Teorias da Personalidade - Freud - Amostra.pdf

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Teorias da Personal idade

Sigmund Freud

2014

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Elaborador: Fábio Pedroso

Apresentação:

O Concurso Psicologia tem através da distribuição desta amostra de apostila, doisobjetivos:

a  – Apresentar uma amostra do trabalho que vem sendo elaborado e em breve estarádisponível de acordo com editais das maiores bancas do país.

Para isso, junto com a teoria de cada apostila, a cada edital o conteúdo será atualizadocom as tendências das bancas bem como questões atualizadas e comentadas da mesmano decorrer do conteúdo, para que se possa entender o porquê de tal questão.

b  – Conhecer você e suas necessidades.

Para isso elaboramos algumas perguntas que nos auxiliaria nesse objetivo;

1 - Quando você compra um material de psicologia para concursos, o que você esperaencontrar?

2 - O que podemos fazer para te ajudar a assimilar com maior facilidade o conteúdo?

3 - Quanto você pagaria por um pacote completo de conteúdo específico de psicologia?

R$ 120,00R$ 160,00R$ 190,00Outros

Gostaríamos de sua colaboração ao responder estas perguntas e nos enviar para quepossamos lhe atender com respeito e qualidade.

Atenciosamente

Concu rso Psicologia

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SUMÁRIO

I –  FREUD ..................................................................................................................................................04

1 Primeira Tópica –  (Modelo Topográfico) .........................................................................................05

1.1 Instinto x Pulsões..........................................................................................................................06 

1.2 Pulsões de vida x Pulsões de Morte ..............................................................................................07 

1.3 Princípio do prazer x Princípio da realidade..................................................................................08 

2 Segunda Tópica –  (modelo estrutural da personalidade)..................................................................08 

2.1 Id ....................................................................................................................................................08

2.2 Ego .................................................................................................................................................09

2.3 Superego .........................................................................................................................................09

3 Mecanismos de defesa.......................................................................................................................10

4 Desenvolvimento Psicossexual..........................................................................................................11 

4.1 Fase oral –  (0 –  1 ano) ...................................................................................................................12 

4.2 Fase anal –  (1 –  3 anos) .................................................................................................................12 

4.3 Fase fálica –  (3 –  5 anos) ................................................................................................................13 

4.4 Período de latência - (5 –  puberdade) ............................................................................................15 

4.5 Fase genital –  (puberdade) ............................................................................................................15 

5 Caráter ...............................................................................................................................................16 

6 Interpretação dos Sonhos..................................................................................................................16 

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Teorias da Personal idade

Freud

"Denominamos inconsciente um processo psíquico cuja existência somos

obrigados a supor  —  devido a algum motivo tal que o inferimos a partir de

 seus efeitos  —  , mas do qual nada sabemos. (1932, p. 90)."  

Sigmund Freud nasceu em Freiberg  –  Áustria, atualmente esta está localizada em Pribor, na

Republica Tcheca. Inicia seus estudos interessado pela histeria, utilizando como método para acesso

aos conteúdos mentais, à hipnose. Ao conhecer o método de livre associação, ao qual vem a

conhecer por intermédio de Charcot e Leibniz, abandona a hipnose e passa então a trabalhar alémda livre associação, com mais dois métodos de acesso ao inconsciente, a analise dos sonhos e a

analise dos atos falhos (expressões de uma tendência inconsciente reprimida que ocorreriam na

nossa vida cotidiana. São pequenos erros, esquecimentos de fatos, falhas de comportamento quando

queremos fazer uma coisa e acabamos por fazer outra, troca de palavras faladas, escritas ou lidas,

etc...).

A associação livre é um método onde os pacientes são convidados a relatarem

continuamente qualquer coisa que lhes ocorrer à mente, sem levar em consideração quão sem

importância ou possivelmente embaraçadora ou ridícula esta situação possa parecer. A análise dos

sonhos, segundo (Hall, Lindzey e Campbell, 2008, p. 71) “não é um método separado do método da

associação livre; ele é uma consequência natural de instrução dada ao paciente para que fale sobre

tudo o que lhe vier à mente.”  Se trata de uma via que leva ao conhecimento das atividades

inconscientes da mente, e é o melhor caminho para o estudo das neuroses, sendo que os sonhos dos

neuróticos não diferem dos sonhos das pessoas consideradas “normais”. 

O conceito básico da teoria de Freud é chamado de determinismo psíquico, este orienta todo

seu raciocínio para chegar ao conceito de inconsciente. Parte do pressuposto que existe uma

continuidade nos eventos mentais e que esses são historicamente desenvolvidos, isto é, se um

evento parece ocorrer espontaneamente, isto se deve aos elos entre estes e pensamentos anteriores,

ocultos no inconsciente. Segundo Freud nada ocorre ao acaso, muito menos os processos mentais.

Existe uma causa para cada pensamento, memória, sentimento ou ação.

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Freud também vem falar da motivação, para ele, esta é a força que motiva o comportamento

humano e é representada pelos instintos, é também vista como uma busca hedonista de dar vazão a

energia psíquica acumulada. Energia esta, limitada, que não consegue suprir as necessidades

humanas de forma satisfatória. Ela surge para explicar o comportamento desenvolvendo a teoria da

motivação sexual (sobrevivência da espécie) e do instinto de conservação (sobrevivência

individual). Todas as suas colocações giram em torno do sexo.

Para caracterizar a organização psíquica, Freud a dividiu em sistemas, ou instâncias

 psíquicas, cada um desses sistemas tem funções específicas, que estão ligadas entre si, ocupando

determinado lugar na mente. Freud emprega o conceito de aparelho psíquico e para explica-lo, o

divide em duas tópicas.

Passaremos então, a tratar dessas duas tópicas, nas quais Freud discorre a cerca do aparelho

 psíquico: 

Primeira Tópica –  (Modelo Topográfico)

O aparelho psíquico nesse modelo tópico é dividido por Freud em três níveis de consciência,

consciente, pré-consciente e inconsciente. Essa tópica se refere aos níveis de consciência aos

 processos intrapsíquicos e a qualidade dos conteúdos de cada um.

Consciente  –   Governado pelo princípio da realidade, diz respeito às experiências que a pessoa

 percebe sentimentos, pensamentos, lembranças e ações intencionais. Ou seja, é a parte do aparelho

 psíquico que tem a noção da realidade é através dele que se dá o contato com o mundo exterior.

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 Pré-consciente  –  Se trata de um conjunto de processos psíquicos latentes que podem a qualquer

momento se tornar conscientes, caso o indivíduo desejar se ocupar deles. Está situado entre o

consciente e inconsciente, e recebe deste, os conteúdos psíquicos que desejam vir à luz do

consciente, como lembranças e experiências ligadas a emoções.

 Inconsciente  –  É governado pelo principio do prazer e refere-se aos conteúdos que não estão no

consciente, mas só vem a se tornarem em circunstancias especiais. No inconsciente são depositados

os desejos instintivos, ideias sociais inaceitáveis, memórias traumáticas, e emoções dolorosas. Não

existe no inconsciente, nenhuma formatação lógica ou pensamento racional, ele é aberto a

contradições, nele conteúdos de épocas diferentes podem ter conexão.

Instinto x Pulsões

O termo “instinto” causa muitas vezes confusão com as noções de pulsão, porém não se

 parecem em nada. Para Freud, os aspectos físicos dos instintos são necessidades e seus aspectos

mentais, ele os chamou de desejos. Segundo ele, os instintos são as forças que incitam as pessoas à

ação. Segundo Freud não existe uma maneira única de satisfazer os desejos, o que confere ao ser

humano a sina de estar sempre insatisfeito frente a este. Mas é em nome desses desvios que Freud

fala em pulsão sexual   (trieb) e não em instinto (instinkt ), que é um padrão de comportamento,

hereditariamente fixado e que possui um objeto especifico, enquanto a Trieb não implica nem em

um comportamento pré-formado, nem em um objeto especifico.

 A pulsão, tal como é construída por Freud a partir da

experiência do inconsciente, proíbe ao pensamento

 psicologizante esse recurso ao instinto com ele mascara sua

ignorância, através de uma suposição de uma moral na

natureza. (Lacan, 1998, pág.865).

As pulsões são a origem da energia psíquica que se acumula no interior do ser humano,

energia esta que irá gerar uma tensão a ser descarregada. E é nesse processo de descarregamento de

tensões que o id, ego e o superego, desempenham um papel primordial, determinando a forma como

se dará esse descarregamento. Para Freud (1933), as pulsões não estariam localizadas no corpo nem

no psiquismo, mas na fronteira entre os dois, e teria como fonte o Id. A pulsão tem quatro

componentes: fonte, finalidade, pressão e objeto.

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 Fonte  –  é quando emerge uma necessidade, podendo ser uma parte ou todo corpo.

 Finalidade  –   é reduzir essa necessidade até que nenhuma ação seja mais necessária, é dar ao

organismo a satisfação que ele deseja no momento.

 Pressão  –  é a quantidade de energia ou força que é usada para satisfazer o instinto e é determinada

 pela intensidade ou urgência da necessidade subjacente.

Objeto  –  é qualquer coisa, ação ou expressão que permite a satisfação da finalidade original.

Freud (1940) dividiu as pulsões básicas em duas forças antagônicas, representadas pelas

 pulsões de vida (responsáveis pela sobrevivência do indivíduo e da espécie) e pelas pulsões de

morte (agressivos e destrutivos). Para Freud (1933) pulsões seriam canais por meio dos quais a

energia pudesse fluir. Segundo ele, as pulsões sexuais seriam notadas pela sua plasticidade,

capacidade de alterar suas finalidades, capacidade de se substituírem, permitindo uma satisfação

 pulsional ser substituída por outra, e por sua possibilidade de se submeterem a adiamentos.

Pulsões de vida x Pulsões de Morte

A partir da elaboração das teorias ligadas ao Inconsciente Humano, importantes para o

surgimento da perspectiva do deslocamento da soberania do consciente e do eu para os registros doinconsciente e das pulsões, Freud vem formular o conceito de Pulsão de vida e pulsão de morte.

Tais conceitos foram de grande importância para a construção da teoria psicanalítica,

 proporcionando um novo entendimento a cerca dos registros do inconsciente e ampliando os

estudos e concepções sobre o psiquismo humano.

A pulsão de vida  também designadas pelo termo “Eros”, abrangem não apenas as pulsões

sexuais propriamente ditas, mas ainda as pulsões de auto conservação. São responsáveis pela

sobrevivência do indivíduo e da espécie, pelas ligações amorosas que estabelecemos com o mundo,

com as outras pessoas e com nós mesmos.

A  pulsão de morte  designa uma categoria fundamental de pulsões que se contrapõem às

 pulsões de vida e que tendem para a redução completa das tensões. Freud elaborou o conceito de

 pulsões de morte ao observar os fenômenos de repetição, que o levou a ideia do caráter regressivo

da pulsão. São responsáveis pela energia agressiva e destrutiva, ou seja, seria manifestada pela

agressividade que poderá estar voltada para si mesmo e para o outro.

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Princípio do prazer x Princípio da realidade

Segundo Freud, o princípio do prazer, juntamente com o princípio da realidade, é a base

dos acontecimentos psíquicos e as duas formas de funcionamento mental.

O Princípio do Prazer (processo primário) se caracteriza pela busca do prazer e ao mesmo

tempo o evitar da dor, o desprazer e o sofrimento. Este princípio rege as primeiras experiências de

vida do bebê. O nome dado por Freud a este funcionamento é processos mentais primários. O

 princípio do prazer constitui uma energia interna à qual se opõe ao princípio da realidade.

O  Princípio da Realidade (processo secundário)  se caracteriza por regular a busca pela

satisfação levando em consideração as condições impostas pelo mundo externo, segundo Freud, elevem para substituir o princípio do prazer, como uma proteção e não com o intuito de depor este

último.

Segunda Tópica  –  (modelo estrutural da personalidade)

Conhecida como modelo estrutural ou dinâmico, na segunda tópica, Freud fez observações

a respeito de seus pacientes, focalizando uma série de conflitos e acordos psíquicos, o que o

conduziu a tentar ordenar este caos aparente propondo três componentes básicos estruturais da

 psique: o id, o ego e o superego.

I d   –  Segundo (Hall, Lindzey e Campbell, 2008), é a matriz da qual se originam o ego e o superego,

ou seja, é o sistema original da personalidade. Parte inacessível da personalidade é a parte mais

antiga do aparelho psíquico, se trata de uma zona inconsciente primitiva e instintiva, a partir da qual

se formam o ego e o superego. Regido pelo princípio do prazer, é considerado um reservatório de

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energia libidinal e instintos de vida e de morte. Segundo Freud, o id é a fonte da energia psíquica, e

esta é de natureza inconsciente e de natureza sexual (libido) e não tem objeto. O id é caótico,

desorganizado, atemporal, desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente,

impulsivo, cego irracional, antissocial, egoísta e dirigido ao prazer.

Ego   –  É desenvolvido a partir do id, no decorrer da vida do indivíduo, passando a funcionar como

uma tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Vem a ser

constituído a partir das necessidades orgânicas com relação ao mundo objetivo da realidade. É

regido princípio da realidade, operando por meio do processo secundário, onde a realidade e a razão

tem predominância, traz consigo a tarefa de autopreservação e tem por objetivo controlar ou regular

os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas

e também ajuda-lo a satisfazer suas pulsões, de forma racional, planejada, escolhendo lugares,

objetos e momentos socialmente aceitos.

O processo secundário é o pensamento realista, é por meio dele que o ego formula planos

 para satisfazer suas necessidades e depois testa-lo em uma ação para ver se funciona ou não, (Hall,

Lindzey e Campbell, 2008).

O ego é composto também por muitos conteúdos inconscientes e sua principal função é

 buscar uma harmonia entre os desejos do id e a realidade, bem como, mais a frente, com as

exigências do superego.

Superego   –   É formado a partir do ego, durante o esforço da criança de introjeção dos valores

recebidos pelos pais, com o intuito de receber amor e afeição. Ele é considerado a parte formal da

mente, representa também os valores da sociedade, exercendo uma função normativa e também de

formação de ideias. Trata-se de uma estrutura composta por objetos internalizados, aos quais

geralmente atribui-se um caráter persecutório, de intensidade maior ou menor e que, por meio demandamentos, opõe-se às pulsões do id, faz ameaças e um boicote às funções do ego, distorce a

realidade exterior e, ao mesmo tempo, submete-se a ela, cumprindo as determinações sobre o que o

sujeito deve e o que não deve fazer.

Pode funcionar de modo muito primitivo com características rígidas e sem meio-termo. O

superego tem o objetivo de inibir  qualquer impulso contrário às regras e ideais através da punição

ou sentimento de culpa, de forçar  o ego a se comportar de maneira moral e de conduzir  os gestos,

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 pensamentos e palavras do indivíduo à perfeição. Além disso, o superego divide-se em dois

subsistemas:

A  Consciência,  que irá determinar o mal a ser evitado e o ego ideal   (eu ideal)  –   idealnarcísico de onipotência forjado a partir do modelo do narcisismo infantil que estabelece o bem a

ser procurado.

A rigidez  ou ineficiência do superego está associada a aspectos de intransigência, normas

rígidas, severidade para consigo mesmo e perfeccionismo. 

Mecanismos de defesa

Por muitas vezes não conseguir lidar com as demandas do id e com as cobranças do

superego, o ego cria mecanismos de defesa, alguns são eles:

Sublimação  –  Se caracteriza pelo fato do aumento de tensão ou desprazer ser desviado para outros

canais de expressão socialmente aceitáveis. Ou seja, é a satisfação de impulsos inaceitáveis através

de um comportamento socialmente aceito.

Para Freud a sublimação constitui a adoção de um interesse ou de um comportamento que

 possa enaltecer comportamentos que são instintivos de raiz, ex.: um homem pode encontrar umaválvula para seus impulsos agressivos tornando-se um lutador campeão. As obras de arte, ciências,

religião,... Podem ser sublimações, ou até mesmo, modos de substituição do desejo sexual de seus

autores e esta é a razão de existirem os artistas, místicos, pensadores, escritores, etc.

 Recalque  –  Operação pela qual o sujeito procura repelir da consciência e manter no inconsciente,

representações (pensamentos, imagens, recordações) que repugnam à mentalidade ou à formação do

indivíduo, tais representações estão ligadas a uma pulsão.

 Repressão  –   Algumas vezes confundida com o recalque, esse mecanismo tende a frustrar a

liberação de energia instintiva criando assim um bloqueio ao instinto e impedindo-o de se tornar

consciente ou se expressar em forma de comportamento aberto. Também se refere a operações

 psíquicas que tende a fazer desaparecer um conteúdo desagradável ou inoportuno. Estes se tornam

 pré-consciente. É o processo pelo qual se afastam da consciência os conflitos e frustrações

dolorosas para serem experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o

inconsciente.

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 Negação  –  O indivíduo tenta não aceitar na consciência algum fato que perturba o ego, negando

qualquer ameaça ou evento traumático ocorrido.

 Racionalização  –   É o processo em que procuramos encontrar fundamentos motivos racionaisaceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis.

 Formação Reativa  –   Acontece quando existe uma repressão dos próprios impulsos, ações e

 pensamentos, acompanhados de uma tendência contrária. Uma inversão do desejo real que é

ocultado. O individuo explica, justifica e tenta usar a lógica para disfarçar seus verdadeiros

sentimentos. Um exemplo seria alguém extremamente rígido em relação à moral ou a sexualidade

 poder estar ocultando seu lado permissivo e imoral.

 Isolamento  –  Se dá quando um pensamento ou uma ação é isolado dos demais, de forma que ficam

desconectados do contexto geral. É uma defesa muito comum em casos de neurose obsessiva.

 Projeção  –  Se dá quando se coloca sentimentos, qualidades, desejos que são originados dentro de si,

em outras pessoas ou objetos ou animais. Geralmente os conteúdos projetados são desconhecidos de

quem os projeta, justamente pelo fato de que tiveram de ser expulsos, como forma de evitar o

desprazer de tomar contato com esses conteúdos. Um exemplo seria um pai que queria muito

exercer tal condição e por não haver conseguido projeta seus desejos e vontades no filho orientando para que siga por caminhos dos quais ele mesmo gostaria de ter percorrido.

 Regressão  –  Quando o indivíduo retorna a um estágio de desenvolvimento anterior, no qual não era

acometido de frustrações ou ansiedade. Trata-se de um mecanismo de defesa muito primitivo, onde

em um estado de tensão, tende-se a voltar a ter atitudes de períodos nos quais não vivenciava os

atuais sofrimentos.

 Deslocamento  –  Quando existe uma substituição do impulso ou da finalidade de uma pulsão poroutra diferente. Por exemplo: quando uma pessoa ao ser provocada, tem um forte impulso em bater

no outro, porém acaba dando murros na parede ou em outra coisa.

Desenvolvimento Psicossexual 

A presença sexualidade infantil, foi revelada por Freud (1933) como a responsável pela

compreensão de toda a vida psíquica posterior na fase adulta. Através de suas observações Freud

vem categorizar as fases do desenvolvimento psicossexual. Desde o nascimento o bebê toma

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contato com as diversas zonas erógenas de seu corpo. Freud vem classificar as fases do

desenvolvimento infantil da seguinte forma:

Fase oral – 

 (0 – 

 1 ano)

 Nesta fase o prazer está relacionado com a cavidade oral e dos lábios, e a primeira zona

erógena do bebê é a boca, a língua e mais tarde, os dentes, estimulados através da amamentação e

do seio materno, associada assim a alimentação. Sua pulsão nesta fase se dá apenas no sentido de

receber o alimento para atenuar as tensões de fome e sede.

Karl Abraham subdivide a fase oral em outras duas:

Sucção  –  fase oral precoce de sucção pré-ambivalente.

 Mordedura  –  fase sádico-oral que ocorre simultaneamente com a dentição, neste momento caminha

 junto à libido e a agressividade em relação ao mesmo objeto.

A ganância, agitação, intolerância e dependência são traços que caracterizam uma estrutura

de caráter oral. Quando um indivíduo se torna excessivamente dependente de hábitos orais para

aliviar a ansiedade, este interesse é encarado de forma patológica. Quando confrontada com

frustrações a criança desenvolve mecanismos para lidar com as mesmas. Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa. A fixação nessa fase causa a depressão.

A fixação nessa fase provoca o desenvolvimento do tipo de personalidade do caráter oral,

onde seus traços fundamentais são o otimismo, a passividade e a dependência.

Fase anal  –  (1  –  3 anos)

Fase em que a criança aprende a ter controle dos esfíncteres. Existe então, uma nova fonte

de prazer, ligada ao fato da criança obter controle fisiológico. Começam então a perceber que esse

controle traz elogios e a atenção dos pais.

Existe uma confusão na fase anal por parte da criança, pois esta está produzindo algo

apreciado por ela (fezes e urina) e inicialmente não consegue compreender como algo que gera

elogio e reconhecimento por parte dos pais, também pode gerar repudia dos mesmos.

Freud observou que a ordem, parcimónia, e obstinação (características adultas que estão

associadas à fixação na fase anal), são três traços encontrados juntos. E que o caráter anal, por assim

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dizer, tem relação com comportamentos ligados a experiências sofridas durante esta época de

infância.

A fixação nessa fase poderá causar conflitos na vida adulta relacionados a questões decontrole, dominação, ambivalência. O caráter anal é caracterizado por três traços: ordem,

 parcimônia e obstinação (teimosia).

Para Freud, os primeiros anos de vida são decisivos para a formação da personalidade.

Se um indivíduo apresenta como características a crueldade, destrutividade desenfreada,

ataques de raiva e desorganização desleixada, esses traços de sua personalidade, segundo a

 perspectiva freudiana, têm raízes nesta fase.

Fase fálica –  (3  –  5 anos)

Fase caracterizada por Freud pela importância da presença do pênis. As crianças se dão

conta da diferença sexual. A fonte de prazer deixa de ser o ânus e passa a ser o genital.

 Nessa fase, existe um direcionamento da pulsão libidinosa ao genitor do sexo oposto, o que

 pode manifestar desde ciúmes da relação do casal até perguntas sobre a possibilidade de se casar

com um dos pais. Está estabelecido então, o complexo de Édipo, relacionado ao conflito de

identificação e rivalidade com o genitor do mesmo sexo.

Com a formação do superego, o complexo de Édipo é representado como um importante

 passo, inclusive no que se refere a socialização dos meninos. Estes foram observados por Freud,

dentro do complexo de Édipo de forma mais detalhada. O menino deseja estar próximo da mãe,

 porém o pai aparece como um rival. Aí se estabelece o conflito entre desejar o amor dos pais e

teme-los, pois o pai, objeto de rivalidade, também é objeto de amor e afeição. Ao mesmo tempo em

que deseja tomar o lugar de seu pai, existe o medo de ser machucado. Surge então como forma desuperação do complexo de Édipo, a castração (ou o medo dela), quando é instaurada a lei da

 proibição, trazendo por consequência a interdição paterna.

 No que se refere às meninas, é justamente a castração que faz iniciar o complexo de Édipo.

Para ela, o conflito é parecido, porém, menos intenso. Ao desejar o pai (em parte pela inveja de não

ter um pênis), ela se sente castrada e culpa sua mãe. Mas como a castração já não é possível, a mãe

representa uma ameaça menos séria. O papel da mãe, em ambos os sexos é primordial, pois sempre

será o principal objeto da libido.

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Resumindo, para Freud, o complexo de sentimentos e afetos com componentes de

agressividade, fúria e medo, paixões, amor e ódio, oriundos dos desejos sexuais em relação aos

genitores de sexo oposto que acontece entre os 5 e 6 anos de idade. O complexo de Édipo se

manifesta no menino desejando a mãe e querendo eliminar o pai, seu concorrente. O medo da

castração por parte do pai faz com que renuncie ao desejo incestuoso e aceite as regras ou a Lei da

Cultura. Na menina se manifesta pelo fato de descobrir que não tem o pênis-falo, e com isto, sente-

se prejudicada, tem "inveja do pênis". Ao perceber que a mãe também não o tem, passa a

desvalorizá-la e, nessa medida, se dirige para a figura do pai, dotado de Falo e, portanto, cheio de

 poder e fascinação.

 No que se refere à resolução do complexo de Édipo, a ansiedade de castração nos meninos,

fará com que eles abandonem seus desejos incestuosos pela mãe e superem o complexo

identificando-se com o pai. Nas meninas, da mesma forma assumem uma identidade feminina ao se

identificarem com a mãe, passando a buscar nos homens similaridades do pai.

Período de latência - (5  –  puberdade)

Os primeiros anos de vida foram agitados, mas independente de como se deu a resolução

dos conflitos com os pais, inicia-se uma fase mais tranquila que se estende até a puberdade. As

crianças nessa fase têm as fantasias e impulsos sexuais reprimidos tomando-se secundários, e elas

 passam a demonstrar interesse em outros relacionamentos, esportes e atividades, a assimilação de

valores e as normas sociais, se tornam a atividade principal da criança, bem como a

desenvolvimento cognitivo.

A repressão feita pelo superego é bem sucedida neste momento e os desejos não resolvidos

da fase fálica perderam a força, continuando assim, de modo natural o desenvolvimento do ego e do

superego.

Fase geni tal  –  (puberdade)

Temos então a última fase do desenvolvimento psicossexual, que se dá durante a

adolescência. Nesta fase, os meninos e meninas começam a buscar formas de satisfazer suas

necessidades eróticas e interpessoais, isso por conta de estarem conscientes de suas identidades

sexuais distintas. As pulsões sexuais despertam-se novamente, dirigindo-se a uma pessoa do sexo

oposto. Os conflitos internos decorrentes das fases anteriores atingem estabilidade na fase genital, o

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que conduz a pessoa a uma estrutura de ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.

Cabe lembrar que tais conflitos continuaram agindo durante toda a vida do individuo.

Caráter  

A fixação nas fases de desenvolvimento identifica o tipo de caráter que a pessoa possui. Para

explicar resolvi elaborar o mapa mental abaixo:

I nterpretação dos Sonhos

Para Freud, os sonhos seriam a tentativa de realização de um desejo reprimido alojado no

inconsciente, a natureza deste desejo seria sexual ou encerraria aspectos proibidos pelo contexto

moral. É a via real que leva ao conhecimento das atividades inconscientes da mente, e também o

melhor caminho para o estudo das neuroses, sendo que os sonhos dos neuróticos não diferem dos

sonhos de pessoas consideradas normais.

A diferença entre ser neurótico ou não, vigora apenas durante o dia, não se estende a vida

onírica. Os sonhos são o ponto de articulação entre o normal e o patológico, são produções e

comunicações da pessoa que sonha, e diferente do que muitos pensam os sonhos não são absurdos,

todos possuem sentidos, além de serem manifestações dos desejos. E é através do relato feito pelo

sonhador que tomamos conhecimento dos seus sonhos, ou seja, o que é interpretado não é o sonho,

mas o seu relato. Para Freud a pessoa que sonha sabe o significado do seu sonho, apenas não sabe

que sabe, e isso porque a censura o impede de saber. O sonho contado passa por distorções

causadas pela censura em um processo chamado Elaboração Onírica ou Trabalho do sonho, que tem

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como objetivo proteger o sujeito da ameaça dos seus sonhos. Para Freud a linguagem é o lugar do

ocultamento, o que se apreende através do relato, oculta um significado mais importante, o

verdadeiro desejo. A psicanálise vai procurar exatamente a verdade do desejo, tendo como função

fazer aparecer o desejo que o relato oculta por causa da censura. Este desejo é o da nossa infância

com todas as interdições a que é submetido.

Existem dois elementos que para Freud são considerados centrais na produção dos sonhos, o

deslocamento  e a condensação , em sua obra “A interpretação dos sonhos”, um dos escritos mais

importantes de sua obra, ele traz a noção do  primeiro  como um mecanismo essencial , onde

considera que fatos importantes dos pensamentos oníricos latentes comumente são expressos no

sonho de forma deslocada, como se, ao ter um problema no trabalho, a pessoa chegasse em casa e

descontasse na esposa ou no filho. No deslocamento o sonho a nível latente é substituído por algum

dos seus fragmentos constituintes. E do  segundo  como a elaboração dos sonhos, ela além de

concentrar os pensamentos disseminados do sonho formando novas unidades, cria compromissos e

meios termos entre diversas séries de representações e pensamentos.

Mais tarde Lacan viria a introduzir os conceitos de metáfora e metonímia na psicanálise

relacionando a condensação com a metáfora e deslocamento com a metonímia.

A interpretação dos sonhos em Freud é exatamente o caminho que nos leva do conteúdo

manifesto dos sonhos, aquele que corresponde ao sonho lembrado e contado pela pessoa, aos

 pensamentos oníricos latentes, também chamados de pensamentos ocultos, inconscientes.

Ele percebeu que além de conter pistas para as causas subjacentes de um distúrbio, os sonhos dos

 pacientes podiam ser uma rica fonte de material emocional significativo. Devido a sua crença

 positivista na existência de uma causa para tudo, presumiu que os acontecimentos do sonho não

eram totalmente desprovidos de significado. Muito provavelmente os sonhos eram resultantes de

algum fato da mente inconsciente. Percebeu também a impossibilidade da realização de uma

autoanálise utilizando o método da livre associação, já que seria impossível desempenhar o papel de

 paciente e de terapeuta ao mesmo tempo; assim, decidiu analisar os próprios sonhos. Ao despertar

logo de manhã, realizava uma análise dos sonhos pessoais. Escrevia as histórias dos sonhos da noite

anterior e, em seguida, realizava a livre associação com o material obtido. O principal tema presente

nos sonhos de Freud era a ambição, característica da sua personalidade que ele próprio não admitia

(Welsh, 1994).