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Trabalho de Educação Física sobre Doping e Ética

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Doping e tica

Doping e tica

Escola Secundria de Santa MariaAno Letivo 2013/2014

Disciplina: Educao FsicaProfessor: Rui FonsecaData de entrega: 14 de fevereiro de 2014

Trabalho realizado por: Brbara Custdio, n1, 12J Cerisa Correia, n5, 12J Eveline Borges, n7, 12J Filipa Santos, n9, 12J ndice

Introduo3Doping, o que ?3A histria do Doping3Histria da luta contra o Doping em Portugal4Porque existe Doping?6Tipos de Doping6Mtodos de Dopagem12Porque devemos combater o Doping?13Exames Antidoping14Curiosidades14Caso famoso: Lance Armstrong15tica e o Fair-Play16Fair-Play16Doping e tica17Concluso18Bibliografia19

IntroduoEste trabalho foi realizado no mbito da disciplina de Educao Fsica.O tema deste trabalho centra-se em duas temticas muito importantes no desporto: o doping e a tica.Ns optmos por estes temas porque achamos que hoje em dia o doping um dos problemas mais atuais e tambm um dos mais preocupantes, no s pelo facto de falsear a verdade desportiva mas tambm porque esta prtica quase sempre muito perigosa para os prprios atletas.Pretendemos definir e explicar em que consiste a prtica do doping, a sua histria, os vrios mtodos, tcnicas e drogas usadas, explicando o que fazem, que capacidades fsicas que melhoram e quais os problemas que podem provocar na sade dos desportistas. Tambm vamos falar sobre porque devemos combater o Doping, ainda faremos referncia a algumas curiosidades e o caso Lance Armstrong (breve notcia) . Na parte da tica, vamos falar sobre em que consiste esta, o fair-play e o doping e a tica.Esperamos que este trabalho seja apelativo e informativo, e esperamos explicar e tratar o melhor possvel este tema controverso.Doping, o que ?Administrao ou uso por parte de qualquer atleta de qualquer substncia fisiolgica tomada em quantidade anormal ou por via anormal sendo a nica inteno a de aumentar de uma forma artificial e desonesta a sua performance na competio. A histria do dopingO uso deste tipo de drogas j tem mais de um sculo, quando em 1904 Thomas Hicks venceu a maratona recorrendo a grandes doses de conhaque e estricnina, para assim conseguir suportar o desgaste da prova, tendo desmaiado logo aps ter cortado a meta em primeiro lugar.Em 1936, pensa-se que os atletas da Alemanha Nazi j usavam os primeiros esteroides base de testosterona.Em 1954 existiram rumores de que desportistas soviticos usaram injees de testosterona no Campeonato do Mundo de levantamento de pesos. Nesse ano muitos recordes foram batidos pelos mesmos atletas. Oito anos mais tarde, em 1962, um mdico da Unio Sovitica foi trabalhar para a equipa dos EUA, conseguindo nesse ano levar a equipa americana a dominar a prova de levantamento de pesos. Suspeita-se que Jonh Ziegler deu aos desportistas dianabol, um esteroide anabolizante.Mas s a partir de 1960 que se iniciou a era moderna do doping, quando no Giro de Itlia, prova de ciclismo mais importante de Itlia e uma das mais conhecidas no Mundo, o dinamarqus Knut Jensen morreu durante a competio. Aps este trgico acontecimento, o Comit Olmpico Internacional decidiu tomar medidas antidoping em todas as provas oficiais, principalmente no Jogos Olmpicos. Desde ento as tcnicas e os meios na deteo de doping tm evoludo, embora mais lentamente que as tcnicas dopantes.Em 1999, os pases de todo o mundo e o Movimento Desportivo chegaram concluso que tinham que dar as mos para que se pudesse promover uma luta eficaz contra este flagelo. A criao da Agncia Mundial Antidopagem, numa parceria pioneira entre as autoridades pblicas e o Movimento Desportivo, e o lanamento do Programa Mundial Antidopagem comeam a dar os seus frutos, apertando cada vez mais o cerco aos prevaricadores. A aprovao unnime na UNESCO, em outubro de 2005, da Conveno Internacional Contra a Dopagem em tempo recorde representa igualmente um marco muito importante na luta contra a dopagem.A utilizao de substncias dopantes no se cinge, infelizmente, ao desporto de competio, atingindo igualmente os jovens em idade escolar e os utentes de ginsios de musculao. A dimenso da utilizao de substncias dopantes fora do desporto de competio representa, atualmente, em muitos pases do mundo, um problema de sade pblica.Hoje em dia, at para desportos mentalmente muito exigentes, como o xadrez, existem prticas de dopagem.

Histria da Luta contra o Doping em PortugalPortugal tem um longo historial em termos da Luta contra a Dopagem no Desporto. No final dos anos 60, o Movimento Desportivo tomou conscincia plena da existncia desta problemtica. Em 1968 o Comit Olmpico Internacional (COI) decidiu realizar pela primeira vez controlos de dopagem no Jogos Olmpicos de vero que decorreram na cidade do Mxico.Nesse mesmo ano (1968) foi realizado o primeiro controlo de dopagem no nosso pas, no decurso da Volta a Portugal em bicicleta, pelos Dr. Carlos Tapadinhas e Carlos Bic.Em 1970 Portugal publica o primeiro diploma legal onde a temtica da dopagem abordada, atravs do Decreto-Lei n 420/70.As autoridades portuguesas preocupadas com a situao decidem criar em 1977 a Comisso para Regulamentao do Controlo Antidopagem, coordenada pelo Dr. Orlando Azinhais, que representou a estrutura pioneira do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD).Em setembro de 1979 publicada a primeira Legislao sobre o Controlo Anti-Doping (Decreto-Lei n 374/79), regulamentada no incio de 1980 (Portaria 378/80), tendo ambos os diplomas sido debatidos previamente no Conselho Superior de Educao Fsica e Desporto. O nmero de modalidades desportivas controladas no nosso pas foi aumentando de uma forma progressiva, tendo pela primeira vez ultrapassado a 10 modalidades em 1988, as 20 modalidades em 1992, as 30 modalidades em 1998, as 40 modalidades em 2000 e as 50 modalidades em 2004.Embora o nmero de modalidades controladas tenha vindo a aumentar progressivamente s a partir do ano de 1998 que o CNAD passou a conceber anualmente um verdadeiro Plano Nacional Antidopagem em cooperao estreita com as Federaes Desportivas titulares de utilidade pblica desportiva.O COI preocupado com a utilizao crescente de esteroides anabolisantes e de outras substncias dopantes com efeitos de longa durao, concebeu em 1994 os controlos de dopagem fora de competio. Em 16 de novembro de 1989 aprovada em Estrasburgo a Conveno contra a Dopagem do Conselho da Europa, que foi assinada pelo nosso pas em 1990 e ratificada em 1994 atravs do Decreto-Lei n 2/94 de 20 de janeiro.Portugal participou na elaborao do Cdigo Mundial Antidopagem e das Normas Internacionais elaboradas pela AMA. Ainda participou ativamente na elaborao da Conveno Internacional contra a Dopagem da UNESCO. Em suma, podemos concluir que Portugal tem desenvolvido desde o final dos anos sessenta um slido sistema de luta contra a dopagem, atravs da criao de instrumentos jurdicos, do lanamento de campanhas educativas e informativas, da implementao de um programa de controlos de dopagem em competio e fora de competio e num esforo notvel de manter um laboratrio acreditado, inicialmente pelo COI e atualmente pela AMA, desde 1987.Porque existe Doping ?O aparecimento do Doping deve-se a:. Fatores externos prpria essncia do desporto;. Constante presso que exercida sobre os praticantes ao exigir-lhes uma superao constante e continua do seu rendimento desportivo. O desportista tambm recorre a estas substncias para:. Aumentar a sua fora e massa muscular;. Aumentar a sua capacidade cardaca e nveis de concentrao;. Diminuir os estados de fadiga provocada pelo treino, etc. Ou seja, alguns atletas recorrem ao Doping para conseguir a vitria sem menor esforo.

Tipos de DopingAnalgsicos

Fig. 1 - AnalgsicosOs analgsicos so substncias muito frequentes em desportos fisicamente muito exigentes, como a maratona e o triatlo. Estes conseguem diminuir a dor, fazendo com que o atleta a suporte melhor. Podem provocar nuseas, vmitos, insnias, depresso, perda de equilbrio, diminuio da frequncia cardaca, diminuio da capacidade de concentrao e ainda pode causar o agravamento de leses j existentes.

Beta-bloqueantesOs Beta-bloqueantes so utilizados no desporto de uma forma semelhante aos analgsicos pois tambm eles ajudam:. A combater o nervosismo, stress e ansiedade;. A diminuir o ritmo cardaco.

Fig. 2 Tiro ao alvoEstas funes so altamente proveitosas para desportos:. De alta preciso;. Por exemplo: tiro ao alvo, tiro com arco, bilhar, xadrez, natao sincronizada;O consumo desta substncia provoca:. Hipotenso (tenso arterial baixa);. Paragens cardacas;. Asma;. Impotncia Sexual;. Insnias.DiurticosSo usados um pouco antes das provas para desidratar o organismo e diminuir o peso dos atletas. Este tipo de substncias tem como funo :. Aumentar a quantidade de urina produzida;. Perder-se peso rapidamente;Efeitos Secundrios:. Desidratao;

Fig. 3 Levar o corao s costas.. Cibras;. Doenas Renais;. Alteraes no volume do sangue e no ritmo cardaco.Se os problemas cardacos e renais tornarem-se muito graves, podem mesmo levar morte do atleta.EstimulantesOs estimulantes agem diretamente no sistema nervoso, fazendo o atleta ficar mais excitado. So substncias que:. Estimulam e aceleram a atividade cerebral; . aumentando a atividade e diminuindo o cansao do atleta.So mais frequentes a seguir aos Esteroides;So drogas como:. Anfetaminas;. Estricnina;. Cafena;

Fig. 4 - Estimulantes. Cocana;Os estimulantes podem ser tomados por via oral, em p, atravs da inspirao nasal, injees e podem mesmo ser fumados...Consequncias para a sade:. Aumento da presso arterial;. Podem fazer com que o atleta emagrea;. O uso contnuo pode destruir clulas nervosas;

Fig 5 Efeitos dos estimulantes. Pode provocar insnias;. Euforia;. Alteraes de comportamento;. Tremores;. Respirao acelerada;. Confuso cerebral;. Ataques cardacos;. Overdoses, quando tomados em excesso.Narcticos

Fig 6 - PugilismoSo usados para melhorar o desempenho e para aliviar a dor.So empregues em quase todas as modalidades, por exemplo:. Ciclismo: para diminuir a resposta do organismo dor devido a um esforo fsico excessivo; . Pugilismo: para que o atleta possa continuar a lutar aps sofrer uma leso. As substncias mais utilizadas desta classe so a morfina e os seus derivados. Efeitos Secundrios:. Depresso Respiratria;. Dependncia fsica e psquica.

Fig 7 - Arnold Schwarzenegger (antes e depois).Esteroides AnabolizantesSo as drogas mais utilizadas no desporto de alta competio, especialmente nos desportos que necessitam de grande fora fsica e consequentemente, grande fora muscular;Por indicao mdica so usados no tratamento de doenas como por exemplo da anemia, hipogonadismo e angioedema hereditrio;O uso ilcito por atletas, frequentadores de ginsios ou pessoas de baixa estatura feito na crena de que estas drogas:. Aumentem a massa muscular;. Aumentam a agressividade;. Diminuem o tempo de recuperao entre os exerccios intensos;. Melhoram a aparncia.

Os Esteroides existem naturalmente no nosso organismo, principalmente em indivduos masculinos testosterona.As hormonas Esteroides possuem basicamente 2 funes no organismo: . Funo Andrognica;. Funo Anabolizante.Os Esteroides anabolizantes apresentam muitos problemas a nvel fsico e o seu consumo prolongado pode provocar danos muito srios no organismo.Est provado que o uso prolongado de Esteroides conduz a graves problemas cardacos e hepticos no anos seguintes, aumentando grandemente o risco de ataque cardaco quando o atleta atinge o patamar dos 40, 50 e 60 anos.

Hormonas PeptdicasAs hormonas peptdicas tm diversas funes. Uma das principais a fixao peptdica, ou seja, ajudam os msculos nas suas funes anablicas, contribuindo assim na fixao de aminocidos necessrios para a construo destes. Existem vrios tipos destas hormonas, tendo cada uma a sua respetiva funo:. Eritropoetina Tambm conhecida como EPO. Estimula a produo de glbulos vermelhos, aumentando assim a resistncia dos atletas.. hCG Hormona produzida por um feto durante a gravidez, tambm utilizada pelos homens para aumentar a produo de esteroides. Existem tambm mulheres que engravidam para aumentar a concentrao de hormonas femininas que a hCG provoca. Depois do teste de controlo, estas atletas abortam.. HC Hormona do crescimento, que tal como o nome indica produzida em grandes quantidades durante a puberdade e permite o crescimento dos indivduos e a recuperao dos tecidos musculares.. LH Hormona que existe naturalmente no nosso organismo e que utilizada para estimular a produo de testoesterona nos testculos.A utilizao destas drogas pode provocar, entre outras coisas deformaes sseas, miopia, distrbios hormonais, cogulos sanguneos, diabetes, hipertenso e doenas articulares.Injeo de sangueAlguns atletas injetam at um litro de sangue pouco antes da competio. A transfuso aumenta a quantidade de glbulos vermelhos, melhorando a capacidade de circulao de oxignio entre as clulas at 5%.

GlucocorticoesteroidesOs glucocorticosterides facilitam a recuperao do atleta aps o esforo. Apesar disso, essa substncia pode vir a provocar ao desportista insnias, hipertenso arterial, azia, leses musculares e sseas, dificuldade de cicatrizao, agressividade e problemas cardiovasculares.

CanabinidesEstas substncias so ingeridas pelos atletas, de modo a diminurem a ansiedade antes da competio. Podemos, no entanto, referir a diminuio da ateno, o aumento da frequncia cardaca, tumores, inflamaes, perda de memria e alucinaes como sendo os efeitos secundrios desta droga.

Beta-AgonistasEste o ltimo grande grupo de drogas dopantes. Os beta-agonistas so drogas que se destinam a aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda. Uma droga beta-agonista muito conhecida a adrenalina, que existe espontaneamente no nosso organismo e que libertada quando estamos sujeitos a situaes de grande tenso ( por isso que, quando ameaados ou em perigo, o homem consegue fazer certas proezas ou utilizar certa fora que normalmente no conseguiria usar).Como efeitos secundrios prejudiciais temos o aparecimento de insnias, agressividade, tremores e nuseas, falta de concentrao, distrbios psquicos, aumento da presso arterial, problemas cardiovasculares...

Substncias dopantes (resumo)Estimulantespseudoefedrina, efedrina, anfetamina, cocana, cafena,

Analgsicosmorfina, codena, propoxifeno, petidina, buprenorfina, metadona, herona,

Canabinideshaxixe, marijuana,

Esteroides anabolizantesnandrelona, testosterona, estanozolol,

Hormonas peptdicashormona de crescimento, eritropoietina, insulina, corticotropina,

Beta-agonistasadrenalina, dobutamina, isoprenalina,

Beta-bloqueantesacebutolol, propranolol, atenolol, metoprolol,

Diurticosepitesterona, hidroclorotiazida, furosemido, espironolactona, triamtereno,

Glucocorticoesteroidescortisona,

Mtodos de DopagemDopagem Sangunea. consiste no uso de substncias para aumentarem o nmero de glbulos vermelhos;. Este mtodo perigoso pois maior nmero de glbulos vermelhos significa sangue mais viscoso, e como tal h um maior risco de ataque cardaco.Manipulao farmacolgica, fsica e qumica da urina. conjunto de tcnicas que visa alterar a validade e a integridade das amostras de urina e sangue usadas nos controlos antidoping. . Destaca-se:- a alterao das amostras de urina;- a inibio da excreo renal;- cateterizao ;- uso de substncias mascarantes.

Fig 8 Aqui jaz Dona tica .Porque devemos combater o Doping?Motivos ticos. O doping e o desporto so incompatveis;. Recorrer ao doping contrrio aos conceitos de tica e lealdade desportiva;. A sua utilizao transforma o desportista num objeto que se manipula, como se fosse uma mquina que tem de render o mximo , mesmo que para isso no dure muito tempo.. Contradiz a finalidade mais importante do desporto:- Contribuir para a melhoria da sade fsica, mental e social do individuo. Fig 9 No ao dopingMotivos Sanitrios. A utilizao do doping potencialmente perigosa para a sade, porque:- Sujeita o organismo ultrapassagem dos seus prprios limites;- Produz alteraes nas suas funes orgnicas e psquicas;- Pode provocar dependncia no uso de drogas;- Provocando assim, uma degenerao fsica, por vezes irreversvel.Exames AntidopingOs vencedores das provas individuais e alguns atletas das equipas coletivas, so obrigados a permitir a anlise da sua urina para que se proceda ao control de doping.A lei tambm permite a convocao de outros atletas sob suspeita. O material colhido separado em dois frascos (prova e contraprova);Cromatgrafo e espectrmetro - so usados para a anlise da urina.No caso de algum resultado positivo, o presidente do Comit Anti-dopagem, encaminha ao laboratrio o pedido para que a contraprova seja analisada. Fig 10 Controlo AntidopingCuriosidadesAo contrrio dos estimulantes, que para fazer efeito devem ser tomados uma nica vez nas vsperas das competies, os anabolizantes so ingeridos na poca dos treinos por perodos contnuos que variam entre trs e seis meses:. Tempo suficiente para o organismo eliminar traos de substncias proibidas;. Permitindo assim a passagem nos exames anti-doping.Para fazer face a essa situao, desde 1993 que a Federao Internacional de Atletismo realiza exames surpresa nos melhores atletas do mundo.O exame de sangue seria muito mais eficiente no controlo anti-dopagem, mas no permitido pelo C.O.I. . Pois teme o protesto de alguns pases, que alegaro motivos religiosos para evitar que os seus atletas tirem sangue.Para usar a cafena como estimulante, o atleta teria que tomar num curto espao de tempo 36 copos de caf;Foi no Canad, em 1967, numa prova de ciclismo, que estrearam os testes antidoping oficialmente no desporto amador. Nesse mesmo ano, a comisso mdica do COI instituiu uma lista de substncias proibidas; de salientar que Portugal foi o primeiro pas a implementar medidas antidoping nas competies de xadrez.

Um caso Famoso: Lance Armstrong

Fig 11 Lance ArmstrongLance Armstrong despe as sete camisolas da Volta Frana Lance Armstrong foi banido, para sempre, do ciclismo. A Unio Ciclista Internacional (UCI) confirmou, esta segunda-feira, a deciso da USADA, a agncia norte-americana antidopagem.Armstrong j no o septplo vencedor da Volta Frana. As vitrias foram-lhe retiradas, consequncia do relatrio de mil pginas da USADA, que acusa o ciclista de ter elaborado o programa de dopagem mais sofisticado do desporto.Pat McQuaid, o presidente da UCI, afirma que a organizao no recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto e reconhece a sano imposta pela USADA. A UCI vai banir Lance Armstrong do ciclismo e retirar-lhe os sete ttulos de vencedor da Volta a Frana. Lance Armstrong no tem lugar no ciclismo.Questionado sobre o seu futuro, Pat McQuaid afirma que no se demitir do cargo de presidente da Unio Ciclista Internacional ao qual chegou em 2005 com o objetivo, diz, de lutar contra a dopagem.Para Lance Armstrong, por seu lado, a queda de um mito. http://pt.euronews.comA tica e o fair-play

Fig 12 O bem e o mal Do grego ethik ou do latim ethica (cincia relativa aos costumes), tica o domnio da filosofia que tem por objetivo o juzo de apreciao que distingue o bem e o mal, o comportamento correto e o incorreto. Os princpios ticos constituem-se enquanto diretrizes, pelas quais o homem rege o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral dignificante.Numa sociedade em que os valores esto em constantes alteraes no comportamento de cada indivduo, a identificao desses mesmos valores nos jovens atletas de vital importncia para melhor se entender o processo pelo qual eles tomam determinadas decises, em situaes desportivas. As questes associadas tica no desporto, e mais especificamente as que dizem respeito ao esprito desportivo e tolerncia, assumem hoje uma importncia acrescida.A tica Desportiva surge como uma estrutura moral que define alguns limites para o comportamento dos desportistas, de forma a preservar um sistema desportivo civilizado. neste momento que entra o conceito de Fair-Play como uma extenso do conceito de tica desportiva.Fair-playO fair-play significa muito mais do que o simples respeitar das regras; cobre as noes de amizade, de respeito pelo outro, e de esprito desportivo, um modo de pensar, e no simplesmente um comportamento. O conceito abrange a problemtica da luta contra a batota, a arte de usar a astcia dentro do respeito das regras, o doping, a violncia (tanto fsica como verbal), a desigualdade de oportunidades, a comercializao excessiva e a corrupo.O fair-play um conceito positivo. O Cdigo considera o desporto como uma atividade sociocultural que enriquece a sociedade e a amizade entre as naes, contanto que seja praticado legalmente. O desporto tambm considerado como uma atividade que, se for exercida de maneira leal, permite ao indivduo conhecer-se melhor, exprimir-se e realizar-se; desenvolver-se plenamente, adquirir uma arte e demonstrar as suas capacidades; o desporto permite uma interao social, fonte de prazer e proporciona bem-estar e sade. O desporto, com o seu vasto leque de clubes e voluntrios, oferece a ocasio de envolver-se e de tomar responsabilidades na sociedade. Alm disso, o envolvimento responsvel em certas atividades pode contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade para com o meio ambiente.O desporto um campo de cultivo de fair-play, do respeito pela pessoa humana. Porm, pelas palavras de Jorge Bento (1995) no desporto so treinados conscientemente truques, processos e formas de atuao margem das regras, so ensinados artifcios fraudulentos (isto desde as mais baixas idades). No interesse da garantia do sucesso so frequentemente empregues meios ilcitos. H tambm as Federaes Desportivas que apresentam normas de exigncias e de rendimento muito difceis de alcanar sem o recurso a anabolizantes ou produtos semelhantes.As necessidades de canalizao de grandes investimentos no sector do desporto profissional, radicalizam interesses, pressionam resultados, tornando a ao desportiva incompatvel com os ideais ticos de cooperao e fair-play na competio.

O Doping e a ticaAs competies desportivas apenas devem envolver os seus protagonistas e o desenvolvimento mximo das suas capacidades de uma forma natural e no artificial.Os valores que o desporto encerra e que contribuem para a promoo de uma sociedade saudvel, no esto em sintonia com o uso de drogas, uma vez que a utilizao destes medicamentos d vantagem a alguns atletas, mas de forma desleal.Conclui-se portanto que os ideais ticos no desenvolvimento do desporto de competio, assentam numa confrontao na base da cooperao, do fair-play e da lealdade de uns para com os outros, onde a nfase no peso da vitria d lugar valorizao do prazer da participao e do desempenho desportivo. No entanto, para que se preservem estes ideais, haver muito trabalho a realizar, e uma vontade explicita transposta em aes, por parte das estruturas dirigentes das organizaes desportivas, que, naturalmente, tero de envolver as equipas tcnicas, os seccionistas dos clubes, as famlias e os prprios atletas na defesa e na aquisio desses mesmos valores.Certamente que s a ao concertada das organizaes e dos diferentes atores, poder inverter a tendncia a que hoje se assiste quando, um pouco por todo o lado, se fazem sentir atropelos aos ideais ticos.Enfim, um bom desportista ser aquele que conseguir dominar os aspetos tcnicos da modalidade, utilizando-os taticamente da melhor forma, cumprindo sempre o regulamento e tendo uma conduta tica adequada.No desporto, a quem souber perder no se lhe exige que goste de perder; apenas se lhe pede que consiga minimamente manter s para si os sentimentos daqueles momentos, o que tanto mais difcil quanto mais intensa a emoo vivida.

Vejo a TICA desfigurada pelo engodo traioeiroVejo homens que se prestam a servis interesseirosVejo pragas que se alastram e embaam a visoEm condutas vergonhosas, lamentvel aberrao. Agamenon Almeida

ConclusoO presente trabalho foi realizado com empenho e pensamos que cumprimos os objetivos propostos partida.Pretendemos informar e alertar todos sobre a pratica do doping e dos seus verdadeiros perigos. Pensamos que aps a leitura deste trabalho tenham compreendido melhor o que o doping, como utilizado e principalmente quais os verdadeiros perigos que acarretam para a sade humana. A questo do doping no desporto envolve srias questes ticas. Usualmente, assume-se como certo que o uso de drogas proibidas anti-tico, especialmente pelo facto de que se busca recurso no-natural para aumentar a performance, atentando-se contra a honestidade na competio, inclusive com riscos para a prpria sade. Cabe a cada um de ns lutar contra este problema dizendo NO ao uso fraudulento de substncias nas nossas atividades desportivas.Como comentrios finais, gostaramos de acrescentar que gostmos de realizar este trabalho pois adquirimos muita informao nova sobre o doping, um dos temas mais importantes e atuais da realidade desportiva.

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