Peca modelos de pecas - previdenciario

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MODELOS OS MODELOS A SEGUIR EXPRESSAM APENAS ORIENTAÇÃO AO ALUNO, QUE DEVE ESTABELECER CRITÉRIOS PRÓPRIOS PARA CADA CASO ESPECÍFICO E ASSIM DEVEM SER INTERPRETADOS. OS MODELOS TAMBÉM SERVEM PARA DEBATES EM SALA DE AULA, HAVENDO, PORTANTO, QUESTÕES CONTROVERSAS. ATENCIOSAMENTE. PROF. JOSÉ ROBERTO SODERO

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MODELOS OS MODELOS A SEGUIR EXPRESSAM APENAS ORIENTAÇÃO AO ALUNO, QUE DEVE ESTABELECER CRITÉRIOS PRÓPRIOS PARA CADA CASO ESPECÍFICO E ASSIM DEVEM SER INTERPRETADOS. OS MODELOS TAMBÉM SERVEM PARA DEBATES EM SALA DE AULA, HAVENDO, PORTANTO, QUESTÕES CONTROVERSAS.

ATENCIOSAMENTE.

PROF. JOSÉ ROBERTO SODERO

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REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – IRSM EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVEL DA COMARCA DE PINDAMONHANGABA-SP.

TAKAKAKA, japonês, casado, metalúrgico, aposentado, portador do CPF n. 000.000.000-00, residente e domiciliado nesta cidade na rua NNNN, n. 000 – Vila Verde, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus advogados constituídos, FULANO e FULANA, todos inscritos na OAB/SP sob os números 00.000 e 000.000, com escritório na rua SSSS, n. 00, centro, nesta cidade, propor Ação Ordinária pedindo REVISÃO DE BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA, contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO (INSS), com endereço para citação na Rua Dona Chiquinha de Mattos, n. 370 – 2o andar – centro - Taubaté, pelos fatos e fundamentos a seguir:

PRELIMINARMENTE 1. O autor requer seja concedido o benefício da assistência gratuita,

por não poder arcar com os ônus financeiros decorrentes do presente processo, sem que com isso sacrifique o seu sustento e o de sua família.

TUTELA ANTECIPADA 2. O autor, respaldado pelo artigo 273 do CPC, requer seja-lhe

deferida a antecipação da tutela, para garantir-lhe o direito de perceber, eminentemente, o benefício previdenciário com o valor correto, conforme demonstrativo abaixo, tendo em vista não pairar qualquer resquício duvidoso quanto ao direito ora requerido, pois a demora na solução da demanda, acarretará, como já vem ocorrendo, dano irreparável ao suplicante, por tratar-se de crédito de natureza alimentícia.

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NO MÉRITO 3. Conforme consta do documento ora acostado, o Autor teve

concedido em 11 de abril de 1.994, o benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de serviço (NB-000.000.000-0).

4. Ao observar o cálculo da renda mensal inicial do Autor verificam-

se ao menos dois equívocos por parte da Autarquia Previdenciária, a seguir expostos.

5. A presente tese parte dos princípios consagrados na Constituição

Federal onde os benefícios mantidos pela Previdência Social estão imunes a qualquer redução no seu valor qualitativo, que devem manter o poder aquisitivo desde a primeira mensalidade (renda inicial) e que as revisões garantam, em caráter permanente, o valor real da renda reajustada.

6. Moldura legislativa infraconstitucional - seja de natureza monetária

ou, especificamente, previdenciária - não se confortam de legitimidade afastamento destas garantias financeiras, sociais e mantenedoras, de forma perene, do poder de compra (valor real) dos benefícios.

7. Número e comparações e mais a bissetriz incontestável da

aritmética elementar, demonstrarão que os dogmas Constitucionais/Previdenciários foram relegados a réles retórica poética em função da Lei 8.700/93 e a MP 482/94 transformada em Lei.

8. Sob o título "A URV e a Previdência'', permitida a reprodução

desde que citada a fonte, o Ministro/Ministério assim fala: "Pergunta: Como se fala em perdas de 22%? Resposta: Não haverá perdas. Falar em perdas é desconhecer a realidade objetiva dos números. Os números da Previdência são publicados e sujeito a auditoria.'' Assim, sem memória de cálculo, sem demonstração técnica, os números, segundo a seguradora, "porque são sujeitos a auditoria'', devem ser aceitos incontestavelmente.

9. De todo lamentável, para os beneficiários, que a verdade

sacrossanta da Previdência não encontra respaldo nem na mesa do segurado dependente do sistema, nem na frieza irretorquível dos números.

DA LEI 8.700/93

10. Esta lei, originária do Executivo, alterou a política salarial,

alcançando, também, os reajustes periódicos dos benefícios em manutenção. Comando legal, de constitucionalidade zero,

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determina o expurgo de dez pontos percentuais da inflação verificada no mês anterior, determinando, também, com o expurgo, a revisão do salário mínimo, valendo, a política, para salários ativos e inativos.

11. O expurgo mensal seria compensado com o FAS, no final do

quadrimestre (janeiro, maio e setembro). 12. Tomando o salário mínimo e a sua evolução de setembro/93 a

fevereiro/94, constata-se que além de não existir a compensação plena, houve perda do poder aquisitivo, não só mês a mês como também no quadrimestre, afetando, também, as perdas, o plano URV.

13. Como as três negativas não foram recuperadas na única parcela

positiva, é indisfarçável que ocorreu a redução no valor do benefício, também, por seu turno, o valor real (qualitativo) foi violentado em função da inflação medida e indicada pela própria Previdência/Executivo, resultando, também, elementar entendimento que, com índices inferiores a inflação, ocorreu perda no poder aquisitivo e redução real no valor do benefício.

14. Em 1994, a questão das perdas, segue o mesmo talvegue do

quadrimestre do ano anterior.

15. Na vigência da malsinada Lei 8.700/93, cada salário mínimo integrante do benefício, sofreu prejuízo de qualquer coisa ao redor de 81,02 URV's, oferecendo-se a memória de cálculo e a correção segundo a variação do IRSM no período:

16. Os valores corrigidos são devidos a partir de março de 1994, e em

sendo a URV fixada no dia 01.03.1994 em CR$ 647,50, o prejuízo dos benefícios mínimos (pagos no valor expurgado e não no integral) é de 81,02 URV's.

17. Quem percebia, em setembro de 1993, o equivalente a três salários

mínimos (3 x CR$ 9.606,00 = CR$ 28.818,00) é credor de 243,06 URV's, (3 x 81,02 URV's), aplicando-se a mesma regra quantos forem os salários mínimos de setembro/93.

18. Todos os benefícios, inclusive os fixados no valor do salário

mínimo, foram fraudados pela Previdência e a política da Lei 8.700/93, e seus créditos podem ser reclamados em juízo, pela simples razão que não há vinculação dos reajustes dos benefícios com a política salarial dos ativos.

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19. A não vinculação com a política salarial dos ativos está claramente consignada no texto máter, no art. 194, IV, art. 201, § 2º e art. 58 ADCT.

20. A propósito dos efeitos prejudiciais e nefastos para os beneficiários

da Previdência, válido conhecer pensar da Procuradoria da República, expresso no Parecer utilizado para instruir a Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a MP 434/94 - Plano de Estabilização Econômica - Unidade Real de Valor - aprovado pelo Exmº Sr. Ministro de Estado da Fazenda (Parecer elaborado pela Procuradoria Geral da Fazenda, por Delegação).

"12. Iniludivelmente, a anterior sistemática de recomposição dos salários pela inflação passada não logrou preservar a estabilidade do poder aquisitivo dos trabalhadores, servidores públicos e beneficiários da previdência.''

21. Neste item a confissão do Poder Executivo que a política da Lei

8.700/93, não logrou preservar o poder aquisitivo dos beneficiários da previdência.

"20. Se não ocorreu diminuição no valor nominal dos salários, vencimentos, proventos e pensões e benefícios previdenciários, não há como solucionar a questão na esfera da ação direta de inconstitucionalidade. Nem seria razoável exigir-se que a Excelsa Corte se ocupasse em aferir a valoração real dessas remunerações com base nas mutações da economia, para admitir ou não perdas dos trabalhadores, servidores públicos, aposentados e pensionistas e beneficiários da previdência.''

22. A tese do Executivo sustenta valor nominal sem redução prática.

No caso dos benefícios da Previdência Social a Constituição Federal de 1988 é clara:

"É assegurado o reajustamento dos benefícios, para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real. ...'' (Art. 201, § 2º)

23. E é evidente que o legislador Constituinte quando foi expresso ao

assegurar o valor real, não se referiu ao valor nominal que, por força do contexto constitucional, não representam (valor real e valor nominal) a mesma expressão semântica.

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24. Têm, agora, não só a Excelsa Corte, como também todos os DD.

Magistrados, de qualquer Entrância ou Instância a aferição do valor real violentado pela legislação anterior (Lei 8.700/93) como confessa o Parecer.

"22. De qualquer forma, impende mencionar que a jurisprudência da Corte Constitucional do País, quanto a uma das garantias da independência dos Membros do Poder Judiciário, se assentou no sentido de que o princípio da irredutibilidade dos vencimentos não tem, como corolário, a revisão dos mesmos em função do poder aquisitivo da moeda, o que a irredutibilidade veda é a diminuição, por lei posterior, dos vencimentos que o magistrado, em exercício antes de sua vigência, estivesse recebendo, ou seja, a garantia da irredutibilidade dos vencimentos não tem, como corolário, a revisão dos mesmos em função da perda do poder aquisitivo da moeda...''

"24. Destarte, no caso in examine, não se vê configurado qualquer infringência ao princípio da irredutibilidade de vencimentos ou salários, mesmo porque, como já salientei, o que tal princípio veda é a redução do valor dos vencimentos ou salários relativamente aos próprios vencimentos ou salários ou dos salários relativamente aos próprios vencimentos e salários nominais vigentes e não uma hipotética perda do poder aquisitivo, devido às contingências de um determinado momento.’’

"26. Portanto, o escopo do princípio da irredutibilidade do salário é o de vedar a redução do salário vigente, sem a anuência da convenção ou do acordo coletivo, e não o de proteger o salário contra uma presumível perda do poder aquisitivo...'' (Parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN/CRJN/ nº 363/94, de 30.03.1994) (in Revista de Previdência Social - Editora LTr - São Paulo - Abril 1994, nº 161, páginas 328/333).

25. A toda evidência que o DD. Procurador-Coordenador da

Representação Judicial da Fazenda Nacional revogou, a fim de conferir constitucionalidade aos seus argumentos, as referências constitucionais específicas para os benefícios (194, IV, 201, 2º e art. 58 ADCT) para, entre outros argumentos, concluir:

"d) o princípio da irredutibilidade preserva o valor nominal da remuneração não o seu valor real’’

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26. Os números, a demonstração forte na aritmética elementar, as letras

da Constituição Federal e o alentado e confesso parecer do Poder Executivo, garantem a exigibilidade, por parte de todos os beneficiários da Previdência, dos prejuízos monetários provocados pela Lei 8.700/93, que não preservou a irredutibilidade do valor real dos benefícios com a sistemática aplicada aos reajustes.

URV - EFEITOS NEGATIVOS NOS BENEFÍCIOS

27. Há convicção e certeza jurídica de que os efeitos negativos

incidentes da Lei 8.700/93 nos benefícios da Previdência Social estão eivados inapelavelmente de flagrante e escancarada inconstitucionalidade e, só para efeitos de raciocínio segundo a mesma racio do Executivo (a média implica em redução efetiva comparada com os mesmos componentes integrantes do universo considerado) o salário mínimo em URV deve ser, para fins de pagamento de benefícios fixado em 71,96 (setenta e um inteiros e noventa e seis centésimos de URV's) e não o de 64,79, cuja base média parte de um valor que não é o real e sim nominal.

28. A então nova metodologia, calcada em violência constitucional,

responde-se que há perdas. Provado está, por aritmética elementar e razões jurídicas a realidade dos números. Dizer que não existem perdas com a URV é desconhecer a objetividade dos números. Se os números da Previdência estão sujeitos a Auditoria, esta deve ser aquela mesma que na aplicação da Lei nº 6.708/79, estabeleceu o salário mínimo anterior para pagar benefícios e o novo para arrecadação.

29. Decisões recentes do Egrégio Superior Tribunal de Justiça apontam

que antes da conversão em URV, deveria o INSS aplicar o IRSM integral de 39,67%, referente ao mês de fevereiro. Senão vejamos:

16063487 – PREVIDENCIÁRIO – SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994 – APLICAÇÃO – 1. Segundo entendimento recente da Terceira Seção desta Corte, tratando-se de correção monetária de salários de contribuição, para fins de apuração de renda mensal inicial, deve ser aplicado o IRSM integral do mês de fevereiro, da ordem de 39,67%, antes da conversão em URV (art. 21, §1º, da Lei nº 8.880/94). 2. Recurso especial conhecido em parte. (STJ – RESP 280149 – SP – 6ª T. – Rel. Min. Fernando Gonçalves – DJU 11.12.2000 – p. 00260)

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16061268 – PREVIDENCIÁRIO – SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994 – APLICAÇÃO – 1 – Segundo entendimento recente da Terceira Seção desta Corte, tratando-se de correção monetária de salários de contribuição, para fins de apuração de renda mensal inicial, deve ser aplicado o IRSM integral do mês de fevereiro, da ordem de 39,67%, antes da conversão em URV (art. 21, §1º, da Lei nº 8.880/94). 2 – Recurso especial conhecido. (STJ – RESP 270748 – SP – 6ª T. – Rel. Min. Fernando Gonçalves – DJU 30.10.2000 – p. 214)

16061843 – PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EQUÍVOCO MANIFESTO – OCORRÊNCIA – EFEITOS INFRINGENTES – POSSIBILIDADE – PREVIDENCIÁRIO – SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994 – APLICAÇÃO – 1 – Caracterizado equívoco manifesto, merecem acolhida os embargos, com efeitos infringentes do julgado. 2 – Segundo entendimento recente da Terceira Seção desta Corte, tratando-se de correção monetária de salários de contribuição, para fins de apuração de renda mensal inicial, deve ser aplicado o IRSM integral do mês de fevereiro, da ordem de 39,67%, antes da conversão em URV (art. 21, § 1º, da Lei nº 8.880/94). 3 – Embargos acolhidos para não conhecer do recurso especial. (STJ – EDRESP 249905 – SC – 6ª T. – Rel. Min. Fernando Gonçalves – DJU 09.10.2000 – p. 211)

16056133 – AGRAVO REGIMENTAL – PREVIDENCIÁRIO – ATUALIZAÇÃO – SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO – VARIAÇÃO DO IRSM DE FEVEREIRO DE 1994.39,67% – POSSIBILIDADE – 1. Na atualização dos salários-de-contribuição dos benefícios em manutenção é aplicável a variação integral do IRSM nos meses de janeiro e fevereiro de 1994, no percentual de 39,67% (artigo 21, parágrafo 1º, da Lei nº 8.880/94). 2. Agravo regimental improvido. (STJ – AGRESP 258929 – SC – 6ª T. – Rel. Min. Hamilton Carvalhido – DJU 18.09.2000 – p. 00179)

16057799 – PREVIDENCIÁRIO – SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994 –

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APLICAÇÃO – 1 – Segundo entendimento recente da Terceira Seção desta Corte, tratando-se de correção monetária de salários de contribuição, para fins de apuração de renda mensal inicial, deve ser aplicado o IRSM integral do mês de fevereiro, da ordem de 39,67%, antes da conversão em URV (art. 21, § 1º, da Lei nº 8.880/94). 2 – Recurso especial não conhecido. (STJ – RESP 261098 – RS – 6ª T. – Rel. Min. Fernando Gonçalves – DJU 25.09.2000 – p. 00151)

16051178 – PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO – REVISIONAL DE BENEFÍCIO – INPS – CONVERSÃO EM URV – LEI 8.880/94 – PERDA DO VALOR REAL – INCLUSÃO DO RESÍDUO DE 10% REFERENTE AO IRSM DE JANEIRO/94 E O IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO/94 – HONORÁRIOS DE ADVOGADO – NÃO HÁ ISENÇÃO – JUSTIÇA GRATUITA – JUROS DE MORA – PERCENTUAL E TERMO INICIAL – 1. O reajuste dos benefícios são feitos com base no INPC, com as modificações legais posteriores, sendo devidas as inclusões do resíduo de 10% referente ao IRSM de janeiro de 1994, não antecipado no mês de fevereiro do mesmo ano, bem como do IRSM integral de fevereiro de 1994 (39,67%), antes da conversão do valor nominal do benefício previdenciário em URV, com o fim de manter o seu valor real. 2. Não há isenção de honorários advocatícios para os beneficiários da Justiça Gratuita. Lei nº 1.060/50, art. 3º. 3. Juros de mora de 1% ao mês são devidos a partir da citação válida. 4. Precedentes. 5. Recurso conhecido e provido quanto aos honorários advocatícios, quanto à aplicação do IPC e quanto ao termo inicial de juros, estes que são de 12% ao ano. (STJ – RESP 228995 – (199900800540) – RN – 5ª T. – Rel. Min. Edson Vidigal – DJU 19.06.2000 – p. 00183)

16051864 – PREVIDENCIÁRIO – ATUALIZAÇÃO – SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO – VARIAÇÃO DO IRSM DE JANEIRO E FEVEREIRO DE 1994 – 36,67% – POSSIBILIDADE – 1. Na atualização dos salários-de-contribuição dos benefícios em manutenção é aplicável a variação integral do IRSM nos meses de janeiro e fevereiro de 1994, no percentual de 39,67% (artigo 21, parágrafo 1º, da Lei nº 8.880/94). 2. Recurso não conhecido. (STJ – RESP 245157 – (200000033812) – RS – 6ª T. – Rel. Min. Hamilton Carvalhido – DJU 05.06.2000 – p. 00263)

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16052288 – PREVIDENCIÁRIO – BENEFÍCIO – SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO – ATUALIZAÇÃO – INCIDÊNCIA DO IRSM DE FEVEREIRO DE 1994 (39,67%) – REAJUSTE – 1. Na atualização dos salários-de-contribuição informadores do salário-de-benefício, deve incidir, antes da conversão em URV, o IRSM de fevereiro de 1994 (39,67%), consoante preconizado pelo art. 21, §1º, da Lei 8.880/94. 2. Aos benefícios concedidos após a CF/88 descabe aplicar-se o índice integral no primeiro reajuste, a título de preservar seu valor real. 3. Recurso conhecido em parte e, nessa, provido. (STJ – RESP 212820 – (199900396286) – SP – 5ª T. – Rel. Min. Gilson Dipp – DJU 05.06.2000 – p. 00194)

30. Observa-se, que referido índice não foi aplicado ao mês de

fevereiro de 1994, quanto ao benefício do Autor, devendo por isso ser revisado com a devida correção e pagamento das parcelas vencidas e vincendas do benefício recalculado, com reflexos nos abonos anuais.

31. Assim, não aplicando os devidos reajustes ao benefício do Autor

causou-lhe o INSS prejuízos que refletem em sua renda mensal, decorrente da aposentadoria por tempo de serviço.

32. Portanto, requer seja revista a renda mensal do Suplicante, com o

pagamento das diferenças apuradas, inclusive com reflexos nos abonos anuais.

DO PEDIDO

33. Ante o exposto, visto que há prejuízos no benefício do Autor,

especialmente, quanto à falta de aplicação do IRSM integral do mês de fevereiro/94 (39,67%) à correção dos salários de contribuição, à Vossa Excelência se digne determinar a citação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , através do seu representante legal, para que ofereça, sob pena de revelia, sua defesa, no prazo legal, esperando ver a ação julgada procedente, declarando e condenando o INSS à:

a) Pagar as diferenças decorrentes da não correção dos salários de

contribuição pelo índice integral do IRSM do mês de fevereiro/94 (39,67%) benefício de acordo com a legislação;

b) Pagar as diferenças (proventos vencidos e vincendos), desde a data do início do benefício concessão do benefício;

c) Pagar os reflexos do pedido nos abonos anuais; d) Pagar honorários advocatícios e custas processuais.

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34. Provará, o Autor o alegado por todos os meios de prova em direito

admitidos, sem exceção o que desde já se requer, especialmente a expedição de ofícios e cartas precatórias, juntada de novos documentos, inclusive a juntada pelo INSS de todos os valores pagos à suplicante desde o início do benefício previdenciário, depoimento pessoal do representante legal do INSS, juntada do processo administrativo da concessão da aposentadoria.

35. Dá à presente causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 10.000,00

(dez mil reais). Nestes termos, A. deferimento. Pindamonhangaba, .... de .... de .... ADVOGADO OAB/SP – nº

RESUMO Segurado cuja renda mensal inicial, ao ser calculada, tem a correção dos salários-de-contribuição com “passagem” pelo mês de fevereiro/94.

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REVISÃO DE BENEFÍCIO – CORREÇÃO DOS SALÁRIOS DE

CONTRIBUIÇÃO PELA VARIAÇÃO DA ORTN/OTN/BTN EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVEL DA COMARCA DE PINDAMONHANGABA-SP.

VVVVVV, brasileiro, casado, aposentado, portador do CPF n. 000.000.000-00, residente e domiciliado nesta cidade na rua GGGGG, n. 00 – Parque São Domingos, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus advogados constituídos, FULANO e FULANA, todos inscritos na OAB/SP sob os números 00.000 e 000.000, com escritório na rua SSSSSS, n. 00, centro, nesta cidade, propor Ação Ordinária pedindo REVISÃO DE BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA, contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO (INSS), com endereço para citação na Rua Dona Chiquinha de Mattos, n. 370 – 2o andar – centro - Taubaté, pelos fatos e fundamentos a seguir:

PRELIMINARMENTE 1. O autor requer seja concedido o benefício da assistência gratuita,

por não poder arcar com os ônus financeiros decorrentes do presente processo, sem que com isso sacrifique o seu sustento e o de sua família.

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TUTELA ANTECIPADA 2. O autor, respaldado pelo artigo 273 do CPC, requer seja-lhe

deferida a antecipação da tutela, para garantir-lhe o direito de perceber, eminentemente, o benefício previdenciário com o valor correto, conforme demonstrativo abaixo, tendo em vista não pairar qualquer resquício duvidoso quanto ao direito ora requerido, pois a demora na solução da demanda acarretará, como já vem ocorrendo, dano irreparável ao suplicante, por tratar-se de crédito de natureza alimentícia.

NO MÉRITO 3. Conforme consta do documento ora acostado, o Autor teve

concedido em 09 de junho de 1.983, o benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de serviço (NB-000.000.000-0).

4. Ao observar o cálculo da renda mensal inicial do Autor verificam-se

ao menos dois equívocos por parte da Autarquia Previdenciária, a seguir expostos.

5. A presente tese parte dos princípios consagrados na Constituição

Federal onde os benefícios mantidos pela Previdência Social estão imunes a qualquer redução no seu valor qualitativo, que devem manter o poder aquisitivo desde a primeira mensalidade (renda inicial) e que as revisões garantam, em caráter permanente, o valor real da renda reajustada.

6. Moldura legislativa infraconstitucional - seja de natureza monetária

ou, especificamente, previdenciária - não se confortam de legitimidade afastamento destas garantias financeiras, sociais e mantenedoras, de forma perene, do poder de compra (valor real) dos benefícios.

DA CORREÇÃO DOS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO PELA VARIAÇÃO DA ORTN/OTN/BTN

7. Conforme se aquilata do documento de concessão do benefício previdenciário em anexo, a data do início do benefício se deu em 09 de junho de 1983.

8. Observe Vossa Excelência, que o benefício foi concedido antes da

égide da Carta Magna de 88, que manda que para a apuração do

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salário de benefício e, conseqüentemente da renda mensal inicial, ocorra a correção dos últimos 36 salários de contribuição (art. 202).

9. Na época da concessão do benefício do Autor, a legislação vigente

determina que se utilizem os últimos 36 salários de contribuição, mas somente se corrigisse os 24 anteriores aos 12 últimos, isto é, quando foi realizado o cálculo do benefício inicial do Segurado, deixou o INSS de aplicar a devida correção pela ORTN/OTN/BTN dos 24 salários de contribuição anteriores aos 12 últimos.

10. "Data venia" a posição do Requerido não encontra supedâneo legal, pois a autarquia previdenciária deveria ter observado as regras do art. 21, II, parágrafo 1º, do Decreto n. 88.312/84, assim como o art. 3º, parágrafo 1º, da Lei n. 5.890/73 e, especialmente o art. 1º da Lei n. 6.423/77, que obriga a atualização dos salários de contribuição na forma determinada pela r. Sentença.

11. Várias decisões do E. Tribunal Regional Federal da 3a Região têm se posicionado a favor da correção dos 24 salários de contribuição anteriores aos 12 últimos, critério este, cuja finalidade é a de recompor os valores de uma parte dos salários de contribuição.

112372 JADCT.58 JCF.201 JCF.201.6 – REVISÃO DE BENEFÍCIOS – RENDA MENSAL INICIAL – LEI Nº 6.423/77 – ART. 58 DO ADCT DA CF – SÚMULA Nº 260 DO EX-TFR – ART. 201, § 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – AUTO-APLICABILIDADE – CORREÇÃO MONETÁRIA – VERBA HONORÁRIA – I – É devida a correção monetária dos vinte e quatro salários-de-contribuição precedentes aos doze últimos pela variação da ORTN/OTN, nos termos do disposto no art. 1º da Lei nº 6.423/77. II – Revisão nos termos do art. 58 do ADCT com base na nova Renda Mensal Inicial. III – Aplicação da Súmula nº 260 do extinto TFR. IV – O § 6º do art. 201 da Constituição Federal é norma de eficácia plena e aplicabilidade imediata. V – É admissível a correção monetária dos débitos anteriores ao ajuizamento da ação (Súmula nº 71 do extinto TFR), aplicando-se os critérios de atualização da Lei nº 6.899/81 às parcelas vencidas a partir de sua entrada em vigor. VI – Verba honorária fixada em consonância com entendimento da Turma. VII – Recurso parcialmente provido. (TRF 3ª R. – AC 95.03.084938-1 – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Conv. Maurício Kato – DJU 16.11.2000 – p. 429). 112373 JADCT.58 JCF.201 JCF.201.6 JCF.201.5 JCF.201.4 – REVISÃO DE BENEFÍCIOS – RENDA MENSAL INICIAL – LEI Nº 6.423/77 – SÚMULA Nº 260 DO EX-TFR – ART. 201, § 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – AUTO-APLICABILIDADE (REDAÇÃO ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15.12.1998) – LEI Nº 7.789/89 – APLICABILIDADE A PARTIR DE JUNHO DE 1989 – CRITÉRIOS LEGAIS DE REAJUSTE – VERBA HONORÁRIA – I – Preliminares rejeitadas. II – É devida a correção monetária dos vinte e quatro salários-de-contribuição precedentes aos doze últimos pela variação da ORTN/OTN, nos termos do disposto no art. 1º da Lei nº 6.423/77. III – Aplicação da Súmula nº 260 do extinto TFR. IV – O § 6º do art. 201, da Constituição Federal é norma de eficácia plena e aplicabilidade imediata. V – Não obstante a Lei nº 7.789/89 haver sido publicada no mês de julho de 1989, o valor por ela estabelecido passou a vigorar a partir de 01.06.1989, devendo, pois, ser observado, em respeito ao art. 201, § 5º da Constituição Federal. VI – Legitimidade da sistemática de reajustes instituída pela Lei nº 8.213/91 e legislação posterior. Inteligência do art.

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58 do ADCT e arts. 7º, IV, 194, IV e 201, § 4º, da Constituição. VII – Verba honorária fixada em 10% sobre o valor das parcelas vencidas até a data da sentença, sem incidência das parcelas vincendas, conforme entendimento desta 2ª Turma e Súmula nº 111 do Superior Tribunal de Justiça. VIII – Recurso do INSS parcialmente provido e recurso adesivo do autor desprovido. (TRF 3ª R. – AC 95.03.100891-3 – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Conv. Maurício Kato – DJU 16.11.2000 – p. 429) 112374 – REVISÃO DE BENEFÍCIOS – RENDA MENSAL INICIAL – LEI Nº 6.423/77 – SÚMULA Nº 260 DO EX-TFR – PRESCRIÇÃO – MARÇO DE 1994 – 29,67% – RESÍDUO – URP – JUNHO/87 E FEVEREIRO/89 – IPC – MARÇO/90 – CORREÇÃO MONETÁRIA – SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA – I – É devida a correção monetária dos vinte e quatro salários-de-contribuição precedentes aos doze últimos pela variação da ORTN/OTN, nos termos do disposto no art. 1º da Lei nº 6.423/77. II – Implementado a partir de 04 de abril de 1989 o critério de revisão mediante divisão da RMI pelo salário mínimo da época, desde então tornou-se inaplicável a sistemática de reajuste contemplada na Súmula nº 260 do extinto Tribunal Federal de Recursos, seguindo-se a prescrição das ações em relação às quais fluiu o qüinqüênio iniciado em abril/89. III – A nova sistemática de correção pela URV, em março de 1994, suprimiu o critério baseado no IRSM, ficando sem aplicação o percentual postulado. IV – Rejeitada a pretensão de pagamento de créditos residuais fundada no Decreto-lei nº 2.335/87, eis que objeto de formulação vaga e também despida de fundamentação, que não permite a correta compreensão de seu alcance. V – Inaplicável o reajuste com base no percentual de 26,06% no mês de junho de 1987. VI – Pedido de reposição da URP em fevereiro/89 repelido. Precedentes do STF e da Colenda Turma. VII – Incabível a incorporação do percentual de 84,32%, correspondente ao IPC de março de 1990, devido à revogação da Lei nº 7.830/89 pela Lei nº 8.030/90. VIII – É admissível a correção monetária dos débitos anteriores ao ajuizamento da ação (Súmula nº 71 do extinto TFR), aplicando-se os critérios de atualização da Lei nº 6.899/81 às parcelas vencidas a partir de sua entrada em vigor. IX – Em face da sucumbência recíproca, descabe a condenação nas verbas correspondentes. X – Recurso parcialmente provido. (TRF 3ª R. – AC 97.03.058175-7 – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Conv. Maurício Kato – DJU 16.11.2000 – p. 431)

12. O TRF da 3a Região, inclusive já pacificou seu entendimento

através da Súmula nº 7. 13. Assim sendo, requer seja JULGADA PROCEDENTE a presente

ação, para condenar o INSS a revisar o cálculo da renda mensal inicial do Requerente, aplicando-se a variação da ORTN/OTN/BTN na correção dos salários de contribuição, com o pagamento das diferenças na rendas mensais posteriores, desde a data da concessão do benefício, inclusive sobre o abono anual.

DO PEDIDO

14. Requer o Autor a citação do Instituto-Réu, para responder nos termos desta inicial, apresentando defesa, sob pena de revelia e acompanhar a presente ação até decisão final que, acolhendo o pedido e julgando-o procedente, deverá condenar o INSS a:

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a) A revisar o cálculo da renda mensal inicial do Requerente, aplicando-se a variação da ORTN/OTN/BTN para a correção dos salários de contribuição, com o pagamento das diferenças na rendas mensais posteriores, desde a data da concessão do benefício, inclusive sobre o abono anual.

b) Juros e correções legais. c) Honorários advocatícios.

15. O alegado será comprovado por todos os meios de prova em direito admitidos, o que desde já se requer, especialmente a juntada de documentos, expedição de ofícios e cartas precatórias e apresentação pelo INSS de toda a cópia do procedimento administrativo de concessão da aposentadoria ao Autor.

16. Dá-se à presente causa, para efeitos fiscais, valor de R$ ......

17. Assim, espera o Requerente, ver ao final julgada TOTALMENTE

PROCEDENTE a presente ação, nos termos da fundamentação acima, por ser de direito e merecida JUSTIÇA!

Termos em que, P. deferimento. Pindamonhangaba, .... de ....... de ....... ADVOGADO OAB/SP nº

RESUMO Revisão dos benefícios concedidos antes da CF/88 e depois de junho de 1977 devem ter o cálculo da renda mensal inicial com correção dos salários de contribuição (24 anteriores aos 12 últimos) pela variação da ORTN/OTN/BTN.

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AÇÃO ACIDENTÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM.

____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE PINDAMONHANGABA/SP.

WWWWW, brasileiro, metalúrgico, desempregado, portador da Cédula de Identidade RG n. 00.000.000 e portador do CPF/MF sob o n. 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua UUUU, n. 00 – Loteamento Changrilá – Bairro das Campinas, em Pindamonhangaba/SP, através de seus advogados e bastante procuradores que a esta subscrevem, FULANO e FULANA, inscritos na OAB/SP sob o número 00.000 e 000.000, todos com escritório na Rua SSSS, n. 00 - centro - Pindamonhangaba, onde receberão notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de V. Exa. propor a presente

AÇÃO ACIDENTÁRIA

em face do;

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, que deverá ser citado, através de seu representante legal, na Rua Dona Chiquinha de Mattos, n. 370 - 2o Andar - centro - Taubaté - SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir articulados.

PRELIMINARMENTE 1. Requer o Autor sejam-lhe deferidos os benefícios da Assistência Judiciária

Gratuita, tendo em vista não poder arcar com os ônus financeiros decorrentes da presente demanda judicial, sem que com isso possa afetar o seu sustento e o de sua família, conforme declaração que junta nesta oportunidade.

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DOS FATOS 2. O Requerente é ex-empregado da empresa AAAAAA S/A, onde laborou no

período entre 03 de abril de 1989 a 23 de março de 2001, exercendo suas atividades laborais na unidade de Pindamonhangaba, conforme comprovam cópias de sua Carteira de Trabalho em anexo.

3. Em sua atividade laboral, o Requerente trabalhava no setor de lingotagem,

executando tarefas como a de carregamento de latas de areia e em posição viciosa (agachado) revestia placas. Também trabalhou na preparação de lingoteiras, quando subindo em uma escada, com uma escova era obrigado a limpar a lingoteira por dentro.

4. Antes de laborar a empresa AAAAAA, o Reclamante não era portador de

nenhuma em doença ocupacional, até mesmo porque foi aprovado em exame médico pré-admissional.

5. Embora tenha reclamado para a empregadora, jamais houve Comunicação do

Acidente do Trabalho da empresa para o INSS.

6. Entretanto, conforme relatório médico em anexo, o Requerente “é portador de quadro clínico de dores lombares irradiadas para o membro inferior esquerdo, que dificultam a execução de seu trabalho e de esforços físicos.”

7. Foi realizada tomografia com a seguinte conclusão médica: “a tomografia

mostrou protusão do disco no espaço L5S1 com conflito radicular, o que explica sua dor”.

8. Como se vê, a documentação médica juntada pelo Requerente dá conta da

existência dos infortúnios e do próprio nexo causal, o que ensejaria a concessão de auxílio acidente (art. 86 da Lei n. 8.213/91 e art. 104 do Decreto 3.048/99), o que se requer desde já.

DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

9. O Art. 273 do Código de Processo Civil, com a redação que lhe deu a Lei nº 8.952, de 13.12.1994:

"O Juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação, e: I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.''

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10. Novel instituto da processualística civil, a tutela antecipatória representa,

indubitavelmente, o preenchimento de uma lacuna que há muito carecia de disciplina legal, máxime em face das limitações naturais da tutela cautelar, concebida que foi com função meramente assecuratória.

11. O Poder Judiciário, em que pese os esforços despendidos, não consegue evitar, em

todos os seus níveis, o atraso na entrega da tutela jurisdicional. Os problemas são de várias ordens, podendo se destacar a falta de juizes, o volume exacerbado de processos para instrução e julgamento e a legislação processual que possibilita a eternização das lides através de um número infindável de recursos colocados à disposição das partes.

12. O processo cautelar e, em especial, os pedidos de liminares passaram a ser

supervalorizados, como instrumentos para se obter uma solução célere para a lide. A jurisprudência, entretanto, cada vez com maior intensidade, abomina os provimentos cautelares satisfativos.

13. Processualistas de nomeada, em busca de minimizar a falta de efetividade da

prestação jurisdicional, bradaram pela inserção, no Código de Processo Civil, de disposição capaz de possibilitar a antecipação dos efeitos da tutela almejada no pedido inicial, em caráter provisório, antes da decisão definitiva da lide.

14. Assim é que, hodiernamente, o juiz pode, em summaria cognitio, antecipar os

efeitos daquela que seria uma futura sentença de mérito, atendendo, a requerimento, à pretensão de direito material vindicada pelo Autor da ação, provisoriamente. Ressalte-se que a provisoriedade é o único traço que distingue o provimento antecipado da sentença de procedência do pedido.

15. Permita-nos este Douto Juízo, breve exposição sobre a questão da tutela

antecipada, especialmente contra a Fazenda Pública, objeto liminar do pedido.

16. Os pressupostos ou requisitos necessários à concessão da tutela antecipatória se assemelham àqueles que autorizam o deferimento da tutela cautelar. Todavia, à tutela antecipatória, um plus em relação à tutela cautelar, o fumus boni juris há que se fazer supedaneado por situação de fato impregnada de verossimilhança, o que se demonstra no caso em tela.

17. A verossimilhança é a probabilidade de a situação fática sobre a qual incidem

os fundamentos jurídicos ser verdadeira. Esta aparência verossímil deve se apresentar de forma inequívoca, ou seja, revestida de contornos tais que permitam ao juiz um convencimento razoável. Devemos lembrar, no entanto, que não se exige um convencimento pleno, pois a certeza é apanágio da verdade real, não da mera probabilidade.

18. O periculum in mora patenteia-se exatamente na possibilidade de a parte autora

experimentar prejuízo irreparável ou de difícil reparação, se tiver que aguardar o tempo necessário para a decisão definitiva da lide. Resguarda-se, dessarte, o

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litigante dos maléficos efeitos do tempo, isto porque situações existem, e não são raras, em que a parte interessada não pode aguardar a tramitação do processo sem prejuízo moral ou material insuscetível de recomposição.

19. Inovou-se, viabilizando a antecipação da tutela diante do abuso do direito de

defesa e da conduta comprovadamente protelatória do réu. Cuida-se de espécie de tutela que visa a punir o réu por sua conduta no processo, independentemente da urgência.

20. Consagra-se o abuso do direito de defesa pela prática de atos que extrapolem o

direito de resposta ou produção de provas, segundo avaliação judicial.

21. O abuso do direito de defesa comumente se manifesta pela atuação da parte sob o manto de virtual legalidade, no uso de faculdades processuais (contestações, especificação e produção de prova, etc.), mas que oculta escopos maliciosos. Por isso, compete ao juiz esquadrinhar as intenções da parte para detectar se o móvel que a inspirou a praticar o ato foi animado de intentos diversos.

22. As contestações genéricas, flagrantemente infundadas ou divorciadas do

pedido, tais como aqueles arrazoados que contrariam orientação pretoriana pacificada (v.g., súmulas e decisões em sede de controle da constitucionalidade proferidas pelo STF), constituem abuso do direito de defesa.

23. No campo da litigância de má-fé, a dar ensanchas à antecipação da tutela,

cumpre destacar, pela freqüência com que sói ocorrer, a vulneração ao "dever de veracidade'' que deve nortear a atuação das partes no processo. Incumbe à parte, além de declarar somente a verdade, abster-se de omitir fatos relevantes ao julgamento da lide, de que tenha conhecimento.

24. Os provimentos antecipatórios, por representarem um adiantamento da

eficácia da futura decisão de mérito a ser proferida no processo, não se confundem com os provimentos cautelares. A distinção substancial está em que a medida antecipatória satisfaz antecipadamente, enquanto a medida cautelar tem função meramente assecuratória de eficácia da sentença futura. A satisfatividade é da essência da antecipação da tutela, porém, na tutela cautelar, consoante orientação jurisprudencial remansosa, constitui óbice à sua concessão.

25. Em última análise, diríamos que os provimentos cautelares visam a garantir

o resultado eficaz do processo, assegurando a efetividade de uma pretensão de direito processual ou material. Ao revés, os provimentos antecipatórios dispõem diretamente sobre o direito material contendido, representando o atendimento da pretensão antes da sentença.

26. Dispõe o § 2º do art. 273: "Não se concederá a antecipação da tutela

quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado''.

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Diante desta limitação, ouvimos afirmações no sentido de que a antecipação da tutela de direitos patrimoniais, em princípio, seria contra-indicada, ou menos indicada. Assim não nos parece.

27. Com efeito, sem embargo das necessárias cautelas e ponderação na

antecipação da tutela, para que não se periclitem os princípios do contraditório, da amplitude da defesa e do devido processo legal, erigidos à condição de cânones constitucionais, a possibilidade de o provimento antecipatório vir a causar prejuízo patrimonial à parte não deve constituir sério óbice à sua prolação, mormente quando o eventual desfalque possa ser diluído pela disparidade sócio-econômico-jurídica existente entre autor e réu.

28. Temos que o legislador ao reportar-se à "irreversibilidade do provimento

antecipado'' não cogitou da eventualidade de o provimento antecipatório vir a causar prejuízo patrimonial à parte que se submete aos seus efeitos, senão teria aludido a "prejuízo irreparável''.

29. A irreversibilidade do provimento antecipado está relacionada com a tutela

que assuma laivos de definitividade, mesmo diante da sentença de improcedência do pedido. Seria o caso em que os efeitos do direito antecipado se incorporassem de tal forma ao patrimônio do beneficiado, de modo que o provimento definitivo não mais pudesse revertê-los, ou que se esgotasse o direito decorrente, em face do seu exercício. Não vislumbramos, dessarte, muitas hipóteses desta ocorrência.

30. Ressalte-se que o momento processual da antecipação da tutela está

intimamente relacionado com a efetiva comprovação da verossimilhança, com a iminência do dano irreparável, e com a atuação da parte ré.

31. Por isso, pode ser concedida liminarmente e inaudita altera parte, empós a

contestação ou na fase instrutória.

32. Paradoxo que sempre nos sensibilizou é o que resulta da demora no processamento das ações propostas contra a Fazenda Pública, cujo desiderato seja a reversão de despedida imotivada, arbitrária ou ilegal, quer se trate de direitos decorrentes de falta de aumento legal ou defasagem salarial.

33. Realmente, os aspirantes aos direitos contra a Fazenda Pública, no grosso

de sua universalidade, constituem parte hipossuficiente (mais fracos jurídica e economicamente), portanto, carecedores de maior proteção individual e social.

34. Encarados sob o prisma da demanda, restam ainda mais fracos e

desamparados, submetidos que ficam à demora da tramitação do processo ordinário. Nunca menos de cinco anos são consumidos até que possam usufruir dos efeitos pecuniários da benesse requerida.

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35. No presente caso, o Requerente não tem condições de continuar a trabalhar

normalmente, pelo fato das lesões que possui e pelo agravamento decorrente de seu labor diário, e os proventos do auxílio doença acidentário e do próprio auxílio acidente, todos sabem, têm realçado caráter alimentar, máxime porque, via de regra, visam a substituir a renda salarial e atender às necessidades vitais do segurado e de sua família (alimentação, habitação, vestuário, educação e saúde).

36. Não se pode negar que esta natureza alimentar da prestação buscada,

acoplada à hipossuficiência do segurado, patenteia um fundado receio de dano irreparável, ou de difícil reparação, recomendando concessão da tutela antecipadamente.

37. Se por este pressuposto não se puder antecipar a tutela, cuida a Fazenda

Pública de perfectibilizar o "alternativo'' requisito contido no inciso II do art. 273. A conduta processual da Fazenda Pública, por orientação absurda, é reprovável e encerra, no mais das vezes, abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório.

38. No exercício da advocacia específica, temos testemunhado a utilização dos

mais artificiosos expedientes, por parte de órgãos da administração direta, tanto Municipais como Federais, para furtar-se ao cumprimento da lei. Tudo o que foi dito alhures, acerca das condutas processuais caracterizadoras de abuso de direito de defesa e desígnio protelatório, representa a manifestação da prática forense daquelas entidades.

39. O presente exemplo, que norteia a presente demanda, traz a lume a análise

da verossimilhança e sua comprovação para a convicção judicial. Urge que a parte oferece fortes elementos de prova dos males que sofre, não trazendo apenas meros indícios ou provas rarefeitas.

40. Diante das conclusões que se apresentam e diante da documentação que

acompanha esta inicial, sopesado o direito aplicável, resta facilitado o exame da verossimilhança, devendo-se determinar, inaudita altera parte, a imediata implantação do benefício de auxílio acidente ao Autor.

41. Que não se diga que seria necessária caução, pois não obstante a regra

insculpida no § 4º do art. 273, impondo limitações à execução da tutela antecipada quando se refere aos incisos II e III do art. 588, temos que a caução idônea a que aludem estes dispositivos é dispensável na execução provisória de provimento antecipado em matéria previdenciária.

42. A propósito, colacionamos a expressão da jurisprudência:

"PROCESSO CIVIL. Execução provisória. Caução. Desnecessidade face à natureza alimentar do benefício previdenciário...'' (TRF da 3ª Região,

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Segunda Turma, AC 90.03.11.968-6-SP, Relator Juiz RÔMULO DE SOUZA PIRES, DOESP de 10.06.1991). "Na execução provisória de sentença que condena à prestação de alimentos não cabe exibir caução, instituto que por sua índole não se compatibiliza a condição de quem deles necessita'' (RJTESP 107/246).

43. A natureza especial da prestação previdenciária (alimentar), de caráter

inadiável, faz valer a ressalva "no que couber'' inserida no § 3º do art. 273. Realmente, na execução de prestação alimentar, "não cabe'' exigir-se que o exeqüente preste garantia.

44. Não se diga que a implantação imediata do benefício conduziria a uma situação

irreversível, colidindo com a vedação imposta pelo § 2º do art. 273.

45. Há que se ter em vista, como já o dissemos, que aquela restrição não tem vinculação com "dano irreparável ou de difícil reparação'' - estes são pressupostos para a concessão do provimento antecipatório - e sim com a irreversibilidade dos efeitos da tutela antecipada. Em qualquer tempo, o benefício poderá ser cancelado.

46. Realmente, tanto no exercício da faculdade revocatória (§ 4º do art. 273), como

na sentença de mérito que não reconhece o direito ao benefício vindicado, poderá, utilmente, haver o seu encerramento.

47. Ad argumentandum tantum, se dos efeitos da antecipação da tutela resultar

prejuízo patrimonial ao Instituto Réu, nada de muito anormal. Calha à fiveleta o escólio do Professor FERRUCCIO TOMASEO, citado por LUIZ GUILHERME MARINONE: "Se não há outro modo para evitar um prejuízo irreparável a um direito que se apresenta como provável, se deve admitir que o juiz possa provocar um prejuízo irreparável ao direito que lhe parece improvável'' (apud Efetividade do Processo e Tutela Antecipatória, Revista Ciência Jurídica nº 47, set./out. 92, pág. 316).

48. De fato, ao deparar-se com situação deste jaez, postula-se a este MM. Juízo

colocar na balança, de um lado, os eventuais prejuízos que decorrerão da antecipação da tutela, e, de outro, os correlatos de sua denegação. Se não concede, o Autor tem que aguardar cinco anos, no mínimo, sofrendo um prejuízo que pode ser irreparável, se julgado procedente o pleito. Caso adiante a tutela, haverá a possibilidade de causar um prejuízo insignificante aos cofres federais, se, ao final, julgado improcedente o pedido. Tem que optar pelo prejuízo menor, menos gravoso, considerando, inclusive, a função assistencial do benefício do auxílio acidente.

49. Portanto, presente os seguintes pressupostos ensejadores da tutela antecipada:

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a) Presentes no presente caso, a verossimilhança, o periculum in mora e o fumus boni juris, e o reconhecido abuso do direito de defesa e manifesto propósito protelatório do réu, que constituem os pressupostos para a antecipação da tutela;

b) As ações que trazem cunho previdenciário (neste caso a concessão do benefício de auxílio acidente ao Autor), máxime as tendentes à concessão do benefício, apresentam-se como campo fértil para a antecipação da tutela, isto em face da invariável hipossuficiência da parte autora, do caráter alimentar da prestação pretendida, da demora natural (ou excepcional?) na tramitação do processo e da orientação protelatória da Fazenda Pública;

c) É dispensável o oferecimento de garantia, para a execução provisória da tutela antecipada de direito previdenciário, marcantemente no presente caos onde o direito é líquido e certo, e em face da indiscutível natureza alimentar.

50. Como corolário destas incipientes e pragmáticas considerações, em síntese, extrai-se e requer-se que seja deferido o provimento antecipatório em favor do Autor, em face da satisfação antecipada da pretensão de direito material sobre a qual versa a lide, ou, em outras palavras, a antecipação dos efeitos da concessão do benefício acidentário.

DO PEDIDO 51. Ante todo o exposto, Requer;

a) A concessão do benefício de auxílio-acidente ao Autor; b) A concessão da reabilitação profissional ao Autor, em atividade

compatível com o acidente do trabalho e doença profissional da qual é portador;

c) Pagamento dos valores requeridos, vencidos e vincendos, inclusive abono anual, desde a data da alta administrativa;

d) Pagamento dos valores acima requeridos, acrescidos de correção monetária e juros legais;

e) Condenação do INSS aos pagamentos de custas judiciais e honorários advocatícios.

52. Requer seja o Requerido devidamente citado, para que caso queira, apresente

defesa sob pena de revelia e confissão, devendo ao final ser condenado na forma do pedido, inclusive custas judiciais e honorários advocatícios, sendo a presente julgada TOTALMENTE PROCEDENTE.

53. Protesta-se pela produção de todas as provas em direito admitidas,

especialmente a juntada de documentos, prova testemunhal e perícia médica. Requer seja intimada a ex-empregadora AAAAAA S/A, para que junte cópia de todo o prontuário médico do Autor, inclusive exame pré-admissional.

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54. Protesta o Requerente pela juntada dos seguintes quesitos médicos:

a) O acidentado sofre lesão ou perturbação funcional? b) Essa lesão foi causada por acidente (tipo) ou doença profissional? c) Se existia lesão preexistente, houve agravamento pela atividade laboral da

segurada? d) Essa lesão ou perturbação funcional determina incapacidade parcial ou

total permanente para o trabalho? e) Essa lesão ou perturbação funcional impede o exercício da atividade

executada pelo acidentado, mas admite o de outra? f) Essa perturbação funcional determina permanentemente, perdas

anatômicas ou redução da capacidade do trabalho? g) Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades

do acidentado, mas não a impedem? Independem de reabilitação profissional?

h) O acidentado necessita de aparelho de prótese ou de outro tipo? Protesta-se por quesitos suplementares. 55. Dá-se à presente causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 10.000,00 ( Dez Mil

Reais).

ROL DE TESTEMUNHAS: 1 – FULANO DE TAL 2 – CICRANO DE TAL

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Pindamonhangaba, .... de ...... de ...... JOSÉ ROBERTO SODERO VICTÓRIO

OAB/SP 97.321

RESUMO Segurado que sofre de seqüelas decorrentes de acidente do trabalho tem o direito de receber o benefício de auxílio-acidente.

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REVISÃO DO BENEFÍCIO INPC/IRSM PRO RATA DIE E AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CÍVEL DA JUSTIÇA FEDERAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP.

WWWWW, brasileiro, casado, aposentado, portador do RG nº 0.000.000-X e inscrito no CPF/MF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua BBBBB, nº 00 – Jardim das Indústrias – São José dos Campos – S. Paulo, por seus representantes judiciais (Procuração Ad Judicia – doc. 01) Dr. FULANO e Dra. FULALA, inscritos, respectivamente, na OAB/SP sob os números 00.000 e 000.000, com escritório sediado na Rua SSSS, nº 00, Centro, Pindamonhangaba – SP, CEP 00000-000, local este, onde deverão ser procedidas todas as intimações, vem, respeitosamente, ante a presença de Vossa Excelência, propor:

AÇÃO DE REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que deverá ser citado, através de seu representante legal, na Avenida João Guilhermino, n. 84 - centro – São José dos Campos - SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir articulados.

PRELIMINARMENTE

DA AUTENTICAÇÃO DOS DOCUMENTOS

DE ACORDO COM O PROVIMENTO COGE Nº 34, O ADVOGADO QUE ESTA SUBSCREVE AUTENTICA OS DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM ESTA PETIÇÃO INICIAL.

DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

1. Antes de adentrarmos no mérito da presente lide, requer a

concessão dos Benefícios da Justiça Gratuita, tendo em vista

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que o Autor não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais, sem que isso ocasione prejuízo para seu sustento e de sua família, conforme declaração em anexo (doc. 02).

MERITORIAMENTE

DOS FATOS

2. O Autor, conforme carta de concessão de benefício previdenciário obteve a concessão do benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de serviço (NB-00.000.000), com data de início em 19 de junho de 1991.

3. Naquela oportunidade o INSS computou – segundo seus

cálculos – o seguinte tempo de serviço para efeito de aposentadoria: 34 anos – 04 meses – 27 dias, o que resultou em um coeficiente de cálculo de 92%, conforme carta de concessão de aposentadoria juntada nesta oportunidade aos autos.

4. Entretanto, como se verá a seguir, o INSS cometeu dois

equívocos, ao menos, ao conceder o benefício previdenciário como fez, a saber: deixou de computar o tempo de serviço do Autor laborado junto à empresa AAAA e ainda, não corrigiu os salários de contribuição até a data do início do benefício, como determinava o art. 31 da Lei nº 8.213/91, trazendo prejuízos ao segurado.

DOS DIREITOS DO TEMPO DE SERVIÇO JUNTO À EMPRESA AAAAAA

5. Como se observa da Carteira de Trabalho do Requerente, cujas cópias seguem em anexo, o segurado teria laborado junto à empresa AAAAAA Ltda., iniciando suas atividades em 01 de dezembro de 1973 e finalizando seu trabalho quando a empresa faliu.

6. Em razão dos referidos fatos, não houve “baixa” na sua CTPS,

entretanto, outras anotações registradas apontam (vide recolhimento de imposto sindical fls. 24 e registro de aumento salarial fls. 34 da CTPS), que o Autor ao menos laborou até 30 de março de 1975, isto é, manteve-se registrado naquela empresa por – pelo menos – 01 ano e 04 meses.

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7. Este período de tempo, por inexistir “baixa” na CTPS do Autor foi desconsiderado pelo INSS como tempo de serviço para efeito de aposentadoria.

8. Verifica-se que se procedesse corretamente o Autor teria

computado mais de 35 anos, o que lhe renderia a concessão de benefício com coeficiente de cálculo de 100%, conforme previa a legislação previdenciária na data do início do benefício.

9. Portanto, requer, seja averbado o tempo de serviço prestado

junto à empresa AAAAA, com a conseqüente revisão o coeficiente de cálculo e da renda mensal inicial, com o pagamento das diferenças entre o que deveria receber com renda mensal – inclusive abono anual – desde a data do início do benefício.

DA CORRETA CORREÇÃO DOS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO

10. Conforme se aquilata do documento de concessão do benefício

previdenciário em anexo, a data do início do benefício se deu em 16 de junho de 1991.

11. Observe Vossa Excelência, que o benefício foi concedido sob

a égide da Carta Magna de 88, que manda que para a apuração do salário de benefício e, conseqüentemente da renda mensal inicial, ocorra a correção dos últimos 36 salários de contribuição (art. 202).

12. É de se esclarecer que o art. 202 da Constituição Federal de

1998 deixa claro que a correção dos salários de contribuição deve ser realizada para manter o seu valor real.

13. A Lei n. 8.213/91, em seu artigo 31, a teor do art. 202 da

CF/88, mandava que todos os últimos trinta e seis salários de contribuição fossem reajustados de acordo com a variação integral do INPC, referente ao período decorrido à partir da data da competência do salário de contribuição até a do início do benefício, de modo a preservar os seus valores reais.

14. Assim, todos salários de contribuição utilizados para a

apuração da renda mensal inicial do Requerente devem ser reajustados pela variação integral do INPC até a data do início do benefício.

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15. O permissivo legal para a correção dos salários de contribuição até a data do início do benefício é o próprio artigo 31 da Lei n. 8.213/91.

16. A leitura é de fácil compreensão, pois em uma época de

inflação galopante - o INPC do mês de junho/91 foi da ordem de 10,83% - um benefício concedido no dia 19, como no caso presente, se não fosse corrigido até a data do seu início, seria corrompido pela inflação.

17. No caso presente, o benefício foi concedido em 19/06/91. O

INPC acumulado até o dia 19 daquele mês foi da ordem de 6,86%, que não foram aplicados à correção dos salários de contribuição, contrariando o art. 31 citado.

18. Ora, se a Constituição Federal (art. 202) e a Lei 8.213/91 (art.

31), mandam corrigir os salários de contribuição até a data do início do benefício, para manter seus valores reais, o não cumprimento do mandamento legal traz prejuízo imediato, no cálculo da renda mensal inicial e nas posteriores, inclusive nos abonos anuais.

19. Assim sendo, requer seja JULGADA PROCEDENTE a

presente ação, para condenar o INSS a revisar o cálculo da renda mensal inicial do Requerente, aplicando-se o INPC acumulado até a data do início do benefício, como preconiza o art. 31 da Lei n. 8.213/91, com o pagamento das diferenças na rendas mensais posteriores, desde a data da concessão do benefício, inclusive sobre o abono anual.

DO PEDIDO

20. Sendo assim, o AUTOR requer:

a) seja procedida, com os benefícios do § 2º do art. 172 de nossa Lei Adjetiva Civil, a citação da Autarquia-Ré, na pessoa de seu representante legal, para apresentar contestação dentro do prazo legal, sob pena dos efeitos da revelia;

b) a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita;

c) seja intimada a Autarquia Previdenciária a apresentar a

íntegra do processo administrativo de concessão do benefício do Autor (NB-00.000.000-0);

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d) seja condenada o Requerida o revisar o benefício do Autor, tanto quanto a averbação do tempo de serviço junto a empresa AAAA, a alteração do coeficiente de cálculo para 100% e a correta correção dos salários de contribuição pelo INPC até a data do início do benefício;

e) pagamentos das diferenças entre o que deveria receber

e o que o INSS lhe pagou, inclusive abono anual, desde a data do início do benefício, a serem apurados em liquidação de sentença, devidamente corrigidos com juros e correção monetária;

f) a condenação da Autarquia-Ré ao pagamento das

custas processuais;

e) a condenação do Requerido ao pagamento de Honorários advocatícios, na base de 20%;

f) SEJA A PRESENTE AÇÃO JULGADA

TOTALMENTE PROCEDENTE, PARA QUE SE FAÇA JUSTIÇA!!!

21. Por fim, protesta por todos os meios de prova admitidos em

direito, especialmente prova documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal.

22. Para fins legais, dá-se o valor da causa de R$ .....

Termos em que, E. Deferimento.

São José dos Campos, .. de novembro de ......

ADVOGADO OAB/SP nº RESUMO

Dois pedidos em um só processo: o primeiro relativo à contagem de tempo de serviço não computado quando da concessão do benefício; o segundo em face da não correção dos salários de contribuição até a data do início do beneficio.

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AÇÃO ORDINÁRIA DE AMPARO ASSISTENCIAL A DEFICIENTE – INICIAL – RECUSA VIA ADMINISTRATIVA

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE PINDAMONHANGABA/SP* ..., brasileira, casada, inválida, portadora do CPF n° ... e RG n° ..., residente e domiciliada na Rua ... n° ..., ..., nesta cidade, por seu advogado e procurador infra-assinado, com instrumento de procuração em anexo, vem respeitosamente à presença de V. Exa. propor contra o INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal, com Procuradoria Regional situado na ..., n° ..., ..., CEP: ..., na cidade e Comarca de ..., a presente AÇÃO ORDINÁRIA DE AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE, com fulcro nos termos do artigo 20 da Lei n° 8.742/93; artigo 6°, inciso I e II, do Decreto n° 1.744, de 08 de dezembro de 1995 e artigo 282 do CPC, mediante os seguintes fatos e fundamentos:

1) A Requerente é Portadora de Deficiência Congênita (CID n° F33.3) e está incapacitada para o desempenho das atividades da vida diária e do trabalho, conforme provam os documentos em anexo ( Laudo Médico da lavra do Dr. ...), fazendo uso do antidepressivo “CLORIDATO DE AMITRIPTILINA”.

2) A Requerente não recebe nenhum tipo de benefício da Previdência Social, nem de

outro regime previdenciário. 3) A Requerente declara que para fins de requerimento do Benefício Assistência devido

ao Deficiente, que convive sobre o mesmo teto com as seguintes pessoas que fazem parte do grupo familiar: a) ..., esposo, nascido em .../ ... / ..., desempregado, ambos sem renda mensal; sobrevivendo apenas com a ajuda de alimentos doados pela ASSINTÊNCIA SOCIAL, ajuda dos filhos e vizinho.

4) A Lei n° 8.742/93, artigo 20, § 3°, diz:

*Em comarcas onde não existe a JUSTIÇA FEDERAL podem as Ações Previdenciárias ser proposta à JUSTIÇA

ESTADUAL, excetuando as comarcas onde existem Varas da JUSTIÇA FEDERAL, de conformidade com o § 3°, do artigo 109 da CF/88.

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“Considera-se incapaz de prover a manutenção de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal, per capita, seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.”

5) O artigo 6°, do Decreto n° 1.744, de 08 de dezembro de 1995, diz:

“Para fazer jus ao salário mínimo mensal, o beneficiário portador de deficiência deverá comprovar que: I - é portador de deficiência que o incapacite para a vida independente a para o trabalho; II – a renda familiar mensal per capita é inferior à prevista no § 3° do art. 20 da Lei n° 8.742, de 1993.”

6) A Requerente protocolou o seu processo de Amparo Assistencial ao Deficiente junto

ao PSS do INSS de ............... em .../.../...,com o NB: ..., INDEFERIDO, com as alegações de “que não existe incapacidade para os atos da vida independente e para o trabalho” (sic), e inconformada com a decisão recorreu à 13ª JUNTA DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL em .../.../... tendo sido NEGADO o seu Recurso em .../.../..., e, inconformada com o absurdo de os funcionários do INSS não atenderem o seu pedido, agora está recorrendo à JUSTIÇA, pelo direito que lhe foi negado, pois a gravidade do assunto em tela extrapolou os limites; não condiz com a verdade tal indeferimento, pois há deficiências diversas, que dificultam o trabalho diário e laborativo, conforme se pode comprovar tanto documentalmente como por PERITO MÉDICO ESPECIALISTA, na forma dos documentos em anexo, inclusive LAUDO MÉDICO e BULÁRIO que acompanham o feito. Será que não observam as legislações previdenciárias, a respeito dos DEFICIENTES? Que documentos mais ainda querem, além dos já comprovados?

7) Inúmeros e infrutíferos foram os pedidos da Requerente ao PSS (Posto do Seguro

Social) de ..., no sentido de ver solucionado o impasse quanto ao benefício; ou será que tudo isto é para retirar o DIREITO ADQUIRIDO do cidadão brasileiro, amparado tanto pela Legislação Brasileira como pela Declaração Universal pelos Direitos Humanos, que, em seu artigo 25, diz: “Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família a saúde e o bem-estar; inclusive a alimentação, o vestuário, a habitação, os cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.(...)”, inclusive convalidado pelo artigo 6° da Carta Magna/ 1988. Ou o Estado quer deixar o seu povo nu, desnutrido, deseducado, sem nenhum amparo social? Onde está o respeito às legislações que amparam o cidadão brasileiro? OU servem só de amostra às Comunidades Internacionais?

8) O art. 5°, inciso XXXVI, da Constituição Federal diz: “a lei não excluirá da

apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;” e, valendo-se de nossos tribunais, a jurisprudência brasileira vem protegendo todo DIREITO ADQUIRIDO.

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9) A fim de regularizar a situação do beneficiário, como DEFICIENTE, serve-se da presente ação para alcançar o seu objetivo, o que deverá ser declarado por sentença nos autos, para que se faça cumprir o DIREITO, a VERDADE e a JUSTIÇA.

10) Tanto a doutrina quanto a jurisprudência, na área previdenciária, amparam o direito

líquido e certo da Requerente para percepção de seu BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA, o que está de conformidade com a norma em vigor, conforme documentação junta.

11) Dessa forma, não foi correta a posição do Requerido quanto ao benefício pleiteado

pela Requerente, uma vez que conforme demonstrado tanto a legislação aplicável como a doutrina e a jurisprudência favorecem a concessão do AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE na forma requerida na esfera administrativa, o que sem sombra de dúvida deverá ser reconhecido na sentença que julgar o presente feito, fazendo retroagir os pagamentos do benefício desde a data de seu ingresso no órgão previdenciário.

12) DIANTE DO EXPOSTO, é a presente para requerer de V. Exa. a citação do Réu,

através de seu Procurador Regional, no mesmo endereço declinado no preâmbulo da inicial via AR, para, querendo, no prazo legal, oferecer defesa, se tiver, sob pena de revelia e confissão, julgando-se, ao final, procedente a presente ação, concedendo à Requerente o benefício hora requerido, fazendo jus a um salário mínimo mensal desde .../.../..., condenando-se o Réu, ainda, nas custas processuais, honorários advocatícios, tudo na forma da Lei e de mais acréscimos de direito.

13) Requer ainda, a V. Exa., conceder, de plano, os benefícios da JUSTIÇA GRATUÍTA,

nos termos do que dispõe a legislação vigente.

14) Protesta e requer provar suas alegações pelos meios em direitos admitidos, especialmente pela oitiva de testemunhas, depoimento pessoal do representante legal do Requerido, sob pena de confesso, perícias e juntada de novos documentos, dando ciência da ação ao RMP para que, querendo, nela intervenha.

15) Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$... (...).

Pede deferimento.

............., ... de ............. de .......

ADVOGADO OAB/SP n°....

RESUMO O benefício de assistência social (LOAS) traz pressupostos objetivos: deficiência, idade e miserabilidade. Os dois primeiros devem seguir estritamente a regra legal e o último, estabelecido como renda per capita de ¼ do salário mínimo pode ser discutido, em face de outros pressupostos de apuração.

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COBRANÇA – APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO –

CORREÇÃO MONETÁRIA – MORA – PEDIDO DEFERIDO EXMO. SR. DR. JUIZ DA ... VARA FEDERAL PREVIDENCIÁRIA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DA COMARCA DE ..... – ESTADO DE .... ...(qualificação), Cédula de Identidade/RG n° ..., residente na Rua ... n° ..., na Comarca de ..., através de seu procurador (..., OAB/ ..., CPF/MF ...), com escritório na Rua ... n° ..., na comarca de ..., infra-assinado, vem, respeitosamente, à presente de Vossa Excelência, propor AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA contra o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal com Procuradoria Regional na comarca de ..., na Rua ... n° ..., com fulcro nos artigos 282 e seguintes do Código de Processo Civil, pelas razões de fato e direito a seguir aduzidas.

PRELIMINARMENTE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

O Autor é pessoa pobre na acepção jurídica da palavra, não podendo suportar as despesas processuais e honorários advocatícios, sem o prejuízo de seu sustento e da própria família, razão pela qual se requer o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do artigo 3° da Lei n° 1.060/50.

MÉRITO DOS FATOS

Em .../.../..., o Autor requereu sua Aposentadoria por Tempo de Serviço – doc. Anexo, e, por atraso exclusivo do ..., vez que o mesmo não aceitou o período de trabalho rural do autor, recorrendo até o CRPS – Conselho de Recurso da Previdência Social, na comarca de ..., e somente em .../.../.... é que o Conselho devolveu o processo ao INSS de ...... para que fosse concedida a Aposentadoria por Tempo de Serviço e, consequentemente, o pagamento. O benefício foi concedido somente em .../.../..., depois de todos os obstáculos opostos pelo próprio INSS. Inobstante esse fato, conforme carta de concessão/ memória de cálculo expedida pelo INSS, foram pagas as parcelas desde a data do requerimento do benefício. Contudo, os valores estão errados, pois, como é de direito, o pagamento das parcelas do benefício deveriam, todas, terem sido corrigidas desde a data do requerimento, como determina a Lei.

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Ocorre que a Previdência, a seu critério, pagou todos os valores de .../... a .../... sem a devida correção monetária. Conforme o artigo 41, da Lei n° 8.213/81, o autor tem o direito a receber todos os valores pagos a menor, com a devida correção monetária, desde a data de requerimento até a data da concessão e efetivo pagamento, senão vejamos:

“Art. 41. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados a partir de 2004, na mesma data de reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com as respectivas datas de início ou de seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento, observados os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei 10.699, de 09/07/2003, DOU 10/07/2003)

I – preservação do valor real do benefício; (Redação dada ao inciso pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigor conforme o art. 2° da EC n° 32/2001)

(...)

III – atualização anual; (Inciso acrescentado pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigor conforme o art. 2° da EC n° 32/2001)

IV – variação de preços de produtos necessários e relevantes para a aferição da manutenção do valor de compra dos benefícios. (Inciso acrescentado pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigor conforme o art. 2° da EC n° 32/2001)

(...)

§ 3°. Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do salário–de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos.

(...)

§ 9° Quando da apuração para fixação do percentual do reajuste do benefício, poderão ser utilizados índices que representem a variação de que trata o inciso IV deste artigo, divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou de instituição congênere de reconhecida notoriedade, na forma do regulamento. (NR) (Parágrafo acrescentado pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigor conforme o art. 2° da EC n° 32/2001).”

Conforme já manifesto por nossos Tribunais, os valores dos benefícios, pagos com atraso, deverão ser corrigidos em suas épocas respectivas conforme a Súmula 71 do ex-TFR e após, pela Lei n° 6.899/91, por tratar-se de benefícios previdenciários, onde dizem textualmente:

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a) SÚMULA n° 8 do TRF da 3ª Região:

“Em se tratando de matéria previdenciária, incide a correção monetária a partir do vencimento de cada prestação do benefício, procedendo-se à atualização em consonância com os índices estabelecidos, tendo em vista o período compreendido entre o mês em que deveria ter sido pago e o mês do referido pagamento.”

b) SÚMULA n° 71 do extinto TFR:

PREVIDÊNCIA – BENEFÍCIOS – CORREÇÃO MONETÁRIA

“A correção monetária incide sobre as prestações de benefícios previdenciários em atraso, observado o critério do salário mínimo vigente na época da liquidação da obrigação.”

c) SÚMULA n° 19 do TRF da 1ª Região:

“O pagamento de benefícios previdenciários, vencimentos, salários, proventos, soldos e pensões, feito, administrativamente com atraso, está sujeito à correção monetária desde o momento em que se tornou devido.”

DO PEDIDO Diante do exposto, pleiteia-se:

1) Condenação do Instituto-Réu:

a) ao pagamento de todas as parcelas com a devida correção monetária, do benefício de Aposentadoria por Tempo de Serviço, devidas a partir da data inicial do pedido, acrescidos juros moratórios, com incidência dos planos de reajustes de benefícios conforme a lei;

b) ao pagamento de honorários advocatícios à razão de 20% (vinte por cento)

sobre o valor total da condenação, custas processuais e demais cominações legais.

DO REQUERIMENTO FINAL

“Ex positis”, REQUER a Vossa Excelência se digne em:

1) Conceder o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos da fundamentação;

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2) Receber a presente ação, determinando a citação do Réu, na pessoa de seu representante legal, para querendo, no prazo legal, contesta-la, sob pena de revelia;

3) Ao final, julgar procedente a presente ação em todos os seus termos, condenando-se o

Réu ao pagamento do principal, atualizando monetariamente e acrescido dos juros moratórios, custas processuais e demais cominações legai, bem como os honorários advocatícios;

4) Provar o alegado, por todos os meios probantes em direito admitidos, como o

documental, requisitando o processo administrativo.

Dá-se à presente ação, meramente para fins de alçada, o valor de R$ ...(...)

Termos em que, Espera deferimento.

..........., ... de ................ de .............

ADVOGADO OAB/SP n° ...

RESUMO

O autor, após o deferimento de pedido de aposentadoria por tempo de serviço, recebeu o benefício, sem a devida correção monetária, que é incidente a partir do momento da apresentação do pedido de aposentadoria. Pede pela condenação da autarquia federal ao pagamento do valor consistente na diferença relativa à não-incidência da correção monetária.

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DECLARATÓRIA POR TEMPO DE SERVIÇO – RURÍCOLA – INSS EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ......................./SP ..., brasileiro, casado, pintor, portador do CPF n° ... e RG n° ..., CTPS n° ..., residente e domiciliado na Praça ..., n° ..., ..., ..., nesta cidade, por seu advogado e bastante procurador, vem respeitosamente perante V. Exa. Propor AÇÃO DECLARATÓRIA C/C PRECEITO CONDENATÓRIO, contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, representado pela Procuradoria Regional de ..., localizada na Avenida ..., n° ..., ..., na cidade e comarca de ..., fundamentando seu pedido no artigo 275 do CPC e artigo 4° do mesmo dispositivo legal, pelos motivos seguintes:

1) O Requerente nasceu e cresceu na zona rural, filho e neto de trabalhadores rurais, passando toda sua infância em contato direto com a lida na lavoura. Começou a trabalhar no sítio de propriedade do Sr. ..., localizado na FAZENDA ..., denominado SÍTIO ..., neste município, inscrito no INCRA sob n° ... . Desde pequeno acostumou-se a ajuda e os pais e os irmãos nas pequenas atividades rurais, tais como trato dos porcos e galinhas, aparte de bezerros, etc., sempre com o objetivo de ajudar no trabalho e sustento da numerosa família. Conforme o tempo passava, ele e os irmãos iam assumindo responsabilidades maiores, como ir para a roça, no cultivo da lavoura do café e laranja, onde passavam a laborar por todo o dia. Ali faziam todo o tipo de serviço, desde a carpa, adubação, colheita, abano, ensaque, transporte, etc. Além da lavoura do café e laranja, havia também na propriedade da família, entre outros, plantação de milho, arroz, mandioca, alem de gado, criação de porcos e galinhas.

2) O Requerente trabalhou em mencionada atividade, mediante remuneração de segunda

a sábado, e nunca gozou férias, no período de 01 de junho de 1958 a 17 de julho de 1968, ou seja, esteve na lida rurícola por 10 (dez) anos, 01 (um) mês e 15 (quinze) dias.

3) Não tinha registro em CTPS, posto que naquela época a fiscalização era ineficaz e não

se exigia o registro em Carteira de Trabalho, e, consequentemente, a obrigação do Empregador ficava diminuída, principalmente quando se tratava de pai, como empregador e meeiro.

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4) A atividade de trabalhador rural vem demonstrada pelo Título Eleitoral e Certificado de Reservista do Requerente, Declaração da Prefeitura Municipal de ..., Declaração de Exercício de Atividade Rural, expedida pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE ...., Declaração do proprietário Rural, CCIR 2000/2001/2002, documentos ora anexados, onde ficou constando o exercício de RURÍCULA, e que, segundo o saber do mestre AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, no Dicionário de Língua Portuguesa, é “Relativo ao trabalhador do campo; campesino, camponês, rústico, roceiro, colono, sitiante, agricultor, agregado, lavrador”.

5) Referindo-se ao trabalhador rural (lavrador), diz Celso Ribeiro Bastos, ao comentar o

artigo 7º, “caput”, da CF, que:

“Este não vinha anunciado na Constituição anterior, como benefício necessário das Garantias Constitucionais na matéria. É uma novidade, pois, do atual texto constitucional, ter equiparado o Trabalhador Urbano ao Rural.”

6) Considerando-se, ainda, a legislação vigente, define empregado rural (lavrador), como

a pessoa física que presta serviço de natureza rural a empregador, mediante remuneração de qualquer espécie.

7) Finalmente, estabelece o artigo 201, § 9°, da CF, redação dada pela Emenda

Constitucional n° 20, de 15 de dezembro de 1998, que:

“Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.”

8) O Requerente tentou via administrativa a contagem do mencionado período, entretanto

não obteve êxito, conforme pode ser verificado junto à Previdência Social estatal, do Resumo de Documentos para Cálculo de Tempo de Serviço, expedido pelo INSS em 21/05/1999, NB: 000.000.000-0, DIB: 19/12/2003.

9) Inegável, portanto o direito do Requerente de ver contado o tempo em que laborou na

atividade rural, ou seja, de 01 de junho de 1958 a 17 de julho de 1968, valendo-se da legislação citada e utilizando-se deste procedimento para demonstrar que exerceu referida atividade de forma remunerada, sem que o Empregador tivesse recolhido a contribuição devida à Previdência Social, no período não abrangido pelo Registro Profissional, sendo-lhe absolutamente de atividade prevista na legislação.

10) É certo que o Requerente, conforme provas documentais, faz jus ao pedido pleiteado,

ou seja, possui farta documentação que expressa a profissão de RURÍCULA, bem como as provas testemunhais, em conformidade com a legislação em vigor, e que de acordo com os nossos Tribunais são pacíficos ao assunto em tela, onde são válidos os depoimentos testemunhais prestados quanto ao período de atividade rural exercida pelo postulante, desde que corroborados com início razoável de prova material,

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constando expressamente a profissão de rurícola do autor, início de prova documental para fim de reconhecimento e averbação de tempo de serviço, ainda que esta somente comprove tal exercício durante uma fração do tempo exigido em lei, valendo-se de prova material indireta do tempo de serviço rural, os documentos em nome de seu pai, uma vez que o período postulando correspondente à menoridade do demandante, na qual se pode inferir que o trabalho era exercido em condições de mútua dependência e colaboração.

DIANTE DO EXPOSTO, após satisfeito o requerimento, vem requerer a citação do Réu, através de seu Procurador Regional, no mesmo endereço declinado no preâmbulo da inicial via CARTA PRECATÓRIA, para responder aos termos da presente Ação, no prazo legal, e as advertências legais, sob pena de revelia, e que a V. Exa. se digne julgar procedente a presente ação, para fim de DECLARAR que o Autor efetivamente trabalhou como RURÍCOLA, no período indicado, a final condenando o Réu na averbação do período requerido pelo Requerente, para efeitos de Concessão da Aposentadoria por Tempo de Contribuição Integral, retroagindo os efeitos à época da Concessão da Aposentadoria Proporcional que lhe foi deferida, vez que, apesar de requerida, o INSS deixou de reconhecer administrativamente seus direitos. Requer ainda, a V. Exa. conceder, de plano, os benefícios da ISENÇÃO DE CUSTAS, nos termos do que dispõe a legislação vigente. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, sem exceção, juntada de documentos, oitiva de testemunhas, cujo rol segue anexo, que deverão se intimadas na forma da Lei, apara comparecimento no momento oportuno. Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ ...(... reais).

Nestes termos,

D.R.A esta os documentos inclusos, P.Deferimento

................., ... de ............ de .............

ADVOGADO OAB/SP nº Rol de testemunhas:

a) ..., brasileiro, casado, aposentado, residente e domiciliado na Avenida ..., n° ..., ..., nesta cidade;

b) ..., brasileiro, casado, aposentado, residente e domiciliado na Avenida ..., n° ..., ..., nesta cidade;

c) ..., brasileiro, casado, lavrador, residente e domiciliado na Fazenda Chaves, neste município.

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RESUMO

O requerente pede pela declaração de tempo de serviço efetivamente trabalhando, para fins de aposentadoria. Pede que se conte o tempo em que trabalhou em atividade rural exercida em regime de economia familiar. Pretende provar o alegado através de documentos e testemunhas. Importante: se o segurado já tem tempo para se aposentar a ação deve ser combinada com condenatório de concessão de aposentadoria, com o pagamento das rendas mensais vencidas e vincendas.

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DECLARATÓRIA DE TEMPO DE SERVIÇO – APOSENTADORIA –

PEDIDO DECLARATÓRIO – TRABALHO RURAL – REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ................ ..., (qualificação), portador do CPF/MF n° ..., residente e domiciliado em ..., município de ..., vem à presença de Vossa Excelência, muito respeitosamente, por seu advogado e procurador (instrumento procuratório incluso), para propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE TEMPO DE SERVIÇO em face do INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL, Autarquia Federal, com sua Procuradoria Regional na Rua ..., n° ..., Bairro ..., na cidade de ..., onde deverá ser citado, através da Procuradoria Regional, pelos seguintes fatos e fundamentos:

DOS FATOS

1. A Constituição Federal de 1988, ao outorgar uma relativa igualdade entre trabalhadores urbanos e rurais, abriu espaço até para aquele trabalhador que tivesse exercido atividade rural comprovadamente, mesmo tendo se deslocado para o setor urbano, para que pudesse computar o tempo dessa atividade para fins de aposentadoria.

2. O autor sempre exerceu atividade como trabalhador rural, sendo que possuía uma área

de terra no Município de ..., como comprova a certidão do Registro de Imóveis desta Comarca (docs. inclusos), onde sempre desenvolveu atividade agrícola, como plantação de milho, feijão, sai e outros cereais, além de possuir uma enorme quantidade de suínos comercializados para o abate, como comprovam as notas fiscais de compra e venda e também as notas fiscais de produtor em anexo.

3. O requerente comprova ainda a sua atividade rural, através de Contrato Particular de

Arrendamento de Terras (doc. Incluso), onde foi parte no contrato arrendatário, ... de ... de ..., ficando desta maneira comprovando que, além de desenvolver a atividade agrícola durante todo o período de sua vida profissional, principalmente nos últimos 5 (cinco) anos, o requerente exerceu plenamente essa atividade, anteriormente em suas terras e agora, em terras arrendadas. Possui também, como prova documental várias notas fiscais entre as quais as seguintes (docs. anexos):

- Nota Fiscal n° ..., da Cooperativa Agropecuária ..., de ... de ... de ..., referente à venda de suínos através da NFP n° ... de ... de ... de ...;

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- Nota Fiscal n° ..., da ..., de ... de ... de ..., referente à venda de suínos para abate, através da NFP n° ... de ... de ... de ... Pedido referente à compra de cereais utilizados no preparo do trato dos suínos com data de ... de ... de...; - Nota Fiscal de Produtor n° ..., referente à venda de uma vaca, com data de ... de ... de...; - Nota Fiscal n° ... de ..., de ... de ... de ..., referente à venda de feijão carioca através da Nota Fiscal de Produtor, n° ... de ... de ... de ... 4. O efetivo exercício dessa atividade será provado através das comprovantes de

pagamento dos impostos referentes à terra, como Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, DARP, INCRA, ITR, referente ao exercício de ... a ..., todos em anexo, depoimentos de testemunhas, para que, ao final, seja declarado, por sentença, ser verdadeiro o alegado e que tal tempo é comutável como tempo de serviço para fins previdenciários.

5. Tem-se à disposição tanto a prova testemunhal quanto a prova documental abundante,

E é justamente este aspecto que faz com que se recorra ao Judiciário, eis que o Recorrido se negou a aceitar o pedido em questão, alegando o não-enquadramento do requerente como trabalhador rural, porque alguns documentos estão em nome de terceiro, genro do autor, como consta no termo de decisão expedido pelo Ministério da Previdência Social. Ora, Excelência, o requerente sempre exerceu atividade como trabalhador rural, em regime de economia familiar, com alguns de seus filhos e genros, sendo, desta maneira, normal ter constados alguns documentos em nome de algum genro.

DO DIREITO

6. A pretensão está dentro dos limites estabelecidos pelo artigo 5°, inciso I, do Código de

Processo Civil, eis que se quer ver declarada a existência da relação jurídica, especialmente em relação à Previdência Social;

7. Importante é frisar que em nosso regime processual quaisquer tipos de provas

prestam-se para formar a convicção do julgador, desde que não obtida por meio defeso em Lei. Nossa Doutrina, no magistério de MOACIR AMARAL DOS SANTOS (in Comentários do Código de Processo Civil, Forense, 4° Volume, páginas 254/255), ensina que há situação em que é impossível a prova escrita e que esta impossibilidade pode ser moral ou material;

8. Nesses casos, diz a Doutrina, pode o interessado socorrer-se de prova meramente

testemunhal, eis que estaremos diante da ocorrência da força maior.

9. Neste sentido, é importante salientar que dispositivos da Lei permitem a celebração de contratos tácitos, não instrumentalizados. Expressamente, destaquem-se o Estatuto da Terra, em seu artigo 93, § 8°, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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10. Em matéria de Direito Previdenciário, toda a nossa Legislação está posta no sentido de que a prova meramente testemunhal não é aceita para as justificações judiciais e administrativas. Ora, a justificação administrativa vem disciplinada na lei previdenciária, eis que dirigida internamente ao uso da autarquia e processada por seus servidores. De sua vez, a justificação judicial encontra disciplina a partir do artigo 861 do Código de Processo Civil, sendo discutível a sua submissão a regras editadas pela lei previdenciária.

11. Mas, note-se que a Lei cuidou para que a exceção apenas atingisse as justificações,

deixando para o Código de Processo Civil disciplinar o regime de prova para os procedimentos judiciais em geral. E a regra tem sentido; é que as justificações são procedimentos ditos graciosos, onde sequer as testemunhas são submetidas ao juramento de falar a verdade. Em tais procedimentos, o Juiz meramente homologa a forma final, sem se manifestar sobre o mérito da matéria.

12. Contrariamente, nas ações de cunho ordinário, onde a cognição é plena, há o princípio

do contraditório, o compromisso das testemunhas e ao final uma decisão passível de ser recorrida e reexaminada em instância superior. Daí não ser autorizada a oposição de quem põe todos os tipos de procedimento judicial na vala comum, para negar a possibilidade probatória, testemunhal, tanto num como noutro.

13. A Jurisprudência assim se manifesta:

PREVIDÊNCIA SOCIAL. DECLARATÓRIA. TEMPO DE SERVIÇO. PROVA TESTEMUNHAL. 1. As normas dos artigos 57 e 58 do Regulamento de Benefícios da Previdência Social, por cuidarem de procedimento administrativo a respeito de demonstração de tempo de serviço, se aplicam unicamente aos agentes administrativos. O Juiz, no exercício de sua jurisdição, a elas não se encontra vinculado, pelo que é permitido firmar o seu convencimento sobre os fatos submetidos a seu julgamento, sem impor qualquer hierarquização sobre as provas. 2. A prova testemunhal, devidamente depositada em Juízo, não se apresenta com categoria inferior à documental, em nosso sistema processual. Ambas produzem os mesmos efeitos, em patamar idêntico de credibilidade, contribuindo para a formação da convicção do Juiz. 3. Tempo de serviço para fins previdenciários provado por meio de testemunha. Idoneidade de meio probante utilizado. Ac. n° 1.113. CE, 2° Turma do TRT da 5ª Região. In Lex 16/329.”

...

“Admite-se prova exclusivamente testemunhal para configurar atividade de trabalhador rural. Precedentes. Recurso não conhecido”. STJ. Res. Esp. N° 46.774 SP. Rel. Min. Anselmo Santiago, julgado em 07.06.94. DJ 05/12/94.

...

“O dispositivo infraconstitucional que não admite “prova exclusivamente testemunhal” deve ser interpretado “cum grano salis” (LICCB. Artigo 5°). Ao

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Juiz, em sua magna atividade de julgar, caberá valorar a prova independente de tarifações ou direitos infraconstitucionais. No caso concreto, a contestação primou por ser abstrata e não houve contradita das testemunhas. Ademais, o dispositivo Constitucional (artigo 202, Inciso I), para o “bóia-fria”, se tornaria praticamente infactível, pois dificilmente alguém teria como fazer a exigida prova material”. STJ – Rec. Especial n° 49.121, SP. Relator Ministro ADHEMAR MACIEL, Julgado em 21/06/94 – DJ 01/08/94.

14. No caso em tela, além da vigorosa prova testemunhal, a ser produzida, são acostados documentos comprobatórios da relação que se quer ver declarada.

15. Assim, com respaldo na Doutrina, Jurisprudência e prova produzida, quer ver

Declarado por Sentença O TEMPO DE SERVIÇO a descrito, nas lides agrícolas, como capinas, roçadas, plantio, colheita, aração criação e manejo de animais, entre outras atividades.

16. Esta ação está fulcrada no Artigo 4°, inciso I, do Código de Processo Civil, combinado

com os artigos 202, parágrafo 2°, 109, parágrafo 3°, ambos da Constituição Federal, e, ainda, os artigos 94, inciso I, 95, inciso V, da Lei n° 8.213/91.

DO PROCEDIMENTO

17. O procedimento deverá ser sumário de acordo com o artigo 275, inciso I, do Código de Processo Civil, artigos 128 e 134 da Lei n° 8.213/91, e artigo 55, inciso V, da Lei n° 8.213/91.

DO PEDIDO

18. Ante o EXPOSTO, é esta para vir à presença de Vossa Excelência para requerer seja

ordenada a citação do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, na pessoa de seu representante legal, no endereço declinado no início desta, para vir responder aos termos da presente Ação, sob a pena de revelia e confissão alegado.

19. Requer seja determinada a intervenção do Ilustre Representante do Ministério Público,

para manifestar-se, querendo, sob o presente feito e acompanhar todos os atos até final decisão.

20. Protesta pela produção de provas em direito admitidas, desde já requerendo a juntada

dos inclusos documentos, ouvida das testemunhas, cujo rol acompanha a presente e depoimento pessoal das partes envolvidas.

21. Requer-se, ao final, seja a presente Ação julgada PROCEDENTE e através de

sentença declarar-se a certeza da exigência de relações jurídicas de trabalho, em regime de economia familiar de Requerente.

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22. Requer-se, ainda, por fim, seja o Requerido condenado ao pagamento das custas e honorários advocatícios, a serem fixados por Vossa Excelência, e demais cominações de direito.

23. Dá-se à causa o valor inestimável e para efeitos fiscais de R$ ... (...).

Termos em que, Espera Deferimento.

............., ... de ........... de ...........

ADVOGADO OAB/SP n°

ROL DE TESTEMINHAS:

a) ..., (qualificação), residente e domiciliado na Rua ...n° ..., na cidade de ..., Estado de ...; b) ..., (qualificação) , residente e domiciliado na Rua ...n° ..., na cidade de ..., Estado de

....

RESUMO O requerente pede pela declaração de tempo de serviço efetivamente trabalhado, para fins de aposentadoria. Pede que se conte o tempo em que trabalhou em atividade rural exercida em regime de economia familiar. Pretende provar o alegado através de documentos e testemunhas.

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ACIDENTE DO TRABALHO – INSS – APOSENTADORIA POR

INVALIDEZ – LEI N° 8213/91 – PERDA DA CAPACIDADE LABORATIVA – AUXÍLIO-ACIDENTE

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DE ACIDENTES DO TRABALHO DA COMARCA DE ............... ... (qualificação), residente e domiciliado na Rua ... n° ..., cidade de ..., Estado de ..., por seu procurador abaixo assinado, OAB/... n°..., com escritório profissional na Rua ... n° ..., Bairro ..., nesta capital onde recebe as comunicações de processos, instrumento procuratório em anexo (doc. ...), vem, com respeito e acatamento, à presença de Vossa Excelência para propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRABALHO contra o INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL, pessoa Jurídica de Direito Público com sede nesta capital, na Rua ..., n° ..., com base na Lei n° 6.367/76 e de mais disposições pertinentes à matéria, pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe:

1. O requerente desenvolvia a sua atividade laborativa como empregado junto à ..., endereço comercial na Rua ..., n° ..., nesta capital, sendo admitido em .../.../..., com rescisão contratual ocorrida em .../.../... (doc. ...)

2. Além das funções de encanador, típica do seu trabalho profissional, o requerente

acumulava ao seu trabalho a função de motorista para o atendimento dos clientes às visitas do trabalho rotineiro, e nem por isso percebia alguma remuneração.

3. No dia-a-dia do seu trabalho, nas atribuições da sua atividade, o requerente

desempenhava o seu ofício com inteira responsabilidade, pois era exclusivamente daquela tarefa que obtinha o sustento para a sua família.

4. Sucedeu que o requerente, dentro da sua jornada de trabalho, em data de .../.../...,

aproximadamente às ... horas acabou se envolvendo num acidente de trânsito do qual resultaram lesões em sua pessoa, culminando em internamente hospitalar e consequentemente afastamento da sua atividade profissional (Boletim do BPTRAN e anotações em CTPS, fls. ... – doc. ...).

5. Em decorrência, foi assistido a partir do ... dia pelo INSS (INSTITUTO NACIONAL

DE SEGURO SOCIAL) – AT n°..., permanecendo em tratamento até .../.../...,

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oportunidade em que lhe foi concedida alta para posteriormente submeter-se a exame pericial (doc. ...).

6. Tendo em vista o requerente ter se apresentado naquela oportunidade e, ainda,

encontrar-se completamente debilitado e sem condições para o desempenho normal da sua atividade laborativa, continuou afastado da sua atividade profissional até que fosse realizada a perícia médica, percebendo auxílio-doença no período de .../.../... a .../.../... (doc. ...).

7. Submetido a nova perícia médica em .../.../..., foi considerado, injustamente, apto para

o trabalho, conforme Comunicação de Resultado de Exame Médico, em anexo ( doc. ...).

8. Ora, como se depreende dos documentos acostados, o requerente encontrava-se

legalmente afastado das suas funções em face de um acidente ocorrido no transcorrer de sua jornada de trabalho. A Empregadora, simplesmente, bem antes da realização da perícia médica, sem o mínimo respeito pelo seu funcionário, que há anos dignificava o seu trabalho honrando o nome da Empresa, foi colocado às margens do infortúnio, como se vê no termo de Rescisão de Contrato de Trabalho ( doc. ...).

9. O requerente teve como conseqüência do acidente a fratura dos dois (2) membros

inferiores, fratura de costela e todas as conseqüências advindas do evento e que permanecem traumatizadas, acompanhando o requerente até o momento.

10. Internado no hospital ..., nesta capital, esteve sob os cuidados dos médicos, Dr. ...,

como chefe clínico e Dr. ...(auxiliar assistente).

11. Fraturas dessa natureza, para uma perfeita reabilitação, requerem no mínimo ... (...) a ... (...) dias, fato este que não ocorreu, pois para o requerente não foram dados mais do que ... (...) dias para a retirada daquelas ataduras de gesso (doc. ...).

12. O requerente, até a presente data, encontra-se desempregado e incapacitado para o

trabalho, devido às fortes dores e seqüelas que o acidente lhe ocasionou e pela falta de amparo do órgão previdenciário.

13. Diante do exposto, propõe a presente perante este R. Juízo, consoante o artigo 109,

inciso I, parte final da Constituição Federal e Súmula 501 do STF, para requerer o que segue:

a. Inicialmente, a gratuidade da Justiça ante o estado de desemprego e miserabilidade do

requerente, nos termos da Lei n° 1.060/50; b. Seja o requerido citado no endereço supra, na pessoa de seu representante legal, para,

querendo, contestar a presente, por tratar-se de lei de Ação de Rito Sumário, de conformidade com o disposto no artigo 19, inciso II, da Lei n° 6.367/76;

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c. Seja presente ação julgada procedente, condenando-se o requerido a conceder APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – ACIDENTÁRIA, desde .../.../..., ou seja, a partir do ... dia da ocorrência do acidente.

d. Seja o requerido também condenado:

d.1. ao pagamento dos benefícios devidos a título de Aposentadoria por Invalidez- Acidentária, a contar de .../.../..., pois não se encontram prescritos pelo pagamento do benefício do auxílio-acidente, e, a seguir, aposentadoria por invalidez mês a mês;

d.2. no pagamento de abono anual, como disposto no artigo 40 e parágrafo único, da Lei n° 8.213/91;

d.3. no pagamento de juros e correção monetária incidente sobre benefícios não pagos, ou seja, aposentadoria por invalidez-acidentária e abono anual nos termos da Lei n° 6.899/81;

e. finalmente, seja o requerido condenado ao pagamento de custas processuais e verba

honorária, ora se tomando por base a prestações vencidas até sentença e um ano das vincendas, incidindo sobre tudo juros e correção monetária que se incorporam à vantagem econômica auferida pelo requerente.

Requer-se pela produção de todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente a pericial e testemunhal. Dá-se à presente, em consideração às prestações vencidas e vincendas, tomando-se por base o valor do salário-mínimo de ... do ano de ..., e, conforme o disposto no artigo 260, do CPC, o valor de R$ ...(...).

Nestes Termos, P. E. Deferimento

..., ... de ... de ...

ADVOGADO OAB/SP n°

RESUMO

Ação decorrente de acidente de trabalho contra o INSS. No transcorrer de suas atividades, o requerente envolveu-se em acidente de trânsito do qual resultaram lesões corporais gravíssimas, culminando em internamento hospitalar e afastamento de sua atividade laboral. O Requerente encontra-se desempregado e incapacitado para o trabalho, devido às seqüelas causadas pelo acidente e pela falta de amparo do órgão previdenciário. Requer seja concedida aposentadoria por invalidez acidentária. Pode-se pedir, alternativamente, no caso de alta o pagamento do benefício de auxílio-acidente.

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PENSÃO POR MORTE- INSS- COMPANHEIRA- DEPENDÊNCIA

ECONÔMICA- UNIÃO ESTÁVEL EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE .../... ..., brasileira, viúva, do lar, residente e domiciliada na Rua ..., nº ..., Jardim ..., nesta cidade, através de seu advogado e procurador infra-assinado, vem respeitosamente á presença de V. Exa. propor contra o INSS- Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal, com procuradoria Regional situada na Av...., nº ..., CEP: ..., na cidade e comarca de .../ ..., a presente AÇÃO SUMARÍSSIMA DE PENSÃO POR MORTE, do espólio ..., com amparo nos termos do artigo 74, da Lei nº 8.213/91, do art. 105, do Decreto nº 3.048/99, c/c art. 6º e 201, inciso V, parágrafo 5º da Constituição Federal e, artigo 282 do CPC, mediante os seguintes fatos e fundamentos:

1) O de cujus ... era contribuinte da Previdência Social, sob inscrição nº ..., e era esposo da Requerente desde 14 de setembro de 1968, conforme documentos anexos, ou seja, Certidão de Óbito, Certidão de Casamento, CPF, RG, Laudo médico p/ emissão AIH, Carteira de Trabalho, PIS, que comprovam que era trabalhador urbano, contribuinte da PREVIDÊNCIA SOCIAL, e esposo da Requerente.

2) A Requerente não recebe nenhum tipo de benefício da previdência Social, nem

de outro regime previdenciário.

3) O falecido ..., teve como “ causa mortis” , conforme consta do atestado de óbito, a MORTE NATURAL, deixando 05 ( cinco) filhos, que são : ...( 30) , ...( 27) , ... ( 25), ...( 21) e ...( 20).

4) A lei nº 8.213, de 24/07/1991, c/c o artigo 105 do Decreto nº 3.048/99, em seu

artigo 74 diz: “A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: ( Redação dada ao “ caput” pela lei nº 9.528, de 10/12/1997).

I- do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; ( Inciso

acrescentado pela lei nº 9.528 de 10/12/1997)

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II- do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; ( Inciso acrescentado pela lei nº 9.528 de 10/12/1997)

III- da decisão judicial, no caso de morte presumida. ( Inciso acrescentado pela lei nº 9.528 de 10/12/1997)

5) O artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal diz:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade ( ...). “

6) O artigo 6º, da Constituição Federal, rege que: “São direitos sociais a

educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a PREVIDÊNCIA SOCIAL, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

7) A Requerente era esposa do falecido ..., conforme provas documentais, por

tanto, fazendo jus à Pensão por Morte, em conformidade com o artigo 226, § 3° da Carta Magna que reza: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.”, com a Lei n° 9.278, de 10 de maio de 1996, denominada LEI DE UNIÃO ESTÁVEL e, legislações pertinentes à matéria, que de acordo com os nossos Tribunais são pacíficos ao assunto em tela, que segundo Ementários das Jurisprudências Previdenciárias dizem:

PENSÃO POR MORTE – COMPANHEIRA – PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO REJEITADA – QUALIDADE DE SEGURADO – DEPENDÊNCIA ECONOMICA – PRESENTE OS REQUISITOS LEGAIS – SENTENÇA MANTIDA – Comprovada a união estável mantida entre a autora e o de cujos, bem como a existência de filhos em comum, é reconhecido o direito à pensão previdenciária, conforme Decreto – Lei n° 66/66, que deu nova redação ao artigo 11 da Lei n° 3.807/60, e Lei n° 5.890/73. Preliminar rejeitada. Outro sim, a dependência econômica da autora, na hipótese, é presumida, a teor do disposto no artigo 10, I, c.c. o artigo12 da CLPS. Assim sendo, ha que se ter por preenchidos os requisitos legais para a obtenção do benefício. Recurso do INSS a que se nega provimento. (TRF 3ª R. – AC 91/03/038685-6 – SP – 5ª T. – Relª Desª Fed. Suzana Camargo – DJU 10/10/2000).

PENSÃO POR MORTE – COMPANHEIRA SEM FILHOS DE SEGURADO – DEPENDÊNCIA ECONOMICA COMPROVADA – DIES A QUO DO BENEFÍCIO – 1. Para a comprovação da qualidade de companheira é suficiente qualquer elemento que possa levar à convicção do juiz. Artigo 20, item XVI do Reg. Benefícios. 2. Comprovada a condição de segurado do de cujos e sendo presumida a

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dependência econômica da companheira, faz jus a autora ao benefício pleiteado. 3. Não havendo requerimento feito administrativamente, o termo inicial do benefício deverá ser fixado a partir da citação. 4. Remessa oficial parcialmente provida. Apelação do INSS improvida. (TRF 3ª R. – AC98/03/087861-1 – SP – 1ª T. – Rel. Dês. Fed. Oliveira Lima – DJU 28/12/1999)

PREVIDENCIÁRIO – PENSÃO POR MORTE – EX-COMPANHEIRA – REQUISITOS – 1. A valoração da prova exclusivamente testemunhal da dependência econômica e do concubinato de ex-segurado é válida se apoiada em indício razoável de prova material.2. Recurso não conhecido. ( STJ- REsp 142601-PE- 5ª T.- Rel. Min. Edson Vidigal-DJU 03/08/1998- p.285)

8) Pelo exposto, após satisfeito o requerimento, vem requerer a citação do Réu,

através de seu Procurador – Regional, no mesmo endereço declinado no preâmbulo da inicial via AR, para os termos da presente Ação, com prazo de 60 (sessenta) dias e as advertências legais, e que V. Exa. se digne julgar procedente a presente ação, a final a condenação do Réu na concessão à Requerente da PENSÃO POR MORTE, a partir da data do óbito( 29/10/2001) bem como emitir os pagamentos das rendas mensais vencidas e vincendas do benefício corrigidos monetariamente, juros de mora e honorários advocatícios, incidente sobre o valor da conta de liquidação, calculados na forma da Lei.

9) Requer a produção de provas testemunhal e pericial, protestando pelas outras

provas que fizeram necessárias, dando ciência da ação ao MP para que , querendo, nela intervenha.

10) Requer, ainda, que V. Exa. conceda, de plano, os benefícios da Assistência

Judiciária, nos termos da Lei.

11) Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ .......

Pede deferimento,

........., ... de ............ de ..............

ADVOGADO OAB/SP nº

RESUMO A companheira faz jus ao benefício previdenciário “Pensão por Morte” de seu companheiro, desde que comprovado por documentos, em atendimento ao que assegura a CF em seu artigo 226, § 3º - DA UNIÃO ESTÁVEL.