Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
-
Upload
the-doctor -
Category
Documents
-
view
227 -
download
0
Transcript of Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 1/132
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 2/132
L a Libertadora
N o cabe duda q u e e l gran amor en la vida d e l Libertador, Simón Bolívar, f u e Manue la Sanz,
quien s e mantuvo a s u l ado , abandonando s u hogar y e n t r e g á n d o s e e n cue rpo y alma a l
hombre d e s u vida.
E N ESTE NUMERO D E
TIEMPO
DE
IMÍWM
Ricardo Lorenzo Sanz
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 3/132
Escaneo original: http://www.tiempodehistoriadigital.com/
Digitalización final en .pdf: http://thedoctorwhol967.blogspot.com.ar/
A N O V
N U M . 5 6
PORTADA:
La
actitud ambigua,
n o
exenta
d e cierta calculada deferencia hacia e l F ú-
hrer, p o r parte d e l P ap a Pió XII a lo largo d e
la II Guerra Mundial, y cuya exp l icación , e s -
trictamente política, acaso s e debiera a l te -
mo r de l
Pontífice ante
u n a
su p rem ac ía
s o -
viética sobre la Europa Central, n o excluye
la
grave responsabi l idad
d e l
Papa,
a l no
condenar taxat ivamente
al
Régimen nazi,
d e cuyos crímenes estuvo in formado e n
todo momento.
TACHO
SOMOZA: La
sanguinaria
dinastía
somozista.
frente
a la que
e n es tos d ías
s e
levanta
e n
armas todo
e l
pueble
n icaragüense,
s e Inicia c o n e l
«Viejo» Tacho
Somoza. fiel
instrumento
de l o s
in tereses
n or team er ican os
e n s u país
© TIEMPO DE HISTORIA 1 9 7 9
Prohibida la reproducción d e textos
fotografías o dibujos ni aun citando
su procedencia.
TIEMPO DE HISTORIA no devol-
verá lo s originales que no solicite
previamente y tampoco mantendrá
correspondencia sobre los mismos
E
JULIO 1 9 7 9
í
1 0 0
PESETAS
P á g s .
L A S M A T A N Z A S D E B A D A J O Z , p o r R a f a e l T e n o r i o 4 - 1 1
T U Ñ O N
D E
L A R A ,
E L
P U L S O
D E L A
H I S T O R I A ,
p o r
M a r í a C r i s t ó b a l
1 2 - 1 7
P R I S I O N D E T 0 R R I J 0 S , p o r M a n u e l I z q u i e r d o . . 1 8 - 2 3
H A B L A E R N E S T O G I M E N E Z C A B A L L E R O , M E M O -
R I A S D E p o r M a r í a R u i p é r e z . . 2 4 - 3 5
T A C H O S O M O Z A , E L V I E J O , p o r O v i d i o G o n d i . . . 3 6 - 4 5
L A
I G L E S I A
Y E L I I I
R E I C H ,
p o r
H e l e n o S a ñ a
. . .
4 6 - 5 7
L A
P O L I T I C A I N T E R N A C I O N A L
D E L O S
E S T A D O S
U N I D O S : D E L A R E P R E S I O N M A S I V A A L A R E T I -
R A D A
D E L
V I E T N A M ,
p o r
A l v a r o C u s t o d i o 5 8 - 6 3
E L
S I N D R O M E
D E
H A R R I S B U R G U . S . A . ) ,
p o r J e -
s ú s
L ó p e z P a c h e c o 6 4 - 7 3
M A N U E L A S A E N Z ,
L A
L I B E R T A D O R A
D E L
L I B E R -
T A D O R ,
p o r
R i c a r d o L o r e n z o S a n z 7 4 - 7 9
E S P A Ñ A
1 9 4 9 :
S e l e c c i ó n
d e
t e x t o s
y
g r á f i c o s
p o r
F e r n a n d o L a r a y D i e g o G a l á n 8 0 - 9 5
C I N E : H A C E
4 0
A Ñ O S
S E
E S T R E N O « S I E R R A
D E
T E R U E L » , D E A N D R E M A L R A U X , p o r B l a s M a t a -
m o r o 9 6 - 1 0 5
1 9 1 7 : L O S N O V E L I S T A S R U S O S A N T E L A R E V O L U -
C I O N , p o r J o s é M .
a
S o l é M a r i n o 1 0 6 - 1 1 7
G R A H A M G R E E N E ,
« E L
F A C T O R H U M A N O » ,
p o r
R a m i r o C r i s t ó b a l 1 1 8 - 1 1 9
H I S T O R I A
Y
P O L I T I C A
E N
M A Q U I A V E L 0 ,
p o r
J o s é
A . G ó m e z M a r í n 1 2 0 - 1 2 4
L I B R O S : D e l m o r f i n i s m o a l p a s o t i s m o ; U n c l á s i c o
p a r c i a l m e n t e r e d i v i v o ;
D e l
g a t o F é l i x
a l
g a t o F r i t z ;
E l
r a p t o
d e l a
c u l t u r a ; N i c a r a g u a : l u c h a , l l o r a
y
m u e r e . P a r a
s e r
l i b r e 1 2 5 - 1 2 9
DIRECTOR EDUARDO HARO TECG LEN SECRETARIO DE EDITORIAL GUI LLERM O M ORENO D E GUERRA: CONFECCION:
ANGEL TROMPETA. EDITA PRENSA PERIODICA S A REDACCION ADMINISTRACION Y D ISTRIBUCION: Plaza d e l Conde
d e l Valle d e Súchil, 2 0 Teléfono 447 27 OO MADRID-15. Cables: Prensaper. PUBLICIDAD: REGIE PRENSA. Vicente Gaceo, 23
Teléfonos
73 3 40 44 y 733 21 69
MADRID-29
y
Paseo
d e
Gracia,
101
Teléfono
2 1 8
78 46. BARCELONA-11. D ISTRIBUCION: Marco
Ibérica. Distribución de Ediciones, S A Carretera d e Irún, K m 13,350. MADRID -34 IMPRIME: Editorial Gráficas Torroba. Polígono
Industrial Cobo Calleja. Fuenlabrada Madrid). Depósito Legal: M.36.13 3-1 974. SUSCRIPCIONES: V er página 130
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 4/132
L a s matanzas d e Badajoz
Rafael Tenorio
'¡Qué verbena de sangre
v de horror homicida
Portada d a aallk> Harrarlano d a l antiguo palacio prtoral d a Magacala (Badajoz)
. ;
:
4
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 5/132
•
^ ' i c o t / t o
f í U H c w t H u o
j w t
¡j t
oyu
-t
u ^iun
/ r t i t i w
y u c CYltHS IClSfflO
a y 500 soldados queíerñdn qu$
f tf 1 ff"'
ci eo *g w u | g? u íuuuu&y
u z> i
mil
quinientos hombres cada
una
p | J 4
a..dos columnas
de
••& vuuu una, ui munuu uei teniente coronel Yagüe.
armamento
de los
atacantes
y su
organización eran infinitamente
superiores a todo lo que podía ofrecer para su defensa la ciudad de
Badajoz• Además,
la
aviación alemana
e
italiana acudieron
en
auxilio
de
Y
agüe (parece
ser que los
Ju-52 despegaron
de
aeródromos portugueses
y
también
que
algunas tropas
de
Yagüe
se
infiltraron
par la re
§ orpn
m
| pü L dí a 11 de agosto, la columna d e Telia
I En se apoderó d e Mérida, cortandojel fe -
rrocarri l
y la
carretera
d e
Madrid-Badajoz,
lazo de unión d e esta última c o n e l resto de
España.
Entonces Yagüe tomó
la s
columnas
de
Caste-
jón y de Asensio —cada c olu mna se co mponía
d e u n a
Bandera
de l
Tercio
( 8 0 0
hombres);
u n
Tabor de regulares (600 hombres); un a o dos ba -
terías; fuerzas d e ingenieros y servicios c o m -
plementarios; cada columna llevaba detrás
pelotones
de
requetés, falangistas
o
simple-
mente voluntarios d e derechas q u e actuaban
como policía política en e l terreno conquista-
do— y se dirigió hacia la capital extremeña,
donde llegó el 13 de agosto.
Pero el día 12 la ciudad fu e bombar deada p o r
lo s
aires
y
empezaron
la s
deserciones
en
masa.
El d ía 13 Badajoz estaba s in luz eléctrica y
rodeada
de
enemigos
p o r
todas partes. Sólo
conservaba s u s mural las de l siglo XVIII, de -
fendidas p o r grupos d e milicianos y d e solda-
dos .
Por la tarde del día 13, Castejón lanzó a sus
hombres contra la s mural las de la ciudad. S e
combatió en varios sectores: Puerta d e l Pilar,
Fuerte de la Pardalara, Puerta de la Trinidad,
p o r donde atacó Asensio, y Cuartel de Mena-
c h o . E l comandante Alonso y los milicianos
rechazaron c o n fuego d e ametral ladoras e l
primer asalto. La guardia civil d e Badajoz
aprovechó la confusión d e l combate para s u -
blevarse
por la
espalda.
L os
tiroteos internos
n o cesaron en toda la noche.
Al amanecer del día 14, la artillería rebelde
abrió fuego contra
la s
mural las
d e
Badajoz.
Este intenso bombardeo duró varias horas y
destrozó la s mural las y las viviendas de los
alrededores. Alvarez d e l Vayo asegura que e l
armamento venía directamente
d e
Portugal
e n camiones.
Por la tarde recomenzó e l asalto po r l a s b re -
chas q u e había abierto la artillería. L a s t a n -
quetas
de la
columna Asensio forzaron
la
Puerta de la Trinidad, derruida po r lo s impac-
tos, y los legionarios se lanzaron d e nuevo a l
asalto; e l fuego de la s ametralladoras volvió a
par a r d e nuevo s u s grandes impulsos y a oca-
sionarles numerosas bajas. A pesar de las
grandes pérdidas
—127 en e l
primer momen-
to—, los legionarios de la 16.
a
compañ ía echa-
ron p ie en la ciudad y establecieron los prime-
ro s escalones para su conquista.
A las
cuat ro
de la
tarde,
lo s
rebeldes domina-
b a n y a
gran parte
de la
ciudad, pero
la
lucha
callejera continuaba, y continuará hasta el
anochecer. En la catedral se refugiaron c i n -
cuenta milicianos
y
pelearon hasta quedarse
s in m unicio nes; luego fueron cap tura dos y
ejecutados ante e l alt ar m ayor —pese a que se
h a
dicho
que se
suicidaron,
la
verdad
es que
fueron ejecutados a los pies de l altar mayor
p o r l o s legionarios.
E l
teniente coronel Yagüe pudo liberar
a 380
prisioneros políticos d e derechas, que se en -
contraban
en la
cárcel sanos
y
salvos.
L o s fascistas h a n tenido siempre la fea y co-
barde costumbre d e negar la existencia de sus
crímenes.
Con la
caída
d e
Badajoz
se
cometió
u n a matanza feroz q u e , a pesar d e haber sido
reconocida p o r s u promotor e l teniente coro-
n e l Yagüe, h a sido siempre considerada como
inexistente y como mera propaganda republi-
cana.
S i n
embargo, hubo
d o s
matanzas
en
Badajoz
de gente humilde y nada h a podido justificar
este horrendo crimen. L a s matanzas d e Bada-
jo z parecen s e r l a s m á s caprichosas y sangui-
narias que se hayan perpetrado en la guerra.
El 14 de
agosto
de 1936, los
hombres
del te-
niente coronel Yagüe
se
apoderaron
por la
fuerza de Badajoz y , horas m á s tarde, el úl-
timo foco
de
resistencia
de la
catedra l cayó
en
poder de los legionarios.
Inmediatamente después sucedió
la
primera
matanza . L os moros, sueltos como perros r a -
5
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 6/132
biosos y armados has ta los dientes, cayeron
sobre la ciudad martir izada y asesinaron a le -
vosamente a todo aquel q u e s e aventuraba a
salir a la calle. Cayó mucha gente inocente,
mujeres indefensas, hombres q u e n o habían
combatido, niños y ancianos. Hubo quien m u -
r i ó ac uchi l lado s implemente p o r llevar un r e -
lo j o una cadena de o ro que desper taba la
codicia de los mercenarios moros a l servicio
d e l fascismo español. E n Badajoz se vieron
cadáveres c o n cuchillos clavados hasta l a e m -
puñadur a .
L a s
cifras
q u e
puedan avanzarse
pecan desde su origen, y a q u e nunca se han
hecho estadíst icas de los muer tos d e Badajoz.
N o obs tante, se ha hablado de un mi l lar d e
muertos en la pr imera jornada. Y este crime n
lo
hicieron
lo s
moros
y los
legionarios.
Algunos oficiales alemanes, a l servicio de l ge -
neral Franco, se dieron e l gusto d e fotografiar
cadáveres castrados por los moros, y fue tal la
sacudida
d e
espanto
q u e
produjeron
lo s
cadá-
veres castrados, q u e e l general Franco se vio
en la obligación de mandar a Yagüe q u e cesa-
r an las castraciones y los ritos sexuales con el
enemigo muerto . S in embargo, en Toledo, m e s
y medio después, también encontraremos c a -
6
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 7/132
dáveres castrados, y en diciembre, e n l o s c o m -
bates alrededor
d e
Madrid, también habrá
c a -
dáveres
d e
internacionales castrados
por los
moros
o los
legionarios.
L a segunda matanza sucedió cuando Yagüe
hizo acopio
d e
prisioneros
— la
mayoría civi-
les—
q u e
había recogido
p o r
toda
la
prov incia
castigada
o que le
había entregado
el
caba-
llero cristiano Antonio d e Oliveira Salazar,
sabiendo éste perfectamente q u e l o s entre-
gaba
a u n
verdugo.
Hubo también
u n
grupo
de
oficiales rebeldes
q u e
entraron
en
Portugal
—en l a
ciudad
de
Elvas y sus inmediaciones— a buscar refugia-
d o s
para llevárselos
a las
trágicas arenas
de la
Plaza
de
Toros
d e
Badajoz, donde pensaban
d a r u n festival d e sangre como no se había
visto nunc a
en e l
mundo. Entre
lo s
refugiados
capturados había también numerosos civiles
q u e n o
habían par t icipado
en los
combates
p o r
edad
o
temperamento
y
heridos
q u e
serían
fusilados
en la
ignominiosa ceremonia
de la
Plaza
d e
Toros.
L as tropas victoriosas amontonaron a los pri-
sioneros
y, s in
establecer responsabilidades
o
buscar
a los
culpables,
los
ejecutaron. Saca-
C o n l a ca íd a d e Badajoz s e com et ió u n a ma tanz a feroz que¿ <
p esar d e haber sido reconocida po » t u promotor e l ten ient i
coronel Yagüe,
h a
sido s iempre considerada como Inexistente
\
como mera propaganda republicana. (E l cam p o p acen se )
7
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 8/132
b a n a l a s víctimas por l a puerta d e caballos y
los de jaban en el ruedo s in defensas. L a s a m e -
tralladoras habían sido fijadas en las contra-
bar re ras d e l toril. Para este espectáculo hubo
en t radas e invitaciones, a é l acudier on señori-
t o s de Andalucía y de Extremadura, terrate-
nientes sedientos d e venganza y falangistas d e
reciente camisa; también acudieron mujeres.
Allí fueron sacrificados milicianos, soldados,
hombres d e izquierda, campesinos s in parti-
d o , jornaleros, pastores y sospechosos. Las
arenas quedaron rojas y húmedas de sangre.
D e
nuevo pod ría n citarse varias cifras, aun que
siempre pecarían
por los
mismos motivos
que
y a hem os citado m á s arr iba . E l periodista n o r -
teamericano
J a y
Alien,
q u e
entró
en
Badajoz
poco después, dijo q u e hubo 1 .800 ejecucione s
en las pri mer as doce horas y o y ó decir a oficia-
le s rebeldes q u e había habido 4.000 ejecucio-
nes en total.
Hugh Thomas, q u e estudió el caso m á s d e
veinte años después, cree
q u e l a
cifra
de
vícti-
m a s está m á s cerca de 200 que de 2.000. T h o -
mas e s e l único q u e avanza u n a cifra t a n p e -
queña, q u e n i siquiera Yagüe s e ha atrevido a
reducir.
César
M .
Lorenzo dice
q u e
hubo, aproxima-
damente ,
m i l
quinientas ejecuciones. Manuel
Tuñón d e Lara avanza la c if ra d e m i l doscien-
t o s , antes d el 15 de agosto. Ricardo Sanz m e n -
ciona
a m á s d e
«tres
m i l
antifascistas ejecuta-
dos». E l filósofo cristiano Jacques Maritain
protestó contra
el
crimen
de
«cientos
d e h o m -
bres»,
y
James Cleugh,
q u e
s impatizaba
con
lo s rebeldes, dijo q u e hubo d o s m i l ejecucio-
nes .
De todos modos, importan menos la s cifras
q u e l o q u e simbolizan. Doscientos o cuatro
m i l , ¿qué importa? — h a pasado tanto tiem-
p o — ; l o q u e realmente cuenta es el hecho de
mat ar colect ivamente a gente indefensa. Este
hecho
n o
pierde
su
trágico contenido porque
la cifra s e a m á s o menos reducida.
P o r p r imera vez en la historia d e España, u n
ejérci to man dad o p o r oficiales y jefes es pa ño-
le s entraba e n u n a ciudad española y comet ía
u n a carnicería monstruosa, castrando cadá-
veres, apuñalando heridos y mujeres, ametra -
llando a gente indefensa en las arenas de la
Plaza de Toros. Y todo eso delante d e varios
periodistas extranjeros, q u e entraron en la
ciudad poco después que los moros y los legio-
narios
y q u e
divulgaron amplias noticias
d e
esta hecatombe
s in
precedentes.
Esta vez los rebeldes se dieron cuenta de l po-
d e r q u e ejercía la prensa en la opinión pública,
y f u e
entonces cuando decidieron ata ja r
e l m al
q u e ellos mismos habían engendrado con su
barbarie . '
El periodista John T. Whltakerse pres entó ante Yagüe y lo preguntó
al era verdad q u e hablan s ido ases inados var ios mi les d e p e r s o -
n a s . Y e l teniente coronel Yagüe respondió sonriendo: «Natural -
m e n t e
q u e l o s
h em of matado. ¿Qué supo nía usted ? ¿Iba
a
llevar
4.000 prisioneros rojos c o n m i columna, t e n i e n d o q u e avanzar c o n -
tr a reloj? ¿O Iba a dejar los e n m i retaguardia para q u e Badajoz
fuera rojo otra vez?». ( En l a foto , e l e n t o n c e s t e n i e n t e c o r o n e l
Yagüe , poster iormente ascendido a general , q u e l legar la a ser
nombrado ministro
d e l
Aire
p o r
Franco).
E n
Badajoz entraron,
por lo
menos, cinco
p e -
riodistas: Jacques Berthet,
d e
Le Temps;
M a -
r i o Neves, d e l Diario de Lisboa; otro francés
llamado Marcel Dany, de la Agencia Havas; e l
norteamericano John
T .
Whitaker,
d e l N e w
York Herald Tribune; e l fotógrafo y cameró-
grafo francés René B r u y , poco m á s tarde, J ay
Alien,
d e l
Chicago Tribune
y
el
News
Chro-
nicle. También logró entrar
u n
corresponsal
de la United Press, q u e n o h a sido todavía
identificado. Todos ellos hablaron de l a s ma-
tanzas d e Badajoz.
E l domingo 16 de agosto, Le Populaire y Le
Temps, en primera plana, y Le Fígaro y
Paris-Soir, en la página tres, anunciaron los
sucesos d e Badajoz.
«LOS FASCISTAS ASESINAN A LA PO-
BLACION D E BADAJOZ» e ra e l título de Le
Populaire,
q u e
poseía
la
información
de l en-
8
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 9/132
viado de la Agencia Havas, y en su comuni-
cado se pued en leer cosas como éstas: «La san-
gre corre por las aceras », «Los legionarios y los
moros continúan ejecutando
en
masa»,
«Ba-
rrios enteros están en llamas y el número de
víctimas, mujeres, niños y ancianos es innume-
rable. En los pueblos de los alrededores la s tropas
han pasado por las armas a todos los que eran
fieles al Gobierno», «Están teniendo lugar ejecu-
ciones én masa», «Los cadáveres cubren el sue-
lo», «En la plaza del Ayuntamiento yacen los
partidarios del Gobierno que fueron ejecutados
contra el muro de la catedral», «L a sangre corre
por las
aceras.
Por
todas partes
se
encuentran
charcos coagulados».
Jacq ues Bert het escribía para Le Temps del 16
de agosto: «Se mata por las calles», «ejecucio-
nes en masa», «imágenes de un horror som-
brío», «numerosasejecuciones han tenido lugar
en el campo de don Juan».
E n Le Fígaro apareció la crónica detal lada del
enviado de la Agencia Hav as: « Los medios m i -
li tares
v
(rebeldes) estiman q u e varios centena-
r es de gubernamentales h a n sido fusilados.
Alrededor d e m i l h a n sido hechos prisioneros.
L a s
autoridades insurgentes examinan
ac -
tualmente s u s casos».
Le
Populaire
d e l lunes 17 de agosto titulaba en
primera plana: «
Mil milicianos
han
sido fusi-
lados en Badajoz por los fascistas». E se mismo
lunes 17, Le
Temps
publ icaba u n a crónica d e
Jacques Berthet , en la que éste daba detalles
de la
lucha
y de la
represión
e n
Badajoz: «En
estos momentos —escribía el 15 de agosto a las
22,30— alrededor de mil doscientas personas
han sido fusiladas (...) Hemos visto la s aceras de
la Comandancia Militar empapadas de sangre
(...) Los arrestos y las ejecuciones en masa con-
tinúan en la Plaza de Toros. Las calles de la
ciudad están acribilladas de balas, cubiertas de
vidrios, de tejas y de cadáveres abandonados.
Sólo en la calle de San Juan hay trescientos
cuerpos (...)».
E l teniente coronel Yagüe, co ma nd an te e n jefe
de las
tropas
q u e
operaban
en el
sector
d e
Badajoz, declaraba satisfecho a l represen-
tante d e Le Temps:
«Es una espléndida victoria. Antes de avanzar de
nuevo, y ayudados por los falangistas, vamos a
acabar de limpiar Extremadura».
El día 17 escribía Henri Danjou para
Paris-
Soir:
«Las fuerzas de l Tercio hacían blanco sobre los
cadáveres. Había varios centenares, a los cuales
se empezaba ya a dar sepultura».
L e Populaire publicaba, el mar tes 18, la si-
guiente noticia:
«El
número depersonas ejecutadas sobrepasa
ya
los mil quinientos».
L a noticia procedía de la ciudad de Elvas, y
decía as í :
«Elvas, 17 de agosto. Durante toda la tarde de
ayer
y
toda
la
mañana
de hoy
continúan
las
ejecuciones en masa en Badajoz. Se estima que
el número de personas ejecutadas sobrepasa ya
los mil quinientos. Entre las víctimas excepcio-
nales figuran varios oficiales que defendieron la
ciudad contra la entrada de los rebeldes: el coro-
nel
Cantero,
el
comandante Alonso,
el
capitán
Almendro, el teniente Vega y un cierto número de
suboficiales y soldados. Al mismo tiempo, y por
decenas, han sido fusilados los civiles cerca de
las aréhas».
E se mismo día 17, Jacques Berthet escribía
para Le
Temps
d e l mar tes día 18:
«Los arrestos y las ejecuciones en masa conti-
núan (...) Está prohibida la circulación después
de las 21 horas».
Berthet también contaba q u e l a s mujeres h a -
cían cola para indagar
po r e l
destino
de sus
padres, maridos y hermanos , y que los servi-
cios municipales lavaban la s numerosas m a n -
chas
d e
sangre
d e l
asfalto.
Y el mar tes 18 de agosto publicaba Frangois
Mauriac, de la Academia francesa, en la pr i -
mera plana
d e Le Fígaro, su
famoso artículo
sobre Badajoz.
N o quedaba ya la menor duda de que en Bada-
jo z había ocurrido u n a matanza despiadada
en dos turnos.
E l caso d e Mario Neves y del Diario de Lisboa
merece renglón aparte.
Mario Neves, como s u diario y su Gobierno, era
favorable a l alzamiento y el periódico estaba
sometido
a la
censura
d e l
Gobierno portugués,
q u e par t ic ipaba act ivamente en la guerr a civil
española. E l sábado 15 de agosto, Mario Neves
escribía: «Escenas de horror y desolación en la
ciudad conquistada por los rebeldes».«Acabo de
presenciar un espectáculo de desolación y de
espanto que no se apagará de mis ojos», «Junto a
las paredes de la Comandancia Militar, la calle
está salpicada de sangre», «En las arenas se ven
algunos cadáveres», «En la nave central (de la
catedral)
dos
cadáveres aguardan todavía
la se-
pultura», «Le preguntamos (a Yagüe) si había
muchos prisioneros. Nos responde que sí (...).
— Y fusilamientos... decimos nosotros. Parece
ser que ha habido dos mil...
El comandante ( s ic) Yagüe (...), sorprendido con
la pregunta, declara:
— No deben se r tantos (...).
Estas notas redactadas nerviosamente (...) no
conseguirán dar una pálida idea del espectáculo
de desolación y de horror que han visto mis ojos
Un gran silencio envuelve a toda la ciudad, que
acaba
de
despertarse
de una
pesadilla tremen-
da».
9
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 10/132
fc
E l domingo 16 de agosto, Mario Neves publi-
caba otro artículo
en el Diario d e Lisboa:
«La justicia militar prosigue co n inflexible ri-
gor». «Desde ayer centenares de personas han
perdido la vida en la capital extremeña. Y no ha
habido tiempo para darles sepultura», «En este
país se nota ahora una atmósfera de desconfian-
za», «Se afirmaba en Elvas, ayer, que la Plaza de
Toros
ha
sido transformada ahora
en
prisión,
y
que están teniendo lugar numerosos fusilamien-
tos», «Después de algunas dificultades, conse-
guimos entrar en la arena. Algunas decenas de
presos aguardan que les den destino. Pero la
plaza
no
tiene aspecto diferente
del que
obser-
vamos ayer, lo que nos hace suponer que el ru-
mor no
tiene fundamento»,
«En el
patio
pró-
ximo a las caballerías (del cuartel de la Bomba)
se ven muchos cadáveres causados por la
inflexible justicia militar», «Pasamos luego por
el foso de la ciudad qu e está co n montones de
cadáveres: son los fusilados de esta mañana»,
«En las calles principales ya no se ven hoy, como
se
vieron ayer,
a
primeras horas
de la
mañana,
cadáveres insepultos. Nos afirman varias perso-
nas que nos
acompañan
que los
legionarios
del
Tercio y los marroquíes «regulares» encargados
de ejecutar las decisiones militares deseaban
conservar durante algunas horas
lo s
cadáveres
en exposición, en tal o cual punto, para que el
ejemplo produzca
su s
efectos».
Y Mario Neves, pese a ser un gran periodista,
e r a
favorable
a los
rebeldes, como favorable
a
lo s rebeldes e r a todo e l Portugal oficial. S in
embargo, con lo que é l nos dice y a podemos
figurarnos
q u e
hubo
u n a
gran matanza
— l a
del 14-15 de agosto—, aunque Neves n o c o n -
cede créd ito
a la
matanza
de la
Plaza
d e
Toros,
pero
n o s
dice
q u e
había decenas
de
prisione ros
agrupados e n espera de destino. S u destino
será la ejecución en las arenas de la Plaza d e
Toros poco después, cuando Mario Neves n o
esté ya en Badajoz.
E l fot ógraf o fran cés René B r u f u e detenido po r
haber filmado
lo s
cadáveres
q u e
yacían
po r l a s
calles
y los
prisioneros
q u e
ingresaban
e n
masa
en la
Plaza
d e
Toros,
y
pasó varias sema-
nas en la prisión de Sevilla. Luego, René B r u
f u e
l iberado
y
expulsado
de la
zona rebelde,
pero s u s películas y s u s fotos se quedaron en
poder de los rebel des. ¿Dón de están ah ora esos
documentos ,
t a n
útiles para enseñar
a l
mund o
lo que fue la barbarie franquista?
John T . Whitaker y e l corresponsal de la Uni-
t e d Press comunicaron que las ejecuciones
eran numerosísimas.
P o r
últ imo,
el 30 de
agosto apareció
en el Chi -
cago Tribune e l famoso artículo de Jay Alien,
q u e relataba en un estilo crudo y apasionado
lo que ya no e r a un secreto para nadie: las
matanzas de Ba daj oz. Alien entr ó en la ciudad
poco después
de su
caída, pero conocía bien
Badajoz y hablaba castel lano correctamente.
L os alzados, sprprendidos por e l eco de los
art ículos, se apresuraron a buscar a los res-
ponsables. Mario Neves tuvo q u e retractarse y
negó la existencia de las matanzas q u e , pocos
días antes, le habían llenado de «desolación y
horror». L a Agencia H a v a s afirmó que un co -
rresponsal suyo, cuyo nombre guardaba en el
anonimato para protegerle —era Marcel
D a -
n y — había visi tado Badajoz, inm edi ata men te
después
de su
caída.
L a
United Press tuvo
q u e
hacer frente
a un
engorroso problema. E l comunicado se hab ía
publ icado
con la
firma
de
Reynolds Packard,
y
Packard f u e molestado p o r l a s autor idades r e -
beldes. Packard negó haber enviado ningún
escrito
o
comunicado sobre
la s
matanzas
d e
Badajoz, y negó también haber entrado e n
Badajoz cuando la ciudad f u e tomada p o r Y a -
güe o cuando sucedieron l a s ejecuciones. L a
United Press negó oficialmente q u e Reynolds
Packard hubiese escrito
e l
comunicado, pero
no desmint ió nunca su contenido.
E l
comandante McNeill-Moss armó mucho
ruido,
en su d ía ,
buscando agencias
y
comuni-
cados q u e tes t imoniaran de las ma t anzas d e
Badajoz.
A él se
encomiendan, entre otros,
Brasillach y Bardéche para negar la autenti-
cidad de lo s hechos.
Para el estudio d e l personaje McNeill-Moss
habrá
q u e
remitirse
a l
historiador norteame-
ricano Herbe rt Rutledge South worth , q u e n o s
h a
evitado
la
molest ia
de
estudiarlo, hacién-
dolo é l de un modo insuperable.
McNeill-Moss había leído la s tres crónicas
principales de las matanzas : las de los perio-
distas franceses Jacques Berthet y Marcel
Dany
y la de
Mario Neves. Como
la del
por tu-
gués, p o r s u s gustos y la censura de su país , n o
coincide con la de los franceses —aunque
coinciden en muchos puntos—, e l coman dante
McNeill-Moss asegura
que lo s
franceses
m e n -
tían .
En lo qu e se refiere a l art ículo q u e llevaba la
firma d e Reynolds Packard, y q u e f u e divul-
gado p o r United Press, y a hemos dicho que la
agencia y Packard negaron q u e éste se encon-
t rara e n Badajoz, pero la United Press n o dijo
nunca q u e e l artículo fuese u n embuste y de-
fendió s u contenido. Habr ía q u e saber quién lo
escribió, ya que su contenido está respaldado
por la
prestigiosa agencia
d e
noticias,
y es
difícil creer que la agencia divulgara noticias
de ta l impor tancia s in saber su procedencia.
A
pesar
de
todo esto,
q u e
sigue niilitando
en
favor de la existencia de las ejecu cione s, está el
10
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 11/132
art ículo de J ay Alien; l o q u e h a escrito John T .
Whitaker;
lo que ha
publicado Arthur Koes-
tler,
q u e
estudió
e l
asunto;
la
investigación
q u e hizo Hugh Thomas, veintitrés años d e s -
pués, y la investigación q u e y o h e hecho c u a -
renta años después.
Para terminar
e l
asunto, quisiera señalar
la
opinión
d e
Zugazagoitia,
q u e
sabía todo
lo que
había ocurrido
p o r l a s
confesiones
d e
varios
refugiados
y de l
coronel Puigdengolas, pero
q u e n o
puede creer
que sea la
obra
d e l
tenien te
coronel Yagüe. Zugazagoitia dice:
«A la rendición de los republicanos siguió una
represalia colectiva de la que se hizo personal-
mente responsable,
no sé
bien
con qué
funda-
mento, al general Yagüe (entonces era sólo te-
niente coronel) (...) Dudo mucho, conociendo la
posición política de Yagüe, que le alcance res-
ponsabilidad
en
semejante carnicería humana.
Ella pudo haber sido la obra de la exclusiva
iniciativa de algunos jefes de la guardia civil
que, derrotados por los republicanos y perdona-
das sus vidas, se dedicaron a madurar un odio
monstruoso
que
había
de
fructificar
en las ma-
tanzas de l coso taurino (...) Y Yagüe, de quien yo
no sospecho culpa, debería ayudar al esclareci-
miento
de un
crimen
que se
encarnizó
con hom-
bres que, año tras año, nos habían dado a todos
el trigo para nuestro pan» (1).
Pero
e l
teniente coronel
— y m á s
tarde gene-
ral— Yagüe h a respondido personalmente
ante
la
Historia
por lo
menos
d o s
veces
de la
gran responsabilidad
que le
incumbe.
L a p r i -
mera, ya lo hemos visto, f u e cuando Mario
Neves
le
preguntó
s i
había habido
dos mi l
ejecuciones
y
dijo
q u e n o
creía
q u e
fueran
t a n -
t a s . La
segunda
f u e
cuando
el
period ista John
T .
Whitaker, alarmado
po r lo qu e l e
contaba
su
colega
y
amigo
J a y
Alien,
se
presentó ante
Yagüe
y le
preguntó
s i e ra
verdad
q u e
habían
sido asesinados varios miles
de
personas.
Y el
teniente coronel Yagüe respondió sonriendo:
«Naturalmente que los hemos matado. ¿Qué su -
ponía usted? ¿Iba a llevar 4.000 prisioneros ro -
jos con mi
columna, teniendo
que
avanzar
con-
tra reloj? ¿O iba a dejarlos en nii retaguardia
para qu e Badajoz fuera rojo otra vez?» (2).
L a
declaración
d e
Yagüe
e s
perfectamente
v á -
lida.
L as
tropas rebeldes
s e
movían
en un t e -
rritorio donde n o gozaban de simpatías, y si
(1) Julián Zugazagoitia, Guerra y vicisitudes de l os españo-
l e s ,
Librería española, París, 1968, dos volúmenes, tomo I,
p. 124-125.
(2) John T. Whitaker,
W e
cannot escap e hlstory, Macmillan,
New York, 1943, p. 113. Citado en H. R. Southworth,
E l
mito
de la
cruzada
d e
Franco, Ruedo Ibérico, París, 1963, p. 123.
También para lo esencial, John T. Whitaker, Prelude
t o
world
w a r . Foreign re la t ion s, octubre 1942. Citado por los comu-
nistas, Guerra
y
Revolución
en
España, Ediciones Progreso,
Moscú, tomo 1, p. 290.
querían moverse
co n
seguridad, tenían
q u e
cometer genocidios periódicamente.
Pero confesar públicamente estas matanzas,
siendo como
é l e ra e l
mi l i tar
a l
mando
de la
tropa y e l responsable d e l a s operaciones, es
también confesar
su
propia responsabilidad.
Siento estar
e n
desacuerdo
c o n
Zugazagoitia,
máxime
a
propósito
de
Jua n Yagüe,
qu e fu e e l
mili tar
m á s
prestigioso
y e l q u e m á s
honda-
mente sintió
la
tragedia española
de
todos
los
alzados: pero s i no e ra Yagüe, entonces ¿quién
era? Resulta m u y difícil creer qu e los guard ias
civiles s e hicieron dueños de la Plaza d e Toros
y asesinaron a tanta gente s in contar con la
aprobación
d e l
teniente coronel Yagüe.
E s m á s
fácil repetir
c o n
Luis Quintanilla,
y
con e l
mismo Yagüe,
q u e l a s
matanzas
de Ba -
dajoz tienen
u n
responsable
y que ese
respon-
sable
se
llama Juan Yagüe.
• R. T.
Mario Neves , corresponsal
de « El
Diarlo
d e
Lisboa», escribía
el 15
d e
a g o s t o
d e 1 9 3 6 :
« E s c e n a s
d e
horror
y
d eso lac ión
en la
ciudad
conquistada p o r l o s rebeldes . . . Acabo d e presenciar u n e s p e c t á -
cu lo d e d e s o l a c i ó n y d e e s p a n t o q u e n o s e apagará d e m i s o j o s -
Junto
a l a s
p a r e d e s
d e l a
Comandancia Mltttar
la
calle está salpi-
cad a
d e
sangre. . .
E n l a s
a r e n a s
s e v e n
algu n o s cad áveres . . .
En la
nave central
( de l a
Catedral)
d o s
cadáveres aguardan todavía
la
sepultura. . U n gran s i lencio envuelve a toda la ciudad q u e acaba
d e
d esp er tarse
d e u n a
pesadilla tremenda. . .». (Calles
d e
Badajoz,
e n l a actualidad).
B A R
TORRES
H O T E L
MR
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 12/132
Tuñon
le
Lara
1 2
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 13/132
El pulso de la Historia
María Cristóbal
0
*
ON elX
Coloquio
de
Historia Contemporánea, celebrado
en Pau los
días
6, 7 y 8 del
pasado
mes de
abril, bajo
los
auspicios
del
Centre
de Recherches Hispaniques, concluye una etapa
fructífera
de
encuentros anuales entre historiadores españoles
y
france-
ses,
comenzada
en
1970y animada hasta ahora
por la
infatigable activi-
dad de
Manuel Tuñón
de
Lara.
Y
concluye
por
razones fáciles
de com-
prender:
las
condiciones
de la
Dictadura,
que
impedían
la
libre discusión
de
temas capitales
de la
Historia Contemporánea española,
y
obligaban
a
los historiadores jóvenes a atravesar lo s Pirineos para intercambiar
libremente opiniones e informaciones, afortunadamente ya ha
recido,
y las
Universidades españolas pueden
ser un
terreno propicio
para
el
Es, por ello, buen momento para hacer balance de los
en la última década. De aquí que elX Coloquio haya estado dedicado a la
presentación
de un
conjunto
de
«estados
de la
cuestión» sobre diversos
períodos
y
temas
de
nuestra historia reciente: desde
el
análisis
de la
historiografía sobre
la
revolución burguesa
en
España, presentado
por
Sisinio Pérez Garzón, hasta
la s
ponencias sobre
la
guerra civil, desde
la
perspectiva política (María del Carinen García Nieto), económica
(A. Viñas) o militar (M . Alpert); y desde el balance de la historia econó-
mica realizado por G. Tortella, pasando por la historia del movimiento
obrero (Tuñón
de
Lara) hasta
la
historia
de la
Iglesia (García
de
Cortá-
zar) o de las
diversas nacionalidades
y
regiones
del
Estado, examinadas
por
Baleells, García bombardero, Fernández Clemente... Aunque
la pró-
xima publicación de todas la s ponencias presentadas en un libro que se
convertirá
en
obra
de
consulta imprescindible para todo investigador
nos
exime
de un
comentario detallado
de las
mismas,
al
menos conviene
resaltar la importancia del trabajo presentado por Santos Juliá sobre la
historiografía
de la
Segunda República,
en el que se
puso
en
cuestión
por
primera
vez de
forma tajante
el
predominio anglosajón
en el
estudio
de
este período capital,
y se
presentaron
la s
bases para
la
construcción
de
un nuevo «discurso histórico» sobre el mismo.
4
Pero no sólo conviene hacer balance de los últimos diez años de historio-
grafía. También
es
importante examinar
los
resultados concretos
de los
diez Coloquios celebrados, analizar
el
espíritu
que los
animó hasta
el
momento
y las
nuevas perspectivas
de
futuro
que se
abren para
el
Centro
de Investigaciones Hispánicas de ta Universidad de Pau. Nadie más
apropiado para esta síntesis
que el
mismo Tuñón
de
Lara, animador
de
estos Coloquios y de todo el de san olio de la historiografía crítica y
progresiva en nuestro país. ^M:IS§imí
13
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 14/132
Tiempo d e Historia.—¿Qué han representado
los Coloquios de Pau para la historiografía es -
pañola de los últimos años?
Tuñón d e Lara.—En primer lugar, y si quere-
m o s , e n u n a
primera etapa
de los
Coloquios
d e
P a u ,
fueron
la
expresión
d e
l ibertad
en el
campo de la Historia cuando e n España todo
es taba dominado
po r l a
d ic tadura .
En se-
gundo lugar,
y
respondiendo
u n
poco —creo
yo— a las necesidades historiográficas d e
nuestro tiempo, significaron
u n a
tendencia
a
desarrol lar la historia d e l movimi ento obrero,
y ese t é rmino u n poco vago, pero q u e sabemos
lo que quiere decir, que se l lama historia so -
cial.
Y e n te rcer lugar, supusi eron u n a labor de
acercamiento
y d e
fraternización entre histo-
r iadores españoles y franceses, e incluso d e
otros países. Cuando muc hos historiadores jó -
venes estaban marginados, machacados
in -
cluso, y n o podían hacer nada, P a u f u e para
ellos
la
pos ibi l idad
d e
hablar ,
de ver a
otros
amigos
y
compañeros ,
d e
in tercambiar
o p i -
niones... Porque otro aspecto de los Coloquios
de Pau fue la
posibil idad
de
verse.
E n
aquel
momento había colegas q u e s e veían en Pau , y
no se podían v e r dentro d e España. Todo esto
tuvo
s u
impor tancia.
T. de H.—¿Se puede hablar entonces de una
escuela de Pau, como se habla a veces de un
grupo o escuela de Oxford? ¿Cuáles serían sus
rasgos característicos y definitorios?
T . d e L.—Yo n o creo q u e s e a m u y correcto en
Historia habla r de escuelas, porque para mí la
escuela significa u n a identificación en lo s f ac -
tores ideológicos m á s q u e e n l o s científicos;
pero
s i
t r aba j amos
la
historia
c o n u n a
metodo-
logía científica rigurosa, l a s diferencias de es -
cuelas no son tan grandes. Pero s i «escuela»
quiere decir u n estado d e espíritu, u n a man era
d e enfocar los temas, u n a proclividad hacia
cier ta temát ica de la historia d e l movimiento
obrero, hacia diferentes aspectos de las es-
t ructuras sociales y de los choques coyun tura-
Ies que se expresa c o n máxima fuerza en la
lucha
d e
clases, entonces
h a y u n a
escuela
p o r
l a
tendencia
a
desarrollar
m á s
unos sectores
q u e
otros,
y u n a
escuela emotivamente
h a -
blando, po r ese espíritu d e colaboración, d e
confraternización,
de no
hacer mucho caso
de
l a s jerarquías adminis t rat ivas . P au es un es -
tado d e espíritu, aquello q u e n o s é q u é amigo
definía como «espíritu de Pau».
T. de
H.—
Entonces, si no ha y una escuela, ¿qué
puntos
en
común, aparte
de la
vinculación
per-
sonal co n usted y con su obra intelectual, pueden
descubrirse entre los historiadores que han asis-
tido habitualmente a los Coloquios?
T. de L.—Habría q u e distinguir entre los h is-
14
tor iadores q u e h a n consti tuido el núcleo c e n -
tral de lo s Coloquios, y otros muchos colegas
q u e h a n venido u n a o d o s veces, a los que
es tamos
m u y
agradecidos porque
h a n
sabido
r omper
con un
pretendido cerco
de los
pr ime-
r o s t iempos, y porque n o s h a n ayudado desin-
t eresadamente . En el núcleo central, y o creo
q u e h a y u n a tendencia a l estudio del movi-
miento obrero de manera objet iva: quiero d e -
c i r , a l
estudio orgánico
d e l
movimiento obre-
ro , de su s luchas, de su implantación. Creo
también, aunque
y o
personalmente
n o lo cu l -
tive, q u e l a historia de las nacionalidades, e
incluso la historia regional, h a sido bastante
cul t ivada y desarrol lada. H a y ejemplos c o n -
cretos d e comunicaciones de Pau que luego
fueron algo m á s impor tante para la historia d e
la s
nacionalidades. Podríamos hablar
t a m -
bién d e u n a tendencia a estudiar e l protago-
nism o colectivo,
y
también dentro
de la
Histo-
r i a Contemporánea a estudiar sobre todo e l
período desde la Restauración de 1875 a 1936.
S in
embargo,
a
pesar
de que yo me he
dedi-
cado a este tema, confieso que no he conse-
guido todavía arrastrar hacia u n t r abajo i m -
por tante
en e l
t ema
de las
élites,
del
personal
político, de las relaciones poder económico-
poder político..., q u e a m í m e interesan mucho
personalmente, pero que a nivel de los Colo-
quios no se han estudiado demasiado.
T. de H.—¿Cuál es su opinión sobre la historio-
grafía española actual,
en
concreto sobre
la his-
toriografía de la Edad Contemporánea?
T. de
L.
—Creo
q u e l a
historiografía española,
y f undament a l men t e la contemporánea, se ha
desarrol lado ext raordinar iamente en los ú l-
timos quince años. Pero
h a
sido
en los
últimos
años d e l fran quis mo, podría decirse para dóji -
camente (aunque n o creo q u e haya paradoja,
sino q u e s e puede encontrar u n a explicación
racional) , cuando se desarrollaron extraordi-
nariamente unos equipos de historiadores,
q u e s e
dedicaron
a
investigar
en
serio
— n o a
repet i r lo conocido— lo s aspectos q u e hasta
entonces habían sido evitados, escamoteados
p o r l a s clases domi nan tes, y na tura lmente p o r
lo s aparatos ideológicos d e l Estado. Eviden-
temente, h a y mucho p o r hacer todavía. Decía
Santos Juliá e n este Coloquio q u e práct ica-
mente la historia de la Segunda República
es taba p o r hacer. Aunque la afirma ción pueda
pecar d e exagerada, la cuestión de principio
sigue siend o cier ta;
y
esto ocurre también
con
problemas d e l siglo X I X , p o r ejemplo los or í -
genes d e l movimien to obrero y su s proble mas;
d e
pronto
n o s
damos cuenta
d e q u e
verdade-
r o s sectores, lienzos d e pared inmensos no han
sido tocados y q u e h a y q u e volver a ellos. E s
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 15/132
«E l
dicho español
" lo
cortés
n o
quita
lo
v a l i e n t e
e s
verdad, sobre todo para referirse
a
este grupo
d e
his tor iadores neopos l t lv l s tas ,
c o n l o s q u e h a y q u e discutir a nivel científ ico, n o a nivel Ideológico, porque tienen u n a ganga Ideológica , y ee l a d e querer d a r , como dicen
e n
francés ,
u n
combai d e rétardement.
e s
decir,
e l
c o m b a t e
q u e d a u n
ejérc i to cuando
s e
repl iega» .
(En la
fotograf ía , re fugiados españoles
d e l a
guerra civil l legan
a la
ciudad francesa
d e
Lucron).
decir, podemos afirmar
s in
equivocarnos
de-
masiado q u e s e h a avanzado en los grandes
lincamientos históricos
de los
siglos
XIX y
X X ; creo q u e y a están planteados en su es -
quema general,
y q u e
cualquier historiador
sabe desenvolverse
e n
ellos, aunque haya
to -
davía grandes debates: p o r ejemplo, e l céleb re
debate
de la
revolución burguesa ,
q u e
Vilar
h a
reactualizado
en
este Coloquio. Pero queda
mucho
p o r
hacer
en el
estudio
d e
muchas
cuestiones, como
la
Segunda República.
E n
este tema,
se
está trabajando mucho
y
bien,
y
h a y debates interesante s sobre el período de la
unidad de los partidos obreros, d e l Frente P o -
pular ,
y
también sobre octubre
de 1934 .
Pero
pienso q u e h a y q u e estudiar mucho m á s toda-
v ía l a s
cuestiones
de las
organizacion es patro-
nales, y en general de las clases domi nant es, s u
comportamiento hacia la democracia, y m u y
específicamente
e l
papel
de la
gran burguesía.
Y o
sostengo
la
hipótesis
de que en e l
origen
inmediato d e nuestra guerra está la acti tud d e
la
gran burguesía agraria
y de los
grandes
terratenientes, que son los que no pueden tole-
r a r e n absoluto u n a transformación democrá-
tica
y
revolucionaria
de las
relaciones
d e p r o -
ducción
en e l
campo,
p o r m u y
democrática
y
m u y
legal
q u e
fuese.
Y
como sostengo esto,
pienso
q u e el
estudio
de la
patronal agraria,
d e
la
gran burguesía agraria
y de sus
vinculacio-
n e s c o n
otros sectores sociales,
c o n
otras frac-
ciones d e clase y c o n ot ras cat egorías sociales,
debe investigarse
m á s a
fondo. Todo esto
h a y
q u e estudiarlo mucho m á s antes de conocer
bien e l período de la Segunda República.
También quiero decir algo d e m i s temores:
todavía no se hace historia total o global, a
pesar
de que s e
hable mucho
de
ella,
y de que
Vilar insist a, y con razón, e n esto. H a y algu nos
colegas q u e l a hacen, como Balcells. Pero e l
economista todavía está aferrado
a
hacer
u n a
historia
de la
economía:
y o
decía
a u n
amigo,
e n broma, naturalmente, q u e h a y quien hace
la historia de la economía como López Rodó,
olvidándose de los obreros, y esto es terrible. Y
también existe
e l
otro peligro
de no ve r más
q u e l o s
estratos ideológicos. Pero para
mí lo
m á s
grave
n o es n i lo u n o ni lo
otro,
q u e y a
está
suficientemente denunc iado
en el
campo
de la
15
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 16/132
ciencia; lo grave e s n o tomar e l toro por los
cuernos para v e r q u e todas l a s instancias eco-
nómicas, sociológicas, políticas, instituciona-
les ,
cu l tu ra les
e
ideológicas, pertenecen
a un
mismo sistema, inciden l a s unas sobre las
ot ras .
Y
aunque nuestra investigación espe-
cífica s e dir i ja a u n sector m u y concreto , e l
plan teamien to d e u n a hipótesis y l a búsqueda
de la solución tienen q u e hacerse contando
con la to ta l idad d e l s is tema, a l que s e puede
l lamar conjunto es tructural . E s a totalidad
h a y q u e estudiarla para sacar l a s ú l t imas c o n -
secuencias
d e l
pequeño sector
en e l que
estás
haciendo la investigación. Y o m e temo q u e s e a
e n
esto
en lo que
es tamos
m á s
atrasados.
T. de H.—Aparte
de l
grupo
de Pau,
¿qué otros
grupos o corrientes fundamentales existen?
T. de
L.
—Aparte de lo que usted llama el «grupo
d e Pau», a ú n subsisten los qu e podríamos defi-
n i r como historiadores triunfalistas, hagiográfi-
cos , e t c . Creo q u e éstos se pasaron ya de moda,
aunque alguno saque todavía
u n a España del
siglo
X I X , incluso usurpando comercialmente
el
tí tulo
d e m i
libro. Pero
n o
tienen importan-
c i a ; m e parece q u e científica y h u ma n a me n te
están desacreditados. Considero m á s impor-
tante otro grupo de his tor iadores q u e pertene-
c e n igualmente a las clases dominantes, y
q u e n o sólo s o n intelectuales orgánicos d e
ellas, sino
q u e
incluso algunos tienen
u n a n o s -
talgia d e e lementos de la guerra y d e l fran-
quismo.. . Quiero puntualizar q u e todo esto
puede coincidir c o n q u e sean excelentes p e r -
sonas, unos caballeros,
y q u e
podamos tomar
u n a copa junt os. E l dicho espa ñol« lo cortés n o
q u i t a
lo
valiente»
e s
verdad sobre todo para
referirse a este grupo d e historiadores, que en
s u mayoría creo q u e s o n i r reprochables en lo
personal, pero con los que hay que discut i r a
nivel científico,
n o a
nivel ideológico, porque
tienen u n a ganga ideológica, y es la de querer
d a r , como dicen e n francés, u n
combat
d e
rétardement, e s decir e l c o mb a te que da un
ejército cua ndo se repliega. Y c o n respecto a la
República , a l movimiento obrero, a nuestra
guerra ,
e t c . ,
estos historiadores tratan
d e d e -
mostrar, consciente o inconscientemente (yo
creo q u e inconscientemente, porque, como dice
Malerbe,
no se
tiene conciencia
de la
ideolo-
g í a , sino q u e s e vive dentro d e ella) q u e n o f u e
t a n grave el asunto, q u e aquello no fue t an
fascista, que l a agresión n o f u e tanta , que no
hicieron tantos crímenes —¡crímenes
s í ,
pero
menos —, q u e l o s rasgos fascistas estaban m i -
t igados, e t c . Esta tendencia, con l a que habrá
q u e discutir mucho, a diferencia de la antigua
hagiografía triunfalista l lama en su ayuda a l
neopositivismo:
e s
decir, vienen
c o n s u s
datos,
16
« L o grave e s n o tomar e l toro p o r l o s cuernos para v e r q u e t o d a s l a s
Instancias económicas, sociológicas , pol í t icas , Inst i tucionales , c u l -
tu ra le s e Id eo lóg icas p er ten ecen a u n mismo s istema, Inciden l a s
unas sobre l a s otras». ( En l a foto, Manuel Tuñón d e Lara).
c o n s u s documentos , por lo general aislados
d e l
entorno;
y
mien t ras
no se
haga
u n
estudio
d e historia total, e l dato neopositivista puede
tener todavía vigencia.
Y m e
temo
q u e
algunos
de estos histori adores se llegan a creer d e m u y
buena
fe el
papel i to
q u e
sacan,
e l
estadillo,
y
cuando s e convencen de que no e s verdad,
también lo rectifican; pero están anclados en
esa ideología.
D e todas formas, todavía quedan restos de la
vieja historiogr afía, aunque creo
q u e s o n m u y
excepcionales. Aunque n o quiero d a r n o m -
bres, y a h e hab lado de un libro reciente sobre
e l movimiento obrero en Vizcaya, q u e e s u n a
desnaturalización desde e l principio hasta e l
final, c o n u n
Prólogo
que s i e l asunto no tu -
viera cierta gravedad, sería para salir e n La
Codorniz. E l prologuista dice, entre otras co-
s a s , q u e n o había lucha d e clases e n Vizcaya,
pero q u e llegaron lo s marxis tas y la inocula-
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 17/132
r o n , como si inocularan u n virus, en los mine-
ro s y metalúrgicos de Bilbao. Existen todavía
estas cosas, pero creo
q u e s o n
estr ictamente
minoritarias.
T. de H.—Se acaban
los
Coloquios
con el que
ahora hemos celebrado? ¿Qué papel va a repre-
sentar el nuevo Centro de Investigación del que
habla Joseph Pérez en la inauguración de este
Coloquio?
T. de L.— L o s Coloquios de Pau , que han r e -
presentado u n papel — u n pa pel modesto— en
la historiografía española, y a n o podían seguir
representándolo
de esa
manera .
Y
esto
h a
coincidido c o n q u e nuestra act ividad h a sido
al fin reconocida po r e l Ministerio francés, y
po r e l Centro Nacional d e Investigaciones
Científicas francés. Naturalmente, ellos h a n
comprobado q u e estos Coloquios eran impor-
tantes a nivel científico y d e relaciones
franco-españolas. Y ahora h a y q u e hacer otra
cosa, ¡qué le vamos a hacer Por un lado, la
Casa de los Países Ibéricos y su antena de Pau
va a ser un
centro inmenso; corresponde
a un
vasto plan d e u n a serie d e años d e investiga-
ción,
d e
conta ctos franco-españoles,
d e
publi-
caciones, e t c . Algo m u y vasto y m u y ambicio-
so . En vez de los Coloquios clásicos, se va a
producir la dispersión, o si la pa labra n o vale,
la sistematización d e u n a serie d e encuentros
y
actividades.
P o r
ejemplo,
e l año
próximo
pensamo s realizar u n Congreso sobre lo s terri-
torios o países q u e pertenecieron a la Corona
d e Aragón, como Cataluña, Valencia, Balea-
r e s , Aragón e incluso e l Mediodía Francés,
desde
la
Edad Media hasta nuestros días.
A n-
te s pensamos hacer u n Seminar io d e Metodo-
logía de la Historia de los medios de comuni-
cación escritos, en noviembre d e este a ñ o , c o n
t rabajos
m u y
especial izados para ayudar
a
todos lo s que están haciendo tesis o investiga-
ciones a par t i r de la prensa...
Luego,
el
Centro
d e
Documentación
va a ser
algo
m u y
vasto,
que no se
l imi tará
a u n a s i m -
p le Biblioteca: n o valdría la pena, porque y a
tenemos aquí u n a biblioteca m u y importante,
la cuarta en materias españolas d e Francia.
Será mucho m á s q u e e s o : s e t r a t a d e tener
documen tación f i lmográfica, fotostática, e tc . ,
sobre todas
la s
cues t iones fundam ental es
q u e
necesitan los jóvenes historia dores q u e prepa-
r a n tesinas y tesis, a lo s qu e podremos facilitar
l a información básica para s u esquema de t r a -
bajo
o su s
líneas
de
investigación.
P o r
ejem-
p l o ,
pensamos preparar
c o n
mucha rapidez
doscientos estados de la cuestión completos
sobre otros tantos temas; vamos
a
preparar
t ambién u n repertorio cartográfico, y pensa-
m o s tener en microfi lm y e n fotocopia u n r e -
- m
pertorio m u y vasto d e fuentes qu e hasta ahora
había
que i r
buscando
p o r
distintas partes
de
España. E n esto, como en todo, pensamos
—aunque la frase s e a algo manida— q u e h e -
m o s abol ido completamente los Pirineos, q u e
n o tienen para nosotros m á s problema q u e
pasarlos
en
invierno.
U n
estudiante podrá
es-
ta r a caballo entre lo s dos países, y e n esta
cooperación, e l Centro de Documentación de
P a u
puede desempeñar
u n
papel
m u y
impor-
tante, porque lo s franceses, si van a España,
vienen p o r P a u ; y para muchos estudiantes e
historiadores españoles, venir a Pau es relati-
vamente fácil
p o r s u
cercanía.
T. de
H.—
Una última pregunta: ¿Volverá a en-
señaren España? ¿Qué obstáculos hay para esta
vuelta?
•
T .
d e
L.
—Me parece m u y difícil. L os obstácu-
los —si se
pueden llamar obstáculos—
se co-
nocen m á s o menos: m i nombramiento, y el de
algún otro colega, como Catedrático Extraor-
dinario
de l
Depar tamento
de
Historia
de la
Facultad de Ciencias Políticas de Madrid h a
sido torpedeado,
a
pesar
de l
esfuerzo hecho
p o r u n
grupo
de
buenos amigos,
y a
pesar
d e
que la propues ta f u e presentada p o r unanimi-
d a d p o r e l
Depar tamento
d e
Historia. Esto
y a
e s u n a cosa antigua y n o vale la pena insistir
sobre ello. Seguir hablando d e esto, cuando
después e l Ministerio francé s m e h a ascendido
a la máxima categor ía q u e puedo obtener en
Francia,
y m e h a
dado esta dirección,
a m -
pliándola además a la dirección d e l Centro d e
Documentación d e Historia Contemporánea,
y
también
a la
part icipa ción dentro
de l
equip o
general d e investigación sobre Historia de Es-
paña, sería
p o r m i
par te
u n
gesto
de
descorte-
s ía y de fal ta d e agrade cimiento hacia lo s fran-
ceses. Aunque c uand o
u n o
está exiliado tantos
años, reniega mucho de l país, y se acuerda del
suyo, y o debo decir que en e l aspecto universi-
tario
s e h a n
por tado
m u y
bien conmigo,
y no
sería normal n i decoroso que yo ahora les di-
jese adiós para lo s pocos años q u e m e quedan
antes d e jubi larme. D e hecho, se ha perdido la
ocasión e n Madr id, y se ha perdido p o r este
torpedeamiento,
d e l q u e
conocemos nombres
y
apellidos; pero
ya no
merece
la
pena hablar
m á s d e e s o .
T. de
H.—
¿No cree que este torpedeamiento se
debe
a que le
consideran
el
historiador oficial
del
Partido Comunista de Esvaña?
T. de
L.
—No, e n absoluto. Todo e l mun do sabe
qu e no lo soy . Pienso q u e n o h a y n ingu na razón
política directa, porque, además, la otra v íc-
t ima
d e l
torpedeamiento
h a
sido nada menos
q u e m i viejo amigo y profesor Manolo García
Pelayo. • M . C.
-i 7
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 18/132
Manuel Izquierdo
¡ /
STABA
en el
patio
la
casi totalidad
del
efectivo perma-
nenie
de la
prisión. Alrededor
de dos mil
hombres,
de los
cuales había
que
restar
en
aquel momento —media mañana—
lo s
destinos,
los
enfermos
y
quienes iban
o
venían
a los
locutorios para
las
comunicaciones. Aparte
de
algún gran impedido,
lo s
demás, gene-
ralmente
a dos,
en*grupos
de
tres
o
cuatro, medían
de
arriba abajo
la
longitud
del
espacio
en
paseos
más
bien rápidos
y sin fin. No
había otra
forma
de
defenderse contra
el
riguroso frío
de
aquel duro invierno
de
1940-1941.
Entrada d e l edif ic io conocido entonces como Pris ión d e Torrijos. Dedicado hoy a la «Fundación d e Doña Fausta Elorz»» y sito e n l a actual calle
d e l C on d e d e Peñalver.
salida al patio estaba inexorablemente
dispuesta
por el
primer jefe
de
servicios.
Los otros dos, el director mismo, eran simple-
mente funcionarios qu e se limitaban a cumplir
el reglamento en forma cómoda, s i n historias
para los detenidos y para ellos mismos. Enfun-
dados
en sus
ropas usadas
y m á s q u e
raídas,
los
paseantes
n o
ostentaban signos
de
aba timiento
por su condición. Hablaban, hablaban sin fin
entre ellos. A veces se adivinaban discusiones
acaloradas.
Rotas la s filas al salir al exterior desde las salas,
por el
lado
de la
izquierda
se
habían precipitado
bastantes detenidos hacia
lo s w .c .
Delante
d e
cada uno de ellos se formaba la cola de espera
correspondiente.
Una de
estas,
s in
embargo,
era
m á s q ue
doble respecto
a las
otras.
Lo qu e
hacía
q u e cualquier nuevo llegado no la elegía para
18
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 19/132
guard ar turno. E ra difícil observar q u e esta larga
hilera no disminuía, e l w.c . permanecía-siempre
cerrado, pero ningun o de quie nes esta ban «apre-
tados» protestaba por el largo servicio del ence-
rrado. Milagrosamente,
al sa l ir
éste
se
deshizo
la
cola en unos cuantos segundos; sólo uno de
quienes esperaba entró a su s necesidades. Fidel
fuera, la misión de los demás había terminado.
Que no era
otra
que la de
proteger
la
tranquilid ad
de aquél mientras leía el diario. El diario legal se
sobrentiende. «Arriba», «Ya»
o
«ABC»,
e n -
trado en la cárcel clandestinamente. Y que a l
salir Fidel
del
retrete había corrido hacia
las
alcantarillas.
Lo
esencial,
e l
contenido
del
perió-
dico, lo había grabado en su mente. Ahora, de
grupo
en
grupo, Fidel daba cuenta
de las
noti-
cias, de los artículos, de las historietas y carica-
turas si tenían interés. Luego, los grupos se divi-
dían
y
subdividían,
se
reformaban.
Al
tocar
r a n -
cho la población penal en su conju nto estaba ya
informada, habia discutid o la situa ción general.
DE TORRIJOS A
CONDE D E PENAL V E R
Todo esto pasab a a pesar de don Antonio, como
le
llamaba
el
grupo reducidísimo
de
falan gistas.
Entre éstos se contaban un mutilado «vencedor»
—pues también, naturalmen te, había mutilad os
vencidos—, un ex joven libertario, descubridor
de las delicias del imperio azul en el campo de
Albatera, m á s u n gallego sem i analfabeto y le-
gionario.
Y es que do n
Antonio, quien cam bia ba
lo s ostentosos uniformes y gorros mussolinia-
nos con
gran frecuencia, desechando
el
atuendo
de funcionario de prisiones, estaba siempre en
guardia. Especialmente contra quienes creía,
suponía
o
sabía comunistas. Rumores
se
arras-
traban por la cárcel de que en los meses aciagos
de 19 39 se descubrió en el interior u n «complot»,
q u e u n a noche se llevaron a algunos de quien es
no se volvió a saber nada.
Si la
prisión
de
Torrijos tenía permanentemente
alrededor de dos mil detenidos, el número de los
pasados ya po r ella en aquel invierno de 1940-41
podía triplicarse o cuadruplicarse. L a s expedi-
ciones pa ra otras cárceles, par a los destacamen-
to s ,
para
los
penales,
se
sucedían.
A
estos últi-
m o s iban lo s condenados a doce años y un d ía
hasta veinte, de veinte años y un día a treinta,
los conmutados de pena d e muerte... Durante
la formación para e l recuento de la tarde eran
llamados quienes pasaban a capilla.
Torrijos fue en seguida «popular» como prisión,
ta l
como
lo era la
calle madr ileña
as i
designada .
Pasados los ajetreos franquistas de habilitar
cárceles
en los
primeros meses
de la
«victoria»,
pensaron lo s ediles y quienes no lo eran en los
cambios de nombres. Para sustituir al de don
José María , el general fusilado po r Fernando VII
en 1831,
encontraron
el del
Conde
de
Peñalver,
en busca de destino éste al arrojarle de la Gran
Vía. ¡Ay del preso q u e escribiera en un sobre o
recibiera
u n a
carta
con el
antiguo denominado
A la plantilla del director, de los tres jefes de
servicio, funcionarios y guardianes había que
añadir
el del
capellán.
El que
tocó
a
Torrijos
se
revelaba po r su palernalismo. M uy seguro de sí
mismo, estaba convencido de que sus sermones
durante la misa dominguera, sobre Copérnicoy
sobre la calidad de la leche cristiana con que se
amamantó
a los
presos, tení an
un
papel decisivo
para la salvación de aquellas dos mil almas
atormentadas. Lo que verdaderamente aprecia-
ban lo s reclusos era que en los discursos sacer-
dotales se desmentía enérgicamente todo lo que
en efecto pa sab a e n España y en el mu ndo. Acti-
tud que les suministraba u n complemento de
información.
Hasta su reorganización en la primavera de
1941, la prisión de Torrijos tuvo un contingente
de detenidos políticos en su aplastante mayorí a.
Es, pues, u n poco aventurado designar o extraer
algunos nombres
de
quienes
por
allí pasaron.
Se
El cap e l lán de la cárce l d e Porlíer explicando l o s S agra d os E van ge-
l ios a l o s presos , durante la d écad a d e l o s cuarenta.
19
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 20/132
puede intentar si se cuenta con la benevolencia
de los
silenciados
— la
casi generalidad—
y al
destacar que ese silencio o relieve n o implica
olvido, postergación
ni
demérito para nadie.
Si desde lo s primeros días de la entrada de los
franquistas
en la
capital
fue
habilitado
el
anti-
g u o convento de monjas para lugar de arresto,
ello
no
quiere decir
q u e
sólo
a
partir
de
entonces
se pueda contar el tiempo de cautiverio de los
hombres allí encerrados.
Por
ejemplo,
los co-
mandantes Paredes y Suárez , jefes amb os de d i-
visiones republicanas en el Ejército de l Centro,
habían sido
y a
lanzados
a
celdas
y
cárceles desde
marzo del 39 al obtener la junta casadista s u
triunfo pírrico. Eran,
p o r
ello,
los
veteranos
de
tantos miles de detenidos.
Precisamente en el comandante Suárez se daba
una de las características de la «justicia» en ta l
período. Al comparecer ante el juez q u e instruía
su
expediente, éste
le
acusó,
por ser
guardia
de
asalto en julio de 1936, de haber participado en
la
muerte
de
Calvo Sotelo. ¡Era
la
papeleta para
todo guar dia u oficial del Cueipo Naturalme nte,
el
comandante Suárez rechazó
la
mentira como
u n a monstruosidad. M a s entonces el acusador
n o debía probar s u denuncia. Esta se conside-
raba como u n «hecho probado» a menos que el
encausado
la
deshiciera.
Al
comandante Suárez
no le quedó otro remedio q u e , para descartar lo
qu e se le venía encima , acusarse p o r otro hecho.
E n julio de 1936 prestaba s u s servicios e n Gali-
c i a . Desde allí fu e enviado al frente contra las
fuerzas de la República, a cuyas filas pasó en la
primera ocasión.
El
juezquedó satisfecho : cargo
p o r cargo... L a salida de los comandantes Pare-
des y
Suárez caus ó sorpresa
e
inquietud entre
los
detenidos. E n pleno d ía y po r e l altavoz de l patio
fueron llamados «con todo loque tuvieran».
¿A
dónde le s llevaban? Todavía no habían pasado
ante el consejo de guerra, aquella no era la hora
de las sacas, lo s traslados se conocían c o n ante-
lación.
El
misterio planeó sobre
la
población
reclusa... y todo siguió su marcha.
Facsímil d e u n número d e «Redención», organo d e l Patronato C e n -
tral para l a redención d e l a s p e n a s po r e l trabajo.
EL
CORTE
Y LA
SEPARACION
D E
EPOCAS
En el a ñ o 1939 y en los qu e le
siguieron,
hoy
mismo cuando se considera ta l época, es lo m ás
frecuente y general ha bla r de los detenidos «por
la guerra». E s esta u na de las formas de pract icar
la separación de épocas, el aislamiento de gene-
raciones, el subr aya rla idea, difu ndi da entonces
por los
interesados,
de qüe
aquello
e r a
para
siempre. Franco había trazado u n a frontera: el
1.° de abril de 1939. Sin embargo, en Torrijos
como en otras prisiones madrileñas había y a
algunos «posteriores». Comunistas metidos
en
expedientes diferenciad os, vascos llevados desde
Euskadi, porque quienes caían con ta l acusa-
ción
en
cualquier punto
del
país eran traslada-
d o s inexorablemente a Madrid.
f«
De los primeros meses quedaba en la cárcel el
recuerdo de dignidad dejado por el ya fusilado
d o n José Serrano Batanero, el conoci do aboga do
republicano. Ocasión hubo en que un guardián
— n i siquiera funcionario— llegó gritando po r
«Serrano Batanero». Ante la inutilidad de su
indagación,
el
recluso jefe
de
sala insinuó
al
demandante la conveniencia de comenzar por
«don José».
Así,
cuando
el
guardián declinó'el
nombre y apellidos precedidos de la partícula d e
respeto
a que
como hombre
de
carrera, cargo
y
ciudadanía tenía derecho d o n José, se levantó
éste y se presentó. Al sentir m á s tarde la hora cíe
su saca, se cortó u n mechón de cabellos que
entregó a u n amigo próximo a fin de que lo hi-
ciera llegar a su hija.
La sombra del «complot» planeaba siempre so -
bre Torrijos, especialmente todo u n d í a — d u -
rante veintic uatro horas— de cad a tres. Los pre-
sos
llevaban
m u y
bien
en
cuenta
la
entrada
y
salida de cada jefe de servicios. Habían de evitar
a
toda costa cualquier compañía
o
actitud
que
sabían n o gustaría a Bustamante si aparecía
súbitamente e n u n a ventana situada sobre el
kLxddr
viso 1KSVS
2 0
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 21/132
Angulo de l a antigua cárcel d e Torrijos c o n l a cal le d e Padilla.
patio,
en el
puesto
de
vigilancia
de
éste
o en una
sala cualquiera del interior. A Escala, el meta-
lúrgico,
le
traía frito. Hasta
de
madrugada
se le
presentaba para cachearle el petate, s u s pocos
enseres
y
papeles.
Lo que le
encontraba siempre
e r a u n a aritmética y los ejercicios que de ella
extraía. La obsesión vigiladora de l pr ime r jefe de
servicios le llevaba, según rumores, a colocarse
desde su cercana casa, y en días libres, en posi-
ción de husmear c o n unos gemelos, la s idas y
venidas de los reclusos por el patio.
DEPURACIONES PROFESIONALES.
JUSTICIA D E DIOS
Y DE LOS HOMBRES
En los dos mil
detenidos
de
Torrijos, como
en
tantas otras prisiones, estaban representados
pedazos de la Historia de España, p o r pequeñ os
q ue fueran. A través de tal concejal, de dirigentes
o militantes sindicales. Habí a ast uria nos con la
experiencia de octubre de 1934. Primitivo Car-
pintero , redivivo en la figura de Don Quijote por
s u propio talante, traía a la imaginación la
Mancha y su legendario pueblo de Villa de Don
Fadrique. Presos estaban abogados, maestros,
médicos, rayados
ya
todos
de las
listas
en los
respectivos colegios profesionales.
Lo que no
impedía que , po r ejemplo, médicos reclusos fue -
r a n e n realidad quienes hicieran frente a las
necesidades sanitarias de sus codetenidos. N a -
turalmente, bajo la púdica o hipócrita capa, se -
gún los
casos,
de los
médicos oficiales.
Perdidos e ignorados de la población penal, h a -
b ía dos
vendedores
del
primer número
de la pri-
mera época de «Mundo Obrero» —metros del
Puente de Vallecas y d e Ventas-— de 1.° de agosto
de 1930.
Encerrados estaban igualmente perio-
distas,en Torrijos y e n otras cárceles. Detenidos,
unos antes
de
aparecerías órdenes ministeriales
de 24 de mayo de 1939 y de 18 de abril de 1940;
otros, q u e p o r precaución, p o r lógica o adversión
ideológica o política no se habían presentado
ante
el
tribunal instituido par a ejecutar
la
depu-
ración corporativa. D e u n a u otra manera q u e -
daban todos ellos excluidos
del
recién creado
Registro Oficial de Periodistas. Se comenzaba
así a atar y bien atar la s cosas del oficio con
vistas al futuro.
En la
nave
que en
otro tiempo
fu e
capilla
del
convento habían reunido a los condenados a
muerte. Entre ellos —como
en el
resto
de la cár-
cel— la hora dura era la del recuento de la tarde
en que se producían la s sac as. Después, a la hora
de extenderse sobre los petates aún se producían
. 21
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 22/132
Retrato
a
plumilla
d e
Miguel
Hernández,
real izado
po r
Antonio Buero
Vallejo,
q u e f u e s u
amigo e n l o s
t iempos amargos
de la prisión.
• a.V *
• '
rasgos
de
humor.
Por
ejemplo,
e ra
célebre
u n
sentenciado
que a l
encender
u n
pitillo
se
dirigía
frecuentemente
a s u
vecino para mostrarle
qu e él
e ra «un cadáver fumant e». Había alegrías en la
prisión. Cuando al volver de los consejos de gue-
r r a
daban
lo s
regresados
la
noticia
de su
conde-
n a . S i ésta no era « la pepa», la pena de muerte,
aunque fuera
de
treinta años, estallaba
el
jolgo-
r i o ,
surgía
el
manteo
del
«agraciado»
a los
gritos
d e
«¡Otro
que lo ve ».
E n
Torrijos, como
en
tantas otras cárceles
de
Madrid
y de
España,
la
muerte llegaba inexora-
ble. El
Padre Pérez
del
Pulgar, dirigente
del Pa-
tronato de Redención de Penas por el Trabajo, lo
había dicho
en la
prisión
del
Barco.
Q ue
Dios
había perdonado, pero
que la
justicia
de los
hombres tendría
q u e
pasa r. «Redención»,
el pe-
riódico
del
Patronato
qu e no de los
presos, habí a
difundido el propósito. Y u n a tarde, en julio de
1940, al ir a
tocar recuento,
fue la vez
fatal para
Antonio Díaz González.
Antonio llevaba cuatro meses condenado
a
muerte. Como
en
jefatura
ño
controlaban bien
la s sentencias de los tribunales, al regresar de
consejo quedó en la sala 10. E n aquellos cuatro
meses Antonio
f u e u n
ejemplo
de
moral.
A
pesar
de su incierta suerte comenzó a estudiar de firme.
Gramática
y
francés.
Se le
admiraba
p o r
ello.
El
respondía
de que en
caso
de que le
fusilaran
se
habría distraído.
Y qu e si le
conm utaba n habría
ganado tiempo para
su
preparación futura.
Joven comunista
ya en los
primeros tiempos
de
la República, se había dedicado a difundir la
cultura
a
través
de la
biblioteca circulante
de su
barrio
de la
Guindalera. Obrero panadero, llegó
en el
Ejército
a
comisario político
de
brigada.
Prisionero en Albatera, le trasladaron a Madrid.
A la
hora
de su
saca supo anticipadamente
por
medios extraoficiales su fin inmediato. Así.
cuando llegó el funcionario y balbuceó s u n o m -
bre ,
Antonio avanzó declinando
su
identidad.
Añadióque er a a él aquienb jscah ^ everr.erite
se
dirigió
a
todos
lo s
internados
de la
sala:
«¡Muero
por la
Revolución »,
le s
dijo.
Y
vuelto
hacia
el
guardián invitó
a
éste
a que se
tranquil
i-
zase. Todavía tuvo
un
recuerdo para
s u s
padres
y
para
s u
novia.
Antonio
f u e
sacado
con
otros tres
m ás , un o de
ellos
de la
C.N.T.
Al
domingo siguiente,
el
cape-
llán
se
refirió indignado
a
«los hombrecitos
que
en el
momento supremo
se
ponen frente
a
Dios».
Pero Antonio no era n i un deslenguado n i un
tragacuras. Simplemente no era creyente. Las
palabras
del
capellán fueron respondidas
u n á -
nimemente
y por lo
bajo,
a
través
de las
filas
de
presos,
con un
nombre: «Antonio».Yaen capilla
había hallado éste
en sus
bolsillos unos tickets
del
economato.
L os
entregó
al
funcionario,
quien
al día
siguiente
lo s
remitió
al
amigo
que
Antonio le designó.
CORVINA, «RISA» Y
«SOBRANTES D E ESPAÑA»
El
invierno
de
1940-41
fu e
rigurosopor
el
clima.
Lo fue
todavía
más por e l
hambre.
Se
habían
terminado hacía tiempo
la s
«lentejas
de Ne-
grín». L a población, y. todavía más los presos, se
alimentaban escasamente
co n
boniatos, nabos
madereros, bolas de un pa n indigesto hecho con
especies de serrín y la célebre corvina, el «baca-
lao de las
clases humildes», como
la
había
lla-
mado Franco
en uno de sus
descubrimientos
autárquicos. Hasta ta l punto repugnaba la tal
corvina
que , a
pesar
del
hambre,
el
patio
de To-
rrijos
se
cubría
de
ella, arrojada
por los
reclusos.
El panorama en el exterior e ra semejante. Por las
carreteras,
en
dirección
a la
Francia ocupada
por los nazis, march aban los camiones cargad os
de vituallas y c o n letreros a sus lados indicando
q u e
todo aquello
e ra
«sobrante
de
España».
E l
hambre se conjugaba con la miseria, los piojos,
el
tifus exantemáti co.
L a s
familias estaban obli-
gadas
a ir a los
establecimie ntospúblicos, donde
después
de la
ducha propia
y de la
desinfección
de
ropas destinadas
a sus
deudos recibían
u n
certificado. Solamente co n este papel les admi-
tían
a las
co munic acion es. Aparte
de
cumplir
el
requisito
de
sustituir sacos
de
tela
y
capachos
p o r
latas para hacer entrar
en
ellos prendas
y
vituallas.
En la
cárcel comenzaban
a
morirse
«de la
risa»
l o s m á s
agotados.
Les
daba
«la
risa»,
e s
decir,
dibujaban en su rostro u n a sonrisa al expirar.
En el
comienzo
de
esta
o la
mortífera fueron
los
comunes l o s m á s afectados. Faltos d e moral,
2 2
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 23/132
aislados, sin espíritu solidario, s in ánimo para
luch ar contra la suciedad, eran la s primeras víc-
t imas
de l
hambre
y de la
miseria.
Ni las vicisitudes personales de cada uno ni el
desarrollo de los acontecimientos internaciona-
le s habían mellado la moral de la inmensa m a -
yoría de los presos. Al contrario. Por unas u otras
razones se creía ciegamente en la derrota de Hit-
ler, de
Mussolini
y de
Franco. Unos, porque
la
Unión Soviética estaba ah í ; lo s otros porque
confiaban en las democracias. Del pueblo espa-
ñol se pensaba siempre, pero no se hablaba n u n -
c a . Indirectamente, s í . Como en el Primero de
Mayo
de 1941, ya
próximo
el
final
en la
etapa
primera de Torrijos. E n pleno patio se celebró la
Jornada. Apretones de mano en silencio, felici-
taciones «por
el
cumpleaños», alusiones
al día
presente mientras que se cambiaba u n guiño de
ojos. En aquel entonces hablar solamente del
Primero
de
Mayo significaba «preparar
u n c o m -
plot». Estaba m u y lejos todavía la época en que
la
Jornada sería dedicada oficialmente
a San
José Carpintero.
En un pequeño grupo, sentados a comer unas
almendras, se escuchaba el soneto leído por un
detenido. Este
se
había colocado
de
espaldas
al
edificio, desde
el
cual podía observar
el
primer
jefe de servicios:
«Trescientos sesenta y cinco tiene el año».
A pesar d e loque se haya dicho dur ant e decenios,
la
Poesía española
no se
había hundido
el 1.° de
abril
de 1939.
Ciertamente, Lorca
ya no
vivía,
Machado había muerto en Collioure, al exilio
salieron Alberti, León Felipe y tantos y tantos.
En una cárcel de Alicante vivía s u s últimos m e-
ses Miguel Hernández. E n aquel patio de Torri-
jo s uno de sus presos continuaba la lectura:
«Pasa pasando
e l
tiempo
de
tristeza».
Porque sobre lo s petates y en'los rincones de los
patios carcelarios,
en los
campo s ydestacamen-
tos de prisioneros, en los refugios clandestinos,
ya se
rasgueaban versos
p o r
poetas noveles
y
menos noveles.
«Al escoger, con fina sutileza,
Ves un día de muchísimos recuerdos».
Desde aquel Primero de Mayo fueron aceleradas
la s
expediciones para
los
penales. Hasta
que en
junio se rumoreó que la prisión iba a ser disuel-
t a . E n
efecto,
se
pidieron voluntarios para
el
traslado a la cárcel de Yeserías. Se apuntaron
unos centenares. Salieron. Nueva llamada para
otra prisión y nuevos candida tos. Comenzaron a
llegar los del relevo. Comunes todos. U n mundo
total, diametralmente diferente al que hasta en-
tonces había albergado Torrijos. Luego se supo
qu e aquella cárcel e ra destinada a punto de re-
cepción
y
destino para todos
los
nuevos deteni-
d o s . Voluntarios para Porlier, inscripciones p a -
ra . . . La
Prisión
de
Torrijos,
en su
primeraépoca,
había terminado. • M. I.
Tapias traseras de la ex-pris ión d e Torrijos. Hacía e l centro sobresale la nave afectada a capilla e n l o s tiempos primitivos d e l convento
23
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 24/132
Memorias de u n funámbulo
Declaraciones recogidas
por
María Ruipérez
2 4
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 25/132
yO ON la aparición de las Memorias de un dictador ha vuelto a la
I actualidad una de las figuras más complejas y dignas de estudio
W
déla historia
del
fascismo español: Ernesto Giménez Caballero.
El
defensor
en el
período republicano
de un
«fascismo
a la
española»,
el
creador
de
todos
los
mitos
de un
nacionalismo exacerbado,
que el
fran-
quismo repetiría con monótona insistencia durante 40 años, el poeta — o
profeta, como él gusta llamarse— que definió el «genio de España» como
la
fusión
del
catolicismo
y los
afanes imperiales, recuerda ahora para
TIEMPO
DE
HISTORIA
los
principales avatares
de una
existencia
en la
que la fidelidad a sus convicciones políticas se entrelaza con una obse-
sión por el lenguaje y un amor a la paradoja, residuo evidente de un
pasado vanguardista. ¿ V ¡í
Tiempo
de
Historia.—
En su personalidad, que
estas
Memorias
tratan de reflejar, parecen exis-
tir dos factores difíciles de compaginar: el escri-
tor de
vanguardia, autor
de
Y o , inspector de
alcantarillas y promotor de la Gaceta Literaria,
y el teórico fascista, dedicado en los años 30 a la
exaltación de Mussolini y ala búsqueda de una
doctrina fascista para España. Para entender
cómo
se
concilian estos
dos
rasgos
ta n
dispares,
me gustaría que empezara explicándonos cuál es
su visión de la vanguardia literaria y cultural de
lo s años 20, y cómo llegó hasta ella.
E . Giménez Caballero.—Aunque la vanguar-
d ia surge a l terminar la primera Guerra M u n -
dial en París, donde residen muchos de sus
componentes
y
circunstantes, como
G u i -
llaume Apollinaire o Cocteau, quien la ejerc itó
fundamenta lmente fu e Marinett i , que fue e l
verdadero revolucionario e n l i teratura, no los
rusos. F u e Marinett i e l q u e llevó a Rusia el
vanguardismo, la s pa labras e n l ibertad, la t i-
pografía también rota y las letr as sueltas. M a -
r inett i f u e para la l i teratura lo qu e desde 1917
e l
bolchevismo
e r a
para
la
polí t ica,
u n a
rebe-
lión total, casi vertical, de los obreros y los
campesinos frente
a las
formas estatuidas
burguesas. Pero en 1920 esta vanguardia n o
había llegado todavía
a
España, aunque
y a
es taba
e n
marcha
en
otras partes.
En 1920 yo
estaba terminando m i carrera de letras, e iba a
ir de
lector
d e
español
a
Washington,
p r o -
puesto p o r Américo Castro; pero m e encontra-
r o n dema siad o joven. Entonc es, vino a España
u n profesor d e Alsacia, y esto decidió m i desti-
n o ,
porque
me fu i a
Est rasburgo
de 1920 a
1921. Allí no pude percibir much a vangua rdia,
porque yo iba entonces con el romanticismo
de la europeidad, que e r a l a pa labra d e orden
existente en el ámbi to cultural español, era e l
Tiempo d e Historia de
entonces. Nuestra
h i s -
toria había fracasado p o r falta d e fermento
europeo, y desde el 98 se empezó a pensar q u e
España
p o r
causa
d e l
catolicismoy
de la
reac-
ción había llegado a la decadencia. Entonces,
¿dónde estaba la salvación?: en europeizar-
nos . Y yo m e
marché
c o n
este ideal,
que e r a
casi u n a religión para la juventud — en espe-
cial para m í — , y pasé este primer a ñ o estu-
diando alemán, inglés y provenzal en las Bi-
bliotecas, y muriéndome d e hambre. Pero yo
n o descubr í la l i teratura d e vanguardia en Es-
t rasbur go. Cuando la descubrí, u n poco tardía,
pero plenamente,
f u e
después
d e
regresar
de la
guerra de Marruecos, y d e casarme, ya en el
año 1926 . Entonces f u e cuando m e encontré
c o n Guil lermo d e Torrox y fundamos la Ga-
ceta Literaria. Y entonces m e hice e l viaje o
circuito-imperial p o r toda Europa —que m e
dio e l título d e l libro Circuito Imperial, 12.500
kilómetros de literatura
—,
y en él
reflejé todas
l a s novedades q u e había en Francia, en Italia,
e n Alemania, en Bélgica, en Holanda..., e in -
cluso en los Balkanes con los sefardíes.Yo y a
m e había casado c o n m i mujer , que e r a floren-
tina, y en I tal ia v i que la vanguardia e r a f as -
cista fundamentalmente. Marinett i había
in i-
ciado, y antes q u e é l Cocteau, lo qu e éste llamó
« la
l l amada
a l
orden»,
q ue fu e en
l i teratura
la
vuelta a las formas . A aquella revolución en
l ibertad había q u e darle u n contenido con
forma y con disciplina, 'cosa que se tradujo
pr imero
en la
poesía lírica;
en los
líricos antes
que en lo s demás, porque la poesía siempre
antecede a la polí t ica#Esa fue la evolución de
la
vanguardia,
y as í fue
como
m e
acerqué
a
ella.
T. de
H.—
¿El surrealismo español fue tan im-
portante como
el de
otros países?
G.
C.
—No. E l surrealismo español f u e , como
tantos otros movimientos españoles, un r e -
25
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 26/132
flejo de lo que se hacía e n París y e n I tal ia. E s
decir, q u e Guillermo d e Torre, que fue e l pon -
tífice de la l i teratura de vanguardia, y los de-
m á s
poetas
q u e
circulaban
en
torno
a él,
eran
reflejo p o r u n a parte, d e Marinett i , y p o r otra,
podíamos decir ,
d e
Apollinaire,
d e M a x
Jacob
o d e Jean Cocteau.
T. de
H.—
¿Cómo explicaría usted el movi-
miento surrealista, y por qué lo abandonó para
integrarse en el fascismo?
G .
C.
—El surrealismo eran la s palabras , las
imágenes y los sueños en l ibertad. F u e u n m o -
vimiento provocado
p o r u n
judío, Freud,
que
tuvo u n a influencia radica l en la l i teratura con
lo que se l lamó e l freudismo, desde e l m o -
mento
e n q u e
dejó
en
l ibertad
la s
represio nes,
la
libido,
lo
mismo
que en
poesía
la
libertad
signif icaba romper los moldes tipográficos,
gramat icales
o
metafóricos.
E l
mundo lírico
d e
Freud
e r a
sentar
a l
paciente
en un
diván,
y
poner e n forma seudocientífica lo qu e se venía
haciendo desde hacía siglos en el mundo
oriental con lo s chamanes y los yogas en la
India, la purga de los afectos, como decían los
místicos.
Y po r no
remontarnos mucho
en el
t iempo, también
se
hacía
e n
Grecia
con los
oráculos, donde acudía la gente a purif icarse
de los
afectos
y a
quedarse ljmpio
de
estos
impulsos peligrosos
o
malignos.
Por f in, en
todo el mundo esto mismo se venía haciendo
con la tradición católica de la confesión. L a
confesión católica era e l freudismo qu e se ve -
n í a ejerci tando de un modo prodigioso. La
confesión católica bien hecha dejaba m u y p e -
queño a Freud, porque u n a mujer o u n hom bre
en un confesionario s e sentían purificados, y el
sacerdote les absolvía, y salían limpios y cu-
rados hasta otra. Entonces Freud lo aplicó en
forma profana. E n lugar de l confesionario c o n
rejilla, utilizó el diván donde tendía a sus
clientes
y les
hacía verter vivencias
y
sueños,
hasta q u e iban sacando todo. Esto como tera-
péutica estaba bien, e r a tradicional , y no in-
ventó nada. Pero lo que había de nuevo y de
terr ible en Freud es qu e a l af i rmar que la salu d
consistía e n evitar la s represiones, en no re-
primirse —como diría u n chulo madrileño—,
quitaba toda posibil idad d e sant idad y de he-
roísmo, porq ue toda la sant i dad yel heroísmo,
hasta
en su
mínima expresión
d e
lacor te s ia .es
«C u an d o y o hice la teoría, n o m e sen t ía ni fasc i s ta ni Intelectual; m e sentía como Inspirado, como u n a e s p e c i e d e S a n Juan Bautista pri-
mordial, destinado a lanzar este polen para q u e s e Inoculara e n e l conductor q u e sa ld r ía d esp u és , e n Prieto o en A zan a , e n José Antonio
o e n
Franco. . .». (Giménez CabaHero,
e n e l
centro,
c o n
b o t a s
d e
montar,
e n
Burgos, durante
la
guerra civil,
a s u
derecha, Antonio Tovar).
26
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 27/132
« Y o
vierto,
y o s e q u e l o q u e o s
estoy dando
e s
fecundo. . . Aunque
m e
con s ta
q u e s o y
c o m o
e l
barquero
q u e
atraviesa
a s u
pueblo
e n una
barca e n l a noche, y luego queda perdido y olvidado. O c o m o l a alondra e n l a mañana, q u e d a s u primer trino, y luego pasa y s e adormila...».
(Giménez Cabal lero, durante u n a alocución , en la C artagen a d e posguerra) .
u n a
perpetua represión.
E s
decir,
si yo
siento
deseos ante u n a mujer bonita en un momento
determinado, y siento deseos de arrojarme
como u n monstruo, como se hace ahora po r l a s
calles, y violarla, pues eso es preciso, uno se
siente liberado de su represión; pero e s espan-
toso también. De la represión nacieron los
santos, q u e n o s o n m á s q u e héroes de la repre-
sión. De ah í nacieron lo s grandes héroes, q u e
lo son por soportar e l miedo, superarlo e ir a
u n a
victoria
o a un a
muer te.
E s
decir,
la
histo-
r i a está funcionando a base de represiones.
Desde
que e l
señor Freud dijo
q u e n o
había
que
reprimirse, quedaron
ya los
instintos
e n
liber-
tad , y se produjo la gran revolución sexual,
juvenil, de los
hippies
y de l as demás cosas que
encontramos po r l a calle, y qu e ya se dieron en
la
Antigüedad
con los
cínicos.
L a
pa labra
c í-
nico n o quiere decir descarado, en e l sentido
peor; cínico viene d e perro, y eran los que no se
repr imían y proclamaban la l ibertad e n todo
como purificación
de l
alma. Esta doctr ina
h a
producido
en las
juventud es, sobre todo
en las
actuales, la no represión de los instintos: les
sale e l pelo, pues a dejarlo crecer; le s sale la
barba, a dejarla crecer; le s sale u n a chica, a
irse c o n ella y hacer el amor en mi tad de la
calle.
E s
jus tamente como
lo s
perros, como
decía Diógenes, que la máxima libertad natu-
r a l e r a
hacer
e l
amor
en la
calle. Toda esta
nueva juventud, en nombre de esta libertad,
q u e h a
sido
u n
ataque tremendo contra
el ca-
tolicismo y la religión —que la ha derrotado,
porque la religión es la represión de los instin-
tos en
vista
d e u n a
posible santidad—
en el
momento en que ya no se reprimen, pues y a
tiene usted
la
libertad sexual
y de
palabra,
y la
terrorista.
T. de H.—La oposición
a
esta doctrina, ¿fue
la
causa de que usted se pasara al fascismo?
G.
C.
—No. Esta fu e sólo una de las causas.
Como
le he
dicho,
se
había provocado
u n a
reacción en la literatura, volviendo a la disci-
plina y a l uniforme. Así, el fascismo era la
revolución en libertad, desde el momento en
q u e u n
hombre como Mussolini,
que e r a un
marxista, q u e tenía camisa roja y cerraba el
puño
y
había leído
a
Marx, llega
a
Italia
des-
pués de la guerra, cuando los ex c ombatientes
27
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 28/132
«N u es tro gen io e s profundamente catól ico, entendiendo p o r c a t o -
l ic ismo
u n a
doctrina
q u e
rec ib im os
d e
Roma,
q u e n o s
vino
al
pelo,
porque respeta
la
libertad
y la
autoridad.
Y e n e l
aspecto racial ,
nosotros somos mitad vain i l la
y
mitad chocolate». (Giménez
C a -
ballero e n u n a entrevista c o n e l ministro d e Propaganda nazi,
Goebbels) .
n o tenía n ning una sat isfacción. Europ a — n o
el
mundo ruso,
que es l a
opresión—
e s
liber-
t a d . P o r u n a sencilla razón, y es que Europa
está rodeada d e m a r , e s u n a península, y en
ella
e l
agua, hast a inventarse
la
aviación,
era la
máxima defensa frente a los a taques de las
l lanuras; generalmente, todos lo s grandes
conquis tadores son de l lanura. ¿Por qué son
dos lo s
imperios
de
l ibertad
m á s
grandes:
Grecia primero, e Inglaterra después? Porque
eran archipiélagos y se podían defender p o r
agua, y n o tenían miedo a l ataque masivo. E l
fascismo, entonces,
e r a u n a
mezcla
de
revolu-
ción y a l mismo t iempo d e disciplina. Y claro
y o
pasé —como tantos otros—
a
esta nueva
disciplina, q u e además n o s retrotraía nacio-
nalmente, porque
una de las
fórmulas
de la
l ibertad es potenciar la nación, la tierra, e l
genio d e cad a país. E l marxismo es igual para
todos, aquí
o e n
China, pero
e n
cambio
el fas-
cismo potenciaba e l genio, la nación donde
u n o h a nacido. Este e r a e l encanto y la atrac-
ción d e l nacional ismo. Y claro, cuando yo lle-
gu é a
Roma
y vi a
aquel socialista—como aquí
lo e r a
Indalecio Prieto, pero
q u e e n
lugar
d e
echar tr ipa y d e comer en casa d e Nicolasa, de
reírse de las formas heroicas y religiosas, se
disciplinaba e n forma hercúlea d e tipo g i m -
nástico—
y s u
entus iasmo
p o r l a s
glorias
de su
t ierra y de su país, v i lo qu e e ra est a exaltación
naci onal ista. Todo esto
lo
descubrí
e n
Roma,
a
t ravés
d e m i
mujer; allí
v i que e l
genio
de mi
país, d e España, no estaba en la «yarilka» r u -
sa , n i en e l mundo germánico adorador de un
mundo ario, rubio,
que no se
daba
e n
España,
ni en el mundo inglés a través de esa libertad
excesiva, o e l francés, q u e e r a u n a adul tera-
ción entr e
e l
mund o germánico
y e l
lati no, sino
en
Roma,
q u e e r a
para
m í l a q u e m e
había
enseñado a hablar , la que había hecho lo s ca -
minos
d e m i
tierra,
la s
p r imeras calzadas ,
la s
leyes, la primera unif icación española con el
nombre d e Hispania; l a q u e u n a v e z roto e l
Imperio, c o n s u s diócesis eclesiásticas nos s i -
guió dando la religión, e l catolicismo, la orga-
nización, lo s matr imonios y la s dinast ías; y la
q u e n o s t rajo e l Renacimiento. Yo enco ntraba
u n a tradición d e siglos, y por eso dije en mi
Genio d e España: «Sentí en Roma e l olor a
madre , q u e e s m á s enloquecedor q u e e l olor a
hembra, porque enloquece y embor racha d e
u n
modo
m á s
terrible». Todo
eso lo
encontré
en Roma, y po r eso , a l volver aquí, traje u n a
doctrina
que no e r a
alógena, como
e l
libera-
lismo a la inglesa, q u e n o terminó de cuajar
nunca porque era a la inglesa. E n cambio, la
t radición romana e r a d e veinte siglos, y po r
e so arraigó, cuajó, y cuando lo ut i l izamos nos
llevó
a la
victoria.
T. de H.—
¿El fascismo español fue, entonces,
una simple copia del italiano?
G. C.—No. Cada fascismo tiene u n a peculiari-
d a d
propia
e n
cada sitio; pero
e l
fascis mo tiene
u n a raíz común o universal, como procedente
d e Roma, que es l a creadora de formas univer-
sales,
q u e
luego
se
aplican
en
cada país según
el modo, e l genio o la manera de ser de cada
u n o . E l
propio catolicismo, cuando
se
inter-
preta demasiado part icularmente, produce
u n a desviación, como ocurrió con el protes-
tant ismo.
Esa es l a
razón
de que la
Iglesia
no
apoye a los nacionalismos, porque d a n igle sias
par t iculares . E l fascismo, en ese aspecto, tiene
d o s
dimensiones.
E s u n a
fórmula universal ,
y
la prueba d e ello es que e l comunista cuando
quiere atacar
a
alguien
q u e v a
contra
él no le
dice: «Eres u n demo-liberal», o u n socialista, o
u n invididuo d e derechas,sino: «¡fascista ». E l
fascismo como fórmula anticomunista es
igual
en
todas partes
d e l
mundo, aunque luego
se adapta a l modo de ser de cada país . Y en
España n i José Antonio, n i Ledesma Ramos, n i
yo en mi
prim er manifiesto, que ríam os
ser
fascistas, sino q u e teníamos u n nacionalismo
exacerbado, y queríamos inventar nosotros
u n a fórmula q u e n o estuviera copiada de n in -
g ú n lado. Pero esto es un error; hay que se r
humilde, y reconocer q u e «hay q u e d a r a Dios
lo qu e es de Dios, y en este caso, a César lo que
es del César». Y e l César e r a Mussolini. Pero n o
p o r s e r
Mussolini, sino
p o r
proceder
d e
Roma,
que en s í misma, en su genio,, lleva fórmulas
universales, como d io la fórmula cesárea con
Julio César,
la
católica
con ef
Vaticano,
la del
Renacimiento c o n Galileo o con un Leonardo,
y la fó rmul a fascista c o n Mussolini. Y quizá e n
¿stos momentds esté preparando la gran fór -
28
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 29/132
muía
de
nuestra época,
que es la
terrorista,
q u e
está saliendo también
d e
Italia.
T. de
H.—En relación co n este nacionalismo
exacerbado del que hablaba hace un momento,
¿qué significa para usted el «Genio de España»,
al que dedicó un libro?
G . C.
—El genio
d e
España
e s
para
mí e sa fu -
sión
e n q u e
cada país tiene
su
modo
de ser ,
como
lo
tiene cada raza, cada pueblo,
y
hasta
los
animales.
N o
olvide usted
q u e
genio viene
d e
genes,
de
genética.
L o s
genes
son l a s
célula s
—hay
q u e
emple ar términos científicos
q u e n o
m e
gusta utilizar para
n o
parecer pedante—,
l o que
lleva
a l
hombre
en su
fuerza genital
para seguir procreando.
Al
encontrar
a u n a
mujer con la que, se va a enlazar, fundirse y
hacer
u n
hijo, tran smite
lo qu e l e ha n
dado
sus
antepasados
y su
t ierra.
E s
decir,
son los pa -
dres y la tierra donde h a nacido, lo s genes; h a y
toda
la
ciencia
de la
genética
que e s l a
base
de l
mundo.
De
forma
que e l
genio
de un
país
e s
justamente
el
modo
de ser de ese
país
a
través
de los
siglos,
lo s
rasgos constante s,
lo s
perma-
nentes, l o s q u e hacen q u e ese-país s e a diferente
a los demás, y cuando m á s s e parece a s í mis -
m o , m á s
fuerza tiene. ¿Está claro?
T. de H.—
A diferencia de l nazismo, declarada-
mente racista y de carácter irreligioso, el fas-
cismo español que usted defendió insistía en el
catolicismo como un elemento esencial, y no
tuvo fuertes connotaciones racistas. Incluso el
antisemitismo en España no se justificaba por
razones sociales, sino religiosas.
¿A qué se
deben
estas diferencias?
G . C.
—En
m i Genio d e España, q ue e s un
poco
la
Biblia para nuestro Movimiento, decía
como Calderón: «Al Rey la hacienda y la vida
se han de da r ,
pero
el
honor
es
pat r imonio
del
alma,
y el
alma sólo
es de
Dios».
E s
decir,
q u e
nuestro genio
es
profundamente católico,
e n -
tendiendo
p o r
catolicismo
u n a
doctr ina
q u e
recibimos de Roma, q u e n o s vino a l pelo, p o r -
q u e
respeta
la
libertad
y la
autor idad.
Y en el
aspecto racial, nosotros somos mitad vainilla
y mitad chocolate. Somos europeos porque
vinieron
los
godos,
y n o s
queda
u n
fondo,
si se
llama europeo a las razas celtas, arias, rubias.
Pero p o r otro lado, aquí h a n llegado los judío s
y los
moros,
y s e ha n
sentado como
en su
casa .
D e
modo
q u e
aquí nosotros somos
lo que yo
llamo «moros sobre
los
judíos».
Por e so ,
plan-
tear aquí
el
problema racial
es
disparatado,
porque
n o
tenemos medios para ello; sólo
quedan algunos núcleos arios sobre todo
en el
País Vasco,
q u e n o s o n
arios
d e l
todo, porque
e s u n a raza que s e apar ta de la aria, y no se
sabe exactamente d e dónde proceden. T a m -
bién quedan algunos núcleos
en el
Norte,
en la
Montaña .
Y
cuando bajaron estos reconquis-
tadores
d e l
Norte hasta Andalucía, fueron
d e -
jando enclaves e n todos lo s señoríos de la Re-
conquista. E l resto e r a pueblo menudo con
restos de l mundo ibérico, d e l mundo judío, y
sobre todo
d e l
mundo moro.
Esa es la
reali dad
de
España,
d e
modo
q u e
nosotros
n o
podemos
basar u n fascismo en la raza. L a fiesta de la
Raza quiere decir aquí lo mismo q u e e n A m é -
rica —y lo contrario q u e e n Alemania—, p o r -
q u e
allí nosotros
n o s
fundimos
co n
todas
las
razas. P o r e s o e n m i libro h e definido a A m é -
rica como
u n a
muj er para
u n
español, porque
n o s
hemo s mezclado
co n
todas ellas. Tener allí
16 ó 17
mujeres
f u e
normal. España
fue a Am é-
rica
c o n
armas superiores
a las de los
pobres
/ ;
V
Ernesto Giménez Caballero, alférez provisional, numero
uno de
la promoción d e Pamplona.
29
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 30/132
indios
a
buscar
o ro , y
sobre todo mujeres
s in
refa jo —com o decía Gregorio Ma rañó n—.
Irala
en e l
Paraguay, antes
de ir a
misa, poní a
a
s u s mujeres en fila, y las iba tocando los pe-
chos, como unas campanitas. Esto es la tradi-
ción española.
T. de
H.—
En cambio, muchos fascistas consi-
deran
la
religión como
un
factor reaccionario
para su movimiento.
G .
C.—Para otros fascistas,
s í .
Para nosotros,
no ; es un elemento integral, y cada vez lo será
m á s ,
porque
m i
conclusión
— n o
quiero anti-
cipar la— de la etapa e n q u e vivimos e n estos
momentos es la vuelta delirante, casi salvaje,
loca, a la religión, n o sólo en Esp aña, s ino en el
mundo entero. Esto está
e n
contra
de la
cate-
goría
de
espacio
en la que se
basa
la
civiliza-
ción actual, donde todo es espacial . E l sueño
socialista
d e
Marx
es
traer
el
paraíso sobre
la
t ierra, hacer a todos iguales comiendo lo me-
j o r .
Pero
lo que no ha
resuelto
la
situación
actual —que produce la angustia y las psicosis
juveniles y la nueva vanguardia, qu e ya se está
viendo,
es la
otra categoría,
la
categoría
del
t iempo, la muerte. Porque aquí vivimos m u y
poco, y n o s encont ramos con e l dolor de la
enfermedad
o de la
muer te.
Y
esto
no lo ha
resuelto e l marxismo; tampoco e l fascismo,
pero está m á s cerca. Ahí es donde Marx tiene e l
talón d e Aquiles; la felicidad q u e promete es
r idicula, es cómica, es qui t ar a l burgués las
cuatro cosillas q u e , tiene d e m á s goce que e l
obrero. L o q u e promete Marx e s u n a sociedad
d e
consumo,
n i más n i
menos,
la
sociedad
d e
lo s cerdos.
T. de H.—
¿Qué opina usted de los líderes fascis-
tas españoles?
G . C.—Pues q u e ninguno fu e auténtico para
llevarlo a l triunfo, porque — l o q u e rei terado
muchas veces—
e l
líder fascista auténtico
tiene q u e proceder d e l socialismo. Y d e l socia-
l ismo marxi sta, porque la gran Revolución del
siglo, como en el siglo pasado fue la de la
burguesía en 1789 frente a l poder feudal, es la
marxista leninista
de 1917, qu e
supone
d a r
acceso
a l
poder
y
hacerle
Tiempo
d e
Historia a
la
clase obrera
y
campesina.
D e
modo
que lo s
conductores fascistas proceden siempre del
mun do obrero,
d e l
mundo social;
y en
lugar
d e
hacerse marxistas leninistas,
en vez de
decir
uni formando a la rusa: «Campesinos y obrero s
de l mundo, unios», a l llegar a su s propias n a -
ciones le dan ese tinte nacional. Pero llevan
como ingrediente fundamental no lo nacional,
sino lo social. Y su título es el de haber sido
obrero o campesino. Mussolini f u e obrero y
campesin o; Hit ler f u e obrero, pinto r. Y a noso-
tros n o s falló que é l hombre q u e tenía q u e
haber sido nuestro conductor, Indalecio Prie-
to , pese a que yo se lo ofrecí, n o quiso serlo. S e
lo dije primero a Azaña, con mi libro, pero
después
v i q u e
estaba equivocado, porque
Azaña
e r a un
burgués ateneísta,
u n
poco cursi,
y d e m u y m a l genio, y n o valía. E n cambio, el
socialista nacional,
e l
hombr e
d e l
mundo
obrero pero c o n ideas nacionales, amigo de
Unamuno, e r a Prieto. Pero Prieto m e falló, o
n o s
fal ló—primero
a mí y
luego
a l
mismo José
Antonio—, porque e r a u n hombre d e talento,
pero
le
faltaba genio;
e r a un
hombre valiente,
El surreal ismo aran l a s palabras, l a s I m á g e n e s y l o s s u e ñ o s d e libertad. (Giménez Caballero, e n e l centro d e l a fotograf ía y de p i e ,
extrema Izquierda Ramón Gómez d e l a Serna, e n u n b an q u ete ce l eb rad o e n «P om b o» , e l 3 de e n e r o d e 1930).
su
30
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 31/132
pero n o f u e héroe, y n o venía d e l combate
como Hitler
o
Mussolini.
Y po r eso , es e l res -
ponsable número
u n o d e l a
guerra civil espa-
ñola,
y de la
guerra internacional
q u e
vino
después, de la Segunda Guerra Mundial, p o r -
q u e s i Prieto hubiera sido nuestro socialista
conductor, como lo e ra Mussolini o Hitler (y a
su
modo, porque
e ra de
procedencia humilde,
Salazar), como
se
estaba dand o
e n
Francia,
en
Bélgica
o en
Inglaterra, hubiera habido
u n
mundo nacionalsocialista dentro d e Europa, y
n o
habría habido guerra.
Y p o r
consiguiente,
e l
mundo ruso-marxista habría sido conteni-
do, y el
mundo capital is ta-individualista
d e
Norteamérica también.
N o s
falló esta idea
porque Prieto
n o
estuvo
a la
al tura
de las c i r -
cunstancias históricas,
y
hubo
q u e
buscar
a
conductores
y
líderes
q u e n o
tenían
e sa ex i -
gencia funda menta l
d e l
operario.
U n
Lede sma
Ramos pudo haberlo sido porque
e ra de
clase
humilde —era maestro
d e
escuela
y su
padre
empleado
de
Correos—, pero
le
faltaba esta
raigambre obrera
y
campesina.
E r a u n f u n -
cionario; y además, su tipo físico n o daba de sí
para
l a s
grandes conducciones.
Y
claro,
en -
tonces apareció José Antonio,
q u e e r a u n
aris-
tócrata, lleno de talento y con capacidad d e
mártir , q u e dejó u n rastro d e mística detrás d e
s í
magnífico; pero
e r a u n
aris tócrata.
Y m á s
tarde Franco:
u n
militar,
ya s in
doctr ina,
con
genio milit ar, per o
con la
doctr ina
y las
form as
que l e entregamos nosotros.
T. de H.—¿Cómo definiría usted la personali-
dad de cada uno de ellos?
G .
C.—Ledesma Ramos
e r a u n
muchacho
de l
tipo
d e l
intelectual ateneísta, discípulo
de Rey
Pastor en Matemáticas, d e Ortega, y del
mundo germánico,
a l que le
gustó
m á s el
hitle-
rismo
q u e e l
fascismo romano.
N o
tenía
s e n -
timientos catálicos profundos, pero
fue un
gran cam arad a hasta
el
últi mo mome nto . José
Antonio tenía
u n a
categoría humana excep-
cional.
E r a u n
aristócrata,
u n
bien nacido,
d e
raigambre goda, aria, d e familia m u y noble,
yo
creo
q u e
personalmente
m á s
anglofilo
q u e
germanófilo. Recuerdo
q u e e n u n
momento
de
peligro, cuando
n o s
habían matado
a un ca -
marada ,
y
estábamos reunidos
en la
calle
Marqués
d e
Riscal, donde
se
sorteó
u n a
pistola
para
i r a
matar
al
pr imer chibirí —como
se
l lamaba entonces
a los
socialistas—,
y o
dije:
«Pero
as í en
frío
no , que e s
como ellos»;
a la
salida, tras suspender l a eje cución, José Anto-
n i o m e
confesó:
«
Ernesto,
yo no he
nac ido par a
esto.
Yo he
nacido para matemático
d e l
siglo
XVIII».
T. de
H.—¿Aqué se debía esa especie de admira-
ción que sentían los fascistas por las teorías de
Ortega?
«•Marinetti había Iniciado, y an tas q u e é l Cocteau , l o que éste llamó
« l a l lamada a l orden», q u e f u e e n literatura la vuelta a l a s formas. A
aquel la revolución e n libertad había q u e darle un conten ido c o n
forma y c o n disciplina. . .». (En la foto, Giménez Caballero, filmando).
G .
C.—Sencillamente porque
el
padre
de l fas -
cismo
de
Mussolini,
d e
Hitler
y de
Ortega
se
llamó Nietzsche.
E l
sobrehombre,
q u e
decía
Ortega. Y p o r e s o nosotros, y yo en especial,
sentíamos admiración
p o r
Ortega, porque
m i
raíz, apa rte
d e
Roma,
la
bebí
e n
Ortega
y en los
hombres
de la
generación
de l 98,
como Baroj a,
Maeztu, Azorín,
o
Unamuno, to.dos nietzs-
cheanos. Esos
son , lo s
hom bre s del.98
y los del
15 con
Ortega,
los
padres
de l
fascismo espa-
ño l .
T. de H.—
¿Pero Ortega no significó para los
fascistas españoles lo mismo qu e Croce para los
italianos?
31
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 32/132
« S i e n t o la af lrmaclón da que a l poata , a l profeta, a l m a g o o al
h a c h l c a r o — p ú a s
h a y
muchos nombras para noaotroa—
a n un .
principio
f uá a l
verbo,
la
palabra,
q u a a s a l
alamanto macho
da la
hlatorla.. .» (Qlménaz Caballero, c o n a u hila Helena).
G . C.—Ortega
e r a
ambivalente como Croce;
pero éste
n o f u e
nietzscheano,
f u e u n
esteti-
cista formado
en la
filosofía alemana como
Ortega. Pero Ortega tenía p o r s u s ascenden-
cias, p o r s u s veleidades aristocráticas d e raz as
superiores, u n a elegancia, u n a fuerza d e
ma n d o y de selectividad q u e n o tenía Croce.
Ortega solamente
en su
elegancia
de
escribir
y
d e hab la r e r a u n sobrehombre. Y precisa-
mente
por lo que
tenía
de
liberal distinguió
q u e l o
liberal
e ra lo
enemigo
de lo
de mócrata ;
democracia y leberalismo so n exactamente lo
contrario; democracia es el poder de l a masa,
l a
rebelión
de l a s
masas,
y e l
liberalismo
es del
individuo. Ortega
e ra
liberal
en ese
sentido,
pero e l liberalismo llevado a su extremo p r o -
duce e l superhombre, el yo extraordinario, e l
Zaratustra.
T. de H.—Al comenzar la guerra civil, parecía
qu e usted iba a ser el gran ideólogo de la nueva
España. Sin embargo, luego fue usted margina-
do. ¿A qué se debió esta marginación?
G. C.—Pues se debe a u n a cosa q u e e s fatal, y
q u e
precisamente
en
estos
d ía^ se
está rectivi-
cando
u n
poco:
a l
carácter
q u e
tenemos
los
dictadores poéticos.
D e a h í
vienen
l a s
Memo-
rias de un Dictador. Y o m e llamo dictador con
3 2
minúscula, pero n o sólo porque lo dicto a u n a
mecanógrafa — e n este caso, m i nieta—, sino
porque esto q u e dicto, dicta a la vez . Siento la
af irmación de que e l poeta, el profeta, e l mago
o el hechicero —pues h a y muchos pombres
para nosotros—en u n principio fue e l verbo, la
palabra ,
que es e l
elemento ma cho de'la histo-
r i a , como e l polen q u e sale de un árbol y va
buscando
e l
elemento femíneo
d e
otro árbol
donde fecund ar
y d a r u n
fruto
(la
p a l a b ra
p r o -
feta viene
d e
pro-fari, hablar hacia) hasta
q u e
encuentra el elemento femíneo e n q u e incrus-
tarse, donde introducir
su
gene para fecun-
darlo y producir u n hijo. E n este caso, e l e le -
mento femenino es el político, q u e produce e l
movimiento político,
el
partido,
o en los
caso s
supremos la religión. Po r e so , nuestro patro no
e s S a n Juan Bausita, q u e allá en el desierto,
con su doctr ina de los asenios e s e l qu e tenía la
prefiguración, e l polen, la idea genitriz de lo
que iba a s e r e l
cristianismo. Cristo
f u e
preci-
samente a buscarle como u n político — en este
caso divino—, y S a n Juan Bautista le vierte s u
doctrina,
que es e l
acto
d e l
bautismo famoso.
¿Por qué se lo vierte en la cabeza simbólia-
mente? Porque le da la idea, y entonces Cristo
la propaga, y es el fundador de esta religión. Y
a l pobre profeta le cortan la cabeza. Es e l de s -
tino
de los
poetas
y los
profetas,
que a l
final
u n a Salomé n o s corta la cabeza. E n m i
Genio
de
España,
en 1932, decía: «Yo vierto, yo sé
q u e l o q u e o s
estoy dand o
e s
fecundo».
Y
salió
adelante, aunque
m e
consta
que soy
como
e l
barquero q u e atraviesa a su pueblo e n u n a
barca
en la
noche,
y
luego queda perdido
y
olvidado.
O
como
la
a londra
en la
mañana ,
q u e d a s u
primer trino,
y
luego pasa
y se
adormila . E s decir, q u e y o tuve conciencia — y
esto es lo verdaderamente honrado en e l escri-
tor , en e l poeta, en e l profeta— d e s e r quien
lanza este primer trino, pero q u e tiene q u e s e r
olvidado y pasar a segundo término. D e modo
q u e n o solamente n o m e h a extrañado esta
marginaci ón, sino
que l a he
justificado.
Y
ést e
es el
mejo r signo
de que yo no me
había equi-
vocado, q u e había cumplido m i misión.
Cuando
yo
hice
la
teoría,
n o m e
sentía
ni fas-
cista n i intelectual; m e sentía como inspirado,
como u n a especie de San Juan Bautista p r i -
mordial, destinado a lanzar este polen para
q u e s e fecundara en el conductor q u e saldría
después, en Prieto o en Azaña, en José Antoni o
o en
Franco...
Yo no
sabía
en
quién, pero
lo mío
e ra e l lanzamiento , y una vez que arraigó, yo
y a había cumplido m i misión, hab ía cumpl ido
m i dictado. Como dice e l propio Berceo: «Voy
a escribir u n dictado». E l dictado e r a probar
l o s misterios d e Santa María, para que los
leyeran. Yo soy un dictador como Berceo,
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 33/132
como
e l
poeta,
y ésa es la
misión grande
y
humilde, de l verdadero escritor.
T. de
H.—
¿Cree usted que Franco llevó a la
práctica
el
fascismo predicado,
o
dictado
por
usted? •
G. C.—A su
modo
lo
realizó, per o
s in
ideología,
entendiendo p o r fascismo u n a serie de postu-
lados sociales y nacionales q u e previamente le
habíamos entregado. Eso lo realizó Franco
con la
victoria...
T. de H.—¿Y después de la victoria...?
G . C.—Después de la victoria tenía u n a alter-
nativa:
o
continuar esta victoria
con sus con -
géneres ideales y políticos, concretamente con
Mussolini
e
Hitler;
o
hacerse neutral,
y po r
consiguiente favorecer a los enemigos de l f as -
cismo q u e eran la s democracias rusas y a m e -
r icana. P o r desgracia, esta fue la acti tud n e u -
t ral izante
y
ambigua
d e
Franco.
T. de H.—¿Es cierto que usted le propuso que la
Falange pasara
a
llamarse
el
Falangismo?
G.
C.
—Sí. La
Falange
es un nombre de mujer .
Es que la Falange es ya un nombre impropio y
espúreo, porque durante la República, cuando
se
fundó
l a Agrupación al Servicio de la Repú-
blica, c o n Marañón y Ortega, se les ocurrió
crear
u n
Frente Juvenil,
y lo
l lamaron
Frente
Español (la idea fue de Valdecasas); pero d e s -
pués no lo llegaron a organizar . Entonces se
encontraron
c o n
estas
d o s
siglas,
F. E., y
com o
Valdecasas se hizo amigo de José Antonio e
intervino en el acto de la Comedia, se pregun-
taron
q u é
podían hacer
con la F, y
como eran
u n poco universitarios, pensaron llamarla L a
Falange, como
lo s
griegos.
Y de ah í
nació,
u n a
cosa u n tanto pedante y humanís t ica: La Fa-
lange Española, en e l sentido de que La Fa-
lange e r a u n a organización militar, la falans
de los griegos. Pero e r a mucho m á s bonito
para m i modo de ver e l
Falangismo,
q u e e r a
u n a
doctr ina,
u n
movimiento,
y que no era
femenino, sino masculino.
T. de H.—¿Cómo era Franco personalmente?
Usted debió conocerle bien, porque se dice que
iba
todos
lo s
primeros
de año a
contarle chistes.
G .
C.
—No. Mentira. Franco n o toleraba los
chistes, los contaba é l . Franco era uno de los
hombres
m á s
graciosos, divertidos, huma nos ,
y c o n u n a ironía y u n humor gallego enorme.
Yo con Franco h a sido con u no d e lo s homb res
q u e m á s m e h e reído. Yo a Franco lo conocí
—como cuento
en mi
libro—
un d ía 7 de no-
viembre ( e r a San Ernesto), y en ese momento
m e
pareció como
e l rey
David, quizá
por su
origen racial u n poco semita, judío. La pala-
b r a Franco tiene origen judío. Y m e pareció u n
r e y
David inspirado,
q u e
tenía alma
de
artis ta;
esa e r a l a genialidad de Franco. Y cuando le
t raté
fue a
finales
del añ o 1936,
cuando quiso
hablar po r l a radio, y le improvisamos u n a q u e
n o
funcionó, precisamente
en los
días
en que
se es taba muriendo Unamuno. Y ya en aquel
momento,
a l ve r que no
funcionaba,
lo
resol-
v ió con
humor
— n o
como Millán Astray,
que
m e quiso fusilar—, c o n cuentos, y comenzó a
contar chistes
y
cosas graciosas.
N o
sólo
m e
perdonaba la vida tras n o haberle hecho h a -
blar
po r vez
pr imera
p o r
radio, sino
que me
hacía reír. Pero después
le
acompañé
a l
viaje
a Cataluña, a Portugal , p o r muchos pueblos...
Y
Franco siempre estaba
d e
buen humor.
De
vez en cuando le contábamos algún chiste,
pero
n o
había quien
le
ganara.
Me
acuerdo
que
e n u n a comida en El Pardo con la hija del
presidente Stroessner, s u mujer y su hija C a r -
men , yo le dije: «M i general, no sé de dónde
saca la gracia. E s usted el hombre m á s g r a -
cioso que yo he oído». Y él se quedaba tan
t ranquilo,
le
parecía
la
cosa
m á s
natural
del
mundo. De los chistes q u e recuerdo, h a y u n o
que le
contó
a l
Director
d e Arriba, que le fue a
pedir u n a Emba j ada . Y Franco le dijo:
«¿Quiere usted meterse
e n
política?»
«Sí , mi
general».
«No lo
haga usted.
Es un
consejo.
Mire, s i yo me hubiera metido en política, no
estaría aquí». Ese e r a Franco.
T. de
H.—
Sin embargo, pese a toda esta admira-
ción
que
siente usted
por
Franco,
él fue
quien
le
mandó a Paraguay, en vez de nombrarle Minis-
tro...
G . C.—No. E l no me mandó a Paraguay. No,
no , no . . . Yo me retiré de la vida política poco a
«E sp añ a
f u e a
América
c o n
armas superiores
a l a s d e l o s
pobres
Indios
a
b u scar
o r o , y
sobre todo mujeres
s i n
refajo —como decía
Gregorio Marañón—. Ira la e n e l Paraguay, antes d e Ir a misa,
p on ía
a s u s
m u j e r e s
e n
fila,
y l a s Iba
tocan d o
l o s
pechos, como
u n as cam p an i l e s . E s to e s l a tradición española. . .» . (Giménez C a -
ballero, e n s u é p o c a d e em b ajad or d e l régimen franquista e n e l
Paraguay, c o n e l Presidente S troessner) .
33
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 34/132
poco, suavemente, desde e l momento en que
Franco
se
hizo neutra l,
y n o
intervinimos
en la
guerra internacional junto a Hitler y Musso-
lini para vencer definitivamente a l mundo
ruso y a la democracia capital is ta americana,
q u e eran las dos fuerzas tre meb und as contra
l a s q u e luchaba e l fascismo. Desde e l mo-
mento en que é l se declaró neutral, y aban-
donó a lo s qu e no s habían dado la victoria y las
ideas,
y o
quedé
con
cariño
y
admira ción hacia
Franco, pero ya e l Movimiento dejó d e intere-
sarme. Entonces empecé u n a sección e n Pue-
b l o ,
y
también escribí
d o s
libros. Después
emigré a América, porque aquí n o tenía nada
q u e hacer . Y es tando en Paraguay de Agrega do
cultural , cargo q u e conseguí gracias a Ruiz
Giménez —Franco no me d io ningún puesto, n i
nada—, e l E mba jad or José de la Riva, u n gran
monarquicón, m e dijo q u e había pedido m i
expulsión d e Paraguay porque, según él, a mí
m e escuchaba m á s e l Gobierno y e l Presidente
q u e a é l . Y m e t ras ladaron a Brasil. Pero e l
Presidente
d e l
Paraguay, indignado, pidió
a
Franco q u e t r as ladara a l Emba j ador y me
quedara
yo en su
puesto,
y
Franco
n o
tuvo
m á s
remedio q u e de jarme ir en la etapa q u e estuvo
d e ministro Castiella.
T. de H.—
¿Cuál es su opinión sobre las doctri-
nas políticas de la España actual? ¿No es con-
tradictorio que afirmara usted hace do s años
que el eurocomunismo es el fascismo de hoy, y
en cambio hace unos días se definiera como
a narcosi ndic alista ?
G . C.—No, po rqu e e l sindicalismo e s u n a auto-
r idad
y e l
anarqui smo
es la
libertad exacer-
bada y revolucionaria. E l eurocomunismo es
la
misma conjunción
d e l
comunismo como
movimien to autor i tar io y masivo y e l «euro»
liberal y europeo, q u e y a n o puede s e r ruso.
S o n
modalidades fascistas,
s in
cris tal izar
to -
davía e n u n a doctrina precisa.
T. de
H.—
¿Piensa usted que en España puede
haber
un
resurgimiento
del
fascismo? ¿Cuál
se -
ría su ideología?
G . C.—Depende de lo que apriete e l comunis-
m o. S i el fascismo es la aspir ina contra e l dolo r
d e cabeza de l comunismo, depende de l dolor
de cabeza que nos dé e l comunismo.
Si un escritor, u n poeta, u n profeta tiene q u e
es tar montado en un Pegaso c o n alas, yo creo
que en
este momento
si se
produce
e l
triunfo
d e l marxismo-leninismo, q u e intenta traer la
felicidad sobre la t ierra a todos lo s prole tarios
d e l
mundo, convirt iéndoles
e n
burgueses,
o
s e a e n consumidores d e bienes terrenales, si se
acerca e s a victoria d e tipo espiritual sobre
todo e l haz de la t ierra y de los demás planetas
q u e conquis te e l hombre, se empezará acen-
tuar cada
v e z m á s e l
ansia
y e l
ideal
p o r u n a
revolución en la dimensión temporal , en el
t iempo. E l marxismo-leninismo h a querido
resolver
la
felici dad sobre esta tierra , pero es ta
fel icidad — e n caso de que sea felicidad— dura
m u y poco, y despier ta l o q u e l l amaba U n a -
muno «el hambr e de eternidad», e l seguir vi-
viendo después
de la
muer te.
Y
mientras
no se
resuelva
e l
problema
de la
muer te,
no se ha
resuelto nada. Po r eso mi acti tud presente es
34
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 35/132
radicalmente religiosa, en ese sentido trans-
cendente
a la
vida terrena
y
espacial.
T . de H.—¿Cuáles serían los líderes de ese nuevo
fascismo?
G. C.—Eso depende. L os movimientos fascis-
t a s que se
están dando
v a n
tomando
u n a
forma que es «el piñarismo», de apiñado, en
torno a u n hombre q u e t iene nombre d e piña,
de apiñar a la gente, s i n m á s doctr ina que su
palabra, c o n gran capacidad d e convocatoria,
como
se
dice ahora,
y con el
«sálvese
e l que
pueda» como única doctrina. E l piñar ismo no
e s u n a
doctrina,
e s u n a
palabra encendida
o
congelante, como la tuvo Viriato frente a la
invasión romana,
o los
caudil los
d e l
siglo
p a -
sado
qu e se
pronunciaban.. .
S e
podrían llamar
voces salvacionales, m á s q u e doctrinales.
T. de H.—Cómo definiría usted al terrorismo?
G.
C.
—Todo
e l
mundo está aterrado
con el
terrorismo, y quieren darle soluciones y expli-
caciones.
Yo
como profeta
u n
tanto bíblico,
m e remontar ía a aquellos tiempos d e q u e h a -
b la la Biblia, en que se levantaban a pronosti-
c a r catástrofes, terrores y apocalipsis, para
purgar los pecados, de l pueblo de Israel. E l
terrorismo actual en ese aspecto político es
m u y
positivo frente
a la
sociedad
d e
consumo,
al becerro de o ro en que vivimos, porque p r o -
voca e l terror, que es un sentimiento religioso
ante e l olvido de la muerte, porque el terror
trae la muerte ante u n a sociedad que se ha
convert ido
en la
piara
de
Epicuro,
e s
decir,
en
cerdos.
Luego,
hay en en
terrorismo otro aspecto
m u y
«Franco a r a u n o d e l o e hombree m á s graciosos , d ivert idos , humanos,
y c o n u n a Ironía y u n h u m or ga l l ego en orm es . Y o c o n
Franco
h a
s id o
c o n u n o d e l o s
h om b res
q u e m á s
m e h e reído». (Giménez Caballero durante u n a audiencia c o n
Franco,
e n
com p añ ía
d e l
ministro
d e
Industria
d e l
Paraguay)
«E l
terrorismo actual e n e s e asp ec to ap oca l íp t i co
e s m u y
positivo
frente a la s o c i e d a d d e c o n s u m o , al becerro d e o r o e n q u e vivimos,
porque provoca e l terror, q u e e s u n sentimiento religioso ante e l
olvido de l a muerte, porque e l terror trae la muerte ante u n a s o -
c i ed ad q u e s e h a convert ido e n l a piara d e Epicuro, e s decir, e n
cerdos». (Portada
d e l a s
«Memorias
d e u n
dictador»,
d e
Ernesto
Giménez Caballero).
nacionalista, y y o diría casi fascista: el de los
pueblos vencidos en la última guerra, que in -
tentan de algún modo invalidar la victoria de
los vencedores, y si es posible, preparar la re-
vancha,por aquello q u e dijo Sanch o a Don Qui-
jote: «Los vencidos de hoy serán lo s vencedo-
r es de
ma ñana» . Nadie
h a
observado, salvo
yo
en M is
Memorias,
que lo s principales focos
terroristas se están dando en los pueblos q u e
perdieron la guerra: l a s Brigada s Rojas en I ta -
lia, la banda Baader-Meinhof e n Alemania; los
kamikazes japoneses; lo s palestinos frente a
Israel,
y los
vascos
de ETA
frente
a u n a
España
q u e s e está dejando colonizar.
T. de H.—¿Pero, no es esto hacer apología del
terrorismo?
G . C.—No es apología, sino explicación. Al te-
rrorismo se le a taca y no se le explica, y si no se
le
explica , sólo
se
limitan
a
ponerle emplastos
a la buena d e Dios. Yo le doy la etiología de
este cáncer, que es e l modo de pode rlo vencer.
Como e l cáncer n o e s m á s q u e células enveje-
cidas-es nece sario rej uve nec er esas células con
u n a nueva primavera q u e tuelva a reír. •
M. R.
Ernesto Giménez Caballero
Memorias I M M
dictador
B M I
El g e n i o d e E s p a ñ a , v i v i d o y a h o r a d i c t a d o p o r u n g r a n e sc r i t o »
e n u n l i b ro q u e e s t e s t i m o n i o e I n t e r p r e t a c i ó n p e r s o n a l d e l a h i s t o r i a
d e l m u n d o m o d e r n o .
3 5
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 36/132
Tacho
viejo
Ovidio Gondi
36
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 37/132
El
B an co
de la
Nación lanzó
u n a
em is ión
d e
bi l letes
d e u n
córdoba,
q u e
l levaba estampada
la
ef igie
d e
Lidian Somoza Debayle,
que
inmediatamente sirvieron d e chufla contra e l régimen. E ra frecuénte o í r e n e l mercado pr egunt as como é sta: ¿Cuántos l i l ians vale este cerdo?
(Facsímil
de un
córdoba,
c o n l a
ef igie
de l a
hija
d e l
dictador).
I
«Somoza era un temible guerrillero y al mismo
tiempo
un
bandido
y
sanguinario.
Su
nombre
causaba espanto, no sólo en Nicaragua, sino en
todos lo s Estados centroamericanos. La devas-
tación
era su
debilidad
y el
pillaje
su
divisa.
El
bandido terminó en el patíbulo a las ocho de la
mañana del 17 de julio de 1849. El cadáver de
Somoza
fue
colgado
de un
poste
en una de las
calles principales de la ciudad, en donde perma-
neció expuesto por tres días, hasta que alguien le
proporcionó
una
humilde
y
cristiana sepultu-
ra».
Esta nota
fu e
escrita
p o r u n
cronista nicara-
güense el mismo año de la ejecución. Casi u n
siglo después, el nieto d e aquel bandolero se
convert ía
en e l
personaje
m á s
impor tante
d e
Nicaragua y los hechos de su vida política
hicieron que e l pueblo le recordara, p o r medio
de la
literatura clandestina
y e l
rumor ,
la as-
cendencia patibularia
de su
abuelo, Bernabé
Somoza Siete Pañuelos. (Dice la leyenda q u e
para la comisión de sus fechorías Bernabé
Somoza
se
cubr ía
la
cara
con un
p añuelo , dife-
rente cada uno de lo s días de la semana).
Nicaragua h a sido —y lo sigue siendo— u n
país desventurado.
S u s
148.000 kilómetros
cuadrados d e superficie ocupan u n lugar e s-
t ratégico en Centroamérica. E l proyecto de un
canal interoceánico y los grandes intereses
minero s hicieron a l país víctima d e repetidas
intervenciones arm ada s
de los
fusileros norte-
amer icanos , en el transcurso de la segunda y
tercera décadas
de l
siglo.
E l
millón
y
medio
de
nicaragüenses,
a
fines
de los
años, cuarenta,
habían tenido escasas oportunidades de ex-
presar libremente
s u
voluntad para escoger
gobernantes .
.
En 1936 Anastasio Somoza García, e l nieto d e
Siete Pañuelos,
tomó p o r asalto el poder. S u
tiranía duró diez años, a l cabo de los cuales los
nicaragüenses daban muestras
d e
desaliento
ante la perspectiva política que se les ofrecía.
L os líderes de la oposición seguían siendo dos
ancianos
ex
presidentes
q u e
pertenecían
a l
Partido Conservador, Adolfo Díaz y el gene ral
Emiliano Chamorro,
que en la
segunda
dé -
cada y tercera década d e l siglo se alternaron
en el poder bajo la protección de los Estados
Unidos.
Cuando Somoza decidió n o reelegirse en las
elecciones
de
febrero
de 1947, los dos
partid os
rivales se apres taron a la campaña política.
P o r
decenios, liberales
y
conservadores
h a -
bían regido los destinos de Nicaragua, pero
ahora
se
hallaban divididos.
E l
conservador
contaba
c o n d o s
fracciones,
la qu e
permanecía
adicta a l general Chamorro y la que aceptó
colaborar , en años anteriores, con la dictadu-
ra . Por su parte, e l Partido Liberal también se
había escindido entre los que apoyaban a So-
moza y aquellos que no lo consideraban repre-
sentat ivo de l liberalismo tradicional. Libera-
les , disidentes y conservadores ortodoxos, los
d e Chamorro y Díaz, apoyaron la ca ndidatura
de Enoc Aguado, liberal ene migo d e Somoza, y
liberales somocistas
y
conservadores disiden-
tes se inclinaron po r e l candidato oficial del
presidente, e l fiel y pacífico do n Leonardo A r-
37
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 38/132
güello, otro anciano de 73 años d e edad, m é -
dico dedicado
a la
política,
co n
aficiones lite-
rarias.
N o e r a
fácil
q u e
Somoza
se
resignara
a
perd er
el control de la gobernación d e l país. E n diez
años
d e
d ic tadura
se
convenció
a s í
mismo
d e
q u e Nicaragua e r a u n a gran hacienda de su
propiedad
y los
nicaragüenses peones
a sus
órdenes. A mediados de 1944, Anastasio S o -
moza,
e l
nieto
d e
Siete Pañuelos, tenía
48 ca -
sas - habitación, 51 haciendas d e ganado, 4 6
Cuando le dijeron a R ooseve l t s u s a m i g o s q u e S om oza e r a u n hijo
d e
puta, Roosevelt contestó c ín icamente:
« S i , y a l o s é .
pero
e s
nuestro hijo
d e
puta».
( En l a
fotografía,
e l
Presidente
d e l o s
E sta d os
Unidos, Franklin Delano Roosevelt).
haciendas cafetaleras,
18
campos
d e
forraje,
ocho campos azucareros
c o n s u s
respectivos
ingenios,
7 6
terrenos urbanos baldíos,
1 6 e m -
presas rurales
y 13
industr iales.
E r a e l
accio-
nista principal de la Cervecería Nacional y
estaba asociado co n Mauricio Robelo, conce-
sionario exclusivo
de la
emisión
de
timbres
fiscales
y de las
estampil las
d e
correos.
De los
diez millones
d e
córdobas
q u e
anualmente
producían l a s minas de o ro de Las Segovias, e l
15 p o r 100
pertenecía
a
Somoza.
II
Durante
la II
Guerra Mundial,
e l
general
o b -
tuvo considerables ganancias vendiendo
p r o -
visiones
a los
nor teamer icanos
que s e
halla-
b a n d e
guarnición
en la
zona
d e l
Canal
d e
Panamá. Diariamente sal ían d e s u s haciendas
aviones cargados
d e
leche destinada
a la in-
tendencia yanqui.
En 1943
Somoza,
a l
mismo
tiempo
q u e
incorporaba
la
Carta
d e l
Atlán tico
a la
Constitución
de l
país, dispuso
l a
venta
d e
u n
millón
d e
gallinas
a la
zona
de l
Canal.
Cuando
se ha l
laban listas par a
e l
embarque ,
e l
jefe
d e l
puerto recibió
u n
telegrama
de l
presi-
dente,
q u e
decía
a s í :
«Sírvase
no
despacharlas
gallinas hasta que hayan puesto huevo».
Toda
la
gasolina
y
medios
d e
t ranspor te
q u e
empleaba Somoza
en sus
empresas privadas
pertenecían
a l a
Guardia Nacional,
y los peo-
nes , en buena parte, eran pagados c o n fondos
d e l
Presupuesto General
d e
Gastos, haciendo
figurar
a sus
obreros como miembros
de la
Guardia. Somoza tenía
u n a
hacienda gana-
dera
e n
Costa Rica, tres casas
d e
depar tamen-
t o s en
Miami (Florida),
u n a
casa
e n S a n
José
d e
Costa Rica, arrendada
a la
legación
d e N i -
caragua; u n a quinta en el Canadá y varias
cuentas en distintos bancos d e l continente
americano, principalmente
en los
Estados
Unidos.
E l
sueldo
de
Somoza, como presidente,
e r a d e
3.000 córd obas men suales,
m á s
100.000
a l a ñ o
p o r
gastos
de la
casa privada. Recibía
900 a l
m e s como jefe de la Guardia Nacional y 800
que l e
ent regaban
lo s
Ferrocarriles Naciona-
l e s por
presidir
l a s
reuniones
d e
directores.
L a s
compañías mineras extranjeras
le
paga-
b a n
3.000 dólares mensuales
p o r
autorizar
la
salida
d e
mineral
d e o r o .
Todo
el
presupu esto
de Nicaragua llegaba entonces a 6.000.000 d e
dólares.
U n
maest ro
de
escuela ganaba
e l
equivalente d e seis dólar es a l me s y un peón 30
centavos
d e
córdoba
a l d ía .
E l
dictador
f u e e n
otro tiempo secretario
p r i -
vado
de
José María Moneada,
q u e
murió
a los
72
años
de
edad (1944), siendo ministro
d e
Gobernación. Estuvo en contra de la interven-
ción norteamericana hasta que en 1927 firmó
u n compromiso c o n Henry Lewis Stimpson,
p o r e l cual Moneada se co mprome tía, s iendo
ministro
de la
Guerra
d e l
Gobierno opuesto
a l
q u e
apoyaban
los
norteamericanos,
a
entreg ar
fusiles
d e l
Ejército Constitucionalista
a l p re -
c io de
diez dólares pieza,
y
ametral ladoras
a
cien. Además, Stimpson
le
había prometido
q u e
sucedería
a
Díaz
en el
mandato presiden-
cial.
José María Moneada,
ex
presidente,
que fue
u n o d e l o s m á s seguros servidores de la admi-
nistración d e Somoza, solía hacer chistes a
costa suya, una s veces en su presencia y otras a
su espalda. A él se atribu ye esta frase: «Cuando
fu i presidente decían que yo era un ladrón;
cuando lo fue Sacasa dijeron que yo había sido
38
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 39/132
un ratero; ahora que lo es
Tacho
dicen que yo
fui un hombre honrado».
Somoza escogía lo s hombres de su equipo m i -
nisterial
en
forma caprichosa. Bastaba con
q u e fueran s u s amigos personales o que le ca -
yeran
en
gracia.
Y p o r
razones parecidas,
en
sentido contrario, los dest i tuía. A fines de
1943, un ingeniero norteamericano q u e diri-
gía las
obras
del
tramo nicaragüense
de la
carretera Panamericana, aconsejó a Antonio
Flores Vega, ministro d e Fomento, la necesi-
d a d d e elevar en 20 centavos d e córdoba e l
salario de los obreros. Flores Vega pidió a So-
moza
q u e
autorizara
u n
aumento
d e
diez
cen -
tavos
y e l
dictador
lo
dest i tuyó fulminante-
mente, acusándole d e sabotear u n a obra de
defensa continenta l.
E n otra ocasión, cuando presenciaba u n a
fiesta charra, se dirigió a u n joven q u e tenía a
s u
lado
y del
c ual sólo sab ía
q u e
tenía aficiones
literarias y q u e e r a miembro de una de las
familias
m á s
impor tantes
d e
Managua: «Si
montas ese torete te hago subsecretario de Edu-
cación». E l joven, Mariano Fiallos, montó e l
animal
y a l d ía
siguiente recibió
e l
nombra-
miento.
A Somoza le encantaba la populacher ía y se
hacía ver en las reuniones públicas luciendo
vistosos uniformes, generalmente blancos, y
brillantes zapatos
de
tafil ete rojo.
Le
gusta ban
lo s encierros de toros y las peleas de gallos. Al
Anastasio Somoza Tebaina, c o n un i fo rme d e Jefe de la Guardia
Nacional creada po r io s EE.UU.).
comienzo de su administración hacía largas
giras por e l país, aprovechando hasta el úl-
timo kilómetro de los 923 con que cuentan los
ferrocarriles nacionales. Hacía lo s viajes en
tren especial, en e l que no faltaba detalle de
lujo y comodidad, llevando siempre a la cola
u n furgón con la banda d e música. S u s u n i -
formes, siempre recargados de condecoracio-
n e s , hizo q u e Moneada le dijera en cierta o c a -
sión: «Tacho, pareces un árbol de Navidad».
m
E l d í a m á s feliz de la vida d e Somoza fu e e l 1 °
de
febrero
de 1943. No
porque aquel
d í a c u m -
pliera 4 7 años d e edad, sino porque su hija
Lil l ian contrajo matrimonio
con
Guillermo
Sevilla Sacasa, sobrino del presidente q u e
Somoza dest i tuyó en 1936, pariente de su p ro -
p i a esposa e hijo d e l ministro d e Hacienda en
el
gabinete
de
aquella época.
L os
nicaragüenses recordaron
el
espectáculo
durante muchos años, d e l mismo modo que
recordaban, porque
se lo
oyeron contar
a sus
abuelos, la muer te q u e llevó Bernabé Somoza
hacía 9 8 años. Ya en la época e n q u e Lillian
es tudiaba en e l Gunston Hall, d e Washington,
la hija d e l presidente f u e festejada como t r i -
buto
a s u
singular belleza.
L os
miembros
de la
Guardia Nacional la nombraron Reina del
Ejército y le regalaron u n a corona y cetro d e
oro y piedras preciosas, valorados en 100.000
córdobas. E l arzobispo d e Managua colocó so -
b re la s sienes d e Lillian e l regio tributo. El d ía
de la
coronación
se
declaró fiesta nacional
y
Lillian recorrió la s calles d e Managua a bordo
d e u n a carroza, a la que hacían guardia d e
honor lo s oficiales de las fuerzas armadas, ves-
tidos a la usanza romana. L os gastos de la
fiesta ascendieron
a
200.000 córdobas, dedu-
cidos centavo a centavo de los sueldos de los
componentes de la G uard ia Nacional, desde e l
soldado raso hasta el general de brigada.
Meses antes
del 1.° de
febrero
s e
hicieron
ya los
preparativos matrimoniales.
E l
Banco
de la
Nación lanzó u n a emisión de billetes de un
córdoba, q u e llevaban estampada laefigie de
Lillian Somoza Debayle, q u e inmediatamente
sirvieron d e chufla contra e l régimen. E r a f r e -
cuente
oír en el
mer cad o preg unt as como ésta:
«¿Cuántos lillian vale este cerdo?»
Quince personas se t ras ladaron a México con
el
objeto
de
comprar regalos para
la
novia.
Veintiséis juegos de plata competían entre sí,
provenientes d e distintos lugares de l conti-
nente. E l presidente d e Costa Rica, Rafael
Calderón Guardia, apadrinó a los novios y les
hizo regalos p o r valor de 6.000 dólares. Los
directores
de las
compañías mineras
La Bo-
39
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 40/132
E l d í a m á s feliz d e l a vida d e S o m o z a f u e e l 1 .° de febrero d e 1 9 4 3 , porque s u hija Lillian contrajo matrimonio c o n Guil lermo Sevi l la Sacasa,
sobrino d e l Presidente q u e S om oza d es t i tu yó e n 1 9 3 6 , pariente d e s u propia esposa e hijo d e l ministro d e Hacienda e n e l gab in e te d e aquel la
é p o c a .
( En l a
foto, Sevi l la Sacasa, abrazado
p o r
Somoza Debayle, hijo
d e l
viejo Tacho Somoza;
l o s
a c o m p a ñ a
e l
entonces Presidente Lorenzo
Guerrero).
c o n disfrute d e sueldo. Para hacer efectivo e l
nombramiento Somoza dispuso u n a recep-
ción en Palacio, en la que e l n iño recibió otro s
honores, como
el de
«Mascota de las reservas
del Ejército Nacional», a l mismo tiempo que se
le
impuso
la
Medalla
d e Or o y se le
hizo
e n -
trega — e n manos d e mamá— de las alas d e
aviación, c o n despacho y diploma.
nanza y E l Jabalí enviaron presentes p o r valor
d e
4.600
y
3.000 dólare s.
E l
anil lo matri moni al
se valuó e n 10.000 dólares. E l valor total de los
regalos dicen q u e ascendió a medio millón d e
córdobas.
El d ía de la ceremonia llegaron aviones d e
México y Guatemala cargados de flores, con
las que se confeccionó u n a al fombra que se
extendía desde e l Palacio Presidencial hast a la
Catedral , donde e l arzobispo habrí a de casar a
lo s novios; medio kilómetro cubierto de gar -
denias, rosas
y
claveles, sobre
u n
fondo
de
seda. L a s bandas d e música recorrieron las
calles
y e l
presidente inauguró seis manzanas
pavimentadas d e l Bulevar Somoza y de l Ja r -
d ín
Lillian.
Ter mi nada
la
ceremonia,
el
novio recibió
d e
manos de su suegro e l nombramiento de mi-
nistro en Washington, sust i tuyendo a l doctor
León Debayle,
uno de los
muchos cuñados
del
pres idente q u e pcupaban puestos clave en el
Gobierno.
U n a ñ o después (1944), Tacho Somoza García
recibió c o n alborozo la noticia de que e r a
abuelo. En e l mes de junio, cuando e l niño
Guillermito Sevilla Somoza cumplió tres m e -
ses de
edad,
e l
presidente extendió
u n
decreto
nombr ándol o capi tán
de la
Guardia Nacional,
40
IV
Cuando
s e
anunciaron
la s
elecciones
de fe-
brero de 1947 , par a elegir presidente, Cha mo-
r r o y Díaz se t ras ladaron a Washington para
entrevistarse c o n Spruille Braden, en el De-
par tamento
d e
Es tado.
Los dos
ancianos
re -
cordaron lo s t iempos d e William Howard Taft
y pidieron q u e Washington prestara a las elec-
ciones nicaragüenses «una vigilancia pater-
nal».
Si se hablaba e n Nicaragua d e l posible ret orn o
de los conservadores a l poder —Chamorro o
Díaz—, los nicaragüenses se revolvían airad os
para exclamar: «¡Que siga Somoza »,
a
pesar
d e q u e e r a notorio q u e detestaban a l nieto d e
Siete Pañuelos. E l
abuelo Bernabé incendiaba
la s
fincas
d e
café
y
saqueaba
las
haciendas.
E l
nieto, Anastasio, preferí a apro piars e d e ellas y
hacer q u e rindieran pingües beneficios. En la
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 41/132
época de la intervención, la aviación norte-
americana destruía
l a s
pacíficas aldeas
que no
se sometían a los gobiernos de Chamorro o
Díaz. E l pueblo no lo olvidaba, pero tampoco
olvidaba q u e f u e Somoza quien ordenó y diri-
gió e l asesinato d e Augusto César Sandino, e l
legendario héroe
de la
independencia, siem-
p r e
frustrada,
de
Nicaragua.
Desaparecido Sandino de la escena política
(1934), e l resto f u e sencillo para Somoza. E n
1936 depuso a su t ío , Juan Bautista Sacasa, y
a l a ñ o siguiente u n presidente provisional le
traspasó los poderes. En 1940 Somoza p r o -
mulgó u n a nueva constitución con l a s refor-
m a s adecuadas que l e permitieran continuar
en el poder.
Somoza tenía gran simpatía
por los
Estados
Unidos. E l dictador había nacido e n S a n M a r -
cos ,
depar tamento
de
Carazo,
el 1.° de
febrero
de 1896. Su familia poseía u n a modesta finca
cafetalera, y haciendo grandes sacrificios e n -
vió a Anastasio a estudiar a l Comercial College
de Filadelfia, donde se hizo perito mercantil.
Cuando regresó a Nicaragua ocupó varios c a r -
gos políticos y adminis tra t ivos d e escasa im -
portancia.
E l
cargo
qu e l e
puso
en el
camino
de
la influencia fu e el de intérprete de las autori-
dades norteamericanas
d e
ocup ación. Conocía
a los alto s jefes y no le fu e difícil convertirse e n
jefe auxiliar de la Guardia Nacional (1932) y
jefe supremo u n a ñ o m á s tarde.
L a oposición conservadora y la dictadura de
Somoza padecía e l ma l de su propio origen:
Díaz y Chamorro. Entre lo s años de 1909 y
1912, los
Esta dos Unidos hab ían tomado parte
activa en la deposición o nombramiento d e
varios presidentes.
E r a l a
época
d e l
B ig
Stick.
L o s manda ta r ios se sucedieron hasta que los
norteamericanos encontraron
uno a su
gusto.
Este presidente f u e Adolfo Díaz, elegido en
1912 .
Había nacido
el 15 de
julio
de 1875,
hijo
d e padre nicaragüense y ma dre costarricense.
Díaz
e r a u n
modesto empleado
d e La L uz y Los
Angeles Mini ng Company , e n Bluefields, conce-
sión minera dedicada
a la
obtención
de o ro .
Santos Zelaya había cometido
la
indiscreción
d e intentar cancelar la concesión de La Luz y
L os
Angeles,
de l a que e ra uno de los
principa-
les
accionistas Philander Knox,
ex
secretario
de Estado estadounidense. Un o de los sobrin os
d e
Knox
e ra
jefe
d e
Díaz
en
Bluefields.
En 1909 estalló la revolución q u e acabó con
Anas tas io Somoza Debayle , h i jo y s u c e s o r d e l d ic tador Tacho Somoza , cuando e r a J e f e de l a Guard ia Nac iona l d e Nic a r a g u a , e n c o m p a ñ í a de l
e m b a j a d o r n i c a r a g ü e n s e en El Sa lvador , Ernes to Mata moro s .
41
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 42/132
Zelaya.
E l
general Estrada encabezó
e l
movi-
miento, secundado p o r Chamorro. Díaz, cuyo
sueldo semanal
era de 25
dólares, entregó
u n
cheque, según decían lo s liberales, d e 200.000
dólares,
a l q u e
siguió otro
d e
400.000.
E l p r e -
sidente Jua n J . Estrada, q u e di mitió poco d e s -
pués
d e
t r iunfar
la
revolución,
a l
negarse
a
admitir ciertas exigencias
d e l
embajador
norteamericano, aseguró
e n
Nueva York,
sin
q u e
nadie
lo
desmintiera,
que lo s
intereses
mineros de la costa oriental d e Nicaragua h a -
bían contribuido a la revuelta con un millón
d e
dólares.
E l
prime r paso
que d io
Adolfo Díaz,
un a vez en
la poltrona presidencial, fu e acordar la cesión
d e u n a zona a los Estados Unidos para cons-
t ruir
e l
Canal
d e
Nicaragua,
p o r l a
cantidad
d e
tres millones d e dólares. E l pacto llevaba el
nombre
de
Bryand-Chamorro, correspon-
diendo e l segundo de estos nombres a E m i -
liano Chamorro, a l que Díaz había hecho m i -
nistro
e n
Washington.
E l
pacto tenía
que l le-
var l a aprobación de los Congresos de ambos
países. La agitación popular en Managua e r a
t a n grande que e l d ía que se reunieron los
representantes,
lo s
fusileros
de la
marina
norteamericana tuvieron q u e rodear e l edifi-
c io de l
Congreso, para evitar
que lo
as altaran.
[
ILOS OflA SOCIAl
D FI
GOB I E R NO
C f L
CENEKA1, ANASTASIO SOMOZA •
P RE S I DE NT E
D E U
REPUBLICA
D E
NICARAGUA
En e i inter ior d e es te bole t ín propagandís t ico d e l dic tador «Tachi -
to » S o m o z a , s u c e s o r d e l «Viejo» Somoza, s e puede l ee r : « N o o s -
t en t o
m i
dinero como s ímbolo
d e
poder , s ino como s ímbolo
d e
f uen t e
d e
t rabajo para
l o s
n i c a r a g ü e n s e s » .
4 2
E l documento f u e leído en su original inglés y
ninguno
de los
representantes conocía este
idioma, lo que no fue obstáculo para s u apro-
bación. Curiosamente, algún tiempo después,
el
pacto
fu e
rechazado
po r e l
Congreso
de los
Estados Unidos, p o r considerarlo lesivo a los
intereses
de l
país centroamericano.
Emiliano Chamorro,
la
figura
d e
mayor
p e r -
sonalidad en aquella época, difería de Adolfo
Díaz e n todo. Este último tenía poco ascen-
diente popular, mientras q u e Chamorro se
convirtió e n héroe nacional en la lucha contra
la dic tadura d e Zelaya. E n realidad, a Díaz,
pasados algunos años
en el
poder,
no le
agra-
daba
s e r
presidente
y
aceptaba
e l
cargo
cuando
lo s
norteamericanos
se lo
pedían,
como si se t ra tara de la administración d e u n a
de las
minas
d e
Bluefields.
En los
años
q u e
siguieron
a su
aparición
en la
política, hubiera
preferido retirarse a s u finca cafetalera y no
volver
a o ír
hablar
de
política.
Chamorro,
p o r el
contrario, tenía pasión
p o r l a
lucha, y cuando se retiraba p o r algún tiempo a
su
rancho,
lo
hacía
con el
propósito
d e
fraguar
alguna conspiración. Díaz amaba
la
t ranqui-
lidad, Chamorro la acción. Cuando se habla ba
en Nicaragua d e «E l General», todo e l mundo
sabía que se referían a Chamorro, pese a que po r
aquel entonces abundaban
lo s
generales
en el
país. Díaz, criollo, tenía como orgullo
la pu -
reza de su sangre española. Chamorro se sen-
t ía
f ieramente ufano
de su
mestizaje.
S u
padre
perteneció a una de las famil ias españolas m á s
importantes d e Nicaragua. S u madre, h u -
milde indígena, había prestado servicios d o -
mésticos
en la
casa
de los
Chamorro.
E l
gene-
r a l sentía devoción po r su madre, y cuando se
convirtió e n presidente la llevó a su lado, en el
Palacio Presidencial d e Managua. Todo esto
contribuía
a
aumenta r
su
popularidad.
Chamorro
fu e
elegido presidente
en 1916.
Cuando aban donó e l pod er (1920) hizo elegir a
su t ío , Diego Manue l Chamo rro , cuyo gabin ete
fue uno de lo s casos d e nepotismo m á s pinto-
rescos q u e puede registrar la historia d e cual-
quier país.
L os
Chamorro
se
multiplicaron
d e
ta l
modo
q u e , a u n
mismo tiempo, había
u n o
ministro d e l Interior (Rosendo), otro ministro
e n
Washington
(e l
propio Emiliano), otro
en la
presidencia
d e l
Congreso (Salvador), otro
en el
Consejo
d e l
Depar tamento
d e l
Tesoro (Agus-
t ín ) . E l jefe de la policía de Managua e r a Fila-
delfo Cham orro y el de la fortaleza militar d e
la
misma plaza Bolaños Chamorro. También
eran Chamorro el director d e Rentas Públicas
(Dionisio), e l jefe d e l Ejército de la Zona Norte
(Carlos),
e l
cónsul
en San
Francisco (Fernan-
do) , e l cónsul e n Nueva Orleáns (otro Agustín)
y el
cónsul
e n
Londres (Pedro). Doce persona-
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 43/132
j e s q u e
llevaban
e l
mismo apellido,
s in
con tar
l a s docenas de parientes qu e no lo tenían y que
ocupaban puestos importantes en la adminis-
tración.
V
Somoza,
q u e
siempre quiso
da r a su
dictadura
u n tinte constitucional, plan teó a s u s amigos y
enemigos
de l
Partido Liberal (1944)
la
posibi-
lidad
de
reelegirse
en 1947.
Logró nuevas
r e -
for mas constitucionales
q u e
abrían
la
puerta
a
estos deseos. Un d ía dijo a los líderes que se le
oponían que no pensaba aban dona r el poder y
q u e
para ello contaba
con el
apoyo
de las
«ca-
ñas
huecas», como é l gustaba l lamar a los fusi-
les . Cuando explicó la s razones para la reelec-
ción les hacía ver la dificultad d e encontrar u n
sucesor digno
de él, y les
preguntaba :
«¿A
quién van a elegir ustedes?». Mencio naba algu-
n o s nombres que lo s reunidos rechazaban
como inaceptables, y entonces Somoza, con
sorna, los ojillos brillante s po r e l triunfo de su
dialéctica, les preguntaba d e nuevo:
«¿Acaso
piensan elegir a don Leonardo?».
L o s
reunidos
estallaron e n u n a sonora carcajada al oír el
nombre d e Leonardo Argüello, q u e e r a minis-
t ro del Interior d e l mismo Somoza, un in s -
trumento dócil
en sus
manos, huérfano
de ca -
rácter
y s in
ningún prestigio político
en e l pa r -
tido d e l presidente.
Durante todo
e l año de 1944
Somoza jugó
la
papeleta
de la
reelección, siempre
c o n
poco
éxito, pues
la
oposición
en el
seno
d e l
Partido
Liberal
e r a m u y
fuerte.
A
veces toma ba
muy a
pecho la s cosas. Un d ía se enfrentó a Carlos
Pasos,
su
enemigo
y
correligionario
m á s
desta-
cado, para decirle en son de desafío y con la
sonrisa en los labios: «T e apuesto tres millones
de
córdobas
a que me
sucederé
a mí
mismo
en la
presidencia».
Otro enemigo de Somoza en su propio partido
era Manuel Cordero Reyes, pariente suyo que
había sido ministro de Relaciones Exteriores y
que le
arregló
la
entrevista
co n
Roosevelt
en
1939.
(Cuando
le
dijeron
a
Roosevelt
su s
amigos
que Somoza era un hijo de puta, Roosevelt con-
testó cínicamente:
«Sí, ya lo sé;
pero
es
nuestro
hijo de puta»). Somoz a envió
a
Cordero Reyes
u n emisario para advertirle que su act i tud era
peligrosa
y que en
Nicaragua «eran frecuentes
lo s
accidentes
en que
cualquier ciudadano
per-
día la vida en forma inesperada».
Cordero R e-
yes
replicó: «Dígale a Tacho que eso no vale
nada, que el hombre tiene la vida en la pata de
una mosca». Esto ocurrió después
d e u n a r e u -
nión entre
los
líderes oposicionistas
y
Somoza ,
en la que se destacó Cordero Reyes con sus
acusaciones. Ante
los
argumentos, Somoza
acabó gri tando: «¡Ustedes quieren que me co-
man los perros ¡Necesito mantenerme en el po-
der
¡Tengo muchos enemigos ¡Debo defender
a
mi
familia,
mi
vida
y mis
intereses »
Somoza tenía espías entre s u s enemigos polí-
ticos y en cierta ocasión envió a Carlos Pasos
este reca do verbal: «Dile a Carlos que si insiste
en
leer
en la
convención
el
discurso
que ya co-
nozco,
y que fue
leído anoche
dos
veces
en
casa
de Castro Wassamer (otro líder de la oposición
interna), no se olvide de ir armado, porque nos
vamos a matar, a pesar del aprecio que le tengo.
Yo no me
dejo
botar co n
discursos». Somoza
pensó mejor
s u
amenaza,
y e n
lugar
d e m a -
tarse
con
Carlos Pasos decidió meterlo
en la
cárcel, impidiendo
d e
este modo
q u e
asistiera
a la convención. Po r su parte, Cordero Reyes
no se
arredró
y
acudió
a la
reunión liberal.
Algunas semanas después apareció muerto,
repent inamente,
en su
casa.
E n
torno
a
este
hecho circularon p o r Managua historias en la
q u e
Somoza jugaba importante papel .
En 1945, po r f in , la oposición liberal logro
arrancarle
la
promesa
de no
reelección, pero
todavía volvió
a
hacer declaraciones
en el
mismo sentido. «Si me eligen presidente
— c o -
mentó— abandonaré
el
poder después
de
termi-
nar las
obras
de la
carretera
del
litoral atlánti-
co».
En 1946,
cuand o estuvo
en
Nueva Orleán s
para curarse
de
unas fiebres palúdicas,' insis-
t ió :
«N o puedo evitar la política. Después de
todo, soy el jefe del Partido Liberal y tendré que
aconsejar
a mi
sucesor».
razo
osav
Ni ca r agua n o e s t a r l a r e p r e s e n t a d a en la C onf e r enc i a d e Cancil le-
r e s d e R i o d e
J ane i r o ,
y l o q u e m á s l e
dolía
a
Somoza
e r a l a
reacci ón
adversa de Washington. Mapa de Nicaragua).
a c E j m
mmcQ.
4 3
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 44/132
Cuando por f in s e reunió la convención de l
partido (1946) —controlada totalmente
p o r
Somoza— para elegir e l candidato oficial, el
presidente puso todo e l peso de su influencia
en e l nombre d e Leo nardo Argüello, el pacífic o
minist ro d e l Interior, a l que se había referido
c o n
sorna
y
desprecio tres años antes. Delante
de los reunidos, Somoza quiso hacerle sentir
a l
candidato,
u n a v e z m á s , l a
razón
p o r l a q u e
había sido elegido, y dijo: «Los 10 2 delegados
que asisten a esta convención me habían desig-
nado a mí candidato po r unanimidad, pero una
vez más he rechazado ta l nombramiento».
Desde el primer momento se consider ó asegu-
rado
e l
t r iunfo
de
Argüello.
El 1.° de
mayo
se
celebró
la
toma
d e
posesión
y
sucedió algo
extraordinario
q u e
hizo tambalearse
a l
dicta-
d o r
bajo
e l
pesádo fardo
de sus
condecoracio-
n e s .
Argüello,
el
colaborador inefable
d e t a n -
to s años, q u e le había servido fielmente e n tres
ministerios, declaró enérgicamente
en su d i s -
curso inaugural , subrayando cada palabra
c o n s u
aguda barbita
d e
chivo: «Pueden estar
seguros de que no seré un a simple figura decora-
tiva».
N o
obstante, Argüello comenzó
a
cumplir algu-
nos de los comprom isos personales adquiridos
c o n Somoza. Puso al éx dictador a l frente de la
Guardia Nacional ,
a
cuyo mando estuvo
S o-
moza desde 1 9 3 3 . Pero a l mismo tiempo trató
d e
disminuir
s u
dominio
c o n
medidas
q u e f o r -
talecían
la
función presidencial. Destituyó
a l
jefe
de la
policía
d e
Managua
y
revocó
n o m -
bramientos hechos
p o r s u
antecesor antes
de l
t raspaso de poderes.
Aquel cambio t a n radical en el carácter de l
antiguo ministro
d e
Somoza acrecentó
su po-
pularidad en los 26 días q u e duró su estancia
en e l
Palacio Presidencial.
S e
presentaba
en
los
lugares públicos
s in
escolta alguna
y el
pueblo lo rodeaba aplaudiendo. Estas mues-
t ras
de
simpatía dieron
t a l
fuerza
a don Leo-
nardo
q u e
éste
d i o u n
nuevo
y
peligroso paso:
ordenó e l traslado d e Luis Somoza Debaylle,
uno de los
comandantes
de la
Guardia Nacio-
na l e
hijo
d e l
dictador,
a u n
puesto
de
infe rior
categoría,
en el
depar t amento
d e
León.
(El
padre estaba orgulloso
d e
Luis
y
años antes
le
dijo
q u e
tenía
q u e
aprender
a
ganarse
la
vida
«con sus propias manos», para paga r lo s estu-
dios.
Y lo
nombró inspector general
d e
consu-
lados. Posteriormente lo hizo agregado mili-
t a r e n
Washington,
y , p o r
úl t imo,
le
ordenó
regresar a Managua, para ascenderlo a co-
mandan t e y colocarlo, a los 26 años de edad,
en l a s
filas
de la
Guardia Nacional).
El 26 de marzo Somoza sacó l a s fuerzas a la
calle
y e n
unas horas,
s in
disparar
u n
tiro,
se
hizo dueñ o
de la
situación. Argüello
s e
refugió
en la
Emba j ada
d e
México,
y e l
Congreso,
r e u -
nido
p o r
orden
d e
Anastasio Somoza, declaró
a Argüello «incapacitado para ejercer el cargo»,
nombrando para sust i tuirlo a Benjamín L a -
cayo Sacasa, rico gana der o
de 60
años
d e
eda d
y pariente d e doña Salvadorita Debayle, e s -
posa
d e l
hombre fuerte. Este entró
a
formar
parte
d e l
gabinete como ministro
d e l a G u e -
r r a . Marina y Aviación.
L a s
repúblicas americanas
n o
reconocieron
a
aquel Gobierno. Nicaragua
n o
estaría repre-
sentada en la Conferencia d e Cancilleres d e
Río de Janeiro, y lo qu e m á s l e dolía a Somoza
era la
reacción adversa
d e
Washington.
C o n -
fiaba
en su
habil idad para manejar si tuacio-
n e s
difíciles, aunque había perdido
a
algunos
d e s u s m á s
eficaces colaboradores
en
aquel
levantamiento incruento
que lo
colocaba
u n a
v e z m á s e n e l poder. L a act i tud en e l exterior
hizo nacer
la s
esperanzas
de los
nicaragüen-
se s ,
cansados
de
liberales
y de los
conservado-
re s , que s e habían al ternado en el poder en lo
q u e i b a d e
siglo.
E r a
frecuente escuchar
l a s
mismas palabras
en los
labios
de l
pueblo: «Dennos unas pistolas
y un líder, y la próxima madrugada haremos la
revolución». Pero
l a s
únicas armas estaban
e n
manos
de la
Guardia Nacional
y n o
había
otros líderes
que los que
ut i l izaban Somoza
y
Chamorro,
d o s
cosas consideradas malas,
pero q u e a veces n i siquiera tenían la al terna-
tiva de poder escoger.
En e l año de 1944,
época
e n q u e
Somoza
m a n -
tenía c o n m á s firmeza l a s riendas d e l poder,
tenía en la administración gran cantidad de
parientes, entre los que destacaban los s i-
guientes:
Julio Somoza, hermano, jefe militar del depar-
tamento
de
Carazo; José Dolores García, primo,
Anast as io Som oza Debayk e, «Tachlto
II».
Actual dic tador
d e
Ni ca r agua .
4 4
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 45/132
director general de Comunicaciones; José S o-
moza, hiio natural, teniente de l Ejército, donde
tenía, además, cuatro sobrinos; Luis Somoza
Debayle, hijo attaché, militar en la misma Em-
bajada; J. Ramón Sevilla, consuegro, ministro
de Hacienda; Guillermo Sevi lla Sacasa , yerno,
embajador
en
Washington;
Alberto Sevill a
S a -
casa, hermano de l anterior, secretario de la Em-
bajada
en
Washington; Lidia Sevil la Sacasa,
hermana de los dos últimos y empleada en la
Embajada; Oscar Sevil la Sacasa, hermano de
los
anteriores, jefe
de
protocolo; Luis Rivas
Oftalmí, esposo de Lidia, en la Comisión del
Centro de Precios;
J .
Somoza, sobrino, director
de la
Compañía
de
Aguas
de
León; Arturo
S o -
moza Medina, primo, alto funcionario de los
Ferrocarriles Nacionales; Luis Manuel Debay-
le ,
cuñado, ministro
de
Higiene, director gene-
ral de
Sanidad
y
coronel
de l
Ejército;
Luis M a-
nuel Debayle, hijo de l anterior, capitán de l Ejér-
cito; León Debayle, miembro
de la
directiva
del
Banco Nacional y consejero de la Presidencia;
Roberto Debayle, cuñado, jefe político del de-
partamento
de
León; Henry Debayle, cuñado,
médico de la Presidencia; Noel Ernesto Pallais,
esposo
de
Margarita Debayle, cuñada, abogado
de los Ferrocarriles Nacionales; Narciso Lacayo
Pallais,
casado
co n
María Debayle,
cuñada,
abogado general
de l
Banco Nacional; Edmón
Pallais, sobrino, jefe de zona militar; Armando
Pallais, ministro
en
Panamá; Francisco Agui-
rre, sobrino, teniente de l Ejército y jefe de De-
fensa Nacional; Emi liano Tercero Debayle.
contratista de obras de l Gobierno: Rafael Sa-
casa, tío, gerente de l Banco Hipotecario; Anto-
n io
Sacasa, de la directiva de l Banco Nacional;
Crisanto Sacasa,
tío,
senador
de la
República;
Amalia Somoza, hermana, agente de compras
de l
Gobierno;
Francisco Rodríguez Somoza,
sobrino, alto funcionario de la Compañía de
Aguas, y Rodríguez Somoza, hermano de l ante-
rior, teniente de l Ejército. • O. G.
E r a f r e c u e n t e e s c u c h a r l a s
m i s m a s p a l a b r a s
en l o s
l ab i osde l pueb l o : «Denn os
unas p i s t o l a s y u n Ifder y la
pr óx i ma madr ugada
h a r e m o s la revolución»,
(guer r i l l eros Sandlnis tas
d e Estel l , haci endo f rente
a
la
Guardia Nacional
somozis ta) .
45
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 46/132
mm.
fundamentales:
una que
acusa
de
colaboracionismo
abierto
al
cristianismo
alemán y otra que
subraya
la
oposición
activa
y
pasiva
de
Una de las cuestiones
históricas
más
debatidas
en los
últimos decenios
ha sido la actitud
adoptada
por la
Iglesia
—tanto
la
católica como
la protestante— durante
el Tercer Reich. Existen dos
tendencias interpretativas
La
Iglesia
y
Heleno Saña
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 47/132
El
Nuncio Eugenio Pacell l
en 1 9 2 8 ,
^ e n Ber l ín , antes d e h a c e r u n a visita al
Pres idente Hlndenburg.
la s fuerzas religiosas
contra el régimen
nazi.
Con
respecto
al
Vaticano, existe
la
misma división
de
opiniones.
La
polémica
suscitada hace algunos
años
por el
dramaturgt
Rolf Hochhuth
con
su obra «Der
Stellvertreter»
El
Vicario prosigue
silenciosamente
en el
seno
de
la
historiografía
seria.
el III
Reich
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 48/132
E L
ANTICLERICALISMO
NAZI
L a ideología nazi n o formuló
nunca
d e u n a
manera clara
y
ro tunda s u posición exacta
frente
a l
cristianismo. Aunque
la
mayor parte
d e
mili tantes
y
simpatizantes nacionalsocia-
listas estaban adscritos fo r -
malmente
a una de las dos
I g l e s i a s m a y o r i t a r i a s , e l
NSDAP
n o f u e
nunca
u n m o -
vimiento especialmente reli-
gioso.
L o
predominante
era la
i n d i f e r e n c i a , la a r re l ig io -
sidad,
e l
anticlericalismo,
e l
agnost ic ismo
e
incluso
el
ateísmo. Entre
lo s
enemigos
de l
crist ianismo
s e
hallaban
sobre todo Himmler, Martin
Borinann, Alfred Rosenberg
y
el propio Hitler. En una de sus
conversaciones
d e
sobr emesa,
Hitler dijo,
e n
cierta ocasión:
«Yo no voy a la
iglesia
a o ír
misa. Cuando
sea
enterrado
tampoco quiero ver en un ra-
d io de
diez kilómetros
a n i n -
g ú n
clérigo»
(1). .El
anticleri-
calismo d e Hitler no se dife-
renciaba
de l que
había
p r e -
dominado
en los
escritos
de
Voltaire y otros ilustrados
franceses. Ha bí a ot ros líderes
nazis
q u e s i n s e r
beat os postu-
laban
u n a
política religiosa
cauta y equilibrada, como
Rudolf Hess y Goebbels. L a
hostilidad abierta contra
la
Iglesia estaba representada
especialmente
p o r
Bormann.
E n u n a orden secreta de 9 de
junio
de 1941,
dirigida
a los
Gauleiter de l NSDAP (pero re -
tirada luego), e l jefe de la Can-
cillería y secretario de l Führer
d e c í a :
« L a
c o n c e p c i ó n
nacionalsocialista y la cris-
tiana so n incompatibles. Las
Iglesias cristianas
se
apoyan
en la
ignorancia
de la
gente
y
procuran mantener la igno-
rancia de la mayor parte de la
población, pues sólo
a s í p u e -
d e n conservar su poder. Por el
contrario, e l nacionalsocia-
(1)
«Hitlers Tischgespráche»,
p. 352-
353, Bonn 1951.
lismo
se
apoya
en
fundamen-
to s científicos... Pero la s Igle-
sias n o deben poseer en el fu-
turo ninguna influencia sobre
la
dirección
del
pueblo. Esta
influencia tiene q u e s e r elimi-
nada total
y
definit ivamen-
te» (2).
E n
conjunto puede decirse
que lo s nazis n o creyentes a s -
piraban
a la
instauración
d e
u n paganismo germánico b a -
sado
en el
culto
a la
raza aria
y
a u n a
serie
de
valores nacio-
nalsocialistas. Estas ideas
e n -
contraron su expresión m á s
sistemática
en el
libro
de Al-
fred Rosenberg
«E l
mito
del
siglo
X X » ,
publicado
en 1930.
Hitler se distanció e n privado
d e l
libro
y lo
tachó
d e
«inopor-
tuno», pero ello n o impidió
q u e s u s
tesis —sin llegar
a ser
nunca oficiales— ejercieran
u n a
gran influencia sobre
la
casta dirigente nazi e, indirec-
tamente, sobre
lo s
escolares
y
estudiantes, sobre todo en
Prusia.
El 20 de
febrero
de
1934, la Curia puso la obra e n
el
Indice
d e
libros prohibidos.
L A A C T I T U D D E L A
IGLESIA
En su inmensa mayoría, los
creyentes alemanes
n o
eran
(2)
Este documento, capturado
por los
aliados, es citado a menudo en la histo-
riografía sobre
el
Tercer Reich.
El
texto
completo
es
reproducido
po r
Friedrich
Zipfel en su magnífica obra «Kirchen-
kampf in Deutschland 1933-1945»,
p. 5/2-516, Berlín 1965.
nazis, aunque hubo incluso
sacerdotes
y
pastores
q u e c o -
laboraron m u y pronto con el
NSDAP. Hasta la s postrime-
rías
de la
República
de Wei -
mar , lo s
católicos
y
protestan-
te s
alemanes
m a s
conscientes
votaron generalmente a los
partidos políticos confesiona-
les
como
e l «
Zentrum
» , e l Pa r -
tido Popular d e Baviera o los
n a c io n a l - a l e m a n e s . A h o r a
bien, e l primer gran éxito elec-
toral
del
NSDAP,
en 1930,
demostró que e l nazismo e r a
capaz
d e
a t raer
a
grandes
m a -
sas de electores religiosos.
Es un
hecho evidente
que e l
ascenso
d e
Hitler
a l
poder,
e n -
tre 1930 y 1933, se efectuó con
el
apoyo
d e u n a
parte conside-
rable
de l
electorado confesio-
na l . En e l
contexto
de la
época ,
esta aproximación entre cris-
t i an i smo y nac iona lsoc ia -
lismo
n o
puede sorprender.
L a
ideología nazi significaba, e n
aspectos esenciales,
el
antí-
poda
del
cristianismo, pero
entre ambas concepciones
existían puntos d e confluenc ia
importantes, como e l odio
común contra
e l
comunismo
y
la hostilidad hacia e l socia-
lismo, e l liberalismo, la de-
mocracia
y la
masonería.
El
antisemitismo
y e l
patrio-
tismo exacerbado eran
t a m -
bién d o s factores q u e a m e -
nudo unían
a
ambos movi-
mientos.
E l Episcopado católico y las
E n Berlín, e l Nuncio Pacell l , a l fondo a la de r echa , a s i s t i ó a u n b a n q u e t e d e l ministro
d e
Asun t os E x t e r i o r e s
d e l
Reich,
D r.
S t r e s s m a n n ,
a l
f ondo
a la
Izquiérda.
4 8
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 49/132
La pr imera reunión d e l g a b i n e t e d e l nuevo Cancil ler d e l Reich, Adolfo Hltler (1933): sentados, d e izquierda a derecha, Goehring, Hlt ler y
v o n
P a p e n ;
d e p i e .
Se l d t e , Ge r ecke ,
v o n
Krosigk, Frlck,
v o n
Blomberg
y
Hugen be r g .
jerarquías protestantes esta-
b a n
divididos. Algunos obis-
p o s llegaron a recomendar el
n o
ingreso
en el
NSDAP, pero
otros se limitaron a expresar
ciertas reservas religiosas, d e -
jando mano libre a los creyen-
t e s en
materia política.
E n
todo caso, antes de 1933, n in-
guna
de las dos
Iglesias
se dis-
tanció colectiva y rotunda-
mente del nacionalsocialis-
m o .
Existía
sin
duda
u n
núcleo
se -
lecto de católicos y protestan-
t e s qu e rechazaban de plano el
nacionalsocialismo como
u n a
ideología anticristiana y satá-
nica, pero esta minoría, a u n -
que de gran significado cuali-
tativo, quedaba anegada
en
medio de la gran masa de ca -
tólicos
y
protestantes
q u e
veían en Hitler el nuevo M e-
sías d e l país.
Al subir a la Cancillería, H i-
tler, consciente de l peso espe-
cífico
de l
cristianismo como
fuerza moral
y
política,
p r o -
curó d e momento adoptar u n a
línea
q u e
tranquilizara
a la
Iglesia. E n s u s discursos de 1
d e
febrero
y 23 de
marzo
de
1933
anunció
su
propósito
d e
vivir en paz con la Iglesia y de
atenerse
a l
«cristianismo
p o -
sitivo» proclamado por e l
programa de l NSDAP. El 1 de
febrero dijo:
«E l
gobierno
to -
mará bajo
su
protección
a l
cristianismo como base
de
nuestra moral»
(3). Y el 23 de
marzo: «E l gobierno nacional
ve en
ambas confesiones
im -
portantes factores para el
mantenimiento de la idiosin-
crasia
de
nuestro pueblo»
(4).
Por su
parte,
los
altos dignata-
rios
de la
Iglesia católica
a c o -
gieron
c o n
benevolencia
a l
nuevo Estado.
En la
conferen-
c ia
anual celebrada
en
Fulda
entre finales d e mayo y prin-
cipios
d e
junio
de 1933, el
Episcopado n o dejó de criticar
ciertos aspectos de la ideolo-
g ía nazi, pero la s declaracio-
nes a
favor
de l
nuevo régimen
(3) «Dokumente de r deutschen Poli-
tik», tomo 1, p. 4, Berlín 1935, editado
po r Paul Meier-Bmeckenstein.
(4 )
lbid.
m
/•. 39*
predominaban sobre los pasa-
j e s
críticos.
L os
obispos dije-
r o n ,
entre otras cosas: «Preci-
samente, en nuestra santa
Iglesia católica, el valor y el
sentido
de la
aut orid ad juegan
u n papel esencial... A noso-
tros, católicos alemanes,
no
n o s resulta en m odo alguno d i-
fícil aceptar
e l
nuevo
y
fuerte
acento
de
autoridad
en el Es-
tado alemán».
A
esta declara-
ción conjunta siguieron decla-
raciones individuales
p o r
par te de los diversos obispos,
en general de carácter apolo-
gético.
El
obispo
de
Tréveris,
Bornewasser, p o r ejemplo, d i-
jo :
«Con
la
cabeza alta
y el
paso firme hemos entrado
en
el nuevo Reich y estamos d is-
puestos
a
servirlo movili-
zando todas la s fuerzas d e
nuestro cuerpo
y
nuestra
a l -
m a» (5). El Vicario General d e
Berlín, q u e sustituía provisio-
nalmente a l obispo Schreibe r,
declaró, ante miles d e católi-
c o s :
«Tenemos
un
Reich
y un
(5 )
«Kólnische Volkszeitung
», 27
junio
1933.
49
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 50/132
L a l inea d e l NSDAP e n ma t e r i a d e p u b l i c a c i o n e s e s t a b a r e p r e s e n t a d a por l a C ámar a d e
Pr ensa d e l R e l ch , depend i en t e d e l Ministerio d e P r o p a g a n d a d e Goebbe l s . L o s per iódicos
ca t ó l i cos
q u e n o
e r an suspend i dos d i r ec t ament e , t en í an
q u e
s o m e t e r s e
a la
censura oficial
y publ icar l o s a r t í cu l os - cons i gna d e Goebbels , como ocurr ió en la España f ranquis ta .
(E n la
foto, Hit ler , Goehrlng
y
Goebbe l s ,
y e n
segundo término,
a l a
d e r e c h a
d e
Hitler, Hess).
m á n y e l clero protestante
aceptasen como legítimo
u n
sistema
q u e , e n
rigor, signifi-
caba
la
negación
m á s
rotunda
de la doctrina de Cristo y de la
civilización occidental.
Los
teólogos, profesores, inte-
lectuales
y
publicistas empe-
garon
de
pronto
a
busca rpa ra -
lelos entre do§ movimientos
q u e
hasta entonces habían
mantenido
u n a
relación
d i s -
tante. Entre ellos
hay que c i -
t a r
sobre todo
al
profesor
e
historiador de la Iglesia, Jo -
seph Lortz
(7), al
profesor
d e
d o g m á t i c a M i c h a e l S c h -
maus (8), al famoso teólogo d e
Tubinga Karl Adam
y a l teó-
logo Karl Eschweiler. Este
ú l -
timo llegó
a
aprobar
la
esteri-
lización forzosa,
po r lo qu e fu e
(7 )
Véase Joseph Lortz, «Katholischer
Zugang zu m Nationalsozialismus Kir-
chengeschichtlich gesehert», Munster
1933.
(8 ) Véase Michael Schmaus «Begeg-
rtungen zwischen Katholischen Chris-
tentum un d Nationalsozialistischer Wel-
tanschauung», Munster 1934, seg. ed.
Führer, y a este Führer lo se-
guiremos fielmente
y a con-
ciencia»
(6).
Góring nombró
a l
obispo
de
Osnabrüch,
Be r -
ning, miembro d e l Consejo d e
Estado
d e
Prusia,
y el
obispo
aceptó.
P o r estas fechas estaba ya en
marcha
la
negociación
de un
Concordato entre Berlín
y la
Santa Sede,
q u e
f i rmado
el 20
d e
julio
de 1933,
ent rar ía
en
vigor el 10 de septiembre. S i
d e u n a
parte Roma creía
con
este acuerdo salvaguarda r
los
intereses
de los
católicos
a le -
manes, d e otro lado, e l Con-
cordato significó
u n
gran
apoyo político-moral para
e l
Tercer Reich,
y
demostraba
que l a
Curia estaba
m u y
lejos
d e
adivinar
e l
contenido
d ia -
bólico
d e l
Estado hitleriano.
E l reconocimiento de l régi-
m e n p o r
parte
d e l
Vaticano
contribuyó de manera deci-
siva a que e l Episcopado a l e -
(6 ) *Germania», 21 agosto 1933.
t»
El r econoc i mi en t o d e l r ég i men p o r pa r t e d e l Vat icano cont r ibuyó d e mane r a dec i s i va a
q u e e l
E p i scopado a l emán
y el
c l e r o p r o t e s t an t e acep t a sen como l eg i t i mo
u n
s i s t ema
q u e ,
e n
rigor, significaba
la
n e g a c i ó n
m á s
r o t unda
d e l a
doct r ina
d e
Cristo
y de la
civiliza-
c ión occidenta l . (En la foto, Hit ler asiste a u n desf i le d e an t i guos comba t i en t e s , en la
Plaza Real d e Munich, e l 9 de nov i embr e d e 19 38 . A la d e r e c h a de la fotograf ía , e n primer
plano, Goer ing,
e l
Gran Almirante Réder
y
R ossenbe r g ) .
50
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 51/132
suspendido
de su
labor
do-
cente p o r Roma, hasta que se
retractó. Von Papen e r a uno
de lo s más
decididos partida-
rios d e u n a marcha en común
entre católicos y nacional-
socialismo,
y
fundó
con
este
objeto
u n a
organización
«ad
hoc».
L A OFENSIVA
ANTICATOLICA
S i
Hitler estableció
a
menudo
acuerdos
c o n s u s
rivales
y
enemigos,
f u e
siempre para
violarlos.
E l
Vaticano
no se li-
b r ó
tampoco
d e
esta praxis
h i -
tleriana.
La
entrada
en
vigor
del Concordato n o impidió
que los nazis iniciaran pronto
su ofensiva contra la Iglesia
católica y protestante. El Tr i-
bunal Militar
d e
Nurenberg
diría, a l respecto: «En su in-
tento de combatir la influen-
cia de la
Iglesia cristiana,
c u -
y a s
doctrinas estaban
en con -
tradicción fundamental
con la
filosofía
y la
praxis nacional-
socialista,
e l
régimen nazi
ac -
t u ó c o n m á s
lentitud.
Si no
tomó la decisión última d e
prohibir
e l
ejercicio
de la
reli-
gión cristiana, a ñ o tras a ñ o
fueron tomadas medidas para
limitar
la
influencia
de l
cris-
tianismo sobre el pueblo a l e -
mán»
(9).
Lo
primero
que lo s
nazis
h i-
cieron
fu e
disolver
lo s
parti-
dos y
sindicatos católicos.
A
continuación prohibieron o
limitaron las actividades de la
mayoría
de
organizaciones
culturales, recreativas
y se-
glares vinculadas a l catoli-
cismo.
Una de las
sociedades
afectadas
p o r
estas medidas
fue la
Liga
de la Paz de los
Católicos Alemanes,
q u e
tenía
40.000 miembros
y
combatía
la guerra. Prohibida el 1 de ju-
lio de 1933,
algunos
de sus lí-
deres fueron procesados
y
acusados d e tráfico d e divisas,
u n o d e l o s recursos habitual es
(9 ) «Das, Urteil vo n Nürnberg», p. 30
DT\' Dokumente, Munich 1977.
utilizados po r lo s nazis para
desprestigiar
a l
clero. Espe-
cialmente perseguidas fueron
la s órdenes religiosas, en pr i -
m e r
lugar
lo s
jesuítas. Hacia
1935, en la prensa aparecieron
noticias afirmando que e l
clero católico incurría
a m e -
nudo en delitos sexuales. E l
ministro
d e l
Interior llamó
a
lo s conventos «antros de vi-
cio».
L os
nazis intentaron
c o n
toda
clase d e presiones y manio-
bras administrativas reducir
la
enseñanza religiosa
en las
escuelas. Asimismo, empeza-
ron a
incautarse
de
bienes
eclesiásticos. Pero
su
ofensiva
principal
se
dirigió contra
los
medios d e información católi-
cos . Lo
pr imero
q u e
hicieron
en este sentido f u e obligar a la
prensa católica a prescindir
d e
todos
lo s
colaboradores
ju -
díos y marxistas. El 4 de octu-
bre de 1933 entró en vigor la
le y
sobre
los
directores
de pe-
riódico (Schrifleitergesetz),
c o n ayuda de la cual el Tercer
Reich sometió
a u n
control
to -
tal a la
prensa católica.
La lí-
n e a d e l
NSDAP
en
materia
de
publicaciones estaba repre-
sentada por la Cámara d e
Prensa de l Reich, dependiente
d e l Ministerio d e Propaganda
de Goebbels. L os periódicos
católicos q u e n o eran suspen-
didos directamente, tenían
q u e
someterse
a la
censura
o f i c i a l
y
p u b l i c a r
l o s
artículos-consigna
d e
Goeb-
bels, como ocurrió en la Es-
paña franquista.
El 24 de
abril
de 1935 se publicó u n decreto
Monseñor Kaas
(a la
d e r e c h a
de Pío XII) ,
jefe
d e l
pa r t i do a l emán
d e l
Centro (ZENTRUM),
h a s t a
1 9 3 3 ,
d e s c u b r i ó
l o s
mot ivos ocul tos
de la
conc l us i ón
d e l
C oncor da t o
c o n
Hltler.
51
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 52/132
prohibiendo a l a prensa diaria
publicar artículos
de
conte-
nido religioso. E n octubre d e
1935 se prohibió a la prensa
católica reproducir artículos
de l
«Osservatore Romano».
Durante*
u n
tiempo,
la
única
prensa católica relativamente
independiente fueron las pu-
blicaciones dominicales de los
obispados. Pero aquí también,
lo s nazis ejercieron toda clase
de presiones para asfixiar la s
noticias hostiles e incómodas
a ellos. El 1 de octubre d e
1936, el
ministro para Asuntos
Eclesiásticos prohibió la pu -
blicación
d e
pastorales
en la
prensa dominical
y
demás
publicaciones católicas. Para
salvar
su
existencia,
la
prensa
católica hacía toda clase d e
concesiones
a l
régimen.
E l
Padre jesuíta Friedrich
M u c -
kermann, q u e dirigía en Ho-
landa u n a revista católica a n -
tinazi, escribió en la prima-
vera
de 1936 que la
prensa
c a -
tólica
d e l
Tercer Reich
e r a «un
ins t rumento repugnante
a l
servicio
de la
mentira»
(10).
L o s nazis lograron eliminar la
mayor parte
de la
prensa cató-
lica. E n primer lugar cayeron
l a s
principales publicaciones
diarias, m á s tarde la s revista s.
E n
enero
de 1934
existían
e n
(10) «D'er deutsche Weg», abril 1936.
Alemania 4 3 5 revistas católi-
cas , en julio de 1941 sólo q u e -
daban 27 , y en 1943 dos .
L os nazis completaban estas
medidas opresivas deteniendo
a los
sacerdotes
y
seglares
c a -
tólicos
m á s
incómodos.
A u n -
q u e e n
general
los
detenidos
eran puestos e n libertad poco
después o condenados a penas
leves, muchos de ellos fueron
internados
en
campos
de con -
centración y eliminados (11).
N o
olvidemos
q u e
entre
las
víctimas del 30 de junio, d u -
rante la carnicería contra la
SA , fueron asesinados varios
dirigentes católicos m u y c o -
nocidos, entre ellos e l líder d e
Acción Católica, Erich Klau-
sener,
y
Adalbert Probst, jefe
de la
Energía Juvenil Alema-
na .
Ante esas y otras medidas a n -
ticatólicas,
el
Vaticano
no po -
d í a callar . E n realidad, la
Santa Sede
n o
había dejado
e n
ningún momento d e defender
por v ía
diplomática
los
intere-
ses de los
católicos alemanes.
Mientras
Pío XI era
parti dario
d e u n a línea enérgica, su se-
(11) Sobre el destino de los sacerdotes y
seglares católicos en los campos de con-
centración véase especialmente, de
Johannes Maria Lenz, «Christus in Da-
chau», Vierta 1957. Véase también, en
un plano más general, de Eugen Kogon,
«Der SSStaat. Hay varias ediciones y
trad. española.
cretario de Estado Pacellí p o s -
tulaba
u n a
acti tud
m á s d i -
plomática y realista. E n c o n -
junto,
e l
Vaticano cometió
e l
mismo error que e l Episco-
pado alemán: intentar
ga -
narse la buena voluntad de los
nazis cediendo
u n a y
otra
vez
a sus presiones y exigencias.
S u s
protestas fueron acompa-
ñadas siempre
de
manifesta-
ciones
d e
respeto
y
simpatía
por e l nuevo Estado.
El documento m á s enérgico y
claro
de l
Vaticano contra
el
Tercer Reich fue la encíclica
papal «Mit brennende Sorge»
(Con
angustiosa preocupa-
ción), publicada
el 14 de
marzo de 1937 y leída en todas
la s diócesis alemanas el 21 de
marzo siguiente. Pero dentro
de su energía, la encíclica d e
Pío XI era
también
u n
texto
ambivalente. Si condenaba
los
aspectos teóricos
y
anti-
re l ig iosos de la doc t r ina
nacionalsocialista,
n o
incluía
u n a
condena tajante
y
especí-
fica d e l Tercer Reich, n i fue
seguida
d e u n a
ruptura
de las
relaciones diplomáticas con
Berlín. M á s a ú n : e n s u r e s -
puesta
a la
nota
de
protesta
alemana,
el
cardenal Pacellí
subrayó que s i e l Tercer Reich
renunciaba
a s u
política anti-
clerical, n o había ningún m o -
tivo par a
que no
existieran
r e -
L o
pr imero
q u e l o s
nazis hicieron
f u e
di solver
l o s
pa r t i dos
y
s indicatos catól icos .
A
con t i nuac i ón p r oh i b i e r on
o
l imitaron
l a s
ac t i v i dades
d e
la mayor í a d e o r gan i za c i ones cu l t u r a l e s , r ec r ea t i v as y s eg l a r e s v i ncu l adas a l ca t o l i c i smo. (En la foto, HHIer llega a u n a d e l a s c o n c e n t r a -
c i o n e s a n u a l e s d e l régimen nazi , e n Nürenberg) .
5 2
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 53/132
El c a r d e n a l c o n d e d e Galen, ««el león d e Münster».
l ac iones amis tosas en t re
Roma
y
Berlín.
C on
ello
r e a -
firmaba
e l
carácter
no
político
de la
encíclica.
Pero
a l
actuar
as í , e l
Papa
n o
se diferenciaba de los princi-
pales estadistas europeos,
q u e
todavía p o r estas fechas,
cuando
el
régimen nazi
se ha -
b í a convertido ya en una d ic -
tadura feroz,
e r a
tratado
con
toda clase
d e
consideraciones
p o r ellos. N o olvidemos la in-
tervención nazi
en la
guerra
d e
España,
la
capitulación
moral ante Munich, e n s e p -
tiembre de 1938, y el pacto de
Amistad entre
la
Alemania
nazi
y la
Unión Soviética,
e n
agosto de 1939.
En el interior de l Reich, la en-
cíclica papal no impidió q u e
las jerarquías eclesiásticas
prodigaran elogios desmesu-
rados a Hitler, siempre en
nombre
d e l
anticomunismo,
incluso p o r parte de eminen-
cias como
e l
cardenal Faulha-
ber y e l
obispo Clemente
Au-
gusto von Galen, símbolos de
la
oposición episcopal contra
e l
Tercer Reich.
Al
terminar
la
guerra civil española,
von Ga-
len
publicó
u n a
pastoral
b e n -
diciendo la victoria d e Franco ,
y por las mismas fechas, con
motivo
d e
cumplirse
e l c u m -
pleaños d e l Führer, la prensa
de l cardenal Faulhaber p u -
blicó u n artículo ditirámbico
dando la s gracias a la Provi-
dencia
p o r
«haber confiado
e l
mando de la nación a u n h o m -
bre de Estado q u e h a sabido
unificar
en sus
manos
un po -
der sin
pre cedentes históricos,
librándonos
c o n
ello
del des-
tino terrible sufrido por e l
pueblo español durante
dos
años y medio» (12).
L A IGLESIA
PROTESTANTE
Entre los protestantes alema-
n e s — m a y o r i t a r i o s en e l
país— existía
u n
sector
m u y
(12)
«Byrische Katholische Kirchen-
zeitung ,
16
abril
1939.
importante dispuesto a acep-
t a r l a ideología de l Tercer
Reich. Esta corriente estaba
representada sobre todo p o r
lo s «Deutsche Christen», q u e
c o n ayuda de l Est ado lograron
adquirir pronto u n a clara h e -
gemonía dentro
del
aparato
institucional
y
formal
de las
28
«Landeskirche»
o
Iglesias
territoriales. E l dirigente m á -
ximo de l sector protestante
pronazi
e r a e l
obispo
del
Reich Ludwig Müller, asistido
p o r e l pas tor Joachim Hossen-
felder, miembro del NSDAP y
desde junio de 1933, Reichs-
leiter (jefe nacional)
de los
«Cristianos Alemanes ».
El intento de nazificar total-
mente a la Iglesia protestante
condujo a una o la de conflic-
to s . Un porcentaje considera-
ble de la Iglesia protestante-
luterana se opuso m á s o m e -
n o s
abiertamente
a la
mani-
pulación de los Müller y su
cohorte de pastores fascistas.
A
partir
d e l
verano
de 1933, se
formó
u n
amplio movimiento
d e oposición contra los Cris-
tianos Alemanes
q u e
preten-
dían erigir
u n
nuevo protes-
tantismo alemán basado en
la s
enseñanzas
de l
Führer.
Los
núcleos oposicionales
se
rebe-
laron sobre todo contra
e l
«párrafo ario» reivindicado
p o r
Müller.
L a Liga Nacional d e Asocia-
ciones Parroquiales Evangéli-
c a s
Alemanas,
q u e
agrupaba
a
m á s d e
16.000 pastores
p r o -
testantes, mantuvo en general
u n a actitud crítica y distan-
ciada frente
a l
nazismo.
S u
presidente Klinger protestó
u n a y
otra
vez
contra
la s
injus-
ticias
y
arbitrariedades
del
NSDAP
(13).
(13)
Véase, como testimonio
de
esta
ac -
titud, «Dokumente
zum
Abwehrkampf
de r deutschen evangelischen Pfarrers-
chaft gegen Verfolgung un d Bedrückung
1933-1945 », Nuremberg, sin fecha de ed.
5 3
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 54/132
L o s
pastores antinazis
se or-
ganizaron e n torno a un mo-
vimiento l lamado «Beken-
nende Kirche», término que
significaba
u n a
acti tud
b a -
sada en fa profesión de fe (be-
kennen)
de los
principios cris-
t ianos p o r encima de toda ex i -
gencia
d e
carácter político.
E l
padre espiri tual
d e
esta acti-
tud fue e l
teólogo Karl Barth.
Este movimiento de resisten-
c i a , visible ya en 1933, emp ezó
a
cristalizar
a
partir
de 1934,
tras la destitución de varios
pastores protestantes ingratos
a Müller. Los disidentes crea-
r o n u n a
Federación
de
Emer-
gencia (Notbund) dirigida
p o r
u n
Reichsbruderrat (Consejo
Nacional d e Hermanos), q u e
empezó
a
funcionar desde
marzo de 1934.
L a
personalidad
m á s
carismá-
tica y representativa de la Be-
kennde Kirche pasó
a ser
pronto
e l
pastor Martin
N i e -
moller,
de la
parroquia berli-
nesa
de
Dahlem.
E n
febrero
d e
1934 , Niemoller f u e destit uido
de su
puesto. Comandante
de
u n submar ino en la I Guerra
Mundial , Niemoller había
s impat izado
a l
principio
con
el nacionalsocialismo, pero a l
darse cuenta
de lo que
signifi-
caba,
se
convirtió
en uno de
s u s m á s enérgicos y decididos
El Dr.
Pfei f fer ,
q u e
s a l vo
d e l
terror
a
milla-
r e s d e pe r segu i dos po l í t i cos .
enemigos. Detenido
en
junio
de 1937 y procesado en febre ro
de 1938, fue
internado
en el
campo
de
concentración
de
Sachsenhausen,
m á s
tarde
t ras ladado
a l de
Dachau,
donde permaneció hasta
el fi-
nal de la guerra.
La Iglesia protestante sufrió la
misma persecución
que la ca -
tólica: disolución d e organi-
zaciones juveniles y seglares,
registros
de
periódicos, proce-
sos ,
boicot
de la
enseñanza
r e -
ligiosa
en las
escuelas, prohi-
bición
o
sometimiento
de la
prensa
a las
consignas oficia-
les ,
incautación
d e
bienes,
prohibición
d e
todo acto fuera
de los
reci ntos religiosos
y de -
tenciones. E l número de dete-
nidos f u e relativamente bajo.
E n
otoño
de 1937, por
e jem-
plo , se
hallaban
en la
cárcel
o
en
campos
d e
concentración
unos
7 0
pastores protestan-
tes (14).
R E S I S T E N C I A D E L A
IGLESIA
Si la
tónica general
de las dos
Iglesias fue de acatamiento y
lealtad a l nuevo régimen, n o
faltaron grupos
y
personali-
dades eclesiásticas q u e ofre-
cieron resistencia
a l
Tercer
Reich.
L a oposición de la Iglesia se
l imitaba fundamentalment e
a
aquellos aspectos de l nacio-
nalsocialismo q u e afectaban
d e u n a
manera directa
a la
doctr inacr is t iana;
n o e r a
pues
política —como la de los co-
munis tas
o
socialdemócra-
tas— sino confesional.
L o s
sacerdotes católicos
y los
pastores protestantes conde-
naban
a
menudo
en el
pulpito
(14) Ibíd., p. lll.
L o s
nazis intentaron
c o n
toda c lase
d e
p r e s i o n e s
y
maniobras adminis t ra t ivas reduci r
la
enseñanza r e l i g i osa
e n l a s
e scue l a s . As i mi smo, empeza r on
a
i n c a u t a r s e
d e
b i enes ec l e -
s iás t icos . Pero s u ofens iva pr incipal s e dirigió contra l o s m e d i o s d e infor rpación catól icos . L o
pr imero q u e hicieron e n e s t e s en t i do f u e obl igar a la p r ensa ca t ó l i ca a prescindi r d e t odos
i o s
c o l a b o r a d o r e s j u d í o s
y
mar x i s t a s .
(En l a
fotograf ía , Hl t ler inspecciona
la
«L i nea
S i g -
frido», e n c o m p a ñ í a d e s u minis t ro d e Policía, Himmler).
5 4
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 55/132
o en sus órganos informativos
los principios m á s específi-
camente anticristianos
de la
ideología nazi, como
e l
racis-
mo, e l
antisemitismo
o la eu-
tanasia. L a Gaceta d e l Ordi-
nariado Episcopal
d e
Berlín
publicó entre 1934 y 1935,
bajo el título d e «Estudios so -
bre e l mito de l siglo X X » , u n a
serie d e artículos (reproduci-
dos por los demás obispados)
contra
la
obra
d e
Rosenberg
de l mismo nombre. En la pr i -
mavera
de 1935, la
Beken-
nende Kirche publicó u n a
obra
de
Walter Künneth
( p r o -
logada
por e l
obispo Mara-
hrens) sobre el mismo tema,
titulada «Respuesta
a l
mito.
La decisión entre el mito n ó r -
dico y e l Cristo bíblico». E n
1935,
aparecieron
25
escritos
protestantes y 10 católicos
contra
el
libro
de
Rosenberg.
El cardenal Faulhaber p r o -
testó contr a el intento nazi de
desjudiizar
la
religión cris-
tiana
y
defendió
la
base
in -
conmovible
del
Antiguo
T e s -
tamento. E l obispo de Muns-
ter , von Galen, protestó, en
nombre de l quinto manda-
miento, contra
la
eutanasia.
También e l obispo de Frei-
burgo, Conrad Gróber,
le-
vantó su voz para combatir la
doctri na nacionalsocialista.
Pero no hubo protestas católi-
cas o
protestantes contra
los
campos
de
concentración,
la
persecución de la izquierda
política
y e l
clima
de
terror.
La Iglesia atendía a su s debe-
r e s sacramentales y dogmáti-
cos a cambio de renunciar a
s u s
deberes morales
y
huma-
n o s . L a s jerarquías cató-
l i co-pro tes tan tes t ampoco
protestaron contra
la
política
exterior de Hitler: salida de la
Sociedad de las Naciones, re -
torno
del
Sarre
a l
Reich,
o c u -
pación
de la
zona desmilitari-
zada
de l Rin ,
intervención
d e
Alemania
en la
guerra
de Es-
paña, anexión de Austria y
ocupación d e Checoslovaquia .
Si las jerarquías de la Iglesia
Católica y los miembros de la
Bekennende Kirche n o exhor-
taron nunca
a la
rebelión
abierta contra el Estado, a y u -
daron
en
muchas ocasiones
a
lo s perseguidos y oprimidos,
también
a los
judíos. Esta
obra cari tat iva,
q u e e n
gene-
r a l permaneció anónima, fue
uno de los aspectos m á s n o -
bles y humanos de la resisten-
c ia eclesiástica contra e l na-
cionalsocialismo. Citemos
en
este contexto sobre todo a l
Padre Grüber
y s u
Buró
de
Berlín,
q u e
salvó
la
vida
a mi -
les de
judíos. Grüber
f u e
dete-
nido
por la
gestapo
en
diciem-
bre de 1940e internado en un
campo d e concentración. E n
algunos casos, miembros de
am ba s Iglesias sostuvieron
re -
lación con lo s círculos políti-
c os oposicionales y entabla-
r o n contacto con los aliados,
entre ellos e l prelado muni-
qués Adolf Müller,
e l
jesuita
Alfons Delp
y e l
consejero
c o n -
sistorial Eugen Gerstenmaier.
Pero esta acción conspirativa
fu e minoritaria. E l historia-
d o r norteamericano Guenter
Lewy, autor de un libro exce-
lente sobre
la
problemática
q u e n o s ocupa aquí, dice: «Si
p o r
resistencia contra
la dic-
tadura nacionalsocialista en -
tendemos
n o u n a
crítica
c o n -
t r a
determinadas medidas
sino u n a oposición fundamen-
Ernsi Weízsacker (a la de r echa ) , emba j ador a l emán an t e la Santa Sede. Inicio en 1944
g e s t i o n e s d e p a z p o r med i o d e l Vat icano.
55
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 56/132
t a l contra e l régimen, enton-
ces la
Iglesia
n o
ofreció, como
institución, ninguna resisten-
cia» ( 1 5 ) . Según Friedrich
Zipfel, «e l número de mártires
entre los sacerdotes católicos
alemanes
f u e
relativamente
escaso» (16) . Este juicio es
aplicable también
a l
clero
protestante.
L A GUERRA
A
pesar
d e q u e l a s
guerras
de -
sencadenadas
p o r
Hitler eran
guerras injus tas o d e agresión,
el
clero alemán sucumbió
a la
propaganda oficial
y s e
identi-
ficó esencialmen te
con los de-
signios nazis. Y si algún c lé -
rigo tuvo e l coraje d e denun-
ciar desde
e l
púlpito
los
exce-
s o s
nazis,
n o
dejaba nunca
d e
justificar la guerra y la nece-
s idad de defender a la patria.
Al iniciarse la campaña de la
Wehrmacht
e n
Polonia,
e l
Episcopado publicó
u n a p a s -
toral colectiva exhortando
y
ordenando a los católicos a
cumpl i r
su
deber
de
soldados,
y
tras
la
rendición
d e
Polonia,
e n
todas
la s
diócesis
de l
Reich
hubo e l consiguiente repique
de
campanas
e n
honor
de la
victoria.
L os
obispos alema-
n e s n o abandonaron su acti-
t u d probélica cuando el 21 de
septiembre de 1939, el carde-
(15)
Guenier Lewy, «The Catholic
Church an d Nazi Germany», Nueva
York 1964. La cila corresponde a la
p. 348 de la edición alemana.
(16) Zipfel, obra cit., p. 65.
n a l
p r i m a d o
d e
Polonia ,
Hlond, informó a l Papa de l t e -
rror nazi contra
el
clero cató-
lico de su país y Radio Vati-
cano y el Osservatore Romano
informaron sobre estos
h e -
chos.
Hubo obispos
q u e
adoptaron
u n a
actitud crítica.
E n
este
contexto surgen
lo s
nombres
d e l
obispo
von
Galen,
d e l c a r -
denal Faulhaber y e l obispo
Preysing.
Así, en
julio
y
agosto
de 1941, von Galen pronunció
tres sermones cont ra el Tercer
Reich.
El
texto
de los
mismos
circulaba secretamente por e l
país,
y si
Goebbels
n o
inter-
vino f u e p o r temor a la reper-
cusión
en el
extranjero.
El 13
d e julio de 1941, von Galen d i-
jo :
«¡Exigi mos justicia
S i
este
l l a m a m ie n to
n o
encuentra
eco , no se
restablecerá
ya el
reino de la diosa Justicia, y
nuestro pueblo alemán y la
patria,
a
pesar
de l
heroísmo
de nuestros soldados y sus g lo-
riosas victorias, perecerán
s in
remisión víctimas de la putre-
facción
y la
corrupción inte-
rior». Y en el último de los tres
sermones exclamó: «¡Es
m e -
j o r
morir
q u e
pecar »
(17).
Pero aun en los casos en que
los
obispos adoptaron
u n a a c -
titud crítica,
no
hubo tampoco
ruptura abier ta
con e l
régi-
m e n n i llamamientos activos
contra
el
Estado nazi
y la gue-
(17) Sobre la figura de l obispo de
Munster, véase de Max Bierbaum,
«Nicht
Lob,
Nicht Furcht.
Das
Leben
des
Kardinal
vo n
Galen, Munster
1957.
r r a . Incluso en la declaración
m á s
valiente
d e l
Episcopado
alemán durante
la
contienda
— a raíz de la Conferencia d e
Fulda de 1943— n o faltaron
l a s
alusiones apologéticas
y
patr ioteras
a la
guerra:
« R e -
cordamos desde aquí
a los va-
lerosos soldados d e todos los
frentes
y
hospitales
y les da-
m o s l a s
gracias
e n
nombre
d e
todo
e l
pueblo
po r su
elevado
coraje y la infatigable energía
q u e
despliegan para rodear-
n o s d e u n a
muralla contra
e l
enemiga»
(18). El
sociólogo
inglés Gordon
C.
Zahn anota,
al
respecto: «Los católicos
alemanes secundaron l a s g u e -
r ras d e Hitler no sólo porque
este apoyo
e r a
exigido
por los
líderes nazis, sino también
porque s u s líderes religiosos
le s
ordenaron act uar así»
(19).
A diferencia de los Testigos d e
Jehová,
q u e y a
antes
de la gue -
r ra se negaron a cumplir e l
servicio militar
y
fueron
in -
ternados
en los
campos
d e
concentración,
lo s
miembros
de la
comunidad católico-
protestante acudieron a l fren-
te, no
sólo
los
seglares, sino
también miles d e sacerdotes,
pastores y estudiantes d e T e o -
logía, actuando
de
sanitarios,
castrenses y también solda-
d o s . Algunos de ellos fueron
condecorados
po r su
valentía
ante
el
enemigo.
Hubo excepciones q u e n o cabe
silenciar. Citemos como s í m -
bolo de la ética cristiana irre-
ductible
y
fidelidad
a l
quinto
mandamiento a l sacerdote d e
la
diócesis
d e
Freiburgo,
M a x
Joseph Metzger, ejecutado e l
14 de
abril
de 1944 po r su op o-
sición a la guerra. E l campe-
sino austríaco Franz Jágers-
tátter, padre
de
varios hijos,
fu e también ejecutado po r ne -
garse
a
empuñar
l a s
armas.
(18) El texto de la pastoral es incluido
en la obra deJakob Fried, Nationalsozia-
lismus un d katholische Kirche in Óste-
rreich», p. 213 y sig., Viena 1947.
(19) Gordon C. Zahn, « Germán Catho-
lics an d Kitlers Wars», p.82, Londres
1963.
*
/ /
-
' / - \9
• v f .
S -
fe
vt-
f
" 1 /
h
^ '
7 ?
U • í " :
¡K V *
V
T ''
ái1
'
Hit ler , representado como «Dlocleciano ordenando
la
e j ecuc i ón
d e S a n
Castulo»,
e n u n a
vidr iera
de la
Iglesia
d e S a n
Mar t in
d e
Landshut (Baviera) .
5 6
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 57/132
E L SILENCIO D E L
VATICANO
A lo largo de la II Guerra
Mundial,
Pío XII
—sucesor
d e
Pío XI desde la primavera de
1939— se abstuvo de denun-
ciar
d e u n a
manera directa,
clara y oficial a l régimen nazi,
a pesar d e q u e estaba perfec-
tamente enterado
de l
terror
q u e e l Tercer Reich ejercía en
lo s
países ocupados
y en la
misma Alemania. Hubo u n a
excepción:
a l
producirse
la in-
vasión nazi en Bélgica, H o-
landa y Luxemburgo, el 10 de
mayo
de 1940, Pío XII
envió
u n telegrama d e simpatía a los
jefes d e Estado de los países
invadidos.
Escudándose en la tesis de la
neutralidad estricta,
e l
Papa
no protestó contra lo s críme-
n es
nazis, tampoco contra
la
deportación y exterminio de
lo s
judíos, aunque bajo mano
la Iglesia tendió m á s d e u n a
vez la
mano
a los
perseguidos.
Pío XII se
abstuvo también
d e
l lamar
a
capítulo
a los
obispos
alemanes
po r su
acti tud
p r o -
bélica. E s cierto q u e s u Santi-
d a d deploró públicamente en
nun^rosas ocasiones el trato
inñumano que se infligía a los
prisioneros de guerra y dem ás
víctimas
d e
nazismo, pero
s in
nombrar nunca a los agreso-
r e s .
S i esta actitud estaba e n parte
dictada quizá por la pruden-
ci a y e l deseo de no romper los
hilos
con el
Tercer Reich para
poder seguir ayudando secre-
tamente
a las
víctimas,
en
ella
jugaba también u n papel
esencial e l anticomunismo d e
Pío XII . El Sumo Pontífice
consideraba
a l
comunismo
como
m á s
peligroso
que e l na -
cionalsocialismo, y una de sus
ideas fijas —compartida
p o r
u n a gran parte de creyentes—
e r a q u e
Hitler,
a
pesar
de sus
monstruosidades, salvaba
la '
civilización occidental dete-
niendo el avance d e l comu-
nismo.
El
Nuncio
de Su
Sant idad
en
Berlín, Orsenigo, simpatizaba
abier tamente
con el
fascismo,
y el Papa, si no compart ía los
mismos sentimientos, e r a co -
nocido
po r su
tradicional
y
profunda simpatía hacia Ale-
mania . E n todo caso, por la
documentación accesible sa -
bemos
q u e e n
conjunto,
e l
Tercer Reich,
a
pesar
de los
lamentos d e Hitler y otros n a -
z is contra la Iglesia, esta ba s a -
tisfecho
de la
acti tud
de la
Santa Sede c o n respecto a l ré-
gimen nacionalsocialista. D u-
rante u n a visita d e Himmler a
Roma,
e n
octubre
de 1942, el
jefe
de las SS
elogió frente
a
Ciano « lá discreción de l Vati-
cano» (20).
S in que se
tengan
q u e c o m -
partir necesariamente las te-
s i s
unilaterales
y
simplistas
de
Rolf Hochhuth sobre Pío XII ,
e s evidente que e l silencio del
Papa constituyó
u n a
gran
d e -
cepción para todas la s fuerzas
humanis tas y religiosas del
mundo
q u e
esperaban
e n
esta
trágica coyuntura histórica
u n a palabra clarificadora p o r
par te
d e l
máximo represen-
tante de la Crist iandad.*•
H .
S .
(20) «The Ciano Diaries 1939-1943»,
editados po r Hugh Gibson, p. 530,
Nueva York 1946.
E s
ev i den t e
q u e e l
s i lencio
d e l
Papa cons t i t uyó
u n a
g r an decepc i ón pa r a t odas
l a s
f ue r zas
h u m a n i s t a s
y
r e l i g i osas
q u e
e s p e r a b a n
e n
es ta t rágica coyuntura hi s tór ica
u n a
palabra
clar i f icadora
p o r
pa r t e
d e l
m á x i m o r e p r e s e n t a n t e
de la
C r i s t i andad .
(Pió XII, e l d i a 12 de
mar zo
d e 1 9 5 2 ,
déc i mot e r ce r an i ve r sa r i o
d e s u
coronación) .
57
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 58/132
de los
Estados Unidos
L o s «Tres Grandes», Churchil l , Truman y Sta l in . durante la C o n f e r e n c i a d e P o t s d a m ( 1 7 d e julio a l 2 d e a g o s t o de 1945)
D e la
represalia masiva
a la retirada de Vietnam
58
Alvaro Custodio
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 59/132
AL término de. la guerra mundial Europa era, según frase de
/ I
Winston Churchill:
«Un
informe montón
de
ruinas,
un
gran
x J L
osario
y un
criadero
de
odios
y
pestilencia».
Sin
embargo,
los
Estados Unidos habían llegado
a
convertirse, gracias
a la
distancia
geográfica
y a sus
enormes recursos,
en un
emporio
de
riqueza
y
abun-
dancia. El país más sacrificado fue la Unión Soviética, con cerca de 20
millones de muertos, aunque se apuntó las victorias más espectaculares:
Stalingrado y Berlín. Pese a esa sangría y a la destrucción de tantas
ciudades y pueblos, sin contar todavía con la fórmula de la bomba
atómica que la mantenía en condiciones de inferioridad, supo tomar la
iniciativa de la política internacional condicionando, desde los acuerdos
de
Potsdam, todos
los
movimientos
de
Washington.
general George
M a r -
shall, Secretario
de
Estado bajo
la
presidencia
d e
Harry Truman, fue e l inicia-
dor de esa estrategia d e trin-
chera en la que se deja a l ene-
migo q u e prepare y disponga
la
ofensiva confiando
en la po-
tencia
de los
recursos propios
para repeler cualquier avan-
ce. La
Doctrina Truman impi-
d i ó q u e Grecia cayera e n m a -
n o s comunistas (1947) debido
a las llagas y cicatrices qu e la
URSS padecía en esos m o -
mentos, incapacitándola pa ra
ayudar a las guerrillas hele-
nas . E l peligro para la política
norteamericana
e r a q u e E u -
ropa occidental, hambr ien ta
y
semidestruida, tuviera q u e
inclinarse ante
u n a
invasión
o
a la
influencia
de la
Unión
S o -
viética, que ya se perfilaba
como la segunda superpoten-
cia de la Tierra.
Surgió entonces lo que se co-
noce como el Plan Marshall,
cuyo verdadero creador fue el
jefe del Policy Planning Staff
de la Secretaría de Estado,
George Kennan, secundado
por e l que
sería sucesor
de
Marshall
en
dicho Departa-
mento, Dean Acheson, quien
afirmó paladinamente en ese
mismo
año de 1947 que el
mundo entero apelaba a los
Estados Unidos en busca de
ayuda,
por lo que se
veía cons-
treñido a concentrar s u m á s
urgente asistencia
en
aquellas
áreas donde resultara m á s
efectiva económica y políti-
camente. Kennan sabía
q u e
las fuerzas de Mao-Tse-Tung
acabarían
p o r
dominar todo
el
territorio chino
y q u e
volcar
la
ayuda norteamericana sobre
el gobierno ineficaz y corrom-
pido
d e
Chang-Kai-Chek
—al
que se
entregaron,
d e
todos
modos, m á s d e d o s billones d e
dólares
y
otro
en
armamen-
t o — e r a perder el tiempo y el
dinero. P o r otra parte, K e n -
n a n pensaba q u e China estaba
m u y lejos de poder conver-
tirse e n u n a potencia indus-
trial,
y po r
tanto militar,
te-
niendo q u e depender d e Rusia
dur ant e varias décadas: loque
interesaba
e n
esos momentos
mantener
en
plena prosperi-
d a d , fuertemente ligados a los
Estados Unidos,
e r a a l
Japón
y
a
Europa occidental.
N o cabe duda de que los 17
billones d e dólares de l Plan
Marshall (1948 a 1952) procu-
raron
la
recuperación europea
y japonesa, aunque a costa d e
perder para
e l
comunismo
la
China continental, a la que se-
guirían después Corea
del
Norte y Vietnam. Henry W a -
llace, ex-vicepresidente r'ose-
veltiano q u e jugó u n papel d e
izquierdista avanzado a l f u n -
d a r e l
Partido Progresista
q u e
n o
prosperó, llamó
a
dicho
plan el Martial (Marcial), por
considerarlo incubador
d e
u n a posible guerra antisovié-
tica. E l Plan Marshall logró
plenamente su objetivo y se
fortaleció
con la
alianza mili-
t a r
permanente, OTAN,
de
norteamericanos
y
europeos,
consti tuida
a
raíz
de la
subid a
a l poder en Checoslovaquia de
los
comunistas
c o n
ayuda
so-
viética (1948). M ás tarde, el
General De Gaulle, Presiden te
de
Francia, cuyo orgullo napo-
leónico se había agriado por
s u
resentimiento contra
la
desconfianza
con que lo
trata-
ron lo s militares norteameri-
canos durante
la
guerra, deci-
d i ó salirse de la OTAN y mane-
j a r p o r
propia cuenta
su
polí-
tica internacional, jugando
a
la gran potencia s in contar
c o n
verdaderos medios para
ello. L os aliados se dividían,
pero
lo
mismo ocurrió, contra
todas la s previsiones d e l m a r -
xismo, entr e
los
nuevos paíse s
comunistas surgidos de la se-
gunda guerra mundial: Tito se
apar tó de Stalin y años des -
pués siguieron
e l
mismo
c a -
mino respecto
a la
URSS,
la
China
de Mao y la
diminuta
Albania.
Truman
f u e
elegido para
u n
segundo período de Gobierno
—todos lo s vaticinios daban la
victoria a su opositor Thomas
Dewey—,
a
pesar
de que un
59
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 60/132
diario
de su
c iudad natal ,
p a r -
t idario
de los
Demócratas,
había dicho de Truman q u e
carecía « d e estatura política,
de visión y de suficiente c o m -
prensión para
lo s
problemas
sociales
y
económicos,
así
como d e sentido histórico
para conducir a la nación en
u n mundo en crisis»
(St .
Louis
Pos t -D i spacht , 1950). E l
mismo a ñ o d e s u reelección
los Estados Unidos se vieron
envueltos, a l aplicar taxati-
vamente la Doctrina Truman,
en la guerra de Corea, q u e h a -
b í a d e costarles cuatro años d e
l u c h a , 2 5 . 0 0 0 m u e r t o s ,
115.000 heridos ,
m á s 2 2
billo-
n e s d e
dólares. Demasiado
caro
e
inútil para contentarse
c o n u n simple match nulo. E l
régimen político d e Corea del
S u r , sostenido por los Estados
Unidos,
e r a
entonces
t an co -
rrompido, bajo
la
dictadura
d e Singman Rhee, como en la
actual idad.
F u e
durante esta
guerra cuando e l general
Douglas
M a c
Arthur propuso
atacar
a
China militarmente,
lo que le
costó,
a la
postre,
su
destitución
p o r e l
Presidente
Truman, pese a su formidable
prestigio ganado durante la
contienda contra
el
Japón.
E l
general Ornar Bradley, otro
héroe
de la
guerra mundial,
sentenció
que l a
propuesta
de
MacArthur «nos envolvería
e n u n a
guerra equivocada,
en
un lugar equivocado, en un
mome nto equivocado
y con un
enemigo equivocado». Pese a
lo
cual,
la
destitución
d e M a c -
Arthur costó a Truman s u p o -
pularidad, l legando a ser
quemado, e n algunos pueblos,
en
efigie.
L a presidencia d e l general
Dwight Eisenhower con Ri-
chard Nixon como vicepresi-
dente se caracterizó por su ex -
t remado conservadurismo. E l
país parecía querer olvidar
p o r completo el estilo y l a s re -
formas liberales
d e
Roosevelt.
F u e
durante
el
período
de E i -
senhower cuando alcanzó
su
apogeo
la
caza
de
brujas
a
cargo
d e l
senador Joseph
MacCarthy
c o n
protección
oficial:
los
artis tas, escritores,
E P e n t á g o n o , a l otro lado d e l r i o Po t omac , e n l a c i udad d e Wash i ng t on , s ede d e l o s c u a r t e l e s g e n e r a l e s u n i f i c a d os d e l a s Fue r zas Ar madas d e
l o s Estados Unidos.
6 0
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 61/132
El
gene ral Geo rge Marshal l. Secreta r io
d e
E s t ado ba j o
la
p r e s i denc i a
d e
Harry Truman,
f u e e l
iniciador
d e e s a
e s t r a t eg i a
d e
tr inchera
e n l a qu e
s e
de j a
al
e n e m i g o
q u e
p r epa r e
y
d i sponga
l a
ofens iva conf iando
e n l a
po t enc i a
d e l o s
r ecur sos p r op i os pa r a r epe l e r cua l qu i e r avance .
(En la
fotograf ié , d e izquierda a derecha: Marshal l , E isenhower , Truman y Acheson) .
pedagogos y científicos m á s
brillantes de la nación fueron
acusados
de
procomunistas
en
u n a campaña semejante a los
juicios de Stalin contra los
trotskistas y demás desvía-
cionistas.
N o se
llegó, como
e n
la
URSS,
a
condenarlos
a
muerte
(1),
pero
sí al
ostra-
cismo
en sus
trabajos,
y se en-
carceló
a
funcionarios como
Alger Hiss
p o r
haber negado
q u e perteneció en su juven tud
a l
Partido Comunista. Toda-
vía quedan rescoldos, a l cabo
casi
de
veinte años,
d e
aquella
histérica campañ a q u e estuvo
a punto de romper la espina
dorsal
de un
pueblo
t a n
prós-
pero, ya que todavía la ca-
lificación de comunista para
u n
ciudadano
lo
incapacita
pa ra cualquier clase
d e
labor
y
l o
aisla
de l
resto
de la
socie-
d a d .
L a
política internacional
de
Eisenhower debutó con el ar -
misticio d e 1& guerra de Corea,
pero habría
d e
caracterizarse
p o r u n a
agresividad
y
falta
de
juicio poco común debido
a l
t emperamento del Secretario
de
Es tado , Joh n Foster Dulles.
S u
protección
a lo s m ás
repul-
sivos dictadores, casi siempre
mili tares,
en
nombre
de la
Doctrina Truman,
lo
llevó
a
salvar
a l
General Franco
de la
banca r ro t a económi ca e n
1952, ya que su Gobierno n o
había sido incluido en el Plan
Marshall . Por otra parte, e l
Pentágono decidió instalar
en
territorio español cuatro
ba -
ses
militares,
dos de
ellas
atómicas,
lo que se
hizo
sin
consul tar a l pueblo ni a sus
representantes. España no
sólo
fu e
excluida
del
Plan
Marshall, sino de l Mercado
Común europeo p o r s u s ante-
cedentes fascistas y su régi-
m e n despótico, pero Foster
Dulles suplió esas deficiencias
c o n
tratados
y
présta mos bila-
terales.
E l historiador Merlo Pusey,
admi rador de Eisenhower,
l lamó cénit
de la
guerra fría
a
la
política enunciada
por Fos-
t e r Dulles en 1954, de
represa-
l ia
masiva consistente
en de-
volver e l golpe recibido por el
enemigo cuando y como deci-
dieran los Estados Unidos sin
consultar
a sus
aliados, como
se
había hecho
en la
guerra
de
Corea. La fórmula nueva c o n -
sistía
en
lograr
que se
mantu-
viese la paz o en ir a la guerra
s in
matices diplomáticos.
L a
m á s
grave consecuencia
de
esta política se produjo, con
resultados todavía vigentes,
en el Medio Oriente. E l enton-
ces nuevo hombre fuerte d e
Egip to, Abdel Nasser,
u n
gran
demagogo enfermo
d e
nacio-
61
é
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 62/132
Al
subi r
a la
p r e s i denc i a John
F.
Kennedy he r edó
el
plan fabr icado
por la
Adminis t ración
d e
E i senhower
d e
p r omover
y
ayuda r
a la
i nvas i ón
de la
C uba comuni s t a , a r mando y e n t r e n a n d o a l o s des t e r r ados an t l ca s t r i s t a s . ( T r uman , en e l cen t r o de la fotograf ía , e n c o m p a ñ í a d e l e n t o n c e s
c a n d i d a t o a la p r e s i d e n c i a d e l o s Estados Unidos , Kennedy, y d e su c o m p a ñ e r o d e cand i da t u r a , e l futuro Pres idente Lyndon B . J o h n s o n ) .
nalismo,
po r lo que
cerraba
los
ojos
a l a
miseria
y a l
atraso
en que
había vivido
s u
pueblo
bajo
u n a
monarquía torpe
y
corrompida, tenía
d o s
objeti-
v o s principales: aplastar e l
nuevo Estado
de
Israel
y na -
cionalizar el Canal d e Suez.
L os
escasos recur sos
d e
Egipto
estaba empleándolos
en la
compra d e a rmamento a la
Unión Soviética. L o s Estados
Unidos habían propuesto
a
Nasser financiar la construc-
ción d e u n a gran presa en
Asuán q u e llevara la s aguas
del río
Nilo
a
tierras hambrien-
t a s , hasta en un 30 por 100 de
la
superficie cultivable
de l
país.
E n
julio
de 1956,
Foster
Dulles decidió cancela r
s in r a -
zón aparente e l ofrecimiento
norteamericano. Nasser,
fu -
rioso, decidió
d e
improviso
na-
Kennedy dec r e t ó
e l
bloqueo mar í t imo
d e
C uba
y
a m e n a z o
c o n
b o m b a r d e a r t o d o s
l o s
ba r cos
q u e l levaran material bélico a Fidel Castro. Aquella e r a l a cr i s i s m á s g r ave d e l a pos t gue r r a ,
c u y o d e s e n l a c e e r a imprevis ible . (En la foto, e l Pr e s i d en t e Kennedy cha / l a co n e l Vlceprimer
ministro soviético,
Anastas Mlkoyan, en la Casa Blanca, e l 29 de n
v
| e m b r e d e 1962).
cionalizar el Canal de Suez p a -
r a pagar con sus beneficios la
construcción de Asuán, movi-
lizando
su
ejército. Israel
se
quiso anticipar
a l
posible
a r -
d i d mili tar d e Nasser y, de
acuerdo
c o n
Francia
e
Inglate-
r r a ,
propietarias
de l
Canal
navegable, atacó
a
Egipto
d e -
rrotándolo e n u n a guerra r e -
lámpago, secundado después
p o r barcos y aviones franco-
británicos. L a Unión Soviéti-
c a , sorprendida, anunció q u e
se
opondría
a la
«agresión
im -
per i a l is ta»^ esto,
por lo
visto,
bastó para q u e Foster Dulles,
ausentes
los
Estados Unidos
de la operación, obligaran a
Israel, Francia
e
Inglaterra
a
retirarse
d e
Egipto, sirviendo
a Nasser en bandeja de plata
u n a victoria q u e n o había g a -
nado
y con
ella
e l
Canal
de
Suez.
Diez años después, Nasser
volvió
a
atacar
a
Israel
y fu e de
nuevo derrotado e n poco
tiempo, quedando inutilizado
durante largo plazo el Canal
de
Suez. Foster Dulles había
encendido el polvorín de
Oriente Medio,
q u e
había
d e
costar a los Estados' Unidos
62
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 63/132
muchos miles
d e
millones
d e
dólares
y
grandes quebrade-
r o s d e cabeza. E l ascenso a l
poder en la Unión Soviética d e
Nikhita Jrushov
y su
denuncia
de los
crímenes
de
Stalin
p r o -
curó
u n a detente
entre
las dos
grandes potencias
que s e
plasmó en los viajes d e Jrus-
hov a los
Estados Unidos
y en
la
convocatoria
de la
confe-
rencia cumbre
de los
cuatro
—Inglaterra, Francia, URSS y
Estados Unidos—
en 1960,
pero la torpeza d e l Departa-
mento
de
Estado norteameri-
cano volvió
a
dejar
la
guerra
fría en carne viva cuando los
soviéticos derribaron
el
avión
espía U-2 , que volaba sobre su
territorio, haciendo prisio-
nero a l piloto.
Al
subir
a la
presidencia John
F. Kennedy heredó el plan fa -
bricado po r la Administración
de
Eisenhower
de
promover
y
ayudar
a la
invasión
de la
Cuba comunista, armando y
entrenando
a los
desterrados
anticastristas. Kennedy
n o
quiso extremar la colabora-
ción de su Gobierno y prohi bió
> el uso de
aviones
de
bombar-
deo : e l
resultado
fue e l
fraca so
de la expedición q u e preten-
d ía desembarcar en la Bahía
d e Cochinos de la isla antilla-
na . Su
consecuencia inme-
diata
fue la
instalación,
con
consentimiento cubano, d e
missiles
soviéticos apu nta ndo
hacia territorio norteameri-
cano. Kennedy decretó e l b lo-
queo marítimo
de la
isla
y
amenazó con bombardear to -
dos los
barcos
q u e
llevaran
material bélico
a
Fidel Castro.
Aquella e ra l a crisis m á s grav e
de la postguerra, cuyo desen-
lace e r a imprevisible. Jrush ov
decidió d a r marcha atrás y re -
tiró todos
lo s
missiles
soviéti-
cos : e l
error
le
costaría
a la
larga
su
puesto, siendo susti-
tuido
p o r
Breznev.
E l
asesinato
d e
Kennedy
d io
paso
en l a
Presidencia
a L y n -
d o n B . Johnson, y con ello a l
error internacional m á s c o s -
toso, sangriento
y
absurdo
d e
la historia norteamericana : la
guerra
d e
Vietnam.
E l
país
se
dividió en forma a ú n m á s
aguda
y
casi irreconciliable
que en
tiempos
de
Mac Cárthy.
L a ret irada de medio millón
d e
soldados estadounidenses,
después
d e l
ridículo Premio
Nobel de la Paz concedido al
Secretario d e Estado, Kissin-
ger , se
hizo después
de que e l
Presidente Richard Nixon
diera la orden de bo mbardear
indiscriminadamente como
martillo pilón
lo s
poblados
y
ciudades
de
Vietnam
d e l N o r -
t e . Ese
Presidente
f u e
poco
después destituido
por e l c a -
rácter inmoral de su gestión y
Vietnam está h o y gobernado
íntegramente
p o r
comunistas.
L os
norteamericanos dieron
u n a
gran lección
a l
mundo
de
su
justicia democrática
a l
provocar
la
dimisión
de Ni-
xon , lo que contrasta de modo
evidente
con la
escasa aptitud
y falta de sensibilidad para las
relaciones internacionales de
los
encargados
de la
política
internacional
d e l
país
m á s
poderoso
d e l
Globo.
E n
estos
momentos, e l Presidente Cá r -
t e r sigue yendo a la zaga de
lo s
pasos
q u e
decida
dar la
Unión Soviética, s in acertar a
resolver ninguno
de los pro-
blemas planteados
en los
cinco continentes y enconan-
do , como en tiempos de Tru-
m a n y
Eisenhower,
la
inter-
minable guerra fría
que se
aproxima cada d ía más a la
caliente
con que los
habitan-
tes de la
Tierra dirán adiós
a l
privilegio sideral
d e
vivir.
•
A. C.
El a s e s i n a t o d e Kennedy d i o p a s o e n l a p r e s i denc i a a L y n d o n ' J o h n s o n y c o n ello al error
Internacional
m á s
cos t oso , s angr i en t o
y
absur do
de l a
hi s tor ia nor teamer icana:
l a
gue r r a
d e
V;e'.nam. (E n la f o to , so l dados no r t eamer i c anos de l a 301 d i v is i ón ae r o t r an spor t ad a descan -
s a n e n u n
al to
d e l
c o m b a t e , d u r a n t e
l a
gue r r a
d e l
Vietnam).
6 3
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 64/132
i t
E l
síndrome
Harrisburg
(U. S. A.)
| g g M ' j i " • f J - -¿r -g. rr-á-JM-« .
1
. ' I ¡Jfj | -
1
U n accidente nuclear. U n a película anti-
nuclear. U n artículo nuclear. Y m ás , ¡mu-
ch o m á s ¡No se lo pierda
A m i padre, «obrero de la luz» hidroeléctri ca)
«...bajo la ley del poseedor d e l mayor número d e artefactos prospera-
rá n
enfermedades
y
enfer mos. Quizá
a
través
de una
catástrofe inau-
dita producida por los artefactos volveremos a la salud».
Italo Svevo, a
conciencia
de
eno
1922)
Jesús López Pacheco
L
A ley de la
«americanización».
La
ley que
parece regir
el
semiuniversal
fe -
nómeno
mal
llamado «americanización» (pues América
es un
continente,
no un
país),
se
podría expresar
así: «Lo que
ocurre
en los
Estados Unidos,
antes
o
después ocurre
en los
demás países».
En
general, sería terrible,
por
muchas razones,
que
esto fuera realmente
una ley;
especialmente después
de lo
ocurrido
en
Harrisburg, capital
de
Pennsylvania,
a
finales
de
marzo.
Hay
otras
leyes que nos podrían ayudar, en todo caso, a evitar lo s efectos de ésta; por
ejemplo,
en las
circunstancias actuales: «Cuando
las
plantas nucleares
de tu
vecino veas reventar, echa
la s
tuyas
a
remojar».
O a
desmontar.
Lo
ocurrido,
sin
embargo,
no es
solamente cuestión ecológica, cuestión
de
energía nuclear
ver sus
energías limpias
e
inocentes, como muchos quetrían creer
y lo
hacen
creer.
Se
trata
de
algo mucho
más
vasto
y, en
cierto sentido, mucho
más
grave.
Porque,
en
efecto,
lo
ocurrido
en la
central nuclear
de
Three Mile Island
y
alrededores constituye
un
conjunto
de
síntomas
que
bien podríamos llamar
«El
síndrome Harrisburg». Para describirlo,
y
para valorar
su
importancia
y
grave-
dad,
conviene empezar
por el
comentario
de una
película recién estrenada
en
Estados Unidos, y que pronto se verá en España (pues en este campo la ley es
casi
sin
excepciones):
lo que se
estrena
en los
Estados Unidos, antes
o
después
se
estrena
en los
demás países;
en
este caso, afortunadamente.
6 4
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 65/132
«C uando l a s p l an t a s nuc l ea r e s de tu vecino veas reventar , echa l a s t u y a s a r emoj a r , o a desmontar». (Cent ra l Nuclear d e Harr t sburg, e n
Pensylvania , Es tados Unidos) .
NA
película antinuclear.
«The China Syndrome»
( « E l síndrome China») se ha
estrenado el 15 de marzo en
lo s Estados Unidos y el 23 en
Canadá, país donde la «ame-
ricanización» suele s e r m a -
siva y casi instantánea. Dos
actores merecidamente famo-
s o s
(Jane Fonda
y
Jack
L e m -
m o n ) y
otro (Michael Douglas)
q u e está empezando a serlo,
refuerzan la atracción q u e
ejerce el misterioso e inquie-
tante título, sobre e l que se ha
centrado la campaña d e l a n -
zamiento.
L a
China
d e l
título
n o
tiene nada
que ver con e l
país asiático, aunque resulte
irónico q u e e l estreno haya
coincidido casi con la mani-
festación
de ese
otro «sín-
drome chino» constituido p o r
u n a
serie
d e
síntomas también
inquietantes:
lo s
«cuatro
c a -
ballos de la modernización»;
e l
viaje
d e
Teng Hsiao-Ping
a
Estados Unidos; la invasión
d e Vietnam... E n l a jerga de la
industria nuclear,
e l
«sín-
drome China» expresa
e l más
grave accidente
q u e ,
después
d e l d e u n a
explosión, puede
ocurri r
e n u n a
central
n u -
clear:
p o r u n
fallo
en el s is-
tema
d e
refrigeración,
e l nú -
cleo
d e l
reactor comienza
a
fundirse,
y su
masa incandes-
cente y m u y radiact iva se va
abriendo paso hacia abajo,
derritiendo todo
lo que en -
cuentre,
el
acero,
e l
cemento,
la
tierra... hasta llegar
a los
ant ípodas (de los EE.UU.), e s
decir, China. (E s curiosa la
inexactitud geográfica: quizá
se
deba,
m á s q u e a
ignorancia,
a u n a especie de agresividad
humoríst ica
de los
tecnócra-
t a s y mil i tares nucleares,
quienes, puestos
a
bautizar
semejante accidente
en
t iem-
p o s d e l «peligro comunista
amarillo», debieron
d e c o n -
fundir
lo s
antípodas políticos
con los
geográficos).
L a
«per-
foración diametral»
de l a T ie -
rra no es , en
real idad,
m á s q u e
u n a hipérbole de lo que podría
ocurri r ; en la práctica, l a
masa incandescente
y
radiac-
tiva
se
detendría
a u n a
cierta
profundidad, «rebotando»
en
u n a gran explosión y conta-
minando
e l
subsuelo
y las co-
rrientes
d e
agua subterránea,
desde donde
se
difundiría
la
contaminación
p o r
emana-
ciones y geysers. Sería algo así
como
u n
volcán
a l
revés
y de
ida y
vuelta; tras
la
«erupción»
hacia e l centro de la Tierra, la
«lava» radiactiva alcanzaría
c o n s u s
efectos mortíferos
y
cancerígenos
a
cientos
d e m i -
les ,
acaso millones,
d e
perso-
n a s , directa o indirectamente.
L a
película,
c o n u n a
impeca-
b le
técnica
d e
clásico «tritter»
(pero, e n este caso, n o grat ui ta
n i evasiva, sino a l contrario)
cuenta
e l
conato
de un
acci-
dente
d e
este tipo
en la
imagi-
naria «Central Nuclear d e
Ventana», California;
l o i m a -
ginario e s sólo e l nombre, cu -
r iosamente español , como
tantos topónimos
d e l
oeste
norteamericano;
y m e p r e -
gunto
si, en la
intención
de los
65
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 66/132
realizadores, «Ventana»
no
tendr ía
u n
valor simbólico
p o r
s u
significado:
¿es la
película
u n a «ventana» abierta p o r
pr imera vez a l gran público
para que vea las terroríficas
posibil idades de la energía
nuclear controlada
po r l a s
manos nada escrupulosas de
l a s multinacionales y de un
gobierno la s más de las veces
servil
a
ellas?
U n a
reportera
televisiva (Jane Fonda) visita,
acompañada po r su camera-
m a n
(Michael Douglas),
la
central nuclear. S u misión es
hacer
u n
«coverage» (reporta-
j e ) , n o u n a
«controversy»,
como irónicamente advierte
la repor tera a s u compañero,
activista antinuclear.
Al
llega r
a la sala d e control, q u e visi-
t a n desde u n a alta galería e n -
cr is ta lada,
e l
encargado
de re-
laciones públicas le s impide
filmar «por razones
d e
seguri-
dad».
En ese
momento
se p ro -
ducen
un
ruido
y u n a
vibración
q u e
a larman
a l
encargado
de
relaciones públicas; éste,
s i-
guiendo la s instrucciones q u e
recibe
p o r
teléfono, tranqui-
liza a los reporteros y les ruega
q u e
permanezcan allí mien-
tras terminan u n a «maniobra
d e rutina». Pero lo que están
presenciando en la sala d e
control está
m u y
lejos
d e
tranquilizarles: e l ingeniero
supervisor (Jack Lemmon)
y
todos lo s operadores d a n
muestras d e gran nerviosis-
m o , gesticulan, miran con an -
siedad lo s aparatos de medida
y las
impresiones
d e l a s c o m -
putadoras, aprietan botones,
s e
muestran abatidos, deses-
perados, presas
de l
pánico...
L a reportera descubre que su
compañero,
con la
cámara
aparentemente abandonada
colgándole de l cuello, lo está
filmando todo; c o n s u c u a -
derno
d e
notas,
la
reportera
oculta
e l
objetivo para
que no
lo vea e l hombre d e relacion es
públicas... Pasa el peligro, y la
central nuclear vuelve a estar
bajo control.
« S e c o r r e m á s r i e s g o d e c ó n c e r s e n ta d o ju n to a u n f u m a d o r q u e c e r c a d e u n a c e n t r a l
nuc lear» . . . Discut ib le opin ión
q u e , s i n
d u d a ,
n o
c o mp a r t i r á n
y a
n u n c a
l a s
2 5 0 . 0 0 0 p e r s o n a s
q u e
t
p o r e v a c u a c i ó n « e s p o n t á n e a » , e s c a p a r o n d e la zona d e Ha r r i s b u r g e n l o s ú l t imos dfas
d e ma r z o , n i l a s 60 0.000 q u e e s t u v i e r o n a p u n to d e s e r e v a c u a d a s ( y q u e quizá debie ron
ser lo) ,
n i lo s
mi l lo n e s
q u e
v iven
e n
to r n o
a l a s 7 2
c e n t r a l e s n u c l e a r e s
q u e
f u n c i o n a n
e n l o s
E s ta d o s Un id o s .
(E n la
fo to ,
e l
reac tor pr inc ipa l
de l a
p lan ta Three Mile I s land
e n
Mldlleton,
P e n n s y l v a n l a .
A l
fallar
l o s
c o n t r o l e s
s e
p r o d u c e n g r a v e s e s c a p e s
d e
rad ioac t iv idad) .
66
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 67/132
Tras este comienzo,
d e
inten-
sidad climática t a n al ta, d i -
rector, guionistas y actores lo -
gran
el
prodigio
d e
mantener
y a u n aumentar e l suspense
hasta un final d e dramat ismo
escalofriante y real ismo d e -
nunciador.
E l
desarrollo
se
centra en la complicidad d e
lo s medios d e difusión, c o n -
cretamente de la televisión,
con los grandes intereses eco-
nómicos y políticos q u e h a y
detrás
de la
industria nuclear.
L o s activistas antinucleares, a
los que se
unen
e l
cam eraman
y el
ingeniero supervisor
de la
central ,
so n
obstaculizados
p o r
todos
los
medios, incluso
e l
crimen,
p o r l o s
dirigentes
de la
gran compañía propieta-
r ia de la
central nuclear.
Las
conveniencias
d e
ésta (salva-
guardar
su
«imagen», protege r
su s i ngentes inversiones, evit ar
costosas reparaciones...)
s e im-
ponen
a las
imprescindibles
medidas
d e
seguridad; técni-
cos , empleados y obreros parti-
cipan
e n
esta especie
d e
silen-
ciosa conspiración suicida,
p o r s u conformismo y su mise-
rable sumisión a la disciplina
l abora l . U n a p a t r u l l a d e
«SWAT» («Tácticas
y
Armas
Estratégicas», programa
q u e
en te levisión española s e
h a presentado, bajo e l título
d e
«Los Hombres
de
Harrel-
son») interviene como Deus
e x
Machina
oficial para «resol-
ver»,
con l a más
ciega
e in -
justa brutal idad, u n a situa-
ción «catastrófica» pa ra
la in-
dustria nuclear y s u s protec-
tores oficiales. L a verdadera
catástrofe ( q u e , según una fra-
se , profét ica a medias, «podría
haber devastado
u n a
zona
d e
l a
extensión
de
Pennsylvania»)
no es n i
siquiera considerada
p o r l a s
autoridades
y la
direc-
ción
de la
compañía.
U N ARTICULO NUCLEAR
«The China Syndrome»
ha t e -
nido también un «contralan-
zamiento». L a industria n u -
clear, previendo lo s desastro-
so s efectos q u e s u estreno iba a
tener para su «imagen» públi-
c a , envió a los medios d e difu-
sión «material informativo»
q u e atacaba directamente a la
película,
a sus
real izadores
y a
s u s
asesores técnicos, varios
d e ellos activistas antinuclea-
re s . De los numerosos art ícu-
los y comentarios q u e h a d e -
bido producir esta maniobra
d e «relaciones públicas», e s
m u y
probable
q u e el m á s s o r -
prendente
sea e l de
George
E .
Will,
«A
film abo ut gre d»
(«Un
filme sobre
la
codicia»),
p u -
blicado
en
«Newsweek»
el 2
d e
abril; debió
de
t e rminar
d e
escribirlo, pues, pocas horas
antes d e q u e ocurriera e l acci-
dente
d e
Three Mile Island,
y
acaso, a l enterarse d e éste, le
d i o t iempo a l lamar a la re-
vista para pedir que lo ret ira-
r a n : ¡demasiado tarde, estaba
ya en
prensa
M r .
Will
(a
quie n
quizá
y a
alguien haya
l l a -
mado
« E l
Profeta»,
y n o
preci-
samente
p o r e l
significado
d e
su
apellido como verbo auxi-
liar) ridiculiza «The China
Syndrome», a part i r d e u n a
definición comercial
de su
propio dire ctor, como
u n a « p e -
lícula
de
monstruos»
(la
técni-
ca , en
este caso),
« d e
conspira-
ción», como
u n a
pieza
d e
«agit-prop» (¿resabio
m a c -
carthysta?)
en l a que s e mez -
clan, demagógicamente, a l -
gunos datos y hechos reales
c o n u n a «increíble» ficción (se
refiere
a l
«remoto» peligro
de
accidente nuclear y a la falta
d e
escrúpulos
de las
compa-
ñías ante
la
cuestión
de la se-
guridad pública) q u e s e p r e -
tende hacer pasar p o r reali-
d a d . L a película, añade, q u e
« n o
sería emocionan te
s i
fue ra
honesta»,
se
propone «mani-
pular»
a l
público para crear
en é l ,
injust i f icadamente,
u n a
«histeria antinuclear».
N o f a l-
ta , en e l
ejemplar art ículo
d e
M r . Will, la típica nota «anti-
intelectual»,
t a n
caracterís-
tica
de la
mental idad conser-
vadora norteamericana: los
«intelectuales» padecen d e
«tecnofobia» p o r s u ignoran-
c ia de la ciencia moderna y
envidian e l prestigio de los
científicos (a los que no sé por
q u é n o s e
considera también
«intelectuales»).
E l
articulista olvida,
a
este
respecto,
q u e s o n
varios
los
científicos
y
técnicos
que s e
h a n
unido
a l
movimiento
a n -
t inuclear , a lgunos incluso
después
de
haber renunciado
a s u s
puestos
en la
industria
o
en los
organismos nuclea-
re s (1 ) . En una
frase
t a n
lapi-
daria
q u e
estoy har to
d e
leerla
c o n p e q u e ñ a s v a r i a n t e s ,
afirma luego: «Los errores
d e
lo s cineastas s o n malas pelícu-
l a s . L o s errores de los ingenie-
r o s s o n malos puentes». ¡O
malas y peligrosas centrales
nuclear es Pero donde l a s do-
te s profét icas d e l articulista
brillan hasta la incandescen-
c i a
radiact iva
es en el
slogan
q u e ,
como*
u n
subtítulo,
des -
taca
en e l
centro
de su
tra bajo:
« S e corre m á s riesgo d e cánc er
sentado junto a u n fumador
q u e cerca d e u n a central n u -
clear». Discutible opinión
q u e , s i n duda, n o compart ir án
y a nunca la s 250.000 per sona s
q u e , p o r evacuación «espon-
(1) Por ejemplo, en febrero de 1977, tres
ingenieros nucleares
de la
General Elec-
tric, y, poco después, el jefe de seguridad
(nombrado por la Comisión Reguladora
Nuclear) de la central de lndian Point; los
cuatro pasaron a reforzar las filas del
poderoso movimiento antinuclear nor-
teamericano, qu e cuenta, entre otros,
con científicos como Linus Pauling, Er -
nest Sternglass, David Ford, Commoner,
Ehrich, Tamplin, Gofman... De las or-
ganizaciones antinucleares, las más co-
nocidas son: «Nuclear Information and
Ressource Service» (1536 Sixteenth
Street NW , Washington D. C. 20036);
«Union
of
Concerned Scientists»;
«Clamshell Alliance» (62 Congress
Street, Portsmouth, NH 03801); «Trojan
Decommissioning Alliance»
(215 SE
Ninth Avenue, Portland OR 97214);
«Abalone Alliance» (452 Higuera Street,
San Luis Obispo, CA 93401); • Palme to
Alliance» (P. O. Box 1065, Bamwell, SC
29812); iCatfish Alliance» (P. O. Box
20049, Tallahassee, FL 32304).
6 7
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 68/132
tánea», escaparon
de la
zona
d e
Harr isburg
en los
últimos
días
d e
marzo,
n i las
600.000
q u e estuvieron a punto de ser
evacuadas (y que quizá debie-
r o n
serlo),
ni los
millones
q u e
viven en torno a las 72 centra-
le s
nucleares
q u e
siguen
f u n -
cionando
en los
Estados
U n i -
dos. «A film about greed»
te rmina
c o n u n a
concesión
a
la mezquindad envidiosa y
depr imente de la clase media
norteamericana, obsesionada
p o r u n «democrático» pesi-
mismo, universal
y
sagrado,
sobre
la
«naturaleza» huma-
n a ; e n lugar d e l francés «cher-
chez
la
femme»,
e l
principio
básico
d e l
nor teamericano
medio, a la hora d e encontrar
motivación para cualquier
a c -
to , especialmente si parece te -
n e r
alguna dignidad moral,
e s
«cherchez l'argent».
M r .
Will,
puesto
que lo
reserva para
e l
final, par ece co ns id er ar este
argumento d e u n a contun-
d e n c i a i r r e b a t i b l e . J a n e
Fonda
h a
dicho
que la
películ a
es «básicamente sobre la co-
dicia», sobre e l hecho de que
l o s
intereses públicos estén
e n
manos d e negociantes «cuyo
principal interés
es
maxima-
lizar s u s beneficios económi-
cos» .
E l
c o l a b o r a d o r
d e
« N e w sw e e k » — p a r t i d a r io
acaso de que lo s artistas vivan
d e l aire— revela a su s lectores
el
escandaloso hecho
de que
los actores de «The China
Syndromex fueran pagados
y
Columbia Picture
no es una
organización caritativa.
U N ACCIDENTE NUCLEAR
Estrenada la película (y escrito
y a
punto
de ser
publicado
el
artículo
d e M r .
Will),
el 28 de
marzo, a las 4 de la madruga-
d a ,
como todo
e l
mundo sabe,
se p rodujo en Harr isburg e l
«accidente nuclear m á s grave
de la
historia».
M u y
similar
a l
de la película, pero m á s grave
incluso, pues
a l
«síndrome
6 8
China»
se
añadió
e l
peligro
n o
previsto
d e u n a
burbu ja
de h i -
drógeno
q u e ,
encerrada bajo
la
cúpula
d e
cemento
de la to -
r r e d e l reactor, amenazaba
explotar esparciendo casi in s -
t an táneamente u n a inmensa
nube radiactiva.
« L a
realidad
imita a l arte», h a n dicho y re-
petirán muchos,
c o n
brillante
pero trasnochada fórmula es-
teticista;
la
realidad imita
a l
arte cuando e l arte se ha ba-
sado
en
ella
y se ha
propuesto
expresarla. L a siniestra a m e -
naza
h a
afectado,
d e u n
modo
inmediato,
a la
zona
d e H a -
r r i sb u r g y a Pensi lvania ,
donde
e l
gobernador
se
limitó
a ordenar la evacuación de las
mujeres embarazadas y de los
niños a ocho kilómetros de la
central; fetos
y
niños menores
de 10 años son lo s más (pero
no los únicos) vulnerables a la
radiact iv idad. H a afectado
también, c o n mayor o menor
gravedad según la distancia, a
todo
e l
este
de
Estados Unidos
y de
Canadá;
en las
zonas peri-
féricas, todo dependería
( h a -
b r á dependido) de la direc ción
d e l viento. En e l su r de Onta-
r io , po r ejemplo, donde y o
vivo desde
el 1 de
octubre
(Fiesta de l Caudillo) de 1968,
se nos
llegó
a
anunciar
que s i
lo s
vientos soplaban
de Pen -
silvania,
la
radiactividad
t a r -
dar ía
en
llegar (menos inten-
s a ,
desde luego) unos tres días.
Desde
e l d ía de l
accidente,
h a
habido algunos vientos d e
Pennsylvania, pero todavía
n o
tenemos ninguna noticia o f i -
cial sobre
s i han
traído
m u -
c h a ,
poca
o
ninguna radiacti-
vidad. U n especialista, e l doc-
to r Ernest Sternglass, profe-
s o r d e Física Radiológica de la
U n i v e r s i d a d
d e
P i t t sburg
(Pennsylvania), afirma
que la
radiación h a llegado hasta s i-
tios t a n alejados como Nueva
York, Boston y Ottawa; según
é l , todos lo s niños recién naci-
dos en esta vasta zona deber án
s e r
sometidos durante
los
próximos años
a
reconoci-
mientos médicos para vigilar
la
posible aparición
d e
cáncer
en la glándula tiroides; y en
cuanto a los niños de la zona
m á s afectada, e l doctor Stern-
glass predice
q u e
habrá entre
ellos,
en el
plazo
d e u n a ñ o , u n
aumento
de l 5 a l 20 por 100 de
casos
d e
leucemia (producida
incluso o sobre todo, según
muchos científicos,
p o r l a r a -
diactividad absorbida e n b a -
jo s niveles). Aparte de los efec-
to s
inmediatos, habrá
m u y
probablemente otros (entre
ellos, deformaciones genéti-
cas ) ,
difíciles
d e
valorar,
q u e
pueden tardar en manifes-
tarse hasta
20 ó 30
años.
U n
aspecto especialmente inquie-
tante de la cuestión es el de los
«niveles permisible s
d e
expo-
sición
a la
radiactividad»
e s-
tablecidos
p o r e l
gobierno:
e l
nivel anual para
la
población
es de 500 milirems, y d e 5.000
para
e l
personal
q u e
t rabaja
en centrales nucleares. Para
hacer comprender estas cifras
a los
profanos,
la
prensa
ha ex -
plicado q u e e l norteameri-
cano está expuesto,
p o r t é r -
mino medio, a unos 100-200
milirems anuales, proceden-
tes , e l 50 por 100 del Sol y de
lo s
rayos cósmicos,
e l 45 por
100 de reconocimientos médi-
cos con
Rayos
X , y el 5 p o r 100
restante de las explosiones
atómicas,
lo s
televisores
d e
color,
lo s
hornos
d e
microon-
das y la s
centrales nucleares.
Otro dato,
q u e
pretende
ser
tranquilizador también, es el
d e q u e u n a
radiografía pecto-
r a l
irradia
a l
paciente entre
10
y 2 0 milirems. E s difícil sab er
la
cant idad
d e
radiación reci-
bida
p o r l o s
habi tantes
de la
zona;
los
datos oficiales
(que
e l
doctor Sternglass, entre
otros, discute, l legando
a
af i rmar
q u e l a s
verdaderas
c i -
fras h a n sido ocultadas) n o p a -
recen concordar: ¿30-25 mili-
rems
p o r
hora
el 30 de
marzo
( d o s días después d e l acciden-
t e ) ? ; ¿80
milirems
en
total
en -
tre el 28 de marzo y el 4 de
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 69/132
El
Pres idente Cár te r
d e l o s
E s ta d o s Un id o s
y s u
e s p o s a Ro s a ly n n , ju n to
al
G o b e r n a d o r
d e
Pensylvania, Dick Thorburgh, durante
la
visita
q u e
e f e c t u a r o n
a la
centra l nuc lear
d e
Three
MUe
Island
(L a
Isla Tres Millas), tras
e l
a c c i d e n t e
d e u n o d e l o s d o s
r e a c t o r e s
d e
d icha
Centra l Nuclear .
abril
(a l
nivel
de l 30 de
mar zo,
esta cantidad se habría reci-
bido no en 7 días, sino en 3 ó 4
horas)?... P or otra parte, los
«niveles permisibles» h a n
sido
t a n
criticados como exce-
sivamente altos
p o r
médicos,
biólogos y otros científicos
q u e e l gobierno está revisán-
dolos. E n cualquier caso, e l
accidente
d e
Three Mile
Is -
land e s u n a tragedia q u e h a
afectado y seguirá afectando
n o sólo a la salud, sino t a m -
bién a los medios de vida d e
cientos d e miles d e personas.
U n a noticia reciente pone u n a
nota
d e
sangriento sarcasmo
a l
desenlace,
a l
tiempo
q u e
i lumina —por
s i no
estuviera
clara— la natura leza de l s is -
t e m a p o l í t i c o
y
s o c i o -
económico norteamericano:
lo s gastos d e l accidente serán
cubiertos p o r u n a subida, del
35 por 100 o m ás , en l a
tarifa
de la
electricidad.
E n
otras
p a -
labras:
los
«gastos»
de la con-
taminación serán pagados p o r
lo s contaminados. «Si los ac-
cionistas de la Metropolitan
Edison Co. (propietaria de la
central nuclear) tuvieran
q u e
cubrir los costos del acciden-
te , la compañía se empobrece-
r í a o
tendría
q u e
declararse
en
bancar ro ta »; el despacho d e la
Agencia A .P. qu e estoy citand o
añade aún l a s palabras de l
a b o g a d o
de la
compañía :
«¿En
q u é
beneficiaría esto
a
lo s usuarios?». Dudar que la
respuesta justa
a
esta
p r e -
gunta es «en nada», significa-
r í a
dudar
d e l
dogma
de la «li-
ber tad
d e
empresa»;
y e l nor-
teamericano medio
es
dema-
siado religioso para ello.
L a real idad n o sólo «imita»,
sino q u e supera al arte. Los
realizadores
de
«The China
Syndrome», con su realismo
mora l i s ta ,
n o h a n
podido
imaginar u n final t a n senci-
llamente terrible; habría sido
poco cinem atogr áfico para
los
cánones
d e
Hollywood.
El fi-
n a l d e l filme es espectacular,
d e u n «catastrofismo realis-
t a » ,
posible, pero
q u e
acaso
tenga sólo, o sobre todo, u n
efecto catártico, a nivel indi-
vidual:
es la
codicia
d e
u n a
compañía determinada, quizá
sólo
de algunos de sus
directi-
vos , lo que causa la tragedia,
favorecida por l a cobardía y el
conformismo
d e
unos cuantos
técnicos
y
empleados.
EL SINDROME
«HARRISBURG
No es un síndrome moral,
sino e l síridrome de la enfer-
medad ingénita de todo u n
sistema, cada
v e z m á s a b o -
cado
a l
suicidio
o,
mejor
d i -
cho , a matarse matando. (El
«monstruo sagrado»
d e G u a -
yana, J i m Jones, tiene t a m -
bién u n valor sintomático,
quizá sindrómico: neonazi
perfeccionado, logró rizar
el
rizo de los «campos d e exter-
minio» a l hacer q u e s u s vícti-
69
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 70/132
m a s
eligieran
su
propia
des -
t rucción p o r mayoría demo-
crática).
L a
forma
en que se ha
desarrol lado l a industria n u -
clear —hija, heredera
y m á s -
c a r a d e l a r m a m e n t o n u -
clear— n o e s m á s q u e l a mani-
festación extremada
de las
tendencias generales, inevita-
bles,
d e l
sistema.
L o s
«átom os
p a ra la paz» se presentaron
como u n a fo rma de energía
barata, baratísima, casi gratis
u n a v e z q u e fueran amortiza-
das l a s instalaciones. Pero los
bajos costos —que
hoy ya son
t a n altos y m á s qu e los de las
otras formas de energía eléc-
trica—
n o
iban
a
servir, des de
luego, para reducir l a s tarifas
eléctricas; servirían sólo para
acelerar
la
acumulación
d e
capital
de l a s
multinacionales
q u e s e lanzaran a la aventura.
L a s grandes inversiones in i -
ciales
q u e
exigía,
y e l
control
casi exclusivo de la nueva t éc -
nica, reducían la compet encia
—haciéndola
m á s
bruta l ,
p o r
tanto— a los contados y selec-
t o s
miembros
de un
«club»,
íntimos enemigos de los que ,
m á s
ta rde
o m á s
temprano,
tendrían q u e depender el rest o
de l a s compañías y países. A
la s ven ta jas de la rentabili-
d a d , s e
añadían, pues, virtu-
d e s
autoritarias —quien
c o n -
centra capital, concentra po-
der—
e
imp e r i a l i s t a s .
L a
energía nuclear
e s
—incluso
p o r c ier tas caracter ís t icas
mega lomaníacas
q u e
serían
«cómicas» s i no fueran trági-
cas— e l su p e rmá n de los
grandes países desarrollados.
¿Qué podían importar, ante
la
urgenc ia compet i t iva , los
problemas
d e
seguridad
p ú -
blica,
e l
estudio verdadera-
mente racional
de la
conve-
n i e n c i a
o
i n c o n v e n ie n c i a
—desde e l punto d e vista h u -
U n o d e f o t d o s
reactores
d e t a
Central
Nuclear.de
la
Compañía Edison
d e
Harrisburg f u e parado tras producirse u n
escape d e vapor radioactivo en u n a d e l as
torres refrigeradora».
E l
reactor
d o s q u e
aparece
e n l a
foto pudo estar arrojando
material radioactivo
a l
exterior durante
d o s
horas.
mano—
d e
producir electrici-
d a d a pa r t i r de la energía n u -
clear? Científicos autorizados
consideran este método
n o
sólo peligroso, sino ineficaz:
usar la temperatura nuclear,
d e millones d e grados, dice
Amory
B.
Lovins
(2),
para
producir electricidad que va a
s e r usada para calentar u n a
casa
a 21° es
«como cortar
mantequil la c o n u n a sierra
eléctrica». Además, la elimi-
nación
d e los
residuos,
qu e son
radiactivos
y
algunos
lo
ser án
(2 ) Cito indirectamente de l artículo deJ.
Dicken Kirschten, « A new alternative in
th e
energy crisis»,
en e l
Book
of the
year
(1978),
de la
Enciclopedia Británica,
pág. 144.
p o r
cientos
d e
miles
de
años,
es un problema todavía s in so-
lución; so n «basura indestruc-
tible», como los l lama Jon
Tinker (3), y por eso, ante las
dificultades
y
peligros
de su
enterramiento , s e h a llegado a
pensar
en
mandar los
a l Sol en
naves espacia les: ¡nos cos tar ía
m á s
cagar
q u e
comer , como
dijo Quevedo (4). Todo esto n o
h a
impedido
que en e l
mundo
haya varios cientos
d e
centra-
le s nucleares. Y de l a s 72 que
funcionan en los Estados U n i -
d o s , unas 60 se encuentran e n
(3 ) «The indestructible garbage», en
Book ol the year (1979),
pág. 365.
(4 ) ¿Quién, si no, puede haberlo dicho?
7 0
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 71/132
menos
de la
mitad este
de su
territorio, c o n u n a concentra-
ción nuclear q u e debe de ser la
mayor de la Tierra. Y e n torno
a ciudades como Nueva York,
Boston, Filadelfia, Baltimore,
Chicago... ¿Qué criterio sino
el
d e l
b e n e f i c i o — a b a r a t a -
miento d e l transporte, proxi-
midad
de l
mercado...—
h a
podido decidir
a la
industria
nuclear a elegir estos empla-
zamientos?
S e dice q u e hace falta m á s
energía, pero
la s
últimas esta-
dísticas demuestran que en
Estados Unidos y Canadá el
índice
d e
crecimiento
de l con-
sumo de electricidad ha des -
cendido; y , además, ¿para q u é
hace falta m á s energía? ¿Para
mantener encendidos, d ía y
noche,
los
billones
de
anun-
cios publicitarios; los apara-
t o s de aire acondicionado d e
edificios
s in
ventilación natu-
r a l ; l a s dañinas luces fluores-
centes d e fábricas, oficinas,
centros comerciales
y
escuela s
s in
ventanas
o con las
persia-
n a s bajadas? ¿Para q u e r e s -
plandezcan en la noche los va-
cíos rascacielos de l negocio?
¿Para
q u e
sigan funcionando
fábricas donde s e hacen p r o -
ductos cada v ez peores, m á s
dañinos
y en
mayor número;
fábricas que , a l usar cada vez
menos trabajadores, produ-
c e n
también paro,
en
lugar
d e
mayores sueldos, m á s tiempo
libre y m á s salud para los qu e
trabajan? ¿Más energía para
que a l f in un d ía —¡oh «Ame-
rican dream»,
y a
casi pesadi-
l l a universal — poda mos to -
d o s
cep i l la rnos e léc t r ica -
mente los dientes, s i es que la
industr ia de la alimentación
n o h a logrado, con la malnu-
trición q u e impone, que la es -
pecie humana
s e a
desdenta-
da?...
Y si, a
pesar
de
todo,
es
cierto que va a hacer falta m á s
energía (en muchos países,
desde luego,
y a
está haciendo
falta), ¿con
q u é
criterio cientí-
fico y humano , p o r ejemplo, s e
h a
abandonado
o
reducido
drás t icamente la construc-
ción
d e
centra les hidroeléctri-
c a s , absolutamente limpias,
s in peligro y de magnífico
rendimiento? (5). (Los térmi-
n o s «científico» y «humano»
sólo pueden
s e r
contradicto-
rios cuando
la s
ciencias,
so -
metidas
a l
capital como
a n -
taño lo estuvieron a la Teolo-
g ía , e s
decir,
a la
Iglesia
y los
señores feudales, son enseña-
d a s , desarrolladas y aplica das
como «inhumanidades»).
E s cierto que , en los últimos
años, s e ha empezado a habl ar
d e
«energías alternativas»,
limpias, baratas, n o peligro-
s a s ,
modernas:
la
solar,
la eó-
lica, l a geotérmica... (D e tod as
estas cualidades, la única
falsa
es la de
«modernas»).
S e
dice, en f in , que se están h a -
ciendo estudios sobre ellas.
¿Quiénes, y con qué propós ito
la s «estudian» (d e algunas,
(5) En Estados Unidos, el país más
«nuclear», sólo había, en 1978, dos cen-
trales hidroeléctricas en construcción,
frente
a 94
nucleares.
Un
informe
del
Cuerpo de 1 ngenieros de l Ejército, publi-
cado en 1977, afirmaba lo siguiente: «La
explotación de todo el potencial hidroe-
léctrico de las centrales y presas y a exis-
tentes ( el subrayado es mío) podría pro-
ducir unos 160.000.000.000 de kilctva-
tioslhora y ahorrar 727.000 barriles de
petróleo diarios» (Book o f t he year
(1978), articulo c itado de J. Kicken Kirs-
chten, pág. 146).
71
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 72/132
De la s 72 c e n t r a l e s n u c l e a r e s q u e f u n c i o n a n e n l o s E s ta d o s Un id o s , u n a s s e s e n ta s e
e n c u e n t r a n
e n
m e n o s
d e l a
mitad es te
d e s u
terr itor io,
c o n u n a
c o n c e n t r a c ió n n u c le a r
q u e
d e b e s e r l a m a y o r de l a Tie r ra . Y e n to r n o a ciudades como Nueva York, Boston, Filadelf la ,
BaNImore, Chicago.. . ¿Qué cr iter io sino e l d e l b e n e f ic io h a podido dec id ir a l a Industr ia
n u c le a r a e l e g i r e s t o s e m p l a z a m i e n t o s ? (E n la foto, e l P r e s id e n te Cá r te r , d e l o s E s ta d o s
Unidos , durante u n a a lo c u c ió n al país) .
como
la
eólica,
h a y
poco
q u e
estudiar)? ¿ N o serán los mis -
m o s q u e n o s
están forzando
a
acep ta r
l a s
formas
de
energía
m á s peligrosas y sucias, desde
e l petróleo y el motor de ex -
plosión,
de t an
bajo rendi-
miento, hasta
la
energía
n u -
clear? L o q u e están «estu-
diando», ¿ n o será, sencilla-
mente, cómo hacerlas contro-
lables
( p o r
ellos)
y
rentables
(para ellos),
es
decir, caras
y
acaso
d e
lujo, reservadas,
p o r
tanto, para usuarios «moder-
nos»?
L o s q u e
producen peli-
g r o ,
polución, «crean merca-
do» , a l
mismo tiempo, para
la
seguridad, para la limpieza.
Es una l ey general que se ve
7 2
también,
p o r
e jemplo,
en la
industr ia de la alimentación:
lo s «health food» (alimentos
sanos) h a n sido lanzados
como «alternativa»,
m á s
bien
para «snobs»
y
exquisitos
suspicaces, de los «unhealthy
food» (alimentos insanos), a
l o s q u e
presuponen; éstos
son ,
e n buena lógica binaria, todos
lo s demás, l o s q u e llenan los
superm ercado s; pues bien,
los
alimentos sanos h a n sido l a n -
zados por los mismos q u e
producen los insanos (norma-
les ) utilizando entre 7.000 y
8.000 «aditivos» y «preserva-
tivos», muchos d e ellos cance-
rígenos y casi todos dañinos
d e u n a u
otra forma .
E l
círculo
vicioso sólo pued e romp ers e si
se
rompe
e l
s is tema
que lo
permite
y
necesita,
l a
telaraña
mundial de l a s mult inaciona-
les .
L o s s ín tomas q u e componen
el «síndrome Harrisburg», los
q u e
explican
e l
demencia l
d e -
sarrollo de la industr ia n u -
clear, s e expresan a través d e
algunas de l a s palabras clave
d e l
sistema,
d e
resonancia
cada
v e z m á s
siniestra
p o r -
q u e , e n
nuestras sociedades,
están
y a m u y
lejos
d e
signifi-
c a r l o q u e
significan: «efica-
cia» (¿matar mosquitos... con
fumigaciones cancerígenas?;
¿producir e lectr ic idad c o n
bombas atómicas?); «produc-
t iv idad» ( ¿ e n qué?; ¿para
qué?; ¿ a costa de qué?); «ren-
tabilidad» (¿para quién?);
« b e n e f i c i o » ( m a l e f i c i o ) ;
«competencia» (lucha entre
dinosaurios pisoteando
h o m -
bres); «desarrollo»
(de l a s en -
fermedades, los peligros, e l
paro...); «libertad
d e
empre-
s a »
(para envenenar, conta-
minar.. .); «racionalización»
(con la
razón burguesa);
« d e -
mocracia» (de etimología des -
conocida, quizá p o r deforma-
ción
de la
frase «demos
g r a -
cias», equivalente
a la fór-
mula religiosa «Amén»)...
PROMOCIONES
Y ANUNCIO
E l sistema se va perfeccionan-
do . Su fórmula fundamental
parece estar a pun to d e c o n -
vertirse en « la explosión de l
h o m b r e p o r e l h o mb re » .
Mientras
s e
realiza
la
negra
profecía de Svevo a l final d e
« L a conciencia d e Zeno » (pues
e s m u y
posible
q u e s e
realice
si no se
logra antes separar,
como antaño la religión, el
Capita l d e l Estado), preparé-
monos a comprar los contado-
r e s Geiger, d e pulsera o bolsi-
l l o , que estoy seguro h a n e m -
pezado y a a fabr icar l a s c o m -
pañías nucleares:
es el
nuevo
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 73/132
mercado en expansión; ¡ l a m e-
j o r
inversión para
su
dinero
Serán, naturalmente, de c i r -
cuito integrado, de o ro , de p la -
ta , de platino, dorados o p l a -
teados, para 50.000 milirems,
para 75.000 milirems, para
100.000 mili rem s.
M á s
poten-
tes , es inútil fabricarlos: n o
s o n
negocio,
n o
habría
y a
mercado para ellos.
Al
princi-
p i o ,
serán caros, pero podrá
pagarlos con su tar je ta de c ré -
dito «favorita». N o deje usted
d e
comprarse
u n o :
todos
te -
nemos derecho
a
saber cuánta
radiactividad estamos disfru-
tando. S e a moderno, inde-
pendiente : no s ea como esas
personas q u e v a n p o r l a calle y
t ienen
q u e
p regun ta r le
a l
pr imero q u e pasa q u é hora es
o cuántos mil i rems hay ho y . •
J. L. P.
« S e a mo d e r n o , I n d e p e n d ie n te ; n o s e a c o m o e s a s p e r s o n a s q u e v a n p o r l a ca l le y t i e n e n q u e p r e g u n ta r a l pr imero q u e p a s a q u é hora e s o
c u á n to s mi l i r e ms h a y hoy...» ( L a s tor res d e l a Centra l Nuclear d e L a Isla Tres Millas , fotograf iadas e n m e d i o d e l « e s c a p e » d e rad ioac t iv idad , e n
la m a d r u g a d a d e l 2 8 d e m a r z o d e 1979).
73
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 74/132
La
Libertadora
del
Libertador
Ricardo Lorenzo Sanz
GUN día deberá escri-
birse sobre
la
impor-
tancia
de las
mujeres
en el proceso independentista
latinoamericano
y, en ese es-
tudio
a
realizar,
el
nombre
de
Manuela Saenz dejará
de ser
sinónimo
de la
amante
de
Simón Bolívar, para adquirir
relevancia y significado pro-
pio.
ANUELA Sáenz nace a
principios de 1977 en
Quito,
«en un
lecho magnífico ,
cubier to
d e
terciopelo
d o -
blado
d e
sat ín, adornado
con
u n a larga franja y u n precioso
galón d e o r o , c o n u n a cobija
d e l mismo estilo y sábanas
bordadas
d e
encaje
de
Bruse-
las»
(1) . Sin
embargo, este
e s -
plendor
s e
veía emp aña do
p o r
su condición d e hija ilegítima,
fenómeno
q u e
aunque harto
(1 ) Hugo Moncayo, E l Quito colonial y
el de la época libertadora.
frecuente
en la
colonia
n o d e -
jaba d e tener s u s inconvenien-
t e s , sobre todo a la de hacer
valer
s u s
derechos heredita-
rios.
L a
infancia
d e
Manuela
se de-,
senvolvió en el centro mismo
de los vientos revoluciona rios
q u e
agi taban
la
colonia.
S u
hogar reproducía en escala l a
si tuación
de la
sociedad crio-
l l a . Su
padre
e ra un
fervoroso
realista, s u madre y her manos
adherían
a la
causa revolucio-
naria . El 9 de agosto de 1809 se
produce
el
postergado enfren-
tamiento. Quito, l a ciudad de
60.000 habitantes se subleva y
§1 d ía 10 se instaura la «Junta
Suprema
q u e
gobernará inte-
r inamente
a
nombre
y
como
representante d e nuestro legí-
timo soberano
D o n
Fernando
VII». E l padre d e Manuela,
Simón Sáenz,
es
apresado.
S u
madre
y sus
hermanos están
entre los pat r iotas y n o pare-
c e n preocuparse demasiado
por l a
medida. Poco duró
e l
gobierno criol lo.
El 2 de
agosto
de 1810
estalla
l a con-
trarrevolución; Simón Sáenz
es uno de sus
jefes
y
par t icipa
en la caza d e pat r iotas por las
calles quiteñas.
E l
resto
de la
familia opta
por l a
fuga,
M a -
nuela vive a los trece años su
primer exilio
en la
hacienda
d e Catahuango a l sur de la
ciudad.
Pero poco después se produce
la
reconciliación
de los
padre s
y la
capitulación incluye
la in-
l
poeta Olmedo pide
a
Bolívar
la
l iber tad
d e l
Perú (ba |or re l leve
d e
Teneranl ) .
74
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 75/132
corporación de los hermanos
varones a l ejército.español. A
Manuela
se le
reserva otro
destino:
e l
duro aprendizaje
de la
mujer-esposa.
A los d ie-
cisiete años ingresa
en e l Con-
vento
de
Monjas
d e
Santa
C a -
talina, donde
le
imparten
«esas labores
d e
aguja, esos
bordados de oro y plata q u e
so n motivo d e asombro para
lo s
extranjeros;
la
prepara-
ción
d e
helados, sorbetes
y
confituras. L a s religiosas en -
señan,
a la vez, a
leer
y a
escri-
b i r . Es
todo
l o q u e
sabe
u n a
joven de buena familia» (2).
E n
este lugar habrá
d e
prota-
gonizar
el
primero
de sus in -
contables escándalos
a l fu -
garse co n u n joven oficial es-
pañol, Fausto d'Elhuyar (hijo
d e l
qu ímico españo l
d e l
mismo nombre,
a
quien
se
debe
e l
aislamiento
d e l
tungs-
teno).
Tras
el
rapto,
e l
desastre.
E l
amante cede ante
la s
amena-
z a s
familiares
y la
devuelve
a
casa. Sólo queda u n camino
para aplacar
los
comentarios
de la
buena sociedad.
H a y q u e
casar a Manuela y e l elegido
es un
subdito inglés
que le do-
b la en
edad:
e l
médico Jaime
Thorne, a quien n o preocupan
la s
habladurías. Manuela
se
somete
a la
decisión paterna,
pero
no
oculta
su
desprecio
p o r su
esposo.
S u
opinión
so-
b re é l
queda manifiesta
e n
esta carta q u e l e enviará años
m á s
tarde, cuando Simón
B o -
lívar aparezca en su vida:
«Como hombre usted
es
pesa-
do; la
vida monótona está
re -
servada
a su
nación.
E l
amor
les
acomoda
s in
placeres;
la
conversación
s in
gracia,
y el
caminado, despacio;
e l
salu-
d a r , c o n
reverencia;
e l sen-
tarse
y
levantarse,
c o n
cuida-
do; la
chanza,
s in
risa.
Yo me
r ío d e m í misma, d e usted y de
estas seriedades inglesas».
Luego
d e u n
corto período
d e
(2) Juan Bautista Boussingault, M e-
morias.
p a z
conyugal,
en el
cual
M a -
nuela par a aceptar
su
papel
d e
esposa tradicional aparece
nuevamente
en
escena Fausto
d 'Elhuyar y se inaugura e l
adulterio,
u n
adultério prego-
nado
p o r
ambos amantes
q u e
obliga
a
mister Thorne
a to-
m a r u n a
medida drástica.
S u
alejamiento
d e
Quito rumbo
a
Lima como medio
d e
alejar
a
Manuela
d e l
joven oficial.
LA CABALLERESA
D E L S O L
E l
doctor Thorne
m u y
pronto
comprendería
q u e
poco valía n
lo s
cambios geográficos
en el
cometido d e disciplinar a su
esposa.
E n
Lima
le
aguardan
n o
sólo nuevas aventuras
amorosas; se relaciona con
Rosa Campuzano,
que la in i -
c ia en e l
difícil arte
d e l
espio-
naje. Mientras Manuela cons-
pira
en los
salones junto
a su
amiga,
la
suerte
d e l a s
fuer zas
Co mo u n a sab ia prede te rminac ión h is tór i -
c a , l a
suarta f inal
d a l
c o n t in e n te
f u e
se l lada
p o r u n h o mb r e q u e a ú n n o había s ido c o -
r rompido
p o r a l
horror
de la
g u e r r a
y
m a n t e -
n í a viva s u g e n e r o s id a d . ( E n l a I ma g e n , A n -
ton io José
d e
Sucre, Gran Mariscal
d e A y a -
cucho).
patr io tas
n o
podía
se r
mejor.
Bolívar
y su
ejército cruzan
los
Andes, reeditando
l a h a -
zaña d e S a n Martín e n Chile, y
liberan Bogotá
el 10 de
agosto
de 1819 . Por su
parte,
el
gene-
r a l
argentino parte
d e
Valpa-
raíso el 20 de agosto de 1820 al
ma n d o
d e
4.000 soldados
ru mb o
a
Perú.
En
Lima
e l n e r -
viosismo iba en aumento y la
labor
de los
espías patriotas
s e
intensifica
a l
producirse
el de-
sembarco d e l a s fuerzas a r -
gentino-chilenas
en las
costas
peruanas.
E l
virrey Pezuela había sido
sustituido por.De
la
Serna,
quien llamó
en su
ayuda
a va-
rios regimientos destacados
en
Ecuador. Como oficial
d e
u n o d e
ellos llegará
a
Lima
José María Sáenz, quien será
ganado para
la
causa patriota
p o r s u
hermana. Manuela
Sáenz tendrá mucho
que ver
en la deserción en masa del
•regimiento Numancia
y su in-
corporación
a l
ejército
de San
Martín, q u e pone sitio a la
ciudad
d e
Lima. José
De la
Serna decide
el 10 de
julio
abandonar la ciudad y San
Martín
se
transforma
en el
Protector
d e l
Perú. Mientras
tanto Bolívar triunfaba
en Ca-
r a
bobo
(24 de
julio
de
1820),
asegurando
as í la
indepen-
dencia
d e
Venezuela.
Manuela Sáenz
e s
asidua
c o n -
currente
a las
reuniones
p a -
triotas. S a n Martín le otorga
u n
trato preferencial. Nadie
ignora
que en ta l
distinción
tuvo mucho q u e v e r Rosa
Campuzano,
c o n
quien
el ge-
neral argent ino mantenía
ciertas «relaciones
d e
tapadi-
llo,
pues
S a n
Martín
no
quer ía
d a r e n
Lima escándalo
p o r
aventuras mujerieras. Jamás
se le vio en público con su
amante»
(3).
El 21 de
enero
de 1822 Ma-
nuela sería distinguida
coa la
máxima condecoración insti-
tu ida
p o r e l
Protector.
La Or -
d en d e l So l , otorgada a «las
7 5
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 76/132
pa t r io tas que s e hubieran d i s -
t inguido
p o r s u
adhesión
a la
causa de la independencia de l
Perú».
E L ENCUENTRO
A
mediados
d e
abril
de 1822,
Manuela abandona a su m a-
rido en Lima con l a excusa d e
visitar a su madre en Quito.
Este viaje significará
e l
gran
cambio, conocerá a Bolívar y
se
encontrará
a s í
misma.
El 24 de
mayo
el
general Sucr e
logrará e l triunfo d e Pichincha
y
asegura
c o n
esta victoria
e l
control
de l
Ecuador
y
par te
d e
Colombia.
L as
tropas vence-
doras desfilan por l a s calles d e
Quito. Ent re la multitud entu-
s iasmada s e encuentra M a -
nuela, quien será pre sen tad a a
Sucre
e s a
misma noche.
Co-
mienza aquí u n a relación só -
lida entre
el
indiscutible
h e -
redero d e Bolívar y l a que m á s
tarde será
su
mujer. Sucre
y
Manuela parecen haber sido
lo s
afectos
m á s
sinceros
y lea-
les con los que contará el Li-
bertador. Ambos serán sus
ojos y oídos, s u s confidentes y
guardaespaldas .
El 16 de junio Bolívar llega a
Quito y se produce el encuen-
t r o . « E l guerrero a m a e l peli-
gro y e l juego —dice Nietz-
sche—
y p o r e s o a m a a l a m u -
jer,que
es el
juego
m á s
peli-
groso». Simón Bolívar,
g u e -
r rero
y
jugador,
a m ó a l a s m u -
jeres, pero ninguna parece
haber gravitado tanto
en su
vida como Manuela Sanz. E n
verdad, l a s muj eres anter iore s
a
ella parecen haber sido
s i m -
plemente e l espejo en el cual
se reflejaba s u propia vanidad
en la admiración q u e ellas le
tr ibutaron como
un s e r
viril,
encantador, t ierno o cruel, se -
g ú n correspondiera (3).
L a unión de estas «dos fue rza s
de la
natura leza»
n o
podía
menos
q u e
responder
a los ci-
(3 ) Ricardo Palma, Tradici ones perua-
n a s .
clos telúricos, calmas
y t e m -
pestades,sucediéndose s in in -
terrupción. La aparición de
Manuela en la vida d e Bolívar
coincide con e l momento en
q u e éste se t rans fo rma en el
líder indiscutible
de la
causa
l a t in o a me r i c a n a . E fe c t iv a -
mente, luego de la entrevista
d e
Guayaquil (1822),
S a n
Martín se retira de la escena
diciendo
a
Bolívar, «ahora
le
queda
a
usted, general,
u n
nuevo campo de gloria, en el
que va
usted
a
poner
el
último
sello a la libertad d e Améri-
c a » .
« ¿ M e c r e e u s te d me n o s
o m á s
h o n r a d a
p o r
s e r é l m i a m a n t e y no m i e s p o s o ? | Ah l , yo no
vivo d a l a s p r e o c u p a c io n e s s o c ia le s I n v e n -
ta d a s p a r a a to r me n ta r s e mu tu a me n te » .
(Manuel Sáenz ,
e n s u
juventud) .
Luego de la entrevista famosa,
Bolívar prepa ra
su
estrategia,
en compañía d e Manuela, en
la
es tanc ia
d e
Babahoyo,
cerca
de
Guayas.
E l
amo r jugó
u n importante papel en los
prel iminares de la definitiva
c a mp a ñ a
de l
Perú. Mientras
tanto en Lima mister Thorne
recibía l a s noticias de l ro-
mance
d e
Manuela
y e l
gene-
r a l caraqueño, y le envía u n a
dolorida carta recordándole
s u s
deberes.
L a
contestación
d e
Manuela
no se
hace espe-
r a r : « Y o s é m u y bien q u e nada
puede unirme
a
Bolívar bajo
lo s
auspicios
de lo que
usted
llama honor. ¿ M e cree usted
menos o m á s honrada por ser
é l mi
a ma n te
y n o m i
esposo?
¡Ah , yo no vivo de las preocu-
paciones sociales inventadas
para a to rmenta rse mutua-
mente». E n sep t iembre d e
1822 los dos amantes deben
separarse p o r p r imera vez .
Bolívar debe marchar
a l
Perú
previo aplastamiento de la
sublevación
d e
Pasto,
y Ma-
nuela se dirige a Quito, don de
protagonizará
su
p r ime r
ep i -
sodio bélico. «Manuela Sáenz
—dice Ricardo Palma— se
quedó e n Quito entre gada p o r
completo
a la
política.
F u e e n -
tonces cuando, lanza en ristre
y a la cabeza de un escuadrón
d e
caball ería, sofocó
u n
motín
en la plaza y l a s calles d e Q u i -
to».
DE LA BABILONIA
A
AYACUCHO
E n sept iembre de 1823 Bolí-
v a r s e
instala
en
Lima.
E n -
cuentra el
virreinato
en un es -
tado increíble d e desorden,
c o n d o s presidentes, u n p a r -
lamento dividido, amplias
facciones realistas, u n ejército
español
al
mando
d e l
virrey
L a Serna acampando en las
montañas y u n ejército nacio-
n a l
presa
de la
incertidumbre.
Pronto los acontecimientos
superan
su s
fuerzas
y cae g ra -
vemente enfermo. Manuela
permanece a su lado ajena a
la s presiones de su mar ido y
las de l propio Bolívar, que se
ve asaltado frecuentemente
p o r
cargos morales
y le
llega
a
escribir:
«En lo
futuro
t ú
esta-
r á s sola aunque a l lado de tu
marido.
Y o
estaré solo
e n m e -
d io de l
mundo. Sólo
la
gloria
d e
habernos vencido será
nuestro consuelo. E l deber nos
dice q u e y a n o somos m á s c u l -
pables. No, no lo seremos
más».
S i n
embargo, Manuela
permanece a su lado e n u n a
res idencia conocida popu-
larmente como La
Babilonia,
dado
los
escándalos frecuen-
t e s que en
ella ocurren. Bolí-
v a r
comete infidelidades
y
Manuela contesta co n iguales
a rmas .
L as
peleas
y las
recon-
ciliaciones s o n comentadas
p o r toda la sociedad limeña.
76
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 77/132
En 1824 Bolívar decide ju -
garse el todo po r e l todo y a m -
parado
en el
poder dictatorial
qu e le ha
otorgado
e l
Congreso
d e Perú, inicia su últ ima y m á s
grande campaña. L a s tropas
criollas deciden presentar
b a -
talla
a l
poderoso ejército
r e a -
lista
y el 25 de
agosto, contra
todos los pronósticos, Bolívar
vence
a l
general Canterac
e n
el valle d e Junín. Manuela es-
tuvo presente custodiando
e l
archivo de l mando patriota y
desempeña tareas
d e
secreta-
r i a . Boussingault asegura que
siguió
e l
curso
de la
batalla
valiéndose
de un
catalejo.
B o-
lívar habría impedido
q u e
tomara parte activa en el
combate. E l destino le tenía
reservado u n lugar d e privile-
gio en la últ ima y decisiva b a -
talla librada e n Ayacucho.
Esta batalla tiene
u n
protago-
nista,
e l
general José Antonio
de Sucre, y dos grandes ausen-
t e s :
Bolívar
y San
Martín.
Como
u n a
sabia predetermi-
nación histórica/
la
suerte
final
d e l
continente
fu e
sell ada
p o r u n hombre q u e a ú n n o h a -
b í a
sido corrompido
por e l ho-
rror de la guerra y mantenía
viva
su
generosidad.
Es as í
q u e decretará: «Todo indivi-
duo de l
ejérc ito español podr á
libremente regresar
a s u
país,
podrá se r admitido en el Perú
si lo
quisiese;
n o
será incomo-
dado
po r su s
opiniones ante-
riores si su conducta fuere
conforme
a las
leyes...».
Manuela
fue la
única mujer
q u e participó en la contienda.
Vestida de húsar se batió a la
par de lo s
otros soldados,
lle-
gando
a
arrancar «como
t ro -
feo unos soberbios bigotes es-
pañoles,
con los
cuales
se
hac e
arreglar unos postizos para s í
misma» (Rumazo González).
LA
SUBLEVACION
DE LOS
DELFINES
Luego de Ayacucho, Bolívar se
entregó a s u m á s ambicioso
proyecto, la enunciación d e
u n a serie d e principios q u e
permitieran
la
unidad lati-
noamericana desde e l Río
Grande
a l
Cabo
de
Hornos.
E n
1825 Sucre desaloja a los es-
pañoles
de l
Alto Perú
y
crea
la
república independiente
d e
Bolivia
(en
honor
d e l
Liberta-
dor )
Bolí.
a r y
Manuela
se
despla-
z a n
hacia allí.
S o n
tiempos
d i-
fíciles para ellos. Bolívar
se
dedica a la redacción d* la
constitución para
la ni
tova
República y espera que e¡ do- *
cumento s e a adoptado rápi-
damente
p o r
todos
lo s
Esta dos
vecinos como paso previo
a la
realización
de un
gran proyec-
to : la Confederación d e Esta-
dos
Americanos. Manuela,
p o r
su
parte, advierte
los
peligros
de la
ausencia
de
Bolívar
de la
escena política e intenta p r e -
venirlo sobre la s maniobras
de sus vicepresidentes, Páez y
Santander. Alejado el peligro
español
en
América,
se
hicie-
ro n evidentes la s diferencias
claras
de
todos
lo s
sectores
q u e i n t e r v i n i e r o n en e l
conflicto.
E l
fracaso
d e l C o n -
greso d e Panamá y las manio-
bras de la cancillería nortea-
mericana contribuyeron
a de-
bilitar la figura de Bolívar. E l
Libertador,
e l
«hombre
p r o -
videncial», comenzaba a ser
cuestionado.
L os
intereses
d e
los sectores nacionalistas de
los
distintos Estados, recién
formados,
s e
contraponían
unos
a
otros
y
hacían utópica
la propuesta bolvariana. A
todo esto Londres participaba
m u y d e
cerca
de
este proceso.
Se
puede afirmar
q u e
Ayacu-
c h o n o sólo fue el f in del poder
de la
corona española
e n A m é -
rica, sino e l inicio también de
la
agonía política
de
Bolívar.
En 1827 rige lo s destinos d e
Nueva Granada y Venezuela
desde La Babilonia, en el Pe-
r ú . E l
enfrentamiento
de
Páez
y San tander en aquellos p a í -
ses e r a
cada
v e z m á s
violento.
Por f in estalla la revuelta d e
Páez, q u e
amenaza
con la se-
paración
de
Venezuela.
El Li-
bertador
se
decide
a
dejar
Lima para solucionar
e l
conf l ic to . Manuela no lo
acompaña; decide permane-
cer en e l
Perú,
y
afronta sola
los
graves acontecimientos
q u e s e desencadenarán. El 26
d e
enero
de 1827 se
produce
la
sublevación del coronel B u s -
tamante ,
q u e
destituye
al go-
bierno peruano. Manuela, se -
cundada
p o r s u s
servidoras
negras, recurre a l gobierno
desesperado. Disfrazadas de
soldados, intentan sublevar
u n
cuartel .
La
tentativa
f r a -
casa
y son
apresadas.
A los po-
c o s días e l nuevo gobierno o r -
dena
su
destierro
y son em-
barcadas
en el
Callao rumb o
a
Guayaquil.
Bolívar mientras tanto impo-
n ía su autoridad sobre Páez y
Santander ,
y se
instalaba
e n
Bogotá. S in embargo, e r a
consciente
que el f in
estaba
cercano
y los
poderes absolu-
to s otorgados po r l a Junta Po-
pular n o alcanzaban para d e -
tener
la
conspiración.
Es en
este momento donde la figura
d e Manuela adquiere u n a d i -
mensión propia, transfor-
mándose
en la
custodia
no
sólo
de su
amado, sino
t a m -
bién
de los
principios revolu-
cionarios americano s.
LA AMABLE LOCA
Luego de perder todos su s
bienes
en
Ecuador, inten-
tando sobornar vanamente
a
varios regimientos, Manuela
marcha
a
Bogotá
a
reunirse
c o n Bolívar. Pronto se ve in-
serta
en e l o jo
mismo
de la
tormenta ,
y
comienza
a de-
senmascarar públicamente
a
lo s
enemigos
d e
Bolívar.
E s as í
como organiza u n a fiesta e n
donde ordena fusilar u n a
efigie
de
Santander frente
a
varios oficiales
a
quienes
su-
pone implicados en la conspi-
ración. Ante las que jas de uno
77
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 78/132
de
ellos,
e l
general Córdoba,
Bolívar contesta
lo
siguiente
r e f i r i é n d o s e a M a n u e l a :
«.. . En
cuanto
a la
amable
lo -
c a , ¿qué quiere usted que le
diga? Usted
ya la
conoce
de
tiempo atrás; luego q u e pase
este suceso pienso hacer
e l
m á s determinado esfuerzo
para hacerla marchar
a su
país o donde quiera». S i n e m -
bargo,
l o s
servicios
de la
«amable loca» serían m u y
importantes para
e l
Liberta-
dor , ya que en dos
ocasiones
ésta le salvará la vida. E l p r i -
m e r
intento
fue en un
baile
de
disfraces. Manuela intenta
persuadir a Bolívar para q u e
n o
asista
a l
mismo, pues
h a
sido avisa da qu e se prepara u n
atentado. Bolívar desoye su s
ruegos y acude. Manuela s e
presenta a la fiesta disfrazada
d e hombre y le es negada la
entrada. Entonces utiliza
u n
recurso q u e avergonzará p r o -
fundamente a su amante. «El
Libertador conversaba
en
esos
momentos
con los
oficiales,
distraídamente, cuando vio lo
q u e menos podía esperarse: e n
la
puer ta
d e l
coliseo había
u n a
• mujer desgreñada y sucia q u e
El 17 de
d i c i embr e
d e
1 8 3 0 muere Bolívar.
E n e l
delir io
d e l a
f i eb r e
se l e
e s c u c h a
decir: «Vémonos.. .
Vémonos. . . es ta
g e n t e n o n o s quiere
e n
esta t ierra.. .
vamos,
muchac hos . . . l l even
m i e q u i p a j e a bordo
de la f r aga t a» .
( E s t a t ua ecues t r e
d e l L iber t ador Simón
Bol ívar , emplazada
e n e l madr i leño
P a r q u e d e l Oeste) .
s e
reía
a
carcajadas,
q u e
hacía
contors iones . Bol ívar p r e -
gunta
a l
edecán
si se
t ra ta
e n
realidad
de
Manuela.
Sí, mi
general, contesta Fergusson.
Esto
es
insufrible, dice
el Li-
bertador, y sale precipitada-
mente tras de la muje r que
huía»
(4).
Posteriormente
se
comprobó
la
existencia
de l
complot
y la
participación
e n
e l
mismo
del
ofendido general
Córdoba.
E l segundo intento f ue el 25 de
septiembre
de 1828. El
Liber-
tador
s e
hallaba tomando
u n
baño.
S u
única compañía
y
guardia
es
Manuela.
A
media
n o c h e u n g r u p o a r m a d o
i r rumpe
en la
casa . Bolívar
i n -
tenta hacerles frente, pero
Manuela lo hace fugar p o r u n a
ventana, enfrentándose, es-
pada
en
mano,
a los
conspira-
dores. E l golpe había fracasa-
d o .
Catorce
de los
implicados
fueron ajusticiados. A S a n -
tander
se le
perdonó
la
vida,
a
pesar
de ser el
inspirador
del
atentado. Será
e l
hombre
q u e
asestará e l último golpe para
la caída de Bolívar.
(4 ) Ricardo Lorenzo Sanz, Caminos
abiertos p o r Simón Bolívar.
LA SEPARACION
L a estrella política d e Bolívar
declinaba, hubo d e enfren-
tarse
e n
varia s rebeliones
c o n -
servadoras e n Antioquía y
Cauca, mientras se acentuaba
la
tendencia separatista
d e
Venezuela
y se
producía
e l
desmembramien to
de
Ecua-
d o r . Sólo restaba la renuncia.
E l 15 de
enero
de 1829,
ante
e l
Congreso d e Colombia, p r o -
nunciará
su
último discurso:
«Compatriotas: escuchad m i
última
voz a l
t e rminar
m i c a -
rrera política: a nombre d e
Colombia
o s
pido,
o s
ruego
q u e
permanezcáis unidos ,
para
q u e n o
seáis
lo s
asesinos
de la patr ia y vuestros propi os
verdugos».
Luego parte hacia Cartagena
ante la s imposiciones de Ve-
nezuela,
que se
negaba
a c o n -
t inuar s u s relaciones con Co-
lombia mientras permane-
ciera
en
Bogotá.
El 8 de mayo se produce la
despedida
d e
Manuela
y
Bolí-
v a r . « E l
caminaba directa-
mente
a la
muerte,
y
para ella
estaba reservado u n calvario
d e
varios años.
U n
corrillo
d e
gentuza plebeya se le acercó
para desped i r lo
c o n
este
apodo
q u e l e
pusieron
su s
enemigos, ¡longaniza , ¡lon-
ganiza (era e l apodo de un
loco q u e vagaba p o r Bogo-
tá)» (5) .
Manuela, mientras tanto, se
quedó e n Bogotá animando a
los partidarios de Bolívar y
presentando u n a activa oposi-
ción
a l
presidente Joaquín
Mosquera. Desde Cartagena e l
Libertador le escribe: «Amor
m í o : Mucho t e a m o , pero m á s
te amaré si tienes ahora m á s
q u e nunca mucho juicio. Cu i -
dado
con lo que
haces, pues
si
no , nos pierdes a ambos, p e r -
diéndote t ú » . S i n embargo,
Manuela n o estaba dispuesta
a
quedarse quieta,
y
logra
la
adhesión d e l general Rafael
(5 )
Alfonso Rumazo Gonzálóz Groot,
Historia eclesiástica y civil de la Nueva
Granada.
7 8
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 79/132
Urdaneta, con quien sublevan
e n septiembre a l regimiento
Callao y deponen a l presi-
dente Mosquera. E n forma
provisional toma
la -
jefatu ra
Urdaneta, mientras se l lama a
Bolívar para
que se
ponga
a l
frente
d e l
gobierno.
S i n e m -
bargo, éste
n o
acepta
la p ro -
puesta.
E l
reciente asesinato
de
Sucre,
su
sucesor,
y e l p ro -
gresivo avance de su enferme-
d a d h a n minado s u ánimo.
Sólo desea retirarse a Santa
Marta y reponer fuerzas. El 17
d e diciembre de 1830 muere.
En el
delirio
de la
fiebre
se le
escucha decir: «Vámonos...
Vámonos... esta gente
no nos
quiere en esta tierra... vamos,
muchachos... lleven
m i
equi-
paje
a
bordo
de la
fragata».
Mientras
e l
cadáver
d e
Bolí-
v a r e r a
sepultado
en la
isla,
e l
general Santander derrocaba
a Urdaneta, constituyéndose
e n presidente de Colombia.
Manuela recibe la noticia de la
muerte
de su
amante
e
inte nta
suicidarse, haciéndose m o r -
d e r p o r u n a serpiente. La solí-
cita atención
de sus
sirvientas
logran salvarle la vida. R e -
puesta de un momento tan
angustioso, continúa la lucha
política con el mismo fervor.
Participa e n u n a conspiración
q u e e s desbaratada p o r S a n -
tander (23-7-1833), y luego d e
u n
período
de
reclusión
es ex-
pulsada d e Colombia.
E L MITO
Manuela inicia
su
destierro.
P r im e r o J a m a ic a , l u e g o
Ecuador,
a
donde
no se le
permitirá radicarse. Final-
mente Paita,
u n
pueblecito
peruano.
L a
compañan
s u s
d o s
servidoras negras
y e l ar -
chivo
y
cartas
de
Simón Bolí-
v a r . Este será s u destierro
final. Años
m á s
tarde recha-
zará la amnistía d e l gobierno
ecuatoriano: «Una orden-me
expatrió, e l salvoconducto n o
h a podido hacerme revivir a
m i s
caras afecciones».
E s verdaderamente « u n f o r -
midable carácter», como ella
misma se definió. E n 1841
muer e asesinado, en un oscuro
episodio, mister Thorne.
En su
testamento nombraba
a su es-
posa heredera única
de su fo r -
tuna. Manuela
la
rechaza
y
cont inúa v iv iendo pobre -
mente gracias a u n a industria
casera
d e
fabricación
de du l -
ces .
Po r l a s calles d e Paita recoge
perros,
a los que
llama
con el
nombre
de los
generales trai-
dores.
A un o lo
llama Páez,
a
otro Córdoba o Santander. L a
gordura había transformado
s u cuerpo y e l reúma terminó
p o r postrarla en un sillón.
De vez en vez
llegan persona-
lidades a visitarla. Garibaldi
fue su huésped. «L a dejé — e s -
cribirá años
m á s
tarde—
v e r -
d a d e r a m e n t e - c o n m o v i d o ;
ambos n o s despedimos con los
ojos humedecidos, presin-
tiendo
s in
duda
q u e
este
e r a
nuestro postrer adiós sobre la
tierra. Doña Manuelita Sáenz
e r a l a m á s graciosa y gentil
mat rona q u e y o hubiera v i s -
to» .
E n
noviembre
de 1856 un
barco fondea
en el
pequeño
puerto.
La
marinería
se
lanza
bulliciosa a las calles.« Para e l
burdo marinero, Paita, con su
barrio de Maintope, habitado
u n a
-puerta
sí y
otra también
p o r
proveedoras
de
hospitali-
d a d , e r a otro paraíso d e
Mahoma»
(R .
Palma).
Con
ellos desembarca
la
difteria.
Manuela
fu e un a de las
prime-
r a s víctimas. E l 23 de noviem-
br e de 1856 sus
restos
son
arrojados e n u n a fosa com ún y
cubiertos
con ca l
hirviente.
L a s medidas higiénicas adop-
tadas urgentemente por las
au tor idades p reve ían a s i -
mismo
el
incendio
de las
casas
afectadas
p o r l a
peste,
y así fu e
como
e l
archivo
d e
Bolívar,
el
único tesoro
de
Manuela,
fue
destruido.
Durante muchos años la h is-
toria oficial h a ocultado a Ma-
nuela, o lo que es peor, ha in -
tentado adornarla
d e
«virtu-
des» con las que se intenta d i -
s imular
la s
«relaciones parti-
culares» que la unían a Bolí-
var y e l
papel destacado,
in -
dependientemente de esto,
q u e jugó en la causa indepen-
dentista. S in embargo, M a -
nuela Sáenz parece haber
es-
capado a l proceso d e « m o -
mificación»
que la
historia
suele reservar
a su s
actores.
•
R. L. S.
«Nos trabaja una
ambición oscura y
confusa todavía,
paro q u a vlana
rodando por al
torranta
d a
nuaatra
sangra dasda loa
arquatlpoa
platónicos haata a l
rostro calanturlanto
y
padacldo
da
Bolívar, cuya utopia
quaramo s volvar
realidad d a cantos
cuadrados», dirá
Gabriela Mistral dal
Libertador.
En e l
cuadro d e Tito Salas,
Bolívar
en sus
últimos años).
79
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 80/132
funcipn asistendal se maestra
m ÍTC*m<
** *
trovl »
Conozca üdcóme es.»«t«
1
tki |
vM
r-tulriarti'.•
•
rniur
»V
•A r "•-*•*.<*» Hr 0mi-
¿«miom As W*.»Iuí:.
íp(
|^
e l « n p r f m o a r g a n w m o letisfatiro
de l pal».
L
dca+a
dé
ptMicar**
Wln, «• f*uu'
4a U»
norvi* finía,
m /v».m«
4*I*V«I fri»«(í,
com-i cumrirwii
a «j
c^rt-U-irrt̂ o* vrr.« Un l n
•K*W«« IT» 0*i M*T4D «O ai i
U ¿« 'iri"» «*• «>i d.|.-:i . •
«»**U f'.pr*
i%
*•-<. .•
-•"* fTvlral. »< .«« ;BR...«.
L A S
CORTES
ESPAÑOLAS
(«Pueblo», 18-VI1-1949.)
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 81/132
E X C O M U N I O N
A L O S
C A T O L I C O S
Q U E S E A D H I E R A N A L C O M U N I S M O
• Ha sido notificada en un decreto del «Acta Apostolicae Sedis»
Ciudad
de l
Vaticano.—La Santa
Sede ha anunciado qu e todos los
católicos que se adhieran al comu-
nismo incurrirán automática-
mente en la excomunión de la Igle-
sia.
La Congregación de l Santo Oficio
ha
condenado
al
comunismo como
«doctrina materialista y anticris-
tiana».
La notificación ha sido hecha en un
decreto publicado en el «Acta Apos-
tolicae Sedis».
La Congregación de l Santo Oficio
se halla encargada de la protección
de la fe y está formada po r cardena-
les y
otros altos dignatarios
de la
Iglesia.
Es la
primera
vez que
esta
Sacra Congregación se ha pronun-
ciado sobre este tema, y dada su
jerarquía esta excomunión tiene
un a importancia mayor que las dic-
tadas hasta ahora. Significa
que los
católicos afectados
po r
ella
no po-
drán recibir ninguno
de los
Santos
Sacramentos.
DECISIONES
DE LA
SUPREMA SAGRADA
CONGREGACION
La Radio delVaticanoha difundido
el decreto de la Suprema Sagrada
Congregación
de l
Santo Oficio
acerca
de l
comunismo, cuyo texto
es el siguiente:
«A esta Suprema Sagrada Congre-
gación
le ha
sido preguntado:
Primero: ¿E s lícito inscribirse en
(«ABC», l-VII-1949.)
Iribarne
El
Centro Gallego
h a
organi -
zad o u n almuerzo e n honor
d e l doctor d o n Manuel Fraga
Iribarne,
c o n
motivo
d e h a -
berle sido concedido e l in
:
greso en la Orden d e Isabel la
Católica.
El acto s e ce l eb rará hoy , a l a s
d o s y media de l a tarde, en e l
Hotel Emperador.
Firman ia convocator ia d e l
ag as a j o d es t aca d as p e r s o n a -
l i dades d e l arte, d e l a s cien-
cias y de l a s letras.
(«ABC». 27-VII-1949.)
8 1
1 f
tJ I
f r i « v i f * J c * » i > i « i f •J « % .
Fraga
LA CO RUÑ A.—En la villa d e Noya, en e o r a t o r l o d e la finca «Quinta Hermosa», residencia
de los padr es de la novia , se ha celebrado, e n gran Int imidad, e l d í a d e Nuestra Señora de l
C a r m e n ,
el
ma t r i moni o
d e d o n
Gonzalo Fernández
d e l a
Mor a
y M o n c o n l a
señorita Isabel
Varela U ñ a . Fue r on padr i nos la m a d r e d e l novio, doña Mercedes M o n , y e l padr e de la
novia, doctor Varela Radio.
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 82/132
L O S ESTADOS UNIDOS DECLARAN
LA
GUERRA AR1ERTA
A L
COMUNISMO
Diez altos de prisión sufrirá quien sea
lili culpable de conspirar contra el Gobierno
¡Inglaterra
al b o r d e
de ana
huelga
23.—L» ftár Pracfc y mu a lo» Ertadot aea **dao¿--a¿jde <1 citada) •
dd
Shur UÉIilo**—EFB> aorrerpoaul
— m
produc*»if; DI3Z0S CüluQS
dUHixMu'c*
p'ro n® hiy i/i
(Agencia «EFE», 23-VII-1949.)
los
partidos comunistas
o
favore-
cerlos?
Lo s
eminentísimos
y
reverendísi-
mos
padres
qu e
tienen
a su
cargo
la
defensa
de lo que
ataca
a la fe y a las
costumbres, habiendo escuchado el
voto de los reverendísimos consul-
tores, decretaron en la sesión plena-
ria en
cuarto lugar
que se
debía
res-
ponder «No», porque
el
comunismo
es materialista y anticristiano, y
su s jefes, aunque de palabra digan
algunas veces qu e ellos no comba-
ten la religión, sin embargo de he-
cho o con la doctrina, o con las
obras,
se
muestran enemigos
de
Dios,
de la
verdadera religión
y de la
Iglesia
de
Jesucristo.
Segundo: ¿E s lícito publicar, propa-
gar o leer libros, periódicos, diarios,
folletos, etc. que favorezcan la doc-
trina y las actividades comunistas
o escribir en ellos?
Contestación de la Congregación
de l
Santo Oficio:
No,
como cosa
qu e
está prohibida
por el
derecho
mismo.
Tercero: ¿Pueden se r admitidos a la
recepción de los Santos Sacramen-
tos
aquellos fieles
qu e
conscientes
y
libremente hayan realizado aque-
llos actos de los que hablan los nú-
meros 1 y 2?
Contestación de la Congregación
de l Santo Oficio: No, de acuerdo
I Lectora comunista,
prohibida
a los
católicos
de Nueva York
Nueva York 25.—ios católicos
d e Nueva York n o podran leer
e l peri ódico com uni ca "Oaiíy
Worker", después
d d
decreto
d e
excomunión dictado
jxx la Sa-
grada Congregación cJei Sanio
Oficio contra lo s comunistas.—
(Agencia «EFE», 25-VI1-1949.)
con los
principios ordinarios sobre
la
anulación
de los
Santos Sacra-
mentos a quien no tiene la s disposi-
ciones necesarias para recibirlos.
Cuarto:
Los
fieles
qu e
profesan
la
doctrina comunista y principal-
mente los que la defienden y propa-
gan, ¿incurren ipso fac to en la ex-
comunión, resen'ada especial-
mente a la Sede Apostólica, como
apóstatas de la fe católica?
Contestación de la Congregación
de l Santo Oficio: Sí.»
E L ACUERDO D E L
SANTO OFICIO
Un alto dignatario eclesiástico de -
claró
a un
representante
de la
Agen-
cia Reuter que el decreto de l Santo
Oficio tenía efecto inmediato. «El
decreto —dijo—
es una
invitación
a
los católicos qu e apoyan el comu-
nismo, a considerar el error de su
camino y tiende a iluminar y escla-
recer
su
senda
de
regreso
a la
Igle-
•
51 a
'" (Agencia .EFE», 14 - Vil-1949.)
E L
SENADO NORTEAMERICANO
Y
LACAMA-
R A D E
DIPUTADOS ITALIANA RATIFICAN
E L PACTO D E DEFENSA D E L ATLANTICO
El
Parlamento italiano tuvo
que
repetir
la
votación
por
haber falseado
los
comunistas
la
primera
<*ABC», 22-VI1-1949.)
LA
LETRA
MATA
Siempre
f u e
norma
de
prudencia
n o
jugar
co n
fuego,
n i con l as pa -
labras.
Q u e h a y
palabras
de
doble
filo, palabras contaminadas,
p a -
labras insidiosas,
q u e ,
bajo
su
apariencia inocente y cotidiana,
llevan oculta
la
mordedura vene-
nosa. Conviene prevenirse para n o
caer
e n
tentaciones verbales
ni en
confusiones
d e
sentido.
E s
penoso observar cómo
se van
aclimatando tópicos
y
ambigüe-
dades en el uso venal d e términos
y
vocablos
q u e ,
analizados debida-
mente, cuando se les punza y disec-
ciona, vemos c on asombro q u e c o n -
tienen
u n a
carga explosiva
de in-
calculables consecuencias.
Y es
q u e h a n
pasado
a
incorporarse
a
nuestro lenguaje habitual
s in
: I I ' I I 4 l M r 4 c A t I i r U < 4 l & > í 8 2
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 83/132
CHINA
L O S COMUNISTAS
ESTAN
A L
LADO
D E
RUSIA
Shangha i .—Mao
T s e
Tung, jef e
d e l o s
comunis tas ch inos ,
h a
dec la r ado
q u e
é s tos e s tán
a l
lado d e Rusia y q u e s e t rabaja
p o r e s t a b l e c e r la «dic tadura d e l
proletar iado
por e l
pueblo
d e
China».
M a o h a
expues to c la r amente
s u
posición
en la
ce r emonia
d e
la celebración d e l 2 8 an ive r sa -
rio de la fundac ión d e l partido
comunista chino.
M a o h a dicho q u e n o h a y pos i-
bilidad
d e u n
término medio
e n -
t r e e l
socia l ismo
y e l
imperia-
lismo para e l pueblo chino. H a
a g r e g a d o q u e e l principal obj e-
tivo
d e l o s
comunis tas ch inos
es l a
formación
d e u n
f r en te
in -
ternacional unido c o n Rusia y
La viuda de Sun Yat Sen, funda-
dor de la República china, y
hermana
de la
esposa
de
Chiang-Kai-Chek, se ha adhe-
(Agencia «EFE», l-VII-1949.)
haberlos depurado de siniestros
contagios y torpes aleaciones.
S e está haciendo precisamente
u n a revisión severa, u n a poda s a -
ludable d e expresiones contami-
nadas , admit idas s in previo e x a -
m e n e n e l caudal d e nuestro voca-
bular io cotidiano. L a palabra
«revolución», explosiva, dinami-
tera, u n poco desgreñada, con su
or iundez anárquica , no s e nos cae
de los labios. Incluso se hab la d e
revolución cr istiana. Y e l caso es
q u e todos piden y quieren hacer
s u revolución; pero nadie quiere
sopor tar la . E s lógico. E n los bue-
n o s
tiempos clásicos
se
hablaba
de
reforma
— n o l a
luterana, sino
la teresiana—, d e aus ter idad y
descalcez. Y la reforma d e vida
alcanza a todos. H a y q u e refor-
o t ros pa í ses dominados p o r l o s
c o m u n i s t a s y l a s c lases prole-
tar ias.
Ha
d i s ipado
l o s
rumores
d e q u e
l o s comunis tas chinos t ra ten
d e desa r ro l la r s u propio s i s -
t ema comunis ta ,
á f in de no
f igurar
en e l
grupo
d e
partidos
c o m u n i s t a s q u e o b e d e c e n a
Rusia, y h a calif icado d e
Cán-
dida la idea d e q u e China nece-
site ayuda
d e l o s
E s t a d o s
Uni -
d o s y d e
Inglaterra.
S in
e m b a r -
g o , h a d e c l a r a d o q u e l o s comu-
nis tas chinos es tán dispues tos
a c o m e r c i a r c o n l o s capi ta l is tas
occ iden ta les , y q u e c r e e q u e
é s t o s a c c e d e r á n a p r e s t a r d i -
nero
a
China
e n
condic iones
mutuamente convenien tes .
rido
ai
partido comunista chino,
co n ocasión de l aniversario déla
fundación del mismo.
marse para reformar. Que no e s lo
mismo precisamente q u e «revo-
lucionar», para pescar a r í o r e -
vuelto y de ja r u n a huella d e s a n -
g re y de odio, q u e está pidiendo e l
desquite vengativo. H a y quien se
inclina, p o r ejemplo, a establecer
u n a ecuación entre «comunis-
mo»y «Cristianismo»,
e
incluso
s e
habla , c o n torpe ligereza, b u s -
cando semejanzas de un comu-
nismo en la vida de l as Ordenes
religiosas. Y e s o e s u n a solemne
es tupidez. E s cier to q u e p o r l a c a -
r idad d e Cristo llegamos a esa
gran coincidencia d e amor q u e l o -
g r a q u e e n u n a comunidad aliente
u n alma sola y u n solo corazón.
Pero, ¿qué tiene q u e v e r e s a c o n -
quis ta sobrenatura l y maravillosa
de l Evangelio, q u e hace a l cris-
tiano todo para todos, con el «co-
muni smo» ma terializ ado, odioso,
q u e
empieza
p o r
eliminar
a
Dios
de la
vida para
q u e e l
hombre
ex -
per imente l a miseria y l a tiranía
d e l hombre?
Sucede c o n frecuencia que en l as
e tapas d e comba te y d e antago-
nismos sociales
se
suelen arreba-
t a r a l enemigo s u s propias locu-
ciones y su fraseología agresiva,
como medio de propag anda fácil y
a
tracción
d e
adeptos ar rancados
a
u n
sector hostil. Pero sucede
t a m -
bién q u e e s a estrategia, m u y e x -
plo tada e n l a s luchas sociales,
trae como consecuencia muchas
veces q u e e l q u e t r a ta d e asimi lar
s e a as imilado. Y q u e s e repi ta lo
d e l
bur lador bur lado.
E s
torpe
q u e escritores católicos como
Maur iac y Maritain, p o r ejemplo,
n o s
hablen
d e u n a
mística
d e l c o -
munismo y se extasíen ante el sa-
cerdote q u e adopta modos y p r o -
cederes comunistas para cr istia-
nizar a l comunismo.
H a y p a l a b r a s q u e tienen su sino y
malsonancia , y n o pueden s e r de -
s intoxicadas y redimidas de su
baja extracción. No se puede ju -
g a r c o n pa labras q u e tienen y a
u n a f a ta l idad y sirven, p o r s u n a -
tiva condición,
p o r s u
mala
s o m -
b r a , para expresar determinados
fenómenos . Y e s q u e h a y palabras
q u e están cargadas d e vi tando l a s -
t r e histór ico y conceptual, y es di-
fícil regenerarlas. Creer
que las
pa labras so n inofensivas y que se
puede jugar c o n ellas alegremen-
t e , como s i no fueran vehículo d e
ideaciones, d e reacciones psíqui-
c a s , d e act i tudes y estados indivi-
duales y sociales, es un error g r a -
vísimo, q u e n o s ar ras tra a equívo-
cos y mi xtificacione s, cuyos resul-
tados s o n desastrosos.
Tonismos lo s términos «demo-
c rac ia» y « to ta l i t a r i smo», e n
torno de los cuales h a n prospera-
d o , como pólipos viciosos, m u -
chas incongruencias y q u e utili-
z a n c o n
fr ivolidad inexplicable.
A
l a s democracias s e oponen p o -
l a rmente lo s totalitar ismos. Pero
resul ta q u e democracia y totalita-
r ismo,
en la
coyun tura presente ,
y
n o obs tan te el absurdo q u e ello
Continúa en ta pág. siguiente)
L A CUÑADA D E CHIANG,
COMUNISTA
v
h k
'
í
" c ~ i - r o v -
c
?
j
• C 7 J ? C V ? • ? ^
¿
r v r a r o r a r
c t j
-
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 84/132
3 SPA Ñ
H O Y ,
VIERNES, NOCHE
P R E S E N T A C I O N
D E L A
M E J O R A T R A C C I O N
D E L
M U N D O
A L G O J A M A S V I S T O E N M A D R I D
L L A M A N D O
P O R
TELEFO N O
A L
LA
LETRA
MATA
Viene de la pág. anterior)
implica, se muerden la cola y c ie -
rran su círculo d e contradiccio-
nes . Así vemos, no s in asombro,
q u e l o s d o s países clásicos de la
democracia pura van de l brazo,
e n colaboración quizá forzada,
pero incongruente, con e l totalita-
rismo m á s radical, m á s feroz-
mente agresor de las democrac ias
vivas, q u e e s Rusia. L a razón m o -
triz de e sa al ianz a odiosa, pero in -
negable, es la de aniquilar posi-
bles brotes de no sé qué soñados
total i tar ismos. Por eso los que l i -
vianamente juegan
c o n
estos
t é r -
minos
y
añoran
u n
régimen
d e
democracia viciado, siempre
a b o -
cado
a la
anarquía,
o los que se
t ragan co n inconsecuencia e l bo-
cado indigesto d e l totalitarismo,
siempre propenso a la tiranía, d e-
b e n medir bien lo s resultados d e
s u s
prefere ncias ciegas
o de su s no
meditadas posiciones.
Y n o echar en olvido que lo que
impor ta
es
«reformar»
y
«refor-
marse» m á s . Y «revolucionar» u n
poco menos. Y n o olvidar que la
let ra m a t a . Félix GARCIA
(«ABC». 13-VI1-I949.)
H O M E N A J E A F R A N C O C O N
M O T I V O
D E L 1 0 D E
J U L I O
Productores y empresarios
madrileños,
de
acuerdo
e n
trabajar QUINCE minutos más
C o n e l l o s e i n i c i a r á l a c o n s t r u c c i ó n d e
u n
s a n a t o r i o
d e m i l
c a m a s p a r a o b r e r o s
Recientemente
un
grupo
de
produc-
tores madrileños —empresarios y
obreros—, expuso en la C.N.S. su
iniciativa de ofrendar al Caudillo,
co n motivo de la fiesta de Exalta-
ción de l Trabajo, un homenaje de
fines de inmediata realización en
beneficio
de los
humildes: trabajar
quince minutos
más de la
jornada
laboral de un día determinado y el
importe de esta labor destinarlo
para allegar fondos destinados
a
construir un sanatorio con mil ca-
mas, que se denominará Sanatorio
Sindical Obrero Francisco Franco,
w i V i V á V á v í v í v i v i v * v i v i v i v i v i v i v i v i v m v i v * v * v *
l
"»i*»̂TATi7A*A
T
A
T
A
T
AA
T
A
T
A
T
A
T
A
T
A
T
A
T
AA
T
A
T
AA
T
A
T
A
T
A
T
A
T
A
T
A*AAA
T
A
T
A
T
A
T
A*A*A*A
T
A
T
AA
T
A
T
A
T
A»A
T
AT
P A R Q U E F L O R I D A
R E T I R O
persiguiéndose
co n
ello
el
doble
fin
de
crear
una
institución donde
combatir
la
«peste blanca»
y al
mismo tiempo.cumplir la consigna,
reiteradamente expuesta
por el
Caudillo en sus discursos, de in-
crementar la producción. Aceptada
la idea por las jerarquías sindicales
madrileñas, se recabó de l mando
nacional
la
oportuna aprobación,
a
la que
accedió,
y
considerando
muy
acertada la iniciativa, dicha Comi-
sión de productores deseaba que
fuera secundada por todos los tra-
bajadores y empresas de España.
Nombrada
la
Comisión correspon-
diente, la C.N.S. de Madrid se diri-
gió a las restantes de toda España
que, inmediatamente, se unieron
co n entusiasmo al proyecto, des-
pués
de
escuchar
la
opinión
de las
Juntas Económicas y Sociales de
los respectivos Sindicatos. Las em-
presas españolas de acuerdo con las
condiciones
de
trabajo
de
cada
pro-
vincia,
se
aprestan
a
fijarlos diasen
i V i V A V A V á V á V i V A W á V Á V á V
W A V á V A V á V á V A V á V á V i V i V j
¿ E L
CUPO ELECTRICO
N O L E
BASTA?
Adquiera u n o d e l o s
G R U P O S
E L E C T R O G E N O S .
A
P L A Z O S
k í
| t i f con tod.ü gar ant ía ve nde e instala
C R Y C O
\ , i José Antonio, 6f. - T«léf. 31 7* i<*
• r \ ?j - c? j - cTj? cT"j r r c t j t o . • « • \ ^ , ; » • r \ T j t v T j • ~ ^ t ~ í — j " V y * »
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 85/132
<7W£ realizará es a labor extraordi-
naria en homenaje voluntario del
mundo
de la
producción
a la
figura
de l primer trabajador de España.
H O Y
CERR R
EL COMERCIO
U N CU RTO DE HOR
M S T RDE
Como primera noticia de l home-
naje
al
Caudillo
en el
próximo
18 de
julio, puede anticiparse
que,
previa
la conformidad de las autoridades
laborales, hoy, viernes, día 15, el
comercio
de
Madrid
en
general
po -
dr á cerrar su s puertas un cuarto de
hora más tarde de lo preceptuado en
el
horario vigente,
con el fin de
dedi-
car el importe de este trabajo ex -
traordinario y voluntario al pro-
yecto de construirun sanatorio de -
dicado exclusivamente a los pro-
ductores españoles.
H QUED DO BIERT
EN EL B NCO DE ESP Ñ
UN CUENT CORRIENTE
Las empresas y trabajadores, tanto
de la
capital como
de la
provincia,
irán —privadamente
o a
través
de la
Prensa— recibiendo detalles de los
acuerdos que se tomen para llevar a
cabo
los
quince minutos
de
trabajo
extraordinario.
La s cantidades qu e vayan recau-
dándose, pueden ingresarse en la
cuenta corriente abierta en el
Banco de España a nombre de Sa-
natorio Sindical Obrero Francisco
Franco.
EL «DI D EL V LOR»
DEL
FRENTE
DE
JUVENTUDES
El Frente de Juventudes celebrará el
18 de
julio
el
«Día
de l
Valor», para
exaltar
el
heroísmo
de
España,
hon-
rando así a los que les precedieron
en el
servicio
y
engrandecimiento
de
la Patria.
(«ABC*. 15-VII-I949.)
3SPAÑA19493
Nuestra cinematografía en
la jornada ejemplar de hoy
Cada
18 de
julio supone
la
punt ual
exaltación
de l
Trabajo desde
e l
área d e l m á s sano patriotismo. La
jornada que hoy se conmemora
dignamente
es un
ejemplo
d e
sana
colectividad a l servicio de l a más
noble causa d e l pueblo, del ver -
dadero pueblo español, q u e labo-
r a , unido, para lo s fines q u e inten-
taron destruirse
un d ía de
prueba
para
e l
valor
de la
raza
y de sus
hombres fieles. Nuestro 18 de ju-
lio
cinematográfico señala
t a m -
bién
e l
ápice
d e
triunfos
y de
avances bajo
la
tutela oficial
q u e
h a
permitido
la
expansión
d e
nuestras imágenes representati-
vas , y celebramos l a fecha con el
íntimo orgullo
de
todo
lo
conse-
guido y con la firme esperanza d e
todo
lo que aún
podemos conse-
guir...
La
Fiesta
d e l
Trabajo,
a la
altura
d e
este
año de 1949 ,
equivale
a un
cúmulo
d e
legítimas satisfaccio-
n e s , ante el qu e la fe se robustece y
el
ánimo
se
ensancha
e n
busca
d e
ilimitados horizontes
de
progreso
y de reconocimiento d e nuestra
valía espiritual.
E l
nombre
de Es-
paña
s e
pronuncia
c o n
respeto
a l
r i tmo
de
producciones raciales,
d e
contenido inconfundible,
p r o -
yectadas
en
pantallas
m u v
distan-
L O T E R I A N A C I O N A L
GRAN SORTEO EXTRAORDINA-
RIO
PARA
EL DIA 2* DE
JULIO
Primer pr em io .. .. . 7.500.000 ptas.
Seg und o premio.. '.. 3.000.060
"
Tercer pre mio 1.500.000
"
Precio
d e l
biilete:
1.Q00
ptas.
IdJ del
décimo:
100 *
l
J l * - 1
f i
M u e l l e s c a m a « O M E G A »
2 5 modelos distintos d e u n a 7
J a s
camas. Coqueta-cama espe-
cial, 4 5 0 ptas;
S an
Bernardo,
4 2
:
entio.
t e s de
nuestro suelo
y
ahora
f u n -
didas
c o n
nuestra verdad. Hablar
d e éxitos internacionales es alta-
mente consolador cuando todavía
alguien pretende q u e seamos des-
conocidos
o m a l
interpretados.
Vehículo cultural
d e
fuerza
po-
tente
y
certera,
e l
cinematógrafo
h a interesado siempre a nuestro
Caudillo,
y a su
voluntad
se
debe
la
organización
d e u n a
auténtica
industria
q u e ,
virtualmente,
n o
existía
en 18 de
julio
de
1936y
q u e
h o y
forma
u n a r e d
laboriosa
e in-
teligente bajo el signo protector
d e l
Estado
y de sus
elementos
idóneos. N o hace falta escribir
n o m b res
n i
enunciar t í tulos.
Tampoco debemos evocar éxitos
auténticamente españoles reco-
nocidos allende
la s
fronteras.
N o
e s
hora
de
autopropaganda, sino
d e
pulsar
lo s
propios alientos
y
coordinar
la s
generales aspira-
ciones para
ir en
busca
de una
próxima perfección técnica
d e n -
t r o d e l estilo y a prácticamente
impuesto
y de un
sentido artístico
q u e
nadie
n o s
puede negar.
Sin
vanidad n i euforia continuemos
trabajando p o r y para el cine es-
pañol,
q u e
sólo
el
trabajo
dig-
nifica
a los
hombres
y a los pue-
blos y sólo los verdaderos traba-
jadores pueden enriquecer y h o n -
r a r a su
Patria...
García de la Puerta
(«Pueblo», 18-VI1-I949.)
M r * Í f H 4 } f > ) M C ^ t Á i r i Í l « 1 < V Í
8 5 i A * t ¿ » t i f t V l U C A ) O I C I « . ) c ¿ -
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 86/132
\19493
elcnental
E L
C A U D I L L O
Y L A
P RE N S A E S P A Ñ O L A
• noN «* d r f M i l a M t r r r M r l » 4 ( 1 A ta a a > l»«u .Ma r ia na
u c i d a c , a » c 4
t
p n U Ü B f . p r ta l dl d . M r « I . . b . r -
d r > d . r a« t é a r . » . U . D . L a t a 0 « t í a M a f t M . j ' I
« r f c o r r a l d e F r r a a » , D. J o r n i a C a r r a C » r f « : k i i >
r c i b i d a a y e r p a r a l J e f e d r | t a l a d a . G r a a r a t l a l i n e
a . r a « I « a l a r i a d t E l F a r d a . L « r o l r r « a d n
I d r H e n a r . a á
B
t r « u o o . c . , a d i d o m t U D l r ^ r l a n
» a » a . y d r « a á l k a a . c o a l a , i w t i r i da i o d o , i « .
t o n a i r a d r l p r r l o d i . m . v a I d a a a a r D U « r n
r
L a
• • I » , « f o i ® , C i f r w j
75 de
julio.—Es difícil entresacar
de l
paisaje
de
nuestra historia
con-
temporánea tres palabras que ten-
gan más poder de evocación. El 18
de julio no es una fecha más en la
cadena sin fin de los años ni
•
un a cuenta más perdida en el largo
rosario de los hechos políticos. El
18 de
julio
es la
cumbre
qu e
separa
dos
formas
de
vida,
do s
entendi-
mientos
de
España
y dos
maneras
de acometer el hecho cierto e irrevo-
cable
de que
veinticuatro millones
de personas vivan sobre el suelo es-
pañol. Con esto último apuntamos
a la significación más elemental, y
por eso más
dramática
de la
fecha.
El 18 de julio representa la única
posibilidad de convivencia de una
comunidad histórica
a
punto
de di-
solverse.
La
obra
de l
Frente Popular
en 1936 culminaba siglos enteros
(*ABC*. 2I-VII-1949.)
. * ¡l ' i" c» ~c?j t c rj r
V » »'J .
de decadencia y sellaba, co n hierro
y
sangre,
la
última posibilidad
de
un
pueblo. Sobre
el
hecho
de em-
palmar con el sentido más limpio de
nuestra historia y de salvarlos valo-
re s morales de España, la rebeldía
del 18 de julio realizaba el mínimo
programa individual de conservar
¡a
cabeza unida
al
cuerpo.
Fue,
pues,
el de 1936, no
simplemente
un
alzamiento contra la heterodoxia,
contra
la
traición
y
contra
el de-
sahucio nacional, sino un levan-
tamiento contra
el
crimen,
en sus
más refinadas manifestaciones in -
dividuales. La trascendencia del 18
de julio estriba en eso: en haber par-
tido de lo elemental, de l derecho in -
dividual a la vida, para remontarse,
como sobre ruedas,
por la
cuesta
hermosa
de los
grandes ideales polí-
ticos. Esto, po r otra parte, vincula-
ba, en estilo y espíritu, al Movi-
miento nacional
con los
grandes
hechos
de
nuestra historia. Perezo-
so ,
para
las
nimiedades, diligente
para
las
epopeyas,
el
pueblo espa-
ñol, que había resistido muchas
humillaciones, tuvo el valor de al-
zarse
el 18 de
julio,
con un
sentido
total, riguroso y ancho de su propia
vindicación. Un alzamiento de este
género, jalonado por la mejor san-
gre —la del sacrificio, la del he-
roísmo y la del martirio— no podía
detenerse
en la
ligera compostura
de
un
régimen desmantelado
por sus
propios errores.
Tan
grandioso
es-
fuerzo tenía necesariamente que ir
más lejos y aflorar en la segura ar -
quitectura
de un
régimen nuevo,
elaborado fervorosamente
en sus
propias raíces, alzándose como una
afirmación irrevocable de españoli-
dad y de
justicia.
De
aquí
qu e
junto
a la
elementali-
dad del 18 de julio, se dé su trascen-
dencia
y su
profundidad, como
fe-
cha en la que resueltamente cada
español conquistó
el
derecho
a la
libertad y la vida, y colectivamente
el derecho a formar un Estado y
regirse co n ambición y gloria.
(«Sevilla», 18-VII-1949.)
. " v v T t ; • > • ' •
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 87/132
ESPAÑA 19493
w w w * » ;
EL CONSEJO D E MINISTROS ACORDO C O N -
CEDER SESENTA MILLONES
D E
PESETAS
PARA MITIGAR E L PARO OBRERO
(De la
Nota oficial publicada
en los
diarios
de l
2-Vl1-1949.)
a z ú c a r a r r o z
E N
C O N M E M O R A C I O N
D E L A
F I E S T A
D E C
T R A B A J O
Racionamiento
d e
v íveres
q u e
de l d í a 11 a l 16 de i o s
corr ientes
s e e f ec t u a r á a l vecindario madri-
leño y pueb los d e l cinturón c o n
motivo d e l 1 8 d e julio, Fiesta d e l
Trabajo:
Cuarto d e litro d e acei te , a l p r e -
c io de 2 ,10 pesetas ración, previo
cor t e
d e l
cupón correspondien-
t e ,
s e m a n a
28.
100
g r a m o s
d e
azúcar ,
a l
precio
de 0 ,70 pesetas ración, previo
cor t e d e l cupón correspondien-
t e , s e m a n a 28.
20 0 g r amo s d e arroz, a l precio d e
0 ,70
pesetas ración, previo corte
d e l cupón correspondiente, s e -
mana
28.
100
g r amo s
d e
sopa,
a l
precio
d e
0 , 6 5 pesetas ración, previo corte
d e l cupón cor respond ien te , s e -
m a n a 28.
2 5 0
g r a m o s
d e
tocino,
a l
precio
de 4 ,25 pesetas ración, previo
cor te d e l cupón número 9 8 d e v a -
rios.
Cinco kilos
d e
pa t a t as ,
al
precio
d e 8 , 2 5
pesetas ración, previo
cor te d e l cupón cor respond ien-
t e , s e m a n a 28.
10 0 g r a m o s d e choco la t e , a l p r e -
c io de 1 ,10 pe se ta s ración, previo
cor te d e l cupón cor respond ien-
t e , s e m a n a 28.
U n bote d e l e ch e co n d en s a d a , a l
precio
de 5 ,75
pesetas ración,
previo corte d e l cupón número 99
d e varios.
100 g r a m o s d e baca l ao , a l precio
de 1 ,40 pesetas ración, previo
cor t e d e l cupón número 100 de
var ios , a l o s distr i tos d e l Centro y
Latina.
1 25 g r a m o s d e harina d e arroz, a l
precio
de 1 ,30
pesetas ración,
previo corte
d e l
cupón número
1 0 0 d e varios, a los distritos d e
Palacio , Chamber í , Hospicio ,
Hospital
y
Congreso.
1 2 5 g r a m o s d e puré, a los precio s
s igu ien tes : D e almortas , empa-
quetado , 3 ,80 pesetas ki lo; de a l -
g a r r o b as , 4 ,80; de almortas, a
grane l ,
2 ,60 ; de
algarrobas,
a
grane l ,
2 ,80 , y d e
h ab as ,
a
granel,
3 , 6 0 ,
previo corte
d e l
cupón
n ú -
mer o 1 0 0 d e varios, a l o s distritos
d e Buenavista, Inclusa y Univer-
sidad.
El r ac ionamien to d e chocolate
famil iar s e h a ampl iado a los titu-
l a res d e co l ecc i o n es d e cupones
d e pr imera y segunda ca t ego-
rías, e n sust i tución d e café.
P o r excepción l o s industriales
de t a l l i s t as p resen tarán
l a s
liqui-
d a c i o n e s d e este suministro a
partir de l d í a 20 de l actual , c o n
su j ec ión a l a s normas y a e s t a -
blecidas .
(Nota oficial publicada por los diarios
madrileños de l 8-VII-I949.)
REGIMEN
m i
LAS DOS DE LA MADRUGADA SE DARA E L CORTE
lll
MADRID
¡p i
'WM
mm
En
todo
el
resto
de la
zona Centro,
el
fluido nocturno dejará
ele
sumi-
nistrarse a la una
(De ¿a Ma*/a xl publicada por los diarios madrileños de l 24-V/I-J949.)
A
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 88/132
Sir Oswald Mosley,
en Mallorca
Palma de
Mallorca.—Esta tarde
ha
llegado, procedente
de
Madrid,
en el buque correo de Valencia, el
fundador de l fascismo en Inglate-
rra, sir Oswald Mosley, que viaja
en compañía de su esposa. Des-
pués
de
pasar unas horas
en Pal-
ma, ha
marchado
a
Formentor,
donde permanecerá hasta que lle-
gue el yate que le trajo a España, y
qu e está reparando averías en Gi-
braltar. Desde Palma piensa mar-
char a Francia, y de allí seguirá a
Londres.
Se
muestra encantado
de las
muchas atenciones recibi-
das en España.
(Agencia «Cifra», 13-VII-I949.)
CSPANA19493
DETENCION
DE LOS
AUTORES
DE
VARIOS
ROBOS Y ASESINATOS
Barcelona.—La Jefatura Superior
d e Policía h a facilitado la si-
guiente nota:«La Brigada de Se r -
vicios Especiales
d e
esta Jefatura
Superior
d e
Policía,
h a
puesto
a
disposición de la justicia mil ita ra
Carlos Vidal Pasanau,
d e
t reinta
y
d o s años, natural de Barcelona,
convicto d e haber participado
como chófer en la s fechorías de un
grupo d e cinco bandoleros llega-
d o s
todos subrepticiamente
de
. V . • .
i . : . -
v vv •
fgv/TjSrf j
r
..
T r o p e z o n e s d i c e . .
B U E N D I A G N O S T I C O
ü
m
m
•m
•
m
-
. .y: . :
•
(t
•-••y-
r
•••
p '•
m.
mm.
¿a-'
m
•y.'
"1Í :
:
&
•• •
m
•khf
>? -
— ¿ Y
¡ d i c e u ¿ t ? d q u e e s t e s a r n a z o e s
?
M E D I C O — S í * s
f e
f t o r » d
e
l tiempo q u "
n a c e q u e n o ' s e l a v a *
m-
wsé:.
Á
(«Sevilla», 20-VII-I949.)
Francia, autor es
d e
varios robos
a
diversas entidades bancar ias; de l
asesinato de dos mil i tantes de l
Frente
de
Juventudes, cua ndo
v i a -
j aban en un coche de l Parque M ó -
vil de los
Ministerios,
y de la
muerte
d e d o s
agentes
d e l
Cuerpo
General d e Policía, hechos come-
tidos en esta capital en los meses
d e enero, febrero y marzo de l co-
rriente
a ñ o .
Anteriormente,
la
misma Brigada
y la
Comisaría
d e
Hospitalet, habían logrado
l a c ap -
tura d e tres de los componentes d e
esta banda de forajidos, algunos
de los cuales resultaron heri-
d o s ,
incautándose
l a
Brigada
político-social
de la
Jefatura
d e
la s
armas largas
y
cortas
de que
disponían. Pero no se pudo dete-
ner , a pesar de la constante perse-
cución de que fue objeto, a l jefe d e
la part ida, u n peligrosísimo suje-
to , llamado Francisco Sabaté
Llopart, (a) el «Quico». Hace unos
días se averiguó q u e Sabaté,
abandonando
su
guarida
e n
esta
ciudad y t raspasando la frontera,
se
hallaba oculto
en su
habitual
domicilio, enclavado en e l puebl o
francés d e Coustouges, en una
casa d e campo m u y p róx ima a te-
rritorio español, y q u e d o s agentes
de la gendarmería , con l a ayuda
d e
perros adiestrados,
lo
captura-
ron en
pleno monte, encontrándo-
sele aún en su poder el a rm a con la
q u e agredió a dichos gendarmes.
Según parece, Carlos Vidal
y
Francisco Sabaté, en un coche C i-
troen, propiedad d e l primero, y
capitaneando otro grupo armado
d e
exiliados españoles, tomaron
parte en el robo d e u n a fábrica d e
productos químicos de Lyon, a se -
sinado a u n guarda. Igualmente se
les
atribuyen
d o s
atracos:
u n o e n
el
pueblo
d e
Prades
y
otro
en la
ciudad
d e
Marsella,
c o n
muer te
d e
tres personas».
(Agencia «Cifra», 11-VII-1949.)
n n
¿ V
r
i -
J
" i "
3
7 " V - í T WVJ - "Y
l¡0*
.
8 8
f V f j « > i f T ; » t r f t v » f - » f - j r , .
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 89/132
*» «&
C A S A S E N T E R A S D E V O R A D A S
P O R
L A V A D E L V O L
C A N
P A L M A
Verdaderas
CASCADAS
d e
f u e g o
v a n
formando ríos
que se
acercan
al
m a r , m á s deprisa
que
u n hombre andando
L A
GENTE, hasta ayer serena, está
hoy
aterrorizada
de la
magnitud
de la
catástrofe
(«Pueblo-, 9-VI1-1949.)
LANQREO. 15.—Al dltotMr u n hVNHia. • i** ateta de fe tarde,
. _i . — U_ .. . | L 1 - - -
- - i r - m
- —m -»» * .
P**OdUjO
M M
Qrpm
f
q u e sepultó * los
obrero
q u « t e ©no©r> traben el lL
Qwdwon eepulUdo* entre le tierre y eaoombroe q u * s e derrumbaron j f consecuencia da le
• * £ » * * « 1 2 obreroa máa y doa U-enlsUs, da lo» qu« no ee tienen noticias e la» nueva da la
" ^ ^ ú S Í Z Z Í ' w I £ S
#
í í ? * ? t 2 L
q U
t J
l
° ü * P®*
54
* « I * * » * « * e esto* minaros.
• á n l a S S í L í ^ a Ü ? "
l A n U
^
6 u 4 #
« » «u*rex, Arnaüo F * r -
E á S f * " * »• ** «— » Faméwtfag. In^aniaroa, capataoea y o t w o , eapec>e»izado« c o n -
(Cifra.)
trabajos
r
i
(Agencia «Cí/ra», J5-VII-1949.)
Mmmi
s i * ;
1
' -#
—
¿i.
Camiones. Q . M . C . S i l
Ventas , t rans formac iones y ple ias . L A C A S -
TEL LA NA. Paseo Cas t e l l ana 1 0 . - 3 6 6 8 2 8 .
, «
W flno»
1 f
( t t g t t p l ) .
2 7 2 8 6 1 .
I M P R E N T A
Importante, í'mpllo loc.il'. numePosa maquina-
ria.
Ai
rendaría*
-
»
co n garantías.
Escribid:
3 0 1 -
Alas
-
Alca lá ,
núm. 3 2 .
WM..
' l * r ¡ i r ¿ r ; C¿ ̂• Ci » ¿ Q l • • c-1 ¿r¿.->¿ ¿r¿3 ¿ r¿3 ¿ r¿>A - f j » r. •
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 90/132
CSPAÑA19493
wp;W<
U n a novela utilizada
en la
calificación
de un delito
Orense.—En la Audiencia provin-
cial de esta ciudad se ha dado el
caso de que, en el momento de verse
un a causa po r homicidio, se haya
tenido en cuenta un a obra literaria.
Se trata de la novela titulada «La
llaga», de Marcial Suárez. Por im-
posibilidad física de l acusado, la
vista hubo
de
efectuarse
en una de
las salas de la prisión provincial,
sin que, por lo
tanto, asistiese
pú -
blico, a excepción de l autor de la
novela,
qu e
conoció
al
protagonista
de
ella, sentado
hoy en
elbanquillo.
El ministerio fiscal redujo a ocho
años y un día su petición definitiva,
en vez de los veinticinco qu e solici-
taba
en sus
conclusiones provisio-
nales.
Los
informes
de la
acusación
y de ¡a
defensa hicieron frecuentes
alusiones a los puntos de vista ex -
puestos en la novela, en la que se
estudia el carácter y reacciones psi-
cológicas de l autor de l crimen de
forma tal, que sirvió de base para la
apreciación
de
circunstancias
ate-
nuantes
y
para
la
calificación
más
exacta
de l
delito.
La
originalidad
de l
caso
ha
desper-
tado gran interés en esta capital. El
homicida, Manuel Alvarez Gonzá-
lez, de
veintiún años, padece paráli-
sis infantil en las extremidades in-
feriores
y
cometió
el
crimen
el día
24 de
agosto
de 1946, en el
pueblo
de
Bustaballe,
de
esta provincia.
(Agencia «Cifra», 30-VII-1949.)
S T R U Y
e l l o s U N O R A V E
b
salvaron
los ne-
de algunas
e n
.
Parece ser que la causa
d e
fuego fui una colilla
a b a n d o -
nada en la sala de
p r o y e c c i ó n |
(«Pueblo», J3-V1I-I949.)\
íTj - c?j f í~j T
CTj
r ? c?j r c?j ?t?>7C?r«í¡»
-m
» »
r c n r g z *
t » t v t j t vT j -
¿a
*>
BOMBONEíUTCON
Hoy día 15, San
Enrique.
o
Mañana 16 , Ntra. Sra. del Carmen
Bombones selectos, marrón glace, cara-
melos, dulces, pastas,
etc .
Toaa clase
de
regalos escogidos: porcelanas Doulton,
cristales nacionales
y
extranjeros, cajas
de
piel, cajas
de
música,
etc., etc.
Visite usted
B U E N R E T I R O
17
MADRID
OYA
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 91/132
H A
SIDO DECLARADA INFECTA
D E
RABIA
T O D A
L A
PROVINCIA
D E
MURCIA
Lia Revista del -Real Automóvil Club de Bélgica recomienda se visite
España
y
elogia
sus
ciudades, carreteras
y
hoteles
L A
BRIGADA MADRILEÑA D E
INVESTIGACION C R I M I N A L
DESCUBRE FALSAS
AGENCIAS
DE
EMIGRACION
Y
DETIENE
A VARIOS COMPONENTES DE ELLAS
• • * • J í ^ I
Cuatro m il personas abandonan Sevilla por el calor, que en Córdoba
' ha
llegado
á los
cuarenta
y
tres grados
a la
sombra
(Agencia «Cifra», 24-VII-1949.)
UN
SACERDOTE
ES HOY EL
M A S
FAMOSO PRODUCTOR
DE
PELICULAS
EN
HOLLYWOOD
• E l
padre Peyton
y s u s
ideas, ante
e l
Papa
or Julián CORTES CAVANILLAS
Roma. (Crónica
d e
nuestro
c o -
r r e s p o n s a l ) . — N a d i e
s e
debe
a l armar
s i p o r la fe , la
bondad
y el
servicio
d e
Dios
u n
sacerdote
se
multipl ica.
Y
Patrick Peyton
e s un
sacerdote joven, bien plantado,
q u e
reside
en
Hollywood,
en el
Sunset Boulevard,
la
ar ter ia
u r -
bana
m á s
elegante
de la
Meca
del
cine y q u e ahora h a venido a
Roma
a
rendir pleitesía
a l
Santo
Padre
y a
obten'er
e l
«placet» para
u n a
singular cruzada
q u e h a e m -
prendido.
E l
padre Peyton,
con su
hábito talar ,
su
enorme simpatía,
s u
buena estampa ir landesa
y su
fenomenal dinamismo,
es hoy el
m á s
famoso productor
d e
Holly-
wood y para s u s realizaciones
cuenta
con la
colaboración
de los
m á s
célebres nombres, como
L o-
retta Young, Bing Crosby,
Pa t
O'Brien, Irene Dunne, Ethel
B a-
r rymore,
D o n
Ameche, Dennis
D a y ,
Charles Boyer, Rosalind
Russel y tantos otros. Desde l u e -
g o ,
Patrick Peyton
es uno de los
m á s
jóvenes, activos
y
modernos
apóstoles —moderno p o r l o s m e -
dios
q u e
utiliza para
su
apostola-
d o — d e l a
Iglesia Católica.
S u historia es breve y sencilla. R e -
cién ordenado sacerdote contrajo
u n a
aguda forma
de
tuberculosis,
y
entonces,
m ás que en los
médi-
VITOS
-fftriei 1 «rtcewJa
A l
C o n t a d o
n y a
P l a z o *
Exclusiva Genera?
d « >.
« n España y ? "¿ÍÜíIJI
6 U I D 0 M A S O & X I
HUMO ¿«ÍJL José Jtolon»,
Zi
t ,
Wáfc 2244S& CtlfEAL
•
M C & Q Ü
i r B JO. 5»
.'JaML 374C9 SllCUttil
i
ÍCUMENT MAROT-Yfta
-MITMO
B i r a l w u
r ¿
- c ? j r c ? j *
c 7 j - c v -
t c ? .
m • .
¿-.
*¡>
ícj
otj*• v a
r C 7 3
r
^
* k T j - - v . ü * •
•*. % • . 4. • • /
. T . # v
#
>
4
*
A • J [ i . •
á + r ' M X & A - > > * . . V
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 92/132
¿ i
G IN O B A R T A L I f u é s e g u n d o , y M A R I N E L L I , t e r c e r o
ITALIA TRIUNFO POR EQUIPOS NACIONALES
s á b a d o C o p p i g a n ó l a e t a p a c o n t r a r e l o j y a y e r V a n S t e n b e r g e n v e n c i ó
a l s p r i n t e n l a a p o t e ó s i c a l l e g a d a f i n a l d e l P a r q u e d e l o s P r i n c i p e s
C4 aqu po l U i i i n o vaooador mn la V»#Ua Ochala a Francia y oU t nc ao o int*gr*.-r>?nia. D e iiqu»#rda a de ra tha : D a SanU, RiocJ,
Rosaallt, Pazbl, ftiagoni, Parqviioi, Banal i . Cornaca, Scandis, Br.gnof, Coppi y Milano.
e o s ,
puso
su
confianza
y su s
plega-
r ias en la Madre d e Dios. Y como
p o r
milagro
f u e
curado radical-
mente. Entonces,
s in
saber
p o r
qué , fue a
Hollywood,
y
frecuen-
tand o estudios cinematográficos y
haciéndose amigo
de los
magna-
t es de l . «cinema» inicia su gran
«Cruzada de la Bondad», para
propagar l a cual l a s m á s potentes
estaciones
d e
radio
d e l
West
l an -
z a n s u palabra y, colaborando con
é l ,
toman parte
en las
transmisio-
n e s semanales, actores, guionis-
t a s , periodistas, escenógrafos y
productores .
P o r
estos producto-
re s , e l
padre Peyton
h a
terminado
siendo productor , ya que en la ac-
tualidad dirige
u n a
grandioso
film, «The Road
to
Peace»
(El ca-
(«Pueblo», 25-VII-1949.)
mino hacia
la paz) y
dícese
en H o-
llywood q u e «Patrick» h a supe-
rado
a l o s m á s
famosos directores,
de ta l
manera
que e l
rodaje
se
hace rápidamente,
sin
interrup-
ción alguna y sin tener q u e repet ir
u n a
escena, como
si se
debiese
a
u n
milagro. Incluso
en
esta pelí-
cula e l buen cura aparece como
u n o d e l o s
intérpretes principales
jun to a A nn Blyth, y todos se
muestran entusiastas d e s u s s i n -
gularísimas condiciones artísti-
c a s .
Para
el
padre Peyton
n o h a y o b s -
táculos
s u s
formas —por moder-
n o s y extravagantes q u e parez-
can—
q u e
puedan detener
l a p r o -
paganda de su «Cruzada». Y com o
la
publicidad
e s
fundamental ,
en
á
?
aVAVA
?
áVAVAVAVAVAVA
T
AVá
f
AVá
v
áVAVAVAVá
f
AVAVáVá
,r
4Vá
f
A
f
AVA
f
i
?
AVA
v
*
T
A*A
f
A
T
A
,r
A
f
A
f
A
,
'A
v
á
1
»A
T
A
T
A
T
á
f
A
?
AVA
?
A
T
á
f
,
.
f
AVAVAVA
T
A
T
A
?
A
T
AVAVAVAVA
T
A
f
AVAVAVA
T
AVAVA
f
AVA
f
A
v
AVAVA
v
AVA
f
AVAVA
v
A
T
A
T
A
T
áMA
f
A
,r
A
?
A
T
á̂ A
t
AVA
f
A
T
AVA
,
A
,
A
,r
a
f
A
f
A
R E C T I F I C A D O R E S
D E
C O R R I E N T E
A
VALVULA
D E
VAPOR
D E
MERCURIO
Cargadores
d e
baterías, allmentadores
d e a r -
¡ e o s , aparatos reproductores d e planos, etcéte-
ra. Válvulas d o repuesto. Bened ic to
y
R e d o n -
do , S . L . -
Vivero,
6 .
T e l é f o n o
3 3 0 7 1 2 .
pesa
k
Bimáma
d e l hogar
0
_ . „ . „ . c?j * c?j ? c*j - CZ • * • \ C' »'• r V.TJ ~ ^ k.VJ - " V ' J A '
• 1
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 93/132
S S P A f t A 1 9 4 9 3 B 3 B a E § B i
L a
e n e r g í a
a t ó m i c a p a r a
u s o s i n d u s t r i a l e s
t a r d a r á
m u c h o s a ñ o s
Washington.—El conocido físico
Enrico Fermi
y
que en 1942 ob-
tuvo
la
primera reacciqn nuclear
en cadena, ha declarado ante la
Comisión de Energía Atómica del
Congreso norteamericano que
constituye un servicio poco grato
para
el
público
el
hacerle alentar
esperanzas
de que la
energía
atómica para usos industriales
está poco menos
que «a/
doblar
la
esquina». Agregó que no quería
decir que no se logre
9
pero que
transcurrirán muchos años antes
de que sea realidad.
(Agencia «EFE», 8-VII-I949.)
cada larga carretera
q u e
lleva
d e
u n
Estado
a
otro
de la
Confedera-
ción, sobre
la s
fachadas
de l o s ra s -
cacielos,
en las
calles
m á s
centra-
les de las ciudades, en las grand es
tiendas,
en las
pantallas cinema-
tográficas, donde
sea
eficaz, allí
están la s palabras de Patrick Pey-
t o n . S u
«Cruzada»
la
dirige
con el
mismo sistema con que —y son
s u s
pa labras t ex tua les—
«se
vende cualquier producto comer-
cial».
S u s
representantes,
sus
«viajantes»,
n o
piden
a
nadie
d i -
nero,
n o
venden estampas
ni li-
bros
d e
oración, sino
q u e
invitan
simplemente
a
todos
a
rezar
a
Dios
y a
hacer
el
bien
a l
prójimo.
E n
seis diócesis americanas,
d e s -
pués de cuatro semanas d e c a m -
paña publicitaria,
el
ciento
p o r
ciento de l o s fieles se habían adhe-
rido a la «Cruzada», y ahora todos
lo s
días millones
y
millares
de fa-
milias recitan
la
plegaria
c o m -
pues ta
po r e l
padre Peyton
y h a -
c e n
obras
de
bien,
en
forma estric-
tamente reservada, y ahí si que sin
publicidad
d e
ninguna especie.
E n
Roma, Patrick Peyton
ha ex-
puesto s u s modernísimas ideas y
e l
Papa
h a
bendecido
su
«Cru zada
de la
Bondad».
Con su
enorme
fe,
con su
gran simpatía
y con su di-
námico impulso,
el
joven sacer-
dote d e Hollywood h a vuelto a la
tierra
de su
apostolado
y , más
tarde,
se
trasladará
a l
Canadá
y a
Alaska, donde veinte, entre arzo-
bispos y obispos, le aguardan p ara
iniciar
su
obra,
que en la
ciudad
de l
cine
h a
tenido
la
fuerza
de rec-
tificar muchos panoramas y de
abrir grandes horizontes para
la
mayor gloria
d e
Dios.
(«ABC», 15-VI1-1949.)
H O Y , N O C H E , 1 0 ' 3 0 , M A R A V I L L O S O E S T R E N O
L a
película
de
aventaras reconocida
por
todos
lo a
públicos
como la má^* emocionante y d e m i s acción
I IC Ht tO D E W «
•
. l í f f . u M
t y .
PATRICIA MORISON
•
WAITER
ABE
A M O R P R I M I T I V O
E N
C O R A Z O N E S . P A G A N O S . . .
D O R O T H Y L A M O U R
C O N S U
L I N D O « S A R O N G »
M A S
S U G E S T I V A Q U E N U N C A
T A Q U I L L A
4
B
rE R T A D E S D E
L A S O N ^ E D E L A
M A S A B A
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 94/132
SSPANA19493
DOC E M I N E R O S S E P U L T A D O S
P O R U N A
EXPLOSION
D E
G R I S U
E N L A
DURO
FELGUERA
Grave accidente en una mina
Oviedo 14. A última hora de la tar-
de, al disparar un barreno en el pozo
María Luisa, de la Duro Felguera,
se produjo un a explosión de grisú,
dejando sepultados a los obreros
que se encontraban en su interior,
en número aproximado a doce, se -
gún las primeras noticias.
Por
estar apartados
de l
lugar
en que
se
produjo
la
explosión, lograron
salvarse Rosalino Ballina.José Ma-
ría Montes, José Ovidio Ton es
González, aunque co n quemaduras
graves, y José Sánchez García, Va-
lentín Fernández Antuña, Aurelio
Roces Sánchez
y
Agustín Antuña,
quienes presentaban síntomas
de
asfixia. Se trabaja para salvar la
vida de los sepultados, aunque se
desconfía qu e pueda lograrse por la
gran profundidad a que se hallan.
Ta n pronto tuvieron conocimiento
de la
catástrofe acudieron
a la
boca
de l
pozo millares
de
personas para
interesarse
por el
salvamento
de los
mineros, entre
las que
figuraban
las
familias.—Mencheta.
S E
EXTRAEN TRES
CADAVERES
D E L
POZO MARIA LUISA
Sama
de
Langreo
14. De los
obreros
sepultados
en una de las
galerías
del
pozo María Luisa ha n sido extraí-
dos los cadáveres de ManuelSuárez
y Suárez, Amalio Fernández Mon-
tes y José Rodríguez Fernández. In -
genieros, capataces y obreros espe-
cializados continúan lo s trabajos
de salvamento para rescatar los
cuerpos de los otros mineros sepul-
tados. Una representación del Go-
bierno Civil de la provincia y de la
Jefatura
de
Minas hizo acto
de pre-
sencia
en el
lugar
de la
catástrofe.
' A V A V A V i V A V A V á V A V é V A V A V A V á V á V á V A ' á V á V A V A V á V A V á ' A V Á
A V A V A W A V A V A V A V A V A Y A V A V A V A V A V A V A V A V A V A V A V A V A V A V ,
R E F R I G E R A D O R A S
En
señal
de
duelo
fue
suspendido
el
concierto
qu e
tenia anunciado
la
Banda Municipal.—Cifra.
CONTINUAN
L O S
TRABAJOS
D E
SALVAMENTO
Ciaño
15. De
madrugada conti-
núan
co n
gran actividad
lo s
traba-
jo s para extraer a los obreros sepul-
tados, concretándose qu e faltaban
doce lámparas,
o sea,
doce mineros
qu e trabajaban en la mina al sobre-
venir el accidente.
(«ABC , 15-VI1-1949.)
F I E S T A E N
C a r a b a n c h e l
SE
INAUGURARA
UN
1 GRUPO ESCOLAR T
F i l f a s d e C a r a t a f l c M • 1 9 4 9
5 3 ¿
r¿*i
L m traá»ok>n«lM flwU* d«
Oftraixutohal oompr«nd«rán d o -
oe d (M d# kwM«Tump¡<lM
atraootona»,
y tu
©onm«r«oJdn
r«vwtirá ««t« WV> ta máxima
•otomnkted.
. » Í * 1 M € A l f • t f » « /
¿ i.
r
i^ - r j i
K
r,nil •.
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 95/132
w w w w * » ,
URBANIZACION
DE
SALAMANCA
Y
OTRAS IMPORTANTES MEJORAS
E l
Ayuntamiento
de
Salamanca,
e n
octubre
de l
pasado
a ñ o ,
forma-
lizó un presupuesto extraordina-
r i o p o r
valor
d e
cuarenta
y
seis
millones de pesetas, con dest ino a
grandes obras d e urbanización y
embel lecimiento
de la
ciudad.
H a comenzado la realización d e
la s importantes mejoras, subas-
tándose obras p o r valor d e vein-
tiún millones
de
pesetas.
Esta primera cifra se invert irá en
resolver totalmente el abasteci -
miento
d e
aguas
de la
ciudad,
m e -
diante la instalación d e nuevos
grupos elevadores, construcción
de depósi tos reguladores d e gran
capacidad, saneamiento de los
barrios Sureste de la ciudad y
montaje de la gran estación clari-
ficadora
y
depuradora
de
agua.
S e real izará, también, la pavi-
i V t V i V i V A V t V t V i W á V i V i
CESAR
IMPERATQR
EJptrÑme qúetopm
ffrtcú
q
rtadMl
notad
de
flores
«FOIOLRFLCMK»-
¿o¿> poro bebé.
fcfcrioÑei, masajes
<
lodos
USO*.
s e c u r a
n i
e s p aA h
mentación de 47 calles y plazas;
iniciándose lo s t rabajos para la
mejora de l l lamado Recinto U n i -
versi tario. Igualmente s e prote-
¡erá
la
construcción
d e
extensas
•arriadas de casas baratas , e m -
plazadas en los bárrios Pizar rales
y car re t e ra de Béjar.
L a segunda etapa, correspon-
diente a l desarrol lo d e este presu-
puesto extraordinario, q u e e n -
t rará en vigur en un plazo inme-
diato,
s e
refiere
a l
saneamiento
de l barr io d e S a n Vicente, crea-
ción
d e l
parque
de la
ciudad,
construcción d e cinco grupos es-
colares, pavimentación d e otras
70 calles y plazas, reforma y a m -
pliación de l Matadero Municipal,
t r an s f o r mac i ó n co mp l e t a de l
alumbrado públ ico y estableci-
miento
de la
estación
de
autobu-
ses .
IS-VI1-1949.)
V á V i V á V i V i V A v m w m v i V i V i V i Y i V i V i w m V i V í V i V
i V i V á V » V á V i V i ' » V i V i V i V * V * V i V i V * V * W i V * V * V * V á V i V á ' ,
> • • •
tfmtodidad
tfteHe¿fak
%
m
en áu caóa de ca/Hfw o fi£ajfa
MUEBLES DE JUNCO Y MEDUiA
COLUMPIOS Y .PARASOLES
v
SELECCION DE TEXTOS Y GRAFICOS: FERNANDO LARA Y DIEGO GALAN
v
? » » r « f » "
v z i i
? r
s s *
Q
e
v
r < r j
~ v - * ?
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 96/132
Cine
Hace
4 0
años
se
estrenó
"Sierra
de
Teruel"
de
André Malraux
E s c e n a d e l a p e l í c u l a d e André Ma l raux «Sie r r a d e Te rue l»
N D R E M a l r a u x e s u n o d e l o s p o c o s q u e
l u c h ó e n t o d o s l o s f r e n t e s . D e s de e l 20
d e ju l io d e 1 9 3 6 , e n q u e v i a j ó a E s p a ñ a c o m i -
s i o n a d o p o r e l F r on t P opu l a i r e f r a nc é s , ha s t a
p r i m e r o s
d e
f e b r e r o
d e 1 9 3 9 ,
c u a n d o p a s ó
a
F r a n c i a h u y e n d o d e l a s t r o p a s f r a n q u i s t a s q u e
oc up ar on Ba rc el on a, c i ud ad d on de filmaba,
p r e c i s a m e n t e , « S i e r r a
d e
T e r ue l » .
9 6
E n e l f r e n t e bé l i c o M a l r a ux o r ga n i z a l a p r i -
m e r a f o r m a c i ó n i n t e r n a c i o n a l d e a p o y o a la
R e p ú b l i c a , l a e s c u a d r i l l a « E s p a ñ a » ( l u e g o r e -
b a u t i z a d a
c o n e l
n o m b r e
d e s u
f u n d a d o r ,
a s -
c e n d i d o
a
c o r o n e l
d e l
e j é r c i t o r e pub l i c a no ) .
E s t a e s c u a d r i l
l a
a é r e a p a r t i c i p a
e n
n u m e r o s o s
c o m b a t e s , d e s d e
l a
l u c h a
e n e l
f r e n t e
d e E x -
t r e m a d u r a c o n t r a l a s t r o p a s d e F r a n c o q u e
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 97/132
Blas Matamoro
guerra civil española
fue una
batalla
múltiple. Dentro
de las
fronteras
del país, se peleó a sangre y fuego. Fuera de
ellas, hubo una manifiesta y ala vez sorda guerri-
lla
diplomática. Paralela
a
ésta,
una
guerra
de
papel
y
tinta, librada sobre
el
frente
de la
literatura
y del periodismo. Este conflicto llegó también al
cine.
E s c e n a d e «L 'Espo I r» , conoc ida t ambién como «Sie r r a d e Teruel»», pel ícula d e André Ma l raux .
avanzan desde
e l sur ,
hasta
la
caída
d e
Málaga
en 1937,
cuando
se
disuelve
y sus
miembros,
en parte, so n absorbidos p o r l a s Brigadas In -
ternacionales
y por la
aviación republicana.
En el
frente
de la
propaganda, Malraux
c u m -
p le
varias tareas,
en
mítines
q u e
tienen lugar
en
Francia,
e n u n a
gira
d e
conferencias
po r
Estado s Unidos y Canadá (primaver a de 1937)
y en el Segundo Congreso Internacional d e
Escritores, q u e ocurre en el verano d e l mismo
a ñ o e n Barcelona, Madrid y Valencia, presi-
dido
p o r
José Berga mín,
s u
amigo
y
modelo
d e
Guernico para s u novela L'Espoir.
Esta novela, imaginada en principio como la
primera parte
d e u n a
larga narración
d e
ficción
a
cumpli r junt o
co n
Ernst Hemingway,
se
publica
a
fines
de 1937,
aprovechando
la ola
9 7
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 98/132
El C o r o n e l
Hida lgo
__
C i s n e r o s ,
J e f e d e l a
Aviación Militar
R e p u b l i c a n a .
de
propaganda antifascista
que se
derrama
p o r e l
mundo
a
part i r
de la
derrota
de los
i tal ianos en la batal la de Guada la jar a. Pero su
alcance
la
excede
y se
t ransforma
en una de las
novelas capitales
de l
siglo
XX. Con
algunos
de
s u s
episodios convenientemente adaptados
a
l a s
condiciones
d e u n
relato cinematográfico,
Malraux organiza
u n
guión fílmico
q u e
consti-
tuirá
s u
única película.
L a
última tarea
d e
Malraux
en
España
es la
filmación
d e
Sierra
de
Teruel.
E l
proyecto
surge
en 1938,
cuando
la
República
se ve al
borde
del
agotamiento, cercada
po r l a
política
de no
intervención. Juan Negrín
y
Julio Alva-
rez de l
Vayo, presidente
y
cancil ler
de l go-
bierno republicano, encargan
la
tarea
a M a l -
raux. Curioso encargo, en verdad, pues el es-
cri tor no es cineasta. «No s oy técnico, pero
c reo q u e t engo i mag i nac i ón v i sua l » ,
reflexiona Malraux.
S u s
antecedentes
en el
cine s e l imitan a u n a visita a los estudios d e
California, durante
s u
viaje
d e
conferencias
d e
1937, y un esquicio d e colaboración c o n S e r -
g io
Eisenstein,
s u
director favorito junto
con
Eric v o n St roheim y René Clair, para filmar
La
condition humaine (1934).
D e
Chaplin prefier e
n o
hablar ,
p o r s u
incompetencia para
lo
cómi-
co . E l fruto teórico de es ta filmación se rá s u
Esquisse d'une psychologie
d u
cinema, obra
q u e n o h a vuelto a reeditarse.
E l objetivo inmediato d e l film e s s e r proyec-
tado
en los
Estados Unidos para influir sobre
la
revisión
d e l
embargo bélico
a
España.
S e
cuenta
con una red de 1 .800
salas,
q u e ,
arazón
de
2.000 espectadores diarios
en
cada
u n a d e
ellas, suman 3.600.000 norteamericanos para
s e r
persuadidos cotidianamente
d e q u e
deben
apoyar
a la
República.
Para financiar
e l
film,
el
gobierno ofrece
100.000 fran cos franc eses
y
750.000 pesetas,
e l
E s c e n a
d e
«L 'Espo i r» , pe l í cu la
d e
André Ma l raux
9 8
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 99/132
material virgen
y la
posibilidad
d e
revelar
los
negativos
en
Barcelona.
Entre abril y mayo de 1938 Malraux trata la
realización
con e í
Ministro
d e
Instrucción
Pú-
blica.
E l
esquema
d e
guión
y a
está hecho
y lo
siguen desarrollando en París s u s colaborado-
r e s . Falta quien lo traduzca a l español. Se
duda entre Corpus Barga
y M a x A u b .
Final-
mente se elige a éste. «No sé nada d e cine»,
dice Aub. «Yo tampoco», responde Malraux.
E s
como
en el
caso
de la
escuadrilla,
u n a
falen-
c ia local q u e h a y q u e suplir c o n extranjeros.
A u b , nacido en París en 1903, hijo de un a le -
m á n y u n a
francesa,
es , de
hecho, español.
A
lo s once años se radica con su familia en Va-
lencia.
E n 1924 se le
declara inapto para
e l
servicio militar, p o r s u avanzada miopía. D u-
rante
la
guerra,
por l a
misma razón, trabaja
e n
la
retaguardia,
en
Madrid, Valencia
y
Barce-
lona, en tareas d e propa ganda, culturales y la
dirección d e l periódico socialista
Verdad.
Es-
tará preso en la posguerra en un campo d e
concentración
d e l
norte
d e
Africa
y
morirá
en
el
exilio mexicano. Comediógrafo
y
novelista,
el
catálogo
de sus
obras
e s m u y
extenso, desta-
cando
su
serie
d e
novelas sobre
l a
vida espa-
ñola
d e l
siglo
X X , E l laberinto
mágico.
Los
inconvenientes
de la
filmación
son
graves.
André Ma l raux , e n
s e p t i e m b r e d e
1 9 4 4 .
N o h a y
película
en
Barcelona
y en
Madrid sólo
h a y
positivo
q u e
sirve para copias
d e
trabajo.
E l revelado de la película, en la misma Barce-
lona, escenario
de la
tarea,
e s
imposible:
las
alarmas aéreas cortan la corriente eléctrica
u n a
hora antes
y u n a
hora después
de los bom-
bardeos, d e modo q u e l a s copias se inutilizan
en los baños d e revelado, debiéndose filmar
nuevamente
l a s
escenas. Esto
es, a
veces,
im -
posible, pues h a n cambiado la s condiciones
climáticas
y los
extras
h a n
sido despachados.
Dado
que la
calidad técnica debe
se r
inobjeta-
E s c e n a d e ««Sierra d e T e r u e l » , d e Ma l raux .
9 9
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 100/132
E s c e n a d e « S i e r r a d e T e r u e l - , d e Ma l raux .
b l e ,
para
q u e l a
acepten
las
compañías
n o r -
teamericanas,
se
trata
u n a
copia
en
francés.
Pero como esto implicaría el doblaje comple to
y u n a
gran pérdida
d e
tiempo,
s e
prefiere
u n a
versión e n español y los subtí tulos en inglés.
D e
todos modos, debe comprarse
la
película
virgen
e n
Francia
y
revelarse también allí.
D e
Francia deben traerse, asimismo,
las
lámpa-
ra s , l a s
pantal las,
lo s
objetivos, espejos
y c a r -
bones para
lo s
arcos voltaicos, carros para
los
íravelliiigs, focos para spots,
el
maquil laje
y
hasta
el
jabón para quitarlo. Facilitan este
tráfico algunos funcionarios amigos
de la Re-
pública, entre ellos
el
alcalde
d e
Cerbére.
L o s estudios barceloneses, después de dos
años
d e
guerra, están
en
pésimas condiciones.
L o s locales h a n sido ocupados sucesivamente
p o r l a s
tropas
y la
policía,
y los
equipos
h a n
sido saqueados
o
destruidos.
L os
escenarios
naturales deben reducirse
a
sitios cercanos,
para evitar traslados
a
lugares alejados,
o c u -
pados
po r lo s
rebeldes
o
si tuados
e n
puntos
peligrosos
d e l
frente. Malraux rec orre
la
costa,
desde Valencia hasta Figueras, eligiendo
los
lugares apropiados.
P o r
ejemplo:
la s
«calles
de Teruel» s on de Barcelona, la «sierra de Te -
ruel»
es el
Montserrat. Después
de la
derrota,
todavía
se
filman algunos momentos
en
Fran-
Titulo d e « B e n e f a c t o r d e l a R e p ú b l i c a E s p a ñ o l a » , o t o r g a d o a Andre
M a l r a u x y f i r m a d o p o r Alva rcz d e l Vayo.
ruté
u
ftnnirtmt*
1 0 0
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 101/132
c ia , en Villefranche de Rouergue, q u e tiene
u n a
iglesia parecida
a las
españolas,
o sea un
elemento
d e
«atmósfera».
También
se
impone
u n a
adaptación
de la no-
vela. El tiempo histórico se modifica. La no-
vela abarca lo s hechos q u e v a n desde julio d e
1936 a
abril
de 1937, es
decir, desde
e l
pronun-
ciamiento hasta
la
batalla
d e
Guadala jara .
La
película ocurre en 48 horas de 1938 . Sólo el
episodio
d e l
campesino
q u e
denuncia
e l
campo clandestino
d e
aviación
y q u e ,
luego,
desde
la
altura,
n o
reconoce
su
propio país,
es
común a ambas. El suceso d e l coche que se
estrella contra
el
cañón, ubicado
en la
novela
e n Barcelona y en 1936, pasa a l film en Teruel
en 1938.
Desde luego,
se
quita
d e l
guión toda
la
fron-
dosa dialéc tica sobre pr ob le ma s filosóficos,
morales, políticos, e tc . , dejándose la acción
desnuda.
E l
título,
que es
originariamente
Sang de gauche
(como una de l a s secciones de
la
novela), pasa luego
a ser Sierra de Teruel.
Se estrenará, por f in, en 1945 como
Espoir.
La mayor parte de la filmación ocurre, a part ir
de
julio,
en la s
serranías
de
Tarragona
y en los
estudios Orphea d e Barcelona, donde también
u n
grupo
d e
españoles filma
u n a
pelicula
su-
rrealista.
Aparte
de Aub, e l
equipo técnico
se
completa
as í :
— El jefe d e producción e s Fernando G. Manti-
l la , entonces secretario de la Federación Cala-
lana
d e
Espectáculos Públicos
y
autot i tulado
«prime r universitario d e l cine español». Junt o
c o n Carlos Velo, había realizado varios docu-
mentales sobre
l a s
regiones españolas entre
1934 y 1936.
Velo queda
en
zona nacional,
donde rueda
Romancero marroquí.
Durante
la
guerra, Mantilla filma España
1936
(que
nar ra los primeros días d e l conflicto, la lucha
en la sierra y en la retaguardia madrileña),
Nueva era en el campo (sobre la refo rma agra-
r ia en Valencia) y
Por la unidad hacia la victo-
ria, e n q u e
aparece José Díaz dando
u n
discur-
so . Después de la guerra emigrará a México,
donde
se
borrará
s u
nombre.
— L o s productores en Francia so n Roland
Tual, dirigente
del PC, y el
aviador Edouard
Corniglion Molinier, compañero d e Malraux
en el
vuelo
a
Etiopía
en 1935, en la
guerra
española y en la Resistencia. Ambos adel anta n
parte del dinero para adquirir los materiales.
— El
guión técnico
es
desarrollado
p o r
Boris
Peskine, a quien Malraux elige tras ve r un do-
cumental suyo sobre
lo s
ferrocarriles france-
s e s .
— L o s
asistentes
d e l
director
son Aub y el
belga Denis Marión, quien h a dejado intere-
santes testimonios sobre
la
vida cotidiana
d u -
rante
la
filmación.
Por la noche, después de haber trabajado, íba-
mos a corrieren los restaurantes de Perpignart los
salmonetes a la parrilla del país o la bullabesa
catalana.
Y
bebíamos buen vino.
Mi
mujer,
mar-
sellesa, defendía "su" bullabesa, superior a to-
das las demás , según ella. Y así discutíamos
acerca de mil cosas hasta medianoche o la una
de la madrugada. Hablábamos sobre todo de
cine... Malraux sentía una especie de fascina-
ción por la muerte. Después de los bombardeos
de Barcelona, a menudo iba a darse cuenta de
los destrozos en los puntos afectados. Muy va-
liente, parecía buscar el peligro. Vestido casi
siempre con una cazadora de cuero, una camisa
catalana
de
tela basta
y
calzado
co n
alpargatas,
no tenia, sin embargo, el porte de un soldado, ni
de un rayo de la guerra .
Marión e s conocido de Malraux a través de la
N R F ,
donde publica crónicas
de
cine.
—
Louis Page,
el
fotógrafo,
es
recomendado
A n d r é M a l r a u x , d u r a n t e
el II
C o n g r e s o I n t e r n a c i o n a l
d e
E s c r i t o r e s
o r g a n i z a d o p o r l a A l i a n z a d e I n t e l e c t u a l e s A n t i f a s c i s t a s , e n h o m e -
n a j e a l o s h e r o i c o s d e f e n s o r e s d e Madrid .
101
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 102/132
E s c e n a d e « S i e r r a d e T e r u e l » , d e André Ma l raux
p o r e l guioni sta Jacques Pré vert. En 1930Page
h a actuado como asistente d e Jean Cocteau en
Le sang d ' u n poete. Page y Thomas realizan,
también,
La kermesse héroique,
d e Jacques
Feyder,
y
varios films
d e
Pabst.
Page
h a
dejado también
u n
vivaz testimonio
d e algunos momentos d e l trabajo:
El día en que, por fin, pudimos rodar la escena
(del descenso de la sierra) Malraux pidió a un
cantador de jolas que asistiera a las tomas de las
vistas. Quería acompañar las imágenes de aque-
lla
secuencia
con un
canto folklórico:
la
jota
aragonesa. Por la noche, en una fonda, el canta-
dor nos ofreció las primicias de sus improvisa-
ciones. Todos lo s intérpretes del film se hallaban
presentes. Entonaron
a
coro cantos revolucio-
narios. Uno de ellos, un tal Peña, recitó poemas
de Verlaine. Malraux nos habló de Víctor Hugo y
de Chateaubriand, a quienes admiraba. Llegá-
bamos al fin de nuestras noches españolas... En
comparación con los actores de nuestra pelícu-
la, el general Yagüe iba adelantando con res-
pecto al horario: porque cuando convocábamos
a nuestros intérpretes para la s nueve llegaban
generalmente hacia mediodía y decían: Bueno,
¿y si fuéramos a comer? Ya.es la hora .
— E l asistente es Manuel Berenguer. Escenó-
grafo, el valenciano Vicente Petit. E l montaje
lo
hacen
e l
propio Malraux
y
Georges Grace.
Actúa como script girl madame Boultaut y
como camarógrafo André Thomas.
La
música
es de
Darius Milhaud, compositor conocido
de
sobra como para trazar aquí
s u
biografía.
E n
cuanto
a los
actores,
l o s h a y
profesionales
y
u n a
masa
d e
campesinos, seleccionados
p o r
A u b ,
quien
los
hace ensayar
y los
fotografía
para escoger
l o s m á s
típicos
y
ponerlos
en los
primeros planos.
En e l
papel
de
Peña actúa
José Santpere
o
Sempere, actor popularísimo
p o r
aquellos tiempos, tanto
e n
catalán como
en castellano, y en diversos géneros, sobre
todo e l varietés d e l teatro E l Molino, en el
barrio barcelonés
d e l
Paralelo.
E n
Muñoz
a p a -
rece el entonces joven y a
t lét ico
extremeño
Andrés Mejuto,
q u e
había sido revelado
a l pú-
blico p o r García Lorca en
Liliom,
d e Franz
Molnar. Después
de la
guerra
se
exilió durante
dieciocho años en la Argentina, de^de donde
1 0 2
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 103/132
|
FICH TECNIC
Escrita
y
dirigida
por . .
ANDRE MALRAUX
Ayudante de dirección ;; DENIS MARION y MAX AUB
Guión técnic o BORI8 PESKINE
Fotógrafo LUIS PAGE
Cámara AÑORE THOMAS
As is tente MANUEL BERENGUER
Música
...
DARIUS MILHAUD
Montaje V. ANDRE MALRAUX y
GEORGES GRACE
Scrlpt M m e . BOUTAULT
Productor es ROLAND TUAL/COL.
CORNIGLION-MOLINIER
Ficha t écn ica d e «L 'Espo i r» , «Sie r r a d e Teruel»», d e André Malraux.
retornó a España para reintegrarse activa-
mente
a l
medio teatral
y
cinematográfico.
E n
Attignies figura Julio Peña, actor madrileño
que e r a galán e n el teatro Infanta Isabel desde
1929. La Fox y la Metro lo contrataron desde
1930 a 1934
para filmar
l a s
versiones
en
espa-
ñol de
varios films. Mercery
e s
encarnado
p o r
el
galán cómico madrileño Nicolás Rodríguez.
José María Lado (1897-1962),
q u e
representa
a
José, e r a un comediante de familia valencia-
n a ,
nacido
en
Cuba, incorporado
a l
teatro
y al
cine mudo desde
1922 .
Después
de la
guerra
filmó numerosas películas
en la
España fran-
quista. Pedro Codina
e s
Schreinery
S .
Ferro
e s
Sai'di.
E l
resto
de los
«actores»
s o n ,
como dije,
c a m -
pesinos
del
lugar.
En la
escena final, cuando
bajan
a los
aviadores heridos
p o r l a
sierra,
h a y
unos dos mi l extras. A menudo se ha creído
q u e todo e l elenco era de esta naturaleza ( aún
cae en
este error
el
gran crítico francés Geor-
ges Sadoul). La leyenda siempre acompaña a
Malraux.
La filmación, hecha en plena guerra y lleva da
hasta
la
caída
d e
Barcelona, está erizada
d e
dificultades. P o r ejemplo, las escenas aéreas:
con
fragmentos
d e
aviones destruidos
se
monta
u n a
carlinga
en e l
estudio (esta
vez
Hidalgo
d e
Cisneros cola bora
co n
Malraux
sin
demasiada penuria). Es e l último avión Potez
que le
queda
a l
ejército republicano.
L a s
esce-
nas se completan co n partes de un documental
japonés sobre
la
aviación
de
guerra,
q u e M a l -
raux encuentra en la cinemateca d e París.
E n u n a secuencia d e montañas, los extras son
reclutas
d e l
ejército republicano
q u e a ú n n o
h a n recibido su armarñento. Malraux lucha
p o r imponer u n estilo sencillo y natural a los
comediantes españoles, q u e é l encuentra l en-
tos y enfáticos.
Otro inconveniente para la toma de las esce-
n a s d e
combate
es la
falta
d e
material militar
de los
leales.
N o h a y
carros
de
asalto
y u n a
secuencia importante
( l a
entrada
d e l a s
tropa s
moras
e n
Llinas)
se
pierde
en un
incidente.
Ciertos momento s
de la
actuación
de la
escua-
drilla
no se
filman
p o r
imposibilidad material.
Uno de los plateaux d e
filmación
es el
propio
aeródromo
d e
Prat
d e
Llobregat, donde
se
aprovechan
lo s
momentos
d e
calma entre
dos
bombardeos y bajo el inminente y constante
peligro
d e
ataque.
L a
secuencia
d e l
bombar-
deo a
Cervera
es
auténtica
y
está filmada
a
bordo de un viejo Latecoére. Los cazas rebel-
d e s
persiguen
a l
avión
de
Malraux,
que , en
tanto, recita a Corneille para disipar e l nervio-
sismo.
S e
escapan volando
a
poca altura,
s i-
guiendo el curso de un r ío . También se ha
perdido otra secuencia estrictamente docu-
mental, sobre Teruel, cuando se coloca la cá-
mara
en el
puesto
de la
ametralladora.
M a l r a u x y M a x A u b e n
M o n t s e r r a t , e n julio d e
1 9 3 8 , d u r a n t e e l r o d a j e d e
« S i e r r a d e Te rue l» .
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 104/132
1
s
h
%
A n d r é M a l r a u x ,
e n l a
p r i m a v e r a
d e 1 9 3 6 ,
d u r a n t e
u n
a c t o
d e
s o l i d a r i d a d
c o n l a
R e p ú b l i c a E s p a ñ o l a , c e l e b r a d o
e n
F r a n c i a .
En el
estudio
e l
trabajo tampoco
e s
apacible.
Cierta
vez ,
unas esquirlas
d e
bombas caen
e n
lo s
botes
d e
pintura. Para filmar
la
caída
de un
avión se utiliza la cabina reconstruida en el
estudio, pintándose
u n
cielo
q u e s e
proyecta,
acelerándose
su
pasaje. Esta proyección pasa
al
fondo
de las
ventanas
de la
cabina.
L a
caída
d e l
avión
y s u
destrozo contra
la
montaña
se
logra montando
la
cámara
en e l
teleférico
d e
Montserrat.
Durante e l trabajo ocurren hechos significati-
vos ,
como
la
despedida
de l a s
Brigadas Inter-
nacionales
en
Barcelona,
en
septiembre
y
octu-
br e de 1938 . La no intervención logra q u e estos
extranjeros dejen
el
lado republicano. Rusia
empieza
a
desinteresarse
por l a
suerte
de la
España real.
El
rodaje está prácticamente
terminado cuando
la
vanguardia mora
del ge-
neral Solchaga, d e l ejército d e Yagüe, llega a
Barcelona
y h a y q u e
huir
a
toda carrera hacia
Francia. Es ya enero de 1939 . Los dos tercios
1 0 4
del
guión están filmados. Poco
m á s
ha rá, sobre
todo en mater ia d e montaje, en los estudios
franceses
d e
Joinville, Malraux asistido
p o r
Margueritte Monot.
A u b recuerda la filmación de la voladura del
puente. Desde
la
baranda
d e l
estudio
q u e d o -
minaba Barcelona, todos veían a lo lejos los
fuegos de las tropas franquistas. «Los persas»,
murmuró Malraux. S e dice q u e , a l represen-
tarse esta tragedia
d e
Esquilo,
el
actor
q u e
hacía
d e
Je rjes cayó atrav esado
p o r u n a
flecha
enemiga a l denunciar la llegada de los adver-
sarios.
E n u n
camión
y
tres coches,
s e
marchan
a
Figueras.
L a
intención
e s
volver
a
Barcelona,
pero ya e s tarde. E l equipo asiste a la últ ima
reunión
de l a s
Cortes republicanas
en
suelo
español,
en el
castillo
de
Figueras. Luego
p a -
s a n a Cerbére, tierra francesa. A u b vuelve por
la
mitad
d e l
avión
que le s
sirve
de
truco, ante
la mirada atónita de los franceses. Anota el
mismo A u b :
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 105/132
En julio de 1938, cuando empezamos a filmar,
no dudábamos de la victoria; cuando pasamos
la
frontera creíamos
que
regresaríamos,
si no
victoriosos, a luchar. Cerca de treinta años des-
pués, los que hicimos esta película, muertos y
vivos, seguimos creyendo en la libertad...
E s
febrero
de 1939. En
abril termina
la
guerra.
E l gobierno republicano está en e l exilio. En el
cine París
de los
Champs Elysées
se
estrena
el
film en presencia de l a s autoridades desterra-
d a s .
Agosto
de 1939.
Pocos días después esta-
llará
la
guerra mundial. Entre
lo s
primeros
espectadores están, también, Louis Aragón,
Georges Altmann y Claude Mauriac . Pero M a l -
raux,
t a l vez
desde
1938
(testimonio
d e
Gaétan
Picón) h a abandonado e l comunismo en su
fuero interno.
L a
noche
del
pacto
de
Munich,
en un
café
de las
«puertas»
d e
París, confía
a
Aub: «La
revolución
a
este precio,
n o » .
La película e s inmediatamente prohibida p o r
la censura d e l gobierno d e Edouard Daladier.
E n
esos moment os
el
mariscal Petain
e s
emba-
jador ante Franco y se espera q u e España e n -
t re en
guerra
a l
lado
de l E je , a
favor
de la
derecha francesa, y a toda costa se quiere ev i -
t a r
cualquier molestia. Queda
u n a
sola copia
d e l film, q u e s e salva p o r casualidad de ser
destruida
por los
nazis durante
l a
ocupación
d e
Francia.
E n
efecto,
u n a
caja
q u e
dice
Sierra
de
Teruel
e s quemada por los alemanes, pero
e n
verdad contiene
Dróle de drame, d e
Marce l
Carné.
En 1945, terminada la guerra, se produce e l
auténtico estreno de
Espoir,
como se la ha
rebautizado.
E l
prólogo
de
Corniglion Moli-
nier
e s
suprimido
y
reemplazado
p o r
otro,
d e
Maurice Schumann, antiguo jefe de la Resis-
tencia
y
actual ministro
d e
Asuntos Extranje-
ros . Las
secuencias
q u e n o
llegaron
a
filmarse
se
reemplazan
p o r
carteles explicativos, para
d a r
coherencia
a l
desarrollo.
E n
diciembre
d e
1945 gana e l premio Louis Delluc. El 24 de
abril d e 1960habrá u n a exhibición solitaria en
el cine de las Américas, en México. E l film será
relanzado
en 1970 por la
empresa
L es
Grands
Films Classiques, e n u n a sala del Barrio Lati-
n o .
E n España se conoce, desde luego, tardíamen-
te, en 1978, sin demasi ado suceso ni eco publi-
citario. Ocurre algo similar
con la
novela.
E n
1938 se lanzó en Chile la traducción española
de
Luis Alberto Sánchez, luego inhallable.
Sólo
en 1978
Edha sa reedita
L'Espoir en
caste-
llano, e n u n a nueva versión d e l escritor argen-
tino José Bianco.
Malraux n o cumplirá otros proyectos cinema-
tográficos, como u n a película sobre la Resis-
tencia
y u n a
versión
d e La condition humaine.
Sierra de Teruel
queda, pues, como
su
único
film.
A
pesar
de su
Iragmentarismo
y de sus
pobres
medios técnicos, se sostiene por su estilo
definido
y
riguroso,
d e u n a
belleza austera
y
recogida, u n a poesía d e lucha y viril dolorismo
q u e
culmina
en la
escena
de la
sierra, cuando
lo s aviadores heridos o moribundos bajan en
hombros d e u n a mult i tud que los desconoce,
pero
los
acoge como her man os. Toda
la
narra-
ción está acompañada, aparte de la música d e
Milhaud,
p o r u n a
suerte
d e
par titu ra paralela,
hecha
d e
ruidos
d e
combate: explosiones, esta-
llidos
d e
balas
y
bombas, ráfagas
d e
ametra-
lladora.
La
guerra
e s u n a
constante compañía
simbólica,
aun en los
momentos
m á s
apaci-
bles
d e l
relato.
Un
crítico
q u e n o
puede
s e r
sospechado,
en
absoluto, d e simpatías personales o políticas
hacia Malraux, Carlos Fernández Cuenca,
es-
cribe:
Esta hermosa película es el último y penetrante
dato en muchos aspectos de la ayuda francesa a
los
combatientes españoles
del
Frente Popular,
aunque resultara inútil para la propaganda por-
que llegó tarde, cuando ya la guerra había con-
cluido,
si
bien contribuiría
a
mantener años
después algunos de los mitos de la contienda.
Mas la
verdad
es que, por
encima
de la
contin-
gencia bélica que la inspirara, quedaría como
obra de sumo interés cinematográfico, ejemplo
de lo que un escritor de talento puede hacer en
celuloide cuando acierta a usar el lenguaje priva-
tivo de éste. • B. M.
Andre Ma l raux ,
e n l o s
p r i m e r o s d í a s
de l a
gue r ra c iv i l e spaño la .
1 0 5
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 106/132
L os
novelistas rusosante
la
Revolución
P o r t a d a d e l a r e v i s t a d e H e r z e n « L a E s t r e l l a Po l a r » , p u b l i c a d a a n u a l m e n t e p o r s u Prensa Llb re
t
R u s a e n L o n d r e s
(1855-62) , y e n G i n e b r a e n 1 8 6 9 . E n e l c e n t r o s e v e n l a s c a b e z a s d e l o s c i n c o c a b e c i l l a s d e c e m b r i s t a s q u e f u e r o n
a h o r c a d o s e l 2 5 d e Julio d e 1 8 2 6 .
José María Solé Mariño
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 107/132
L
bolchevique en octubre de 1917 se muestran de forma bien palpa-
ble en la
actitud manifestada
por los
escritores rusos ante
el
vuelco
de la
situación.
El
cambio
de
régimen encabezado
por los
socialdemócratas
de
Kerenski pareció agradar en un primer momento a todas aquellas fuerzas
de la
intelligentsiagwe
tradicionalmente habían venido oponiéndose al
sistema autocrático encarnado en la persona de Nicolás II.
OS efectos del cambio violento que en la trayectoria de la
revolución de marzo supuso el acceso al poder del partido Wf
« « ^ ^ ^ 4 a I
Pl a z a
d e
Pu s h k l n ,
e n
Moscú .
B D
W: fW
x:
x;::: . %
1 0 7
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 108/132
N i c o l á s I,
Z a r d e R u s i a d e
1 8 2 5 a 1 8 5 5 .
sado siglo, seguidos
m á s
tarde
en su desgracia p o r e l joven
Dostoievski y Turguenev ,
Herzen
y
Chernishevski, fina-
lizando
co n
Korolenko
y G o r -
k i ,
entre
lo s
nombres conoci-
d o s ,
apar te
la
gran cantidad
d e
literatos menores
q u e p r e -
cisamente
p o r e s a
cualidad
nunca
h a n
sido recordados
indivi dualment e. Ante la exis-
tencia
d e u n a
recia censura
y
d e l
peligro
q u e
suponía
la ex-
presión directa
de
cualquier
tipo
d e
idea política
o
social
opuesta
a las
manten idas
desde
el
poder,
la
l i teratura
se
había convertido
en un
medio
d e
difusión ideológica,
y p o r
e s a
razón
u n a
parte impor-
tante
de la
producción
de la
época
m á s
brillante
de la
lite-
ratura rusa aparece hoy tan
cargada
d e
connotaciones
so -
ciales hasta
u n
extremo
q u e
puede llegar
a
sorprender
dada la combatividad q u e a
veces manifiestan.
S i n e m -
bargo,
en la s
décadas
q u e
transcurren entre
1850 y 1880,
es t an alta la calidad media d e
los
productos literarios
q u e
admiten incluso esta directí-
sima intromisión de la polí-
tica en la labor d e ficción. Y los
escritores,
a
través
de l a s pu-
blicaciones periódicas
en las
q u e iban dando a conocer sus
L
enraizado antagonis-
m o q u e s e
había
ve-
nido manteniendo entre
el ré-
gimen zarista, p o r u n a parte, y
la clase intelectual, p o r otra,
había sido
la
causa
d e
conti-
nuados ataques particulares
y
generales p o r parte d e l Est ado
contra la actividad literaria y
había facilitado
e l
procesa-
miento
y
destierro
de
figuras
como Pushkin
y
Lermontov,
ya en los años veinte d e l p a -
R e t r a t o d e Nikolá i Gogol , p o r F . Moller
(1841), q u e s e c o n s e r v a e n e l M u s e o
N a c i o n a l
d e
L i t e r a t u r a
d e
Moscú .
1 0 8
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 109/132
A l e j a n d r o II,
Z a r d e R u s i a d e
1 8 5 5 a 1 8 8 1 .
obras, n o cesaban d e lanzar
ataques
m á s o
menos disimu-
lados
contra el
sistema zaris-
ta , que a
finales
d e
siglo había
comenzado, s in sospecharlo, a
vivir
s u s
últimos momentos.
S in
embargo,
e s
necesario
h a -
c e r
notar
q u e l a
carga política
que la literatura rusa en gene-
ral y la
novela
en
particular
habían poseído durante el
X IX
había llegado
a
conver-
tirse
a
principios
d e
este siglo
en un factor casi negativo. L a
intencionalidad política
d i-
recta
que los
escritores expre-
saban
en sus
obras
se
hacía
vi-
sible ahora
a
través
de un
burdo panfletismo en la ma-
y o r parte de los casos, y por
esta razón había perdido
su
antiguo valor.
U n a
ingente
cantidad
d e
poemas
y
novelas
se
sucedían, ante
la
imposibi-
lidad d e publicar ensayos o fo-
lletos, destinadas
a la
menta-
lización
de la
masa lectora,
in-
tentando provocar
u n
cambio
en la situación p o r medio d e
planteamientos teóricos q u e
n o pocas veces alcanzaban el
rango d e l absurdo.
L O S
SUCESORES
DE LA
GRAN NOVELA RUSA
E l enfrentamiento entre esla-
vófilos
y
occidentalistas
q u e
durante decenios había divi-
dido
en dos
campos antagóni-
cos a la clase ilustrada rusa
había sido prácticamente su -
perado a • la llegada del si-
g l o X X .
Ahora
es el populis-
m o , e l acercamiento a l p u e -
b lo , e l que
domina
la
situa ción
en los medios intelectuales.
Esta valoración
de l a s
clases
populares, representadas
to-
d a s
ellas idealmente
por e l
vasto campesina do
al que ni la
abolición de la esclavitud h a -
b í a liberado de la miseria,
sino todo
lo
contrario, dará
lugar
a la
aparición
de los pri-
meros partidos socialistas,
e n
la
clandestinidad,
p o r
supues-
to , que no
tardarán
en
enfren-
tarse a los movimientos m a r -
xistas, tanto
en
la'forma
de lu -
c h a política como en la idea
general de la revolución, hast a
l a q u e
—según
los
socialis-
tas—
se
llegaría
u n a v e z
atra-
vesadas todas
la s
etapas
in -
termedias
d e l
desarrollo capi-
talista,
y n o
directamente
como propugnaban
l o s m a r -
xistas.
Va a se r
esta contradic-
ción existente en el seno de la
oposición a l zarismo la que va
a
motivar llegado
el
momento
revolucionario
d e
octubre
el
apar tamiento
de
muchas
p e r -
sonas q u e aparentemente de-
berían s e r afectas a l radical
cambio qu e en ese instante dio
comienzo
p o r
habe r estado
a c -
tuando en la oposición hasta
ese
momento .
E s
precisa-
mente la postura populista -
socialista
l a q u e
marca
la
ideología d e u n a parte impor-
tante
de los
escritores progre-
sistas
y
será
la
causa
de su re-
sistencia activa
o po r lo
menos
a s u
negativa
a
colaborar
con
e l
régimen nacido tras
l a s jo r -
nadas
de
Petrogrado.
Es la novela el género esco-
gido para definir la posición
real
de la intelligentsia
ante
1 0 9
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 110/132
e l
cambio, debido
a ser el de
mayor prestigio
e n u n a
litera-
tura breve
en e l
tiempo, pero
poseedora d e notas decisivas
para
e l
desarrollo
de la cul -
tura europea. Casi
s in
antece-
dentes
n i
tradición, saliendo
prác t i camente
de la
nada
y
d e s a r r o l l á n d o s e p e r f e c t a -
mente e n m u y pocos años, la
novela rusa clásica constituye
uno de los fenómenos menos
susceptibles d e u n a explica-
ción lógica o superficial. Ni las
caracterís t icas
d e l
momento
sociopolítico
n i las
inf luencias
q u e pudiera haber recibido
para ayudar
a su
nacimiento
y
expansión, s o n bases suficien-
temente válidas a la hora d e
intentar entender este fenó-
meno
q u e e n u n
espacio
d e
cuatro décadas hizo posible la
creación
de
obras
d e
tanta
c a -
lidad
e
influencia posterior
en
todas
las
literaturas. Ciñén-
donos
a l
plano ideológico,
en
el momento en que l a novela
rusa alcanza
su
mayor
es-
plendor, esto
es , en
vida
de los
grandes escritores, éstos
d e -
terminan en cierto modo la
mente de sus seguidores, a u n -
q u e en
realidad ninguno
de los
grandes maestros pudo arro-
garse
u n
protagonismo polí-
tico directo,
ya que su
ideolo-
gía no se definía pre cisa mente
p o r s u
progresismo, sino
m á s
bien
p o r u n
conservadurismo
velado
en
ocasiones
y en
otras
evidente. Son l a s capas m e -
dias
de la
intelectualidad
las
q u e d a n l a s
notas definitorias
de la
clase ilustrada como
ariete combativo contra las
est ructuras
d e l
Imperio auto-
ri tario.
Al mesianismo reaccionario
q u e
siguió
a l
original revolu-
cionarismo
de
Dostoievski,
y a
l a s
personales
y
doctrinales
teorías
d e
Tolstoi,
q u e
junto
con e l
tradicionalismo teñido
d e u n
cierto liberalismo euro-
peo muy de l a
época
q u e
había
definido
la
trayectoria
d e
Turguenev,
q u e
habían
de-
terminado
la
postura social
d e
l a m á s
alta literatura rusa
del
momen to, sigue
el
tenue reno-
vacionismo de un Chejov, q u e
uti l izando
u n a
sát ira amarga
o u n
humor dulce, hace justas
descripciones
de la
hora
en
que l e ha
tocado vivir.
CHEJOV,
U N A
VISION
AMBIGUA
Y
PREMONITORIA
Junto
a u n a
postura personal
ambigua acerca
de los
movi-
mientos progresistas, destaca
en su
obra
e l
presentimiento
de un
cambio total
q u e
está
presente
a lo
largo
d e
toda
su
produc ción. Varios
de sus pe r -
sona jes creen adivina r entre
e l
melancólico tedio
de la
oscur a
vida de las postrimerías de s i-
g lo un fu turo m á s justo y ra -
cional, incluso m á s lleno d e
belleza. E n efecto, la perspi-
cacia
d e
Chejov,
que a s u a f i -
ción a las letras unía la frial-
d a d
crítica
de su
profesión
médica,
n o
podía dejar
d e o b -
servar
el
general ambiente
d e
decadencia
y
descomposición
q u e s e había adueñado de la
R u s i a p r e r r e v o l u c i o n a r i a ,
creando
u n a
especie
d e c o m -
p á s d e
espera ante
la
inevita-
bilidad
d e
unos hechos
q u e
iban
a
producirse debido
a
unas circunstancias concretas
q u e
existían
y los
hicieron
p o -
sibles.
Así,
para
los
aficionados
a las
premoniciones n o puede h a -
b e r
nada
m á s
justificativo
para
su
forma
d e
pensar
q u e
e sa
terrible tormenta
q u e C h e -
jo v pone en boca d e varios d e
los
personajes
d e s u s
obras
m á s
significativas
y q u e
será
preludio
d e l
establecimiento
de un
nuevo orden
m á s
justo
y
feliz. Naturalmente,
no es d i -
fícil identificar la tormenta
previa
y
necesaria
con la
revo-
lución,
y el
tiempo feliz
con lo
q u e s e
supuso sería
la
vida
rusa u n a v e z derrocado e l des -
potismo trasnochado
de los
zares. S e puede a s í hablar con
propiedad d e u n cierto mile-
narismo inscrito e n u n a zona
concreta
de la
literatura rusa
inmediatamente anterior a
m i l
novecientos diecisiete.
•
E L A Ñ O M I L
NOVECIENTOS CINCO
U n
hecho concreto vino
a en -
gendrar
u n a
toma
de
posición
casi general entre
lo s
escrito-
r e s
rusos
d e l
momento:
e l s an -
griento aplastamiento
de la
denominada revolución
d e
enero
d e m i l
novecientos
c i n -
co . La
indignación producida
p o r l a
crueldad
con que l a s
fuerzas de seguridad atrope-
llaron
a los
pacíficos manifes-
tantes ante
e l
palacio
de In -
vierno y la atroz represión
muchas veces indiscriminada
q u e s e
extendió
p o r
todo
e l
país unió a los escritores en su
protesta contra u n régimen
q u e n o
sólo había ordenado
l a
absurda matanza, sino
q u e
había creado u n estado de co-
sa s ya
irreversible
que l e con-
ducía hacja u n callejón s in sa-
lida. L os sucesos d e m i l nove-
cientos cinco desataron
un to-
rrente
d e
producción literaria
en
todas
l a s
formas posibles,
novelas, poemas, panfletos,
e n
los que los miembros de la in -
telligentsia atacaban
en
base
a
planteamientos políticos
o
humani tar ios
la s
caducas
ins -
tituciones
de l
inmenso Impe-
r io .
E l
viejo León Tolstoi en ca be za
la
protesta
y
escribe
u n o d e
aquellos folletos que en su an -
cianidad prodigaba
s in
pausa.
E l
grito tolstoiano
d e N o
puedo callar encuentra rápido
eco en los
novelistas menore s.
E l
decadente
y
morboso
A n -
dreiev u n e s u airada crítica a
la de l
viejo
y
prestigioso revo-
lucionario Korolenko, e in-
cluso Merejkovski, sumido en
su s
estudios filosófico-religio-
sos , no se
contiene
y
lanza
su
acusación contra el, autócr ata,
acompañándola
de un
claro
1 1 0
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 111/132
viraje hacia la izquierda, q u e
n o abandonará hasta que los
acontecimientos d e octubre
d e l
diecisiete
le
hagan recaer
en su
original conservaduris-
m o .
Pero
va a ser
Máximo Gorki,
e l
eterno vagabundo y revolu-
cionario d e siempre, e l que va
a dar e l
aldabonazo
a
nivel
m u n d ia l e n esta ocasión.
Como consecuencia
de l a pu-
blicación de un manifiesto en
e l que
atacaba duramente
a l
za r y a su
camarilla como
c a u -
santes
de l a s
circunstancias
q u e hicieron posible l a m a -
tanza,
e l ya
célebre escritor
es
encerrado
en la
fortalezá
p e -
tersburguesa d e Pedro y Pa-
b l o , q u e y a
conocía
los to r -
mentos
d e
algunos valores
d e
la s
letras rusas desde
q u e D o s -
toievski y Chernishevski co -
nocieron
lo s
rigores
d e l
encie-
r r o entre su s muros. U n a
oleada
d e
protestas
se
eleva
en
todo e l mundo civilizado ante
el
ataque
que la
prisión
d e
Gorki significa para
la
liber-
t a d d e
expresión, logrando
q u e a l
cabo
d e
unos meses
sea
puesto
en
libertad
y
pueda
abandonar e l país. L a publi-
cación
de su
novela
La madre,
cuando Gorki
se
encuentra
d e
nuevo en e l exilio, supone u n a
nueva contribución a la lucha
revolucionaria activa
que no
h a
abandonado desde
su ini-
cial toma
d e
posición años
atrás.
El m o n u m e n t o a L e r m o n t o v , e n Moscú .
1905-1917: A LA ESPERA
DE LA REVOLUCION
E l
respaldo
de que la s
crecien-
te s
fuerzas partidarias
del
cambio dispone entre l a mi -
noría ilustrada
va a ser
enca-
bezado ahora en el interior d e
Rusia
p o r
Korolenko,
d e
anti-
g u a
trayectoria populista,
idealizador de las clases c a m -
pesinas y poseedor d e u n a
vena humanitaria
d e
gran
consistencia.-
En mi l
nove-
cientos diez, Korolenko
c o m -
1 1 1
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 112/132
Fe d o r D o s t o i e v s k l , c u a d r o d e V . G . Pe rov .
bate
la
supervivencia
de la
pena
d e
muer te
en el
ordena-
miento jurídico ruso.
Su co-
nocimiento de l a s instalacio-
n e s
carcelarias,
q u e
había
su -
fr ido
en su
propia carne
d u -
rante s u s años d e prisión sibe-
r iana y que le habían llevado a
escribir
u n
dostoievskiano
tes-
t imonio
de su
paso
p o r
ellas,
le
lleva c o n mayor conocimiento
d e
causa
q u e a s u s
demás
co-
legas
a
apoyar
la s
posturas
re -
formistas,
a s í
como
a
conde-
n a r l o s progroms desencade-
nados contra
l a s
comunidades
judías de las regiones del su-
doeste, q u e también provoca-
ron las enérgicas protestas del
moralismo oficial
de la
Ingla-
terra victoriana y de la Fran-
cia de la
Tercera República.
Entre
la s
descripciones
de la
sordidez de la vida rusa de la
época
y de la
corrupción
r e i -
nante e n todos s u s niveles q u e
llenan
l a s
páginas
de los
nove-
listas pertenecientes decidi-
damente
a la
oposición polí-
tica a l zarismo, como A n-
dreiev, Sologub
o
Kuprin,
q u e
desarrollan
su s
acciones
e n
medio de sofocantes ambien-
t e s
provinci anoso capitalinos,
prostibularios
y
tabernarios,
por los que
deambulan perso-
S a l ó n d e l a c a s a d e O o s t o i e v s k i , M o s c ú . ( C a s a - M u s e o d e D o s t o i e v j k i ) .
najes ambiguos
y
portadores
d e toda la malignidad huma-
n a ,
aparece destacando
p o r
s u s
temas completamente
d i -
ferentes d e éstos la obra d e
Iváh Bunin, e l ambivalente
cantor
de la
Rusia tradicional
y
cosmopolita periodista
in -
ternacional. Fiel seguidor d e
la s
teorías eslavistas
y
reac-
cionarias d e Aksakov, Bunin
advierte cómo
e l
paso
del
t iempo
v a
destruyendo
los
vestigios de la vieja civiliza-
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 113/132
ción patriarcal y ataca a l capi-
talismo como factor causante
d e l cambio , mient ras n o
puede ocultar
su
temor ante
la
incógnita fuerza de la masa
campesina, siempre presente
en el
devenir histórico
d e R u -
s ia y qu e
ahora parece
d a r s i g -
n o s q u e
anuncian
su
salida
d e
u n
letargo secular.
E s ,
quizá,
debido a s u prestigio personal
la
postura
d e
Bunin
la
princi-
p a l
nota discordante
en e l pa-
norama de la novelística rusa
ante
la
gene ral posición
de sus
compañeros
d e
letras
que ,
m á s q u e
añorar
el
pasado
y a
muerto, parecen esperar a un
plazo corto d e tiempo la tan
deseada transfor mación.
N o
será
la
deposición
del zar en
el mes de marzo y la subida al
poder
de la
coalición encabe-
zada
p o r e l
partido socialde-
mócrata
el
punt o concreto
q u e
va a
definir posiciones ante
el
nuevo régimen.
E l
asalto
a l
poder
p o r
parte
de los
bolche-
viques en octubre logrará de-
sencadenar
u n a
serie
de
reac-
ciones entre lo s literatos que
én ese
momento
s í se ven
obli-
gados
a
aclarar
e l
lugar
que
ocupan
en la
nueva situación
política.
TRES POSTURAS
DIVERGENTES Y
COM PLEMENTARIAS
Es en
este momento cuan-
d o cabe aplicar el esquema
I
1
m
sfl
s r
,
1 1 3
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 114/132
apuntado
y a e n
otros lugares
sobre la s posturas adoptadas
p o r l o s intelectuales ante el es-
tablecimiento d e u n a dictadu-
r a .
Posturas
q u e s e h a n
repe-
tido en circunstancias históri-
c a s
separadas
en e l
tiempo
y
en el
espacio, pero unidas
to-
d a s
ellas
p o r u n
determinante
común:
la
imposición
de un
régimen autoritario implan-
tado e n contra de la voluntad
de la
mayoría
de los que lo so-
portan.
P o r u n a parte, se si túan los in-
telectuales q u e , p o r verdadera
honradez ideológica o por un
e v id e n t e o p o r tu n i sm o ,
s e
unen
al
grupo q u e detenta e l
poder. En e l lado contrario, se
hallan
lo s
disconformes,
q u e
se exilian a fin de conservar su
l ibertad
d e
expresión
e
incluso
a
veces
su
vida.
Y,
finalmente,
e n u n a posición intermedia y
ciertamente muchísimo m á s
difícil d e sobrellevar para sus
componentes
que la s
anterio-
r e s , y a q u e n o
cuenta
con los
beneficios
d e
todo tipo
q u e o b -
tienen
los
encuadrados
en el
primer apartado,
n i
goza
de la
seguridad física
q u e
tienen
los
pertenecientes a l segundo, se
encuentra e l que sé ha deno-
minado
exilio interior.
L o s novelistas rusos acomo-
dados
en la
primera situación
ofrecen y a a simple vista u n a
impresión concreta:
la de su
baja calidad l i teraria,
c a -
lificación
d e l a q u e
única-
mente puede librarse
un Ale-
x is Tolstoi o u n Andrei Bieli,
nombres d e gran calidad ro -
deados,
s in
embargo,
p o r m e -
diocridades como Muizhel,
Teleskov
o
Serafimovitch,
q u e
acabarán convirtiéndose en
meros burócratas d e l estali-
nismo encargados
de la
elabo-
ración d e panegíricos del ré-
gimen
c o n
unos aparentes
r i -
betes literarios, lo cual n o
pasa
en la
mayor parte
de los
casos
d e u n a
benévola suposi-
ción. Por lo general, lo s litera-
to s
afectos
a l
sistema
s o n p e r -
sonas relativamente jóvenes
q u e n o
pertenecen,
p o r
tanto,
a la vieja guardia de los revo-
lucionarios
y
reformistas
q u e
llenan la vida intelectual rusa
de las
últimas décadas
del si-
g lo
anterior.
La
mayoría
d e é s -
tos , envejecidos o desengaña-
d o s
ante unos acontecimien-
t o s q u e
superan negativa-
mente
a
todo
lo
imaginado
y
q u e t ienen u n desarrollo
opuesto p o r completo a lo que
esperaban,
se
apar tan
de la
realidad revolucionaria e n -
carnada
en los
bolcheviques
y
se dividen entre los dos b lo-
ques restantes.
E l
segundo grupo viene
c o m -
puesto
p o r u n a
amalgama
d e
escritores
q u e
escogieron
e l
camino
d e l
exilio,
q u e
para
unos supuso la definit iva
tranquilidad tras
la
tormenta
de la
revolución,
y
para otros
menos afortunados
la
misera-
b le
vida
d e l
paria
en
tierra
ex-
tranjera, experiencia
q u e t a n
bien conocen tantos escritores
q u e h a n sufrido l a s amargur as
d e l
exilio. Coordinando
l a ac -
ción propagandística antiso-
viética
de los
exiliados,
y m a n -
teniendo u n a actuación que en
muchas ocasiones aparece
te -
ñida
d e
resentimiento,
se p r e -
senta en Francia Bunin, q u e
huye de su país c o n u n presti-
g io literario intacto que le l le-
vará incluso
a
alcanzar
en
1933 las
glorias
del
Nobel,
el
l e j a n d r o I I I, Z a r d e R u s i a d e 1 8 8 1 a 1 8 9 4 ,
1 1 4
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 115/132
L e ó n T o l a t o i , f o t o g r a f í a t o m a d a h a c i a 1 9 0 5 .
primero de la serie d e contro-
vertidos galardones concedi-
d o s a
escritores nacidos
en
Rusia, y a q u e h a n sido preci-
samente
lo s
escritores
d e
este
origen —Bunin, Pasternak,
Sholokov, Solzenitskin—
a l -
gunos
de los
Nobel cuyos
m é-
ritos
h a n
sido
m á s
discutidos
como base para
la
concesión
d e l
premio.
Al
lado
d e
Bunin
y
en la placidez de su retiro
francés, Merejkovski
y s u m u -
jer , la poeta Zinaida Gippius,
mantienen
u n a
postura
vio-
lentamente ant icomunis ta ,
q u e e n cierto modo contrasta
con la del
nostálgico
y
crepus-
cular Artzibaschev,
q u e r e -
cuerda obsesivamente
a la
Rusia perdida
ya s in
remedio.
Zaitsev, Chirikov
— el
antiguo
fabulista alegórico—, Remi-
zov y
muchos otros,
van a po-
blar también
las
sombras
d e
la
emigración.
E s precisamente la
emigra-
ción interior
l a que agrupa a
los
verdaderos revoluciona-
rios clásicos,
los que
durante
años h a n luchado p o r u n c a m -
b i o y q u e h a n
expuesto
su li-
bertad y su vida ante la policí a
zarista para denunciar
la
opresión
p o r
medio
d e m a -
nifiestos directos
o a
través
d e
la
creación literaria,
no por
menos directa
c o n
descenso
de
efectividad, según s e h a c o m -
probado sobradamente.
E s
Korolenko, cuyo ideal huma-
nitario le hace oponerse a los
bolcheviques como
se
había
opuesto a l régimen caído; o
Kuprin,
e l
desvelador
d e t a n -
ta s
miserias ocultas bajo
e l
falso brillo d e l zarismo. E s
también Sologub,
e l
lúgubre
descriptor
de la
vida provin-
ciana, cuya inspiración desa-
parece completamente tras
los
hechos revolucionarios
q u e s u liberalismo n o puede
aprobar. Estos
y
otros
son los
que van a
soporta r largos año s
d e
persecución
y
olvido
p o r
parte d e l régimen que en un
primer momento pre tende
ganárselos
a su
causa '
te -
niendo finalmente
q u e
aban-
donar
e l
empeño ante
la
ínte-
g r a postura de los solicit ados,
q u e
vivirán
en
plena oscuri-
d a d y hasta miseria, algunos
d e
ellos después
d e
haber
re -
gresado a su tierra rusa tras
u n
corto exilió
que les
hubi era
ofrecido siquiera
u n a
seguri-
d a d .
E l centro de la literatura rusa,
de los
sucesores
de la
gran
n o -
vela
q u e
hab ía b r i l l ado
ochenta años antes,
ya no
está
en Rusia, sino en centros e u -
ropeos como París
y
Berlín.
Pero, aparte e l caso d e Bunin
q u e
mantiene
su
producción
l i t e ra r ia duran te muchos
años, todos los demás escrito-
res , los
exiliados
y los que
permanecen
en el
interior
d e
Rusia, desaparecen de la es-
cena literaria.
L a
revolución
h a
matado
a la
literatura rusa
para
d a r
paso
a la
soviética,
e m p a r e n t a d a i n d u d a b l e -
mente
co n
aquélla, pero dife-
rente
en la
esencia.
Un
caso
especia lmente paté t ico
lo
ofrece Leónidas Andreiev. E l
q u e
fuera maestro
d e l
deca-
dent ismo t ras ladado a la
prosa había llegado a ser , en
los
años anteriores
a la
revo-
lución,
u n
vigoroso defensor
de la s
¡deas izquierdistas,
lle-
gando incluso a idealizar los
principios marxistas. Pero
n o
tarda en desengañarse ante el
1 1 5
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 116/132
N i c o l á s M, Zar
d e
R u s i a
d e
1 8 9 4 a 1 9 1 7 .
verdadero rostro de la revolu-
ción
y ,
huido
a
Finlandia,
muere literalmente d e h a m -
bre en 1919 , tras haber publi-
cado s u último libro, de título
bien expresivo, S O S , en el que
hace repetidas advertencias a
lo s
occidentales acerca
de la
verdadera naturaleza del bol -
chevismo, en aquellos m o -
mentos glorificado p o r tantos
intelectuales europeos.
GORKI,
U N CASO APARTE
El
caso
d e
Gorki, exponente
en
116
u n a sola persona d e todas las
contradicciones sufridas
p o r
los novelistas anteriores, lleva
hasta su máxima expresión la
compleja lucha interna sopor-
tada
p o r
tantos intelectuales
entre la teoría y la pra xis revo-
lucionaria,
y se
podría afirm ar
q u e e s válido como caso-tipo
para todo intelectual situado
en circunstancias similares.
S u s antecedentes revolucio-
narios, puestos de manifiesto
en toda ocasión y que le valie-
r o n e l encierro y el exilio, p a -
recen s e r base suficiente para
pensaren u n a total identifica-
ción
con los
postulados revo-
lucionarios q u e in tentaban
cambiar
la faz de
Rusia. Gorki
es, en los años q u e preceden a
1917, la f igura fund amen tal d e
la izquierda dentro de la inte-
Iligentsia.
Incluso penetra
profundamente
en la
acción
directa en multi tud d e ocasio-
n es , bien personalmente o a
través de sus escrit os. Pero, sin
embargo, n o goza de la total
confianza d e Lenin, cabeza v i-
viente de la revolución. A m -
bos se habían conocido en
Londres,
e n
mayo
de 1907, du-
r a n t e la c e l e b r a c ió n d e l
V Congreso del partido so -
cialdemócrata,
y se
habían
tratado co n posterioridad lo
suficiente como para q u e Le -
n in escribiese en 1916: «Gorki
continúa falto
de
claridad
p o -
lítica,
se
abandona a sus
s e n -
timientos y a sus humores»..
Pero, aparte d e esta aprecia-
ción anterior
a
la.revolución,
será
la
política seguida
p o r
ésta co n respecto a los miem-
bros de la clase intelectual,
duramente t ra tada por los
bolcheviques, l o que enfrente
d e
forma definitiva
a
Gorki
con e l partido en el poder. Las
disensiones
d e
Gorki
con los
b o l c h e v i q u e s y c o n c r e t a -
mente
co n
Lenin
van en au -
mento a l expresar s u s quejas
ante
e l
régimen
d e
terror
im -
plantado en Rusia. Así, en el
momento de l cambio, la acti-
t ud de
Gorki,
en la que se mi-
r a n muchos literatos indeci-
sos , es de lo má s
ambiguo.
A s u
primitivo amor po r l as clases
p o p u l a r e s , m a r g i n a d a s y
oprimidas, sigue
u n a
toma
de
posición sorprendente en él,
l legando a escr ibi r en el
mismo
año de la
revolución:
«... desconfío de la razón de las
masas en general, y de la ma sa
c a m p e s i n a en p a r t i c u l a r .
Como n o h a sido organizada
p o r u n a
idea,
la
razón
n o
puede intervenir d e u n a m a-
nera creadora en su vida. La
masa carece de idea directriz,
puesto que no tiene conciencia
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 117/132
de la
comunidad
de
intereses
d e
todos
su s
componentes...».
Esta cita
por s í
sola sirve para
definir
el
cambio
q u e
había
sufrido con los años y las c i r -
cunstancias la ideología d e
Gorki, antiguo defensor apar
sionado de los humildes y los
proscritos.
A
este cambio
q u e
le
aparta
de sus
principios
o r i -
ginale s viene, pues,
a
unirse
su
decidida oposición
a la
actua-
ción general d e l régimen so-
viético
y a su
política particu-
l a r
contra
la
clase ilustrada,
a
la que Gorki nunca dejará d e
considerar
«el
único caballo
d e
tiro
q u e
puede
s e r
engan-
chado a l pesado carretón de la
historia
d e
Rusia», según
su
propia expresión. D e u n a p o -
sición populista
y , m á s
tarde,
marxista, Gorki pasa
a un eli-
tismo q u e l e lleva a apunta r la
idea
d e l
dominio
de la
genera-
lidad
p o r
parte
d e u n a
mino-
r í a
escogida.
Tras
u n a
serie
de
exilios
m á s o
menos voluntarios,
d e
recon-
ciliaciones
c o n
Lenin
y
Stalin
y d e
acceso
a los más
altos
cargos de la literatura oficial,
incluso
su
muerte, producida
en 1938 durante l a s terribles
purgas estalinianas,
no ha de -
jado
de se r
fuente
d e
toda
clase
d e
conje turas dado
lo ex-
traño
d e l
fallecimiento, cuyos
verdaderos detalles n o h a n
sido todavía totalmente acla-
rados.
Ahora, cuando se acaban d e
cumplir
la s
seis décadas
d e
vida de la revolución soviéti-
ca , e s
posible hace r
u n
balance
sobre
s u s
efectos entre
los he-
rederos
de la
gran época
de la
novela , tantas veces m i -
tificada
y
cuyo paso
por la his -
toria de la literatura significó
u n
brillo fugaz,
q u e
murió
de-
jando u n a influencia posterior
relativamente
m u y
débil
en
comparación con su valor.
Influencia
que la
literatura
soviética h a sabido en muchos
casos aprovechar
e n
beneficio
de la
ilustración
d e l
pueblo
ruso; pero
q u e
también
en
otras ocasiones, sobre todo
cuando el comunismo sovié-
tico
se
convirtió
en
estalinis-
m o , h a sido utilizada p o r u n a
literatura oficial puesta
a l
servicio de un régimen totali-
tario. • J . M . S. M .
Antón Che jov y Máximo Gorki , e n C r i m e a , h a c i a 1 9 0 0 .
1 1 7
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 118/132
^ G r a h a m G r e e n e
•
66
E l
factor humano
Ramiro Cristóbal
-
• •
mrn?
•
L próximo mes de octubre el escritor Graham Greene cumplirá 75 años.
Esta vejez gallardamente asumida al menos desde el punto de
vista de la producción literaria es la clave de su evolución• Como
compatriotas suyos — el propio Bertrand Russell po r ejemplo— es su pr
experiencia vital el propio y personal testimonio de la historia lo que constituye su
alimento intelectual. Los anglosajones tienen iuia larga experiencia
las teorías po r bien documentadas qu e estén ocupan
mente un a educación política en la democracia tiene mucho que ver: no son los
intelectuales quienes dirigen sino la interpretación colectiva de lo aue ocurre a través i
la experiencia de cada uno.
E
DMUND Burke,
el
gran
teórico inglés del si-
g lo XIX, perdió la ecuanimi-
dad y casi la razón, ante los
acontecimientos de la revolu-
ción francesa; muchos odios
«decorosamente ocultos» se
pusieron de manifiesto. Algo
parecido ocurrió entre los in-
telectuales ingleses frente a la
revolución soviética, hacia los
años veinte. Escritores como
Robert Graves y filósofos
como Bertrand Russell adqui-
rirían un an'ticomunismo vis-
ceral q u e sólo el tiempo m o -
dificó en parte. De la misma
manera, e l joven Graham
Greene, conservador
y
cató-
lico a fines de los veinte, inició
s u cruzada personal contra e l
comunismo.
Durante
la
segunda guerra
mundial trabaja para el Fo-
reign Office
e n
servicios espe-
ciales, es decir, en el espiona-
je, y se incorpora, después, con
todo entusiasmo, a la guerra
fría. Para entonces y a había
escrito «E l poder y la gloria»
(1940), novela en la que otra
revolución menor, la de Lá-
zaro Cárdenas en México, es el
«diabólico» contrapunto
con
s u personaje, u n sacerdote pe-
1 1 8
cador
y
mártir, ¿onvertido
al
catolicismo
en 1926,
Greene
tenía a ú n todo el fanatismo d e
lo s creyentes en lugares d e
mayoría n o católica. Cuando
contemple el anticlericalismo
del
pueolo mexicano, puesto
de relieve durante la presi-
dencia de Cárdenas, escribirá
su novela, ta n hermosa como
maniquea y tan sincera como
pomposa y grandilocuente.
En 1947 e l
director
de
cine
Ca-
rol Reed pide a Greene que le
escriba
un
relato sobre
la
Viena ocupada de la posgue-
rra, que ha de servir como
base a un guión de cine. El re-
sultado sería la obra más fa-
mosa de l autor, aunque no,
probablemente, la mejor. «El
tercer hombre», gracias a su
versión cinematográfica, con
u n reparto de lujo enca bezado
p o r
Orson Welles
y
Joseph
Cotten y contando con la po-
pular intervención
del
músico
Antón Karas, lanzó definiti-
vamente a la fama a Greene, a
nivel mundial. Fue e l proto-
tipo de obra de guerra fría en
la que no faltaba, incluso, u n
secuestro de una joven a cargo
de los rusos y e l canto a los
buenos oficios
de los
ingleses
y
americanos desde
la
residen-
c ia
decadente
y
dorada
del ho-
te l Sacher. Posteriormente, en
e l prólogo de la obra, Greene
diría: « N o teníamos ninguna
intención de pulsar l a s e m o -
ciones políticas del auditorio:
sólo queríamos divertirlo,
asustarlo
un
poco, hacerlo
reír ».
S u labor como periodista,
comenzada en 1926 y nunca
abandonada, adquiere vital
importancia en e l período en-
tre 1952 y 1955, cuando es en-
viado como corresponsal d e
lo s diarios «The Sunday T i-
mes» y «Le Fígaro» a Indochi-
na, donde estuvo tres veces e n
distintos períodos. Es e l mo-
mento de la explosión nacio-
nalista contra la colonización
francesa. En mayo de 1954 el
;eneral Giap toma Dien Bien
'hu y
acaba
con la
primera
etapa
de las
guerras indepen-
dentistas. Para Greene e l
examen d e l proceso e s funda-
mental. S u concepto de la
guerra fría v a cambiando y la
dialéctica capitalismo libe-
ral-comunismo ya no la ve tan
clara desde
un
punto
d e
vista
ético. Incluso su catolicismo
se tambalea en cuanto doc-
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 119/132
trina aliada a los poderes im -
perial istas.
Con los
años
t e n -
d r á q u e v e r cómo l a cama ril la
de los Ngo Din
Diem, títeres
de los
americanos, represen-
t a n tristemente a l cato licismo
local.
En 1955
escribe «The Quiet
American»,
q u e
representa
e l
momento
d e
inflexión.
C o n
toda clarividencia, Greene
predice
lo que va a
pasar ,
e s
decir,
la
sustitución
de un co -
lonialismo
p o r
otro;
la
ocupa-
ción, primero solapada
y
luego violenta,
de l
hueco
d e -
jado po r lo s franceses y qu e
sería
el
prólogo
de la
gran
g u e -
rra de los
Estados Unidos
en el
Sudeste asiático. S u persona-
je ,
Alden Pyle, resultó todo
u n
símbolo. Es e l momento, s in
embargo, en que e l apoyo a la
difusión literaria
d e
Greene
disminuye ostensiblemente.
L a
prensa conservadora
y los
poderes públicos reacciona-
rios
le
vuelven
la
espalda.
E n
España,
p o r
ejemplo, donde
s e
habían convertido
e n
«best
se-
llers»
s u s
obras anteriores ,
d e -
saparece
de los
escaparates.
E l
cambio
q u e
representa
«El
americano impasible» tendrá
u n a confirmación años m á s
tarde
e n s u s
duras declaracio-
n e s sobre la guerra d e Viet-
n a m .
Dice Greene:
«No veo
disculpa para la presencia d e
t ropas extranjeras
en e l
suelo
de e se país. L a disculpa d e
contener
e l
comunismo
d a p o r
supuesto
q u e e l
comunismo
e s ,
dondequ i e ra ,
u n m a l .
Cualquiera c o n experiencia
d el
Vietnam sabe
que no e s
así». Esta clarividencia hacia
e l
papel
de los
Estados Unidos
en el
concierto mundial
s e
vuelve
a
poner
d e
manifiesto
e n
«Our
m a n i n
Havana»,
p u -
blicada en 1958, pocos meses
antes dé la toma del poder
definitiva
de los
revoluciona-
rios castristas.
Con los
años,
n o
sólo
su
visión
política
se
inclina hacia
la iz-
quierda, sino
q u e s u
catoli-
cismo
se va
haciendo
m á s a l e -
g re y
tolerante. «Viajes
c o n m i
tía», de fines de los sesenta, e s
l a novela de un viejo lleno d e
esperanzas. Greene encuentra
su juventud perdida e n estos
viajes. Es un testimonio meri-
diano
d e lo qu e va a s e r l a p ro -
p i a vejez d e l autor: luchadora
e
indomable.
« E l
factor hum ano
», su
úl t ima
novela, llega cuando
e l n o m -
b r e d e
Granam Greene suena
insistentemente para
e l
Nobe l
d e Literatura; el hecho de no
haberlo obtenido
a ú n
puede
tener mucho
que ve r con su
proceso político y su crec iente
radical ización antiamerica-
n a . E n « E l factor humano»
vuelve
a
retomar
lo
mejor
d e
s u s creencias, desde u n h u -
man ism o cristiano, despojado
d e
símbolos
y
dogmas, hasta
s u progresismo democrático.
E s u n a obra antirracista y a n -
tiimperialista, pero
e s
ade más
u n a d e l a s m á s
b ellas historias
d e amor que s e hayan escrito
jamás. Anclada, aparente-
mente,
en la
tradicional
n o -
vela
d e
espías, acaba
p or ser e l
so l i loquio
d e u n
hombre
aplastado;
de un
anciano
en -
gañado
y
baqueteado,
a l
cual,
a fuerza d e quitarle todo, le
acaban p o r despojar de sus
propias creencias
y de su p r i -
vado
y
casi vergonzante amor
conyugal. Este Maurice
Cas -
t l e , funcionario de los Servi-
cios
d e
Información, casado
c o n u n a
mujer
d e
color, anti-
g u a residente d e Sudáfrica,
c o n
amigos comunistas
y n a -
cionalistas, luchadores contra
e l
apartheid, tendrá
que so -
por ta r la humillación de ser
reclutado para
la
operación
contrarrevolucionaria «Tío
Remus» en e l Cono Sur de
Africa. Participantes: Inglate-
r r a , Estados Unidos y la pro-
p i a
República Sudafricana.
Por s i
fuera poco, tendrá
q u e
asist ir
a l
envenenamiento
y
eliminación d e u n compañero
funcionario, sospechoso
d e
«filtrar» informac ión.
U n
cúmulo
de
basura ideoló-
gica, la defensa de los intere-
s e s
económicos
y los
buenos
modales
de los
funcionarios
bri tánicos, s on , en definitiva,
lo s
protagonistas
d e « E l
facto r
humano», q u e sólo u n viejo-
joven como Graham Greene
podía descubrir. Con los años
n a
comprendido
u n a
verdad
t a n
antigua como
e l
hombre,
a
saber,
q u e l a s
ma yore s iniqui-
dades pueden
s e r
ocultas
a
base
d e u n a
adecuada presen-
tación.
Y
sobre
e so ha
escrito
u n a d e l a s mejores novelas de
los últimos años. • R. C.
1 1 9
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 120/132
J o s é
A .
Gómez Marín
NTRE los títulos de una colección que. por la muestra de que ya dis-
ponemos, promete ser muy sugestiva, acaba de aparecer uno de esos
textos importantes que han tenido mala suerte en castellano y resultan por
ello casi inencontrables:
la
«Historia
de
Florencia»,
de
Nicolás Maquiavelo
1). La
«Isto-
rie»,
en
efecto,
no es
fácil
de
hallar
en
nuestra lengua, aunque
con
frecuencia encontre-
mos su cita, y es, por lo demás, un libro inevitable para hablar con cierta propiedad de
Maquiavelo, en especial sobre su manera de entender la Historia y la relación entre esa
historia
y la
Política. Pero vayamos
por
partes
y
comencemos
por
decir unas cuantas
cosas de la edición qué nos parecen imprescindibles.
(1) N.
MAQUIAVELO: "Historia
d e
Florencia», Clásicos Alfaguara. Madrid.
1979 .
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 121/132
corrido ésta a ca r -
go de F . Fernández
Murga, profesor
de
Literatura
en la Universidad d e Sala-
manca y, al parecer, buen c o -
nocedor de la lengua y la litera-
tura italianas, con las que le
debe haber familiarizado su
larga estancia en el país . Y as í
será,
s in
duda, aunque
el
lector
de esta edición n o pueda reco-
ger el
fruto.
E n
principio,
p o r -
q u e e l profesor Fernández
Murga dedica s u leve y su -
perficial información
a
contar-
n o s varios conocidos sucesos
de la época en relación con la
historia de Italia, tratando d e
insertar l a figura de Maquiavelo
en el complicado mosaico de la
historia política del Renaci-
miento, lo cual n o parece nece-
sario teniendo en cuenta q u e
esas páginas introductorias
v a n dirigidas a u n lector que , en
seguida,
si es que n o
desmaya
a
resultas de la mentada Intro-
ducción,
v a a
internarse, como
en un bosque, en la versión del
propio Maquiavelo q u e noso-
tros
n o s
permitimos preferir,
c o n perdón de l editor.
Esto de entrada. Pero, además,
ese
modo
de
proceder impide
que l a presente edición llegue al
lector provista de un instru-
mento
de
orientación impres-
cindible, habida cuenta de la
especia l compl icación q u e
ofrece, en la historia de las
ideas,
u n a
caracterización
co -
rrecta de Maquiavelo. La t r a -
yectoria
d e
nuestro ilustre
florentino
en ese
plano resulta,
desde luego, costosa de apre-
ciar, e n parte debido a los nu-
merosos intentos trivializado-
r e s q u e h a tenido q u e soportar
e n manuales y hasta en inter-
pre tac iones especí f icas , e n
parte también a q u e h a debido
soportar
el
peso
d e u n a
larga,
activa
y
enco nada tradición
p o -
lémica: la de maquiavelistas y
antimaquiavelistas. E n conse-
cuencia, parece
q u e u n a e di -
ción t a n esperada hubiera de-
bido incluir u n a orientación
precisa de l o que significó M a-
quiavelo
en el
umbral
de l a Mo-
dernidad europea, de lo que
quiso decir cuando escribió
d e
«política» y, en especial, de
cuanto supo o intentó enseñar-
n o s a l t r a t a r d e h is tor ia . M a -
quiavelo es de esofe au to re s q u e
necesitan imprescindiblemente
de esta andadera cuando una
obra suya v a dirigida a un pú -
blico vasto
o n o
especializado,
t a l como suponemos es la in-
tención de la Editorial Alfa-
guara al plantear esta colec-
ción.
Y lo
necesita porque
l a po-
lémica a q u e n o s he mos referido
tiene especial significado en la
historia de la cul turaespañolay
es , por otra parte, m u y antigua,
aunque ciertamente
no sea de-
masiado conocida. Aquí no la
vamos n i a resumir, porque n o s
bastará remitir a l lector cur ios o
a l a definitiva y, s in embargo,
pionera labor de José Antonio
Maravall, quien desde 1944,
nada menos, viene destacando
la
importancia
q u e
tiene para
nuestra cultura llegar a c o m -
prender
que l a
recepción
de
Maquiavelo en España no es
u n a
simple anécdota biblio-
gráfica, sino u n a clave termi-
nante para comprender l a « m o -
dernidad», o mejor, la
mentali-
d a d moderna:
Maquiavelo es-
tablece u n nivel de contempla-
ción de lo político a part i r del
cual resulta preciso avanzar
a
lo s «modernos», y contra
e l
cual se creen obligados a mili-
t a r l o s «antiguos».
Todo e so , como qued a dicho, lo
sabemos p o r Maravall desde
hace m á s d e 3 0 años (1944:
«Teoría española de l Estado en
el siglo XVII»). Hace menos,
justamente desde
1969 , V cen -
tenario
de l
florentino,
e l
prop io
Maravall publicó d o s estudios
claves y puestos a l d í a sobre
nuestro tema.
E n u n o d e
ellos,
«Maquiavelo
y
maqui aveli smo
en España», prueba lo dicho y
se ext iende en la considera ción
de la
corriente maquiavelista
y
s u papel en nuestra historia so -
cial
y
política;
e n
otro,
«La co -
rriente doctrinal de l tacitismo
político en España» 2), explica
cómo la resistencia antima-
quiavelist a, obligó
a una
impor-
tante nómina de escritores po -
lpticos a t ratar d e Tácito, sujeto
menos alarmante para la activí-
sima censura y estrechamente
ligado
a
Maquiavelo
en l a m en -
talidad moderna. Pues bien,
to -
d o esto, q u e resultaría inevita-
b le conocer y escribir en una in-
troducción a Maquiavelo, y, so-
b r e todo, a su «Historia de Flo-
rencia»,
no es
aludido siquiera
p o r Fernández Murga, decidido
a olvidarse de l Maquiavelo que
se perfila t a n complejo desde la
historia
del
pensamiento
y , por
supuesto, olvidado del todo de
q u e ésta e r a u n a edición para
españoles
y de que era , por t an-
to , necesario recordar al lector
español la importancia que el
libro que va a leer tiene en su
cultura. Pero
es en la
«biblio-
grafía selecta » que ofrece la edi-
ción donde tal vez sea fácil a l
lector mínimamente avisado o
famil iarizado
con e l
tema,
ad -
vertir claves definitivas para la
interpretación
del
modo
de pro-
ceder q u e ahora criticamos. Se
trata,
en
efecto,
d e u n a
selec-
ción desconcer tante, donde — a
excepción de Russo y Toffa-
nin— casi n o aparece ningún
nombre obligado: n i u n a m e n -
ción
a
Maravall,
n i a
Meineke,
n i a Ronaudet; n i un a a lo s m a-
nualistas destacados, quizá
merecedores algunos de un re -
cuerdo
o u n a
cita siquiera
d e
aca rre o (Sabine, Hólstein, C h e -
valier mismo). Todo
lo
cual
re -
sulta especialmente raro si se
advierte que en e l libro de Luigi
Russo que é l cita en la biblio-
grafía,
s e
incluye—el
a r o q ue ya
m u y a l final, en l as últimas p á -
ginas— u n a interesante n ó -
mina
de
especialistas
e n M a -
quiavelo. Sólo añadiré
lo
raro
q u e resulta, de paso, encontrar
entre t a n parco viático libresco
(2) Ambos recogidos en el volumen
«Pensamiento politico español. Siglos
XVI y XVII», I. C. H., Madrid.
121
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 122/132
Casa
d e
Maqulavelo
e n
Sanf'Andrea,
e n
Percussfna.
1 2 2
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 123/132
como Fernández Murga n o s
ofrece, citas q u e a estas alturas
tienen q u e resultar, p o r lo me-
n o s , pintorescas y u n poco
«camp» a la fuerza, como s o n ,
p o r ejemplo, las de Fernández
de la Mora, el emba jad or Javier
Conde o Jorge Uscatescu, q u e
serán
m u y
valiosas aportacio-
nes—¡quién lo duda —pero in -
sostenible
en u n
reparto
en el
q u e s e h a n omitido inexplica-
blemente gentes com o
la s
antes
citadas. Incluso se incluye u n a
cita d e César Silió, vaya el lector
a saber p o r q u é , sobre todo si
sabe quién
fu e
este ilustre
y a r -
queológico escritor...
Pero
c o n
este varapalo —créa-
n o s e l
editor
q u e v a
bieninten-
cionado—
se nos ha ido a l
cielo
el santo de Maquiavelo y el s ig-
nificado, t a n relevante, de su
«Historia d e Florencia». Y se
n o s h a id o s in remisión, puesy a
n o queda espacio. Digamos,
p o r ello, sólo u n p a r d e cosas, a
nuestro juicio necesarias para
q u e e l lector nuevo, s i llega el
caso, pueda orientarse mejor.
U n a e s q u e l a «Historia de Flo-
rencia» debe
se r
leída, sobre
to -
d o , p o r
quien ande interesado
en la idea de «historia» m a -
quiavélica, pues e n ella, a ú n
m á s q u e e n « E l
Príncipe»
y q u e
en el
«Castrucci», Maquiavelo
desvela entre líneas y por ex-
tenso cómo el juzgaba a la His -
toria,
de
modo particular
a la
romana, «maestra de la vida»,
como decía e l maestro griego.
Maestra de la vida, aviso d e n a -
vegantes, estrella para perdidos
en la noche de los tiempos...
presentes: h e ah í l o q u e Ma-
quiavelo entiende
p o r
relación
historia-política. Pero bien e n -
tendido
q u e e s a
relación
—y los
hechos en que se basa— s o n
vistos p o r Maquiavelo desde
u n a perspectiva secularizada,
absolutamente des'mitificada
y ,
e n cualquier caso, rac iona lis ta:
la
«Historia
de
Florencia»
ser-
virá de este modo al lector para
encararse
a u n
«hombre
m o
derno»,
a u n hombre
renacen-
Busto d e Nicolás Maquiavelo, d e autor desconocido, e n e l Museo Nacional de Florencia
tista,
c o n todo lo q u e a u n tipo
semejante supone d e ambiguo
lanzarse hacia el futuro s in
despegar de l todo lo s pies del
pasado y esto e s m u y impor-
tante, s i n duda).
E s
decir,
q u e
Maquiavelo
e n -
tiende como fin de la Historia
u n a
especie
de
pedagogía, diri-
gida sobre todo a l titular del Po-
der, tal y
como,
en el
siglo
s i-
guiente, lo s «espejos» v a n a t r a -
t a r d e educar a los «príncipes
cristianos»... S e trataría, pues,
d e
extraer
de la
Historia
l a s
«verdades eternas», lo s para-
digmas
q u e
subyacen bajo
la le-
t r a menuda d e batallas y trata-
d o s ,
para
c o n
ellos constr uir
es a
suprema lección, e se gran
aviso
q u e Luigi Russo (citado por el
editor, precisamente) caracteri-
zaba como
u n a
«storia militan-
t e » . Para Maquiavelo lo deci-
sivo
e r a
averiguar
q u e
había
e n
la Historia «interna» —en el
123
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 124/132
Monumento a Lorenzo d e Médicis, p o r Miguel Angel, en la Capilla Medicea d e Florencia.
caso de Florencia, l a s disensio-
nes , l a
curiosa
y
permanente
guerra civil, la s tensiones polí-
ticas, religiosas y sociales, etcé-
tera—
q u e
pudiera
servir al lec-
t o r como aviso o advertencia: la
Historia, en definitiva, siempre
se
repite
si se
repiten
lo s
supues-
t o s ; de donde e s fácil, piensa
Maquiavelo, sacar consecuen-
ciaspráct icas . Eso es lo qu e ju s -
tamente intentó e n esta «Histo-
r i a de
Florencia», entre cuyos
vericueto s inextricables e l lector
puede seguir el hilo de una pe r -
manente lección
q u e
Maquia-
velo se esfuerza en explicar con
realismo bien
moderno:
la lec-
ción de la «razón de Estado»,
piedra basal de la nueva polí-
tica y consecuencia, a suvez .de
la
nueva visión
del
m u n d o
y del
hombre propia del Renacimien-
t o . Es emocionante, d e verdad,
seguir este hilo intrincado
de
enredos humanos y casi divi-
n o s q u e Maquiavelo supo c o n -
templar s i n anteojeras y con
mir ada cl ara. Pero sobre todo e s
patético. Patético porque , en fin
de
cuentas,
u n o — e l
lector—
se
percata pronto de que la lección
v a a
servir para poco segura-
mente... Y, por s i algo faltara,
porque e s a lección está e n cierto
mfodo basada
e n u n a
convic-
ción metódica q u e resulta, a su
vez, relativamente sólida: M a -
quiavelo, como advirtiera ese
Russo citado por e l editor a c -
tual
de la
«Historia
d e
Floren-
cia», termina,
en fin,
haciendo
u n a historia militante, pero
u n a
historiaque tiene
q u e
asen-
tarse e n u n a cierta abstracc ión,
o mejor dicho, en un cierto ¡ in-
cierto ) idealismo, y m á s q u e
u n a historia verdadera, quizá s
termina pergeñando
u n a
histo-
r i a
«ideal»:
«. . . i motivi eterni
degli avvenimenti, e . . . una
storia idealmente vera, se non
fritamente certa»,
como expli-
caba Russo
en el
repetido libro.
E l
lector verá,
que es lo
impor-
tante, estas y o t ras mucha s co -
sa s en l a s apretadas páginas de
Maquiavelo. Páginas intere-
santes n o sólo para el lector e s -
pecializado, sino para
e l que
simplemente guste de la histo-
r ia y, de manera especialísima,
para
e l que
quiera ahondar
en la
cultura renacentista o «moder-
n a » .
Verá, entre otras cosas,
cómo lo s manuales sirven para
poco y cómo la lectura directa
de los
clásicos
e s u n a
oper ación
q u e h a y q u e reivindicar no en
nombre de l especialismo y de la
alta cultura,
sino en pro de
nuestra indeclinable identidad
cultural. Indeclinable, aunque
m a l conocida. Encima. • J . A.
G . M .
124
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 125/132
Libros
D E L
M O R F I N I S M O
A L PA SOT ISMO
Enrique González Duro es un ps i -
quiatra joven q u e siempre, en sus
actividades profesionales, se ha ca-
racterizado por la más absoluta h o n -
radez y por un sentido de la critica
—crit ica de la misma psiquiatría y de
su
propio trabajo dentro
d e
ella—
que le ha llevado a adoptar posturas
y puntos de vista considerados aqui
como profundamente radicales,
cuando
no
subversivos. Entre ellas,
podemos recordar la experiencia del
«Hospital d e Dia» para psiquiatriza-
d o s , dentro de la sección de psiquia-
tría d e l Hospital Provincial Francisco
Franco; experiencia
que s e
encontró
c o n innumerables dificultades en su
realización, y cuyo principal intento
consistía e n cambiar la s relaciones
m é d i c o - p a c i e n t e , d e s j e r a r q u i -
zándolas, a l tiempo q u e llevaba a la
práctica algunas
de las
últimas
t e o -
rías sobre la s supuestas enfermeda-
d e s mentales. Ahora, González
Duro n o s ofrece u n libro interesantí-
simo, q u e lleva po r titulo «Consumo
d e drogas e n España» (1).
El libro es , ante todo, una visión lú -
cida y clara de l problema de las d ro-
gas en general, desde e l punto de
vista de un psiquiatra en e l ejercicio
de su profesión: visión, claro está,
necesariamente parcial y poco c o m -
pleta, pero
que no cae en e l
reaccio-
narismo habitual en los miembros d e
es a casta represora a l tratar d e tales
temas. Se trata de un intento razo-
nado y razonable —q ui zá e l primero
aquí, a l menos que y o conozca— d e
hacer una historia de l consumo d e
drogas en nuestro país desde 1940
hasta ahora. E l trabajo de González
Duro s e basa e n 4 1 2 historias clíni-
cas que figuran en los archivos del
Hospital Provincial d e Madrid, y tam-
bién
en su
experiencia personal
en
este tipo de casos. Ha consultado,
además, una amplia y completísima
bibliografía.
Nuestro psiquiatra adopta para e l es -
tudio d e l tema un punto de vista ma r -
cadamenteproqjesista: s e plantea e l
(1) Editorial Villalar. Colección Análisis.
problema de la adicción a las drogas
— o , m á s bien, de la llamada adicción
a las llamadas drogas, pues e n m u -
chos casos estas
do s
etiquetas
se
aplican de una manera equivocada y
abusiva— como un efecto más de
la s contradicciones d e l sistema s o -
cial q u e padecemos, y en intima y
directa relación con la lucha de c la-
ses. Y, desde luego, s e puede estar
en gran medida d e acuerdo co n é l ; e l
problema de un morfinómano de la
clase media nada tiene que v e r c on
e l de l grifóla legionario pertene-
ciente al lumpen; y no es el tipo d e
producto empleado e l que define la
diferencia, sino
e l
enfoque
c on que
ta l producto s e consume, e l medio
social de l usuario, la s posibilidades
q u e encuentre para conseguir-
lo , etc .
También podemos estar d e acuerdo
con é l en que la inflación de noticias
sobre la s drogas —las drogas,
siempre en general, s in especificar
cuáles,
s o n
protagonistas continuas
d e sueltos, gacetillas y reportajes—,
y el haberlas clasificado como uno
de los
cuatro jinetes
d e l
Apocalipsis,
según frase, m e parece, d e l inefable
D r. Llavero, s on una especie de
nube d e humo q u e sirve para ocultar
problemas mucho m ás graves y d ig -
nos de atención; entre ellos, las ver -
daderas causas q u e generan este
fenómeno múltiple, complejo y en -
revesado de l us o , consumo y adicci-
nó n a las distintas drogas que hay en
e l mundo.
t
Consuma d e d r o g
en España
Enriqun Qop2««|^
k
•>
A N A L I S I S
González Duro
no
hace, para hablar
c o n p ropiedad , unaauténtica historia
de l uso de drogas en España; casi n o
habla,
po r
ejemplo,
de l
alcoholismo,
nuestra e ndémi ca adicción, quizás la
m ás grave y más extendida desde
siempre. S u libro tiene un enfoque
socio-psiquiátrico,
más que
históri-
co . Aporta, s in embargo, datos muy
interesantes para e l estudioso de la
historia de la España contemporá-
n e a . Cuando no s habla d e l problema
q u e supuso e l incremento de la mor-
finomania en la inmediata postguerra
—aunque e se problema ya se pro-
ducía desde lo s años 2 0 — , muestra
una de las consecuencias menos
conocidas, e incluso m ás ocultas por
la España oficial, de la contienda: e l
caso d e médicos y ex combatientes
que recetan y se aplican morfinas
para combatir dolores causados
por
la s heridas, o simplemente la angus-
t ia, el hambre y e l miedo d e vivir e n
un país destruido e inseguro, a l am-
paro de una legislación que todavia
no estaba nada clara en ese sentido.
Igualmente, habla de l caso de los
grifólas:
ex
legionarios
en su
mayo-
ría, o pertenecientes al lumpen u r-
bano, que se encuentran con la grifa
— o e l k i f, como se prefiera llamar-
l o — a l entrar en contacto con el
mundo marroqui. La grifa es una
droga menor, s in mucha importancia
en s i misma; s in embargo, empleada
p o r personas que tratan de escapara
una situación opresiva, extraída d e
s u contexto cultural, aculturada en
cierto sentido,
y
mezclada
con a l -
cohol, crea graves problemas
a
quien la utiliza y a la sociedad donde
s e myeve.
Pasa luego González Duro a estudiar
e l incremento q u e tuvo el uso de las
drogas —especialmente alucinóge-
nos de
tipo
LSD , o
bien haschisch,
pero también fármacos d e todo t i-
p o — e n l o s jóvenes de clase media,
en los años sesenta. Ah i es precisa-
mente donde empezó e l problema a
nivel policiaco y legal: la sociedad
empezó
a
alarmarse cuando
la
droga
ya no era empleada solamente por
elementos marginales o por enfer-
m o s crónicos, sino po r gentes de la
clase media y media alta: se v io en-
tonces amenazada directamente en
s u propia carne, en su propio medio,
y empezó a reaccionar d e l único
medio q u e sabia: empleando la re-
presión, e l castigo y e l terror. Esta
125
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 126/132
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 127/132
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 128/132
nificativamente en e l titulo d e l libro:
Félix
y
Fritz.
Lo
cual
e s
perfecta-
mente lógico, puesto
q u e e l
mundo
de l os comics viene a ser el espejo
—espe jo m á s o menos cóncavo,
según l o s casos— en que se reflejan
lo s sueños, lo s mitos, la s esquizo-
frenias o las frustraciones de una co -
lectividad, d e u n grupo o incluso
—caso d e buena parte d e l «under-
g round»— d e u n subgrupo.
E l libro de Javier Coma e s , pues,
bastante m á s q u e u n a simple historia
d e l o s comics. Es , por otro lado, u n
libro escrito s in asomo d e pedantería
y con una
gran claridad
de
estilo:
algo q u e e n absoluto resulta ocioso
señalar cuando tanto bodrio preten-
cioso circula por ahí. • JOAQUIN
RABAGO.
E L R A P T O D E
L A C U L T U R A
Esta nueva obra d e Carlos París lleva
u n titulo sugerente: «E l rapto de la
cultura», a través d e l cual abre e l
análisis a l secular robo de la cultura
realizado por las diversas élites q u e
se han sucedido a lo largo d e nuestra
historia: «los grandes mandarines,
lo s chamanes c o n s u s poderes m i s -
téricos, l o s clérigos, lo s profesores,
l o s
sabedores,
lo s
tecnócratas hoy»
(págs. 6 - 7 ) . Elites que se han ido
metamorfoseando durante la diná-
mica histórica, pero cuyos núcleos
d e identificación h a n sido siempre la
posesión
de la
cultura,
d e l
saber,
de
la ciencia, en los cerebros y organi-
zaciones d e unos pocos, a la ve z q ue
constantemente desoían la s culturas
contestatarias
d e
cada época,
a las
masas trabajadoras que día a d ía
creaban y crean la infraestructura
imprescindible para que sea posible
W - • I
este dualismo cultural, que es a la
p a r dualismo político, económico y
social.
A las masas trabajadoras les ha sido
robada
la
cultura,
la
posibilidad crea-
tiva; y la cultura e s , para Car los París,
parte de la estructura biológica de l
hombre, e l «útero cultural» (valga la
redundancia), es decir, e l ámbito d e
la libertad, de la potencialidad crea-
dora de l se r humano.
E l rapto de la cultura n o s remite a la
significativa figura de Prometeo,
quien se apodera d e l fuego de los
dioses (e l elemento gratificante, q u e
calienta e ilumina) para llevárselo a
lo s
hombres
q u e
carecen
de é l .
Prometeo es un delincuente, y por
ello es condenado por los dioses,
por l os poderosos. Es este mito una
figura paradigmática, q u e d e diferen-
t e s formas ha resurgido en las distin-
ta s
épocas históricas.
Para Carlos París, e l «intelectual o r -
gánico», aquel que se adentra en el
dolor
de l os
trabajadores
y ,
junto
a
ellos,
a la vez que
transmite
l os co -
nocimientos de la gran industria
científica h o y imperante y y a apren-
diendo también la cultura y la técnica
postergada
q u e s e
encuentra
en las
difíciles luchas cotidianas, en las es-
peranzas y frustraciones colectivas,
es una nueva metáfora d e Prometeo.
Y como tal , corre e l riesgo constante
de se r
condenado;
lo s
poderosos
no
toleran lo s latrocinios. S in embargo,
no es sólo e l intelectual comp rome -
tido en las batallas de l os trabajado-
res e l único ladrón (seria caer en un
nuevo pedagogismo), sino
q u e s o n
fundamentalmente la s masas opri-
midas l as que derribarán e s e secular
dualismo (cultural, económico, s o -
cial y político) d e opesores o imperis-
listas y países oprimidos, para lograr
u n a cultura creadora colectiva, acer-
cándose ellas asi al horizonte u t ó -
pico d e u n a nueva sociedad s in c la-
s e s sociales.
Refiriéndonos
y a m á s
detenida-
mente
al
contenido
d e
este libro,
e s -
crito e n forma clara, antidogmática,
simple, s i n po r ello perder profundi-
d a d ,
diremos
q u e
recoge
en é l una
serie d e artículos publicados en d i s -
t intos momentos: e l primer capítulo
«Ciencia y pluralismo cultural», a p a -
reció como prólogo a l libro « La cien-
cia y la diversidad
de
la s culturas»
(Madrid, E d . SantiJIana, 1976); e l se-
gundo, «Nuestra situación filosófica
tras
la
era-franquista»,
fu e
publicado
en la obra colectiva « L a cultura bajo
e l franquismo» (Ediciones d e Bolsi-
l lo. Barcelona, 1977); e l tercer capí-
tulo, «Revolución y pensamiento fi -
losófico», es una ponencia de l au -
to r presentada en el II Coloquio N a -
cional d e Filosofía, llevado a cabo e n
Monterrey por la Asociación Filosó-
fica
d e
México (1977);
e l
cuarto,
«La
filosofía d e l hom o faber », corres-
ponde a l igual q u e e l anterior a otra
ponencia presentada en 1977 en las
Jornadas Humanísticas organiza-
das por e l Consejo Superior de I n -
vestigaciones Científicas;
e l
quinto,
«Ciencia y lucha de clases», es una
colaboración
d e
Carlos París,
y a p u -
blicada en la revista «Argumentos»,
número 1 (mayo, 1977) y número 2
(juriio, 1977); y e l último capitulo, e l
sexto, «E l intento d e reconstrucción
científica de la filosofía», apareció e n
«Pensamiento», número 2 9 (1973).
El hilo conductor q u e u n e estos seis
capítulos ya lo hemos explicitado a l
desarrollar brevemente e l sentido
d e l
título
d e
este libro.
El
proceso histórico
se ha
caracteri-
zado po r hacer desaparecer la varie-
dad , l o diverso o heterogéneo de las
múltiples culturas desde
la s
fuerzas
q u e otorga e l poder a la clase social
dominante o país imperial, unifor-
mando d e esta manera e l pensa-
miento, l o s valores y formas d e vida
propios d e aquéllas.
9
S i bien e l t iempo q u e v iv imos nos
presenta c o n cierta perentoriedad la
necesidad d e establecer u n gran d i á -
logo entre
lo s
diferentes pueblos,
a
fin de lograr u n enriquecimiento n o -
table de la ciencia y la cultura, n o s
encontramos c o n e l férreo obstáculo
d e países «emisores» d e ciencia y
lo s «receptores» de la misma, entre
l os que se encuentra España. L o s
países q u e detentan la
son , a l
mismo tiempo,
l os que po -
seen u n enorme poder político, e c o -
nómico y militar. Y e n ellos, lacienci a
e s elaborada bajo un signo nuevo, ya
no se
depende
de la
genialidad
de un
pensador, sino q u e e l investigador
está incorporado en una «concreta y
visible colectividad», ajustado a una
estricta disciplina d e trabajo; e l i n -
vestigador pierde no sólo e l control
d e s u tarea, sino también la finalidad
#
última de su producción; a lo que
debemos agregar la excesiva espe-
cialización que se le impone, es un
CARLOS
128
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 129/132
engranaje
m ás
dentro
de la
gran
in -
dustria científica.
Para C . París, se hace necesario,
frente
a
esta situación
y al
proceso
histórico
que la
gestó, realizar
u n
análisis filosófico amplio, carente
d e
sectarismos
o
parcializador
d e la rea-
lidad
e n q u e
vivimos.
Es
preciso
l l e -
var a
cabo
un
«filosofar auténtico
y
creador», que sea una búsqueda d i a -
léctica llevada
a
cabo
de
manera
c o n -
junta
con las
investigaciones científi-
c a s . Surge, de esta manera, una
nueva forma de comprender la filo-
sofía
de la
ciencia, transformándose
ésta
en un
arma ideológica
d e
gran
peso
y en un
aDorte idóneo para
e l
camino arduo hacia
e l
socialismo.
•
LILIANA CHECA PEREZ.
N I C A R A G U A :
LUCHA, LLORA
Y M U E R E
Enrique M . Fariñas es e l autor d e
este libro beligerante
y
apasionado.
U n
libro
de
barricada
q u e
sacrifica,
tal vez, su perdurabilidad, e n aras de
su
efectividad.
Ese ,
creemos,
ha
sido propósito
d e l
autor, propósito
q u e s e cumple largamente, pues la
lectura conmueve
y lo que es más
importante, moviliza.
A lo
largo
de m ás de 300
páginas
asist imos
a la
tragedia nicaragü ense,
u n a
tragedia
que se
remonta
a los
t iempos
de las
luchas coloniales
y la
posterior dependencia económica
ante Inglaterra, e n primer lugar, y los
Estados Unidos, posteriormente.
La
historia
d e
Nicaragua
es la
historia
de la dependencia. Ya en 1860 l os
monopolios norteamericanos
c o n -
trolaban
e l
transporte marítimo
de l
país, beneficiándose de la explota-
ción
d e l
café, mientras
que la
Stan-
dard Fruit
&
Steamship
« s e
adueña-
ban de
toda
la
producción frutera».
Por
rieles paralelos
a la
ingerencia
económica transitaba
la
influencia
política de la Casa Blanca: ante lá
peligrosa presencia
de los
liberales
liberados
p o r
José Santos Zelaya
que
intentaban
una
serie
de
reformas
impulsoras
d e l
desarrollo nacional,
tomaron partido
po r e l
sector
m ás
reaccionario
y
conservador,
que en
1909 se
instaura
en e l
poder
y en
1 9 1 4 firmará con l os Estados U n i -
d o s u n
tratado conoc ido bajo
e l n o m -
b re de
Chamorro-Bryan,
q u e c o n -
f iguraba
en la
práctica
la
venta
d e l
pais
po r e l
exiguo precio
de
tres
millones
de
dólares. «Los Estados
Unidos establecían sobre
e l
pais
una
especie
d e
protectorado, consi-
guiendo
que e l
presidente Adolfo
Diaza
le s
otorgase
el
derecho
a
construir
u n
canal interoceánico
y a
establecer bases navales:
una en el
golfo d e Fonseca, en e l océano Paci-
fico, y otra en las islas d e l Caribe.
Esta concesión tendría
una
validez
de 99
años,
a
cambio
d e l
pago
de
tres millones d e dólares. Y según
ella, prácticamente,
l o s
sucesivos
gobiernos
de los
Estados Unidos
podrían disponer
de la
nación nica-
ragüense como
s i se
tratara
de una
colonia» (Fariña).
La
historia volvía
a
repetirse.
La e n -
t rega
quedaba consum ada
a
cambio
d e treinta dineros
actualizados.
La
historia
de la
resistencia nicara-
güense ante e l agresor norteameri-
canp
y sus
cómplices nativos
ha
sido
proverbial. En e l período compren-
didoentre
1 9 1 3 y
1924s e produjeron
m ás de
diez levantamientos arma-
d o s q u e
fueron sofocados
por los
gobiernos conservadores c o n ayuda
de USA . En 1925 , a l
retirarse
de l
territorio
la s
fuerzas armadas norte-
americanas,
se
establece
en e l
pais
un
gobierno
d e
coal ición
c o n -
servador - l ibera l
q u e e n
pocos
meses entra
e n
crisis
con e l
enfren-
tamiento
d e
ambos sectores.
W a s -
hington, viendo peligrar
s u s
intere-
s e s , ordena entonces la invasión de l
pais y los marines hacen su entrada
e n Nicaragua. En 1927 ha de f i r -
marse
un
pacto conocido como
d e
«El Espino Negro» q u e , entre otras
medidas, creaba
la
tristemen te céle-
bre
Guardia Nacional,
que en sus
inicios
fu e
comandada
po r
oficiales
norteamericanos.
Es en
este momento cuando surge
la
figura
d e
Augusto César Sandino,
quien «durante siete largos
y
peno-
s o s
años,
al
mando
de un
ejército
d e
unos pocos cientos
d e
hombres
mal
armados, entabló
m ás de
quinientos
combates contra
lo s
marines... Esta
guerra nacional tuvo
su
culminación
con la
expulsión
de las
tropas
estadounidenses, incapaces
d e v e n -
cer a los
guerril leros,
y se
tradujo
e n
la
aceptación
po r
parte
d e l
gobierno
d e
Washington
d e l
compromiso
de
respetar
en lo
sucesivo
la
soberanía
y la
autodeterminación
d e l
pais
c e n -
troamericano» (Fariña).
S in
embargo,
e l
mismo
año de la
retirada
de las
tropas extranjeras,
e l
joven Anastasio Somoza García
s e
hacia cargo
de la
jefatura
de la
Guar-
d ia Nacional. Con él y en él los inte-
reses norteamericanos hallarían
la
mejor covertura.
C o n e l
asesinato
d e
Sandino
y la as-
censión
a l
poder
de
Somoza,
m e -
diante
el
golpe
d e
Estado
de 1936,
se
inicia
la
larga noche
de la
«dicta-
dura dinástica»
y una
nueva etapa
d e
la
lucha
de l
pue blo nicaragüense
por
su
libertad.
E l
libro
de
Fariña
es un
valiso testimonio
de ese
empeño,
enriquecido
con una
copia informa-
ción (Amnistía Internacional, Ager-
manament, Lliga deis Drets deis
P o -
bles, Liga Internac ional
por los
Dere-
chos y Liberación de los Pueblos,
IEPALA[Inst i tuto de Estudios Políti-
c o s
para América Latina
y
Africa],
Institut
fu e
Iberoamerika-Kunde.
Dokumentat ions-Lei rste l le Latei -
namerika),
e n
muchos casos inédita
y e n
otros poco conocida.
En la
carta-testamento
de
Rigoberto
López Pérez, dirigida
a s u
madre,
e l
autor
de los
disparos
q u e
mataron
a
Tacho Somoza, escribió: «Debe
pensar
que lo que yo he
hecho
es un
deber q u e cualquier nicaragüense
q u e d e
veras quiere
a su
patria debia
llevar
a
cabo hace mucho tiempo».
Este mismo criterio
es e l
sustentado
p o r e l
Frente Sandinista
de
Libera-
ción quien,
e n
condiciones
m u y
difí-
ciles,
y
bajo
e l
lema
d e
Patria libre
o
morir, continúa la lucha contra la t i-
ranía.
E l
libro
de
Fariña, participa
de
esta consigna, renunciando
a la
fría
objetividad e l
autor
se
compromete
e n
actitud beligerante.
• JUAN
MONTIA.
FNRIOUE M FARIÑAS
129
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 130/132
NUMEROS ATRASADOS DE RECORTE O COPIE ESTE BOLETÍN Y REMÍTANOSLO A .
T I E M P O d e H IS T O R I
CONDE D EL VALLE DE SUCHIL, 20. TEL. 447 27 00 . MADRID-15
Ruego m e envíen un ejemplar d e cada uno de los números d e TIEMPO DE HISTORIA
siguientes:
V
• • •
( l o s
números
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 y 11 se
hallan agotados).
E l
importe iptal
d e l
pedido
de Pts .
(100.—
P ts . por
cada ejemplar)
lo
pago mediante:
• H e enviado giro postal núm a :
«TIEMPO
D E
HISTORIA,
c /c
postal
n.
c
74.174. Estafeta Oficial, Madrid».
•
Adjunto talón banca rio nomin ativo
a
favor
d e
TIEMPO
D E
HISTORIA.
•
Con tra reembolso.-
NOMBRE Y APELLIDOS
DOMICILIO
TELEFONO POBLACION
PROVINCIA PAIS
. .
D .
POSTAL
BOLETIN DE SUSCRIPCION RECORTE O COPIE ESTE BOLETIN Y R E T A N O S L O A :
J
T I E M P O d e H IS T O R I CONDE D E L VALLE D E SUCHIL, 20. TEL. 447 27 00. MADRID-15
(Agradeceremos escriban c o n letras mayúsculas)
Nombre
Apell idos
Edad Profesión
Domicilio
Teléfono
Población
D .
Postal
Provincia Pais
Suscríbame
a
TIEMPO
D E
HISTORIA durante
U N A Ñ O
(1 2
meses)
a
partir
de l
número
d e l
próximo
m e s d e
Señalo con una cruz IX la forma d e pago qu e deseo.
• Adjunto talón bancario nominati vo a favor d e TIEMPO D E
HISTORIA '
S r
d i r e c , o r
Caja d e Ahorro s (táchese l o qu e no interese)
Domicilio
de la
Agencia
Población
.
Titular
de la
cuenta
. . .
Número de la cuenta
Sirvase tomar nota
de
atender hasta nuevo aviso,
c o n
cargo
a
m i
cuenta,
lo s
recibos
que a m i
nombre
le
sean presentados
para
s u
cobro
por la
empresa editora
de la
revista TIEMPO
DE
HISTORIA.
Fecha
Envíennos también este boletín
a
TIEMPO
D E
HISTORIA. Nosotros
no s
ocuparemos
d e
hacerlo llegar
a
s u
Banco.
Atentamente
(firma)
]
Recibo domiciliado
e n
Banco
o
Caja
d e
Ahorros (sito
e n
España). (Rellenar
e l
boletin anexo.)
• H e
enviado giro postal
n.°
a
«TIEMPO
D E
HISTORIA,
c / c
postal
n °
74.174
Estafeta Oficial
-
Madrid .
Todas
la s
altas
d e
suscripciones
y
cambios
d e
domicilio recibi-
d o s antes de l d ía 18 de cada m e s surtirán efecto a partir del
número
d e l m e s
siguiente.
Las que se
reciban después
de
dicha
fecha tendrán
q u e
esperar
al
segundo
me s. ya que as í lo
exige
la
frecuencia programada para
la
utilización
d e
nuestros archivos
mecanizados.
ESPAÑA
Correo
ordinario
Correo
certificado
Correo
aéreo
ESPAÑA 975 1.075 1.005
EUROPA, ARGELIA, M A -
RRUECOS. TUNEZ
1.300 1.545 1.540
AMERICA Y AFRICA . : 1.300 1.545 1.925
ASIA Y OCEANIA
1.300
A.545
Para cualquier comunicación q u e precise establecer c o n n o -
sotros,
le
agradeceremos adjunte
a s u
carta
la
etiqueta
de
envío q u e acompañaba a l último ejemplar de la revista que
haya recibido.
130
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 131/132
H ^ m
W
—
mm m
NUMEROS PUBLICADOS D E
N . °
Mes y año
T E M A
Autor
1
Dic.-74 (Año I ) OCTUBRE 1934: LA REVOLUCION D E ASTURIAS
David Ruiz
2*
3 *
4 *
5*
6*
7 *
8*
9
*
1 0 *
1 1 *
12
13
En.-75 (Año I )
Fe.-75 (Año I )
Mar.-75
(Año I )
Ab.-75 (Año I )
May.-75
(Año I )
Jun.-75 (Año I )
Jul.-75 (Año I )
Ag.-75 (Año I )
Se-75 (Año I )
Oc.-75 (Año I )
No.-75 (Año I )
D1.-75 (Año I I )
MASONERIA ESPAÑOLA: MITO O REALIDAD
REPUBLICANOS ESPAÑOLES E N L A L IBERACIO N D E
PARIS
D E L A DICTADURA A L A REPUBLICA
PABLO IGLESI AS
SIGNIF ICACION
D EL 1 .° DE
MAYO
HIST O RIA D E L A S ACTITUDES POLITICAS E N ESPAÑA
L A SEMANA TRAGICA D E BARCELONA
1929-30: ESTU DIA NTE S Y PROFESORES FRENTE A L A
DICTADURA
1869-1946: LARGO CABALLERO
CADIZ, 1812 : EL PRINCIPIO D E L A VIDA PARLAMENTA-
R I A ESPAÑOLA
MASONERIA ESPAÑOLA: SIGLOS X I X y X X
L A AVENT URA D E L EXIL IO ; ESPAÑOLES E N L A P R I -
SION D E EYSSES
INDALECIO PRIETO: ENTRE L A REPUBLICA Y EL SO-
CIALISMO
José
A .
Ferrer
• * / ' y . . ' . V A / . . * > X ' • / • . . . / • / v í w | Y w V V
VJ-V
. • . .—¿ ' • j
/ ¿ V « V
Eduardo Pons Prades
Eduardo
de
Guzmán
Enrique Tierno Galván
Eduardo
de
Guzmán
A . Garrigues Walker
Guillem-Jordi Graells
Francisco Caudet
Rafael Alberti
Eduardo de Guzmán
José A . Ferrer Benimeli
Alber to Fernández
María Ruipérez
14
15
16
17
18
19
20
2 1
22
23
24
25
En.-76
(Año I I )
Fe.-76 (Año I I )
Mar.-76 (Año I I )
Ab.-76 (Año I I )
May.-76 (Año I I )
Jun.-76 (Año I I )
Jul.-76 (Año I I )
Ag.-76 (Año I I )
Se.-76 (Año I I )
Oc.-76
(Año I I )
No.-76 (Año I I )
Di.-76 ( Añ o I I I )
L A E R A D E FRANCO
L A
RESISTIBLE ASCENSION
D E
ARTURO
U I
L A S CRISIS D E L COMUNISMO
¿POR Q U E CORRES. ULISES?
L A EDUCACION NACIONAL-CATOLICA E N NUESTRA
POSGUERRA
VICTORIA KENT: U N A EXPERIENCIA PENITENCIARIA
TIERRA
D E
ESPAÑA
1917-1920: U N A CRISIS INSTITUCIONAL
NOTAS HISTORICAS SOBRE
L A
U.G.T.
L A S O R G A N I Z A C I O N E S O B R E R A S
18 DE JULIO
ESPAÑA, D E L PASADO A L FUTURO
E N E L
L A ULTIMA SESION D E CORTES D E L A REPUBLICA
AZAÑA: «ESPAÑA
H A
DEJADO
D E S E R
CATOLICA»
DURRUTI : U N REVOLUCIONARIO NATO
L A LARGA MARCHA D E L A REVOLUCION CUBANA
Ramón Tamames
Bertolt Brecht
•
Fernando Claudin
Antonio Gala
Enrique Miret Magdalena
Ernest Hemingvvay y Jorl
Ivens
Manuel Tuñón
de
Lara
Miguel Angel Molinero
Fernando Claudin
Watson, Malefakis, Mari-
chai y Lowenstein
Dolores Ibarruri
José Manu el Gutiérr ez
I n -
clán
Ignacio G . Iglesias
Teófilo Ruiz
2 6
27
28
29
30
3 1
32
33
34
35
36
3 7
En.-77 ( Añ o I I I )
Fe.-77 ( Añ o I I I )
Mar.-77 ( Añ o I I I )
Ab.-77 ( Añ o I I I )
May.-77 ( Añ o I I I )
Jun.-77 ( Añ o I I I )
Jul.-77 Añ o I I I )
Ag.-77
( Añ o I I I )
Se.-77 ( Añ o I I I )
Oc.-77
( Añ o I I I )
NO.-77 ( Añ o I I I )
DÍ.-77 ( Añ o I V )
L A A M N I S T I A E N ESPAÑA
L A MUJER BAJO E L FRANQUISMO
—INDIC E NUMEROS 1 AL 2 5 —
L A S IDEOLOGIAS FRANQUISTAS
GUERNICA
HIST O RIA D E L P.C.E.
FEDERICA MONTSENY: U N A ENT REVIST A C O N L A
HISTORIA
L A REPUBLICA E N E L EXILIO (1939-1977)
L A
FUNDACION
D E L A
F.A.I.
L A GUERRILLA ANTIFRANQUISTA
CATALUÑA:
U N A
NACION FORJADA
P O R L A
H ISTORIA
L A REVOLUCION D E OCTUBRE
plil* §> %'W: t
E L «CHE» GUEVARA
L IST ER: L A DEFENSA D E M A D R I D $ ; I
E L « f ESTAMENTO» D E JOSE ANTONIO
Enrique Linde Paniagua
Geraldine M . Scanion
Sergio Vilar J; I 1
Gérard Brey, Indalecio
# H e t o ^ |
Pilar González Guzmán
Colectivo «Febrero» r g
José A . Ferrer
Antonio Elorza
y
Vidal, Martín, Sálz
V i a -
dero, Rodríguez
3
Fierre Vilar
W j
E . Pons |Prades , Ma rí a
Ruipérez / M * 5
Teófilo Ruiz Fernández
José M . Gutiérrez Inclán
3 8
39
40
41
42
43
44
45
En.-78 ( Añ o I V )
Fe.-78 ( Añ o I V )
Mar.-78
(Año IV)
Ab.-78
(Año IV)
May.-78
(Año IV)
Jun.-78
(Año IV)
Jul.-78 (Año IV)
Ag.-78 (Año IV)
L A MUJER E N E L NACIONALISMO VASCO
ROMANCERO D E L A GUERRA CIVIL
L O S CARLISTAS E N L A GUERRA D E ESPAÑA
ULTIMA ENTREVISTA C O N F A L CONDE
S T A L I N Y SUS FANTASMAS
L A CEDA Y L A I I REPUBLICA
EDWARD MALEFAKIS
E L
MAYO FRANCES
TRES MARTIRES
GOYA
JORGE ELIECER GAITAN
LENIN, PASO A PASO
ARTOLA
D E L CUARTEL D E L A MO NT AÑA A L QUINTO REGI
MIENT O
GABRIEL JACKSON
Antonio Elorza
José Monleón
Josep Caries Clemente
J. C. C.
Eduardo Haro Tecglen
José R . Montero
María Ruipérez
José M .
a
Solé Mariño
Cipriano Rivas Cherif
José M .
a
Moreno Galván
Ricardo Dessau
Ricardo Muñoz Suay
Mar ía Ruipérez
Manuel Carnero
María Ruipérez
* Agolados.
S i desea algún número atrasado d e T I E M P O D E H I STORI A puede so l ic i tá rno s lo u t i l i z and o e l cupón que se
pub l i ca
en la
página anter ior .
7/25/2019 Tiempo de Historia 056 Año v Julio 1979 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-056-ano-v-julio-1979-ocr 132/132
E N ESTE NUMERO D E
lilfMIHilf;
. V
fiU
José A. Gómez Marín