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Didatismo e Conhecimento 1

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

A administração pública pode ser denida objetivamente como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve paraassegurar os interesses coletivos e, subjetivamente, como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o exer-cício da função administrativa do Estado.

Sob o aspecto operacional, administração pública é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico dos serviços próprios doEstado, em benefício da coletividade.

A administração pública pode ser direta, quando composta pelas suas entidades estatais (União, Estados, Municípios e DF), quenão possuem personalidade jurídica própria, ou indireta quando composta por entidades autárquicas, fundacionais e paraestatais.

A Administração Pública tem como principal objetivo o interesse público, seguindo os princípios constitucionais da legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eciência.

Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois sentidos: “Em sentido

objetivo, material ou funcional, a administração pública pode ser denida como a atividade concreta e imediata que o Estado desen-volve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo, formal ou orgânico,

 pode-se denir Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício dafunção administrativa do Estado”.

Assim, administração pública em sentido material é administrar os interesses da coletividade e em sentido formal é o conjuntode entidade, órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado.

administração pública dirEta

A Administração Pública Direta é o conjunto de órgãos públicos vinculados diretamente ao chefe da esfera governamental queintegram. Não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa e cujas despesas são realizadas dire-tamente através do orçamento da referida esfera.

Assim, ela é responsável pela gestão dos serviços públicos executados pelas pessoas políticas via de um conjunto de órgãos queestão integrados na sua estrutura.

Sua competência abarca os diversos órgãos que compõem a entidade pública por eles responsáveis. Exemplos: Ministérios,Secretarias, Departamentos e outros que, como característica inerente da Administração Pública Direta, não possuem personalidade

 jurídica, pois não podem contrair direitos e assumir obrigações, haja vista que estes pertencem a pessoa política (União, Estado,Distrito Federal e Municípios).

A Administração direta não possui capacidade postulatória, ou seja, não pode ingressar como autor ou réu em relação processual.Exemplo: Servidor público estadual lotado na Secretaria da Fazenda que pretende interpor ação judicial pugnando o recebimento dealguma vantagem pecuniária.

Ele não irá propor a demanda em face da Secretaria, mas sim em desfavor do Estado que é a pessoa política dotada de persona-lidade jurídica para estar no outro polo da lide.

administração pública indirEta

São integrantes da Administração indireta as fundações, as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.Essas quatro pessoas são criadas para a prestação de serviços públicos ou para a exploração de atividades econômicas, com o

objetivo de aumentar o grau de especialidade e eciência da prestação do serviço público.O Poder Público só poderá explorar atividade econômica a título de exceção em duas situações previstas na CF/88, no seu art.

173:•  para fazer frente à uma situação de relevante interesse coletivo;•  para fazer frente à uma situação de segurança nacional.O Poder Público não tem a obrigação de gerar lucro quando explora atividade econômica. Quando estiver atuando na atividade

econômica, entretanto, estará concorrendo em grau de igualdade com os particulares, estando sob o regime do art. 170 da CF/88,inclusive quanto à livre concorrência.

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Didatismo e Conhecimento2

 administração pública

a ez e eez: A execução do serviço público poderá ser:Centralizada: Quando a execução do serviço estiver sendo feita pela Administração direta do Estado (ex.: Secretarias, Ministé-

rios etc.). Descentralizada: Quando estiver sendo feita por terceiros que não se confundem com a Administração direta do Estado. Esses

terceiros poderão estar dentro ou fora da Administração Pública. Se estiverem dentro da Administração Pública, poderão ser au-tarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista (Administração indireta do Estado). Se estiverem fora daAdministração, serão particulares e poderão ser concessionários, permissionários ou autorizados.

dfee ee deez e dee: As duas guras dizem respeito à forma de prestação do serviço públi-co. Descentralização, entretanto, signica transferir a execução de um serviço público para terceiros que não se confundem com aAdministração Direta, e a desconcentração signica transferir a execução de um serviço público de um órgão para o outro dentro daAdministração Direta, permanecendo esta no centro.

Feitas essas considerações iniciais, passamos à análise das pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública Indireta:

aUtarQUias

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas para a prestação de serviços públicos, contando com capital ex-clusivamente público, ou seja, as autarquias são regidas integralmente por regras de direito público, podendo, tão-somente, serem

 prestadoras de serviços e contando com capital oriundo da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, DNER, Banco Central etc.).Características:

•  Dirigentes Próprios: Depois de criadas, as autarquias possuem uma vida independente, contando com dirigentes próprios.• Patrimônio Próprio.

•  Liberdade Financeira: As autarquias possuem verbas próprias (surgem como resultado dos serviços que presta) e verbasorçamentárias (são aquelas decorrentes do orçamento). Terão liberdade para manejar as verbas que recebem como acharem conve-niente, dentro dos limites da lei que as criou.

•  Liberdade Administrativa: As autarquias têm liberdade para desenvolver os seus serviços como acharem mais conveniente(comprar material, contratar pessoal etc.), dentro dos limites da lei que as criou.

Controle: Não existe hierarquia ou subordinação entre as autarquias e a Administração Direta. Embora não se fale em hierarquia e subor-dinação, há que se falar, entretanto, em um controle de legalidade, ou seja, a Administração direta controlará os atos das autarquias

 para observar se estão dentro da nalidade e dentro dos limites legais.

FUndaçÕEs públicas

Fundação é uma pessoa jurídica composta por um patrimônio personalizado, destacado pelo seu instituidor para atingir umanalidade especíca. As fundações poderão ser tanto de direito público quanto de direito privado.

As fundações que integram a Administração indireta, quando forem dotadas de personalidade de direito público, serão regidasintegralmente por regras de Direito Público. Quando forem dotadas de personalidade de direito privado, serão regidas por regras dedireito público e direito privado.

O patrimônio da fundação pública é destacado pela Administração direta, que é o instituidor para denir a nalidade pública.

Como exemplo de fundações, temos: IBGE (Instituto Brasileiro Geográco Estatístico); Universidade de Brasília; FEBEM; FUNAI;Fundação Memorial da América Latina; Fundação Padre Anchieta (TV Cultura).

Características:

• Liberdade nanceira;• Liberdade administrativa;• Dirigentes próprios;• Patrimônio próprio: Patrimônio personalizado signica dizer que sobre ele recai normas jurídicas que o tornam sujeito de

direitos e obrigações e que ele está voltado a garantir que seja atingido a nalidade para qual foi criado. Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e a Administração direta. O que existe é um controle de legalidade, um

controle nalístico.As fundações governamentais, sejam de personalidade de direito público, sejam de direito privado, integram a Administração

Pública. A lei cria e dá personalidade para as fundações governamentais de direito público. As fundações governamentais de direito privado são autorizadas por lei e sua personalidade jurídica se inicia com o registro de seus estatutos.

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Didatismo e Conhecimento3

 administração pública

As fundações são dotadas dos mesmos privilégios que a Administração direta, tanto na área tributária (ex.: imunidade previstano art. 150 da CF/88), quanto na área processual (ex.: prazo em dobro).

As fundações respondem pelas obrigações contraídas junto a terceiros. A responsabilidade da Administração é de caráter subsi-diário, independente de sua personalidade.

As fundações governamentais têm patrimônio público. Se extinta, o patrimônio vai para a Administração indireta, submetendo--se as fundações à ação popular e mandado de segurança. As particulares, por possuírem patrimônio particular, não se submetem àação popular e mandado de segurança, sendo estas fundações scalizadas pelo Ministério Público.

EmprEsas públicas

Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para a exploração deatividades econômicas que contam com capital exclusivamente público e são constituídas por qualquer modalidade empresarial. Se aempresa pública é prestadora de serviços públicos, por conseqüência está submetida a regime jurídico público. Se a empresa públicaé exploradora de atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual ao da iniciativa privada.

Alguns exemplos de empresas públicas:•  BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): Embora receba o nome de banco, não trabalha como tal.

A única função do BNDS é nanciar projetos de natureza social. É uma empresa pública prestadora de serviços públicos.•  EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): É prestadora de serviço público (art. 21, X, da CF/88).• Caixa Econômica Federal : Atua no mesmo segmento das empresas privadas, concorrendo com os outros bancos. É empresa

 pública exploradora de atividade econômica.•  RadioBrás: Empresa pública responsável pela “Voz do Brasil”. É prestadora de serviço público.

As empresas públicas, independentemente da personalidade jurídica, têm as seguintes características:• Liberdade nanceira: Têm verbas próprias, mas também são contempladas com verbas orçamentárias;• Liberdade administrativa: Têm liberdade para contratar e demitir pessoas, devendo seguir as regras da CF/88. Para contratar,

deverão abrir concurso público; para demitir, deverá haver motivação. Não existe hierarquia ou subordinação entre as empresas públicas e a Administração Direta, independentemente de sua função.

Poderá a Administração Direta fazer controle de legalidade e nalidade dos atos das empresas públicas, visto que estas estão vincu-

ladas àquela. Só é possível, portanto, controle de legalidade nalístico.A lei não cria, somente autoriza a criação das empresas públicas, ou seja, independentemente das atividades que desenvolvam, a

lei somente autorizará a criação das empresas públicas, não conferindo a elas personalidade jurídica.A empresa pública será prestadora de serviços públicos ou exploradora de atividade econômica. A CF/88 somente admite a em-

 presa pública para exploração de atividade econômica em duas situações (art. 173 da CF/88):• Fazer frente a uma situação de segurança nacional;• Fazer frente a uma situação de relevante interesse coletivo: A empresa pública deve obedecer aos princípios da ordem

econômica, visto que concorre com a iniciativa privada. Quando o Estado explora, portanto, atividade econômica por intermédio deuma empresa pública, não poderão ser conferidas a ela vantagens e prerrogativas diversas das da iniciativa privada (princípio da livreconcorrência).

Quanto à responsabilidade das empresas públicas, temos que:•  Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: A responsabilidade do Estado não existe, pois, se essas empresas

 públicas contassem com alguém que respondesse por suas obrigações, elas estariam em vantagem sobre as empresas privadas. Sórespondem na forma do § 6.º do art. 37 da CF/88 as empresas privadas prestadoras de serviço público, logo, se a empresa públicaexerce atividade econômica, será ela a responsável pelos prejuízos causados a terceiros (art. 15 do CC);

•  Empresas públicas prestadoras de serviço público: Como o regime não é o da livre concorrência, elas respondem pelas suasobrigações e a Administração Direta responde de forma subsidiária. A responsabilidade será objetiva, nos termos do art. 37, § 6.º, daCF/88.

 Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: Submetem-se a regime falimentar, fundamentando-se no princípio dalivre concorrência.

 Empresas públicas prestadoras de serviço público: não se submetem a regime falimentar, visto não estão em regime de concor-rência.

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Didatismo e Conhecimento4

 administração pública

sociEdadE dE Economia mista

As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Privado criadas para a prestação de serviços públicos ou paraa exploração de atividade econômica, contando com capital misto e constituídas somente sob a forma empresarial de S/A. As socie-

dades de economia mista são:• Pessoas jurídicas de Direito Privado.• Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de serviços públicos.• Empresas de capital misto.• Constituídas sob forma empresarial de S/A.

Veja alguns exemplos de sociedade mista:a)  Exploradoras de atividade econômica: Banco do Brasil e Banespa.b)  Prestadora de serviços públicos: Petrobrás, Sabesp, Metrô, CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano)

e CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços, empresa responsável pelo gerenciamento da execução de contratos que envolvemobras e serviços públicos no Estado de São Paulo).

As sociedades de economia mista têm as seguintes características:

• Liberdade nanceira;• Liberdade administrativa;• Dirigentes próprios;• Patrimônio próprio.

 Não existe hierarquia ou subordinação entre as sociedades de economia mista e a Administração Direta, independentemente dafunção dessas sociedades. No entanto, é possível o controle de legalidade. Se os atos estão dentro dos limites da lei, as sociedadesnão estão subordinadas à Administração Direta, mas sim à lei que as autorizou.

As sociedades de economia mista integram a Administração Indireta e todas as pessoas que a integram precisam de lei para au-torizar sua criação, sendo que elas serão legalizadas por meio do registro de seus estatutos.

A lei, portanto, não cria, somente autoriza a criação das sociedades de economia mista, ou seja, independentemente das ativi-dades que desenvolvam, a lei somente autorizará a criação das sociedades de economia mista, não conferindo a elas personalidade

 jurídica (art. 37, XX, da CF/88). A Sociedade de economia mista, quando explora atividade econômica, submete-se ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, inclusive as comerciais. Logo, a sociedade mista que explora atividade econômica submete-se ao regime falimentar. Socie-

dade de economia mista prestadora de serviço público não se submete ao regime falimentar, visto que não está sob regime de livreconcorrência.

EntidadEs paraEstatais E o tErcEiro sEtor 

As Entidades Paraestatais possuem conceituação bastante confusa, os doutrinadores entram, em diversas matérias, em contradi-ção uns com os outros.

Celso Antônio Bandeira de Mello acredita que as sociedades de economia mista e as empresas públicas não são paraestatais;sendo acompanhado por Marçal Justen Filho que acredita serem apenas entidades paraestatais os serviços sociais autônomos.

Diferentemente do que eles acreditam, Hely Lopes Meirelles defende que as empresas públicas e as sociedades de economiamista são paraestatais, juntamente com os serviços sociais autônomos. Hely Lopes Meirelles diz que as entidades paraestatais podemser lucrativas por serem empresariais. Já Ana Patrícia Aguiar, Celso Antônio Bandeira de Mello e Marçal Justen Filho discordamdizendo que elas não devem ser lucrativas.

As entidades paraestatais são fomentadas pelo Estado através de contrato social, quando são de interesse coletivo. Não se subme-tem ao Estado porque são autônomas nanceiramente e administrativamente, porém, por terem relevância social e se tratar de capital

 público, integral ou misto, sofrem scalização, para não fugirem dos seus ns.Tem como objetivo a formação de instituições que contribuam com os interesses sociais através da realização de atividades,

obras ou serviços.Quanto às espécies de entidades paraestatais, elas variam de doutrinador para doutrinador. Hely Lopes Meirelles acredita que

elas se dividem em empresas públicas, sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos, diferente de Celso AntônioBandeira de Mello, pois esse diz que as pessoas privadas exercem função típica (não exclusiva do Estado), como as de amparo aoshipossucientes, de assistência social, de formação prossional.

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Didatismo e Conhecimento 5

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Para Marçal Justen Filho elas são sinônimos de serviço social autônomo, voltadas à satisfação de necessidades coletivas e supra--individuais, relacionadas com questões assistenciais e educacionais.

Ana Patrícia Aguilar insere as organizações sociais na categoria de entidades paraestatais, por serem pessoas privadas que atuamem colaboração com o Estado, “desempenhando atividade não lucrativa e às quais o Poder Público dispensa especial proteção” ,

recebendo, para isso, dotação orçamentária por parte do Estado.As Entidades Paraestatais estão sujeitas a licitação, seguindo a lei 8.666/93, para compras, obras, alienações e serviços em geral.

Podendo também ter regulamentos próprios para licitar, mas com observância da lei. Devendo ser aprovados pela autoridade superior e obedecer ao princípio da publicidade.

Seus empregados estão sujeitos ao regime Celetista, CLT. Têm que ser contratados através de concurso público de acordo com anatureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão.

A administração varia segundo a modalidade, civil ou comercial, que a lei determinar. Seus dirigentes são estabelecidos na formada lei ou do estatuto. Podendo ser unipessoal ou colegiada. Eles estão sujeitos a mandado de segurança e ação popular.

tErcEiro sEtor: O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado,responsável pelas questões individuais. Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através dasinúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem ns lucra-

tivos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. Os principais personagens do terceiro setor são:a) Fuõe: São as instituições que nanciam o terceiro setor, fazendo doações às entidades benecentes. No Brasil, temostambém as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios.

b) Entidades Benecentes: São as operadoras de fato, cuidam dos carentes, idosos, meninos de rua, drogados e alcoólatras,órfãos e mães solteiras; protegem testemunhas; ajudam a preservar o meio ambiente; educam jovens, velhos e adultos; prossio-nalizam; doam sangue, merenda, livros, sopão; dão suporte aos desamparados; cuidam de lhos de mães que trabalham; ensinamesportes; combatem a violência; promovem os direitos humanos e a cidadania; cuidam de cegos, surdos-mudos; enm, fazem tudo.

c) Fu cuá:  As empresas doam para o Fundo Comunitário, sendo que os empresários avaliam, estabelecem prioridades, e administram efetivamente a distribuição do dinheiro. Um dos poucos fundos existente no Brasil, com resultados com- provados, é a FEAC, de Campinas.

d) Ee se F luv: Infelizmente, muitas entidades sem ns lucrativos são, na realidade, lucrativas ou atendemaos interesses dos próprios usuários. Um clube esportivo, por exemplo, é sem ns lucrativos, mas benecia somente os seus respec-tivos sócios.

E) onG ogzõe n Gvee: Nem toda entidade benecente ajuda prestando serviços a pessoas diretamente.Uma ONG que defenda os direitos da mulher, fazendo pressão sobre nossos deputados, está ajudando indiretamente todas as mulhe-res.

2 CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO.

Agente é expressão que engloba todas as pessoas lotadas na Administração. Agente público é denominação genérica que designaaqueles que servem ao Poder Público. Esses servidores subdividem-se em:

1) Agentes políticos;2) Servidores públicos;3) Particulares em colaboração com o estado.

Os servidores públicos, por sua vez, são classicados em:1) Funcionário público;2) Empregado público;3) Contratados em caráter temporário.

 Agentes políticos , denidos por Celso Antônio Bandeira de Melo, são os titulares dos cargos estruturais à organização políticado País, Presidente da República, Governadores, Prefeitos e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos chefes de Executivo, istoé, Ministros e Secretários das diversas pastas, bem como os Senadores, Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores.

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Didatismo e Conhecimento6

 administração pública

 Particulares em colaboração são agentes públicos, mas não integram a Administração e não perdem a característica de particu-lares. Ex.: jurados, recrutados para o serviço militar, mesário de eleição.

O servidor público é o agente público que está investido em cargo público, que é um conjunto de atribuições e responsabilidades

conferidas pela lei; O Empregado Público é o agente público que tem vínculo contratual, ou seja, sua relação com a AdministraçãoPública decorre de contrato de trabalho. Possui então, vínculo de natureza contratual celetista (CLT). Assim, o Empregado Público éregido pela CLT e o Servidor Público é regido por lei especíca, no caso do servidor público federal, será regido pela Lei 8.112/90.

Contratados em caráter temporário são servidores contratados por um período certo e determinado, por força de uma situaçãode excepcional interesse público. Não são nomeados em caráter efetivo, que tem como qualidade a denitividade – art. 37, inc. IX,da Constituição Federal.

pve , segundo Hely Lopes Meirelles, é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a designação deseu titular. Pode ser:

a) originário ou inicial : quando o agente não possui vinculação anterior com a Administração Pública;b) derivado: pressupõe a existência de um vínculo com a Administração.

Subdivide-se em:a) horizontal : ocorre de um cargo para outro sem ascensão na carreira;

 b) vertical : o provimento se dá com ascensão na carreira.

iveu é um ato complexo, exigindo, segundo Hely Lopes Meirelles, a manifestação de vontade de mais de um órgão ad-ministrativo – a nomeação é feita pelo Chefe do Executivo; a posse e o exercício são dados pelo Chefe da Repartição.

O art. 37, inc. I, da Constituição Federal dispõe que os brasileiros e estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos emlei terão acesso aos cargos, aos empregos e às funções públicas.

Essa norma é de ecácia contida. Enquanto não há lei regulamentando, não é possível sua aplicação. A Constituição Federal permitiu o amplo acesso aos cargos, aos empregos e às funções públicas, porém, excepciona-se a relação trazida pelo § 3.º do art. 12da Constituição Federal, que dene os cargos privativos de brasileiros natos:

1) Presidente da República e Vice;2) Presidente da Câmara dos Deputados;3) Presidente do Senado;4) Ministros do Supremo Tribunal Federal;5) Carreira diplomática;6) Ocial das Forças Armadas.

O art. 37, inc. II, da Constituição Federal estabelece que para a investidura em cargo ou emprego público é necessário a aprova-ção prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego.

A exigência de concurso é válida apenas para os cargos de provimento efetivo – aqueles preenchidos em caráter permanente.Os cargos preenchidos em caráter temporário não precisam ser precedidos de concurso, pois a situação excepcional e de tempo-

rariedade, que fundamenta sua necessidade, é incompatível com a criação de um concurso público.

Para os cargos em comissão também não se exige concurso público (art.37, inc. V), desde que as atribuições não sejam de dire-ção, chea e assessoramento. Esses devem ser preenchidos nas condições e nos percentuais mínimos previstos em lei.Para as funções de conança não se impõe o concurso público; no entanto, a mesma norma acima mencionada estabelece que tal

função será exercida exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.É de dois anos, prorrogável uma vez por igual período o prazo de vigência do concurso público (art. 37, III, da Constituição

Federal). Durante o prazo do concurso, o aprovado não tem direito adquirido à contratação . Há apenas uma expectativa de direitoem relação a esta.

O art. 37, inc. IV, apenas assegura ao aprovado o direito adquirido de não ser preterido por novos concursados.

rEGimEs JUrÍdicos FUncionaisRegime jurídico dos servidores públicos é o conjunto de princípios e regras referentes a direitos, deveres e demais normas que

regem a sua vida funcional. A lei que reúne estas regas é denominada de Estatuto e o regime jurídico passa a ser chamado de regime jurídico Estatutário.

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Didatismo e Conhecimento7

 administração pública

 No âmbito de cada pessoa política - União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios - há um Estatuto. A lei 8.112/90, de11/12/1990, com suas alterações, é o regime jurídico Estatutário aplicável aos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias efundações públicas federais, ocupantes de cargos públicos.

O Regime Jurídico Único existiu até o advento da Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98. A partir de então é possível a

admissão de pessoal ocupante de emprego público, regido pela CLT, na Administração federal direta, nas autarquias e nas fundações públicas; por isto é que o regime não é mais um só, ou seja, não é mais único.

 No âmbito federal, a Lei nº 9.962, de 22.02.2000, disciplina o regime de emprego público do pessoal da Administração federaldireta, autárquica e fundacional, dispondo que o pessoal admitido para emprego público terá sua relação de trabalho regida pela CLT(art.1º, caput).

Vedou que se submeta ao regime de emprego público os cargos públicos de provimento em comissão, bem como os servidoresregidos pela lei 8.112/90, às datas das respectivas publicações de tais leis especícas (§2º).

rege Euá: Registra-se por oportuno, que regime estatutário é o conjunto de regras que regulam a relação jurídicafuncional entre o servidor publico, estatutário e o Estado. São servidores públicos estatutários tanto os servidores efetivos  (aquelesaprovados em concursos públicos) quanto os servidores comissionados ou de provimento em comissão (esses cargos detêm naturezade ocupação provisória, caracterizados pela conança depositada pelos administradores em seus ocupantes, podendo seus titulares,

 por conseguinte, ser afastados ad nutum, a qualquer momento, por conveniência da autoridade nomeante. Não há que se falar emestabilidade em cargo comissionado).Salienta-se que regras básicas desse regime devem estar contidas em lei que possui duas características:1ª) Pluralidade normativa, indicando que os estatutos funcionais são múltiplos.2º) Natureza da relação jurídica estatutária. Portanto, não tem natureza contratual, haja vista que a relação é própria do Direito

Público.

rege th: Esse regime é aquele constituído das normas que regulam a relação jurídica entre o Estado e o empregado.O regime em tela está amparado na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (Decreto-Lei nº 5.452, de 01/05/43), razão pela qualessa relação jurídica é de natureza contratual.

rege Ee: O Regime Especial visa disciplinar uma categoria especíca de servidores: Os servidores temporários. ACarta Política remeteu para a lei a disposição dos casos de contratação desses servidores.

Os pressupostos do Regime Especial são:- Determinabilidade temporal da contratação (prazo determinado);- Temporariedade da função;- Excepcionalidade do interesse publico que obriga o recrutamento.

carGo EmprEGo E FUnção

Por emprego público, entende-se uma unidade utilizada pela administração pública, composta por um aglomerado de atribuições permanentes de trabalho, a ser ocupada por agente contratado sob regime celetista (tratado pela CLT), caracterizando relação traba-lhista. Conforme o artigo 61, §1°, II, “a” da Constituição Federal de 1988, os empregos permanentes na Administração direta ou emautarquia só podem ser criados por lei.

Cargo consiste na unidade mais simples e indivisível de competência desempenhada por um agente, criado por lei, em caráter 

 permanente ou transitório, remunerado pelos cofres públicos, com denominação própria. “É o conjunto de atribuições e responsabili-dades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor”. O cargo público submete o servidor ocupante aum regime criado especicamente para tutelar tais agentes, qual seja, o regime estatutário ou institucional, de caráter não contratual,denido essencialmente pela Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990 (RJU).

Por m, função pública, em direito administrativo, corresponde ao ato ou conjunto de atos inerentes ao exercício de atribuiçõesda Administração, ao qual não corresponde cargo ou emprego. É importante ressaltar duas modalidades distintas de função: a primei-ra delas refere-se à função exercida por servidores contratados com base no artigo 37, IX, da CF, temporariamente, sem a exigênciade concurso público, considerando-se o caráter emergencial da contratação; a segunda trata-se de função de natureza permanente, delivre provimento e exoneração, desempenhada por titular de cargo efetivo, da conança da autoridade que a preenche. Refere-se aencargos de direção, chea e assessoramento e distingue-se do cargo em comissão por não poder ser preenchida por alguém estranhoà carreira, alheio ao serviço público. Tal função é, portanto, reservada aos servidores de carreira.

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Didatismo e Conhecimento 8

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

3 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Os princípios jurídicos orientam a interpretação e a aplicação de outras normas. São verdadeiras diretrizes do ordenamento ju-rídico, guias de interpretação, às quais a administração pública ca subordinada. Possuem um alto grau de generalidade e abstração,

 bem como um profundo conteúdo axiológico e valorativo.Os principais princípios da Administração Pública estão inseridos no artigo 37 “caput ” da Constituição Federal (CF): legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eciência.São cinco princípios, podendo ser facilmente memorizados através da palavra limpE, vejam: l (legalidade); i (impessoalida-

de); m (moralidade); p (publicidade); e E (eciência).Esses princípios têm natureza meramente exemplicativa, posto que representam apenas o mínimo que a Administração Pública

deve perseguir quando do desempenho de suas atividades. Exemplos de outros princípios: razoabilidade, motivação, segurança dasrelações jurídicas.

Os princípios da Administração Pública são regras que surgem como parâmetros para a interpretação das demais normas jurídi-

cas. Têm a função de oferecer coerência e harmonia para o ordenamento jurídico. Quando houver mais de uma norma, deve-se seguir aquela que mais se compatibiliza com a Constituição Federal, ou seja, deve ser feita uma interpretação conforme a Constituição.Os princípios da Administração abrangem a Administração Pública direta e indireta de quaisquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 37 da CF/88).

1. pí lege

 Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (art. 5.º, II, da CF). O princípio da legali-dade representa uma garantia para os administrados, pois qualquer ato da Administração Pública somente terá validade se respaldadoem lei. Representa um limite para a atuação do Estado, visando à proteção do administrado em relação ao abuso de poder.

O princípio em estudo apresenta um perl diverso no campo do Direito Público e no campo do Direito Privado. No Direito Priva-do, tendo em vista o interesse privado, as partes poderão fazer tudo o que a lei não proíbe; no Direito Público, diferentemente, existeuma relação de subordinação perante a lei, ou seja, só se pode fazer o que a lei expressamente autorizar.

 Nesse caso, faz-se necessário o entendimento a respeito do ato vinculado e do ato discricionário, posto que no ato vinculado oadministrador está estritamente vinculado ao que diz a lei e no ato discricionário o administrador possui uma certa margem de dis-cricionariedade. Vejamos:

a) No ato vinculado, o administrador não tem liberdade para decidir quanto à atuação. A lei previamente estabelece um únicocomportamento possível a ser tomado pelo administrador no fato concreto; não podendo haver juízo de valores, o administrador não

 poderá analisar a conveniência e a oportunidade do ato.b) O ato discricionário é aquele que, editado debaixo da lei, confere ao administrador a liberdade para fazer um juízo de conve-

niência e oportunidade.A diferença entre o ato vinculado e o ato discricionário está no grau de liberdade conferido ao administrador.Tanto o ato vinculado quanto o ato discricionário só poderão ser reapreciados pelo Judiciário no tocante à sua legalidade, pois o

 judiciário não poderá intervir no juízo de valor e oportunidade da Administração Pública.Importante também destacar que o princípio da legalidade, no Direito Administrativo, apresenta algumas exceções: Exemplo:a)  Medidas provisórias: são atos com força de lei que só podem ser editados em matéria de relevância e urgência. Dessa for-

ma, o administrado só se submeterá ao previsto em medida provisória se elas forem editadas dentro dos parâmetros constitucionais,ou seja, se presentes os requisitos da relevância e da urgência;

b)  Estado de sítio e estado de defesa: são momentos de anormalidade institucional. Representam restrições ao princípio dalegalidade porque são instituídos por um decreto presidencial que poderá obrigar a fazer ou deixar de fazer mesmo não sendo lei.

2. pí iee

Signica que a Administração Pública não poderá atuar discriminando pessoas de forma gratuita, a Administração Pública deve permanecer numa posição de neutralidade em relação às pessoas privadas. A atividade administrativa deve ser destinada a todos osadministrados, sem discriminação nem favoritismo, constituindo assim um desdobramento do princípio geral da igualdade, art. 5.º,caput , CF.

Ex.: Quando da contratação de serviços por meio de licitação, a Administração Pública deve estar estritamente vinculada aoedital, as regras devem ser iguais para todos que queiram participar da licitação.

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Didatismo e Conhecimento9

 administração pública

3. pí me

A atividade da Administração Pública deve obedecer não só à lei, mas também à moral.A Lei n. 8.429/92, no seu art. 9.º, apresentou, em caráter exemplicativo, as hipóteses de atos de improbidade administrativa;

esse artigo dispõe que todo aquele que objetivar algum tipo de vantagem patrimonial indevida, em razão de cargo, mandato, empregoou função que exerce, estará praticando ato de improbidade administrativa. São exemplos:

1) Usar bens e equipamentos públicos com nalidade particular;2) Intermediar liberação de verbas;3) Estabelecer contratação direta quando a lei manda licitar;4) Vender bem público abaixo do valor de mercado;5) Adquirir bens acima do valor de mercado (superfaturamento).

Os atos de improbidade podem ser combatidos através de instrumentos postos à disposição dos administrados, são eles;1) Ação Popular, art. 5.º, LXXIII, da CF; e2) Ação Civil Pública, Lei n. 7347/85, art. 1.º.

4. pí pue

É o dever atribuído à Administração, de dar total transparência a todos os atos que praticar, ou seja, como regra geral, nenhumato administrativo pode ser sigiloso.

A regra do princípio que veda o sigilo comporta algumas exceções, como quando os atos e atividades estiverem relacionados coma segurança nacional ou quando o conteúdo da informação for resguardado por sigilo (art. 37, § 3.º, II, da CF/88).

A publicidade, entretanto, só será admitida se tiver m educativo, informativo ou de orientação social, proibindo-se a promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos por meio de aparecimento de nomes, símbolos e imagens. Exemplo: É proibido placas de inauguração de praças com o nome do prefeito.

5. Princípio da Eciência

A Emenda Constitucional nº 19 trouxe para o texto constitucional o princípio da eciência, que obrigou a Administração Pública

a aperfeiçoar os serviços e as atividades que presta, buscando otimização de resultados e visando atender o interesse público commaior eciência.

Para uma pessoa ingressar no serviço público, deve haver concurso público. A Constituição Federal de 1988 dispõe quais ostítulos e provas hábeis para o serviço público, a natureza e a complexidade do cargo.

Para adquirir estabilidade, é necessária a eciência (nomeação por concurso, estágio probatório etc.). E para perder a condiçãode servidor, é necessária sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo com ampla defesa e insuciência de de-sempenho.

Há ainda outros princípios que a Administração Pública deve perseguir, dentre eles, podemos citar dois de grande importância;

) pí mv: É o princípio mais importante, visto que sem a motivação não há o devido processo legal.

 No entanto, motivação, neste caso, nada tem haver com aquele estado de ânimo. Motivar signica mencionar o dispositivo legalaplicável ao caso concreto, relacionar os fatos que concretamente levaram à aplicação daquele dispositivo legal.

Todos os atos administrativos devem ser motivados para que o Judiciário possa controlar o mérito do ato administrativo quantoà sua legalidade. Para efetuar esse controle, devem-se observar os motivos dos atos administrativos.

Hely Lopes Meirelles entende que o ato discricionário, editado sob a lei, confere ao administrador uma margem de liberdade para fazer um juízo de conveniência e oportunidade, não sendo necessária a motivação, porém, se houver tal motivação, o ato deverácondicionar-se à referida motivação. O entendimento majoritário, no entanto, é de que, mesmo no ato discricionário, é necessária amotivação para que se saiba qual o caminho adotado.

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Didatismo e Conhecimento 10

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

) pí sue ieee p e pu: Sempre que houver necessidade de satisfazer um inte-resse público, em detrimento de um interesse particular, prevalece o interesse público. São as prerrogativas conferidas à Administra-ção Pública, porque esta atua por conta dos interesses públicos.

O administrador, para melhor se empenhar na busca do interesse público, possui direitos que asseguram uma maior amplitude esegurança em suas relações.

 No entanto, sempre que esses direitos forem utilizados para nalidade diversa do interesse público, o administrador será respon-sabilizado e surgirá o abuso de poder.

4 DIREITOS E DEVERES  DOS SERVIDORES PÚBLICOS.

De uma forma geral, os direitos e deveres dos servidores públicos podem ser encontrados nos artigos da seção I e II, do CapítuloVII “Da Administração Pública”, constante no Título III da Constituição Federal “Da Organização do Estado”. Iniciamos pela seçãoI “Disposições Gerais”:

  Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

 Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eciência e, também, ao seguinte:

A Administração Pública direta se constitui dos serviços prestados da estrutura administrativa da União, Estados, Distrito Federale Municípios. Já, a Administração Pública indireta compreende os serviços prestados pelas autarquias, fundações públicas, socieda-des de economia mista e empresas públicas.

É importante frisar que ambas as espécies de Administração Pública deverão se pautar nos cinco princípios estabelecidos pelo“caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Os princípios são os seguintes: legalidade, impes-soalidade, moralidade, publicidade e eciência.

O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico brasileiro, consiste no fatode que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante demonstrar a diferenciação entre o princípio da legali-

dade estabelecido ao administrado e ao administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabeleceque ele somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o princípio da legalidadevisto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude lei.Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 5º, II, da Constituição Federal de 1988.

Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. Este princípio estabelece que aAdministração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, umavez que deve imperar o interesse social e não o interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella DiPietro, o princípio da impessoalidade estaria intimamente relacionado com a nalidade pública. De acordo com a autora “a Adminis-tração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneciar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que devenortear o seu comportamento”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005).

Ato contínuo, o artigo estudado apresenta o princípio da publicidade. Este princípio tem por objetivo a divulgação de atos pra-ticados pela Administração Pública, obedecendo, todavia, as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutrinador 

Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...”. (MEIRELLES,Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005).

Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 éo da eciência. De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eciência “impõe a todo agente públicorealizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que jánão se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório aten-dimento das necessidades da comunidade e de seus membros”. (MEIRELLES, Hely Lopes.  Direito Administrativo Brasileiro. São

Paulo: Malheiros, 2005). Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eciência possui dois aspectos: “o primeiro pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições,

 para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública,também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”. (DI PIETRO, Maria SylviaZanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005).

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Didatismo e Conhecimento11

 administração pública

 I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim

como aos estrangeiros, na forma da lei;

Este inciso demonstra a possibilidade de acesso aos cargos, empregos e funções pública, mediante o preenchimento dos requi-

sitos estabelecidos pela lei. Não obstante ainda permite o ingresso dos estrangeiros aos cargos públicos, obedecendo às disposiçõeslegais. Quando o inciso dispõe que os cargos, funções e empregos públicos são acessíveis, dependendo, todavia de preenchimento derequisitos legais, estamos nos referindo, por exemplo, à aprovação em concurso público, dentre outras condições.

 II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e

títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para

cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

O inciso em questão demonstra a necessidade de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos para ainvestidura em cargo ou emprego público. É importante salientar que o concurso público levará em consideração a natureza e a com-

 plexidade do cargo ou emprego público. Desta maneira não se poderá exigir do candidato ao cargo de gari, conhecimentos exigidosao cargo de magistrado, pois seria uma afronta ao estabelecido no inciso em questão. Todavia, o inciso apresenta como exceção a ne-

cessidade de aprovação em concurso público para investidura em cargos públicos, as nomeações para cargo em comissão, declaradocomo de livre nomeação ou exoneração.Logo, as pessoas que porventura sejam nomeadas para cargos em comissão, também denominados de cargos de conança, não

necessitarão de aprovação prévia em concurso público, pois a lei declarou esses cargos como de livre nomeação e exoneração. Logo,os agentes públicos nomeados em cargo de provimento em comissão não possuem estabilidade, ou seja, poderão ser exonerados semnecessidade de procedimento administrativo ou sentença judicial transitada em julgado.

 III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

Este inciso expressa o prazo de validade dos concursos públicos. De acordo com o inciso o concurso público será válido por atédois anos, prorrogável uma vez, por igual período. Como é possível perceber o prazo de validade do concurso não será necessaria-mente dois anos, mas sim poderá ser de 1 dia a 2 anos, dependendo do que for estabelecido no edital de abertura do concurso. Issocorre pelo fato de que o prazo estabelecido pelo inciso será de até 2 anos, não podendo ultrapassar esse lapso temporal. Todavia, o

inciso apresenta a possibilidade de prorrogação do prazo de validade do concurso público por uma vez, pelo mesmo período que oinicial. Desta maneira, se o prazo de validade do concurso é de 1 ano e 2 meses, a prorrogação também deverá ser de um ano e doismeses, ou seja, a prorrogação deverá obedecer o mesmo prazo de validade inicialmente disposto para o concurso público.

 IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de

 provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

O prazo improrrogável previsto no edital de convocação diz respeito ao período de prorrogação, pois após este não há mais possibilidade de prorrogar o prazo de validade do concurso. Desta maneira, durante o prazo improrrogável é possível a realização denovo concurso público visando o preenchimento da vaga semelhante. Todavia, os aprovados em concurso anterior terão prioridadefrente aos novos concursados para assumir o cargo ou carreira.

V - as funções de conança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às

atribuições de direção, chea e assessoramento;

Este inciso denota a possibilidade de admissão de funcionários para ocupação de cargos de conança, que devem ser ocupados por servidores ocupantes de cargos efetivos e que se limitem apenas às atribuições de direção, chea e assessoramento.

Tal regra se justica pelo fato de que, não se deve admitir a admissão de pessoas estranhas nos cargos de chea, direção e asses-soramento.

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

 Neste inciso estamos diante do desdobramento do direito de liberdade de associação, pois garante ao servidor público civil odireito à livre associação sindical. Conforme explicita o artigo 5º, XX, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,“ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”.

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Didatismo e Conhecimento12

 administração pública

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites denidos em lei especíca;

Este inciso garante o direito de greve aos servidores públicos, que porventura queiram fazer reivindicações sobre os direitos daclasse trabalhadora. Todavia, de acordo com o inciso em questão, tal direito deverá ser exercido nos termos e nos limites denidos em

lei especíca. A Lei nº 7783/89 que disciplina o direito de greve dos servidores públicos traz, em seu bojo, as atividades públicas quenão podem ser interrompidas durante o curso da paralisação. De acordo com a lei supracitada são atividades ou serviços essenciais:

 Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:

 I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;

 II - assistência médica e hospitalar;

 III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;

 IV - funerários;

V - transporte coletivo;

VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;

VII - telecomunicações;

VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

 IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;

 X - controle de tráfego aéreo; XI compensação bancária.

Assim, é garantido o direito de greve aos servidores públicos, havendo, todavia, restrições ao seu exercício, para que a luta pelosdireitos da classe trabalhadora não gere lesões à sociedade pela interrupção da prestação de serviços básicos.

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deciência e denirá os critérios

de sua admissão;

De acordo com o inciso supracitado, a lei reservará uma determinada porcentagem dos cargos e empregos públicos para as pes-soas portadoras de deciências. De acordo com o artigo 5º, § 2º, da Lei nº 8112/90, aos portadores de deciências serão reservadasaté 20% das vagas oferecidas em concursos públicos para ingresso em cargos públicos. Exemplo: em um determinado concurso ondeestejam sendo oferecidas 100 vagas, o próprio edital de abertura do mesmo, por força da Lei supracitada, deverá constar que 20 vagas

serão destinadas a portadores de deciências físicas.

 IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional 

interesse público;

Conforme denota o inciso supracitado é admissível a contratação de servidores públicos por tempo determinado, desde que seja para suprir necessidade temporária de excepcional interesse público. De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro, na esfera federala Lei nº 8745/93, indica como casos de excepcional interesse público: I- assistência a situações de calamidade pública; II- combate asurtos endêmicos; III- realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação Instituto Bra-sileiro de Geograa e Estatística; IV- admissão de professor substituto e professor visitante; V- admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro; VI- atividades: (a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a encargostemporários de obras e serviços de engenharia; (b) de identicação e demarcação desenvolvidas pela Funai; (c) revogado pela Lei nº10667/03; (d) nalísticas do Hospital das Forças Armadas; (e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança desistemas de informações sob a responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações; (f)de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para aten-dimento de situações emergenciais ligadas ao comércio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente riscoà saúde animal, vegetal ou humana; (g) desenvolvidas no âmbito de projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia; e (h) técnicasespecializadas, no âmbito de projetos voltados para o alcance de objetivos estratégicos previstos no plano plurianual. (DI PIETRO,Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005).

É importante salientar que a contratação de servidores por tempo determinado para atender excepcional interesse público pres-cinde da realização de concurso público, sendo necessária, tão somente, a realização de um processo seletivo simplicado.

 X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser xados ou alterados

 por lei especíca, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem

distinção de índices;

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Didatismo e Conhecimento13

 administração pública

Conforme consta do inciso em questão, a remuneração dos servidores obedecerá o disposto no artigo 7º, inciso XXX, da Cons-tituição Federal, que dispõe os direitos tutelados aos servidores públicos. O artigo 7º, inciso XXX, garante aos servidores públicoso seguinte direito: “XXX- proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,

idade, cor ou estado civil ”.

 Não obstante a garantia de tal direito aos servidores públicos, ainda demonstra-se presente no inciso estudado a garantia de revi-são anual das remunerações dos servidores públicos, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

 XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e

 fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores

de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-

mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,

dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no

 Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais

no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco

centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,

aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

Este inciso explicita o teto para o pagamento dos servidores da Administração Pública, seja na esfera federal, estadual ou mu-nicipal. A regra geral estabelecida é que a remuneração e os subsídios dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da ad-ministração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,

 percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídiomensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. O outro teto limita a remuneração nos Municípios ao subsídio doPrefeito e nos Estados, a do Governador. No Poder Legislativo a limitação está alicerçada no subsídio dos Deputados Estaduais.

 XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder 

 Executivo;

Este inciso demonstra a limitação existente entre os Poderes da União. Nos cargos semelhantes existentes nos Poderes, os venci-

mentos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

 XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do

 serviço público;

De acordo com o eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, equiparar signica “a previsão, em lei, de remuneração igual adeterminada carreira ou cargo. Assim, não signica equiparação a existência de duas ou mais leis estabelecendo, cada uma, valoresiguais para os servidores por elas abrangidos. Já, vincular não signica remuneração igual, mas atrelada a outra, de sorte que a altera-ção da remuneração do cargo vinculante provoca, automaticamente, a alteração da prevista para o cargo vinculado”. (MEIRELLES,Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005).

Desta maneira, a Constituição proíbe que haja a existência de equiparação das remunerações dos servidores dos Poderes, retiran-do a iniciativa dos mesmos para a xação da remuneração.

 XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para ns de concessão

de acréscimos ulteriores;

Este inciso é claro em explicitar que a concessão de acréscimos pecuniários não serão computados nem acumulados para ns deconcessão de acréscimos ulteriores. Logo, é possível extrair dessa assertiva que os acréscimos concedidos aos servidores não serãoutilizados na base de cálculo para concessão de outros acréscimos no futuro.

 XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos

 XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

 Neste inciso estamos nos referindo à irredutibilidade dos vencimentos e subsídios dos ocupantes de cargos e empregos públicos,ou seja, da impossibilidade de redução no valor da remuneração dos mesmos. Todavia o próprio inciso traz em sua parte nal algumasressalvas, onde há possibilidade de redução dos subsídios e vencimentos. São elas:

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Didatismo e Conhecimento14

 administração pública

- Artigo 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta,

autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos

detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos

cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,

em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais

e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e

vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder 

 Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

- Artigo 37, XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para ns

de concessão de acréscimos ulteriores;

- Artigo 39, § 4º - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Munici- pais serão remunerados exclusivamente por subsídio xado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer graticação, adicional,abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI.

- Artigo 150 - Sem prejuízos de outras garantia asseguradas ao contribuinte, é vedada à União, aos Estados, aos Municípios

e ao Distrito Federal: II- instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situação equivalente , proibida

qualquer distinção em razão de ocupação prossional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídicados rendimentos, títulos ou direitos;

- Artigo 153- Compete à União instituir impostos sobre: III- renda e proventos de qualquer natureza;

- Artigo 153 – Compete à União instituir impostos sobre: § 2º - O imposto previsto no inciso III: I- será informado pelos critério

da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei.

Desta maneira, será possível a redução dos vencimentos e subsídios nos casos supracitados. Um exemplo de redução a ser citadoé o desconto do Imposto de Renda dos subsídios e vencimentos dos servidores públicos.

 XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado

em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientíco;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de prossionais de saúde, com prossões regulamentadas;

O inciso XVI e suas alíneas traz a proibição de acumulação remunerada de cargos públicos, exceto se houver compatibilidadede horários aos seguintes cargos:

a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientíco;c) a de dois cargos ou empregos privativos de prossionais de saúde, com prossões regulamentadas;É importante salientar a necessidade da compatibilidade de horários, pois se forem incompatíveis não será possível a acumulação

de cargos públicos nos casos supracitados. Ademais, cabe ressaltar que nos casos onde é admitida a cumulação de cargos é necessáriaa observância do inciso XI, ou seja, das regras pertinentes ao teto de vencimento ou subsidio.

 XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda-

des de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

Este inciso demonstra que a acumulação de cargos não é aplicável somente aos órgãos da Administração Pública Direta (União,Estados, Municípios e Distrito Federal), como também aos órgãos da Administração Pública Indireta (Autarquias, Fundações, Em-

 presas Públicas, Sociedades de Economia Mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público).

 XVIII - a administração fazendária e seus servidores scais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência

 sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

A Fazenda Pública é o órgão estatal que cuida das arrecadações do Estado. Diante disso, esse órgão possui servidores públicosespecialmente destinados para scalizarem e controlarem todos os fatos que guardem relação com tributos.

Desta maneira, visando assegurar a moralidade da administração pública, os servidores admitidos nos cargos de scal terão livreacesso a informações, dentro da sua área de competência e jurisdição.

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Didatismo e Conhecimento15

 administração pública

 XIX - somente por lei especíca poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de

economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, denir as áreas de sua atuação;

 De acordo com MEIRELLES, “Autarquias são pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, cria-

das por lei especíca,  para a realização de atividades, obras e serviços descentralizados da entidade estatal que as criou. Funcioname operam na forma estabelecida na lei instituidora e nos termos de seu regulamento. As autarquias podem desempenhar atividadeseducacionais, previdenciárias e quaisquer outras outorgadas pela entidade estatal-matriz, mas sem subordinação hierárquica, sujeitasapenas ao controle nalístico de sua administração e da condução de seus agentes.

O doutrinador supracitado explicita que Fundações são pessoas jurídicas de Direito Público ou pessoas jurídicas de Direito Pri-vado, devendo a lei denir as respectivas áreas de atuação, conforme o inciso XIX, do artigo 37 da CF, na redação dada pela EmendaConstitucional nº 19/98. No primeiro caso elas são criadas por lei, à semelhança das autarquias, e no segundo a lei apenas autorizasua criação, devendo o Poder Executivo tomar as providências necessárias à sua instituição.

Ademais o autor traz uma sucinta abordagem das entidades empresarias que englobam as empresas públicas e as sociedadesde economia mista. De acordo com o doutrinador as empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas deDireito Privado, com a nalidade de prestar serviço público que possa ser explorado no modo empresarial, ou de exercer atividadeeconômica de relevante interesse coletivo. Sua criação deve ser autorizada por lei especíca, cabendo ao Poder Executivo as provi-

dências complementares para sua instituição. (MEIRELLES, Hely Lopes.  Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros,2005).

 XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior,

assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

Este inciso demonstra a necessidade de autorização do Poder Legislativo na criação das autarquias, fundações, empresas públicase sociedades de economia mista, bem como na participação de qualquer delas em empresa privada. Esta condição explicitada peloinciso em questão demonstra uma das atribuições do Poder Legislativo que é a scalizatória.

 XXI - ressalvados os casos especicados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante

 processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obri-

 gações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de

qualicação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.Este inciso traz, em seu bojo, o instituto da licitação. De acordo com o inciso supracitado, as obras, serviços, compras e alie-

nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, comcláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente

 permitirá as exigências de qualicação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.Todavia, o próprio inciso demonstra que existirão casos expressos em lei onde será dispensado o processo licitatório. As regras

referentes ao processo licitatório, bem como os casos de dispensa do mesmo estão previstos na lei nº 8666/93.

 XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao

 funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras especícas, terão recursos prioritários para a realização de suas

atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações scais, na forma da lei

ou convênio.

Visando um maior controle das receitas tributárias, este inciso demonstra que as administrações tributárias da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreirasespecícas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o comparti-lhamento de cadastros e de informações scais, na forma da lei ou convênio.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, infor-mativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de auto-ridades ou servidores públicos.

Este parágrafo proíbe que nos atos programas, serviços e campanhas de órgãos públicos constem nomes, símbolos ou imagensque caracterizem promoção pessoal de autoridades ou serviços públicos. O parágrafo em questão busca extinguir a promoção de

 políticos por atos ou programas realizados, podendo somente constar no bojo dos mesmos, conteúdo educativo.

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Didatismo e Conhecimento16

 administração pública

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nostermos da lei.

 O parágrafo 2º traz dois casos de nulidade, que também ensejarão a punição da autoridade responsável. De acordo com o pa-

rágrafo, se não houver a observância dos incisos II e III, artigo 37, operar-se-ão os efeitos supracitados. Desta maneira, explicita osinciso II e III, do artigo 37:

 II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e

títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para

cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

 III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

Desta maneira, se não forem obedecidas as regras referente à investidura aos cargos públicos, bem como o prazo de validade dosconcursos públicos, haverá não somente a nulidade do ato, como também a punição da autoridade.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento

ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

 II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

 III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração

 pública.

 Este inciso tem por escopo assegurar a aplicação do princípio da eciência declarado no caput do artigo 27 da Constituição Fe-

deral, permitindo que os usuários da Administração Pública participem da mesma e efetuem sua scalização.

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indis-

 ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

De acordo com o parágrafo em questão, os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo

da ação penal cabível.A lei nº 8.429/92 traz, em seu conteúdo, a responsabilidade aplicada aos agentes públicos que cometerem atos de improbidade

contra a Administração Pública. Cabe ressaltar que o próprio parágrafo 4º demonstra que além da responsabilidade civil aplicada aotransgressor, poderá ser ajuizada a ação penal correspondente ao crime, para que ocorra a conseqüente punição do mesmo.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem preju-

ízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

Este parágrafo demonstra que lei infraconstitucional estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

Preliminarmente, é importante salientar que prescrição consiste na perda do direito de ação pelo decurso do tempo. Assim, ultra- passado o lapso temporal exigido para o ingresso da ação, haverá prescrição e a mesma não poderá ser proposta.

A Lei nº 8429/92, em seu artigo 23, traz o prazo exigido para o ajuizamento de ações que visem apurar os atos de improbidade.Dispõe o referido artigo: Artigo 23 – As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

I- até cinco anos após o término do exercício do mandato, cargo em comissão ou de função de conança.

II- dentro do prazo prescricional previsto em lei especíca para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço

 público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

Assim, de acordo com o inciso V, do artigo 23, da Lei 8429/92, as ações para apuração dos atos de improbidade somente poderãoser propostas até cinco anos após o término do exercício do mandato do cargo em comissão ou de função de conança. Após esse

 prazo, a ação não poderá mais ser proposta.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos queseus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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Didatismo e Conhecimento17

 administração pública

 Neste parágrafo estamos diante da responsabilidade do Estado por atos praticados pelos seus funcionários. A primeira parte do parágrafo quando explicita que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos respon-derão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, está cuidando da responsabilidade objetiva. Esta espéciede responsabilidade expressa que na eventualidade do cometimento de uma conduta danosa por um funcionário em detrimento de um

 particular, haverá indenização, independentemente da comprovação de dolo (vontade de cometer a conduta danosa) ou culpa (quan-do o agente agiu por imprudência, negligência ou imperícia). Desta maneira, a responsabilidade objetiva exige somente a prova donexo de causalidade entre a conduta danosa e o resultado, ou seja, é necessário que se prove que a conduta praticada pelo funcionáriocausou determinado dano, não havendo discussão de culpa ou dolo acerca do fato.

Todavia, a segunda parte do parágrafo traz o instituto da responsabilidade civil subjetiva ao explicitar que será assegurado o direi-to de regresso do Estado contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Assim, comprovada a ocorrência de dano ao particular pelaconduta do funcionário público, e posteriormente paga a indenização, o Estado poderá ajuizar ação de regresso contra o funcionário,visando o recebimento da indenização paga ao particular. Todavia, a responsabilidade aqui é diversa, pois será necessária a prova deque o funcionário cometeu a conduta, imbuído por dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

Tendo em vista que a Administração Pública é dotada de várias informações privilegiadas, o inciso supracitado traz a necessida-de de edição de uma lei que disponha sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta eindireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e nanceira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser am- pliada mediante contrato, a ser rmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a xação de metas dedesempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

 I - o prazo de duração do contrato;

 II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;

 III - a remuneração do pessoal.

O parágrafo 8º trata da autonomia gerencial, orçamentária e nanceira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta.Cabe recordar que a administração direta é composta pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, enquanto a administraçãoindireta é composta por autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas. Desta maneira, de acordo com o

 parágrafo supracitado a autonomia poderá ser ampliada por contrato rmado, cabendo, todavia, à lei dispor sobre o prazo de duraçãodo contrato, controles e critério de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes e a remuneraçãodo pessoal.

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que recebe-rem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio emgeral.

Este parágrafo estende o mandamento expresso no inciso XI às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suassubsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de

 pessoal ou de custeio em geral.

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remu-neração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e

os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas decaráter indenizatório previstas em lei.

De acordo com este parágrafo, as parcelas de caráter indenizatório, previstas em lei, que integram a remuneração dos servidoresnão serão computadas para efeito do limite remuneratório estipulado no inciso XI deste artigo.

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Didatismo e Conhecimento18

 administração pública

§ 12. Para os ns do disposto no inciso XI do caput deste artigo, ca facultado aos Estados e ao Distrito Federal xar, em seuâmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadoresdo respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministrosdo Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos

Vereadores.O texto legal acima citado traz o teto remuneratório que deverá ser obedecido pelos Estados e pelo Distrito Federal, cabendo aos

mesmos xar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensaldos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídiomensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Es-taduais e Distritais e dos Vereadores.

 Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as

 seguintes disposições:

 I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, cará afastado de seu cargo, emprego ou função;

Este inciso explicita que se o servidor público passar a exercer mandato eletivo federal (Presidente da República), estadual (Go-

vernador do Estado) ou Distrital, deverá se afastar do cargo exercido, retomando-o no término do mandato.

 II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-

ração;

Este inciso determina que o servidor investido no cargo de Prefeito deverá se afastar do cargo. Todavia, o inciso em questão trazum privilégio ao servidor investido neste cargo, qual seja, a opção pela remuneração. Em que pese esteja o servidor afastado do cargo,ele poderá optar pela remuneração do cargo que exercia ou pela remuneração de Prefeito. Cabe ressaltar que no término do mandatoo cargo será retomado.

 III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou

 função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

Este inciso traz as regras aplicadas ao servidor público investido no mandato de vereador. Caso haja compatibilidade de horárioso servidor público receberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, além da remuneração de Vereador. Todavia, se houveincompatibilidade entre o cargo exercido pelo funcionário e o mandato de Vereador, o mesmo deverá optar pela remuneração a ser recebida.

 IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para

todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

Este inciso demonstra que o tempo de afastamento do cargo público para o exercício de mandato eletivo deverá ser contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por antiguidade. Todavia, não será contado para promoção por merecimento por motivos óbvios, haja vista que o mesmo não desempenhou suas funções no período em que estava exercendo o mandato eletivo.

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício esti-

vesse.

De acordo com este inciso, mesmo que o servidor público esteja afastado de seu cargo para o exercício de mandato eletivo, osvalores dos benefícios previdenciários serão determinados como se estivesse no exercício do seu cargo.

 Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único

e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

Com base nesse parâmetro foi promulgada a Lei nº 8.112/90, que demarcou a opção da União pelo regime estatutário, no qual osservidores são admitidos sob regime de Direito Público, podem alcançar estabilidade e possuem direitos e deveres estabelecidos por lei (e que podem, portanto, ser alterados unilateralmente pelo Estado-Legislador).

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Didatismo e Conhecimento19

 administração pública

§ 1º A xação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

 II - os requisitos para a investidura;

 III - as peculiaridades dos cargos.

Signica dizer que quanto maior o grau de diculdade, tanto para ingressar no cargo, quanto para desenvolver as funções ineren-tes a ele, melhor deverá ser a remuneração correspondente.

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebraçãode convênios ou contratos entre os entes federados.

Essas escolas possuem como objetivo a atualização e a formação dos servidores públicos, melhorando os níveis de desempenhoe eciência dos ocupantes de cargos e funções do serviço público, estimulando e promovendo a especialização prossional, prepa-rando servidores para o exercício de funções superiores e para a intervenção ativa nos projetos voltados para a elevação constante dos

 padrões de ecácia e eciência do setor público.

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII,XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Vamos conferir o que diz os referidos incisos, do artigo 7º da Constituição Federal:

Salário mínimo, xado em lei, nacionalmente unicado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua fa-mília com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicosque lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer m;Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação dehorários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;Licença-paternidade, nos termos xados em lei;Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especícos, nos termos da lei;Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado

civil;

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serãoremunerados exclusivamente por subsídio xado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer graticação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

Ao falar em parcela única, ca clara a intenção de vedar a xação dos subsídios em duas partes, uma xa e outra variável, tal 

como ocorria com os agentes políticos na vigência da Constituição de 1967. E, ao vedar expressamente o acréscimo de qualquer 

 graticação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, também ca clara a intenção de

extinguir, para as mesmas categorias de agentes públicos, o sistema remuneratório que compreende o padrão xado em lei mais as

vantagens pecuniárias de variada natureza previstas na legislação estatutária. 

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor re-

muneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

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Didatismo e Conhecimento20

 administração pública

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargose empregos públicos.

O inciso XI do artigo 37 da Constituição refere-se aos tetos remuneratórios, quais sejam:Teto máximo: Subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;

Teto nos municípios: O subsídio do Prefeito;Teto nos Estados e no Distrito Federal: O subsídio mensal do Governador;Teto no âmbito do Poder Executivo: O subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo;Teto no judiciário: O subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco cen-

tésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicável este limite aos membros doMinistério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários prove-nientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programasde qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público,inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

Esses cursos são importantes para obter o envolvimento e o comprometimento de todos os agentes públicos com a qualidade e

 produtividade, quaisquer que sejam os cargos, funções ou empregos ocupados, minimizar os desperdícios e os erros, inovar nas ma-neiras de atender as necessidades do cidadão, simplicar procedimentos, inclusive de gestão, e proceder as transformações essenciaisà qualidade com produtividade.

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser xada nos termos do § 4º.

Ou seja, por subsídio xado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer graticação, adicional, abono, prêmio, verbade representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, os tetos remuneratórios dispostos no art. 37, X daConstituição Federal.

 Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas

autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo

ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio nanceiro e atuarial e o disposto neste artigo.

Para o regime previdenciário ter equilíbrio nanceiro, basta ter no exercício atual um uxo de caixa de entrada superior ao uxode caixa de saída, gerado basicamente quando as receitas previdenciárias superam as despesas com pagamento de benefícios.

Já para se ter equilibro atuarial, deve estar assegurado que o plano de custeio gera receitas não só atuais, como também futuras econtínuas por tempo indeterminado, em um montante suciente para cobrir as respectivas despesas previdenciárias.

Para se manter o equilíbrio nanceiro e atuarial é imprescindível que o regime mantenha um fundo previdenciário que capitalizeas sobras de caixa atuais que garantirão o pagamento de benefícios futuros.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventosa partir dos valores xados na forma dos §§ 3º e 17:

 I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em

 serviço, moléstia prossional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

 II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no

cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição,

 se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de

contribuição.

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respec-tivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadascomo base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

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Didatismo e Conhecimento21

 administração pública

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime deque trata este artigo, ressalvados, nos termos denidos em leis complementares, os casos de servidores:

 I portadores de deciência;

 II que exerçam atividades de risco;

 III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, «a», para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino

 fundamental e médio.

A redução só é permitida nos casos em que o tempo de contribuição é exclusivamente no magistério. Ou seja, não é possívelsomar o tempo de magistério com o tempo em outra atividade e ainda reduzir 05 anos. A soma é possível, no entanto, sem a reduçãode 05 anos.

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção demais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.

Os cargos acumuláveis são: Dois de professor; um de professor com outro técnico ou cientíco; dois cargos ou empregos priva-tivos de prossionais de saúde, com prossões regulamentadas.

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual 

 I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral 

de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à

data do óbito; ou

 II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo esta-

belecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela

excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critériosestabelecidos em lei.

O valor real refere-se ao poder aquisitivo, em outros temos, se no início do recebimento do benefício, o beneciário conseguiasuprir suas necessidades com alimentação, saúde, lazer, educação... Após alguns anos, o mesmo benefício deveria, em tese, propiciar o mesmo poder aquisitivo.

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviçocorrespondente para efeito de disponibilidade.

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição ctício.

§ 11 - Aplica-se o limite xado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acu-mulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência

 social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Cons-

tituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no quecouber, os requisitos e critérios xados para o regime geral de previdência social.

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem comode outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar paraos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão xar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas

 pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de quetrata o art. 201

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Didatismo e Conhecimento22

 administração pública

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Exe-

cutivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência

complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de

contribuição denida.

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver in-

 gressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados,na forma da lei.

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo quesuperem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentualigual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 

1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição

 previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos,e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensãoque superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201desta Constituição, quando o beneciário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.

 Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de

concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

 I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

 III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

Referido instituto corresponde à proteção ao ocupante do cargo, garantindo, não de forma absoluta, a permanência no ServiçoPúblico, o que permite a execução regular de suas atividades, visando exclusivamente o alcance do interesse coletivo.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, seestável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade comremuneração proporcional ao tempo de serviço.

Reintegração é o instituto jurídico que ocorre quando o servidor retorna a seu cargo após ter sido reconhecida a ilegalidade desua demissão.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável cará em disponibilidade, com remuneração propor-

cional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.A disponibilidade é um instituto que permite ao servidor estável, que teve o seu cargo extinto ou declarado desnecessário, perma-

necer sem trabalhar, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, à espera de um eventual aproveitamento.Desde já, cumpre-nos ressaltar: o servidor estável que teve seu cargo extinto ou declarado desnecessário não será nem exonerado,

nem, muito menos, demitido. Será ele posto em disponibilidade!Segundo a doutrina majoritária, o instituto da disponibilidade não protege o servidor não-estável quanto a uma possível extinção

de seu cargo ou declaração de desnecessidade. Caso o servidor não tenha, ainda, adquirido estabilidade, será ele exonerado ex-ofcio.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa nalidade.

A Avaliação de Desempenho é uma importante ferramenta de Gestão de Pessoas que corresponde a uma análise sistemática dodesempenho do prossional em função das atividades que realiza, das metas estabelecidas, dos resultados alcançados e do seu po-tencial de desenvolvimento.

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Didatismo e Conhecimento 23

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

5 RESPONSABILIDADE  DOS SERVIDORES PÚBLICOS.

A responsabilidade do Estado se traduz numa obrigação, atribuída ao Poder Público, de compor os danos patrimoniais causadosa terceiros por seus agentes públicos, tanto no exercício das suas atribuições, quanto agindo nessa qualidade.

O Estado responde pelos danos causados com base no conceito de nexo de causalidade – na relação de causa e efeito existenteentre o fato ocorrido e as conseqüências dele resultantes.

 Não se cogita a necessidade de, aquele que sofreu o prejuízo, comprovar a culpa ou o dolo, bastando apenas a demonstração donexo de causalidade. Vamos conferir a redação do §6º do artigo 37 da Constituição Federal:

 §6º: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos

que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo

ou culpa.

Pessoas jurídicas de direito público são aquelas que integram a Administração (direta e indireta). As empresas públicas e associedades de economia mista respondem quando estiverem prestando serviço público. Aquelas que exploram atividade econômicanão se obrigam a responder de acordo com o art. 37, § 6.º, da Constituição Federal; sua responsabilidade equipara-se à das empresas

 privadas, ou seja, é subjetiva, depende da demonstração de culpa.Dessa forma, há pessoas que integram a Administração Pública e não respondem na forma do § 6.º do art. 37 da Constituição

Federal, contudo, existem pessoas que, embora não integrem a Administração Pública, respondem na forma do § 6.º do art. 37 (Exem- plo: concessionários e permissionários que prestam serviços públicos).

O dano que gera a indenização deve ser:Certo: É o dano real, efetivo, existente. Para requerer indenização do Estado é necessário que o dano já tenha sido experi-

mentado. Não se congura a possibilidade de indenização de danos que podem eventualmente ocorrer no futuro. Especial : É o dano que pode ser particularizado, aquele que não atinge a coletividade em geral; deve ser possível a identi-

cação do particular atingido. Anormal : É aquele que ultrapassa as diculdades da vida comum, as diculdades do cotidiano. Direto e imediato: O prejuízo deve ser resultado direito e imediato da ação ou omissão do Estado, sem quebra do nexo

causal.O dano indenizável pode ser material e/ou moral e ambos podem ser requeridos na mesma ação, se preencherem os requisitos

expostos.Aquele que é investido de competências estatais tem o dever objetivo de adotar as providências necessárias e adequadas a evitar 

danos às pessoas e ao patrimônio. É mais apropriado aludir a uma objetivação da culpa.Quando o Estado infringir esse dever objetivo e, exercitando suas competências, der oportunidades a ocorrências do dano,

estarão presentes os elementos necessários a formulação de um juízo de reprovabilidade quanto a sua conduta. Não é necessárioinvestigar a existência de uma vontade psíquica no sentido da ação ou omissão causadoras do dano. A omissão da conduta necessáriae adequada consiste na materialização de vontade, defeituosamente desenvolvida. Logo, a responsabilidade continua a envolver umelemento subjetivo, consiste na formulação defeituosa da vontade de agir ou deixar de agir.

 Não há responsabilidade civil objetiva do Estado, mas há presunção de culpabilidade derivada da existência de um dever dediligência especial. Tanto é assim que, se a vitória tiver concorrido para o evento danoso, o valor de uma eventual condenação será

minimizado.Essa distinção não é meramente acadêmica, especialmente porque a avaliação do elemento subjetivo é indispensável, em certascircunstâncias, para a determinação da indenização devida.

A Constituição Federal de 1988, seguindo uma tradição estabelecida desde a Constituição Federal de 1946, determinou, em seuart. 37 Parágrafo 6º, a responsabilidade objetiva do Estado e responsabilidade subjetiva do funcionário.

Em que pese a aplicação da teoria da responsabilidade objetiva ser adotada pela Constituição Federal, o Poder Judiciário, emdeterminados julgamentos, utiliza a teoria da culpa administrativa para responsabilizar o Estado em casos de omissão. Assim, a omis-são na prestação do serviço público tem levado à aplicação da teoria da culpa do serviço público ( faute du service). A culpa decorreda omissão do Estado, quando este deveria ter agido e não agiu. Por exemplo, o Poder Público não conservou adequadamente asrodovias e ocorreu um acidente automobilístico com terceiros.

Quanto à reparação do dano, esta pode ser obtida administrativamente ou mediante ação de indenização junto ao Poder Judiciá-rio. Para conseguir o ressarcimento do prejuízo, a vítima deverá demonstrar o nexo de causalidade entre o fato lesivo e o dano, bemcomo o valor do prejuízo.

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 administração pública

Uma vez indenizada a vítima, ca a pessoa jurídica com direito de regresso contra o responsável, isto é, com o direito de recu- perar o valor da indenização junto ao agente que causou o dano, desde que este tenha agido com dolo ou culpa. Observe-se que nãoestá sujeito a prazo prescricional a ação regressiva contra o agente público que agiu com dolo ou culpa para a recuperação dos valores

 pagos pelos cofres públicos, conforme inteligência do art. 37, parágrafo 5º da Constituição Federal:

§5º: A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente servidor ou não, que causem prejuízosao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

A responsabilidade do Poder Público não existirá ou será atenuada quanto a conduta da Administração Pública não der causa ao prejuízo, ou concorrem outras circunstâncias que possam afastar ou mitigar sua responsabilidade. Em geral, são chamadas causasexcludentes da responsabilidade estatal; a força maior e a culpa exclusiva da vítima.

 Nestes casos, não existindo nexo de causalidade entre a conduta da Administração e o dano ocorrido, a responsabilidade estatalserá afastada.

 Numa hipótese de força maior, ou seja, de um acontecimento excepcional e imprevisível, alheio a vontade do Estado, como umraio que incendeia uma casa, não cabe responsabilizar o Poder Público pelo sinistro ocorrido.

Existe, entretanto, a possibilidade de responsabilizar o Estado, mesmo na ocorrência de uma circunstância de força maior, desdeque a vítima comprove o comportamento culposo da Administração Pública. Por exemplo, num primeiro momento, uma enchenteque causou danos a particulares pode ser entendida como uma hipótese de força maior e afastar a responsabilidade Estatal, contudo,

se o particular comprovar que os bueiros entupidos concorreram para o incidente, o Estado também responderá, pois a prestação doserviço de limpeza pública foi deciente.

Ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro que “na hipótese de fu, em que o dano seja decorrente de ato humano, de falhada Administração, não ocorre exclusão; quando se rompe, por exemplo, uma adutora ou um cabo elétrico, causando dano a terceiros,não se pode falar em força maior”.

 Nos casos em que está presente a culpa da vítima, duas situações podem surgir:a) O Estado não responde, desde que comprove que houve culpa exclusiva do lesado;

 b) O Estado responde parcialmente, se demonstrar que houve culpa concorrente do lesado para a ocorrência do dano.Observe-se que cabe ao Poder Público o ônus de provar a culpa da vítima ou a existência de força maior.

ree Ju: De acordo com o art 5.º, inc. LXXV, da Constituição Federal, o Estado responde por erro judicial,assim como na hipótese do condenado previsto na sentença.

 LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que car preso além do tempo xado na sentença;

 Não exclui ou atenua a responsabilidade do Estado, o fato do agente não ingressar com ação no momento cabível para sair da prisão (não há culpa concorrente).

O erro judicial congura-se quando a sentença é dada além dos limites xados no ordenamento jurídico. Quando a sentença éreformada em segunda instância, não há erro judicial.

A motivação da decisão serve para vericar se a sentença ultrapassa seus limites (consiste em mencionar o dispositivo legalaplicável e relacionar os fatos que concretamente levaram à sua aplicação).

ree legv: O Estado responde por leis inconstitucionais que causarem prejuízos a terceiros, desde que ainconstitucionalidade tenha sido declarada pelo Poder Judiciário. Os prejuízos não se limitam ao dano efetivo, englobando os lucroscessantes e os danos emergentes.

ree agee p: No que diz respeito à responsabilidade dos servidores, podemos dizer que ao exercer funções públicas, os servidores públicos não estão desobrigados de se responsabilizar por seus atos, tanto atos públicos quanto atosadministrativos, além dos atos políticos, dependendo de sua função, cargo ou emprego.

Esta responsabilidade é algo indispensável na atividade administrativa, ou seja, enquanto houver exercício irregular de direito oude poder a responsabilidade deve estar presente. É uma forma de manter a soberania e a autenticidade dos órgãos públicos.

Quanto o Estado repara o dano, ca com direito de regresso contra o responsável, isto é, com o direito de recuperar o valor daindenização junto ao agente que causou o dano.

Efetivamente, o direito de regresso, em sede de responsabilidade estatal, congura-se na pretensão do Estado em buscar do seuagente, responsável pelo dano, a recomposição do erário, uma vez desfalcado do montante destinado ao pagamento da indenização àvítima. Nesse aspecto, o direito de regresso é o direito assegurado ao Estado no sentido de dirigir sua pretensão indenizatória contra

o agente responsável pelo dano, quando tenha este agido com culpa ou dolo.O agente público poderá ser responsabilizado nos âmbitos civil, penal e administrativo.

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Didatismo e Conhecimento 25

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a) Responsabilidade Civil: Neste caso, responsabilidade civil se refere à responsabilidade patrimonial, que faz referência aosAtos Ilícitos e que traz consigo a regra geral da responsabilidade civil, que é de reparar o dano causado a outrem.

O órgão público, conrmada a responsabilidade de seus agentes, como preceitua a no art.37, §6, parte nal do Texto Maior, é“assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”, descontará nos vencimentos do servidor público,

respeitando os limites mensais, a quantia exata para o ressarcimento do dano.

 b) Responsabilidade Administrativa: A responsabilidade administrativa é apurada em processo administrativo, assegurando-seao servidor o contraditório e a ampla defesa. Uma vez constatada a prática do ilícito administrativo, cará o servidor sujeito à sançãoadministrativa adequada ao caso, que poderá ser advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade,destituição de cargo em comissão ou destituição de função comissionada.

A penalidade deve sempre ser motivada pela autoridade competente para sua aplicação, sob pena de ser nula. Na motivaçãoda penalidade, devem estar presentes os motivos de fato (os atos irregulares praticados pelo servidor) e os motivos de direito (osdispositivos legais ou regulamentares violados e a penalidade prevista). Se durante a apuração da responsabilidade administrativa aautoridade competente vericar que o ilícito administrativo também está capitulada como ilícito penal, deve encaminhar cópia do

 processo administrativo ao Ministério Público, que irá mover ação penal contra o servidor 

c) Responsabilidade Penal: A responsabilidade penal do servidor é a que resulta de uma conduta tipicada por lei como infração penal. A responsabilidade penal abrange crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Muitos dos crimes fun-cionais estão denidos no Código Penal, artigos 312 a 326, como o peculato, a concussão, a corrupção passiva, a prevaricação etc.Outros estão previstos em leis especiais federais. A responsabilidade penal do servidor é apurada em Juízo Criminal. Se o servidor for responsabilizado penalmente, sofrerá uma sanção penal, que pode ser privativa de liberdade (reclusão ou detenção), restritiva dedireitos (prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, interdição tempo-rária de direitos e limitação de m de semana) ou multa (Código Penal, art. 32).

Importante ressaltar que a decisão penal, apurada por causa da responsabilidade penal do servidor, só terá reexo na responsabi-lidade civil do servidor se o ilícito penal tiver ocasionado prejuízo patrimonial (ilícito civil). A responsabilidade civil do servidor seráafastada se, no processo criminal, o servidor for absolvido por ter sido declarada a inexistência do fato ou, quando o fato realmenteexistiu, não tenha sido imputada sua autoria ao servidor. Notem que, se o servidor for absolvido por falta ou insuciência de provas,

a responsabilidade civil não será afastada.

6 NORMAS ESTADUAIS APLICÁVEIS AOS  SERVIDORES PÚBLICOS.

6.1 ENFOQUE SOBRE A LEI Nº 12.066/1993(PLANO DE CARREIRA DO

 MAGISTÉRIO).

 LEI Nº 12.066, DE 13.01.93 (D.O. DE 15.01.93)

 Aprova a estrutura do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus - MAG, institui o Sistema de Carreira do Magistério ocial

de 1º e 2º Graus doEstado e dá outras providências. 

O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ 

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º - Ficam aprovados a Estrutura e o Sistema de Carreiras do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus - MAG, parteintegrante do Plano de Cargos e Carreira da Administração Direta e Autarquias.

 

Art. 2º - A estrutura do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus - MAG e o Sistema de Carreira do Magistério Ocial doEstado contém os seguintes elementos básicos:

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 administração pública

I - Cargo Público - conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades de natureza permanente cometidas ou cometíveis a umservidor público, com as características essenciais de criação por Lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres

 públicos, de provimento em caráter efetivo ou em comissão.II - Função Pública - conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidas a um servidor público, cuja extinção dar-

-se-á quando vagar.III - Classe - conjunto de cargos/funções da mesma natureza funcional e semelhantes quanto aos graus de complexidade e nível

de responsabilidade.IV - Carreira - conjunto de classes da mesma natureza funcional e hierarquizadas segundo o grau de responsabilidade e comple-

xidade a elas inerentes, para desenvolvimento do servidor nas classes dos cargos/funções que a integram.V - Referência - nível vencimental integrante da faixa de vencimentos xado para a classe e atribuído ao ocupante do cargo/

função em decorrência do seu progresso salarial.VI - Categoria Funcional - conjunto de carreiras agrupadas pela natureza das atividades e pelo grau de conhecimento exigível

 para o seu desempenho.VII - Grupo Ocupacional - conjunto de Categorias Funcionais reunidas segundo a correlação e anidade existentes entre elas

quanto à natureza do trabalho e/ou o grau de conhecimentos. 

Art. 3º - A estruturação do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus e das carreiras, dos cargos/funções e das classes seconstitui de:I - Estrutura e Composição do Grupo Ocupacional, das Categorias Funcionais e das Carreiras;II - Estrutura das Classes Singulares;III - Linhas de Transposição;IV - Linhas de Promoção e Acesso;V - Hierarquização dos Cargos/Funções;VI - Tabela de vencimentos;VII - Linhas de Enquadramento; eVIII - Descrição e Especicações dos Cargos e Funções. 

Art. 4º - O Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus ca organizado em Categorias Funcionais, Carreiras, Cargos, Fun-ções, Classes e Referências, na forma dos Anexos I e II desta Lei.

 Art. 5º - As Linhas de Transposição, as Linhas de Promoção e Acesso, a Hierarquização dos Cargos/Funções e a Tabela de ven-

cimentos cam denidas conforme dispõe os Anexos III, IV, V e VI, partes integrantes desta Lei.

Art. 6º - As Descrições e as Especicações das Carreiras e das Classes serão aprovadas por Decreto do Chefe do Poder Executivo. 

Art. 7º - O ingresso nas carreiras do grupo Ocupacional magistério de 1º e 2º graus, dar-se-á por nomeação para cargos efetivosmediante concurso público, na referência inicial de cada classe, respeitadas as condições de provimento indicadas no Anexo IV destaLei.

 

Art. 8º O concurso público será realizado em até 4 (quatro) etapas, denidas em edital. (Redação dada pela Lei N°14.404,de 09.07.09)

§ 1º A primeira etapa, de realização obrigatória, terá caráter eliminatório e classicatória, e consistirá em provas escritas.(Reda-ção dada pela Lei N° 14.404, de 09.07.09)§ 2º A segunda etapa, de realização obrigatória, terá caráter eliminatório e classicatório, e consistirá em provas práticas.(Reda-

ção dada pela Lei N° 14.404, de 09.07.09)§ 3º A terceira etapa, de realização discricionária, consistirá em programa de capacitação prossional, de caráter eliminatório e

classicatório, ou somente classicatório, e dependerá, para a sua realização, de previsão expressa em edital, que disporá inclusivesobre o respectivo caráter. (Redação dada pela Lei N° 14.404, de 09.07.09)

§ 4º A quarta etapa, de caráter unicamente classicatório, consistirá em prova de títulos. (Redação dada pela Lei N°14.404, de 09.07.09)

 

Art. 9º - No Edital de abertura do concurso público constarão, obrigatoriamente, o programa das disciplinas, a área de atuação do prossional recrutado e o caráter de ensino.

 

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 administração pública

Art. 10. O concurso público para provimento dos cargos do Grupo Ocupacional Magistério- MAG, será promovido pela Secreta-ria da Educação - SEDUC, com a supervisão da Secretaria do Planejamento e Gestão. (Redação dada pela Lei N° 14.404,de 09.07.09) 

Parágrafo único. Para a realização do concurso previsto no caput , a Secretaria da Educação poderá contratar instituição públicaou privada idônea, obedecendo as prescrições da Lei de Licitações. (Redação dada pela Lei N° 14.404, de 09.07.09) 

Art. 11 - São vedadas e, se realizadas, consideradas nulas de pleno direito as nomeações que contrariem as disposições contidasno Artigo 8º e parágrafos, desta Lei.

 

Art. 12 - A carga horária de trabalho do Prossional do Magistério será de 40 horas semanais, ressalvado o direito daqueles cujacarga horária seja inferior a xada neste Artigo.

§ 1º - Da Carga horária semanal do docente, 1/5 (um quinto) será utilizado em atividades extraclasse na escola, exceto os docen-tes que atuam nas séries iniciais do 1º Grau (do Pré-Escolar à 4ª Série) e no Sistema de Telensino.

§ 2º - Os servidores que atualmente têm carga horária diferente da xada neste Artigo, poderão optar pela alteração da mesma,obedecidos os critérios estabelecidos no Art. 13 desta Lei.

§ 3º - Para realização de atividades extraclasse nas unidades escolares os docentes que atuam nas séries iniciais do 1º Grau (doPré-Escolar) à 4ª Série e no Sistema de Telensino terão sua carga mensal de trabalho acrescida de 10 (dez) horas, com direito ao

 pagamento proporcional do acréscimo em dobro. 

Art. 13 - A alteração da carga horária semanal de 20 vinte) para 40 (quarenta) horas, dependerá de processo seletivo interno, ecomprovada necessidade de mão-de-obra para suprir carência identicada.

 

Art. 14 - É Vedado ao professor utilizar as horas de atividades extra-classe em serviços estranhos às suas funções. 

Art. 15 - O Estágio do prossional do Magistério é o período de 2 (dois) anos, contado do início do exercício funcional, duranteo qual serão apurados os requisitos necessários à conrmação do servidor no cargo de provimento efetivo para o qual foi nomeado.

§ 1º - Constituem requisitos para avaliação do servidor durante o estágio probatório:I - idoneidade moral;II - assiduidade;III - pontualidade;

IV - disciplina;V - produtividade;VI - qualidade do trabalho;VII - adaptação ao trabalho.§ 2º - O estágio probatório corresponderá a uma complementação do processo seletivo, devendo o servidor em exercício ser 

obrigatoriamente supervisionado pelo Conselho Técnico Administrativo.§ 3º - No estágio probatório, os cursos de treinamento para formação prossional ou aperfeiçoamento do servidor são do caráter 

competitivo e eliminatório.§ 4º - Os critério e a periodicidade da Avaliação dos requisitos indicados nos Incisos I a VII serão regulamentados por decreto do

Chefe do Poder Executivo, com a participação da Comissão Paritária Permanente de pessoal do magistério.

Art. 16 - O servidor que, em estágio probatório, não satiszer qualquer dos requisitos previstos no Artigo anterior, será exone-

rado.Parágrafo Único - A apuração dos requisitos exigidos no estágio probatório deverá processar-se de modo que a exoneração doservidor estagiário possa ser feita antes de ndar o período do estágio.

 

Art. 17 - O Chefe imediato do servidor sujeito a estágio probatório comunicará ao órgão de pessoal, no prazo de 60 (sessenta)dias antes do término deste, se o servidor supervisionado poderá ou não ser conrmado no cargo.

§ 1º - O órgão de pessoal diligenciará junto ao Conselho Técnico Administrativo que supervisiona o servidor em estágio proba-tório, de forma que evite este ocorrer por mero transcurso de prazo.

§ 2º - De qualquer modo, caso não tenha sida adotadas quaisquer providências para a supervisão objeto do estágio probatório,este será encerrado após o decurso do prazo referido no Art. 15 desta Lei, conrmando-se o servidor no cargo, automaticamente.

 

Art. 18 - Será obrigatório para o ocupante do Cargo de Professor de ensino Técnico, durante o estágio probatório, a Gradua-ção em Licenciatura Plena adquirida em Cursos - ESQUEMA I OU ESQUEMA II.

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 administração pública

Art. 19. Durante o estágio probatório, o prossional do magistério não poderá ser afastado de suas funções de docência, sal-vo para ocupar cargos em comissão no Núcleo Gestor das Escolas da Rede Ocial de Ensino Estadual e para ocupar cargos emcomissão na Sede da SEDUC ou das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação. (Redação dada pela Lei N°14.404, de 09.07.09) 

§ 1º O prossional do magistério nomeado para cargos em comissão no Núcleo Gestor das Escolas da Rede Ocial de EnsinoEstadual terá seu estágio probatório disciplinado por decreto. (Redação dada pela Lei N° 14.404, de 09.07.09) 

§ 2º Durante o estágio probatório não haverá ascensão funcional. (Redação dada pela Lei N° 14.404, de 09.07.09) 

Art. 20 - Os servidores integrantes do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus têm lotação única e centralizada na Secre-taria de Educação, sendo expressamente proibida a sua remoção ou redistribuição para outros órgãos e entidades do Serviço PúblicoEstadual.

 

Art. 21 - O Artigo 39 e § 3º da Lei Nº 10.884, de 2 de fevereiro de 1984, passam a vigorar com a seguinte redação:“ Art. 39 - O Prossional do Magistério de 1º e 2º Graus gozará 30 (trinta) dias de férias anuais após o 1º semestre letivo e 15

dias após o 2º período letivo.”“§ 3º - No período de recesso escolar, após o 2º semestre letivo, o servidor cará a disposição da unidade de trabalho onde atua,

 para treinamento e/ou para realização de trabalhos didáticos”. 

Art. 22 - O desenvolvimento do Prossional do Magistério nas carreiras far-se-á através da promoção, do acesso, da transforma-ção e da progressão.

Art. 23 - Promoção é a elevação do prossional do Magistério de 1º e 2º Graus de uma para outra classe dentro da mesma sériede classe, integrantes da carreira, e dependerá, cumulativamente, de:

I - habilitação legal para o exercício do cargo/função integrante da classe;II - desempenho de suas atribuições;III - cumprimento do interstício xado em regulamento.

Art. 24 - Acesso é a elevação do Prossional do Magistério de 1º e 2º Graus de uma série de classes para a referência inicial

de classe integrante de outra série de classes ans, dentro da mesma carreira, em razão de título de nova habilitação prossional edependerá, cumulativamente de:I - habilitação legal para o exercício do cargo/função integrante da classe;II - desempenho ecaz de suas atribuições;III - cumprimento do interstício xado em regulamento;IV - observância das linhas de acesso denidas no Anexo IV desta lei;V - aprovação em seleção interna a ser realizada através de provas escritas;VI - VETADO. 

Art. 25 - Transformação é a mudança do servidor de uma classe para outra classe de outra carreira diversa daquela por ele ocu- pada e dependerá, cumulativamente, de:

I - aprovação em seleção interna realizada através de provas escritas e\ou práticas quando a carreira assim exigir;II - habilitação legal para o ingresso na nova carreira ou classe;III - comprovada necessidade de mão-de-obra para suprir carência identicada. 

Art. 26 - Progressão é a passagem do Prossional do Magistério de 1º e 2º Graus de uma referência para outra imediatamentesuperior dentro da faixa vencimental da mesma classe, obedecidos os critérios de desempenho e/ou antiguidade e dependerá de :

I - desempenho ecaz de suas atribuições;II - cumprimento do interstício de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. 

Art. 27 - Os critérios especícos e os procedimentos para aplicação dos princípios do mérito e/ou da antiguidade e das provasseletivas para efetivação da promoção, acesso, transformação e progressão, bem como a quanticação por classe e referência doscargos e funções do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus, serão denidos em Decreto Governamental no prazo de 60 (ses-senta) dias, a contar da data da vigência desta Lei, com a participação da Comissão Paritária Permanente de Pessoal do Magistério.

 

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Didatismo e Conhecimento29

 administração pública

Art. 28 - Serão adotados, na forma e nas condições estabelecidas em Decreto, processo de avaliação de desempenho que consi-derem:

I - o comportamento observável do Prossional do Magistério de 1º e 2º Graus, relativos a participação, qualidade do trabalho,responsabilidade e produção;

II - a contribuição do prossional do Magistério para a consecução dos objetivos da Secretaria de Educação;III - a objetividade e a adequação dos instrumentos da avaliação;IV - a periodicidade de, no mínimo 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias;V - o conhecimento pelo Prossional do Magistério dos instrumentos de avaliação e seus resultados.§ 1º - O Prossional do Magistério será avaliado pelo Conselho Técnico Administrativo quando em exercício nos estabelecimen-

tos ociais de ensino e pela Comissão Setorial de Avaliação de Desempenho da Secretaria de Educação quando em exercício na sedeou nas delegacias regionais de ensino.

§ 2º - É assegurado ao Prossional do Magistério interpor recurso perante o Conselho Técnico Administrativo do Estabelecimen-to Ocial de Ensino que o avaliou e, em caso de discordância da decisão proferida nesta instância, poderá recorrer, ainda, à autoridadeimediatamente superior.

 

Art. 29 - O Concurso Público para o ingresso no Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus só ocorrerá após cumprida a

etapa de desenvolvimento do servidor, por transformação. 

Art. 30 - As atividades da capacitação e aperfeiçoamento do Prossional do Magistério de 1º e 2º Graus, serão planejadas, orga-nizadas, executadas e avaliadas pelo órgão de treinamento da Secretaria de Educação, com o objetivo de habilitar o servidor para oecaz desempenho das atribuições inerentes à respectiva classe.

 

Art. 31 - Na inexistência de estrutura de formação e capacitação, o órgão de treinamento da Secretaria de Educação providenciaráo incentivo à utilização de recursos externos de formação e a estágios.

 

Art. 32 - (Revogado pela Lei N° 14.431, de 31.07.09) 

Art. 33 - A implantação do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus - MAG será feita através de 2 (duas) modalidades de

enquadramento, a seguir enumeradas:I - enquadramento salarial automático - consiste no enquadramento dos atuais ocupantes de cargos e funções na nova estruturade carreiras, obedecendo o posicionamento vencimental determinado no Anexo VII desta lei;

II - enquadramento funcional - consiste na correção dos desvios funcionais dos servidores que estejam exercendo atribuiçõesde Prossionais do Magistério, diversas daquelas dos cargos ou funções por eles ocupados, por um período não inferior a 12 (doze)meses, mediante processo seletivo interno, levando-se em consideração as reais necessidades de recursos humanos, formalizadoatravés da transformação.

§ 1º - o enquadramento funcional será sempre nas classes e referências iniciais de cada série de classes, salvo se o servidor já perceber vencimento superior, quando será deslocado para a referência compatível com seu nível vencimental.

§ 2º - o enquadramento funcional dar-se-á por Decreto Governamental, constando obrigatoriamente, o nome do servidor, deno-minação do Cargo ou Função, Classe, Categoria Funcional, Grupo Ocupacional e a Carreira, atuais e novos.

§ 3º - Os enquadramentos previstos neste Artigo aplicam-se, exclusivamente, aos atuais servidores, por serem medidas de caráter transitório.

§ 4º - O Prossional do magistério que apresentar documentação comprobatória de titulação até 15 de janeiro de 1993, será en-quadrado automaticamente na classe correspondente à nova titulação.

 

Art. 34 - Serão enquadrados automaticamente na Classe Singular de Professor Nível 9 (nove) os Prossionais do Magistério,exercentes de funções, portadores de Curso Superior sem habilitação especíca para o magistério.

 

Art. 35 - Ressalvado o que dispõe o Art. 34, cam vedados, a partir da data da publicação desta Lei, enquadramentos nas ClassesSingulares, sendo os cargos integrantes destas classes extintos quando vagarem.

 

Art. 36 - Os Prossionais do Magistério ocupantes das Classes Singulares ao adquirirem habilitação especíca para o Magistério passarão a integrar as carreiras do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus, desde que aprovados em processo seletivo interno.

 

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Didatismo e Conhecimento 30

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 37 - Os aposentados terão seus proventos denidos segundo a situação correspondente aos cargos ou funções do GrupoOcupacional ora estruturado e aos por eles ocupados ao se tornarem inativos, de acordo com a classe e referência estabelecidas noAnexo VII desta Lei, acrescidos das vantagens a que zerem jus no Ato da aposentadoria.

 

Art. 38 -.(Revogado pela Lei N° 14.431, de 31.07.09) 

Art. 39 - O docente acometido de doença prossional no exercício do magistério, poderá exercer outras atividades correlatas como cargo ou função de Professor nas unidades escolares, nas delegacias regionais de ensino ou na sede da Secretaria de Educação, sem

 prejuízo da graticação de regência de Classe.Parágrafo Único - Entende-se por doença prossional aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, comprovada, em qualquer 

hipótese, a relação de causa e efeito por junta Médica Ocial. 

Art. 40 - Ficam revogadas os Artigos 90, 91, 94, 95, 101, 107, 108, 109, 110, 114, itens e parágrafos, 115 e 116 da Lei Nº 10.884,de 02 de fevereiro de 1984.

 

Art. 41 - Os cargos do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus, ao vagarem, serão deslocados para a Referência inicial

da respectiva classe. 

Art. 42 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei, correrão à conta das dotações orçamentárias próprias da Secretaria deEducação, que serão suplementadas, se insucientes.

Art. 43 - Revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei Nº 11.820, de 31 de maio de 1991, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, salvo quanto aos efeitos nanceiros que vigorarão a partir de 1º de novembro de 1992, exceto o dispostono § 3º do Art. 12, 32, Parágrafo Único e § 4º do Art. 33, que vigorarão a partir de 1º de janeiro de 1993.

 

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, aos 13 de janeiro de 1993.

CIRO FERREIRA GOMES

MARIA LUIZA BARBOSA CHAVES

6.2 DECRETO Nº 25.851/2000 (AFASTAMEN-TO DE SERVIDORES PARA ESTUDOS DE 

 PÓS-GRADUAÇÃO).

dEcrEto nº 25.851, dE 12 dE abril dE 2000DOE nº 071, 12 de abril de 2000

Disciplina os afastamentos de servidores públicos estaduais para ns de realização de estudos pós-graduados

o GoVErnador do Estado do cEarÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art.88, incisos IV e VI, da Constitui-ção Estadual, e tendo em vista o que dispõe o art.110, item I, letra b, da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974, e;

CONSIDERANDO a necessidade de serem estabelecidos critérios disciplinares para os afastamentos de servidores públicosestaduais para ns de realização de estudos pós-graduados.

DECRETA:

Art.1º - Os afastamentos de servidores da administração pública do Estado do Ceará, com o objetivo de realizar estudos emcursos de especialização, mestrado, doutorado e Pós - Doutorado, no país ou no exterior, somente se efetivarão quando relacionadoscom sua atividade prossional e dependerão de parecer favorável do chefe imediato ou de colegiado a que pertença o interessado,seguido de declaração da anuência do titular do órgão/entidade de sua lotação.

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Didatismo e Conhecimento31

 administração pública

§1º - Os afastamentos de que tratam este artigo somente se efetivarão mediante autorização expressa do Chefe do Poder Executi-vo, quando o curso pretendido for se realizar fora do Estado ou do País, ou mediante Portaria do dirigente máximo do órgão/entidade,quando a ser realizado no próprio Estado do Ceará.

§2º - Em nenhuma hipótese o servidor poderá se afastar de suas atividades sem a prévia publicação de seu ato de afastamento no

Diário Ocial do Estado.

Art.2º - O período de concessão de afastamento para Curso de Especialização fora do Estado ou Pais, será de no máximo 12(doze) meses, incluindo-se o período para elaboração da monograa.

Parágrafo Único - Quando o curso a que se refere este artigo ocorrer no Estado do Ceará, a liberação para o afastamento seráavaliada pela Chea imediata que deverá pautar-se com observância à compatibilidade entre a jornada de trabalho do servidor e cargahorária do curso respectivo.

Art.3º - No caso de realização de Mestrado, o período de afastamento será de 24 (vinte e quatro) meses, podendo, excepcional-mente, ser prorrogado por mais 6 (seis) meses e o de Doutorado, será de 36 (trinta e seis) meses, admitindo-se, excepcionalmente,uma prorrogação por mais 12 (doze) meses.

Parágrafo Único - Para a realização integrada de Mestrado e Doutorado, a mudança de nível deverá ser formalizada pela Coor-denação do Curso com anuência do titular do órgão/entidade de lotação do servidor, com duração máxima de 48 (quarenta e oito)

meses, admitindo-se, prorrogação de 12 (doze) meses.

Art.4º - Para realização de Pós - Doutorado, o período de afastamento será de no mínimo 6 (seis) meses e no máximo 12 (doze)meses.

Art.5º - Nas concessões de afastamento de que trata este Decreto ca o servidor obrigado a remeter ao setor de Recursos Huma-nos do órgão/entidade de sua lotação os relatórios semestrais das atividades executadas, bem como de apresentar o relatório geral por ocasião do término do afastamento do qual constará: Monograa, Dissertação ou tese, devidamente aprovados.

Art.6º - Ficam os setores de Recursos Humanos dos órgãos/entidades de lotação do servidor, responsáveis pela suspensão dosafastamentos de que tratam este Decreto, no caso da não apresentação dos relatórios semestrais, mencionado no artigo anterior.

Parágrafo Único - Os processos de solicitação de afastamento de pessoal devem ser instruídos com as seguintes informações,além de outras que se façam necessárias:

I. nome do interessado e respectiva matrícula funcional;II. cargo/função ou emprego;III. órgão/entidade de origem;IV. unidade de exercício;V. data do início e término do afastamento;VI. indicação, se for o caso, do último afastamento;VII. prova de aceitação do curso pretendido;VIII. declaração de anuência do titular do órgão/entidade de lotação do servidor candidato.

Art.7º - Os pedidos de afastamento serão dirigidos ao titular do Órgão/Entidade, do servidor, devidamente instruídos, com aantecedência de no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias da realização do curso respectivo.

Art.8º - Os pedidos de prorrogação de afastamento deverão dar entrada na Unidade de exercício do servidor, devidamente instru-

ídos e com observância dos seguintes prazos:I. 30 (trinta) dias antes do início da prorrogação, quando se tratar de permanência no exterior e em outros Estados;II. 30 (trinta) dias para reassumir suas atividades em caso de indeferimento da prorrogação, de que trata este artigo.Parágrafo Único - A não observância dos prazos denidos, neste Decreto implicará no indeferimento do pedido.

Art.9º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial o Decretonº 19.002, de 15 de dezembro de 1987.

palÁcio do GoVErno do Estado do cEarÁ, em Fortaleza, aos 12 de abril de 2000.

tasso ribEiro JErEissati

soraia tHomaZ dias Victor 

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Didatismo e Conhecimento 32

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

6.3 LEI Nº10.884/1984 (ESTATUTO DO MA-GISTÉRIO OFICIAL DO ESTADO).

 LEI Nº 10.884, DE 02.02.84 (D.O. DE 03.02.84) Dispõe sobre o Estatuto do Magistério Ocial do Estado. 

GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ 

FAÇO SABER QUE A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DECRETOU E EU SANCIONO E PROMULGO A SEGUINTE LEI: 

TÍTULO I CAPÍTULO ÚNICO

 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES  Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre a organização e o disciplinamento das atividades do magistério no ensino de 1º e 2º Graus, estru-

turação de sua carreira e complementação de seu regime jurídico. 

Art. 2º - Para efeito desta Lei entende-se:I - por pessoal do magistério o conjunto de professores e especialistas em educação que atuam nas unidades escolares e nos

órgãos de educação.II - por funções do magistério as de docência, direção, planejamento, supervisão, inspeção, coordenação, acompanhamento,

controle, avaliação, orientação, ensino e pesquisa. 

Art. 3º - O pessoal do magistério compreende as categorias:I - Pessoal Docente;

II -Pessoal Especialista.Parágrafo único - A competência do pessoal do magistério decorre, em cada grau de ensino, das disposições próprias das leisestaduais e federais, dos regulamentos e regimentos.

 

TÍTULO II  DAS GARANTIAS DO MAGISTÉRIO

 

Art. 4º - É assegurado ao Magistério:I - paridade de vencimentos com o xado para outras categorias funcionais que exijam igual nível de formação;II - Igual tratamento para efeitos didáticos e técnicos, entre o professor e o especialista subordinados ao regime das Leis do tra-

 balho e os admitidos no regime do serviço público;III - Não discriminação entre professores em razão do conteúdo curricular da matéria que ensina ou do regime de trabalho que

adotam;

IV - Oportunidade de aperfeiçoamento do professor e do especialista, através de cursos, mediante planejamento apropriado;V - Estruturação do Grupo de Cargos do Magistério do 1º e 2º Graus, através de avanços na carreira;VI - Prazo máximo de 90 (noventa) dias para o início do pagamento dos avanços verticais resultantes de maior soma de títulos

ou de aperfeiçoamento, a contar da data de sua comprovação, devidamente reconhecida pela autoridade competente. 

TÍTULO III  DAS ATIVIDADES DO MAGISTÉRIO

CAPÍTULO I  DO ENSINO

 

Art. 5º - As atividades de ensino são exercidas por professores e Especialistas em Educação admitidos na forma desta Lei e deoutras normas reguladoras da espécie.

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Didatismo e Conhecimento33

 administração pública

CAPÍTULO II  DO PROFESSOR E DE SUAS FUNÇÕES 

 

Art. 6º - Professor é o docente integrante do Grupo do Magistério.

 Art. 7º - No desempenho de suas funções, o Professor deverá integrar-se na moderna losoa de ensino, visando a proporcionar 

ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de autorrealização, preparação parao trabalho e para o exercício consciente da cidadania.

 

Art. 8º - As funções do professor são as estabelecidas nesta Lei e no Regimento de cada unidade escolar. 

Art. 9º - As funções docentes serão exercidas nas diversas séries do 1º e 2º graus por professores que apresentem a seguinteformação mínima:

I - até a 4ª série do Ensino de 1º Grau, habilitação especíca de 2º Grau, obtida em três séries;II - até a 6ª série do Ensino de 1º Grau, habilitação especíca do 2º Grau, acrescida de um ano letivo de estudos adicionais;III - até a 8ª série do Ensino de 1º Grau, habilitação especíca obtida em curso superior de graduação de curta duração;IV - até a 2ª série do Ensino de 2º Grau, a habilitação de que trata o inciso anterior acrescida de, no mínimo, um ano letivo de

estudos adicionais;V - em todo o Ensino de 1º e 2º Graus, habilitação especíca obtida em curso superior de graduação correspondente a Licencia-

tura Plena. 

CAPÍTULO III  DOS ESPECIALISTAS E DE SUAS FUNÇÕES 

Art. 10 - Especialistas em Educação são os integrantes do Grupo Magistério com licenciatura e habilitação especíca de grausuperior.

Art. 11 - Entende-se como Especialista em Educação, além de outros que venham a ser admitidos, o Administrador Escolar, o

Supervisor Escolar, o Orientador Educacional e o Inspetor Escolar, observados os artigos 29, 33, 40 e 84 da Lei Federal nº 5.692, de11 de agosto de 1971.

 

 SEÇÃO I  DO ADMINISTRADOR ESCOLAR

 

Art. 12 - Administrador Escolar é o especialista com licenciatura e habilitação em Administração Escolar, feita em curso superior de graduação ou de pós-graduação.

Parágrafo único - O Administrador Escolar poderá ser investido em cargo comissionado, observado o disposto no Art. 28 e seus parágrafos da presente Lei.

 

Art. 13 - Compete ao Administrador Escolar planejar, organizar, dirigir, acompanhar e avaliar a execução das atividades admi-nistrativas e educacionais sob sua responsabilidade. 

 SEÇÃO II  DO SUPERVISOR ESCOLAR

 

Art. 14 - O Supervisor Escolar é o especialista com licenciatura e habilitação em Supervisão Escolar, obtida em curso superior de graduação ou pós-graduação.

 

Art. 15 - Compete ao Supervisor Escolar prestar assistência técnico-pedagógica à comunidade educacional visando à melhoriado processo ensino-aprendizagem.

 

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Didatismo e Conhecimento34

 administração pública

 SEÇÃO III  DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

 

Art. 16 - Orientador Educacional é o especialista com licenciatura e habilitação em Orientação Educacional obtido em curso

superior de graduação e de pós-graduação. 

Art. 17 - Compete ao Orientador Educacional assistir o aluno no desenvolvimento de sua personalidade à base de conhecimentoscientícos, tendo em vista suas aptidões, peculiaridades físicas e mentais e adaptação ao meio social.

 SEÇÃO IV  DO INSPETOR ESCOLAR

 Art. 18 - Inspetor Escolar é o Especialista com licenciatura e habilitação em Inspeção Escolar feita em curso superior de gradu-

ação ou de pós-graduação. 

Art. 19 - Compete ao Inspetor Escolar inspecionar e orientar as escolas do 1º e do 2º graus, das redes pública e particular, visando

ao cumprimento das normas legais que lhes forem aplicáveis. 

CAPÍTULO IV  DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

 

Art. 20 - A Administração Escolar, no ensino de 1º e 2º Graus, compreende as atividades inerentes à coordenação de turnos, àdireção, assessoramento e assistência em unidades escolares com atribuições básicas pertinentes ao ensino e à administração emunidades da Secretaria de Educação, ligados especicamente à Educação.

 

Art. 21 - A Direção Escolar de 1º e do 2º Graus compreende a Congregação, o Conselho Técnico Administrativo e a Diretoria. 

Art. 22 - A Congregação é o órgão deliberativo constituído de todos os prossionais do Magistério, em efetivo exercício, na

Unidade Escolar.Parágrafo único - O Presidente da Congregação é o Diretor da Unidade Escolar, substituído em suas faltas ou impedimentos pelo

Vice-Diretor, designado pelo Diretor. 

Art. 23 - São atribuições da Congregação:I - Aprovar o anteprojeto de regimento para ser enviado ao Conselho de Educação do Ceará;II - Homologar os nomes dos indicados para compor o Conselho Técnico-Administrativo;III - Deliberar sobre qualquer assunto que lhe seja submetido pelo Conselho Técnico-Administrativo ou pela Diretoria da Uni-

dade Escolar;IV - Organizar a lista tríplice para escolha do Diretor da Unidade Escolar, dentre os professores ou especialistas devidamente

habilitados para a função. 

Art. 24 - O Conselho Técnico-Administrativo é o órgão deliberativo que se constituirá de:I - Diretor;II - Vice-diretor;III - Um representante de cada Área de Estudo;IV - Um representante do serviço de Supervisão Escolar;V - Um representante do serviço de Orientação Educacional;VI - Um representante dos Pais;VII - Um representante do Corpo Discente;VIII - Um representante da Comunidade;IX - Um representante dos Funcionários.Parágrafo único - O Presidente do Conselho é o Diretor da Unidade Escolar, substituído em suas faltas ou impedimentos pelo

Vice-diretor, por ele designado.

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Didatismo e Conhecimento35

 administração pública

Art. 25 - Compete ao Conselho Técnico-Administrativo:I - Elaborar o anteprojeto do Regimento da Unidade Escolar;II - Organizar o currículo pleno e aprovar o calendário escolar;III - Emitir parecer sobre os programas de ensino e planos de curso;

IV - Exercer as demais atribuições estabelecidas no Regimento. 

Art. 26 - O Regimento da Unidade Escolar disciplinará o funcionamento da Congregação e do Conselho Técnico-Administrativo. 

Art. 27 - Das decisões do Conselho Técnico-Administrativo cabe recurso, sem efeito suspensivo, para a Congregação e desta para o Secretário de Educação ou Conselho de Educação do Ceará, conforme o caso objeto do recurso.

 

Art. 28 - A Direção da Escola será exercida pelo Diretor e Vice-Diretores, devidamente habilitados, nomeados por ato do Poder Executivo, para mandato de dois (02) anos, permitidas suas reconduções.

§ 1º - O Diretor será escolhido pelo Chefe do Poder Executivo dentre os componentes da lista sêxtupla, organizada pela congre-gação e os Vice-Diretores em lista sêxtupla, organizada pelo Diretor.

§ 2º - A Direção de escola recém criada será designada pelo Chefe do Poder Executivo, por indicação do Delegado Regional de

Educação, por um período de (06) seis meses, quando se procederá como estabelece o parágrafo primeiro deste artigo.§ 3º - Exigir-se-á do Diretor a habilitação especíca em Administração Escolar ou Registro de Diretor expedido pelo Ministérioda Educação e Cultura.

§ 4º - Decreto do Chefe do Poder Executivo regulamentará o processo de elaboração da lista sêxtupla de que trata o parágrafo1º deste artigo, constando deste Decreto a obrigação de que cada membro da congregação escolherá apenas um nome, sendo os seisnomes mais votados os componentes da lista sêxtupla referida neste artigo.

 

Art. 29 - O Diretor e o Vice-diretor farão jus a uma retribuição nanceira conforme o disposto em Lei. 

Art. 30 - A retribuição do Vice-diretor corresponderá a 70% (setenta por cento) da que percebe o Diretor. 

Art. 31 - Os Complexos Escolares, na conformidade de que dispõe o art. 3º da Lei Federal nº 5.692/71, terão um Diretor incum- bido de coordenar as atividades dos diversos estabelecimentos que os integram.

§ 1º - O cargo de Diretor de Complexos Escolares será exercido por especialista em Administração Escolar, com no mínimo dois(02) anos de efetivo exercício na especialização.

§ 2º - Cada Unidade Escolar, integrante de um Complexo, terá um Vice-diretor e, funcionando em mais de dois turnos, três Vice--diretores.

TÍTULO IV  DO REGIME DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

CAPÍTULO I  DOS PROFESSORES 

 

Art. 32 - O regime de atividade semanal do Professor será de 20 ou 40 horas.

Parágrafo único - O regime de atividade de 40 horas semanais será regulado por Decreto do Chefe do Poder Executivo. 

Art. 33 - Da carga horária semanal para docente, 1/5 (um quinto) será utilizado em atividades extraclasse, na escola. 

Art. 34 - É vedado ao Professor utilizar as horas-atividade em serviços estranhos às suas funções. 

Art. 35 - O docente em regência de classe é obrigado a cumprimento do número de horas-aula, segundo o calendário escolar, de-vendo recuperá-las quando, por motivo de força maior, estiver impossibilitado de comparecer ao estabelecimento, exceto se afastado

 por força de dispositivo legal.§ 1º - A Unidade Escolar procederá, mensalmente, ao levantamento das faltas dadas por regentes de classe e organizará o calen-

dário das aulas complementares devidas, a título de recuperação.§ 2º - Enquanto o número de horas-aula dos docentes não estiver completo, não se dará a conclusão do ano letivo, na atividade,

área de estudo ou disciplina em que se vericar a ocorrência.

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Didatismo e Conhecimento36

 administração pública

§ 3º - As horas-aula não recuperadas no decorrer de cada ano letivo serão passíveis de desconto no vencimento, devendo o Dire-tor da Unidade Escolar encaminhar para as providências cabíveis, ao setor competente da Secretaria de Educação, a relação das faltasdos que deixaram de satisfazer as exigências deste artigo.

 

Art. 36 - O Professor que não esteja exercendo atividade docente terá regime de trabalho conforme o estabelecido para os demaisservidores regidos pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.

 

CAPÍTULO II  DOS ESPECIALISTAS 

 

Art. 37 - O regime de trabalho dos Especialistas é o consignado no Art. 32 desta Lei.Parágrafo único - Os Especialistas que não estejam exercendo atividades inerentes às suas funções têm o mesmo regime de tra-

 balho estabelecido no art. 36 desta Lei. 

TÍTULO V  DOS DIREITOS, VANTAGENS E DEVERES 

CAPÍTULO I  DOS DIREITOS 

 

Art. 38 - Aos prossionais de magistério, além dos direitos, vantagens e autorizações capitulados no Estatuto dos FuncionáriosPúblicos Civis do Estado, assegurar-se-ão:

I - Remuneração condigna;II - Participação em cursos de atualização, aperfeiçoamento, especialização e qualicação;III - Adequado ambiente de trabalho;IV - Representação em órgãos colegiados relativos à educação. 

 SEÇÃO I  DAS FÉRIAS 

 

Art. 39 - O Prossional do Magistério de 1º e 2º Graus gozará 30 (trinta) dias de férias anuais após o 1º semestre letivo e 15 diasapós o 2º período letivo.

§ 1º - O Professor e o Especialista que se ausentarem da sua Unidade Escolar, fora do período de férias, por imperiosa necessi-dade, deverão comunicar ao Diretor respectivo, para adoção das providências cabíveis.

§ 2º - O Prossional do magistério que exerce atividades nos diversos setores da Secretaria de Educação ou em outro órgão daadministração Pública Estadual, gozará férias na forma que dispõe o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, inclusivecom direito à contagem em dobro, se deixar de usufruí-las.

§ 3º - No período de recesso escolar, após o 2º semestre letivo, o servidor cará a disposição da unidade de trabalho onde atua,

 para treinamento e/ou para realização de trabalhos didáticos.§ 4º - Os períodos de férias não gozadas pelo pessoal do magistério, serão computados em dobro para ns de progressão hori-zontal, aposentadoria e disponibilidade, incluindo-se na norma ora estabelecida, períodos referentes a anos anteriores, quer já estejamaverbados, ou não.

Os beneciados por este artigo só poderão contar em dobro, um mês de férias não gozadas no exercício. 

 SEÇÃO II  DO ACESSO E DA PROMOÇÃO

 

Art. 40 - O Professor e o Especialista serão elevados:I - Mediante acesso;II - Mediante promoção.

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Didatismo e Conhecimento37

 administração pública

§ 1º - Acesso é a elevação do prossional do magistério de uma para outra Classe, em razão de título de nova habilitação pros-sional.

§ 2º - Promoção é a elevação do prossional do magistério de nível para outro na mesma Classe, tendo em vista cursos, estágios,seminários, trabalhos publicados de teor educacional, tempo de serviço.

§ 3º - A Promoção será regulada por Decreto do Chefe do Poder Executivo. 

Art. 41 - Atendidos os requisitos legais e regulamentares, o Acesso será concedido por ato do Chefe do Poder Executivo, no prazomáximo de 90 (noventa) dias, contados da entrada do requerimento no órgão competente.

 SEÇÃO III  DA REMOÇÃO

 

Art. 42 - Remoção é o deslocamento do prossional do magistério de uma outra Unidade Escolar ou serviço. 

Art. 43 - Far-se-á remoção:I - A pedido, desde que não contrarie dispositivos legais nem as conveniências do ensino;II - “Ex-ofcio”, no interesse da administração;

III – Por permuta das partes interessadas, com anuência prévia dos Diretores das Unidades Escolares.Parágrafo único - A remoção de professores das séries iniciais de 1º Grau, nos termos do art. 139 da Constituição do Estado far--se-á após parecer do Conselho de Educação do Ceará.

 

Art. 44 - Na hipótese de mais de um prossional do magistério interessar-se pelo preenchimento de vaga única, a preferência serádada ao de Classe mais elevada, e em igualdade de condições, ao mais antigo do magistério público estadual.

 

Art. 45 - O prossional do magistério, quando removido, não poderá deslocar-se para a nova sede antes da publicação do ato noórgão ocial.

 

Art. 46 - No caso de remoção, o prazo para assumir o novo exercício é de até (10) dias, quando de uma cidade para outra, conta-dos da publicação do respectivo ato, incluindo-se o período de deslocamento.

Parágrafo único - Considerar-se-á como de efetivo exercício o período de que trata este artigo.

 Art. 47 - O prossional do magistério não poderá ser removido quando em gozo de licença de qualquer natureza, salvo se a seu

 pedido. 

Art. 48 - A remoção do pessoal do magistério poderá vericar-se entre Unidades Escolares do Interior e da Capital, desde quehaja vaga, satisfazendo o interessado as exigências de habilitação prossional.

Parágrafo único - Somente após dois (02) anos de permanência em Unidades Escolares localizadas no interior do Estado, poderáo prossional do magistério ser removido para Unidade Escolar sediada na Capital, salvo se para acompanhar o cônjuge, tambémfuncionário público.

 

Art. 49 - O prossional do magistério cujo cônjuge, também servidor público, for removido, terá exercício, independentementede vaga, em Unidades Escolares de seu novo domicílio.

 

Art. 50 - O Secretário de Educação, ouvidos os Departamentos próprios, expedirá Portaria disciplinando o processo de remoção. 

 SEÇÃO IV  DO AFASTAMENTO

 

Art. 51 - O afastamento do prossional do magistério do seu cargo, função ou emprego, poderá ocorrer nos seguintes casos:I - para seu aperfeiçoamento, qualicação, especialização e atualização;II - para exercer as atribuições de cargo ou função de direção em órgão do Serviço Público Federal, Estadual ou Municipal;III - quando no exercício da Presidência, da Secretaria Geral e da 1ª Tesouraria de qualquer entidade de representação do Magis-

tério, reconhecida pelo Governo do Estado.§ 1º - Em qualquer dos casos enumerados neste artigo, a solicitação de afastamento poderá ser atendida, a critério da autoridade

competente, desde que não cause prejuízo ao ensino.§ 2º - O ato de afastamento será da competência do Chefe do Poder Executivo.

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Didatismo e Conhecimento38

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 SEÇÃO V  DA ACUMULAÇÃO

 

Art. 52 - A acumulação de cargos, funções e empregos, dar-se-á nos termos das Constituições Federal e Estadual.

 

 SEÇÃO VI  DO DIREITO DE PETIÇÃO

 

Art. 53 - É assegurado aos integrantes do grupo de cargos do magistério o direito de requerer ou representar, obedecidas as nor-mas estabelecidas no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.

 

 SEÇÃO VII  DA DEVOLUÇÃO E DA REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA

 

Art. 54 - Nenhum ocupante do cargo do magistério poderá ser devolvido à autoridade competente sem prévia sindicância reali-zada pela Delegacia Regional de Educação respectiva, salvo se a pedido do interessado.

 

Art. 55 - A carga horária, em nenhuma hipótese, poderá ser reduzida em detrimento de menor vencimento para o cargo do ma-gistério, salvo se a pedido do interessado.

 

 SEÇÃO VIII  DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA

 

Art. 56 - O pessoal do magistério faz jus a todos os benefícios e serviços decorrentes da previdência e assistência asseguradosaos demais Funcionários Civis do Estado.

Parágrafo único - O processo de concessão dos benefícios e serviços de que trata o presente artigo obedecerá à normas estabele-

cidas no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado. 

CAPÍTULO II  DA RETRIBUIÇÃO, DO VENCIMENTO

 E DAS VANTAGENS 

 SEÇÃO I  DISPOSITIVOS PRELIMINARES 

 

Art. 57 - Todo prossional do magistério, em razão do vínculo que mantém com o sistema Administrativo Estadual, tem direitoa uma retribuição pecuniária, na forma deste Estatuto.

 Art. 58 - Sendo a carreira do magistério escalonada segundo a habilitação, serão considerados, na xação do vencimento os

avanços vertical e horizontal constantes do Anexo único desta Lei. 

Art. 59 - Ao pessoal do magistério poderão ser concedidas diárias e ajudas de custo ou outras retribuições pecuniárias, conformeo caso, na forma deste Estatuto.

 

 SEÇÃO II  DO VENCIMENTO

 

Art. 60 - Vencimento é a retribuição correspondente à Classe e ao Nível do prossional do magistério, de acordo com o estabe-lecido em Leis e Regulamento.

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 SEÇÃO III  DAS VANTAGENS 

 Art. 61 - São vantagens do pessoal do magistério:

I - Graticações;II - Ajuda de custo;III - Diárias;IV - Salário família;V - Auxílio doença;VI - Auxílio funeral. 

 SEÇÃO VI  DAS VANTAGENS ESPECÍFICAS 

Art. 62 - São vantagens especiais do Pessoal do Magistério:I - Bolsas de estudo, mediante indicação da Secretaria de Educação;II - Prêmio pela produção de obra ou publicação de trabalho de sua especialidade;

III - Graticação por atividade em locais inóspitos ou de difícil acesso;IV - Graticação a professores de excepcionais;V - Graticação por efetiva regência de Classe, de acordo com o que dispõe a Lei Estadual nº 10.206, de 20 de setembro de 1978;VI - (Revogado pela Lei N° 14.431, de 31.07.09) 

VII - Graticação por participação em bancas examinadoras.Parágrafo único - As vantagens referidas nos incisos III, IV, V, VI deste artigo integrarão os proventos do pessoal do magistério

que passar à inatividade, inclusive por motivo de doença nos casos especicados em Lei.

Art. 63 - A graticação constante do item III do artigo anterior será atribuída pelo Secretário de Educação, não podendo exceder a trinta por cento (30%) do respectivo vencimento.

§ 1º - O Secretário de Educação, ouvidos os Departamentos respectivos, indicará as Unidades Escolares situadas em locais dedifícil acesso ou em lugares inóspitos.

§ 2º - A graticação de que trata este artigo será cancelada, se o prossional do magistério for removido para outra Unidade

Escolar não situada nos locais ou lugares referidos no parágrafo anterior. 

Art. 64 - A graticação mencionada no item IV do Artigo 62, desta Lei só é devida ao prossional que exerça, efetivamente, aespecialização, em regência de classe e corresponderá a trinta por cento (30%) do vencimento do cargo.

 

Art. 65 - O integrante do magistério contemplado com bolsa de estudo terá direito à percepção dos vencimentos integrais e de-mais vantagens, enquanto durar o afastamento.

Parágrafo único - Para fazer jus ao disposto neste artigo, o bolsista deverá comprovar junto ao setor competente da Secretariade Educação, sua frequência ao curso.

 

Art. 66 - O Poder Executivo instituirá prêmios anuais para serem concedidos a prossionais do magistério, pela autoria de obrasde natureza educacional, conforme se dispuser em regulamento.

Parágrafo único - Sob proposta do Secretário de Educação, o Chefe do Poder Executivo poderá conceder auxílios nanceiros

 para qualquer atividade em que, ao seu arbítrio, reconheça o interesse de aperfeiçoamento ou especialização, tais como viagens deestudo em grupo de professores, Congressos, Encontros, Simpósios, Convenções, Publicações Técnico-Cientíca ou Didáticas eSimilares.

 

Art. 67 - Fica assegurada ao professor a percepção de Regência de Classe quando afastado da sala de aula por licença especial e para tratamento de saúde.

 

Art. 68 - O Professor regido por este Estatuto ou por Lei Especial, em efetiva regência de classe, poderá, a seu pedido, ter redu-zido em cinquenta por cento (50%), o número de horas-atividades sem prejuízo dos seus vencimentos e demais vantagens quando:

I - Atingir cinquenta (50) anos de idade;II - Completar vinte (20) anos de exercício, se do sexo feminino e vinte e cinco (25), se do sexo masculino.Parágrafo único - Aos Especialistas em Educação, quando em função nas Unidades de Ensino, aplicar-se-á o disposto neste

artigo.

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Didatismo e Conhecimento40

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 SEÇÃO IV  DA APOSENTADORIA ESPECIAL

Art. 69 - O Professor e o Especialista em Educação, regidos por este Estatuto e por Lei Especial, serão aposentados, voluntaria-

mente, aos trinta anos de efetivo exercício, se do sexo masculino, e vinte e cinco (25) anos de efetivo exercício, se do sexo feminino,de acordo com a Emenda Constitucional Estadual de número 18/81, e Constituição número 13/81.

Parágrafo único - Serão contadas em dobro a licença especial e as férias não gozadas para efeito de aposentadoria especial. 

Art. 70 - Ao pessoal do magistério aplicar-se-á, ainda, no que couber e não colidir com este Estatuto, o disposto no capítulo VIIda Lei Estadual de nº 9.826, (Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado), de 14 de maio de 1974.

 

CAPÍTULO III  DOS DEVERES 

 Art. 71 - O pessoal de magistério, em face de sua missão de educar, deve preservar os valores morais e intelectuais que representa

 perante a sociedade, além de cumprir as obrigações inerentes à prossão, como:I - Cumprir e fazer cumprir ordens de seus superiores hierárquicos;II - Ser assíduo e pontual;III - Incutir, pelo exemplo, no educando, o espírito de respeito à autoridade, os princípios de justiça, de solidariedade humana e

de amor à pátria;IV - Guardar sigilo sobre assuntos de sua Unidade Escolar, que não devam ser divulgados;V - Esforçar-se pela formação integral do educando;VI - Apresentar-se nos locais de seu trabalho em trajes condizentes com a prossão e conforme o estabelecido no Regimento de

sua Unidade Escolar;VII - Proceder na vida pública e na particular de forma que dignique a classe a que pertence;VIII - Tratar com urbanidade e respeito a todos os que o procurem notadamente em suas atividades prossionais;IX - Sugerir em tempo, providências que visem à melhoria da Educação;X - Cumprir todas as suas obrigações funcionais previstas em Lei e as decorrentes de exigências administrativas;XI - Participar na elaboração de programas de ensino e assistir às reuniões pedagógicas de sua Unidade Escolar;

XII - Participar de cursos, seminários e solenidades, quando para eles convocado ou convidado;XIII - Cumprir todas as determinações regimentais de sua Unidade Escolar ou do setor onde estiver em exercício, bem como as

emanadas da Secretaria de Educação. 

TÍTULO VI  DO APERFEIÇOAMENTO PROFISSIOINAL

 

Art. 72 - O aperfeiçoamento prossional estabelecido no item IV do art. 4º desta Lei far-se-á através de cursos e estágios deatualização e especialização, dentro ou fora do Estado.

Parágrafo único - A Secretaria de Educação promoverá a Seleção dos candidatos em condições de frequentar os cursos e estágiosmencionados neste artigo.

 

Art. 73 - Os cursos e estágios deverão ser programados, de preferência, para o período de recesso escolar ou em turno nãocoincidente com o de atividade prossional do integrante do magistério, quando realizados no local da Unidade Escolar onde tenhaexercício.

Parágrafo único - Os cursos e estágios serão ministrados por professores e/ou especialistas devidamente habilitados, permitindo, para esse m, a celebração de convênios com Universidades, Escolas Isoladas e outras Instituições.

 

Art. 74 - Os cursos e estágios oferecidos por entidades nacionais ou estrangeiras, não previstas nos planos periódicos, poderãoser aceitos caso a oferta se verique através da Secretaria de Educação nos seus planos de trabalho.

 

Art. 75 - No processo de seleção dos que deverão ser indicados para frequentar cursos ou estágios, observar-se-ão os seguintescritérios:

I - Que haja anidade entre os objetivos do curso ou estágio e as atividades exercidas pelo candidato;II - Que a seleção se processe com prioridade, entre o pessoal do magistério com exercício nas Unidades de Ensino;

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Didatismo e Conhecimento41

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III - Que o intervalo entre o curso ou estágio, porventura já frequentado pelo candidato e outros por ele pretendidos, obedeça aoescalonamento que atenda aos interesses do ensino do beneciado;

IV - Que o candidato, no momento de submeter-se à seleção, não esteja afastado por qualquer motivo, nem à disposição de outrosórgãos da Administração Pública.

 Art. 76 - Mediante termo de responsabilidade previamente rmado, o beneciado com bolsa de estudo para curso ou estágios

comprometer-se-á a permanecer em atividade de magistério, no órgão ou Unidade Escolar para o qual for designado pela Secretariade Educação, por um período mínimo de dois anos.

Parágrafo único - O não cumprimento do disposto neste artigo implicará na devolução aos cofres do Estado, pelo beneciado, atítulo de indenização, de todas as despesas realizadas com a bolsa ou estágio, sendo a devolução proporcional, quando o descumpri-mento for parcial.

 

Art. 77 - Durante o período letivo, o prossional do magistério somente frequentará cursos ou estágios fora do Estado ou País,com a autorização prévia do Chefe do Poder Executivo.

 

TÍTULO VII CAPÍTULO I 

 DAS PROIBIÇÕES  

Art. 78 - É proibido ao pessoal do magistério:I - Promover manifestações de caráter político-partidário nos locais de trabalho;II - Incentivar greves ou a elas aderir;III - Servir-se das atividades prossionais para a prática de atos que atentem contra a moral e o decoro, ou ainda usar de meios

que possam gerar desentendimentos no ambiente escolar;IV - Utilizar-se de seu cargo para a propaganda de ideias contrárias aos interesses nacionais. 

CAPÍTULO II  DAS SANÇÕES DISCIPLINARES 

 Art. 79 - Os prossionais do magistério submetem-se ao regime disciplinar estabelecido no Estatuto dos Funcionários PúblicosCivis do Estado, nas condições nele estipuladas, inclusive no que se refere à sindicância e ao inquérito administrativo.

 

Art. 80 - São competentes para aplicação de sanções:I - O Diretor da Unidade Escolar, nos casos de Advertência e suspensão de até oito (8) dias;II - O Diretor do respectivo Departamento, na suspensão de até trinta (30) dias;III - O Secretário de Educação, na hipótese de suspensão de até noventa (90) dias;IV - O Governador do Estado, em qualquer caso, especialmente, no de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade. 

TÍTULO VIII  DO GRUPO DE CARGOS DO MAGISTÉRIO

CAPÍTULO I  ESTRUTURAÇÃO

 

Art. 81 - Grupo de cargos do magistério é o conjunto de Categoria Funcionais composta de cargos de Professores e Especialistasagrupados em Classes e Níveis, com remuneração progressiva e escalonada a partir do grau de formação mínima exigida para cadaClasse.

Parágrafo único - O Grupo de que trata este artigo será estruturado por meio de Decreto do Chefe do Poder Executivo. 

Art. 82 - Entende-se por Classe o conjunto de cargos de mesma natureza funcional e de idêntica habilitação.§ 1º - As Classes de que trata este artigo tem a seguinte correspondência:CLASSE A - Professor com habilitação especíca de 2º Grau, obtida em três (3) séries;CLASSE B - Professor com habilitação especíca de 2º Grau, obtida em quatro (4) séries, ou em (3) séries, acrescidas de (1) ano

de estudos adicionais;

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Didatismo e Conhecimento42

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CLASSE C - Professor ou especialista com habilitação especíca de Curso Superior ao nível de graduação representada por licenciatura de 1º Grau, obtida em curso de curta duração;

CLASSE D - Professor ou especialista com habilitação especíca de Curso Superior ao nível de graduação representada por licenciatura de 1º Grau, obtida em curso de curta duração, acrescida, no mínimo, de um (1) ano letivo de estudos adicionais;

CLASSE E - Professor ou especialista com habilitação especíca, obtida em Curso Superior de graduação, correspondente alicenciatura plena;

CLASSE F¹ - Professor ou especialista com habilitação especíca obtida em curso superior de graduação correspondente à li-cenciatura plena e curso de pós-graduação à nível de especialização compatível com o cargo na conformidade do parecer 14/77, doConselho Federal de Educação;

CLASSE F² - Professor ou especialista, com habilitação especíca na área do Magistério, obtida em curso de Mestrado;CLASSE F³ - Professor ou especialista, com habilitação especíca na área do Magistério, obtida em curso de Doutorado.

§ 2º - Todas as Classes, além do nível inicial, terão seis (6) avanços.§ 3º - As Classes e Níveis de que trata este artigo são as do Anexo I, parte integrante desta Lei.§ 4º - Os atuais ocupantes do Quadro Permanente, do Grupo do Magistério, enquadram-se, automaticamente, na inicial da Classe

a que pertencem. 

Art. 83 - Os Níveis em que se dividem as Classes, com exceção do inicial, são destinados a promoções, tendo em vista cursos,estágios, seminários, congressos e trabalhos publicados na área educacional, tempo de serviço.Parágrafo único - Os critérios de avaliação de cursos, estágios, seminários, congressos e trabalhos publicados serão xados pelo

Secretário de Educação.

CAPÍTULO II  DO INGRESSO

 

Art. 84 - O ingresso no grupo de Cargos do Magistério dar-se-á mediante concurso público, processando-se este para qualquer das Classes de Professor e Especialista, conforme exijam as necessidades do ensino.

 

Art. 85 - Para a inscrição em concurso destinado ao preenchimento de vaga de Professor para as quatro (4) primeiras séries do

1º Grau, ca dispensada a comprovação de habilitação especíca de 2º Grau aos licenciados em Pedagogia cujo currículo tenha sidointegralizado na forma do Parecer nº 1.302/73, do Conselho Federal de Educação. 

Art. 86 - O ingresso no grupo de Cargos do Magistério dar-se-á sempre no Nível inicial da respectiva Classe. 

Art. 87 - Após o ingresso no grupo de Cargos do Magistério, o seu integrante permanecerá, durante dois (2) anos de efetivo exer-cício, em estágio probatório, período em que deverá comprovar as suas aptidões para o exercício do cargo no tocante à assiduidade

 pontualidade, idoneidade moral e capacidade prossional.Parágrafo único - Durante o estágio probatório, o prossional do Magistério não terá direito a promoção ou acesso. 

Art. 88 - Os cargos de provimento efetivo que integram o Grupo Magistério serão providos mediante concurso público de provase títulos, ressalvados os casos de provimento por acesso.

 

Art. 89 - É permitida a transferência do ocupante do cargo de professor para o cargo de especialista e vice-versa, atendendo aoque dispõe o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado e à Legislação Educacional vigente.

CAPÍTULO III  DO CONCURSO

 

Art. 90 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 91 -(Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 92 - A inscrição será aberta pelo prazo de sessenta (60) dias, anunciado por edital em jornais de grande circulação no Estado,que conterá as normas e instruções necessárias.

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§ 1º - Somente poderão inscrever-se no concurso os habilitados prossionalmente, na forma das legislações federal e estadualvigentes.

§ 2º - No edital do concurso deverão constar as instruções, as especicações e exigências sobre a matéria.§ 3º - O candidato, no ato de inscrição, deverá declarar para qual município do Estado deseja concorrer.

 Art. 93 - O concurso será realizado sessenta (60) dias após o término das respectivas inscrições, prazo este, prorrogável por mais

trinta (30) dias, a critério do Secretário de Educação. 

Art. 94 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 95 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 96 - O período de validade do concurso é de dois (2) anos, contados do ato de sua homologação, podendo haver prorrogaçãodesse prazo por igual período, mediante ato do Chefe do Poder Executivo.

 

Art. 97 - Nos concursos para o cargo de Professor serão especicados as séries e o grau de ensino que se zerem necessário ao

 preenchimento de vagas, devendo o respectivo edital mencionar a habilitação mínima exigida do candidato, para a inscrição. 

CAPÍTULO IV 

 SEÇÃO I  DA NOMEAÇÃO

 

Art. 98 - A nomeação para provimento de cargo de Magistério se dará em caráter efetivo, mediante ato do Chefe do Poder Executivo, observada a ordem de classicação dos candidatos aprovados e mediante apresentação dos documentos indispensáveis àinvestidura.

 

 SEÇÃO II  DA POSSE 

 

Art. 99 - A posse dar-se-á no prazo de trinta (30) dias, contados da publicação do ato da nomeação, podendo ser dilatado por igual período, a requerimento do interessado.

§ 1º - São competentes para dar posse, os Delegados Regionais de Educação, para cuja jurisdição o professor ou especialistatenha sido nomeado.

§ 2º - Será tornado sem efeito a nomeação, quando a posse não se vericar no prazo estabelecido neste artigo.

 SEÇÃO III  DO EXERCÍCIO

 

Art. 100 - O exercício terá início no prazo de trinta (30) dias contados da data da posse.§ 1º - O exercício será dado pelo Diretor da Unidade Escolar ou Chefe da Subunidade Administrativa para onde o prossionaltenha sido nomeado;

§ 2º - É vedado ao integrante do magistério ter exercício fora da Unidade Escolar ou Subunidade Administrativa para onde tiver sido designado, salvo nos casos previstos neste Estatuto;

§ 3º - Quando se tratar de Unidade Escolar localizada no interior do Estado, considerar-se-á como efetivo exercício, o período detempo necessário ao deslocamento, o qual será de até dez (10) dias;

§ 4º - O início, a interrupção e o reinício do exercício deverão ser comunicados, por escrito, ao respectivo Departamento, paraefeito de registro nos assentamentos individuais dos prossionais do magistério.

 

Art. 101 -(Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

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TÍTULO IX  DISPOSIÇÕES GERAIS 

 

Art. 102 - O dia 15 de outubro é consagrado aos integrantes do magistério e será comemorado ocialmente.

 Art. 103 - É reconhecida como entidade dos prossionais do magistério a Associação dos Professores de Estabelecimentos O-ciais do Ceará.

 

Art. 104 - O Estado poderá proporcionar meios para que os integrantes do magistério participem de excursão cultural, nos perí-odos de férias regulares, e estimulará publicações periódicas cientícas de interesse da educação.

 

Art. 105 - Ao integrante do magistério que haja prestado relevante serviços à causa da educação será concedido, pela Secretariade Educação, o título de EDUCADOR EMÉRITO.

Parágrafo único - O título de que trata este artigo será entregue em ato solene, no dia 15 de outubro. 

Art. 106 - Os professores e Especialistas inativos do Grupo do Magistério terão seus proventos automaticamente reajustados,inclusive com relação à vantagem pessoal nominalmente identicável, guardando-se para tanto, na xação da parcela correspondente

ao vencimento, idêntica proporcionalidade com as majorações estabelecidas para os servidores de igual cargo ou função. 

Art. 107 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) I - Substituir os titulares legalmente afastados;II - Atender às necessidades decorrentes da melhoria e expansão do ensino;III - Executar tarefas de natureza técnica e cientíca, quando o exigirem as necessidades do ensino ou da pesquisa.Parágrafo único - Aplica-se ao Professor Contratado regime de trabalho constante do Título IV, Capítulo I, deste Estatuto e, no

que couber, as demais normas nele estabelecidas.

Art. 108 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 109 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 110 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 111 - Os ocupantes de cargo do Quadro Suplementar do Magistério terão, a partir da vigência deste Estatuto, prazo de 05(cinco) anos para concluir habilitação especíca.

§ 1º - A Secretaria de Educação promoverá programa especial a m de ser atendido o disposto neste artigo.§ 2º - O prazo previsto neste artigo poderá, excepcionalmente, ser prorrogado por ato do Chefe do Poder Executivo. 

Art. 112 - A admissão de servidores para o magistério público estadual será feita exclusivamente sob o regime deste Estatuto. 

Art. 113 - Para o cargo de Delegado Regional de Educação será exigida a habilitação de nível superior na área de educação, preferencialmente, em Pedagogia com especialização.

Parágrafo único - A exigência estabelecida neste artigo é a partir de janeiro de 1985. 

Art. 114 (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

TÍTULO X  DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 

 DA APLICAÇÃO DO PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS 

 SEÇÃO I  DA APROVAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

 

Art. 115 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93) 

Art. 116 - (Revogado pela Lei Nº 12.066, de 13.01.93)

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  SEÇÃO II  DA TRANSPOSIÇÃO E DA TRANSFORMAÇÃO

 

Art. 117 - Para efeito desta Lei considera-se:

I - TRANSPOSIÇÃO - o deslocamento de um cargo existente, para outro cargo de provimento efetivo da mesma ou diferentedenominação, com atribuições idênticas no Grupo de Cargos do Magistério.

II - TRANSFORMAÇÃO - A alteração das atribuições e denominação de um cargo para outro de provimento no Grupo de Car-gos do Magistério.

Parágrafo único - Consideram-se, também, cargos os empregos sob contrato e as funções remanescentes das extintas Tabelas,nos termos do § 2º do Art. 160 da Constituição Federal, de 15 de março de 1967, com a redação dada no Artigo 194 pela EmendaConstitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969.

Art. 118 - As linhas de transposição, bem como as normas reguladoras das transformações, serão objetos de Decreto do Chefe doPoder Executivo, obedecidos os critérios estabelecidos nesta Lei.

 

 SEÇÃO III 

 DO ENQUADRAMENTOArt. 119 - Os atuais ocupantes de cargos do Quadro I - Poder Executivo - Grupo Ocupacional Magistério - passarão a ocupar 

cargos de provimento efetivo, previsto no Grupo de Cargos do Magistério, mediante:I - Enquadramento por transposição:a - dos atuais ocupantes de cargos e funções, nomeados ou admitidos para atividades de magistério no serviço público estadual;

 b - dos atuais ocupantes de empregos, contratados em virtude de habilitação em concurso público ou prova seletiva de caráter  público e eliminatório;

c - dos atuais ocupantes de empregos, que tenham adquirido estabilidade no serviço público, no exercício das atribuições decargos constantes das linhas de transposição;

II - Enquadramento por transformação:a - dos atuais ocupantes de cargos e funções para outro cargo mediante prévia habilitação em prova seletiva interna;

 b - dos atuais ocupantes de empregos, que tenham adquirido estabilidade no serviço público mediante prévia habilitação em

 prova seletiva interna. 

Art. 120 - Os atuais ocupantes de cargos, funções e empregos do Quadro I - Poder Executivo Amparados pelo artigo 122, daLei nº 10.374, de 20 de dezembro de 1979, passarão a constituir o QUADRO ISOLADO, EXTINTO QUANDO VAGAR, denidoem três (03) Grupos, com quatro escalas de vencimentos, conforme anexo II, desta Lei, com os seguintes critérios, para efeito devencimentos:

I - Antigos Professores índices 135 e 190, no Grupo 1, Quadro Isolado;II - Antigos Professores e Especialistas índices 260, 270 e 280, no Grupo 2, Quadro Isolado;III - Antigos Professores e Especialistas índices 300, 320, 340 e 360, no Grupo 3, Quadro Isolado.Parágrafo único - Os Prossionais do Magistério referidos neste artigo obterão seu enquadramento no quadro permanente através

de transposição quando apresentarem os correspondentes documentos de habilitação. 

Art. 121 - Aos atuais ocupantes dos cargos de Professor, antigos níveis F, M, O e P e os já implantados no índice 135, que na datada vigência desta Lei, contarem no mínimo vinte (20) anos de exercício no magistério, se do sexo feminino, ou vinte e cinco (25)anos, se do sexo masculino, ca assegurado o direito de serem despadronizados, aplicando-se-lhes, para efeito de vencimentos, onúmero IV, do Grupo 1, do Quadro Isolado.

 

Art. 122 - As Substitutas Efetivas estáveis serão enquadradas no Grupo de Cargos do Magistério, conforme dispõe esta Lei esegundo a sua habilitação.

Art. 123 - Os atuais Inspetores Escolares de 1º e 2º Graus contratados por força do Concurso Público, conforme edital de número02/77, publicado no Diário Ocial do Estado, em 17 de outubro de 1977, da Secretaria de Educação e constantes da lista classica-tória, serão classicados mediante prévia habilitação processual, por Decreto Nominativo, do Chefe do Poder Executivo, no númeroIV, do Grupo 3, do Quadro Isolado.

 

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Didatismo e Conhecimento 46

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 124 - Os Monitores Contratados (leigos) serão enquadrados como Professor Contratado, por Decreto do Chefe do Poder Executivo, após apresentação de curso pedagógico.

 

Art. 125 - Os atuais ocupantes dos níveis nais de sua carreira ou índices, enquadram-se automaticamente na nal de sua Classe

ou Grupo a que pertencerem. 

Art. 126 - Aos Professores e Orientadores de Aprendizagem contratados, regidos pela Lei nº 10.472, de 15 de dezembro de 1980,assegurar-se-á a graticação por quinquênio de efetiva regência de Classe.

Parágrafo único - O início do período quinquenal da graticação que alude este artigo será contado a partir da vigência da Lei nº10.206, de 20 de setembro de 1978, publicado no Diário Ocial do Estado de 25 de setembro de 1978.

 

Art. 127 - Poderá exercer a função de Diretor de estabelecimento de ensino de 1º e do 2º Graus o portador de licença precáriaexpedida pelo Conselho de Educação do Ceará.

 

Art. 128 - Fica criada uma Comissão Paritária Permanente de Pessoal do Magistério (CPPM), constituída de representantes doGoverno do Estado, da Secretaria de Educação, de Professores e Especialistas, estes indicados por suas Associações de Classe, com

a nalidade de acompanhar a aplicação deste Estatuto. 

Art. 129 - Até 31 de dezembro de 1984, o poder Executivo, implantará, progressivamente, a estruturação das carreiras do Magis-tério, a complementação de seu regime jurídico e os demais institutos previstos nesta Lei.

 

Art. 130 - Esta Lei entrará em vigor a 1º de janeiro do ano de 1984, cando revogadas as disposições legais ou regulamentaresque implicitamente ou explicitamente colidam com o presente Estatuto, especialmente os artigos 1º, 2º e 3º e seus parágrafos, da Leinúmero 9.050, de 28 de maio de 1968, e a Lei nº 9.825, de 10 de maio de 1974.

 

PALÁCIO DA ABOLIÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, aos 02 de fevereiro de 1984. 

LUIZ DE GONZAGA FONSECA MOTAGovernador do Estado

Valdemar Nogueira Pessoa Nilo Sérgio Viana Bezerra

6.4 LEI Nº14.431/2009 (REDENOMINA OGRUPO MAG 1º E 2º GRAUS E PROMOVE A

 REVISÃO DO SISTEMA REMUNERATÓRIO).

lEi n° 14.431, dE 31.07.09 (d.o. dE 13.08.09)

 rEdEnomina o GrUpo ocUpacional maGistÉrio dE 1º E 2º GraUs – maG, promoVE a rEVisão dosEU sistEma rEmUnEratÓrio E dÁ oUtras proVidÊncias.

 

o GoVErnador do Estado do cEarÁ. F e que aeé legv eeu e eu egue le: 

a. 1º O Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º Graus – MAG ca redenominado Grupo Ocupacional Magistério da Educa-ção Básica – MAG.

a. 2º A tabela vencimental aplicada aos integrantes do Grupo Ocupacional MAG obedecerá ao disposto no anexo único destaLei.

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Didatismo e Conhecimento47

 administração pública

a. 3º Ficam extintas e cessam os pagamentos das seguintes graticações:I - Graticação de Localização prevista no art. 3º da Lei nº 11.812, de 31 de maio de 1991;II - Graticação de Incentivo Prossional instituída no art. 32 da Lei nº 12.066, de 13 de janeiro de 1993;III - Graticação de Permanência em Serviço concedida pelo art. 2º da Lei nº 10.843, de 11 de outubro de 1983, prevista no art.

62, inciso VI, da Lei nº 10.884, de 2 de fevereiro de 1984, alterada pela Lei nº 11.072, de 15 de julho de 1985, redenominada Grati-cação de Efetivo Exercício da Especialidade no art. 38 da Lei nº 12.066, de 13 de janeiro de 1993.

a. 4º Cessam os pagamentos da Graticação por Tempo de Serviço, extinta pela Lei n° 12.913, de 17 de junho de 1999, da Gra-ticação de Nível Universitário, extinta pela Lei nº 10.644, de 29 de abril de 1982, da Graticação da Lei nº 2.394, de 16 de agostode 1954, revogada pela Lei nº 9.226, de 27 de novembro de 1968, e da Graticação Especial concedida aos prossionais integrantesdo Grupo MAG.

a. 5º A Graticação por Efetiva Regência de Classe, prevista no art. 62, inciso V, da Lei nº 10.884, de 2 de fevereiro de 1984, ealterações posteriores,  passa a vigorar com o percentual de 10% (dez por cento), incidente exclusivamente sobre o vencimento base.

a. 6º A Graticação a Professores de Excepcionais prevista no art. 62, inciso IV, da Lei nº 10.884, de 2 de fevereiro de 1984,

 passa a vigorar com o percentual de 20% (vinte por cento), incidente exclusivamente sobre o vencimento base.a. 7º A remuneração do professor integrante do Grupo MAG é composta de:I - Vencimento base;II - Graticação por Efetiva Regência de Classe, no percentual previsto no art. 5º desta Lei; eIII - Parcela Nominalmente Identicável – PNI.págf . A Parcela Nominalmente Identicável consiste no valor decorrente da diferença entre a soma do Vencimento

Base com a Graticação de Efetiva Regência de Classe, nos valores e percentuais denidos nesta Lei e a remuneração do mês de junho de 2009, projetada com a progressão horizontal do professor do Grupo Ocupacional MAG em junho de 2009, excluídas, destaremuneração projetada, a vantagem pessoal incorporada pelo exercício de cargo em comissão e a Graticação de Representação.

a. 8º A remuneração do especialista integrante do Grupo MAG é composta de:I - Vencimento base;

II - Parcela Nominalmente Identicável - PNI.págf . A Parcela Nominalmente Identicável consiste no valor decorrente da diferença entre o vencimento base e a

remuneração do mês de junho de 2009 projetada com a progressão horizontal do prossional do Grupo Ocupacional MAG, excluídas,desta remuneração projetada, a vantagem pessoal incorporada pelo exercício de cargo em comissão e a Graticação de Representa-ção.

a. 9º Os proventos dos professores aposentados do Grupo MAG são compostos de:I - Vencimento base;II - Graticação por Efetiva Regência de Classe, no percentual previsto no art. 5º desta Lei; eIII - Parcela Nominalmente Identicável – PNI.págf . A Parcela Nominalmente Identicável consiste no valor decorrente da diferença entre a soma do Vencimento

Base com a Graticação de Efetiva Regência de Classe, nos valores e percentuais denidos nesta Lei e os proventos do mês de ju-

nho de 2009, excluídas desta remuneração a vantagem pessoal incorporada pelo exercício de cargo em comissão e a Graticação deRepresentação.

a. 10. Os proventos dos especialistas aposentados do Grupo MAG são compostos de:I - Vencimento base;II - Parcela Nominalmente Identicável - PNI.págf . A Parcela Nominalmente Identicável consiste no valor decorrente da diferença entre o vencimento base e

os proventos do mês de junho de 2009, excluídas desta remuneração a vantagem pessoal incorporada pelo exercício de cargo emcomissão e a Graticação de Representação.

a. 11. A vantagem pessoal consistente no valor já incorporado à remuneração do prossional do Grupo MAG, decorrente doexercício de cargos em comissão, será paga de forma destacada e individualizada.

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Didatismo e Conhecimento48

 administração pública

a. 12. A PNI prevista nos arts.7°, inciso III, e seu parágrafo único, e 8º, inciso III, e seu parágrafo único, 9º, inciso II e seu pa-rágrafo único, 10, inciso II e seu parágrafo único será revista na mesma data e no mesmo índice da revisão geral dos servidores civisestaduais, e também terá a incidência do mesmo percentual do interstício entre as referências, decorrente da progressão/promoção do

 prossional do Grupo MAG, quando ocorrer.

a. 13. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias da Secretaria da Educação.

a. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

a. 15. Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial o art. 3º da Lei nº 11.812, de 31 de maio de 1991, o art. 2º daLei nº 10.843, de 11 de outubro de 1983, o art. 62, inciso VI, da Lei nº 10.884, de 2 de fevereiro de 1984, art. 1º daLei nº 11.072, de15 de julho de 1985, o art. 32 e seu parágrafo único e o art. 38 da Lei nº 12.066, de 13 de janeiro de 1993.

palÁcio iracEma, do GoVErno do Estado do cEarÁ, em Fortaleza, 31 de julho de 2009. 

Cid Ferreira Gomes

GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ 

Iniciativa: Poder Executivo 

 ANEXO ÚNICO

 A QUE SE REFERE O ART. 2º DA LEI Nº , DE DE DE 2009.

TABELA VENCIMENTAL DO GRUPO OCUPACIONAL MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - MAG 

níve

Vee be 20

H

Vee be 40

H

1 336,04 672,08

2 352,84 705,68

3 370,48 740,97

4 389,01 778,02

5 408,46 816,92

6 428,88 857,76

7 450,32 900,65

8 472,84 945,68

9 496,48 992,97

10 521,31 1.042,61

11 547,37 1.094,75

12 574,74 1.149,48

13 603,48 1.206,96

14 633,65 1.267,30

15 665,33 1.330,67

16 698,60 1.397,20

17 733,53 1.467,06

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Didatismo e Conhecimento 49

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

18 770,21 1.540,42

19 808,72 1.617,44

20 849,15 1.698,31

21 891,61 1.783,22

22 936,19 1.872,39

23 983,00 1.966,01

24 1.032,15 2.064,31

25 1.083,76 2.167,52

26 1.137,95 2.275,90

27 1.194,85 2.389,69

28 1.254,59 2.509,18

29 1.317,32 2.634,64

30 1.383,18 2.766,37

6.5 ENFOQUES PRINCIPAIS  SOBRE A LEI Nº 9.826/1974

(ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO CEARÁ).

6.5.1 DO PROVIMENTO DOS CARGOS – CAPÍTULOS I A X.

TÍTULO II  Do Provimento dos Cargos

CAPÍTULO I  Das Disposições Preliminares

a. 6º - Os cargos públicos do Estado do Ceará são acessíveis a todos brasileiros, observadas as condições prescritas em lei eregulamento.

a. 7º - De acordo com a natureza dos cargos, o seu provimento pode ser em caráter efetivo ou em comissão.

a. 8º - Os cargos em comissão serão providos, por livre nomeação da autoridade competente, dentre pessoas que possuamaptidão prossional e reúnam as condições necessárias à sua investidura, conforme se dispuser em regulamento.

§ 1º - A escolha dos ocupantes de cargos em comissão poderá recair, ou não, em funcionário do Estado, na forma do regulamento.§ 2º - No caso de recair a escolha em servidor de entidade da Administração Indireta, ou em funcionário não subordinado à au-

toridade competente para nomear, o ato de nomeação será precedido da necessária requisição.§ 3º - A posse em cargo em comissão determina o concomitante afastamento do funcionário do cargo efetivo de que for titular,

ressalvados os casos de comprovada acumulação legal.

Art. 9º - Os cargos públicos são providos por:I - nomeação;II - promoção;III - acesso;IV - transferência;V - reintegração;

VI - aproveitamento;

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Didatismo e Conhecimento50

 administração pública

VII - reversão;VIII - transposição;IX - transformação.

a. 10 - O ato de provimento deverá indicar a existência de vaga, com os elementos capazes de identicá-la.

a. 11 - O disciplinamento normativo das formas de provimento dos cargos públicos referidos nos itens VIII e IX do art. 9º éobjeto de legislação especíca.

CAPÍTULO II  Do Concurso

a. 12 - Compete a cada Poder e a cada Autarquia ou órgão auxiliar, autônomo, a iniciativa dos concursos para provimento doscargos vagos.

a. 13 - A realização dos concursos para provimento dos cargos da Administração Direta do Poder Executivo competirá aoÓrgão Central do Sistema de Pessoal.

§ 1º - A execução dos concursos para provimento dos cargos da lotação do Tribunal de Contas do Estado, do Conselho de Contasdos Municípios e das Autarquias receberá a orientação normativa e supervisão técnica do órgão central referido neste artigo.

§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal poderá delegar a realização dos concursos aos órgãos setoriais e seccionais de pessoal das diversas repartições e entidades, desde que estes apresentem condições técnicas para efetivação das atividades de recru-tamento e seleção, permanecendo, sempre, o órgão delegante, com a responsabilidade pela perfeita execução da atividade delegada.

a. 14 - É xada em cinquenta (50) anos a idade máxima para inscrição em concurso público destinado a ingresso nas categoriasfuncionais instituídas de acordo com a Lei Estadual nº. 9.634, de 30 de outubro de 1972, ressalvadas as exceções a seguir indicadas:

I - para a inscrição em concurso para o Grupo de Tributação e Arrecadação a idade limite é de trinta e cinco (35) anos.II - e para inscrição em concurso destinado ao ingresso nas categorias funcionais do Grupo Segurança Pública, são xados os

seguintes limites máximos de idade:) de vinte e cinco (25) anos, quando se tratar de ingresso em categoria funcional que importe em exigência de curso de nível

médio; e) de trinta e cinco (35) anos, quando se tratar de ingresso nas demais categorias;) independerá dos limites previstos nas alíneas anteriores a inscrição do candidato que já ocupe cargo integrante do Grupo Se-

gurança Pública.§ 1º - Das inscrições para o concurso constarão, obrigatoriamente:I - o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de dezoito (18) anos completos até cinquenta (50) anos incompletos, na

forma estabelecida no caput deste artigo;II - o grau de instrução exigível, mediante apresentação do respectivo certicado;III - a quantidade de vagas a serem preenchidas, distribuídas por especialização da disciplina, quando referentes a cargo do Ma-

gistério e de atividades de nível superior ou outros de denominação genérica;IV - o prazo de validade do concurso, de dois (2) anos, prorrogável a juízo da autoridade que o abriu ou o iniciou;V - descrição sintética do cargo, incluindo exemplicação de tarefas típicas, horário, condições de trabalho e retribuição;

VI - tipos e Programa das Provas;VII - exigências outras, de acordo com as especicações do cargo.§ 2º - Independerá de idade, a inscrição do candidato que seja servidor de Órgãos da Administração Estadual Direta ou Indireta.§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a habilitação no concurso so-mente produzirá efeito se, no momento da posse ou exer-

cício no novo cargo ou emprego, o candidato ainda possuir a qualidade de servidor ativo, vedada a aposentadoria concomitante paraelidir a acumulação do cargo.

a. 15 - Encerradas as inscrições, legalmente processadas, para concurso destinado ao provimento de qualquer cargo, não seabrirão novas inscrições antes da realização do concurso.

a. 16 - Ressalvado o caso de expressa condição básica para provimento de cargo prevista em regulamento, independerá delimite de idade a inscrição, em concurso, de ocupante em cargo público.

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Didatismo e Conhecimento51

 administração pública

CAPÍTULO III  Da Nomeação

*a. 17 - A nomeação será feita:

I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na Constituição;II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação para cargo da classe inicial ou singular de determinada categoria funcional;III - em comissão, quando se tratar de cargo que assim deve ser provi-do.Parágrafo único - Em caso de impedimento temporário do titular do cargo em comissão, a autoridade competente nomeará o

substituto, exonerando-o, ndo o período da substituição.

a. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação quando, por ato ou omissão do nomeado, a posse não se vericar no prazo paraesse m estabelecido.

CAPÍTULO IV  Da Posse

a. 19 - Posse é o fato que completa a investidura em cargo público.Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de promoção, acesso e reintegração.

a. 20 - Só poderá ser empossado em cargo público quem satiszer os seguintes requisitos:I - ser brasileiro;II - ter completado 18 anos de idade;III - estar no gozo dos direitos políticos;IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;V - ter boa conduta;VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, na forma legal e regulamentar;VII - possuir aptidão para o cargo;VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, exceto nos casos de nomeação para cargo em comissão ou outra forma de

 provimento para a qual não se exija o concurso;IX - ter atendido às condições especiais, prescritas em lei ou regulamento para determinados cargos ou categorias funcionais.§ 1º - A prova das condições a que se refere os itens I e II deste artigo não será exigida nos casos de transferência, aproveitamento

e reversão.§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo efetivo sem declarar, previamente, que não ocupa outro cargo ou exerce função

ou emprego público da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal, dos Territórios, de Autarquias, empresas públicase sociedades de economia mista, ou apresentar comprovante de exoneração ou dispensa do outro cargo que ocupava, ou da funçãoou emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de acumulação legal, comprovante de ter sido a mesma julgada lícita pelo órgão com-

 petente.

a. 21 - São competentes para dar posse:I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe são diretamente subordinadas;

II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de repartições que lhes são diretamente subordinadas;III - os dirigentes das Secretarias Administrativas, ou unidades de administração geral equivalente, da Assembléia Legislativa,do Tribunal de Contas do Estado, e do Conselho de Contas dos Municípios, aos seus funcionários, se de outra maneira não estabele-cerem as respectivas leis orgânicas e regimentos internos;

IV - o Diretor-Geral do órgão central do sistema de pessoal, aos demais funcionários da Administração Direta;V - os dirigentes das Autarquias, aos funcionários dessas entidades.

a. 22 - No ato da posse será apresentada declaração, pelo funcionário empossado, dos bens e valores que constituem o seu patrimônio, nos termos da regulamentação própria.

a. 23 - Poderá haver posse por procuração, quando se tratar de funcionário ausente do País ou do Estado, ou, ainda, em casosespeciais, a juízo da autoridade competente.

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Didatismo e Conhecimento52

 administração pública

a. 24 - A autoridade de que der posse vericará, sob pena de responsabilidade:I - se foram satisfeitas as condições legais para a posse;II - se do ato de provimento consta a existência de vaga, com os elementos capazes de identicá-la;III - em caso de acumulação, se pelo órgão competente foi declarada lícita.

a. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias da publicação do ato de provimento no órgão ocial.Parágrafo único - A requerimento do funcionário ou de seu representante legal, a autoridade competente para dar posse poderá

 prorrogar o prazo previsto neste artigo, até o máximo de 60 (sessenta) dias contados do seu término.

CAPÍTULO V  Da Fiança

Art. 26 - O funcionário nomeado para cargo cujo provimento dependa de prestação de ança não poderá entrar em exercício sema prévia satisfação dessa exigência.

§ 1º - A ança poderá ser prestada em:I - dinheiro;II - título da divida pública da União ou do Estado, ações de sociedade de economia mista que o Estado participe como acionista,

e

III - apólice de seguro-delidade funcional, emitida por instituição ocial ou legalmente autorizada para esse m.§ 2º - O seguro poderá ser feito pela própria repartição em que terá exercício o funcionário.§ 3º - Não se admitirá o levantamento da ança antes de tomada de contas do funcionário.§ 4º - O responsável por alcance ou desvio de bens do Estado não cará isento da ação administrativa que couber, ainda que o

valor da ança seja superior ao dano vericado ao patrimônio público.

CAPÍTULO VI  Do Estágio Probatório

*a. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, contado do início do exercício

funcional, durante o qual é observado o atendimento dos requisitos necessários à conrmação do servidor nomeado em virtude deconcurso público.

§ 1º - Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa nalidade.

§ 2º - A avaliação especial de desempenho do servidor será realizada:) extraordinariamente, ainda durante o estágio probatório, diante da ocorrência de algum fato dela motivador, sem prejuízo da

avaliação ordinária;) ordinariamente, logo após o término do estágio probatório, devendo a comissão ater-se exclusivamente ao desempenho do

servidor durante o período do estágio.§ 3º - Além de outros especícos indicados em lei ou regulamento, os requisitos de que trata este artigo são os seguintes:I - adaptação do servidor ao trabalho, vericada por meio de avaliação da capacidade e qualidade no desempenho das atribuições

do cargo;

II - equilíbrio emocional e capacidade de integração;III - cumprimento dos deveres e obrigações do servidor público, inclusive com observância da ética prossional.§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma complementação do concurso público a que se submeteu o servidor, devendo ser 

obrigatoriamente acompanhado e supervisionado pelo Chefe Imediato.*§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de treinamento para formação prossional ou aperfeiçoamento do servidor, pro-

movidos gratuitamente pela Administração, serão de participação obrigatória e o resultado obtido pelo servidor será considerado por ocasião da avaliação especial de desempenho, tendo a reprovação caráter eliminatório.

§ 6º - Fica vedada qualquer espécie de afastamento dos servidores em estágio probatório, ressalvados os casos previstos nosincisos I, II, III, IV, VI, X, XII, XIII, XV e XXI do art. 68 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974.

§ 7º - O servidor em estágio probatório não fará jus a ascensão funcional.§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo servidor após o decurso do estágio probatório e antes da conclusão da avaliação

especial de desempenho serão apuradas por meio de processo administrativo-disciplinar, precedido de sindicância, esta quando ne-cessária.

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Didatismo e Conhecimento53

 administração pública

*§ 9º - São independentes as instâncias administrativas da avaliação especial de desempenho e do processo administrativo-disci- plinar, na hipótese do parágrafo anterior, sendo que resultando exoneração ou demissão do servidor, em qualquer dos procedimentos,restará prejudicado o que estiver ainda em andamento.

a. 28 - O servidor que durante o estágio probatório não satiszer qualquer dos requisitos previstos no § 3º do artigo anterior,será exonerado, nos casos dos itens I e II, e demitido na hipótese do item III.

Parágrafo único - O ato de exoneração ou de demissão do servidor em razão de reprovação na avaliação especial de desempe-nho será expedido pela autoridade competente para nomear.

a. 29 – O ato administrativo declaratório da estabilidade do servidor no cargo de provimento efetivo, após cumprimento doestágio probatório e aprovação na avaliação especial de desempenho, será expedido pela autoridade competente para nomear, retro-agindo seus efeitos à data do término do período do estágio probatório.

a. 30 - O funcionário estadual que, sendo estável, tomar posse em outro cargo para cuja conrmação se exige estágio proba-tório, será afastado do exercício das atribuições do cargo que ocupava, com suspensão do vínculo funcional nos termos do artigo 66,item I, alíneas a, b e c desta lei.

Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste artigo aos casos de acumulação lícita.

CAPÍTULO VII  Do Exercício

*a. 31 - O início, a interrupção e o reinício do exercício das atribuições do cargo serão registrados no cadastro individual dofuncionário.

a. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for designado o funcionário compete dar-lhe exercício.

a. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de trinta dias, contados da data:

I - da publicação ocial do ato, no caso de reintegração;II - da posse, nos demais casos.

a. 34 - O funcionário terá exercício na repartição onde for lotado o cargo por ele ocupado, não podendo dela se afastar, salvonos casos previstos em lei ou regulamento.

§ 1º - O afastamento não se prolongará por mais de quatro anos consecutivos, salvo:I - quando para exercer as atribuições de cargo ou função de direção ou de Governo dos Estados, da União, Distrito Federal,

Territórios e Municípios e respectivas entidades da administração indireta;II - quando à disposição da Presidência da República;III - quando para exercer mandato eletivo, estadual, federal ou municipal, observado, quanto a este, o disposto na legislação

especial pertinente;IV - quando convocado para serviço militar obrigatório;V - quando se tratar de funcionário no gozo de licença para acompanhar o cônjuge.§ 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime comum ou denunciado por crime inaançável, em processo do qual não

haja pronúncia, o funcionário será afastado do exercício, até sentença passada em julgado.§ 3º - O funcionário afastado nos termos do parágrafo anterior terá direito à percepção do benefício do auxílio-reclusão, nos

termos da legislação previdenciária especíca.

a. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por lotação a quantidade de cargos, por grupo, categoria funcional e classe,xada em regulamento como necessária ao desenvolvimento das atividades das unidades e entidades do Sistema Administrativo Civildo Estado.

a. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é obrigado a apresentar ao órgão de pessoal os elementos necessários à atuali-zação de seu cadastro individual.

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Didatismo e Conhecimento54

 administração pública

capÍtUlo Viiid re

a. 37 - Remoção é o deslocamento do funcionário de uma para outra unidade ou entidade do Sistema Administrativo, proces-

sada de ofício ou a pedido do funcionário, atendidos o interesse público e a conveniência administrativa.§ 1º - A remoção respeitará a lotação das unidades ou entidades administrativas interessadas e será realizada, no âmbito de cada

uma, pelos respectivos dirigentes e chefes, conforme se dispuser em regulamento.§ 2º - O funcionário estadual cujo cônjuge, também servidor público, for designado ex-ofcio para ter exercício em outro ponto

do território estadual ou nacional ou for detentor de mandato eletivo, tem direito a ser removido ou posto à disposição da unidade deserviço estadual que houver no lugar de domicílio do cônjuge ou em que funcionar o órgão sede do mandato eletivo, com todos osdireitos e vantagens do cargo.

a. 38 - A remoção por permuta será processada a pedido escrito de ambos os interessados e de acordo com as demais disposi-ções deste Capítulo.

CAPÍTULO IX  Da Substituição

a. 39 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal ou afastamento de titular de cargo em comissão.

a. 40 - A substituição será automática ou dependerá de nomeação.§ 1º - A substituição automática é estabelecida em lei, regulamento, regimento ou manual de serviço, e proceder-se-á indepen-

dentemente de lavratura de ato.§ 2º - Quando depender de ato da administração, o substituto será nomeado pelo Governador, Presidente da Assembléia, Presi-

dente do Tribunal de Contas, Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, ou dirigente autárquico, conforme o caso.§ 3º - A substituição, nos termos dos parágrafos anteriores , será gratuita, salvo se exceder de 30 dias, quando então será remu-

nerada por todo o período.

a. 41 - Em caso de vacância do cargo em comissão e até seu provimento, poderá ser designado, pela autoridade imediatamente

superior, um funcionário para responder pelo expediente.Parágrafo único - Ao responsável pelo expediente se aplicam as disposições do art. 40, § 3º.

a. 42 - Pelo tempo da substituição remunerada, o substituto perceberá o vencimento e a graticação de representação do cargo,ressalvado o caso de opção, vedada, porém, a percepção cumulativa de vencimento, graticações e vantagens.

CAPÍTULO X  Da Progressão e Ascensão Funcionais

 SEÇÃO I  Da Progressão Horizontal 

 Revogada a SEÇÃO I, compreendendo os artigos 43 a 45, pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 – D. O. de 18.6.1999.

 SEÇÃO II  Da Ascensão Funcional 

a. 46 - Ascensão funcional é a elevação do funcionário de um cargo para outro de maiores responsabilidades e atribuições maiscomplexas, ou que exijam maior tempo de preparação prossional, de nível de ven-35 cimento mais elevado, ou de atribuições maiscompatíveis com as suas aptidões.

a. 47 - São formas de ascensão funcional:I - a promoção;II - o acesso;III - a transferência.

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Didatismo e Conhecimento 55

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a. 48 - A promoção é a elevação do funcionário à classe imediata-mente superior àquela em que se encontra dentro da mesmasérie de classes na categoria funcional a que pertencer.

a. 49 - Acesso é a ascensão do funcionário de classe nal da série de classes de uma categoria funcional para a classe inicial

da série de clas-ses ou de outra categoria prossional am.

a. 50 - Transferência é a passagem do funcionário de uma para outra categoria funcional, dentro do mesmo quadro, ou não, eatenderá sem-pre aos aspectos da vocação prossional.

a. 51 - As formas de ascensão funcional obedecerão sempre a critério seletivo, mediante provas que sejam capazes de vericar a qualicação e aptidão necessárias ao desempenho das atribuições do novo cargo, conforme se dispuser em regulamento.

6.5.2 DOS DIREITOS, VANTAGENS E AUTO- RIZAÇÕES – CAPÍTULOS I A VI.

TÍTULO IV  Dos Direitos, Vantagens e Autorizações

CAPÍTULO I  Do Cômputo do Tempo de Serviço

a. 67 - Tempo de serviço, para os efeitos deste Estatuto, compreende o período de efetivo exercício das atribuições de cargoou emprego público.

a. 68 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de:I - férias;

II - casamento, até oito dias;III - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes, consanguíneos ou ans, até o 2º grau, inclusive

madrasta, padrasto e pais adotivos;IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado;V - exercício das atribuições de outro cargo estadual de provimento em comissão, inclusive da Administração Indireta do Estado;VI - convocação para o Serviço Militar;Vii - júri e outros serviços obrigatórios;VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual ou municipal, observada quanto a esta, a legislação pertinente;IX - exercício das atribuições de cargo ou função de Governo ou dire-ção, por nomeação do Governador do Estado;X - licença por acidente no trabalho, agressão não provocada ou doença prossional;XI - licença especial;XII - licença à funcionária gestante;

XIII - licença para tratamento de saúde;XIV - licença para tratamento de moléstias que impossibilitem o fun-cionário denitivamente para o trabalho, nos termos em queestabelecer Decreto do Chefe do Poder Executivo;

XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não mais de 3 (três) dias por mês;XVI - missão ou estudo noutras partes do território nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido expressamente

autorizado pelo Governador do Estado, ou pelos Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário;XVII - decorrente de período de trânsito, de viagem do funcionário que mudar de sede, contado da data do desligamento e até o

máximo de 15 dias;XVIII - prisão do funcionário, absolvido por sentença transitada em julgado;XIX - prisão administrativa, suspensão preventiva, e o período de suspensão, neste último caso, quando o funcionário for reabi-

litado em processo de revisão;XX - disponibilidade;XXI - nascimento de lho, até um dia, para ns de registro civil.

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§ 1º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por acidente de trabalho o evento que cause dano físico ou mental ao funcionário, por efeito ou ocasião do serviço, inclusive no deslocamento para o trabalho ou deste para o domicílio do funcionário.

§ 2º - Equipara-se a acidente no trabalho a agressão, quando não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço ou em razão dele.§ 3º - Por doença prossional, para os efeitos deste Estatuto, entende-se aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, com-

 provada, em qualquer hipótese, a relação de causa e efeito.§ 4º - Nos casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo, o laudo resultante da inspeção médica deverá estabelecer, expressamente,

a caracterização do acidente no trabalho da doença prossional.

a. 69 – Será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria:I - o tempo de contribuição para o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, bem como para os Regimes Próprios de Previ-

dência Social – RPPS;II - o período de serviço ativo das Forças Armadas;iii – o tempo de aposentadoria, desde que ocorra reversão;iV – a licença por motivo de doença em pessoa da família, conforme previsto no art. 99 desta Lei, desde que haja contribuição.*§ 1° - No caso previsto no inciso IV, o afastamento superior a 6 (seis) meses obedecerá o previsto no inciso IV, do art. 66, desta

Lei.§ 2° - Na contagem do tempo, de que trata este artigo, deverá ser observado o seguinte:I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais;II - é vedada a contagem de tempo de contribuição, quando concomitantes;III - não será contado, por um sistema, o tempo de contribuição utilizado para a concessão de algum benefício, por outro.§ 3° - O tempo de contribuição, a que alude o inciso I deste artigo, será computado à vista de certidões passadas com base em

folha de pagamento.

a. 70 – A apuração do tempo de contribuição será feita em anos, meses e dias.§ 1° - O ano corresponderá a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias e o mês aos 30 (trinta) dias.§ 2° - Para o cálculo de qualquer benefício, depois de apurado o tempo de contribuição, este será convertido em dias, vedado

qualquer forma de arredondamento.

a. 71 – É vedado:

i - o cômputo de tempo ctício para o cálculo de benefício previdenciário;II - a concessão de aposentadoria especial, nos termos no art. 40, §4° da Constituição Federal, até que Lei Complementar Federal

discipline a matéria;III - a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis

e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, ressalvadas as decorrentes dos cargosacumuláveis previstos na Constituição Federal;

IV - a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrente de regime próprio de servidor titular de cargo efetivo,com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal, oseletivos e os cargos em comissão declarados em Lei de livre nomeação e exoneração.

§ 1° - Não se considera ctício o tempo denido em Lei como tempo de contribuição para ns de concessão de aposentadoriaquando tenha havido, por parte do servidor, a prestação de serviço ou a correspondem-te contribuição.

§ 2° - A vedação prevista no inciso IV, não se aplica aos membros de Poder e aos inativos, servidores e militares que, até 16 de

dezembro de 1998, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de provas ou de provas e títulos, e pelasdemais formas previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo Sistema Únicode Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará

 – SUPSEC, exceto se decorrentes de cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal.§ 3° - O servidor inativo para ser investido em cargo público efetivo não acumulável com aquele que gerou a aposentadoria

deverá renunciar aos proventos desta.§ 4° - O aposentado pelo Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos

e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por esteregime é segurado obrigatório em relação a esta atividade, cando sujeito às contribuições, de que trata esta Lei, para ns de custeioda Previdência Social, na qualidade de contribuinte solidário.

a. 72 – Observadas as disposições do artigo anterior, o servidor poderá desaverbar, em qualquer época, total ou parcialmente,seu tempo de contribuição, desde que não tenha sido computado este tempo para a concessão de qualquer benefício.

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CAPÍTULO II  Da Estabilidade e da Vitaliciedade

a. 73 - Estabilidade é o direito que adquire o funcionário efetivo de não ser exonerado ou demitido, senão em virtude de sen-

tença judicial ou inquérito administrativo, em que se lhe tenha sido assegurada ampla defesa.

a. 74 - A estabilidade assegura a permanência do funcionário no Sistema Administrativo.

a. 75 - O funcionário nomeado em virtude de concurso público adquire estabilidade depois de decorridos dois anos de efetivoexercício.

Parágrafo único - A estabilidade funcional é incompatível com o cargo em comissão.

Art. 76 - O funcionário perderá o cargo vitalício somente em virtude de sentença judicial.

CAPÍTULO III  Da Disponibilidade

a. 77 - Disponibilidade é o afastamento de exercício de funcionário estável em virtude da extinção do cargo, ou da decretaçãode sua desnecessidade.§ 1º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor cará em disponibilidade percebendo remuneração proporcio-

nal por cada ano de serviço, à razão de:§ 2º - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, sendo o número de dias convertido em anos, considerando-se o ano de

365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, permitido o arredondamento para um ano, na conclusão da conversão, o que exceder a 182(cento e oitenta e dois) dias.

§ 3º - Aplicam-se aos vencimentos da disponibilidade os mesmos critérios de atualização, estabelecidos para os funcionáriosativos em geral.

CAPÍTULO IV  Das Férias

a. 78 - O funcionário gozará trinta dias consecutivos, ou não, de férias por ano, de acordo com a escala organizada pelo diri-gente da Unidade Administrativa, na forma do regulamento.§ 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou houver alteração do exercício funcional, com a movimentação do funcionário, a

este caberá requerer, ao superior hierárquico, o gozo das férias, podendo a autoridade, apenas, xar a oportunidade do deferimentodo pedido, dentro do ano a que se vincular o direito do servidor.

§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois períodos de férias.§ 3º - O funcionário terá direito a férias após cada ano de exercício no Sistema Administrativo.§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.§ 5º - REVOGADO.

a. 79 - A promoção, o acesso, a transferência e a remoção não interromperão as férias.

CAPÍTULO V 

 Das Licenças

 SEÇÃO I  Das Disposições Preliminares

a . 80 - Será licenciado o funcionário:I - para tratamento de saúde;II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença prossional;III - por motivo de doença em pessoa da família;IV - quando gestante;V - para serviço militar obrigatório;VI - para acompanhar o cônjuge;VII - em caráter especial.

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a. 81 - A licença dependente de inspeção médica terá a duração que for indicada no respectivo laudo.§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será submetido a nova inspeção, devendo o laudo concluir pela volta do funcionário ao exer-

cício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela aposentadoria.§ 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá imediatamente o exercício.

a. 82 - A licença poderá ser determinada ou prorrogada, de ofício ou a pedido.

Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de nda a licença, e, se indeferido, contar-se-á comolicença o período compreendido entre a data do término e a do conhecimento ocial do despacho.

a. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, contados da determinação da anterior será considerada como prorrogação.

a. 84 - O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos itensII, III, V e VI do art. 80, deste Estatuto.

a. 85 – REVOGADO.

a. 86 - São competentes para licenciar o funcionário os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual, admitida a delegação,na forma do Regulamento.

a. 87 - VETADO.§ 1º - VETADO.§ 2º - VETADO.§ 3º - VETADO.

 SEÇÃO II  Da Licença para Tratamento de Saúde

a. 88 - A licença para tratamento de saúde precederá a inspeção médica, nos termos do Regulamento.

a. 89 – O servidor será compulsoriamente licenciado quando sofrer uma dessas doenças graves, contagiosas ou incuráveis:tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteítedeformante), síndrome da deciência imunológica adquirida – Aids, contaminação por radiação, com base em conclusão da medicinaespecializada, hepatopatia e outras que forem disciplinadas em Lei.

a. 90 - Vericada a cura clínica, o funcionário licenciado voltará ao exercício, ainda quando deva continuar o tratamento, desdeque comprovada por inspeção médica capacidade para a atividade funcional.

a. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no laudo médico, o funcionário será submetido a nova inspeção, e aposentado, sefor julgado inválido.

págf –  Na hipótese prevista neste artigo, o tempo necessário para a nova inspeção será considerado como de prorro-gação da licença e, no caso de invalidez, a inspeção ocorrerá a cada 2 (dois) anos.

a. 92 - No processamento das licenças para tratamento de saúde será observado sigilo no que diz respeito aos laudos médicos.

a. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-á de qualquer atividade remunerada, sob pena de interrupção imediata damesma licença, com perda total dos vencimentos, até que reassuma o exercício.

a. 94 - O funcionário não poderá recusar a inspeção médica determinada pela autoridade competente, sob pena de suspensãodo pagamento dos vencimentos, até que seja realizado exame.

a. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o funcionário reassumirá o exercício imediatamente, sob pena de se apuraremcomo faltas os dias de ausência.

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Didatismo e Conhecimento59

 administração pública

a. 96 - No curso da licença poderá o funcionário requerer inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir o exer-cício.

a. 97 - Serão integrais os vencimentos do funcionário licenciado para tratamento de saúde.

a. 98 – REVOGADO.

 SEÇÃO III  Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

a. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo de doença na pessoa dos pais, lhos, cônjuge do qual não esteja separadoe de companheiro(a), desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada simultaneamente comexercício funcional.

§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção médica realizada conforme as exigências contidas neste Estatuto quanto à licença para tratamento de saúde.

§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, na forma deste artigo, será comprovada mediante parecer do Serviço de Assistência

Social, nos termos do Regulamento.§ 3° - O funcionário licenciado, nos termos desta seção, perceberá vencimentos integrais até 6 (seis) meses. Após este prazo o

servidor obedecerá o disposto no inciso IV, do art. 66 desta Lei, até o limite de 4 (quatro) anos, devendo retornar a suas atividadesfuncionais imediatamente ao m do período.

 SEÇÃO IV  Da Licença à Gestante

a. 100 – Fica garantida a possibilidade de prorrogação, por mais 60 (sessenta) dias, da licença-maternidade, prevista nos art.7º, inciso XVIII, e 39, §3º, da Constituição Federal destinada às servidoras públicas estaduais.

 Parágrafo único - Salvo prescrição médica em contrário, a licença será deferida a partir do oitavo mês de gestação.

§1° - A prorrogação de que trata este artigo será assegurada à servidora estadual mediante requerimento efetivado até o nal do

 primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade de que trata o art. 7º, inciso XVIII, daConstituição Federal.

§2° - Durante o período de prorrogação da licença-maternidade, a servidora estadual terá direito à sua remuneração integral, nosmesmos moldes devido no período de percepção do salário-maternidade pago pelo Sistema Único de Previdência Social dos Servi-dores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.

§3° - É vedado durante a prorrogação da licença-maternidade tratada neste artigo o exercício de qualquer atividade remuneradaPela servidora beneciária, e a criança não poderá ser mantida em creches ou organização similar, sob pena da perda do direito do

 benefício e consequente apuração da responsabilidade funcional.(NR)

 SEÇÃO V  Da Licença para Serviço Militar Obrigatório

a. 101 - O funcionário que for convocado para o serviço militar será licenciado com vencimentos integrais, ressalvado o direitode opção pela retribuição nanceira do serviço militar.

§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não excedente a 30 (trinta) dias para que reassuma o exercício do cargo,sem perda de vencimentos.

§2° - O servidor, de que trata o caput deste artigo, contribuirá para o Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Pú- blicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, mesmo que faça opção pelaretribuição nanceira do serviço militar.

a. 102 - O funcionário, Ocial da Reserva não remunerada das Forças Armadas, será licenciado, com vencimentos integrais, para cumprimento dos estágios previstos pela legislação militar, garantido o direito de opção.

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 SEÇÃO VI  Da Licença do Funcionário para Acompanhar o Cônjuge

a. 103 - O funcionário terá direito a licença sem vencimento, para acompanhar o cônjuge, também servidor público, quando,

de ofício, for mandado servir em outro ponto do Estado, do Território Nacional, ou no Exterior.§ 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente instruído, admitida a renovação, independentemente de reassunção doexercício.

§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário retornará ao exercício de suas funções, no prazo de trinta dias, após o qual suaausência será considerada abandono de cargo.

§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição estadual, o funcionário nela será lotado, enquanto durar a sua permanênciaali.

a. 104 - Nas mesmas condições estabelecidas no artigo anterior o funcionário será licenciado quando o outro cônjuge estejano exercício de mandato eletivo fora de sua sede funcional.

6.5.3 DO REGIME DISCIPLINAR – TÍTULOVI – CAPÍTULOS I A VII.

TÍTULO VI  Do Regime Disciplinar 

CAPÍTULO I  Dos Princípios Fundamentais

Art. 174 - O funcionário público é administrativamente responsável, perante seus superiores hierárquicos,  pelos ilícitos quecometer.

a. 175 - Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que importe em violação dedever geral ou especial, ou de proibição, xado neste Estatuto e em sua legislação complementar, ou que constitua comportamentoincompatível com o decoro funcional ou social.

Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível, independentemente de acarretar resultado perturbador do serviço estadual.

a. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade demaior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo

 praticado fora do local de trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hierarquia no órgão ouna entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade.

Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a vários funcionários lotados em órgãos diversos do Poder Executivo, acompetência para determinar a apuração da responsabilidade caberá ao Governador do Estado.

a. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete preju-

ízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de terceiros.§1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às suas entidades, no que exceder os limites da ança, quando for o caso,

será liquidada mediante prestações mensais descontadas em folha de pagamento, não excedentes da décima parte do vencimento, àfalta de outros bens que respondam pelo ressarcimento.

§2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o Estado ou suas entidades, através de ação regressiva pro- posta depois de transitar em julgado a decisão judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado.

a. 178 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados, por lei, ao funcionário, nesta qualidade.

a. 179 - São independentes as instâncias administrativas civil e penal, e cumuláveis as respectivas cominações.§1º - Sob pena de responsabilidade, o funcionário que exercer atribuições de chea, tomando conhecimento de um fato que possa

vir a se congurar, ou se congure como ilícito administrativo, é obrigado a representar perante a autoridade competente, a m deque esta promova a sua apuração.

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Didatismo e Conhecimento61

 administração pública

§2º - A apuração da responsabilidade funcional será feita através de sindicância ou de inquérito.§3º - Se o comportamento funcional irregular congurar, ao mesmo tempo, responsabilidade administrativa, civil e penal, a au-

toridade que determinou o procedimento disciplinar adotará providências para a apuração do ilícito civil ou penal, quando for o caso,durante ou depois de concluídos a sindicância ou o inquérito.

§4º - Fixada a responsabilidade administrativa do funcionário, a autoridade competente aplicará a sanção que entender cabível,ou a que for tipicada neste Estatuto para determinados ilícitos. Na aplicação da sanção, a autoridade levará em conta os anteceden-tes do funcionário, as circunstâncias em que o ilícito ocorreu, a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviçoestatal de terceiros.

§5º - A legítima defesa e o estado de necessidade excluem a responsabilidade administrativa.§6º - A alienação mental, comprovada através de perícia médica ocial excluirá, também, a responsabilidade administrativa,

comunicando o sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito à autoridade competente o fato, a m de que seja providenciadaa aposentadoria do funcionário.

§7º - Considera-se legítima defesa o revide moderado e proporcional à agressão ou à iminência de agressão moral ou física, queatinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus superiores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição administrativa a queservir.

§8º - Considera-se em estado de necessidade o funcionário que realiza atividade indispensável ao atendimento de uma urgênciaadministrativa, inclusive para ns de preservação do patrimônio público.

§9º - O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude do estado de necessidade não serão excludentes de responsabili-dade administrativa quando houver excesso, imoderação ou desproporcionalidade, culposos ou dolosos, na conduta do funcionário.

a. 180 - A apuração da responsabilidade do funcionário processar-se-á mesmo nos casos de alteração funcional, inclusive a perda do cargo.

Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade administrativa:I - com a morte do funcionário;II - pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas entidades em matéria disciplinar.

a. 182 - O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados cinco anos da data em que o ilícito tiver ocorrido.Parágrafo único - São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.

a. 183 - O inquérito administrativo para apuração da responsabilidade do funcionário produzirá, preliminarmente, os seguintesefeitos:

I - afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa;II - sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária;III - proibição do afastamento do exercício, salvo o caso do item I deste artigo;IV - proibição de concessão de licença, ou o seu sobrestamento, salvo a concedida por motivo de saúde;V - cessação da disposição, com retorno do funcionário ao seu órgão de origem.

a. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no procedimento disciplinar, ampla defesa, consistente, sobretudo:I - no direito de prestar depoimento sobre a imputação que lhe é feita e sobre os fatos que a geraram;II - no direito de apresentar razões preliminares e nais, por escrito, nos termos deste Estatuto;

III - no direito de ser defendido por advogado, de sua indicação, ou por defensor público, também advogado, designado pelaautoridade competente;IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar testemunhas, e requerer acareações;V - no direito de requerer todas as provas em direito permitidas, inclusive as de natureza pericial;VI - no direito de arguir prescrição;VII - no direito de levantar suspeições e arguir impedimentos.

a. 185 - A defesa do funcionário no procedimento disciplinar, que é de natureza contraditória, é privativa de advogado, que aexercitará nos termos deste Estatuto e nos da legislação federal pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).

§ 1º - A autoridade competente designará defensor para o funcionário que, pobre na forma da lei, ou revel, não indicar advogado, podendo a indicação recair em advogado do Instituto de Previdência do Estado do Ceará (IPEC).

§2º - O funcionário poderá defender-se, pessoalmente, se tiver a qualidade de advogado.

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 administração pública

a. 186 - O funcionário público ca sujeito ao poder disciplinar desde a posse ou, se esta não for exigida, desde o seu ingressono exercício funcional.

a. 187 - Se no transcurso do procedimento disciplinar outro funcionário for indiciado, o sindicante ou a Comissão Permanente

de Inquérito, conforme o caso, reabrirá os prazos de defesa para o novo indiciado.

a. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos deste Capítulo relativos à forma do procedimento, à competência e ao di-reito de ampla defesa acarretará a nulidade do procedimento disciplinar.

a. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao procedimento em que for indiciado aposentado ou funcionário em disponibilidade.

CAPÍTULO II  Dos Deveres

a. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, quando xados neste Estatuto e legislação complementar, e especiais, quandoxados tendo em vista as peculiaridades das atribuições funcionais.

a. 191 - São deveres gerais do funcionário:I - lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a que servir;II - observância das normas constitucionais, legais e regulamentares;III - obediência às ordens de seus superiores hierárquicos;IV - continência de comportamento, tendo em vista o decoro funcional e social;V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade superior irregularidades administrativas de que tiver ciência em razão do

cargo que ocupa, ou da função que exerça;VI - assiduidade;VII - pontualidade;VIII - urbanidade;IX - discrição;X - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha conhecimento em razão do cargo que

ocupa, ou da função que exerça;XI - zelar pela economia e conservação do material que lhe for conado;XII - atender às noticações para depor ou realizar perícias ou vistorias, tendo em vista procedimentos disciplinares;XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as requisições para defesa da Fazenda Pública;XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de direitos

e esclarecimentos de situações;XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, sua declaração de família;XVI - atender, prontamente, e na medida de sua competência, os pedidos de informação do Poder Legislativo e às requisições

do Poder Judiciário;XVII - cumprir, na medida de sua competência, as decisões judiciais ou facilitar-lhes a execução.

a. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando:

I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;II - não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu destinatário, ou não se referir anenhuma das atribuições do servidor;

III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal formalidade for essencial à sua validade;V - não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a ns não estipulados na regra de compe-

tência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem se dirige;VI - a ordem congurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade.§ 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo, o funcionário representará contra a ordem, fundamentadamente, à autoridade

imediatamente superior a que ordenou.§ 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente da Assembléia Legislativa, do Chefe do Poder Executivo, do Presidente do

Tribunal de Contas e do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, o funcionário justicará perante essas autoridades aescusa da obediência.

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 administração pública

CAPÍTULO III  Das Proibições

a. 193 - Ao funcionário é proibido:

I - salvo as exceções constitucionais pertinentes, acumular cargos, funções e empregos públicos remunerados, inclusive nasentidades da Administração Indireta (autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista);II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em qualquer ato funcional que praticar, ressalvado o direito de crítica doutri-

nária aos atos e fatos administrativos, inclusive em trabalho público e assinado;III - retirar, modicar ou substituir qualquer documento ocial, com o m de constituir direito ou obrigação, ou de alterar a

verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso com a mesma nalidade;IV - valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito para si, ou para outrem;V - promover manifestação de desapreço ou fazer circular ou subscrever lista de donativos, no recinto do trabalho;VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político-partidários;VII - participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo, de empresa ou sociedades mercantis;VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos e entidades estaduais, salvo quando se tratar de percepção de

vencimentos, proventos ou vantagens de parente consanguíneo ou am, até o segundo grau civil;IX - praticar a usura;

X - receber propinas, vantagens ou comissões pela prática de atos de ocio;XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoimento

em processo judicial, policial ou administrativo;XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou ato administrativo, o desempenho de sua atividade funcional;XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com atividades estranhas às relacionadas com as suas atribuições, causando

 prejuízos a estas;XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justicada;XV - ser comerciante;XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os casos de prestação de serviços técnicos ou cientícos, inclusive os de

magistério em caráter eventual;XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades em serviço particular;XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no local de trabalho, para o trato de assuntos particulares;

XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo quando autorizado pelo superior hierárquico e desde que para atender a interesse público.Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item XVI os contratos de cláusulas uniformes e os de emprego, em geral, quando,

no último caso, não congurarem acumulação ilícita.

a. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de acumular cargo, funções e empregos remunerados, nos casos excepcionaisda Constituição Federal.

§1º - Vericada, em inquérito administrativo, acumulação proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos cargos,funções ou empregos, não cando obrigado a restituir o que houver percebido durante o período da acumulação vedada.

§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os cargos, funções ou empregos acumulados ilicitamente devolvendo ao Estado oque houver percebido no período da acumulação.

a. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por invalidez não poderá acumular seus proventos com a ocupação de cargo ou o

exercício de função ou emprego público.Parágrafo único - Não se compreendem na proibição de acumular nem estão sujeitos a quaisquer limites:I - a percepção conjunta de pensões civis e militares;II - a percepção de pensões com vencimento ou salário;III - a percepção de pensões com vencimentos de disponibilidade e proventos de aposentadoria e reforma;IV - a percepção de proventos, quando resultantes de cargos legalmente acumuláveis.

CAPÍTULO IV  Das Sanções Disciplinares e seus Efeitos

a. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são as seguintes:I - repreensão;II - suspensão;

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III - multa;IV - demissão;V - cassação de disponibilidade;VI - cassação de aposentadoria.

a. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao funcionário que, em caráter primário, a juízo da autoridade compe-tente, cometer falta leve, não cominável, por este Estatuto, com outro tipo de sanção.

a. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito, por prazo não superior a 90 (noventa) dias, nos casos de reincidênciade falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa cominação, por lei, de outro tipo de sanção.

Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento, obrigado, neste caso, o funcionário a permanecer em exercício.

a. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada nos seguintes casos:Ver § 1º do art. 41 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 4.6.1998 – D. O. U.

5.6.1998 – Apêndice. I - crime contra a administração pública;II - crime comum praticado em detrimento de dever inerente à função pública ou ao cargo público, quando de natureza grave, a

critério da autoridade competente;III - abandono de cargo;IV - incontinência pública e escandalosa e prática de jogos proibidos;V - insubordinação grave em serviço;VI - ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou terceiros;VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem em lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do seu patrimônio;VIII - quebra do dever de sigilo funcional;IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal;X - falta de atendimento ao requisito do estágio probatório estabelecido no art. 27, § 1º, item III;XI - desídia funcional;XII - descumprimento de dever especial inerente a cargo em comissão.

§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) dias consecutivos ou 60(sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) meses.

§ 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço com justa causa não só a autorizada por lei, regulamento ou outro ato administrativo,como a que assim for considerada após comprovação em inquérito ou justicação administrativa, esta última requerida ao superior hierárquico pelo fun-cionário interessado, valendo a justicação, nos termos deste parágrafo, apenas para ns disciplinares.

a. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço público”, a qualconstará sempre nos casos de demissão referidos nos itens I e VII do artigo 199.

Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em processo disciplinar de revisão, o funcionário demitido com a nota a que serefere este artigo não poderá reingressar nos quadros funcionais do Estado ou de suas entidades, a qualquer título.

a. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá sempre procedimento disciplinar, assegurada ao funcionário indiciado ampla

defesa, nos termos deste Estatuto, pena de nulidade da cominação imposta.Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e VI do artigo 196 serão cominadas por escrito e fundamentalmente, penade nulidade.

a. 202 - São competentes para aplicação das sanções disciplinares:I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qualquer caso, e privativamente, nos casos de demissão e cassação de

aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se tratar de punição de funcionário autárquico;II - os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer caso, e, privativamente, nos casos de demissão e cassação, da aposen-

tadoria ou disponibilidade;III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos subordinados ou auxiliares, em todos os casos, salvo os referidos

nos itens I e II;IV - os chefes de unidades administrativas em geral, nos casos de repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias e multa correspon-

dente.

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Didatismo e Conhecimento65

 administração pública

a. 203 - Além da pena judicial que couber, serão considerados como de suspensão os dias em que o funcionário, noticadodeixar de atender à convocação para prestação de serviços estatais compulsórios, salvo motivo justicado.

a. 204 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se car provado, em inquérito administrativo, que o aposentado ou

disponível:I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível com demissão;II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ocupar, ou exercer, provada a má-fé;III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcional em que foi aproveitado, salvo motivo de força maior;IV - perdeu a nacionalidade brasileira.Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou disponibilidade extingue o vínculo do aposentado ou do disponível com o

Estado ou suas entidades autárquicas.

a. 205 - A suspensão preventiva será ordenada pela autoridade que determinar a abertura do inquérito administrativo, se, notranscurso deste, a entender indispensável, nos termos do § 1º deste artigo.

§ 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 90 (noventa) dias e somente será determinada quando o afastamentodo funcionário for necessário, para que, como indiciado, não venha a inuir na apuração de sua responsabilidade.

§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá, entretanto, direito:I - a computar o tempo de serviço relativo ao período de suspensão para todos os efeitos legais;II - a computar o tempo de serviço para todos os ns de lei, relativo ao período que ultrapassar o prazo da suspensão preventiva;III - a perceber os vencimentos relativos ao período de suspensão, se reconhecida a sua inocência no inquérito administrativo;IV - a perceber as graticações por tempo de serviço já prestado e o salário-família.

a. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os Presidentes do Tribunal de Contas e do Conselho deContas dos Municípios, os Secretários de Estado e os dirigentes das Autarquias poderão ordenar a prisão administrativa do funcio-nário responsável direto pelos dinheiros e valores públicos, ou pelos bens que se encontrarem sob a guarda do Estado ou de suasAutarquias, no caso de alcance ou omissão no recolhimento ou na entrega a quem de direito nos prazos e na forma da lei.

§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância desviada, a autoridade que ordenou a prisão revogará imediatamente o atogerador da custódia.

§ 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não poderá ultrapassar a 90 (noventa) dias, comunicará imediatamente o fato à

autoridade judiciária competente e providenciará a abertura e realização urgente do processo de tomada de contas.

Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, será cumprida em local especial.

a. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto no § 2º do art. 205 deste Estatuto.

CAPÍTULO V  Da Sindicância

a. 209 - A sindicância é o procedimento sumário através do qual o Estado ou suas autarquias reúnem elementos informativos para determinar a verdade em torno de possíveis irregularidades que possam congurar, ou não, ilícitos administrativos, aberta pelaautoridade de maior hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade, ressalvadas em qualquer caso, permitida a delegação de

competência:I - do Governador, em qualquer caso;II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos e dos Presidentes da Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas e do

Conselho de Contas dos Municípios, em suas respectivas áreas funcionais.§ 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para apuração das aptidões do funcionário, no estágio probatório, para ns de demissão ou

exoneração, quando for o caso, assegurada ao indiciado ampla defesa, nos termos dos artigos estatutários que disciplinam o inquéritoadministrativo, reduzidos os prazos neles estabelecidos, à metade.

§ 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a uência do período do estágio probatório.§ 3º - A sindicância será realizada por funcionário estável, designado pela autoridade que determinar a sua abertura.§ 4º - A sindicância precede o inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada como peça informativa e prelimi-

nar.§ 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, a pedido do sindicante,

e a critério da autoridade que determinou a sua abertura.

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Didatismo e Conhecimento66

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§ 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito administrativo, o sindicante indiciará o funcionário, abrindo--lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A seguir, com o seu relatório, encaminhará o processo de sindicância à autoridade quedeterminou a sua abertura.

§ 7º - O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de preferência pertencentes aos quadros funcionais, devendo todos os

atos da sindicância serem reduzidos a termo por secretário designado pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.§ 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a responsabilidade administrativa, ou o descumprimento dos requisitos do estágio

 probatório, o processo será arquivado, xada a responsabilidade funcional, a autoridade que determinou a sindicância encaminharáos respectivos autos para a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo, que funcionará:

I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas Secretarias de Estado, órgãos desconcentrados e nas autarquias;II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral;III - no Tribunal de Contas e no Conselho de Contas dos Municípios.

CAPÍTULO VI  Do Inquérito Administrativo

a. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento através do qual os órgãos e as autarquias do Estado apuram a responsa- bilidade disciplinar do funcionário.

Parágrafo único - São competentes para instaurar o inquérito:I - o Governador, em qualquer caso;II - os Secretários de Estado, os dirigentes das Autarquias e os Presidentes da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas e

do Conselho de Contas dos Municípios, em suas áreas funcionais, permitida a delegação de competência.

a. 211 - O inquérito administrativo será realizado por Comissões Permanentes, instituídas por atos do Governador, do Presi-dente da Assembleia Legislativa, do Presidente do Tribunal de Contas, do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dosdirigentes das Autarquias e dos órgãos desconcentrados, permitida a delegação de poder, no caso do Governador, ao Secretário deAdministração.

a. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo compor-se-ão de três membros, todos funcionários estáveisdo Estado ou de suas autarquias, presidida pelo servidor que for designado pela autoridade competente, que colocará à disposição das

Comissões o pessoal necessário ao desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de secretário e assessoramento.

a. 213 - Instaurado o inquérito administrativo, a autoridade encaminhara seu ato para a Comissão de Inquérito que for com- petente, tendo em vista o local da ocorrência da irregularidade vericada, ou a vinculação funcional do servidor a quem se pretendeimputar a responsabilidade administrativa.

a. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da Comissão mandará citar o funcionário acusado, para que, comoindiciado, acompanhe, na forma do estabelecido neste Estatuto, todo o procedimento, requerendo o que for do interesse da defesa.

Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante protocolo, devendo o servidor dele encarregado consignar, por escrito, arecusa do funcionário em recebê-la. Em caso de não ser encontrado o funcionário, estando ele em lugar incerto e não sabido, a citaçãofar-se-á por edital, publicado no Diário Ocial do Estado, com prazo de 15 (quinze) dias, depois do que, não comparecendo o citado,ser-lhe-á designado defensor, nos termos do art. 184, item III e § 1º do art. 185.

a. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no prazo de 5 (cinco) dias, podendo renovar o pedido, no curso doinquérito, se necessário para demonstração de fatos novos.

a. 216 - A falta de noticação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases do inquérito, determinará a nulidade do procedimento.

a. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será noticado para apresentar, por seu defensor, no prazo de 10 (dez) dias,suas razões nais de defesa.

Art. 218 - Apresentadas as razões nais de defesa, a Comissão encaminhara os autos do inquérito, com relatório circunstanciadoe conclusivo, à autoridade competente para o seu julgamento.

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Didatismo e Conhecimento67

 administração pública

a. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela Comissão de Inquérito serão consignadas em atas.

a. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso no prazo de 10 (dez) dias, com efeito suspensivo, para a autoridadehierárquica imediatamente superior, ou para a que for indicada em regulamento ou regimento.

Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de Estado e do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios caberá re-curso, com efeito suspensivo, no prazo deste artigo, para o Governador. Das decisões do Presidente da Assembléia Legislativa e doTribunal de Contas caberá recurso, com os efeitos deste parágrafo, para o Plenário da Assembléia e do Tribunal, respectivamente.

a. 221 - O inquérito administrativo será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do indiciado, dirigido à autoridade que determinou o procedimento.

a. 222 - Em qualquer fase do inquérito será permitida a intervenção do indiciado, por si, ou por seu defensor.

a. 223 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções caberá o julgamento à autoridade competente para imposiçãoda sanção mais grave. Neste caso, os prazos assinados aos indiciados correrão em comum.

a. 224 - O funcionário só poderá ser exonerado, estando respondendo a inquérito administrativo, depois de julgado este com

a declaração de sua inocência.

a. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo improrrogável de 20 (vinte)dias.

a. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em parte, por falta do cumprimento de formalidade essencial, inclusiveo reconhecimento de direito de defesa, novo procedimento será aberto.

a. 227 - No caso do artigo anterior e no de esgotamento do prazo para a conclusão do inquérito, o indiciado, se tiver sido afas-tado de seu car-go, retornará ao seu exercício funcional.

CAPÍTULO VII 

 Da Revisão

a. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do procedimento administrativo de que resultou sanção disciplinar,quando se aduzam fatos ou circunstâncias que possam justicar a inocência do requerente, mencionados ou não no procedimentooriginal.

Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge, compa-nheiro, descendente, ascendente colateral consanguíneo até o 2º grau civil.

a. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao processo original.Parágrafo único - Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da sanção.

a. 230 - O requerimento devidamente instruído será dirigido à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela que a tiver conr-mado, em grau de recurso.

Parágrafo único - Para processar a revisão, a autoridade que receber o requerimento nomeará uma comissão composta de trêsfuncionários efetivos, de categoria igual ou superior à do requerente.

a. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que arrolar.Parágrafo único - Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede onde funcionar a comissão, prestar 

depoimento por escrito.

a. 232 - Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por trinta (30) dias, nos casos de forçamaior, será o processo, com o respectivo relatório, encaminhado à autoridade competente para o julgamento.

Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período, no caso de serem determinadasnovas diligências.

a. 233 - Das decisões proferidas em procedimento de revisão cabe recurso, na forma do art. 220.

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Didatismo e Conhecimento 68

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

6.6 LEI Nº 15.243/2012 (DISCIPLINAO ART. 3º DA LEI Nº 15.064/2011).

 LEI N.º 15.243, DE 06.12.12 (D.O. 13.12.12)  Disciplina o art. 3º da lei nº 15.064, de 13 de dezembro de 2011, quanto à utilização, no período de outubro de 2012 a setembro

de 2013, dos recursos do fundo de manutenção e desenvolvimento da educação básica – fundeb, para a distribuição com profis-

sionais do grupo ocupacional do magistério – mag, da educação básica, e dá outras providências. 

o GoVErnador do Estado do cEarÁ. F e que aee legv eeu e eu egue le: 

a.1º Fica autorizada a concessão, para os meses de outubro de 2012 a setembro de 2013, de Parcela Variável de Redistribui-

ção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB – PVR/FUNDEB, destinada aos prossionais doGrupo Ocupacional do Magistério – MAG, da Educação Básica, que se encontrem no efetivo exercício de seus cargos ou funções naSecretaria da Educação do Estado do Ceará – SEDUC, visando à valorização da carreira e ao incentivo ao desempenho do magistério.

§ 1º O valor da parcela prevista no caput será denido de acordo com a referência da carreira, na qual estiver enquadrado o pro-ssional, para uma jornada de 40 (quarenta) horas semanais, na forma constante no anexo I desta Lei.

§ 2º O valor da parcela constante no anexo I desta Lei será proporcional à efetiva jornada do prossional, quando diferente de40 (quarenta) horas semanais.

§ 3º É devido o pagamento da PVR/FUNDEB aos prossionais do Grupo Ocupacional do Magistério – MAG, da EducaçãoBásica, a partir de 1º de outubro de 2012 até o mês de setembro de 2013.

§ 4º Incidirá a contribuição previdenciária sobre a parcela prevista no caput deste artigo.§ 5º Não incidirá sobre a PVR/FUNDEB o índice de revisão geral da remuneração dos servidores públicos civis do Poder Exe-

cutivo, considerando o seu caráter redistributivo.§ 6º A parcela prevista no caput deste artigo constitui base de cálculo para férias e 13º salário, sendo este último calculado pro-

 porcionalmente ao tempo de percepção e pela respectiva média, sempre custeada pelo FUNDEB.

a. 2º Para ns de recebimento da PVR/FUNDEB não serão considerados como efetivo exercício os afastamentos em virtudede:

I - convocação para o Serviço Militar;II - júri e outros serviços obrigatórios;III - desempenho de função eletiva federal, estadual ou municipal;IV - licença especial, quando ainda não usufruída;V - missão ou estudo noutras partes do território nacional ou no estrangeiro, para os cursos de pós-graduação stricto sensu, quan-

do o afastamento houver sido expressamente autorizado;VI - prisão;VII - disponibilidade;VIII - cessão para outros órgãos, entidades ou Poderes da Administração Pública, com ou sem ônus para a origem.

págf . Não farão jus ao recebimento da PVR/FUNDEB os prossionais do Grupo Ocupacional do Magistério – MAG, da Educação Básica, que se encontrem respondendo a processo administrativo disciplinar ou tenham sofrido pena disciplinar nos últimos 2 (dois) anos.

a. 3º A parcela prevista no art. 1º será incorporada aos proventos de aposentadoria dos prossionais do Grupo Ocupacionaldo Magistério – MAG, da Educação Básica, desde que tenham contribuído sobre a mesma por pelo menos 60 (sessenta) meses parao Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder doEstado do Ceará - SUPSEC.

§1º Para os servidores do Grupo MAG da Educação Básica que implementarem as regras dos arts. 3º ou 6º da Emenda Cons-titucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou do art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, e cujo períodode percepção por ocasião do pedido de aposentadoria seja menor do que 60 (sessenta) meses, será observada a média aritmética do

 período de percepção, multiplicada pela fração cujo numerador será o número correspondente ao total de meses trabalhados e o de-nominador será sempre o número 60.

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Didatismo e Conhecimento69

 administração pública

§2º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores do Grupo MAG da Educação Básica que venham a se aposentar pelasregras previstas no art. 40 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de2003, nos termos da legislação federal.

a. 4º A PVR/FUNDEB prevista no art. 1º desta Lei será concedida aos professores graduados contratados nos termos da LeiComplementar nº 22, de 24 de junho de 2000 a ser custeada com recursos do FUNDEB, a partir de 1º de outubro de 2012 até o mêsde setembro de 2013.

págf . O valor da parcela variável prevista no caput deste artigo será de R$ 152,80 (cento e cinquenta e dois reais eoitenta centavos) para os professores com jornada de 40 (quarenta) horas semanais e proporcional para as demais jornadas.

a. 5º Fica autorizada a concessão de abono relativo à integralização de 1/3 (um terço) da jornada para horas-atividade, nostermos da Lei Federal nº 11.738, de 16 de julho de 2008, aos professores do Grupo Ocupacional do Magistério – MAG da EducaçãoBásica e aos professores contratados nos termos da Lei Complementar nº 22, de 24 de junho de 2000, referente ao período de agostoa dezembro de 2012.

§1º O valor do Abono será calculado na forma prevista no anexo II desta Lei.§2º O Abono previsto no caput será pago em uma única parcela no mês de dezembro do ano de 2012.

a. 6º Após a aplicação do disposto nos artigos desta Lei, o saldo eventualmente remanescente do FUNDEB até o limite de 77%(setenta e sete por cento) previsto no inciso I do art. 3º da Lei nº 15.064, de 13 de dezembro de 2011 será rateado, exclusivamente,entre os prossionais ativos beneciados pela PVR/FUNDEB previstos no art. 1º desta Lei e os professores contratados nos termosda Lei Complementar nº22, de 24 de junho de 2000, devendo ser pago até o nal do mês de março do ano subsequente ao FUNDEBrealizado.

§ 1º O rateio será proporcional à jornada de trabalho, ao número de meses trabalhados no ano letivo de 2012 e à remuneração .§ 2º Para ns do rateio previsto no caput, o conjunto remuneratório do professor efetivo é formado por vencimento base, re-

gência, PNI e PVR/FUNDEB.

a. 7º O disposto nesta Lei não se aplica aos aposentados e pensionistas na data de publicação desta Lei.

a. 8º Fica criada Comissão Paritária formada por membros da Secretaria da Educação e do Sindicato APEOC para acompa-nhar os efeitos decorrentes da aplicação da presente Lei, bem como da Lei nº 15.064, de 13 de dezembro de 2011 .

a. 9º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias do Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica - FUNDEB.

a. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos nanceiros a 1º de outubro de 2012, e terávigência até 30 de setembro de 2013.

a. 11. Ficam revogadas as disposições em contrário.

palÁcio da abolição, do GoVEno do Estado do cEarÁ, em Fortaleza, 06 de dezembro de 2012. 

Cid Ferreira GomesGOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

Maria Izolda Cela de Arruda CoelhoSECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO

Antônio Eduardo Diogo de Siqueira FilhoSECRETÁRIO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO

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Didatismo e Conhecimento70

 administração pública

 ANEXO I DA LEI Nº 15.243, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2012. (PARCELAS DE OUTUBRO DE 2012 A SETEMBRO DE 2013)

rEFErÊncia carrEira maG/sUpErior  Valor pVr/FUndEb

1 R$ 670,00

2 R$ 620,00

3 R$ 570,00

4 R$ 520,00

5 R$ 470,00

6 R$ 420,00

7 R$ 370,00

8 R$ 320,00

9 R$ 300,00

10 R$ 300,00

11 R$ 300,00

12 R$ 300,00

13 R$ 250,00

14 R$ 250,00

15 R$ 250,00

16 R$ 200,00

17 R$ 200,00

18 R$ 200,00

rEFErÊncia carrEira maG/mÉdio

Valor pVr/FUndEb

1 R$ 200,00

2 R$ 200,00

3 R$ 200,00

4 R$ 200,00

5 R$ 200,00

6 R$ 200,00

7 R$ 200,00

8 R$ 200,009 R$ 200,00

10 R$ 200,00

 ANEXO II DA LEI  Nº 15.243, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2012.

 Forma dE cÁlcUlo do abono prEVisto no §1º do art. 6º da prEsEntE lEi. V efeee ee e ag e see (a)

A = 2 ●( B - C ) ● DE

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Didatismo e Conhecimento 71

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

onde,

B = número de horas semanais de atividades de regência efetivamente realizadas;C = número de horas semanais em atividades de regência, conforme disposto na Lei nº 11.738/2008 (2/3 da jornada);

D = remuneração mensal composta de vencimento base, regência e VPNI;E = carga horária semanal total. 

V efeee ee e ouu, nve e deze (F): 

F = 3 ● ( B - C ) ● GE

onde,

G = remuneração enunciada em “D” adicionada da PVR/FUNDEB. 

V a

Abono total = A + F + A+F12

6.7 LEI Nº 14.404/2009 (ALTERA A REDAÇÃO DOS ARTS 10 E 19 DA LEI Nº 12.066/1993

 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS).

 LEI N° 14.404, DE 07.07.09 (D.O. DE 09.07.09) 

altEra a rEdação dos arts. 8º,10 E 19 da lEi nº 12.066, dE 13 dE JanEiro dE 1993 , E DÁ OUTRAS PRO-VidÊncias. 

o GoVErnador do Estado do cEarÁ F e que aee legv eeu e eu egue le: a. 1º Os arts. 8º, 10 e 19 da Lei Estadual nº 12.066, de 13 de janeiro de 1993, passam a vigorar com as seguintes redações:“a. 8º O concurso público será realizado em até 4 (quatro) etapas, denidas em edital.§ 1º A primeira etapa, de realização obrigatória, terá caráter eliminatório e classicatória, e consistirá em provas escritas.§ 2º A segunda etapa, de realização obrigatória, terá caráter eliminatório e classicatório, e consistirá em provas práticas.§ 3º A terceira etapa, de realização discricionária, consistirá em programa de capacitação prossional, de caráter eliminatório e

classicatório, ou somente classicatório, e dependerá, para a sua realização, de previsão expressa em edital, que disporá inclusivesobre o respectivo caráter.

§ 4º A quarta etapa, de caráter unicamente classicatório, consistirá em prova de títulos.a. 10. O concurso público para provimento dos cargos do Grupo Ocupacional Magistério- MAG, será promovido pela Secre-

taria da Educação - SEDUC, com a supervisão da Secretaria do Planejamento e Gestão.págf . Para a realização do concurso previsto no caput , a Secretaria da Educação poderá contratar instituição pública

ou privada idônea, obedecendo as prescrições da Lei de Licitações.a. 19. Durante o estágio probatório, o prossional do magistério não poderá ser afastado de suas funções de docência, salvo

 para ocupar cargos em comissão no Núcleo Gestor das Escolas da Rede Ocial de Ensino Estadual e para ocupar cargos em comissãona Sede da SEDUC ou das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação.

§ 1º O prossional do magistério nomeado para cargos em comissão no Núcleo Gestor das Escolas da Rede Ocial de EnsinoEstadual terá seu estágio probatório disciplinado por decreto.

§ 2º Durante o estágio probatório não haverá ascensão funcional.” (NR).

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Didatismo e Conhecimento 72

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

a. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

palÁcio iracEma, do GoVErno do Estado do cEarÁ, em Fortaleza, 07 de julho de 2009. 

Cid Ferreira GomesGOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

6.8 LEI Nº 15.009/2009 (CRIA A NOVATABELA VENCIMENTAL PARA

 PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO DOGRUPO OCUPACIONAL MAGISTÉRIO DA

 EDUCAÇÃO BÁSICA –MAG, E DÁ OUTRAS  PROVIDÊNCIAS.

lEi n.º 15.009, e 04.10.11 (d.o. 10.10.11) 

CRIA NOVA TABELA VENCIMENTAL PARA OS PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO DO GRUPO OCUPACIONAL MAGISTÉRIO DA EDUCACÃO BÁSICA - MAG, E DA OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

 

o GoVErnador do Estado do cEarÁ.

Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei: 

a. 1º A tabela de vencimento aplicada aos prossionais de nível médio integrantes do Grupo Ocupacional Magistério da Edu-cação Básica - MAG, passa a ser a constante do anexo I, parte integrante desta Lei.

§ 1 º Ficam extintas as referências de 01 a 12, relativas aos prossionais de nível médio integrantes do Grupo Ocupacional MAG,constantes do anexo único da Lei nº 14.431, de 31 de julho de 2009, e da legislação posterior de revisão geral.

§ 2 º As referências de 13 a 30, constantes do anexo único da Lei nº 14.431, de 31 de julho de 2009, relativas aos prossionaisde nível superior do Grupo Ocupacional MAG, cam renumeradas de 01 a 18, sem alteração dos valores constantes da Lei nº 14.867,de 25 de janeiro de 2011.

a. 2 º A remuneração dos prossionais de nível médio integrantes do Grupo MAG, ativos e inativos, é composta de:

I - Vencimento;II - Graticação por Efetiva Regência de Classe, e

III - Parcela Nominalmente Identicável - PNI.§ 1 º A Graticação por Efetiva Regência de Classe terá, em todas as referências do grupo MAG previsto neste artigo, para ativose inativos, valor de R$ 118,70 (cento e dezoito reais e setenta centavos) para jornada e vencimento padrão de 40 (quarenta) horas,resguardada a proporcionalidade em caso de jornadas e vencimentos menores.

§2 º A Parcela Nominalmente Identicável - PNI, consiste em valor individual, destinado a evitar eventual decesso remune-ratório decorrente da aplicação desta Lei, consideradas, para este cálculo, exclusivamente as parcelas remuneratórias de caráter 

 permanente percebidas, no mês de agosto de 2011, pelo servidor ou aposentado, excluídas as vantagens pessoais incorporadas peloexercício de cargo em comissão.

§ 3 º  Os valores previstos nos §§ 1º e 2º serão revistos exclusivamente na mesma data e no mesmo índice da revisão geral dosservidores civis estaduais.

a. 3 º  Nenhuma outra vantagem nanceira terá incidência sobre o vencimento, cando assegurada a percepção das vantagensde caráter pessoal já incorporadas decorrentes do exercício de cargos em comissão.

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Didatismo e Conhecimento73

 administração pública

a. 4 º O enquadramento do servidor na tabela de vencimento constante do anexo I desta Lei será realizado tomando por basea soma do vencimento percebido com fundamento na Lei nº 14.431, de 31 de julho de 2009, no valor revisto pela Lei nº 14.867, de25 de janeiro de 2011, com o valor da Graticação por Efetiva Regência de Classe e o da Parcela Nominalmente Identicável doservidor ou aposentado, na forma da tabela do anexo II, parte integrante desta Lei.

a. 5 º  A partir da publicação desta Lei, passa a ser de 730 (setecentos e trinta) dias o interstício para as progressões dos pro-ssionais de nível médio do Grupo Ocupacional Magistério da Educação Básica - MAG, computando-se o período já transcorridodesde a última progressão ocorrida antes da publicação desta Lei.

a. 6 º A partir da publicação desta Lei, não se aplica aos prossionais de nível médio do Grupo Ocupacional Magistério daEducação Básica - MAG, o disposto no art. 5º da Lei nº 14.431, de 31 de julho de 2009, aplicando-se o disposto no § 1º do art. 2ºdesta Lei.

a. 7 º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, com efeito nanceiro a partir de 1º de setembro de 2011.

a. 8 º Ficam revogadas as disposições em contrário.

palÁcio da abolição, do GoVErno do Estado do cEarÁ, em Fortaleza, 04 de outubro de 2011. 

Cid Ferreira GomesGOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

Maria Izolda Cela de Arruda CoelhoSECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO

Antônio Eduardo Diogo de Siqueira FilhoSECRETÁRIO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO 

Iniciativa: podEr EXEcUtiVo

 ANEXO I A QUE SE REFERE O ART. 1º DA LEI N º 15.009, DE 04 DE OUTUBRO DE 2011.

 Nova Tabela Base Para 40 Horas Aula Semanais - Nível Médio 

niVEl VEncimEnto

1 1.187,00

2 1.305,70

3 1.424,40

4 1.543,10

5 1.661,80

6 1.780,50

7 1.899,20

8 2.017,90

9 2.136,60

10 2.255,30

 

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Didatismo e Conhecimento 74

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

anEXo ii a QUE sE rEFErE o art. 4º da lEi nº 15.009, dE 04 dE oUtUbro dE 2011. Quadro de Referencia para Enquadramento Funcional - nova Tabela(Soma de vencimento + regência+ PNI)

 Igual ou Maior que ($) Menor que ($) NOVO NIVEL

739,84 1.424,40 1

1.424,40 1.543,10 2

1.543,10 1.661,80 3

1.661,80 1.780,50 4

1.780,50 1.899,20 5

1.899,20 2.017,90 6

2.017,90 2.136,60 7

2.136,60 2.255,30 8

2.255,30 2.374,00 9

2.374,00 - 10

6.9 LEI Nº 15.064/2011 (ALTERA O VENCIMENTO DOS PROFESSORES  DE NÍVEL SUPERIOR DO GRUPO OCUPACIONAL MAGISTÉRIO DA

 EDUCAÇÃO BÁSICA – MAG, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS).

lEi n.º 15.064, dE 13.12.11 (d.o. 14.12.11) ALTERA O VENCIMENTO BASE DOS PROFESSORES DE NÍVEL SUPERIOR DO GRUPO OCUPACIONAL MA-

GistÉrio da EdUcação bÁsica – maG, E dÁ oUtras proVidÊncias. o GoVErnador do Estado do cEarÁ. F e que aee legv eeu e eu egue le: 

a. 1º O vencimento base dos prossionais de nível superior do Grupo Ocupacional MAG passa a ser o previsto na tabelaconstante no anexo único desta Lei.

págf . Os vencimentos base previstos no caput deste artigo se aplicam aos aposentados e pensionistas que sejam beneciados com paridade.

a. 2º A Graticação por Efetiva Regência de Classe, prevista no art. 62, inciso V, da Lei nº 10.884, de 2 de fevereiro de 1984,e alterações posteriores, para os professores com Mestrado e Doutorado, será adicionada em:

I - 10% (dez por cento), incidente exclusivamente sobre o vencimento base, para os professores mestres do grupo ocupacionalMAG;

II - 30% (trinta por cento), incidente exclusivamente sobre o vencimento base, para os professores doutores do grupo ocupacio-nal MAG.

§ 1º Fica estendido o direito à percepção da Graticação por Efetiva Regência de Classe, prevista no art. 62, inciso V, da Lei nº10.884, de 2 de fevereiro de 1984, inclusive com os novos percentuais estabelecidos no caput deste artigo, aos professores do GrupoOcupacional do Magistério – MAG, que se encontrem em exercício nos órgãos que componham os sistemas estadual e municipaisde ensino no Estado do Ceará e na Escola de Gestão Pública do Estado do Ceará.

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Didatismo e Conhecimento75

 administração pública

§ 2º Também farão jus aos novos percentuais da graticação tratada neste artigo os beneciários de aposentadoria e pensão al-cançados pelo art. 7º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julhode 2005. (Nova redação dada pela Lei n.º 15.245, de 06.12.12)

a. 3º Quando necessário, lei estadual disciplinará a utilização dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento daEducação Básica – FUNDEB, para garantia do cumprimento dos percentuais a serem comprometidos com pagamento do magistérioestadual, conforme especicado abaixo:

I - 77% (setenta e sete por cento) para execução do ano de 2012;II - 80% (oitenta por cento) para execução dos anos de 2013 e 2014.

a. 4º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias do Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB.

a. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos nanceiros a partir de 1º novembro de 2011,ressalvado o disposto no art. 3°.

a. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

palÁcio da abolição, do GoVErno do Estado do cEarÁ, em Fortaleza, 13 de dezembro de 2011. 

Cid Ferreira GomesGOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

Maria Izolda Cela de Arruda CoelhoSECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO

Philipe Theophilo NottighamSECRETÁRIO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO EM EXERCÍCIO

 Iniciativa: podEr EXEcUtiVo

 ANEXO ÚNICO A QUE SE REFERE O ART. 1º DA LEI Nº 15.064, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011.

TABELA VENCIMENTAL DO GRUPO OCUPACIONAL MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – MAG – NÍVEL SUPE- RIOR

 A PARTIR DE 1° DE NOVEMBRO DE 2011 

 NÍVEL Vencimento 40hrs

1 1.428,30  

2 1.499,70  

3 1.574,68  

4 1.653,41  

5 1.736,09  

6 1.822,91  

7 1.914,05  

8 2.009,76  

9 2.110,24  

10 2.215,75  

11 2.326,54  

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Didatismo e Conhecimento76

 administração pública

12 2.442,86  

13 2.565,00  

14 2.693,25  

15 2.827,92  16 2.969,31  

17 3.117,79  

18 3.273,67  

EXErcÍcios

01. (FCC – TRT 9ª Região - 2010) Analise as seguintes assertivas acerca dos princípios básicos da Administração Pública:I. O princípio da eciência, introduzido pela Emenda Constitucional no 19/1998, é o mais moderno princípio da função admi-

nistrativa e exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seusmembros.

II. Todo ato administrativo deve ser publicado, só se admitindo sigilo nos casos de segurança nacional, investigações policiais,

ou interesse superior da Administração a ser preservado em processo previamente declarado sigiloso.III. Quanto ao princípio da motivação, não se admite a chamada motivação aliunde, consistente em declaração de concordância

com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas.IV. A publicidade é elemento formativo do ato administrativo, ou seja, sua divulgação ocial para conhecimento público é requi-

sito imprescindível à própria formação do ato e consequente produção de efeitos jurídicos.Está correto o que consta APENAS em(A) I, II e IV.(B) I e II.(C) I e IV.(D) II e III.(E) II, III e IV.

02 - (FGV - TRT 7ª Região - 2009) A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eciênciae, também,

(A) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e acumulados para ns de concessão de acrés-cimos ulteriores.

(B) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal doserviço público.

(C) a administração fazendária e seus servidores scais não terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedênciasobre os demais setores administrativos, na forma da lei.

(D) a autarquia será criada por lei complementar, cabendo à lei ordinária federal denir as áreas de sua atuação.(E) as administrações tributárias dos Municípios, exercidas por servidores de carreiras especícas, terão recursos secundários

 para a realização de suas atividades e atuarão de forma desintegrada.

03. (FCC - TRE DE ALAGOAS - Analista Judiciário - 2010) É mencionado expressamente no «caput» do artigo 37 da Cons-tituição Federal de 1988, o princípio da(A) efetividade.(B) eciência.(C) ecácia.(D) proporcionalidade.(E) razoabilidade.

04. (FCC – TRE ACRE - Analista Judiciário - 2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere:I. Pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes políticos e administrati-

vos.II. Pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei especíca, para realização de ati-

vidades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as criou.

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Didatismo e Conhecimento77

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III. Pessoas jurídicas de Direito Privado que, por lei, são autorizadas a prestar serviços ou realizar atividades de interesse coletivoou público, mas não exclusivos do Estado.

Esses conceitos referem-se, respectivamente, a entidades(A) autárquicas, fundacionais e empresariais.

(B) estatais, autárquicas e paraestatais ou de cooperação.(C) estatais, paraestatais ou de cooperação e fundacionais.(D) paraestatais ou de cooperação, autárquicas e estatais.(E) estatais, empresariais e fundacionais.

05. (FCC – TRT 9ª Região - Analista Judiciário - 2010) No que concerne ao tema sociedades de economia mista e empresas

 públicas, é INCORRETO armar:(A) O pessoal das empresas públicas e das sociedades de economia mista são considerados agentes públicos, para os ns de

incidência das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa.(B) As sociedades de economia mista apenas têm foro na Justiça Federal quando a União intervém como assistente ou opoente

ou quando a União for sucessora da referida sociedade.(C) Ambas somente podem ser criadas se houver autorização por lei especíca, cabendo ao Poder Executivo as providências

complementares para sua instituição.(D) No capital de empresa pública, não se admite a participação de pessoa jurídica de direito privado, ainda que integre aAdministração Indireta.(E) As empresas públicas podem adotar qualquer forma societária, inclusive a forma de sociedade “unipessoal”.

06. (FCC - TRF 5ª Região - Técnico Judiciário - 2008) Os órgãos públicos são(A) centros de competência dotados de personalidade jurídica.(B) os agentes públicos que desempenham as funções da Administração Pública.(C) centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais.(D) unicamente os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.(E) as pessoas, os sujeitos de direitos e obrigações, dentro da Administração Pública.

07. (FCC - TRF 5ª Região - Técnico Judiciário - 2008) Em conformidade com a doutrina dominante e quanto à posição que

ocupam na estrutura estatal, os órgãos públicos classicam-se em(A) singulares, colegiados superiores e inferiores.(B) autônomos, superiores, inferiores e compostos.(C) compostos, independentes, subalternos e singulares.(D) compostos, colegiados, autônomos e superiores.(E) independentes, autônomos, superiores e subalternos.

08. (FCC- TRF DA 4ª Região - Analista Judiciário - 2010) O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, emdecorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo é denominado

(A) readaptação.(B) reintegração.(C) reversão.

(D) transferência.(E) recondução.

09. (TRE DE RONDÔNIA - AOCP - Analista Judiciário – 2009) Assinale a alternativa correta. É vedada a acumulação remu-nerada de cargos públicos, EXCETO, quando houver compatibilidade de horários.

(A) A de dois cargos de professor com outro cargo técnico ou cientíco.(B) A de dois cargos ou empregos privativos de prossionais de saúde, com prossões regulamentadas.(C) A de dois cargos ou empregos privativos de prossionais de saúde, com prossões regulamentadas; a de três cargos de pro-

fessor com outro técnico ou cientíco.(D) A de três cargos ou empregos privativos de prossionais de saúde, com prossões regulamentadas com outro cargo técnico

ou cientíco.(E) A de um cargo de professor com outros dois cargos técnicos ou cientícos.

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Didatismo e Conhecimento78

 administração pública

10. (FGV - TRT 7ª Região - Analista Judiciário - 2009). Em referência aos Servidores Públicos, é correto armar que:(A) a Lei da União disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em

cada órgão, autarquia e fundação, sendo vedada a aplicação no desenvolvimento de programa de racionalização do serviço público.(B) a União manterá escola de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, sendo que a promoção na

carreira independe de participação nos cursos.(C) os Ministros de Estado serão remunerados por subsídio xado em parcela única, sendo permitido o acréscimo de abono e

verba de representação.(D) os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão semestralmente os valores do subsídio e da remuneração dos car-

gos e empregos públicos.(E) a xação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará a natureza, o grau de

responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira, os requisitos para a investidura, as peculiaridades doscargos.

11. (FCC - TRT 8ª Região Técnico Judiciário - 2010) Sobre cargo público é correto armar:(A) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas.(B) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na

forma da lei.(C) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente.(D) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um cargo.(E) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo. 

12. (FCC - TRT 8ª Região - Técnico Judiciário - 2010) As funções de conança serão exercidas(A) por servidor designado mesmo que não ocupe cargo na Administração Pública.(B) preferencialmente por servidores ocupantes de cargo efetivo.(C) alternadamente por ocupantes de cargo efetivo e de cargo em comissão.(D) exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.(E) por servidor aposentado que retorna ao serviço público, sem ocupar cargo.

13. (FCC - TRT 9ª Região - Técnico Judiciário - 2010) No tocante aos cargos, empregos e funções públicos, é INCORRETO

armar:(A) Cargo em comissão é o que somente admite provimento em caráter provisório, sendo declarados em lei de livre nomeação e

exoneração, destinando-se apenas às atribuições de direção, chea e assessoramento.(B) Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo.(C) Cargo isolado é aquele que não se escalona em classes, por ser o único na sua categoria.(D) Classe consiste no agrupamento de carreiras de mesma prossão, com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimen-

tos.(E) O cargo de chea pode ser de carreira ou isolado, de provimento efetivo ou em comissão, tudo dependendo da lei que o

instituiu.

14. (FCC - TRT 16ª Região - Técnico Judiciário – 2009) A estabilidade dos servidores públicos nomeados para cargo de pro-vimento efetivo em virtude de concurso público se dará após três anos

(A) da proclamação do resultado do concurso.(B) de efetivo exercício.(C) da sua posse.(D) da sua nomeação.(E) da publicação da sua nomeação em diário ocial.

15. (FCC – TRE AC - Técnico Judiciário - 2010) O retorno à atividade de servidor aposentado, dentre outras hipóteses, por invalidez, quando junta médica ocial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, denomina-se:

(A) Readaptação.(B) Recondução.(C) Reintegração.(D) Reversão.(E) Transferência.

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Didatismo e Conhecimento79

 administração pública

16. (FCC - TRF 5ª Região - Técnico Judiciário - 2008) Os agentes públicos

(A) são pessoas físicas incumbidas, denitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.(B) se restringem aos funcionários públicos, que prestam serviços na Administração direta.(C) se restringem às pessoas físicas incumbidas denitivamente do exercício de alguma função estatal.

(D) são os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, exclusivamente.(E) são os servidores que atuam na Administração direta, exclusivamente.

17. De acordo com a Lei Nº 9.826/1974 (Estatuto Dos Funcionários Públicos Civis Do Estado Do Ceará) f e v-e e g , EXCETO:

a) nomeação. b) promoção.c) vinculação.d) transferência.

18. Segundo a Lei Nº 9.826/1974 n u equ e e e g :a) ser brasileiro.

 b) ter completado 16 anos de idade.c) estar no gozo dos direitos políticos.d) estar quite com as obrigações militares e eleitorais.

19. Assinale a autoridade que não possui competência para empossar o funcionário público que trabalha na Secretárias Estaduais,sobre a luz da Lei Nº 9.826/1974 do Estado do Ceará:

a) o Governador do Estado. b) os Secretários de Estado.c) os dirigentes das Secretarias Administrativas.d) o Diretor-Geral do órgão central do sistema de pessoal.

20. Segundo a Lei Nº 9.826/1974, o funcionário será licenciado:a) para tratar de negócios particulares.

 b) por acidente em seu domicílio.c) por motivo de doença em pessoa fora de sua família.d) quando gestante.

GABARITO

01 B

02 B

03 B

04 B05 D

06 C 

07 E 

08 E 

09 B

10 E 

11 B

12 D

13 D

14 B

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 administração pública

15 D

16 A

17 C 

18 B19 B

20 D

 anotaçÕEs

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