Modalidades Textuais- Como Redigir

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MODALIDADES TEXTUAIS – LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL.(PARA A AULA DO DIA 05/3/2009)

O grupo deverá ler cada modalidade textual, interpretar e tirar as dúvidas para no próximo encontro haverá produção e análise textual sobre cada modalidade.

1.COMO REDIGIR E PROPOR UM EDITORIAL

C!"#$%&!: Editorial é uma orma de redacção !ue veicula a opinião do "ornal ou, especiicando mais, dadirecção do órgão "ornal#stico.

C''#&$*&%#'*: $ de carácter opinativo e, assim, aproxima%se da dissertação e distingue%se da inormação&not#cia' e da recreação. (a redacção do $+%&!%', tomem sempre o cuidado de contextuali)ar os actos. *m#dia corporativa pre)a por apresentar not#cias descontextuali)adas, para !ue sua interpretação se"a eitaapenas por !uem "á se presta a estudar seu contexto. $ preciso sempre apresentar a maior !uantidade deinormação relevante poss#vel no $+%&!%', sempre !ue o assunto o permita. +or apresentar a opinião dadirecção do "ornal, não tra), via de regra, assinatura. E por isso, o tom do $+%&!%' é, !uanto poss#vel,impessoal. * linguagem do E+%&!%' é a mesma !ue caracteri)a a dissertação, ou se"a, (-O/012O,E3+4*(*12O e 5O(54062O. +ara propor um $+%&!%', basta !ue voc7s escrevam um &$-&! curto &de

um ou dois parágraos aproximadamente % mas !ue, a depender do assunto, pode chegar a tr7s parágraosra)oavelmente curtos' com as inormaç8es mais importantes do assunto em !uestão. Em geral, partam dealgum &$-&! publicado ou então de alguma denúncia ou tema de seu interesse. $ muito importante !ue oseditoriais se"am sintéticos e ob"ectivos. Em geral, as primeiras rases devem ser ob"ectivas e responder 9s !uest8es: O !ue; <uem; Onde; <uando; 5omo; +or !u7; +or exemplo: =/esde o dia >?@A? &!uando', osestudantes &!uem' de 6alvador &onde' t7m sa#do 9s ruas para protestar contra o aumento das tarias dosBnibus &o !u7', !ue passaram de CD,A para CD,FA &por !u7'. *s tácticas mais utili)adas nasmaniestaç8es oram impedir a circulação dos Bnibus e entrar pela porta da rente, para não pagar pelotransporte. *lém do &$-&!, a proposta deve conter atalhos com pelo menos uma, mas de preer7ncia maisde uma matéria onde a inormação é mais completa. +ode haver atalhos para matérias ains, para outroseditoriais mais antigos !ue tratem do mesmo assunto, etc.

2. COMO REDIGIR E PROPOR UMA CRNICA

D$%"%!: Etimologicamente, o termo crónica liga%se ao grego cronos !ue signiica tempo. $ o relato deatos dispostos em ordem cronológica, isto é, na ordem de sua sucessão, de seu desenvolvimento. (essaacepção, crónica é um género literário histórico !ue se desenvolveu na Europa, durante a época medieval erenascentista. Os cronistas preocupavam%se com o simples relatar dos atos, não lhes investigando ascausas e os eeitos. *ctualmente, a crónica é um tipo de relato !ue, se desenvolve no Grasil, por inlu7nciado romantismo ranc7s, com o desenvolvimento da imprensa, ou se"a, crónica seria Hconsideraç8es docronista a respeito de atos correntes e marcantes do dia%a%diaI.

C''#&$*&%#'*: Os atos do !uotidiano, os acontecimentos diários é !ue ense"am relex8es ao cronista. On#vel da reerencialidade liga%se ao tempo circundante. * matéria é leve e de extensão limitada. O cronistaemite uma visão sub"ectiva, pessoal e mesmo cr#tica. Já o uso de linguagem colo!uial, 9s ve)essentimental, ou emotiva ou, 9s ve)es, irónica, sarcástica, cr#tica.

E*#%$* 4''*$ $6 3 !6'* +$ #7"%#'

 1) C7"%#' – C!6$"&8%!: Elaboração em DK pessoa, linguagem directa, simples e despo"ada. *presentaatos geradores da história e relexão. Já aus7ncia de orma ixa de composição.

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2) C7"%#' L%#': Elaboração em DK pessoa, aus7ncia de orma ixa de composição, linguagemsentimental e colo!uial, aus7ncia de um eixo centrali)ador, visão sentimental da realidade interna ouexterna.

3) C7"%#' N''&%': Elaboração em DK ou K pessoa, orma de composição predominante &narração,exposição e diálogo', linguagem humor#stica, irónica, presença de um eixo &atos geradores da história', predom#nio de uma história leve, divertida, de ritmo rápido, inal inesperado.

 . 5OLO E/M E +O+O 0L TEXTO (**-NO:

C!"#$%&!: $ o relato de atos ordenados em se!u7ncia lógica, com inclusão de personagens. $ amodalidade de redacção na !ual contamos um ou mais atos !ue ocorrem em determinado tempo e lugar,envolvendo certos personagens. Exemplo: 6ão elementos undamentais da narração: o ato, o episódio ou oincidente &o !u7;' a personagem ou personagens envolvidos nele &!uem;'. Ocorre, contudo, a presençaacultativa de outras circunstPncias, segundo o seguinte es!uema: 5omo; Q modo como se desenvolvem osatos. Onde; Q local ou locais da ocorr7ncia. <uando; Q tempo, época ou momento em !ue se passa o ato.+or !u7; Q causa ou motivo do acontecimento. +or isso Q conse!u7ncia ou resultado. -odavia, nem sempreé necessária a presença de todos os elementos acima para !ue a narração se"a completa.

* narração não é exclusividade de contos, romances e outras ormas de expressão em prosa. Ela aparecetambém em versos, nos poemas, letras de música. $ ácil identiicar as ases da narrativa &exposição,cl#max e desecho', bem como a marcação do tempo, eita através das express8es adverbiais: um dia,então, depois, agora etc.

* narração é #''#&$%:'+'  pelo emprego dos verbos de acção !ue tradu)em a movimentação das personagens no espaço e no tempo, bem como a sucessão dos atos em unção do enredo.

ESTRUTURA (4ASES) DE UMA NARRAÇÃO APRESENTAÇÃO, COMPLICAÇÃO, CL;MAX $ DES4EC<O.

PARDAL=IN<O

O pardal)inho nasceu 4ivre. <uebraram%lhe a asa, 6acha lhe deu uma casa, água, comida e carinhos,Roram cuidados em vão * casa era uma prisão, O pardal)inho morreu. O corpo 6acha enterrou no "ardima alma, essa voou para o céu dos passarinhosS &Gandeira, DTUV:>F'

ESP>CIES DE NARRAÇÃO

a' <%*&7%' +! ?"$! @6'"! Q relatos ver#dicos ou imaginários de atos, episódios transmitidos atravésdas geraç8es.

 b' B%!?'%' ! '&!%!?'%'* Q relatos da vida de personagens ilustres ou relatos da vida do próprio

autor tem o nome de memórias &costumes e circunstPncias de determinada época' peril !uando se limitaaos traços caracter#sticos da pessoa em !uestão, geralmente relatados de maneira irónica ou divertida.

c' C!"&!*, "!$'*, !6'"#$*, '"$+!&'* Q de maneira geral, resultam da imaginação de seus autores.

d' E"&$%*&'* $ $!&'?$"* Q *s entrevistas são constitu#das, basicamente, de episódios, de depoimentosda pessoa entrevistada. *s reportagens se"am policiais, de eventos culturais, de viagens ou acontecimentosinusitados, baseiam%se nos atos, !ue são a matéria da narração. /esecho 5l#max 5omplicação*presentação

. COMO REDIGIR E PROPOR UM TEXTO DESCRITIO

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C!"#$%&!: $ a representação verbal de um ob"ecto sens#vel. 5ompara%se 9 otograia, mas admiteinterpretação, salvo se se tratar de descrição técnica. $ a modalidade de redacção na !ual se apontam ascaracter#sticas !ue comp8em um determinado ob"ecto, pessoa, ambiente ou paisagem.

E*#%$*: Já !uatro principais:

a' D$ *$ '"%6'+! ! %"'"%6'+! ($**!', '"%6', !F$#&!': retrato &uma otograia eita por meio de palavras, destacando%se traços capa)es de transmitir uma impressão de con"unto, aspectos particulari)antes

mais signiicativos, sem acumular detalhes supérluos'.

 b' D$ %"&$%! (! '6%$"&$): visuali)a%se um ambiente &a sala de estar, a biblioteca, com seus aspectos peculiares, móveis e adornos pertinentes'

c' D$ '%*'?$6: o observador abrange, de uma só ve), a totalidade do panorama depois, aos poucos, vaienumerando as partes do todo, de preer7ncia, pela ordem de proximidade.

d' D$ #$"': é movimentada, dinPmica, ao contrário das demais, !ue são de nature)a estática. *dmitem%seases, isto é, um desenvolvimento progressivo no tempo. (ão se deve conundir com a narração, !ue é umase!u7ncia de atos. * descrição apresenta aspectos sucessivos do mesmo ato. -odavia, alguns autores

consideram a descrição uma HexpansãoI da narração, pois, para narrar um ato é necessário descrever  pessoas, situá%las em ambientes etc.

ESTRUTURA DE UM TEXTO DESCRITIO

a' A$*$"&'!: corresponde 9 introdução, usa%se, muitas ve)es, um per#odo t#pico de narração, como, por exemplo: HO novidadeiro empurrou a porta e penetrou em uma pe!uena sala...I

 b' P!6$"!%:'!: considera%se pormenori)ação a parte central de uma descrição. $ a enumeração dosdetalhes caracter#sticos, !ue deve acilitar a Hvisuali)açãoI do !ue está sendo descrito, sem a acumulaçãodesordenada de elementos !ue não concorrem para este im.

c' D%"'6%:'!: ocorre nas descriç8es de cenas e caracteri)a%se pela sucessão de ases ou aspectosrelativos ao mesmo acto.

d' I6$**!: é caracter#stica da descrição psicológica, !ue envolve a interpretação do autor. 6ãosensaç8es visuais, auditivas, tácteis, gustativas, olactivas traços emocionais ou relex8es externadas peloescritor.

5. COMO REDIGIR E PROPOR UM TEXTO DISSERTATIO

C!"#$%&!: $ uma orma de redacção em !ue se apresentam consideraç8es a respeito de um tema para

expor, deender, explanar, explicar ou interpretar ideias. O tema dissertativo implica, mais !ue outro!ual!uer, o exerc#cio da ra)ão, do racioc#nio organi)ado Q operação mental !ue parte do conhecido para odesconhecido Q da interer7ncia dos dados da 4ógica. Expomos nossas ideias gerais, seguidas daapresentação de argumentos !ue se comprovem expressa uma tese &o !ue se !uer provar', um ponto devista apoiado em dados, atos e argumentos.

ESTRUTURA

a' I"&!+! ('$*$"&'!, 7!?!) apresenta a ideia %base, ob"ecto de consideraç8es do autor parasituar o leitor no assunto a ser desenvolvido. $, pois, o ponto inicial, em !ue se prop8e a pauta do trabalho.

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 b' D$*$"!%6$"&! ('"8%*$, explanação': +arte em !ue se trata do assunto de orma completa com aapresentação dos atos, ideias, argumentos exigidos. $ a ase da relexão, da undamentação básica dotrabalho. *s provas adu)idas terão valor comprobatório ou conirmatório nesse caso, apoia%se emtestemunhos, exemplos, autoridades, estat#sticas etc.

  c' C!"#*! ($#@!) $ o ponto de chegada, o con"unto, a s#ntese !ue encerra o trabalho, com areairmação da ideia central. $ a colocação inal, !ue deve estar apoiada no !ue oi exposto anteriormente.

CARACTER;STICAS

+ara dissertar, além de vocabulário ade!uado, linguagem simples, mas exacta e ob"ectiva, re!uisitosexigidos também nas outras ormas de redacção, deve%se ter o maior cuidado com a ordem e clare)a naexposição das ideias. $ essencial elaborar um plano e!uilibrado, coeso, isento de incompatibilidades ediscordPncias, além de evitar os erros contra a 4ógica, como: ignorPncia do assunto, alsa analogia&e!u#voco de semelhança acidental', contradição, alsa causa &alta de coordenação entre causa e eeito,!ue provoca conclus8es e!uivocadas', generali)ação &ampliação de um dado !ue não é absoluto', petiçãode princ#pio &racioc#nio redundante e circular, é o erro pelo !ual se toma como provado "ustamente o !ue sedeve provar', e!u#voco &dá%se o e!u#voco ao se tomar uma mesma palavra em vários sentidos. (ão possoairmar !ue a constelação 5ão ladra, por!ue o cão ladra.'.

*-E(12O: 6E2O E(N*/O6 &no dia A@A' E3EL+4O6 /E 5*/* LO/*4/*/E -E3-0*4 E*(W46E *N*4*-N* EL M0+O +** 6E E*4X*/O EL 6*4* /E *04* (O /*D>@A@>AAT &!uinta%eira'

*N6O: (O /* DV@A@>AAT &sábado', * *04* /E 4E-0*, (-E+E-*12O E +O/012O-E3-0*4 6EW (2O +E6E(5*4, O0 6EY*, O6 *40(O6 (2O +E56*L Z R*504/*/E,+O$L, J*NEW * +O/012O /E 0L* E6E(J* 5[-5* 6OGE * *+O6-4* <0E E6-W (* 3EO3: H+arte Q -écnicas de Expressão EscritaI. * E6E(J* /ENEW 6E E(-EM0E (O/* DT@A@>AAT &!uinta%eira' L+E-ENE4LE(-E.

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