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5.2. NCRF 2 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

Modelo da DFC (Método Directo) do SNC, é praticamente igual ao Modelo da DFC (Método Directo) da DC 14, com ligeiras alterações de terminologia

A NCRF2 não está contemplada na NCRF-PE, pelo que as PEQUENAS ENTIDADES não apresentam a DFC (Método Directo), conforme dispõe o n.º 2 do art.º 10.º do Decreto-Lei n.º 158/2009 que aprovou o SNC

A NCRF 1 – “Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras,” não prevê a DFC por esta estar autonomizada naquela NCRF 2 (§1 da NCRF1)

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5.2. NCRF 2 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”

Três Tipos de Actividades (§3 “Definições”):

DE FINANCIAMENTO: são as actividades que têm como consequência alterações na dimensão e composição do capital próprio contribuído e nos empréstimos obtidos pela entidade.

DE INVESTIMENTO: são a aquisição e alienação de activos a longo prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa.

OPERACIONAIS: são as principais actividades produtoras de rédito da entidade e outras actividades que não sejam de investimento ou de financiamento.

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5.3. Dicotomia Regime de Acréscimo (periodização económica) vs Regime de Caixa

Referencial Contabilístico

Regimede Acréscimo

Regimede Caixa

POC/89(+) Proveitos e ganhos(-) Custos e Perdas

(+) Recebimentos(-) Pagamentos

SNC (+) Rendimentos(-) Gastos

(+) Recebimentos(-) Pagamentos

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5.3. Dicotomia Regime de Acréscimo (periodização económica) vs Regime de Caixa

Regime de AcréscimoRegime de

Caixa

Fonte: Elaboração própria

Conclusão: Quanto maior for o distanciamento entre a curva do Regime de Caixa e a curva do Regime de Acréscimo, maiores são os problemas de liquidez (transformação em meios líquidos) da empresa.

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OBRIGADOPELA V/ ATENÇÃO

O PORTAL DA CONTABILIDADE EM PORTUGAL

jfcguimaraes@jmmsroc.pt

WWW.INFOCONTAB.COM.PT