Actualidade Economia Ibérica 214

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ABRIL 2015(mensal ) | N.º 214 | 2,5 € (Cont.) ACTUALIDAD ECONOMIA IBÉRICA Intercâmbio hispano-português ma ntém forte dinamismo PÁG. 38 Península Ibérica y Francia impulsan las interconexiones energéticas PÁG. 26 Iberia continua a liderar ligações de Portugal à América Latina PÁG. 08 “Portugal é um dos países mais seguros do mundo” PÁG. 50

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abril 2015(mensal) | N.º 214 | 2,5 € (cont.)

ActuAlidAdEconomia ibérica

Intercâmbio hispano-português

m a n t é m f o r t e d i n a m i s m o Pág. 38

Península Ibérica y Francia impulsan las interconexiones energéticas Pág. 26

Iberia continua a liderar ligações de Portugal à América Latina Pág. 08

“Portugal é um dos países mais seguros do mundo”Pág. 50

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índIceÍndice

E mais...08.Grande Entrevista14. Apontamentos de Economia32.Marketing46. Advocacia e Fiscalidade48. Calendário Fiscal49. Bolsa de Trabalho50. Eventos54.Vinhos & Gourmet56.In Memoriam57.Setor Imobiliário60.Setor Automóvel62.Barómetro Financeiro66. Oportunidades de Negócio68. Espaço de Lazer74. Statements

Master Consulting antecipa recuperação económica e do mercado de trabalho

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

Editorial

04. Exportações são o atual motor das relações Portugal - Espanha

Opinião06. ¿Fin del bipartidismo político en España?

- José-Benigno Pérez Rico

46. La guerra del peaje - Antonio Viñal Menéndez-Ponte

Atualidade22.Euroace já tem mapa turístico

24.MEO Wallet quer atrair mais PME

30.Pasteles de nata, un negocio rentable en pleno centro de Madrid

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ActuAlidAdEconomia ibérica

Propriedade e Editor: cÂMara DE cOMÉrciO E iNDÚSTria lUSO-ESPaNHOla - “instituição

de Utilidade Pública”

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Paginação: Sandra Marina Guerreiro

Colaboraram neste número: antonio Viñal Menéndez-Ponte, Francisco contreras, Francisco

Dezcallar, José-benigno Pérez rico e Nuno ramos

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Periodicidade: Mensal

Tiragem: 6.000 exemplares

Nº214Fotomontagem: Sandra Marina Guerreiro

Grande Tema 38. Intercâmbio

hispano-português mantém forte dinamismo

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edItorIAL editorial

O s destinos parecem cada vez mais cruzados na Penín-sula ibérica entre as duas economias que até há algu-mas décadas se ignoravam,

Portugal e Espanha são hoje dois importantes parceiros económicos. com as transações comerciais a cres-cer sistematicamente desde há mais de uma década, estas atingiram um recorde no último ano: Espanha ex-portou para Portugal bens no valor de 18.014 milhões de euros e impor-tou 10 mil milhões – outro valor re-corde para as exportações portugue-sas com destino ao mercado vizinho.A aposta dos dois países nas ex-

portações explica este crescimento do comércio bilateral, já que gran-de parte dos produtos comprados são bens intermédios destinados, nomeadamente, a outros mercados internacionais. E sempre que haja oportunidade, as empresas de am-bos os países devem encarar tam-bém formas de parceria para atuar conjuntamente, e com outra massa crítica, em mercados terceiros, como têm defendido os especialistas em comércio externo.

Enquanto o investimento direto das empresas não volta a recupe-rar o fulgor de anos mais recentes, são as exportações que ligam, ine-xoravelmente, as duas economias e que garantem um importante contributo para o crescimento da

riqueza de cada uma.Em Portugal, a internacionaliza-

ção das empresas vai continuar a ser um desígnio e uma prioridade, sen-do de resto a base do novo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2020, que começa agora a arrancar com programas concretos, designa-damente através dos Projetos con-juntos de internacionalização, a promover por associações empresa-riais, com vista à promoção externa das PME nacionais. todos os apoios dirigidos às empresas do programa Portugal 2020 estão orientados para as atividades de bens e serviços tran-sacionáveis e internacionalizáveis, como frisa a Aicep - Agência para o investimento e comércio Externo de Portugal no Grande tema desta edição da revista.

Outro tema abordado nesta edição é o da segurança interna nacional, onde, mais uma vez, a cooperação ibérica está a ser uma realidade, de acordo com Anabela Rodrigues, mi-nistra portuguesa da Administração interna, que esteve presente em mais um almoço debate promovido pela ccilE, uma câmara prestes a com-pletar 45 anos de existência em prol das relações luso-espanholas. A questão do reforço do transporte

de energia e das interconexões das redes elétricas e de gás entre os dois países ibéricos e entre esta região e França é outro dos temas em desta-que na atualidade e que são aborda-dos também nesta edição, além de muitos outros de interesse para as empresas, e também para o cidadão comum, de ambos os países.

Exportações são o atual motor das relações Portugal - Espanha

E-mail: [email protected]

Enquanto o investimento direto das empresas não volta a recuperar o fulgor de anos mais

recentes, são as exportações que ligam,

inexoravelmente, as duas economias e que garantem um

importante contributo para o crescimento da riqueza de cada uma

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edItorIALeditorial

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oPInIão opinión

Por José-Benigno Pérez rico*

¿Fin del bipartidismo político en España?

Cartas de Madrid

urante el año 2015 se sucederán en España diversas campañas electorales con la cele-bración de elecciones municipales, autonó-micas y generales; autonómicas ya iniciadas en el mes de marzo en Andalucía. A ellas

concurrirán Partido Popular, Partido Socialista Obre-ro Español, Podemos, ciudadanos, unión Progreso y democracia, izquierda unida, y otros.

A diferencia de otras oca-siones en las que el PP y PSOE se disputaban cerca del 80% del electorado, en ésta, según los sondeos que se están realizando por par-te de diferentes empresas especializadas en encuestas, indican que el bipartidis-mo en España tiene los días contados. El PP, partido que gobierna con mayoría abso-luta, pierde un alto porcen-taje de sus votantes debido a las conocidas situaciones de corrupción que tuvieron lu-gar en el transcurso de estos últimos años y, además, por-que la gestión del ejecutivo en el Gobierno no acaba de convencer a la mayoría de los ciudadanos pese a que los datos macroeconómicos en España están siendo favorables.

El partido socialista, sufre igualmente una fuerte caí-da en intención de voto porque también se ha visto envuelto en asuntos de corrupción y, además, porque el liderazgo de su secretario general no está todavía consolidado. Es notable la caída en intención de voto de izquierda unida, que parece desquebrajarse, por la salida de algunos dirigentes de la organización en discrepancia con otros cuyos comportamientos éticos, personales y políticos, de unos y otros, no parecen ser del todo muy ortodoxos, circunstancia que castiga su electorado.

Sin embargo, quienes parecen crecer en intención de voto son los partidos Podemos y ciudadanos. El par-tido Podemos nace e irrumpe con fuerza en el mapa político español dispuesto a convencer a más del 20% de los votantes. Este porcentaje de votantes le puede convertir en la segunda fuerza política española, detrás del PP. Al partido Podemos, aún sabiendo los votantes que si algún día llegara a gobernar podría ser malo

para España, prefieren dar-le su voto en aras de castigar al viejo bipartidismo. crece con fuerza también el parti-do ciudadanos, hasta ahora con presencia únicamente en cataluña. El moderado programa de cambio con el que se presenta por prime-ra vez en elecciones a nivel nacional, plantea sintonizar tanto con electores de la iz-quierda como con los de la derecha e intenta introducir una corriente de aire fresco en la política española, muy necesitada de cambios de calado basados en la humil-dad, coherencia, honestidad y eficacia.

Por lo que nos están indi-cando las encuestas a nivel de las elecciones generales (en las municipales y autonómicas puede haber otros resultados), la primera fuerza política sería el PP, se-gunda Podemos, tercera partido Socialista, cuarta ciu-dadanos, quinta unión Progreso y democracia, sexta izquierda unida, y seguidamente todas las demás con presencia muy minoritaria. con el panorama descri-to, se puede interpretar que el bipartidismo tien-de a desaparecer del mapa político español.

* Ex-vicepresidente de la Cámara de Comercio e Industria

Luso Española

E-mail: [email protected]

“A diferencia de otras ocasiones en las que el PP

y PSOE se disputaban cerca del 80% del electorado, en

ésta, según los sondeos que se están realizando por parte de diferentes

empresas especializadas en encuestas, indican que el bipartidismo en España

tiene los días contados“

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oPInIãoopinión

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grAnde entrevIstAgran entrevista

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Manuela Barber Delegada comercial da Iberia e da British Airways em Portugal

actualidad€ A b r i l d e 2 0 1 5

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grAnde entrevIstAgran entrevista

Iberia continua a liderar ligações

de Portugal à América Latina

Quais são as especificidades do mercado português? O que representa o maior de-safio? O mercado português tem

a estrutura e o potencial dos grandes mercados europeus. Os cidadãos por-tugueses viajam em negócios e tam-bém por prazer. Gozamos de uma relação privilegiada com as agências de viagens portugue-sas, tanto no canal de lazer como no de negócios. também contamos com a confiança dos nossos clientes de ne-gócios em grandes empresas interna-cionais, que estão presentes em Por-tugal, com as quais temos contratos.O nosso objetivo é, sem dúvida, con-solidar a nossa liderança no mercado português, contribuindo para o tráfe-go dos nossos destinos de longo cur-so, seja para as 19 cidades da América latina, seja para os nossos cinco des-tinos nos EuA ou luanda, mas tam-bém para os 27 destinos espanhóis, para as 50 cidades europeias e as 11

cidades em África e no Médio Orien-te, da nossa rede.

depois de Espanha, Portugal é o país a partir do qual mais destinos ofere-cemos, em ligação. No âmbito das 119 cidades com que operamos no verão, cerca de 110 ligam a lisboa e Porto.

como sabe, a iberia está em renova-ção, não só no que diz respeito a aviões e novos destinos, mas tem também um novo produto de longo curso. A pontualidade dos nossos voos está a bater recordes e a taxa de satisfação do cliente tem melhorado significa-tivamente. um dos desafios consiste em continuar a avançar na renovação da empresa, mantendo a pontualida-de dos nossos voos e o nível de serviço que os nossos clientes merecem.

Qual foi o volume de negócios em Por-tugal em 2013 e em 2014 do grupo que representa (IAG)? Que expetativas tem para este ano quanto à evolução da fa-turação do grupo em Portugal?Não fornecemos dados dos resultados por mercados. O que posso dizer é que em 2014, o grupo iberia disponi-bilizou cerca de 644.000 lugares nas suas rotas com Portugal, cerca de 8% mais que em 2013. Aproximadamen-te, transportámos mais 8,2% de pas-sageiros no ano passado do que em

Inserida no grupo IAG, desde 2010, a Iberia voa para Portugal há mais de 75 anos, sendo o nosso país o que detém mais ligações operadas pela companhia depois de Espanha. Manuela Barber, delegada comercial da Iberia em Portugal, realça que um dos maiores desafios da transportadora espanhola é continuar

a melhorar a competitividade da marca, bem como o de manter a liderança das ligações à América Latina.

Textos Susana Marques [email protected] Fotos Sandra Marina Guerreiro [email protected]

“Depois de Espanha, Portugal é o país a partir do qual mais

destinos oferecemos, em ligação. Das 119

cidades com que operamos no verão, 110 ligam a Lisboa

e Porto”

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2013. No total, oferecemos até cinco voos por dia entre lisboa e Madrid, e entre duas a três frequências diárias do Porto à capital espanhola. As expetativas que temos para Portu-gal em 2015 são positivas. Além das nossas rotas habituais para lisboa e Porto, durante os meses de verão dis-ponibilizamos voos a partir do Fun-chal e de Faro para Madrid. Em Portugal, operam duas compa-nhias do nosso grupo: iberia, que une lisboa e Madrid e que voará também para o Funchal durante o verão, e a nossa subsidiária iberia Regional Air Nostrum, que voa para o Porto e no verão, também fará voos para Faro.Além disto, graças aos novos destinos que inauguraremos na Europa, como Ham-burgo, Florença, Edimburgo ou Manches-ter, bem como Havana, cali e Medellín, os nossos novos destinos na América lati-na, alargaremos o serviço que oferecemos aos nossos clientes em Portugal.

A que níveis está o grupo a melhorar a sua competitividade? A iberia realizou uma transformação

ambiciosa, não só com o objetivo de regressar aos lucros, mas também para melhorar o serviço que presta aos seus clientes. temos novos avi-ões, que consomem menos 15% de combustível do que os equipamentos que estão a substituir. temos novas classes de longo curso. Renovámos os menus gastronómicos oferecidos na classe executiva e alcançámos taxas

de pontualidade recorde.O grupo iberia foi o mais pontual do mundo em seis dos últimos nove me-ses, de acordo com os dados da Fli-ghtstats. Em 2014, fomos a terceira companhia aérea internacional mais pontual do mundo. O nosso objetivo é manter estes níveis de pontualida-de, assim como melhorar a satisfação dos nossos clientes.

Quanto representa, no total, em termos de investimento, a renovação da frota da Iberia?A renovação da frota da iberia é um processo que se iniciou em abril de 2011 com a compra de oito aviões A330-300, que recebemos entre feve-reiro de 2013 e abril do ano passado. Em agosto de 2014, fizemos um novo pedido: oito aviões A330-200, que co-meçarão a chegar no final deste ano, e outros oito aviões A350-900 que serão incorporados a partir de 2018.Além disso, para poder disponibili-zar um serviço uniforme, estamos a transformar as cabines dos nossos avi-ões A340-600 com as novas cabines de longo curso. doze desses aviões já foram modificados e os outros cinco estarão prontos no fim deste ano.

Quantos voos atualmente têm desde Lisboa, Porto e Faro? E para quantos destinos?

grAnde entrevIstA gran entrevista

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Neste momento, disponibilizamos até cinco voos diários entre lisboa e Madrid, assim como três frequên-cias por dia entre Porto e a capital espanhola. Entre 4 de julho e 12 de setembro, voaremos do Funchal a Madrid quatro a cinco vezes por semana. Faro-Madrid será uma rota a operar entre 22 de junho a 28 de setembro, com três ou quatro voos semanais. O nosso papel em Portugal, não se

limita a unir estas quatro cidades a Madrid, mas também a ligá-las aos restantes destinos da nossa rede.

Têm novas rotas previstas a partir de Portugal? Quais?Acreditamos que cobrimos bem a procura com a nossa atual oferta em Portugal, mas fazemos uma análise contínua do mercado para poder rea-gir às oportunidades de crescimento que surgirem.

grAnde entrevIstAgran entrevista

O grupo Iberia foi o mais pontual do

mundo em seis dos últimos nove meses,

segundo dados da Flightstats

Regresso aos lucrosO grupo Iberia anunciou uma re-viravolta nos seus resultados, al-cançando lucros de 50 milhões de euros no exercício de 2014. Uma melhoria significativa, face às perdas de 166 milhões de euros que haviam registado em 2013.A Iberia pertence ao Internatio-nal Airlines Group, que se formou com a fusão da companhia aérea espanhola com a British Airways, em 2010, e que integra também a

transportadora aérea espanhola Vueling. No total, o International Airlines Group comunicou lucros de 1.003 milhões de euros, em 2014, bem acima dos 151 milhões obtidos em 2013.A melhoria dos resultados da hol-ding deve-se sobretudo aos cor-tes nas despesas da Iberia, à boa prestação da British Airways e à redução dos gastos com com-

bustível, a que não é alheia a descida dos preços do petróleo e a renovação da frota com aviões mais eficientes.Os responsáveis do International Airlines Group estão otimistas quanto aos resultados para este ano, esperando atingir os 2.200 milhões de euros, o que ultrapas-sa as anteriores previsões, que apontavam para os 1.800 milhões de euros.

Foto

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grAnde entrevIstA gran entrevista

De que forma a entrada de novos ope-radores afetou o vosso negócio, quer em Portugal, quer em termos globais?

O setor aéreo é muito competitivo, como sabe. Nós estamos a esforçar-nos muito para melhorar o nosso serviço

ao cliente, através da pontualidade dos nossos voos, das novas classes de lon-go curso, bem como o lançamento de novos destinos que permitam aos nos-sos clientes chegar a mais sítios. isto já está a ser percebido pelos nossos clien-tes. Somos a companhia líder nos voos entre a Europa, incluindo Portugal, e a América latina, onde oferecemos 19 destinos. isto também nos distingue dos concorrentes. unimos Portugal a cerca de 110 destinos da nossa rede.

Que balanço faz da fusão da Iberia com a British Airways?como delegada comercial destas duas companhias aéreas em Portugal, creio que a união das duas empresas per-mite oferecer aos nossos clientes mais opções para viajar e uma melhor as-sistência aos nossos passageiros em todos os pontos de nossa rede. Acres-ce que beneficiamos das sinergias resultantes da união e é dentro dessa política de sinergias, que se insere a comercialização conjunta nos dife-rentes mercados, como é o caso de Portugal.

À frente da companhia em Portugal para superar novos desafios

Nascida em França, Manuela Barber realizou os seus estudos universitários na Universidade de Paris-Sorbonne. Ainda em França, desempenhou vários cargos na delegação da Iberia nesse país: foi responsável pelas grandes contas da companhia aérea espanhola e pelo departamento de relação com o cliente. Além disso, liderou diversos pro-jetos específicos, como o lança-mento do programa de passa-geiros frequentes Iberia Plus e da rota Madrid – Boston, assim como os cursos de formação da aliança oneworld para empregados da Iberia.A gestora está à frente da delega-

ção portuguesa da Iberia desde novembro de 2013, sendo tam-bém delegada comercial da Bri-tish Airways, no âmbito da fusão das duas companhias. No ano passado, Manuela Barber liderou as ações destinadas à co-memoração do 75º aniversário do primeiro voo da Iberia com destino a Lisboa (o qual se realizou a 1 de maio de 1939). As comemorações desta efeméride decorreram no mesmo mês em que a compa-nhia aérea montou uma operação especial para responder ao forte aumento da procura por ocasião da final madrilena da Champions League, disputada na capital por-tuguesa, a 24 de maio de 2014.

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grAnde entrevIstAgran entrevista

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APontAmentos de economIA apuntes de economÍa

O Santander Totta foi premiado pela

revista “Euromoney” como o melhor

Banco em Portugal na área de Private

Banking. Este prémio, atribuído pela

quarta vez consecutiva, “é mais um re-

conhecimento da solidez de balanço do

Santander Totta que, apoiado no mode-

lo de negócio da área de private banking

e assente numa grande proximidade

com os clientes, tem evidenciado uma

forte e consistente capacidade de gera-

ção de resultados e permitido oferecer

um serviço de excelência, através de

uma proposta de valor diferenciadora

e diversificada por um amplo conjunto

de soluções de investimento”, salienta o

Banco Santander Totta.

Para elaborar o ranking dos maiores ban-

cos a operar nesta área, a publicação

fez uma análise qualitativa e quantitativa

dos melhores serviços no segmento de

private banking, por região e por áreas

de serviços, em termos de rentabilidade,

gestão de ativos, índice de relação com

os clientes e os serviços oferecidos.

O estudo representa também um guia

informativo para os investidores com

patrimónios elevados.

Além de ter sido eleito globalmente

como o melhor Banco de Private em

Portugal, o Santander Totta venceu ain-

da noutras categorias, como “Melhor

banco no segmento High Net Worth

(cinco milhões - 30 milhões de dólares)”,

“Gestão de Ativos”, “Capacidade de

Banca Comercial”, “Pesquisa e Asses-

soria de Alocação de Ativos”, “Filantro-

pia e Investimento em Impacto Social” e

“Clientes internacionais”.

“euromoney” elege private banking do santander totta como o melhor em Portugal

A EDP terminou 2014 com um resulta-

do líquido de 1.040 milhões de euros,

mais 4% do que os 1.005 milhões obti-

dos em 2013, de acordo com o comuni-

cado emitido para a Comissão do Mer-

cado de Valores Mobiliários (CMVM).

Apesar da melhoria dos lucros, a elétri-

ca liderada por António Mexia (na foto)

registou uma quebra de 2% da mar-

gem bruta para 5,37 mil milhões de eu-

ros, enquanto os custos operacionais

diminuíram 7% para 1,72 mil milhões

de euros.

Já o EBITDA cresceu 1% para 3,6 mil

milhões de euros, com a EDP a realçar

que esta rubrica foi afetada pela “seca

severa no Brasil, alterações regula-

tórias na Península Ibérica e por um

impacto cambial adverso”, essencial-

mente devido à queda do real.

A contribuir para a melhoria do EBITDA

esteve o Brasil, as atividades liberaliza-

das e as redes reguladas na Península

Ibérica. Do lado oposto, esteve a pro-

dução contratada de longo prazo, bem

como a produção eólica e solar.

A dívida líquida da empresa estabilizou

em torno dos 17 mil milhões de euros.

Na divulgação dos resultados, no início

de março, a EDP revelou ainda que em

2014 diminuiu o número de funcioná-

rios em 373, para um total de 11.798,

através de “um programa de pré-re-

formas, que resultou num custo de 48

milhões de euros”, no último trimestre

do ano.

Entretanto, António Mexia revelou que

a EDP vai aproveitar o atual momento

no mercado de dívida para avançar

com uma emissão de obrigações a 10

anos. Em entrevista à Bloomberg TV,

o presidente da EDP salientou que o

plano de compra de dívida pública do

Banco Central Europeu beneficia em-

presas como a EDP, de “capital intensi-

vo e com um programa de investimen-

to significativo”.

edP aumenta lucros para 1.040 milhões de euros

As PME têm disponíveis, desde esta se-

mana, duas linhas de financiamento no

valor de 1,45 mil milhões de euros, cor-

respondentes a 1,4 mil milhões da linha

PME Crescimento 2015 e 50 milhões de

um instrumento piloto destinado a em-

presas que tenham saído de processos

especiais de revitalização.

Além destas duas linhas de financia-

mento bancário com apoio do Estado,

a Secretaria de Estado da Inovação,

Investimentos e Competitividade anun-

ciou ainda a operacionalização com a

banca de uma linha de quase-capital de

100 milhões de euros, que se destina a

apoiar a capitalização de empresas.

Esta linha deverá estar disponível para

as empresas em meados de abril.

O secretário de Estado Pedro Gonçal-

ves garantiu que nenhum setor fica de

fora destes instrumentos, destacando

a redução do custo de financiamento

destes novos instrumentos. O spread

máximo, de acordo com o mesmo go-

vernante, varia entre os 2,7 e os 4,25%,

adiantou o “Jornal de Negócios”.

Pme com acesso a nova linha de 1,45 mil milhões de euros

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BrevesNova linha Ro-Ro liga Porto de Setúbal aos EUAO porto de Setúbal passou a ser escalado por uma nova linha regular Ro-Ro, a primeira ligação direta entre o Mediterrâneo e o Norte da América com este regime. A nova ligação é servida por quatro navios, com a capacidade de 5.500 ve-ículos cada. Em Setúbal, descarrega viaturas provenientes dos EUA e do Norte da Europa e carrega viaturas para o Mediterrâneo.O porto de Setúbal foi o segundo porto português na ex-portação de carga em 2014. De acordo com os dados divulgados pelo IMT–Instituto da Mobilidade e dos Trans-portes, na perspetiva de mercadorias movimentadas (isto é, descontando taras de contentores), foram exportadas mais de cinco milhões de toneladas, o que coloca Setúbal como o segundo porto exportador do país, a seguir a Sines.A vertente exportadora do porto de Setúbal tem-se manti-do nos últimos anos, numa taxa que ronda 65% do volume total movimentado. Em 2014, os principais destinos desta exportação foram a Argélia, Reino Unido, Colômbia, Brasil, Marrocos e Uruguai.

Liderança feminina nas empresas cresce entre 2011 e 2014As mulheres representam 42,3% dos empregados, exer-cem 33,8% das funções de gestão, 24,9% das funções de direção executiva e ocupam 28,2% dos cargos de liderança. Os homens participam em 87,8% das equipas de gestão, enquanto as mulheres estão presentes em apenas 55,1%. Os dados são do estudo “Onde param as mulheres? – presença feminina nas organizações 2015”, realizado pela Informa D&B pelo quinto ano consecutivo, permitindo traçar um retrato da situação atual e monito-rizar a evolução verificada.O estudo conclui que a presença feminina nas empresas tem vindo a aumentar, em especial na liderança, onde cresceu mais 5,3 pontos percentuais desde 2011. Tam-bém as organizações com gestão exclusivamente femi-nina são já 12,2% do total, tendo assim aumentado 2,2 pontos percentuais no período analisado.

Fiscalidade Verde incentiva empresas a adquirirem frotas amigas do ambienteCriada para tornar a mobilidade alternativa sustentável, a im-plementação da Reforma de Fiscalidade Verde em Portugal veio trazer competitividade aos veículos movidos por moto-res elétricos, híbridos plug-in e movidos a gás de petróleo liquefeito (GPL) ou gás natural veicular (GNV), tornando-os, em algumas situações, mais competitivos comparativamente aos veículos tradicionais, como revela o estudo “A Fiscalida-de Verde e as oportunidades para as frotas empresariais”, conduzido pela Leaseplan, empresa líder mundial de aluguer operacional e de gestão de frotas automóveis.

grupo mAPFre aumenta lucros em 6,9%Em 2014, o grupo MAPFRE

aumentou os lucros em

6,9% comparativamente

com o ano anterior, atingin-

do os 845 milhões de euros,

graças ao crescimento do

negócio na maioria dos pa-

íses, bem como à melhoria do resulta-

do técnico e ao forte crescimento dos

resultados financeiros.

Por sua vez, as receitas chegaram aos

26.367 mil milhões de euros, mais 1,8%

do que em 2013, tendo ainda os pré-

mios totalizado os 22.401 mil milhões,

em alta de 2,6%.

Na Península Ibérica, os prémios, que

representam 31,1% do total, chegaram

aos 7.456 mil milhões de euros, um

aumento de 1,5% em relação ao ano

anterior.

Segundo a direção de Comunicação

e Marketing da MAPFRE em Portugal,

“atendendo à conjuntura económica

que se manteve difícil em 2014, o se-

tor segurador acabou

por evidenciar um bom

desempenho, bastante

influenciado pelo compor-

tamento do negócio de

Vida”. A MAPFRE Portugal

apresentou crescimentos

superiores ao mercado, tendo-se ex-

pandido 21% no ramo Vida e cerca de

7% no Não Vida.

Entretanto, a seguradora acaba de

lançar um novo produto, o MAPFRE

PPR 2, um plano de poupança reforma

com a duração mínima de cinco anos

e que oferece taxas de juro garantidas

durante toda a vigência da apólice. O

novo MAPFRE PPR 2 garante 2,5% de

remuneração no primeiro e segundo

anos, 1,2% nos anos seguintes e está

adaptado às necessidades reais e à

disponibilidade do cliente, já que pode

ser contratado com entregas periódi-

cas ou numa entrega única, a partir de

25 euros mensais, dedutíveis em IRS.

Foram recentemente atribuídos os prémios

“PME Inovação Cotec/BPI”, no decurso do

11º Encontro Nacional Inovação Cotec 2015,

realizado em Lisboa no Auditório da Funda-

ção Calouste Gulbenkian. O prémio PME

“Inovação Cotec/BPI” tem por objetivo dis-

tinguir anualmente as PME que se tenham

destacado pelo seu potencial de inovação e

pelos resultados alcançados.

O júri, presidido por Artur Santos Silva, atri-

buiu ex-aqueo o prémio PME Inovação Co-

tec/BPI às empresas Celoplás e Vision-box

e uma menção honrosa à BERD.

A Celoplás dedica-se ao fabrico de moldes

e injeção de peças plásticas de alta preci-

são para a indústria elétrica, eletrónica, au-

tomóvel e mais recentemente para o setor

da saúde. Cerca de 96% da sua produção

destina-se à exportação.

A Vision-box é uma empresa fundada por in-

vestigadores do INETI - Instituto Nacional de

Engenharia, Tecnologia e Inovação e é líder

mundial na área de identificação e controlo

de acessos tendo revolucionado o funciona-

mento dos aeroportos em todo o mundo.

A BERD, que se dedica à engenharia de

construção de pontes, resulta de uma co-

operação da Mota-Engil com a Faculdade

de Engenharia da Universidade do Porto,

com vista à aplicação de conceitos como

a compensação de cargas à construção de

pontes e o desenvolvimento de protótipos

à escala real, revolucionando a forma de

construção dos cimbres (estruturas tempo-

rárias de suporte).

BPI apoia empresas inovadoras

Page 16: Actualidade Economia Ibérica 214

16

A Schindler foi selecionada para rea-

lizar a manutenção dos equipamen-

tos de mobilidade vertical do centro

comercial do barlavento algarvio, o

Aqua, em Portimão. O contrato inclui

10 elevadores, nove tapetes e 10 esca-

das rolantes.

O serviço de manutenção contratuali-

zado visa assegurar o correto e normal

funcionamento das instalações, elimi-

nando e prevenindo a seu tempo, as

possíveis falhas de material e funcio-

namento e garantir a todo o momento

uma continuidade e segurança na sua

utilização.

“Acreditamos que o nosso know-how é

uma mais valia para o Aqua Portimão

na otimização da gestão de tráfego”,

afirmou Carlos Franco, diretor da Re-

gião Sul da Schindler Portugal.

Este centro comercial está situado na

confluência de uma rede de diversas

vias rodoviárias, que estabelecem o

acesso à cidade de Portimão, no Al-

garve.

schindler ganha centro comercial Aqua Portimão

De acordo com o mesmo estudo, as medidas que fazem parte da Reforma da Fiscalidade Verde representam um desagravamento fiscal para os veículos elétricos, híbridos plug-in e movidos a GPL/GNV. O estudo analisa também a competitividade dos diversos segmentos.

Lusíadas Saúde inaugura clínica em Vila Nova de GaiaO grupo Lusíadas Saúde acaba de inaugurar a clínica Lusíadas Gaia, uma nova unidade de saúde, localizada no

centro de Vila Nova de Gaia, que abrange diversas especiali-dades médicas e ci-rúrgicas, exames de diagnóstico, cuida-dos de enfermagem e análises clínicas.

A nova unidade funcionará em articulação com o hospital Lusíadas Porto, o único hospital privado do norte acredi-tado pela Joint Commission International, uma distinção que comprova a qualidade e segurança dos seus proce-dimentos. Por seu turno, o hospital Lusíadas Porto foi eleito “Esco-lha do Consumidor” entre os hospitais privados do grande Porto.

Nersant cria nova rede de cooperação empresarial para o setor da metalomecânica No âmbito do projeto CoopEmpresarial no Ribatejo, a Nersant-Associação Empresarial da Região de Santarém está a lançar um projeto direcionado para a cooperação empresarial na metalomecânica, que visa a criação de si-nergias e alianças estratégicas entre as empresas do setor da região do Ribatejo. O objetivo é criar uma rede de cooperação empresarial para o setor da metalomecânica, de forma a tornar as em-presas mais robustas e competitivas. A cooperação será efetivada através da criação de sinergias entre empresas, numa lógica de especialização, para que a integração das mesmas possibilite a angariação efetiva de economias de escala. Neste sentido, a rede terá de inibir situações de concorrência direta e permitir a constituição de uma oferta integrada que permita a exploração de novas oportunida-des de negócio, salienta a Nersant.Paralelamente, a Nersant está a apostar também num novo mercado externo, Marrocos, que tem diversas opor-tunidades de negócio nesta área da metalomecânica, mais concretamente nos setores automóvel e da construção, o qual tem as vantagens de ser um mercado emergente e próximo de Portugal.

Breves

A Coviran, cooperativa de distribui-

ção alimentar oriunda de Espanha,

aumentou em 3% o seu volume de

negócio em relação ao ano anterior,

chegando aos 618 milhões de euros.

Estes valores positivos extendem-se

também ao número de supermer-

cados, que ascende a 3.245, e de

sócios, que atingem os 2.805, 4%

mais do que em 2013. Esta tendência

também se reflete no emprego, uma

vez que alcançou 14.800 postos de

trabalho a nível de grupo, 700 mais

que em 2013.

O resultado antes de impostos alcan-

çou os 959.745 euros, o que repre-

senta um crescimento de 5% compa-

rativamente a 2013, enquanto o cash

flow, com 6,13 milhões de euros, su-

pera 20% em relação ao ano anterior.

Quanto às vendas globais a nível dos

supermercados, estas também cres-

ceram, situando-se em cerca de 1,2

mil milhões de euros.

“Estamos muito satisfeitos com os

resultados obtidos durante 2014, um

ano especialmente difícil para o nos-

so setor” e “estimamos para 2015

um crescimento de 7% em volume

de negócio e a abertura de mais de

200 estabelecimentos entre Espanha

e Portugal” afirmou Luis Osuna (na

foto), conselheiro delegado da Covi-

ran.

expansão em Portugal alavanca crescimento do grupo coviran

Page 17: Actualidade Economia Ibérica 214

17

APontAmentos de economIAapuntes de economÍa

PSA Sines avança com nova expansão do terminal de contentoresO terminal de contentores do porto de Sines, gerido pela PSA Sines, vai ser alvo de uma nova expansão para au-mentar a capacidade de movimentação de mercadorias. Com a nova expansão, denominada “Fase 2+”, o terminal ficará com uma capacidade de movimentação anual de 2,5 milhões de TEU (unidade equivalente a um contentor de 20 pés).Em janeiro, o presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), João Franco, havia adiantado à Lusa que a PSA Sines iria avançar, este ano, com um investimento de 40 milhões de euros para aumentar a capacidade de movimentação de mercadorias, através da utilização da face noroeste do cais, que ficaria para navios de pequeno porte, designados de feeders, deixando o cais principal livre para as grandes embarcações. O novo in-vestimento iria envolver também, segundo João Franco, a criação de 150 novos postos de trabalho.Esta obra surgiria num momento em que a PSA Sines teria optado por adiar a terceira fase de expansão do terminal de contentores, “por razões de indefinição do mercado in-ternacional”, embora “sem desistir” da mesma, referiu.Este ano, a APS espera que sejam movimentados no termi-nal 1,5 milhões de TEU.

Efapel aumenta faturação em 5% em 2014A Efapel, maior fabricante nacional de material elétrico de baixa tensão e líder de mercado em Portugal no setor, re-gistou, em 2014, uma faturação de 26,5 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 5% relativamente ao exercício anterior. O bom resultado fica a dever-se, sobretudo, ao desempenho das vendas em Portugal, mas também no Médio Oriente e América Latina, regiões do globo para as quais a Efapel tem orientado as suas atenções, nos anos mais recentes. O lançamento de novos produtos também contribuiu para a boa performance alcançada.A empresa de Serpins (Coimbra) tem continuado a desen-volver esforços para intensificar a internacionalização da sua atividade, exportando já para 53 países em todo o mundo.De destacar ainda o investimento realizado de 1,1 milhões de euros em ativos fixos, designadamente equipamentos produtivos, viaturas e equipamento informático. No mesmo período, o investimento em IDI (investigação, desenvolvimen-to e inovação) ascendeu a 770 mil euros.

As dormidas nos esta-

belecimentos hotelei-

ros portugueses atingi-

ram os dois milhões em

janeiro, uma subida de

13,4% face ao mesmo

mês de 2014. Este au-

mento foi impulsionado

sobretudo pelas dormi-

das dos portugueses,

que cresceram 17,8%,

enquanto as dos estrangeiros su-

biram 11,2%. As dormidas de re-

sidentes (668,4 mil) acentuaram

ligeiramente a tendência de cres-

cimento, enquanto o crescimento

das dormidas de não residentes

desacelerou face aos últimos me-

ses, adianta o Instituto Nacional

de Estatística (INE).

Os dez principais mercados

emissores representaram 76,9%

das dormidas de não residen-

tes e reforçaram ligeiramente a

sua representatividade. O mer-

cado britânico (21,1% do total)

registou um crescimento de 4%,

salientando -se ainda as dormi-

das de hóspedes da Alemanha

(15,5% do total), que apresenta-

ram um aumento de 18,9%.

O total de dormidas aumentou em

todas as regiões, salientando-

se os Açores e o Alentejo, que

registaram subidas de 34,1% e

25,6%, respetivamente. Lisboa e

as regiões norte e centro também

apresentaram aumentos signifi-

cativos.

A Sonae Indústria vendeu o seu negó-

cio de aglomerados em Espanha, no

âmbito do desinvestimento nesta área

que está a realizar em alguns países. O

acordo prevê a alienação do negócio

de hardboard (aglomerados) da uni-

dade de Betanzos, pertencente à sua

participada Tafiber-Tableros de Fibras

Ibéricos, e inclui a transferência de

trabalhadores. “O acordo contempla

o arrendamento do imóvel onde se en-

contra instalada a unidade industrial,

propriedade de outra sociedade par-

ticipada indireta da Sonae Indústria”,

anuncia a sociedade em comunicado

à CMVM.

A concretização da operação deverá

estar concluída nas próximas semanas.

A unidade de “Betanzos está alinhada

com a estratégia da Sonae Indústria

de otimizar a sua presença industrial”,

adianta o mesmo comunicado.

Em declarações ao “Jornal de Negó-

cios”, fonte da Sonae Indústria salien-

tou que “a nossa estratégia prevê um

reforço nas unidades com maiores

níveis de eficiência, capazes de res-

ponder aos desafios do mercado e

gerar valor acrescentado com base na

qualidade e inovação. Nesse sentido,

no último ano investimos 23 milhões

de euros nas fábricas de Oliveira do

Hospital, em Portugal, e Nettgau, na

Alemanha”.

Portugueses asseguram crescimento do turismo em janeiro

sonae Indústria vende negócio de aglomerados em espanha

Page 18: Actualidade Economia Ibérica 214

18

La unión de tres gigantes de la pro-

ducción televisiva mundial, Endemol

(“Gran Hermano”), Shine (“Master-

chef”) y Core Media (“American Idol”),

materializada el verano del año pasa-

do en la creación de una nueva com-

pañía, Endemol Shine Group, se hace

ahora realidad en España y Portugal

con el nacimiento de Endemol Shine

Iberia, que incorporará todas las pro-

ductoras del nuevo grupo en los dos

países: Shine Iberia, Zeppelin TV, Ges-

tmusic, Diagonal TV y Endemol Portu-

gal. Pilar Blasco, hasta ahora conse-

jera delegada de Endemol España, ha

sido nombrada consejera delegada de

Endemol Shine Iberia, según ha infor-

mado la compañía en un comunicado.

El catálogo de Endemol Shine Iberia

incluye las versiones locales de “Gran

Hermano”, “Masterchef”, “Atrapa un

millón”, las series “Amar es para siem-

pre”, “Isabel” y “Sin identidad”, y for-

matos propios de éxito internacional

como “Tu cara me suena”.

nace la macroproductora televisiva endemol shine Iberia

BrevesGrifols invertirá 348 millones en dos años para potenciar sus fábricasGrifols culminará el año que viene un plan de in-versiones de hasta 600 millones de euros para multiplicar la capacidad de procesado de plasma y derivados sanguíneos en sus instalaciones. El año pasado, desembolsó 251,8 millones, a los que se añadirán otros 348 millones de euros entre 2015 y 2016, según fuentes cercanas a la compañía. Más de la mitad de estos recursos se concentran en las instalaciones que el fabricante de hemoderiva-dos tiene en Estados Unidos. La empresa desembol-sará 76,7 millones en sus instalaciones de Clayton (Carolina del Norte), donde construirá una planta de purificación y un complejo de dosificación y llenado de viales en condiciones estériles, así como un nue-vo centro logístico de 7.896 metros cuadrados con capacidad para almacenar tres millones de litros de plasma a una temperatura de -30 grados. El grupo destinará otros 21 millones a ampliar su fábri-ca de albúmina de Los Angeles, y 96 millones a la cons-trucción de una nueva planta en Emeryville (California) para modernizar las instalaciones que tenía en este municipio la división de medicina para transfusiones de sangre que Grifols compró a la multinacional suiza Novartis el año pasado por 1.200 millones.

Mercadona aumenta sus ventas un 2%, hasta 20.161 millonesLa mayor cadena española de supermercados fac-turó 20.161 millones de euros, según acaba de desvelar su presidente Juan Roig. Los más de 1.500 establecimientos de Mercadona en toda España registraron unas ventas de 20.161 millones de euros en 2014, un 2% más que en el ejercicio anterior, según acaba de anunciar su presidente y principal accionista, Juan Roig. Com-parado a tiendas constantes, es decir, sin incluir las aperturas realizadas el año pasado, la factu-ración descendió un 0,5%. Pese a ese descenso, Mercadona consiguió incrementar su beneficio neto, que alcanzó los 543 millones de euros, un 5% más que en el ejercicio anterior.La cadena reforzó su liderazgo el año pasado como la primera en número de supermercados, al cerrar el ejercicio con 1.525 tiendas, 58 más que un año antes. La firma de distribución, propietaria de marcas como Hacendado, Deliplus y Bosque Verde, había facturado 19.812 millones de euros en 2013, con un beneficio neto de 515 millones.

endesa invertirá 4.400 millones en españay Portugal hasta 2019Endesa focalizará

sus inversiones en

España y Portugal,

sus mercados priori-

tarios tras traspasar

a Enel su negocio en

Latinoamérica. Se-

gún la actualización

del plan inversor re-

mitida por la compa-

ñía a la Comisión Na-

cional del Mercado

de Valores (CNMV),

en el periodo 2015-

2017 realizará inver-

siones por valor de 2.600 millones,

800 millones este año y 900 millo-

nes en los dos ejercicios siguientes.

Por negocios, entre este año y 2017

destinará 1.400 millones a genera-

ción y comercialización de electri-

cidad y el resto a distribución. La

eléctrica no detalla las cifras para

los años 2018 y 2019. Con este vo-

lumen inversor la compañía prevé

obtener un beneficio operativo

(ebitda) de 3.000 millones en 2015,

prácticamente el mismo que el año

pasado -3.090 millones-, y de 3.100

millones en los dos años siguien-

tes. A finales de julio del año pasa-

do Endesa anunció la venta de su

negocio en Latinoamérica a Enel,

su principal accionista, con lo que

la eléctrica se centraría en España

y Portugal, mercados para los que

diseñó el plan industrial citado.

Page 19: Actualidade Economia Ibérica 214

19

Íñigo Meirás, consejero delegado de Ferrovial, ha sido elegido mejor CEO de 2014 por la revista “Forbes”. El ranking de los mejores consejeros delegados ha sido elaborado a partir de las preferencias de sus lectores y los criterios de la publicación de entre las compañías cotizadas en el Ibex-35. La publicación ha atendido, entre otros, a los criterios de evolución de la cotización a lo largo del año – desde 2011 Ferrovial acumula una revaloración en Bolsa cercana al 70%–, a la rentabilidad por divi-dendo, la diversificación de los negocios, la gestión de la financiación y la evolución de los ingresos en explotación. Íñigo Meirás se incorporó a Ferrovial en 1992 habiendo ocupado diferentes puestos de responsabilidad en las divisiones de Autopistas, Servicios y Aeropuertos hasta su nombramiento como consejero delegado en 2009.

Nuno Francisco es el nuevo di-rector comercial y de marketing de Eurofactor Portugal, funcio-nes que ya había d e s e m p e ñ a d o entre 2007 y 2011. Licencia-do en Gestión de Empresas por la Universidad Internacional de Lisboa, y con un posgrado en Gestión de Bancos y Aseguradoras, Nuno Francisco era, hasta fina-les de 2014, director general de CESCE Portugal. Asume ahora la gestión del equipo comercial de Eurofactor, constituida por seis profesionales con la misión de identificar y desarrollar nuevas opor-tunidades de negocio y también definir y acompa-ñar la estrategia de comunicación corporativa y posicionamiento de mercado.

Gestores en Foco

EY, una de las

cuatro gran-

des firmas in-

ternacionales

de servicios

p r o f e s i o n a -

les, reforzará

su presencia

en España

con la aper-

tura de su

primer centro

global de excelencia que ofre-

cerá productos y soluciones de

analytics y big data para compa-

ñías nacionales e internacionales.

Además, al finalizar 2015 habrán

contratado a mil profesionales

más.

En uno de los desayunos Esade

Alumni, patrocinados por la con-

sultora especializada en el sector

financiero bluecap, el presidente

de EY España, José Luis Perelli,

defendió que existe una oportu-

nidad y necesidad increíble en el

mercado del asesoramiento en el

ámbito de las soluciones digitales

para la gestión de datos. Perelli

destacó en su intervención que en

España es necesario mejorar aún

“muchísimo” en el proceso de digi-

talización. “No solo las empresas,

también los políticos”, señaló al

ser preguntado por el posiciona-

miento de España en este ámbito.

eY abre en españa su primer centro de excelencia para empresas

Pikolin invertirá 50 millones en una nueva fábrica en ZaragozaEl grupo Pikolin ha presen-

tado la solicitud de licencia

para la construcción de una

nueva fábrica, que sustitui-

rá a la actual, en Zaragoza.

La nueva planta supondrá

una inversión inicial de 50

millones de euros, ocupará

una superficie de 84.000

metros cuadrados y se

prevé que esté operativa a

principios de 2017. Según el conseje-

ro delegado de Pikolin, José Antonio

González, el proyecto de construcción

de la nueva fábrica “está concebido

de tal manera que contempla las nece-

sidades para el crecimiento del grupo

en los próximos 20 años”. La empresa

asegura que la nueva factoría “será

el mayor y más moderno complejo

logístico-industrial de Europa y uno

de los mayores del mundo en el sector

del descanso”. Pikolin estima que su

facturación creció un 4,54% en 2014,

con unas ventas de 352 millones de

euros, frente a los 336,7 millones del

ejercicio anterior. La compañía señala

que el mercado español representa el

32% de su volumen de ventas y des-

taca que ha registrado una evolución

positiva en el último año.

Page 20: Actualidade Economia Ibérica 214

20

AtuALIdAde actualidad

A Master Consulting Portugal considera que existem diversos sinais de retoma económica, a qual se reflete já no mercado de trabalho. No entanto, a ida para o estrangeiro continua a representar uma das principais saídas para muitos profissionais portugueses dos mais variados setores e funções, adianta a consultora de recursos humanos e executive search.Texto Clementina Fonseca [email protected] Fotos Sandra Marina Guerreiro [email protected]

AMaster consulting acredita que os sinais de retoma da economia portuguesa são já visíveis e que se refletem no mercado de trabalho, exis-

tindo agora mais oportunidades, no-meadamente para os quadros médios e superiores, através do executive se-arch. Para Francisco Ricardo, sócio diretor da Master consulting Portu-gal, em termos de funções, as áreas comercial e financeira continuam a ter grande procura por parte dos empregadores. “Nas saídas de crise, as áreas comercial e financeira têm maior procura. A internacionalização e o acompanhamento de projetos de in-

ternacionalização, a definição de planos de expansão, são algumas das vertentes de negócio onde as empresas precisam mais de profissionais” nesta altura de re-toma e crescimento da atividade.“O desemprego em Portugal, sobretudo

entre os quadros mais altos e com algu-ma idade, acaba por facilitar a procura”, comenta Francisco Ricardo, adiantando que Angola é um dos mercados externos para onde mais profissionais têm ido, dos mais diversos ramos.

Entre os setores que mais procuram profissionais para os atuais desafios estão, entre outros, a banca de investimento ou a consultoria nas suas mais diversas ver-tentes, exemplifica Francisco Ricardo.

deste modo, as empresas dos setores da banca, seguros e consultoria estão entre os seus principais clientes, além da agroindústria, construção civil, indús-tria corticeira, novas tecnologias, teleco-municações, energia e media.

Serviço integral, incluindo acompa-nhamento do candidato

Os serviços da Master consulting abrangem toda a consultoria e pro-cesso de recrutamento originado por uma empresa para a colocação de um ou mais profissionais, até à fase de in-tegração e acompanhamento ao longo dos primeiros meses do novo executivo, sublinha Francisco Ricardo. Este gestor

Master Consulting antecipa recuperação económica e do mercado de trabalho

Page 21: Actualidade Economia Ibérica 214

21

AtuALIdAdeactualidad

explica que a metodologia aplicada pela Master consulting se distingue pela forte preocupação para com o candida-to e com a sua capacidade de integração no novo projeto e não só pelas neces-sidades da empresa contratante, que é realmente o seu cliente.

Francisco Ricardo sublinha que a me-todologia específica da Master consul-ting “dá resposta àquilo que considera serem os fatores críticos de sucesso do seu negócio: a qualidade da informação recolhida, a sistematização do processo de identificação de potenciais candida-tos, a competente avaliação do match entre aquilo que cada uma das partes procura na outra, o feedback permanen-te do processo, junto dos intervenientes e o acompanhamento da integração e follow up dos candidatos”. “trata-se de uma verdadeira due diligence do ta-lento, que permite identificar, de forma objetiva e precisa, quadros e dirigentes pertencentes a populações profissionais restritas e bem localizadas”, sublinha o responsável, que opera neste mercado de recursos humanos há mais de três décadas. tais características colocam esta metodologia na primeira linha das modernas técnicas de recrutamento

com mais aceitação, tanto pelas empre-sas que a ela recorrem, como pelos qua-dros que por ela são abordados”, enqua-dra o responsável, que conta com mais de 30 anos de experiência no setor dos recursos humanos e do executive search. A experiência acumulada por este ges-tor garante ainda à Master consulting desenvolver todo o tipo de projetos de recursos humanos, comenta Francisco Ricardo, que está à frente da empresa portuguesa desde agosto de 2014, após a integração desta no grupo espanhol Master consulting. Este grupo, criado em 1984 e que já possuia escritórios em Barcelona e Madrid, passa agora, assim, a ter presença direta nos dois países.“As vantagens que a Master consulting

apresenta residem na forma e no conte-údo: os quadros beneficiam de um pro-cesso personalizado, rigorosamente con-

fidencial, com base em informações ob-jetivas e imparciais sobre a organização e o seu contexto; as empresas, ganham com o recurso a métodos de pesquisa sistemática e de atração eficaz, compe-tência de avaliação e visão de negócio e com concorrencial binómio preço/quali-dade”, sintetiza Francisco Ricardo.

como curiosidade, refere ainda al-gumas das características, sobretudo de caráter cultural, que mais distin-guem os quadros médios e superiores portugueses dos espanhóis. do lado dos portugueses, “o trato nas relações profissionais é mais respeitoso na for-ma, com o tratamento por exmo sr. ou v. excias, dr. etc”, comenta. Por parte dos gestores espanhóis, verifica-se “um maior otimismo, inclusivamente, na elaboração de planos ou budgets. Pode ainda destacar-se a “grande atenção e sensibilidade aos aspetos culturais dos portugueses, maior pragmatismo na tomada de decisão dos espanhóis, maior à-vontade com idiomas estran-geiros, nomeadamente o nível de in-glês dos portugueses e, em comum, o bom nível de formação dos quadros médios e superiores de ambos os pa-íses”, adianta.

A empresa de head hunting

tem presença em Portugal e Espanha

Page 22: Actualidade Economia Ibérica 214

22

AtuALIdAde actualidad

O turismo é um setor estratégi-co para Portugal e Espanha e tem vindo a crescer nos dois países. A Euroace, euror-região instituída em 2009,

juntando o Alentejo, o centro de Portugal e a Extremadura espanho-la, é exemplo desse crescimento: no ano passado, 4,5 milhões de turistas visitaram esta eurorregião, mais 9% do que em 2013. do total de turistas, 1,3 milhões são estrangeiros, número que também cresceu 14,4%, face a 2013.

O mapa turístico que assinala os pontos de interesse da Euroace pre-tende ajudar a dilatar estes números. A ideia surgiu em 2010 e foi apresen-tada na última edição da Bolsa de turismo de lisboa (Btl), no passado dia 25 de fevereiro, com a presença de Enrique Barrasa, director geral de

Ação Exterior do Governo da Extre-madura, Ana Maria Abrunhosa, pre-sidente da comissão de coordenação da Região centro (ccRc), Pedro Machado, Presidente da turismo centro de Portugal e António ceia da Silva, presidente da Entidade

Regional de turismo do Alentejo (ERtA).

Enrique Barrasa (primeiro à esquer-da na foto) advoga que “a Euroace é a melhor eurorregião para investir no setor do turismo”, pelo que lançar um mapa que divulga o vasto conjun-to de riquezas da região se revela uma ferramenta essencial. O representante do governo da Extremadura sublinha que o setor está a contribuir para a recuperação económica de Espanha e Portugal e de forma muito evidente para as três regiões que constituem a Euroace. daí que a euroregião esteja muito empenhada em tirar partido dos Programas Operativos Regionais de Fundos Europeus, “para melhorar a competitividade das empresas, criar mais emprego, desenvolver infraes-truturas que melhorem a acessibilida-de e para trabalhar de forma intensa

No ano passado, 4,5 milhões de turistas visitaram a eurorregião composta pelo Alentejo, Centro de Portugal e Extremadura espanhola. Lançado na BTL, o mapa turístico da Euroace quer contribuir para elevar este número.

Euroace já tem mapa turístico

“A Euroace é a melhor eurorregião

para investir no setor do turismo”,

diz Enrique Barrasa, diretor da Ação

Exterior do Governo da Extremadura

Texto e Fotos Susana Marques [email protected]

Page 23: Actualidade Economia Ibérica 214

23

AtuALIdAdeactualidad

na promoção das três regiões”. Enrique Barrasa está otimista quan-

to à capacidade da Euroace para atrair investimento: “A nova etapa de cresci-mento que Espanha e Portugal estão a viver, a recuperação do investimen-to estrangeiro e as nossas condições e elevadas capacidades no setor do turismo são os melhores indicadores para os investidores. Euroace é um objetivo 1 para a união Europeia e os investidores sabem disso.”

Na primeira fase, foram lançados 4000 exemplares do Mapa turístico da Euroace em português, outros tan-tos em espanhol e 3000 em inglês, a distribuir pelos postos de turismo da eurorregião, sobretudo nos que estão mais perto da fronteira. O projeto está inserido na estratégia Euroace 2020 que “aposta no turismo e na promo-ção conjunta” dos recursos turísticos como um dos “eixos prioritários para gerar emprego e riqueza nas três re-giões”, assinalou Enrique Barrasa.

O mapa identifica os pontos de inte-resse turístico em termos de patrimó-nio e riquezas naturais, gastronomia e cultura. Esta eurorregião conta com nove parques naturais, seis reservas naturais, sete monumentos naturais e um parque nacional e reserva da biosfera, bem como 11 lugares de-clarados Património da Humanida-de, 35 denominações de origem e 14 indicações Geográficas Protegidas. A isto soma-se a riqueza gastronómica e a particularidade de este ano a ci-dade espanhola de cáceres ser ca-pital Espanhola da Gastronomia e de Reguengos de Monsaraz ter sido eleita “cidade Europeia do Vinho 2015” pela Rede Europeia de cidades do Vinho. O projeto propõe cinco ro-tas, que atravessam a fronteira entre os dois países: a rota Património da Humanidade, a Rota da Água, a Rota Verde, a Rota dos castelos e a Rota Birding. No verso do mapa fornece-se informação sobre estas rotas, bem como sobre os acontecimentos cultu-rais mais marcantes e as especialida-des gastronómicas das três regiões.

Euroace pode ser referência de turismo de qualidadeAntónio ceia da Silva (segundo à

esquerda na foto) salientou que “há poucas regiões no mundo com tan-tos bens classificados pela uNEScO, como a Euroace”, defendendo que a eurorregião tem o que é necessário para ser “uma referência de turismo de qualidade”. O presidente da ERtA defende que o caminho do crescimen-to passa pelo cross-selling entre as três regiões. A intercolaboração é, de resto, a estratégia que os novos fundos euro-peus pretendem promover.

Por sua vez, Pedro Machado (à di-reita na foto) sublinha que “este mapa afirma o interesse da cooperação e de-monstra sentido de responsabilidade

dos responsáveis das três regiões”. O presidente da turismo centro de Por-tugal observa que a cooperação está ao serviço da coesão territorial, facilita o acesso a novos mercados e permite acrescentar valor às regiões, já que “ao valorizar e promover se está a ajudar a elevar os preços dos produtos”. Pre-tende-se que “as populações se aproxi-mem e possam beneficiar de tudo isto”, remata.

Crescer de forma sustentável para preservar fatores de diferenciaçãoNuma altura em que o turismo passa

sobretudo pela valorização das experi-ências, a Euroace tem muito para ofe-recer, nota Ana Abrunhosa (terceira, da esquerda para a direita na foto). A responsável pela ccRc realça que o turismo arrasta as outras atividades económicas e alertou para a obrigato-riedade de alicerçar este crescimento na sustentabilidade, respeito pela bio-diversidade, para preservar as caracte-rísticas diferenciadoras da região.

Não menos relevante é a necessidade de apostar na qualidade dos serviços, de modo a proporcionar boas experi-ências aos turistas. Num mundo onde não faltam regiões interessantes, “temos que convencer o turista de que o nosso produto é melhor do que o dos outros”, conclui a mesma responsável.

Este ano, Cáceres é a “Capital Espanhola

da Gastronomia” e Reguengos de

Monsaraz, no Alentejo, foi eleita

“Cidade Europeia do Vinho 2015”

Page 24: Actualidade Economia Ibérica 214

24

O s sistemas de pagamento eletrónicos são cada vez mais usados no mundo in-teiro, pelo que a Portugal telecom não quis perder

este “comboio”, propondo no ano passado a MEO Wallet, através da sua subsidiária Pt Pay.

Rui Patraquim, diretor da Pt Pay, lembra que a empresa nasceu precisa-mente com o objetivo de “prestar ser-viços de pagamento a consumidores e a comerciantes”. O gestor conta que

“a Pt detetou que havia uma lacuna no mercado nacional no que concerne a soluções de pagamento convenien-tes, simples de implementar, inovado-ras e sustentáveis, que garantam aos

seus clientes, além dos pagamentos, um leque de serviços integrados, tais como a fidelização”. Nesse sentido, “a empresa apostou no desenvolvimento de um serviço de pagamentos total-mente over the top, podendo por isso ser utilizado por todos os clientes, in-dependentemente do seu operador de telecomunicações”.

com a MEO Wallet, “os consumi-dores depositam fundos numa conta de pagamentos”. Essa carteira inte-ligente permite efetuar pagamentos através de uma aplicação num dis-positivo móvel e reconhecimento de códigos QR relativos aos preços.“do ponto de vista de um comerciante,

o serviço prestado, para além da conta

de pagamentos, é composto por uma plataforma de aceitação de pagamen-tos e fidelização, em que o comerciante com um único contrato, tem à sua dis-posição todos os meios de pagamento que possibilitam a condução do seu ne-gócio”, explica Rui Patraquim. A grande vantagem que a MEO

Wallet tem para o consumidor final, acrescenta o gestor, “ é o facto de não se limitar ao mundo presencial e de dis-ponibilizar pagamentos em vending-machines, e/m-commerce e até paga-mentos em aplicações na tV”.

O diretor da Pt Pay salienta que “a MEO Wallet teve como conceitos base de implementação, a segurança, a simplicidade de utilização e ser om-

AtuALIdAde actualidad

A solução de pagamentos eletrónicos MEO Wallet da PT Pay, empresa do grupo PT, já chega a 600 comerciantes e a empresa está empenhada em angariar novos clientes, sobretudo PME com negócios de e-commerce e m-commerce.

MEO Wallet quer atrair mais PME

Texto Susana Marques [email protected] Fotos DR

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ni-canal/plataforma”. A empresa está a investir fortemente

na divulgação do serviço, procurando cativar sobretudo o mundo empresa-rial. “Até agora temos estado muito focados em criar a rede de aceitação e já contamos com 600 comerciantes e um potencial de quase 2000 lojas que aceitam pagamentos Wallet”, informa Rui Patraquim. “Quando garantirmos que efetivamente existe uma cobertura nacional, iremos então iniciar as ações junto dos utilizadores para promover a abertura de conta e pagamentos com a Wallet”, adianta.

Nos clientes empresariais, a priori-dade são as PME, diz Rui Patraquim:

“Estamos muito focados em angariar as PME que estão ou que queiram estar presentes em e-commerce ou m-com-merce, razão pela qual apostamos mui-to no conceito de one-stop-shop, em que simplificamos todo o processo de adesão e negociação de meios de paga-mento com uma única entidade. Este conceito tem tido muita adesão, inclu-

sivamente, e contrário ao esperado, por empresas de maior dimensão.”A solução abre uma janela de oportu-

nidades para as marcas fidelizarem os seus clientes, frisa Rui Patraquim: “O setor dos pagamentos em geral está a

evoluir para soluções omni-canal, ou seja, os canais estão a convergir e co-meça a ser frequente uma pessoa estar numa loja a comprar, via smartphone, na loja de e-commerce do comerciante, pois em alguns casos até tem desconto. Obviamente, os pagamentos móveis vão ajudar nesta evolução, daí que o próximo passo natural é que estas so-

luções passem a incluir, para além do pagamento, uma vertente de loyalty, em que o próprio comerciante conse-gue comunicar com quem lhe está a pagar.”

Para fornecer este serviço, “a Pt Pay teve que se registar no Banco de Portu-gal, sendo aplicável a mesma regulação que às instituições financeiras, inclu-sivamente o sigilo bancário, ou seja, é um serviço totalmente independente do MEO”. Assim, “para aderir ao ser-viço, o cliente tem que abrir uma conta de pagamentos e só depois poderá fazer download da aplicação para usar”. Para abrir a referida, “os utilizadores têm que fornecer os mesmos dados que ne-cessitariam de fornecer para abrir uma conta numa instituição financeira, que só por si são uma garantia de segurança em todo o sistema como de proteção para o utilizador”.A Pt Pay ganha uma percentagem

por cada operação efetuada. O preçá-rio está disponível no website da em-presa.

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La Península Ibérica logra romper su aislamiento energético. Según los expertos, las nuevas conexiones supondrán en el futuro un gran ahorro en el coste de la electricidad y el gas.Textos Belén Rodrigo [email protected] Fotos DR

El pasado 4 de marzo tuvo lugar en Madrid la cumbre para las interconexiones Energéticas Eu-ropeas que juntó al presidente del Gobierno español, Mariano

Rajoy, al primer ministro de la Repú-blica portuguesa, Pedro Passos coelho, al presidente de la República francesa, François Hollande, y al presidente de la comisión Europea, Jean-claude Juncker. con la firma de la declara-ción Madrid, para impulsar las interco-nexiones energéticas, España, Francia, Portugal y las instituciones de la uE avanzan en su compromiso con las interconexiones energéticas y la finan-ciación de estas a través de fondos euro-peos, especialmente el Plan Juncker de inversiones. Hasta ahora era insuficien-te la capacidad de interconexión y era un grave obstáculo para la creación en

el sudoeste de Europa de un mercado de la electricidad. Ha impedido además que las empresas energéticas españolas y portuguesas puedan participar en el mercado de la electricidad de la uE. con la llegada de la comisión Juncker, la interconexión energética entre la Pe-nínsula ibérica y el mercado interior de la uE ha cobrado nuevo impulso. A las ya existentes conexiones energéti-

cas de España con Portugal, Marruecos, el gaseoducto de Argelia y la ya proyec-tada con Francia se suman ahora otras cinco. Por un lado, un cable submarino de 400 kilómetros que conectará Viz-caya y Aquitania que permitirá elevar la capacidad eléctrica a los 5000 mega-vatios, con un coste de 1.900 millones de euros. también se han proyectado interconexiones eléctricas pirenaicas como la de Navarra-Burdeos (280 ki-

lómetros), Sabiñánigo-Marsillon (casi 100) y Monzón-cazaril (160), de las que se está analizando su viabilidad. Y se reinicia el llamado “proyecto Mid-cat”, un gasoducto que unirá cataluña con el sur de Francia y que entra en su segunda fase. El aumento de la capaci-dad permitiría dar más flexibilidad a las empresas y los gobernantes aseguran que se notará a la baja en el bolsillo de los consumidores.

Para el presidente del Gobierno espa-ñol, esta declaración representa plasmar un programa en “proyectos concretos y compromisos”, con el objetivo de que la Península ibérica deje de ser “una isla energética”. “la voluntad política que-da hoy expresada al máximo nivel para poner en marcha este proyecto y tam-bién los mecanismos y recursos para ellos. Nunca hasta hoy la Península

España, Francia y Portugal impulsan las interconexiones energéticas

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ibérica había dado un salto tan cualita-tivo”, añadió Rajoy, quien destacó que esta declaración supone “un paso muy importante” para “superar fronteras” y que los ciudadanos tengan “energía en sus hogares a un menor precio”. Por su parte, el presidente de la comisión Europea, Jean-claude Juncker, aseguró que si el viejo continente no consigue

“que pueda fluir libremente la energía se habrá fracasado”, por lo que pidió que todos los países de la unión Europea se unan a este planteamiento. de esta ma-nera, Juncker puntualizó que la unión energética constituye “una de las gran-des prioridades de la comisión Europea” y que acontecimientos como la cumbre de Madrid sirven “para plasmar a tra-vés de hechos las ideas a este respecto que siempre habíamos intercambiado”. también agradeció la “aportación de España con 1.500 millones de euros al acuerdo energético, así como la del resto de países”, de los que no detalló la cuantía. Por su parte, para el primer ministro luso, Pedro Passos coelho, la firma de la declaración de Madrid demuestra “el compromiso de los tres países y de las instituciones europeas de alcanzar el objetivo del 10% de in-terconexiones en 2020”. Francia está dispuesta a reforzar sus interconexiones de electricidad y gas con la Península ibérica gracias al respaldo financiero del Plan Juncker, según fuentes del Pa-lacio del Elíseo. Medidas adaptadas Entre las medidas de la declaración

conjunta firmada en Madrid, destaca la adopción de una estrategia común

de los operadores de sistemas de trans-misión de España, Portugal y Francia y la creación de un nuevo grupo regional de alto nivel para Europa sudoccidental que, con la participación de la comisión Europea, supervisaría el progreso de los correspondientes proyectos y prestaría funciones de asesoramiento técnico. A ese estudio le seguirá muy pronto otro similar dedicado a las interconexiones de gas. Asimismo, los firmantes se con-gratulan de la reciente inauguración de la nueva línea de interconexión eléctri-ca entre España y Francia el pasado 20 de febrero, que duplica la capacidad de interconexión entre ambos países. Para garantizar el aprovechamiento comple-to de ella, se construirá un transforma-dor desfasador, previsto para 2017, en Arkale (España). Y los tres países y la comisión Europea consideran que debe acometerse “un esfuerzo comple-mentario” para superar el actual nivel de interconexión y recalcan la impor-tancia de llevar a cabo la interconexión eléctrica de Portugal y España, entre Vila Fria-Vila do conde-Recarei (Por-tugal) y Beariz-Fontefría (España), que una vez concluida, permitirá al país luso alcanzar un nivel de interconexión del 10%.

Las familias portuguesas pueden mantener los contratos de luz y gas dos años más

En Portugal, el Ejecutivo de Pe-dro Passos Coelho va a dar más tiempo a los consumidores para cambiar del mercado regulado al régimen libre con el fin de que en este periodo se creen condiciones para ofertas más competitivas. Por el momento es la Entidad Regula-dora de los Servicios Energéticos (ERSE) la que fija los precios de las tarifas de luz y gas. El anterior ca-lendario daba como plazo el 31 de diciembre del 2014 para que todos aquellos que tuviesen potencias contratadas iguales o superiores a 10,35 kVA buscasen un distribui-

dor alternativo. Por debajo de esta potencia, el plazo acababa el 31 de diciembre de este año. Y con el gas ocurría lo mismo, según el consu-mo anual fuese superior o inferior a diez mil metros cúbicos anuales. Ahora el plazo se prolonga hasta, por lo menos, finales de 2017, se-gún ha confirmado el secretario de Estado de la Energía, Artur Trinda-de. A finales de 2014 ya había cerca de 3,6 millones de clientes de elec-tricidad en el mercado libre y en el gas natural 825 mil familias ya ha-bían cambiado para el régimen de precios libres.

Mariano Rajoy: “Es un paso muy importante para

superar fronteras y que los ciudadanos tengan energía en sus hogares a un

menor precio”

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C uando se instaló en Madrid hace unos años Pedro Nún-cio empezó a tener “saudades” de la pastelería portugue-sa. “En España hay menos

variedad de bollos para desayunar, se prefiere más la barrita tostada con to-mate”, subraya este joven portugués de 32 años “y pronto me cansé de los chu-rros, porras, napolitanas y croissants”. Entonces empezó a dar vueltas a la idea de montar su propio negocio, una pastelería portuguesa donde se pudie-se comer un pastel de nata, un bolo de arroz o un pão de ló. llegó a Madrid después de vivir en México, país en el que se enamoró de una española que siguió hasta la capital. Para poner en

marcha su negocio ha contado con un apoyo muy especial, el de sus padres.

“Me decidí a abrir este local cuando mi padre se quedó en el paro. Sabía que para que funcionase tenía que estar muy encima, no me servía cualquier empleado. Siempre están mis padres en el local y eso es esencial”, explica el dueño, que intenta ayudar todo lo que puede en el tiempo que le sobra. “Estu-dié derecho, trabajo en temas de Bolsa y los fines de semana

soy pastelero”, resume con humor. Su padre no tenía experiencia en el sec-tor, pero un tío posee una pastelería en Portugal y les ha servido de ayuda para poner en pie su propio local.

La exportación del pastel de nata al extranjero ha dado oportunidad a buenos negocios. Pastelería Lisboa, en pleno centro de Madrid, es uno de los casos de éxito de la internacionalización de este dulce portugués.

Pasteles de nata, un negocio rentable en pleno centro de Madrid

Texto y fotos Belén Rodrigo [email protected]

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Pastelería lisboa abrió sus puertas hace dos años y medio, en pleno Barrio Salamanca, y es hoy lugar de referen-cia para degustar los mejores pasteles de nata en Madrid. Este pequeño pero coqueto local tiene clientela portuguesa pero sobre todo española, que no se re-siste a los dulces lusos. “Fue una inver-sión pequeña y me resultó fácil poner en marcha el negocio”, reconoce Pedro Núncio. No descarta abrir otro local, aunque de hacerlo pensará muy bien su localización ya que llegó a abrir una segunda pastelería que acabó por cerrar seis meses después, en el Barrio del Pilar.

“la ubicación no fue la correcta porque el público en esa zona es muy diferente,” subraya. Él mismo estaba al frente del local porque coincidió con una época en la que estaba en el paro, pero por allí no pasaba gente con tiempo para sabo-rear un buen café portugués y probar uno de sus deliciosos pasteles. “los realizamos en nuestro horno.

trabajamos con una empresa portu-guesa que realiza la masa y la crema

pero la preparación final se lleva a cabo aquí”, aclara el empresario. El precio del pastel es de 1,40 euros y el café (una bica) 1,30. Han llegado a vender casi 500 en un solo día, en la pasada final de la champions, pero lo normal es vender unos 200, aunque

depende mucho del día. “la gente es muy simpática, desde el primer día, y me sorprende tener el 90% de la clien-tela española”, cuenta Pedro Núncio. Acertó en el barrio y también en el producto. la exportación del pastel de nata es un buen negocio.

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Texto Belén Rodrigo [email protected] Foto DR

La marca Coca-Cola unifica la imagen de todas sus marcas recuperando el color rojo

“Innovar, sorprender, siem-pre nos gusta ir un paso más allá. coca-cola vuelve a reinventarse para seguir conquistando el es-

pacio de los lineales y el corazón de los consumidores”, explica Esther Mori-llas, marketing manager de coca-co-la para España y Portugal. Esta vez el paso más allá ha sido el de revolucio-nar su imagen pero para ello ha vuel-to a sus orígenes, al rojo, unificando la imagen de sus marcas (coca-cola, coca-cola light y coca-cola Zero en sus versiones con y sin cafeína).

la compañía, que vende 1.900 mi-llones de consumiciones al día en todo el mundo de las que 25 millones se despachan en España, explica que la

“marca única” supone extender su co-lor rojo tradicional a todos los envases con el objetivo de “recuperar la identi-dad de marca” y hacer así “más fácil su elección” por parte del consumidor en los lineales de los supermercados. la multinacional pondrá en el mercado

español 2.900 millones de latas y bo-tellas con la nueva imagen unificada entre marzo y diciembre de este año, con el objetivo de “alcanzar al 97% de la población”. El proyecto tiene “voca-ción global” por lo que, tras su puesta en marcha en España como experien-cia piloto, se implantará paulatina-mente en otros países, empezando por el mercado asiático (Rusia) y latino-americano (chile).

Nuevos envasesEsta unificación afectará al diseño

de los envases, que también tendrán el mismo estilo, basado en la icóni-ca marca original de la bebida. Para diferenciar los diferentes productos, cada variante se distinguirá con su color característico en la mitad infe-rior, e incluirán una descripción que dejará claro de qué variante se trata. la bebida no cambiará, los productos seguirán siendo los mismos tanto en ingredientes como en sabor. lo que cambian son los envases y la comu-

nicación, unificando las marcas y sus valores pero coca-cola, coca-cola light, coca-cola Zero y sus variantes sin cafeína seguirán siendo las mis-mas.

la nueva imagen es el resultado de un enorme proyecto piloto que ha na-cido en España liderado por la mar-keting manager, Esther Morillas y el recién llegado director general para España y Portugal, Jorge Garduño, aunque han trabajado coordinados con otros equipos de la compañía a nivel mundial. desde 1887, el logo comenzó a ser parte de la cultura oc-cidental y la marca más reconocible de la historia. Ahora, la evolución trata de dar una vuelta a los orígenes.

“Regreso al futuro”, como lo llaman en la empresa. “la prioridad del ne-gocio es crecer y hacerlo de manera sostenible. Queremos reconectar con el consumidor y situar la posibilidad de elección en el centro de esta nueva forma de comunicar”, explica Jorge Garduño.

Coca-Cola ha elegido España para probar una nueva estrategia global de “marca única” con la que pretende unificar en una sola identidad y una sola comunicación las diferentes variedades de su familia de productos.

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A Zippy foi reconhecida, pelo terceiro ano consecutivo,

como “Marca de conf iança” dos consumidores e famílias em Portuga l.A marca de vestuário infanti l a l-cançou o primeiro lugar no seg-mento “lojas de Roupa infanti l e Puericultura”, no âmbito do estudo anua l levado a cabo pela revista “Selecções do Reader’s digest”.O estudo “Marcas de con-

f iança”, já na sua 15.ª edição, premeia anua lmente as marcas em que os portugueses mais conf iam, num prémio atribuí-do pelos leitores daquela publi-cação e que resulta da votação direta dos consumidores.No estudo que ava liou 40 cate-gorias, divididas em produtos e serviços, a Zippy garantiu 52% dos votos dos inquiridos no seg-mento “lojas de Roupa infanti l e Puericultura”.

Zippy eleita “marca de Confiança” pelo terceiro ano consecutivo

Textos Actualidad€ Foto DR

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Saboroso, prático, equilibrado e depois de descongelar, fica

pronto em apenas 15 minutos. Estas são somente algumas carac-terísticas do Bacalhau Fresco Pes-canova no ponto de sal, disponível em dois cortes: bacalhau desfiado e supremas de bacalhau.

O Bacalhau desfiado e as Su-premas de Bacalhau são ainda uma fonte natural de Ómega 3, proteínas, baixos em gor-duras e de fácil digestão. com uma cor branca e um sabor suave, apresentam-se no ponto ótimo de sal. como não possui a textura fibrosa, o Bacalhau Fresco, no ponto de sal da Pescanova é apre-

ciado tanto pelas crianças, como pelos adultos.Para garantir toda a frescura, o Ba-calhau Fresco, no ponto de sal da Pescanova é capturado nas águas da Noruega e da islândia e subme-tido a um processo de sal rápido e ultracongelado uma única vez,

através do sistema iQF, mantendo a sua cor, sabor e textura.Outra mais valia do Bacalhau des-fiado e das Supremas de Bacalhau é a possibilidade de ser utilizado sem descongelação prévia, o que facilita bastante a preparação das refeições durante a azáfama do dia a dia. com um sabor único e delicioso, o Bacalhau Fresco no ponto de sal da Pescanova pode ser experimentado em centenas de receitas. com mais de 1.300 receitas dis-poníveis no seu site, a Pescanova dá aos consumidores portugueses ideias para facilitar as suas refei-ções no dia a dia, tornando-o mais saboroso.

Pescanova desvenda sabor único do seu bacalhau fresco no ponto de sal

A inforpress mudou de nome. de-pois de mais de 25 anos de exis-

tência e 287 pessoas na equipa a nível mundial, a consultora de comunica-ção decidiu dar um passo em frente e um novo impulso com outro nome. Atrevia é a nova marca que a infor-press escolheu para começar uma nova etapa como resposta ao com-promisso com os clientes, equipa e setor. “Nasce uma nova marca com mais de 25 anos de experiência. criámos a Atrevia porque queremos conti-nuar a avançar, a dar um novo pas-so em frente com toda a nossa ener-gia e continuar a recordar os valores que nos levaram a ser o que somos hoje: visão, coragem e superação” refere Núria Vilanova, presidente e fundadora da consultora.“devemos muito à inforpress. com esta marca tornámo-nos na maior consultora de comunicação em Espanha, mas sempre considerá-

mos a mudan-ça como uma oportunidade. temos agora a possibi l idade de oferecer um valor acrescen-tado aos clientes através de uma rede cada vez mais sólida, que já está presente em 11 países e de uma equipa de mais de 300 pessoas empe-nhadas neste projeto,” afirma Asun Soriano, cEO da empresa.com uma equipa multidisciplinar e especializada a nível mundial, a Atrevia apresenta três grandes áre-as de consultoria estratégica, que são apoiadas por serviços transver-sais especializados em criatividade, design, plataformas, audiovisual e eventos: a área corporate (reputação e posicionamento corporativo, RSE e cidadania corporativa, comunica-ção financeira, etc.), a área de mar-cas (comunicação externa e relações

públicas, comunicação B2c, comu-nicação B2B, estratégia de social media, entre outras) e a área de pes-soas (people engagement, employer branding, gestão da mudança, co-municação interna, etc.). Segundo Ana Margarida Ximenes, presidente da consultora em Portu-gal, “Atrevia foi a forma que encon-trámos para resumir numa só palava as nossas crenças, a nossa atitude e a nossa maneira de superar com valor, inovação, confiança e conhecimen-to. É o nome de uma etapa onde a maturidade e o conhecimento acu-mulado, ao longo de mais 25 anos de história e de 16 anos em Portu-gal, nos deram um novo impulso para chegar ainda mais longe”.

Inforpress agora é Atrevia

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Oanúncio da campanha primavera/ verão 2015 do El corte inglés foi gra-

vado integralmente em Portugal.A modelo internacional Edita Vilkevičiūtė protagoniza o spot da nova coleção do El corte inglés, dirigido pelo realizador Se-bastien Grousset. A manequim lituana partilha o protagonismo com centenas de esferas, que anunciam a chegada da nova estação, acompanhada pela alegre melo-dia “i’m an Albatroz”.

As campanhas de moda do El corte in-glés já tiveram como palco cidades como Miami, los Angeles, Barcelona e lisboa (em 2012). Este ano, Portugal volta a ser o ambiente escolhido para a apresentação da coleção primavera/ verão. O resultado é uma mistura de cores, texturas e am-bientes românticos que sintetizam o esti-lo elegante e original que tem pautado as campanhas de moda do grupo.Em fevereiro último, uma equipa de cer-ca de uma centena de pessoas, incluindo os departamentos de criatividade e de publicidade do grupo El corte inglés, concentraram-se em lisboa durante três dias para rodarem aquela que é uma das maiores campanhas do grupo – “Já é Pri-mavera” – e que permanecerá nos prin-cipais meios de comunicação social ao longo dos próximos meses. O realizador Sebastien Grousset imprime à campanha um caráter etéreo e fresco, ao escolher como cenário os jardins e os

painéis de azulejos do Palácio Marquês da Fronteira e através das imponentes salas e magníficos jardins da Quinta de São Se-bastião e do Hotel Seteais em Sintra.A lente de Sebastien Grousset detém-se ainda nos ambientes mais tradicionais e locais mais emblemáticos da cidade de lisboa, captando o Bairro Alto e o chia-do onde a calçada portuguesa parece dividir o protagonismo luminoso com a moda da estação.Sebastien Grousset é reconhecido pelo seu vasto e premiado trabalho em campanhas publicitárias de marcas de renome na Eu-ropa e no continente americano.A campanha, que estreou no dia 13 de março, conta com um spot de 45 segun-dos e outras duas versões de 30 e de 10 segundos de duração. Esta campanha foi concebida para televisão e cinema, estan-do a decorrer também através de anún-cios para imprensa escrita, rede de mupies e canais digitais.

Para assinalar os seus 11 anos de atividade, a SiPRP - Sociedade

ibérica de Prevenção de Riscos Profis-sionais acaba de lançar um novo web-site institucional. A nova página web apresenta-se mais moderna e funcional, disponibilizando ainda mais conteúdos informativos, apresentados em portu-guês e também em inglês e castelhano, procurando, deste modo, responder às muitas solicitações que surgem de empresas multinacionais suas clientes, destaca Rogério Filipe, responsável pela empresa de prestação de serviços externos de segurança e saúde do tra-balho.Em termos de comunicação virtual e redes sociais, a empresa está também presente no linkedin.

A SiPRP presta os mais diversos ser-viços a empresas e outras entidades, como sejam, gestão da segurança e saúde do trabalho (SSt), avaliação da qualidade do ar interior, desenvolvi-mento de soluções informáticas de ges-tão em SSt, gestão da segurança con-tra incêndios em edifícios, formação, avaliações de agentes físicos, químicos e biológicos, ergonomia, entre outros, que poderão ser consultados no novo site institucional da empresa.“continuamos a trabalhar arduamen-te para responder aos desafios dos nos-sos clientes e fornecedores e às pressões e alterações do mercado. Para fazer face a esses desafios, continuaremos a apostar em novos serviços, em ino-vação, como sejam o desenvolvimen-

to de uma plataforma e-learning e a subsequente certificação da formação junto da dGERt (‘Segurança e Saúde do trabalho e Primeiros Socorros’), da ANPc (‘Segurança contra incêndios em Edifícios’) e do iNEM (‘Supor-te Básico de Vida’)”, adianta Rogério Filipe.

Anúncio de moda primavera/ verão do el corte Inglés rodado em Portugal

sIPrP apresenta novo website institucional

Textos Actualidad€ [email protected] Fotos DR

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Intercâmbio hispano-português mantém forte dinamismo

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grAnde temAgran tema

Aanálise da evolução do co-mércio entre Portugal e Espanha revela que as duas economias continuam a registar uma forte interde-

pendência, muito embora exista uma aposta de ambas as economias em di-versificar os mercados de destino das suas exportações a outras regiões do globo.

Seguindo as estatísticas da dataco-mex (pertencente à Secretaria de Es-tado do comércio de Espanha), que abrangem o período de 1995 a 2014, verifica-se uma enorme evolução nas

últimas décadas, e sobretudo nos últi-mos 15 anos, nas relações económicas e comerciais entre os dois países ibé-

ricos, e no qual o comércio bilateral (importação e exportação de bens) tem uma importância vital, sendo evidente que a aproximação entre os dois mercados ibéricos não se esgota no comércio de bens, já que existe uma interação cada vez mais intensa em áreas como a cultura, o ensino, as ciências, etc., ou seja, no crescimento dos serviços em geral.Recorrendo aos dados oficiais espa-

nhóis publicados pela datacomex, o valor do comércio bilateral entre os dois países superou os 28.022 mi-lhões de euros, em 2014, um mon-

grAnde temAgran tema

As trocas comerciais entre Portugal e Espanha continuam a dar sinais de grande dinamismo.Numa análise à evolução dos últimos dez anos, verifica-se um crescimento superior a 25% nas trocas comerciais entre os dois países, que superam já os 28 mil milhões de euros.Apesar do aumento em termos absolutos, o peso do mercado espanhol para as exportações portuguesas diminuiu face a 2010, representando menos de 24% do total.A dependência de Espanha face a Portugal é também menor, passando este país a oitavo maior fornecedor de Espanha.Textos Actualidad€ [email protected] Fotos DR

O comércio bilateral entre os dois países ultrapassou o valor histórico de 28 mil milhões de euros

em 2014

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tante que fica 3% acima do verificado em 2013 e 25,4% a mais do que 2005 (ver quadro na pág. 41).

Analisando a evolução das últimas décadas, o grande salto verificado na atualidade iniciou-se em 1986, com a integração plena e simultânea dos dois países na então comunidade Económica Europeia (cEE), dando-se o arranque de um novo ciclo de crescimento no comércio bilateral, resultado da liberalização plena dos regimes alfandegários, da livre circu-lação de pessoas, bens e capitais, etc. A partir desta data, assiste-se a um permanente crescimento do comércio em ambos os sentidos, tendo mais do que decuplicado desde então.

Outro facto a destacar deste relacio-namento é a diminuição da taxa de cobertura das exportações espanho-las sobre as portuguesas – que chegou a estar nos 207%, em 1986 –, graças a um forte aumento das exportações portuguesas para o país vizinho ao longo deste tempo.

O peso de cada um dos mercados para a respetiva balança comercial

sofreu também uma grande evolução. Atualmente, como tem sido ampla-mente sublinhado pelos governantes de ambos os países nos seus encontros bilaterais, para Portugal, Espanha é o seu principal cliente e fornecedor.

O quadro da evolução do comér-cio luso-espanhol no período 1995 a 2014 (pág. seg.) permite constatar o forte salto do comércio bilateral entre os dois países. No caso das vendas es-panholas a Portugal, assiste-se a um crescimento superior aos 210%, pas-sando dos 5.805,9 milhões de euros, em 1995, para os 18.013.9 milhões registados em 2014. A mesma evo-lução positiva tiveram as vendas por-tuguesas para Espanha, se bem que neste caso o crescimento tenha sido ainda mais acentuado, tendo quase quadruplicado, ao passar de 2.598.9 milhões de euros, em 1995, para os atuais 10.008,3 milhões.

depreende-se, ainda, da análise do mesmo quadro, que no caso das ven-das espanholas, apesar dos sucessivos aumentos, nos anos 2003, 2009 e 2012 se registaram quebras significa-

tivas em relação aos anos transatos (de 1,97, 12,03 e 9,88%, respetivamente). No caso das vendas portuguesas, ape-nas os anos de 2009 e 2012 regista-ram também quebras acentuadas (de 21,34 e 3,20%, respetivamente).

Agroalimentar é um dos setores em maior destaque desde 1985Em termos de comércio bilateral,

um dos setores de atividade que mais tem crescido é o dos produtos alimen-tares e bebidas, cujo volume de ven-das para Espanha no ano de 1985 não ia além dos 14,8 milhões de euros e que atualmente já supera os 1.811,3 milhões de euros. No caso das com-pras portuguesas dos mesmos pro-dutos, o mercado espanhol em 1985 comprava um total de 44,8 milhões de euros e, atualmente, atinge já os 3.993,2 milhões. Este é um exemplo, mas outros setores tiveram também um crescimento exponencial.

Ao analisar a evolução das expor-tações espanholas de 2005 a 2014, e apesar das dificuldades conjunturais surgidas durante esta última década,

grAnde temA gran tema

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41

grAnde temAgran tema

a terceira posição de Portugal entre os principais clientes de Espanha tem-se consolidado, sendo unicamente su-perada pela França e pela Alemanha, o que demonstra a forte interdepen-dência e interrelacionamento entre os dois mercados.

No caso da evolução das importa-ções espanholas, no mesmo período de 2005 a 2014, a posição relativa do mercado português também dá mostras de uma firme consolidação, oscilando entre a sétima e a oitava posições de entre os principais forne-cedores de Espanha. A ascensão de mercados como a china, ou mesmo os Estados unidos, tem contribuído para esta diminuição do peso relativo de Portugal nas importações espa-nholas.

No que se refere à distribuição se-torial das vendas espanholas para Portugal, na referida década, desta-cam-se três setores que, com peque-nas oscilações, têm encabeçado as vendas espanholas para o mercado português: o setor dos veículos au-tomóveis/ tratores, que só em 2012 deixou a liderança; as máquinas e aparelhos mecânicos, que têm ocu-pado a segunda ou terceira posição, exceto em 2012, ano em que esta classe liderou as vendas; e o setor dos aparelhos e outro material elétri-co, que teve também um peso muito significativo até 2011, mas que des-de então tem descido, para atingir a quarta posição do ranking, em sentido contrário ao setor dos com-bustíveis e óleos minerais, que nos últimos três anos tem conquistado o segundo ou terceiro posto da lista.

Quanto à distribuição setorial das compras espanholas a Portugal, nos últimos dez anos (quadro na pág. 43), também, neste caso, encabeça a lista a categoria dos veículos au-tomóveis e tratores, com exceção do ano de 2013, período liderado pelo setor dos combustíveis e óleos mi-nerais.Verifica-se, igualmente, que as os-

cilações das vendas portuguesas fo-

ram superiores às vendas espanho-las, mas além dos dois setores an-teriormente indicados, destacam-se os setores das matérias plásticas e seus derivados; o vestuário de ma-lha e a fundição, ferro e aço.

de acordo com os dados do ins-tituto Nacional de Estatística por-tuguês – citados pela Aicep –, e por grandes grupos de produtos, destacam-se os produtos agrícolas, que representaram 11% do total exportado para aquele mercado e cresceram cerca de 10% em relação ao ano anterior. depois encontram-se os metais comuns, que represen-

tam 10% do total, e cresceram 7% face a 2013. A classe dos veículos e outro material de transporte, com uma quota de 9,6%, registou um assinalável aumento de 17%. As exportações de vestuário, que atin-gem 9,5% do total das vendas para Espanha, aumentaram 12,2% entre 2013 e 2014.

Em termos da distribuição geográ-fica por comunidades autónomas espanholas, destaca-se o facto da catalunha ocupar, em toda a última década, a liderança como principal região fornecedora de Portugal e da Galiza se ter consolidado como o principal cliente de Portugal, com ex-

ceção de 2013, ano em que este papel foi ocupado também pela catalunha. A comunidade autónoma de Madrid representa, igualmente, um impor-tante sócio comercial de Portugal, em ambos os sentidos, oscilando entre a segunda e a terceira posições.

Os dados da datacomex, na mes-ma análise evolutiva, apontam ain-da para a existência, em 2014, de quase 11 mil empresas espanholas a venderem regularmente para Por-tugal, nos últimos quatro anos. um dado relevante, já que para França, por exemplo, para onde Espanha exporta mais de 33.728,1 milhões de euros, são 11.457 empresas a ex-portarem, e para a Alemanha, que comprou a Espanha, no referido período, 23.029,7 milhões de euros fizeram-no 7.876 empresas. Este

41

Por comunidades espanholas, a Catalunha

destaca-se, na última década,

como o principal fornecedor de

Portugal, sendo a Galiza, por seu

turno, o maior cliente

Evolução do comércio hispano-português 1995-2014

Vendas espanholas

Compras espanholas

Anos Milhares de euros

Milhares de euros

1995 5.805.872,29 2.598.942,86

1996 6.847.222,18 2.759.302,88

1997 8.468.893,72 2.993.572,43

1998 9.407.381,08 3.439.727,98

1999 10.495.543,55 3.858.258,08

2000 11.854.776,25 4.609.075,32

2001 13.225.179,98 4.857.198,73

2002 13.559.605,97 5.448.829,48

2003 13.291.980,65 5.995.396,22

2004 14.340.710,88 6.797.609,87

2005 14.838.205,29 7.512.438,22

2006 15.173.060,45 8.532.806,56

2007 16.002.867,72 9.267.609,61

2008 16.719.536,67 9.303.591,30

2009 14.707.852,30 7.318.632,36

2010 16.439.589,28 8.458.040,56

2011 17.561.493,01 9.248.710,45

2012 15.826.898,09 8.952.371,44

2013 17.220.517,60 9.960.062,76

2014 18.013.878,11 10.008.334,83Valores em milhares de euros. Fontes: A.E.A.T

e elaboração própria

Page 42: Actualidade Economia Ibérica 214

42

grAnde temA gran tema

grupo de três países representam os principais clientes de Espanha.

Mais de 16 mil empresas apostam no comércio ibéricodo lado português, os dados do

iNE apontavam, em 2013, para a existência de 5.273 empresas portu-guesas a exportar para Espanha.Walden Fernández lobo, conse-

lheiro económico e comercial da Embaixada de Espanha em lisboa, sublinha que desde a integração co-munitária, as relações económicas e comerciais hispano-portuguesas se “intensificaram muito, ao mesmo tempo que também se potenciavam as outras formas de relação entre os dois países”. Entretanto, “na atuali-dade, o peso do comércio bilateral en-tre os dois países ibéricos enquadra-se no contexto de um mundo cada vez mais globalizado”, adianta o mesmo

conselheiro, salientando o facto de no final de 2014, Portugal ser “o ter-ceiro país de destino das exportações espanholas, o que corresponde a cer-ca de 7,5% do total das exportações. Por outro lado, Portugal é o oitavo fornecedor mundial de Espanha (o sexto em termos europeus), o que

representa 3,78% de todas as impor-tações espanholas. Estamos a falar de um comércio bilateral entre ambos os países da ordem dos 28 mil milhões de euros em 2014”, destaca, assim, o conselheiro económico espanhol.

Pelo lado português, a Aicep subli-nha que “apesar da tendência de diver-sificação de mercados de exportação, e do contexto económico e financeiro dos últimos anos, Espanha continua a ser o principal sócio comercial de Por-tugal. Em 2014, a despeito da queda abruta das exportações de combustí-veis e derivados, o mercado espanhol foi o terceiro maior contribuinte para o aumento total das exportações por-tuguesas durante 2014 (173 milhões de euros num total de 926 milhões, ou seja, quase 19%). O primeiro foi o Reino unido e o segundo a china”. de destacar ainda que “a quota total de Espanha nas exportações portu-

Exportações espanholas para Portugal entre 2005-2014 (por setores)Produtos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 ↓

Vendas espanholas

Vendas espanholas

Ventas espanholas

Vendas espanholas

Vendas espanholas

Vendas espanholas

Vendas espanholas

Vendas espanholas

Vendas espanholas

Vendas espanholas

Veículos automóveis; tratores 1.597.684,63 1.715.534,27 1.729.721,81 1.852.415,65 1.281.183,37 1.587.516,03 1.424.188,69 966.019,00 1.392.902,75 1.490.306,24

Combustíveis; azeites minerais 802.918,08 402.084,79 506.531,80 729.970,31 455.593,21 750.213,67 822.050,88 1.143.494,07 1.000.163,63 1.213.888,91

Máquinas e aparelhos mecânicos 1.329.489,68 1.219.088,53 1.252.101,89 1.175.346,49 1.226.349,02 1.280.404,15 1.273.092,69 1.180.549,92 1.196.324,63 1.207.449,79

Matérias plásticas e seus derivados 755.838,95 826.330,25 863.814,86 898.333,07 777.623,36 888.436,91 942.385,28 905.764,14 994.526,54 1.056.291,64

Aparelhos e material elétrico 1.216.504,84 1.100.290,82 1.020.290,73 1.001.778,41 922.909,16 951.533,73 1.060.045,00 844.844,56 832.129,99 943.530,66

Fundição, ferro e aço 561.259,65 654.056,06 844.646,43 980.515,71 585.900,69 757.424,69 770.000,99 693.559,74 667.440,29 727.175,82

Carne e miudezas comestíveis 406.786,55 463.834,29 478.708,06 510.799,73 456.705,00 498.346,39 503.602,07 556.326,69 600.745,49 629.365,55

Papel, cartão e seus derivados 560.610,98 628.686,28 672.070,57 680.699,95 612.998,85 658.213,23 683.572,55 518.502,69 533.763,25 545.300,94

Peixe, crustáceos, moluscos 444.770,02 483.515,17 519.787,87 468.288,20 437.167,37 453.491,70 526.640,38 424.434,92 452.199,47 496.448,71

Confeção e vestuário 423.675,03 436.292,50 447.432,89 474.589,88 477.075,64 466.553,06 481.683,33 423.070,60 503.207,85 479.571,27

Produtos transformados de fundição, ferro/aço

423.330,66 417.335,00 496.820,16 476.015,09 382.274,62 423.186,68 455.227,25 362.047,55 384.155,61 419.453,00

Gorduras animais ou vegetais 211.863,20 251.001,65 241.549,95 308.434,20 253.053,16 319.974,51 406.571,24 389.257,85 418.908,91 388.276,84

Têxteis de malha 285.025,02 291.883,09 320.691,71 364.528,00 372.417,66 373.548,40 506.764,29 349.503,96 375.544,89 356.171,57

Alumínio e seus transformados 194.053,73 235.230,28 263.364,34 231.312,20 177.557,83 233.838,21 260.188,41 218.272,08 253.897,41 315.977,29

Madeira e seus transformados 173.729,13 183.543,17 214.594,15 279.009,64 212.749,35 238.073,73 289.907,49 273.331,56 305.012,67 313.785,44

Cobre e seus transformados 145.434,84 274.925,28 264.977,57 301.949,21 231.408,57 348.396,30 383.463,28 262.512,05 329.459,79 301.174,22

Fruta sem conservantes 179.319,51 181.781,75 199.887,36 209.854,83 183.199,42 216.311,18 213.243,72 246.266,20 289.769,05 300.800,86

Produtos de cereais, de pastelaria 155.798,81 171.135,63 179.197,64 196.573,92 182.368,37 205.568,91 244.050,10 281.585,00 291.515,40 298.055,26

Produtos farmacêuticos 148.896,40 173.463,87 157.929,61 178.414,83 205.453,25 228.905,85 262.834,10 257.392,81 293.897,56 294.498,03

Borracha e seus derivados 261.352,75 291.224,26 288.216,35 275.849,92 311.217,86 303.981,88 315.217,75 287.970,29 343.564,12 292.461,65Valores em milhares de euros. Fontes: AEAT e elaboração própria

Cerca de 11 mil empresas

espanholas exportam para

Portugal de forma regular, enquanto do lado português

serão cerca de 5.300

Page 43: Actualidade Economia Ibérica 214

43

grAnde temAgran tema

Importações espanholas de Portugal entre 2005-2014 (por setores)Produtos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 ↓

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Compras espanholas

Veículos automóveis; tratores 979.611,91 1.043.512,66 891.543,46 864.690,59 684.234,13 840.429,11 954.461,30 920.170,12 999.463,33 1.102.520,66

Combustíveis; azeites minerais 391.789,95 299.199,87 300.069,67 368.440,79 213.715,10 252.995,66 352.768,47 361.857,68 1.071.660,27 864.148,23

Matérias plásticas e seus derivados 385.294,17 425.873,76 477.569,18 512.194,20 389.436,17 479.029,01 510.964,32 520.038,19 565.352,91 607.861,91

Têxteis de malha 346.633,51 363.009,21 422.969,75 419.850,39 386.743,97 405.971,82 400.916,72 442.117,34 514.474,27 586.369,82

Fundição, ferro e aço 535.928,79 738.393,45 886.115,43 709.054,17 385.582,72 488.357,52 569.933,60 422.427,38 403.909,78 395.626,04

Aparelhos e material elétrico 347.569,94 441.586,68 543.725,88 504.585,49 390.811,16 394.191,66 454.031,13 325.346,75 349.588,40 381.729,43

Máquinas e aparelhos mecânicos 420.894,36 413.564,92 477.902,11 446.903,06 402.870,49 501.673,07 432.247,54 380.053,41 375.796,56 373.401,49

Tabaco e seus derivados 25.661,04 12.636,12 87.269,90 168.889,00 198.795,77 229.467,74 262.155,61 295.926,85 363.753,21 363.077,76

Papel, cartão e seus derivados 227.668,18 258.118,55 289.635,58 286.803,36 263.745,01 327.810,42 347.442,91 318.762,46 343.900,65 338.927,97

Confeção e vestuário 277.563,29 296.019,71 329.583,50 318.368,07 273.894,64 271.636,03 304.419,72 333.619,85 310.058,29 338.143,74

Mobiliário e iluminação 191.319,51 266.437,73 345.460,95 312.214,60 279.013,63 341.117,33 317.745,76 274.878,20 278.857,95 314.407,89

Produtos transformados de fundição, ferro/aço

268.106,53 314.410,23 330.259,74 307.421,60 210.950,35 241.200,58 288.222,05 258.327,10 249.310,35 277.494,16

Peixe, crustáceos e moluscos 188.756,73 199.967,72 209.545,43 231.021,12 180.137,55 226.980,79 248.591,05 227.309,02 206.356,85 236.205,74

Vidro e seus derivados 194.044,83 224.645,76 264.612,12 246.936,57 226.575,84 226.700,90 248.600,34 215.821,91 227.078,19 227.114,49

Madeira e seus derivados 269.080,55 311.651,80 369.115,29 321.334,76 217.057,12 192.148,12 204.910,87 195.453,48 223.024,23 217.845,52

Calçado e seus componentes 83.731,85 92.952,83 98.629,58 110.776,36 103.637,56 114.518,10 151.167,35 141.032,24 150.909,74 166.687,00

Leite, laticínios e ovos 139.446,03 128.128,17 152.064,76 184.467,03 153.668,95 138.419,65 147.766,00 159.204,36 159.063,25 149.208,73

Gorduras animais ou vegetais 48.429,73 53.786,14 52.153,42 111.568,94 77.057,43 77.093,75 101.205,44 125.973,08 159.194,97 138.238,99

Pasta de papel e papel reciclado 87.841,64 103.900,00 120.333,64 131.515,28 139.996,81 177.963,60 160.035,26 171.528,02 190.928,01 132.161,89

Aparelhos óticos e médicos 30.838,08 27.596,51 26.837,44 40.561,67 39.419,33 38.685,15 52.480,46 90.240,16 134.576,93 127.924,78Valores em milhares de euros. Fontes: AEAT e elaboração própria

guesas de bens manteve-se inalterada em relação a 2013 (cerca de 24%), conservando o mercado espanhol o primeiro lugar como destino das expor-tações nacionais, supe-rando em valor os dois mercados que se seguem (França e Alemanha). Por conseguinte, Espanha continua a ser o nosso primeiro mercado, um destino prioritário para as nossas exportações”, con-clui a Aicep. “O grau de interdepen-

dência entre as duas eco-nomias é evidente. As empresas portuguesas integram inú-meras cadeias de valor de empresas espanholas e estas veem, de forma crescente, Portugal como um dos

seus primeiros destinos de interna-cionalização – Portugal é o país onde estão registadas mais filiais de empre-sas espanholas em todo o mundo e é

o mercado para o qual Espanha ex-porta mais do que para toda a Amé-rica latina. Por todas estas razões, as exportações portuguesas para Espa-

Page 44: Actualidade Economia Ibérica 214

44

grAnde temA gran tema

nha atingiram em 2014 o seu maior valor de sempre, consolidando uma tendência de crescimento que vinha desde 2013. O mesmo se verificou no caso de Espanha, ao serem recupera-dos os valores de 2011”, comenta ainda a Aicep.

Outro fator que estará na origem do aumento do relacionamento comercial entre os dois países diz respeito a uma transferência das importações pro-venientes da china. “Assistimos, nos últimos anos, a um muito interessan-te processo de retorno do interesse de compradores e fabricantes espanhóis por Portugal, especialmente motivados pela proximidade, qualidade e fiabili-dade das nossas empresas”, de acordo com as mesmas declarações da Aicep.

Em termos de setores de exportação, a análise da Aicep realça o crescimento alcançado pelo setor do calçado, “que apesar de ter um peso relativamente pequeno no total exportado (1,6%), subiu quase 15% no ano passado”.

Quanto a outros setores de grande po-tencial de crescimento, a Aicep refere que “de acordo com a nossa experiên-cia de acompanhamento de inúmeros projetos em Espanha, as oportunida-des podem surgir em todos os setores, devendo a avaliação da viabilidade do negócio ser realizada caso a caso. Nes-te momento, e de uma forma genérica, existem diversos setores que têm mos-trado potencial de crescimento, entre os quais destacamos a fileira moda, saúde, ambiente, aeronáutica, automó-vel, fileira contract, logística, bens de equipamento, serviços e tecnologias de informação e o turismo. A estes setores somam-se os mais tradicionais, que têm dado mostras recentes de cres-cimento, como o vestuário, produtos alimentares ou o calçado”, comenta a Agência na mesma análise.

Relativamente à evolução do peso do mercado espanhol nas exportações por-tuguesas de bens, manteve-se inaltera-do em relação a 2013, representando 23,6% do total exportado. No entanto, “nos últimos cinco anos, tem vindo a reduzir-se paulatinamente a quota do

mercado espanhol, sendo que em 2010 representava 27% do total das vendas. Esta evolução, que em si própria é po-sitiva, é uma consequência lógica do processo de progressiva diversificação de mercados de exportação por parte das empresas portuguesas que cer-tamente irá continuar nos próximos anos”, refere a Aicep.

Acesso a países terceiros é outra vantagem da cooperação ibérica“Por outro lado, os dois países ibéricos

perceberam que as suas economias po-

diam complementar-se em termos de aceder a mercados de países terceiros”, a partir dos países de influência colo-nial. “Neste sentido, Portugal já está a colaborar com Espanha para facili-tar o acesso das empresas espanholas aos países PAlOP, enquanto Espanha colabora com Portugal para facilitar o acesso das empresas portuguesas aos países da América latina”, defende Walden Fernández.

Quanto ao comércio transfronteiriço, que tem sido apontado, muitas vezes, como um dos motores da interrelação crescente a nível económico, cultural, e não só, entre os dois países ibéricos, é mais difícil de quantificar. “O comér-cio transfronteiriço entre os dois países ibéricos é algo digno de destacar”, ten-

do em conta a evolução mais recente, em termos comerciais, destacando-se ainda as iniciativas administrativo-po-líticas, como a criação das “eurocida-des”. No entanto, os dados nacionais ou por comunidades não especificam os valores transfronteiriços, ressalva Walden Fernández.

O responsável espanhol refere exis-tirem muitas “oportunidades de co-operação” entre as empresas dos dois países, quer em setores onde tradicio-nalmente as indústrias produtivas se complementam, como por exemplo, na maquinaria industrial ou no setor automóvel, quer em áreas de maior concorrência. “Verifica-se, muitas ve-zes, que quando dois países competem entre si pela liderança mundial na ex-portação de um determinado produ-to, mantêm, ainda assim, um volume importante” de transações comerciais entre si em ambos os sentidos, dentro desse mesmo setor. É o que se verifica em muitas áreas do comércio intra-industrial para produtos semi-elabora-dos, relembra Walden Fernández.

Apoio comercial a empresas expor-tadoras

Quanto ao apoio prestado por insti-tuições como a Aicep – ou o icex, no caso das empresas espanholas –, as empresas portuguesas com projetos de internacionalização podem contar com diversos tipos de apoios. “A Aicep apoia as empresas na internacionaliza-ção, capacitando-as para os processos de exportação, prestando-lhes infor-mações qualificadas sobre o mercado, oportunidades de negócios e acompa-nhando-as no terreno”, refere a insti-tuição liderada por Miguel Frasquilho.

“Para o mercado espanhol, a estratégia da Aicep assenta, entre outros aspetos, no desenvolvimento de ações em am-bos os países, normalmente em parce-ria com associações empresariais, em setores de nicho identificados como tendo potencial de crescimento. Al-gumas das iniciativas que a Aicep tem promovido no mercado espanhol são missões de compradores a Portugal,

Verifica-se, nos últimos anos, um

processo de retorno de compradores

espanhóis relativamente ao

mercado nacional, em detrimento da

compra a países mais longínquos, como

a China

Page 45: Actualidade Economia Ibérica 214

45

grAnde temAgran tema

apoio a projetos de colaboração entre empresas de ambos os países, tanto na Península ibérica como em tercei-ros mercados, principalmente África e América latina, assim como apoio às ações de promoção das nossas associa-ções empresariais, nos mais diversos setores”. iniciativas que contam com a “estreita colaboração de entidades e associações empresariais espanholas” e ainda de outras instituições portugue-sas em Espanha, precisa a Agência.

Recentemente, foi ainda lançado um roadshow de promoção de Portugal em diversas comunidades autónomas espanholas, “numa ótica de capta-ção de investimento, identificação de possíveis parceiros ou compradores e estimular parcerias entre empresas dos dois países com vista a aproveitar oportunidades em terceiros mercados”, no âmbito do qual foram realizados desde meados de 2012 cerca de 20 eventos, nos quais participaram mais de 1.100 empresas espanholas. Ao lon-go de 2014, foram ainda desenvolvidas mais de 40 ações de promoção entre empresas, em áreas como a aeronáu-tica, a fileira moda, contract, bens de equipamento e maquinaria, logística, tic, setor alimentar, e-commerce, te-lecomunicações, habitat e mobiliário, entre outros.

av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 lisboaTel: 213 509 310 Fax: 213 526 333www.portugalespanha.org

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Novos apoios à internacionalizaçãoNo âmbito dos instrumentos de apoio financeiro no quadro do Portugal 2020, estão já também a decorrer concursos, nomeada-mente o dos Projetos Conjuntos de Internacionalização – projetos promovidos por associações em-presariais, dirigidos a ações de promoção externa das PME portu-guesas – e que se espera venham a contribuir para aumentar o nú-mero de empresas nacionais que exportam para Espanha. “Todos os apoios dirigidos às empresas no Portugal 2020 estão orientados para as atividades de bens e servi-ços transacionáveis e internaciona-lizáveis”, lembra a Aicep, salientan-do ainda que “consideramos que os novos instrumentos de apoio respondem também ao desafio do alargamento da base exportadora, não apenas para Espanha, mas para a generalidade dos mercados externos. Há agora menos restri-ções de base setorial às ativida-des enquadráveis; há um leque de elegibilidades de despesa também alargado no domínio da internacio-

nalização; há ainda um instrumento específico – o Vale Internacionali-zação – dirigido às empresas que ainda não iniciaram o processo de internacionalização, para primeiras abordagens de prospeção de mer-cados externos”.A importância que as duas eco-nomias têm uma para a outra, não se resume apenas à vertente das trasações comerciais, mas tam-bém a nível do investimento dire-to estrangeiro. Walden Fernández Lobo destacou que além do peso do comércio bilateral, há que re-alçar ainda a importância do in-vestimento direto entre ambos os países. “Pelo lado de Espanha, o seu investimento externo mais re-levante é em Portugal. Não é em França, nem no Brasil ou na Ar-gentina, que são economias mui-to maiores que a portuguesa. Na base de tudo isto está a proximi-dade geográfica, cultural e o se ter superado já a tradicional descon-fiança mútua”, que leva os inves-tidores espanhóis até ao mercado português, considera.

Page 46: Actualidade Economia Ibérica 214

AdvocAcIA e FIscALIdAde aBogacÍa Y Fiscalidad

46

C onducir un vehículo es-pañol por carreteras portu-guesas se está convirtien-do en un deporte de alto riesgo. Primero tuvimos

las inspecciones, que aún siguen, de la Brigada Fiscal a cuenta del im-puesto de matriculación (“imposto sobre veículos”); ahora se suman las concesionarias de autopistas que han desatado una caza al conductor por los impagos de peajes.

Se calcula que unos 300.000 (sí, trescientos mil) conductores de vehículos españoles están siendo objeto de reclamación por parte de entidades gestoras de cobros y des-pachos de abogados. El problema es que meten en el mismo saco a justos y pecadores. Veamos la historia des-de el principio.todos estamos familiarizados con

el sistema “Via Verde” que permite el pago automático del peaje me-diante la lectura de un dispositivo en el vehículo. Y al lado de los portales automáticos encontramos portales manuales donde podemos pagar el peaje en efectivo o con tarjeta cuan-do no contamos con el dispositivo. Hasta aquí todo correcto.

Sin embargo, también conocemos historias de amigos, familiares o conocidos que entraron, por equivo-cación algunos, y a sabiendas otros, en el portal automático sin contar con el dispositivo. El problema se agrava cuando las antiguas Scut (“sem custo para o utilizador”) pa-san a ser de pago, de forma exclu-siva, mediante sistemas automáticos. consecuencia: miles de vehículos entraron por el portal automático y, al contrario de lo que sucedía en las autopistas con Via Verde, no tenían cómo pagar el peaje al no haber ni

dispositivos ni un sistema de pago manual.

como ya ocurrió con el impues-to de matriculación y la exención para los trabajadores transfronteri-zos, las concesionarias fueron im-provisando medidas y parcheando fallos de forma atropellada en su búsqueda por una solución que permitiera a los conductores que entraban por España preparar su desplazamiento y evitar sorpresas a 50 metros del peaje.Y cuando las cosas se hacen mal,

deprisa y corriendo, el resultado es el habitual en estos casos: el descon-tento generalizado. conductores ex-tranjeros (y no sólo españoles), todo el sector del turismo, las empresas de alquiler de vehículos sin conduc-tor y los ayuntamientos afectados se pusieron en pie de guerra contra el Gobierno y las concesionarias.

la falta de información a los con-ductores aliada a la complejidad de los procedimientos y dispositivos tuvieron efectos fulminantes. Según la Associação Empresarial de Viana do castelo, el sector de comercio y servicios en ese distrito vio bajar sus ingresos en casi un 50%, mientras que la reducción alcanzó el 57% en los sectores de hostelería y restaura-ción. tan grave fue el problema que el Ayuntamiento de Viana llegó a pagar los peajes de la ex-Scut A28 durante la Semana Santa de 2013.

Para las empresas, sobre todo las de transporte, el perjuicio ha sido inne-gable. los conductores de los vehí-culos no tenían cómo pagar los pea-jes de las ex-Scut de forma sencilla y efectiva, y el impago de pequeños importes ha ido escalando, por mor de las multas, sanciones e intereses, hasta cantidades astronómicas que

alcanzan, en algún caso, el medio millón de euros.

los medios de defensa no son mu-chos. Por un lado, según el supuesto, puede argumentarse la prescripción de las sanciones en virtud de la ley 25/2006, de 30 de junio, prestan-do especial atención a los cambios introducidos por la ley 64-B/2011, de 30 de diciembre. Por otro, y ante la diferencia en los medios de pago, podría argumentarse una posible discriminación contra los vehículos de matrícula extranjera.

No obstante, este último punto debe tomarse con cautela, pues en este momento son varios los disposi-tivos al alcance de los conductores de vehículos con matrícula extranjera, como puede verse en la página web www.portugaltolls.pt. Asimismo, los dispositivos españoles (por ejem-plo, ViA-t) ya son interoperables en la red portuguesa, y los dispositivos Via Verde lo son en algunas autopis-tas españolas. Es recomendable cer-ciorarse de la interoperabilidad antes de salir de viaje.

Por último, los conductores resi-dentes en Portugal, sean de la na-cionalidad que sean, también deben guardar especial cuidado. El crédito por el impago del peaje tiene natura-leza fiscal, lo que significa que su co-bro lo ejecuta la administración tri-butaria con las mismas herramientas con las que cobra sus impuestos. Y ya sabemos las consecuencias que una deuda fiscal supone para empre-sas y particulares: imposibilidad de participar en concursos públicos o acceder a subvenciones, entre otras. Así que, ¡mucho ojo al volante!

La guerra del peaje Por Antonio viñal menéndez-Ponte*

* Partner da Antonio Viñal & Co. Abogados. Lisboa

Email: [email protected]

Page 47: Actualidade Economia Ibérica 214

AdvocAcIA e FIscALIdAdeaBogacÍa Y Fiscalidad

A segunda edição da Revista “Arbitragem

Tributária”, recentemente editada e que

marca o início do quarto ano de vigência

do Regime da Arbitragem Tributária, abor-

da de novo a questão da delimitação do

âmbito material de aplicação da arbitragem

tributária. Por outro lado, a publicação es-

pecializada, da responsabilidade do Cen-

tro de Arbitragem Administrativa (CAAD),

explana ainda a pertinência do eventual

alargamento desse âmbito aos impostos

indiretos que incidem sobre bens sujeitos a

direitos de importação, às taxas e às contri-

buições setoriais. São também abordadas

as especificidades do regime de prazos do

procedimento e do processo arbitral tribu-

tário, no confronto com o regime homólogo

do CPPT e as normas especiais previstas

no Código do IRS.

Coordenada pelo presidente do CAAD,

Nuno Villa-Lobos, e pela

jurista do CAAD Tânia

Carvalhais Pereira, a

revista “Arbitragem Tributária”

tem como propósito ser “um ponto de

encontro de diversas sensibilidades e um

estímulo ao debate, de olhos postos nos

mais recentes desenvolvimentos nesta

matéria”, tendo em conta o crescimento

que este regime está a ter.

» Filipe Escobar (na foto) é o novo associado sénior da RFF & Asso-ciados. Licenciado pela Faculdade de Direi-to da Universidade Lusíada e pós-graduado em Assessoria Jurídica de Empresas pela Universidade Católi-ca Portuguesa, Filipe Escobar conta com 13 anos de experiência em assessoria empresarial. O novo asso-ciado integra, agora, a RFF & Associados, sociedade especializada em direito fiscal, aduaneiro e empresarial (tax & business), com o intuito de proporcionar solu-ções mais integradas aos seus clientes empresariais, nacionais e internacionais.Entretanto, a sociedade liderada por Rogério Fernandes Ferreira passou a contar também com um novo advo-gado na sua equipa, Gonçalo Grade. O novo advogado

estagiário passou antes pela Martins Alfaro, Rui Teixeira & Associados e mais recentemente pela Abreu Advoga-dos, de onde transita agora para a RFF & Associados.

» Os sócios da PLMJ Pedro Melo, coordenador da área de prática de Direito Público, e Luís Sobral, co-ordenador da área de prática de Direito do Trabalho, foram distinguidos com o Prémio Client Choice Awar-ds 2015 atribuído pelo International Law Office (ILO).

“Este prémio internacional, entregue desde 2005, re-conhece o excelente serviço e dedicação ao cliente dos advogados da PLMJ, tendo em conta a trans-parência, qualidade do aconselhamento jurídico, res-ponsabilidade, comunicação eficaz, entre outros cri-térios”, sublinha a sociedade de advocacia. O prémio resulta da escolha de mais de dois mil clientes que são contactados pelo ILO.

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da

Silva & Associados (MLGTS) foi, pelo quinto

ano consecutivo, distinguida nos prémios

“Client Choice”, juntando-se assim aos me-

lhores escritórios de advocacia do mundo

agraciados pela International Law Office.

A título individual, a MLGTS é distinguida em

duas categorias, tendo sido destacados os

melhores advogados nas suas áreas de

atuação, ambos pelo segundo ano con-

secutivo: Miguel de Almada, na área de

arbitragem, e Francisco Cortez, na área de

contencioso (ambos na foto).

Francisco Cortez colabora com a socieda-

de desde 2006, sendo sócio desde 2007.

Atualmente coordena uma das equipas de

contencioso e arbitragem e coordena o

grupo de direito do desporto da sociedade.

Com larga experiência de contencioso nas

suas várias vertentes, em especial na área

do contencioso civil, comercial e societário.

É responsável por diversos processos ju-

diciais e de arbitragem voluntária, tal como

Miguel de Almada.

Este sócio, igualmente com larga experi-

ência na área da resolução de litígios, tem

focado a sua prática sobretudo na área do

contencioso civil e comercial e em arbitra-

gens, internas e internacionais, a par com

a intervenção em processos de natureza

penal e contraordenacional. É, também,

membro da Comissão de Gestão do Cen-

tro Concórdia-Centro de Conciliação, Me-

diação de Conflitos e Arbitragem.

mLgts distinguida nos “client choice Awards”

revista “Arbitragem tributária” aborda eventual alargamento deste regime

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em trânsito:Textos Actualidad€ [email protected]

Page 48: Actualidade Economia Ibérica 214

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cALendárIo FIscAL calendario Fiscal

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 F 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 F 26 27 28 29 30

>

AbrilPrazo

Até

Imposto Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da

obrigação

Observações

10 IVA Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em fevereiro/2015

Contribuintes do regime normal mensal

10 Segurança Social Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de março/2015

Entidades empregadoras

10 IRS/IRS Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a março/2015

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (incluindo os rendimentos isentos ou excluídos da tributação)

20 IRS/IRC/ SELO Pagamento das retenções de IRS e IRC efetuado ou imposto do selo liquidado em março/2015

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20 Segurança Social Pagamento das contribuições relativas às remunerações de março/2015

Entidades empregadoras

20 IVA Envio da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em março/2015, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É também aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE

20 IVA Envio da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 1º trimestre/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É ainda aplicável aos sujeitos passivosdo IVA, isentos ao abrigo do artº 53º doCIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados membros da UE

25 IVA Comunicação dos elementos das faturas emitidas em março/2015

Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)

A comunicação deverá ser efetuada por uma das seguintes vias: - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT;- Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através da aplicação no Portal das Finanças;- Por recolha direta no Portal das Finanças.

30 IRS/IRC Envio da declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição por sujeitos passivos não residentes, em fevereiro/2015

Entidades devedoras dos rendimen-tos

O momento da obtenção do rendimento pode ser no ato do pagamento, do vencimento, ainda que presumido, da sua liquidação ou do apuramento do respetivo quantitativo, consoante a natureza do rendimento.

30 IMI Pagamento da nota de cobrança do IMI relativo ao ano de 2014

Entidades que sejam proprietárias de imóveis em 31.12.2014

Uma única prestação (em abril) se o montante for igual ou inferior a 250€; duas prestações ( em abril e novembro) se o montante for entre 250€ e inferior a 500€; três prestações (em abril, julho e novembro) quando o montante for superior a 500€

30 IRS Declaração anual de rendimentos mod. 3

Sujeitos passivos do IRS, que hajam recebido, em 2014, rendimentos das categorias A e H

Por transmissão eletrónica de dados

30 IVA Pedido de restituição do IVA suportado em 2014 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos do IVA Pode ainda ser enviada até 30 de setembro

Page 49: Actualidade Economia Ibérica 214

49n o v e m b r o d e 2 0 1 4 actualidad€

BoLsA de trABALhoBolsa de traBajo

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho

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Código Sexo Data de Nascimento Línguas Área de Atividade

BE140236 M 07/07/1966 INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL TÉCNICO DE FORMAÇÃO/ RH/ SST/ FORMADOR/JURISTA/AUDITOR

BE140237 F INGLÊS DIREITO

BE140238 F 04/06/1985 FRANCÊS/ INGLÊS/ EUSKERA DIREITO / COMÉRCIO INTERNACIONAL

BE140239 M 09/10/1981 INGLÊS ECONOMIA

BE140240 F 10/06/1992 PORTUGUÊS/ INGLÊS/ POLACO/ MANDARIM COMÉRCIO INTERNACIONAL

BE140241 F INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

BE140241 F INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

BE140242 F INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL PSICÓLOGA / DOCENTE

BE140243 F 22/09/1983 INGLÊS TÉCNICA DE RECURSOS HUMANOS

BE140244 F INGLÊS TÉCNICA DE SERVIÇO SOCIAL

BE140245 F 14/07/1985 PORTUGUÊS/ INGLÊS CARREIRA JUDICIAL FISCAL

BE140246 M 02/02/1981 INGLÊS/ FRANCÊS TURISMO

BE140247 F 26/07/1985 ESPANHOL/ PORTUGUÊS PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E PRIMÁRIA

BE140248 F 24/10/1980 INGLÊS/ ITALIANO/ ALEMÃO/ PORTUGUÊS DEPARTAMENTO COMERCIAL

BE140249 F 15/07/1992 INGLÊS/ ESPANHOL/ COREANO RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE140250 M INGLÊS/ PORTUGUÊS PROJETOS DE ENERGIA

BE140251 F 24/01/1972 INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ ALEMÃO JORNALISTA/ CRIAÇÃO E GESTÃO DE CONTEÚDOS/ COPY

Page 50: Actualidade Economia Ibérica 214

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eventos eventos

“A s condições de segurança existentes em Portugal contribuíram para o crescimento assinalável do turismo, uma área

crucial para a economia portuguesa e, desta forma, a segurança apoiou o

espírito de iniciativa e o investimento dos empresários do setor”, afirmou a ministra da Administração interna, Anabela Rodrigues, num almoço or-ganizado pela câmara de comércio e indústria luso-Espanhola (ccilE), no passado dia 3 de março, em lis-

boa. A governante fez questão de su-blinhar que o trabalho que tem sido feito pelo seu ministério tem gerado

“resultados positivos, para enorme be-nefício do país”, já que a segurança é um dos fatores mais sensíveis para a dinamização da economia, advogou:

“Portugal é um dos países mais seguros do mundo”A ministra da Administração Interna cita as estatísticas para sublinhar a redução da criminalidade em Portugal e o consequente efeito positivo sobre a economia, nomeadamente em setores como o turismo. Num encontro promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, Anabela Rodrigues salientou ainda o bom trabalho de cooperação entre Portugal e Espanha no capítulo da segurança.

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Textos Actualidad€ [email protected] Fotos Sandra Marina Guerreiro [email protected]

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eventoseventos

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“A segurança tem um valor absoluto, ímpar e insubstituível enquanto área de soberania do Estado. Ela é impres-cindível para que os cidadãos possam exercer na plenitude os direitos, li-berdades e garantias constitucional-mente consagrados. No entanto, a segurança tem igualmente um valor instrumental, que não a diminui. Muito pelo contrário. Sabemos que o crescimento económico depende de uma relação duradoura entre diversos fatores, da educação à ciência, da tec-nologia à inovação, do investimento à criação de emprego, entre outros. Ora, nada disto será possível se não existir um ambiente que garanta a segurança de pessoas e bens, que as-segure o respeito pelo espaço público e pela propriedade privada. Por isso, a segurança constitui uma condição de base para o bem-estar social e para o desenvolvimento de uma economia estável e sustentada.”

Anabela Rodrigues frisa que “num momento particularmente difícil da história do país, a aposta na segu-rança como vetor estratégico da recu-peração económica nacional revelou-se da maior importância”, já que “só a existência de um ambiente de con-fiança, do qual a segurança é uma parte ativa, convida ao risco de ino-

var, à vontade de investir, à criação de valor para a nossa economia”.

A ministra lembrou que, ao con-trário do que alguns vaticinavam, a violência e o crime estão mais baixas agora do que antes do programa de assistência económica e financeira:

“Findo o programa, podemos dizer que nenhum dos cenários catastrofis-tas se materializou. A criminalidade geral e a criminalidade violenta e gra-ve têm vindo a descer, de forma inin-terrupta e consistente, desde 2008. Aliás, 2013 foi mesmo o melhor ano dos últimos 10 no que respeita à que-da da criminalidade participada em Portugal. Não dispomos ainda de nú-meros finais quanto ao ano de 2014, mas os dados provisórios são muito animadores e parecem confirmar esta tendência de queda assinalável e continuada da criminalidade.” A mi-nistra lembrou que “de acordo com diversos estudos e indicadores inter-

“Só a existência de um ambiente de confiança convida

ao risco de inovar, à vontade de investir, à criação de valor

para a nossa economia”

Page 52: Actualidade Economia Ibérica 214

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eventos eventos

nacionais, Portugal é dos países mais seguros do mundo”.Aos empresários presentes neste

encontro, a ministra disse que “a re-dução da criminalidade representa uma mais-valia que merece ser desta-cada, sobretudo se interpretada à luz do difícil momento económico que o país atravessou e à luz dos desafios vindouros”.

A responsável pela pasta da segu-rança, salientou que a redução da criminalidade se deve, em parte, “à maturidade cívica dos portugueses e ao seu inabalável sentido de respon-sabilidade”, mas também “ao pro-fissionalismo, ao espírito de missão, à dedicação e ao brio das forças de segurança nacionais”. A ministra des-tacou que “o Governo assumiu como objetivo estratégico a melhoria das condições operacionais das forças de segurança”, salvaguardando “o esfo-

rço de contenção orçamental”. Entre outras medidas, a ministra enume-rou: a admissão anual de novos ele-mentos para a PSP e para a GNR; a reorganização, em conjunto com as forças de segurança, dos dispositivos territoriais para libertar elementos

policiais de serviços administrativos, colocando-os em funções operacio-nais, junto da população; o investi-mento na aquisição de viaturas e na melhoria de infra-estruturas, reabi-litando e construindo novas insta-lações para a PSP e para a GNR de norte a sul do país; bem como o in-vestimento na “operacionalização de tecnologia, muita da qual presa em ineficiências e em bloqueios adminis-trativos, do qual o Sistema integrado de Vigilância e controlo costeiro é um bom exemplo. A ministra re-cordou que este sistema se destina também à proteção de uma parte da fronteira externa da união Europeia, tendo Portugal adotado uma solução tecnológica que é compatível com o sistema espanhol. “Por isso, na gestão da segurança de fronteiras, Portugal e Espanha são hoje um excelente exemplo de cooperação diária, o que

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“A redução da criminalidade

representa uma mais-valia, sobretudo se interpretada à luz do difícil momento

económico que o país atravessou e à luz dos

desafios vindouros”

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eventoseventos

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muito beneficia os nossos dois países e os nossos povos”, afirmou.

O mesmo sublinhou o embaixador de Espanha em Portugal, Eduardo Junco, corroborando que “há ameaças comuns aos dois países”, pelo que a cooperação transfronteiriça no capí-tulo da segurança é essencial.Anabela Rodrigues foi empos-

sada ministra da Administração interna em novembro de 2014, tornando-se a primeira mulher a

exercer este cargo em Portugal. doutorada em ciências jurídico-

criminais e professora catedrática da Faculdade de direito da uni-versidade de coimbra, Anabela Rodrigues foi diretora do centro de Estudos Judiciários e Presidente da “comissão para a Reforma do Sistema de Execução de Penas e Medidas” e da “comissão de Re-forma da legislação sobre o Pro-cesso tutelar Educativo”.

01.A ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues

02.André Stock, Nuno Meleças, Juan Santos, João Paulo Rodrigues, João Cabral de Melo e Nuno Ramos

03.Miguel Costa, João Martins e Luís Peixoto

04. João Gaspar da Silva, Anabela Rodrigues e Eduardo Junco

05.António Vieira Monteiro e Anabela Rodrigues

06.Guillermo Soler, Simone Veiga, Adolfo Abascal e Ana Ricart

07.Piedad Viñas, Julia Llata, Monica Ariza e Luisa Cinca

08.José Pulido Valente, João Gaspar da Silva e Ángel Vaca

09.Anabela Rodrigues, Eduardo Junco, Enrique Santos e Maria Celeste Hagatong

10.Reuben Mifsud, Carla Aguiar e Susana Santos

11.José Catarino Tavares, Ricardo Sampaio e Javier Gallego

12.Alberto Charro, Jorge Leitão e José Coutinho

13.Alberto Laplaine de Guimarães, Diogo Tavares e Miguel Gil

14.José Aser Castillo, Sofia Sousa e Sónia Martinho

15.Piedad Viñas, Gonçalo Salazar Leite, Carla Taborda e Paulo Pina

“Na gestão da segurança de

fronteiras, Portugal e Espanha são hoje um

excelente exemplo de cooperação

diária”

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vInhos & gourmet vinos & gourmet

O s apreciadores do setor vinícola e os futuros profissionais de turismo são

o público-alvo do “Manual técnico de Vinhos”, lançado pelo turismo de Por-tugal, em parceria com a ViniPortugal. Elaborado por formadores das Escolas de Hotelaria e turismo, o novo ma-nual é considerado de interesse geral para apreciadores e contém informa-ção técnica e prática sobre a produção e apresentação dos vinhos, apoiando a formação dos futuros profissionais do turismo, em áreas como as técnicas de tratamento de vinho, os processos de vinificação, os constituintes do vinho, as técnicas de organização de garrafei-ras nos estabelecimentos hoteleiros, ou ainda a importância das videiras e suas castas.O “Manual técnico de Vinhos” que contou com a colaboração do enólogo

carlos Freire correia e com a colabora-ção técnica da ViniPortugal, através da enóloga Marta Galamba, está à venda nas Escolas de Hotelaria e turismo e na respetiva sede do turismo de Portugal. João cotrim de Figueiredo, presidente do turismo de Portugal, destaca que este manual “irá, por certo, comple-mentar a formação de elevada qualida-de que já é ministrada nas Escolas de Hotelaria e turismo, com uma aposta mais forte no conhecimento técnico e prático dos vinhos portugueses, fator cada vez mais importante na valoriza-ção do serviço associado ao turismo.”“Acreditamos que o bom serviço de vi-nho é um forte aliado para promover o melhor consumo de vinho. Os vinhos de Portugal conseguiram assegurar uma elevada consistência da qualidade. impõe-se porém continuar a trabalhar

no maior conhecimento e reconheci-mento por parte do consumidor que podem ser impulsionados pelo bom serviço associado a um correto acon-selhamento”, adianta, por seu turno, Jorge Monteiro, presidente da ViniPor-tugal.

A Quinta do crasto, produtor de vinhos e azeites da região do

douro, volta a estar em destaque na imprensa internacional, tendo alcan-çado pontuações elevadas nas notas de prova do site de Robert Parker, um dos mais influentes críticos de vinhos inter-nacional e cujas escolhas resultam em fenómenos de vendas. O provador, Mark Squires, conhece-dor dos vinhos portugueses, conside-ra mesmo que os vinhos da Quinta do crasto estão “entre os melhores de 2012, um ano que revelou bons e refrescantes vinhos, mas poucos que sejam verdadeiramente surpreenden-tes”. Segundo o crítico, os vinhos da Quinta do crasto “são fiéis ao conceito vintage: frescos, revigorantes, com boa acidez”, concluindo que se trata “acima

de tudo, de uma gama de vinhos char-mosa, com sabores intensos”. A escala de pontuações inicia com os 90 pontos ao crasto Superior tin-to 2012, um vinho produzido com as uvas da propriedade do crasto no douro Superior, a Quinta da cabrei-ra. “Simplesmente delicioso”, afirma Mark Squires, acrescentando que “no momento e nos próximos anos, este é um infalível conquistador de multi-dões, embora, também valha a pena guardar”. com 91 e 92 pontos surgem os monocastas da Quinta do crasto, touriga Nacional 2012 e tinta Ro-riz 2012, respetivamente. Para Mark Squires, o touriga Nacional é “absolu-tamente encantador, fresco e aromáti-co, refinado e bem equilibrado”. Sobre o tinta Roriz, Squires destaca a “bela

textura” e “frescura surpreendente”. Já o Quinta do crasto Reserva Vi-nhas Velhas 2012 recebeu 93 pontos, considerado pelo especialista “sem dúvida, o vinho com melhor relação qualidade/preço entre as colheitas de 2012 do crasto e muito perto de ser o melhor vinho da gama também”. Por fim, o grande elogiado da nota de prova é o Quinta do crasto Vinha da Ponte 2012, um vinho super premium, apenas produzido em anos excecionais, com as melhores uvas de uma das vinhas mais antigas da Quinta do crasto: a Vinha da Ponte. Mark Squires descreve-o como “o vinho com maior concentração entre os seus pares da colheita de 2012” e “maior potencial de guarda”, considerando o melhor vinho entre as colheitas da Quinta do crasto de 2012.

turismo de Portugal lança “manual técnico de vinhos”

robert Parker coloca vinhos da Quinta do crasto “entre os melhores de 2012”

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vInhos & gourmetvinos & gourmet

Ovinho Visconde de Borba Reserva 2010, do produ-tor alentejano Marcolino Sebo, conquistou duas

medalhas de ouro, na “Prodexpo 2015”, realizada em Moscovo (Rússia), e na “Vinalies internacional 2015”,

em Paris (França), dois certa-mes do mais alto nível mun-dial no setor. No concurso de Moscovo, par-ticiparam 218 produtores rus-sos e estrangeiros, de 22 países, com mais de mil bebidas. O concurso de Paris contou com a participação de produtores de 32 países, que apresentaram mais de 3.500 vinhos. de refe-rir que foram atribuídas, nesta prova, 302 medalhas de ouro, das quais 25 a vinhos portu-gueses (12 vinhos do Porto e 13 vinhos de mesa).O Visconde de Borba Reserva 2010 é um dOc Alentejo de 15º de volume, composto pe-las castas Aragonez, Alicante Bouschet, trincadeira e tinta caiada, típicas da região. Es-tagiou 12 meses em barrica de carvalho francês e americano e depois em garrafa. Aconselha-se para acompanhar pratos tradicionais, sobremesas e queijos, servido a uma tem-peratura de 18-20º c.Apresenta uma cor granada intensa ligeiramente evoluída, aroma complexo de fruta ma-dura, notas de compota, amei-

xa e baunilha. Na boca é um vinho cheio, encorpado, macio, com taninos firmes e redondos e um final de prova bastante persistente. O Visconde de Borba Reserva 2010 foi produzido sob a supervisão técnica do enólogo Jorge Santos.

visconde de Borba reserva 2010 conquista duas medalhas de ouro

REDUÇÃO DE CUSTOS LABORAIS EM TEMPOS DE CRISE09 de abril / 10h00 - 13h00

Perante a atual conjuntura económica, os custos laborais apre-sentam um encargo cada vez maior nas atividades das em-presas, pelo que se torna essencial dominar de forma ágil os diferentes expedientes que permitam reduzir os custos dessas diferentes atividades económicas e maximizar os recursos.

PROGRAMA:I. Medidas Laborais de Redução de CustosII. Mecanismos de Flexibilização da Relação LaboralIII. Organização do Tempo de TrabalhoIV. Critérios da Revisão da Contratação de PessoalV. Características das Situações de Pré-Reforma e Reforma

ORAdORA: Dra. Fátima Cascais (Advogada da Eduardo Serra Jorge e Maria José Garcia - Sociedade de Advogados, RL)

PREÇOS:Associados: 30€ * Não associados: 50€ (Isento de IVA)

O IMPACTO DA FISCALIDADE VERDE

20 de abril / 10h00 - 12h30Com o início de 2015, assistimos a uma verdadeira revolução com a entrada em vigor da designada Fiscalidade Verde apro-vada pela Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro. Decorrem da Lei, alterações que irão ditar a adoção de medidas com o ob-jetivo de promover padrões de produção e de consumo mais sustentáveis do ponto de vista ambiental, contando para isso com a introdução de novas taxas e o agravamento de impos-tos, mas também a criação de incentivos fiscais para a promo-ção de práticas mais amigas do ambiente.

PROGRAMA:I. Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) II. Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)III. Imposto sobre veículos (ISV)IV. Impostos especiais de consumo (IEC) - Aumento da tributação sobre produtos petrolíferos e energéticosV. Outras contribuições - Sacos de plásticos levesVI. Património - Aspetos mais relevantesVII. Benefícios fiscais

ORAdORA: Dra. Adelaide Moura (Managing Partner e Advogada da A.M.Moura Advogados, RL)

Sessão gratuita.

Para mais informações: Joana Santos Tlf. 213509310/6 * E -mail: [email protected]: www.portugalespanha.org

CCILE Temática

Textos Actualidad€ [email protected]

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setor ImoBILIárIo sector inmoBiliario

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In memorIAm in memoriam

E lena Palacios de Maristany era hija del emi-nente físico español Julio Palacios, profesor

de la Universidad Complutense de Madrid. Su erudición le permitía cartearse con el genio físico de Ulm, Albert Einstein, sobre distintos temas dentro de esta área, como pude constatar perso-nalmente durante mis estudios de ingeniería en esa universidad.

Pero, este profesor no solo se interesaba por la física sino que también vivía intensamente los acontecimientos de su país, España. Sus ideas le llevaron a la profunda convicción de entender a la monarquía como la mejor alternativa para de-volver la democracia a España después de la Guerra Civil de 1936. Este convencimiento y su posicionamiento activo ante esta realidad le llevó a entrar en el Consejo Privado de Don Juan de Borbón, Conde de Barcelona, lo que tras el enfren-tamiento de éste con el general Franco y siendo consecuente con sus ideas, le llevó a autoexiliarse a Portugal, donde había pasado a residir el responsable de la corona. Es así como la joven Elena Palacios, madrileña, ex alumna del colegio de las irlandesas, vino a parar a Lisboa.

Su juventud, inteligencia y simpatía hizo que en poco tiempo aprendiera el idioma de estas tierras e hiciera múl-tiples amistades que rápidamente le permitieron introdu-cirse en la sociedad portuguesa, situación ésta que le sería de mucha utilidad cuando llegó a ejercer de Presidenta de la Sociedad Española de Beneficencia.

Por otro lado, también antes del golpe militar de 1974, conocido históricamente como la Revolución de los Clave-les, vino también a Portugal de la mano de Juan Antonio Samaranch, posteriormente Presidente del COI, el joven catalán Salvador Maristany para trabajar en el sector tex-til, que posteriormente se convertiría en el marido de Ele-na, y que terminaría su vida profesional como Presidente de Cepsa en este país.

Cuando yo llegué a Portugal, a principios de los años 80 del siglo pasado, el matrimonio estaba ya muy radicado en Portugal, formaban parte de la élite de nuestra colonia,

él era el presidente de la Cámara de Comercio e Industria Luso-Española y ella la presidenta de la Sociedad Española de Beneficencia.

En esos años esta sociedad (la Beneficencia), ha-cía completamente honor a su nombre. Era una residencia para la tercera edad, donde recalaban

personas, mayoritariamente españolas de menguados re-cursos económicos.

El poco dinero que podían aportar los residentes y el tra-bajo caritativo de las hermanas de la Caridad, que lleva-ban el día a día del funcionamiento del asilo, no llegaba para cubrir el presupuesto de la institución y es ahí donde Elena Maristany jugó un papel determinante. El principio que tenía de ayudar a los que no habían tenido las mismas oportunidades que ella tuvo en su vida, le empujó a apro-vechar las múltiples relaciones que frecuentaba, tanto por-tuguesas como españolas para, dedicando muchas horas de su vida, captar fondos para la institución que presidía, bien fuera a través de nuestra embajada española en Lisboa, que siempre fue generosa con esta institución, bien fuera a través de cenas y rifas sociales luso-españolas. El apoyo de su marido en esta labor fue siempre incondicional.

Fue precisamente en una cena de esta índole, en el Hotel Altis donde conocí a Elena, en uno de mis primeros viajes que hice a Lisboa, antes de radicalizarme definitivamente en este país, sería hacia el año 1980 ó 1981. El local del evento estaba a rebosar y ella con la elegancia y soltura con que se movía iba de mesa en mesa haciendo su papel para recoger el dinero que para las hermanas era fundamental para su labor diaria con los ancianos.

No sé cuantos años exactos estuvo Elena de Presidenta de la Beneficencia, pero si sé que fueron muchos y que su esfuerzo y dedicación han sido decisivos para que hoy podamos estar or-gullosos de que esta institución mantenga las puertas abiertas.

Descanse en paz una gran señora y amiga.

Francisco Dezcallar

In MemoriamElena Palacios de Maristany

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setor ImoBILIárIosector inmoBiliario

Sponsors OficiaisCâmara de Comércio e Indústria

Luso-Espanhola

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Oano em curso começou com um otimismo reforçado no mercado

imobiliário nacional. O imovirtual Market index (iMi), indicador que reflete a expetativa dos agentes imo-biliários em Portugal, desenvolvido em parceria com a REV consultants, iniciou 2015 com uma curva de mer-cado positiva.Em janeiro, o tempo de colocação de imóveis residenciais para venda fixou-se nos 12 meses, mantendo-se praticamente inalterada face ao mês anterior, e o tempo médio de arren-damento foi de 4,5 meses, apresen-tando um ligeiro aumento face ao mês transato (3,7 meses).Por outro lado, 45% dos inquiridos mencionou que se registou um au-mento de visitas de potenciais inte-ressados. A instabilidade do mercado de traba-lho, referida por 49% dos inquiridos, assim como as restrições ao finan-ciamento bancário, apresentada por 43% dos inquiridos, foram os princi-pais fatores socioeconómicos eviden-ciados no mês de janeiro, adiantam

os dados do índice da imovir-tual.Pela primeira vez, a desade-quação do produto imobiliário em relação à procura (41%) foi destacada como um obstáculo, em lugar do fator “diminuição do poder de compra” habitual-mente referido.Relativamente a expetativas futuras, 70% dos inquiridos pressupõe uma melhoria da atividade, sendo que apenas 2% acredita na deterioração das con-dições em que o mercado imobiliário opera, pessimismo que se reprimiu no mês em análise.

Mercado de escritórios também ganha dinamismo também no segmento de escritórios se tem registado uma forte dinâmica, desde o início do ano, com a insta-lação de novas empresas e multina-cionais nos principais centros em-presariais do país. um exemplo foi a recente colocação da Makalos no edifício Art’s Business & Hotel cen-

tre, no Parque das Nações em lisboa (na foto).A sede da operadora sueca de call-centres ocupa 425 metros quadrados no referido edifício.A cBRE, que apresentou o edifício Art’s à Makalos, e a c&W, que re-presentou o proprietário do imóvel creditSuisse, foram as consultoras responsáveis por esta operação de arrendamento. O edifício Art’s e os amplos serviços de apoio que a zona do Parque das Nações oferece foram determinantes para a escolha na ins-talação desta multinacional.

Ano arranca com forte otimismo no mercado imobiliário nacional

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setor ImoBILIárIo sector inmoBiliario

A câmara Municipal de lisboa já colocou à venda os terrenos da an-

tiga Feira Popular, como tinha anun-ciado que pretendia fazer. Para pro-mover a operação, a autarquia criou uma plataforma online em português e inglês. Os terrenos, com uma área de 143 mil metros quadrados e lo-calizados na zona de Entrecampos, estão avaliados em cerca de cem mi-lhões de euros. Este espaço é “uma oportunidade única para desenvolver um projeto imobiliário de grande di-mensão no centro de lisboa”, argu-menta a autarquia na sua página na internet. O site descreve a zona onde ficava o antigo parque de diversões como o central business district da capi-tal, uma área “com grande potencial imobiliário, consolidada a nível resi-dencial e com uma elevada oferta de serviços, comércio e lazer”, onde se

destaca “a boa oferta hoteleira e um conjunto de edifícios de escritórios de boa qualidade”. Os pormenores do projeto serão revelados nos próximos meses, mas prevê-se a possibilidade de constru-ção de habitação, serviços, retalho e hotelaria, adianta, para já, a au-tarquia. Os terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer são hoje detidos pela câmara Municipal de lisboa, na sequência de um acordo com a Bragaparques.

A Sonae Sierra vai iniciar os tra-balhos de renovação do centro

Vasco da Gama, num projeto que prevê um investimento de oito mi-lhões de euros, para “elevar a qua-

lidade da experiência de visita ao centro comercial e acrescentar valor à extensa variedade e qualidade da oferta comercial”. Esta renovação deverá estar concluída no início de 2016 e incidirá “no interior do centro com uma forte aposta na ar-quitetura e design de inspiração nos oceanos e nas viagens em grandes transatlânticos”. Em comunicado, a Sonae Sierra ga-rante que “os trabalhos vão decorrer de forma faseada ao longo do ano e sem afetar o normal funcionamen-to do centro”.

terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa à venda

sonae sierra investe oito milhões na renovação do centro vasco da gama

compra de casa por estrangeiros pode criar 120 mil empregosEm 2014, os estrangeiros com-praram 25 mil casas, fazendo um investimento de quase cinco mil milhões de euros na economia nacional, de acordo com um es-tudo da Associação Portuguesa de Resorts. Os indicadores da APEMiP, citados pelo estudo, dão ainda conta que o investi-mento estrangeiro em habitação representou um encaixe de 230 milhões de euros em impostos e outros mil milhões em gastos relacionados com a manutenção e utilização das casas. O progra-ma dos vistos gold representou 10% dos imóveis vendidos e um terço do valor aplicado na com-pra desses mesmos ativos.Segundo o estudo, Portugal ainda só detém 5% da quota do mercado europeu de segunda ha-bitação para estrangeiros. Ainda assim, a Associação Portuguesa de Resorts acredita que é possível duplicar essa posição. com a venda de 50 mil imóveis por ano a partir de 2015, seria possível gerar receitas na ordem dos 10 mil milhões de euros e criar 120 mil empregos por ano em território nacional. Por sua vez, as receitas em impostos di-retos escalariam para os 500 mi-lhões de euros.Para diogo Gaspar Ferreira, pre-sidente da Associação Portuguesa de Resorts, “o turismo residencial é o segmento com maior poten-cial de atração de investimento direto externo”.

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setor ImoBILIárIosector inmoBiliario

calle serrano: el metro cuadrado más caro de españa

El precio de alquiler más caro de Espa-ña se paga en la calle Serrano, en Ma-

drid, a razón de 32 euros al mes el metro cuadrado, seguido por el Paseo de Gracia de Barcelona, donde el metro cuadrado se sitúa en 29 euros al mes. Según un es-tudio elaborado por tecnitasa, después de esas calles emblemáticas de Madrid y Barcelona, son las de Pamplona las de precio más elevado en España, por enci-ma de los 25 euros al mes el metro cua-drado. con un coste mayor de 17 euros el metro cuadrado se sitúan Santander, Marbella y cádiz, y reemplazan en esa lista de alquileres más caros a la coruña, San Sebastián y Bilbao.El estudio concluye que los precios de las viviendas en alquiler continúan en des-censo en España, sin embargo esas ba-jadas son más significativas en las zonas más caras, mientras que los precios en los barrios más económicos muestran ligeras subidas. una vivienda de alquiler en ca-lles emblemáticas de Madrid, Barcelona, Pamplona, A coruña, San Sebastián o Bilbao se sitúa por encima de los dos mil euros al mes. Esos datos contrastan con los valores arrojados por los barrios más baratos de Alicante, Elche, Almería, cas-tellón, Granada, Huelva o torrent, donde aún es posible alquilar una vivienda por debajo de los 200 euros al mes.

El consejero delega-do de Metrovacesa,

carlos García león ha presentado el docu-mento de modificación puntual del PGOu de tarifa, primer paso para el planeamiento de las 17 hectáreas de terrenos que albergarán la futura ciudad del Surf. En la presentación, presidida por el alcal-de de la localidad tarifeña, Juan Andrés Gil García, el consejero de Metrovacesa destacó la apuesta de la compañía por potenciar el desarrollo urbanístico, tu-rístico, social y económico de tarifa, en unos suelos colindantes con el núcleo urbano, cuya vocación siempre ha sido la de albergar el crecimiento natural de la localidad, tal y como recoge el Plan de Ordenación del territorio (POt) del

campo de Gibraltar. calificada en el plan de protección del co-rredor litoral de An-dalucía como la más cualificada zona de expansión futura de la ciudad de tarifa, la

modificación del PGOu propuesta por Metrovacesa para la llamada ciudad del Surf posibilitará el desarrollo de aloja-mientos turísticos, 7.500 metros cua-drados de zonas comerciales y una zona residencial, además de albergar la futu-ra Escuela de Hostelería. Según carlos García león, la inversión requerida en este plan, que asciende a unos 70 mi-llones de euros, “conllevará la creación de unos 450 puestos de trabajo directos para la localidad, a los que habrán de sumarse los indirectos”, señaló.

La inversión inmobiliaria en retail en España ha crecido un 117% duran-

te el 2014 y ha superado los 2.600 mi-llones de euros, según el informe de cushman & Wakefield sobre el mer-cado global de inversión international investment Atlas. con estas cifras, el Estado español se sitúa en la cuarta posición a nivel continental, después de lograr los mejores resultados de los últimos seis años.El interés de los inversores en retail se ha notado en España, sobre todo en las operaciones efectivas. Estas ce-rraron el año con 2.700 millones de euros, cifra que representó el 40% de la inversión total y se convirtió en el mejor dato de la década. El ejercicio

que más se le acercó fue el de 2007, con cerca de 1.700 millones inverti-dos en esta clase de activos, tan solo el 60% de la cifra alcanzada en 2014.España lideró los países del sur de Eu-ropa y superó a italia, que subió un 65%, y a Portugal, que tuvo un in-cremento del 98%. Aun así, quienes tuvieron un crecimiento mayor fue-ron irlanda (714%), República checa (407%), Austria (328%) y los Países Bajos (207%). Si bien los aconteci-mientos en ucrania han desestabili-zado algunos mercados, gran parte de Europa central y del Este tuvieron un final de año boyante, con fuertes volúmenes en retail en Hungría, Es-lovaquia, Rumanía y Bulgaria.

metrovacesa arranca el planeamiento de la futura ciudad del surf de tarifa

La inversión inmobiliaria en retail en españa crece un 117% durante el 2014

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Segundo o fabricante alemão, o novo cayman é capaz de completar o circuito de Nürburgring, na Alema-nha, em sete minutos e 40

segundos. com essa marca, o cay-man Gt4 apresenta um desempenho similar ao alcançado pelos modelos Mercedes SlS AMG e 997Gt3, fi-cando apenas 2segundos atrás do 991 carrera S e do lexus lFA. O novo modelo não surpreende apenas pela força e agilidade, mas também pela economia, já que o seu consumo mé-dio é de 10 litros/100 km.

No exterior, o cayman Gt4 é claramente diferenciado em rela-ção aos restantes cayman. três distintas admissões, um enor-me spoiler traseiro e uma dupla

ponteira de escape ao centro.O capô foi redesenhado com entra-

das de ar bastante largas, que para além de facilitar a refrigeração, dá-

-lhe um ar mais desportivo. No para--choque dianteiro foi incluído um

novo spoiler integrado. O cayman Gt4 também vem com

uma abertura em ambas as laterais, logo atrás das portas, o que propor-ciona ao modelo um tom maior de agressividade.

Por nuno [email protected]

Porsche Cayman GT4 Herança de família

setor AutomóveL sector automóvil

O Cayman GT4 é o novo membro da família Porsche GT. Esta é a primeira vez que a Porsche introduz uma versão GT com base no Cayman, que herda vários componentes do 911 GT3.Fotos DR

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setor AutomóveLsector automóvil

No interior, os ocupantes ficam bem acomodados e seguros supor-tados pelos bancos ergonómicos e desportivos em couro e alcântara. Para combinar com o conjunto, o volante recebeu acabamento com os mesmos materiais utilizados no banco.

Para completar este pacote “superdesportivo”, o cliente poderá op-tar pelo sistema de travagem em cerâmica, por backets integrais em fibra de carbono, pelo pacote Sport chrono com a aplicação track-Precision ou pelo pacote club Sport.

Para reforçar a dinâmica, pensada para utilização em pista, mas também para utilização quotidiana, a carroçaria está 30 mm mais perto do solo e o sistema de travagem foi igualmente revisto.

uma das características que mais se destaca neste novo cayman, é o facto de usar a unidade motriz igual à usada no 911 carrera S.

São seis cilindros em configuração boxer, 3,8 litros de capacidade e 385 cavalos de potência, menos 15 que no carrera S. Este motor tem acoplada uma caixa manual de seis velocidades, que permite ao cayman acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,4 segundos (me-nos 0,5 segundos do que no cayman GtS de 340cv) e atingir uma velocidade máxima de 295 km/h. Não vai estar disponível a opção tão conhecida e utilizada nos seus “irmãos”, a caixa de velocidades PdK.

O consumo médio anunciado é de 10,3 l/100 km (consumo urba-no de 14,8 l/100 km e extraurbano de 7,8 l/100 km) e emissões de cO2 de 238 g/km.

O novo modelo, já disponível no mercado nacional, conta com preços a partir dos 118.847 euros.

Breves

Texto Clementina FonsecaE-mail [email protected]

Seat Leon X-perience eleito “Melhor Crossover do Ano”O Seat Leon X-perience venceu a eleição de “Me-lhor Crossover”, no âmbito da votação “Carro do Ano/Troféu Essilor Volante de Cristal 2015”, atribuída por 21 jornalistas nacionais da imprensa especializada, assim como da imprensa generalista, rádio e televisão.Esta vitória resultou da análise e avaliação de 32 itens, englobados em 10 áreas, como a qualidade de cons-trução, conforto, segurança, performance, consumo e preço, tendo o Leon X-perience apresentado uma classificação superior à dos seus concorrentes. A distinção junta-se a outras que a gama Seat Leon tem obtido, conquistando, nomeadamente, o título de Carro do Ano, Familiar do Ano, Carrinha do Ano e, agora, Crossover do Ano 2015.Na sua grande versatilidade, o júri levou em consi-deração os 172 milímetros de altura ao solo, bem como a proteção suplementar exterior da carroçaria, o baixo consumo médio (4,2 litros), a extensa autono-mia diesel (superior a 1.300 quilómetros), ou ainda a maior capacidade de carga em tara (521 quilos) e em volume na bagageira (580 litros).O novo crossover da Seat está disponível em três motori-zações distintas, com potências entre 110 CV e 184 CV. O Leon X-perience venceu na categoria “Crossover do Ano” face aos mais recentes lançamentos na clas-se da Kia, Opel e Nissan, tendo sido considerado o concorrente mais polivalente.

Mercado nacional dispara 36% em fevereiro As vendas de veículos ligeiros de passageiros em Portugal progrediram 35,6%, em fevereiro, face ao mesmo mês de 2014, com a venda de 14.300 unida-des, e 31,3% contabilizando todos os automóveis li-geiros e pesados (16.703 veículos).Em termos acumulados, nos dois primeiros meses do ano foram vendidos em Portugal 30.895 veículos au-tomóveis (26.150 dos quais ligeiros de passageiros), o que representou uma subida de 30,7%, adianta a Acap-Associação Automóvel de Portugal.

... e em Espanha cresce 26% O mercado de veículos ligeiros de passageiros em Espanha registou um crescimento de 26,1% em fe-vereiro, totalizando as 86.700 viaturas, “ainda longe, contudo, do potencial do mercado espanhol”, su-blinhou a Anfac. Ainda assim, desde 2010 que não se verificava um volume tão elevado de vendas num mês de fevereiro, destacou a mesma associação, su-blinhado a importância do Plano PIVE, destinado a fomentar a compra de veículos novos, para o cresci-mento que se tem registado no mercado.Nos dois primeiros meses do ano, foram comercializa-dos pouco mais de 154.800 novos veículos ligeiros de passageiros, o que representou um aumento de 26,7%.

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O desemprego na Zona Euro registou uma taxa de

11,2% em janeiro de 2015 face a igual período do ano

passado, representando o valor mais baixo na região

desde abril de 2012. Quanto a Portugal, registou o

terceiro maior recuo na Zona Euro no espaço de um

ano. A taxa recuou 1,7 pontos, para 13,3%, entre

janeiro de 2014 e janeiro de 2015. Os maiores recuos

foram registados em Espanha e na Irlanda, tendo a

taxa recuado 2,1 pontos percentuais em ambos os

países para 23,4 e 10%, respetivamente.

No conjunto da Zona Euro, o desemprego registou

uma taxa de 11,2% em janeiro de 2015 face ao

período homólogo, o que representa uma diminuição

comparativamente com os 11,3% registados em

dezembro. Portugal regista a quinta taxa de desemprego

mais elevada da UE.

A economia da Zona Euro apresenta "uma recuperação sustenta-

da", de acordo com a maioria dos indicadores, afirmou o presi-

dente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, salientando

ainda o relançamento do crédito bancário tanto na procura como

na oferta.

Mario Draghi acrescentou que as medidas de política monetária

adotadas pelo BCE desde meados do ano passado levaram a um

relaxamento significativo das condições financeiras e protegeram o

euro dos efeitos de segunda volta da queda do preço do petróleo.

O PIB da Zona Euro deverá crescer 1,4% este ano e 2% em 2016,

impulsionado pela Alemanha, de acordo com as novas estimati-

vas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Eco-

nómico (OCDE), que deixa um alerta para os riscos de uma de-

pendência excessiva da economia mundial da política monetária

expansionista.

O indicador de atividade da eco-nomia portuguesa regressou a

terreno positivo, depois de ter es-tado cinco meses negativo, entre setembro de 2014 e janeiro deste ano. Em fevereiro, voltou, assim, a registar um valor positivo (0,4%), revela o Banco de Portugal. Já relativamente ao indicador coin-cidente de consumo privado, conti-

nua a perder ímpeto desde meados do ano passado e em fevereiro fi-xou-se nos 1,2%, abaixo dos 1,4% de janeiro do corrente ano, adianta o Banco de Portugal. Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procu-ram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico.

A tendência de descida de preços em Portugal, iniciada em

dezembro último e confirmada em janeiro, foi interrompida

em fevereiro, de acordo com dados do Eurostat. A taxa de

inflação em Portugal foi de -0,1% no mês passado, um

valor que compara com -0,4% em janeiro. Face ao período

homólogo, a inflação não sofreu qualquer alteração.

A subida da taxa portuguesa colocou a inflação em Portu-

gal num valor superior ao da média da Zona Euro, que é de

-0,3%, e ao da União Europeia, que está nos -0,2%. Há um

ano, Portugal estava bem abaixo da média, que era, respe-

tivamente, de 0,7% na Zona Euro e de 0,8% na UE.

Assim, a taxa de inflação na Zona Euro subiu em fevereiro,

recuperando face a janeiro, quando estava nos -0,6%, tal

como a taxa da União Europeia (-0,2% em fevereiro, face

a -0,5% em janeiro).

Inflação em Portugal recupera, mas continua negativa

O custo da mão de obra caiu 8,8% em Portugal, no último

trimestre de 2014, face ao mesmo período do ano anterior, o

que representou a maior queda entre os Estados-membros

da União Europeia (UE), divulgou o Eurostat.

De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas

da UE, entre outubro e dezembro de 2014, o preço por hora

da mão de obra cresceu 1,1% na Zona Euro e 1,4% no total

dos 28 países da UE, abaixo dos valores registados no ter-

ceiro trimestre.

Em Portugal, depois de o custo horário da mão de obra ter

aumentado nos segundo e terceiro trimestres (3,2 e 0,5%,

respetivamente), no quarto trimestre regressou às quedas e

a recuar 8,8%.

Na análise desagregada dos dados, verifica-se, assim, um

recuo dos salários e vencimentos de 9,7%, tendo as despe-

sas não salariais diminuído 5,8%.

Portugal com a maior queda do custo de mão de obra na ue

Início do ano confirma recuperação da Zona euro

taxa de desempregoem Portugal volta a recuar

Atividade económica regressa a terreno positivo

BArómetro FInAnceIro Barómetro Financiero

Textos Actualidad€ [email protected]

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Gestão de TempoLisboa, 07 de abril/09h30-13h30

O tempo é o recurso mais escasso de que dis-pomos. Como tal é imprescindível utilizá-lo da melhor maneira possível… Planear de forma eficiente e profissional o trabalho do dia-a-dia é essencial para que se tire o máximo partido

do tempo disponível!Conteúdos Programáticos:I. Desenvolver uma Atitude Mental PositivaII. A Importância do TempoIII. Otimização e Instrumentos para “Ganhar Tempo”IV. Identificar a Relação Pessoal com o TempoV. Pró-ação e DelegaçãoPreços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

Os Despedimentos Coletivos, a Inadaptação e a Extinção do Posto de

TrabalhoLisboa, 08 de abril / 09h30-13h30

É essencial conhecer as regras legais aplicáveis a um despedimento coletivo, as novas regras de despedimento por extinção do posto de traba-lho e de despedimento por inadaptação, bem como os valores das respetivas compensações. Importa também conhecer regras e limites à cessação do contrato de trabalho por acordo entre a entidade empregadora e o trabalhador,

com direito ao subsídio de desemprego.Conteúdos Programáticos:I. Despedimento ColetivoII. Despedimento por InadaptaçãoIII. Despedimento por extinção do Posto de TrabalhoPreços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

A Recuperação do IVA: Novidades do OE2015Lisboa, 10 de abril / 09h30-13h30

As mais recentes alterações legislativas tiveram em vista a recuperação do IVA das cobranças difíceis sem recurso ao tribunal. Importa pois conhecer os prazos, requisitos e procedimentos

a cumprir.Conteúdos Programáticos:I. O regime de dedução/recuperação do IVA aplicável aos créditos vencidos até 31.12.2012II. O novo regime de recuperação para os cré-ditos vencidos após 01.01.2013 e as alterações do OE2015III. Procedimentos para a recuperação do IVA sem recurso ao TribunalIV. Os créditos de cobrança duvidosaV. Os créditos incobráveisVI. Documentos de suporte VII. A certificação pelo ROCIX. Obrigações declarativasX. Prazos para dedução/recuperação do IVA

Preços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

MerchandisingLisboa, 13 de abril/ 09h00-13h00

Numa sociedade em que as atividades comer-ciais estão mais complexas, ajustar o seu espa-ço comercial, empresa ou armazém às necessi-dades e exigências dos clientes é essencial, pois um merchandising deficiente acarreta custos e

não traz mais valias diretas.Conteúdos Programáticos:I. Introdução às Técnicas de MerchandisingII. Tipologia dos pontos de compraIV. Parâmetros de ImplantaçãoV. Meios de ação promocionalPreços:Associados: €140 * Público em Geral: €180

Despedir com Justa CausaLisboa, 14 de abril /09h30-13h30

No despedimento com justa causa a entidade empregadora faz cessar o contrato de traba-lho sem pagar qualquer indemnização ou compensação ao trabalhador, mas tem neces-sariamente de instaurar e instruir um processo disciplinar. Assim, é imperioso que as empresas conheçam as regras legais afim de identifica-rem situações suscetíveis de determinar um despedimento com justa causa ou a mera aplicação de uma outra sanção disciplinar. O desconhecimento das regras de instauração e tramitação de um processo disciplinar pode levar à declaração pelo Tribunal da ilicitude do

despedimento.Conteúdos Programáticos:I. Direitos e Garantias do Trabalhador: Seguran-ça no emprego e em caso de despedimentoII. Deveres dos Trabalhadores e da Entidade PatronalII. O Poder DisciplinarIV. Processo DisciplinarV. Despedimento com Justa CausaVI. Análise de MinutasPreços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

Cobrar ao Estado Lisboa, 14 de abril /14h30-18h30

Cobrar dívidas ao Estado português, compre-endendo a sua administração central e local, não é impossível, mas constitui um dos maiores problemas das empresas nacionais, não só pe-los elevados montantes envolvidos, mas, igual-mente, pelas especiais dificuldades que oferece essa cobrança. Pretende-se, com esta ação de formação, facultar às empresas um conjunto de conhecimentos e técnicas jurídicas que lhes per-mitam obstar ao surgimento ou avolumar das dívidas do Estado e, simultaneamente, cobrar de uma forma mais célere e eficaz as dívidas já

existentes.Conteúdos Programáticos:I. O EstadoII. Direitos e obrigações do Estado nas relações comerciais com os particularesIII. Contratar com o EstadoIV. O Incumprimento pelo EstadoPreços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

Primeiros SocorrosModelo Europeu

15 e 16 de abril09h00-1h00/14h00-18h00

É essencial que nas organizações sejam adota-dos comportamentos que melhorem e protejam

a saúde e segurança em benefício de todos. Conteúdos Programáticos:I. Princípios GeraisII. Como reagir perante Hemorragias, Intoxi-cações, Lesões dos tecidos moles, Queima-duras, Ortotraumatologia e Doença súbitaIII. SBV/ Reanimação cardiorespiratória; Posi-ção Lateral de Segurança (PLS)IV. Desobstrução da Via AéreaV. DAE – Desfibrilhação Automática ExternaPreços:Associados: €200 * Público em Geral: €220

Entrevistas de Recrutamento para

EntrevistadoresLisboa, 17 de abril / 09h30-13h30

As entrevistas, num processo de recrutamen-to, são essenciais e requerem disponibilidade e algumas técnicas para extrair do candidato as competências e habilidades necessárias ao

desempenho de uma função.Conteúdos Programáticos:I. A crise económica: balanço entre a procura e a ofertaII. Objetivos das entrevistas num processo de seleçãoIII. Tipos de entrevistaIV. Entrevistas individuais de seleçãoV. Comportamentos e atitudes dos entrevis-tadoresVI. Enviesamentos nas entrevistasVII. Etapas das entrevistasVIII. Técnicas e arte de entrevistarIX. Os registos de informaçãoPreços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

Recuperar o Negócio com Sucesso

Lisboa, 22 de abril/14h30-18h30Num tempo em que as dificuldades empresa-riais são tão notórias quanto a necessidade de as ultrapassar, importa conhecer os meios legais disponíveis para a recuperação das em-presas. A boa utilização destes mecanismos, poderá representar a diferença entre “fechar a

porta” e prosseguir com sucesso.Conteúdos Programáticos:I. A insolvênciaII. O negócio falido – O que fazer?III. Caminhos judiciais para a recuperação – Plano de Insolvência e PERIV. Caminho extrajudicial - O Sistema de Re-cuperação de Empresas por Via Extrajudicial - SIREVEPreços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

Centro de Formação CCILE

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Combate a Incêndios com Extintores

Lisboa, 23 de abril/09h00-13h00Os meios de combate a incêndios (extintores, carretéis...) são meios de primeira intervenção em caso de incêndio, e são determinantes para controlar ou extinguir os mesmos até à chegada dos bombeiros. Assim, uma correta localização e indicação de um extintor, podem fazer a diferen-ça entre a vida e a morte em caso de incêndio e

devem ser uma prioridade na sua Segurança. Conteúdos Programáticos:I - Fenomenologia da combustão; Classes de Fo-gos; Métodos de extinção; Agentes extintoresII - Extintores; Técnica de combate a incêndios com extintoresIII - Exercícios práticos com extintoresPreços:Associados: €200 * Público em Geral: €220

Criatividade e InovaçãoLisboa, 27 de abril / 09h00-13h00

A Criatividade e a Inovação traduzem-se na explo-ração bem-sucedida de novas ideias, essenciais para sustentar a competitividade e a geração de riquezas. Uma empresa ou qualquer outra orga-nização que pretenda manter-se à frente de seus concorrentes, precisará de sistemas inovadores e

criativos.Conteúdos Programáticos:I. Criatividade e Inovação nas empresasII. Bloqueios mentais que impedem a Criatividade e InovaçãoIII. Técnicas e estratégias para potenciar a cria-tividadeIV. Desenvolver a Criatividade nas organizaçõesV. Processos de inovação e desenvolvimento nas empresasPreços:Associados: €140 * Público em Geral: €180

Novo Regime das Práticas Individuais Restritivas de

ComércioLisboa, 27 de abril/14h30-18h30

Conheça as novas regras nas relações comerciais entre fornecedores e distribuidores relativamen-te à proibição da venda com prejuízo, políticas de preços e condições de venda, práticas negociais abusivas e discriminatórias, determinação do preço de compra, sanções aplicáveis, e ainda o novo regime de autorregulação das transações comerciais criado de forma a facilitar a atividade

económica.

Conteúdos Programáticos:I. Enquadramento histórico e génese do DL nº 166/2013, de 27.12.2013; a autonomização das práticas individuais restritivas do comércio fase ao Direito da ConcorrênciaII. Âmbito de aplicação: a exclusão relativa ao fornecimento de bens e serviços com origem ou destino em países fora da UE ou do EEEIII. Aplicação de preços e condições de venda dis-criminatórios: exceções e critérios de aferiçãoIV. Transparência nos preços e nas condições de venda: afixação v. mera disponibilização das ta-belas de preços e condições de vendaV. Venda com prejuízo: âmbito de aplicação da proibição/ampliação ou mera clarificação do conceito?VI. Recusa de venda de bens ou de prestação de serviçosVII. Práticas negociais abusivasVIII. Autorregulação: instrumentos, limites e eficáciaIX. Fiscalização, instrução e decisãoX. Medidas cautelares: os poderes da ASAEXI. Coimas e sanções compulsóriasXII. Cessação e redução dos atuais contratos de fornecimento

Preços:Associados: €70 * Público em Geral: €90* Com a presença de um inspetor da ASAE.

Os Contratos de Trabalho e os Mecanismos de Combate

aos Falsos Recibos VerdesLisboa, 28 de abril/09h30-13h30

Com a nova legislação de combate aos falsos re-cibos verdes torna-se imperioso que as empresas saibam escolher o tipo de contrato aquando da admissão de novos colaboradores. Do mesmo modo é essencial conhecer a distinção entre con-trato de trabalho e contrato de prestação de ser-viços. Saiba que tipo de contrato escolher e que tipo de cláusulas contemplar quando contrata um colaborador. Conheça, igualmente, as con-sequências de uma inspeção da ACT que detete

falsos prestadores de serviços.

Conteúdos Programáticos:I. Despedimento ColetivoII. Despedimento por InadaptaçãoIII. Despedimento por extinção do Posto de Trabalho

Preços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

Gestão de StocksLisboa, 29 de abril

09h00-13h00/14h00-18h00Numa sociedade em que as atividades comer-ciais estão mais complexas, as empresas necessi-tam de reorientar alguns procedimentos de for-ma a continuar a manter a sua competitividade. Uma Gestão de Stocks deficiente acarreta custos de armazém, de pessoal, de produtos e de efici-ência, traduzindo-se em enormes quantidades

de material obsoleto.

Conteúdos Programáticos:I. A Estratégia da Gestão de StocksII. Conhecer a Conceção e Tipologia dos ArmazénsIII. Os sistemas de localização das mercadoriasVI. A Gestão de Stocks e a Política de InventáriosVIII. Classificação ABC das mercadoriasIX. Tratamento do Material ObsoletoX. Medição e Controlo da Qualidade

Preços:Associados: €200 * Público em Geral: €240

Vender e Negociar por Telefone

Lisboa, 30 de abril / 09h30-13h30Fechar vendas pelo telefone é sempre um enorme desafio! A identificação do perfil do cliente é mais demorada, além de não ser possível analisar as suas reações ao longo da

negociação.

Preços:Associados: €70 * Público em Geral: €90

* A todos os preços acresce IVA à taxa legal em vigor.

DEPARTAMENTO DE FORMAçãO Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: [email protected]

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oPortunIdAdes de negócIo oportunidades de negocio

las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la ccilE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail ([email protected]), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. as oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na ccilE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail ([email protected]), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

Oportunidades

de negócio à sua espera

Empresas Portuguesas

BUSCAN REFERENCIA

Empresas españolas que presten servicios de domiciliación de empresas DP150401

Empresas españolas distribuidoras, representantes o agentes comerciales de maderas, revestimientos y pavimentos DP150402

Empresa portuguesa de equipamientos médicos, busca empresas españolas del sector interesadas en comprar productos médicos y hospitalar de esterilización y desinfección

OP150401

Empresa portuguesa de logística busca empresas portuguesas que exporten para España OP150402

Empresa portuguesa de logística busca importadores españoles de tejidos para toallas; algodón rizado y felpa OP150403

Empresa portuguesa fabricantes de equipos en inox busca empresas españolas del sector para presentar sus productos

OP150404

PROCURAM REFERÊNCIA

Produtores portugueses de azeites de sementes oleaginosas (girassol, soja, milho, etc.) DE150401

Fábricas têxteis em Portugal DE150402

Empresa espanhola do setor das ferramentas industriais procura empresas portuguesas que trabalham com madeira e metais para apresentar os seus produtos

OE150401

Empresa espanhola procura distribuidores de artigos sanitários para distribuir os seus produtos em Portugal OE150402

Empresa espanhola do setor da alimentação procura empresas portuguesas que importem vitelo ou cordeiro em carcaça/canal

OE150403

Empresa espanhola do setor dos móveis procura empresas portuguesas do setor da bricolagem (distribuição) para apresentar os seus produtos

OE150404

Empresa espanhola do setor da biotecnologia procura fabricantes de testes de diagnóstico de doenças infecciosas em Portugal para apresentar os seus produtos

OE150405

Empresas Espanholas

Ofertas de emprego

Seleciona Secretária com o seguinte perfil:Descrição das funções: - Atendimento telefónico e presencial; - Apoio à gerência, área técnico- comer-

cial e financeira; - Gestão de documentação, arquivo e

bases de dados ;

Requisitos: - Habilitações Mínimas: 12º ano Profis-

sional;

- Idade entre os 35 e os 55 anos (pre-ferencial);

- Experiência na área de mínimo 15 anos (preferencial);

- Boa utilização das ferramentas e apli-cações informáticas e utilização de Programa de Facturação.

- Bons conhecimento de Inglês e Fran-cês falado e escrito

Contacto: +351 213713150e-mail: [email protected]

Cirtec - Comércio Internacional de Representações Técnicas Lda Embaixada de Espanha

Pretende recrutar para a categoria profissional: PorteiroDuração: 4 mesesFunções: Porteiro da residência da Embaixada de Espanha em LisboaRequisitos: Estudos elementares ou equivalentesContacto: Embaixada de EspanhaRua do Salitre, 11259-062 Lisboa

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE-Oferta espanhola

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oPortunIdAdes de negócIooportunidades de negocio

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Texto Belén Rodrigo [email protected] Fotos Santa Casa da Misericórdia

Fundado en 1995 por 15 can-tantes, el coro de Voces Graves de Madrid destaca por su gran expresividad, con un repertorio variado e

impactante, con fuertes contrastes emocionales que incluyen no solo elementos sonoros, sino también visuales y con frecuencia también olfativos. Ha logrado una masa co-ral de más de cuarenta voces graves con una afinación excelente y con un cuidado excepcional tanto en los pianos como en los fortes, todo ello magistralmente dirigido por Juan Pablo de Juan, quien compagina su actividad como miembro del coro de RtVE con la de dirección coral.

destacados compositores como Ja-vier Busto, david Azurza, consuelo díez, Pedro Vilaroig, Rubén díaz, Xavier Xarasola, dante Andreo, Josu Elberdín, J. l. Zamanillo, Adrián coello o ivan Boumans (Holanda) han compuesto obras expresamente para este coro. En las temporadas 2013-2014 ha intervenido en im-portantes conciertos, tales como

“concurso internacional de tolosa”,

colaboración con la Or-questa Sinfó-nica de cas-tilla y león en la interpretación de la Sinfonía Babi-Yar de dimitri Shostakovich, 60 certamen internacional de Ha-baneras de torrevieja (julio 2014), resultando ser el coro más galardo-nado de todos los participantes.

coincidiendo con el 20º aniver-sario de su fundación, el coro de Voces Graves de Madrid ha viajado hasta Portugal para ofrecer el con-cierto “lux Animae” en la iglesia de São Roque de lisboa y en el Auditorio de la casa das Histórias Paula Rego en cascais. El progra-ma de este concierto está basado

en el reflejo de la luz en la música como metáfora de esperanza y fe, un nexo común que comparten casi todas las religiones. El repertorio se centra en compositores que escri-bieron para formaciones corales de voces masculinas, algo poco habi-tual en la música vocal, con la pre-sencia mayoritaria de autores vivos y con la inclusión de dos números del magistral Réquiem Re menor de luigi cherubini, una obra casi desconocida en los auditorios y que es un valioso testamento del longe-vo compositor italiano.

El Coro de Voces Graves de Madrid, dirigido por Juan Pablo de Juan, presentó en Portugal su concierto “Lux Animae” en la Iglesia de São Roque de Lisboa y en la Casa das Histórias Paula Rego de Cascais.

El Coro de Voces Graves de Madrid celebra su 20º aniversario en Portugal

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esPAço de LAZer espacio de ocio

ExposiçõesPrimeira mostra de Joana Vasconcelos em MacauChama-se Valkyrie Octopus e está desde o passado dia 16 de março na Grande Praça do hotel MGM de Macau. Trata-se da mais recente e “mais ambiciosa” obra da série Valquírias, da portuguesa Joana Vasconcelos. A peça integra a primeira exposição individual na China da artista, que reúne “quatro obras monu-mentais e inéditas, especificamente criadas para a Grande Praça, o “coração” do MGM Macau”. O hotel é popular pelo seu programa artístico, que procura refletir sobre “o papel de Macau na história dos 500 anos das relações entre a China, Portugal e o resto do mundo”. Joana Vasconcelos leva a Macau “um universo mágico de inter-câmbios culturais e encontros de opostos”.A “tentacular, Valkyrie Octopus lança a partir do corpo central sedutores volumes orgânicos e braços alongados que interagem com o aquário da Grande Praça, e com as restantes três esculturas de chão, da série Tetris”. Numa praça, “onde se destacam as fachadas inspiradas em edifícios icónicos portugueses”, a instala-ção de Joana Vasconcelos “gravita suspensa em clara harmonia com a arquitetu-ra e o ambiente que a recebe”. Na peça imperam as cores claras, as texturas variadas e a rique-za dos pormeno-res, resultantes “da apropriação de têx-teis e adereços de diferentes origens, combinando técni-cas artesanais – crochet, bordados de Nisa, canuti-lhos, etc - com te-cidos industriais”. A instalação da ar-tista portuguesa incorpora também milhares de LEDs. “A Valquíria assu-mir-se-á como digna guardiã, e sublime coração luminoso da Grande Praça”, sublinha o gabinete de comunicação de Joana Vasconcelos. Nesta instalação, “Vasconcelos remete ao mar, relacionando-se com a herança portuguesa em Macau, iniciada no século XVI, quando o Imperador Ming convidou os mercadores portugueses a fixarem-se no território, a partir do qual passaram a negociar com a China e o resto do mun-do”, frisa ainda o comunicado. As restantes três obras, os Tetris, apresentam-se revestidas a azulejos, “que re-metem a motivos, temas e padrões da azulejaria portuguesa do século XVII, e hispano-árabe, também muito popular em Portugal”. As estruturas são atravessa-das e serpenteadas por tubos e protuberâncias têxteis. “O desenho das três estruturas convida o público a interagir, oferecendo, aos visitantes da Grande Praça, bancos onde podem sentar-se”. Sendo uma das mais internacionais artistas plásticas portuguesas, Joana Vas-concelos tem exposto regularmente na Bienal de Veneza, teve exposições indivi-duais no Palácio de Versalhes, no Tel Aviv Museum of Art ou na Manchester Art Gallery. “Os seus trabalhos distinguem-se pela escala monumental, uso de mate-riais heterogéneos, combinação de técnicas artesanais e industriais, e domínio da cor”. Até 31 de outubro, no hotel MGM Macau

Mostra coletiva do projeto shair em Braga A galeria emergentes dst (detida pelo grupo Domingos da Silva Teixeira, ligado ao setor da construção) acolhe desde o passado dia 21 de março a oitava exposição do projeto shair. “A mostra é composta por 55 obras, de 34 novos artistas, de onde se destaca uma irreverente instalação, materializada numa onda especial que cobrirá todo o espaço, surpreendendo e deslumbrando todos os visitantes.”À semelhança das anteriores exposições do projeto, são exibidos vários estilos

Agenda culturalLivro“Austeridade - Breve História de um Grande Erro”

“As políticas de austeridade que têm vin-do a ser lançadas em muitos países ocidentais trouxeram consigo todo o sofrimento da estagnação económica, mas praticamente nenhum dos benefí-cios prometidos de redução da dívida, retoma do crescimento e prosperida-de.” Começa assim o livro “Austerida-de - Breve História de um Grande Erro”, um ensaio de Florian Schui, que procura avaliar, numa perspetiva his-tórica, o conceito de austeridade.O autor recua até à Grécia Antiga, onde o termo austeridade teve origem, tendo já Aristóteles se debruçado so-bre o conceito. A história faz escalas no pensamento de autores como São Tomás de Aquino, os iluministas Man-deville e Voltaire, Adam Smith, Marx Weber, Keynes e Hayek.

Florian Schui “mostra como os ar-g u m e n -tos a favor da aus te r i -d a d e têm as-sentado em con-s i d e r a -ções mo-rais e po-l í t i c a s m u i t o mais do que nas r e a l i d a -des eco-n ó m i c a s ”

e “conclui que a persistência e a for-ça do conceito de austeridade não podem ser explicadas de uma pers-petiva económica, mas sim a partir do apelo emocional das ideias mo-rais a ele associadas”, lê-se na si-nopse da obra, editada pela Editorial Presença.

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artísticos, “contemplando trabalhos abstratos, figurati-vos, conceptuais, documen-tais e até digitais”. O objetivo é, através da junção dos di-versos estilos, chegar à “composição de uma narrati-va intensa e intrigante”. O projeto shair consiste “numa plataforma online de compra e venda de arte, cria-da com o intuito de auxiliar os artistas em início de per-curso profissional”. A mostra resulta de uma se-leção feita, com base nas obras mais votadas pelos vi-sitantes da página web: “Pe-riodicamente, é feita uma se-leção dos trabalhos mais votados pelos utilizadores da plata-forma, assim como das obras destacadas por um júri convi-dado, para ficarem disponíveis para leilão no website, sendo-lhes dada prioridade para integrarem as exposições promovi-das pela shair.”Até 16 de maio, na galeria dst, em Braga

Coleção de Sindika Dokolo no Porto “You Love Me, You Love Me Not” é o nome da mostra que traz a Portugal uma seleção da coleção de arte contempo-rânea da Fundação Sindika Dokolo.O espólio reunido pelo marido da empresá-ria angolana Isabel dos Santos “dedica espe-cial atenção à obra de artistas africanos con-temporâneos, como Samuel Fosso, Cameron Platter, William Kentridge, Yonamine, David Goldblatt, Kendell Geers e Nástio Mosquito, embora também inclua obras de artistas não africanos, como Marlene Dumas, Nick Cave e Kara Walker”, como assinala o comunicado do gabinete de Cultura da Câmara Municipal do Porto, que integra esta mostra na progra-mação que explora o tema “Felicidade”.A exposição, com curadoria de Bruno Leitão e Suzana Sousa, “propõe um discurso que equaciona so-cial e politicamente o amor, a identidade e o território e que se singulariza pela inclusão de importantes nomes da arte contemporânea, mas também por refletir de forma crí-tica e pungente a filiação da arte africana neste universo”. Até 17 de maio, na Galeria Municipal Almeida Garrett, no Porto

Textos Susana Marques [email protected] Fotos DR

71d e Z e m b r o d e 2 0 1 3 actualidad€

Francisco de Goya y Lucientes foi mais que o pintor oficial da família real espanhola no século XVIII. O lado mais crítico do reputado pintor espanhol, que viveu entre 1746 e 1828, pode ser confirmado através da exposição “Caprichos de Goya”,

patente no Torreão Poente do Terreiro do Paço, em Lisboa. Tra-ta-se de “um olhar sobre os vícios, as instituições, os comportamen-tos e a necessidade de justiça na sua época, mas que se mantém até aos dias de hoje”, indica o co-municado sobre a mostra, trazida para Portugal pela produtora UAU.

A exposição é fruto de uma iniciativa da UNESCO, inserida no plano Objetivos de Desenvolvimento do Milénio da Organiza-ção das Nações Unidas em prol da justiça social. As 80 gravu-ras, espólio do Museo Casa Palacio, vão estar em Lisboa até 12 de maio, seguindo depois para o Porto. Fundador do movimento Romântico e tido como um dos per-cursores do Impressionismo, Goya é um dos gigantes da pin-tura espanhola, que está em destaque também no Museu Na-cional do Prado, em Madrid, numa mostra temporária, que exibe alguns dos desenhos que fez para posterior reprodução em tapeçaria. Sabe-se que Goya chegou à capital espanhola em 1775 para colaborar com a Real Fábrica de Tapices de

Santa Bárbara no projeto de tapeçarias para as casas reais. Isto, antes de se tornar pintor oficial da corte, 11 anos depois. Na mostra atualmente patente no Prado, “conjugam-se os car-tões de Goya com os de outros artistas e exibem-se pinturas e esculturas que lhe serviram de modelo para as suas criações recheadas de novidades”. Até 12 de maio, no Torreão Poente do Terreiro do Paço, em Lisboa, e até 3 de maio, no Museu do Prado, em Madrid

71A b r i l d e 2 0 1 5 actualidad€

esPAço de LAZerespacio de ocio

Goya: gravuras em Lisboa e projetos para tapeçarias em Madrid

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Entre 2010 e 2011, o chefe Francisco Martins ou Kiko, como habitual-mente é chamado, viajou por quase todo o mundo, com a mulher, Maria Martins. Sentaram-se à mesa com

famílias de 26 países, uma experiência que foi sendo narrada, na altura, nas páginas da revista Única (semanário Expresso) e que também está registada em livro e no blog

“Eat the World”. Nessa viagem de um ano, uma das gastronomias que mais impressio-nou o chefe foi a peruana. “lima é atual-mente a capital gastronómica da América latina”, argumenta Kiko Martins, acres-centando que entre as particularidades da comida peruana está a invenção do ceviche, que inspirou a abertura de “A cevicheria”,

no fim de 2014: “O talho já tinha um ano e achei que era altura de outro projeto. Não me interessa replicar o mesmo restaurante noutra cidade, mas sim fazer uma coisa di-ferente. A cevicheria nasceu porque gosto muito de cevi-che e da comida peruana e queria um espaço dedicado ao peixe.”

Se mergulhar no blogue “Eat The World”, encontrará testemunhos da passagem de Kiko Martins pelo Peru. Ficará a saber, por exemplo, que os incas inventaram mais de 125 produtos alimentares e que antes do porquinho-

da-índia chegar à Europa, onde se transfor-mou num animal de estimação, era um dos alimentos mais importantes da alimentação desta civilização. Se a isto somarmos as in-

esPAço de LAZer espacio de ocio

A Cevicheria: Kiko Martins atalha caminho até ao Peru

Textos Fotos Susana Marques [email protected]

Depois de andar a “comer o mundo” durante um ano, na companhia da mulher, Maria Martins, o chefe Francisco Martins abriu “O Talho”, em 2013, um restaurante especializado em carne. No final do ano passado, quis dar protagonismo ao peixe e à comida peruana, abrindo “A Cevicheria”. Lisboa diminuiu a distância até ao Peru…

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esPAço de LAZerespacio de ocio

fluências de outros povos que passaram pelo Peru, como a vaga de imigração chinesa do século XiX, podemos perceber a riqueza da gastronomia peruana e o impacto causado no chefe Kiko, ao ponto de a homenagear no restaurante “A cevicheria”.

localizada no bairro do Príncipe Real, em lisboa, “A cevicheria” tem como anfitrião um polvo gigante, da autoria do escultor João Parrinha, que pende do teto e centra-liza os olhares de quem lá entra, sem deixar dúvidas de que a ementa dá protagonismo ao mar. A matéria-prima de muitos dos pra-tos da carta está exposta numa montra de gelo, à vista dos clientes. corvinas, garoupas, pampos costumam integrar a seleção do chefe. O ceviche puro, o mais fiel à receita peruana, é feito de um destes peixes, depen-dendo do que o mar mandou nesse dia. Para este “ceviche puro”, explica o chefe, o peixe é cozinhado num caldo de sumo de lima, gengibre, aipo e coentros, sendo misturado com cebola roxa e malagueta - o chamado ajil, no Peru - e servido com puré de batata doce. Kiko Martins diz que o mais parecido com ceviche na gastronomia portuguesa é o peixe com escabeche e a punheta de ba-calhau. O ceviche de bacalhau é aliás outra opção da ementa, feito com vinagre, em vez de sumo de lima. Há ainda o ceviche de sal-mão e o de atum.

O ceviche pode e deve, segundo Kiko Martins, ser acompanhado com o tradicio-nal pisco sour, a bebida peruana feita com sumo de lima, aguardente peruana de uva, Amargo de Angostura, açúcar e clara de ovo.

das restantes iguarias da ementa, Kiko Martins salienta as propostas de quinoto, uma espécie de risoto, mas feito com qui-noa, “um cereal incrível” com que o chefe gosta de cozinhar há muito tempo. Pode experimentar o quinoto de polvo ou o qui-noto do mar, “feito com tudo o que há no mar”, sublinha o chefe, indicando que a re-ceita assenta num caldo de cascas de vários mariscos, algas, peixes…

A batata também ocupa lugar de destaque na carta, já que é um dos principais ingre-dientes da cozinha peruana. “No Peru há cerca de quatro mil variedades de batata diferentes”, lembra o chefe. Em “A ceviche-ria” vai encontrá-la em pratos como a causa, onde a batata é transformada em puré.

No capítulo das sobremesas, em que os peruanos não são fortes, reconhece Kiko Martins, a carta de “A cevicheria” alarga a viagem a outras paragens: a quinoa doce, inspirada no arroz doce português, ou o doce de leite argentino, com ananás e coco figuram entre as propostas.

tudo isto servido num ambiente informal, como é desejo do chefe. “A formalidade só acontece na cozinha, onde tudo é muito cuidado”. “A cevicheria” tem espaço para sentar 24 pessoas, entre mesas e balcão. A decoração e o projeto de arquitetura é da responsabilidade de António Martins, ir-mão do chefe, que também assina o projeto de “O talho”.

Quer num espaço, quer no outro, o chefe Kiko Martins preocupa-se em transmitir a sua filosofia, sedimentada à mesa dos vários

países por onde passou: “Nada é mais im-portante do que a família para passar cos-tumes, tradições, valores e receitas. Nada é mais importante para o gosto, para o pala-dar, do que a partilha. O paladar não traba-lha sozinho.”

A CevicheriaRua Dom Pedro V 129, LisboaTel: 21 8038815

SugestõesTHE YEATMAn ProPõE uM DiA no Douro “The Douro Experience” é a su-gestão do hotel vínico The Yeat-man: quatro dias à descoberta da rota do vinho do Porto, sendo um deles no Douro. “A viagem de bar-co até uma das mais prestigiadas

Quintas do Douro vai permitir um contacto com os tradicionais so-calcos, onde se produzem as me-lhores uvas, e com as paisagens abruptas e apaixonantes do Dou-ro”, explica o hotel de Vila Nova de Gaia em comunicado. No Porto, o programa inclui uma visita às caves de vinho do Porto Taylor’s e uma degustação. A ex-periência integra ainda um jantar no hotel, comandado pelo chefe Ricardo, premiado com uma Es-trela Michelin. Este programa vai estar disponível de maio a outu-bro.

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Statements“Portugal atingiu um ponto em que consegue aproveitar totalmente os benefícios das políticas adotadas nos últimos anos [com taxas de juro a descer, regresso do crescimento, acesso aos mercados] e desemprego a cair, e a cair rapidamente (...) [O país] está a transformar-se numa testemunha da recuperação da Zona Euro”Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, “Negócios Online.pt”, 23/3/15

“[A dívida pública portuguesa] está, de facto, ainda muito elevada (...) Mas hoje, quando olhamos para a dívida pública, está lá tudo e está também o conforto de saber que, para além disso, temos cofres cheios para poder dizer tranquilamente que se alguma coisa acontecer à nossa volta que perturbe o funcionamento do mercado, nós podemos estar tranquilamente durante um período prolongado sem precisar de ir ao mercado, satisfazendo todos os nossos compromissos”Maria Luís Albuquerque, ministra de Estado e das Finanças, “Diário de Notícias”/

“Lusa”, 19/3/15

“Portugal entrou numa nova fase (...) temos de mudar de uma política de austeridade para uma política de crescimento consistente (...), mas não basta inverter todas as medidas de austeridade e já está”Teodora Cardoso , presidente do Conselho de Finanças Públicas, “Negócios Online.pt”, 18/3/15

“O que vemos é que o crescimento vem de um impulso orçamental e tem de vir muito mais de um impulso pelo setor privado”Idem , ibidem

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