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7/24/2019 Perfil Dos Municipios - Munic2001
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Presidente da RepblicaLuiz Incio Lula da Silva
Ministro do Planejamento, Oramento e GestoGuido Mantega
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATSTICA - IBGE
PresidenteEduardo Pereira Nunes
Diretor ExecutivoJos Sant`Anna Bevilaqua
RGOS ESPECFICOS SINGULARES
Diretoria de PesquisasMaria Martha Malard Mayer
Diretoria de GeocinciasGuido Gelli
Diretoria de InformticaLuiz Fernando Pinto Mariano (em exerccio)
Centro de Documentao e Disseminao de InformaesDavid Wu Tai
Escola Nacional de Cincias EstatsticasPedro Luis do Nascimento Silva
UNIDADE RESPONSVEL
Diretoria de Pesquisas
Coordenao de Populao e Indicadores SociaisLuiz Antnio Pinto de Oliveira
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Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE
Diretoria de Pesquisas
Coordenao de Populao e Indicadores Sociais
Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais
Perfil dos Municpios
Brasileiros
Gesto Pblica
2001
Rio de Janeiro
2003
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISBN 85-240-3677-X
IBGE, 2003
CapaHelga Szpiz - Coordenao de Marketing/Centro de Docu-mentao e Disseminao de Informaes-CDDI
Perfil dos municpios brasileiros : gesto pblica 2001 / IBGE, Coorde-nao de Populao e Indicadores Sociais. - Rio de Janeiro : IBGE,2002.
245p.
Acima do ttulo: Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais.ISBN 85-240-3677-X
1. Brasil - Municpios - Estatstica. 2. Brasil - Municpios - Indicado-res. 3. Administrao municipal - Brasil. 4. Finanas municipais - Bra-sil. 5. Descentralizao administrativa - Brasil. I. IBGE. Coordenaode Populao e Indicadores Sociais. II. Pesquisa de informaes bsi-cas municipais.
Gerncia de Biblioteca e Acervos Especiais CDU31(81-0-2)RJ/2003-21 EST
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
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Sumrio
Apresentao .................................................................... 9
Introduo .......................................................................11
Notas tcnicas ................................................................ 13
A descentralizao do Estado e os municpios ..................... 17
Perfil dos prefeitos no Brasil .............................................. 27
Legislao municipal ........................................................ 39
Instrumentos de planejamento municipal e gesto
urbana ............................................................................ 47
Conselhos municipais ....................................................... 57
Gesto municipal e meio ambiente ..................................... 69
Programas e aes municipais na rea de habitao ............ 93
Incentivos atrao de atividades econmicas nos
municpios brasileiros ..................................................... 105
Equipamentos municipais de justia e segurana
pblica ..........................................................................115
Equipamentos culturais dos municpios brasileiros ............. 135
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Tabelas de resultados
1 - Municpios, total e por ano de instalao, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 155
2 - Municpios, total e por sexo e grupos de idade doprefeito, segundo classes de tamanho da populaodos municpios, Grandes Regies e Unidades daFederao - 2001........................................................... 156
3 - Municpios, total e por nvel de instruo do prefeito,segundo classes de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 157
4 - Municpios, total e por reeleio do prefeito epartido atual do prefeito, segundo classes detamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 158
5 - Municpios, total e por classes de nmero defuncionrios ativos nas administraes direta eindireta, segundo classes de tamanho dapopulao dos municpios, Grandes Regiese Unidades da Federao - 2001 ..................................... 159
6 - Municpios, total e por classes de nmero de
funcionrios ativos nas administraes direta eindireta, por 100 habitantes, segundo classes detamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 160
7 - Nmero de servidores ativos na administrao direta,por vnculo empregatcio, segundo classes de tamanhoda populao dos municpios, Grandes Regies eUnidades da Federao - 1999/2001 ............................... 161
8 - Municpios, total e com administrao indireta enmero de servidores ativos na administrao indireta,por vnculo empregatcio, segundo classes de tamanhoda populao dos municpios, Grandes Regies eUnidades da Federao - 1999/2001 ............................... 162
9 - Municpios, total e por classes de nmero defuncionrios aposentados e pensionistas, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 163
10 - Municpios, total e por existncia de Instituto ouFundo Municipal de Previdncia e total de funcionrios
aposentados e pensionistas, segundo classes de tamanhoda populao dos municpios, Grandes Regies e Unidadesda Federao - 2001 ...................................................... 164
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Sumrio ________________________________________________________________________________________ 5IBGE
11 - Municpios, total e por existncia de Lei Orgnica,Plano Estratgico e por existncia e atualizao deinstrumentos de planejamento municipal, segundo
classes de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 165
12 - Municpios, total e por existncia de legislao einstrumentos de planejamento urbano, segundo classesde tamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 167
13 - Municpios, total e por existncia de ConsrciosIntermunicipais, segundo classes de tamanho dapopulao dos municpios, Grandes Regies eUnidades da Federao - 2001 ........................................ 169
14 - Municpios, total e com existncia de ConsrciosMunicipais de Sade e participao nos recursos financeiros,por nvel de governo e quantidade de consrcios vigentes,segundo classes de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 171
15 - Municpios, total e por tipo de atividades terceirizada,segundo classes de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 172
16 - Municpios, total e por tipo de atividades informatizadas,segundo classes de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 174
17 - Municpios, total e por existncia de cadastroimobilirio, com indicao de algumas caractersticasdo cadastro e total de unidades imobilirias, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 1999/ 2001 ...... 176
18 - Municpios, total e por perodo da ltima atualizaoda Planta de Valores do IPTU, segundo classes de tamanhoda populao dos municpios, Grandes Regies e Unidadesda Federao - 2001 ...................................................... 177
19 - Municpios, total e por perodo de realizao doltimo recadastramento de imveis segundo classesde tamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 178
20 - Municpios, total e com existncia de ConselhosMunicipais, por rea de atuao segundo classes detamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 179
21 - Municpios, total e por existncia e caractersticas
dos Conselhos Municipais de Educao, segundo classesde tamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 181
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22 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Sade, segundo classesde tamanho da populao dos municpios, Grandes
Regies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 18223 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Assistncia Social, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 183
24 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Direitos da Criana e dosAdolescentes, segundo classes de tamanho dapopulao dos municpios, Grandes Regies eUnidades da Federao - 2001 ........................................ 184
25 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Emprego/Trabalho, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 185
26 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Turismo, segundo classesde tamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 186
27 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Cultura, segundo classes
de tamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 187
28 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Habitao, segundo classesde tamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 188
29 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 189
30 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Transportes, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 190
31 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Poltica Urbana, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 191
32 - Municpios, total e por existncia e caractersticasdos Conselhos Municipais de Promoo do
Desenvolvimento Econmico, segundo classes detamanho da populao dos municpios, GrandesRegies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 192
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Sumrio ________________________________________________________________________________________ 7IBGE
33 - Municpios, total e por existncia de Administrao
Distrital ou Regio Administrativa e de Subprefeituras,
segundo classes de tamanho da populao dos municpios,
Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 193
34 - Municpios, por existncia de favelas ou
assemelhados, cadastro, grau de abrangncia do
cadastro e nmero de unidades cadastradas,
segundo classes de tamanho da
populao dos municpios, Grandes Regies e
Unidades da Federao - 2001 ........................................ 194
35 - Municpios, total e por existncia de cortios ou
assemelhados, cadastro, grau de abrangncia do
cadastro e total de cortios cadastrados, segundo
classes de tamanho da populao dos municpios,Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 195
36 - Municpios, total e por existncia de loteamentos
clandestinos, cadastro, grau de abrangncia do
cadastro, e total de loteamentos clandestinos
cadastrados, segundo classes de tamanho da
populao dos municpios, Grandes Regies e
Unidades da Federao - 2001 ........................................ 196
37 - Municpios, total e por existncia de loteamentos
irregulares, cadastro e grau de abrangncia do cadastro
e total de loteamentos irregulares cadastrados, segundoclasses de tamanho da populao dos municpios,
Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 197
38 - Municpios, total e por existncia de rgo especfico
na rea de Habitao, cadastro de famlias interessadas
em programas habitacionais e Conselho de Habitao,
e existncia de lei com indicao do tamanho do lote
mnimo, segundo classes de tamanho da populao
dos municpios, Grandes Regies e Unidades da
Federao - 2001........................................................... 198
39 - Municpios, total e por existncia e tipo de programaou ao na rea de Habitao, segundo classes de
tamanho da populao dos municpios, Grandes Regies
e Unidades da Federao - 2001 ..................................... 199
40 - Total de municpios, licenas para construo e
alvars de habitao, por total de municpios que
concederam e total de concesses, segundo classes
de tamanho da populao dos municpios, Grandes
Regies e Unidades da Federao - 1999-2000................. 201
41 - Municpios, total e por existncia e tipo de incentivos
para atrair atividades econmicas, segundo classes detamanho da populao dos municpios, Grandes Regies
e Unidades da Federao - 2001 ..................................... 202
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Convenes
- Dado numrico igual a zero no resultante de arredondamento;
.. No se aplica dado numrico;
... Dado numrico no disponvel;
x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao da
informao;
0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredon-
damento de um dado numrico originalmente positivo; e
-0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de
arredondamento de um dado numrico originalmente negativo.
42 - Municpios, total e por existncia de programa ou
ao de gerao de trabalho e renda e de capacitao
profissional, segundo classes de tamanho da populao,
dos municpios, Grandes Regies e Unidades daFederao - 2001........................................................... 204
43 - Municpios, total e por existncia e efetivo de
guarda municipal, segundo classes de tamanho da
populao dos municpios, Grandes Regies e
Unidades da Federao - 2001 ........................................ 205
44 - Municpios, total e por tipo de instrumentos legais
de justia e segurana pblica existentes, segundo
classes de tamanho da populao dos municpios,
Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 ............. 206
45 - Municpios, total e por tipo e nmerode estabelecimentos culturais e de lazer
existentes, segundo classes de tamanho
da populao dos municpios, Grandes
Regies e Unidades da Federao - 2001 ......................... 207
46 - Municpios, total e por existncia de banda de
msica e de orquestra, segundo classes de tamanho
da populao dos municpios, Grandes Regies e
Unidades da Federao - 2001 ........................................ 209
47 - Municpios, total e por tipo de estabelecimentos
selecionados de comrcio, servios e lazer existentes,segundo classes de tamanho da populao dos municpios,
Grandes Regies e Unidades da Federao - 2001 .............. 210
Referncias ................................................................... 213
Anexos
Questionrio da Pesquisa Bsica de Informaes
Municipais 2001 - Gesto............................................ 219
Glossrio ...................................................................... 235
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Apresentao
OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE -,com a presente publicao, divulga de forma completaos resultados do Questionrio de Gesto - QG - da Pesqui-sa de Informaes Bsicas Municipais - MUNIC 2001. Alm desse,
tambm foi coletado o Questionrio de Finanas, com informaessobre contas pblicas municipais dos anos de 1999 e 2000, cujosresultados sero divulgados, posteriormente, em outro volume.
A pesquisa, em sua segunda edio, investigou todos os5 560 municpios implantados no Pas, em 2001. Um conjunto demais de 20 temas foram abordados pela pesquisa, organizadosem 12 blocos. Foram formuladas questes sobre como as admi-nistraes municipais se organizam administrativamente, qual seucorpo de servidores, detalhes sobre legislao e seus cadastrostributrios, sobre suas articulaes inter-institucionais, sobre suaatuao nas questes habitacionais e sobre os conselhos relacio-
nados infncia e adolescncia, dentre outras.Esta abrangncia se justifica uma vez que os municpios, no
perodo mais recente, alm de terem aumentado em nmero (quase1500 novos municpios foram criados desde 1988), passam porum processo em que suas atribuies e responsabilidades tmsido acrescidas e o papel desempenhado pelo poder pblico localvem ganhando maior relevncia. Os textos analticos dessa publi-cao buscam, por isso, retratar alguns dos aspectos importan-tes para o entendimento do quadro atual do processo de munici-palizao e das mudanas em curso.
Esse volume apresenta notas tcnicas, descrevendo seusaspectos metodolgicos, dez captulos, analisando diferentes as-pectos da realidade municipal brasileira e um conjunto de tabelas
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bsicas, discriminando os resultados por grupos de tamanho da populao dosmunicpios, por Grandes Regies e por Unidades da Federao.
Maria Martha Malard MayerDiretora de Pesquisas
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Opresente volume est organizado em dez textos analti-cos que se detm sobre o contedo e as caractersticasde importantes eixos temticos investigados pela Pesqui-sa de Informaes Bsicas Municipais - MUNIC em 2001.
No primeiro texto analisado o processo de descentralizaodo Estado e a fragmentao municipal. O segundo busca traarum perfil dos prefeitos em exerccio, abordando gnero, faixa et-ria e nvel de instruo,alm do partido poltico a que est vincula-do, e se foi reeleito ou no. Os dois textos subseqentes apresen-tam um quadro geral da existncia e atualidade de vrios instru-mentos legais da administrao municipal, obrigatrios ou no, ede diversos instrumentos de planejamento urbano.
Em seguida, analisado um outro aspecto da descentraliza-o administrativa municipal: a tendncia crescente de formaode conselhos municipais setoriais que possibilita a participao
direta da comunidade na gesto das polticas pblicas, uma dascaractersticas da democratizao recente em nosso Pas.O sexto texto traa um panorama geral dos municpios no
que se refere temtica ambiental, atravs da anlise da abran-gncia dos instrumentos de gesto do meio ambiente, j, ento,em vigor em vrias administraes locais.
O texto seguinte aborda a forma pela qual os municpios esuas prefeituras tm enfrentado os problemas habitacionais dapopulao, seja dos que moram em favelas e cortios, seja dosque tm sua moradia em loteamentos irregulares ou em assenta-mentos clandestinos.
A questo do federalismo e da concorrncia entre estados emunicpios tratada no oitavo texto, onde apresentado um quadroda existncia de mecanismos de incentivo implantao de ativida-
Introduo
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12 ____________________________________________ Perfil dos Municpios Brasileiros- Gesto pblica 2001IBGE
des econmicas nos municpios, freqentemente referido como guerra fiscal.Embora as polticas de Justia e de Segurana Pblica sejam atribuies
dos estados e da Unio, a existncia de equipamentos, de justia e segurana
pblica, instalados no municpio ou mantidos pelo municpio, constitui o assuntodo penltimo texto. Destaque-se a existncia crescente de guardas municipaiscom funes muito prximas e, s vezes, sobrepostas s das foras policiais.
Finalmente, so apresentados alguns indicadores culturais, construdos apartir das informaes sobre a existncia de 17 tipos de equipamentos de cul-tura, esporte e lazer no municpio.
O IBGE disponibilizar ao pblico, em geral, alm das tabelas ora divulga-das, um CD-ROM contendo a base de dados por municpio, resultante da pes-quisa e tambm acesso s informaes atravs do stio Perfil dos MunicpiosBrasileiros, constante da pgina do IBGE na Internet.
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Notas tcnicas
Nas duas ltimas dcadas, o Brasil vem passando por mu-danas e os municpios tm tido uma importncia cres-cente nelas. Como parte de um processo amplo e cres-cente de descentralizaes poltica e administrativa, um gran-
de nmero de novos municpios foi criado e um nmero maiorde atribuies e responsabilidades tem sido repassados paraas administraes municipais na prestao de servios pbli-cos populao.
Neste contexto, a demanda por informaes sobre o mu-nicpio e com base municipal tem sido crescente. Diversosrgos pblicos, federais e regionais, tm organizado e dispo-nibilizado dados cadastrais e registros administrativos parainformao geral e, principalmente, para subsidiar a elabora-o de polticas sociais, o planejamento e o acompanhamen-to de programas atravs de indicadores no mbito municipal.
O IBGE tambm tem procurado atender a essa demanda fa-zendo levantamentos e disseminando diversas bases de da-dos municipais. A Pesquisa de Informaes Bsicas Munici-pais - MUNIC - faz parte de uma linha de levantamentos deinformaes municipais do IBGE.
A MUNIC 2001, sua segunda edio, foi realizada peloDepartamento de Populao e Indicadores Sociais - DEPIS -da Diretoria de Pesquisas - DPE, contando com o envolvi-mento das representaes do IBGE em cada Unidade da Fe-derao que, com equipes de supervisores, coordenadores e
pesquisadores espalhados pelas mais de 500 agncias, fo-ram responsveis pela coleta das informaes em cada mu-nicpio do Pas.
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ObjetivosA MUNIC uma pesquisa institucional e de registros administrativos rela-
tivos ao poder pblico local, principalmente, as prefeituras dos municpios. Cons-titui uma fonte de informao para a construo de indicadores relativos aosdiferentes setores da administrao pblica municipal. Nela so colhidos dadossobre o aparato institucional, sobre o planejamento pblico, das finanas pbli-cas municipais, dos programas sociais desenvolvidos pela administrao pbli-ca local e ainda sobre a oferta de servios pblicos e de infra-estrutura urbana.
Os objetivos desta pesquisa so: constituir uma base de informaes ins-titucionais em nvel municipal; propiciar a construo de um amplo perfil dosmunicpios brasileiros no que toca, principalmente, s suas administraes p-blicas; e propiciar a elaborao de um quadro geral dos aspectos da gestomunicipal na atualidade brasileira em que os municpios vm desempenhando
papel cada vez mais importante na implantao de diversas polticas setoriais.
Unidade de investigao e informantes dapesquisa
A unidade principal de investigao a prefeitura municipal, em geralcomposta de vrios setores que forneceram as informaes para a pesquisa. Asinstituies ligadas a outros poderes pblicos locais, ou instaladas localmente,tambm so unidades secundrias de investigao. Neste caso esto a CmaraMunicipal, os juizados ali instalados, as delegacias, etc. O municpio como um
todo tambm constitui outra unidade secundria de investigao.O informante principal em cada municpio a prefeitura, atravs dos diver-
sos setores que a compe. Como esses tm, freqentemente, um grau relativo deautonomia de ao, as informaes coletadas so, da mesma maneira, respondi-das pelos diferentes setores e, conseqentemente, por diferentes pessoas. As-sim, as informaes coletadas em cada municpio, em geral, so resultado deuma consulta a pessoas que detm informaes diferentes sobre os rgos pbli-cos municipais. No raro algum conflito aparece e que precisa ser dirimido.
Perodos de referncia da pesquisaA pesquisa foi a campo a partir de novembro de 2001 e essa foi a data de
referncia geral da pesquisa. Em vrios quesitos, entretanto, foi feita refernciaexplcita quanto data ou ao perodo de referncia. Nesses casos foi adotado oque constava no quesito.
Abrangncia geogrfica da pesquisaA MUNIC 2001 investigou o universo de 5560 municpios instalados em
1ode janeiro de 2001 no Territrio Nacional. H uma observao importante a
esse respeito: foram instalados originalmente, em 2001, 54 municpios novos,que somados aos 5 507 instalados anteriormente totalizariam 5561. No entan-to, no decorrer daquele ano, a instalao do Municpio de Pinto Bandeira foi
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Notas tcnicas _________________________________________________________________________________ 15IBGE
anulada judicialmente e o correspondente territrio reincorporado ao Municpiode Bento Gonalves no Rio Grande do Sul.
Instrumentos de coletaEm sua edio de 2001, a Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais -
MUNIC - foi a campo com dois questionrios. O Questionrio de Gesto - QG,constitudo de 12 blocos , e o Questionrio de Finanas Pblicas - QF.
O QG investigou os seguintes temas relativos ao poder pblico municipal: ascaractersticas pessoais e polticas do prefeito; o quadro de servidores pblicos,ativos e inativos; a legislao de planejamento municipal e urbano; a infra-estruturaadministrativa e os mecanismos da gesto; os recursos institucionais de descentra-lizao e desconcentrao administrativas; o aparelhamento institucional, as polti-
cas pblicas e as aes locais para enfrentar os problemas relativos s condieshabitacionais; as iniciativas do poder pblico local visando gerao de trabalho ede renda. Tambm foram investigados alguns quesitos relativos ao aparelhamentolocal para garantir acesso ao poder judicirio e segurana pblica. Finalmente, foiinvestigada a existncia de alguns servios culturais e desportivos no municpio,sejam eles vinculados ao poder pblico local ou no.
O QF coletou informaes das contas pblicas municipais relativas aosanos de 1999 e de 2000. O levantamento abrangeu as principais rubricas dereceitas e despesas realizadas pelo setor pblico de cada municpio, num totalde 73 itens, em cada perodo. Esta publicao no apresentar dados e anlisesrelativos ao QF, o que ser feito em outro momento.
Coleta dos dados e apuraoEm novembro de 2001, foi realizado um treinamento distncia dos su-
pervisores regionais para a Pesquisa. Estes, posteriormente, repassaram o trei-namento para os tcnicos das Agncias do IBGE no Pas.
Para efetuar a coleta das informaes, o pesquisador do IBGE fez umprimeiro contato com a prefeitura de cada municpio, com objetivo de obter aindicao de uma pessoa na administrao municipal que se responsabilizassepelo preenchimento dos questionrios, ou seja, coordenasse a coleta das infor-
maes nos vrios setores. Esta pessoa deveria manter contato com o pesqui-sador do IBGE sempre que fosse necessrio esclarecer algum item, procedi-mento ou conceito relativo pesquisa.
Para possibilitar o preenchimento dos questionrios, pelos diversos seto-res das prefeituras, com as informaes requeridas, cada instrumento de coletatinha como parte integrante, instrues para o preenchimento. Ao longo doquestionrio, junto aos quesitos em foco, foram dispostas as explicaes dostermos e conceitos utilizados mais importantes.
O tcnico do IBGE, ao receber o questionrio preenchido, procedeu a umacrtica visual de comparao entre as informaes coletadas em 1999 e em2001. Para isso, o tcnico dispunha de uma listagem, por municpio, com uma
seleo de variveis em que essa comparao era possvel e pertinente. Issopermitiu que problemas detectados no preenchimento fossem sanados imedia-tamente com o informante.
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A entrada de dados foi feita de forma descentralizada, na sede de cadaunidade regional, pela superviso da pesquisa ou, nas prprias agncias, pelotcnico responsvel pela coleta. A crtica de consistncia dos dados coletados
tambm foi feita em cada unidade. Isso possibilitou maior agilidade no esclare-cimento de dvidas e, tambm, na correo de eventuais erros encontrados porocasio da crtica.
A Prefeitura de Nova Trento, em Santa Catarina, se recusou a prestar asinformaes atinentes quele municpio. Por isso foram coletadas informaesde somente 5 559 municpios que so divulgadas individualmente, ou seja, asinformaes de cada municpio so resultados da pesquisa e assim divulgadas.
Divulgao das informaes
necessrio ressaltar que, em contraste com as demais pesquisas efetu-adas no IBGE, as informaes prestadas pelas prefeituras so de natureza pbli-ca, configurando, assim, um conjunto de informaes a ser divulgado individu-almente. Este contexto, embora no exima o IBGE da responsabilidade finalpelos dados ora divulgados, confere um carter de maior co-responsabilidadeentre a Instituio e os prprios informantes. Um levantamento desta natureza,de informaes de carter pblico, requer que seja respeitada sua integridadeaps os procedimentos de crtica e anlise das mesmas. Esta deciso implicaem alguns casos, principalmente, nas informaes de quantidades, quando sodetectados problemas na anlise dos dados, a no divulgao de valores consi-derados passveis de questionamentos sob determinados enfoques analticos.
Contudo, optou-se por no disponibilizar inicialmente algumas dessas informa-es, admitindo-se que correes possam vir a ser efetuadas, aps anlisesmais detalhadas e consultas aos informantes. As alteraes, caso ocorram,sero incorporadas base de dados divulgada na pgina do IBGE.
Os dados da MUNIC esto sendo disponibilizados na pgina do IBGE naInternet, atravs do stio Perfil dos Municpios Brasileiros, apresentando as in-formaes de cada municpio, um a um. Tambm na mesma pgina, possvelformular e processar tabelas do conjunto de municpios usando o Banco Mul-tidimensional de Estatsticas - BME.
Este volume contm, alm dessas notas tcnicas, um conjunto de captu-los com textos analticos sobre diversos temas abordados pela pesquisa em
que so destacados os aspectos considerados mais relevantes pelos analistasque trabalharam nas diversas fases da pesquisa. Tambm so apresentados osresultados atravs de um conjunto de tabelas gerais selecionado pela mesmaequipe. Acompanha essa publicao um CD-ROM contendo a base de dadoscompleta por municpio resultante da pesquisa junto a um software - ESTAT-CART - que facilita a extrao de resultados em forma de tabelas ou mapas.
Todas as tabelas apresentadas aqui so produto de agregaes dos dadosde municpios por tamanho da populao, por Grande Regio do Pas e porUnidade da Federao em que ele est localizado. H um entendimento de queessas variveis so algumas das mais relevantes para compreender e possibili-tar a descrio e anlise de alguns aspectos abrangidos pela pesquisa.
A pesquisa foi a campo a partir de dezembro, sendo este o ano de refern-cia da maior parte dos quesitos, excetuando-se aqueles relativos s finanasmunicipais e ao cadastro imobilirio que se referem ao ano de 2001.
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19/247
O Municpio entidade estatal integrante da Federao. Essaforma de ordenao poltica (MEIRELLES, 2001) uma peculiari-dade do Estado brasileiro, e ficou estabelecida na ConstituioFederal da Repblica em 1988. A Federao, a partir de ento,
passou a compreender a Unio, os Estados, o Distrito Federal eos Municpios, estes ltimos com autonomia poltico-administra-tiva reconhecida pela Constituio (artigo 18).
A autonomia do Municpio brasileiro est assegurada e limi-tada na Carta (art. 30), para todos os assuntos de seu interesselocal e se expressa sob trs aspectos: o poltico, seja na composi-o do governo como na edio das normas locais; o administrati-vo, na organizao e execuo dos servios pblicos locais; e ofinanceiro, no que toca decretao, arrecadao e aplicao dostributos municipais.
A Constituio de 1988 transferiu a responsabilidade legal pela
definio dos critrios de criao de novos municpios, que, at ento,era prerrogativa federal, aos estados. Regulada por lei estadual e me-diante consulta plebiscitria s populaes diretamente interessadas,descentralizou-se o poder de se criarem novos municpios.
Desde ento, o processo de emancipao de novos municpi-os se acelerou e, no perodo de 1988 a 2001, o total de municpioscresceu quase 40%. Como um fenmeno recente, naturalperguntar como era anteriormente, no passado no to recente.Cabe tambm questionar como esse processo se deu nas diver-sas regies do pas. Outra questo pertinente diz respeito ao portedos municpios criados medido pelo tamanho de sua populao.
Uma ltima questo trata de comparar o estgio atual de descen-tralizao administrativa do pas com a de outros pases, de dife-rentes portes populacionais e territoriais.
A descentralizao do
Estado e os municpios
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18 ____________________________________________ Perfil dos Municpios Brasileiros- Gesto pblica 2001IBGE
A criao de novos municpios nopassado recente
O ritmo do processo de fragmentao territorial e de implantao de no-vos municpios variou consideravelmente desde 1940. Se, ento, havia 1 587municpios (quadro 1), passados 25 anos, num perodo predominantementecaracterizado por instituies democrticas, alcanamos, em 1965, um total dequase 4 mil municpios (crescimento anual mdio de 3,7%). Nas duas dcadasseguintes, no entanto, entre 1965 e 1985, durante o Regime Militar, em que opas viveu o auge da centralizao de poder, inclusive tributria, praticamentecessou o processo de criao de municpios, cujo total pouco se alterou.
No final do regime militar, devido crise econmica e financeira do Estadoe ao processo de abertura do regime, vai tomando corpo uma gradual distensodos instrumentos mais rgidos do poder central. Acentua-se a contradio entrea abertura poltica e a dependncia econmica de estados e municpios em
Especificao 1940 1950 1960 1965 1970 1980 1985 1988 1989 1993 1997 2001
Nmero de Municpios 1 587 1 913 2 765 3 936 3 951 3 990 4 105 4 182 4 424 4 974 5 507 5 560
1,9 3,8 7,3 0,1 0,1 0,6 0,6 5,8 12,4 10,7 1,0 Perodo democrtico
Regime Militar - centralizao do poder
1. Auge da centralizao do poder no regime militar 2. Centralizao tributria Cessa processo de criao de municpios
Crise econmica: 1. Desagregao do poder central; 2. Contradio entre abertura poltica e dependncia econmica de estados e municpios; Movimento municipalista; Emendas Constitucio-
nais: descentralizao fiscal.
1. Fim do regime militar; esgotamento do poder central 2. Fragilizao do setor pblico Redemocratizao
Nova Constituio: novo pacto federa- tivo Descentralizao do poder poltico Estmulo emancipao de novas unidades federativas devido a: 1. Compartilhamento do Fundos de Participao 2. Disputa entre grupos para amplia- o do controle poltico e adminis- trativo 3. Opo pela fragmentao como sim- plificao atravs de solues locais Retomada intensa do processo de
criao de novas unidades federa- tivas
Conflito federativo em- tre Estados e entre
Municpios; Guerra Fiscal
Restabeleci- mento de o- bstculos criao de
novos muni- cpios
ua ro - rono og a a nsta a o e un c p os - per o o
Taxa de crescimento (%)
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A descentralizao do Estado e os municpios _____________________________________________________ 19IBGE
relao ao poder central. Surge no cenrio poltico o Movimento Municipalista,que contribuiu para a discusso e criao de Emendas Constitucionais quederam incio a uma descentralizao fiscal(AFFONSO, 1996).
No perodo de 1985 a 2001, aps a redemocratizao, foi elaboradanova Constituio que restabeleceu o pacto federativo, a partir de uma maiordescentralizao do poder poltico. Essa mudana resultou num estmulo emancipao de novas unidades poltico-administrativas, em particular, de novosmunicpios. Outros dois fatores contriburam para isso: o primeiro, relativo arrecadao, com a possibilidade de compartilhamento dos Fundos de Partici-pao entre as unidades novas e antigas; o segundo, de natureza poltica, jque essas mudanas possibilitariam no s o surgimento de lideranas locais,mas tambm a acomodao de grupos rivais, resultando num novo formato derepartio do poder poltico e administrativo. Um outro aspecto que a opopela fragmentao se tornou uma forma de simplificar a gesto atravs de
solues locais.A conseqncia imediata do estmulo institucional descentralizao foi
a retomada do processo de fragmentao que ao se acelerar e intensificar, fezcom que o nmero de municpios atingisse os atuais 5 560 (crescimento anualmdio de 2,4% entre 1988 e 2001). O Mapa 1 mostra as transformaes quese verificaram na malha municipal brasileira entre os anos de 1940 e 2000, eevidenciam a maior fragmentao ocorrida sobretudo nas Regies Sul e Sudes-te, bem como em alguns estados do Nordeste.
A associao entre os diferentes perodos polticos que marcaram a hist-ria recente do pas e o ritmo de instalao de novos municpios so evidencia-
dos no Grfico 1. No perodo de forte centralizao, entre 1965 e 1985, conco-mitante ao Regime Militar, h uma estagnao no processo de implantao denovos municpios. Nos perodos, imediatamente anterior e posterior, de regimedemocrtico-representativo, o processo de implantao de novos municpios foiintenso, produzindo efetivas mudanas na malha municipal brasileira. Tal pro-cesso refletia a conjuntura poltica favorvel descentralizao federativa, evi-denciando a marca da autonomia dos entes federados na criao de novasunidades poltico-administrativas.
Grfico 1 - Nmero de Municpios instalados - Brasil -1940/2001
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 2001.
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
4 000
4 500
5 000
5 500
6 000
19401935 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005
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20 ____________________________________________ Perfil dos Municpios Brasileiros- Gesto pblica 2001IBGE
#Y
-30-30-30
-30
N
C
O
OC
N
T
A
I
L
A
O
E
TEQUADOR
TRPICODE CAPR
ICRNIO
TRPICODECAPRICRNIO
EQUADOR
-40-50-60-70
0
-10
-20
-30
-70 -50 -40
-30
-20
-10
0
P
A
C
F
IC
O
O
C
E
A
N
O
-30
-30
-40-50-60-70
0
-10
-20
-30
-70 -60 -50 -40
-30
-20
-10
0
S C
G O
PB
A L
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B A
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P I
P R
R J
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A P
R R
M S
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D F
2000
Limite estadual
Limite municipal
Total de
municpios : 5 507
PROJEO POLICNICA
ESCALA 1:40 000 000
200 0 400 km
O
C
E
A
N
O
P
A
C
F
IC
O
0
-10
-20
-30
-40-50-70
-30
-20
-10
0
-70 -60 -50 -40
-30
-30
0
-10
-20
-30
-40-50-60-70
-30
-20
-10
0
-70 -60 -50 -40
EQUADOR
TRPICODECAPRICRNIO
TRPICODE CAPR
ICRNIO
EQUADOR T
E
O
A
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A
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O
C
N
-30
-30-30-30
A M
R J
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M T
M A
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A C
S P
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A L
PB
G O
S C
1940
Evoluo da malha municipal
Total demunicpios : 1 574
Mapa 1
Fonte: Atlas geogrfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. p. 102.
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A descentralizao do Estado e os municpios _____________________________________________________ 21IBGE
Municpios e a dimenso territorialO ritmo do surgimento de novos municpios em cada Grande Regio do
Pas foi muito diferenciado na segunda metade do sculo recm findo. No per-odo de 1945 a 1965, o nmero de municpios (Tabela 1) mais que dobrou noPas como um todo. Em duas regies essa expanso foi muito maior: no Sul, ototal de municpios quase quintuplicou e no Centro-Oeste mais que triplicou.
Nos 20 anos seguintes, durante o Regime Militar, houve uma interruporelativa no processo de implantao de novos municpios em quase todas regi-es, excetuando-se as regies Norte e Centro-Oeste, onde o surgimento denovos municpios continuou, mas com uma taxa muito menor (pouco mais de20%). Nesse ltimo perodo, entre 1985 e 2001, a fragmentao do territrio
voltou a se acelerar, principalmente, aps a Constituio de 1988, com marcan-tes diferenas regionais. Na regio Norte quase duplicou o nmero de municpi-os; no Sul houve um aumento de mais de 60%, enquanto no Centro-Oestehouve um crescimento de mais de 50%.
importante destacar que, em algumas regies, h grande fragmentaodo territrio, com numerosos pequenos municpios; em outras, enormes territ-rios pertencem a um s municpio. Desde 2001, por exemplo, na Regio Norte,que abrange 45,2% do Territrio Nacional, encontra-se somente 8,2% (tabela2) dos municpios do Pas, num total de 449; enquanto que no Sudeste, queabrange apenas 10,8% da rea, esto 30,3% deles, num total de 1 792. Adensidade de municpios por regio oscila entre 2 063 municpios por milho de
km2
no Sul e 117 por milho de km2
no Norte, dando uma idia de como varia adimenso geogrfica mdia dos municpios em cada regio.
Norte Nordeste Sudeste SulCentro-Oeste
Nmero de Municpios 5 560 449 1 792 1 668 1 188 463
rea (1 000 km2) 8 515 3 853 1 554 925 576 1 606
Nmero de Municpios (p/ 1 000 000 km2) 653 117 1 153 1 803 2 063 288
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais.
Tabela 2 - Nmero de Municpios, rea total e densidade de Municpios,por Grandes Regies - 2001
Brasil
Grandes Regies
Especificao
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
1945/1965 146 90 146 100 365 251
1966/1985 5 23 1 0 9 21
1986/2001 36 84 30 18 62 51
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais.
Tabela 1 - Crescimento do nmero de Municpios,por Grandes Regies - perodo 1945/2001
BrasilGrandes RegiesPerodo
Crescimento do nmero de Municpios (%)
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O nmero de municpios tambm varia bastante entre as Unidades daFederao. Conforme pode ser constatado no Grfico 2, enquanto em MinasGerais existem 853 municpios, Roraima tem apenas 15. Nmero de municpi-
os, porm, varivel independente da dimenso territorial - Amazonas e Sergi-pe, por exemplo, apesar da diferena no que diz respeito rea territorial, tmnmero de municpios bastante prximos.
O Municpio e a dimenso demogrficaDo ponto de vista demogrfico, a concentrao da populao nas Regi-
es Sudeste e Nordeste tem se mantido estvel - em torno de 70% dos brasi-leiros vivem nestas Regies. A despeito disso, a populao da Regio Nortemais que triplicou no perodo de 1970 a 2001, passando de 3,6 milhes paramais de 13 milhes (tabela 3). Tambm a populao da Regio Centro-Oeste
mais que duplicou no mesmo perodo, passando de perto de 5 milhes para
Grfico 2 - Nmero de Municpios, por Unidades da Federao - 2001
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 2001.
RondniaAcre
Amazonas
RoraimaDistrito Federal
Par
Amap
Tocantins
Maranho
Piau
CearRio Grande do Norte
Paraba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
Minas Gerais
Esprito SantoRio de Janeiro
So Paulo
ParanSanta Catarina
Rio Grande do Sul
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Gois
853645
496417
399293
246223222
217185184
167143139139
10292
787775
6252
221615
1
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Grandes Regies 1970 1980 19912001(1)
Brasil 94 461 969 121 148 582 146 825 475 172 385 826
Norte 3 644 433 6 022 935 10 030 556 13 223 859
Nordeste 28 653 724 35 403 570 42 497 540 48 332 163
Sudeste 40 324 647 52 596 269 62 740 401 73 501 405
Sul 16 676 637 19 385 049 22 129 377 25 442 941
Centro-Oeste 5 162 528 7 740 759 9 427 601 11 885 458
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais.
Tabela 3 - Distribuio da populao,segundo as Grandes Regies - 1970/2001
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A descentralizao do Estado e os municpios _____________________________________________________ 23IBGE
11,8 milhes. importante observar que essas duas Regies, entre os anos de1970 e 1990, foram atravessadas por grandes movimentos de colonizao ea criao de novos municpios que, ento, ocorreu explicada diretamente
pelo surgimento e crescimento demogrfico e econmico de dezenas de n-cleos urbanos e rurais.Uma das caractersticas da relao populao x territrio, no Brasil,
a grande concentrao demogrfica em alguns poucos e importantes cen-tros urbanos e a reduzida populao de uma grande parte dos municpiosbrasileiros. A maioria (73%) dos municpios existentes, em 2001, tinha at20 000 habitantes e neles residia cerca de 20% da populao do pas (tabela4). Nos 27% dos municpios restantes (com nmero de habitantes acima de 20mil) estava concentrada mais de 80% da populao. Note-se, alm disso, quenos 32 municpios mais populosos do Brasil residiam mais de 48 milhes debrasileiros (27,8% da populao), ainda que, em termos proporcionais, esses
municpios representassem apenas 0,6% do total existente.
Os nmeros demonstram que o padro de fracionamento territorial vem obe-decendo, em linhas gerais, dinmica da ocupao do territrio, estando o espaobrasileiro mais fragmentado nas regies de maior dinamismo, seja do ponto devista demogrfico, cultural ou econmico. preciso chamar a ateno, porm,para o fato de que o intenso processo de criao de novos municpios tem tido
como uma de suas conseqncias um aumento substancial do nmero (absoluto eproporcional) de pequenas municipalidades - aquelas com at 5 000 habitantes.Em 2001, j representavam quase do total, enquanto dez anos antes eram
Classes de tamanhoda populao
1970 1980 1991 2001
Total 3 951 3 991 4 491 5 560
At 5 000 hab. 660 667 739 1 371
De 5 001 a 20 000 hab. 2 213 2 070 2 354 2 688
De 20 001 a 100 000 hab. 984 1 112 1 213 1 275
De 100 001 a 500 000 hab. 83 124 160 194
Mais de 500 000 hab. 11 18 25 32
Total 94 461 969 121 148 582 146 825 475 172 385 826
At 5 000 hab. 2 324 551 2 319 759 2 538 881 4 577 146
De 5 001 a 20 000 hab. 24 120 305 22 995 685 26 135 084 29 001 311
De 20 001 a 100 000 hab. 35 420 951 42 654 179 47 424 469 50 587 966
De 100 001 a 500 000 hab. 14 606 904 23 639 370 31 889 220 40 214 836
Mais de 500 000 hab. 17 989 258 29 539 589 38 837 821 48 004 567
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais.
Nmero de Municpios
Populao (1)
Tabela 4 - Distribuio dos Municpios e da populao,segundo classes de tamanho da populao - 1970/2001
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apenas 16,5%. No tocante populao, neles residiam, em 2001, cerca de 4,5milhes de pessoas, representando apenas 2,6% do total da populao do Pas.
Representao local no Brasil eem outros pases
Quando observamos a acelerao recente do processo de criao de no-vos municpios algumas questes surgem. Em que estgio de descentralizaoadministrativa o Brasil se encontra? A fragmentao municipal em nosso Pas,se compararmos com outros pases, muito grande ou no?
difcil fazer uma comparao entre o grau de fragmentao municipal doBrasil com o de outros pases, pois, para isso, inicialmente, necessrio que seestabelea as unidades a serem comparadas. Embora sejam chamadas usual-
mente de cidades - Nova Iorque, Tquio, Paris, Toronto, Buenos Aires, e SoPaulo, esses grandes aglomerados urbanos, do ponto de vista administrativo,so muito diferentes. O nosso municpio, de uma forma geral, equivale ao quechamamos de cidade: um prefeito eleito, uma cmara de representantes, mui-tas vezes distritos ou regies administrativas, com pequeno grau de autonomiae sem representao eleita dos seus habitantes. O mesmo no vale para outrospases em que cidade um agregado de unidades, como condados, com auto-nomia administrativa e cmara de representantes eleitos.
possvel, no entanto, fazer uma relao entre a fragmentao municipale a descentralizao administrativa com a representao eleita de seus habitan-tes, no mbito local. Maior o nmero de habitantes por representante, no nvel
mais imediato de representao, menor seria o grau de descentralizao admi-nistrativa. No Brasil, a representao dos habitantes em nvel local o legislati-vo municipal, a Cmara de Vereadores, cuja organizao normatizada pelaConstituio, que estabelece limites para o nmero de vereadores, dependendodo porte populacional do municpio. Os municpios de menor porte devem terum mnimo de sete vereadores, enquanto os de maior porte so limitados a umnmero mximo de 55.
No intuito de se construir alguma indicao sobre o grau de descentraliza-o administrativa, e para possibilitar uma comparao com outros pases, foicalculado o nmero de habitantes por cada representante no Legislativo local,aqui e em alguns pases desenvolvidos. O pas ainda est bem longe, apresen-
tando um nmero elevado (tabela 5) de habitantes por representante se compa-rado com Frana e EUA; h, portanto, ainda um potencial considervel de con-tinuidade no processo.
Pas Habitantes/vereadores (1)
Brasil (2) 2 860
Frana 110
EUA 490
Japo 1 600
Inglaterra 1 800
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais.(1) Vereadores ou representantes locais. (2) Tribunal Superior Eleitoral, 2 000.
Tabela 5 - Nmero de habitantes, por representante do legislativo local - 2001
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A descentralizao do Estado e os municpios _____________________________________________________ 25IBGE
Caso o grau de representao dos cidados crescesse no Brasil, para umnvel semelhante ao dos Estados Unidos, o nmero de unidades de representa-o local, que hoje de 5 560, passaria para 32 451 e o nmero de represen-
tantes locais passaria de perto de 60 mil para mais de 350 mil.Para finalizar, o grau de representao local varia consideravelmente entreos estados brasileiros. Entre o Rio de Janeiro, onde h em torno de 11 milhabitantes por cada representante local, e Tocantins, onde h pouco mais de900 habitantes por representante local, existe uma enorme distncia (Grfico3). Nessa tica, Tocantins est bem mais prximo do sistema representativodos pases desenvolvidos do que o Rio de Janeiro.
Com relao ao pas como um todo, podemos afirmar que, sob o nguloda representao proporcional de seus moradores, o grau de descentralizaoadministrativa, e de fragmentao dos municpios, a ele associado, no togrande se compararmos com outros pases citados. H espao aparentemente,portanto, para que esse processo continue.
Grfico 3 - Grau de representao local, porUnidades da Federao - 2001
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 2001.
RondniaAcre
AmazonasRoraima
Distrito Federal
ParAmap
TocantinsMaranho
PiauCear
Rio Grande do NorteParaba
PernambucoAlagoasSergipe
Bahia
Minas GeraisEsprito SantoRio de Janeiro
So PauloParan
Santa CatarinaRio Grande do Sul
Mato Grosso do SulMato Grosso
Gois
Nmero de habitantes por vereador segundo
as Unidades da Federao
10000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
11000
12000
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Perfil dos prefeitos
no Brasil
APesquisa de Informaes Bsicas Municipais - MUNIC de
2001 traz um conjunto de informaes que permite traar
um perfil dos 5 560 prefeitos em exerccio de seus manda-
tos, considerando as suas caractersticas de sexo, idade, instruo,
distino entre eleitos e reeleitos, assim como a sua filiao partid-ria. A partir destas informaes pode-se verificar diferenciais entre o
perfil dos prefeitos e o da populao em geral, e tambm distines
do ponto de vista regional, podendo-se ainda realizar um acompa-
nhamento de outros indicadores provenientes da MUNIC.
A presente anlise, entretanto, restringe-se a determinar um
perfil dos prefeitos a partir das informaes pesquisadas em 2001,
sumarizando os seus aspectos mais gerais. As comparaes en-
tre a MUNIC de 1999 e 2001, considerando as filiaes partid-
rias dos prefeitos, so importantes pois se referem ao final de
uma gesto e incio de outra.
Os prefeitos, segundo o sexo a idadee o grau de instruo
Em um pas em que mais da metade da populao com-posta de mulheres, significativa a no participao femininanos cargos executivos municipais: existem apenas 6% de prefei-tas (Grfico 4), o que manifesta a desigualdade no exerccio efe-tivo do poder poltico local.
Quanto idade, os prefeitos brasileiros tm em mdia 48,7
anos de idade e uma mediana de 48 anos, sendo os homensligeiramente mais idosos (mdia de 48,8 anos e mediana de 48anos, contra 47,4 e 47 para as mulheres, respectivamente).
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28 ____________________________________________ Perfil dos Municpios Brasileiros- Gesto pblica 2001IBGE
Outra caracterstica que distingue os prefeitos em face da populao emgeral o mais alto grau de instruo, sendo que 40% dos chefes do executivomunicipal tm o curso superior completo e 7% incompleto. As prefeitas apre-
sentam uma escolarizao expressivamente maior que a dos homens: enquanto56% das prefeitas tem o curso superior completo ou incompleto, este percen-tual de 46,3% para os homens.
Os Mapas 2 e 3, apresentados a seguir, mostram o padro espacial, por
Unidades da Federao, para o percentual de mulheres prefeitas, assim como amediana da idade. Percebe-se, uma maior proporo de prefeitas em Estados daRegio Norte - Roraima, Rondnia, Par e Tocantins, Regio Nordeste, com aexceo da Bahia, e Gois. Nos estados mais desenvolvidos das Regies Su-deste e Sul, o percentual de mulheres prefeitas mais reduzido, o que contrariaa hiptese de que nas reas mais desenvolvidas socioeconomicamente, porestarem menos sujeitas a processos de discriminao de gnero, existiria umamaior incidncia de mulheres exercendo os cargos do executivo local.
O Mapa 3 mostra a distribuio das medianas de idade dos prefeitos,segundo as Unidades da Federao. Os Estados que apresentam as maioresmedianas so os da Regio Sudeste, destacando-se Rio de Janeiro e EspritoSanto, alm do Paran, Cear, Bahia, Maranho, Pernambuco e Amazonas.Estados do Centro-Oeste e Norte, principalmente, detm as menores medianasde idade, o que remete ao processo de ocupao territorial do Pas.
Prefeitos reeleitos, segundo sexo, idade egrau de instruo
No primeiro pleito municipal que permitiu a reeleio dos prefeitos em 2000,nada menos do que 41% dos atuais mandatrios locais foram reconduzidos ao
cargo (Grfico 5). O diferencial por sexo mostra que os homens tm um per-centual de reeleio ligeiramente superior ao das mulheres (41% contra 38%).So nas faixas etrias de 31 a 40 anos e de 51 a 60 anos que se encontram as
Grfico 4 - Perfil dos prefeitos, segundo o sexo, idade egrau de instruo - 2001
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 2001.
946
218
42
2712
0,413
105
257
40
HomensMulheres
19 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos
51 a 60 anos61 anos e mais
Sem instruo1 grau incompleto
1 grau completo2 grau incompleto
2 grau completoSuperior incompleto
Superior completo %
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Perfil dos prefeitos no Brasil _____________________________________________________________________ 29IBGE
Mapa 2
Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais; IBGE,
Diretoria de Geocincias, Coordenao de Geografia.
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30 ____________________________________________ Perfil dos Municpios Brasileiros- Gesto pblica 2001IBGE
Mapa 3
Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais; IBGE,Diretoria de Geocincias, Coordenao de Geografia.
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Perfil dos prefeitos no Brasil _____________________________________________________________________ 31IBGE
maiores propores de reeleitos (47% e 42%), sendo que os prefeitos maisjovens, entre 19 e 30 anos, detm nveis de reeleio menores. Quanto ao graude instruo, so os prefeitos sem instruo e com o 1 grau incompleto os
relativamente mais reeleitos (60% e 45%) seguidos pelos que tm o 1graucompleto e superior incompleto (42%). Desta forma, observa-se que a capacida-
de de gesto bem sucedida eleitoralmente por parte dos prefeitos no tem umacorrespondncia direta com a sua formao escolar.
O Mapa 4, a seguir, mostra as Unidades da Federao com os maiores emenores percentuais de reeleio de seus prefeitos, podendo-se observar queso os Estados do Nordeste, junto ao Rio de Janeiro, Par e Mato Grosso do Sul,aqueles com as maiores propores de prefeitos reeleitos. J as Regies Sul,Sudeste e Centro-Oeste, tm, em geral, os menores nveis de reeleio.
Filiao partidria dos prefeitosApesar da proliferao de partidos no Brasil, aps o fim do bipartidarismo
em 1982, so poucas as legendas que superam o percentual de 10% de prefeitu-ras conquistadas. O PMDB (22%), PSDB (19%), PFL (18%) e PPB (11%), princi-pais agremiaes com prefeitos eleitos, somam juntas 71% de administraesmunicipais. Somando-se os partidos que conquistaram a vitria em pelo menos1% dos municpios, chega-se a 98% de prefeituras para 11 legendas. Alm dosquatro principais, segue-se o PTB (7,5%), o PL (4%), o PDT (4%), o PT (3%), oPPS (3%), o PSB (3%) e o PSD (2%). Para as demais 15 legendas que elegeramprefeitos, o percentual de municpios de 2% (Tabela 6).
Os partidos que apresentaram o maior crescimento relativo na ltima elei-o de 2000 foram o PPS, que quase quadruplicou o seu nmero de prefeitos,
atingindo o total de 154; seguido pelo PC do B que duplicou de 1 para 2 o seunmero de prefeitos; pelo PST apresentando crescimento de 55%, com 14prefeitos em 2000, e pelo PT com aumento de 52%, passando para 183 prefei-
Grfico 5 -Prefeitos reeleitos, segundo o sexo, idadee grau de instruo - 2001
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 2001.
41
4138
2647
3742
39
6045
4240
3942
41
Total de reeleitos
HomensMulheres
19 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos
61 anos e mais
Sem instruo1 grau incompleto
1 grau completo2 grau incompleto
2 grau completoSuperior incompleto
Superior completo %
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32 ____________________________________________ Perfil dos Municpios Brasileiros- Gesto pblica 2001IBGE
Mapa 4
Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais; IBGE,Diretoria de Geocincias, Coordenao de Geografia.
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Perfil dos prefeitos no Brasil _____________________________________________________________________ 33IBGE
tos em 2000. Por outro lado, os maiores decrscimos relativos ocorrerampara pequenos partidos como o PMN (-66%), PRP (-62%), PTN (-60%) ePSDC (-59%), alm do PDT (-37%) (Tabela 6).
Quanto ao perfil por sexo, idade e instruo, segundo o partido do prefeito,considerando aqueles com maior nmero de eleitos, observa-se um maior percen-tual de mulheres prefeitas no PSB, PSD, PFL e PSDB e um percentual mais redu-zido no PL e PDT. Prefeitos do PPB e PTB tm uma idade mediana ligeiramentemais elevada que os dos demais partidos, enquanto que os do PDT, PL e PFL umperfil etrio mais jovem. Quanto instruo, os prefeitos do PDT, PMDB e PFLapresentam um percentual mais significativo baixa instruo (mais de um emcada quatro tm at o primeiro grau completo), ao passo que os do PT, PSB, PPSe PSDB tm pelo menos 45% de seus prefeitos com nvel superior. Dentre osprefeitos exercendo o mandato em 2001, o PSDB e o PFL (dois dos maiorespartidos) apresentam a maior proporo de reeleitos (48% e 46%), seguidos pelo
PTB (42%). O menor percentual de reeleitos do PPS (29%), o que decorre doseu forte crescimento, com a eleio de novos prefeitos em 2000.
(continua)
1999
% Absoluta % Homens Mulheres
Total 93,7 6,3
PMDB 24,50 1 218 22,12 (-) 9,7 94,5 5,5
PSDB 17,38 1 055 19,16 10,2 93,1 6,9
PFL 17,80 1 009 18,32 2,9 92,1 7,9
PPB 11,04 620 11,26 2,0 95,0 5,0
PTB 7,08 414 7,52 6,2 94,0 6,0
PL 4,29 241 4,38 2,1 95,9 4,1
PDT 6,88 237 4,30 (-) 37,4 97,9 2,1
PT 2,19 183 3,32 51,8 94,0 6,0
PPS 0,58 154 2,80 379,1 92,2 7,8
PSB 3,08 150 2,72 (-) 11,6 91,3 8,7
PSD 1,99 100 1,82 (-) 8,7 92,0 8,0
PSC 0,49 28 0,51 3,2 92,9 7,1PSL 0,31 19 0,35 11,3 100,0 0,0
PV 0,29 15 0,27 (-) 6,7 93,3 6,7
PST 0,16 14 0,25 54,8 85,7 14,3
PRP 0,57 12 0,22 (-) 61,5 75,0 25,0
PMN 0,58 11 0,20 (-) 65,8 100,0 0,0
PT do B 0,11 6 0,11 (-) 0,5 83,3 16,7
PSDC 0,22 5 0,09 (-) 58,5 100,0 0,0
PHS - 5 0,09 - 100,0 0,0
PRTB 0,07 4 0,07 (-) 0,5 100,0 0,0
PTN 0,09 2 0,04 (-) 60,2 100,0 0,0
PC do B 0,02 2 0,04 100,0 50,0 50,0
PCB - 1 0,02 - 100,0 0,0
PAN 0,09 1 0,02 (-) 80,1 100,0 0,0
PTC 0,07 1 0,02 (-) 75,1 100,0 0,0
Tabela 6 - Prefeituras nos estados, por sexo, idade, nvel de instruo e situao
Partido polticodo
prefeito
do domiclio, segundo o partido poltico do prefeito - 1999/2001
Prefeituras nos estados
Total
2001
Cresci-mento
1999-2000
Caractersticas dosprefeitos
Sexo
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O Grfico 6 mostra a distribuio partidria das prefeituras, segundo as
Unidades da Federao. Como j observado, nota-se a maior importncia, natotalizao nacional, para os cinco maiores partidos (o PMDB, o PSDB, o PFL,PPB e o PTB) que, juntos, detm 78% das prefeituras.
Nos Estados de Roraima, Tocantins, Piau, Rio Grande do Norte, Santa Cata-rina e Gois, a soma dos cinco partidos com maior nmero relativo de prefeiturasultrapassa 85%, indicando um nvel de competitividade menor. Ao contrrio, nosEstados do Amap e do Rio de Janeiro, onde a competio distinta e maisacirrada, os cinco maiores partidos nacionais no atingem, juntos, 45% de pre-feituras conquistadas (31% no Rio de Janeiro e 44% no Amap).
O Grfico 6 tambm permite o reconhecimento das foras especficas dos
partidos nos estados. O PMDB mais presente nos municpios do Rio Grande doNorte, Paraba, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O PSDB detm relativamentemais prefeituras no Par, Cear, Alagoas, So Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato
(concluso)
1 grau 2 grau Superior
Total 48,7 23,1 37,4 39,6 40,9
PMDB 49,3 25,7 35,8 38,5 40,7
PSDB 48,1 21,9 32,2 45,9 47,8
PFL 49,5 25,2 40,3 34,5 45,7
PPB 49,1 21,3 41,6 37,1 39,5
PTB 49,5 24,2 37,7 38,2 42,3
PL 48,7 27,0 43,2 29,9 35,7
PDT 47,4 21,5 42,6 35,9 31,6
PT 44,7 14,8 28,4 56,8 29,5
PPS 46,6 16,2 37,0 46,8 28,6
PSB 48,2 15,3 33,3 51,3 34,0
PSD 49,8 21,0 47,0 32,0 37,0
PSC 47,9 21,4 42,9 35,7 21,4
PSL 43,7 15,8 36,8 47,4 10,5
PV 49,0 6,7 20,0 73,3 60,0
PST 45,8 21,4 71,4 7,1 28,6
PRP 52,8 33,3 33,3 33,3 16,7
PMN 49,8 45,5 36,4 18,2 9,1
PT do B 49,8 16,7 66,7 16,7 0,0
PSDC 45,6 40,0 20,0 40,0 0,0
PHS 50,0 0,0 40,0 60,0 0,0
PRTB 44,3 25,0 25,0 50,0 50,0
PTN 46,5 50,0 50,0 0,0 0,0
PC do B 39,5 0,0 0,0 100,0 0,0
PCB 47,0 0,0 100,0 0,0 0,0
PAN 52,0 0,0 0,0 100,0 0,0
PTC 53,0 100,0 0,0 0,0 0,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informaes BsicasMunicipais 2001.
Tabela 6 - Prefeituras nos estados, por sexo, idade, nvel de instruo e situaodo domiclio, segundo o partido poltico do prefeito - 1999/2001
Partido polticodo
prefeito
Prefeituras nos estadosCaractersticas dos prefeitos
Nvel de instruoIdademdia
Reeleitos
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Perfil dos prefeitos no Brasil _____________________________________________________________________ 35IBGE
Grosso e Gois. O PFL tem seu maior peso em Roraima, Tocantins, Maranho,Piau, Paraba, Pernambuco, Sergipe e Bahia, um perfil predominantemente nordes-tino. O PPB mais forte no Acre, Tocantins, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e
Rio de Janeiro. O PTB no Amazonas, Roraima e So Paulo. O PL no Amazonas,Bahia e Mato Grosso. O PDT em Rondnia, Alagoas, Par, Rio Grande do Sul eMato Grosso do Sul. O PT tem a maior proporo de prefeituras em Rondnia,Alagoas, So Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O PPS no Cear,Sergipe e Mato Grosso. O PSB no Amap, Pernambuco, Alagoas, Esprito Santo eRio de Janeiro. E, finalmente, o PSD tem seu melhor desempenho no Maranho eCear. Note-se que a fora dos partidos no que diz respeito s prefeituras guardauma correspondncia com o quadro da votao para os governos estaduais, mani-festando uma efetiva diferenciao regional dos partidos brasileiros.
A influncia do tamanho do municpioO efeito do tamanho populacional dos municpios brasileiros tem um im-
pacto significativo sobre a distribuio dos prefeitos, segundo o sexo, a idade, ainstruo e a reeleio (Tabela 7). De fato, os municpios com 20 mil a 50 mil,
50 mil a 100 mil, 500 mil a 1 milho e mais de 1 milho de habitantes apresen-tam percentuais de mulheres prefeitas acima de 7%, sendo o destaque paraaqueles de 500 mil a 1 milho (15,8%).
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 2001.
Grfico 6 - Prefeitos eleitos, por Unidades da Federao, segundo o partido - 2001
%
100
PMDB PSDB PFL PPB PTB PL
PDT PT PPS PSB PSD Outros
22
232324
721
136
2322
532
3923
1419
6
2822
1615
1939
27
3216
26
19
10148
2036
1917
722
476
1122
2824
5
1623
935
276
3
3138
27
18
255
2447
16
39
3529
622
2526
525
33
1819
112
2021
3
51415
11
623
2
9
27
411
527
63
33
12
64
133
725
35
12
16
7
6
1613
96
4
76
31
51
161
18
86
212
10
6
34
1
4
4
16
36
3
22
15
2
23
17
73
24
11
1
134
4
8
78
19
3
17
17
1
46
42
53
16
101
3
1232
4
1
1
11
12
32
4
16
24
7
131
3
2
1
1
510
22
52
13
34
5
4
39
2
3
6
131
21
23
1213
51
28
431
1
1
1
2
2
11
17
1
21
2
1
3
3
25
87
4
2
51
312
510
37
34
82
5
1
4
Brasil
RondniaAcre
AmazonasRoraima
ParAmap
Tocantins
MaranhoPiau
CearRio Grande do Norte
ParabaPernambuco
AlagoasSergipe
Bahia
Minas GeraisEsprito SantoRio de Janeiro
So Paulo
ParanSanta Catarina
Rio Grande do Sul
Mato Grosso do SulMato Grosso
Gois
0 20 40 60 80
Norte
N
ordes
te
Su
des
te
Su
l
Cen
tro-O
es
te
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A idade mdia do prefeito tende a aumentar de acordo com o tamanho dapopulao do municpio, partindo de 47,3 anos para aqueles com at 5 milhabitantes, atingindo 57,6 para os de acima de 1 milho de habitantes.
A mesma diferenciao entre municpios grandes e pequenos guarda umarelao com o nvel de instruo dos prefeitos - aqueles com maior populaotm prefeitos com maior escolarizao, a partir de 100 mil habitantes os muni-cpios tm seus prefeitos com 85% de curso superior completo ou no, aopasso que para os municpios com at 15 mil habitantes, entre um tero e umquarto dos prefeitos tm at o primeiro grau completo.
Tambm nos municpios mais populosos encontram-se os maiores per-centuais de reeleio dos prefeitos: 53%, nos municpios entre 100 mil e 200mil habitantes, 68% naqueles entre 500 mil e 1 milho e 46% nos municpiosque superam 1 milho de pessoas residentes. Ressalte-se que, neste caso, osmunicpios menores, com at 5 mil habitantes, tambm apresentam um nvel
maior de reeleio (44%).
Outra associao importante a estabelecida entre o tamanho populacio-nal dos municpios brasileiros e a escolha dos prefeitos, segundo a orientaopartidria, podendo-se perceber que existe uma efetiva diferenciao no perfilpartidrio, de acordo com a variao populacional (Tabela 8).
Quatro dos cinco partidos que elegeram mais prefeitos em 2000 (PMDB,PFL, PPB e PTB), tm em comum uma significativa representao nos municpi-os menos populosos - at 50 mil habitantes para o PMDB, at 20 mil habitantespara o PFL, at 10 mil e entre 50 mil e 100 mil habitantes para o PPB, at 200
mil habitantes para o PTB. O PL tem mais fora nos municpios com at 100 milhabitantes, mas tambm nos mais populosos, a partir de 500 mil habitantes.Para o PDT no existe uma distino clara de seu desempenho nas eleies de
1 grau 2 grau Superior
Total 6,2 48,7 23,1 30,0 47,0 40,9
At 5 000 hab. 5,9 47,3 32,2 34,1 33,7 43,6
De 5 001 at 10 000 hab. 5,0 48,1 28,0 32,4 39,7 39,5
De 10 001 at 15 000 hab. 6,8 48,6 23,9 30,2 46,0 38,1
De 15 001 at 20 000 hab. 6,5 49,6 17,0 28,0 55,0 37,5
De 20 001 at 50 000 hab. 7,1 49,8 15,2 28,9 55,9 41,1
De 50 001 at 100 000 hab. 6,8 51,0 8,8 22,1 69,1 41,4
De 100 001 at 200 000 hab. 7,8 51,4 5,2 10,4 84,3 42,6
De 200 001 at 500 000 hab. 6,3 49,8 2,5 12,7 84,8 53,2
De 500 001 at 1 000 000 hab. 15,8 53,6 5,3 0,0 94,7 68,4
Mais de 1 000 000 hab. 7,7 57,6 0,0 0,0 100,0 46,2
Municipais 2001.
MulheresIdademdia
Nvel de instruo
Tabela 7 - Caractersticas dos prefeitos, segundo as classes
Classes de tamanhoda populao
de tamanho da populao - 2001
Caractersticas dos prefeitos
Reeleitos
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Perfil dos prefeitos no Brasil _____________________________________________________________________ 37IBGE
2000 e o tamanho do municpio. O PSDB, o PT e o PSB so partidos com otrao marcadamente urbano, pois tm uma presena relativa maior nos munic-pios mais populosos, embora o PT se distingua dos demais, tendo a sua maior
presena nos municpios acima de 1 milho de pessoas residentes, sendo tam-bm expressiva a presena do PFL neste estrato mais populoso. O PPS apresen-ta maior incidncia de prefeitos em cidades de porte mdio (entre 15 mil e 500mil habitantes), enquanto o PSD relativamente mais forte nos municpiosmenores, com at 100 mil habitantes.
ConclusoCaractersticas dos prefeitos brasileiros para o ano de 2001, obtidas atra-
vs da MUNIC, permitem detalhar o perfil do executivo municipal, segundocomponentes demogrficos e sociais (sexo, idade e instruo), filiao partid-ria e, tambm, distribuio geogrfica dessas caractersticas, assim como oimpacto do tamanho populacional dos municpios.
Observa-se uma grande distncia entre homens e mulheres na conduodo executivo municipal (apenas 6% de mulheres prefeitas); uma mediana deidade de 48 anos, assim como uma escolarizao alta (47% dos prefeitos tm ocurso superior pelo menos iniciado). Ou seja, confrontando com o perfil maisgeral da populao, existem relativamente muito mais homens que mulheres,uma mdia ou mediana de idade superior da populao adulta, assim como ummaior nvel de instruo.
O percentual de prefeitos reeleitos de 41%, sendo ligeiramente maiorentre os homens do que entre as mulheres (41% contra 38%). Prefeitos entre 31e 40 anos (mais jovens que a mediana de idade de todos os prefeitos) tm umnvel de reeleitos maior (47%), assim como os de mais baixa instruo (60% para
os sem instruo e 45% para os que tm o primeiro grau incompleto). A maiorproporo de prefeitos reeleitos ocorre nas Regies Norte e Nordeste, e aindano Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
PMDB PSDB PFL PPB PTB PL PDT PT PPS PSB PSD
Total 22,1 19,2 18,3 11,3 7,5 4,4 4,3 3,3 2,8 2,7 1,8
At 5 000 hab. 24,6 18,6 18,8 15,6 6,7 3,7 5,1 2,3 1,8 1,4 0,6
De 5 001 at 10 000 hab. 25,4 17,9 19,0 11,5 7,2 4,5 3,5 1,8 2,8 1,6 2,1
De 10 001 at 15 000 hab. 18,8 19,6 21,5 9,7 7,8 5,2 4,7 2,8 2,7 2,8 2,4
De 15 001 at 20 000 hab. 21,3 18,7 20,4 8,2 8,4 4,5 3,7 2,4 3,6 3,2 2,1
De 20 001 at 50 000 hab. 20,9 21,2 15,2 9,0 8,8 4,8 4,2 3,2 3,2 3,7 2,4
De 50 001 at 100 000 hab. 15,7 21,0 13,4 12,5 8,2 4,6 3,9 4,6 3,9 6,6 3,0
De 100 001 at 200 000 hab. 16,1 17,9 13,4 5,4 8,0 2,7 4,5 16,1 4,5 7,1 1,8
De 200 001 at 500 000 hab. 14,1 16,7 17,9 3,8 2,6 0,0 6,4 24,4 6,4 6,4 0,0
De 500 001 at 1 000 000 hab. 15,8 42,1 0,0 0,0 0,0 5,3 5,3 15,8 0,0 10,5 0,0
Mais de 1 000 000 hab. 15,4 0,0 23,1 0,0 0,0 7,7 0,0 53,8 0,0 0,0 0,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informaes BsicasMunicipais 2001.
Tabela 8 - Prefeitos, por partido poltico, segundo as classes
Classes de tamanhoda populao
de tamanho da populao - 2001
Prefeitos, por partido poltico
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Os cinco partidos que tm mais prefeitos filiados no Pas (PMDB, PSDB,PFL, PPB e PTB) e que tm, cada um, mais de 5% de prefeituras conquistadas,alcanam, juntos, mais de 78% das administraes locais. Estes, com exceo
do PSDB e do PFL tm a sua maior fora junto aos pequenos municpios. J oPSDB, o PT e o PSB exercem, com maior peso relativo, o mandato executivomunicipal nos municpios com maior populao, sendo que o PFL tambm de-tm expressiva presena nos treze municpios com mais de 1 milho de habi-tantes. O PPS, um partido com maior nmero de prefeitos em municpios detamanho intermedirio, foi aquele que mais cresceu entre as ltimas eleies,seguido, entre os maiores partidos, do PT e do PSDB.
tambm importante ressaltar que, apesar da forte predominncia doscinco maiores partidos no plano nacional, alguns estados apresentam um nvelde competitividade interna que foge a este padro, especialmente o Rio deJaneiro e o Amap.
Do ponto de vista das caractersticas dos prefeitos, nota-se uma distinopor tamanho dos municpios, sendo que os maiores apresentam um nmeromais expressivo de mulheres - e tm uma idade mdia mais elevada e um nvelde instruo maior.
O perfil dos prefeitos brasileiros, como no podia deixar de ser, mostradiferenas importantes, e em duas direes: primeiro uma distncia entre operfil do executivo municipal e os traos da populao em geral, principalmenteas diferenas entre homens e mulheres. Segundo, suas caractersticas socio-demogrficas e de filiao partidria, que repercutem espacialmente, conside-rando-se as Unidades da Federao por um lado, e o tamanho populacional dosmunicpios, por outro. Outras informaes como a cor, assim como a ocupao
profissional de origem dos prefeitos constituem novas possibilidades para me-lhor traar este perfil.
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Alegislao tem um papel fundamental no desenvolvimen-to municipal, pois balizado por ela o municpio faz o pla-nejamento de investimentos, gastos e arrecadao. A partirda Constituio Federal de 1988, quando se concedeu aos muni-
cpios uma maior autonomia governamental aliada a um incre-mento na sua parcela da arrecadao tributria, lhes foram tam-bm atribudas responsabilidades legais adicionais. Alm de rece-berem mais recursos financeiros oriundos de um crescente pro-cesso de descentralizao federal e estadual, os municpios bra-sileiros tiveram como contrapartida um aumento das suas obriga-es com relao aos seus cidados. Este aumento da responsa-bilidade se deu, principalmente, nas reas da educao e sade.
Torna-se necessrio, por isso, estudar de que maneira os mu-nicpios vm se organizando e de que maneira tm se preparadoinstitucionalmente para desempenhar estas novas funes. Paraisso, aqui ser apresentado, ainda que de forma sucinta, uma an-
lise da freqncia e da abrangncia, no conjunto das municipalida-des, dos principais instrumentos legais da administrao pblicamunicipal: a Lei Orgnica do Municpio, o Plano Plurianual de In-vestimentos - PPA, a Lei de Diretrizes Oramentrias - LDO, a Lei deOramento Anual - LOA e o Plano de Governo.
exceo do Plano de Governo, todos os outros instrumentoslegais so obrigatrios, de acordo com a Constituio Federal de1988. Apesar desta obrigatoriedade, porm, muitos municpios ain-da no se adaptaram nova realidade. Isto se deve, em vrios casos,ao fato de serem municpios recm criados que ainda no tiveramcondies de se enquadrar no novo contexto desde a emancipao.
bom lembrar que, s em 2001, foram criados 53 novos municpiosbrasileiros e, portanto, ao tempo da pesquisa, estes, pelo menos,poderiam ainda no ter preenchido todas essas exigncias legais.
Legislao municipal
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Lei Orgnica do MunicpioA Lei Orgnica do Municpio contempla um conjunto de leis bsicas que
define a estrutura e a organizao municipal para o fiel desempenho de suasfunes. Ela funciona como uma espcie de constituio municipal.Tomando-se os dados no conjunto do Pas, percebe-se que foi muito redu-
zido o nmero de municpios que informaram, em 2001, no dispor desse ins-trumento legal. Como j foi dito, por se tratar de um dispositivo obrigatrio, osmunicpios tm procurado cumprir esta nova exigncia. Apenas 0,6% dos mu-nicpios brasileiros no tinham Lei Orgnica, a maior parte deles no Rio Grandedo Sul e Mato Grosso, Estados onde o processo de criao de novos municpiosfoi mais intenso, sobretudo nos ltimos dois anos1. Por outro lado, nos Estadosde Rondnia, Acre, Amazonas, Amap, Maranho, Pernambuco, Sergipe, Espri-to Santo, So Paulo, Paran e Mato Grosso do Sul todos os municpios declara-
ram ter Lei Orgnica.Considerando-se o porte populacional, percebe-se que, em sua maior par-te, os municpios que no tinham Lei Orgnica eram pouco povoados: tinhamat 5 mil habitantes.(Tabela 9) Entre os municpios com mais de 20 mil habitan-tes, apenas trs informaram no dispor desse dispositivo legal.
Plano Plurianual de InvestimentosO Plano Plurianual de Investimentos tem a durao de quatro anos e
responsvel pela projeo do planejamento e investimento do governo nesteperodo. Ao entrar em exerccio do mandato, o prefeito deve encontrar umPlano em vigncia desde o prefeito anterior e deve segui-lo no seu primeiro anode mandato. Ao longo deste primeiro ano, o prefeito dever formular um novoPlano que dever ser aprovado pela Cmara Municipal e vigorar a partir dosegundo ano de seu mandato, pelos prximos quatro anos.
O Plano Plurianual ser tambm importante para o municpio na posteriorelaborao da Lei de Diretrizes Oramentrias e da Lei de Oramento Anual,visto que elas devem seguir os objetivos traados no Plano, sendo vedada a sua
contrariedade.
1Estes municpios estariam, em princpio, em processo de elaborao da Lei Orgnica.
Lei Orgnica Municipal
Total Tinha No tinha
Total 5 558 5 523 35
At 5 000 hab. 1 371 1 347 24
De 5 001 at 20 000 hab. 2 686 2 678 8
De 20 001 at 100 000 hab. 1 275 1 273 2
De 100 001 at 500 000 hab. 194 193 1
Mais de 500 000 hab. 32 32 -
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informaes BsicasMunicipais 2001.
Classes de tamanho da populao
segundo as classes de tamanho da populao - 2001Tabela 9 - Existncia de Lei Orgnica Municipal,
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Legislao municipal ____________________________________________________________________________ 41IBGE
Segundo as informaes prestadas pelas prefeituras, cerca de 92% dos muni-cpios brasileiros tinham Plano Plurianual de Investimentos em 2001, independentede estarem atualizados ou no. Houve, portanto, um aumento acentuado em relao
ao que foi informado na pesquisa de 1999, quando o percentual foi de 80,7%.Em todas as Grandes Regies h uma proporo elevada de municpioscom Planos Plurianuais, com destaque para a Regio Sul (onde 96,9% dosmunicpios tinham Planos) e Regio Sudeste (94,3%). A Regio Norte foi a queregistrou o maior crescimento em relao situao verificada em 1999; pas-sou de um total de 54,5% demunicpios com Planos em1999, para 84,4% em 2001,mostrando que as municipalida-des esto, de fato, fazendo umesforo para se ajustarem s
novas normas legais. Entre asUnidades da Federao, apenasno Acre a totalidade de munic-pios tem Plano Plurianual.
Verificou-se tambm quecerca de 61% dos municpios bra-sileiros tinham o Plano Plurianualde Investimentos em vigor efeti-vamente atualizado2. Para fins des-ta anlise, considerou-se o Plano
Plurianual de Investimentos comoem continuidade, quando o prefeito em exerccio declarou ter aproveitado o Plano domandato anterior.
Na Tabela 10, pode-se notar que a existncia de Plano Plurianual de Inves-timentos no influenciado pelo fato do prefeito ter sido reeleito ou estar emseu primeiro mandato. Os percentuais so praticamente idnticos, entretanto,nota-se uma pequena diferena na questo de atualizao e continuidade doPlano anterior. Enquanto entre os novos prefeitos existe uma preocupao mai-or com a atualizao do Plano (62,9%), nos prefeitos reeleitos existe um ndicemaior de reaproveitamento do Plano anterior (33,3%).
2Considerou-se atualizado o Plano formulado em 2001 ou 2002.
1999 2001
Grfico 7 - Existncia de Plano Plurianual de Investimentos - PPA -,
segundo as Grandes Regies - 1999/2001
81
55
68
8995
8992
8489
94 97
94
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,
Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 1999/2001.
%
Atualizado Em continuidade Desatualizado
Total 61,2 30,6 0,5 7,7
Reeleito 58,8 33,3 0,4 7,6
Novo 62,9 28,7 0,6 7,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informaes Bsicas
Municipais 2001.
Tabela 10 - Percentual de Municpios com Plano Plurianual de Investimentos,
Tem plano
segundo a situao do prefeito - 2001
No tem planoSituao do prefeito
Percentual de Municpios com Plano Plurianual de Investimentos (%)
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Como se pode notar na Tabela 11, a Regio Sudeste aquela em que severifica o mais reduzido percentual de atualizao do Plano Plurianual de Investi-mentos. Nesta Regio o Estado de Minas Gerais tem um percentual de atualiza-
o do Plano extremamente baixo (cerca de 32%). Como Minas Gerais tem umpeso alto no total dos municpios da Regio Sudeste, com mais de 800 municpi-os, a proporo da Regio como um todo foi afetada por esse fenmeno.
Ao se levar em conta o corte por faixa de populao (Grfico 8), verifica-se o mesmo fenmeno encontrado nos demais itens de legislao, ou seja, uma
proporo maior nos grandes municpios, enquanto que nos pequenos munic-pios (aqueles com at 20 mil habitantes) ainda existe uma carncia no conjun-to de leis de regulao municipal.
Grfico 8 - Situao do Plano Plurianual de Investimentos - PPA -,segundo classes de tamanho da populao dos municpios - 2001
Atualizado Em continuidade No tem Desatualizado
2001
75
68
63
60
62
25
29
28
32
30
0
3
8
8
7
1
1
1
%
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais,Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais, 1999/2001.
Mais de 500 000 hab.
De 100 001 a