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    IMPLANTACAO DE CEMITERIOSLl.040jan/99

    sl J J \ L . t \ RIO Pag.Introducao 011 - Objetivo , 012 - Documentos Complementares _ 0 I3 - Definicoes ,, , , 024 - Caracterizacao do Meio Fisico , , , 025 - Condicoes Gerais 036 - Condicoes Especificas , 057 - Referencias Bibliograficas ., , 06IntroducaoDentro de urna politics ambiental que objetiva preserver 0 solo e as recursos nidricossup erf ciai5 e subterraneos, ressalta-se a necessidade de nonnas tecnicas para aimplantacao de ernpreendimentos com potencial poiuidor.Neste cont exto , os cemiterios envolvem uma problematica intrinsecamente vinculada asaude publica e it qualidadeambiental, dado ocomprometimento potencial a que estaosujeitos as solose as aguas.A CETESB, no cumprimento de suas atribuicoes como 6rgao responsavel pelo controleambiental no Estado de Sao Paulo, por conseguinte, houve por bern elaborar a presenteNorma T ecn ica para a implantacao decemiterios,1 - ObjerivoEsta Nanna estabelece os requisnos e as condicoes tecnicas para a implantaeao decemiterios destinados a~ sepultamento no subsolo, no que tange a protecao e apreservacao do ambiente, em particular do solo e das aguas subterraneas.2 - Documentos ComplementaresNa aplic ac ao desta Norma e neces sa ria consu lte r:- Ministerio da Saude - Portaria n 36, de 18..01.1990.- Resolucao n" S de OS.08.1993 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.- Norma ABNT NBR 8.036 - Programacao de sondagens de simples reconhecimento dossolos para fundacao de edificios - Procedimento

    Nonna ABNT NBR 13.895 - Construcao de pocos de monitoramento e amostragem-ProcedirnentoNonna CETESB E1S.011 - Sistema de incineracao de residuos de services de saude,portos e aeroportos - Especificacao.

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    CETESBfLl.040 _jllnl99- Boletim 04 da ABGE - Ensaios de perrneabilidade em solos - Orientacoes para suaeXeCU((aOno campo (Junho/1996)-3 - Deflnleees3.1 Essencias nativasSao especies vegetais, arbustivas ou arb6reas, naturais de urnadada regiao geografica,3.2 NecrochorumeE urn neologismo, tarnbem conhecido como putrilagem, que designa 0 liquido resultanteda decomposicao de cadaveres .. Trata-se de uma solucao aquosa rica em sais minerais esubstancias organicas degradaveis, decor castanho-acinzentada, mais visco sa que a agua,polimerizavel, de odor forte e pronunc ido, com grau variado de toxicidade epatogenieidade,4 - Caracteriza~io da Area4.1-Caracteriza~o geognificaA a r e a destinada ao cemiterio devers ser localizada geograficamente por meio dedemarcacao em carta planialtimetrica regional (Cartas FIGBEem escala 1:50.000; CartasIOC em escalas 1:50.000, 1:25.000 ou 1:10.000; ou outra carta similar) .Esta area devera, ainda, ser demarcada em levantamento topografico plaaialtimetrico ecadastral cujaescala minima, para areas superiores a 7 hectares(70.000 ml), sera de1:1.000, com curvas de myel de metro em metro. Para areas iguais au inferiores a 7hectares, a escala minima sera de 1:500, com curvas de nivel de metro em metro. Nestelevantamento deverao estar representados os atributos encontrados num entorno de 30 m,taiscomo mas e equipamentos urbanos .4.2 - Caracterizaeao geologicaA informacao basics que devera constar da caracterizacao do terreno e 0 mapeamentogeologico basico, ou seja, a descricao das litoiogias do substrato, com indicacao dasforrnacoes onde se inserem, dados estes obtidos por meio de sondagens mecanieas dereeonhecimento adequadamente locadas . Estas sondagens deverao ser realizadas deacordo com a Norma ABNT NBR 8.036 - Programacao de sondagens de simplesreconhecimento dos solos para fundacao de ediflcios - Procedimento e seccionar 0rnacico geologico ate atingir 0 Iencol freatico ( aprofundando-se na zona saturada pelomenos 3 m), ou ate uma profundidade delO m ou impenetravel a percussso .Nessas sondagens serao conduzidos ensaios de permeabilidade e/ou infiltrscao, eonfonneBoletim 04 da ABGE - Ensaios de permeabilidade em solos - Orientacoes para suaexecucao no campo .

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    CETES8/LJ.04O janl99Nos casos de ocorrencia ou risco de viabilizaeao no terrene, de erosoes, escorregamentos,subsidencias ou movimentacao de solo, e necessario, tambem, uma carta geotecnica ondeestes processos estejam representados .

    4.3. Caracterlzaea bidrogeol6gic.aAs informacoes basicas que devem ser apresentadas sao: indicacao das profundidadesdos niveis do aquifero freatico, medidos no tim c ia estacao de cheias, em mapapotenciornetrico com indicacao do sentido de fluxo das aguas subtem1neas e indicacaodos atributos existentes num entomo de 30 m, como fontes, surgencias, corregos, drenos,poCOS ou cacimbas de abastecimento de agua ,Nos cas os em que for comprovado que 0 nivel mais alto do lencol freatico ( medido nofim c ia estacao de cheias ) esta a mais de 10m de pro fundi c ia de, nao sera necessaria aapresentacao do mapa potenciometrico .No caso de utilizaceo de metodo geofisico, este devera ser devidamente especificado.s -CODdj~oes Geraisa) A area-objeto devers situar-se a urna distancia minima de cursos d'agua (rios, riachos,c6rregos), bern como de corpos naturais ou artificiais '(lagos, lagoas e reservat6rios), deacordo com a legislaeao vigente.

    b) Os cemiterios deverao ser implantados onde as condicoes de fluxo do lencol freaticonli.o ensejem a deterioracao das condicoes de potabilidade(Portaria 36190 do Ministerio daSaUde) pre-existentes de eaptacoes de agua subterrsnea .c) Intemamente, 0cemiterio devera ser contornado por uma faixa com largura minima de5 m, destituida de qualquer tipo de pavimentacao ou recobertura de alvenaria, destinada aimplantacao de uma cortina constitufda por arvores e arbustos adequados,preferencialmente de essencias nativas . Parte dessa faixa podera ter 20% em sua extensaolinear destinada a edificios, sistema viario ou logradouro de uso publico, des de que niocontrariem a legislacao vigente. Caso a faixa interna exceda este valor mlnimo, emsituac5es especfficas, podera ser pennitida a construcao de ossarios regulamentares,sistema viario ou outras construcoes,

    d) Deverao ser mantidas as faixas de isolamento previstas na Iegislacao vigente, ondenlio sera efetuado nenhum sepultamento.

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    e) No in tmO'r do l;eW1t~rio. m l 3 i chamada 'ltIJI.3i de f!lIltcrm.mmlo ou s~;:m]t! .JlJ:elilt i(! l.d2ICflnsc] hive I 01 I'laotio de ,espk ies mm ~, pnotMIles" a 1 1m de evitar illlV3.SCks de. j3Z~gM" desku~~io dopisQ e tUmi~Jos au danes .a.s.rOOcs df: .Iii.p. de' 'CSg(ll:a edred.gem.

    f) 0 ]Krimeh'O C 0 U m i t e r i or do 1~lkn CI de\"icrllo K rpNIv idos d>eum sistJef .l:1 a dedrenagem, adequado Ie ~ficieme. alem .., mums dispositins(tetm:~cnto&,mfutbme8'Ws, letc.) dest i rJadm. a C!I IpW-. ~CaBljnhar C d i s p D : r , d e Imllena segwa 0esooamel lWl:o dm .aguas p l l u \ r i a . i l s e , ev -It ar ero:~5. i1 Ila gamem . to s e I 'I lt !,Wm e li lto s de ~e rm"

    g) 0 subsoIo deveri ser co-nkl IdOlpar maillma,! rom lcoondenms de p t ' : f f i i l J e a i b i l l d a d eentre 1 1 0 ' ~ :3 e ~O 1c '[Q/s. m : l " i ! i i l ! . 1 I i ~m;rrmIlda ~De o fu ru Ilo ' d as sepID tw 'as e omi~ 1do le~ol :8'eiitiOfJ( mali do no fim dB ICSmpo d,ec'ems ); 0\1, m e 1 ,(!IID liI . ' ,mfWKHd!ade.BOOCUGs em que ' (1 1 l e~01 i'duco n ilo ror e:1.'c:oomado mi este nf l ,! ,e i l Coef i i :ienr fes deperDle8 !b iliidade d lWfe limtes sO devem So~.ogia de sepultame:nmlempqa~ es quam delBll !:D:S1!r1l!lDexisti r uma ool1 ld i~ , C Q uiv aie:m re de S~l ta" (lelapro:fundidadc do : 1 1 ~ 1 ! t ~ 1&eatioo e pelo, ~ . c' imJl0'nMu~:ia Os 19:us Sllb~en:ioeas~oloca~ 1xm como pdas. cUlJldi~ de [p]'\ojet:o..

    h ) O~v elinfmor das ~ ep'lllm laS devem esta:r a uena dis,tanci!;l. de IJ'elo menes 1.5m;J:CMn3.do mail a ltn nEve] do ]9 90 ~ f re6 Jtioo( m.edh io n,O f i L m d :a .esm .y i!io de eha ias ) .Disiliml:~ias~lD.fenm-es ~Jao m a sell oons.i.demdQ aceiti\\e~. coftldldcuudas a~s geol6gic:m: e hid!mg:Ol~oos 'funmmentndos em OODj unto eem BU:alC!ll~ade squ.dbmemo e-mp:reprl'a,. os' 'qJ.~is d~(Iti~ exjSli:rum_a,WBdir;.h equiwlent:ede se.gu;mrJ;~~ por SeJ ;(I Sl.!~clo exbemamef.l ' te fa,v@mvcm i I . a~l lu~!o d:oopo]uelliles.emmn~ilo de s u :a g r a , n u l !O O 'l Ie t r i : ; J J , . p e m 'l l! ;! ;a J b i Udade" umidade e c 0 1 l J d i i ; l l o de Ilerruy!a.b ern coma p.eias cO lildi9 13esde pJ10j eto .

    ~) Caro M)nli].dj~ na;hmW; dOEerreno n o o pemillam que as~illiS p;re~ ne~~e :mruJIi~eri(l!f sejam ~ecidast o~en'i:o~:flreiticoaevm..ser ~b:ado I i l l : i I f lci l1i lmen.tealwaiv~s d E l .i utlllhu;:i!o d e UrI! sistema d i e mma.~em subtenfi_jle!li, .cOD vepiente'menle.~ocado I~ ~IDphnl l t ldo ' i tomlW .!do-se os dcvid.ol,! euidedes p3:rI!I .quii l :mOl ,efi.cienc ia nlo sej aoomprm::am:mdl.IliCl' I.OIlO do E e n . l p o .

    j) Residuos sOl idosreflcimilados , I l ! ex~o des C~lJp([l:S,mis , comO' ~ e maiI:eria~descMt.\vel I ( Iu-vas,saeoop,]bticos, e te.) d ev t- 'Jio mT'.prelere\ l i lc. ial.m&J!Ij~E'", e W l I . e s m otf .a tarncnwo dado a Q S ] 1 I Z S ~ o o O S s6:hdos g C r n ' a o o s pelos s e r v i e e s de! saU:fre, de a c e r d o comII I legisla.rAo V i . ~ ~D1e (RIe:solu~i

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    CETESB/LI.G40 - jan/996. Coodiljioes especificasa) A implanracao e a operacso de cemiterios em Areas de Protecao Ambiental (AP As)

    ou Areas de Protecao de Mananciais (APMs) fica condicionada a s exigenciasadicionais e/ou complementares a s estabelecidas nesta Norma, em eonsonancia com alegisl~ao ambiental vigente e as especificacoes da Secretaria do Meio Ambiente e doCONAMA.

    b) Areas com substrata rochosoextremamente vulneravel, tais como zonas defalhamentos, zonascataclasadas, rochas calcarias ou calcossilicatadas intemperizadasou com erosao subsuperficial (canais de dissolucao, dolinas, cavemas, etc) deveraoser previarnente descartadas ou consideradas com restricees .c) Caso as estudos geologicose hidrogeologicos efetuados ernambito local demonstremque 0 aqUifero freatico e potencialmente vulnenivel a contaminacoes, 0 cemiteriodevera ser provido de urn sistema de pecos de monitoramento, instaIadosemconformidade com .8 norma vigente (ABNT NBR13.895 - Construcao de Pecos deMonitoramento e Amostragem). Desde que possivel, e recomendavel a i.nsta.layao dealguns pecos de monitoramento noentomo daare3-objeto,estrategicamentelocalizados a montante e a jusante da area de sepultamento, com relacao ao sentido deeseoamento freatico. Neste case, os pocos deveriio ser amostrados e as aguassubterrsnes analisadas, antes do inicio de opera930 do eemiserio, para estabelecimento da qualidade "em branco" do aquifere freatico, de acordo com aspadroes de potabilidade da Portaria n" 36, do Ministerio c ia Saude (1990) . A cadatrimestre, as pOyOS deverso ser amostrados, em conformidade coma normaNBR13.895 e as amostras de ague analisadas para os seguintes parametres :condutividade eletrica, solidos totais dissolvidos, dureza total, pH, cor aparente,cloretos, cromo total, ferro total, fosfato total, nitrogenio amoniacal, nitrcgenionitrato, colifonnes totais, coliformes fecais e bacterias heterotr6ficas . Caso ocorramindfeios de eontaminacao, deverso seranalisados novamente os par.1metros depotabilidade estabelecidos na portaria n" 36 do Ministerioda Sande.

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    CETi! S B lL l.0 4 0 jo .n l9 9

    7. Referencias BibliograficasDELMONTE, C. ..Putrefao e Suas Consequencias para 0Meio Ambiente. Palestra

    proferida no Primeiro Seminario Nacional Cemiterio e Meio Ambiente ..Sao Paulo,jun/95.HURST, c.J.; GERBA, CP ..;. CECH, 1. Effects 0/ Environmental Variables and Soil

    Characteristics on Virus Survival in Soil. Applied and Environmental Microbiology,p. 1067-1079, dec/SO.

    LANCE, J.C.; GERDA, C.P .. Virus Movement in Soil During Saturated andUnsaturated Flow. Applied and Environmental Microbiology, p.335-337, fev/84..

    MAGALIIAES,. F.S.P.; MELLO, L.G.F.S.;. MOTIDOME, M.1 .. Cemeteries and theirImpact on the Environment - Cemetery do Paz. sao Paulo. Brazil. Trabalhoapresentado no "Word Clean Air Congress 1998; Durban, South Africa, set! 98.

    MARTINS, M.T..; PELLlZARI, V.H.; PACHECO, A.; MYAKI, D.M.. Qualidadebacteriologica de aguas subterrdneas em cemiterios. Revista Sande PUblica. Vol25(l}, Sao Paulo, p..47-52, 1991.

    MCCONNELL, L.K.; SIMS, R C.; BARNETT, B.B.. Reovirus Removal andInactivation by Slow-Rate Sand Filtration. Applied and EnvironmentalMicrobiology, p. 818-825, oct184.MELLO, L.G.F.S.; MOTIDOME, M.J.; MAGALIlAES, F.S.P .. a s CemiteriosPoluem/l Revista Saneamento Ambiental, 0.34 e 35, 1995.

    PACHECO, A.; MENDES, 1M.B.; MARTINS, T.; HASSUDA, S.; KThiMELMANN,A. A.. Cemeteries - A Potential Risk to Groundwater ..Water Science Technology;Vol. 24(11),. p. 97-104. 1991.

    PACHECO, Alberto. Os Cemiterios como Risco Potencial para as Aguas deAbastecimento. Revista SPAM. EMPLASA n O 17 , ago/86.

    SILVA, Leziro M.. Cemiterios: Fonte Potencial de Contaminaciio dos Aqiiiferos Livres.40 Congresso Latino-Americano de Hidrologia Subterranea, Montevideo, Uruguai -ALHSUD - 1998.

    SIL VA, Leziro M.. a s Cemiterios no Problemdtica Ambiental. I Seminario Nacional"Cemiterios e Meio Ambiente", SINCESP e ACE1VffiRA.Sao Paulo, junl95.

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