Tina e Sam Duda Lulu

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Mamãe RoseGutoPapai

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Para Pippa Masson e Paul Macdonald, que me encorajaram a criar a Lulu, e para Zoe Walton, Kimberley Bennett e

Serena Geddes, que ajudaram a dar vida à Lulu.

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Capítulo 1

Pipa

Era manhã de terça-feira e a família Bell se apron-

tava para a escola. Lulu Bell olhou com atenção para

a gata malhada aos seus pés.

– A Pipa está bem redonda – Lulu

disse. – Eu acho que ela vai explodir!

– É porque ela vai ter filhotes qual-

quer dia desses – a mamãe falou.

Pipa ficou olhando para Lulu e

miou. Ela queria mais café da ma-

nhã. Lulu fez carinho em Pipa e

esfregou sua barriga gorducha.

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Lulu Bell

A mamãe estava preparando sanduíches de frango

com alface e pôs um pedaço de frango no pote para

Pipa comer.

A irmã caçula de Lulu, Rose, estava sentada em

um banquinho na bancada.

– Quantos gatinhos será que a Pipa vai ter? – per-

guntou. – Talvez ela tenha vinte!

A mamãe deu risada.

– O papai acha que podem ser quatro ou cinco –

ela respondeu. – Se a Pipa fosse ter vinte, realmente

explodiria!

O pai de Lulu era veterinário, e a família morava

na casa atrás do Hospital Veterinário da Praia Shelly.

Lulu foi à despensa para pegar o cereal para o café

da manhã. A caixa era muito pesada. Quando Lulu a

chacoalhou em cima do prato fundo, caiu um monte

de bonequinhos de plástico.

– Essa não – Lulu reclamou.

Ela olhou dentro da caixa.

– Não sobrou nada de cereal.

A porta da cozinha se abriu e uma grande cadela

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e o pinguim

marrom entrou. Ela veio seguida por um pequeno

super-herói. Um par de olhos castanhos brilhantes

espiava por trás da máscara preta do herói. Ele tinha

um sorriso travesso.

Lulu olhou zangada para o irmão.

– Guto, você comeu todo o cereal? – perguntou.

Ela sacudiu a caixa vazia e o punhado de brin-

quedos.

O sorriso desapareceu e Guto balançou a cabeça.

Ele apontou para a cadela grande ao seu lado.

– Foi a Jessie – Guto respondeu.

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Lulu Bell

Lulu torceu o nariz.

– Como foi que a Jessie pegou o cereal?

Jessie se afastou e se escondeu embaixo da mesa,

de orelhas baixas.

– Jessie safada – Guto falou.

Ele enfiou o dedão na boca.

– Você quer dizer que deu o cereal para ela, Guto?

– Lulu perguntou.

Guto se mandou, com as antenas sacudindo.

A mamãe sorriu para Lulu.

– Deixe para lá, querida – a mamãe disse. – Eu fa-

ço uma torrada para o seu café da manhã. Rose, por

que você não lê o seu livro em voz alta para nós en-

quanto o pão torra?

Enquanto Rose estava lendo o livro da escola,

Lulu foi terminar seu último desenho. Ela estava fa-

zendo um livro de desenhos de fadas de flores. Já ti-

nha terminado a Fada Rosa e a Fada Margarida e ago-

ra trabalhava na Fada Lírio.

– Linda leitura, Rose. Você está indo muito bem.

Rose ficou radiante de orgulho com o elogio da mãe.

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e o pinguim

A mamãe trouxe a torrada para a bancada e pas-

sou manteiga nela.

– Como andam os desenhos, Lulu? – a mamãe

perguntou.

Ela deu uma espiada no desenho de ponta-cabeça

do outro lado da bancada.

– Eu acho que a rosa é a minha fada preferida.

Adorei a cor que você usou para o vestido do baile...

cor-de-rosa com uma pontada de amarelo-claro.

A mamãe era artista, então sempre incentivava as

meninas a desenharem e pintarem. Guto raramente

parava sentado tempo suficiente para desenhar.

– Obrigada, mamãe – Lulu respondeu.

Ela comparou os três desenhos.

– Não sei se faço a saia da Fada Lírio branca ou

rosa.

– Por que não laranja? – a mamãe sugeriu. – A cor

do lírio-tigre.

Lulu pegou um lápis laranja e o observou com

atenção. A mamãe tinha razão. Laranja era perfeito.

Ela começou a pintar a saia cuidadosamente.

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Lulu Bell

Lulu pensou na escola. No dia anterior a profes-

sora Beatriz havia comentado que tinha um anúncio

surpresa para a turma. Avisou os alunos que preci-

sava de muitas ideias artísticas para a próxima aula.

Lulu adorava fazer arte. E adorava surpresas ainda

mais. Qual poderia ser a surpresa?

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