SEMI Gestao de Negocios Internacionais 01-02-05

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  • 8/18/2019 SEMI Gestao de Negocios Internacionais 01-02-05

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    LEITURA OBRIGATÓRIA 

    1. Os choques do petróleo e das taxas de juros.

    2. A ruptura do sistema de taxas de câmbio fixo.

    3. Maior mobilidade de capital.

    4. O aparecimento dos países emergentes, de industrialização recente, como importantescompetidores no comércio mundial.

    A partir desses acontecimentos, as RNTs assumiram diversas formas: ações antidumping ,direitos compensatórios, quotas, subsídios, acordos voluntários de restrições às exportações,direitos alfandegários variáveis, licenças não automáticas de importação, o que ficoudemarcado como amortecedores do comércio internacional.

    Após o período de turbulências dos anos 1970 e início dos anos 1980, observa-se aretomada do crescimento do comércio mundial. Atualmente, o comércio mundial cresce auma taxa média de 5% ao ano, bem acima do crescimento do PIB mundial, que se situa nafaixa de 3,5% o ano. Merece destaque a observação de que o grande sucesso e dinamismodo comércio mundial está diretamente agregado aos arranjos regionais.

    O estudo das teorias de comércio internacional tem o desafio permanente de buscar respostaàs seguintes indagações:

    1. Quais as vantagens de importar um produto que pode ser produzido no mercado domésticocom geração de renda e emprego para a população do país?

    2. Nas definições de política de comércio exterior, quais produtos o país exportará e quais

    importará?

    3. Como são determinados os preços de equilíbrio no mercado mundial?

    4. É possível que todos os países se beneficiem do comércio internacional?

    5. Quais os impactos sobre a distribuição de renda decorrentes do comércio internacional?

    Não existem respostas pontuais para essas perguntas nem uma única teoria que tenharesposta a todas essas questões.

    A teoria clássica do comércio internacional destaca o princípio das vantagenscomparativas de David Ricardo, que tem como elemento teórico central o chamado “custo

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    LEITURA OBRIGATÓRIA 

    de oportunidade”. O modelo de Ricardo é fundamentado em um conjunto de hipótesessimplicadoras, a saber:

    1. Existem dois países que serão denominados Brasil (B) e Resto do Mundo (RDM).

    2. Cada país produz dois bens: alimentos (A) e um produto industrial, tecido (T).

    3. O único fator de produção que recebe remuneração (tem custo) é a mão de obra,denominado L.

    4. A mão de obra é homogênea e está em disponibilidade fixa em cada país.

    5. Há mobilidade total de mão de obra dentro do país, mas não existe a possibilidade deimigração (imobilidade internacional da mão de obra).

    6. A produtividade da mão de obra, em cada bem, é fixa.

    7. Existe concorrência perfeita em todos os mercados; não existem impostos de importação

    nem custo de transporte.As conclusões obtidas da teoria de Ricardo2 são bastante simples. Primeiro: essa teoriapostula que duas nações terão relações comerciais quando apresentarem custos relativosde mão de obra diferentes. Segundo: conclui que uma nação exportará sempre o produto quefabricar com custos de mão de obra relativamente menores do que os de outra. Finalmente:com base nesses resultados, indica que o comércio entre dois países é vantajoso paraambos, uma vez que um país tem vantagem comparativa sobre o outro ou outros paísesquando se especializa em alguns segmentos em capacitação, pesquisa, tecnologia e

    racionalidade de mão de obra.

    Para um melhor entendimento, segue a demonstração por meio da matriz de opções deprodução (Tabela 1.1) disponíveis para o Brasil e o Resto do Mundo:

    Tabela 1.1 Necessidades de mão de obra por unidade de produto (horas)

    Alimento Tecido

    Brasil 100 120

    Resto do Mundo 90 80

    2 Este link  demonstra de forma simples e prática como funciona o modelo Ricardiano: .