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    Manual de

    SustentabilidadeFEMIPA

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    DIRETORIA TRINIO 2010/2013

    presidente: Maazumi Furtado NiwaHospital Nossa Senhora das Graas, Curitiba

    1 vice-presidente: Ety Cristina Forte CarneiroHospital Pequeno Prncipe, Curitiba

    2 vice-presidente: Luiz Soares KouryHospital Evanglico de Londrina

    secretrio geral:Jos PereiraSanta Casa de Maring

    1 secretrio: Flaviano Feu VentonrimHospital Universitrio Cajuru

    tesoureira geral: Claudiane Ligia Minari

    Hospital Erasto Gartner, Curitiba1 tesoureiro: Germano StrassmannSanta Casa de Irati

    CONSELHO FISCAL

    Efetivos: Wilson Edmar AscencioHospital So Camilo, Ponta Grossa

    Hiran Alencar Mora CastilhoAssociao Beneficente BomSamaritano, Maring

    Moacir Aparecido dos SantosHospital Bom Jesus, Ponta Grossa

    Suplente: Teresinha Leni EurichMaternidade Mater Dei, Curitiba

    Manual deSustentabilidade

    FEMIPA

    COMIT DE SUSTENTABILIDADE

    Danilo Oliveira da Silva,diretor do HospitalMunicipal de Araucria;

    Paulo Henrique Becker,consultor da Femipa;

    Rosita Mrcia Wilner,Femipa;

    Flaviano Feu Ventorim,diretor do HospitalUniversitrio Cajuru;

    Claudio Luiz Spin,diretor Assistente do HospitalNossa Senhora das Graas;

    Mrcia Huulak,superintendente de Polticasde Ateno Primria em Sade da Secretria deEstado da Sade do Estado do Paran;

    Rubens Mazzali,economista chefe do Escritrio deSustentabilidade do ISAE/FGV; eAlvaclia Serenato,da diretoria de Meio Ambientee Cidadania Empresarial da Copel.

    EDITORA

    Juliane FerreiraINTERACT Comunicao Empresarial

    REDAOFagner Lopes

    PROJETO GRFICOPedro Luis Vieira

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    3/153MANUAL DE SUSTENTABILIDADE

    Publicao da Federao das Santas Casas de Misericrdiae Hospitais Beneficentes do Estado do Paran (Femipa) qualse reservam todos os direitos, sendo vedada a reproduo totalou parcial sem a citao expressa da fonte.

    A publicao eletrnica conta com distribuio dirigidaem territrio nacional.

    Sumrio 4 Apresentao

    5 O que sustentabilidade

    6 Etapas para implantao do projeto

    Definir a sustentabilidade como poltica institucional Criar o Comit de Sustentabilidade

    Sensibilizar a equipe

    Definir os indicadores

    8 Projetos que podem ser implantados Projetos Ambientais

    Projetos Financeiros

    Projetos Sociais

    11 Aqui d certo

    ManualdeSustentabilidadeFEMIPA

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    Sustentabilidade, gesto transparente,

    respeito ao meio ambiente, responsabi-

    lidade social e outros termos como es-

    ses, so conceitos que cada dia ganham mais

    importncia no cenrio empresarial, antes vol-

    tado muito mais ao aspecto financeiro. As or-

    ganizaes modernas percebem que a aplicaodesses conceitos na filosofia da empresa no

    servem apenas como diferencial, mas sim como

    um fator determinante para sua sobrevivncia

    num mercado que a cada dia cobra mais o papel social das organizaes.

    A sustentabilidade na rea da sade ainda um conceito novo e pouco discutido.

    Entretanto, o negcio dessas instituies gera um grande impacto na sociedade nos

    trs aspectos que norteiam a sustentabilidade: ambiental, econmico e social.Tendo em vista a relevncia e a atualidade do assunto, a Federao das Santas

    Casas de Misericrdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paran (Femipa) lanou

    em setembro de 2011 o Comit Temtico de Sustentabilidade com o objetivo de

    discutir e propor diretoria da Federao estratgias relacionadas s questes de

    interesse do setor hospitalar no que diz respeito ao tema. O Comit composto por

    representantes dos hospitais afiliados, de entidades privadas, de Secretarias de Esta-

    do, rgos governamentais e entidades de ensino e pesquisa, especialistas convidadose assessores externos.

    Como parte de trabalho do Comit, nasceu a proposta de criao da primeira

    edio do Manual de Sustentabilidade Femipa. O material prope a aplicao de

    aes voltadas ao desenvolvimento sustentvel em instituies de sade por meio de

    orientaes prticas e exemplos de iniciativas que j esto dando certo.

    Maazumi Furtado NiwaPresidente da Femipa

    Apresentao

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    5/155MANUAL DE SUSTENTABILIDADE

    Em discusso no mundo h 25 anos, o tema sustentabilidade comeaa ser debatido tambm pelos servios de sade. No entanto, poucas insti-tuies dessa rea tm colocado essa discusso em prtica.

    A definio mais conhecida do termo a da dcada de 1980 e afirmaque sustentabilidade significa suprir as necessidades da gerao presen-te, sem afetar a habilidade das geraes futuras de suprir as suas. Os es-pecialistas no assunto afirmam que preciso levar em conta trs pilaresquando se trata de sustentabilidade: o financeiro, o social e o ambiental.

    A evoluo do conceito de desenvolvimento sustentvel, como soluodos problemas ambientais e sociais derivados do progresso desenfreado,

    aconteceu de forma lenta. A conscincia global, ou seja, a percepo doproblema como de todos, recente e exige atitudes positivas rumo mudana.

    O que Sustentabilidade

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    DEFINIR A SUSTENTABILIDADECOMO POLTICA INSTITUCIONAL

    A sustentabilidade e as suas trs diretrizes(financeira, ambiental e social) devem estar de-finidas na poltica da organizao, em seu pla-nejamento estratgico, e ter envolvimento diretoda alta direo. O conceito deve ser trabalhadoem aes do dia a dia, e no ser somente uma

    questo de marketing ou modismo. A organiza-o deve definir de maneira clara como estapoltica e quais as diretrizes e as aes que ironorte-las. Sugerimos aos Hospitais aderirem: Pacto Global da ONU ou Carta da Terra; Free Mercury (Hospital Livre de Mercrio); Poltica de no se relacionar comfornecedores ou ter parceiros que pratiquemtrabalho escravo ou infantil;

    Adotar os indicadores de sustentabilidadepadronizados pela Global Reporting InitiativeGRI ou pelo Instituto Ethos.

    Etapas paraImplantaodo Projeto

    CRIAR O COMITDE SUSTENTABILIDADE

    Para planejar e operacionalizar as aes dedesenvolvimento sustentvel no hospital indi-

    cado que seja criado um comit de sustentabi-lidade, composto por colaboradores do prpriohospital.

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    A definio dos membros do Comit devecontemplar as principais reas do Hospital(administrativa, mdica e de enfermagem) e omaior nmero de profissionais de setores es-tratgicos, como: higiene, manuteno, comu-nicao, custos e qualidade. Este Comit deverestar ligado alta direo e ter apoio desta nasaes adotadas no hospital.

    O Comit dever se reunir periodicamentedefinindo uma agenda de trabalho para o ano.Nesta etapa, poder ser realizado um diagnsti-co da organizao, para saber como sua per-cepo ambiental, social e financeira. impor-tante a criao de um plano de ao e definio

    de indicadores que monitorem os resultadosdeste trabalho.

    SENSIBILIZARA EQUIPE

    Criar aes de sensibilizao da equipe,mostrando a importncia do Comit e do im-pacto das aes e polticas adotadas na prpriaorganizao, sociedade e meio ambiente. Suge-rimos a criao de meios de comunicao es-pecficos para este tema, como cartazes, e-mailmarketing, folders com orientao (tudo compatrocnio de parceiros). Periodicamente, de

    extrema importncia prestar contas comuni-dade Hospitalar sobre as aes e os resultadosalcanados.

    DEFINIR OSINDICADORES

    Devero ser definidos os indicadores a se-rem monitorados pela instituio, sendo queestes devem contemplar preferencialmente astrs reas da sustentabilidade. Sugerimos aqui,a adoo dos indicadores da GRI (Global Repor-ting Initiative) ou do Instituto Ethos.

    Tambm indicada a criao de indicadoresrelacionados s aes do Comit de Sustenta-bilidade e outros que monitorem os resultados

    desses trabalhos. Exemplo: nmero de pessoasatendidas em aes sociais promovidas pelohospital, consumo de energia, consumo degua, produo de resduos, kg de roupa lavada,acidentes de trabalho, entre outros.

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    PROJETOSAMBIENTAIS

    1.1. Substituio de equipamentos base demercrio:consiste na troca de materiais quetm em sua composio o mercrio, comotermmetros e esfignomanmetros, porexemplo. Como de conhecimento, o merc-rio uma substncia extremamente agressi-

    va ao meio ambiente e sade do homem.Nos casos que no seja possvel trocar osmateriais, por uma questo de custo, pode-se instituir uma poltica de no aquisiode materiais a partir daquela data. Assim,com o tempo, ocorrer esta substituiosem impactar financeiramente.

    1.2. Construo de Estao de tratamento deefluente: consiste na construo de uma

    estao de tratamento de efluentes, con-forme legislao vigente (Lei 12.305/10),realizando o pr-tratamento dos efluentescontaminados do Hospital, reduzindo o im-pacto ambiental.

    1.3. Aquecimento por energia solar: consistena instalao de placas para captao deenergia solar, reduzindo o consumo deenergia eltrica ou gs GLP. Este sistemapode ser implantado para abastecer toda a

    demanda do Hospital ou apenas nos chu-veiros, por exemplo. Tudo isso dependerda quantidade de placas instaladas e de

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    ProjetosquePodem ser Implantados

    aspectos demogrficos (reas com baixaincidncia de sol tende a reduzir o poten-cial dessa ao).

    1.4. Digitalizao de exames de imagem:con-siste na aquisio de sistema de digitaliza-o dos exames de imagem, gerando redu-o na repetio de exames e no consumode revelador e fixador de filmes, produtos

    que contm prata em sua composio,substncia nociva ao meio ambiente.Neste mesmo item, podem ser realizadascampanhas para captao de filmes deraios-X para os colaboradores, comunidadee at mesmo recolher os filmes produzidospela prpria instituio, que geralmenteso descartados em lixo comum ou guar-dados em casa, em local inapropriado. Com

    a captao, o hospital tem a possibilidadede vender, ou doar, os filmes para empresasespecializadas, possibilitando a gerao dereceita e providenciando a destinao cor-reta a este resduo qumico.

    1.5. Captao de gua da Chuva: consiste nacriao de tanques em pontos estrategica-mente colocados, onde ficar armazenadaa gua da chuva, que posteriormente, atra-vs de um sistema de bombas para distri-

    buio, servir para lavagem de ptios etratamento de jardins. Tem impacto diretona reduo de consumo de gua.

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    1.6. Compostagem e horta orgnica: consistena criao de uma rea para compostagemde alimentos utilizados no preparo dasrefeies, como cascas de legumes e fru-tas. Esses itens deixam de ser descartadosjuntamente com os resduos para virarem

    adubo, que pode ser utilizado em jardinse/ou doados para pequenos agricultores.Com este adubo, tambm pode ser criadauma horta orgnica no hospital, produzin-do verduras e legumes para consumo decolaboradores e pacientes.

    1.7. Captao de leo de cozinha: consiste norecolhimento de leo de cozinha do prpriohospital e produzido pelos colaboradores emsua casa. Este leo, se jogado no pia, podecontaminar a gua e comprometer seu uso.Desta forma, o hospital pode arrecadar oleo e estabelecer uma parceria com empre-sas que coletam este material, inclusive ven-dendo e arrecadando fundos instituio.

    1.8. Legislao: cumprir as exigncias para ob-teno da licena ambiental.

    PROJETOSFINANCEIROS

    2.1. Gesto de custos e protocolos assisten-ciais: consiste na anlise mensal dos itensde custo da curva ABC e a adoo de proto-colos clnicos para reduo e gesto destescustos, em especial em Unidades de altocusto, como UTIs.Esta ao pode ser adotada por uma equipemultiprofissional que ir reavaliar as pr-

    ticas de diagnstico e tratamento adotadasno hospital, padronizando uma estruturade atendimento nica. possvel padroni-zar medicamentos e exames, alm de ne-gociar com fornecedores para compras emvolume maior, ao longo do ano.

    2.2. Implantao de Celular na central de telefo-ne: consiste na aquisio de central telefni-ca ou adaptador, para colocao de Chips decelular. Com isso, as ligaes realizadas paracelular so geradas a partir do nmero dotelefone celular da central, tonando-as maisbaratas. Com esse sistema, tambm podeser implantado um tarifador, para cobranade ligaes particulares, nos Hospitais que

    atendem clientela particular e convnio.2.3. Reviso ou trocas de autoclaves ou m-quinas na lavanderia: consiste na revisoou troca de autoclaves antigas, por equipa-mentos devidamente dimensionados paraconsumo reduzido de energia. Alm disso,com estudo de consumo, pode se rever aquantidade de mquinas, adquirindo m-quinas com capacidade maior para evitaro uso freqente. Por exemplo: aquisio

    de uma mquina de 100 quilos de roupaque seria ligada uma vez ao dia, ao invsde uma de 30 que seria ligada 3 vezes nomesmo perodo.Se no for possvel trocar o equipamentoatual, pode-se planejar os ciclos da auto cla-ve para acontecerem em horrios de baixoconsumo, como de madrugada, por exem-plo, economizando na conta de energia.

    2.4. Aquisio de instrumentais cirrgicos:consiste na reviso do estoque de instru-mentais cirrgicos. Com nmero maior demateriais, utiliza-se a autoclave menos ve-zes, sendo possvel programar o seu funcio-namento fora do horrio de pico, no qual oKw/h mais caro.

    2.5. Campanhas de reduo de custos: consistena realizao de campanhas de conscien-tizao e motivao para os colaboradorespraticarem o consumo consciente, evitando odesperdcio de energia, gua e materiais deexpediente.

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    PROJETOSSOCIAIS

    3.1. Campanhas de Promoo Sade: consistena realizao de campanhas destinadas po-pulao com o objetivo de orientar, prevenire diagnosticar doenas relacionadas com o

    escopo das atividades do hospital. Aes des-se tipo impactam diretamente no negcio dohospital, pois, muitos casos de doenas po-deriam ser evitados e outros diagnosticadosprecocemente, tendo mais chances de trata-mento.Podem ser realizadas aes como: dia de com-bate ao diabetes, dia de combate hiperten-so, combate ao HIV, combate ao cncer de

    mama, entre outros. Estas aes podem serrealizadas no prprio hospital ou at mesmoem locais pblicos, como praas, terminais eescolas.

    3.2. Humanizao Hospitalar:consiste na criaode um comit interno e planejamento de ati-vidades voltadas humanizao no ambientehospitalar, tanto voltadas ao paciente quandopara o colaborador. Este trabalho deve focaros diferentes aspectos da humanizao no

    atendimento, tendo como base o HUMANIZA-SUS. Com um trabalho de humanizao bemestruturado possvel reduzir o tempo mdiode internao do paciente.O hospital pode promover aes como: come-morao de datas comemorativas para cola-boradores e pacientes (pscoa, natal, dia dasmes, dia dos pais, dia das crianas); serviode assistncia religiosa, disponibilizando es-

    pao para padres, pastores e demais lideresreligiosos conversarem e orarem com pa-cientes e familiares; disponibilizar espa-os de descanso para acompanhantes,entre outras.

    3.3. Projetos para contratao de mo deobra local e PCDs: consiste em realizarprojetos com foco na contratao de mode obra local, que residam prximo aohospital, pois isso gera melhor qualidadede vida para o trabalhador, podendo re-

    duzir taxas de absentesmo e rotativida-de. Neste caso podem ser realizadas par-cerias com escolas tcnicas e faculdadesda regio e agncias de emprego.J no caso de pessoas com deficincia PCD uma alternativa a criao decursos voltados comunidade local paracapacitao dessas pessoas para atuaremem reas especficas dentro do Hospital(faturamento, arquivo, telefonia, atendi-mento, entre outras). Por ser uma reamuito especfica no mercado de trabalho,o setor sade, de modo geral, sofre hojecom a falta de profissionais qualificadospara contratao.Estes cursos seriam realizados em par-ceria com alguma instituio de ensinoe serviriam para capacitar mo de obraqualificada para atuar posteriormente

    dentro da prpria instituio.3.4. Aes filantrpicas: consiste na promo-

    o de campanhas do agasalho, natalsolidrio, entre outras, destinando as do-aes para alguma instituio que tenhaalguma relao com a atividade do hospi-tal: asilo, orfanato, casa de apoio, centrode reabilitao.

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    HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCRIA

    Exemplo em aes sustentveis, o HospitalMunicipal de Araucria (HMA) adotou polticas

    de sustentabilidade desde que iniciou as ativida-des, h trs anos. Administrado pela Pr-SadeAssociao Beneficente de Assistncia Social eHospitalar, o hospital tem alcanado resultadosimportantes como a reduo de 6% no consumode energia, 3% no consumo de gua, aumentona contratao de moradores do municpio e re-duo da taxa de cesariana, que eleva os custosdo hospital e aumenta o risco de infeco e mor-talidade materna.

    J por meio da adoo de protocolos clni-cos e critrios para diagnstico e tratamento, foi

    possvel reduzir drasticamente o custo de inter-nao por paciente em unidades consideradasde alto custo, como UTI adulto e UTI neonatal/ peditrica. Mensalmente, uma equipe mdicamonitora o consumo de materiais e medicamen-tos e analisa o perfil dos pacientes internados,estabelecendo critrios para o atendimento.Com esse trabalho e atravs da padronizaode medicamentos, o hospital acumula diversos

    exemplos considerveis para reduo dos custose melhora na qualidade do atendimento. Umbom exemplo foi a substituio da fondapari-nux pela heparina sdica, que, por ano, podegerar uma economia de cerca de 75 mil reais.

    O HMA tambm publicou seu relatrio desustentabilidade, elaborado com base na meto-dologia da GRI, no qual so apresentadas todasas aes realizadas pelo hospital em prol do de-senvolvimento sustentvel.

    O Hospital PequenoPrncipe, em Curitiba,implantou o primeiroprograma de huma-nizao da instituioem 1980. Desde ento,no parou mais. Em

    2010, a mdia de internao ficou em 4,7 dias.Antigamente, eram duas semanas dentro do

    hospital. O ndice de infeco cruzada tambmdiminuiu significativamente. O projeto garan-te o acompanhamento de um familiar 24 horasdentro do hospital.

    Outra iniciativa que contribui para a hu-manizao o Programa Cores direcionado aosfuncionrios. Eles podem participar, dentro dohorrio de trabalho, de atividades como reike,ioga, relaxamento e coral.

    HOSPITAL PEQUENO PRNCIPE, CURITIBA

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    Foi a primeira instituio filantrpica naAmrica Latina a utilizar a tecnologia de altaeficincia da clula a combustvel, uma unidadede gerao de energia eltrica produzida, nesse

    caso, a partir de gs natural. Com esse mtodoa emisso de poluentes reduzida e o calor pro-duzido empregado para esquentar a gua uti-lizada no hospital. Outra caracterstica impor-tante que se trata de um processo silencioso,para o hospital um grande diferencial.

    Antes da implantao da clula a combus-tvel eram utilizadas apenas caldeiras a leo dexisto para aquecer a gua, o que gerava um gas-to de R$ 14 mil a cada 35 dias. Agora o perodo

    de abastecimento aumentou para 70 dias, signi-ficando uma economia de R$ 80 mil somente noano passado.

    Cerca de 95% da gua quente da instituio fornecida pela clula a combustvel. A clulalibera apenas vapor dgua. O resultado uma

    HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRAAS, CURITIBA

    HOSPITAL ERASTO GAERTNER, CURITIBA

    energia limpa e economia. A unidade instaladaconverte o gs natural em hidrognio, gerando200 kW 24 horas por dia, o que significa me-

    tade da necessidade atual da instituio. A c-lula foi ativada no hospital em 2007 e entrouem funcionamento no incio de 2008. O Insti-tuto de Pesquisa e Desenvolvimento do Paran(LACTEC) o responsvel pela manuteno daunidade no hospital.

    O Hospital Nossa Senhora das Graas(HNSG) incluiu no planejamento estratgicoaes que visam economia financeira e reduodo impacto ambiental. Telhas 100% recicladas,feitas de tubos de creme dental, foram instala-das na cobertura da instituio. O processo detransformao dos tubos no utiliza nenhumproduto qumico para aglutinar o material e oresultado um produto semelhante s telhas de

    cimento. Com essa iniciativa pode-se reduzir emat 40% a temperatura, evitar a propagao dechamas e abafar barulhos externos.

    Outra ao foi a implantao do ProjetoEficientizao Energtica, em parceria com aCopel, que pretende reduzir o consumo de ener-gia eltrica. O hospital orienta os funcionriossobre a economia de energia eltrica ao trocaras lmpadas e equipamentos por novos comselo Procel que indica os produtos com me-lhores nveis de eficincia energtica. O investi-mento permite uma economia de mais de 5% aoms no consumo de energia eltrica, apresenta

    maior luminosidade nos ambientes e reduz oimpacto ambiental gerado pela emisso de gasespoluentes dos aparelhos de refrigerao antigosna atmosfera. A implantao do projeto exigiuum estudo de amostragem e clculos quanto aodesempenho de equipamentos e luminrias.

    Referncia em esterilizao no Estado, aCentral de Materiais e Esterilizao (CME) doHNSG conta com mais um esterilizador com

    capacidade de 100 litros e ciclo de esterilizaode 55 minutos, um equipamento de alta tecno-logia, que proporciona mais rapidez, economiae benefcio ao meio ambiente.

    O equipamento no utiliza gua nos proces-sos de esterilizao, tambm no libera detritose consome apenas 6% da energia eltrica emrelao s autoclaves tradicionais (equipamen-tos para esterilizao a vapor). O HNSG contatambm com um esterilizador de ciclo de 28minutos, e, juntos, os dois equipamentos geramuma economia de mais de um milho de litrosde gua e 73 mil quilowatts de energia eltrica.

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    13/1513MANUAL DE SUSTENTABILIDADE

    Coleta Seletiva de Resduos sistematizadaem meados da dcada de 1990, com a seleodos materiais a partir do ponto de produo

    dos resduos seja nos setores administrati-vos ou nas unidades de assistncia ao pacien-te. A coleta seletiva atualmente destina 19%dos mais de 23 mil kg/ms de resduos pro-duzidos na ISCAL para ONGs que trabalhamcom a reciclagem. Atualmente a ISCAL pro-duz 3.691 kg/ms - resduos biolgicos, 9.525kg/ms de orgnicos, 5.714 kg/ms de rejei-tos e 4.540 kg/ms de reciclveis.

    Aquecimento solar e troca de lmpadas desde 2006 toda gua quente usada para ba-nho de 100% dos pacientes da Santa Casa e doHospital Infantil obtida atravs de aqueci-mento solar. Atualmente so 138 placas foto-voltaicas (98 na Santa Casa e 40 no HospitalInfantil) e 10 boiler para armazenar a gua. Osistema implantado atravs de parceria com aCopel permite que mesmo nos dias mais friosdo ano, esses hospitais no precisem usar a

    energia eltrica para aquecer a gua para osbanhos. Quando o aquecimento solar insu-ficiente, resistncias em cada boiler comple-tam o processo. Se ainda assim, a gua nochegar ao ponto de aquecimento ideal, usa-seo vapor da caldeira. A eletricidade s usadanos chuveiros se as trs fases do sistema fa-lharem ao mesmo tempo.A mesma parceria com a Copel permitiu que,na poca, se iniciasse a substituio de lm-padas incandescentes por lmpadas fluores-centes. Na ISCAL hoje so 2.658 lmpadas,divididas em 1.602 fluorescentes tubulares,

    565 fluorescentes compactas, 471 lmpa-das incandescentes e 20 lmpadas mistas. Amaioria das incandescentes est em locais em

    que a substituio no vantajosa porque ouso da luz intermitente acende-se e apaga-se muitas vezes ao dia, gastando-se menos aose manter as incandescentes.Atualmente est se trocando as lmpadas flu-orescentes tubulares por compactas. A trocase deve ao reator das tubulares que tm vidatil curta. Os modelos compactos no usamreator, possibilitando economia financeira eproduo de menos resduos. Em reas exter-nas, usa-se o sistema de fotoclula.

    Reaproveitamento de leo Todo o leode cozinha usado na ISCAL reaproveitadocomo detergente para uso nas duas cozinhasdo grupo, uma na Santa Casa e a outra noMater Dei. O leo armazenado em conti-neres especficos e recolhido por empresa quefaz a transformao, entregando o detergen-te. O volume de detergente feito a partir do

    leo equivale a 5% de todo detergente usadonas cozinhas atualmente. Reaproveitamento da gua da chuva O

    prximo passo no processo de sustentabi-lidade na ISCAL est previsto para entrarem atividade em 2013 quando o novo blocohospitalar, hoje em construo, comear afuncionar. O prdio de 11 andares, com maisde 180 novos leitos e demais estruturas, tersistema de captao e uso da gua da chuvapara sistema de ar condicionado e limpeza dereas externas.

    SANTA CASA DE LONDRINAA Irmandade da Santa Casa de Londrina (ISCAL) mantm algumas iniciativas de sustentabilidade.

    As mais expressivas so:

    HOSPITAL UNIVERSITRIO CAJURU, CURITIBANa instituio, as aes de humanizao

    atendem pacientes e colaboradores. Funcio-nrios e voluntrios acompanham o paciente

    desde a sua chegada at o fim da internao.A equipe treinada para que ela aja da formamais acolhedora possvel.

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    14/1514 MANUAL DE SUSTENTABILIDADE

    Dia da beleza ao realizada por profissio-nais e voluntrios para cortes de cabelo, bar-ba, manicure e pedicure dos pacientes inter-nados, funcionrios e acompanhantes;

    Dia de festa homenageia pacientes e colabo-radores aniversariantes do dia;

    Anjo da guarda oferece orientaes paraacompanhantes dos pacientes internados;

    HOSPITAL BOM JESUS, PONTA GROSSAUma das preocupaes do Bom Jesus, de Ponta Grossa com a humanizao. Entre as iniciativas

    realizadas para garantir a humanizao do atendimento ao paciente, mas tambm na relao comos colaboradores esto:

    Musiarte projeto que rotineiramente con-

    vida corais de instituies e escolas para seapresentarem nos corredores do hospital;

    Contao de histria voluntrios contamhistrias para os pacientes internados;

    Colaborador destaque do ano por meio devotao, colaboradores escolhem o destaquedo ano;

    Dia do profissional homenagem s catego-rias profissionais, com especial destaque parao dia do mdico e do enfermeiro.

    ONG SOS Alegria visitao dos doutorespalhaos aos pacientes internados, levandoalegria e paz para o ambiente hospitalar.

    Sua empresa com Sade nos meses demaio, julho e novembro os colaboradorespodero participar de palestras abordandotemas como: comunicao, tica, marketingpessoal e relacionamento interpessoal.

    Em Maring, a Santa Casa investiu em umnovo sistema de aquecimento solar para a gua.O sistema possui um software que avalia, confi-gura e armazena dados de temperatura, umida-de e presso. Com a mudana, cerca de 80% do

    aquecimento da gua na Santa Casa passou aser solar. A energia eltrica ativada apenas emltima instncia.

    Outra proposta foca na humanizao doatendimento. O projeto Cuidar Mais, Programade Atendimento Multidisciplinar ao Paciente, temcomo principal objetivo o tratamento integraldo paciente em todas as reas da sade, desdeo diagnstico social precoce, com monitoramen-to, at o acompanhamento aps alta hospitalar,oferecendo suporte para os familiares e para aequipe mdica das unidades bsicas de sade.

    O objetivo oferecer um atendimento maiseficiente sob aspectos cristo, humano, biolgi-co, social e econmico, incentivando a preven-o da doena e suas complicaes, fortalecendoo conceito de desospitalizao.

    Para garantir a viabilizao do projeto, ohospital adequou uma de suas alas, ampliandosua capacidade, e agregou alguns profissionais estrutura. Foi implantado um servio mul-tidisciplinar independente, no qual reas dasade como fisioterapia, terapia ocupacional,psicologia, nutrio, servio social e outrosdesenvolvem um pronturio especfico de seuatendimento para o paciente. Essa ala tambmpassou a contar com o servio de clnica mdica24 horas.

    SANTA CASA DE MISERICRDIA MARING

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