Aula: a Disseccao Da Personalidade Psiquica

8/18/2019 Aula: a Disseccao Da Personalidade Psiquica

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Psicanálise IV

Profa. Maria Claudia Lordello


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" Nesse artigo (1933), Freud fala sobre a novaconcepção das instâncias psíquicas, id, ego e

superego e suas relações internas."

Instâncias do aparelho psíquico que têmcaracterísticas próprias, funcionam de formaautónoma, mas se relacionam entre si.

"

O nosso “eu” que parece tão nosso, na verdaderesulta de um longo processo de convivência com“outros” seres humanos.

" Processo de identificação.

A dissecção da

personalidade psíquica


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" A identificação é pensada enquanto processo peloqual a subjetividade seria estruturada por

semelhança às figuras modelos: pai, mãe ousubstitutos.

" A identificação não se dá com as pessoas modelos emsi, mas com as expectativas inconscientes dessas

pessoas que são depositadas nos filhos."

O nascimento de um bebê decorre do desejo dosadultos, ou seja, das fantasias que os pais depositamno bebê.

Identificação


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" A primeira manifestação de identidade do serhumano consiste em ser objeto de desejo dos

responsáveis pela sua existência e sobrevivência."

O bebê sempre vem preencher uma falta do adulto."

O bebê completa o adulto, de quem depende e cujasexpectativas deve sua existência.

"

Ou seja: a identificação não ocorre com os pais em si,mais com o desejo, muitas vezes inconsciente, destes.

Identificação


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" Em alemão Uber-Ich, Superego ou Supereu."

Freud inicia o artigo falando sobre como o EGO podetomar a si mesmo como objeto. Pode tratar-se comotrata os outros objetos, pode observar-se, criticar-se epunir a si mesmo.

"

Freud diferencia essa parte do ego responsável pela

consciência, chamando-a de SUPEREGO.

Superego


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" Sobre a melancolia, Freud escreve:“Embora um melancólico possa, assim como outras pessoas,

mostrar um grau maior ou menor de severidade para consigomesmo nos períodos sadios, durante um surto melancólico seusuperego se torna super severo, insulta, humilha e maltrata o

pobre ego, ameaça-o com os mais duros castigos, recrimina-o por atos do passado mais remoto, que haviam sido consideradosna época insignificantes, como se tivesse passado todo ointervalo reunindo acusações e apenas tivesse estado esperando

por seu atual acesso de severidade a fim de apresentá-las e proceder um julgamento condenatório, com base nelas”.

Superego


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" Introdução do novo termo: SUPEREGO. Instânciaseparada do ego, cujas funções são de consciência,

auto-observação, julgamento, punição e busca porperfeição (ideal de ego).

Superego


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" “Sinto-me inclinado a fazer algo que penso que me dará prazer, mas abandono-o pelo motivo de que minha

CONSCIÊNCIA não admite. Ou deixei-me persuadir poruma expectativa muito grande de prazer de fazer algo aque a voz da consciência fez objeções e, após o ato, minhaconsciência me pune com censuras dolorosas e me faz

sentir remorsos pelo ato.”

Superego


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" A consciência não está presente para o ser humanodesde o início de sua existência. As crianças não

possuem moralidade e nem inibições contra seusimpulsos que buscam prazer. É um poder externo oresponsável por essa função na vida das crianças: aautoridade dos pais. São eles que concedem provas

de amor ou ameaças de castigos, que são para ascrianças, sinais de perda de amor, e por isso tãotemidas. Esse sentimento é o precursor da ansiedademoral.

Superego


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" O superego se forma através do processo deIDENTIFICAÇÃO, processo de um ego vir a

assemelhar-se a outro, imitando-o, até assimilá-lodentro de si. “A identificação é uma forma muitoimportante de vinculação a uma outra pessoa,

provavelmente a primeira forma, e não é o mesmo que

escolha objetal”.

Formação do Superego


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" EXEMPLO: Se um menino identifica-se com seu pai,ele quer ser igual a ele. Por isso, seu ego modifica-se

conforme o modelo de seu pai. Se um menino tivercomo escolha objetal o seu pai, ele quer tê-lo, possuí-lo. E nesse caso, não é necessário modificar seu ego.

Formação do Superego


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" Os pais que educam uma criança, tomaram osvalores de seus próprios pais na tarefa de educar um

filho. Nessa educação serão transmitidas asexpectativas inconscientes dos pais, as quais terãoum papel fundamental no processo de identificaçãoque dá origem ao superego.

"

O superego de uma criança é construído segundo omodelo não de seus pais, mas do superego deles.

Superego


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" A instalação do superego pode ser classificada comoexemplo bem sucedido de identificação com a

instância parental."

O superego também assimila as influências quetomaram o lugar dos pais: educadores, professores,pessoas escolhidas como modelos ideais.

Superego


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" Outra função do superego é o “ideal de ego”, peloqual o ego se avalia e exige uma perfeição sempre

maior. O ego ideal é o precipitado da antiga imagemdos pais, a expressão de admiração pela perfeiçãoque a criança lhes atribuía.

" O superego é o representante da busca pelo aspecto

mais elevado da vida do homem, é a busca pelaperfeição.

Superego


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" Dessa forma, mostra-se como essa instância torna-seo veículo das tradições e valores, e verifica-se sua

importância no comportamento social do homem.

Superego


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" Seria o conteúdo do ego e do superego totalmenteconsciente?

"

A resistência, que impede que o reprimido retorne àconsciência é operada pelo ego e superego, e ambossão conscientes. Mas, e quando a resistênciapermanece inconsciente?

Dilema


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" Quando a resistência permanece inconsciente, pode-se verificar que existem porções inconscientes tanto

no ego como no superego."

Freud observou então que, ego e consciência nãocoincidem.

" Dessa observação, é realizada uma revisão dos

termos e, em lugar de usar o termo “inconsciente”para indicar a existência de uma região mental,Freud passa a utilizar o termo ID.

Nova constatação


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Nova constatação

" Existem partes inconscientes tanto dos conteúdos doego, como do superego.


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Aparelho Psíquico


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" Es em alemão, significa isso, aquilo (pronomeneutro). Indicado para nomear uma região alheia ao

Eu."

É parte inacessível da personalidade."

O que se sabe dele advém da elaboração onírica e daformação dos sintomas.

"

Está repleto de energias originárias das pulsões."

Não encontra-se de maneira organizada."

Busca irrestritamente a satisfação das necessidadepulsionais.

Id


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" É dirigido pelo princípio do prazer." Apresenta contradições, coexistência de impulsos

contrários." É atemporal." É alheio à valores.

Id


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" Ego, Eu ou Ich (alemão)" A concepção de que o contato com a realidade criaria

o ego, é substituída pela hipótese de que daformação do eu deve-se aos processos deidentificação.

" O ego também é produto das identificações, pois é

formado a partir do contato com o outro e com otornar-se idêntico a esse outro, incorporando-o emmim.

Ego


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" É receptivo às excitações externas e do interior damente.

"

Tem como uma de suas funções representar o mundoexterno perante o id.

"

Substitui o “princípio de prazer” pelo “princípio derealidade”.

"

Introduz, via sistema perceptual, a relação com otempo.

Ego


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" Sintetiza conteúdos do id, combinando e unificando." Evolui da percepção das pulsões para o controle

dessas." O ego “serve a três senhores”: o mundo externo, o

superego e o id." Em virtude de ter como função harmonizar as

exigências destes que, quando pressionado, podefalhar resultando em ansiedade.

Ego


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OBRIGADA!

Fim

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