Ponto Turismo 17

36
PINTO DA COSTA #17 FEV/MAR 2015 €5 GRANDE ENTREVISTA LIFESTYLE As cidades do futuro. Como vamos viver amanhã 10 INSIGHTS Rita Gunther McGrath dá as suas 10 dicas para um Business Design ANÁLISE As marcas no turismo. Quais os registos necessários? OPINIÃO Vitor Filipe fala do crescimento dos números do turismo em Portugal

description

Ponto Turismo 17

Transcript of Ponto Turismo 17

Page 1: Ponto Turismo 17

PINTO DA COSTA

#17FEV/MAR2015 €5

GRANDE ENTREVISTA

LIFESTYLEAs cidades do futuro. Como vamos viver amanhã

10 INSIGHTSRita Gunther McGrath dá as suas 10 dicas para um Business Design

ANÁLISEAs marcas no turismo. Quais os registos necessários?

OPINIÃOVitor Filipe fala do crescimento dos números do turismo em Portugal

Page 2: Ponto Turismo 17
Page 3: Ponto Turismo 17

3 Editorial

Um Presidente. Uma cidade. Um clube. Uma nação.

Foi há quase 28 anos e recor-do-me, como se fosse hoje, o calcanhar do mágico argelino Madjer que deu ao F.C. Porto

o empurrão para a conquista da primeira Taça de Clubes Cam-

peões Europeus (hoje, Liga dos Campeões). O final do jogo foi uma explosão de alegria imensa. Tinha 16 anos e embora sempre verde de coração, a reação imediata foi ligar para a

minha família no Porto para celebrar tamanho êxito. Um

clube, na altura quase regional, tinha batido o pé ao todo podero-

so Bayern Munique de “Rummenige e companhia”. Não com sorte. Mas sim, com

muita classe.Desde então, o maior clube da cidade do Porto nunca mais parou de somar êxitos nacionais e internacionais e jamais se poderá separar este período do seu presidente de há quase 33 anos – Jorge Nuno Pinto da Costa. A verdade é que passados estes 28 anos daquela célebre final europeia, o clube que carrega no seu nome a proce-dência da cidade invicta, confunde-se com a sua própria

origem. O clube passou de regional a nacional e de nacional a mundial. A cidade do Porto é hoje

indissociável deste fenómeno futebo-lístico e beneficia internacionalmen-

te da publicidade da imprensa, televisiva, dos canais online e das próprias conversas infor-mais sobre o desporto rei em todo o mundo. A cidade bene-ficia disso. Portugal beneficia disso. O F.C. Porto é portanto, um “case study” de como uma

marca relativamente desco-nhecida pode chegar ao topo do

mundo arrastando consigo todos os que lhe são adstritos. E a essência

da receita, por mais simples que pareça, está escrita na própria entrevista que o “Presidente” dá à Ponto Turismo: apostar na qualidade. É uma receita que muitos dão mas poucos praticam. Para mim, fica claro que a larga história de êxitos mundiais do Porto está intimamente ligada à qualidade que a equipa, treinadores e dirigentes sempre empregaram na sua “empresa”. Não que a qualidade se resuma ao jogador que faz a finta incrível, ou ao treina-dor que melhor dispõe a equipa no relvado. Polémicas à parte, a qualidade está nos atos de gestão. Na estratégia. Na forma como se arruma e desarruma o “status quo”. Como se antecipa às decisões dos adversários. Como se têm planos A, B e C para eventualidades não acauteladas (daí a frase de Pedroto no título) e… porque não, nalgum humor fino com que se desarmam rivais. Ah… E no querer muito! No décimo sétimo número da Ponto, há também que to-mar especial atenção ao artigo da análise atual do mo-mento do turismo por Vítor Filipe, da TQ Travel e, porque não podemos viver o presente sem olhar para o futuro, recomendo vivamente a rúbrica de “Tendências – Como será o turismo no futuro?”.Finalmente, temos por defeito que sempre que pensamos em Açores, tudo nos parece longe. Mas não é assim. Fer-nanda Pires da Via Vitória demonstra que a vida insular de um agente de viagens é tão ou mais exigente que a de um continental. Mas ainda assim, leva a vida a sorrir.Até daqui a dois meses e… boa leitura!

Miguel QuintasDiretor Geral

“No FC Porto os problemas não se levantam, porque nunca chegam a existir.”

› José Maria Pedroto

#17 FEV/MAR 2015

O F.C. Porto é portanto, um “case

study” de como uma marca relativamente desconhecida

pode chegar ao topo do mundo

Page 4: Ponto Turismo 17

PARA MIMA MINHA MÃE SOS É...

www.aldeias-sos.org

Estamos há 50 anos em Portugal, a construir famílias para crianças desprotegidas. A Mãe Paula faz a diferença na vida dos seus 7 filhos SOS com pequenos gestos, dia após dia. As nossas necessidades são inúmeras e a sua empresa pode fazer a diferença. Venha construir connosco a vida destas crianças. Nós construiremos consigo a política de responsabilidade social da sua empresa.

Saiba mais sobre as Empresas SOS: [email protected] ou tel. 213 616 950

50Anos

A DIFERENÇA QUE

FAZ.TER UMA MÃE

Page 5: Ponto Turismo 17

55 Índice Ficha Técnica

8Propriedade Amadeus Soluciones Tecnologicas, S.A.

Sucursal em Portugal

SedeRua de São José, 35 - 4º andar

1150-321 Lisboa, PortugalTel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75E-mail: [email protected]

Diretor GeralMiguel Quintas

Diretora da Ponto Turismo Helena Torres

Bimestral · Ano - 2014 - Edição 17

Coordenação [email protected] · Tel.: 21 321 30 99

Produção de Conteúdos e EdiçãoMediapearl - Comunicação e Serviços, Lda.Tel.: 214 037 656 · [email protected]

[email protected] · Tel.: 21 321 30 99

Ilustração CapaPedro Taquelim

FotografiaMediapearl

ProduçãoMediapearl - Comunicação e Serviços, Lda.

Centro Empresarial TejoRua de Xabregas, Lote A, Piso 1, Sala 13

1900-440 [email protected]

Impressão e AcabamentoRBM - Artes Gráficas

Tiragem1300 exemplares

Registo na ERC N.º 126281

Depósito Legal N.º 350109/12

A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.

TecnologiaTecnologia na ponta dos dedos

AnáliseA marca no turismo

Tendências Last-MinuteComo será o turismo no futuro?

10 InsightsBusiness Design

Lifestyle Cidades do Futuro: Como vamos viver amanhã?

Viagem de: Ricardo PereiraO meu grande “pecado” é viajar

OpiniãoCrescimento? A culpa é dos privados!

Grande EntrevistaPinto da Costa “Os clubes de futebol são a melhor propaganda para um país”

Em FocoO que esta a chegar de novo para os turistas?

Entrevista CadernoFernanda Pires: “Não podemos sentar-nos à espera dos clientes”

SoluçõesAmadeus Offers

NotíciasAmadeus lança versão melhorada de acesso à CP

“Portugal deve apostar no turismo

de qualidade”

Na sua entrevista Jorge Nuno Pinto da Costa diz que

o desporto português tem feito mais pela divulgação do País do

que qualquer outra atividade e que Portugal deve apostar na qualidade

13 30 32

06 24

26

30

08

13

15

19

21

32

34

#17 FEV/MAR 2015

Page 6: Ponto Turismo 17

Vítor FilipeDiretor-Geral

TQ Travel-Quality

Crescimento?A culpa é dos privados!

Foram divulgados em Fevereiro os dados do Instituto Nacional de Estatística referentes à atividade turística em 2014. Mais uma vez volta-se a ouvir falar em “melhor ano turístico de sempre” e obviamente que se faz referência ao incoming.

6 Opinião Crescimento? A culpa é dos privados!

Ao nível das receitas verifica-se um crescimento de 12,4% face ao ano anterior. Ou dito de outra forma, a atividade turística foi res-ponsável por injetar uns preciosos 10,393 mil milhões de euros na economia nacional, assumindo-se como um motor fundamental na

retoma tão desejada da economia nacional. Olhando de perto para os núme-ros é possível constatar que o número de hóspedes cresceu 12% em 2014, uma subida que se verifica quase de forma igual tanto no plano interno como em hóspedes oriundos do estrangeiro. Já ao nível das dormidas verifica-se uma evolução positiva de 11%, com um crescimento mais acentuado de dor-midas oriundas de Portugal (+13%).Mas nem tudo vai bem. Por exemplo, os movimentos registados nos portos marítimos portugueses revelaram um comportamento negativo em 2014, com menos 3,2% no acumulado do ano. Isto traduziu-se em -2,5% de pas-sageiros em trânsito, -20% em passageiros desembarcados e – 12,1% nos passageiros embarcados. E todos sabemos o que isto quer dizer: o negócio dos cruzeiros diminuiu em Portugal e em todas as frentes. Tendo em conta o impacto que esta atividade tem na economia direta das cidades, especial-mente em Lisboa e no Funchal, é fácil perceber que muito há ainda para fazer neste domínio.Há mais números para serem lidos atentamente. Os turistas franceses conti-nuam em alta em Portugal, com um crescimento de 19,8%; a Bélgica segue as pisadas com +23,2%; o Reino Unido com +13,5%; o Brasil com +13,5%; e até os alemães, esse tradicional mercado que nunca passa de uma promessa não concretizada, evoluiu positivamente na ordem de +9%. Mais importante que nestas subidas, na minha perspetiva, é a nossa vizinha Espanha com +14,7%. Este comportamento traduz-se em duas conclusões: a crise em

Espanha começou a abrandar o que dada a proximidade e dependência de Portugal são muito boas notícias; segunda é que sendo Espanha o nosso principal mercado de turistas estrangeiros, qualquer subida, para mais de dois dígitos, se traduz em muitos milhares de turistas.Outro dado curioso, e que poderá passar ao lado das parangonas dos jornais nacionais, é que segundo os últimos dados do Hotel Monitor da autoria da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), agências de viagens e operadores turísticos foram o principal canal de compra de dormidas com um peso de 43%, seguidas dos travel websites com 19%.Portanto desenganem-se os Velhos do Restelo que ano após ano vaticinam o fim das agências de viagens. Aliás, sempre que me deparo com estes comentários recordo-me com um sorriso da célebre frase do Mark Twain: “Parece-me que as notícias sobre a minha morte são manifestamente exa-geradas.” E quando se fala em agências de viagens fala-se obviamente em setor privado. Bem faz o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, quando instado a comentar os números positivos de 2014, em afirmar que “estes resultado são da exclusiva responsabilidade do setor privado”. Fica--lhe bem porque é mesmo verdade. O que se pede de um Governo é que, no mínimo, não atrapalhe a iniciativa privada. E se os números são positivos

#17 FEV/MAR 2015

Page 7: Ponto Turismo 17

7Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo 7Crescimento? A culpa é dos privados! Opinião

e 2014 foi o melhor ano de sempre em muito o deve aos agentes de viagens. São eles a guarda avança-da do turismo nacional, quem dá a

cara nos bons e maus momentos; e quem anda nos mercados internacio-

nais, na grande maioria com “armas desiguais”, a tentar vender o País e a captar eventos corporativos.Mas Fevereiro trouxe mais boas no-tícias, com o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueire-

do, a anunciar que a Conta Satélite do Turismo Português vai ser reativada. A

medida já peca por tardia porque desde 2010, altura em que foi suspensa, que é

impossível determinar o real impacto do Turis-mo na economia nacional. Para quem não sabe, a Conta Satélite do Turismo é a ferramenta de esta-tística com base na metodologia do Eurostat, que mede a importância do setor na economia do País. Ou seja, há cinco anos que estamos a trabalhar com base no “achómetro”. Eu acho que… !? Claro está que um setor não se governa assim!

Uma última palavra para a “nossa” TAP e para o esforço que tem feito e a contribuição que tem dado para a concretização destes resultados. Não me vou debruçar sobre a sua importância estraté-gica e para a importância de continuar a manter o hub de Lisboa como uma grande plataforma entre a América do Sul, a Europa e África. Já muitos o fizeram e com brilhantismo. O que importa é que a TAP possa crescer, ganhar outras asas e levar-nos a outros destinos há muito identificados como emergentes. Por exemplo, a tão falada e necessá-ria ligação direta à China poderá traduzir-se em re-sultados visíveis para o turismo nacional a curto e médio prazo. Nós, na TQ – Travel Quality há algum tempo que andamos a desbravar esse mercado. Acreditamos que ali existe um elevado potencial não concretizado. Talvez daqui a uns anos venha-mos a ter um secretário de Estado do Turismo a anunciar um ano recorde do turismo nacional à conta do trabalho que nós, e muitos outros como nós, andamos agora a fazer na China. l

#17 FEV/MAR 2015

Há cinco anos que estamos a trabalhar com base no “achómetro”. Eu

acho que… !? Claro está que um setor não se governa

assim!

Page 8: Ponto Turismo 17

8

Jorge Nuno Pinto da Costa Presidente do Futebol Clube do Porto

Grande Entrevista Jorge Nuno Pinto da Costa

#17 FEV/MAR 2015

Page 9: Ponto Turismo 17

Promoção“Os clubes de futebol

são a melhor propaganda para um país”

Figura incontornável do panorama desportivo português, Jorge Nuno Pinto da Costa não deixa ninguém indiferente. Mais do que um clube de futebol, o Presidente do Futebol Clube do Porto lidera um grupo que inclui 13 empresas. A agência de viagens Dragon Tour é apenas uma delas. Nesta entrevista, Jorge Nuno Pinto da Costa dá a sua opinião sobre a relação entre o desporto e o turismo.

9Jorge Nuno Pinto da Costa Grande Entrevista

#17 FEV/MAR 2015

Ponto Turismo › Acha que em termos turísticos se poderia explorar mais a associação do futebol ao destino Portugal? De que modo, parce-rias com clubes, com o campeonato…Jorge Nuno Pinto da Costa › Parece--me que o futebol, os clubes portugueses, os jogadores portugueses e os treinadores portugueses, têm feito mais pela divulga-ção do país do que qualquer outra atividade ou até campanha. Pela nossa parte, temos muito gosto em contribuir para que Portugal tenha uma imagem positiva, mas não nos cabe a nós definir políticas e es-tratégias.

Ponto T. › O Museu do Futebol Clube do Porto é outra das componentes turísticas do clube, como é que tem corrido em termos de operação e número de visitan-tes?

J.N.P.C. › O nosso museu é um enorme sucesso e deixa-nos muito satisfei-tos.Felizmente, já faz parte do roteiro da cidade e todos os dias vemos tu-ristas a visitá-lo. No pri-meiro ano, que na prática

acabou por ser apenas de 11 meses, o museu recebeu

a visita de 120 mil pessoas, o que são números que nos dei-

xam muitíssimo satisfeitos.

Ponto T. › A cidade do Porto tem recebido inúmeros prémios turísticos e conta com cada vez mais voos o que faz aumentar o fluxo de turistas e visitantes. Quer comentar esta “nova agitação” na sua cidade? J.N.P.C. › O Porto teve sempre uma tradição cosmo-polita. Essa tradição histórica perdeu-se um pouco com o centralismo do país, mas o carácter empreendedor

o futebol, os clubes portugueses, os jogadores e os

treinadores portugueses, têm feito mais pela

divulgação do país do que qualquer outra

atividade

Page 10: Ponto Turismo 17

10 Grande Entrevista Jorge Nuno Pinto da Costa

dos portuenses acabou por prevalecer e hoje vemos que a cidade fervilha, não por consequência de políticas da cidade, que atravessou um deserto de 12 anos, mas sim porque os portuenses não se renderam e continuaram a lutar pela sua cidade. Agora, imagine o que poderia ser o Porto se não tivesse de combater o centralismo lisboeta e o atavismo de alguns políticos que passaram pela cidade. Ponto T. › Considera que os êxitos do clube, nomeadamente a nível do futebol, contribuíram para a notoriedade da cidade e, con-sequentemente para o aumento do turismo? J.N.P.C. › Naturalmente que sim. O futebol é uma das atividades que arrasta mais pessoas na Europa e os clubes de futebol são a melhor propaganda para um país, uma região, uma cidade. O Porto tem o Fu-tebol Clube do Porto e o vinho do Porto. Para se perceber a importância do futebol basta pensarmos em cidades como Dortmund ou Manchester, que só estão no mapa devido ao futebol. Ponto T. › Mudando de assunto... em Lisboa está prevista a cobran-ça de taxas turísticas nas entradas e também na hotelaria. Qual é a sua opinião sobre esse assunto?

J.N.P.C. › Desde que não tenhamos de pa-gar nada quando lá formos jogar...

Ponto T. › Qual seria, no seu entender, a

melhor estratégia para o turismo em Portu-gal?

J.N.P.C. › Não sou especialista no assunto, mas pa-rece-me mais ou menos óbvio que Portugal deve apostar

no turismo de qualidade. Há anos que ouvimos falar nisso, mas a verdade é que os progressos têm sido mais lentos do que o desejável.

#17 FEV/MAR 2015

hoje vemos que a

cidade fervilha, não por consequência de

políticas da cidade, que atravessou um deserto

de 12 anos

Page 11: Ponto Turismo 17

11Jorge Nuno Pinto da Costa Grande Entrevista

A Dragon Tour vista pelo seu Diretor, Ricardo Caldeira

Ponto T. › O Senhor Presi-dente. Pinto da Costa é uma figura indubitavelmente ligada ao futebol e ao Fu-tebol Clube do Porto. Por-quê a opção por entrar no turismo?Ricardo Caldeira › A cria-ção desta unidade de negócio surgiu no seguimento da estra-tégia do Futebol Clube do Porto, não só na redução de custos, mas também aproveitar as sinergias internas e criar novos negócios e projetos. Atendendo ao volume de negócios que temos e ao número de sócios, fazia todo o sentido a criação de uma agência de viagens

Ponto T. › A Dragon Tour existe desde 2011. Como é que se posicionam

em termos de estratégia? R.C. › Dragon Tour, Agência de

Viagens, nasce em 2011 é detida totalmente pelo grupo Futebol Clube do Porto e a partir dessa data passa a ter a exclusividade do acom-panhamento da equipa de futebol e a comercialização

destes produtos, tanto ao ní-vel nacional como internacional,

sendo o único operador capaz de garantir sempre bilhetes para os jo-

gos do FC Porto.

Ponto T. › Apesar de destinar-se ao público em geral, existe algum tipo de vantagem para os associados do Futebol Clube do Porto?R.C. › Os nossos associados com quotas em dia, pode-rão ter acesso a produtos relacionados com eventos des-portivos a preços exclusivos. Outra vantagem importante que têm é ter acesso aos bilhetes para esses eventos, que é garantida pela Dra-gon Tour. Além disso a Dragon Tour disponibiliza os seus serviços aos adeptos do Futebol Clube do Porto seja para viagens de lazer, de negócios ou para organizar seminá-rios, reuniões ou eventos para empresas ou particulares. Ponto T. › Imagino que a maior parte do vosso negó-cio virá da venda de viagens para os eventos despor-tivos em que está envolvido o clube. Existe procura para outro tipo de oferta? R.C. › A Dragon Tour presta um serviços às empresas do Grupo Futebol Clube do Porto. Os eventos desportivos são uma parte do negócio, outra parte são todas as des-locações do universo das empresas do Grupo, passando por atletas, funcionários, empresas parceiras do Futebol Clube do Porto e adeptos. Ponto T. › Estão a pensar alterar a vossa estraté-gia de negócio para a agência? O que é têm pensado para o futuro bem termos de novidades? R.C. › Estamos neste momento a criar uma maior pro-ximidade e fidelização ao nossos associados através de um site, onde aí poderá se registar e comprar online todos os nossos produtos existentes na loja física. l

“Estamos neste momento a criar uma maior proximidade e fidelização ao nossos

associados”

#17 FEV/MAR 2015

Page 12: Ponto Turismo 17
Page 13: Ponto Turismo 17

13

Restaurantes, museus, hotéis O que esta a chegar de novo para os turistas?

Portugal está na moda! O número de turistas que visitam o nosso País não deixa de aumentar e chegam para encher os novos hotéis, restaurantes e outros equipamentos que prometem animar ainda mais a dinâmica turística.

O que esta a chegar de novo para os turistas? Em Foco

nasceu recentemente o Beatus “um lugar de eleição para a realização de múltiplos e variados eventos, tais como: seminários, exposições, es-petáculos, eventos sociais, festas para empresas, entre outros”. O espaço acolhe uma escola de música, podendo os alunos fazer apresentações ao vivo num dos dois palcos do antigo armazém, um espaço gourmet e um lounge. Um dos cartões de visita do Beatus é o autocarro típico londrino, vermelho de dois andares, que serve de garrafeira. “Temos prati-camente quase todos os espaços a funcionar, embora ainda tenhamos de preencher e trabalhar vários aspectos decorativos, dado a dimensão do espaço”, disse à Ponto Turismo, Carlos Moreira, responsável pelo Beatus.Para o verão está programada a abertura do novo Museu dos Coches, que está a ser construído em Belém. O complexo envolve dois edifícios, num total de cerca de 16 mil metros quadrados. O atual equipamento é dos mais visitados em Portugal. Ainda no âmbito das atrações, abriu recentemente um novo espaço em Lis-boa dedicado ao terror. O Labirinto Lisboa, localizado no Cais do Sodré junto

O melhor de tudo é que os novos equipamentos não abrem ape-nas na capital e não são apenas hotéis... há também restauran-tes, museus e outras atrações. Começando por um ingrediente que agrada a praticamente

toda a gente: o chocolate. Se ao chocolate juntarmos a avelã o resultado é Nutella. A Nutelleria, espaço em que todos os produtos têm Nutella, chegou primeiro a Leiria e os criadores do conceito consideram Lisboa e o Porto como cidades prioritárias na expansão do franchise. Por exigência da Ferrero, proprietária da marca, o espaço deixou de chamar-se Nute-lleria e passou a Nut’Leiria, adotando o mesmo critério para os futuros espaços em Lisboa e Porto que devem abrir até ao final do ano. E como a moda da “street food” não passou ao largo de Portugal, 2015 chegou com novas opções. Para os amantes da comida oriental abriu recen-temente o quiosque PAUS no Martim Moniz, em Lisboa, cujo conceito não é o de comer com chopsticks, mas em espetadas de inspiração japonesa, tailandesa ou indiana.Muitos acreditam que a zona do Beato, em Lisboa, será a próxima a estar na moda e o certo é que alguns dos espaços que até à pouco tem-po, davam um ar abandonado à área, estão a ser revitalizados dando lugar a espaços vintage, alternativos. Localizado na Alameda do Beato

#17 FEV/MAR 2015

Page 14: Ponto Turismo 17

CADERNO

14 Em Foco O que esta a chegar de novo para os turistas?

ao Mercado da Ribeira, tem su-perado as expectativas. “Esta-mos mortos por te conhecer” é o convite que a homepage do espaço deixa aos visitan-tes. O espaço, que tem na sua equipa 14 atores, conta

através de 17 cenas temáti-cas, as lendas e acontecimentos

mais aterradores da história de Portugal. Sob o lema “Esta é a história

de Portugal que os livros não contam” os visitantes conhecerão episódios macabros como

o Poço dos Esquecidos ou o Sótão Sangrento, para conhe-cer a história da serial killer portuguesa Luísa de Jesus.“É como estar dentro de um filme de terror”, dizem, pelo que recomendam a visita a maiores de 18 anos e desa-conselham a entrada a grávidas, pessoas com problemas cardíacos, epilepsia, claustrofobia ou respiratórios. As visitas fazem-se de quarta-feira a domingo, a partir das 17 horas. Mas se há um setor que está em grande é o da hotelaria.Na serra da Gardunha está a surgir um novo projeto no âmbito do glamping. São sete tendas de luxo que deverão estar a operar até ao final de março.Em Ílhavo irá surgir em breve o novo hotel Vista Alegre que resulta da reconversão do antigo palácio. A sua oferta inte-gra 83 quartos. Na Madeira, a primavera dará as boas-vin-das ao Saccharum Hotel Resort & SPA, de 4-estrelas, cujos 176 quartos, 6 suites e 61 apartamentos foram decorados por Nini Andrade Silva.A zona do Terreiro do Paço e Baixa de Lisboa verá a oferta hoteleira aumentar com a abertura do Hotel Almalusa Ho-tel, cuja abertura também está prevista para a primavera, e da Pousada de Lisboa Pestana Monument Hotel, que irá abrir a 1 de junho com 90 quartos.

Também o grupo Porto Bay Hotels tem finalmente o há muito desejado 5-estrelas em Lisboa. O Porto Bay Liber-dade está localizado na rua Rosa Araújo, a 30 metros da Avenida da Liberdade, e oferece 98 suites e quartos.Outros hotéis que irão aumentar a oferta de Lisboa em cerca de 1.600 quartos este ano são o Sana Evolution no Saldanha, o Santiago de Alfama, o Bessa Hotel Lisboa, o My Story Hotel Rossio, Fénix Music, o Skyna Hotel Lisboa e o Lux Lisboa Park.Mais adiante no ano irão abrir os Turim Saldanha, Vincci Selección, Riverside Alfama, Hotel Indigo Lisbon Old Town localizado no antigo Convento Corpus Christi, o Lux Hotel by Turim, Memmo Príncipe Real, Turim Boulevard, o 5-estrelas Eurostars no cais de Santarém (Campo das Cebolas) que terá 91 quartos e uma componente de museu.No Porto, entre as unidades previstas, destaque para o hotel de 4-estrelas e 80 quartos que irá surgir no lugar do icónico café A Brasileira. Além deste estão a decorrer as obras de ampliação do Hotel Pestana, na Ribeira, e o Hotel no antigo palácio dos Condes de Azevedo, o Hotel no antigo Palácio dos TLP, na Batalha, o Hotel AS no Largo de S. Domingos e o Hotel nas antigas instalações do Comissariado para a Renovação Ur-bana da Área de Ribeira/Barredo.Também o grupo Hoti Hotéis vai abrir uma nova unidade em Leiria que dotará a cidade com mais 70 quartos no segmento 4-estrelas. l

Antónia BarrosoJornalista

#17 FEV/MAR 2015

os novos equipamentos não

abrem apenas na capital e não são apenas hotéis...há também restaurantes,

museus e outras atrações

Page 15: Ponto Turismo 17

CADERNO

NotíciasA Amadeus lança versão melhorada de acesso à CP que traz mais funcionalidades para os agentes de viagens Amadeus

SoluçõesA evolução do Amadeus Hotels Plus com Multisource passou a refletir todos os modelos de negócio praticados nas agências de viagens. Obtém resultados de hotéis GDS e não GDS

Não podemos sentar-nos à espera dos clientes

Fernanda PiresVIAVITÓRIA

Fernanda Pires Entrevista Caderno 15

16

19

21

#17 FEV/MAR 2015

Page 16: Ponto Turismo 17

16

Caderno Amadeus

Fernanda PiresDIRETORA-GERAL VIAVITÓRIA

Entrevista Caderno Fernanda Pires

#17 FEV/MAR 2015

Page 17: Ponto Turismo 17

ViaVitóriaTemos de evoluir para

sobreviver

17Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo 17

Caderno Amadeus

Fernanda PiresDIRETORA-GERAL VIAVITÓRIA

Fernanda Pires Entrevista Caderno

dos nossos parceiros, estamos a trabalhar no nosso programa de vendas online. Não podemos parar. Os tempos não estão fá-ceis e não podemos sentar-nos à espera

dos clientes. Temos de ser inovadores e ir de encontro às necessidades dos nossos clien-

tes, os de sempre e os que virão a ser.Lembro-me quando comecei neste ramo de ter de construir todas as tarifas ma-nualmente, fazer reservas de avião por telefone e emitir e reemitir bilhetes manualmente! Esse tempo acabou! Em

duas décadas, o paradigma alterou-se completamente, vivemos na era do ime-

diato, tudo acontece agora e a nossa res-posta às solicitações dos clientes tem que ser

imediata. Temos que evoluir para sobreviver.

Ponto T. › Qual é a vossa aposta em termos de pro-duto. Quais são as estrelas do negócio?

F.P. › Embora a marca ViaVitória Viagens seja uma marca estabelecida no mercado regional, há sempre espaço para melhorar, melhorar a nossa imagem, o nosso serviço. Ser pró-ativos, surpreender os clientes apresen-

Ponto Turismo › Pode contar um pouco do percurso da agência de viagens ViaVitória? Como surgiu e porquê…Qual tem sido a evolução?Fernanda Pires › Nasci para o Turismo. Comecei numa companhia aérea, na SATA AIR AÇORES. Foi uma experiência muito compensadora e um trampolim para abraçar o traba-lho de agente de viagens. Fui convidada para tra-balhar na Agência Açoriana de Viagens. Fiz muitos amigos e clientes que me ajuda-ram quando resolvi, há mais de vinte anos, abrir a minha agência.O empreendedorismo é uma das minhas características pessoais e senti que precisava de um desa-fio: avaliei a situação, calculei os riscos, dei muito do meu suor e lágrimas e… foi assim que nasceu

a ViaVitória Viagens. É bom evoluir e ter sucesso. Nem sempre o caminho é

fácil, diariamente são muitos os obstá-culos que me dificultam o percurso mas “o

que não nos mata torna-nos mais fortes” e, se aceitarmos os desafios como uma aprendiza-gem, crescemos e tornamo-nos mais fortes.

Ponto T. › Como é que se posicionam em termos de negócio? Pelo que percebi tanto têm incoming como outgoing.F.P. › Sim, trabalhamos nas duas vertentes mas, atualmente estamos a apostar no outgoing, dinamizando essa área de negócio. Com a ajuda

#17 FEV/MAR 2015

vivemos na era do imediato, tudo acontece agora e a nossa resposta

às solicitações dos clientes tem que ser imediata.

A agência de viagens ViaVitória, na Ilha Terceira nos Açores, chega a 2015 com provas dadas no mercado regional, recolhidas em mais de 20 anos de atividade. O dinamismo e a proatividade são duas das características com que lida com os desafios que todos os dias se colocam aos agentes de viagens. Fernanda Pires é o rosto da ViaVitória Viagens que nesta entrevista dá a sua visão sobre o turismo.

Page 18: Ponto Turismo 17

18 Nome do Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo18

Caderno Amadeus

Entrevista Caderno Fernanda Pires

tando as melhores soluções. Ir à procura de Turismo e, se puder ser, Turismo de luxo.

Ponto T. › Como é que tem sido lidar com estes últimos anos de crise? O seu negócio foi afetado? Em que medida e como estão agora.Não me posso queixar, os clientes não me têm aban-donado. Claro que procuram poupar e nós ajudamos à medida de cada um. Estabelecer uma relação de confiança com os nossos parceiros, quer sejam os clientes, quer sejam todos os parceiros de negócio que se articulam com a agência, é a base do negócio.

Ponto T. › Como é que está o turismo nos Aço-res? Tanto em termos de nacional como interna-cional…F.P. › Os Açores estão a ser procurados não só pela nossa beleza e bom receber, como também pela se-gurança. Somos especiais. A marca AÇORES é reco-nhecida internacionalmente e há uma franca procura.

Ponto T. › Acha que o seu negócio vai sentir o impacto da saída dos norte-americanos da Base das Lajes?F.P. › Claro! Muitas famílias vão ser afetadas e, inevitavelmente, a re-dução do poder de compra irá repercutir-se na economia local e, por conseguinte, em todos os negócios regionais. Mas tenho esperança que se encontrará uma alternativa que amenizará o impacto negativo desta retirada.

Ponto T. › Quais são os desafios que se apresen-tam aos agentes de viagens tendo em conta a evolução dos clientes e a forma como procu-ram informação.F.P. › É na realidade um desafio. O cliente antes de nos procurar já tem toda a infor-mação. Por um lado, adianta-nos o tra-balho mas, nem sempre o que veem na Internet é real. Por exemplo a localização e apresentação de um Hotel pode não ser bem o que veem. Já tivemos clientes que compraram diretamente com o seu cartão de crédito e tiveram problemas.O mesmo se passa com as vendas online quando há algum problema não têm a quem recorrer.Na minha perspetiva o conselho e o acompanhamento de um consultor de viagens tem cada vez mais importância.

Ponto T. › Como é que se posicionam em termos de online? Tanto quanto consegui perceber a Via Vitória não tem um website…A venda online é um canal de distribuição que não está dentro da vossa estratégia?F.P. › A venda online está no nosso plano estratégico e estamos atual-mente a desenvolver o Website da ViaVitória Viagens, onde os nossos clientes poderão encontrar uma solução integrada, que vá de encontro às suas necessidades: os benefícios da venda online associados à confiança e ao serviço ViaVitória; em suma, a ViaVitória Viagens à distância de um clique.

Ponto T. › Como é que veem a Amadeus enquanto parceiro tecno-lógico?F.P. › Neste ramo precisamos de crescer e evoluir e o Amadeus tem sido um parceiro estratégico, apresentando soluções que tornam o nos-

so trabalho quotidiano mais fácil, libertando tempo para o foco no cliente. Eu gosto de desafios, supera-me, estimular a equi-

pa, mostra-me e mostrar-lhes que mudar implica um processo de aprendizagem que, embora ao início

não seja fácil sair da nossa zona de confor-to, por fim, é gratificante. É gratificante olhar

para os benefícios que se colheram e sentir que nos superámos. A vida é um processo criativo onde a mudança é uma constante. Congratulo a Amadeus pelo trabalho que desenvolve, diariamente, para ir de encon-tro às necessidades dos seus parceiros. Bem

hajam. l

#17 FEV/MAR 2015

Na minha perspetiva o conselho

e o acompanhamento de um consultor de viagens

tem cada vez mais importância.

Page 19: Ponto Turismo 17

19Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo 19

Caderno Amadeus

Amadeus Hotels Plus com Multisource Soluções

Com o Amadeus Hotels Plus terá acesso imediato às cadeias hoteleiras, representantes de cadeias hoteleiras e agregadores.

Com o Amadeus Hotels Plus poderá:• Encontrar facilmente hotéis GDS e non-GDS numa cidade, perto de um

aeroporto, numa rua específica ou perto de um ponto de referência. Não requer conhecimentos do modo críptico ou dos códigos IATA.

• Disponibilizar resultados de pesquisa baseados nos critérios do cliente, com tarifas em tempo real e disponibilidade de quartos.

• Ordenar os hotéis de acordo com critérios como o preço, distância ou fa-cilidades.

• Escolher e reservar um hotel diretamente do mapa, dependendo da pro-ximidade de um ponto de referência.

• Comparar vários hotéis e enviar essa informação por e-mail para o seu cliente.

• Recuperar as últimas pesquisas e guardar até 10 hotéis preferidos.• Disponibilizar informações detalhadas sobre diversas propriedades ho-

teleiras, incluindo disponibilidade em tempo real, fotografias e facilida-des de hotel.

A solução Hotels Plus está totalmente integrada no Amadeus Selling Platform

A interface gráfica de utilizador está desenhada para guiá-lo por todo o fluxo de reserva. As setas no topo do ecrã informam em que parte da reserva se encontra. Cada um dos cinco passos é apresentado numa página diferente.

Para trabalhar com os agregadores será obrigatório fazer o registo em “Ho-tels Plus” mesmo que já tenha credenciais disponibilizadas via website. Deverá para isso clicar em e uma nova janela mostra os agregadores já disponíveis em Portugal.

Cada agregador mostra a seguinte informação:• Logótipo• Nome do agregador• Estado (se ativado ou não)• Termos e condições• Lista de ações disponíveis (as ações disponíveis dependem do estado

do agregador).

Amadeus Hotels Plus com Multisource

A smart tab “Hotels Plus” evoluiu de forma a refletir todos os modelos de negócio praticados na sua agência.

Agora obtém não só resultados de hotéis GDS, mas também não GDS. Poderá aceder atualmente à Bedsonline; DTOW; HRS e Travelcube. Mais virão brevemente. Tudo isto na sua

plataforma de trabalho diária e com integração imediata no seu sistema de BackOffice.

Se nunca efetuou o registo num agregador, a mensagem de estado é

.Para se registrar clicar em .

A solução Amadeus Hotels Plus permite que a venda seja integrada no PNR Amadeus e enviada ao seu MidOffice e BackOffice, podendo assim gerir todo o processo de reserva de forma mais eficaz.Poderá ainda aceder à reserva via Amadeus CheckMyTrip e assim visua-lizar todo o itinerário.

Pesquisa de hotelEncontra o ecrã dividido em 2 partes. A primeira dedicada à pesquisa propriamente dita e a segunda às opções a determinar.Poderá efetuar uma pesquisa:• Por tarifas;• Por facilidades hoteleiras; • Por plano de refeição*; • Por categorias de Hotel*; • Por distância ao centro da cidade; • Incluindo ou não crianças*; • Reservar mais do que um quarto*

* Estas opções estão disponíveis apenas com conteúdo de agregadores.

#17 FEV/MAR 2015

Page 20: Ponto Turismo 17

20 Nome do Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo20

Caderno Amadeus

Soluções Amadeus Hotels Plus com Multisource

Para ter acesso a todas as opções de pesquisa clicar em

Depois de definidos os critérios ao clicar em “Search” o sistema responde com a oferta disponível. Sempre que visualiza signi-fica que aqui encontra preços de várias fontes. Pode verifica-las à passa-gem do rato.

Pode comparar hotéis e imprimir ou enviar por e-mail. Basta clicar em

e os mesmos são adicionados ao filtro

Ao clicar no preço as condições referentes a cada fonte.

Depois de clicar em acede à área do viajante onde deverá preen-cher todos os dados do mesmo. No caso da venda com um agregador o e-mail é obrigatório para a rece-ção do voucher

O último passo da reserva serão os dados de pagamento. Ao clicar em a reserva é efetuada e o PNR criado em Amadeus.

Nota: A sua reserva só estará completamente confirmada depois de completar e fechar o PNR (EOT). Não é possível efetuar alterações em reservas de agregadores, deve cancelar e voltar a reservar, tendo em conta as políti-cas de cancelamento de cada agregador.

Toda a informação sobre Amadeus Hotel Plus no Amadeus e-support. Cada agregador disponibiliza também alguma informação em Amadeus nas páginas GGHTLxx(xx=código de agregador)

#17 FEV/MAR 2015

Page 21: Ponto Turismo 17

21Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo 21

Caderno Amadeus

Amadeus lança versão melhorada de acesso à CP Notícias

A Amadeus, parceiro tecnológico líder global para a Indústria de viagens e turismo, anunciou o lançamento de uma versão melhorada da plataforma de acesso à CP – Com-

boios de Portugal.A nova versão traz mais funcionalidades para os agentes de viagens utilizadores do GDS Amadeus. Entre as novas funcionali-dades que esta versão traz, destaque para a possibilidade de reembolso e a alteração de bilhetes completamente disponível para o agente, sem que este tenha necessidade de contactar a CP. Com a nova versão, os agentes de viagens uti-lizadores de Amadeus em Portugal, passam a po-der reservar e emitir bilhetes da CP, incluindo o alfa--pendular e o intercidades, bem como consultar relatórios de vendas, consultar as suas últimas reservas, emitir duplicados, reemitir e reembolsar bilhetes.Completamente integrada e disponível tanto em português como em espanhol, esta solução possibilita aos agentes de viagem portugueses

realizar todos os processos de reserva de conteúdos CP. Integrada no Amadeus Se-lling Platform, todas as reservas da CP ficam refletidas no PNR Amadeus e o localizador e

informações sobre o passageiro passam para o back office.

A Amadeus foi pioneira ao disponibilizar, desde 2008, o acesso ao inventário da CP – Comboios de

Portugal a partir da sua plataforma de vendas, Ama-deus Selling Platform.

A Amadeus tem acompanhado as evoluções constantes da sua parceira CP para que todos aqueles que utilizam a plataforma via sistema Ama-deus possam beneficiar das mesmas evoluções. l

Mais funcionalidadesAmadeus lança versão

melhorada de acesso à CP

#17 FEV/MAR 2015

A nova versão da solução traz mais

funcionalidades para os agentes de viagens

utilizadores do GDS Amadeus

Page 22: Ponto Turismo 17

22 Nome do Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo22

Caderno Amadeus

Notícias Breves

Aeroporto de Innsbruck é pioneiroA Amadeus, parceiro tecnológico líder global para a Indústria de viagens e tu-rismo, anunciou um acordo com o aeroporto de Innsbruck na Áustria para im-plementar as soluções: Airport Common Use Service (ACUS), Airport Baggage Reconciliation System (BRS), e Airport Passenger Verification (PV). Graças ao lançamento em 2014 do ACUS, o aeroporto de Innsbruck tornou--se pioneiro na aplicação de novas tecnologias no ecossistema do aeroporto, progredindo em direção à nova geração de plataformas common use.O acordo permitirá o primeiro ambiente de uso comum baseado na cloud no aeroporto. A solução ACUS permite que as companhias aéreas e empresas de assistência em terra que operam em Innsbruck beneficiem da virtualização de aplicativos e tecnologia cloud para ter acesso a sistemas de processamento de passageiros. A plataforma está alojada no centro de processamento de dados da Amadeus, localizada na Alemanha, eliminando infraestruturas de IT dispendiosas no local e reduzindo os custos de energia. A solução cloud também proporcionará benefícios logísticos para o aeroporto, permitindo uma

Lufthansa estreia nova ferramenta A Lufthansa é a primeira companhia aérea a ter a ferramenta Amadeus Altéa Corporate Recognition (patente pendente), que permite à companhia aérea reconhecer facilmente os passageiros de negócios e apresentar um serviço de excelência ao longo de todo o trajeto, promovendo a sua fide-lização e satisfação.A nova ferramenta irá assegurar que as ofertas estratégicas “à medida” possam estar disponíveis tanto para clientes corporativos como para pas-sageiros de negócios individuais em todas as fases da viagem, o que irá melhorar o processo de compra de clientes corporativos e experiência de viagem geral.Graças ao reconhecimento automático da empresa à qual pertence o passageiro de negócios, é possível personalizar o serviço a partir do mo-

Nova geração Amadeus Cloud

Amadeus Altéa Corporate Recognition

Inovação na pesquisa e tecnologia

Aplicação VisitEurope ganha prémio UNWTO Ulysses O 11th UNWTO Ulysses Awards for Excellence and Innovation in Tourism distinguiu a aplicação iPad VisitEurope desenvolvida pela Amadeus para a ETC (European Travel Commission) em parceria com a Comissão Europeia.“A aplicação VisitEurop é uma ferramenta essencial para reforçar a ima-gem da Europa como líder em destinos turísticos do mundo, através da implementação de novas tecnologias, enquanto permite o trabalho con-junto da indústria pública e privada pelo desenvolvimento sustentável e pela promoção do destino Europa.”, disse Eduardo Santander, Executive Director da ETC, na cerimónia de entrega realizada em Madrid, no âmbito da passada FITUR .Por seu turno, Juan-Jesus Garcia, Senior Advisor Industry Affairs, Ama-deus IT Group, disse estar “orgulhoso” do facto da Amadeus ter feito parte deste projeto, sendo “um grande privilégio trabalhar em parceria com a ETC e com a EC ao tornar uma realidade a aplicação VisitEurope”. O res-ponsável acrescentou ainda que têm sido “muito incentivados pelo suces-

so da aplicação VisitEurope e do website que fornece aos usuários uma solução móvel, tanto para o planeamento e reservas, bem como para obter a melhor informação sobre a Europa.” Esta iniciativa impacta positivamente a competitividade do setor do tu-rismo Europeu, dando destinos, locais e serviços que adicionam visibili-dade, enquanto facilitam a sua interação com os consumidores globais em novos canais digitais, como o mobile. A pesquisa de viagens pode ser um processo extremamente fragmentado, mas a app VisitEurope une ins-piração e conversão numa interface para o usuário, rico em conteúdo com o objetivo de fortalecer a imagem da Europa entre os mercados de longa distância e superar problemas como a sazonalidade, através da utilização de novas tecnologias.Projetada tanto como uma app para iPad e para um site otimizado para qualquer dispositivo móvel, a app usa tecnologia inovadora para propor-cionar aos passageiros uma ferramenta de acesso à informação em tem-po real, através de toda a experiência de planeamento de viagens online..

maior facilidade de check-in e operações de embarque em locais alternativos, mesmo fora de aeroporto, quando necessário. Isso irá reduzir o impacto das perturbações sobre os passageiros e as companhias aéreas.O aeroporto está a introduzir também o serviço Amadeus’ Baggage Reconci-liation System. Tal como acontece com o ACUS, usando uma base de dados comum, vai evitar o gasto que as companhias aéreas que operam no aeropor-to têm no intercâmbio dispendioso de mensagens sobre bagagens. O sistema requer uma formação mínima e nenhuma instalação do servidor, permitindo uma rápida implementação.A solução Amadeus’ Airport Passenger Verification permitirá checks automáti-cos de passageiros em vários pontos dentro do aeroporto. Os dados resultan-tes vão ajudar a melhorar a experiência do passageiro assim como o aeroporto pode tomar decisões informadas em momentos críticos, oferecendo serviços mais personalizados ou programas upselling de fidelidade para o aeroporto.

mento da reserva. A ferramenta possibilita a oferta de um tratamento preferencial aos clientes corporativos a partir do primeiro passo do pro-cesso de reserva, ou priorizando os passageiros de negócios em aeropor-tos, por exemplo, através de uma via rápida no controlo de segurança.Ao mesmo tempo a ferramenta da Amadeus Altéa Corporate Recogni-tion, revê a possibilidade de as companhias aéreas oferecer pacotes de serviços complementares voltados para as necessidades dos passageiros de negócios, tais como serviços de preferência de lugares e serviço de bagagem. O Altéa Corporate Recognition identifica clientes corporativos através de qualquer canal - incluindo ferramentas indiretas e self-booking das próprias empresas -, torna-se numa solução imprescindível para aju-dar as companhias aéreas a atingirem os seus objetivos de customização de produtos e serviços.

#17 FEV/MAR 2015

Page 23: Ponto Turismo 17

Nova geração Amadeus Cloud

Page 24: Ponto Turismo 17

24 Tecnologia Tecnologia na ponta dos dedos

Near Field Communications:tecnologia na ponta dos dedos

Se até há uns (poucos) anos ficava-se extasiado com o comando da televisão porque com ele mudava-se de canal sem se ter de levantar do sofá ou podia-se aceder ao serviço de teletexto da televisão e assim ler as notícias, ver os horários dos aviões, a

programação, etc, agora, com o Near Field Communications (NFC) tudo isso parece da Idade da Pedra.A tecnologia do NFC, que ainda está em desenvolvimento, foi concebida para facilitar (ainda mais) a vida das pessoas pois permite a troca de dados entre um smartphone com NFC e outro equipamento por proximi-dade. Mais especificamente, a tecnologia Near Field Communication pode ser usada em conjunto com TAGs NFC para que rapidamente o utilizador possa alterar perfis e definições no telefone ou mesmo abrir aplicações e páginas web específicas. Para tal basta aproximar o smartphone a uma etiqueta (autocolante com chip NFC integrado) ou a um outro equipa-mento com NFC, para usufruir da tecnologia.Quando um smartphone é aproximado de uma tag esta irá despoletar uma ação pré-programada ou configurada no equipamento, que poderá ser, desde a transmissão de uma simples mensagem, a uma ligação a

uma rede social (ex: “like“numa determinada página do Facebook), a al-teração de um perfil no telefone, um pagamento ou abrir uma porta de um quarto de hotel, etc.O NFC também permite configurar tags para que estas ajudem na uti-lização diária dos smartphones (por ex: pré-configurando ações simples como: ligar/desligar bluetooth).A tecnologia NFC, é semelhante à tecnologia RFID (Radio Frequency Identi-fication) muito utilizada nos dias de hoje e que permite a comunicação, por radiofrequência, entre dois aparelhos posicionados a uma longa distância. Mas, no caso da NFC e tal como o nome indica, esta nova tenologia limita o campo de atuação de frequências para uma distancia que pode ir até aos dez centímetros, obrigando a que os dois aparelhos estejam muito próxi-mos para que a transação de dados seja efetuada com sucesso, o que faz dela uma tecnologia bastante segura, dizem os peritos.Muitos dos smartphones no mercado, já integram chips NFC que permi-tem esta troca de dados para um leitor localizado, por exemplo, junto a uma caixa registadora, o que dá aos utilizadores que têm os dados do cartão de crédito guardados nos seus telemóveis, a possibilidade de

#17 FEV/MAR 2015

A tecnologia NFC já não é novidade e a sua cada vez maior utilização com equipamentos como o telemóvel, facilita em algumas tarefas, nomeadamente no que toca a hotelaria ou a aviação. A troca de dados a curta distância entre equipamentos, permite entrar no quarto de hotel ou na porta de embarque encostando o smartphone.

Page 25: Ponto Turismo 17

25Tecnologia na ponta dos dedos Tecnologia

efetuarem pagamentos pela simples aproximação do terminal ao leitor

colocado junto da caixa regista-dora.

No turismo a tecnologia NFC já é utilizada há bastante tempo, sobretudo nos ae-roportos. Atualmente já é possível fazer o check-in no telefone e ter um cartão

de embarque digital e depois passar esse cartão de embar-

que por um equipamento na pró-pria porta de embarque para entrar

no avião. Da mesma forma é lógico que na hotelaria seja possível utilizar o mesmo

tipo de tecnologia. Alguns grupos como a Hyatt já tem quiosques nos lob-bies onde se pode fazer o check-in ao passar o cartão de crédito e obter-se a chave, mas à medida que as fecha-duras NFC se tornam cada vez mais comuns nos hotéis, não tardará que seja normal que o telefone se transforme na chave do quarto de hotel. O processo desde a reser-va até entrar no quarto de hotel torna-se cada vez mais fluído. Poderá fazer-se o check-in no telefone antes de chegar ao hotel e depois utilizar o chip NFC no telefone para entrar no quarto com a chave gerada após o proces-so de check.-in.Para os viajantes evitar o processo de check-in na rece-ção do hotel e ir diretamente para o quarto é algo que veem com bons olhos. Quando esta tecnologia foi tes-tada pela primeira vez no Clarion Hotel em Estocolmo, os clientes disseram que utilizar um telefone com NFC para fazer o check-in, entrar no quarto e fazer o check-out melhorou a sua experiência de alojamento, poupou-lhes tempo e inspirou-os a usar o serviço novamente.Durante o mesmo teste, quando perguntaram aos clien-tes que outras aplicações NFC seriam úteis, estes respon-deram pagar alimentação, bebidas e serviços de hotel. A maioria também referiu que ter informação sobre o hotel e serviços do hotel, como mapa, menu de room service, spa e ginásio, informação sobre os restaurantes, bares e transportes públicos também seria apreciado.Do lado do hotel será também uma situação atraente já que, por um lado, os clientes ficam mais satisfeitos e, por outro lado, evitam o custo das chaves perdidas ou que não são devolvidas pelos clientes após o check-out.Tal como acontece com as chaves que deixam de estar ativas quando expira a hora de saída do quarto, também a aplicação no telefone vai apagar o código NFC que ti-nha para o quarto quando fizer o check-out, o que tam-bém poderá fazer através do telefone em vez de utilizar o controlo da televisão para ver a conta. Os hotéis também poderiam oferecer serviços extra atra-vés das suas aplicações, tais como deixar o cliente esco-lher um quarto específico da oferta disponível, ou o piso que se pretende e a distância do elevador.Mas tornar o check-in por NFC viável precisa de inves-timento por parte dos hotéis. O primeiro é equipar os

quartos com NFC. Apesar do investimento, há redes que operam em diversos segmentos a colocarem fechaduras NFC nas suas unidades.A Hyatt também usa o NFC do cartão do quarto para enviar automaticamente o elevador para o andar certo o que produz uma poupança de energia e tempo dado que coloca as pessoas que vão para o mesmo andar no mesmo elevador. A Hilton Worldwide também investiu mais de meio milhão de dólares em tecnologia e desde o final do ano passado os hóspedes podem utilizar os seus telefones para selecionar o seu quarto a partir de mapas digitais dos andares e está previsto que a partir deste ano os clientes possam evitar a receção e utilizar o telefone como chave para entrar nos quartos. A cadeia Nordic Choice Hotels foi a primeira a permitir aos hóspedes escolher quartos com um telefone NFC em 2010 e começou a colocar fechaduras NFC em 2013. O mesmo acontece com cadeias como a Best Western.Mas a tecnologia NFC também envolve ligar aplicações ao sistema de gestão dos quartos que sabem quais quar-tos foram limpos e estão prontos para serem usados ou seja, a utilização desta tecnologia, ainda está longe de estar esgotada. l

Antónia Barrosojornalista

VANTAGENS– É de utilização intuitiva: A interação requer apenas

que se aproxime o telemóvel;– Funciona como interface entre outras tecnologias:

reduz a distância entre tecnologias distintas atra-vés de um simples toque;

– É versátil: O NFC aplica-se a um conjunto alargado de indústrias:

– É standard: O NFC segue parâmetros internacio-nalmente definidos (garante compatibilidade);

– É seguro: A comunicação apenas se estabelece a uma curta distância (alguns centímetros), portanto é inerentemente seguro; foi construído para supor-tar medidas adicionais de segurança.

Fonte: NFC.pt

#17 FEV/MAR 2015

Para os viajantes evitar o

processo de check-in na receção do hotel e ir

diretamente para o quarto é algo que veem com

bons olhos

Page 26: Ponto Turismo 17

Aglutinador de clientela A marca no turismo

As marcas desempenham um papel preponderante no quadro das relações comerciais nacionais e internacionais, bem como na fidelização da clientela. O tráfego de produtos e serviços realiza-se cada vez mais à sombra de marcas, de cujo poder atrativo depende tantas vezes o sucesso de um negócio. Estas características são ainda mais valorizadas nas indústrias turísticas, atenta à sua evidente internacionalização.

26 Análise A marca no turismo

A marca distingue os produtos e os serviços de um empresário ou de uma empresa, dos produtos e dos serviços que são proporcionados ao mercado por outra empresa ou por outro empresário. Esta fun-ção distintiva da marca é complementada pela função de imagem

da marca, que permite atrair a clientela ajudando o seu titular a ganhar e manter novos mercados, também por meio da publicidade. A marca constitui um capital extremamente importante na estratégia de de-senvolvimento de um negócio, na atração da clientela e na manutenção do negócio. Pode ser, igualmente, uma garantia de qualidade para o mercado. Mas para que este sistema possa funcionar e as empresas possam beneficiar plenamente do mesmo, torna-se imprescindível que elas procedam ao registo da sua marca, quer nos mercados onde exercem ou pensam ir exercer a sua atividade, quer para as atividades económicas que exercem. O registo da marca é condição legal de atribuição da propriedade da marca ao seu titular em Portugal e na larga maioria dos países de economia ociden-tal, nomeadamente dos países europeus. Acresce que o facto da empresa dispor do registo da marca em determinado país, não significa que essa mes-ma marca esteja legalmente protegida noutro país. Nisto, como em outras atividades económicas, rege o princípio da territorialidade do direito, ou seja, a marca registada num país concreto, só está legalmente protegida nesse país a favor do seu titular. A sua utilização noutro país, embora feita pela mesma

empresa, mas sem o respetivo registo nesse outro país e baseada tão só no registo inicial, não confere quaisquer direitos e pode constituir uma fonte de problemas para o titular da marca. Neste ponto urge esclarecer um erro que ainda é muitas vezes cometido pe-las empresas. Na verdade, muitas empresas e empresários já ouviram falar em registos internacionais de marcas e convencem-se, que tendo efetuado o registo inter-nacional da sua marca, estão legalmente protegidos no mundo inteiro. Errado! Atualmente as leis nacionais e os tratados internacionais, disponibilizam pelo menos três tipos de registos de marca: nacionais, internacionais e comunitários. O registo nacional de marca, concede e garante o direito de marca num de-terminado país, mas não concede qualquer direito nos países restantes. O registo internacional de marcas, assenta num tratado internacional e concede e garante o registo de marcas em diversos países que sejam escolhidos pelo interessado nesse registo, através de um pedido internacional único. O regis-to comunitário de marca é baseado num regulamento aprovado pela União Europeia. Com um pedido único de registo, o interessado pode obter o registo

#17 FEV/MAR 2015

Page 27: Ponto Turismo 17

27A marca no turismo Análise

tituir uma dificuldade, pois uma má classificação pode fazer perigar um registo. Aspeto importante a considerar no pedido do re-gisto da marca, é a composição da marca. A ex-periência diz-nos que quanto mais arbitrária for a composição da marca, maior proteção perante terceiros goza e maior eficácia distintiva possui.Existem marcas registadas cuja composição é mui-to simples, mas com enorme poder de atração de clientela e são conhecidos casos de marcas, cuja composição é complexa, mas pouco atrativa e que nem por isso representa maior garantia contra a

imitação por terceiros. Neste aspeto, existe uma grande tendência para buscar mar-

cas cuja construção é comple-xa, mas que acabam por

ser pouco expressivas perante a clientela e facilmente imitáveis, ou mesmo por uti-lizar termos usuais e genéricos que não podem ser apropriados em ex-

clusivo por nenhuma empresa. A utilização

nas marcas de termos usuais, genéricos ou descri-

tivos dos serviços, é garantida por lei a todas as empresas e nesse

particular, uma marca com estas característi-cas, acaba por dispor de um valor comercial escasso e ser, por conseguinte, desinteressante. Finalmente importa referir que o registo da marca é igualmente responsável por novos sistemas de comercialização. O registo da marca em diversos países, mesmo que o seu titular não pretenda entrar diretamente nesses países, pode revestir grande interesse comercial, na medida em que lhe permite licenciar a terceiros a exploração da sua marca nos países onde não esteja diretamente presente, contra o pagamento de royalties pela exploração da marca registada. Nomeadamente através de contratos de licenciamento da marca e de contratos de franchising hoteleiro ou de outro tipo de serviços turísticos. Esses sistemas modernos de exploração de mar-cas, baseados na existência de marcas registadas e na sua imagem e reputação, surgem como uma forma adequada para veicular a estratégia de crescimento do negócio, a difusão da marca e a fidelização do público à marca que já conhece. A marca registada, também aqui, representa para o seu titular e potencial franqueador, um capital determinante para o desenvolvimento do seu ne-gócio. l

Manuel Durães RochaAdvogado

de uma marca comunitária, válido e a vigorar em todos os Estados da UE. É importante, que antes de proceder ao pedido de registo de marcas, a empresa tenha a noção dos países onde pretende vir a exercer a sua atividade, para poder garantir a seu favor nesses países e ab initio um direito que é fundamental para o desen-volvimento da sua atividade, para angariar clien-tela e comunicar-lhe uma imagem determinada. Na indústria hoteleira, mas também em todas as atividades económicas ligadas ao turismo, a exis-tência de marcas funciona como um fator atrativo de clientela, mas também como uma garan-tia de qualidade. Quantas vezes escolhemos um hotel ou um serviço turístico, com base na marca? Isto aconte-ce porque essa marca nos impressionou, seja pela imagem que transmite, seja pela qualidade que garante, mesmo sem nunca lá ter-mos estado. A existência da marca de determinada em-presa, permite ao público tomar conhecimento da res-petiva existência em certa ativida-de turística. E aqui encontramos outro aspeto importante a tomar em consideração no momen-to em que a empresa pede o registo de uma mar-ca. Consiste em registar as marcas para o tipo de produto que se pretende vender ou serviço que se pretende prestar. Na hora de formular o pedido de registo, é conveniente ter em consideração os ob-jetivos que presidem ao registo da marca. Se com a marca se pretende identificar, por exem-plo, um serviço de transporte de turistas, então o pedido de registo deverá circunscrever-se a esse tipo de serviço, pois não só se poupam custos e burocracia, como se evitam problemas legais de-rivados da eventual falta de uso da marca noutro tipo de produtos ou serviços que não são presta-dos. Daí que a decisão sobre quais os produtos ou serviços a abranger pelo registo da marca, seja relevante no quadro da proteção da marca e do exercício do direito. O registo de marcas encontra-se organizado por classes de produtos e de serviços para facilitar, mas também para identificar claramente peran-te o público, a que tipo de produtos e de serviços se destina certa marca registada. Dada a enorme profusão de produtos e serviços turísticos dispo-níveis no mercado, bem como o elevadíssimo número de empresas turísticas em atividade, este tipo de disciplina do registo de marcas por classes é justificado, mas também é suscetível de cons-

#17 FEV/MAR 2015

a existência de marcas funciona

como um fator atrativo de clientela, mas também

como uma garantia de qualidade

Page 28: Ponto Turismo 17

TendênciasComo será o turismo no

futuro?

A forma como se viaja hoje em dia não é a mesma como faziam os nossos antepassados. As exigências não são as mesmas, a internet inundou os turistas com informação e o paradigma alterou-se por completo. Cada vez mais vive-se a era do imediatismo, da tecnologia e os turistas procuram cada vez mais experiências ‘reais’, exploram novos tipos de alojamento. Do lado da oferta, os fornecedores tentam corresponder às expetativas dos novos turistas proporcionando-lhes inovações tanto na aviação como na hotelaria

28 Atualidade Tendências

Como vão ser as viagens em 2015Viajar é uma das escolhas preferidas para relaxar, tirar uma pausa do trabalho árduo durante o ano e recarregar energias. Hoje em dia, mais do que nunca, viajar tornou-se mais acessível e prático. Mas como viajam hoje os turistas? Todos os anos são apresentados relatórios e estudos que revelam as principais tendências no segmento do turismo e lazer que servem de parâmetros para os agentes económicos ajustarem as suas estratégias. A revista Travel+Leisure destaca dez tendências nas viagens para este ano, enquanto a Associação Britânica dos Agentes de Viagens faz uma análise mais por produto e apresenta nove tendências.Em 2015 algumas das tendências que começaram a desenhar-se no passado, ganham novas dimensões...

Propostas de aluguer cada vez mais próximas dos hotéisHá um novo perfil de turista que procura um tipo de alojamento que não o hotel tradicional, mas que gosta de um certo conforto e até de alguns serviços até hoje só disponíveis nas unidades hoteleiras. E de repente, “o grande terror” dos hotéis, o aluguer de apartamentos, que não pagam os mesmos impostos a que estão obrigados os hotéis, torna-se numa

tendência com um crescente número de aderentes, em particular junto da chamada Geração do Milénio. A revista Travel + Leisure diz ainda que a linha que separa o alojamento num hotel de um aluguer de aparta-mento está cada vez mais difusa, principalmente desde que o gigante dos alugueres AirBnd “atacou” em força aconselhando os proprietários das casas a elevarem a experiência dos hóspedes, proporcionando-lhes outros serviços. Nessa linha, outras plataformas como a espanhola BeMate, que apresen-ta como lema “apartamentos únicos com serviços de hotel”, faz questão de disponibilizar apenas apartamentos que estejam a menos de 300 me-tros de distância de um dos hotéis Room Mate, que por sinal pertencem ao mesmo grupo da BeMate. Paralelamente a ABTA (Associação Britânica de Agentes de Viagens) identificou no seu relatório anual de tendências o movimento “viver como um local”, isto é, o turista quer ser a antítese do turista procurando ex-periências autênticas de férias levando a que muitas empresas propor-

#17 FEV/MAR 2015

Page 29: Ponto Turismo 17

29Tendências Atualidade

da KLM podem aceber ao programa Meet & Seat, e escolher os companheiros de viagem com base nos perfis das redes sociais.

Férias em (novo) estiloNos últimos anos, o mercado do turismo têm--se adaptado a um novo tipo de férias. Escolher o local já não é suficiente, é também necessá-rio escolher as atividades que podem ocupar o viajante. A moda é rentabilizar aso máximo o tempo despendido nas férias, conjugando ativi-dades com tempo de lazer. Neste tipo de “férias de trabalho”, caracterizadas pela ida a eventos, workshops, os viajantes aprendem um novo ofí-cio ou arte, como cozinha, pintura ou escultura. Esta tendência demonstra o interesse crescente do turista em tentar “algo de novo”. Segundo a ABTA, 35% dos turistas Britânicos pensam em visitar um país onde nunca foram, e dos turistas que tradicionalment escolhem o mesmo des-tino, 48% planeia visitar um local novo dentro do mesmo destino em 2015. Também as city--breaks têm vindo a ganhar terreno destronan-do as férias na praia como tipo de férias mais popular. Em 2015, 43% dos turistas Britânicos planeiam visitar uma cidade, enquanto 42% pretendem fazer férias na praia. A esta tendên-cia não está alheio o aumento dos destinos de voos low cost, bem como os constrangimentos de tempo fora do trabalho dos viajantes. Ames-terdão, Paris, Berlim, Roma, Dublin e Barcelona são alguns dos destinos mais procurados para estas férias na cidade.Outra tendência que se mantém, segundo o relatório da ABTA é a procura de fitness e des-porto sobretudo devido ao aumento dos MAMIL (Middle Aged Men in Lycra), seja para assisitir a um evento desportivo ou para participar em atividades desportivas. As escapadelas de wellness e spa continuam na moda, tendo o The Global Wellness Institute avaliado o setor em 494 mil milhões de dólares a nível mundial. Os cruzeiros também continuam a ser um produto com potencial de crescimento, tanto os marítimos como os fluviais. l

António Rui MiguelMajor em Comunicação e Cultura

cionem este tipo de opções: disfrutar de joias escondidas de autenticidade ao mesmo tempo que apreciam as atrações turísticas tradicionais.

Novidades para dormir descansadoO descanso dos hóspedes é a prioridade máxi-ma de qualquer unidade hoteleira. Por exemplo, a cadeia Westin está a desenvolver pulseiras eletrónicas que, em conjugação com uma apli-cação para smartphones, monitoriza o sono do hóspede, analisando assim as causas de qualquer desconforto noturno. O MGM Grand, em Las Vegas, acorda gradualmente os seus hóspede com diferentes tons de luz azul e pro-videncia colchões de algodão orgânico, que dão maior suporte à postura do hóspede durante o sono, eliminando a agitação e movimento durante a noite. Ou ainda, uma nova geração de cabeceiras de cama angulares usadas no Crowne Plaza, que eliminam até 30% do ruído exterior.

Voar alto, voar fácilA aviação não escapou ao radar das novas ten-dências, nomeadamente a nível tecnológico, de estrutura nos aviões e de serviços prestados. Al-guns aeroportos já usam tecnologias baseadas em sensores Bluetooth de baixa frequência, que enviam informações úteis para o smartphone do passageiro e que vão desde o tempo que demora até à porta de embarque, aos balcões que oferecem as taxas de câmbio mais favo-ráveis. No caso das cabinas dos aviões, a Boeing de-senvolveu recentemente novos compartimen-tos para a bagagem de mão que irão estrear nos B737 da Alaska Airlines. Os novos com-

partimentos ficam mais baixos do que os atuais, irão proporcionar 49% mais

espaço e facilitam o processo de ar-rumação das bagagens.

Por seu turno e para provar que a Premium Economy está para ficar, a Singapore Airlines vai introduzir uma quarta classe já este ano, à semelhança do que já fizeram a Lufthansa,

Finnair e Japan Airlines. Por um preço mais alto, ainda que longe

do da primeira classe, o passageiro ganha mais espaço entre assentos,

divisórias e melhores refeições do que na classe económica.

O networking é uma das novas palavras em voga e a Delta e a KLM aproveitaram a tendên-cia. Os candidatos à Innovation Class da Delta podem ganhar um lugar de avião ao lado de líderes empresariais enquanto os passageiros

a linha que separa o alojamento

num hotel de um aluguer de apartamento

está cada vez mais difusa

#17 FEV/MAR 2015

Page 30: Ponto Turismo 17

InsightsBusiness Design

3030 10 Insights Business Design

10Alguns modelos de negócio têm o potencial para serem mais rentáveis do que os outros. Veja como seu se compara com estes 10 critérios

RedeSerá que o seu negócio torna-se mais valioso para cada cliente quantos mais clientes existirem na rede?

ObrigaçõesO cliente tem de fazer negócio consigo porque você oferece algo que

eles têm obrigação de comprar?

Interface É mais fácil para o cliente ficar consigo porque a forma de fazer negócios consigo é mais fácil do que ter que mudar para o sistema de outra pessoa?

RenovaçõesO modelo é baseado em transações individuais, ou é um serviço ou compra contínua que é renovado automaticamente?

AdesãoSerá que o seu projeto cria algum tipo de relação contínua e próxima com um cliente, de modo que será difícil ou pouco atraente para eles pararem de fazer negócios consigo?

#17 FEV/MAR 2015

Page 31: Ponto Turismo 17

Rita Gunther McGrath

Professora na Columbia Business School

31Business Design 10 Insights

Relação Será que o cliente sente que construiu uma relação de confiança com a

sua empresa?

ImportânciaA sua solução resolve um problema permanente que é criticamente importante para o cliente?

Experiência Você criou uma experiência superior ao cliente ao longo de toda a jornada do consumo?

Cocriação Será que o seu modelo permite-lhe beneficiar de clientes, cocriando as ofertas?

Plataforma Será que o projeto cria uma plataforma que outros podem usar para aumentar a sua oferta?

À medida que o seu modelo de conceção de negócio incorpora várias destas características, é provável que se torne mais poderoso do que se não integrar. Tome como exemplo o modelo de negócio da Amazon. A sua facilidade de uso e funcionalidade de um clique cria adesão. O recurso “Prime” autorrenova. É mais fácil para os usuários a ficarem com a Amazon porque a sua informação já está no sistema, para que eles não fiquem tentados a mudar. Os clientes sentem que têm uma relação com a Amazon porque ela “conhece-os”. A Amazon diferenciou cada elo da cadeia de consumo do cliente. E Amazon é uma plataforma que vendedores terceiros podem usar. Isso é um exemplo de uma conceção de negócio inteligente.

#17 FEV/MAR 2015

Page 32: Ponto Turismo 17

32 Lifestyle Cidades do Futuro: Como vamos viver amanhã?

Estima-se que população mundial deverá continuar o seu cresci-mento, pelo menos, até ao final do século XXI. Segundo um artigo da Universidade de Washington de 2014, em 2100 a população mundial estará na ordem dos 12,3 mil milhões de pessoas, um

acréscimo bastante significativo em relação aos atuais 7,2 mil milhões. Questões como “onde viveremos?” ou “haverá espaço para todos?” torna-ram-se preocupações da atualidade. Há, no entanto, alternativas a serem exploradas para aliviar o problema da lotação. Ideias que parecem sair de autênticos filmes de ficção científica e projetos ambiciosos que podem reinventar a própria noção de urbanismo. Quem não se lembra da série Espaço 1999 onde uma comunidade vivia numa base lunar? Mas descendo à terra, as opções que se congeminam vão desde cidades subaquáticas até complexos gigantes que albergam centenas de milhares de habitantes, ou ainda arranha-céus colossais que elevam o dia a dia para lá das nuvens. Os sonhos de algumas mentes brilhantes combinados com o engenho e os avanços tecnológicos, poderão ser a resposta necessária a longo prazo. Eis algumas opções em desenvolvimento que poderão vir a ser o “lar, doce lar” do futuro...

Ocean Spiral - A ideia de viver debaixo de água podia fazer franzir um sobrolho a qualquer um, contudo a japonesa Shimizu Corporation tem entre os seus projetos de sonho, a Ocean Spiral, um conceito que permite a vida numa cidade subaquática, bem como um enorme potencial na recolha de recursos marítimos. Energia térmica proveniente do leito do oceano, aqua-cultura, água fresca destilada pela pressão marítima ou tratamento de dióxido de carbono são apenas algumas das potencialidades deste projeto. A Ocean Spiral tem a forma de uma esfera gigante flutuante chamada Blue Garden, com uns incríveis 500 m de diâmetro, onde apenas o topo estará fora de água. Esta esfera terá 75 andares no seu interior, diferen-ciados em zonas hoteleiras, residenciais, escritórios e laboratórios. Poderá albergar até 5.000 pessoas e seria o maior complexo subaquático alguma vez projetado pela engenharia humana. Por baixo da esfera, encontra-se

A população cresce a um ritmo acelerado e escolhe a cidade para viver, logo o espaço que esta ocupa na Terra torna-se um problema para o qual é preciso encontrar solução. As cidade verticais e subaquáticas são algumas das opções que se apresentam para um futuro “lar, doce lar”.

Cidades do futuro:Como vamos viver

amanhã?

#17 FEV/MAR 2015

Page 33: Ponto Turismo 17

33Cidades do Futuro: Como vamos viver amanhã? Lifestyle

uma espiral com 3-4 km (dependendo da localização geográfica), que desce até à Earth Factory, bem no fundo do leito do oceano, local onde os recursos marítimos serão recolhidos e devidamente processados.

Vertical City - Algumas projeções estimam que até 2050, 50-70% da população mundial deverá viver em cidades. Desenvolver estruturas verti-calmente será, cada vez mais, uma tendência no planeamento urbanístico. É esta ideia de “cidade vertical”, que os arquitetos Kenneth King e Kellogg Wong promoveram no seu livro Vertical City: A Solution for Sustainable Living. Um manifesto inovador com inúmeras ilustrações a cores e esque-mas, que conta com a opinião de alguns dos melhores arquitetos, enge-nheiros, designers urbanos, microbiologistas, especialistas de transporte e energia do mundo. Com uma conceção tão elevada, os autores tiveram que recorrer ao crowdfunding apenas para o completar. Segundo King e Wong, a Vertical City será um autêntico ecossistema do céu, com parques, escolas, hospitais, restaurantes e todos os outros organismos que tornam uma cidade funcional, com a vantagem de ocupar menos área e ser ener-geticamente sustentável.Países com um crescimento rápido da sua população são, geralmente, os que demonstram maior interesse no desenvolvimento destas “cidades ver-ticais”. A China parece ter uma ideia fixa em relação ao conceito. Estima-se que até ao final do ano, um em cada três arranha-céus do mundo com uma altura superior a 150 m, estarão localizados em solo chinês (que já conta com pelo menos 140 cidades com mais de 1 milhão de habitantes). A China é também palco da construção do segundo maior arranha-céus do planeta, a Shanghai Tower que deverá estar finalizada em 2015.

Shimizu Mega-City Pyramid (TRY 2004) - Outro projeto da Shimizu Cor-poration, a TRY 2004 Mega-City Pyramid é outro conceito de “cidade no ar” que usa o vento e a luz solar como fontes de energia renovável. Projetada para servir Tóquio, esta mega estrutura toma a forma de uma pirâmide quadrangular com 2.000 m de altura e 800 hectares de base. Será um importante centro de negócios, comércio, investigação e lazer. Dispersa por quatro diferentes camadas em altura, a Mega-City Pyramid será constituí-da por várias unidades octaédricas, cada uma com 350 m de lado, tendo apoio estrutural tridimensional de todas as direções. No interior de cada unidade, podem ser configurados até 100 andares de edifícios de escritó-rios, residenciais, centros de pesquisa, culturais, hospitais ou até parques. Toda a estrutura da Mega-City Pyramid é tubular, estando a sua feitura a ser estudada com novos materiais mais leves e resistentes que, até há pouco tempo, não estavam disponíveis. O esqueleto tubular permite que a luz solar chegue ao centro da pirâmide e ameniza os efeitos de tremores de terra, ventos ciclónicos e até tsunamis. A circulação será assegurada por um sistema con-tínuo e inteligente de transporte que conta com uma rede de elevadores, passadeiras rolantes, escadas, cor-redores e um sistema linear de carris. Apesar dos grandes avanços na área, é muito incerto que a construção de uma estrutura com esta magnitude possa ser realizada com os materiais atuais. A Shimizu Corporation não adiantou grandes alterações ao projeto desde que o di-vulgou pela primeira vez, no entanto, não abdicou da sua visão e continua a tentar dar início ao projeto. l

#17 FEV/MAR 2015

Se vier a ser uma realidade, a Vertical City será um verdadeiro ecossistema no céu

A esfera da Ocean Spiral recolherá para debaixo de água em caso de intempéries

A Cidade Vertical pode vir a ser a solução para o problema de espaço na Terra

A Shanghai Tower está já em finalização e será o segundo

edifício mais alto do mundo, atrás do Burj Khalifa, no Dubai

A China será também palco da

construção do segundo maior arranha-céus do

planeta, a Shanghai Tower

Page 34: Ponto Turismo 17

34 Viagem de: Ricardo Pereira

Ponto Turismo › Até agora qual foi o destino preferido?Ricardo Pereira › Houve um que mexeu particularmente comigo que foi a China onde conheci várias cidades. Gostei porque é um lugar que me fez pensar que existem outras culturas radicalmente diferentes da nossa. Ali senti realmente que estava longe daquilo que me era familiar e adorei.

Ponto T. › O que leva sempre na mala?R.P. › Uma máquina fotográfica e um livro.

Ponto T. › Qual a situação mais caricata que teve numa viagem?R.P. › Foi estar mais de 20 horas em Charles de Gaulle por causa de uma conexão de voo e conhecer um imigrante que vivia no aeroporto e que inspirou o filme com Tom Hanks.

Ponto T. › Qual é o destino que ainda falta conhecer?R.P. › Faltam-me tantos, sobretudo países no continente africano. Mo-çambique, Angola porque uma parte da minha família é originária de lá, mas depois quero perder-me em outros países mais no interior ,acho que África é o coração do nosso planeta.

Ponto T. › Quando tem tempo livre, como é que prefere passá-lo?R.P. › Gosto muito do sossego. Gosto muito de passear, de observar. O meu grande pecado é viajar, e mesmo cá dentro adoro fazê-lo.

Ponto T. › Qual o livro de cabeceira ou que leva nas viagens?R.P. › Um livro que gostei muito e que levei nas últimas viagens foi o “1808”. É um livro que retrata a ida da corte portuguesa para o Brasil durante a invasão francesa.

Ponto T. › Não quer partir desta vida sem… R.P. › Sem dar uma volta ao mundo.

Ponto T. › E qual é o seu ídolo?R.P. › Os meus pais sem dúvida, são as minhas duas referências.

Ponto T. › O que é que o público não sabe sobre si?R.P. › Não sabe o número de horas que eu verdadeiramente trabalho. Acha que trabalho menos horas do que efetivamente trabalho.

Ponto T. › O que o faz perder a cabeça em termos de compras?R.P. › Viajar, faz-me completamente perder a cabeça. A possibilidade de conhecer mais um destino leva-me muitas vezes a gastar aquilo que eu não pensava.

Ponto T. › Tem alguma mania ou tique que queira partilhar?R.P › Sou muito arrumadinho. Não tenho um sapato que não esteja ao lado um do outro. É quase um perfeccionismo exacerbado, mas para mim os sapatos têm que estar arrumados aos pares.

Ponto T. › Tem algum objeto velho do qual não se desfaz?R.P. › Tenho um terço que anda comigo permanentemente a viajar. Fo--ram os meus pais que o trouxeram de uma viagem a Roma.

Ponto T. › Se tivesse um dom de superherói qual seria?R.P. › Seria o Super-Homem para poder voar e viajar com fartura.

Ponto T. › Se fosse para uma ilha deserta quem levaria?R.P. › A minha família, a minha mulher, os meus filhos, os meus amigos. Toda a gente com quem eu gosto de estar.

Ponto T. › Se reencarnasse num animal qual seria?R.P. › Um leopardo, porque gosto de correr, gosto da astúcia deles, da inteligência e do poder de observação. l

Ricardo PereiraO meu grande

“pecado” é viajar

#17 FEV/MAR 2015

A possibilidade de conhecer mais um

destino leva-me muitas vezes a gastar aquilo que

eu não pensava.

Page 35: Ponto Turismo 17
Page 36: Ponto Turismo 17