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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA 2016

Título: Formação de leitores: partindo da narrativa curta para a narrativa longa

Autor: Márcya Aparecida Berghauser da Silva

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Escola Estadual Manoel Antônio da Cunha

Lapa - Paraná

Município da escola: Lapa

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul

Professor Orientador: Milena Ribeiro Martins

Instituição de Ensino Superior: UFPR

Resumo:

Tendo como base um dos objetivos do ensino

da Língua Portuguesa, que é formar leitores

proficientes, críticos e produtores de texto, o

presente projeto de implementação propõe

uma exploração da leitura e escrita, partindo

de um gênero textual curto, o conto, para um

gênero mais longo, a novela. A leitura do texto

literário tem papel importante no processo de

humanização dos leitores ao trabalhar com a

emoção e com o senso crítico do sujeito. Para

tanto foram selecionados os contos: “Negócio

de menino com menina‟” de Ivan Ângelo ;

“Biruta” de Lygia Fagundes Telles; “Minhas

férias, pula uma linha, parágrafo” de

Christiane Gribel, escolhidos por

apresentarem temas como a amizade,

solidariedade, cooperação, entre outros

condizentes com o público alvo: alunos do 6°

ano. O gênero novela oferece uma

diversidade de tramas centradas em uma

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temática com personagens bem definidos,

costuma ser atrativa para os leitores. Foram

selecionadas duas novelas: Carta errante, avó

atrapalhada, menina aniversariante de Mirna

Pinsky e Bisa Bia, Bisa Bel de Ana Maria

Machado. Por meio desses textos, o professor

poderá desenvolver a imaginação e ampliar o

repertório cultural, na busca pela formação de

leitores críticos, capazes de interagir não só

com os textos, mas, por meio deles, com o

mundo em que vivem.

Palavras-chave:

Conto, novela, formação de leitores

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Alunos do 6° ano do Ensino Fundamental

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UNIDADE DIDÁTICA

FORMAÇÃO DE LEITORES: PARTINDO DA NARRATIVA CURTA PARA A

NARRATIVA LONGA

APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática foi elaborada a partir de um Projeto de Intervenção

Pedagógica, que tem como objetivo a formação de leitores proficientes partindo

da leitura de narrativas curtas para narrativas longas. Seu público-alvo são os

alunos do 6° ano da Escola Estadual Manoel Antônio da Cunha e os

professores de língua portuguesa, seu objetivo é contribuir para o

desenvolvimento de práticas de leituras significativas.

Para o desenvolvimento das atividades aqui sugeridas é importante que

façamos algumas reflexões sobre a leitura e a escrita.

Um dos grandes desafios que a escola tem enfrentado é a formação de

leitores, principalmente nessa “era digital”, na qual nossos educandos

nasceram. Notamos que essa realidade atual, paralelamente ao acesso

limitado à leitura no núcleo familiar, vem afastando nossos alunos do ato de ler

livros. Eles apreciam mais a diversão instantânea que as tecnologias

proporcionam. Como constata Petit:

Já observaram que, de vinte anos pra cá, a proporção de leitores entre jovens diminuiu, quando se poderia esperar que aumentasse devido à maior escolarização. Segundo esses, a causa seria a seguinte: aos livros, os jovens preferem o cinema ou a televisão, que identificam com a modernidade, a rapidez e a facilidade; ou preferem a música, o esporte, que são prazeres compartilhados. O livro estaria ultrapassado, de nada adiantaria chorar diante disso. (PETIT: 2009, p.17).

Sabemos que para termos alunos que se tornem leitores, efetivamente,

e para que a leitura seja uma prática social em suas vidas, é preciso que ela

comece a se tornar uma prática cotidiana, e nada melhor do que o ambiente

escolar para esse estímulo e o contato com a leitura.

Para muitos estudantes a escola é o único lugar que lhes garante o

contato com os livros. Por isso, projetos de leitura e escrita na escola são

fundamentais para a apropriação dos diversos tipos de texto e de

conhecimentos que circulam na sociedade atual. Para Cosson:

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[...] é no exercício da leitura e escrita dos textos literários que se desvela a arbitrariedade das regras impostas pelos discursos padronizados da sociedade letrada e se constrói um modo próprio de se fazer dono da linguagem que, sendo minha, é também de todos. (COSSON, 2009, p.16).

O aluno que não tem acesso à prática de leitura e escrita em casa acaba

ficando em desvantagem diante daquele que vive em ambiente letrado, mas

todos têm capacidades para aprender e podem tornar-se leitores e escritores.

Lendo e escrevendo, o aluno desenvolve argumentos, habilidade de expor

ideias, o que pode auxiliá-lo em uma inclusão sociocultural e é fator

determinante para o exercício da cidadania. Como bem observa Silva:

[...] a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz. ( SILVA, 2005, p.57).

Levando em conta a variedade de situações socioculturais da língua, é

necessário expor o aluno a uma variedade de gêneros textuais; no que diz

respeito aos literários, é fundamental que os alunos sejam fluentes na leitura

dos textos mais curtos aos mais longos, que representem variadas situações

da utilização da língua no dia a dia.

Nos PCNs, explica-se que:

Os textos organizam-se sempre dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a este ou aquele gênero. Desse modo, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino. ( BRASIL, 1998,p.23).

Sabe-se que na produção de um texto deve-se escolher o gênero em

razão das intenções comunicativas, do tipo de relações existentes entre

interlocutores, de seu uso social, entre outros fatores.

Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica “a produção

escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto,

interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.” (PARANÁ, 2008,

p.56)

Praticar leitura com qualidade contribui para a desenvoltura da escrita,

pois vão-se incorporando bons modelos de estruturação das ideias, ampliando

repertórios, conhecendo novas palavras e estruturas sintáticas. Sem ler, o

aluno terá dificuldade em resumir, pesquisar, interpretar, analisar, criticar, criar,

posicionar-se.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ato de ler é essencial para a apropriação de conhecimentos relativos

ao mundo exterior. Ele enriquece o vocabulário, as experiências, a

sensibilidade e contribui para o desenvolvimento de um pensamento crítico e

reflexivo, pois possibilita o contato com diferentes ideias.

É papel da escola desenvolver o gosto e o prazer pela leitura, tornando

os estudantes capazes de utilizar diferentes gêneros textuais que circulam na

sociedade, de modo a formar leitores competentes.

Como afirma Lajolo:

[...] lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela. ( LAJOLO, 1983, p.7).

O domínio da leitura e escrita é primordial para o desenvolvimento do

intelecto, o que provavelmente poderá mudar a realidade da vida de nossos

educandos. Muito daquilo que fazemos passa por atividade de leitura e resulta

em escrita. Se o estudante for um bom leitor terá condições de desenvolver a

escrita com maior facilidade. Como bem lembra Cosson (2009, p.16):

“Praticamente todas as transações humanas de nossa sociedade letrada

passam, de uma maneira ou de outra, pela escrita, mesmo aquelas que

aparentemente são orais ou imagéticas.”

É importante que, na sala de aula, a leitura e a escrita não sejam

atividades secundárias, que não ocupem apenas o tempo que sobrou no final

da aula. Leitura e escrita precisam ser planejadas como atividades cotidianas,

não só entre os alunos, mas também entre os professores: “A atividade da

leitura completa a atividade da produção escrita.” (ANTUNES, 2003, p.67).

Entre livros e leitores há importantes mediadores. O mediador mais

importante é o professor, figura fundamental na história de cada um dos

alunos. É ele que deve promover a realização de leituras significativas,

auxiliando os alunos a desenvolverem a capacidade de perceber os implícitos e

as intencionalidades que o texto traz.

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É importante também “que o professor esteja atento aos comentários

dos alunos, muitas vezes surpreendentes, que lançam novas luzes sobre os

textos.” (MARTINS, 2010)

Para o desenvolvimento da prática da leitura faz-se necessário

considerar os textos com que se quer trabalhar para, então, planejar as

atividades. Para isso devem ser trabalhados os gêneros textuais de acordo

com a faixa etária a ser atingida.

As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para Educação Básica

do Paraná definem gênero da seguinte forma:

“O gênero, antes de constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato real do estudante com a multiplicidade de textos produzidos e que circulam socialmente. Esse contato com os gêneros, portanto, tem como ponto de partida a experiência e não o conceito." (SEED, 2006, p. 21).

Dentre os gêneros discursivos, o literário é o que está mais presente nas

escolas. Para Silva e Martins, os gêneros literários:

[...] talvez sejam dos mais significativos para a formação de um acervo cultural consistente. De um lado, como os textos literários costumam propositadamente trabalhar com imagens que falam à imaginação criadora, muitas vezes escondidas nas entrelinhas ou nos jogos de palavras. Apresentam o potencial de levar o sujeito a produzir uma forma qualitativamente diferenciada de penetrar a realidade. De outro modo, podem provocar no leitor a capacidade de experimentar algumas sensações pouco comuns em sua vida.( SILVA; MARTINS, 2010, p.32).

De forma específica, nesta unidade didática serão trabalhados os

gêneros conto e novela, seguindo uma ordem do menos para o mais extenso.

Também serão trabalhados outros gêneros, como a carta pessoal, o romance,

árvore genealógica, biografia, diário, história em quadrinhos.

Podemos observar que muitos dos nossos alunos gostam de textos

curtos e que não necessitam de interpretações profundas. São poucos os que

apreciam a leitura de obras mais extensas ou mais exigentes. E é a partir

desse diagnóstico que este projeto será desenvolvido a partir de um gênero

mais curto progredindo para o mais extenso, pois como bem destaca Peter

Hunt (2011) “As crianças são leitores em desenvolvimento”. É tarefa do

professor estimular esse desenvolvimento.

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O gênero textual conto

Conto é uma narrativa em prosa, obra de ficção apreciada pelos

estudantes, pois possui começo, meio e fim oferecendo a vantagem de uma

leitura breve, sem desvios do foco principal. Gotlib (1998) destaca que, a

despeito de outras características distintivas do gênero, ”A questão da

brevidade permanece como elemento caracterizador do conto”. O eixo

narrativo do conto aborda um só conflito, um só drama e uma só ação. A leitura

de um conto depende de menor tempo e, em alguns casos, pode assegurar

maior envolvimento do leitor não habituado a ler. Os contos escolhidos para

esta unidade didática possuem uma linguagem menos elaborada, simples e

direta, de fácil entendimento. Todas as ações se encaminham diretamente para

o desfecho. Envolve poucas personagens, e as que existem se movimentam

em torno de uma única ação. As ações se passam em um só espaço,

constituem um só eixo temático e um só conflito. Através dos contos, tem-se a

oportunidade de entrar em contato com temas que dizem respeito aos valores

humanos.

O gênero textual novela

O gênero novela difere do conto por apresentar uma narrativa mais

extensa. A novela ultrapassa os limites do conto por apresentar personagens

mais elaborados, sendo que o mesmo acontece com o tempo e o espaço, que

são mais explorados. Como bem observa Gotlib: “Examinando as diferenças

entre novela e conto, constata que existe entre eles uma diferença de princípio,

determinada pela extensão da obra.” (GOTLIB, 1998, p.39-40).

Yves Stalloni (2001) apontou ainda as seguintes características do

gênero novela: unidade de ação (um único acontecimento de resolução rápida),

de tempo e de lugar, tem-se um fragmento da vida e não a história de toda uma

vida; simplicidade de organização estrutural (único narrador que conduz o leitor

de uma ponta à outra); poucos personagens, já inseridos na aventura;

intensidade na sua formulação e conteúdo, visão do mundo apresentada como

fiel; estrutura aberta (pode-se acrescentar um episódio, fazer intervir outro

personagem); supressão dos movimentos de aproximação, dos preparativos,

chegando mais depressa até a crise e o desenlace; resolução do conflito por

meio de um fim inesperado, anedótico, chocante.

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Nesse contexto vale mencionar que a leitura do gênero textual novela

pode causar um prazer no leitor que o fará ter vontade de ler mais obras. Como

bem descreve Moino:

“Como objetivos, podemos citar o objetivo imediato de entreter, mais especificamente o de provocar o prazer da leitura, despertado, sobretudo por uma empatia criada entre enunciador e destinatário. Uma vez criado tal prazer, tem-se como consequência um estímulo do contato com a literatura, o desejo de ler cada vez mais e por que não o de escrever.”(MOINO, 2011).

Esse estímulo será proporcionado por meio das leituras realizadas com

os alunos. Foram escolhidas duas novelas com histórias divertidas,

envolventes e emocionantes.

Em relação ao título e ao desfecho do gênero novela, Moino esclarece:

“O título tem sempre uma função primordial, nesse gênero, sendo um verdadeiro título-tema. Ao lermos o título, temos logo de início o assunto que será desenvolvido no texto. Esse desenvolvimento começa já no primeiro parágrafo. De forma direta (sem uma cena introdutória), o parágrafo de abertura já nos traz uma cena representativa do tema, dando-nos na grande maioria dos casos o acesso imediato ao conflito da novela. A parte final é marcada por um efeito humorístico causador de um sorriso, ou ainda por um momento de surpresa ou de forte reconhecimento e empatia entre o leitor e o autor.” (MOINO, 2011).

Vai ser dada mais ênfase para os gêneros textuais conto e novela com o

objetivo de começar o estímulo à leitura com um gênero mais curto para o mais

longo, porém ao longo do desenvolvimento das atividades irão surgir outros

gêneros que podem muito bem ser trabalhados durante a unidade.

Esforços para estimular no educando o interesse pela leitura e pela

escrita devem ser intensificados no dia a dia da escola, por meio de estratégias

diversificadas na abordagem dos diferentes gêneros. Conforme os PCNs: a

seleção de textos deve privilegiar textos de gêneros que aparecem com maior

frequência na realidade social e no universo escolar, tais como: notícias,

verbetes enciclopédicos, cartas argumentativas, contos, romances e novelas,

dentre outros. (BRASIL, 1998, p.26).

Assim sendo esta proposta de trabalho com gêneros literários narrativos

tem o intuito de criar condições de o aluno, através da leitura e escrita,

compreender melhor o que está aprendendo na escola, ficar sabendo quais

são suas obrigações e também defender os seus direitos na sociedade em que

vive.

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MATERIAL DIDÁTICO

O projeto será desenvolvido com uma turma de aproximadamente 30

alunos do 6° ano, da Escola Estadual “Manoel Antônio da Cunha”, na cidade da

Lapa, PR.

A primeira ação do trabalho será uma investigação das práticas de

leitura da classe por meio de um questionário com as seguintes perguntas:

1) Você gosta de ler? Por quê?

2) Você lê em casa? Por quê?

3) Você vê alguém de sua família lendo? Quem?

4) Alguém em casa incentiva você a ler? Quem?

5) Existe algum livro ou texto que você começou a ler, mas não

entendeu?

6) Você lê porque gosta ou por obrigação? Por quê?

7) Que livro você mais gostou de ter lido até hoje? Por quê?

8) Escreva três assuntos sobre os quais você mais gosta de ler:

9) Se você escrevesse um livro, que tema escolheria?

10) Você acha que ler é importante? Por quê?

O questionário será uma forma de pesquisa sobre as práticas de leitura

da turma, analisando se os alunos leem com frequência, que gêneros textuais

leem, quais seus temas favoritos e se demonstram prazer no ato de ler.

Inicialmente, em um momento chamado “roda de leitura”, serão lidos

para os alunos vários contos do livro Deixa que eu conto (2002) como:

“O leão”, de Dalton Trevisan, é a história de um leão velho, muito

maltratado que não tinha brilho nos olhos e estava muito doente depois de ter

sido esquecido por um circo. O leão tinha passado a vida inteira convivendo

com adultos e crianças no circo. O animal, de tão acabado, não tinha forças

para morder. Uma menina passou a dar pedaços de carne para ele. Tinha um

moleque que estava jogando amendoim para o leão, só que depois tacou uma

pedra nos olhos do leão, que levantou-se com muita dor nos olhos. Deu vários

urros, caiu-se ao lado da menina e fechou os olhos para sempre.

“Sem? É impossível perguntar”, de Ignácio Loyola Brandão, conta a

história de um menino fascinado com os poderes de uma tecla de computador.

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Ele tenta desvendar a função de uma tecla “shift” do computador e descobre

que ninguém pode ajudá-lo. Seu pai vivia trabalhando e não tinha muita

paciência para ensiná-lo. Ele mesmo teria que decifrar todos aqueles símbolos

que desconhecia. Até que apertou a tecla “delete” e tudo desapareceu da tela

do computador.

“Os terroristas”, de Moacyr Scliar, é a história de um professor duro,

exigente e implacável. Ele aplicava as provas sem aviso prévio. Os trabalhos

valiam notas e eram corrigidos com os critérios mais rigorosos. Como estavam

com notas baixas tiveram a ideia de pegar o caderno de notas para mudá-las.

Porém quando tiveram uma única oportunidade, não tiveram coragem.

“A incapacidade de ser verdadeiro”, de Carlos Drummond de

Andrade, conta a história de um menino que inventa coisas que ninguém sabe

de onde ele tirou. Sua mãe o castigava sempre pensando que ele estava

mentindo. Até que resolveu levá-lo ao médico. O médico o examinou e deu o

diagnóstico: Este menino é mesmo um caso de poesia.

A cada conto lido serão feitas perguntas sobre o entendimento da

história e um debate acerca do tema de cada conto.

Após esse momento de leitura e discussão preliminar, será feita uma

conversa sobre o que os alunos sabem a respeito do gênero conto, se já leram

um conto marcante e serão encorajados a contá-lo para a turma. Em seguida,

serão apresentados os elementos composicionais do gênero conto:

personagens, tempo, espaço, enredo, narrador. Para um maior

aprofundamento desses elementos utilizarei como bibliografia o livro Teoria do

Conto, de Nádia Gotlib 1988, onde a escritora apresenta elementos teóricos e

exemplos para a compreensão das características comuns aos contos.

Os alunos serão levados até a biblioteca para conhecerem o espaço,

visto que estarão chegando de outras escolas, e ficarem cientes dos seus

direitos e deveres para com o lugar.

Serão distribuídos os livros de contos De conto em conto (2001) com

as histórias “Negócio de menino com menina”, de Ivan Angelo e “Biruta”,

de Lygia Fagundes Telles, e o livro Historinhas pescadas (2001), com a

história “Minhas férias, pula uma linha, parágrafo”, de Christiane Gribel,

para uma leitura oral com discussão da história a seguir. As obras foram

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escolhidas de acordo com a faixa etária a que se destinam. E também por

apresentarem crianças como personagens principais, com sonhos, problemas

e uma enorme vontade serem felizes.

Será feita a leitura oral do conto “Negócio de menino com menina”, de

Ivan Ângelo, que pode ser resumido assim: Um menino andava pela estrada

com um passarinho na gaiola. Um poderoso fazendeiro passava com sua filha

de carro. A menina pediu para o pai comprar o pássaro para ela. O homem

ofereceu muito dinheiro ao menino, que se recusou a vendê-lo. Isso irritou o

homem que fez de tudo para comprar, mas o menino não cedeu. Quando

estava indo embora o menino cochichou para a menina que daria o pássaro a

ela amanhã.

Será feita uma discussão sobre o que o dinheiro não pode comprar.

Será solicitada aos alunos a transformação do conto em uma história em

quadrinhos, com o objetivo de observar se eles seguem uma ordem lógica dos

acontecimentos, se estabeleceram relações entre texto e ilustração, se

entenderam a estrutura das HQs, se não fugiram ao tema. Com isso espera-se

que o aluno seja capaz de interpretar uma sequência de ideias, refletindo sobre

o significado do que foi lido.

O conto “Biruta”, de Lygia Fagundes Telles, será lido e discutido pela

turma, com a mediação da professora. A história pode ser resumida assim:

Alonso é um menino que foi adotado por uma família rica, mas é tratado como

empregado da casa. O cachorro Biruta é seu companheiro e único amigo, mas

como é muito bagunceiro ganhou a antipatia da dona da casa, que deseja vê-lo

longe. Até que na véspera de Natal, Dona Zulu engana Alonso, dizendo que vai

levar Biruta para brincar com uma criança doente, mas irá trazê-lo no dia

seguinte. Só que tudo não passa de um plano para levar o Biruta para bem

longe da casa. Alonso fica inconsolável quando descobre o fim de seu

cachorrinho de estimação.

Será também proposta uma produção textual fazendo uma releitura do

texto com modificação do final da história, que é bem triste. Espera-se que o

aluno produza um texto coerente com o que foi lido numa sequência lógica,

modificando o final da história. O objetivo é perceber no aluno a sua

compreensão da leitura e exercitar a criatividade.

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Será realizada a leitura do conto “Minhas férias, pula uma linha,

parágrafo” de Christiane Gribel, que pode ser resumido assim: Guilherme

estava voltando das férias. Logo no primeiro dia de aula, a professora pede

para que os alunos escrevam uma redação com o título „Minhas férias‟. Isso o

desagradou muito pois tinha resumir as férias incríveis em trinta linhas e em

apenas 15 minutos. A professora lê sua redação e resolve dar uma tarefa para

ele: escrever uma redação para o diretor da escola, só que nesta redação ele

deveria contar tudo o que havia feito na aula de português. O menino escreveu

o texto e foi chamado na sala do diretor. Pensando que ia ser expulso,

Guilherme ouviu o diretor dizer pra ele: Guilherme, eu fiquei muito

impressionado com a história que você escreveu. Você precisa fazer mais

redações.

Depois serão feitas questões de entendimento do texto, tais como: qual

era a ideia que o menino fazia da professora, em que lugar aconteciam os fatos

da história, o que ele pensava sobre fazer redações. Logo depois, os alunos

farão uma atividade com a produção de uma página de um diário, levando em

conta as características do gênero. Eles deverão registrar acontecimentos

cotidianos a partir de uma visão pessoal.

Após as atividades desenvolvidas com os contos os alunos aprenderão

mais sobre o gênero textual novela. Eles receberão informações sobre as

principais características do gênero, como personagens, tempo, espaço, visto

que a maioria deve associar novela somente àquilo que é mostrado na TV.

Será feita uma comparação do gênero conto e novela, onde a diferença

marcante é a extensão da obra. Para isso, utilizei como referência bibliográfica

as obras “Teoria do Conto” de Nádia Gotlib e “Os Gêneros Literários” de Yves

Stalloni. Foram escolhidos dois livros do gênero novela: Carta errante, avó

atrapalhada, menina aniversariante (2001), de Mirna Pinsky e Bisa Bia, Bisa

Bel (2001), de Ana Maria Machado. Essas obras foram escolhidas por

conterem histórias divertidas, envolventes e emocionantes, com uma

linguagem de fácil entendimento.

Será feita a leitura oral e a discussão do livro Carta errante, avó

atrapalhada, menina aniversariante de Mirna Pinsky, que pode ser resumido

assim: O livro se inicia com Vovó Lia, que vive em Israel, escrevendo uma carta

para sua neta Luciana, para sua neta Luciana, que mora no Brasil e completa

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10 anos. A carta foi postada normalmente, porém não seguiu seu destino

normal, pois estavam faltando palavras. A identificação do destinatário da carta

era claro, o nome da rua também, mas a cidade e o país estavam escritos em

caracteres hebraicos. Como todas as cartas complicadas, a carta da Vovó Lia

foi parar nas mãos de Pedro Boné, um funcionário dos Correios. Ele resolveu

procurar o destinatário, mesmo com o endereço incompleto. Pedro Boné

acabou encontrando o destinatário no mesmo dia que a remetente, Vó Lia,

chegou ao apartamento.

Serão discutidas questões sobre o entendimento da história. Também

será proposta uma produção de carta dos alunos a um familiar, com o objetivo

de observar se os alunos irão escrever seguindo as características do gênero,

o tipo de linguagem utilizada, que pode variar de acordo com o grau de

intimidade entre o remetente e o destinatário, podendo prevalecer tanto o

padrão formal quanto o coloquial.

A próxima leitura será do livro Bisa Bia, Bisa Bel de Ana Maria

Machado, que pode ser resumida assim: Isabel encontra um antigo retrato de

sua bisavó e resolve ficar com ele. De tanto carregá-lo pra lá e pra cá, acaba

perdendo o retrato. Através da sua imaginação fértil, ela começa a escutar a

bisavó como se a mesma realmente estivesse com ela lhe ajudando e lhe

dando conselhos. Quando a mãe de Isabel pede o retrato, ela diz que ele virou

uma tatuagem e por isso havia sumido. A menina vive muitas aventuras sem

sair do colégio e de casa . Depois de algum tempo ela começa a ouvir outra

voz que se diz ser a sua bisneta. A partir daí as três, Bel, sua bisavó Bia e sua

bisneta conversam muito no mundo imaginário de Isabel. No final da história,

Isabel acaba descobrindo que havia esquecido o retrato na sala de aula e que

sua professora o havia guardado.

Os alunos responderão questões de compreensão da história lida, a fim

de verificar se eles perceberam quem era a Bisa Bia e a Bisa Bel, se

entenderam que havia muita imaginação da menina, se os acontecimentos da

história eram possíveis de acontecer na vida real. Será solicitado que façam

uma árvore genealógica e uma produção de texto narrativo com o tema

“Família”.

Todas as atividades serão organizadas em uma sequência didática, em

relação à qual se objetiva realizar momentos de leitura e escrita, com gêneros

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textuais variados, utilizando-se de debates sobre o assunto lido e produções

textuais.

A avaliação será processual, contínua e diagnóstica. Dar-se-á pela

participação dos alunos na realização das atividades propostas e na

adequação de suas elaborações ao gênero e ao tema solicitados, bem como à

sua crescente adequação ao nível de elaboração linguística condizente com a

série.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Nessa primeira atividade será aplicado o questionário abaixo, com o

intuito de verificar os hábitos de leitura da turma, analisando se os alunos leem

com frequência e se demonstram prazer no ato de ler.

Objetivos: Pesquisar sobre os hábitos de leitura dos alunos, verificando se

demonstram prazer pelo ato de ler. Analisar as preferências de leitura dos

alunos. Oportunizar aos alunos momentos de leitura de fruição.

Número de aulas: 3 horas- aula

Orientações Metodológicas:

Inicialmente, o professor conversará com os alunos sobre o

desenvolvimento do projeto “Formação de leitores: partindo da narrativa curta

para a narrativa longa”, somente expondo o que for mais relevante, o que

interessa para a aprendizagem deles. Logo depois, será aplicado o

questionário, um instrumento de pesquisa para averiguar o gosto pela leitura e

a prática efetiva da leitura por parte dos alunos.

Escola Estadual Manoel Antônio da Cunha

Professora PDE: Márcya Berghauser

Turma: 6° ano

Questionário sobre hábitos de leitura

1) Você gosta de ler? Por quê?

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2) Você lê em casa? Por quê?

3) Você vê alguém de sua família lendo? Quem?

4) Alguém em casa incentiva você a ler? Quem?

5) Existe algum livro ou texto que você começou a ler, mas não entendeu?

6) Você lê porque gosta ou por obrigação? Por quê?

7) Que livro você mais gostou de ter lido até hoje? Por quê?

8) Escreva três assuntos sobre os quais você mais gosta de ler:

9) Se você escrevesse um livro, que tema escolheria?

10) Você acha que ler é importante? Por quê?

Logo após a realização da tarefa, os alunos serão convidados a fazer

uma visita à biblioteca escolar, visto que estão vindo de outras escolas e ainda

não conhecem esse espaço tão importante da instituição. Nesse momento o

bibliotecário explicará as regras para o uso da biblioteca e o empréstimo de

livros. O professor solicitará que os alunos escolham um livro para ler. Alguns

livros serão selecionados pelo bibliotecário com antecedência, porém a escolha

dos alunos será livre, podem escolher dentre os selecionados ou dentre outros.

Desse modo o professor já conhecerá as preferências dos alunos. Depois

dessa leitura o professor solicitará aos alunos que mostrem o livro aos colegas

contando resumidamente a história.

Objetivos: Apresentar o gênero textual conto e seus elementos

composicionais. Analisar os elementos composicionais: personagens, tempo,

espaço, narrador, enredo do conto “O homem nu” de Fernando Sabino.

Número de aulas: 4 horas-aula

Orientações Metodológicas:

Primeiramente, o professor conversará com os alunos sobre o gênero

conto, explicando sobre suas características, abaixo explicitadas, expondo que

o conto é uma narrativa menor que o romance e a novela.

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ELEMENTOS DA NARRAÇÃO

Ao falarmos em narração, logo nos remete à ideia do ato de contar histórias, sejam estas verídicas ou fictícias. E para que essa história seja dotada de sentido, ela precisa atender a critérios específicos no que se refere aos seus elementos constitutivos. Dentre eles destacam-se:

A) Espaço - É o local onde acontecem os fatos, onde as personagens se movimentam.

B) Tempo ou Época - As personagens vivem e agem num dado espaço, durante certo tempo. Esse tempo pode ser constituído pelo cronológico, que é ligado a horas, meses, anos, ou seja, marcado pelos ponteiros do relógio e pelo calendário. O outro é o psicológico, ligado às lembranças, aos sentimentos interiores vividos pelos personagens

C) Personagens - Entre as personagens há aquelas que se destacam porque agem mais: são as protagonistas, também chamadas de heróis ou personagens principais. As que se relacionam com elas por oposição são as antagonistas, que geralmente aparecem também em primeiro plano. Em volta dessas, há sempre um conjunto de personagens secundárias, que ajudam a sustentar a trama.

D) Narrador – Age como uma espécie de intermediário entre a história contada e o receptor, podendo atuar de distintas formas, entre as quais destacamos:

* Narrador-personagem - Nesta modalidade ele participa de alguma forma do enredo, pois, ao mesmo tempo em que conta, demonstra também sua cota de envolvimento com a trama, geralmente narrada em 1ª pessoa. Quando o texto apresentar um narrador-personagem dizemos que o seu foco narrativo está em 1ª pessoa.

* Narrador-observador - Neste caso, a narrativa revela-se em 3ª pessoa, visto que o narrador apenas observa do lado “de fora”. Quando o texto apresentar um narrador-observador dizemos que o seu foco narrativo está em 3ª pessoa.

E) Enredo: É o conjunto de ações e acontecimentos de uma narrativa de ficção ou mesmo um simples fato.

O Enredo Clássico obedece a seguinte sequência lógica:

1. Introdução – É o começo da história, no qual apresentam-se as personagens e suas características.

2. Complicação ou Conflito - Rompe-se o equilíbrio do estado inicial; surgem os conflitos e começam a ocorrer os acontecimentos, as ações nos episódios, que, encadeados, conduzem a narrativa a um ponto máximo de tensão.

3. Clímax – É quando o conflito da história chega ao seu ponto máximo de tensão.

4. Desfecho - Corresponde à situação final: a solução dos conflitos.

Um texto narrativo não é, portanto, um mero relatar de acontecimentos, mas o resultado de um trabalho de organização e recriação de um mundo particular, no interior do qual tudo deve fazer sentido.

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Site consultado:

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/os-elementos-texto-narrativo.htm

Em seguida o professor lerá o conto “O homem nu” de Fernando

Sabino, que está no livro Deixa que eu conto.

O homem nu - Fernando Sabino

SABINO, Fernando et al. Deixa que eu conto. 1 ed. São Paulo: ática, 2002

Logo após a leitura será feita uma atividade oral com perguntas sobre os

elementos composicionais do conto:

1) Quais são os personagens do texto?

2) Como podemos descrever o personagem principal?

3) Quanto tempo dura a ação da narrativa?

4) Qual é o espaço da narrativa?

5) Qual é o tipo de narrador da história?

6) Como é o enredo da história dividido em:

- introdução;

- complicação;

- clímax;

- desfecho.

Objetivos: Ouvir os contos com atenção e debater sobre o assunto dos textos.

Número de aulas: 2 horas-aula

Orientações Metodológicas:

Para essa atividade o professor deve selecionar os contos a serem lidos,

elaborar algumas questões para debater com os alunos oralmente e organizar

a sala para a leitura, colocando as cadeiras em semicírculo para que todos

possam se olhar e interagir na conversação sobre a leitura.

Será realizada uma “roda de leitura”, saindo da tradicional fila de

carteiras, já se cria um ambiente diferenciado para a leitura, o que pode ser

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estimulante para os alunos. Nessa atividade o professor vai ler alguns contos

pré-selecionados do livro Deixa que eu conto (2002) como:

O leão - Dalton Trevisan

TREVISAN, Dalton et al. Deixa que eu conto. 1 ed. São Paulo: ática, 2002. Pág.

9.

Sem? É impossível perguntar - Ignácio Loyola Brandão.

DE LOYOLA BRANDÃO, Ignácio. et al. Deixa que eu conto. 1 ed. São Paulo:

ática, 2002, pág. 12.

Os terroristas - Moacyr Scliar.

SCLIAR, Moacyr. et al. Deixa que eu conto. 1 ed. São Paulo: ática, 2002, pág.18

A incapacidade de ser verdadeiro - Carlos Drummond de Andrade.

ANDRADE, Carlos. D. D. et al. Deixa que eu conto. 1 ed. São Paulo: ática, 2002,

pág. 30.

Professor, nessa atividade, caso não encontre os textos sugeridos você pode

selecionar os contos de sua preferência para a roda de leituras. As obras

somente serão citadas, podendo ser pesquisadas em sites da internet, caso

não encontrem os livros.

Objetivos: Ler e compreender o conto “Negócio de menino com menina”.

Aprender sobre as características do gênero textual história em quadrinhos.

Produzir um texto transformando o conto lido em uma história em quadrinhos.

Número de aulas: 3 horas-aula

Orientações Metodológicas:

Serão distribuídos aos alunos o livro De conto em conto, eles farão a

leitura silenciosa e depois oral do conto “Negócio de menino com menina”, de

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Ivan Angelo. Será feita uma discussão sobre o assunto da história, que é a

diferença entre aquilo que pode ser comprado e aquilo que só pode ser ganho.

Em seguida, uma interpretação oral com algumas perguntas, relacionadas

abaixo, para analisar a leitura compreensiva e localizar informações no texto.

Negócio de menino com menina - Ivan Angelo

ANGELO, Ivan. In: De conto em conto: antologia de contos ilustrações

Orlando. São Paulo: Ática, 2001. Coleção literatura em minha casa, v. 2.

Questões orais:

1) Quem são os personagens do conto?

2) Descrever o enredo dividido em:

- Situação inicial - Conflito - Clímax - Desfecho

3) Como podemos descrever a personagem principal, física e

psicologicamente.

4) Quanto tempo dura a ação da narrativa?

5) E o espaço?

6) O que você achou da atitude do menino no final da história?

Neste momento o aluno produzirá um texto transformando o conto em

uma história em quadrinhos, para isso o professor terá que explicar o gênero

história em quadrinhos e seus elementos composicionais.

Gênero Textual : História em quadrinhos

A história em quadrinhos é um gênero textual narrativo por apresentar

características semelhantes à narração, como personagens, espaço, tempo,

sobretudo pelo enredo se caracterizar por uma sequência de ações. Apenas

difere-se pelo fato de que, ao invés de haver um narrador, o diálogo é retratado

de forma direta, representado em forma de balões, uma composição gráfica,

em consonância com uma linguagem não verbal, na qual as imagens

representam um papel de destaque, de modo a promover a interação entre os

interlocutores por meio de uma relação de causa e efeito.

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A seguir alguns de seus elementos primordiais:

# Localização dos balões – indica a ordem em que sucedem as falas (de cima

para baixo).

# Contorno dos balões – A forma como são criados representam a postura

assumida pelos personagens, como por exemplo:

Em linha contínua (fala pronunciada em tom normal)

Linhas interrompidas (fala sussurrada)

ziguezagueada (representam um grito, um personagem falando alto, ou o som

de um rádio ou televisão).

# Sinais de pontuação – reforçam sentimentos, conferindo maior

expressividade à voz dos personagens.

# Emprego das onomatopeias – conferem movimento à história, imitando sons

do ambiente, entre as quais podemos citar:

crash - para uma batida; zzzz – para o sono; rrrr - para o rosnado de um cão,

buuum – para uma explosão, entre outras.

Site consultado:

http://brasilescola.uol.com.br/redacao/historia-quadrinhos.htm

Os textos produzidos serão corrigidos e refeitos se preciso for. É muito

importante a correção com a reescrita do texto para que o aluno aprenda as

convenções da escrita e perceba como ele pode melhorar.

Objetivos: Ler e compreender o conto “Biruta”, de Lygia Fagundes Telles.

Produzir uma releitura do conto modificando o seu final.

Número de aulas: 4 horas-aula

Orientações Metodológicas:

O professor distribuirá aos alunos o livro De conto em conto, para a

leitura silenciosa e oral do conto “Biruta”, de Lygia Fagundes Telles. Antes da

leitura o professor vai orientar os alunos a perceberem os elementos

composicionais do gênero conto.

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Biruta - Lygia Fagundes Telles

Fonte: TELLES, Lygia Fagundes. . In: De conto em conto: antologia de contos

ilustrações Orlando. São Paulo: Ática, 2001. Coleção literatura em minha casa,

v. 2.

Logo após a leitura será realizada uma discussão com as seguintes

perguntas:

1) O que mais chamou a atenção nessa história? Por quê?

2) Os donos da casa podem ser considerados boas pessoas por terem

adotado Alonso? Por quê?

3) Quais são as características físicas e psicológicas do personagem

principal?

4) O que o Biruta representava para o Alonso? Por quê?

5) E os donos da casa? Agiram certo com o Alonso no final da história? Por

quê?

6) Como Alonso deve ter se sentido com o sumiço do Biruta?

O professor solicitará aos alunos que façam uma releitura do conto

“Biruta”, reescrevendo-o e dando um final surpreendente para a história. Os

textos serão corrigidos e reescritos se houver necessidade, com o objetivo de

observar se fizeram uma releitura da história mesmo ou apenas copiaram, se o

final foi diferente do original.

Objetivos: Ler e compreender o conto “Minhas férias, pula uma linha,

parágrafo”, de Christiane Gribel. Conhecer as características do gênero textual

diário. Produzir um texto do gênero diário.

Número de aulas: 4 horas-aula

Orientações Metodológicas: O professor deverá distribuir o livro Historinhas

Pescadas para uma leitura oral do conto “Minhas férias, pula uma linha,

parágrafo” de Christiane Gribel.

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Minhas férias, pula uma linha, parágrafo - Christiane Gribel

GRIBEL, Christiane. In: Historinhas Pescadas. São Paulo: Moderna, 2001.

Coleção literatura em minha casa, v. 2.

Em seguida será feita uma discussão sobre a história com as seguintes

perguntas:

Questões para discussão:

1) No capítulo 1 é possível saber se o personagem é menino ou menina? Por

quê?

2) Qual era a ideia que o aluno tinha de sua professora?

3) O conto é um diário de quantos dias? Em que lugar se passa a maioria da

história?

4) Que tipo de narrador temos no texto?

5) O que Guilherme achava de fazer redações depois de conversar com o

diretor?

Depois da discussão o professor explicará o gênero textual diário.

Gênero Textual Diário

O Diário é um tipo de texto pessoal em que uma pessoa relata experiências,

ideias, opiniões, desejos, sentimentos, acontecimentos e fatos do cotidiano.

Características do Diário

As principais características dos diários são:

Relatos pessoais

Histórias verídicas

Registro de acontecimentos

Escritos em primeira pessoa

Registros em ordem cronológica

Caráter intimista e confidente

Subjetividade e espontaneidade

Escrita confessional

Vocabulário simples

Presença de vocativo

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Linguagem informal

Textos assinados

Estrutura Textual: Como Fazer um Diário?

Embora não apresentem uma estrutura fixa, os textos dos diários podem ser

estruturados da seguinte maneira:

Data e Local: são indicadas no início do texto o local e a data em que

foi escrito, como numa carta.

Vocativo: Geralmente é incluído no começo do texto como: “querido

diário”, “querido amigo diário”. Nalguns casos, as pessoas preferem

inventar um nome fictício para ele, como se fosse um amigo íntimo.

Corpo de Texto: onde se desenvolvem os relatos diários, as ideias,

sensações do autor.

Assinatura: normalmente, os diários são assinados a cada dia. No

final do texto, aparecem o primeiro nome do autor. Antes disso, alguns

apresentam uma expressão de despedida: “boa noite”, “abraços”, “até

amanhã”.

Site consultado:

https://www.todamateria.com.br/genero-textual-diario/

O professor proporá aos alunos a produção de um diário. Eles deverão

escrever contando sobre o seu cotidiano, relatando suas histórias e

acontecimentos importantes. O professor deverá corrigir o diário e dar o

“feedback” aos alunos, assim o aluno terá condições de perceber os seus erros

e corrigi-los.

Objetivos: Identificar as características do gênero textual novela. Aprender

sobre as características do gênero textual carta. Ler e compreender a novela

Carta errante, avó atrapalhada, menina aniversariante, cada aluno receberá

um exemplar do livro que tem na biblioteca escolar, cada um lê oralmente uma

parte da história, com o objetivo de aprimorar a fluência e a entonação na

leitura oral. Produzir um texto do gênero carta.

Número de aulas: 4 horas-aula

Orientações Metodológicas: Primeiramente o professor explicará as

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características do gênero novela.

GÊNERO LITERÁRIO NOVELA

Luana Castro

Situada entre o conto e o romance, a novela é um gênero literário que

apresenta certa indefinição quanto às suas características.

A novela difere do conto por apresentar uma narrativa mais extensa, assim

como difere do romance por ser menor.

Podemos afirmar que a novela ultrapassa os limites do conto por apresentar

personagens mais elaborados, sendo que o mesmo acontece com o tempo e

o espaço, que são explorados mais detidamente na novela.

Site consultado:

<http://brasilescola.uol.com.br/literatura/caracteristicas-genero-literario-

novela.htm>

Logo após a explicação o professor vai distribuir o livro Carta errante,

avó atrapalhada, menina aniversariante. Será feita uma leitura oral do livro

pelos alunos.

Carta errante, avó atrapalhada, menina aniversariante - Mirna Pinsky

PINSKY, Mirna Gleich. Carta errante, avó atrapalhada, menina aniversariante:

1ª edição. São Paulo: FTD, 2001.

Depois da leitura o grupo fará uma discussão a partir de algumas

questões norteadoras, para observar se os alunos compreenderam o texto lido,

se conseguiram interpretar a sequência de ideias, visto que a história tem

momentos de “flashback”.

1) Por que a vó Lia não tinha a menor vocação para escrever?

2) Onde vó Lia morava?

3) Como foi a infância de vó Lia?

4) Qual era o endereço de Luciana?

5) Em qual capítulo a carta chegou ao seu destino?

6) Quem era o remetente e o destinatário na carta que vó Lia enviou à

Luciana?

7) Qual foi a última pista de Pedro Boné?

8) Qual foi a reação de vó Lia quando viu o envelope que o carteiro lhe

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estendia?

Nesse momento o professor explicará as características do gênero carta.

CARTA PESSOAL

Escrevemos uma carta pessoal quando queremos nos comunicar com

alguém próximo de nós, como amigos ou familiares.

As características desse tipo de gênero textual são simples, ou seja, não

possuem muitas regras e estrutura para serem seguidas. Vejamos:

• O assunto é livre, geralmente de ordem íntima, sentimental.

• O tamanho varia entre médio e grande. Quando é pequeno, é considerado

bilhete e não carta.

• O tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade entre remetente e

destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se pode usar termos coloquiais

ou mesmo gírias.

• Quanto à estrutura, a carta pessoal deve seguir a sequência: 1. local e data

escritos à esquerda, 2. vocativo, 3. corpo do texto e 4. despedida e

assinatura.

Como o grau de intimidade é variável, o vocativo, por consequência,

também: Minha querida, Amado meu, Querido Amigo, Caro Senhor, etc. A

pontuação após o vocativo pode ser vírgula ou dois-pontos.

Assim também é em relação à despedida, a qual pode variar entre

Atenciosamente, Cordialmente, etc. até Adeus, Saudades, Até em breve, etc.

Quanto à assinatura, pode ser desde só o primeiro nome até o apelido,

dependendo da situação.

Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha finalizado a carta é só

acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou Obs. (observação).

A carta pessoal geralmente é entregue em mãos ou enviada pelo correio,

pois é manuscrita!

Curiosidade sobre P.S: essa sigla é originada do verbo latino “post scribere”

que significa “escrever depois”!

Site consultado

<http://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-pessoal.htm

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O professor solicitará aos alunos a escrita de uma carta para um ente

familiar. Depois das cartas devidamente corrigidas e reescritas, o professor

explicará como se preenche um envelope. Os alunos podem entregar a carta

em mãos, se for possível, ou irão despachá-la no correio.

Objetivos: Ler e compreender a novela Bisa Bia, Bisa Bel. Produzir uma

árvore genealógica da família. Produzir um texto narrativo sobre o tema:

família.

Número de aulas: 4 horas-aula

Orientações Metodológicas:

Inicialmente o professor entregará aos alunos o livro Bisa Bia, Bisa Bel

para que cada um leia um trecho da história, em voz alta, a fim de aprimorar a

leitura oral, a fluência, a entonação, a pronúncia, valorizando o envolvimento

com o texto.

Bisa Bia, Bisa Bel – Ana Maria Machado

MACHADO, Ana Maria. Bia bisa, bisa bel. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2001.

Logo após a leitura o professor fará as seguintes perguntas:

1) Quem era a Bisa Bia?

2) Bisa Bia falava com a Isabel mesmo ou era fruto da imaginação dela?

3) Quem era a Neta Beta?

4) Onde estava o retrato da Bisa Bia que a Isabel havia perdido?

5) A autora fala sobre os laços entre pais, filhos, netos, bisnetos e o que

podemos fazer para melhorar o relacionamento familiar. Então agora relate

um pouco sobre o que você acha que uma família tem que ter, para ser feliz.

Professor o site abaixo é da Profª Ibegi Marques, lá você vai encontrar

mais sugestões de atividades com o livro Bisa Bia, Bisa Bel”.

Site consultado

http://bejinhomarquesoportugues.blogspot.com.br/2011/01/avaliacao-leitura-

livro-bisa-bia-bisa.html

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O professor explicará aos alunos o que é uma árvore genealógica.

Gênero Textual: Árvore Genealógica

O gênero textual árvore genealógica nos ajuda a conhecer um pouco da

história da família das pessoas. É o histórico que levanta dados sobre os

nossos ancestrais.

Em seguida serão distribuídas aos alunos folhas xerocadas com uma

árvore genealógica, para que eles completem-nas com informações sobre suas

famílias:

Disponível em http://www.smartkids.com.br/atividade/familia-arvore

Para concluir a atividade o professor solicitará aos alunos que façam

uma produção de texto com o seguinte título: “O que uma família tem que ter

para ser feliz”. As produções deverão ser corrigidas para que os alunos as

reescrevam se for necessário. A correção e reescrita será de suma

importância, pois assim podemos observar o desenvolvimento da escrita do

aluno e ajudá-lo em suas dificuldades.

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Objetivos: Estimular os estudantes à prática da leitura e escrita. Ler individual

e silenciosamente um livro de sua preferência. Produzir um marcador de livro

com o resumo de algum texto lido na biblioteca. Visitar a biblioteca escolar e

escolher um livro pra ler.

Número de aulas: 4 horas-aula

Orientações Metodológicas:

O professor levará os alunos à biblioteca e proporá que escolham livros

de livre escolha. Dessa forma irá analisar o tipo de leitura que os alunos

escolheram, comparando se houve mudanças desde a primeira visita que

fizeram à biblioteca escolar. Se eles vão se comportar de modo diferente, pois

já conhecem melhor o ambiente, se irão pedir por um tipo de livro ou autor em

especial, se serão mais autônomos ou precisarão da ajuda do bibliotecário. O

professor também proporá aos alunos para que emprestem livros

semanalmente e que o informem sobre livro que escolheram. Assim o

professor poderá acompanhar no decorrer do ano como está se desenvolvendo

a leitura dos alunos, dando dicas, trocando informações, sugerindo livros. Essa

atenção é essencial para a formação de leitores, pois desempenhamos um

papel importante no sentido de sempre estar estimulando a leitura e a escrita

em nossos alunos.

O professor também proporá aos alunos a confecção de um marcador de

livros, para tanto levará alguns modelos. Os marcadores deverão ter uma dica

de leitura dos livros da biblioteca escolar. Os marcadores ficarão disponíveis na

biblioteca para outros alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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