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M III ANNO DOMINGO, 1 DS FJSV-EREIRO DE 1903 m N.° S i SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assiguatiira Anno, iSooo réis; semestre, 5 oo réis. Pagamento adeantado. v 2 para o Brazil. anno, 2$5oo réis Imoeda for:e). Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ^ EDITOR — José Augitsto Saloio T f i i C A O E H O l i l A P I l I A I % z iíi r; S IJ 19, i.° — RUA DIREITA — 19, i.° A D E G A I, I , I<20 ,v Fiilíllcaçõcs C. Annuncios— i.» publicação. 40 réis a knna. nas seguintes,' £) 20 réis. Annuncios na 4-a pagina, contracto esp ciai. Os auto- . r r r r n *1 93 U graphos não se restituem quer sej;im ou não publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio EXPEDIENTE .%cceiíiSEB!-sc conagrati dão quaesquer noticias <j«c sejam i!< ‘ inicresse psiltEico. EftOES granuiosas Teem enchido de sangue e de lagrimas as paginas da Historia.. . e chamam- lhes Heroes! Teem feito com que mi lhares de homens se ma tem uns aos outros no campo da batalha, nessa vergonhosa carniíicina a que dão o nome de guer ra. e coroam-nos de iouros, e fazem-lhes a.otheoses! Vão perguntar ás mães que perderam os liihos na guerra, ás mulheres que ficaram sem os esposos nessa medonha, heeatombe de carne humana, vão per guntar-lhes o que são esses heroes, esses conquistado res, e ellas chamar-lhes- hão muito simplesmente: «Assassinos!» Heroes são os que se sa crificam por uma causa nobre e justa, os devota dos apostolos da sciencia, os que, como o nosso Ca mara Pestana e tantos ou tros, morrem no seu pos to, salvando os seus irmãos enfermos á custa da pró pria vida; heroes são os que illuminam o mundo com a luz dos grandes des cobrimentos, heroes são os que se arrojam, resolu tos, ao fogo ou á agua, para roubarem as victi- mas áquelles elementos inclementes. A esses é que devem offertar-se corôas e lauréis; esses é que de vem dignificar-se, com as maiores honras e louvores. Os outros, os que fazem orphãos e viuvas, os que semeiam o luto e o sangue, não teem jus á nossa con sideração! E’ sempre ver gonhoso o semblante de Caim! JOAQUIM DOS ANJOS. Aos nossos assignantes Pedimos aos nossos esti mareis assignantes a quem enviamos o jiosso jornal pelo correio, e que se acham em divida, a finesa de nos mandarem satisfazer a im- porlancia da sua asssighd- tura afim de não sojfrerem interrupção na remessa de •‘0 Domingo,j. AGRICULTURÂ \ 1 gíausas conslties*acees sobre a plaig-taçãíí «Is arvores. Não é indifferente a es colha da época para a plan tação quer de essencias florestaes, quer de arvores de fructo. Ha entre nós um velho ditado que diz que em outubro pega tudo; is to, porém, só é absoluta mente verdadeiro para as plantações a fazer em ter renos com todos os requi sitos precisos para o bom desenvolvimento dos vege taes que nelle forem collo- cados. A qualidade do terreno, o seu grau de humidade, a sua localisação, a tempe ratura, a qualidade das ar vores a plantar influem muito na época que se de ve escolher para fazer as plantações. Em geral podem dividir- se as arvores e arbustos em duas grandes ordens: as arvores de folha caduca e as arvores de folha per sistente. Claro é que as primei ras podem ser plantadas durante todo o periodo em que estão privadas de fo lhas, isto é, desde o fim de outubro até março. Nesta occasião a vida vegetal nelles é muito pequena, evapora muito pouca agua, e portanto pouco soffrem com o arranque do solo e a exposição das raizes ao ar livre. As segundas não se po dem plantar na força do inverno, por isso que en tão soffreriam muito em virtude do frio não lhes permittir a emissão de no vas raizes. Carecem por isso de ser muda das antes do inverno, em setembro ou na primavera, em março, que é quando a vegetação das arvores de folha persistente, sobretu do das coniferas, enfraque ce um pouco. Carecem tambem de ser arrancadas com o cuidado mais meticuloso, com um grande terrão, de modo que as raizes soffram o me nos possivel. Tambem é indispensável que a parte: aérea não seja podada nem receba córtes de qualidade alguma. Convém muito orientar todas as arvores na occa sião de serem arrancadas, isto é, marcar o lado que está voltado para o sul, aíim de, ao plantal-as, as collocar na mesma direc ção. Isto é muito util, por- isso que o lado voltado para o norte é mais resis tente que o voltado para o sul, e se, ao plantal-as, houvesse troca, o vegetal soíTreria com isso, e, ao abalo do arranque e da plantação, juntaria o do desequilíbrio da circulação motivado por uma diffe- rente orientação. Sob o ponto de vista da plantação o solo pode ser considerado pesado, com pacto, húmido e frio ou le ve, permeável e sécco. Nos terrenos da primei ra cathegoria é indispensá vel plantar só no fim do inverno, por isso que a hu midade conjugada com o frio apodreceria as raizes das arvores matando-as irremediavelmente. Nos terrenos da segun da cathegoria dão melhor resultado as plantações, cedo no outono, pois na primavera estão mais su jeitas aos inconvenientes da secca visto, quando o calor começa a actuar no solo, as arvores não tem tido tempo ainda de emit- tir novas raizes, o que não acontece com a plantação outonal. A temperatura tambem deve entrar em linha de conta por isso que na re gião onde os frios forem intensos e demorados con vém mais a plantação na primavera, e muito em especial quando os terre nos são húmidos. EDUARDO SEQUEIRA. (Da Gazeta das Aldeias). ATHENEU COMMERCIAL DO PORTO Gerencia de 19)2 a 19 >3 Renovação do theatro portuguez Reconhece-se em toda a Europa e em todas as Lit- teraturas modernas, que o Theatro está atrazado e esgotado nos seu.; recur sos; mas ninguém ainda presentiu o modo dessa renovação reclamada. As fórmas lyricas e narrativas tem-se transformado pelo impulso de genios creado- res: as fórmas dramaticas^ pelo contrario tem dege nerado ao ponto de fazer- se da scena uma exhibição de pathologia social. Para a renovação do Theatro é necessário de duzir do seu percurso a li nha para onde elle se ha de dirigir: a mais alta ex pressão dramatica foi at- tingida por Moliére, mas não se elevou fora do es pirito negativo. A phase nova do Theatro visará ao intuito constructivo, tendo de nos apresentar os altos caracteres como typos de imitação. Nesta ordem de idéas, o Atheneu Commercial do Porto querendo prestar um alto serviço á Littera tura portugueza institue um premio unico de réis 100 >000 ao escriptor que apresente um acto dando expressão artistica a qual quer destas simples theses: «Conformar os nossos actos com os nossos prin cípios». «Harmonisar os nossos sentimentos com os nos sos pensamentos». «Egualar as nossas aspi rações com o nosso poder da nossa vontade». A peça deverá ser inédi ta, dactualidade sem imi tações de Theatro extran- geiro, buscando exclusiva mente nos nossos costumes exemplos nobres a seguir. Não serão admittidas as obras que explorem a faci lidade dos negativismos so ciaes tanto em voga no theatro francez, nem os re- buscos de originalidade nos aleijões humanos. Entrevêr o fim constru ctivo será entrever a reno vação do Theatro Portu guez. Eis o nosso fim que, a realisar-se, erguerá para sempre o artista cuja forte organisação phylosophica saiba impòr a nova e uni ca orientação. > ISases «ioConcurso Julgará do merito das obras o Conselho de Arte Dramatica ou um Juay ex pressamente formado en tre escriptores de compro vado talento. As copias dos originaes (escriptos por copistas), de verão sei- dirigidas á Secre taria do Atheneu imprete rivelmente até 3 i de Mar ço do corrente anno, devi damente lacradas e com a rubrica exterior concurso fijdterario- Nenhum ma- nuscripto poderá conter nome ou rubrica que indi que o seu auetor sendo portanto anonymos e tão sujeitos a uma divisa : em enveloppe junto, egual- mente o nome do auetor e a mencionada divisa es cripta e assignada por elle. Esses enveloppes serão conservados intactos, guar dados no cofre da Socieda de até á decisão do Jury, sendo apenas aberto o en veloppe cuja legenda cor responda á da peça pre miada. Todas as outras ficarão á disposição de seus aucto- res, guardando o Atheneu absoluto segredo sobre a propriedade delias como provará entregando, sob reclamação dos interessa dos, os respectivos origi naes e os enveloppes per feitamente intactos. A peça escolhida será' representada no Salão No bre por amadores distin- ctissimos com cuja aequies- cencia desde já se conta, ficando pertencendo o ma- nuscripto á bibliodveca do Atheneu sem que por esse motivo 0 auetor deixe de reservar para si todos os direitos de publicação e re presentação que de direito lhe pertencem. O Atheneu no intuito de evitar qualquer falta in voluntária conyida pela

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III ANN O DOMINGO, 1 DS FJSV-EREIRO DE 1903

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N.° S i

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R Í C O L A

A ssiguatiiraAnno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. v2 para o Brazil. anno, 2$5oo réis Imoeda for:e).Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ^

EDITOR— José Augitsto Saloio

T f i i CAO E H O l i l A P I l I A I%ziíir;SIJ

19, i.° — RUA DIREITA — 19, i.°A D E G A I, I , I<20 ,v

Fiilíllcaçõcs• C.

A nnuncios— i.» publicação. 40 réis a knna. nas seguintes,' £) 20 réis. Annuncios na 4-a pagina, contracto esp ciai. Os auto-. r r r r n

*19 3U

graphos não se restituem quer sej;im ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

EXPEDIENTE.%cceiíiSEB!-sc cona grati­

dão quaesquer noticias <j«c sejam i!<‘ inicresse psiltEico.

EftOES

granuiosas

Teem enchido de sangue e de lagrimas as paginas da Historia.. . e chamam- lhes Heroes!

Teem feito com que mi­lhares de homens se ma­tem uns aos outros no campo da batalha, nessa vergonhosa carniíicina a que dão o nome de guer­ra. e coroam-nos de iouros, e fazem-lhesa.otheoses!

Vão perguntar ás mães que perderam os liihos na guerra, ás m u lh e re s q ue ficaram sem os esposos nessa medonha, heeatombe de carne humana, vão per­guntar-lhes o que são esses heroes, esses conquistado­res, e ellas chamar-lhes- hão muito simplesmente: «Assassinos!»

Heroes são os que se sa­crificam por uma causa nobre e justa, os devota­dos apostolos da sciencia, os que, como o nosso Ca­mara Pestana e tantos ou­tros, morrem no seu pos­to, salvando os seus irmãos enfermos á custa da pró­pria vida; heroes são os que illuminam o mundo com a luz dos grandes des­cobrimentos, heroes são os que se arrojam, resolu­tos, ao fogo ou á agua, para roubarem as victi- mas áquelles elementos inclementes. A esses é que devem offertar-se corôas e lauréis; esses é que de­vem dignificar-se, com as maiores honras e louvores. Os outros, os que fazem orphãos e viuvas, os que semeiam o luto e o sangue, não teem jus á nossa con­sideração! E’ sempre ver­gonhoso o semblante de Caim!

JO AQ UIM DOS ANJOS.

Aos nossos assignantesPedimos aos nossos esti­

mareis assignantes a quem

enviamos o j i o s s o jornal pelo correio, e que se acham em divida, a finesa de nos mandarem satisfazer a im- porlancia da sua asssighd- tura afim de não sojfrerem interrupção na remessa de •‘0 Domingo,j.

A G R I C U L T U R Â\ 1 gíausas conslties*acees

sobre a plaig-taçãíí «Isarvores.

Não é indifferente a es­colha da época para a plan­tação quer de essencias florestaes, quer de arvores de fructo. Ha entre nós um velho ditado que diz que em outubro pega tudo; is­to, porém, só é absoluta­mente verdadeiro para as plantações a fazer em ter­renos com todos os requi­sitos precisos para o bom desenvolvimento dos vege­taes que nelle forem collo- cados.

A qualidade do terreno, o seu grau de humidade, a sua localisação, a tempe­ratura, a qualidade das ar­vores a plantar influem muito na época que se de­ve escolher para fazer as plantações.

Em geral podem dividir- se as arvores e arbustos em duas grandes ordens: as arvores de folha caduca e as arvores de folha per­sistente.

Claro é que as primei­ras podem ser plantadas durante todo o periodo em que estão privadas de fo­lhas, isto é, desde o fim de outubro até março. Nesta occasião a vida vegetal nelles é muito pequena, evapora muito pouca agua, e portanto pouco soffrem com o arranque do solo e a exposição das raizes ao ar livre.

As segundas não se po­dem plantar na força do inverno, por isso que en­tão soffreriam muito em virtude do frio não lhes permittir a emissão de no­vas raizes. Carecem por isso de só ser muda­das antes do inverno, em setembro ou na primavera, em março, que é quando a vegetação das arvores de

folha persistente, sobretu­do das coniferas, enfraque­ce um pouco.

Carecem tambem de ser arrancadas com o cuidado mais meticuloso, com um grande terrão, de modo que as raizes soffram o me­nos possivel. Tambem é indispensável que a parte: aérea não seja podada nem receba córtes de qualidade alguma.

Convém muito orientar todas as arvores na occa­sião de serem arrancadas, isto é, marcar o lado que está voltado para o sul, aíim de, ao plantal-as, as collocar na mesma direc­ção. Isto é muito util, por- isso que o lado voltado para o norte é mais resis­tente que o voltado para o sul, e se, ao plantal-as, houvesse troca, o vegetal soíTreria com isso, e, ao abalo do arranque e da plantação, juntaria o do desequilíbrio da circulação motivado por uma diffe- rente orientação.

Sob o ponto de vista da plantação o solo pode ser considerado pesado, com­pacto, húmido e f r io ou le­ve, permeável e sécco.

Nos terrenos da primei­ra cathegoria é indispensá­vel plantar só no fim do inverno, por isso que a hu­midade conjugada com o frio apodreceria as raizes das arvores matando-as irremediavelmente.

Nos terrenos da segun­da cathegoria dão melhor resultado as plantações, cedo no outono, pois na primavera estão mais su­jeitas aos inconvenientes da secca visto, quando o calor começa a actuar no solo, as arvores não tem tido tempo ainda de emit- tir novas raizes, o que não acontece com a plantação outonal.

A temperatura tambem deve entrar em linha de conta por isso que na re­gião onde os frios forem intensos e demorados con­vém mais a plantação na primavera, e muito em especial quando os terre­nos são húmidos.

ED U A R D O S E Q U E IR A .

(Da Gazeta das Aldeias).

ATHENEU COMMERCIAL DO PORTOGerencia de 19)2 a 19 >3

Renovação do theatroportuguez

Reconhece-se em toda a Europa e em todas as Lit- teraturas modernas, que o Theatro está atrazado e esgotado nos seu.; recur­sos; mas ninguém ainda presentiu o modo dessa renovação reclamada. As fórmas lyricas e narrativas tem-se transformado pelo impulso de genios creado- res: as fórmas dramaticas ̂pelo contrario tem dege­nerado ao ponto de fazer- se da scena uma exhibição de pathologia social.

Para a renovação do Theatro é necessário de­duzir do seu percurso a li­nha para onde elle se ha de dirigir: a mais alta ex­pressão dramatica foi at- tingida por Moliére, mas não se elevou fora do es­pirito negativo. A phase nova do Theatro visará ao intuito constructivo, tendo de nos apresentar os altos caracteres como typos de imitação.

Nesta ordem de idéas, o Atheneu Commercial do Porto querendo prestar um alto serviço á Littera­tura portugueza institue um premio unico de réis 100 >000 ao escriptor que apresente um acto dando expressão artistica a qual­quer destas simples theses:

«Conformar os nossos actos com os nossos prin­cípios».

«Harmonisar os nossos sentimentos com os nos­sos pensamentos».

«Egualar as nossas aspi­rações com o nosso poder da nossa vontade».

A peça deverá ser inédi­ta, dactualidade sem imi­tações de Theatro extran- geiro, buscando exclusiva­mente nos nossos costumes exemplos nobres a seguir.

Não serão admittidas as obras que explorem a faci­lidade dos negativismos so­ciaes tanto em voga no theatro francez, nem os re- buscos de originalidade nos aleijões humanos.

Entrevêr o fim constru­

ctivo será entrever a reno­vação do Theatro Portu­guez.

Eis o nosso fim que, a realisar-se, erguerá para sempre o artista cuja forte organisação phylosophica saiba impòr a nova e uni­ca orientação.>

ISases «io ConcursoJulgará do merito das

obras o Conselho de Arte Dramatica ou um Juay ex­pressamente formado en­tre escriptores de compro­vado talento.

As copias dos originaes (escriptos por copistas), de­verão sei- dirigidas á Secre­taria do Atheneu imprete­rivelmente até 3 i de Mar­ço do corrente anno, devi­damente lacradas e com a rubrica exterior concurso fijdterario- Nenhum ma- nuscripto poderá conter nome ou rubrica que indi­que o seu auetor sendo portanto anonymos e tão sujeitos a uma divisa : em enveloppe junto, egual- mente o nome do auetor e a mencionada divisa es­cripta e assignada por elle. Esses enveloppes serão conservados intactos, guar­dados no cofre da Socieda­de até á decisão do Jury, sendo apenas aberto o en­veloppe cuja legenda cor­responda á da peça pre­miada.

Todas as outras ficarão á disposição de seus aucto- res, guardando o Atheneu absoluto segredo sobre a propriedade delias como provará entregando, sob reclamação dos interessa­dos, os respectivos origi­naes e os enveloppes per­feitamente intactos.

A peça escolhida será' representada no Salão No­bre por amadores distin- ctissimos com cuja aequies- cencia desde já se conta, ficando pertencendo o ma- nuscripto á bibliodveca do Atheneu sem que por esse motivo 0 auetor deixe de reservar para si todos os direitos de publicação e re­presentação que de direito lhe pertencem.

O Atheneu no intuito de evitar qualquer falta in­voluntária conyida pela

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2 O DOMINGO

imprensa todos os escri- ptores portuguezes.

José Machado Pinto Sa­raiva, presidente. — Anto­nio de Lemos, vice-presi- dente.— Francisco Gouveia Peixoto, i.° secretario.— José Teixeira Mendes de Aguiar, thesoureiro. — Al­bino Barbosa, Armando Branco, Emilio d’01iveira Martins, Henrique Cogor- no d'Oliveira, directores.— Raul Caldevilla, (rela­tor).

‘ •iPassaiessíp©.,

Vimos de receber o n.° 5o do Passatempo, interes­sante revista illústrada, que os Armazéns Grandella editam.

Eis o summario deste numero:

Chronica. Alfredo Gal- lis — Os antigos castellos— Prosa velha com actua­lidade. Moralista, — Beijos e suspiros.— Hespanholada portugueza. — A lenda da Ferraria. Fag. — Pensa­mentos.— O cavallèiro e o peão. — O Bolôr. — Con­versão duma ingleza velha e seu enterro. — Ladainha a Nossa Senhora, a Bran ca, (versos). João Penha.— Curiosidades. — Villa da Praia da Victoria. — As disputas.— Vaidade. Fa,— 12 illustraçõss muito in­teressantes.

Tudo isto por 40 réis!!!No mesmo numero vem

annunciado o concurso photographico, com dois prémios, um á melhor pho- tographia de paysagem e outro á melhor photogra- phia de qualquer monu­mento nacional. Os ori- ginaes devem-se remòtter aos Armazéns Grandella. Todos serão publicados le­vando o nome do seu au - ctor.

laisÉraíCções

A Bibliotheca Popular de Legislação, com séde na Rua de S. Mamede, 111, (ao largo do Caldas), Lis­boa, acaba de editar as «In-

strucções» para execução do «Regulamento dos Ser­viços de Inspecção e Fis- calisação dos Generos Ali­mentícios »,approvadas por decreto de 29 de novem­bro de 1902; seguidas do «Regulamento do Ensino de Pharmacia», sendo o seu custo, 200 réis.

A lc o íh e t c

Continua ainda o mes­mo foco de infecção nas trazeiras da Egreja da Mi­sericórdia, sem que até ho­je se tenham dado as ne- cessarias providencias, con­tinuando tudo no mesmo estado de perigo para a saude publica. Ora não es­tará aquelle sitio sujeito ás mesmas medidas policiaes e hygienicas que os ou­tros?!

Ao ex.rao sr. administra­dor do concelho lembra­mos as immediatas provi­dencias contra o abuso e desleixo dos habitantes de Alcochete. Estamos certos que se s. ex.a tivesse ver­dadeiro conhecimento do caso, decerto já teria pro­videnciado.

— Tem passado séria- memte incommodado de saude nestes últimos dias o nosso amigo, sr. An­tonio Luiz Nunes, acredi­tado negociante nesta villa. Fazemos voros pelas suas melhoras.

—-Já muitos accionistas entraram com as suas ac­ções para a compra de dois vapores que hão de fazer as carreiras entre Alcoche­te e Lisboa. Brevemente será a inauguração dum dos barcos.

Foram hontem entregues na administração do con­celho duas espingardas de um cano, que foram ap- prehendidas no dia 24 de dezembro do anno findo, por os seus portadores não andarem munidos da com­petente licença e se nega­rem ao pagamento da mul­ta respectiva.

INVQCÂCAO

Doce visão etherea Dos pobres opprimidos,Que acalvias da miséria Os tétricos gemidos;

Origem bella, pura,Do que ha mais nobre e santo, Que em horas d ’amargura Enxugas triste pranto;

Tu, cuja vo\ immensa Propaga a sã verdade,O’ sacrosanta Imprensa,N une ia da Liberdade;

Tu, que és o nosso Deus,Mãe desvelada, amante,Acolhe os filhos teus No seio exuberante!

JO A Q U IM DOS ANJOS.

C A R I D A D E

E il-a ! A ardente Caridade Que sobre a infanda derrama Aquella próvida chamma Do mais desvelado amor!

0 seu sorriso celeste Dissipa os negros horrores; Surgem mais vivas as flores Ao seu olhar seduclor!

JO AQ U IM DOS ANJOS.

PENSAMENTOS

Os falsos promettimentos são mais irritantes que a recusa. Quem muito promette, pouca confiança inspira.— Horacio.

— O verdadeiro orphão não é aquelle que perdeu o pae, mas aquelle que o pae deixou sem educação.

— A maledicencia é o mais infame dos vicios.— Todos os bens da vida são nada sem a liberdade.

A N E C D O T A S

— Affianço-te, minha Laura, que le amo, que le ado­ro com delirio. E lu?

— Digo-fo ámanhã em carta, Augusto. Hoje não me sinto disposta a mentir.

Entre amigos:— F u i hontem procurado pela minha futura mulher

e pela minha futura sogra, que me intimaram a decla­rar terminantemente o que faria com respeito ao casa­mento.

— E 0 que fizeste?— Desatei... a fu g ir da noiva, depois de desatar á

bofetada á sogra.

Cauha

Vieram tomar posse e prestar juramento no dia 28 do mez findo, oasrs. Jo­sé Martins, como regedor e Joaquim Maria Saltão, como regedor-substituto.

S<3S€>?-

Auativersarios

Completa amanhã mais um anniversario natalicio, a ex.ma sr.a D. Marianna Rita dos Santos, esposa do nosso amigo, sr. Domingos Simões dos Santos.

Os nossos parabéns.— No dia 5 do corrente,

completa mais um anniver­sario natalicio, o menino Accacio, filho do nosso amigo, sr. Edmundo José Rodrigues.

As nossas felicitações.— Tambem no dia 5 fez

18 primaveras a gentil me­nina Maria Adelina Ferrei­ra, estremecida filha do nosso amigo, sr. Antonio Maria Ferreira, honrado negociante de Leiria.

Daqui lhe enviamos as nossas felicitações.

Vão ámanhã prestar ju­ramento os cabos de poli­cia para a manutenção da ordem publica, desta villa.

© SaMo 0 a jKistorhília

Fazia um calor abraza- dor.

Xavier, o grande sabio e que se julgava grandi philosopho, foi procuraro fresco a alguns kilome- tros de sua casa, á beira mar, á sombra de uma malta de tamarindos, que quasi banhavam seus pés nas ondas.

Xavier pensa em muitas coisas, tantas que dificil­mente poderia desenredar a meada de seus pensa­mentos.

De repente descobre do alto do penhasco, desta­cando-se em perfil sobre 0 azul brilhante do céo, uma

FOLHETIM

Traducçúo de J. DOS ANJOS--- * ----

L ivro priuneiro11

— Esperemos até ámanhã. senhor puritano, disse ella. Verem os quanto tempo durará es.í! bella indignação. Im becil! oflèrecem-lhe um boccado digno de um rei. e recu sa-o !...

Nos dias que se seguiam, o Adriano náo encontrou a Magdalena. A sua vida estava muito otcuj ada pelo tra­balho. Todas as manhãs, cedo, ia, ora sósinho. ora acompanhado por alguma das pessoas notareis de An

traigues, estudar no proprio local a moléstia dos bichos de seda. Com ple­tamente absorvido, durante o dia, pelos estudos, variava o emprego das noites. Ora as consagrava a pôr as suas notas em ordem, ora ia fazer uma visita ao Cura Rouvière. ora emfim, quando estava um pouco cançado da- quella existencia ao ar livre, tão nova para elle, e sentia a necessidade de se retemperar no que elle chamava a vi-

■da mundana, ia até Vais, onde n'a- quelle anno hávia muitos banhistas. Jantava na hospedaria, ficava algumas horas no casino e voltava, á meia noi­te, pela estrada pittoresca que d’aquel- la bon ta estação de aguas conduz a Antraigues.

Foi assim esquecendo a pouco e pouco até a recordação d’aquel!a cre­ança adoiavel cujo sorriso saudára a sua chegada áquella terra. Havia ao

pé d'elle quem poderia lem brar-lh’o. Era a sr.a Telem aco. Mns, fossem quaes fossem os projectos que trazia no cerebro, a viuva do carpinteiro não fazia nenhuma allusão a isso. A estada do moço sabio em Antraigues parecia pois dever chegar até final sem incidentes novos; mas de repen­te o acaso fez nuscer um dos mais inesperados.

Um domingo, pelas cinco horas, a: ro\eitando um di;; bonito, o A dria­no estava em Vais. Em bora esta pe­quena estação thermal esteja longe de Paris, a fama das suas aguas já pa­ra lá attrahia muitos doentes. N‘a- quelle dia. no terraço do cas;no, de on.íe se abraça um im m enso horison­te de montanhas, os passeiantes reu­niam-se em redor de uma orchestra composta de alguns músicos, que da­vam um concerto ao ar livre.

O Adriano misturou-se com a mul­tidão. 0 sol, no accaso, acarinhava os declives dos montes, cobrindo-os de luz e inundando-os de vapores de purpura e ouro. Tão longe quanto a vista podia alcançar, o céo estava abrazado pelos seus últimos raios. E ra um chammejar immenso que subia do fundo dos valles até ao fundo do azul.

O Adriano admirava aquelle espe­ctáculo, quando de repente lhe at- t’ ahi; m a attenção duas pessoas que, desde que residia alli, não tinha ainda v!sto. Uma era uma menina, outra um velho. A menina, alta e delgada, andava com elegancia. meneando brandamente a cabeça fina emmoldu- rada em cabellos pretos e sedosos. Devia ter vinte annos. Uma notável pureza de feições accusava-lhe a bei leza, realçada por todos os encantas

da mocidade e sobretudo por um ar de dis.tincção que lhe revelava a ori­gem patricia.

O velho, a cujo braço ella se en­costava, apresentava aos olhos do Adriano um rosto emmagrecido e a estatura alta e curvada mais pela do­ença que pela edade. No fundo dos olhos d’aquelle homem havia a ex­pressão de uma tristeza amarga que nãò se amenisava senão quando os voltava para a filha, de quem seguia os menores movimentos. Os transe­untes paravam, encantados pela phy- sionomia da filha e impressionados pela ternura que se adivinhava no pae. O Adriano fez como as outras pessoas, e quando aquella formosa joven ̂ chegou ao pé d’elle, não poude eximir-se a uma admiração que os seus olhos exprimiam e que ella sur- prehendeu. (Continua),

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O DOMINGOvacca, duas, tres, seis vac- cas. Estas eram seguidas por uma rapariga de 14 annos, que com certeza é a sua guarda.

Pastora e rebanho des­cem lentamente o declive rapido e ve em parar junto

ribeiro, que corre claro e murmurante, muito perto dos tamarindos.

As vaccas bebem, e a pastora assenta-se sobre uma grande pedra, canta­rolando a meia voz uma d’estas canções do campo, simples, naturaes e de um poderoso effeito pela sua candura.

A rapariga não tinha visto 0 nosso sabio, que sc lhe escondia pela anfractu­osidade de uma pedra.

Ella estremece quando, ao dar dois passos para a frente, Xavier a interpella:

— Bom dia, minha filha.

— Vossa serva, senhor. Que Deus vos guarde!

Xavier não está precisa­mente nos termos de uma terna amisade com Deus. Sente-se, pois, incommoda- do de o vêr apparecer ás primeiras palavras troca­das com esta joven.

Comtudo reflectiu que faria mal em assustal-a, ma­nifestando a sua repugnan- cia.

— P areces-me uma boa rapariga, diz elle. Estou doente e não sei em que me hei de occupar. Que­res tu que travemos uma pequena conversação?

-— Estou ao seu serviço, senhor, diz a rapariga, pe­gando na sua renda, e pon- do-se a trabalhar com li­geireza.

Xavier reflectiu por um instante.

— .Mas, a proposito, co­

mo te chamas tu? Interes­sa-me sabel-o.

— Maria Perina. Nome de minha madrinha. Meu padrinho chamava-se Pe- rin, foi elle que me deu o nome de Perina. ícontinuai

ARTE CULINARIA

P a ste lio h o s de dasnss

Amasse-se uma quarta de farinha com meio arra- tel de assucar e tres gem- mas de ovos; depois de bem batida e dura, façam- se os pastelinhos do tama­nho de dois tostões e da altura de dois dedos, e pÕem-se a cozer vasios; quando já estejam meios cozidos, enchem-se de manjar real e levam-se ao forno, até ficarem córados, para se servirem.

A R i l A Z f i 0 0 C O M E R C IOJ - D E

JO Ã O ANTONIO RIBEIRO5 9 , P R A Ç A S E R P A P I N T O , 5 0 — ALDEGALLEGA

jnguf-m duvida que é este o estabelecimento que melhor satisfaz as exigencias do publico, não só por nelle se encontrar todos os artigos que lhe dizem respeito como pela modicidade de preços por que são vendidos. Acaba elle de receber um gran­de e variadíssimo sortimento de fazendas da sua especialidade, constando dos seguintes artigos:

As lindas saias de feltro bordadas aflo^eRe e muitos outros artigos de modas e confeccões.>

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queira trabalhar a dias em! Lisboa. Preços limitadissi- roupabranca. Na redacção5mos. Rua Direita, 57 — Al- ”este jornal se diz. ’ jdegallega do Ribatejo.

* m DIARIO DE lYOTIf.lASA G U E R R A A N G L O - B O E R

Impressões do TransvaalInteressantíssima narração das luctas entre inglezes e b o e r s , « i llu s tra d a »

com numerosas zinco-gravuras de «homens celebres» do T ra n s v a a l e d o Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruentas d a

G U E R R A A N G L O -B O E R or um funccionario da Cruz Vermelha ao serviço

do Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 paginas............... 3 o réisTomo de 5 fasciculos.................................... i5 o »A G U E R R A A N G L O B O E R é a obra de mais palpitante actualidade.

N ella sáo dèscriptas, «por uma testemunha presencial», as d if íe re n te s phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que te m e s p a n ta d o o mundo inteiro.

A G U E R R A A N G LO -! O E R faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes batrlhas, combates» e «escaramuças» d‘esta prolongada e a c é r r im a lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios d e heroísmo e tenacidade, em que sáo egualmente admiraveis a coragem e d e ­dicação patriótica d e vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e .tre a poderosa Inglater ra e as duas pequenas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras per perias, por tal maneira grania ticas e pittorescas, que dão á GUER­RA A N G L O -B O E R , conjunctamente com o irresistível attractivo d'uma nar­rativa histórica dos nossos dias, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresentando ao publico e~ta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto, julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos succesr.os que mai . interessam o mundo culto na actualidade.

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PARA ®ÍM&:SPublicado por Julio Gama — Collaborado pelos re­

dactores da Gaveta das Aldeias.Este almanach, unico no seu genero que se publi­

ca em Portugal, é um precioso guia agricula illustrado, contendo numerosos artigos sobre variados assumptos, e todas as indicações próprias de livros d’esta ordem.

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1 volume de 160 paginas, illustrado, i 5o réis.E’ remettido, franco de porte, em todo o reino, a

quem dirigir o pedido, acompanhado da respectiva importancia, á administração da Gaveta das Aldeias, rua do Costa Cabral, 1216 — Porto.

Page 4: jiosso cona grati >3

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AO COMMERCIO DO POVO

RELOJOARIA E OUIIÍVIÍSAMIAD E

JOSÉ DA SILVA THIMOTEO & FILHO

O proprietário cTeste antigo, acreditado e impor tante estabelecimento, participa aos seus numerosos freguezes e ao publico em geral que acaba de forne­cer novamente o seu estabelecimento de todos os ob­jectos concernentes a relojoaria e ourivesaria. O pro­prietário d’este estabelecimento, para augmento de propaganda vae fazer venda ambulante dos objectos do seu estabelecimento, para assim provar ao publico que em Aldegallega é elle o unico que mais barato e melhor serve os freguezes.

Nas officinas cTeste importante estabelecimento tambem se fazem soldaduras a ouro e a prata, gal­vaniza-se a ouro, prata ou outro qualquer metal, oxi- dam-se caixas daço, pulem-se caixas de relogios de sala, bandolins, violas, guitarras, etc.

O proprietário deste estabelecimento dá uma li­bra a qualquer pessoa que lhe leve algum dos traba­lhos aqui ditos, que elle, por não saber, tenha de o mandar executa:' fóra.

São garantidos pela longa pratica de trinta annos do seu proprietário, todos os trabalhos, assim como todos os negocios desta casa.

Em casos de grande necessidade tambem se ac- ceita qualquer trabalho para de prompto ser execu­tado na presença do freguez.

R eSogios de algibeira e <Se sala. ISagsai- ficos regu ladores

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Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

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N'esle estabelecimento encontra-se á venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.

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Aldegallega do S&f!;atejo

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A iiid a tu si is baratose como tr.i esta casa para maior garantia estabeleceu o systema de G A N H A R P O U CO P A R A V E N D E R MUíTo e vendendo a todos peios mesmos j reços.

Tem esta casa aiem de varios artigos de ve -tuario mais as seguintes secções:

De Fanqueiro, sortimento completo;De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de primeira moda;De Mercador, um bello e variado sortimento de casimiras, flanellas, cheviote•;

pícotilhos, etc., etc.Ha tambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellentes qualidade,

por preços baratíssimos.A .O S f t r s . A i f a y a á e s . - " - E s t e estabelecimento tem bom sortimento de fórros: necessários para a sua

confecção taes com o: setins pretos e de cor. panninhos lisos de cor e pretos, fórros para mangas, botões, etc.Ã s Sesthoras Sâodisías.-— Lembram os proprietários d'este estabelecimento uma visita, para

assim se certificarem de quanto os preços são limitados. ’Grande coliecção de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinhas para creança que .garanti-

mos ser preto firme.8)855a v is ita ssois ao CS&SSSSEiSICSO I» « V O

RUA DIREITA, 88 e 90 — RUA DO CONDE, 2, A L D E G A L L E G A J O Á O B S I n T T O & I S T U I ^ S S D E C A R V A L H O

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Capilé, litro 88® reis eoast garrafa 3-80 réis E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

PARA REVENDER-VHMDAS A D IN H EIR O

PEDIDOS A LUCAS & C.A — A L D E G A L L E G A

RELOJOARIA GARANTIDAD E

AVELINO MARQUES CONTRAMESTRE- es ««1

Relogios de ouro. de prata, de aço, de nickel, de plaquet, de phant-' sia, americanos, suissos de parede, marítimo.;, despertadores americanos, Qe pertadores de phantasia, despertadores com musica, suissos de algibeira co corda para oito dias.

Recommenda-se o relogio de A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R A um bom escape d’ancora muito forte por 5Sooo réis.

Oxidam-se caixas d’aço com a máxima perfeição. Garantem-se todos os concertos.O proprietário d’estri relojoaria compra ouro e prata pelo preço mais elevado. . r \

- R U A 130 P O Ç O — 1 — ALDEGALLEGA DO RIBA 1EJO